O documento discute a distribuição do filme "Nada a Perder 2" no Brasil. Houve controvérsia porque ingressos foram distribuídos gratuitamente em igrejas, o que inflou os números de bilheteria em comparação com o público real. Isso levantou questões sobre a precisão da medição de público e a influência de instituições religiosas na promoção de produtos culturais.
O documento discute a distribuição do filme "Nada a Perder 2" no Brasil. Houve controvérsia porque ingressos foram distribuídos gratuitamente em igrejas, o que inflou os números de bilheteria em comparação com o público real. Isso levantou questões sobre a precisão da medição de público e a influência de instituições religiosas na promoção de produtos culturais.
O documento discute a distribuição do filme "Nada a Perder 2" no Brasil. Houve controvérsia porque ingressos foram distribuídos gratuitamente em igrejas, o que inflou os números de bilheteria em comparação com o público real. Isso levantou questões sobre a precisão da medição de público e a influência de instituições religiosas na promoção de produtos culturais.
Distribuição de cinema e o não consumo de "Nada a Perder"
O streaming mudou o consumo do audiovisual, atualmente pode ser
assistido no tablet, celular, nos cinemas, em casa, pelo computador. O papel do distribuidor é conectar o filme com a audiência e público, descobrir onde o seu público está, como que ele está consumindo, quais são os agentes de mercado que compram esse público. O setor de distribuição é também responsável pela articulação dos meios necessários para a divulgação do filme, visando seu consumo pelo maior número de pessoas possível. As empresas distribuidoras desenvolvem planos de lançamento, divulgação e distribuição de acordo com as características específicas de cada filme, com base no público que se espera alcançar na sala de cinema, o perfil dos espectadores alvo, de acordo com a temática, linguagem, forme de consumo de audiovisual etc., grande parte das vezes acompanhando o processo de desenvolvimento do filme desde sua concepção.
ETAPA 1: PRODUÇÃO
A produção é a etapa em que os interesses artísticos e materiais são
conjugados no planejamento e na criação de um filme. Assim, a elaboração do roteiro e os processos de criação da fotografia, dos figurinos, da cenografia e da música devem ser viabilizados por esforços financeiros e administrativos de um grupo de gestores, a produção executiva. O desenvolvimento das ideias do filme, seguida da fase de pré-produção, etapa de elaboração de cronogramas, consulta a profissionais sobre a viabilidade do trabalho e outros, produção propriamente dita e pós-produção. A pós-produção acontece após o término das filmagens e consiste nos expedientes artísticos de edição, montagem e mixagem, como nos atos administrativos de prestação de contas e na análise financeira do projeto.
ETAPA 2: DISTRIBUIÇÃO
O governo federal brasileiro, assim como as TV 's, os órgãos de fomento às
artes das cidades e outros têm um papel fundamental nessa parte. É aqui que o cinema chega às pessoas. Como sua divulgação é de interesse público e privado, há diversos apoiadores envolvidos na fase de distribuição. Os pontos de vendas dos filmes brasileiros são os cinemas, as TV 's, os festivais de cinema e as plataformas de streaming, como Netflix e Amazon Prime Video. O nosso “supermercado” são os produtores e também as produtoras empresas que fazem sua distribuição. Se a criação de um filme é um risco para o produtor, quando ele consegue uma distribuição, esse risco é transferido ao distribuidor. É ele que deve decidir qual é o melhor plano de marketing para o filme, que tipo de lançamento será feito (regional ou nacional), que mídias usar na divulgação e assim por diante.
