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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA HELOISA

CARIELLO, MM. JUÍZA DO DO EGRÉGIO TRIBUNAL


REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO

PROCESSO Nº: 0600161-61.2022.6.08.0000

PARTIDO LIBERAL (PL) – DIRETÓRIO ESTADUAL,


partido político devidamente registrado no Tribunal Superior
Eleitoral, inscrito sob o CNPJ sob o nº 08.951.663/0001-01, com
a sede à Praça Presidente Getúlio Vargas, nº 35, Sala 114, Ed.
Jusmar, bairro Centro, Vitória/ES, CEP: 29.050- 350, E-mail:
ples22estadual@gmail.com, neste ato representado pelo
Presidente do Diretório Estadual, Sr. MAGNO PEREIRA
MALTA, brasileiro, divorciado, portador do CPF N.º
152.725.674-04 e CI nº 2067764 SSP-PE, situado no endereço:
Rua da Ameixeira, 78, Aptº 202, Ed Santa Úrsula, Itapuã, Vila
Velha – ES, CEP: 29701-751, E-mail: ples22estadual@gmail.com
HYPERLINK "mailto:ples22estadual@gmail.com", vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar

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ALEGAÇÕES FINAIS

nos autos da AÇÃO DE PERDA DE MANDATO ELETIVO


EM RAZÃO DE DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA SEM
JUSTA CAUSA, que lhe é promovido pelo partido
PATRIOTA (PATRI) – DIRETÓRIO ESTADUAL, partido
político devidamente registrado no Tribunal Superior Eleitoral,
inscrito sob o CNPJ sob o nº 20.092.104/0001-80, com a sede à
Av. Estudante José Julio, nº 1.850, bairro Praia de Itaparica, Vila
Velha/ES, CEP: 29.102-010, E-mail: es@patriota51.org.br, neste
ato representado pelo Presidente do Diretório Estadual, RAFAEL
FAVATTO GARCIA, conforme Certidão de Composição em
anexo (Doc. 01), e PATRIOTA - PATRI, Órgão de Direção
Municipal de Partido Político, inscrito no CNPJ sob o nº
24.913.563/0001-39, sediado à Rua Augusto Ruschi, bairro
Fradinhos, Vitória/ES, neste ato representado por seu
Presidente, Sr. Leonardo Passos Monjardim, conforme Certidão
de Composição em anexo (Doc. 02), e LEONARDO PASSOS
MONJARDIM, brasileiro, solteiro, Diplomado como 1º
Suplente ao Mandato Eletivo de Vereador do Município de
Vitória nas Eleições 2020 (Doc. 06), inscrito no CPF sob o nº
031.594.987-27, residente à Rua Helena Monjardim, nº 25,
bairro Fradinhos, Vitória/ES, CEP: 29.042-645, pelos motivos de
fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

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Trata-se de ação de perda de mandato eletivo
ajuizada pelo autor por, supostamente, o requerido Gilvan
Aguiar Costa ter incorrido em infidelidade partidária. Isso
porque, nas suas alegações, Gilvan teria se filiado a outro partido
sem que ocorresem as causas legais que o autorizassem.

Alega o autor que o Gilvan é filiado ao Partido


Patriota desde 02/04/2020 e que exerce o cargo de vereador no
Município de Vitória, do qual nao se desfiliou até a presente data
e que nada obstante, estaria filiado ao partido Liberal, ora
constante.

Alega com isso que houve, por parte do


primeiro requerido, desfiliação sem justa causa, requedendo que
o mesmo perc do mandato eletivo que exerce.

Exa., os fatos não ocorreram conforme aduzido


pelo autor, o que ficou demonstrado na isntrução processual.

DA REALIDADE DOS FATOS

O primeiro requerido Gilvan Aguiar Costa


atualmente exerce o mandato de Vereador no Município de
Vitória/ES e incialmente era membro do partido autor.

