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Resumo
Este artigo, orientado pelas discussões teóricas dos conceitos de transposição didática,
didatização e modelização didática (CHEVALLARD, 1985, 2004[1991], SCHNEUWLY,
(2005[1995], 2009, ROJO, 2001a), tem por objetivo discutir a contribuição da produção de
material didático para a formação continuada dos professores de Língua Portuguesa, uma das
ações do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Educação do
Estado do Paraná. Essas discussões, situadas na perspectiva transdisciplinar da Linguística
Aplicada, analisa um corpus (gerado na abordagem qualitativo-interpretativista) composto
pelo discurso - entrevista, relato de experiência e material didático - de uma professora de
Língua Portuguesa que participou do PDE na edição 2007/2008. Nossas discussões partiram
da ideia de que, ao produzirem material didático, os professores estariam não só
recepcionando conhecimentos produzidos por instâncias acadêmicas (pesquisas) e
governamentais (parâmetros e diretrizes curriculares, materiais e documentos para a formação
continuada, orientações didáticas etc.), mas também produzindo conhecimentos à medida que
relacionassem seus saberes da experiência com os saberes teóricos sobre ensino e
aprendizagem e os saberes específicos de sua disciplina, além de estarem exercitando aspectos
didáticos para a implementação das teorias na prática escolar. As análises nos mostram que as
professoras, ao organizar seu material didático, mobilizam, (re)organizam e (re)significam
seus saberes: os para ensinar (ferramentas discursivas que fazem parte da formação - como o
conhecimento curricular, didático e pedagógico – construídas ao longo da carreira) e os a
ensinar (ferramentas específicas dos conteúdos gerais e específicos da disciplina de atuação)
(HOFSTETTER e SCHNEUWLY, 2009) e, assim, fortalecem, discursivamente, seus
instrumentos (dispositivos centrais na criação de mecanismos de ensino) de trabalho.
1
Doutor em Linguística Aplicada pela Unicamp e pela Universidade de Genebra. Professor do Curso de
Pedagogia e de Direito da Universidade Positivo. E-mail: vieira.claudios@gmail.com
11797
Introdução
com a sua atuação em sala. Nessa direção, apontamos que uma das possibilidades seria a de
tornar o professor autor do seu material didático. Como “professor-autor”, ele, ao exercitar a
modelização didática e a didatização dos objetos de ensino, estaria, além de adquirindo,
mobilizando seus saberes conforme a necessidade de sua utilização, de suas experiências e de
seus percursos formativo e profissional. Assim, ao transpor didaticamente os conhecimentos
de sua disciplina para o MD e depois para o campo prático, o professor percorreria um
processo de transformação das capacidades, tanto as suas - a de agir sobre os objetos de
conhecimento - como as de seus alunos - as maneiras de pensar, de falar, de escrever ou de se
comportar em certos contextos (SCHNEUWLY, 2005[1995]).
Neste trabalho, orientados por uma concepção que vê na interação verbal o lugar, por
excelência, de produção da linguagem e de construção dos sujeitos, apresentamos algumas
discussões sobre como a produção de MD pelo próprio professor pode se configurar em um
espaço para a sua formação continuada. Para isso, abordamos os conceitos de tansposição
didática, modelização didática e didatização de conhecimentos e analisamos atividades de
leitura desenvolvidas por Fernanda (nome fictício), professora de LP/LM do Estado do
Paraná, em seu MD durante o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE)2 ocorrido no
biênio 2007/2008 e fragmentos de uma entrevista que Fernanda nos concedeu em junho de
2010. Com as análises, não pretendemos avaliar as atividades propostas, apontando
adequações ou inadequações para o ensino e a aprendizagem, mas entender como o processo
de produção de MD pode se configurar em um espaço para a formação de professores. Ou
seja, queremos entender como esse processo pode permitir aos professores (re)organizar e
(re)significar seus saberes, sendo capazes de “definir, selecionar e organizar ‘conteúdos’ que
deverão ser tematizados por meio de ações didáticas distribuídas no tempo e no espaço
escolar” (ROJO, 2001a, p. 314).
2
Este programa, lançado em 2007, especificamente na ação de formação continuada dos professores da rede
pública estadual, se configura em uma política de valorização dos professores, articulando a educação básica e a
educação superior na busca de soluções e melhorias na qualidade do ensino no estado. Para isso, prevê, além de
avanços na carreira, afastamento do trabalho (sala de aula) para que o professor PDE se dedique aos estudos, a
produção do material didático e pedagógico, a intervenção na realidade escolar (aplicação em sala de aula do
material produzido), a orientação de grupos de trabalho e a produção de um artigo científico.
