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HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DO

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL


DO PSICÓLOGO
Aluna: Eyshilla Emanuelle
O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
DO PISCÓLOGO

Apesar das opiniões divergentes e da possível falta de clareza, o


Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP) é considerado uma
norma obrigatória para todos os psicólogos no Brasil, com poder
coercitivo e de aplicação de penalidades. Em resumo, é um conjunto
de regras que regulam a conduta dos psicólogos, estabelecendo
responsabilidades, direitos e deveres que devem ser cumpridos sob
pena de punição.
Primeiro Código de Ética dos
Psicólogos Brasileiros (1975)

- Código de Ética dos Psicólogos Brasileiros foi criado para


garantir ética profissional, orientação e fiscalização.
- Organizado no biênio 1966-67 para controlar o exercício da
profissão e proteger interesses da coletividade.
- Conselho Federal de Psicologia (CFP), criado em 1971,
regulamentou a profissão e elaborou o Código de Ética
Profissional.
- Anteprojeto elaborado por Oswaldo de Barros Santos,
traduzido/adaptado por Betty Katzenstein e Eliezer Schneider.
- Primeiro Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP),
publicado em 1975, com cinco Princípios Fundamentais e 40
artigos.
- CEPP foi importante para a categoria, mas criticado por
semelhanças com códigos médicos.
Segundo Código de Ética dos
Psicólogos Brasileiros (1979)
- O Código de Ética de 1975 foi revisado em 1979 devido ao aumento no
número de psicólogos, resultando no segundo Código de Ética Profissional
(CEPP).
- A revisão envolveu colaboração dos Conselhos Regionais de Psicologia,
análise de códigos de ética de outras profissões, críticas e sugestões dos
CRPs, feedback de professores de ética de cursos de Psicologia e pesquisa
em revistas estrangeiras sobre ética profissional.
- O CEPP de 1979 enfatizou temas como sigilo e relações com a Justiça, além
da preservação da dignidade do cliente e do profissional, consolidando a
imagem social do psicólogo.
- Paralelamente à aprovação do CEPP, foi estabelecida uma Comissão de
Fiscalização do Exercício Profissional e normatizado um novo Código de
Processamento Disciplinar em 1982 e 1983, respectivamente.
Terceiro Código de Ética dos
Psicólogos Brasileiros (1987)
- Na década de 1980, o Brasil passava por mudanças políticas e socioeconômicas.
Em 1987, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou o terceiro Código de Ética
Profissional do Psicólogo, menos corporativo e mais sensível às transformações
sociais.
- O código de 1987 foi elaborado com a participação de profissionais de diferentes
áreas, refletindo o contexto de redemocratização do país.
- Com sete Princípios Fundamentais e 50 artigos em 10 capítulos, o código enfatizou
a responsabilidade do psicólogo em relação à sociedade e ao cliente.
- Apesar de críticas, considerado corporativista por alguns, o código foi elogiado por
promover uma análise crítica da realidade política e social e guiar a prática
profissional.
- O Código de Ética de 1987 passou por duas alterações posteriores, em 1990 e
1995, coincidindo com um movimento de democratização interna no Sistema
Conselhos.
Quarto Código de Ética
Profissional do Psicólogo (2005)
- Em 1997, iniciou-se um movimento para reformular o Código de Ética dos
Psicólogos brasileiros, começando com o I Fórum Nacional de Ética.
- O IV CNP, em 2001, discutiu ética, responsabilidade jurídica e social do psicólogo-
cidadão, iniciando um processo de reformulação do Código de Ética.
- Em 2001, a Resolução CFP n° 005/1988 foi revogada e substituída pela Resolução
CFP n° 006/2001, que permitia a interrupção do prazo prescricional para apuração
de infrações ao CEPP.
- Em 2003, o Sistema Conselhos promoveu o II Fórum Nacional de Ética para discutir
a revisão do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
- O Código de Ética atual, Resolução CFP n° 010/2005, foi aprovado em 2005,
contendo sete Princípios Fundamentais e 25 artigos distribuídos em dois capítulos.
- O novo Código é mais amplo e generalista, buscando ser um instrumento de
reflexão mais do que um conjunto de normas a serem seguidas.
O Cumprimento do Código de Ética do Psicólogo deve ser mais do
que uma simples obediência; é uma base para orientar a conduta
ética, que deve ser complementada pela reflexão pessoal e pelos
valores individuais. A profissão requer não apenas um compromisso
ético-político, mas também uma revisão constante das normativas,
com a participação ativa dos profissionais.
Referências gerais:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812014000200016

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