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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE MINAS – UNINORTE MINAS - FUNORTE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ORTODONTIA

BRUNA ALVES ALEXANDRE

TRATAMENTO DA MALOCLUSÃO DE CLASSE II– UMA REVISÃO DE


LITERATURA

NÚCLEO ALFENAS/MG

ALFENAS
2024
BRUNA ALVES ALEXANDRE

TRATAMENTO DA MALOCLUSÃO DE CLASSE II – UMA REVISÃO DE


LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Programa de Especialização em Ortodontia
do CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
DE MINAS – UNINORTE MINAS -
FUNORTE, núcleo Alfenas/MG, como parte
dos requisitos para obtenção do título de
Especialista.

Orientadora: Profa. Me. Fernanda Rafaelly de


Oliveira Pedreira

ALFENAS
2024
Apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso em ____/_____/_____ ao curso de
Especialização em Ortodontia.

_________________________________________________

Coordenador

_________________________________________________

Orientador
Dedico este trabalho a Deus, a meus pais,
Ana Lucia e Walter, a minha família e a
todos que fizeram parte desta jornada.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por sua infinita graça e orientação durante toda a


minha jornada na Especialização em Ortodontia no CENTRO
UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE MINAS – UNINORTE MINAS -
FUNORTE, núcleo Alfenas/MG.

Com profunda gratidão, expresso meus agradecimentos a todos aos meus


pais, professores, colegas, familiares e amigos que contribuíram para a conclusão
do meu TCC. A dedicação e o apoio de cada um de vocês foram fundamentais
para meu crescimento acadêmico e profissional.

Que este trabalho seja uma contribuição significativa para o avanço da


Ortodontia e para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Novamente,
agradeço a Deus e a todos que estiveram ao meu lado nesta jornada. Que sua graça
continue guiando meus passos em minha carreira profissional.

Com sincera gratidão a todos, Bruna Alves Alexandre.


“A mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original”
Albert Einstein
RESUMO

A má oclusão de Classe II pode ocorrer por protrusão de maxila, retrusão de mandíbula ou


uma combinação entre ambas as situações. Suas principais características são: molares e
caninos superiores à frente dos inferiores ao ocluir, overjet e overbite alterados e perfil
convexo. O objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, apresentar
tratamentos da maloclusão de Classe II dentária. A má oclusão de Classe II possui diversas
formas de tratar e a escolha do protocolo terapêutico deve levar em conta a idade do paciente,
nível de colaboração e, principalmente, a origem da maloclusão, podendo ser com aparelhos
fixos ou removíveis, através de distalização, avanço mandibular ou cirurgia ortognática.

Palavras-chave: Ortodontia. Má Oclusão Classe II de Angle. Ortodontia Corretiva. Aparelhos


Ortodônticos Fixos.
ABSTRACT

Class II malocclusion can occur due to maxillary protrusion, mandible retrusion or a


combination of both situations. Its main characteristics are: upper molars and canines in front
of the lower ones when occluding, altered overjet and overbite and convex profile. The
objective of this work was, through a literature review, to present treatments for dental Class
II malocclusion. Class II malocclusion has different ways of treating and the choice of
therapeutic protocol must take into account the patient's age, level of collaboration and,
mainly, the origin of the malocclusion, which can be with fixed or removable appliances,
through distalization, mandibular advancement or orthognathic surgery.

Keywords: Orthodontics. Malocclusion, Angle Class II. Orthodontics, Corrective.


Orthodontic Appliances, Fixed.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Antes e depois do tratamento de splint


maxilar ........................................... 14
Figura 2 - Melhora no perfil após uso do
Bionator ...................................................... 15
Figura 3 - Telerradiografia lateral antes e depois do
tratamento .................................. 16
Figura 4 - Batente anterior
fixo ................................................................................... 17
Figura 5 - Arco seccionado com elásticos com vetor de Classe
II .............................. 18
Figura 6 - Distalização dos molares superiores com mini
implantes ........................... 20
Figura 7 - Distalização da arcada superior com mini
implantes .................................. 20
Figura 8 - Distalização superior apoiado em mini implantes e mola de
NiTi .............. 21
Figura 9 - Aparelho 3DBOT e Placa
Versátil .............................................................. 22
Figura 10 - Aparelho Herbst com Sistema
Autoligado .................................................. 25
Figura 11 - Propulsor Power
Scope ............................................................................... 25
Figura 12 - APM
instalado ............................................................................................ 28
Figura 13 - Antes e depois da cirurgia
ortognática ........................................................ 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APM – aparelho de protração mandibular


ERM – Expansão rápida da maxila
g– Gramas
MEAW - Multiloop Edgewise Archwire
mm - milímetros
NiTi - níquel-titânio
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11

