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PROCESSOS DE REFINAÇÃO I
1 ft = 12 in
1 in = 2,54 cm
1 m = 3,28 ft
1 m = 100 cm = 1.000 mm
1 milha = 1,61 km
1 milha = 5.280 ft
1 km = 1.000 m
1 ft3 = 28,32 L
1 ft3 = 7,481 gal
1 gal = 3,785 L
1 bbl = 42 gal
1 m3 = 35,31 ft3
1 bbl = 0,159 1 m3
1 kg = 2,2 lb
1 lb = 454 g
1 kg = 1.000 g
1 t = 1.000 kg
1 HP = 1,014 CV
1 HP = 42,44 BTU/min
1KW = 1,341 HP
1 HP = 550 ft.lbf/s
1KW = 1 KJ/s
1 KWh = 3.600 J
1KW = 1.248 KVA
Como se sabe, “na natureza nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma”, ou
seja, a matéria não é criada e muito menos destruída, e, portanto, num balanço material
envolvendo um certo sistema, a massa que neste entra deverá ser a mesma que dele estará
saindo. No processamento uma tonelada, por exemplo, por hora de petróleo em uma refinaria,
obtém-se exactamente uma tonelada por hora de produtos derivados deste processo, como gás
combustível, GLP, gasolina, querosene, diesel e óleo combustível. A queima de um
combustível em um forno ou em uma caldeira é outro exemplo, porém menos evidente em
que ocorre o mesmo balanço de massa: pode-se citar que durante a queima de 1 tonelada de
um certo combustível em um forno ou uma caldeira, considerando-se que são necessárias 13
toneladas de ar atmosférico, tem-se como resultado 14 toneladas de gases de combustão.
Em um Balanço Material, não se deve confundir massa com volume, pois as massas
específicas dos produtos são diferentes. Assim, um balanço material deverá ser realizado
sempre em massa, pois a massa de um certo produto que entra em um certo sistema, mesmo
que transformada em outros produtos, sempre será a mesma que está saindo deste sistema,
enquanto os volumes sofrem variação conforme a densidade de cada produto.
Calor liberado pela queima do combustível = Calor contido nos gases de combustão que
saem do forno ou da caldeira + Calor contido nos produtos que deixam o forno ou a
caldeira.
Como regra geral, antes de iniciar cálculos que evolvam balanços mássicos e/ou balanços
energéticos, deve-se:
a) Transformar todas as vazões volumétricas em vazões mássicas, pois o balanço deve
ser realizado sempre em massa, uma vez que a vazão em massa não varia com a
temperatura.
b) Faça um esquema simplificado do processo em que serão realizados os balanços;
c) Identifique com símbolos, as vazões e as composições de todas as correntes envolvidas
nos processos em que estão sendo realizados os balanços;
A palavra petróleo vem do latim, petrus, “pedra” e oleum, “óleo, extraído das rochas
denominadas de Rocha Reservatório. O petróleo apresenta-se em várias cores, variando
entre o negro e o castanho escuro, tendo caráter oleoso, inflamável, menos denso que a água,
com cheiro característico e composto basicamente por milhares de compostos orgânicos, com
predominância exclusiva dos hidrocarbonetos”. Quando a mistura contém uma maior
porcentagem de moléculas pequenas seu estado físico é gasoso e quando a mistura contém
moléculas maiores seu estado físico é líquido, nas condições normais de temperatura e
pressão.
O petróleo no seu estado natural é sempre uma mistura complexa de diversos tipos de
hidrocarbonetos contendo também proporções menores de contaminantes (enxofre,
nitrogênio, oxigênio e metais). Os contaminantes são considerados como impurezas e
podem aparecer em toda a faixa de ebulição (destilação) do petróleo, mas tendem a se
concentrar nas frações mais pesadas.
São substâncias compostas somente por átomos de carbono (C) e de hidrogênio (H),
formando diversos tipos de moléculas.
(Óleo Parafínico)
(Óleo Nafténico)
O Núcleo Benzênico ou Anel Benzênico é composto por uma cadeia fechada de 6 átomos
de carbono, com ligações simples e duplas, alternadas;
(Óleo Benzênico)
No óleo cru pode aparecer também a combinação dos três tipos de hidrocarbonetos acima
mencionados, onde dessa maneira a classificação do óleo será determinado pela
predominância do tipo de hidrocarboneto.
Além dessa mistura de hidrocarbonetos, o óleo cru também contém, em proporções bem
menores, outras substâncias conhecidas como Contaminantes;
¨
Os heteroátomos (contaminantes) mais comuns são os átomos de enxofre (S), nitrogênio
(N), oxigênio (O), e de metais como níquel (Ni), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio (Na) e
vanádio (V), podendo inclusive estar combinados de muitas formas;
Abaixo uma tabela que exemplifica a composição elementar do óleo cru (% em peso)
Hidrogênio 11-14 %
Carbono 83-87 %
Enxofre 0,06-8 %
Nitrogênio 0,11-1,7 %
Oxigênio 0,1-2 %
Metais até 0,3 %
a) óleo doce - apresenta baixo conteúdo de enxofre (menos de 0,5 % de sua massa);
b) óleo ácido - apresenta teor elevado de enxofre (bem acima de 0,5 % de sua massa).
03.1. Exploração
a) Bombeamento Mecânico;
b) Injecção de Gás;
c) Injecção de Água.