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opinião ou a subordinada relativa, por exemplo) precisa ser didatizado para se tornar um
“objeto ensinado e aprendido” dentro de uma sala de aula. Ou seja, para se tornar “ensinado e
aprendido”, um objeto de conhecimento - que tem o seu funcionamento determinado por
outro contexto social, externo ao sistema de ensino e de aprendizagem -, além de ser
considerado como conhecimento útil em situações sociais diversas, como um conhecimento
legítimo e legitimado historicamente por meio do reconhecimento social, incluindo aí o seu
caráter teórico, determinado pelas instituições acadêmicas que o produzem, passa por uma
longa cadeia de transformações. Esse processo de transformações é necessário e é
modelizado pela teoria da transposição didática (TD).3 Entendemos por TD, a partir da
abordagem definida por Chevallard (1985, 2004[1991]), o processo de transformações pelo
qual passa um conhecimento para se tornar objeto de ensino. Vejamos o esquema criado por
Chevallard (1985, p. 49):
Por meio deste esquema, compreendemos que cada uma das setas (ĺobjeto no
contexto social-comunicativo – fora do ambiente escolar ĺ o objeto modelizado ĺ o objeto
didatizado) representa a transformação profunda pela qual passa um objeto de conhecimento
em função de seu funcionamento no contexto escolar. Ou seja, o objeto se transforma para
servir a objetivos específicos a depender do contexto discursivo em que está inserido.
Nessa linha de raciocínio e de acordo com Schneuwly (2005[1995], 2009), as ações de
transformação no conhecimento, desenvolvidas a partir de um objeto retirado de um contexto
discursivo “X” ou “Y” e colocado na escola – outro contexto discursivo -, só se realizam
quando se pautam na clareza sobre “o que ensinar”, “por que ensinar” e “como ensinar”. Essa
clareza é necessária porque, ao mudar de contexto, o objeto de conhecimento ganha outra
função, transforma-se em objeto a ser “ensinado e aprendido” e deverá estar a serviço da
ampliação do conhecimento dos alunos. Por exemplo, ao tomarmos uma carta de reclamação,
um artigo de opinião, um curriculum vitae, ou outro objeto de conhecimento e o colocarmos
em um contexto escolar, faz com que este se torne gênero ou objeto de conhecimento
“escolarizado” (ROJO, 2001b, SCHNEUWLY, 2007). Ou seja, as atividades escolares, por
mais que se aproximem de situações efetivas de comunicação, quando didatizam, pelo
processo de transposição didática, transformam os objetos de conhecimento, que deixam a sua
3
Definições mais aprofundadas sobre TD podem ser encontradas em Vieira-Silva (2012).
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função primeira - a comunicação -, em objetos de estudo. Estes têm por função desenvolver
nos alunos as capacidades de leitura e de produção de textos, no caso do ensino de LP/LM.
Diante disso, assumimos que a transposição didática, além de ser necessária para o
ensino e a aprendizagem, é um processo complexo que não deve ser feito de forma direta e
imediata, resumindo-se na mera simplificação dos objetos de conhecimentos para facilitar a
sua compreensão por parte dos alunos, relegando à escola a mera função de reprodutora de
conhecimentos. Mas, acima de tudo, esse conceito deve ser compreendido como um processo
útil para determinarmos e delimitarmos as dimensões ensináveis de um dado objeto de
conhecimento, uma vez que, no caso do ensino e aprendizagem de LP/LM na escola básica, o
objetivo não é formar linguistas, mas usuários competentes da língua.
A determinação e a delimitação das dimensões ensináveis de um objeto de
conhecimento passam, segundo Dolz, Schneuwly e De Pietro (2004[1998]), pela modelização
didática, entendida como atividade definidora dos princípios (o que é aquele determinado
objeto de ensino), dos mecanismos (como este objeto, textualmente, está organizado) e das
formulações (os elementos utilizados em sua textualização) presentes nos objetivos do ensino,
tendo em vista a aprendizagem pelos os alunos. Por exemplo, tomando como objeto de ensino
o gênero “carta de reclamação”, o professor-autor poderia proceder da seguinte maneira: i)
com a ajuda das discussões teóricas sobre língua/linguagem (teorias linguísticas,
discursivas/enunciativas) e das experiências dos usuários desse tipo de gênero (manuais de
redação, advogados e assessores, instituições que asseguram o direito do consumidor etc.),
realizar a descrição do gênero; ii) saber o que seus alunos conhecem, compreendem e
conseguem produzir do gênero carta de reclamação, isto é, avaliar “a ZPD4 para este objeto
específico” (ROJO, 2001a, p. 320); iii) utilizar experiências anteriores com o ensino
(conhecimento de seus alunos e da realidade escolar). De posse desses três conjuntos de dados
(elementos do gênero, o conhecimentos dos alunos e experiências anteriores de ensino)5, o
professor teria condições de planejar mais coerentemente o seu trabalho, criando princípios
norteadores para a intervenção didática, visando, dessa forma, à aprendizagem do gênero em
questão por seus grupo de alunos. Esse processo de planejamento tem, então, como finalidade
compor os “objetivos de ensino (e os indicadores de aprendizagem visados) e [organizar] o
4
Zona Proximal de Desenvolvimento (Vygotsky, 1984a[1930] e 1984b[1935]).