2 PROPOSIÇÃO .............................................................................................. 12

3 REVISÃO DE LITERATURA
..................................................................... 13

3.1 APARELHO
EXTRABUCAL ........................................................................ 13

3.2 BIONATOR DE BALTERS ........................................................................... 14

3.2 ELÁSTICOS INTERMAXILARES ............................................................... 16

3.4 CURSOR ........................................................................................................


. 19

3.5 MINI IMPLANTES ........................................................................................ 20

3.6 PROPULSORES MANDIBULARES ............................................................ 23

3.6.1 Aparelho Herbst ............................................................................................ 23

3.6.2 Aparelho Power Scope .................................................................................. 25

3.6.3 Aparelho Protrator Mandibular


.................................................................. 25

3.7 CIRURGIA
ORTOGNÁTICA ........................................................................ 28

4 DISCUSSÃO .................................................................................................. 30

5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 32

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 33
11

1 INTRODUÇÃO

A maloclusão de Classe II de Angle é caracterizada por uma relação distal dos arcos
inferiores em relação aos superiores, sendo a posição do primeiro molar permanente e dos
caninos superiores guia para a classificação da oclusão, possui etiologia multifatorial,
podendo vir acompanhada de overjet e/ou overbite acentuados (CORREA, 2023).
A má oclusão de Classe II possui etiologia multifatorial, podendo ocorrer por mal
posicionamento dentário ou desenvolvimento desequilibrado das bases ósseas, podendo ser de
protrusão maxilar, deficiência mandibular ou uma combinação entre elas (CORREA, 2023).
Pedreira; Martins (2022) recomendam a avaliação da maloclusão de Classe II através
da posição do canino superior, medindo da ponta do canino até a ameia entre canino inferior e
primeiro pré-molar inferior.
A má oclusão de Classe II pode ser dividida em: divisão 1ª, quando os incisivos
superiores estão vestibularizados e divisão 2ª, quando os incisivos centrais superiores estão
verticalizados e os incisivos laterais superiores vestibularizados. A relação molar e canina
pode ainda ocorrer bilateralmente ou unilateralmente, recebendo a nomenclatura de
subdivisão direita ou esquerda (CALHEIROS et al., 2008).
O plano de tratamento sempre que possível deve ser de forma conservadora, por isso
deve-se levar em conta a severidade da maloclusão, grau de apinhamento, o perfil do paciente,
a idade e o padrão facial (ALMEIDA et al., 2011).
Dentre as opções de tratamento para a má oclusão de Classe II, destacam-se:
exodontia de pré-molar superior, avanço de mandíbula, elásticos intermaxilares, distalização,
entre outros (MARIA et al., 2005).
12

2 PROPOSIÇÃO

O objetivo deste trabalho foi, por meio de uma revisão de literatura, apresentar
tratamentos da maloclusão de Classe II dentária.
13

3 REVISÃO DE LITERATURA

Diversas são as opções terapêuticas para tratamento da maloclusão de Classe II e a


escolha do protocolo deve ser de acordo com a origem da má oclusão, que pode ser maxilar,
mandibular ou uma combinação entre elas (BORTOLO, 2022).

3.1 APARELHO EXTRABUCAL

Rocha (2019) relatou um caso clínico de splint maxilar de uma paciente do sexo
feminino, com 9 anos e 6 meses de idade, com as seguintes características: dentição mista,
simetria facial, perfil convexo, amplo corredor bucal, ausência de selamento labial passivo,
maloclusão de Classe II, protrusão dentoalveolar superiores, sobremordida aumentada,
sobressalência de 9,5 mm (milímetros), atresia de maxila, protrusão de maxila e tendência à
rotação mandibular no sentido horário. A análise da vértebra C3 mostrou que a paciente
estava no estágio pré-pico de crescimento puberal, época ideal para a realização de tratamento
ortopédicos, norteando o plano de tratamento que consistiu na expansão rápida da maxila
(ERM) com disjuntor de Haas. O protocolo de ativações foi de 2/4 de volta a cada 12 horas
pelo período de 2 semanas, a fim de corrigir a atresia maxilar e liberar o crescimento
mandibular, favorecendo seu crescimento no sentido anterior. O disjuntor foi mantido inativo
como contenção por um período de 5 meses, seguido pela instalação do aparelho extrabucal
splint maxilar modificado, englobando apenas os dentes posteriores, com 400 g (gramas) de
tração alta parietal, recomendado uso de 14 horas diárias. O arco externo foi encurtado e
inclinado superiormente na altura dos primeiros molares superiores com intuito de restringir o
crescimento vertical maxilar e evitar inclinações dentárias. Decorridos 10 meses de
tratamento, foi possível observar resultados satisfatórios, com redução do overjet e overbite,
melhora da relação entre maxila e mandíbula e suave mudança no perfil convexo. A segunda
fase do tratamento foi realizada algum tempo depois, com ortodontia fixa, fazendo um
tratamento compensatório. Foi feita colagem do aparelho Straight-Wire Autoligado,
prescrição Capelozza I, com slot 0,022”x0,028”, associado a elásticos intermaxilares com
vetores de Classe II. Na fase de alinhamento e nivelamento, utilizou a sequência de arcos de
NiTi (níquel-titânio) 0,014”, 0,016”, 0,018”, 0,020”, 0,017”x0,025” e aço 0,019”x0,025”. A
fase de intercuspidação procedeu no arco Braided 0,021”x0,025” e elásticos intermaxilares
5/16” com 150g. O presente caso demonstra uma ótima opção terapêutica para tratar pacientes
14

em fase de crescimento com discrepâncias ósseas, associando aparelho extrabucal


previamente à ortodontia fixa com sistema autoligado.

Figura 1 – Antes e depois do tratamento de splint maxilar.

Fonte: Rocha (2019).

Fortaleza; Barros; Silva (2021) relataram o tratamento de uma maloclusão de Classe II


esquelética por retração mandibular e protrusão maxilar tratado com Bionator de Balters e
AEB. A paciente, sexo feminino, 8 anos e 2 meses, procurou atendimento com queixa de
“mordida errada”. Possuía as seguintes características: ausência de selamento labial passivo,
interposição labial, deglutição atípica, overjet aumentado, sobremordida moderada, dentição
mista e maloclusão de Classe II esquelética subdivisão 1ª. Foi realizada moldagem das
arcadas dentárias para planejamento e posterior confecção do aparelho Bionator de Balters
conjugado com AEB. Ao iniciar o uso, as ativações foram preconizadas de 2/4 de volta do
aparelho com força de tração da tala. O aparelho foi ativado quinzenalmente, com ativações
intercaladas de 2/4 e ¼ de volta. Decorridos 10 meses de tratamento, o aparelho foi removido
e a paciente prosseguiu o tratamento com outros profissionais. O uso do AEB conjugado com
Bionator proporcionou resultados satisfatórios na correção da maloclusão de Classe II de
Angle, melhorando o perfil facial da paciente, melhorando estética e aumentado autoestima.