(Bombeio Mecânico)
03.3. Transporte
Pelo fato dos campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos dos
terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção através de
embarcações, caminhões, vagões, ou tubulações (oleodutos e gasodutos).
03.4. Refino
O processo de refino é importante porque é a partir dele que ocorrerá a obtenção dos mais
diversos produtos utilizados nas mais variadas aplicações. São os chamados produtos
derivados do petróleo (gasolina, GLP, querosene, etc).
petróleo, produzindo uma série de produtos derivados, como o GLP (gás liquefeito de
petróleo), a nafta, o querosene e o óleo diesel.
03.5. Distribuição
O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente inflamável, deve ser
removido por problemas de segurança (corrosão ou explosão).
Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os gastos com
bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou acumulação de sólidos nas
tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.
Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado Processamento
Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos próprios campos de produção
(campos de petróleo).
Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de salmoura
descartável.
(Emulsão água-óleo)
b) quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/l) de óleo;
Outros derivados servirão ainda como matérias primas de várias indústrias, para a
produção de outros artigos (os produtos finais).
a) Gás Combustível;
b) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);
c) Gasolina;
d) Querosene;
e) Óleo Diesel;
f) Óleo Combustível;
g) Coque (utilizado em indústria de cimento e aço).
a) Nafta e Gasóleos;
b) Lubrificantes;
c) Asfalto;
d) Solventes domésticos e industriais, como aguarrás, querosene, etc;
*
A Nafta, mesmo não sendo combustível, é considerada leve
Finalmente, por serem constituídos pelas cadeias carbônicas maiores ou mais complexas,
os seguintes derivados são considerados pesados: Óleo Combustível, Asfalto e Coque.
Abaixo segue a tabela que menciona os principais derivados do petróleo e sua aplicação:
b) Destilados Leves
c) Destilados Intermediários
d) Destilados Pesados
e) Resíduos
O gás natural ocorre em formações rochosas no subsolo terrestre, da mesma forma que o
petróleo, sendo até mesmo em alguns casos extraído com este. Quando o gás natural é
encontrado com o petróleo, é dito gás associado; quando o poço de gás não apresenta
petróleo, é dito gás não associado. O gás natural está presente também no petróleo, pois se
encontra dissolvido nele. É composto por hidrocarbonetos parafínicos (alcanos), desde os de
moléculas com o menor número de carbono - o metano (CH4) - até o pentano (C5H12).
Contém também quantidades pequenas de gases inertes como o dióxido de carbono (C02), o
nitrogênio (N), e em alguns casos pode apresentar pequenas quantidades de hélio (He).
A partir do gás natural bruto extraído directamente do poço produtor, é possível obter
fracções de hidrocarbonetos mais pesados, chamados de líquidos de gás natural (LGN).
Desses líquidos retira-se a gasolina natural e o GLP. A gasolina retirada do gás natural,
composta basicamente por hidrocarbonetos com cinco átomos de carbono, é bastante "leve",
ou seja, volátil, sendo seu uso apropriado para misturas com combustíveis automotivos. O
LGN é um dos produtos das UPGN’s (Unidade de Processamento de Gás Natural)
O outro composto classificado como líquido de gás natural é o GLP, abreviação de gás
liquefeito de petróleo, que é uma mistura de propano (C 3H8) e butano (C4H10). Chama-se gás
liquefeito, porque sob pressão moderada e temperatura ambiente, o produto engarrafado
encontra-se na forma líquida. Dessa maneira, ele é amplamente utilizado como combustível
de uso doméstico, comercial e industrial, e como combustível de empilhadeiras e tractores.
Também utilizado como produto petroquímico. O petróleo produz uma pequena quantidade
Destilados Leves
Como regra geral, as parafinas normais apresentam valores baixos de 10, e esse valor
decresce à medida que o peso molecular aumenta. As iso-parafinas (alcanos ramificados)
apresentam características anti-detonantes melhores que as parafinas, e quanto mais
ramificações, melhor é o 10. As olefinas apresentam maior 10 do que as parafinas
correspondentes e os naftênicos (cadeias cíclicas) apresentam valores intermediários entre
parafinas e olefinas. Os compostos aromáticos são os que apresentam os maiores valores de
10.
A nafta representa os produtos que contêm propriedades entre a gasolina e o querosene.
A nafta leve, em geral, é destinada à mistura com outras naftas produzidas na refinaria, de
forma a compor a gasolina. As naftas são utilizadas como solventes industriais de tintas, em
lavagem a seco e como matéria-prima para o eteno na indústria petroquímica. A nafta
"pesada" pode ter o mesmo destino da leve ou ser utilizada como carga para a unidade de
Reformação Catalítica, onde sofre transformações químicas que a transformam em produtos
mais nobres. Algumas naftas pesadas são utilizadas para reduzir a viscosidade do asfalto, que
é posteriormente aplicado como óleo para revestimento de estradas.
Destilados Intermediários
O gasóleo antigamente era pirolisado para enriquecimento de gás artificial. Hoje em dia a
maior parte é utilizada como combustível ou então craqueada para obtenção de gasolina e
GLP.
O óleo diesel é um tipo especial de gasóleo com faixa de destilação entre 300C e 4210C.
Possui um conjunto de propriedades que permitem sua utilização em máquinas movidas por
motores de ciclo diesel.