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De fato, na data de 31 de março de 2022,
Gilvan filiou-se ao Partido Liberal- PL, conforme ficha e certidão
constante nos autos, exercendo direito assegurado pela
Constituição Federal, artigo 14, § 3º, V, que é, inclusive, condição
de elegibilidade, já que o Brasil adota a democracia
representativa partidária, os partidos políticos devem ser o elo
entre os anseios dos segmentos populares e o Estado.

O Partido Liberal (PL), anteriormente


conhecido como Partido da República (PR), é um partido político
brasileiro de direita, fundado e registrado oficialmente em 2006.
Atualmente, o partido é base de apoio ao Governo Federal e o
atual Partido do Presidente Jair Messias Bolsonaro.

Para tal, o requerido preencheu regularmente a


ficha partidária e declarou estar voluntariamente engajado com
a ideologia do partido e integrado com as militâncias de suas
causas.

Corroboramos que o Vereador Gilvan Aguiar


Costa, vem participando de diversas reuniões partidárias, tanto
das esferas municipais e estaduais, sempre evidenciando em
suas falas os posiciosamentos de direita, apoiando e defendendo
ideias conservadores, coincidentes com as do partido PL e
demonstrando apoio irrestrito ao maior representante eleito do
partido, o nosso Presidente da República, Jair Messias
Bolsonaro.

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E por assim e por nao haver impedimento legal,
é que o primeiro requerido é hoje, membro do Partido Liberal.

DO MÉRITO

Registra-se que o político, Gilvan Aguiar Costa,


preencheu os requisitos para se tornar um membro do PL, tanto
ideológicos, quanto legais. Ideológicos por ser um defensor das
causas defendidas pelo partido e legais por ter requerido sua
desfiliação ao Partido autor e, inclusive, demonstrado os motivos
pelos quais o fazia.

Esclareceu o primeiro requerido que estava


sendo vítima de discriminação política pessoal e que não havia
mais condições de se manter no Partido Patriota.

Demonstradas tais irregularidades juntamente


com seu pedido de desfiliação, passou o vereador então a
participar das reuniões e eventos do primeiro requerido.

Com o advento da Lei nº 13.165/2015 foi


incluído o artigo 22-A na Lei dos Partidos Políticos, assim
redigido:

Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo


eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo
qual foi eleito. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

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Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a
desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

I - mudança substancial ou desvio reiterado do


programa partidário; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)

II - grave discriminação política pessoal; e


(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)

III - mudança de partido efetuada durante o período de


trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em
lei para concorrer à eleição, majoritária ou
proporcional, ao término do mandato vigente. (Incluído
pela Lei nº 13.165, de 2015.

No caso que se apresenta, o requerido


sofreu discriminação política pessoal por discordar dos
rumos que o partido Patriota vinha tomando, por
divergencias com seus representantes, e por isso
incorreu no direito de se desfiliar do Partido Patriota.

Vejamos trecho dos depoimentos colhidos em


audiência.

Testemunha Carlos Alves Salvador, tesoureiro e


articulador político do Partido PL .

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“...; a vinda do vereador Gilvan ao partido liberal, se dá
pelo que o partido representa, pela sua ideologia
partidária; Pátria, Família, Liberdade, Deus e as suas
pautas conservadoras;...;

Foi perguntado para a testemunha se ela tinha conhecimento da


saída do vereador e sobre o desentendimento com o Patriota e
ele assim respondeu:

“...; que pelo conhecimento que teve até da imprensa,


que a insatisfação do vereador Gilvan da Federal, era
pelas pautas que ele defende e que o partido patriota
não comungava, tendo em vista o relacionamento do
patriota com o governo do estado;

Perguntado sobre o conhecimento que tem da


saída do deputado Capitão Assunção do Partido Patriota para o
partido PL oportunidade em que a testemunha afirmou:

“que tudo indica ter saído de forma pacífica do


patriota;...; que atualmente o vereador Zé Preto é
filiado ao PL;...; que conforme o seu conhecimento, esse
vereador saiu de forma pacífica do Patriota e que não
tem nenhuma ação Judicial de cassação pela desfiliação
partidária envolvendo o capitão Assumção e o vereador
Zé Preto, que eram do Patriota e hoje estão no Partido
PL.