3.2 BIONATOR DE BALTERS

Varela (2022) relatou o tratamento de um paciente com maloclusão de Classe II,


através da Ortopedia Funcional, com o aparelho Bionator de Balters. A paciente, sexo
15

feminino, 10 anos e 7 meses de idade, procurou atendimento com queixa de “dentes


desorganizados, muito para frente”. Possuía as seguintes características: respiração bucal,
deglutição atípica, sucção do lábio inferior em repouso, atresia de maxila, assimetria facial,
terço inferior aumentado, lábio inferior maior que o superior, perfil convexo, linha queixo
pescoço encurtada, ângulo nasolabial diminuído, ausência de selamento labial passivo,
maloclusão de Classe II e overjet aumentado. O plano de tratamento escolhido foi em duas
etapas: a primeira etapa, com duração de 15 meses, através da Ortopedia Funcional dos
Maxilares, obter equilíbrio na relação maxilo-mandibular e equilibrar a face do paciente. O
aparelho escolhido foi o Bionator de Balters para promover um avanço da mandíbula.
Decorridos 15 meses de tratamento, com acompanhamento mensais, procedeu a segunda
etapa do tratamento, a expansão rápida da maxila com disjuntor Hyrax. O tratamento resultou
em melhora no perfil facial, selamento labial passivo, correção da maloclusão de Classe II,
equilíbrio da estrutura facial, redução do overjet e overbite e melhora na relação entre as bases
maxilares (FIGURA 2).

Figura 2 – Melhora no perfil após uso do Bionator.

Fonte: Varela (2022).

Henriques (2022) relatou o tratamento de um paciente com maloclusão de Classe II


com Bionator de Balters. O paciente, sexo masculino, 12 anos de idade, possuía as seguintes
características: maloclusão de Classe II divisão 1ª, retrusão mandibular, atresia de maxila,
mordida profunda, protrusão dos incisivos superiores, perfil convexo, características de
respirador bucal, sonolência diurna, dores de cabeça constantes e apnéia de grau moderado. O
tratamento iniciou com a expansão rápida da maxila, proporcionando o aumento da dimensão
transversal da maxila e aumentando capacidade aérea nasal e posteriormente, avanço da
mandíbula com o aparelho ortopédico funcional Bionator de Balters, que estimula o
crescimento mandibular e melhorando o relacionamento sagital com a maxila. O paciente foi
16

acompanhado mensalmente. A análise da telerradiografia mostrou um aumento da capacidade


respiratória nasal e regressão da adenoide (FIGURA 3). A associação da expansão rápida da
maxila e o avanço mandibular para tratar a Classe II proporcionou aumento volumétrico das
vias aéreas superiores e consequente melhora no índice de apneia/hipopnéia.

Figura 3 – Telerradiografia lateral antes e depois do tratamento.

Fonte: Henriques (2022).

Farinon; Nogueira (2023) realizaram uma revisão de literatura a fim de apresentar as


principais características do aparelho Bionator de Balters. O Bionator é um aparelho
Ortopédico Funcional, criado por Wilherm Balters, na década de 50. É indicado para
pacientes em crescimento, a fim de corrigir a maloclusão de Classe II, 1ª divisão,
caracterizada por deficiência mandibular. O aparelho é composto por duas placas acrílicas,
uma superior e outra inferior, conectadas por um arco vestibular, que estimula a atividade
muscular e guia o crescimento mandibular. Possui capacidade de promover crescimento
mandibular, expansão maxilar e melhorar o perfil facial.

3.3 ELÁSTICOS INTERMAXILARES

Cunha (2019) apresentou o tratamento de um paciente com maloclusão Classe II


subdivisão I utilizando aparelho fixo, elásticos intermaxilares e batente anterior fixo. O
paciente, sexo masculino, 14 anos de idade, procurou atendimento com queixa de ter os
“dentes muito para frente”. Possuía as seguintes características: ausência de selamento labial
passivo, terço inferior aumentado, perfil convexo, mesofacial, linha queixo pescoço
diminuída, Padrão II, linha do sorriso alta, linha média inferior desviada para a direita, má
oclusão de Classe II, trespasse horizontal e vertical aumentados, atresia das arcadas, Classe II
17

esquelética e incisivos protruídos e vestibularizados. Dentre as opções terapêuticas


apresentadas, o tratamento escolhido foi com aparelho fixo, elásticos e batente anterior.
Iniciou com a colagem do aparelho convencional, prescrição Roth, com slot 0,022”,
alinhamento e nivelamento com arcos de NiTi termoativados 0,014”, 0,016”, 0,018”; o
batente anterior fixo foi instalado durante esta fase, soldado às bandas dos primeiros molares
superiores (FIGURA 4). Posteriormente, os arcos foram evoluídos para 0,018” de aço,
associado à elásticos intermaxilares de Classe II 3/16 de força média; seguido dos arcos de
aço 0,018”x0,025”, 0,020”, 0,019”x0,025”. O tratamento proporcionou correção da linha
média inferior, caninos em Classe I, overjet e overbite adequados e melhora no formato das
arcadas anteriormente atresiadas.

Figura 4 – Batente anterior fixo.

Fonte: Cunha (2019).

Garbin; Wakayama; Martin (2020) descreveram um caso clínico a fim de demonstrar a


eficácia do arco seccionado de forças paralelas no tratamento da Classe II divisão 1. A
paciente, sexo feminino, 19 anos de idade, possuía as seguintes características: maxila
protruída, assimetria facial, perfil convexo, relação de Classe II de Angle, incisivos
vestibularizados, acentuação da curva de Spee, diastemas entre os incisivos inferiores, overjet
acentuado e overbite moderado. O tratamento iniciou com a colagem do aparelho fixo da
prescrição Edgewise, com o arco Twist Flex. Durante a fase de alinhamento e nivelamento,
foram cimentadas bandas nos primeiros molares com tubos duplos e confeccionado um arco
utilidade, ou base, com fio Elgiloy 0,016”x0,16”; assim, foi possível nivelar a curva de Spee,
verticalizar, girar e ancorar o primeiro molar inferior, além de intruir o setor antagonista
inferior para liberar espaço no overbite, evitando traumas oclusais. Após dois meses de
mecânica do arco base inferior, foi confeccionado um superior, com ativações de ângulo
causal 30° a 45°, desvio caudal de 110° a 20° e efeito tristeza. Após intrusão dos incisivos
superiores, foi instalado um arco seccionado Twist Flex nos incisivos superiores e arcos
18

seccionados de forças paralelas dos dois lados na arcada superior, para distalização dos
molares, com fio Elgiloy 0,016”x0,016”. O arco seccionado de forças paralelas foi instalado
com ativação do ângulo caudal no setor molar para evitar extrusão dos caninos e possibilitar
verticalização dos molares. No gancho para elástico, usou-se um elástico 5/16” médio, com
trocas semanais, além de um arco Twist Flex foi colocado na arcada inferior (FIGURA 5). A
mecânica foi mantida por seis meses até atingir uma relação de Classe I de caninos e molares,
então, procedeu-se a fase de finalização, com dobras para intercuspidação e torques
necessários.