Destilados Pesados
O termo óleo combustível abrange uma larga escala de produtos, que se estende do
querosene aos materiais viscosos. Por ser uma mistura complexa de substâncias químicas, a
sua classificação não pode ser rigidamente definida. No entanto, podemos separá-los em dois
tipos principais: os óleos combustíveis destilados, que possuem faixa de ebulição definida, e
os óleos residuais, que são resíduos da destilação e contêm fracções asfálticas. Na posição
final do óleo combustível coexistem hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos, aromáticos e
olefínicos, e apresenta ainda teores de enxofre, nitrogênio e oxigênio.
Resíduos
Numa indústria petrolífera, são as refinarias que geram os produtos finais a partir do
petróleo recebido dos campos de produção.
Nem todos os derivados são gerados de uma só vez e em um mesmo local na refinaria.
Quase sempre, eles são obtidos após uma seqüência de processos, chamados de operações
unitárias (Tarefa para os estudantes da 10ªClasse sobre Operações Unitárias) e que
consiste em transformações de um ou mais fluidos (gás e/ou líquido), que servem de
entradas do processo, em outros fluidos, chamados saídas do processo.
b) as necessidades de um mercado.
Um Esquema de Refino define e limita o tipo e a qualidade dos produtos da refinaria. Por
isso, alguns derivados podem ser produzidos em todas ou apenas em algumas refinarias.
Durante a vida de uma refinaria, pode mudar o tipo de petróleo que ela recebe, como
também podem mudar as especificações (qualidade) ou a demanda (quantidade) dos
derivados por ela produzidos. Por isso pode-se dizer que toda refinaria tem um certo grau de
Flexibilidade, isto é, uma capacidade de reprogramação dinâmica na operação do seu
Esquema de Refino, que permite reajustar o funcionamento das Unidades para se adequar a
mudanças no tipo de óleo e nas necessidades do mercado e ambientais.
Geralmente uma refinaria apresenta o seguinte Esquema de Refino, que será abordado
nos próximos tópicos:
(Esquema Simplificado)
A) PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
B) PROCESSOS DE CONVERSÃO/REACÇÃO
• Viscorredução;
• Craqueamento Térmico;
• Coqueamento Retardado;
• Craqueamento Catalítico;
• Hidrocraqueamento;
• Reforma Catalítica;
• Isomerização e Alquilação Catalítica.
• Dessalgação Eletrostática;
• Tratamento Cáustico;
• Tratamento Merox;
• Tratamento Bender;
• Tratamento Dea/Mea;
• Hidrotratamento.
D) PROCESSOS AUXILIARES
• Geração de Hidrogênio;
• Recuperação de Enxofre;
• Utilidades - Off Sites (Energia Eléctrica, Geração de vapor d’água,
Condicionamento de água, Ar Comprimido, Tratamento de Efluentes e estocagem).
8.1. Introdução
8.2.1. Volatilidade
Ao colocar em recipiente sob vácuo, determinada quantidade de uma mistura líquida, por
exemplo, uma mistura de hidrocarbonetos, mantendo-se constante a temperatura deste
recipiente, o líquido tenderá a vaporizar-se até que alcance a pressão de equilíbrio entre a
fase vapor e a fase líquida, isto é, as moléculas da fase líquida passarão para a fase vapor,
aumentando a pressão do recipiente até que se tenha o equilíbrio entre as fases líquido e
vapor. O ponto de equilíbrio é atingido quando o número de moléculas que abandona o
líquido para a fase vapor é exatamente igual ao número de moléculas que abandona o vapor
para a fase líquida. Tem-se, aí, o equilíbrio termodinâmico entre as fases líquido – vapor.
figura
Conforme é possível observar na figura acima, a carga de líquido é introduzida em um
vaso provido de aquecimento, entrando em ebulição. Os vapores são retirados pelo topo
através do condensador, onde são liquefeitos e colectados em outros recipientes.
A primeira porção do destilado será a mais rica em componentes mais voláteis. A medida
que prossegue a vaporização, o produto vaporizado torna-se mais volátil e o líquido residual
torna-se menos volátil, pois o percentual de componentes leves no líquido residual vai sendo
esgotado. O destilado, que é o vapor condensado, poderá ser coletado em porções separadas
denominadas de cortes. Estes podem produzir uma série de produtos destilados com vários
graus de pureza. Então, considerando-se uma mistura de três substâncias:
vapor variam continuamente. É evidente, porém, que, ao final desta operação, a soma do
resíduo e do destilado deve ser igual à carga inicial do vaso.
Em que:
F = vazão mássica de carga
D = vazão mássica de vapor
W = vazão mássica de liquido
Em que:
QF = conteúdo de calor da carga
QA = conteúdo de calor cedido ao sistema pelo aquecedor
QD = conteúdo de calor da carga
QW = conteúdo de calor da carga
figura
A mistura a ser destilada é introduzida num ponto médio da coluna, ponto F, denominado
ponto de alimentação. No seu interior, a mistura irá descer até atingir a base da coluna onde
encontrará aquecimento do refervedor. O refervedor, um trocador de calor aquecido por
vapor d'água ou outra fonte térmica qualquer, aquecerá a mistura até atingir sua temperatura
de ebulição. Neste ponto, a mistura emitirá vapores que irão circular em sentido ascendente
na coluna, em contracorrente com a mistura da alimentação da coluna. Os vapores
ascendentes atingirão o topo da coluna e irão para um condensador, onde serão liquefeitos e
deixarão a coluna como produto de destilação, D. Na base da coluna, a mistura, isenta de
componentes mais voláteis, deixa o equipamento como produto residual, W.
