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Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto,
podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das
hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente,
para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão.
Nem a editara nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais
danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação.
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
Apêndice
Inclui bibliografia
ISBN 85-352-2029-1
Algumas dicas para facilitar a edição na sua forma mais simples, que é a
que nos interessa aqui.
Capítulo 14
Primeiro Passo
É interessante ter pelo menos uma idéia do texto da cabeça - não • As imagens captadas na rua não são os únicos recursos visuais da matéria.
precisa ser o texto final- antes de começar a editar. Como a Editoria de Arte é parte integrante do Jornalismo você pode
enriquecer a edição com mapas, gráficos, desenhos. A arte não serve para
"tampar buracos de off ", mas ajuda a informar, a valorizar a notícia.
Quarto Passo • Outras vezes, uma imagem de arquivo encaminha o entendimento do
• A edição de uma matéria é trabalho de dois profissionais. O editor de assunto. O Arquivo de Imagens é fundamental na emissora, por isso pro-
texto e o editor de imagem, juntos, discutem e planejam a edição da cure entender como funciona para pedir o que deseja com clareza.
matéria na ilha de edição. • Outro ponto muito importante: a deixa de uma matéria no script é uma
• O processo é simples: sons e imagens são colados da forma que se deseja. A marcação técnica que precisa ser correta, clara e objetiva. Não pode criar
estrutura da matéria em edição vai ter como base o texto off no qual são dúvidas, não pode estar errada. Não pode ser confusa, nem ter mais de
inseridas as sonoras (entrevistas cortadas), a passagem do repórter, os sobe uma interpretação. Tem de ser exata. Mas somente a deixa do texto não é
sons, o som em BG (background), as artes até a finalização da matéria. suficiente. É preciso detalhar quem "dá" aquela deixa (o repórter, o entre-
• A edição de matérias para telejornais segue uma narrativa linear, muitas vistado, o sobe som). E, se for uma deixa de imagem, deve ser bem
vezes cronológica. Mas qualquer narrativa precisa de iscas para prender a explicada.
atenção do telespectador. Por exemplo: um off grande seguido de uma • A edição de uma matéria é totalmente subjetiva. Nunca haverá duas edi-
sonora longa provoca desinteresse. Uma edição corri ritmo e equilíbrio ções iguais do mesmo assunto realizadas por editores diferentes. Não existe
atrai o telespecrador, modelo, formato ou regra a ser obedecida. Usem a criatividade e tenham
• O offnão deve dizer o que o entrevistado vai falar. É melhor encaminhar ousadia, mas o bom senso deve prevalecer.
o texto para a sonora e despertar o interesse do telespectador.
• Não deixe de identificar nos créditos o nome do entrevistado, do repór-
Edição não-linear
ter, da cidade, do estado. São informações complementares que ajudam a
A alta tecnologia muda a concepção de edição no telejornalismo.
entender a reportagem.
• A presença do repórter na matéria pode ser variada. Evite as aberturas a Os computadores com processadores mais rápidos, placas de captura (trans-
não ser em casos excepcionais. O repórter entra na matéria quando tem formam imagens em dados), softwares específicos e com grande capacidade de
uma informação a acrescentar. Nem sempre a participação do repórter armazenamento permitem edições ágeis, diferentes e finalizadas do material
precisa estar no meio do VT, pode estar n~ encerramento ou ao lado de bruto em tempo recorde. Transformam o processo no tempo e no espaço.
um entrevistado no contra plano de uma pergunta. É um modelo que lembra o momento em que as máquinas de escrever
• Muitas vezes, a edição tem uma bela seqüência que é interrompida pela foram substituídas por computadores nas redações.
passagem do repórter. É uma entrada forçada. A passagem do repórter é a Na máquina, você escrevia cada palavra na seqüência da outra e quando
presença do autor da matéria, mas o que é bom para uma edição pode não «LI ria mudar tinha de apagar com corretivo. Mesmo assim, para caber na-
qu I espaço, pr i ava de uma palavra do mesmo tamanho, ou então rebatia
ser bom para outra.
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• Nas reportagens dos telejornais, hard news vo 1\ d 'v' vital' us I·
músicas ou trilhas son ras xt ma Õ mar ~ria, I~~
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ELSEVIER ELSEVIER o TEXTO NA TV 167
• Os softwares t am b em
' permItem
. . efeitos para a passagem de u
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Na ilha de edição convencional, temos duas máquinas de videotape: a
cena para outra, além do corte seco. O mais comum é afusão ou disso:e~
fita com material bruto "roda" na player e os trechos selecionados são grava-
acele cena some enquanto a outra aparece. Há também oIas, motion p .
dos na recorder. Um sistema de controle remoto comanda a seleção das cenas a7 e:ar, o sloui motion, em câmera lenta, ou ofreeze, para congelar ~.:::
naplayer, marcando os pontos de entrada (in) e de saída (out), e a gravação no se ecionar o trecho e aplicar o efeito, com o mouse. .
recorder. • ~ uso de efeit~s em uma edição jornalística deve ser criterioso. O excesso
Como as cenas são gravadas em seqüência (ou seja, a edição é linear), para C ~~ a datençao do telespectador para a edição e não para a informação.
se trocar uma imagem, depois de pronta a edição, é necessário fazer uma oefeito
~ eve ser usado
, q uan d o necessano para acrescentar
r • alguma infor-
cópia da matéria. maçao ao que esta sendo mostrado.