ETAPA 3: EXIBIÇÃO
Se o filme chega aos cinemas, às plataformas de streaming ou aos canais
de televisão, significa que ele está nas mãos do distribuidor. É esse profissional que vai aplicar diversas estratégias para monetizar a exibição e recuperar o que investiu para ter o filme: ingressos, publicidade, aumento no número de usuários do seu serviço (no caso de streaming), etc. Entretanto, tivemos no cenário Brasileiro casos que escancaram o mal uso desta distribuição. O filme "Nada a Perder 2" é uma sequência do filme recordista de bilheteria no Brasil, tendo vendido mais de 11,9 milhões de ingressos, à frente de "Os Dez Mandamentos" e `'Tropa de Elite 2". No entanto, há controvérsias sobre a veracidade dos números de público em relação ao filme original. Muitos ingressos foram distribuídos em igrejas, resultando em salas aparentemente lotadas, mas com muitos assentos vazios. Na estreia de "Nada a Perder 2", foi observada uma discrepância entre o número de ingressos vendidos e o público presente. O filme teve um lançamento mais modesto em comparação ao primeiro, sendo exibido em 800 salas no primeiro fim de semana, em contraste com as mais de 1.100 salas do antecessor. Isso influenciou na audiência após quatro dias da estreia, com a sequência vendendo 1,3 milhão de ingressos em comparação aos 2,3 milhões do primeiro filme. Houve relatos de que ingressos foram distribuídos nas igrejas da Igreja Universal do Reino de Deus, permitindo que os frequentadores obtivessem bilhetes gratuitos para o filme. A reportagem visitou várias salas de cinema em São Paulo e testemunhou a discrepância entre os ingressos vendidos e o público presente. Em algumas salas, o número de espectadores presentes foi significativamente menor do que o número de ingressos vendidos. A prática de distribuir ingressos nas igrejas resultou em uma presença de público menor do que o esperado nas sessões de "Nada a Perder 2". Mesmo em sessões supostamente lotadas, havia muitos assentos vazios. O clima de excursão também foi observado, com grupos de espectadores entrando e saindo das salas em intervalos curtos. Em resumo, o filme "Nada a Perder 2" enfrentou desafios em relação à precisão dos números de público devido à distribuição de ingressos em igrejas, resultando em salas de cinema com menos espectadores do que os ingressos vendidos sugerem. Isso impactou a comparação com o sucesso do filme original em termos de público presente. No Brasil, principalmente através de igrejas, é discutido como essa abordagem afetou a percepção dos números de público e a comparação com o filme anterior. Isso nos permite fazer algumas comparações em relação aos meios de distribuição no Brasil: A distribuição de ingressos em igrejas mostra como as instituições religiosas podem desempenhar um papel significativo na promoção de eventos culturais. A abordagem utilizada pela Igreja Universal do Reino de Deus destaca a influência das igrejas e seus seguidores na divulgação de produtos culturais, como filmes. A estratégia de distribuição em igrejas pode inflar os números de bilheteria, uma vez que os ingressos podem ser distribuídos gratuitamente e nem todos os bilhetes distribuídos são necessariamente usados. Isso demonstra como os números de público podem não refletir completamente o interesse ou sucesso real do filme. A comparação dos números de público de "Nada a Perder 2" com outros filmes brasileiros, como "Os Dez Mandamentos" e "Tropa de Elite 2", destaca as diferentes abordagens de distribuição e como elas podem influenciar as estatísticas de bilheteria. Isso levanta questões sobre a comparabilidade desses números entre diferentes filmes. Desafios na Medição do Público: A prática de dar ingressos nas igrejas e a presença de assentos vazios nas salas de cinema destacam os desafios na medição precisa do público em eventos culturais. Isso aponta para a necessidade de métodos mais confiáveis e transparentes de coleta de dados de público. A distribuição gratuita de ingressos, muitas vezes associada a instituições religiosas, pode influenciar a maneira como o público comparece a eventos cinematográficos. Isso indica a interseção entre cultura, religião e entretenimento no Brasil. Em resumo, a controvérsia em torno do filme "Nada a Perder" abrangeu uma série de questões, incluindo a objetividade da narrativa, a distribuição de ingressos em igrejas e a possível influência da igreja no filme. Essas polêmicas geraram discussões sobre a transparência na produção e na promoção de filmes baseados em figuras religiosas e suscitaram questões mais amplas sobre a relação entre mídia, religião e percepção pública. Este exemplo é justamente evidenciar um caso mal intencionado, para que possamos entender o mercado e suas dinâmicas legais e criminosas. O mercado cinematográfico passa e tende a passar por mudanças drásticas em sua dinâmica. Independente do cinema ao streaming a obra deve ser democrática em seu fluxo de produção, exibição e consumo.
Pedro Baria Camargo Figueiredo -22101188
Giovanna Teixeira -22101715 Anna Carolina Demarzo Lopes- 21101905 Eduardo Tenório- 22101288 Kauan Okuma Bueno- 22101105 4.1
Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
Índice de comentários
4.1 Atividade foi debatida em aula e teve aqui boa solução. Atende ao pedido.
Cinema brasileiro no século 21: Reflexões de Cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os rumos da cinematografia nacional