Como pode ser observado, neste processo não existem reacções químicas, somente troca
térmica, devido ao refervedor de fundo e ao condensador de topo, e também troca de massa
entre o vapor ascendente e o líquido descendente no interior da coluna de destilação.
Refervedor
Figura
Condensador
Tem como finalidade proceder à condensação dos vapores leves que atingem o topo da
coluna. Após a condensação, tem-se o produto destilado desejado, D, com a composição
especificada.
Todas funcionam com o mesmo princípio, ou seja, promover de forma mais perfeita
possível o contacto entre as fases líquido e vapor.
São as mais usuais e também podem ser denominadas de “bandejas”. Colunas deste tipo
adoptam pratos ou bandejas superpostas e que variam em número e detalhes conforme a
mistura que se pretende destilar. Os pratos são constituídos por borbulhadores, tubos de
ascensão e de retorno, conforme apresentado na figura a seguir:
Figura
Onde:
1 – Borbulhador
2 – Tubo de ascensão
3 – Tubo de retorno
V – Vapor
L – Líquido
Figura
um borbulhador. O tubo de retorno tem como finalidade fazer o retorno, prato a prato, do
excedente da fase líquida condensada sobre o prato. Assim sendo, existe sobre cada prato ou
bandeja, um nível de líquido constante, regulado pela altura do tubo de retorno, e que deve
corresponder ao nível do topo dos borbulhadores. Os borbulhadores são dispostos de tal
forma que fiquem na mesma altura do início do tubo de retorno de líquido, a fim de que se
tenha uma ligeira imersão na camada líquida.
Figura
Neste tipo de coluna, os pratos com borbulhadores são substituídos por pratos doptados de
perfurações, cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às colunas
que utilizam pratos com borbulhadores. Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo
de retorno e os pratos ocupam toda a secção da coluna, porém existem projectos em que as
colunas com pratos perfurados são doptadas de tubo de retorno.
Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são substituídos por corpos sólidos com
formatos definidos. Estes corpos, denominados recheios, podem ser anéis do tipo Rachig,
Pall, Lessing ou ainda selas do tipo Berl, Intalox e outros. Alguns destes recheios podem ser
observados na figura seguinte.
Figura
As torres que utilizam recheios são muito competitivas com as torres que contêm pratos
com borbulhadores ou pratos perfurados e apresentam ainda algumas vantagens, tais como:
Como visto anteriormente, em uma coluna de destilação, o vapor da mistura que sai de
um prato atravessa o líquido do prato superior, deixando seus componentes menos voláteis. O
calor liberado pela condensação destes componentes vaporiza, então, os compostos mais
voláteis do líquido contido no prato superior. Existe, portanto, uma troca de calor e massa ao
longo das bandejas da torre e nota-se que, à medida que se sobe na coluna, os vapores
tornam-se mais voláteis (mais leves) e, à medida que se desce na coluna, os líquidos tornam-
se menos voláteis (mais pesados).
Secção de Esgotamento
Figura
Neste processo, o balanço material deverá ser realizado nas várias secções da coluna,
conforme figura a seguir:
Figura
Em que:
V = Vazão mássica do vapor de topo
D = Vazão mássica do produto de topo
L = Vazão mássica do refluxo externo
F = Vazão mássica da carga
W = Vazão mássica do produto de fundo
Vm = Vazão mássica de vapor na seção de absorção
Vn = Vazão mássica de vapor na seção de esgotamento
Lm = Vazão mássica de líquido na seção de absorção (refluxo interno)
Ln = Vazão mássica de líquido na seção de esgotamento (refluxo interno)
Qc = Calor retirado pelo condensador
QR = Calor introduzido pelo refervedor
qF = Calor contido na carga
qD = Calor contido no produto de topo
qw = Calor contido no produto de fundo
Na envoltória I:
F=D+W
Na envoltória II:
Vm = Lm + D
Na envoltória III:
Ln = Vn + W
No condensador:
V = L+ D
F . qF + Qr = D . qD + W . qW + QC (1)
V . qV = L . qL + D . qD + QC (2)
(L + D) . qV = L . qL + D . qL + QC ®
(L + D) . qV = (L + D) . qL + QC
(L + D) . qV – (L + D) . qL = QC ®
(L + D) . (qV – qL) = QC
(L + D) = QC / (qV – qL)
A figura a seguir será utilizada para que possam ser feitas as observações
necessárias sobre a influência das principais variáveis que ocorrem neste tipo de processo.
Figura
Razão de Refluxo
Nas torres de destilação fracionada existem dois tipos de refluxo, externo e o interno,
que geram, desta forma, as razões de refluxo externa e interna. A razão de refluxo interna
acontece tanto na região de absorção, quanto na região de esgotamento. As seguintes
expressões podem ser escritas para as razões de refluxo:
Na secção de absorção:
(Ri)abs = ( Lm / Vm )
Na secção de esgotamento:
(Ri)esg = ( Vn / Ln )
Quanto menor for o número de pratos ou bandejas de uma coluna, pior será seu
fracionamento. Podem ser construídas torres com grande número de pratos para operarem
com pequena razão de refluxo interna, assim como torres com pequeno número de pratos
e razões de refluxo interno elevadas, para uma carga com as mesmas características.