Figura 5- Arco seccionado com elásticos com vetor de Classe II.

Garbin; Wakayama; Martin (2020).

Freitas et al. (2022) apresentaram uma associação de técnicas de Multiloop Edgewise


Archwire (MEAW) e aparelho de protração mandibular (APM) para tratar a maloclusão de
Classe II. A paciente, sexo feminino, com 16 anos e 8 meses de idade, procurou atendimento
com a queixa principal de ter o “queixo muito para trás”. Apresentava as seguintes
características: Classe II divisão 1ª, retrognatismo mandibular, selamento labial passivo, perfil
convexo, linhas médias coincidentes, leve apinhamento superior e inferior, sobremordida e
sobressalência acentuadas. O tratamento iniciou com a bandagem dos primeiros molares
superiores e inferiores, seguida da montagem do aparelho fixo da prescrição Edgewise com
slot 0,022”x0,030”. A fase de alinhamento e nivelamento seguiu a sequência de arcos de NiTi
0,012”; 0,0,14”; 0,016” e aço 0,016”; 0,018”; 0,020”; 0,019”x0,025”. No último arco, foram
confeccionados helicóides entre caninos e pré-molares para receber o APM, com acentuação
da curva de Spee. O APM ficou em posição por seis meses e o arco MEAW foi mantido,
superior e inferior, para a fase de intercuspidação. Os autores puderam concluir que a
camuflagem ortodôntica através de APM associado à técnica MEAW mostrou ser uma opção
de tratamento eficaz para corrigir a Classe II de Angle com retrognatismo mandibular em
paciente com dentição permanente.
19

Nunes (2023) realizou um estudo com o intuito de avaliar se ocorreu alteração na


inclinação frontal do plano oclusal em pacientes Classe II subdivisão tratados com elástico
intermaxilar unilateral. Os critérios de seleção dos pacientes da amostra foram: no início do
tratamento, os pacientes deveriam apresentar a maloclusão de Classe II subdivisão (1/2, 3/4
ou completa); possuírem fotografias intra e extrabucais após alinhamento dentário e após o
final do tratamento; ausência de anomalias, perdas dentárias ou extrações; ausência de
agenesias e extranumerários; ausência de atresias, síndrome com más formações craniofaciais
ou fissuras labiopalatinas; ausência de barra palatina ou aparelho extrabucal; ausência de mini
implantes; tratados somente com elástico intermaxilar unilateral, boa finalização ortodôntica,
discrepância anteroposterior completamente corrigida e boa saúde periodontal. A amostra foi
composta por 86 fotos dos 43 pacientes, sendo 43 do sorriso ao final do alinhamento e
nivelamento e 43 do sorriso após a remoção do aparelho. Os pacientes foram tratados com
aparelho ortodôntico fixo pré-ajustado da prescrição Roth com slot 0,022”, seguindo a
sequência de arcos: 0,014” e 0,016” de NiTi, 0,016”, 0,018”, 0,020”, 0,019”x0,025” de aço.
No último arco, após finalizada a fase de alinhamento e nivelamento, utilizaram elásticos de
Classe II 3/16” médio com 200g de força de cada lado até atingir relação de Classe I de
caninos e molares. A análise das fotos mostrou que houve alteração frontal do ângulo do
plano oclusal. O autor pode concluir que houve inclinação do plano oclusal para os pacientes
que utilizaram elástico unilateral.

3.4 CURSOR

Santiago; Silva Filho (2023) apresentaram um caso clínico utilizando dispositivos


intrabucais com ancoragem esquelética para promover distalização dos molares superiores e
corrigir a maloclusão de Classe II de Angle. A paciente, sexo feminino, 15 anos de idade,
procurou atendimento com queixa de desconforto ao sorrir. Possuía as seguintes
características: perfil suavemente convexo, selamento labial passivo, ângulo nasolabial
fechado, sorriso gengival, maloclusão de Classe II, incisivos superiores vestibularizados,
overjet de 9 mm, curva de Spee acentuada, sobremordida, pequeno desvio da linha média
inferior para o lado esquerdo, padrão de crescimento horizontal e sem grandes divergências
entre os ossos maxilares. O tratamento iniciou com a montagem do aparelho fixo da
prescrição Roth, com slot 0,022, exodontia dos terceiros molares superiores e fase de
alinhamento e nivelamento, com arcos de NiTi 0,014” e 0,016”. Foram realizados cantilevers
inferiores com arco 0,012”x0,025” de aço, a fim de corrigir mais rápido a alteração na curva
20

de Spee e sobremordida. Após seis meses de tratamento, foram instalados dois mini implantes
na crista infrazigomática, em cima do primeiro molar superior, que recebeu um elástico em
corrente apoiado em cursores na mesial dos caninos superiores, além de associar um elástico
intermaxilar ¼ pesado no gancho do cursor ao gancho do primeiro molar inferior, para
potencializar o movimento de distalização (FIGURA 6). O tratamento foi eficaz na correção
da maloclusão, com associação de mini implantes, possibilitou um tratamento mais estético,
com menor necessidade de colaboração do paciente e menores efeitos indesejáveis.