5
Dolz, Schneuwly e De Pietro (2004[1998], p. 259) chamam de “comportamento dos especialistas,
comportamento dos aprendizes, experiências de ensino”.
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O ato de didatizar
diálogo entre a leitura e a escrita” e foi produzido para ser utilizado em sala de aula com
alunos do 7º ano do Ensino Fundamental). Esse material elege o conto de fadas como “carro-
chefe” para organizar atividades de leitura e de produção de textos escritos da ordem do
narrar. Em sua constituição, as atividades - organizadas em duas unidades (primeira: leitura e
interpretação do conto “Chapeuzinho Vermelho” e produção escrita (reconto) de um conto de
fadas que fará parte de uma coletânea de textos dos alunos da classe; segunda: leitura e
interpretação de biografia e das ilustrações/imagens do conto de fadas “Chapeuzinho
Vermelho” e produção, a partir dos dados de um colega da classe, de uma nota biográfica),
partem da leitura de um texto (verbal ou não-verbal), passa pela interpretação e finaliza com a
produção de um texto no mesmo gênero estudado na seção “leitura”.
A escolha do objeto de conhecimento transposto e a forma de organização das
atividades no MD são assim justificadas por Fernanda:
Acabei optando pelo estudo do gênero literário conto de fadas devido à série [7º
ano] (...) apresentar um interesse forte pelo mágico, pela fantasia e pelo lúdico.
Achei que se eu partisse da leitura do clássico (...) poderia proporcionar aos alunos
uma discussão que os faria pensar num rito de passagem, levando-os a relacionar
essa situação à sua condição de pré-adolescência e adolescência (trecho de entrevista
– profa. Fernanda).
O trecho nos indicia7 duas questões interessantes e que estão diretamente ligadas aos
saberes do campo profissional do professor. A primeira mostra a preocupação em “seduzir” os
alunos para o processo de ensino e aprendizagem (utilizar um gênero literário que “dialogasse”
com os interesses particulares de seus alunos); a segunda demonstra que, ao atrair os alunos
para o estudo, as atividades proporcionariam a ampliação do conhecimento tanto no nível
intelectual (discutir e conhecer os elementos do gênero em estudo) como também refletir sobre
a temática apresentada pelo texto, relacionando experiências e conflitos vividos pelos
adolescentes nessa fase de suas vidas. Nessa direção, observamos, também, a presença de duas
forças agindo no discurso8 de Fernanda. Uma diz respeito ao ensino via estudo de gêneros
textuais e outra agindo na direção do trabalho com temáticas, explorando, discutindo e
atualizando, com os alunos, o tema que pode ser depreendido do conteúdo do texto.
7
Difundido em 1968, pelo historiador italiano Carlo Ginzburg, o paradigma indiciário se configura na “proposta
de um método interpretativo centrado sobre os resíduos, sobre os dados marginais, considerados reveladores”
para o pesquisador (Ginzburg, 1986[1968], p. 149).
8
Segundo Vieira-Silva (2012), discurso é toda a produção de linguagem. Logo, um relato, uma entrevista, um
material didático se configuram em discurso e, por isso, guardam em si posições ideológicas, fatores históricos,
políticos e sociais, sendo, portanto, o lugar para onde convergem conflitos, intencionalidades, jogos de interesses
que emergem dentro de todo e qualquer grupo social.
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A análise desse trecho demonstra que a escolha do conteúdo e da forma como ele foi
desenvolvido no MD não foram aleatórias e nem partiram somente da sua experiência de sala
de aula. Há por trás dessa escolha uma sustentação teórica. Essa base teórica está presente,
tanto nas discussões contemporâneas de ensino e aprendizagem de LP/LM, como nos
encaminhamentos teóricos e metodológicos das DCELP9. Ou seja, sua preocupação centra-se
em produzir um MD com atividades que, ao mesmo tempo, estejam voltadas aos interesses
dos estudantes, atendam aos dispositivos das teorias e dos documentos oficiais do estado e
que, especialmente, contribuam para o desenvolvimento de seus alunos: na compreensão do
funcionamento social da língua/linguagem e na compreensão dos mecanismos
representacionais da língua/linguagem nos textos. Assim, Fernanda pretende ampliar o
letramento de seus alunos, demonstrando a eles o funcionamento da língua/linguagem em
seus contextos de acontecimento (social e textual).