economicamente, bem como a construção de uma coluna que não produza, pois para o
refluxo total não se tem retirada de produtos, como pode ser verificado pelo cálculo
abaixo:
Vm = L m + D
Lm = Vm – D
Ln = Vn + W
Vn = Ln – W
Figura
Como cada carga a ser processada pode exibir uma característica, pois as proporções
entre os componentes a serem separados podem ser diferentes, haverá, então, uma razão
de refluxo para cada carga a ser processada. A diferença de volatilidade entre os
componentes da carga, de uma torre de destilação fraccionada, exerce grande influência
sobre as variáveis citadas. Como exemplo, pode-se citar a comparação entre a separação
de uma mistura contendo 50% de etano e 50% de eteno de outra contendo 50% de hexano
e 50% de eteno. No primeiro caso, a separação entre o etano e o eteno requer tanto uma
quantidade de refluxo, bem como uma quantidade de estágios (pratos) na coluna muito
maiores do que na da separação da mistura entre o hexano e o eteno, pois estes dois
últimos compostos possuem grande diferença de volatilidade.
melhor for o projecto da torre, para as condições de operação especificadas. Se, por
exemplo, uma torre, projectada para uma determinada condição e especificação de carga,
mudanças em suas características especificadas, a mesma não corresponderá
satisfatoriamente às condições inicialmente previstas, diminuindo desta forma, sua
eficiência e, consequentemente, podendo comprometer os resultados inicialmente
previstos para aquele projeto. Portanto, o fraccionamento em uma coluna de destilação
depende da eficiência dos seus pratos.
Este fenômeno ocorre quando a vazão de vapor, que ascende de um prato inferior
para um superior da coluna, não tem pressão suficiente para vencer continuamente a
perda de carga apresentada pela bandeja em questão. O vapor, então, cessa
temporariamente sua passagem por esta bandeja e, quando sua pressão volta a ser
restabelecida, vence a perda de carga no prato de forma brusca. Assim diminui a pressão
do vapor quase que instantaneamente e cessa a passagem do vapor pelo prato até que seja
novamente restabelecida sua pressão. Esta situação permanece até que seja normalizada a
condição de pressão ao longo da coluna.
9.1. Introdução
9.2. Conceitos
9.2.1. Absorção
É uma operação em que uma mistura gasosa, V1, é colocada em contato com um
líquido, L1, para nele serem dissolvidos um ou mais compostos que se quer remover da
mistura gasosa. Geralmente, existe uma diferença de volatilidade muito grande entre os
componentes da fase gasosa e os da fase líquida. Proporciona-se, com isso, somente a
absorção dos componentes mais pesados da mistura gasosa, sem a perda de componentes
da mistura líquida por evaporação.
9.2.2. Esgotamento
Figura
% do gás = solubilidade de equilíbrio.
absorvido no líquido. Porém, caso haja alteração, por exemplo, da pressão parcial do gás
a ser absorvido pelo líquido, sem a alteração da variável temperatura, então ocorrerá a
passagem de moléculas da fase gasosa para a fase líquida até a nova situação de
equilíbrio.
Para ilustrar o assunto, pode-se tomar, como exemplo, o gráfico anterior, que
representa amônia sendo absorvida em água.
1º Exemplo:
Qual será o potencial de absorção da amónia em água, à temperatura de 30ºC,
considerando-se que na água existe uma concentração de amônia de 5%, com pressão
parcial de 50 mm Hg?
2º Exemplo:
Haveria absorção da amônia na água no exemplo 1, caso dobrasse a pressão
parcial da amônia, mantendo-se a temperatura em 30ºC? Em caso positivo, qual seria a
concentração ou solubilidade de equilíbrio para esta nova condição?
Nota: A pressão parcial de equilíbrio é sempre obtida graficamente, através das curvas de
solubilidade.
9.5.1. Absorção
Para o processo de absorção, existe uma relação L/V mínima, a fim de que a
operação de absorção desejada possa ser efectuada. Quanto maior a relação L/V, melhor
será a absorção, pois o líquido, L, ficará menos concentrado no composto a ser absorvido.
9.5.2. Esgotamento
No caso do processo de esgotamento, existe uma relação V/L mínima, para que a
operação de esgotamento desejada possa ser efectuada. Quanto maior a relação V/L,
melhor será o esgotamento, pois o vapor, V, ficará menos concentrado no composto a ser
esgotado. Com o aumento da relação V/L, haverá, então, um aumento no potencial de
esgotamento.
9.7. Equipamentos.
As torres com recheios são mais utilizadas em processos de absorção, pois nesta
operação as vazões de líquido e vapor, geralmente, não sofrem muita alteração ao longo
do processo. Na operação correta, a torre está cheia de gás e o líquido desce através da
coluna. O recheio, desta forma, está sempre coberto por uma camada de líquido
permanentemente em contacto com o gás. A vazão de líquido não pode ser muito
pequena, caso contrário o recheio não ficaria molhado de maneira uniforme. A vazão de
vapor não pode ser excessivamente alta, pois dificultaria a descida do líquido na torre.
10.1. Introdução
10.2. Conceito
O ciclo da extracção pode ser representado pela figura seguinte, de forma que a
massa específica do solvente é menor do que a massa específica da solução, para que seja
possível a extracção.
Se, ao invés de ser utilizado solvente novo e puro para cada caso, um sistema em
contracorrente, for empregado, o solvente puro entrará em contacto com a carga em
contracorrente e tem-se então um sistema de múltiplos estágios, que formam uma
sucessão de estágios simples.
