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Exposição

Arthur Fortes
no Artur Fortes
Apresentação

Arthur Augusto Gentil Fortes foi um dos grandes


intelectuais sergipanos do século passado. Atuou,
principalmente, como professor, poeta, jornalista,
orador e político.
Era conhecido por seu estilo elegante de se vestir e
falar. Andava de trajado socialmente com terno branco
e uma rosa vermelha no bolso do paletó. Daí a
designação de “Poeta da Rosa Vermelha” que o
imortalizou.
Era considerado por seus contemporâneos um homem
enorme talento, orador brilhante, que tinha paixão pela
coisa pública e amou às lutas democráticas.
Seus textos, em prosa e verso, e discursos eram
apreciados na imprensa local. Era um intelectual e
político inquieto que procurou discutir os problemas
sociais através das instituições. Falava em liberdade,
em direito de opinião e contra os poderosos que se
perpetuam no poder.
Esta exposição propõe trazer informações sumárias
sobre a trajetória de Arthur Fortes no intuito de torná-
lo conhecido para a comunidade escolar do Colégio
que o tem por patrono.
Arthur Fortes (1881-1944):
vida privada

Nasceu em Aracaju no dia 23 de julho de 1881, e morreu na


mesma cidade em 27 de novembro de 1944, filho legítimo de
Antônio Augusto Gentil Fortes (1860-1904) e Antônia
Junqueira Fortes (1866?-1910).
Seu pai nasceu em Divina Pastora em 12 de janeiro de 1860,
sendo seus pais Augusto Gentil Fortes e D. Maria Pastora
Maynard Fortes. Muito jovem decidiu morar em Aracaju,
onde se dedicou a arte tipográfica. Fundou o jornal “O
Maruinense” (1886). Contribuiu para a impressão de
periódicos como “O Clarim (1888), “O Lavrador” (1889),
“Revista Literária” (1890-1891) e “A Vespa” (1891-1892). Em
1893 era funcionário dos Correios, chegando até chefe de
seção. Teve atuação política ao se eleger deputado
constituinte em 1892, sendo um dos autores da primeira
constituição republicana de Sergipe. Faleceu em 1904 de
colapso cardíaco.
Sua mãe era filha do casal laranjeirense Antonio Junqueira e
D. Francisca Junqueira. D. Antônia Junqueira Fortes era
uma dona de casa, porém letrada que apreciava poesia.
O casal teve quatro filhos, sendo que Arthur Fortes era o
primogênito. Eram irmãos dele: Leonísia e Olga Gentil
Fortes e Aristóteles Gentil Fortes.
Arthur Fortes era casado com Aristotelina Mariot Gomes
Fortes, com quem teve dois filhos Maria Luiza Mariot Fortes
e Dinorah Fortes Anderson, ambas já maior de idade.
Arthur Fortes (1881-1944):
atuação pública

 Arthur Fortes teve intensa participação na vida pública sergipana.


 O jovem Arthur Fortes frequentou as primeiras letras em Aracaju.
Fez o curso de Humanidades com o professor Alfredo Montes e no
Atheneu Sergipense. Tendo completado seus estudos na terra
natal, iniciou a carreira militar na Escola de Realengo, no Rio de
Janeiro, onde não aceitou as rígidas regras e abandonou a carreira
militar.
 De volta a Aracaju, Arthur Fortes, trabalha nos Correios de
Aracaju, repartição em que já havia trabalhado seu pai,
permanecendo até 1916, quando foi nomeado professor vitalício da
Cadeira de História Geral e História do Brasil, do Atheneu
Sergipense, tornando-se depois seu diretor. Lecionou também
Francês e História no Colégio Tobias Barreto, além de pertencer ao
corpo docente do Colégio América.
 Nesse período, desenvolve atividades jornalísticas, colaborando
em diversos periódicos da capital do Estado: Jornal do Povo,
Correio de Aracaju, Jornal de Sergipe, Almanack Sergipano,
Estado de Sergipe, O Cenáculo, Via Lucis, Diário da Manhã, Revista
da Academia Sergipana de Letras, Diário Oficial do Estado,
chegando a colaborar no Boletim de Ariel, do Rio de Janeiro.
 Arthur Fortes foi deputado estadual (1910-1911) e (1923-1925)
disputou eleição federal como membro da Aliança Liberal, em
1930. Exerceu o cargo de Secretário Geral de Governo e
Secretário da Educação, mas sempre por prazos curtos.
 Foi um dos maiores defensores da Revolução de 1930 em Sergipe,
apoiando o governo de Getúlio Vargas.
 Ele pertenceu a Maçonaria, Centro Socialista e Conselho Superior
de Ensino. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe
e membro da Academia Sergipana de Letras, ocupando como
fundador a Cadeira número 14.
Arthur Fortes (1881-1944), o poeta

Arthur Fortes se destacou nos círculos literários como


poeta. Era poeta lírico, de versos espontâneos e
fluentes.

