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NÚCLEO ALFENAS/MG
ALFENAS
2024
BRUNA ALVES ALEXANDRE
ALFENAS
2024
Apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso em ____/_____/_____ ao curso de
Especialização em Ortodontia.
_________________________________________________
Coordenador
_________________________________________________
Orientador
Dedico este trabalho a Deus, a meus pais,
Ana Lucia e Walter, a minha família e a
todos que fizeram parte desta jornada.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11
2 PROPOSIÇÃO .............................................................................................. 12
3 REVISÃO DE LITERATURA
..................................................................... 13
3.1 APARELHO
EXTRABUCAL ........................................................................ 13
3.7 CIRURGIA
ORTOGNÁTICA ........................................................................ 28
4 DISCUSSÃO .................................................................................................. 30
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 33
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1 INTRODUÇÃO
A maloclusão de Classe II de Angle é caracterizada por uma relação distal dos arcos
inferiores em relação aos superiores, sendo a posição do primeiro molar permanente e dos
caninos superiores guia para a classificação da oclusão, possui etiologia multifatorial,
podendo vir acompanhada de overjet e/ou overbite acentuados (CORREA, 2023).
A má oclusão de Classe II possui etiologia multifatorial, podendo ocorrer por mal
posicionamento dentário ou desenvolvimento desequilibrado das bases ósseas, podendo ser de
protrusão maxilar, deficiência mandibular ou uma combinação entre elas (CORREA, 2023).
Pedreira; Martins (2022) recomendam a avaliação da maloclusão de Classe II através
da posição do canino superior, medindo da ponta do canino até a ameia entre canino inferior e
primeiro pré-molar inferior.
A má oclusão de Classe II pode ser dividida em: divisão 1ª, quando os incisivos
superiores estão vestibularizados e divisão 2ª, quando os incisivos centrais superiores estão
verticalizados e os incisivos laterais superiores vestibularizados. A relação molar e canina
pode ainda ocorrer bilateralmente ou unilateralmente, recebendo a nomenclatura de
subdivisão direita ou esquerda (CALHEIROS et al., 2008).
O plano de tratamento sempre que possível deve ser de forma conservadora, por isso
deve-se levar em conta a severidade da maloclusão, grau de apinhamento, o perfil do paciente,
a idade e o padrão facial (ALMEIDA et al., 2011).
Dentre as opções de tratamento para a má oclusão de Classe II, destacam-se:
exodontia de pré-molar superior, avanço de mandíbula, elásticos intermaxilares, distalização,
entre outros (MARIA et al., 2005).
12
2 PROPOSIÇÃO
O objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, apresentar
tratamentos da maloclusão de Classe II dentária.
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3 REVISÃO DE LITERATURA
Rocha (2019) relatou um caso clínico de splint maxilar de uma paciente do sexo
feminino, com 9 anos e 6 meses de idade, com as seguintes características: dentição mista,
simetria facial, perfil convexo, amplo corredor bucal, ausência de selamento labial passivo,
maloclusão de Classe II, protrusão dentoalveolar superiores, sobremordida aumentada,
sobressalência de 9,5 mm (milímetros), atresia de maxila, protrusão de maxila e tendência à
rotação mandibular no sentido horário. A análise da vértebra C3 mostrou que a paciente
estava no estágio pré-pico de crescimento puberal, época ideal para a realização de tratamento
ortopédicos, norteando o plano de tratamento que consistiu na expansão rápida da maxila
(ERM) com disjuntor de Haas. O protocolo de ativações foi de 2/4 de volta a cada 12 horas
pelo período de 2 semanas, a fim de corrigir a atresia maxilar e liberar o crescimento
mandibular, favorecendo seu crescimento no sentido anterior. O disjuntor foi mantido inativo
como contenção por um período de 5 meses, seguido pela instalação do aparelho extrabucal
splint maxilar modificado, englobando apenas os dentes posteriores, com 400 g (gramas) de
tração alta parietal, recomendado uso de 14 horas diárias. O arco externo foi encurtado e
inclinado superiormente na altura dos primeiros molares superiores com intuito de restringir o
crescimento vertical maxilar e evitar inclinações dentárias. Decorridos 10 meses de
tratamento, foi possível observar resultados satisfatórios, com redução do overjet e overbite,
melhora da relação entre maxila e mandíbula e suave mudança no perfil convexo. A segunda
fase do tratamento foi realizada algum tempo depois, com ortodontia fixa, fazendo um
tratamento compensatório. Foi feita colagem do aparelho Straight-Wire Autoligado,
prescrição Capelozza I, com slot 0,022”x0,028”, associado a elásticos intermaxilares com
vetores de Classe II. Na fase de alinhamento e nivelamento, utilizou a sequência de arcos de
NiTi (níquel-titânio) 0,014”, 0,016”, 0,018”, 0,020”, 0,017”x0,025” e aço 0,019”x0,025”. A
fase de intercuspidação procedeu no arco Braided 0,021”x0,025” e elásticos intermaxilares
5/16” com 150g. O presente caso demonstra uma ótima opção terapêutica para tratar pacientes
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seccionados de forças paralelas dos dois lados na arcada superior, para distalização dos
molares, com fio Elgiloy 0,016”x0,016”. O arco seccionado de forças paralelas foi instalado
com ativação do ângulo caudal no setor molar para evitar extrusão dos caninos e possibilitar
verticalização dos molares. No gancho para elástico, usou-se um elástico 5/16” médio, com
trocas semanais, além de um arco Twist Flex foi colocado na arcada inferior (FIGURA 5). A
mecânica foi mantida por seis meses até atingir uma relação de Classe I de caninos e molares,
então, procedeu-se a fase de finalização, com dobras para intercuspidação e torques
necessários.