Verifica-se que é do conhecimento da


testemunha que o primeiro requerido havia se desfiliado do

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Partido Patriota e que tal se deu pelo fato de divergências de
ideologias, sendo que Gilvan não comungava mais com os rumos
que o partido vinha tomando.

A Testemunha Dr Carlos Zaganelli, por sua vez,


declarou que:

“...; que o patriota é cohecido no mercado político como


um partido de direita;...; que foi criado para ser um
partido de direita, com um viés conservador;...; que o
patriota não estava dando a Gilvan todos seus direitos
patidários, tanto antes como depois de eleito; que
Gilvan reclamava que estava sendo preterido e que o
partido não estava levando à risca seu estatuto; que
realmente ouvia isso de outros juristas e parlamentares
que o Gilvan estava sendo preterido; que a postura de
alguns dirigentes do partido, e aí destaco o
protagonismo nessa estranha relação entre o que o
partido era na sua essencia e o que ele praticava na
Assembleia atraves do Presidente Estadual Dra Rafel
Favato e Presidente na Municipal Dr Leonardo
Monjardin; que nunca viu o patriota mudando sua
ideologia ou seu estatuto, o que foi, é que seus
dirigentes nao praticavam o que estava ali; essa era a
percepção que eu tive enquanto jurista ao analisar caso
do Gilvan;...; a conclusão que chegava disso era
justamente por conta do dia a dia na assembleia
lesgislativa; que o discurso do Presidente do Estadual,
era de apoio ao Governo estadual que é de esquerda e
centro esquerda, mas mais de esquerda, de apoio a
partidos de esquerda, aliança com pautas que sao
ordenadas pela esquerda;...; volto a falar, não via

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mudança no estatuto do partido e sim dos seus
dirigentes, trabalhando e apoiando as pautas de
esquerda;...;
Que foi muito estressante a entrada do Gilvan no
Patriotas, que a resistência era por parte do diretório
municipal;...; que quando Givan entrou o
inconformismo era latente;...; que a discriminação não
era escondida de niguém, que era de conhecimento
geral;...; o fato de que parlamentares saíram do partido
e tiveram a benção do partido todo mundo sabe;...; que
se Gilvan, for retirado da cadeira de vereador o
Leonardo Monjardin assume como suplente, isto está
bem claro; que Gilvan rotineiramente ia para a Tribuna
reclamar da postura do Presidenre do Partido; que
Gilvan ficava revoltado; ...”.

Fica claro que o beneficiado com o


deferimento dessa ação, seria o Leonardo Monjardim,
atual presidente do patriota em vitória e suplente do
vereador, e que desde a filiação do vereador Gilvan ao
partido Patriota, ele teve dificuldades de ser aceito pelo
Leonardo.

Dr Zaganeli corroborou que o Vice Presidente


do PATRIOTA o Sr Leonardo Monjardim, atual suplente do
Gilvan, desde o início teve dificuldades de aceitar a entrada do
vereador Gilvan no Partido Patriota e que todo mundo sabe
disso. Afimou ainda que Gilvan, passando a Câmara Federal, ou
se perder o mandato, o Leonardo, vice presidente assumiria sua
vaga.

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Aos minutos 43m foi perguntado ao Dr.
Zaganeli como consultor da área política, o que ele sabia sobre a
sobre a maior insatisfação do Gilvan e sua saída do Patriota.

Não há dúvidas de que Gilvan sofria


perseguição dentro do partido e que desde de sua pré-
candidatura teve problemas com alguns integrantes.

Exa., não teve outra saída ao requerido do que


se desfiliar do partido autor e o ora constestante, por não
vislumbrar qualquer irregularidade, o aceitou no partido.

Conforme a lei dos partidos – Lei nº 9.096 de


19 de setembro de 1995 - a discriminação pessoal é uma justa
causa para desfiliação partidária.

Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo


eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo
qual foi eleito.

Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a


desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:

Ac.-TSE, de 28.4.2022, nos ED-Pet nº 060048226:


para as eleições de 2018, a carta de anuência oferecida
pelos partidos políticos aos representantes individuais,
eleitos pela legenda, configura justa causa para a
desfiliação partidária sem acarretar a perda do

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mandato.

I – mudança substancial ou desvio reiterado do


programa partidário;

II – grave discriminação política pessoal; e

Pois bem, se houve discriminação


política pessoal como ficou claro, não houve
irregularidade na desfiliação do primeiro requerido ao
Partido Patriota e, por consequente, também não houve
irregularidade em sua filiação ao partido ora
requerido.

O TSE assim trata o tema:

Ac.-TSE, de 25.11.2021, na Pet nº 060063996: “[...] não


configura grave discriminação a punição a
parlamentares que descumprirem a orientação de
bancada, salvo se comprovada a prévia pactuação de
garantia de autonomia política ao filiado e restrição ao
poder disciplinar da agremiação”.

Ac.-TSE, de 11.11.2021, nos ED-Pet nº 060064336: os


votos nominais conferidos ao parlamentar desfiliado
por justa causa serão mantidos com o partido pelo qual
foi eleito para fins de distribuição do Fundo Partidário e
do tempo de propaganda eleitoral, salvo quanto à
migração para partido novo.

Ac.-TSE, de 7.10.2021, na AJDesCargEle nº

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060024958: necessidade de relevância da subversão ao
programa ou à ideologia partidários e exigibilidade de
demonstração de fatos certos e determinados que
tenham o condão de afastar o mandatário do convívio
da agremiação ou revelem situações claras de
desprestígio ou perseguição.

E, nao restam dúvidas de que em casos


análogos esse é o entendimento jurisprudencial:

RESOLUÇÃO Nº 38/2022 TRE-ES. AÇÃO DE


JUSTIFICAÇÃO DE DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA/PERDA
DE CARGO ELETIVO (12628) -
0600069-83.2022.6.08.0000 - Cariacica - ESPÍRITO
SANTO.ASSUNTO: [Justificação de Desfiliação
Partidária]REQUERENTE: PAULO ROBERTO DE
OLIVEIRAADVOGADO: RODRIGO BARCELLOS
GONCALVES - OAB/ES15053
REQUERIDO: PARTIDO REPUBLICANO DA ORDEM
SOCIAL (PROS) - ESTADUAL
FISCAL DA LEI: PROCURADORIA REGIONAL
ELEITORALRELATOR: DR. ROGERIO MOREIRA
ALVES.EMENTA. AÇÃO DECLARATÓRIA DE JUSTA
CAUSA PARA DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA. GRAVE
DISCRIMINAÇÃO POLÍTICA
PESSOAL. AFASTAMENTO DO CONVÍVIO DA
AGREMIAÇÃO.1. A legislação elenca como justa causa
para a desfiliação partidária a “grave discriminação
política pessoal”. 2. A “grave discriminação política
pessoal” pode ser inferida da cumulação de fatos
indicativos do alijamento velado do Requerente do
convívio da agremiação. Esse alijamento foi

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exteriorizado pela abrupta exclusão do Requerente do
órgão estadual do partido e pela omissão do partido em
constituir diretório municipal.3. De acordo com a
jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, a justa
causa para a desfiliação se configura não só quando há
situações claras de desprestígio ou perseguição, mas
também quando o mandatário é afastado do convívio da
agremiação, quando há marginalização ou supressão de
acesso às decisões políticas.4. Pedido julgado
PROCEDENTE para declarar justa causa para a
desfiliação do Requerente.Vistos etc.Resolvem os
Membros do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral do
Espírito Santo, em conformidade com a Ata e Notas
Taquigráficas da Sessão, que integram este julgado: À
unanimidade de votos, JULGAR PROCEDENTE O
PEDIDO, nos termos do voto do eminente Relator.Sala
das Sessões, 30/03/2022. DR. ROGERIO MOREIRA
ALVES, RELATOR;