Figura 6 – Distalização dos molares superiores com mini implantes.

Fonte: Santiago; Silva Filho (2023).

3.5 MINI IMPLANTES

Rodrigues et al. (2019) relataram dois casos clínicos demonstrando a utilização de


mini implantes extra alveolares para tratar maloclusão de Classe II. Em ambos os casos, as
pacientes, 25 anos de idade, sexo feminino, procuraram atendimento com queixa de
insatisfação oclusal. Possuíam maloclusão de Classe II divisão 1, tratadas com o sistema
autoligado Bidimensional EasyClip+ associado ao uso de mini implantes. Os mini implantes
foram instalados na região posterior da maxila, após atingir o último arco retangular de aço,
0,017”x0,025”, com elástico em corrente do mini implante ao gancho dos caninos superiores,
promovendo um movimento de distalização do arco superior, corrigindo a maloclusão de
Classe II (FIGURA 7). O uso de mini implantes extra-alveolares é uma técnica de simples
instalação e remoção, baixo custo e, quando usado com o sistema autoligado, reduz o tempo
de consulta e o tempo total de tratamento, exigindo pouca colaboração do paciente e
proporcionando ótimos resultados.

Figura 7 – Distalização da arcada superior com mini implantes.


21

Fonte: Rodrigues et al. (2019).

Vilela; Nascimento (2019) descreveram um tratamento de maloclusão de Classe II


dento-alveolar assimétrica através do sistema autoligado associado a mini implantes. A
paciente, sexo feminino, 17 anos de idade, possuía as seguintes características: mesofacial,
simetria facial, harmonia entre os terços faciais, perfil convexo, selamento labial passivo,
desvio da linha média inferior, maloclusão de ½ Classe II subdivisão direita, overjet e
overbite normais, moderado apinhamento do lado direito e verticalização dos incisivos
inferiores. O tratamento iniciou com a colagem do aparelho fixo autoligado passivo, com slot
0,022” com variadas prescrições. A sequência de arcos utilizada foi: NiTi termo-ativado
0,014”, 0,018”, 0,014”x0,025”, 0,018”x0,025” e arcos de aço 0,017”x0,0,25” e
0,019”x0,025”, com stops nas linhas médias, trocados bimensalmente. Foi instalado um mini
implante extra-alveolar de cada lado, na região posterior de maxila, na crista infra-zigomática
do lado direito e intra-alveolar do lado esquerdo, entre os pré-molares e receberam molas de
NiTi apoiadas nos mini implantes e em ganchos bola localizados na distal dos caninos,
exercendo força de 250g a fim de promover distalização do arco superior e corrigir a
maloclusão (FIGURA 8). O sistema autoligado passivo com prescrições variadas associado a
mini implantes mostrou-se eficiente na correção da maloclusão de Classe II subdivisão,
permitindo maiores movimentações dentárias sagitais, sem a necessidade de trocar o parafuso
de lugar.

Figura 8 – Distalização superior apoiado em mini implantes e mola de NiTi.

Fonte: Vilela; Nascimento (2019).


22

Sader et al. (2021) relataram um caso clínico a fim de demonstrar a correção da


maloclusão de Classe II através da mesialização de molares inferiores. A paciente, sexo
feminino, 35 anos de idade, procurou atendimento com queixa de apinhamento dentário.
Possuía as seguintes características: selamento labial passivo, perfil convexo, ângulo
nasolabial aberto, maloclusão de Classe II, apinhamento superior e inferior e ausência dos
primeiros molares inferiores. Houve a necessidade de extrair os primeiros pré-molares
superiores para corrigir a discrepância anteroposterior do apinhamento superior. Foi realizada
colagem do aparelho fixo da prescrição Roth, com slot 0,022”x0,028”, arco 0,014”de NiTi e
início da retração dos caninos superiores. Posteriormente, os arcos foram evoluídos para
0,016” e 0,018” de NiTi 0,020” de aço com reversão da curva de Spee. No fim da fase de
alinhamento e nivelamento, foi instalado o arco 0,016”x0,022” associado à elásticos em
corrente para fechar diastemas residuais. Mini implantes foram instalados na distal dos
segundos pré-molares inferiores para mesializar os molares inferiores a fim de fechar o espaço
dos dentes perdidos e corrigir a maloclusão de Classe II. O tratamento resultou no correto
alinhamento e nivelamento dos dentes, normalização da oclusão, mesialização dos segundos e
terceiros molares, fechamento dos espaços e restabelecimento funcional e estético, sem
comprometimento no perfil facial da paciente.
Holanda (2022) relatou um caso clínico a fim de apresentar a técnica 3DBOT que não
usa bráquetes, apenas fios de NiTi encerados para corrigir maloclusões. A paciente, sexo
feminino, apresentava: maloclusão de Classe II subdivisão direita, mordida cruzada posterior,
ausência de hábitos deletérios, perfil convexo e desvio de linha média para esquerda. O
tratamento iniciou com a instalação de uma placa versátil de ancoragem esquelética, com dois
mini implantes e colagem de botões estéticos para uso de elástico em cadeia afim de fechar os
diastemas. O aparelho 3DBOT teve o objetivo de alinhar e nivelar os dentes, utilizando os
arcos 0,014” e 0,016” de NiTi, com duração de 14 meses (FIGURA 9). O uso destas técnicas
combinadas mostrou ser uma boa opção de tratamento de maloclusões de Classe II,
permitindo rapidez, estética e conforto.

Figura 9 – Aparelho 3DBOT e Placa Versátil.


23

Fonte: Holanda (2022).

3.6 PROPULSORES MANDIBULARES

Os elásticos intermaxilares ainda são bastante utilizados para corrigir a maloclusão de


Classe II, sendo uma opção de baixo custo, quando comparado com propulsores
mandibulares, porém, sua eficácia não supera as vantagens do uso dos propulsores
(FERREIRA, 2023).