Como exemplo, pode-se observar a figura a seguir, que mostra um sistema para
dois estágios.
Figura
a) Torre de dispersão;
b) Torre com recheios;
c) Torre agitada.
Figura
A fase líquida do solvente, o extracto, pode ser considerada como a fase vapor,
enquanto a fase líquida da solução, o refinado, pode ser considerada a fase líquida.
Figura
Nos casos em que o solvente é recuperado, após a extracção, quanto mais isento
de soluto ele retornar para a torre de extracção, melhor será a extracção, pois sua
composição estará mais afastada da composição de equilíbrio com a carga e maior será a
transferência de soluto da fase da solução (carga) para a fase solvente.
11.1.2.Objectivo da Fluidização
carga devido ao aumento da área específica do catalisador com ele, permite que o
catalisador seja escoado de um vaso para outro por diferença de pressão, como se fosse
um líquido. Evita-se, desta forma, a utilização de equipamentos de transporte de sólidos,
como caçambas, esteiras rolantes, correios ou outros métodos de transporte de leitos
sólidos.
11.1.3.Tipos de Fluidização
No processo de craqueamento catalítico, o gás que entra nos ciclones pela abertura
lateral encontra-se carregado de partículas de catalisador, saindo pela parte superior, o gás
purificado e, por baixo, as partículas de catalisador, que voltam ao leito.
Figura
Figura
é um tubo de grande dimensão, que fica a montante do reactor. O reactor, por sua vez,
funciona como um vaso separador entre os produtos formados e o catalisador.
O petróleo bruto, ou cru, deve ser submetido à destilação para que tenha seu potencial
energético efectivamente aproveitado. As “unidades de destilação” ou “refinaria de petróleo”
são as instalações onde se separam as diversas fracções que compõem o petróleo cru através
da destilação, ou seja, nessas unidades as fracções de petróleo são separadas em função da
diferença em suas faixas de ponto de ebulição. Normalmente as refinarias contam com duas
unidades de processo para efectuar a destilação do petróleo: Destilação Atmosférica e
Destilação a Vácuo.
Por ser um processo físico, não se espera que as propriedades físicas dos componentes
sejam modificadas, pois o sistema deve ser operado de forma a não permitir a ocorrência de
reacções químicas. Porém, devido ás elevadas temperaturas de operação para a destilação das
fracções mais pesadas, o craqueamento térmico nem sempre poderá ser totalmente evitado.
Podemos concluir, que a Destilação do petróleo não pretende obter produtos puros e
diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são Fracções, misturas ainda
complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, diferenciadas por suas faixas de ebulição.
O gás combustível é formado basicamente por uma mistura rica de metano e etano,
contendo menores quantidades de propano e butano. O gás combustível contém também
gases inorgânicos, entre os quais o gás sulfídrico (H2S).
Conhecido também como gás liquefeito do petróleo, é formado por uma mistura de
propano e butano que, embora gasosos á pressão atmosférica, são comercializados no estado
líquido, por isso a denominação de gás liquefeito do petróleo.
O GLP pode ser produto final, onde caso será armazenado em esferas ou produto
intermediário, indo para unidade de tratamento cáustico. O GLP tem sua maior utilização
como combustível doméstico, porém ele também pode ser utilizado como combustível
industrial, matéria-prima para obtenção de gasolina de aviação e insumo para a indústria
petroquímica.
Nafta é um termo genérico adoptado na indústria petrolífera para designar fracções leves
do petróleo, que abrange a faixa de destilação da gasolina e do querosene. A faixa de
destilação poderá variar de 200C a 2000C.
A nafta obtida pela destilação do petróleo é conhecida como nafta DD (destilação direta)
e pode ser fraccionada em duas ou três naftas, a depender da faixa de destilação, que são
conhecidas como:
O fraccionamento da nafta, nesses dois ou três cortes, depende da sua aplicação final.
Dessa forma a nafta pode ser produto final, armazenada em tanques (como nafta, gasolina ou
solvente) ou produtos intermediários, indo para unidade de tratamento cáustico, ou ainda
como carga para a unidade de reforma catalítica (para gerar gasolina de melhor qualidade).
A Nafta Leve é enviada para tanques, para mais tarde ser vendida como nafta
petroquímica, ou para ser utilizada na produção de gasolina automotiva.
A Nafta Pesada pode ser enviada para a Unidade de Reforma Catalítica para aumento de
octanagem (melhoria na qualidade da gasolina) para produção de gasolina, ou diretamente
para ser utilizada na mistura de gasolina;
Pode ser produto final, tanto como querosene de aviação (QAV) ou de iluminação ou
produto intermediário, indo para unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento). Para que o
querosene seja vendido como querosene de aviação é necessária a passagem pela unidade de
HDT.
Os gasóleos atmosféricos são conhecidos como diesel leve e pesado devido a sua ampla
faixa de destilação e constituem uma fracção composta por hidrocarbonetos com faixa de
ebulição entre 150 a 4000C. Sua composição química é muito variável no que diz respeito á
distribuição dos hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos.
Podem ser produtos finais, indo como óleo diesel armazenado em tanque ou produtos
intermediários, alinhados para uma unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento) e, depois
como óleo Diesel para armazenamento;
Parte do resíduo de vácuo pode também servir de carga para o processo de produção de
coque de petróleo conhecido como u-coque. Dependendo do petróleo, pode-se produzir
diferentes tipos de coque com aplicações específicas.