Destacamos, ainda, que a escrita do MD para a professora configurou-se em uma
atividade de produção discursiva. No momento de produzir esse discurso foi necessário
observar a situação de produção do próprio MD para poder adequar os encaminhamentos das
atividades aos objetivos pretendidos com ensino de LP/LM na sala de aula. Vejamos como
Fernanda reflete sobre esse processo:
9
As DCELP - Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (Paraná, 2007) - do estado concebem a
língua/linguagem como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica)
entre os homens. Nesse sentido, a proposta de trabalho com a LP/LM se pauta na ênfase à língua viva, dialógica,
em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. As atividades de ensino devem, ao tomar o
gênero de discurso/texto como objeto de ensino, relacionar os eixos de fala, da leitura e da escrita, como práticas
de uso e o eixo de análise linguística, como práticas de reflexão.
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A cada palestra ou nova leitura muitas ideias surgiam para enriquecer as atividades
didáticas as quais eu me propunha elaborar. Nesta etapa, eu me perguntava: para
que realidade eu as estaria criando? Onde seriam implantadas? Para que nível
cultural? Quem seriam os interlocutores reais e os virtuais? Para atender a que
necessidades? Com que propósitos seriam realizadas? (profa. Fernanda – ênfases
adicionadas).
A análise desse trecho nos mostra que o processo de didatização foi para Fernanda um
momento importante para que ela pensasse o próprio ensino de LP. Isto é, produzir MD
proporcionou a professora uma reflexão sobre o próprio processo de ensino, motivando-a a
organizar as atividades com vistas à aprendizagem significativa de seus alunos. Portanto, o
processo de Transposição e modelização didática e de didatização foi para Fernanda uma
maneira de “visualizar”, por meio da reflexão sobre a situação de produção, as etapas de
ensino e de aprendizagem que deveriam ser desenvolvidas em sala de aula. Fernanda
experienciou o que proporia a seus alunos.
Ao voltarmos o olhar para algumas atividades presentes no MD, percebemos que elas
demonstram o que Fernanda nos relatou durante a entrevista e apontam, também, para a
presença de forças conflitantes, ora encaminhando as atividades para o estudo do
funcionamento da língua/linguagem, ora se fixando em questões estritamente estruturais do
gênero. Ou seja, a ação de didatizar, por mais que explore os elementos constitutivos
(linguístico-discursivos, sócio-comunicativos) do gênero conto de fadas, ora se encontra presa
a enfoques mais estruturalistas, explorando, de certa forma, mais a metalinguagem do gênero,
ora se encontra mais voltada para a compreensão de seu funcionamento propriamente dito.
Acompanhemos nos Quadros 1 e 2 alguns exemplos das atividades propostas por Fernanda:
1. Você saberia definir que gênero discursivo é esse?; 2. Para que serve um gênero
como esse?; 3. Quem são os possíveis interlocutores desse gênero discursivo?; 4.
Em que esfera social costuma circular um gênero literário como esse?; 5. Em que
suporte esse texto poderia ser encontrado? 6. Em que época poderia ter sido escrito
esse texto e quais os seus fatores históricos mais marcantes?; 7. Ainda, hoje, esse
texto poderia circular em nossa sociedade? Por quê?; 8. Há alguma personagem
com quem você mais se identificou? Por quê?; 9. Qual a parte da história que
achou mais envolvente? Por quê?; 10. Quais contos de fadas foram mais marcantes
em sua vida? Por quê?; 11. Mesmo já lido ou ouvido a história de Chapeuzinho
Vermelho, o texto lhe trouxe alguma novidade? Qual?; 12. O conto de fadas nos
faz distanciar da nossa realidade para um mundo mágico e cheio de fantasias. Por
que, então, apesar de tão antigo, continuamos apreciando histórias desse tipo?
Quadro 1 – Atividades de leitura I
Fonte: Vieira-Silva (2012).
11805
professora em construir atividades que particionam o texto em estudo, criando tarefas que, ao
serem realizadas, permitem com que os alunos adquiram competências no conhecimento e no
entendimento do funcionamento textual do gênero. Isso equivale dizer que Fernando,
(re)contextualiza o objeto de saber (o gênero conto de fadas – “Chapeuzinho Vermelho”),
transformando-o em objeto de ensino e de aprendizagem. Dito de outra forma, é possível
perceber que parte das atividades do primeiro conjunto de questões, como dissemos acima, e
as do segundo cooperam para que os alunos compreendam o funcionamento do gênero e, ao
estuda-lo, modifiquem seu modo de pensar, de falar, de agir, de escrever e de se relacionar
com os demais na sociedade.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
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EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação – ISSN 2359-2087
Resumo
O texto apresenta, a partir das contribuições teóricas de Perrenoud (2000), Freire (2011), Tardif (2014) e
Gauthier (2006), os saberes necessários à prática docente e busca refletir sobre que saberes um bom
professor precisa construir e mobilizar para o desempenho de sua função, segundo os autores
pesquisados. Evidencia-se a complexidade desses saberes, cuja aquisição se dá na formação inicial e na
prática docente. A partir desse processo construtivo do texto, apresenta-se também uma comparação entre
os conceitos apresentados pelos diferentes autores sobre saberes docentes. Observa-se que, de modo
geral, tais conceitos são próximos e complementam-se, não sendo possível se falar em saberes
antagônicos entre os teóricos a partir das obras analisadas. Conclui-se que há diversos saberes que devem
ser mobilizados para a realização da prática pedagógica. Estes são apresentados sinteticamente, de forma
a levar os docentes, aprendizes e formadores a considerá-los no processo formativo de qualidade que se
quer, que impacte positiva, concomitante e a posteriori na prática pedagógica.
