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EXERCÍCIO TAFEL DE 3 DE ABRIL

Sejam dois equilíbrios e seus respectivos dados cinéticos (alguns são um pouco irrealistas) e de
equilíbrio:

equilíbrio i0 (A/cm2) banod (V/década) Bcatod (V/década) Eequil (VEPH)


A A2+ + 2 e- = A 10-6 0,11 -0,13 0,40
B B2+ + 2 e- = B 10-8 0,10 -0,15 -0,80

Suponha que a lei de Tafel seja válida na faixa de densidades de corrente de interesse dos
casos a seguir.

Caso 1

Temos uma pilha, ou um processo de corrosão.

(por exemplo, a reação B seria Fe  Fe2+ + 2e- e a reação A seria 2H+ + 2e-  H2, mas os
valores dados seriam totalmente irreais)

Estime a densidade de corrente de corrosão (ou densidade de corrente de curto-circuito, se


fosse pilha) e o potencial de corrosão (ou curto-circuito).

Neste caso, teríamos interesse apenas na curva anódica da reação B e na curva catódica da
reação A. No trecho de validade de Tafel:

 curva catódica da reação A: cat = -0,13 log (i/10-6) e cat = E – 0,40


 curva anódica da reação B: anod = 0,10 log (i/10-8) e anod = E – (-0,80)

Na situação de corrosão (ou curto-circuito), o potencial e a densidade de corrente coincidem.


Ou seja, temos o cruzamento das duas curvas acima. Se fizermos Ecatod = Eanod, teremos:

0,40 + [(– 0,13 log icorr) – (-0,13 * log 10-6)] = -0,80 + [(0,10 log icorr) – (0,10 * log 10-8)]

0,40 – 0,13 log icorr – (0,13 * 6) = -0,80 + 0,10 log icorr + (0,10 * 8)

log icorr = -1,2 ou icorr = 0,022 A/cm2

Na vida real, este valor corresponde a uma dada taxa de corrosão, que pode ser expressa
como perda de espessura por unidade de tempo (mm/ano), ou perda de massa por unidade de
tempo e de área (g s-1 cm-2), etc, utilizando-se análise dimensional, a constante de Faraday, a
massa específica do material, etc.

Assim, calcule a perda de espessura por ano para o caso acima, supondo um metal com massa
específica de 6 g/cm3.

O valor de Ecorr é fácil de calcular.

Graficamente, este caso poderia ser representado como abaixo.


E (V)
Figura 1

fora de escala,
0,40 obviamente

Ecorr
inclinação: -0,13

inclinação: +0,10

-0,80

log (icorr)

-8 -6 -1,2 log i

Caso 2

Temos uma eletrólise, com o pólo positivo da fonte de tensão aplicado à reação A.

(por exemplo, a reação A seria 4OH-  O2 + 2 H2O + 4e- e a reação B seria 4H+ + 4e-  2H2, mas
os valores dados seriam totalmente irreais)

Estime a densidade de corrente caso a tensão aplicada seja de 3V.

Neste caso, teríamos interesse apenas na curva catódica da reação B e na curva anódica da
reação A. No trecho de validade de Tafel:

 curva catódica da reação B: cat = -0,15 log (i/10-6) e cat = E – (-0,80)


 curva anódica da reação A: anod = 0,11 log (i/10-8) e anod = E – 0,40

Desta vez, não estamos procurando o cruzamento das curvas, mas sim a situação em que:

 as densidades de corrente são iguais


 ddp = Eanod – Ecatod = 3 V

Graficamente, desta vez, vamos eliminar as curvas que não nos interessam, para o gráfico ficar
mais leve. Desejamos encontrar uma densidade de corrente que corresponda à situação da
Figura 2. Graficamente, isto não se consegue fazer simplesmente olhando a figura ou
procurando cruzamentos.

Na Figura 3, apresento um truque gráfico que permite isto. Traço umas paralela à curva
catódica, deslocada 3V acima, e encontro o cruzamento desta paralela com a curva anódica.
E (V)

inclinação: 0,11 Figura 2

fora de escala,
obviamente
0,40

ddp = 3V
Ecorr

-0,80

inclinação: -0,15
log (ieletrólise)

-8 -6 log i

Paralela à curva catódica, 3V acima Figura 3


E (V)

inclinação: 0,11

fora de escala,
obviamente
0,40
ddp = 3V

Ecorr

-0,80

inclinação: -0,15
log (ieletrólise)

-8 -6 log i
Analiticamente, teríamos:

Eanod – Ecatod = 3 V

Eanod = 0,40 + [(0,11 log ieletrólise) – (0,11 * log 10-6)]

Ecatod = -0,80 + [(-0,15 log ieletrólise) – (-0,15 * log 10-8)]

Assim, log ieletrólise = ..............

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