3.6.1 Aparelho Herbst

O aparelho Herbst é indicado para corrigir a maloclusão de Classe II, pois promove
um avanço mandibular contínuo durante todas as funções orais, projetando os côndilos
constantemente anteriorizados nas fossas articulares, fato que estimula a potencialidade das
remodelações ortopédicas desejadas (REGO et al., 2005).
Brabo (2019) apresentou um caso clínico de um paciente de 8 anos portador de
maloclusão de Classe II tratado com aparelho Herbst e Bionator. O paciente, sexo masculino,
8 anos de idade, procurou atendimento com queixa de ter os “dentes para frente”. Possuía as
seguintes características: desarmonia facial, perfil convexo, deficiência mandibular,
mesocefálico, interposição do lábio inferior, maloclusão de Classe II divisão 1, incisivos
vestibularizados, linhas médias desviadas, curva de Spee acentuada, constrição maxilar,
overjet e overbite aumentados, dentição mista e diastema entre os incisivos superiores. O
principal objetivo do tratamento era promover um avanço mandibular. O tratamento teve duas
24

etapas: iniciou com a bandagem dos molares superiores e inferiores e moldagem de


transferência para confecção do aparelho Herbst. Foi realizada expansão rápida da maxila
com aparelho Hyrax, posteriormente, o avanço da mandíbula com o Herbst, que se manteve
por 11 meses, até a esfoliação dos dentes decíduos, que prejudicaram a estabilidade do
aparelho, sendo necessário trocar o dispositivo protrator por um Bionator de Balters. O
Bionator foi mantido por 6 meses, mantendo a mandíbula protruída e corrigindo a
discrepância anteroposterior. A segunda fase do tratamento foi com aparelho fixo
convencional para alinhamento e nivelamento, finalizado com elásticos intermaxilares. O
tratamento da maloclusão de Classe II com deficiência mandibular em pacientes com dentição
mista através de protração mandibular e uso de elásticos intermaxilares de Classe II promoveu
melhora na relação interlabial, compensação dentoalveolar, pouco impacto na convexidade
facial, oclusão e estética satisfatórias.
Villela (2021) aborda um caso clínico altamente relevante em que um paciente em
fase de crescimento foi submetido a um tratamento ortodôntico para corrigir uma má oclusão
de Classe II com deficiência mandibular. O plano de tratamento abrangente envolveu o uso de
propulsores mandibulares em conjunto com aparelhos ortodônticos fixos, especificamente
braquetes autoligáveis passivos com prescrições personalizadas. O principal objetivo era não
apenas corrigir as relações dentárias desalinhadas, mas também promover o redirecionamento
adequado da mandíbula e melhorar a estética facial geral, reduzindo a convexidade facial. A
primeira fase do tratamento consistiu em preparar as arcadas para receber os propulsores
mandibulares, alinhando e nivelando até o fio retangular de aço. Na segunda fase, foi
efetuado o tratamento ortopédico com aparelho propulsor mandibular fixado aos arcos
ortodônticos. Na terceira fase, foi efetuada a estabilização dos resultados obtidos, com uso de
elásticos intermaxilares (FIGURA 10). Os braquetes utilizados foram os Tellus EX,
metálicos, autoligáveis passivos, com slot de 0,022" e prescrições individualizadas. Na
arcada superior, utilizou-se torque alto nos incisivos centrais, laterais e caninos, enquanto na
arcada inferior, usou-se torque baixo nos incisivos e torque padrão nos caninos. O tratamento
envolveu abertura de espaço, inclusão dos segundos molares e utilização de arcos de NiTi
termoativado. Os propulsores mandibulares rígidos do tipo Herbst foram fixados aos arcos
ortodônticos, avançando a mandíbula. Após dez meses de uso do propulsor, iniciou-se a fase
de contenção com elásticos intermaxilares de Classe II. O aparelho fixo não foi removido até
obter um bom encaixe dos dentes e uma boa chave de oclusão, utilizando dobras de
finalização e elásticos de intercuspação. Os resultados obtidos foram satisfatórios, com
melhoria na relação dentária, correção da relação sagital das arcadas, benefícios estéticos
25

faciais e preservação da integridade dos dentes. A escolha apropriada do tipo de propulsor, a


seleção cuidadosa dos torques individuais e a manutenção adequada do avanço mandibular
foram aspectos cruciais para o sucesso do tratamento. Em conclusão, o uso do propulsor
mandibular fixo, combinado com braquetes autoligáveis e prescrições individualizadas,
demonstrou eficiência na correção ortopédica da má oclusão de Classe II, minimizando os
efeitos indesejados nos dentes e proporcionando resultados satisfatórios para os pacientes.

Figura 10 –Aparelho Herbst com Sistema Autoligado.

Fonte: Villela (2021).

3.6.2 Aparelho Power Scope

Oliveira et al. (2020) descreveram um caso clínico a fim de demonstrarem a correção


da maloclusão de Classe II com sistema autoligado e propulsor Power Scope. O paciente,
26

sexo masculino, 29 anos de idade, procurou atendimento com queixa estética. Possuía as
seguintes características: dolicofacial suave, selamento labial passivo, perfil convexo, linha
queixo-pescoço reduzida, sulco mento-labial profundo, ângulo naso-labial levemente
aumentado, mordida profunda, sobressalência normal, desvio de linha média inferior para
direita, suave atresia das arcadas dentárias, maloclusão de Classe II subdivisão direita, curva
de Spee moderada, ausência de apinhamento, protrusão maxilar, retrusão mandibular e Classe
II esquelética. O tratamento iniciou com a montagem do aparelho fixo autoligado passivo e,
ao atingir o último arco de aço retangular, 0,019”x0,025” ou 0,021”x0,025”, com torque
resistente, foi instalado o propulsor Power Scope (FIGURA 11). Após sua instalação,
associaram o uso de elástico intermaxilar 5/16” pesado no lado direito, apoiado nos ganchos
dos dentes 13 e 47, a fim de potencializar sua ação do lado direito. Não foi apoiado elásticos
do lado esquerdo, deixando o propulsor com suave pressão anterior, apenas para estabilizar a
mandíbula. Decorridos 5 meses, o propulsor foi removido e o elástico foi mantido por mais
dois meses para posterior fase de intercuspidação. O aparelho Power Scope demonstra ser
uma excelente alternativa para correção de maloclusões de Classe II em pacientes adultos,
proporcionando um tratamento rápido, confortável, higiênico, de fácil instalação e ativação.