1 Introdução
1
Mestre em Educação Escolar/UNIR. Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Rondônia - IFRO/Campus de Cacoal e-mail: sirleitefreitas@gmail.com
2
Doutora em Educação Escolar/UNESP. Professora do Departamento de Ciências da Educação da
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Professora do PPGEE/MEPE/UNIR e-mail:
juracypacifico@unir.br
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015.
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 3
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 5
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
O educador Paulo Freire em toda sua obra sempre procurou destacar o papel do
professor e os saberes necessários a essa profissão. Em seu livro “Pedagogia da
Autonomia” ele faz uma reflexão sobre a formação docente e a prática pedagógica.
Dessa feita, demonstra diversos saberes que um professor deve ter para exercer a
profissão. Freire (2011) afirma que o ato de ensinar exige vários saberes docentes e
aponta esses em três dimensões: a) os referentes à prática docente, ao exercício da
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 7
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 9
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
devem ser polidos e materializados num conjunto de saberes que englobe toda a
dinâmica do processo de ensino e aprendizagem.
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 11
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
Analisando-se o quadro acima, percebe-se que não é uma tarefa fácil ser um
professor. A profissão exige desse profissional uma gama de competências e saberes
que ultrapassam a formação inicial e adentram no exercício da profissão. Pode-se
concluir que os saberes docentes apontados por Perrenoud (2000), Freire (2011), Tardif
(2014) e Gauthier (2006) são similares. Todos destacam a importância dos saberes
advindos da formação acadêmica e que esses se completam como os saberes advindos
da prática docente.
Os autores dão destaque especial aos saberes experienciais, sendo esses o núcleo
central do saber docente em que o professor pode fazer a ligação entre teoria e prática e,
a partir daí, construir novos conhecimentos. Pacífico (2010), ao analisar a obra de Tardif
e Raymond (2000), aponta que a teoria e prática, experiência profissional e pessoal são
elementos constitutivos dos saberes docentes. Ainda complementa que a identidade do
professor se forma baseada no que este ensina e no que aprende durante vários anos de
sua prática profissional. Assim, o professor se torna professor a partir de sua atuação e
do que dela incorpora.
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 13
EDUCA – Revista Multidisciplinar em Educação
3 Considerações finais
possível se determinar exatamente quais são os saberes que um professor deve ter para o
exercício da profissão. Por outro lado, percebe-se que os saberes docentes, construídos a
partir do exercício da profissão, são tão importantes como os adquiridos na formação
inicial. No entanto, é fundamental destacar a natureza desses saberes, pois estes são
complementares e jamais excludentes: um não se basta sem o outro.
Contribui com essas considerações o que se destaca em Pacífico (2010), quando
aponta os estudos desenvolvidos por Rocha (2008) sobre pesquisas no campo da
formação inicial de professores, em que a autora evidencia que as pesquisas apontavam
para a presença de uma racionalidade técnica no processo formativo inicial. Com essa
racionalidade, o estudante tem acesso à teoria para depois a colocar em prática. Isso
levou a se comentar que essa transposição didática não acontece assim. “É preciso que
enquanto estudante vivencie as práticas escolares buscando apreendê-las, nelas intervir
na tentativa de criar, inclusive, novas possibilidades didáticas” (PACÍFICO, 2010, p.
316).
Importante destacar que a esse respeito também Freire (2011) chama a atenção
para o fato de que a teoria sem prática é teoricismo e a prática sem teoria é praticismo.
Assim, é preciso que teoria e prática formem uma unidade indissociável, expressando-se
como ação-reflexão-ação, ação transformadora.
Os saberes envolvidos no processo de constituição de um bom professor se
constroem com o tempo, incluindo-se a formação inicial, a prática e, principalmente,
uma formação continuada em que o mesmo poderá refletir sobre a própria prática, sobre
os conhecimentos adquiridos nas instituições de ensino, em processo de trocas de
experiências com os demais professores e mantendo-se atualizado.
