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O Império Romano foi uma das maiores potências da história mundial. Só que, com a queda do seu último imperador, o
regime entrou em colapso. A partir daí, a Europa encontrou no feudalismo uma forma de não cair no completo caos.
Apesar de suas falhas, o feudalismo foi um passo à frente do que veio antes. Ele criou um mundo mais estável, o que levou
ao desenvolvimento das cidades e ao crescimento do comércio e lançou as bases pra ascensão da Europa.
A queda de Roma
Durante séculos, Roma foi a superpotência mundial. No entanto, em 476 d.c., o último imperador romano foi derrubado por
uma tribo germânica. O Império Romano do Ocidente chegou ao fim. A queda de Roma foi um ponto de virada na história.
Isso ocorreu devido a uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, o Império Romano era, simplesmente, grande demais
pra ser governado efetivamente a partir de um local central.
Isso levou ao aumento da descentralização, à medida que os governantes locais procuravam governar seus próprios
domínios de forma mais independente.
Além disso, à medida que as receitas fiscais diminuíram, os governantes locais foram forçados a confiar cada vez mais em
seus próprios recursos e mão de obra, em vez de no apoio imperial.
Isso os levou a conceder direitos à terra a nobres poderosos em troca do serviço militar. Essas movimentações preparavam
o terreno pra popularização do feudalismo como alternativa de regime governamental.
As invasões bárbaras
Grandes invasões bárbaras começaram no século IV, quando ondas de invasores estrangeiros começaram a atacar o
Império Romano. Os militares romanos não conseguiram repelir todos os invasores e, em 476 d.c., o último imperador romano
havia sido derrubado.
Durante séculos depois, a Europa estava um caos enquanto tribos bárbaras lutavam entre si pelo controle. Gradualmente,
no entanto, um novo sistema começou a surgir.
Depois que o Império Romano caiu, não havia governo central pra manter a lei e a ordem. Em vez disso, os senhores locais
intervieram pra proteger seus próprios interesses. Eles concederam terras a nobres e cavaleiros em troca de sua lealdade e
serviço militar.
Embora os servos não fossem livres, eles tinham alguns direitos e proteções. O feudalismo começou a declinar no final dos
anos 1300 devido a vários fatores:
a Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França;
a pandemia da Peste Negra;
revoltas camponesas;
mudanças na tecnologia.
Assim, a queda do feudalismo marcou o fim do período medieval e o início do Renascimento.
O legado do feudalismo
O feudalismo não só determinou a maneira como as pessoas viviam e trabalhavam, mas também moldou o próprio tecido
das relações sociais. Em sua forma mais simples, o feudalismo era uma forma de organizar a sociedade em torno de
relacionamentos derivados da posse de terras em troca de serviço ou trabalho.
Embora seja frequentemente assumido que o feudalismo começou na Europa na Idade Média, sistemas semelhantes
existiam em outras sociedades, incluindo China e Japão.
Em um sistema feudal, o poder era, em grande parte, investido em uma aristocracia fundiária que controlava a maioria das
melhores terras agrícolas.
Abaixo dessa classe estavam cavaleiros e vassalos que detinham terras de seu senhor com a condição de prestarem
serviço militar quando necessário.
Na base da sociedade estavam os camponeses que trabalhavam na terra de propriedade de seu senhor ou alugavam dele.
Eles pagaram aluguel em dinheiro ou em espécie (produtos agrícolas).
Embora a maioria das pessoas pense no feudalismo como um sistema político, ele também tinha um componente
econômico importante.
Aprender sobre o fim do Império Romano e início do feudalismo é fundamental pra entender como se formou a estrutura de
domínio global da Europa a partir de um ponto de virada tão significativo.