Figura 11 – Propulsor Power Scope.

Fonte: Oliveira et al. (2020).

Moro et al. (2020) relatou um caso clínico a fim de demonstrar uma trava alternativa
do propulsor mandibular Power Scope para tratar maloclusão de Classe II. O paciente, sexo
masculino, 13 anos de idade, possuía as seguintes características: maloclusão de Classe II
divisão 2, subdivisão direita, mordida profunda, perfil convexo, selamento labial passivo,
braquifacial, maxila levemente protruída, mandíbula bem-posicionada, altura facial inferior
reduzida, incisivos retruídos, leve apinhamento inferior e desvio de linha média inferior. O
tratamento proposto foi de avanço mandibular, uma vez que extrações estavam
contraindicadas pelo perfil do paciente. O tratamento iniciou com a colagem do aparelho fixo
27

autoligado da prescrição MBT, seguindo o nivelamento com a sequência de arcos de NiTi


0,014”, 0,016”, 0,014”x0,025” e 0,019”x0,025”, seguido do arco de aço 0,019”x0,025”. Após
um mês com o último arco, foi instalado o propulsor Power Scope com travas alternativas na
mesial dos primeiros molares superiores e na distal dos caninos inferiores. O propulsor foi
mantido por 4 meses, com alguns ajustes e reativações, atingindo uma sobrecorreção da
maloclusão de Classe I, ficando em Classe III do lado direito. O uso desse dispositivo com
travas alternativas foi eficaz para a correção da maloclusão de Classe II com sistema
autoligado.

3.6.3 Aparelho Protrator Mandibular

Bicalho; Bicalho (2007) relataram o tratamento de uma paciente adulta com má


oclusão de Classe II utilizando APM para protração mandibular. A paciente, sexo feminino,
51 anos de idade, possuía as seguintes características: 100% de sobremordida, Classe II
divisão 2ª, padrão II, deficiência mandibular, braquifacial, discrepância de Bolton de 4 mm na
região ântero-superior, sulco mentolabial marcado, ângulo nasolabial fechado, Classe II
esquelética e extrema inclinação lingual dos incisivos superiores. O tratamento iniciou com a
montagem do aparelho fixo cerâmico da prescrição Roth com slot 0,022”x0,028”, com
objetivo principal a descompensação dos incisivos superiores, diminuir a sobremordida
anterior e possibilitar a colagem do aparelho inferior. Realizada a fase de alinhamento e
nivelamento, atingindo os arcos 0,019”x0,025” de aço, coordenados, procederam a instalação
do APM IV, que levou os incisivos inferiores em uma relação de topo a topo com os incisivos
superiores, coincidindo as linhas médias e colocando os caninos em Classe I. O tratamento
proporcionou modificações dentárias compensatórias complexas através do avanço
mandibular em uma paciente adulta com maloclusão severa de Classe II 2ªdivisão. A escolha
por este protocolo foi por se tratar de uma paciente braquifacial, com sínfise capaz de suportar
uma inclinação vestibular mais acentuada dos incisivos inferiores.
Teixeira (2020) relatou o tratamento de uma paciente com maloclusão de Classe II
tratada com APM. A paciente, sexo feminino, 12 anos de idade, procurou atendimento com
queixa de ter os dentes muito vestibularizados e com diastemas. Possuía as seguintes
características: simetria facial, terço inferior retruído, mento bem posicionado, ângulo
nasolabial adequado, perfil convexo, eversão do lábio inferior, maloclusão de Classe II canina
bilateral, overjet acentuado, overbite aumentado, padrão II, deficiência mandibular moderada.
O tratamento tinha o objetivo de corrigir a maloclusão e discrepâncias entre as arcadas. Foi
28

feita colagem do aparelho fixo da prescrição Capelozza padrão II, bandagem dos primeiros e
segundos molares superiores e primeiros molares inferiores com tubos duplos. A sequência de
arcos foi: NiTi 0,014”, 0,016”, 0,018” e 0,020”; aço 0,018”, 0,020”, 0,019”x0,025” de NiTi e
aço. Ao atingir o último arco, foi realizada a instalação do APM, com helicoides oclusais na
distal dos caninos inferiores (FIGURA 12). O dispositivo protrator foi utilizado por nove
meses, resultando em um bom engrenamento dentário, melhora no perfil do paciente, correção
da sobressalência e ângulo nasolabial menos acentuado. O tratamento da maloclusão de
Classe II precisa de um diagnóstico preciso, individualizando o plano de tratamento para as
necessidades de cada caso.

Figura 12 – APM instalado.

Fonte: Teixeira (2020).

3.7 CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Sousa; Andrade (2023) realizaram uma revisão de literatura descritiva quantitativa,


sobre o tratamento da maloclusão de Classe II através da cirurgia ortognática. A busca foi
realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde, Scielo e Google Acadêmico, com os
descritores: “ortodontia”, “classe II”, “ortognática”, “cirurgia” e “aparelhos”. Os resultados
mostraram que a cirurgia ortognática busca normalizar a morfologia dentofacial do paciente,
deixando a face do paciente equilibrada, em formato normal. A cirurgia ortognática visa
corrigir desarmonias entre os ossos maxilares e mandibulares, devolvendo as funções corretas
do sistema estomatognático (mastigação, respiração, fonação, deglutição e oclusão). Este
29

procedimento causa um grande impacto na vida do paciente, devolvendo autoestima e