3.4 CURSOR
de Spee e sobremordida. Após seis meses de tratamento, foram instalados dois mini implantes
na crista infrazigomática, em cima do primeiro molar superior, que recebeu um elástico em
corrente apoiado em cursores na mesial dos caninos superiores, além de associar um elástico
intermaxilar ¼ pesado no gancho do cursor ao gancho do primeiro molar inferior, para
potencializar o movimento de distalização (FIGURA 6). O tratamento foi eficaz na correção
da maloclusão, com associação de mini implantes, possibilitou um tratamento mais estético,
com menor necessidade de colaboração do paciente e menores efeitos indesejáveis.
O aparelho Herbst é indicado para corrigir a maloclusão de Classe II, pois promove
um avanço mandibular contínuo durante todas as funções orais, projetando os côndilos
constantemente anteriorizados nas fossas articulares, fato que estimula a potencialidade das
remodelações ortopédicas desejadas (REGO et al., 2005).
Brabo (2019) apresentou um caso clínico de um paciente de 8 anos portador de
maloclusão de Classe II tratado com aparelho Herbst e Bionator. O paciente, sexo masculino,
8 anos de idade, procurou atendimento com queixa de ter os “dentes para frente”. Possuía as
seguintes características: desarmonia facial, perfil convexo, deficiência mandibular,
mesocefálico, interposição do lábio inferior, maloclusão de Classe II divisão 1, incisivos
vestibularizados, linhas médias desviadas, curva de Spee acentuada, constrição maxilar,
overjet e overbite aumentados, dentição mista e diastema entre os incisivos superiores. O
principal objetivo do tratamento era promover um avanço mandibular. O tratamento teve duas
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sexo masculino, 29 anos de idade, procurou atendimento com queixa estética. Possuía as
seguintes características: dolicofacial suave, selamento labial passivo, perfil convexo, linha
queixo-pescoço reduzida, sulco mento-labial profundo, ângulo naso-labial levemente
aumentado, mordida profunda, sobressalência normal, desvio de linha média inferior para
direita, suave atresia das arcadas dentárias, maloclusão de Classe II subdivisão direita, curva
de Spee moderada, ausência de apinhamento, protrusão maxilar, retrusão mandibular e Classe
II esquelética. O tratamento iniciou com a montagem do aparelho fixo autoligado passivo e,
ao atingir o último arco de aço retangular, 0,019”x0,025” ou 0,021”x0,025”, com torque
resistente, foi instalado o propulsor Power Scope (FIGURA 11). Após sua instalação,
associaram o uso de elástico intermaxilar 5/16” pesado no lado direito, apoiado nos ganchos
dos dentes 13 e 47, a fim de potencializar sua ação do lado direito. Não foi apoiado elásticos
do lado esquerdo, deixando o propulsor com suave pressão anterior, apenas para estabilizar a
mandíbula. Decorridos 5 meses, o propulsor foi removido e o elástico foi mantido por mais
dois meses para posterior fase de intercuspidação. O aparelho Power Scope demonstra ser
uma excelente alternativa para correção de maloclusões de Classe II em pacientes adultos,
proporcionando um tratamento rápido, confortável, higiênico, de fácil instalação e ativação.