Na edição não-linear, as imagens podem ser mudadas de lugar, a qual- • Ahmatéria editada de forma não-linear precisa passar por um processo
quer momento, sem ser preciso fazer cópia. Basta arrastar a imagem de lá pra c, amado renderizaçã~ :ue vai transformar as diversas trilhas de áudio e
cá com o rnouse: um clic e pronto: temos uma nova edição! v.Ide~ mo.ntadas na edição em um único arquivo de saída. Como a rnaté-
Vamos "decupar" esse processo. A seguir, as etapas básicas de um progra- na fo: editada em ~aixa resolução, é necessário passar para alta resolução
ma de edição de imagem no computador. para Ir ao ~r. Depois de renderada, a matéria será gravada em uma rnídi
como o diSCO óptico ou vai para o ar por um play-out. Ia,
• O material bruto é transferido para o computador em uma operação cha-
mada captura (ou ingest), que transforma as imagens em dados. Os arqui- Com
d a edição
' . não-linear,
. . acaba de vez o trabalho mecâni
ecamco d e monta-
vos digitais das imagens são armazenados nos discos rígidos e o acesso a ge~ e ~a:en~s, que existia na edição linear. O computador reduz ainda
mais a distância entre a técnica e o jornalismo, e as facilidades da edição
eles é em velocidade muito rápida.
• Nos arquivos de imagens no disco rígido, é necessário selecionar os tre- garantem um melhor entendimento da informação.
chos que serão usados na matéria que será editada. É o que se chama . ialísti novos recursos de nada adiantam se não preservarmos o rigor
jorn isuco.
importar arquivos.
• No workspace, ou estação de trabalho, o monitor exibe as telas player e
recorder nos quais as imagens podem ser editadas. Se você arrastar o arqui- -- Não se esqueça:
vo para a telaplayer, terá ali todo o material "bruto" com as imagens que
serão editadas. Há um comando para marcar o início e o fim do rrech
J Nã~ imp~rta de que forma você vai editar: a decupagem é fundamental
ovens !O~nalIstas chegam às redações sem saber decupar. .
escolhido. Depois das marcações, basta arrastar co~ o mouse para a tela
Insistimos: a boa decupagem evita desperdício de tempo.Veja o modelo.
recorder. E a matéria vai sendo montada.
• Enquanto a matéria é montada na recorder, a janela da timeline (a linha do
00:03:20 geral: rua / porta teatro / gente
tempo), logo abaixo, mostra os clips lado a lado e o que você vê é uma
00:10:40 ~ atro / frente / PAN BOA / baixo pra cima
espécie de rascunho da matéria. Os clips podem s r ub rituídos ou ale ra
00: :. O IIU "'I~uditóri / vário takes
dos, com o mouse, tanto na janela da timeline orno 110 m nit r.
01: 10:' O IIl'1pll'l':tra l/rlkf'sclirerl'I1I"S / g .r al / abcrro
• Assim como pod!TI xi rir v:irins \ nn Ias de víd. 0, \,lIl1h 111 . possívcl
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ELSEVIER
168 VERA íRIS PATERNOSTRO
08:00:20
10:00:00
maestro regendo I variadas
passagem repórter I VALE A TERCEIRA
o script
13:25:00 música - direto sem corte
18:30:00 final música I
vÁRIOS ...
20:00:10 repete música I detalhes MÚSICOS I INSTRUMENTOS
29:40:00 Contraplanos I
A lauda do telejornalismo já está na tela dos terminais de computadores nos
quais também temos todas as funções da produção de um telejornal, desde a
elaboração da pauta até a exibição. As redações estão no mundo da informática.
E isso é sensacional!
A tecnologia da informação invadiu as redações na década de 1990 ba-
sicamente na forma de dois sistemas (sofrwares) o NewsMaker e o AvidNet-
Station.
A redação informatizada permite total comunicação entre os vários ter-
minais colocados nas bancadas nos mesmos locais onde anteriormente exis-
tiam as antigas máquinas de escrever.
Cada jornalista precisa de uma senha para se conectar ao sistema e pode
otimizar a tela de seu terminal de acordo com as funções que pretende utili-
zar. Cada um tem na sua tela, aquilo de que necessita.
Normalmente, há um controle hierárquico, cada pessoa tem um nível de
acesso e só pode visualizar ou editar aquilo que lhe é permitido. Esses níveis
de acesso variam conforme o trabalho de cada um na elaboração do telejornal.
Na Rede Globo, por exemplo, só tem acesso aos scripts do Jornal Nacio-
nal os editores e as chefias diretamente envolvidos no jornal, o que não impede
qll os scripts possam ser lidos (apenas lidos) por outros jornalistas que não
Irabalharn na quip que pertençam aos outros setores da redação.
Um:1 Ias gr-:llld ~1::l ns da h ada da inh rmática às redações é o
.11 esso r: pidn; ~IPIlII'o'd(' illl(lrIn:t~';ln, tais 'orno :'gt:ncias d . nOI'( ias na i -
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