Craqueamento Catalítico
Por isso existem os processos de Conversão, todos de natureza Química. Cada um deles é
realizado numa Unidade própria. O Craqueamento Catalítico é um exemplo importante
desses processos.
(Craqueamento Catalítico)
A U-CC tem como carga uma mistura de Gasóleos de Vácuo produzidos na Unidade de
Destilação.
a) Gás Combustível;
b) GLP;
c) Nafta;
d) Óleo Leve;
e) Óleo decantado.
Devido à carga da U-CC possuir, em geral, alto teor de enxofre, os produtos por ela
gerados possuem teores de enxofre acima do permitido pelas especificações de cada um
deles.
Por isso, com excepção do Óleo Decantado, todos os demais produtos da U-CC precisam
passar por processos específicos de tratamentos, para redução do teor de contaminantes (em
especial, de enxofre).
Gás Combustível - vai para a unidade de tratamento DEA (para remover H2S) e em
seguida queimado em fornos e/ou caldeiras na própria refinaria;
GLP - vai para a unidade de tratamento DEA (para remover H2S), em seguida para a
unidade de tratamento cáustico (para remover mercaptanos) e, daí, para armazenamento em
esfera;
Nafta - vai para a unidade de tratamento cáustico (para remover H2S e mercaptanos) e
daí para armazenamento em tanque de nafta ou gasolina;
Óleo Leve - vai para a unidade de HDT (Unidade de Hidrotratamento) e, daí, para
armazenamento, como óleo Diesel;
Óleo Decantado - embora também contenha enxofre em alto teor, não é tratado e,
normalmente, é misturado ao resíduo de vácuo (da destilação), compondo o óleo
combustível.
Por outro lado há a necessidade da sua formação, uma vez que é com sua combustão que
a unidade possui uma fonte de calor, usada para suprir a energia requerida no processo.
Portanto o processo é termicamente balanceado. A produção de coque está relacionada com
as características da carga e do catalisador, como também com o balanço térmico da unidade.
A) Entrada de Carga
B) Pré-aquecimento
C) Craqueamento
suficiente para o processo. Esta etapa deixa o catalisador novamente ativo para o
craqueamento.
Após a separação dos gases craqueados e o catalisador, os primeiros são enviados para
uma coluna de fraccionamento onde, através da diferença de ponto de ebulição, são
separados a nafta (gasolina) e o GLP.
Após a separação, o GLP e a nafta, passam pela secção de tratamentos para que alguns
compostos de enxofre sejam removidos, pois tais compostos são excessivamente tóxicos ou
corrosivos.
Craqueamento Térmico
Coqueamento Retardado
Os produtos efluentes da torre são hidrocarbonetos leves na faixa de gás, GLP, gasolina e
fracções mais pesadas que não foram craqueadas.
Visco-redução
A carga é constituída de óleos residuais pesados, que seriam adicionados aos óleos
combustíveis gerando produtos de baixa viscosidade e também fracções leves como GLP e
gasolina. Actualmente é um processo que se encontra em desuso.
(Fluxograma da Viscorredução)
Reforma Catalítica
Alquilação Catalítica
Na Alquilação Catalítica também são geradas nafta pesada, propano e n-butano de alta
pureza como produção secundária.
a) melhoramento da coloração;
b) melhoramento do odor;
c) remoção de compostos de enxofre;
d) remoção de goma, resinas e materiais asfálticos;
e) melhoramento da estabilidade à luz e ao ar.
a) Tratamento DEA/MEA
b) Tratamento Cáustico;
c) Tratamento MEROX;
d) Tratamento BENDER;
d) Hidrotratamento.
Por exemplo: o GLP produzido a partir do craqueamento catalítico, por possuir elevado
teor de H2S, é submetido a um processo de extracção com DEA (dietanolamina), que
substitui a soda cáustica(NaOH) na extração do H2S, porém não extrai os mercaptanos,
sendo necessário uma posterior extracção com NaOH. O DEA é facilmente regenerável,
liberando H2S por simples aquecimento.
Já vimos que as fracções mais pesadas têm a tendência de conter maiores concentrações
de contaminantes. Isso faz com que os produtos do Craqueamento Catalítico (que tem essas
fracções como carga) sempre sejam tratados. Por sua vez, fracções obtidas pela Destilação
podem até sofrer ou não tratamento, dependendo do teor de enxofre no petróleo.
Tratamento DEA
A DEA apresenta grande capacidade de regeneração, e pode ser substituída por MEA
(Monoetanolamina) em unidades cujas correntes não contenham sulfeto de carbonila (SCO).
Tratamento Cáustico
Consiste na utilização de solução aquosa de NaOH para lavar uma determinada fracção
de petróleo. Dessa forma, é possível eliminar compostos ácidos de enxofre, tais como H2S e
mercaptanas (R-SH) de baixos pesos moleculares.
Como carga, trabalha-se apenas com fracções leves: gás combustível, GLP e naftas.
Gás Combustível
O Gás Combustível que vem da Destilação normalmente não é tratado , devido ao seu
baixo teor de contaminantes.
Porém, o Gás Combustível do Craqueamento possui alto teor de gás sulfídrico (H2S), que
é normalmente reduzido pelo chamado Tratamento DEA. Conforme verificado anteriormente
esse processo utiliza uma solução de dietanolamina (DEA), com a finalidade de absorver o
H2S e CO2 da mistura gasosa (a 350 °C). Posteriormente, essa solução, é aquecida a 1200°C,
liberando os contaminantes.