qualidade de vida, embora possa causar complicações de ordem física e psicológica.
Queiroz (2023) relatou um caso clínico com intuito de expor os conceitos para realizar
um correto planejamento e preparo orto-cirúrgico. A paciente, sexo feminino, 29 anos de
idade, procurou atendimento com queixa de “mordida torta, ser dentuça”. Possuía as seguintes
características: harmonia facial, dolicofacial, selamento labial passivo, ângulo nasolabial
suavemente aberto, perfil convexo, linha queixo pescoço reduzida, Padrão II, retenção
prolongada do dente 85, ausência dos dentes 24, 35 e 45, linha média inferior desviada,
overjet acentuado, mordida cruzada posterior unilateral, curva de Spee acentuada e
maloclusão de Classe II. O tratamento iniciou com a colagem do aparelho fixo autoligado da
prescrição Roth, levante de mordida no segundo molar inferior, pedido de exodontia do
elemento 48 e alinhamento e nivelamento com intuito de descompensar as inclinações
dentárias preparando a paciente para cirurgia ortognática. A sequência de arcos utilizados
foram: 0,012” e 0,014” de NiTi termoativado, 0,017”x0,025” e 0,019”x0,025” de aço. Foram
feitas moldagens de estudo, desgastes interproximais e demais movimentações necessárias
para que a paciente pudesse passar pela cirurgia. O procedimento obteve sucesso, corrigindo a
maloclusão da paciente e reequilibrando o perfil facial (FIGURA 13). É necessária uma
interação multidisciplinar para determinados casos, abrangendo Ortodontia, Cirurgia Buco-
Maxilo-facial, Psicologia e Fonoaudiologia. Para pacientes que passarão por cirurgia
ortognática, o preparo psicológico é de extrema importância, pois o tratamento promoverá
alterações irreversíveis na face.

Figura 13 – Antes e depois da cirurgia ortognática.

Fonte: Queiroz (2023).


30

4 DISCUSSÃO

Rocha (2019) relatou o tratamento de uma criança que estava antes do pico de
crescimento puberal com maloclusão de Classe II, que passou por ERM com Haas, seguida do
splint maxilar com AEB de tração alta parietal, previamente ao tratamento com ortodontia
fixa. Já Fortaleza; Barros; Silva (2021) associaram o aparelho Bionator de Balters com AEB
para tratar a maloclusão de Classe II de Angle, melhorando o perfil facial da paciente,
melhorando estética e aumentado autoestima.
Varela (2022) relatou o tratamento de avanço mandibular para tratar a maloclusão de
Classe II com o aparelho Bionator de Balters, capaz de melhorar no perfil facial, selamento
labial passivo e equilíbrar as bases maxilares. E Henriques (2022) relatou o tratamento de um
paciente com maloclusão de Classe II com Bionator de Balters que causou um aumento da
capacidade respiratória nasal e regressão da adenoide.
Cunha (2019) relatou um tratamento de má oclusão Classe II com associação de
batente anterior fixo, aparelho fixo e elásticos intermaxilares. Já Garbin; Wakayama; Martin
(2020) comprovaram a eficácia do arco seccionado de forças paralelas no tratamento da
Classe II. E Freitas et al. (2022) promoveram uma associação de técnicas, com MEAW e
APM para tratar a maloclusão de Classe II.
Santiago; Silva Filho (2023), frente a uma maloclusão de Classe II, utilizaram cursores
apoiados em mini implantes, promovendo a distalização dos molares e corrigindo a
discrepância entre arcadas. Já Rodrigues et al. (2019) relataram dois casos clínicos
demonstrando a utilização de mini implantes extra alveolares para tratar maloclusão de Classe
II, comprovando que seu uso é de simples instalação e remoção, baixo custo e capaz de
reduzir o tempo do tratamento.
Vilela; Nascimento (2019) utilizaram mini implantes extra-alveolares na região
posterior de maxila, na crista infra-zigomática do lado direito e intra-alveolar do lado
esquerdo, entre os pré-molares que receberam molas de NiTi apoiadas nos mini implantes e
em ganchos bola localizados na distal dos caninos com ação de distalização para corrigir a
maloclusão de Classe II. Já Holanda (2022) apresentou o aparelho 3DBOT, que não usa
bráquetes, apenas fios de NiTi encerados para corrigir maloclusões que foi associado a um
mini implante palatino com mola de NiTi para distalizar molares e corrigir a Classe II da
paciente.
31

Rego et al. (2005) caracteriza o aparelho Herbst, um propulsor mandibular é indicado


para corrigir a maloclusão de Classe II. E Brabo (2019) apresentou uma associação do
propulsor Herbst com Bionator para tratar a Classe II de um paciente de 8 anos.
Oliveira et al. (2020) demonstraram a eficácia do propulsor Power Scope em conjunto
com o sistema autoligado para tratar a maloclusão de Classe II de um paciente adulto. E Moro
et al. (2020) apresentou um tratamento utilizando o propulsor mandibular Power Scope para
tratar maloclusão de Classe II em um paciente jovem, com 13 anos, demonstrando sua
versatilidade.
Bicalho; Bicalho (2007) promoveram o avanço mandibular em uma paciente adulta
com o APM, um dispositivo capaz de alterar o perfil do paciente, com baixo custo e simples
manipulação. E Teixeira (2020) demonstrou a eficácia do APM em um paciente de 12 anos
com má oclusão de Classe II por retrusão mandibular.
Segundo Sousa; Andrade (2023), a cirurgia ortognática visa corrigir desarmonias entre
os ossos maxilares e mandibulares, devolvendo as funções corretas do sistema
estomatognático. E Queiroz (2023) comprovou a efetividade da cirurgia ortognática na
maloclusão de Classe II, frisando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar,
abrangendo Ortodontia, Cirurgia Buco-Maxilo-facial, Psicologia e Fonoaudiologia.
32

5 CONCLUSÃO

A má oclusão de Classe II possui diversas formas de tratar e a escolha do protocolo


terapêutico deve levar em conta a idade do paciente, nível de colaboração e, principalmente, a
origem da maloclusão, podendo ser com aparelhos fixos ou removíveis, através de
distalização, avanço mandibular ou cirurgia ortognática.
33

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