AÇÃO DECLARATÓRIA DE JUSTA CAUSA PARA


DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA COM PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA. CARTA DE ANUÊNCIA DO
PARTIDO REQUERIDO. ALEGAÇÃO DE GRAVE
DISCRIMINAÇÃO POLÍTICA PESSOAL. TUTELA DE
URGÊNCIA DEFERIDA.
PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. 1. Consoante
demonstrado em Carta de Anuência (ID 21788732), o
Partido requerido afirma categoricamente que concorda
com a saída e desfiliação do requerente sem que tal
configure infidelidade partidária e sem a perda do
mandato eletivo, visto faltar interesse ao Partido na
continuidade da filiação. De igual forma, devidamente
citado para apresentar manifestação, o Movimento

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Democrático Brasileiro reiterou a informação. Resta
atendido, portanto, o dispositivo constante do Artigo 17,
§ 6º, da Constituição Federal. 2. Por outro lado, em sede
de inicial, o requerente também afirma que estaria
sofrendo grave discriminação pessoal por parte do
Partido requerido, o que configuraria o inciso II do
Parágrafo único do artigo 22-A da Lei 9.096/1995. No
entanto, à esteira do bem fundamentado parecer do
Procurador Regional Eleitoral, não restou provada a
citada discriminação. 3. A hipótese dos presentes autos
encontra resguardo no Artigo 17, § 6º da Constituição
Federal, motivo pelo qual a ação deve ser julgada
procedente. (TRE/PI, FILIACAO PARTIDARIA n
060008388, ACÓRDÃO n 060008388 de 09/05/2022,
Relator LUCICLEIDE PEREIRA BELO, Publicação:
DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 12/05/2022);

Nos casos acima, foi reconhecido que os


mandatátios tiveram motivos suficientes para deixar os partidos
e foi reconhecida a justa causa de sua desfiliação.

Da mesma forma, o primeiro requerido sofreu


perseguição o que fez com que sua permanência no partido pelo
qual se elegeu se tornou impraticável.

Em verdade, houve uma sucessão de fatos que


revelaram o abandono e a falta de apoio ao parlamentar,
configurando, repita-se, grave discriminação pessoal, apta a
ensejar justa causa para a migração partidária.

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Notem que os depoimentos das testemunhas
são límpidas em afirmar que houve mudança de ideologia por
parte dos dirigentes do Partido, que não coadunam com as
ideologias defendidas por Gilvan.

Diante de todos os depoimentos e provas


colhidas no presente processo, ficou mais que provado que o
primeiro requerido teve justo motivo para deixar o Partido
Patriota, o qual passou a nao mais representar seus ideais.

Por certo, com a mudança de ideologia por


parte dos dirigentes do Partido, a relação com Gilvan passou a
nao ser mais amistosa, conforme deixou claro a testemunha
Zaganeli quando afirmou que por diversas vezes ele foi a Tribuna
fazer tais reclamações.

Enfim, todos as provas confirmam o alegado


pelas defesas dos requeridos e, nesse caso, não há que se cogitar
em qualquer penalidade ao vereador Gilvan Aguiar Costa.

Frise-se: todas as provas colhidas no decorrer


da instrução corroboram que houve justa causa para a desfiliação
partidária e que essa foi devidamente oficilizada na data de
10/03/2022.

Por fim, e pelo que mais consta nos autos,


requer esta defesa a improcedência da ação de perda de mandato

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eletivo promovida pelo Partido Patriota em desfavor do primeiro
requerido.

DOS PEDIDOS

Dessa forma, diante o exposto, requer que seja


esta demanda julgada totalmente improcedente.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Vitória/ES, 24 de Setembro de 2022.

ADRIANA CELIA Assinado de forma digital por


ADRIANA CELIA SARTORIO BAZON
SARTORIO BAZON Dados: 2022.09.25 00:40:37 -03'00'
__________________________________________________________
ADRIANA CÉLIA SARTÓRIO BAZON

OAB/ES 26515

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