Moro et al. (2020) relatou um caso clínico a fim de demonstrar uma trava alternativa
do propulsor mandibular Power Scope para tratar maloclusão de Classe II. O paciente, sexo
masculino, 13 anos de idade, possuía as seguintes características: maloclusão de Classe II
divisão 2, subdivisão direita, mordida profunda, perfil convexo, selamento labial passivo,
braquifacial, maxila levemente protruída, mandíbula bem-posicionada, altura facial inferior
reduzida, incisivos retruídos, leve apinhamento inferior e desvio de linha média inferior. O
tratamento proposto foi de avanço mandibular, uma vez que extrações estavam
contraindicadas pelo perfil do paciente. O tratamento iniciou com a colagem do aparelho fixo
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feita colagem do aparelho fixo da prescrição Capelozza padrão II, bandagem dos primeiros e
segundos molares superiores e primeiros molares inferiores com tubos duplos. A sequência de
arcos foi: NiTi 0,014”, 0,016”, 0,018” e 0,020”; aço 0,018”, 0,020”, 0,019”x0,025” de NiTi e
aço. Ao atingir o último arco, foi realizada a instalação do APM, com helicoides oclusais na
distal dos caninos inferiores (FIGURA 12). O dispositivo protrator foi utilizado por nove
meses, resultando em um bom engrenamento dentário, melhora no perfil do paciente, correção
da sobressalência e ângulo nasolabial menos acentuado. O tratamento da maloclusão de
Classe II precisa de um diagnóstico preciso, individualizando o plano de tratamento para as
necessidades de cada caso.
4 DISCUSSÃO
Rocha (2019) relatou o tratamento de uma criança que estava antes do pico de
crescimento puberal com maloclusão de Classe II, que passou por ERM com Haas, seguida do
splint maxilar com AEB de tração alta parietal, previamente ao tratamento com ortodontia
fixa. Já Fortaleza; Barros; Silva (2021) associaram o aparelho Bionator de Balters com AEB
para tratar a maloclusão de Classe II de Angle, melhorando o perfil facial da paciente,
melhorando estética e aumentado autoestima.
Varela (2022) relatou o tratamento de avanço mandibular para tratar a maloclusão de
Classe II com o aparelho Bionator de Balters, capaz de melhorar no perfil facial, selamento
labial passivo e equilíbrar as bases maxilares. E Henriques (2022) relatou o tratamento de um
paciente com maloclusão de Classe II com Bionator de Balters que causou um aumento da
capacidade respiratória nasal e regressão da adenoide.
Cunha (2019) relatou um tratamento de má oclusão Classe II com associação de
batente anterior fixo, aparelho fixo e elásticos intermaxilares. Já Garbin; Wakayama; Martin
(2020) comprovaram a eficácia do arco seccionado de forças paralelas no tratamento da
Classe II. E Freitas et al. (2022) promoveram uma associação de técnicas, com MEAW e
APM para tratar a maloclusão de Classe II.
Santiago; Silva Filho (2023), frente a uma maloclusão de Classe II, utilizaram cursores
apoiados em mini implantes, promovendo a distalização dos molares e corrigindo a
discrepância entre arcadas. Já Rodrigues et al. (2019) relataram dois casos clínicos
demonstrando a utilização de mini implantes extra alveolares para tratar maloclusão de Classe
II, comprovando que seu uso é de simples instalação e remoção, baixo custo e capaz de
reduzir o tempo do tratamento.
Vilela; Nascimento (2019) utilizaram mini implantes extra-alveolares na região
posterior de maxila, na crista infra-zigomática do lado direito e intra-alveolar do lado
esquerdo, entre os pré-molares que receberam molas de NiTi apoiadas nos mini implantes e
em ganchos bola localizados na distal dos caninos com ação de distalização para corrigir a
maloclusão de Classe II. Já Holanda (2022) apresentou o aparelho 3DBOT, que não usa
bráquetes, apenas fios de NiTi encerados para corrigir maloclusões que foi associado a um
mini implante palatino com mola de NiTi para distalizar molares e corrigir a Classe II da
paciente.
31
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA G. A. et al. Considerações mecânicas para tratamentos ortodônticos
compensatórios de más oclusões de Classe II e III. Revista Dental Press de Ortodontia e
Ortopedia Facial, Maringá, v. 10, n. 5, p. 22-37, out./nov. 2011. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-642755 Acesso em: 01 jan. 2024.
CUNHA, H. S. Correção de Classe II com Uso de Elásticos e Batente Anterior Fixo. 2019.
23f. Artigo (Especialização em Ortodontia) - Faculdade Sete Lagoas, Sete Lagoas, 2019.
Disponível em:
https://faculdadefacsete.edu.br/monografia/files/original/daa54ef3581c022291a0b2dd4510035
9.pdf Acesso em: 29 dez. 2023.
MORO, A. et al. Clinical use of the alternative Power Scope attachment nut – step by step
description. Orthodontic Science and Practice, São José dos Pinhais, v. 13, n. 52, p. 66-80,
Nov. 2020. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Alexandre-Moro/publication/347416329_Utilizacao_clin
ica_da_trava_alternativa_do_PowerScope_-_descricao_passo_a_passo/links/
5fdf51d7a6fdccdcb8e84000/Utilizacao-clinica-da-trava-alternativa-do-PowerScope-
descricao-passo-a-passo.pdf Acesso em: 12 dez. 2023.