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Governança territorial: do debate teórico à avaliação da sua prática

Aqui está um resumo da parte 1 do documento:

● O documento discute a governança territorial, que é um processo de


planejamento e gestão de dinâmicas territoriais envolvendo atores
públicos e privados.

● O autor apresenta uma revisão da literatura sobre o conceito, os


propósitos e os desafios da governança territorial, destacando
diferentes abordagens teóricas e componentes analíticos.

● O autor propõe uma tipologia das experiências de governança


territorial, baseada nas dimensões de ação e poder, e uma metodologia
de avaliação, baseada em um questionário aplicado a 19 casos do Brasil
e de Portugal.

● O autor analisa os resultados do questionário, comparando as práticas


de governança territorial com os princípios teóricos, e sugere linhas de
pesquisa futuras para aprofundar o tema.

Aqui está um resumo da parte 2 do documento:

 A parte 2 apresenta os resultados da primeira avaliação da proposta


metodológica de governança territorial, baseada em 24 princípios
distribuídos por quatro dimensões.

 A análise é feita em dois momentos: primeiro, considerando os dados


dos inquéritos do Brasil e de Portugal no seu conjunto; depois, usando
dados separados, que permitem análises comparativas 12.

 Os princípios que receberam uma melhor avaliação, com mais de 80%


de concordância, são: ancoragem democrática, reflexibilidade,
subsidiariedade, reciprocidade, transparência, territorialização dos
processos e gestão territorial.

 A dimensão que teve maior quantidade de avaliações negativas foi a


coordenação de políticas, indicando um desafio para a integração
vertical e horizontal das políticas com impacto nos territórios 3.
 A avaliação foi mais otimista em Portugal do que no Brasil, mas houve
coincidências significativas em relação aos desafios e às fragilidades dos
processos de governança territorial.

Quais foram as diferenças entre os resultados do Brasil e Portugal?

Os resultados da avaliação da governança territorial no Brasil e em Portugal


apresentaram algumas diferenças significativas. Aqui estão os principais
pontos de divergência:

1. Avaliação Geral:

o Portugal teve uma avaliação mais otimista em comparação com o


Brasil. Isso sugere que as práticas de governança territorial em
Portugal estão mais alinhadas com os princípios teóricos
propostos.

o No entanto, ambos os países enfrentam desafios semelhantes em


relação à governança territorial.

2. Princípios Avaliados:

o Os princípios que receberam alta concordância (mais de 80%) em


ambos os países incluem:

 Ancoragem Democrática: Envolver atores locais e


comunidades na tomada de decisões.

 Reflexibilidade: Capacidade de adaptação e aprendizado


contínuo.

 Subsidiariedade: Delegação de responsabilidades para


níveis mais próximos do território.

 Reciprocidade: Troca equitativa entre atores envolvidos.

 Transparência: Acesso à informação e prestação de contas.

 Territorialização: Consideração das especificidades locais.

 Gestão Territorial: Cooperação entre diferentes níveis de


governo e setores.
o A dimensão que enfrentou mais avaliações negativas foi a
Coordenação de Políticas, indicando desafios na integração
vertical e horizontal das políticas com impacto nos territórios.

3. Desafios Comuns:

o Ambos os países precisam lidar com questões relacionadas à


coordenação, participação efetiva dos atores locais e adaptação
às mudanças.

o A gestão territorial e a territorialização também são áreas que


requerem atenção contínua.

Em resumo, enquanto Portugal obteve resultados mais positivos, ambos os


países enfrentam desafios semelhantes na implementação da governança
territorial.

Insights Importantes

Aqui estão alguns insights importantes do documento que você está


visualizando:

 O documento é um artigo acadêmico sobre governança territorial, que


é um processo de planejamento e gestão de dinâmicas territoriais
envolvendo diversos atores públicos e privados.

 O autor propõe uma proposta metodológica para avaliar as práticas de


governança territorial em experiências do Brasil e de Portugal, baseada
em princípios-chave derivados da literatura teórica sobre o tema.

 O autor aplica a proposta metodológica em 19 experiências de


governança territorial, utilizando um questionário para inquirir os atores
envolvidos, e analisa os resultados obtidos.