GLP
Dependendo do petróleo, o GLP da destilação pode não ser tratado. Porém, quando
necessário, ele passa pelo chamado Tratamento Cáustico, onde é utilizada uma solução de
soda cáustica (NaOH).
O GLP do Craqueamento, devido aos teores mais altos H2S e mercaptanos, é tratado em 2
etapas:
1ª Etapa: passa pelo Tratamento DEA, para remover o H2S (mercaptans não são
removidos pela DEA);
Nafta
Tratamento MEROX
O processo conhecido como MEROX é aquele adoptado para que se obtenha uma
regeneração da soda cáustica que retira o H2S. Dessa maneira o MEROX é um processo que
visa a economia do NaOH utilizado no tratamento cáustico.
O Tratamento MEROX pode ser aplicado a fracções leves (GLP e nafta) e intermediárias
(querosene e diesel). Utiliza um catalisador organometálico (ftalocianina de cobalto-
C32H18N8) em leito fixo ou dissolvido na solução cáustica, de forma a extrair as mercaptanas
dos derivados e oxidá-las a dissulfetos.
Tratamento BENDER
Hidrotratamento
Os catalisadores empregados no processo HDT possuem alta actividade e vida útil, sendo
baseado no S principalmente em óxidos ou sulfetos de Ni, Co, Mo, W ou Fe. O suporte do
catalisador, geralmente a alumina, não deve apresentar característica ácida, a fim de se
evitarem, nesse caso, as indesejáveis reacções de craqueamento.
O processo HDT é descrito para óleos lubrificantes básicos, mas pode ser aplicado aos
demais derivados após pequenas variações nas condições operacionais. As taxas de reacção
são afectadas especialmente pela pressão parcial de hidrogênio.
(Fluxograma do Hidrotratamento)
Processos Auxiliares
A reforma com vapor (Steam Reforming), em particular, é a rota escolhida por muitas
refinarias no mundo. Nela, hidrocarbonetos são rearranjados na presença de vapor e
catalisadores, produzindo o gás de síntese (CO e H2).
CO + H2O → CO2 + H2
Opera com fornos e conversores de alta e baixa temperatura, para transformação do gás
de síntese gerado; os catalisadores empregados são à base de NiO-K2O, Fe3O4-Cr2O3 e CuO-
ZnO);
Recuperação de Enxofre
Na URE, mais de 93% do H2S é recuperado como enxofre líquido de pureza superior a
99,8%.
Exercícios de Aplicação
01. O refino do petróleo bruto constitui uma série de operações de beneficiamento para
a obtenção de produtos específicos. Refinar petróleo, portanto, é separar dele as
fracções desejadas, processadas e industrializá-las em produtos comerciais. A
respeito dessas operações, julgue os itens subseqüentes.
Resolução:
b) Certo - O gás ácido é um dos produtos do refino do petróleo presentes, por exemplo,
no GLP. O gás ácido presente no GLP é o H2S. Para e remoção do H2S do GLP utiliza-se
o processo de Tratamento com DEA. Assim o H2S aparece como um dos produtos do
Tratamento com DEA (ver fluxograma do processo).
O Grau API é uma escala idealizada pelo American Petroleum Institute - API,
juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade
relactiva do petróleo. Na verdade o Grau API mede a qualidade do petróleo, e a partir
dessa medição o petróleo poderá ser classificado em:
Petróleo leve ou de base Parafínica - Possui ºAPI maior que 31,1 - Contém, além
de alcanos, uma porcentagem de 15 a 25% de cicloalcanos. Os óleos parafínicos são
excelentes para a produção de querosene de aviação (QAV), diesel, lubrificantes e
parafinas.
Petróleo médio ou de base Naftênica - Possui ºAPI entre 22,3 e 31,1 - Além de
alcanos, contém também de 25 a 30% de hidrocarbonetos aromáticos. Os óleos
naftênicos produzem fracções significativas de gasolina, nafta petroquímica, QAV e
lubrificantes.
Podemos observar que quanto maior o Grau API, melhor a qualidade do petróleo e maior
mercado ele terá. Nesse caso o Petróleo Leve (Grau API maior que 31,1) é aquele que
apresenta melhor qualidade.
Além das maiores dificuldades para produção, o óleo pesado tem menor valor de
mercado, se comparado a um óleo leve, isso porque gera menos derivados nobres. Outro
factor de desvalorização dos óleos pesados é o elevado teor de ácidos naftênicos, os
quais, se não forem eliminados, podem causar graves problemas de corrosão nas
refinarias.
Esses hidrocarbonetos são, em geral, mais “leves” do que aqueles que compõem o
óleo diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica
(normalmente de 4 a 12 átomos de carbono).
O óleo diesel é formado através da mistura de diversas correntes como gasóleos, nafta
pesada, diesel leve e diesel pesado, provenientes das diversas etapas de processamento do
petróleo bruto.
a). De acordo com o processo apresentado, uma das soluções extractoras adequadas é
constituída por uma solução aquosa de:
Resolução:
Opção: C .
b). Para aumentar a eficiência da extracção de H2S foram sugeridas as seguintes medidas:
III - Alimentação da solução extractora pela parte inferior da torre, junto com a corrente
de gás.
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I e III
Resolução:
Email:Celsonps@hotmail.com
Contacto: 923 819 933