Abstract
The paper presents, from the theoretical contributions of Perrenoud (2000), Freire (2011), Tardif (2014)
and Gauthier (2006), the knowledge necessary for teaching practice and seeks to reflect on that
knowledge a good teacher needs to build and mobilize to perform their function according to the authors
surveyed. Highlights the complexity of knowledge, the acquisition of which occurs in the initial training
and teaching practice. From that text constructive process also presents a comparison of the concepts
presented by different authors on teaching knowledge. It is observed that, in general, such concepts are
close and complement each other, it is not possible to speak of antagonistic between theoretical
knowledge from the works analyzed. It concludes that there are several knowledge that must be mobilized
to carry out the teaching practice. It presents them synthetically in order to bring teachers, learners and
Rev. EDUCA, Porto Velho (RO), v.2, n.4, pp. 1-17, 2015. 15
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DO ESTÁGIO
SUPERVIONADO DE LÍNGUA(gens) NO ENSINO
FUNDAMENTAL II: DESAFIOS E SUPERAÇÕES
RESUMO
INTRODUÇÃO
1
Graduanda do Curso de Letras – Língua Portuguesa, na Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
clecinara321@gmail.com
2
Graduanda do Curso de Letras – Língua Portuguesa, na Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
brendaalveslima17@gmail.com
3
Graduanda do Curso de Letras – Língua Portuguesa, na Universidade Estadual da Paraíba. E-mail:
manuellym.y@gmail.com
O objetivo principal deste trabalho é relatar a experiência de três licenciandas de
letras português na prática de estágio supervisionado do ensino fundamental II.
Ademais, também é intuito deste apresentar, mediante os subsídios teóricos discutidos
na fundamentação teórica, sobre a formação docente, o currículo e a importância do
trabalho com gêneros textuais para a formação do jovem leitor do ensino fundamental
II, justificando a nossa prática.
Para a fundamentação teórica, utilizamos ideias apresentadas em alguns dos
documentos oficiais que orientam a educação básica, como a BNCC (2018) e os PCN’s
(1998). Sobre a formação do aluno leitor do ensino fundamental II e o trabalho com
gêneros textuais, citamos Geraldi (1997), Dolz e Schneuwly (2004) e Marcuschi (2008).
Descreveremos as atividades desenvolvidas na instituição pública ECI Monte
Carmelo, localizada na cidade de Campina Grande - PB, nas turmas do 8º ano A e B do
ensino fundamental, com a intenção de desenvolver nossas habilidades enquanto
professoras em formação e relatar toda a vivência e o aprendizado experienciado
durante seis encontros. Isso nos proporcionou uma análise das metodologias
desenvolvidas nas aulas e do conhecimento das normas e regras de funcionamento que
regem a aula, adequando-os ao contexto da qual fomos expostas: ensino remoto. Além
das práticas necessárias como a comunicação; a interação entre o aluno e professor e o
planejamento para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem de língua portuguesa.
Nas seguintes páginas, serão desenvolvidas questões que envolvem a escola e o
ensino de língua portuguesa, como também um relato de experiência acerca da atividade
de estágio. Na fundamentação teórica será apresentado acerca de alguns pressupostos
dos documentos que orientam o ensino de língua portuguesa, juntamente com reflexões
sobre eles. Por fim, será descrita acerca das experiências advindas do estágio
supervisionado no ensino fundamental II, em seis encontros, através da disciplina de
língua portuguesa.
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
RESULTADO E DISCUSSÕES
O período de análise e de reflexão a ser aqui retratado reporta-se à regência que
aconteceu na ECI Monte Carmelo, localizada na cidade de Campina Grande, na Paraíba.
Imersos na instituição pública de ensino a fim de promover aprendizagens através do
componente curricular da língua portuguesa, atuamos na turma do 8° ano no ensino
fundamental II, em que os alunos tinham a faixa etária entre 12 e 15 anos. Todas as
aulas eram iniciadas às 9:30min, por meio do suporte google meet e acabadas às
11:10min.
Para a concretização de nossas ações, realizamos uma sequência didática com
seis encontros, no qual trabalhamos os gêneros textuais: reportagem, entrevista, podcast,
charge, tirinha, conto, propaganda online e notícia. Também, nos textos, trabalhamos a
temática: Internet e suas influências comportamentais.
1° Encontro
No primeiro encontro, estudamos os gêneros textuais: reportagem e entrevista e
como motivação, trabalhamos com a temática “Jogos digitais: no limite entre o bem e o
mal” e através dela. Assim que os alunos entraram, nos apresentamos e apontamos os
nossos objetivos, mostramos o que iríamos trabalhar com eles e o tempo que ficaríamos
mediando-os. Além disso, apresentamos um quadro de pontuações referentes a ações
que deveriam ser praticadas em sala de aula, como, ligar o microfone, ligar a câmera,
fazer atividades solicitadas e participar no chat. Essas pontuações serviriam para atribuir
notas e incentivar as participações deles.