 O autor conclui que há uma discrepância entre a teoria e a prática da


governança territorial, e que há desafios a serem superados,
especialmente na coordenação das políticas, na integração vertical e
horizontal, no protagonismo estatal e no empoderamento dos atores.
 O autor sugere linhas de pesquisa futuras que possam aprofundar a
avaliação das práticas de governança territorial, considerando um
universo mais amplo e diversificado de organizações e contextos
territoriais.
TÓPICOS PARA APRESENTAÇÃO

Aqui está um resumo dos principais pontos do texto, que podem ser
usados para criar uma apresentação de slides:

 Governança territorial: conceito que se refere a processos de


planeamento e gestão de dinâmicas territoriais, envolvendo atores
públicos e privados, com base em princípios de cooperação,
participação, integração e desenvolvimento sustentável.

 Debate teórico: revisão de diferentes abordagens sobre governança e


governança territorial, destacando as noções, os propósitos e os
desafios de cada perspectiva.

 Contextualização: tipificação das práticas de governança territorial em


três situações-tipo: associativismo com articulação do Estado,
associativismo com autonomia da sociedade civil e associativismo
empresarial com apoio do Estado1.

 Proposta metodológica: elaboração de uma matriz de avaliação de


práticas de governança territorial, baseada em quatro dimensões, 24
princípios e critérios derivados da bibliografia consultada.

 Estudos de caso: aplicação da proposta metodológica em 19


experiências de governança territorial do Brasil e de Portugal, através de
um inquérito por questionário a 55 atores-chave.

 Resultados: análise dos resultados do inquérito, identificando


convergências e divergências entre as experiências analisadas, bem
como os principais desafios e limitações das práticas de governança
territorial.
Aqui está um resumo mais ampliado do texto, seguindo a ordem das seções:

 Introdução: O autor apresenta o objetivo de analisar as práticas de


governança territorial, entendidas como processos de planeamento e
gestão de dinâmicas territoriais, em contextos de sociedades complexas
e conflituosas. Ele propõe uma revisão do debate teórico sobre o tema
e uma proposta metodológica para avaliar experiências brasileiras e
portuguesas, a partir da visão dos atores envolvidos. Ele questiona até
que ponto o padrão de governança territorial proposto teoricamente
tem tradução em termos de realidade factual.

 O debate teórico sobre governança: O autor sintetiza as principais


abordagens teóricas sobre governança e governança territorial,
destacando os aspectos de noção, propósitos e desafios. Ele também
contextualiza os processos de governança territorial a partir das
dimensões de ação e de poder prevalecentes, distinguindo três
instâncias: estatal, público-privada e empresarial 1. Ele afirma que a
governança territorial se relaciona com a instância público-privada,
caracterizada pelo envolvimento de entidades públicas e privadas em
redes de poder socioterritorial, focadas no desenvolvimento de um
determinado território.

 Tipificação dos casos estudados e procedimentos metodológicos: O


autor explica os critérios de seleção das 19 experiências de governança
territorial analisadas, divididas em três tipologias: experiências de
associativismo com articulação do Estado, experiências de
associativismo com autonomia da sociedade civil e experiências de
associativismo empresarial com apoio do Estado 2. Ele descreve os
procedimentos metodológicos utilizados, baseados em um inquérito
por questionário enviado a cinco membros de cada experiência, e em
algumas entrevistas presenciais. Ele apresenta a proposta metodológica
elaborada, que consiste em quatro dimensões, 12 princípios e 24
critérios para avaliar as práticas de governança territorial, a partir dos
referenciais teóricos consultados.

 Resultados: O autor apresenta os resultados do inquérito, mostrando as


médias de concordância e discordância dos inquiridos em relação aos
princípios e critérios propostos. Ele identifica os princípios com maior e
menor incidência de avaliações positivas e negativas, e faz algumas
interpretações possíveis. Ele destaca que os inquiridos avaliam de forma
mais positiva as dimensões relacionadas aos atores, poderes e relações,
e aos processos de decisão, e de forma mais negativa as dimensões
relacionadas à coordenação de políticas e aos resultados dos processos
de governança territorial. Ele sugere que há um desafio de superar a
centralização e a resistência às mudanças, e de integrar as políticas com
impacto nos territórios.

 Considerações finais: O autor reconhece as limitações do estudo, que se


restringiu a um universo reduzido de experiências e a um instrumento
de pesquisa experimental. Ele considera que a proposta metodológica
apresentada pode servir de referência para outros estudos, que devem
aprofundar a análise dos desafios e das possibilidades de avanços nas
práticas de governança territorial. Ele ressalta a importância de revisar o
papel dos três principais protagonistas nos processos de governança
territorial: o Estado, os grupos sociais e o setor empresarial 3. Ele conclui
que as práticas de governança territorial carecem de qualificação, e que
é preciso questionar a distância entre a teoria e a realidade factual.

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