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QUESTÃO 01
O Rock in Rio é um dos maiores e mais famosos festivais de música do mundo com uma
rotina bienal bem estabelecida, alternando os seus eventos entre Lisboa e a sua sede original no
Rio de Janeiro. Em 2019, a Cidade do Rock irá encher-se, uma vez mais, com os sons da música
de grandes estrelas globais, não só do universo do rock, mas também do pop, funk, soul, MPB,
música eletrônica e muito mais.
Imbuído em história, com o seu próprio hino de festival, pirotecnia lendária e uma lista de
artistas que mais parece um quem é quem dos maiores nomes modernos da música, o Rock in Rio
é verdadeiramente um dos titãs do mundo dos festivais.
Lançado pela primeira vez em 1985, a partir do sonho de seu idealizador e fundador, Roberto
Medina, ao longo das décadas o Rock in Rio se tornou uma das marcas e empresas mais
emblemáticas da América Latina, uma plataforma gigantesca de experiências e um grande case de
sucesso para qualquer gestor.
Antes de tudo, é necessário encarar o festival não apenas como um evento de música. É
preciso encará-lo como um ecossistema inteiro de experiências. Você já parou para enxergar o seu
negócio dessa maneira? Não apenas um provedor de produtos ou serviços, mas sim, um ambiente
que proporciona experiências para seus clientes?
Desde as primeiras edições do evento, a música e o grandes artistas sempre foram um meio
para que uma experiência inesquecível fosse entregue. A música é uma espécie de idioma
universal e, por isso, serviu como parte da estratégia de toda a entrega de experiência do festival.
O Rock in Rio é, sobretudo, uma plataforma de experiências. O ponto central de uma
equação que engloba também outros personagens, como pessoas em busca de experiências
inesquecíveis e marcas que querem estar presente nesses momentos.
Quando o Rock in Rio surgiu, era extremamente incomum que eventos apostassem no
modelo de negócios baseado em patrocínios, preferindo escolher como foco a bilheteria. Dessa
forma, desde o início, a empresa conseguiu criar um ecossistema de negócio onde tanto usuários
quanto marcas tirem valor.
O modelo mais comum de parcerias e patrocínios em eventos acontece quando empresas
ganham espaço para expor sua marca, através de placas e banners, por exemplo. A grande
diferença do evento de música, em termos de experiência, é que as marcas são parte do show.
As marcas não são meras patrocinadoras. Elas são vistas, sobretudo, como parceiras. Existe
uma simbiose entre Rock in Rio e marcas, onde o evento deve servir como espaço e vitrine para
que elas possam prover grandes experiências para os consumidores.
Em um mundo cheio de informações, anúncios e propagandas por todos os lugares, os
consumidores não se importam em interagir ou em ver uma marca no evento, desde que aquilo
adicione valor à experiência.
Com base na situação retratada, elabore um texto dissertativo que contemple os seguintes
tópicos:
• Qual a importância de fazer uma gestão financeira em um projeto tão grandioso como
é feito no Rock in Rio;
• Qual a relação da estratégia competitiva e a gestão dos recursos num mercado tão
competitivo como é o das empresas de entretenimento;
QUESTÃO 02
Que a pandemia do COVID-19 atingiu a maioria das empresas do mundo, não é novidade.
Mas a Disney pertence a um seleto grupo de companhias em que a epidemia a fez ganhar e perder
na mesma proporção. E um grupo de analistas do Well Fargo, uma das maiores instituições de
serviços financeiros dos EUA, mostrou quais das 11 divisões do conglomerado ganharam ou
perderam valor de mercado no meio dessa crise. Confira na tabela abaixo:
De modo geral, os analistas do Well Fargo preveem que a Disney, como um todo, perca 26%
de valor de mercado por causa da pandemia - atualmente, o conglomerado tem valor de mercado
de US$ 213 bilhões. O relatório afirma que um dos fatores determinantes para essa queda é a
grave crise na divisão de parques da empresa, a principal impactada pelo corona vírus, perdendo
65% do seu valor de mercado - na esteira dos parques, a divisão de produtos de consumo também
sofreu uma diminuição de 59%. A instituição estima que os parques da Disney permaneçam vazios
pelo resto do ano fiscal da empresa, que termina em setembro. Para piorar, eles ainda devem
funcionar apenas com metade da capacidade no próximo ano fiscal, já que a ideia é limitar a
aglomeração
"Enquanto não tivermos testes significativamente melhorados e / ou uma vacina [contra o
Covid-19] amplamente disponível, é difícil imaginar longas filas nos parques, não importa o quanto
as pessoas possam queiram ir ao [Walt Disney World] ", afirmou a Well Fargo em nota. "Vemos o
fator limitante como tecnologia de assistência médica, pois ativos como o Walt Disney World
precisarão operar com distanciamento social no local - limitando significativamente a capacidade -
ou uma vacina precisará estar disponível em tempo suficiente para que a população se sinta
novamente segura em tal situação. Os testes também podem melhorar, permitindo que os clientes
com imunidade / anticorpos se comportem um pouco mais livremente ".
Bob Iger, presidente executivo da Disney e ex-CEO, afirmou que a empresa estava
discutindo se seria necessário implementar verificações de temperatura em seus parques,
semelhante à maneira como verifica as malas dos visitantes.
"Uma das coisas que já discutimos é que, para retornar à normalidade, as pessoas terão que
se sentir confortáveis por estarem seguras", disse Iger. "Parte disso pode vir na forma de uma
vacina, mas, na ausência dela, pode vir basicamente de mais escrutínios e mais restrições. Assim
como agora fazemos testes de bagagem para todos que entram em nossos parques, pode ser que
em algum momento adicionamos um componente que leva a temperatura das pessoas, por
exemplo ".
Streaming pode ser a salvação
A análise do Wells Fargo, no entanto, é mais otimista com os serviços de streaming da
Disney. "Achamos que a criação de valor do Disney Plus (e mais tarde no Hulu) seria suficiente
para compensar um ambiente em declínio para as redes de mídia", afirmaram os especialistas.
A confiança nessa divisão se converte em números. Nas estimativas da instituição, os
serviços de streaming Disney Plus e Hulu foram os únicos que ganharam uma valorização de
mercado: 15,6% e 22%, respectivamente. Além disso, o valor de mercado da ESPN Plus também
não se alterou. Mesmo outros segmentos audiovisuais, como canais de TV a cabo e redes de TV,
tiveram uma desvalorização menor.
O otimismo nessas divisões tem uma explicação prática: como o público precisa ficar
confinado em casa por causa do corona vírus, o consumo de conteúdo em serviços de streaming
e canais de TV aumenta exponencialmente.
No entanto, um eventual prolongamento do confinamento também pode derrubar até mesmo
esses setores mais promissores: isso porque é preciso reabastecer seus acervos com novas
atrações para manter interesse do público. E com a crise do corona vírus, quase todas as
produções, entre filmes e séries, tiveram suas gravações interrompidas. E isso inclui os eventos
esportivos.
Disponível em https://canaltech.com.br/resultados-financeiros/quais-negocios-da-disney-ganharam-ou-perderam-valor-com-a-pandemia-
do-covid-19-163123/ acesso em 29/06/2020 (Adaptado)
A partir das informações apresentadas, redija um texto que aborde os seguintes aspectos:
• Como um grupo de empresas como a Disney pode definir novas estratégias usando
a gestão financeira para avaliar novos investimentos ou não para os próximos meses;
• O efeito da pandemia muitas empresas e a necessidade de buscar formas de
financiamento para fazer novos investimentos no negócio são necessárias para
manter a competitividade no mercado.