A princípio, utilizamos um elemento motivador para que eles conhecessem o
tema, memes sobre jogos virtuais. Como se trata de algo didático e de interesse dos
alunos, decidimos iniciar dessa maneira para instigar a participação e o envolvimento
deles na aula. Nosso objetivo foi concretizado, eles demonstraram entusiasmo na
participação e na temática, tornando esse primeiro momento muito proveitoso.
Logo após, fizemos a reprodução de uma reportagem sobre Jogos virtuais e
alguns apontamentos e questionamentos sobre o que estava sendo apresentado, não só
em questão do conteúdo temático, mas também do gênero que estava reproduzindo.
Questionamentos estes referentes às características que os estudantes conseguiam
identificar no vídeo, o que foi concretizado. Posteriormente foi abordado outro texto
também de teor jornalístico, a entrevista, com a reprodução de um recorte de um
exemplo.
Logo depois da exposição dos dois gêneros textuais jornalísticos, fomos
explanar a respeito das características deles, apontando as principais divergências e
convergências entre os gêneros. Buscamos fazer da forma mais dinâmica possível,
colocando efeitos e ilustrações nos slides para prender a atenção deles e tornar o
aprendizado lúdico.
Depois dessas ações, realizamos uma atividade com uma reportagem. Primeiro
fizemos a leitura conjunta do texto e depois solicitamos que escrevessem no caderno
três questões, juntamente com as respostas, sobre o texto. Ao final do momento da
atividade, solicitamos que eles lessem as respostas para partilhar conosco suas reflexões
e dúvidas.
Ao final da aula apresentamos o jamboard. A ideia era fazer um quadro
conceitual sobre os conteúdos da aula e assim ficar como um resumo dos assuntos
vistos. Nessa primeira aula, as nossas impressões foram ótimas. A turma era
participativa e faziam apontamentos e questionamentos. Como a realidade remota é
difícil, o único ponto negativo que encontramos foram as câmeras desligadas, só
algumas pessoas ligaram, mas de modo geral, gostamos da turma e da nossa primeira
experiência.
2° Encontro
No segundo encontro demos continuidade ao subtema “Jogos digitais: no limite
entre o bem e o mal” e trabalhamos com o gênero textual podcast. Para iniciar a aula,
questionamos os alunos se sabiam o que era um podcast. A resposta deles foi que não
conheciam e nunca tinham ouvido falar desse gênero. De uma certa forma isso nos
animou, pois iríamos explanar sobre algo novo para eles.
Na sequência, reproduzimos um podcast. A reprodução inicial do gênero teve o
intuito de fazer com que os alunos conhecessem as características a partir da reprodução
dele. Como o conteúdo do podcast se referia a uma face positiva dos jogos digitais, os
alunos se animaram na discussão, pois era algo que eles tinham interesse.
Posteriormente a apresentação do gênero, apresentamos, por meio de slides, as
características dele, sempre exemplificando a partir do podcast apresentado
inicialmente.
Em seguida, fizemos uma espécie de podcast ao vivo. Preparamos um esquema
com apresentação e oito perguntas a respeito do tema, para assim concretizar as
características que tínhamos apresentado. Com a realização do podcast, ficamos felizes,
pois eles participaram, rendendo uma boa discussão a partir da opinião e experiências
deles. Depois dessa ação, finalizamos a aula com a produção do jamboard, montado
pelos próprios alunos, de modo a fazer um quadro que resumisse os conteúdos vistos na
aula.
3° Encontro
No terceiro encontro começamos uma nova subtemática: “Redes sociais:
relacionamentos virtuais” e trabalhamos com os gêneros textuais: charge e tirinha.
Depois do elemento motivador, quiz sobre as redes sociais, apresentamos dois
textos pertencentes ao mesmo gênero e questionamos qual o gênero que aqueles textos
pertenciam. Eles afirmaram que "não estavam lembrados do nome", dessa forma,
afirmamos que se tratava do gênero charge e apontamos algumas características que
eram visíveis no texto. Em seguida, apresentamos em slides, mais explicadamente,
acerca das características, função e informações gerais sobre o gênero.
Posteriormente, apresentamos mais um texto, do gênero tirinha, questionando as
convergências e divergências que eles conseguiam identificar do gênero anterior. A
partir dos apontamentos, fizemos uma apresentação em slides das características do
gênero juntamente com uma explanação a respeito dos tipos de balões presentes nele.