Com apenas 19 anos já havia publicado seu primeiro


livro “Primeiro Cantos – Poesias” (1900). Esta obra tinha
98 páginas. Foi dedicada aos seus professores Alfredo
Montes, Francisco Teixeira de Farias e Balthazar Goes,
teve prefácio de Manuel dos Passos Oliveira Teles. A
obra contem 39 poesias.
Este livro é profundamente influenciado pelo
Romantismo na forma e no conteúdo. É perceptível a
influência de Castro Alves, Casimiro de Abreu, Tobias
Barreto e dos poetas do “mal do século”. Quanto a
temática, percebe-se forte presença do saudosismo, a
desesperança, a mágoa postiça, o pieguismo amoroso.
É uma obra do ultrarromantismo

Esta foi sua segunda e última obra publicada.


“Evangelho de um Triste” (1904) é um livro em
que seu autor ensaia novas experiências
literárias se afastando do romantismo e
procurando desenvolver novos temas. Embora
o conteúdo ainda seja romântico com forte
lirismo adocicado. Há tentativas de se
aproximar do Parnasianismo. O livro possuí 144
páginas, sendo 33 poesias e destas 16 são
sonetos.

Obra póstuma publicada em 1981, pelo Governo do


Estado de Sergipe, em celebração pelo centenário de
nascimento. Este livro foi organizado pelo grande
pesquisador Jackson da Silva Lima que recolheu
manuscritos e textos impressos do autor. Dentre os
manuscritos, destaca-se a obra inédita “Coisas d’Alma”
(1921) e uma série de manuscritos que se encontravam
sob a tutela das filhas dele. É um livro de 126 páginas,
composto por uma excelente crítica literária da
produção de Arthur Fortes, primeira parte dedicada ao
citado livro inédito (34 poesias) e uma segunda parte
com textos esparsos e inéditos (36 poesias)
Arthur Fortes, o professor e
mestre de gerações

 Arthur Fortes ficou conhecido também por ter sido por décadas
professor de diversas gerações de jovens aracajuanos.
 Como estudante era tido por seus mestres, como uma aluno
brilhante. Porém não optou pelo magistério como primeira
opção de vida. Tinha a formação em Humanidades pelo
antigo Atheneu Sergipense.
 Pretendeu carreira militar e dos Correios. Todavia, por decreto
de 15 de julho de 1916 foi nomeado professor vitalício da
cadeira de História Geral e do Brasil do Atheneu Sergipense.
 Além de lecionar nessa tradicional instituição de ensino, foi
professor de História e Francês no Colégio “Tobias Barreto” e de
Geografia e Francês pelo “Instituto América”. Nessas três
instituições de ensino da capital sergipana, Arthur Fortes teve
muitos admiradores entre seus alunos, a exemplo de Maria
Thétis Nunes (1923-2009). Aposentou-se como professor.
Arthur Fortes, o jornalista e
orador

 Arthur Fortes foi um jornalista completo. Recebeu forte influência


do pai que era tipógrafo e desde muito jovem, escrevia poesias
em jornais. Seus artigos, crônicas, comentários ocupavam sempre
um lugar de relevo nos antigos jornais sergipanos do começo do
século passado.
 É possível perceber a leveza do poeta e o esforço retórico e
contundente do político nos seus escritos. É possível ver pelo
menos quase uma centena de textos dele publicado em jornais. O
“Correio de Aracaju”, “O Diário da Manhã”, “Sergipe-Jornal”,
“Século XX”, “Jornal do Povo” e “A Razão”.
 E revistas como “A Sergipana”, “Academia Sergipana de Letras”,
“Almanaque de Sergipe”, “Renovação” e “Vida Sergipana”.
Arthur Fortes: morte e
homenagens

Faleceu com 63 anos, em sua residência na Avenida


Barão de Rio Branco, n. 465, no Centro de Aracaju, em
27 de novembro de 1944.
A causa da sua morte foi colapso circulatório
associado a insuficiência cardiorrenal, provavelmente
associada a uma tuberculose, doença muito
recorrente naquela época. Foi sepultado no dia
seguinte no Cemitério Santa Isabel.
Muitas foram as homenagens prestadas a ele na
imprensa e nas instituições que ele lecionou.
Só a rede estadual de ensino de Sergipe tem duas
escolas que tem Arthur Fortes como patrono. Há um
colégio de ensino fundamental em Aracaju e o
Colégio Estadual “Professor Artur Fortes”, em Carira,
criado em 1957, como grupo escolar rural, em 27 de
novembro de 1957, em celebração à memória dos 13
anos do falecimento do professor Artur Fortes.
Créditos

GRUPO DE TRABALHO:
Ana Carla Tavares
Carlos Eduardo de Azevedo Pereira
João Hélio de Almeida
Mário César Mota de Almeida
Mario Cesar Santos Aragão
Vanderlene das Neves Santana
Wanderlei de Oliveira Menezes

EQUIPE DIRETIVA DO “COLÉGIO ESTADUAL “PROF. ARTUR


FORTES”:
Diretora: Joilda Martins da Costa Oliveira
Secretário: André Félix dos Santos
Coordenadoras: Carla Roberta Santos Campo, Jacqueline Lima da
Silva e Rose Gleyce Santos Costa Dantas

DIRETOR DA DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO 03:


Gladston dos Santos

SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E CULTURA


José Macedo Sobral

GOVERNADOR DO ESTADO
Fabio Cruz Mitidieri

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