Nesta ação houve participação maior dos alunos, a partir de uma dinâmica,
questionando qual o tipo e a finalidade do balão correspondente. Depois das
considerações dos dois gêneros, fizemos uma atividade de interpretação e
reconhecimento da charge e tirinha e a participação dos alunos foi mais ativa, em
comparação aos levantamentos durante a aula. Finalizamos o encontro com a produção
do Jamboard.
4° Encontro
Nesse encontro continuamos com a temática “Redes sociais: relacionamentos
virtuais” e trabalhamos com o gênero textual conto. Iniciamos a aula com um vídeo com
objetivo de discutir acerca da exposição das “vidas perfeitas” que são compartilhadas
nas redes. Com isso, fizemos alguns questionamentos e apontamentos. Na sequência,
apresentamos um conto. Depois da leitura, interrogamos acerca do tema dele, da
interpretação deles e das características que eles identificavam para assim associar ao
gênero. Com isso, apresentamos sobre gênero de modo geral e alguns tipos de conto.
Depois dessas ações, apresentamos acerca da tipologia narrativa, mais
especificamente acerca dos elementos da narrativa, identificando-os no conto. Na
sequência, fizemos uma atividade com outro conto. Como o tempo estava curto,
deixamos a atividade para ser realizada depois da aula e ser enviada no whatsApp. Para
finalizar, realizamos um jogo de associação sobre as características do gênero. Em
seguida, fizemos o jamboard e enviamos mais tarde para a turma.
5° Encontro
Nesse encontro, introduzimos mais uma subtemática: “As fakes news: onde
identificar e como combater” e trabalhamos com os gêneros textuais: notícia e chat.
Com a reprodução de um vídeo como elemento motivador, muitos afirmaram que já
conheciam sobre o tema.
Depois de definir fake news, apresentamos uma notícia. A partir dela, fizemos
alguns questionamentos sobre o gênero e outras questões de interpretação sobre o texto.
Nesse momento, os alunos conseguiram participar bastante da aula e já conseguiram
identificar algumas características simples do gênero, como a presença do título, autor e
data. Na sequência, apresentamos em slides, mais explicadamente, acerca das
características, função e informações sobre o gênero, sempre voltando para a notícia
apresentada anteriormente.
Em seguida, adentramos no segundo gênero: chat. Perguntamos se eles
conheciam o gênero e se já tinham contato, a maioria da turma respondeu que sim.
Logo, apresentamos o gênero através de uma notícia falsa a respeito da China para que
eles identificassem a Fake News. Na sequência, apresentamos outro texto que se tratava
de uma “corrente” de WhatsApp muito presente nesse gênero textual. Nesse momento,
os alunos não participaram muito e tivemos que fazer perguntas mais direcionadas.
Fizemos a comparação dos dois textos, apresentando os traços estruturais
semelhantes e partimos para a explicação das características do gênero por meio de
slides. Depois das considerações dos dois gêneros, notícia e chat, realizamos uma
atividade de associação das características com os respectivos gêneros estudados através
de uma plataforma virtual. Finalizamos a aula com a explicação da atividade que deve
ser feita em casa. Devido ao tempo, a produção do Jamboard com o resumo dos pontos
principais vistos na aula, ficou por nossa conta e foi enviado para a turma mais tarde
6° Encontro
No sexto encontro continuamos com a temática “As fake news: onde identificar e
como combater” e trabalhamos com os gêneros textuais: notícia e propaganda online.
Começamos a aula apresentando um vídeo com o objetivo de ajudar os alunos a
identificarem e combaterem Fake News em suas redes sociais.
Logo após o vídeo, realizamos uma dinâmica através de slides com alguns textos
do gênero textual notícia, para que os alunos julgassem se era fato ou fake. Houve muita
participação e sentimos que eles se divertiram e se envolveram nessa dinâmica.
Em seguida, apresentamos o gênero propaganda online. Primeiro fizemos
questionamentos sobre o que eles achavam acerca do gênero, apenas pela nomenclatura.
O retorno foi muito bom, pois eles conheciam o gênero propaganda e ligaram com a
palavra online como sendo o seu meio de circulação. Seguimos a explicação do gênero
e suas características por meio de slides.
Na sequência, apresentamos mais três textos ligados ao gênero para
exemplificação, e a participação deles foi surpreendente, essa experiência resultou em
muita discussão. Em seguida, explicamos a atividade a ser feita. Esta, se referia em
apontar as particularidades da propaganda online em meio a uma lista de características
apresentadas. Nessa lista, tinham 6 características do gênero estudado e 6 de outros
gêneros trabalhados nas outras aulas. Dessa forma, fizemos uma espécie de apanhado
geral dos encontros, a fim de resumi-los. Para finalizar, nos despedimos da turma,
anunciamos o pódio de participação e os três ganhadores do prêmio e agradecemos a
contribuição dos alunos para nossa experiência que foi muito enriquecedora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS