Você está na página 1de 186

Hermando Brito

Engenheiro Geólogo - UFOP


Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO – UFOP
Agenda

08:00h - abertura da sala;

08:30h - Networking;

08:50h - Início das apresentações;

09:00h - Início do curso;


Conceitos
10:30 horas - Intervalo;
Sondagem Geológica Geotécnica
Métodos diretos e Indiretos
12:00 horas - Almoço;

13:30 - Retorno;
Descrição Geotécnica
15:30 horas - Intervalo;
Ensaios e Amostragem
16:45 horas - Intervalo;
Correlações: Amostragem x descrição x parâmetros geotécnicos x projetos.
18:00 horas - Término.
?
?
Fundação

Taludes

Taludes Naturais

Taludes industriais

Barragens

Pilhas de estéril

Pilhas de Rejeito

Conceitos de estruturas geotécnicas


Diagrama DE STRECKEISEN para rochas igneas.
Fonte: rc.unesp.br
1° Passo: Preenchimento do Colar de Descrição

2° Passo: Registro Fotográfico dos Testemunhos

3° Passo: Definição dos Intervalos Geotécnicos

4° Passo: Recuperação Percentual no Intervalo Geotécnico

DOMÍNIO DA MECÂNICA DOS ROCHAS


DOMÍNIO DA MECÂNICA DOS SOLOS
5° Passo: Caracterização da Matriz

5.1 Grau de Resistencia (R)

R0 ou R1 R2, R3, R4, R5 ou R6

5.2 Grau de Alteração (W)

W4, W5 ou W6 W1, W2 OU W3

6° Passo: Determinação do RQD*

6.1. Soma do Comprimento de Fragmentos > 10 cm

6.2 Verificação da Sonoridade nos Fragmentos > 10 cm

7° Passo: Caracterização das Descontinuidades

7.1 Orientação

7.1.1 Qualidade
7.1.2 Rugosidade (jr)
7.1.4 Alteração (já)
7.1.5 Coeficiente de Rugosidade da Descontinuidade (JRC)
7.1.6 Tipo de Preenchimento

7.2 Número de Familias (jn)


SONDAGEM
Método direto

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO - UFOP
TIPOS DE SONDAGEM

NOMES COMUNS DOS MÉTODOS DE SONDAGEM:


SONDAGEM A TRADO:

• MANUAL OU MECÂNICA

SONDAGEM POR PERCUSSÃO:

• MANUAL OU MECÂNICA

SONDAGEM “EMPIRE” OU “BANKA”

SONDAGEM DIAMANTADA CONVENCIONAL OU “WIRELINE”

SONDAGEM A GRENALHA OU CÁLIX

SONDAGEM ROTARY:
• CONVENCIONAL;
• TURBO-ROTARY
• ELETRO-ROTARY.
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DE ACORDO COM A DUREZA (FONTE:
MARANHÃO, 1989)

QUANTO A LITOLOGIA.

I – EXTREMAMENTE DURAS: QUARTZITOS; BASALTOS; CHERTS; ARENITOS E


CALCÁRIOS MUITO DUROS; E, QUARTZO PÓRFIRO

II – DURAS: GRANITOS; ITABIRITOS; ARENITOS E CALCÁRIOS DUROS;


RIOLITOS; TRAQUITOS; VEIOS DE QUARTZO MINERALIZADOS; GNAISSES;
E, CONGLOMERADOS METAMÓRFICOS

III – MÉDIAS: FOLHELHOS; XISTOS; CALCÁRIOS; ARENITOS MÉDIOS; E,


CONGLOMERADOS.

IV – MOLES: ARGILITOS; CALCÁRIOS MOLES; GIZ; SAIS; GIPSITA; ARENITOS


MAL
CONSOLIDADOS; CARVÃO; AREIAS; ARGILAS; ALUVIÕES; E, DIATOMITOS.
REVESTIMENTO DOS FUROS

OS FUROS PODEM SER REVESTIDOS PELA INTRODUÇÃO DE TUBOS


METÁLICOS, A FIM DE EVITAR A QUEDA DE FRAGMENTOS DAS PAREDES
ROCHAS PARA O INTERIOR DO FURO. PEREIRA (2003) APONTA AS SITUAÇÕES
EM QUE UM FURO DEVE SER REVESTIDO:

• EXISTÊNCIA DE MANTOS DE ALTERAÇÃO CAPEANDO AS FORMAÇÕES


ROCHOSAS. NESTE CASO, O REVESTIMENTO DO FURO DEVE SER
APOIADO NA ROCHA NÃO ALTERADA;

• ROCHAS BRANDAS OU MUITO FRATURADAS QUE POSSAM FRAGMENTAR-


SE FACILMENTE; E,

• QUANDO HÁ PERDA DA ÁGUA DE CIRCULAÇÃO EM VIRTUDE DA


EXISTÊNCIA DE FRATURAS NÃO SELADAS NAS ROCHAS.
SONDAGEM QUANTO A FASE DE PESQUISA:

FASE II – SONDAGEM PIONEIRA:

• LOCADA EM AFLORAMENTO,
PONTOS CENTRAIS DO ALVO E/OU
CRÍTICOS PARA DETERMINAÇÃO
DA EXISTÊNCIA DO CORPO
MINERALIZADO (SEMPRE DENTRO
DE MALHA REGULAR);

FASE III - EM MALHA DE SONDAGEM


COM ESPAÇAMENTO REGULARES DE
FORMA A MODELAR O CORPO
MINERALIZADO.

A SONDAGEM É O MÉTODO QUE PROPORCIONA EVIDENCIA FÍSICA DO CORPO


MINERALIZADO, FORNECE O CONHECIMENTO DE TEOR E ORIENTAÇÃO DIMENSIONAL DA
MINERALIZAÇÃO.
SONDAGENS A TRADO
►MANUAIS
►MECANIZADAS (TRADO MOTORIZADO)

RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS TERROSOS DO TIPO SOLO RESIDUAL


OU COLÚVIO EM INVESTIGAÇÕES RASAS.

►TIPO EM CONCHA
►TIPO HELICOIDAL

► 2’’ OU 4’’

►<12M – MANUAL
►15M - MECANIZADA

TIPOS SIMPLES DE TRADOS PARA AMOSTRAS DE SOLO


CAVAS.
Sondagem manual - tipo Banka
► É A SONDAGEM PARA DEPÓSITOS EM
ALUVIÕES
►BAUXITA, LATERITA, ARGILO- MINERAIS
►GEOQUÍMICA PROFUNDA EM SOLOS
SATURADOS
►TESTES GEOTÉCNICOS EM SOLO

►BANKA - O AVANÇO DA FERRAMENTA DE CORTE SE


DÁ PELA ROTAÇÃO DA COLUNA DE PERFURAÇÃO,

►MISTA - PENETRAÇÃO DO REVESTIMENTO POR


PERCUSSÃO.

►EQUIPAMENTO SIMILAR COM Ф DE 2 A 6 POL


SONDAGEM BANKA OU MISTA
►VANTAGENS:
▪ PEQUENO PESO TOTAL DO EQUIPAMENTO
▪ FACILIDADE DE TRANSPORTE
▪ NÃO PRECISA CONTRATAR MÃO DE OBRA
ESPECIALIZADA
▪ CAPACIDADE DE PERFURAÇÃO = 25M
▪ BAIXO CUSTO DE AQUISIÇÃO
►DESVANTAGENS:
▪ GRANDE NÚMERO DE OPERÁRIOS NECESSÁRIOS 8 PARA 15M).

PROFUNDIDADE DIÂMETRO 4” DIÂMETRO 6”


10M 960 KG 1230 KG
15M 1010 KG 1420 KG
20M 1230 KG 1650 KG
25M 1450 KG 1850 KG
SONDAGEM PERCUSSIVA

DESCREVER DE FORMA PRECISA E OBJETIVA TODAS AS INFORMAÇÕES


TÉCNICAS DA AMOSTRA OU TESTEMUNHO EM RELAÇÃO COM O PROJETO.

PROCEDIMENTO

A PERFURAÇÃO É REALIZADA POR


TRADO E CIRCULAÇÃO DE ÁGUA
UTILIZANDO-SE UM TRÉPANO DE
LAVAGEM COMO FERRAMENTA DE
ESCAVAÇÃO.
SONDAGEM PERCUSSIVA, MINA FOSFATO
(ÍGNEO) DA FOSFÉRTIL, TAPIRA, MG
SONDAGEM HOLLOW STEM AUGER

A Sondagem Hollow Stem Auger proporciona uma perfuração alinhada e protegida,


minimizando assim a possibilidade de contaminação, proporcionando mais segurança e
rapidez, utilizando uma equipe de cerca de 3 pessoas, sem que elas tenham que utilizar
força excessiva ou realizar esforços exagerados, reduzindo assim o risco de terem lesões
ocupacionais.
Quando a Sondagem Hollow Stem Auger é combinada com um martelo percussivo
hidráulico e o cabeçote rotativo, é possível:

- Instalar Poços de Monitoramento;


- Instalar Indicadores de Nível D’água;
- Instalar Piezômetros;
- Coletar Solo;
- Coletar Amostras Ambientais.
SONDAGEM HOLLOW STEM AUGER
Vantagens.

Em solos arenosos saturados, onde seria necessário algum tipo de revestimento para a
sondagem com o trado manual ou o trado mecanizado, e todos os inconvenientes e a perda
de tempo que isto ocasiona, a Sondagem Hollow Stem Auger para amostra de solo
consegue perfurar até 25 metros com o trado oco, dependendo do material.

Este tipo de sondagem com trado oco para amostra de solo permite a amostragem Direct
Push concomitante à instalação de poços de monitoramento multiníveis por dentro dos
trados.

A Sondagem Hollow Stem Auger é essencial para locais que não dispõem de muito espaço
para as Sondas Hollow tradicionais e precisam de um equipamento que permita a instalação
de poços de monitoramento com coluna de água expressiva, como o poço profundo do par
multinível, obrigatório nas investigações detalhadas em diversos empreendimentos
industriais.

OBS: Permite realizar ensaios SPT (por dentro do trado) e sem risco de contaminação por
saturação por não utilizar água.
SONDAGEM HOLLOW STEM AUGER
ROTATIVA PERCUSSIVA

FUROS INCLINADOS OU VERTICAIS, DESCENDENTES, FUROS VERTICAIS E DESCENDENTES. UTILIZADOS


LATERAIS OU ASCENDENTES. USADOS E GALERIAS NORMALMENTE SÓ EM SUPERFÍCIE
SUBTERRÂNEAS E EM SUPERFÍCIE.

NA SONDAGEM ROTATIVA COM COROAS DIAMANTADAS, AS AMOSTRAS COLHIDAS SÃO CONSTITUÍDAS POR
SÃO EFETUADAS TESTEMUNHAGENS CONSTANTES, FRAGMENTOS DAS ROCHAS ATRAVESSADAS, IDENTIFICANDO-
RECUPERANDO-SE CILINDROS DA ROCHA ATRAVESSADA, SE APENAS A COMPOSIÇÃO.
ONDE IDENTIFICAM-SE TEXTURA, COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA AMOSTRA IRREGULAR.
E MERGULHO. TESTEMUNHOS REGULARES QUANTO À FORMA
E DIÂMETRO

NA SONDAGEM ROTATIVA DIAMANTADA, O VOLUME DE AMOSTRAS MAIORES QUE PODEM SER UTILIZADAS PARA
AMOSTRA COLETADA POR METRO PERFURADO É PEQUENO, E ENSAIOS DE BENEFICIAMENTO
EM GERAL, NÃO É SUFICIENTE PARA ENSAIOS DE
BENEFICIAMENTO. NA SONDAGEM ROTARY O VOLUME PODE
SER BEM MAIOR, MAS PODE HAVER CONTAMINAÇÃO

IDEAL EM ROCHAS DURAS E EXTREMAMENTE DURAS IDEAL PARA TERRENOS FRATURADOS E PARA
CONGLOMERADOS COM DUREZA MÉDIA

PEQUENA RECUPERAÇÃO EM MATERIAL NÃO CONSOLIDADO BOAS AMOSTRAS EM MATERIAL NÃO CONSOLIDADO

MAIS RÁPIDA EM PROFUNDIDADES SUPERIORES A 300M MAIS RÁPIDA EM PEQUENAS PROFUNDIDADES


SONDAGEM ROTATIVA PARA FORMAÇÕES GEOLÓGICAS PROFUNDAS:

►VARIAÇÕES ESTRUTURAIS,

►ESTRATIGRÁFICAS,

►LITOLÓGICAS,

►OBTER AMOSTRAS DA ZONA MINERALIZADA.

►MECÂNICAS OU HIDRÁULICAS

►SONDAGEM WÍDIA (CARBETO DE TUNGSTÊNIO)


ROCHA MOLE, COMO XISTO BETUMINOSO)

►SONDAGEM DIAMANTADA

➢ SONDAGEM COM SISTEMA WIRE LINE OU


CONVENCIONAL.
SONDAGEM ROTATIVA

►INDICADA PARA FUROS DE GRANDE PROFUNDIDADE.


►RETIRADA DO TESTEMUNHO SE DÁ PELO RECOLHIMENTO DA CAMISA
INTERNA DO BARRILETE ATRAVÉS DA HASTE DE PERFURAÇÃO.
►EX DO TEMPO DE ECONOMIA: FURO DE 1000M

→ RECUPERAÇÃO 20 MIN, TIPO WIRE LINE

►FURO DE 1000M → RECUPERAÇÃO 6 HORAS, MODO


CONVENCIONAL.
Maranhão, 1989 SONDAGEM ROTATIVAC

►CONJUNTO DE OPERAÇÕES DESTINADAS À OBTENÇÃO DE TESTEMUNHOS DE


ROCHAS E OUTROS MATERIAIS ATRAVESSADOS PELO EQUIPAMENTO
DE SONDAGEM EM SUBSOLO,

►DEFINIÇÃO DOS GRANDES TRAÇOS ESTRUTURAIS E MORFOLÓGICOS DO


DEPÓSITO

►IDENTIFICAÇÃO DO CONTROLE GERAL DA JAZIDA

► O CÁLCULO DA RESERVA INFERIDA

► DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS MÉDIOS DO MINÉRIO (TEOR, ESPESSURA,


ACUMULAÇÃO E DENSIDADE) E DO SEU GRAU DE REGULARIDADE
(V – COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DESTES 4 PARÂMETROS)

► INFORMAÇÕES PARA DETALHAMENTO DOS CORPOS

► VIABILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DOS TRABALHOS DE PROSPECÇÃO


SONDAGEM ROTATIVA
SONDAGEM ROTATIVA

HASTES DE PERFURAÇÃO WIRELINE, FABRICADA EM AÇO 1045 SEM


COSTURA, TREFILADO A FRIO, POSSUINDO ROSCA MACHO E ROSCA FÊMEA,
SENDO AS ROSCAS, REVESTIDAS POR CAMADAS DE CROMO.

WIRELINE SYSTEM CORE BARREL, TUBO INTERNO RETRÁTIL, DUPLO MÓVEL


COM 5 PÉS (1,524 METROS). DIFERE DOS BARRILETES CONVENCIONAIS POR
SER CAPAZ DE PASSAR O TUBO INTERNO POR DENTRO DAS HASTES DE
PERFURAÇÃO.
RELAÇÃO ENTRE Ф DO FURO E Ф DO TESTEMUNHO RECUPERADO:
SONDAGEM ROTATIVA
Christensen CS14 : Sonda de superfície Sonda de Perfuração profunda Diamec U6 : Sonda de
para uso com testemunhos diamantados superfície para uso com testemunhos diamantados
1200 METROS para perfuração mais flexível
1330 METROS
SONDAGEM ROTATIVA

PREVIAMENTE AS OPERAÇÕES EM CAMPO, SÃO DESENVOLVIDAS


DIVERSAS ATIVIDADES, ESTAS SE ENCONTRAM RELACIONADAS ABAIXO:
• OBTENÇÃO DE ACORDO COM SUPERFICIÁRIOS;
• COMUNICAÇÃO AOS ÓRGÃOS COMPETENTES;
• CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA EM PERFURAÇÃO
ROTATIVA DIAMANTADA;
• TREINAMENTOS E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA EM OUTRAS ÁREAS
AFINS, COMO: PROTEÇÃO AMBIENTAL, SEGURANÇA DO TRABALHO,
PRIMEIROS SOCORROS, COMBATE A INCÊNDIO, ETC;
• ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS ESPECÍFICOS, COMO O PROGRAMA DE
PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) E O PROGRAMA DE
CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO).
SONDAGEM DE CIRCULAÇÃO REVERSA (RC)

A PERFURAÇÃO SE FAZ ATRAVÉS DA INTENSIDADES DE IMPACTOS E ROTAÇÃO


DE FERRAMENTAS QUE COMPÕE A COLUNA DE PERFURAÇÃO COMO MARTELOS
PNEUMÁTICOS, BUTTON BIT OU BROCA TRICÔNICA.
AS AMOSTRAS SÃO RECUPERADAS COM INJEÇÃO DE AR COMPRIMIDO,
PRODUZIDO POR COMPRESSORES DE ALTA PRESSÃO, NAS HASTES COM TUBOS
INTERNOS PELOS QUAIS A AMOSTRA RETORNA A SUPERFÍCIE SOBRE PRESSÃO
DO AR, SENDO RECOLHIDAS E IDENTIFICADAS METRO A METRO EM SACOS DE
PLÁSTICOS, RÁFIA OU ALGODÃO CRU ATENDENDO A NECESSIDADE
LITOLÓGICA LOCAL.

“RC”, ATÉ A PROFUNDIDADE DE 150M COM EMPREGO DE HASTES DE 4 ½” DE


DIÂMETRO E 200M COM HASTES DE 3 ½”,
SONDAGEM DE CIRCULAÇÃO REVERSA (RC)

Explorac 100: Equipamento de perfuração


com circulação reversa 100 – 200 M.
SONDAGEM ROTATIVA SONDAGEM RC
GRANDES PROFUNDIDADES; MAIOR PRODUÇÃO;
VANTAGEM
TESTEMUNHAGEM COM CUSTO POR METRO;
RELAÇÃO ESTRATIGRÁFICA;

AMOSTRA CILINDRO
ROCHOSO;

CUSTO POR METRO; DEPENDÊNCIA DE GERADOR;

DESVANTAGEM PRODUÇÃO; RELAÇÃO ESTRATIGRÁFICA


AMOSTRAL FALHA;
DEPENDÊNCIA DO FLUÍDO;
AMOSTRA MATERIAL
TRITURADO;
PROFUNDIDADE DO FURO
►DURANTE SUA EXECUÇÃO: CONFERINDO-SE O COMPRIMENTO DAS HASTES
UTILIZADAS NA COLUNA DE PERFURAÇÃO, DE TAMANHO PADRÃO;
►CALCULA-SE O SOMATÓRIO DAS HASTES INTRODUZIDAS NO FURO E SUAS
FRAÇÕES MEDIDAS COM TRENA ALÉM DOS DEMAIS COMPONENTES COMO
CALIBRADOR, COROA, ETC.

INCLINAÇÕES DAS SONDAGENS


► VERTICAIS – AS MAIS EMPREGADAS

► INCLINADAS - ALVOS MAIS ESPECÍFICOS:

▪ PLANOS DE FALHA,
▪ CAMADAS,
▪ VEIOS,
▪ FILÕES
Sonic Drilling

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO - UFOP
A perfuração sônica é uma técnica de penetração no solo que utiliza
uma alta frequência de 150 Hz para penetrar nas camadas do solo.
O oscilador na cabeça da broca gera uma energia ressonante de alta
frequência que é direcionada para dentro do poço.
Durante a perfuração, a energia de ressonância é combinada com
um movimento de rotação. Isso garante uma distribuição uniforme
da energia que atua na broca e no equipamento de perfuração.
O operador de perfuração pode ajustar a quantidade de vibração
sônica gerada pela cabeça de perfuração para a força necessária
para penetrar de maneira ideal no solo e nas formações rochosas.
PARÂMETROS DE SONDAGEM
►QUANTIDADE DE FUROS NA MALHA

►LOCALIZAÇÃO

►DIREÇÃO

►INCLINAÇÃO INICIAL E

►PROFUNDIDADE DOS FUROS DE SONDAGEM

►IMPORTANTE: ( V ) COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DO MINÉRIO


CÁLCULO:
MALHA DE ►AMOSTRAS TIRADAS NA SUPERFÍCIE, OU
SONDAGEM ►QUANDO MINÉRIO NÃO AFLORA OU AMOSTRAS NÃO
REPRESENTAM MINÉRIO EM PROFUNDIDADE,

► ΔV RETIRADO DE OUTRA REGIÃO COM MINÉRIO


SIMILAR, OU VM DEPÓSITOS SIMILARES A NÍVEL
QUANTIDADE DE FUROS NA MALHA

►EQUIDISTÂNCIA DE AMOSTRAGEM E NÚMERO SONDAGENS PELA


FÓRMULA: n = t2x V2 / E2 AO = A x E2/ T2 x V2 E
E (ERRO) = 30 E 40%
t – CONSTANTE
TESTEMUNHOS DE SONDAGEM ROTATIVA
DIAMANTADA (TIPO METALÚRGICO) DE MINÉRIO
SULFETADO DE CU(AU) DO TIPO SOSSEGO E
CRISTALINO, CARAJÁS, PA.
JAZIDAS DO PRIMEIRO GRUPO

DEPÓSITOS ESTRATIFORMES (DEPÓSITOS SEDIMENTARES MARINHOS)


POSSUEM GRANDES DIMENSÕES
FORMA MAIS OU MENOS CONSTANTES
REGULARIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE TEORES
EXEMPLOS:
• JAZIDAS METAMÓRFICAS DE FERRO (QF E SERRA DOS CARAJÁS)
• DEPÓSITOS SEDIMENTARES COM DISPOSIÇÃO HORIZONTAL A SUB-
HORIZONTAL, COMO OS CALCÁRIOS, CARVÃO, SAIS, GIPSITA, DEPÓSITOS DE
FERRO E MANGANÊS DE ORIGEM MARINHA.
• DEPÓSITOS DE GRANITOS E GNAISSES E PEDRAS PARA SEREM UTILIZADAS
COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO.
JAZIDAS DO PRIMEIRO GRUPO

➢ RECONHECIMENTO INICIAL: SONDAGENS LONGITUDINAIS DE ATÉ 1000M,

➢ ACOMPANHADAS DE SONDAGENS TRANSVERSAIS EQUIDISTANTES DE 400 A 500M.

➢ RESERVAS MEDIDAS: SONDAGENS VERTICAIS EQUIDISTANTES DE 100 A 200M;

➢ RESERVAS INDICADAS: SONDAGENS ESPAÇADAS DE 200 A 400M;

➢ RESERVAS INFERIDAS: EXTRAPOLAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS NAS ÁREAS


PROSPECTADAS;
JAZIDAS DO SEGUNDO GRUPO
- JAZIDAS DE GRANDES DIMENSÕES
- APRESENTAM DISTRIBUIÇÃO RELATIVAMENTE IRREGULAR DO CONTEÚDO
METÁLICO.
- OS PRINCIPAIS DEPÓSITOS SÃO:
• JAZIDAS DE ALTERAÇÃO SUPERFICIAL (DEPÓSITOS DE NÍQUEL E BAUXITA);
• JAZIDAS LIGADAS A PEQUENAS INTRUSÕES ALCALINAS, CARBONATITOS E
NEFELINA SIENITOS;
• JAZIDAS LIGADAS AS ROCHAS ULTRABÁSICAS (DEPÓSITOS DE ILMENITA,
MAGNETITA/ILMENITA, CROMITA, NÍQUEL E COBRE);
• ALGUMAS JAZIDAS SEDIMENTARES ESTRATIFORMES DE FERRO E MANGANÊS;
• JAZIDAS HIDROTERMAIS DE GRANDE PORTE COMO AS STOCKWORKS DE COBRE
DISSEMINADOS;
• DEPÓSITOS GRANDES DE GRAFITE, NUMEROSOS PLACERS, E ALGUNS DEPÓSITOS
DE CARVÃO;
JAZIDAS DO SEGUNDO GRUPO

➢ - RECONHECIMENTO INICIAL: A PARTIR DE FUROS DE SONDA VERTICAIS ESPAÇADOS DE


200 A 300M;

➢ RESERVAS MEDIDAS: FUROS EQUIDISTANTES DE 25 A 100M;

➢ RESERVAS INDICADAS: SONDAGENS ESPAÇADAS DE 50 A 150M;

➢ RESERVAS INFERIDAS: SONDAGENS ISOLADAS OU EXTRAPOLAÇÃO DOS DADOS


JAZIDAS DO TERCEIRO GRUPO

▪ JAZIDAS DE TAMANHO MÉDIO


▪ FORMA VARIÁVEL
▪ MINERALIZAÇÃO INTERROMPIDA
▪ DISTRIBUIÇÃO METÁLICA IRREGULAR A MUITO IRREGULAR
OS PRINCIPAIS DEPÓSITOS SÃO:
➢ A MAIORIA DE DEPÓSITOS DE MINERAIS NÃO FERROSOS E METAIS RAROS EM
ESCARNITOS;
➢ VEIOS POLIMETÁLICOS;
➢ JAZIDAS DE TALCO;
➢ VÁRIOS PLACERS AURÍFEROS OU COM PLATINÓIDES E DIAMANTE;
➢ DEPÓSITOS PEQUENOS ASSOCIADOS A VEIOS OU A CORPOS DE FORMA
LENTICULAR, ESPECIALMENTE, MINÉRIOS DE COBRE E NÍQUEL, MINÉRIOS DE
OURO, CHUMBO-ZINCO E JAZIDAS DE URÂNIO;
JAZIDAS DO TERCEIRO GRUPO

RECONHECIMENTO INICIAL: A PARTIR DE SONDAGENS ALEATÓRIAS PARA


DETERMINAÇÃO DE CONTROLES DE MINERALIZAÇÃO;

➢ RESERVAS MEDIDAS: SOMENTE ATRAVÉS DE TRABALHOS MINEIROS,


AUXILIADOS POR SONDAGENS DE SUBSUPERFÍCIE;

➢ RESERVAS INDICADAS: CIRCULAM A RESERVA MEDIDA E SÃO DETERMINADAS


POR TRABALHOS MINEIROS OU POR SONDAGENS ESPAÇADAS NO MÁXIMO DE 50
A 70M;

➢ RESERVAS INFERIDAS: CALCULADAS SOMENTE EM SETORES COM MUITA


INFORMAÇÃO GEOLÓGICA, MESMO ASSIM COM A UTILIZAÇÃO DE SONDAGENS
ESPAÇADAS DE 90 A 150M.
JAZIDAS DO QUARTO GRUPO

JAZIDAS PEQUENAS OU DE TAMANHO MÉDIO


EXTREMAMENTE INTERROMPIDAS
SÃO EXEMPLOS:
• PEGMATITOS MINERALIZADOS EM CASSITERITA, TANTALITA, COLUMBITA, BERILO,
MUSCOVITA, QUARTZO ÓTICO, ETC.
• ESCARNITOS CONTENDO SN, PB-ZN E AS VEZES MINERALIZAÇÕES DE SHEELITA
(TURMALINA);
• JAZIDAS ULTRABÁSICAS DE PLATINA E DIAMANTE
• A MAIORIA DOS DEPÓSITOS DE PEDRAS PRECIOSAS
•VEIOS HIDROTERMAIS CONTENDO METAIS RAROS OU NOBRES E APRESENTANDO
MINERALIZAÇÃO EXTREMAMENTE INTERROMPIDAS
JAZIDAS DO QUARTO GRUPO

➢ OBTENÇÃO DE RESERVAS: EXTREMAMENTE DIFÍCIL. GERALMENTE A LAVRA É


CONDUZIDA JUNTAMENTE COM A PROSPECÇÃO;

➢ NESTES DEPÓSITOS RARAMENTE SÃO DIMENSIONADAS RESERVAS MEDIDAS OU


INDICADAS, NO MÁXIMO RESERVAS INFERIDAS E MESMO ASSIM COM BAIXO NÍVEL
DE SEGURANÇA.
MÁQUIMA

PERFURAÇÃO

SONDADOR FLUIDO
FLUIDO DE PERFURAÇÃO É UM FLUIDO CIRCULANTE USADO PARA TORNAR
VIÁVEL UMA OPERAÇÃO DE PERFURAÇÃO (API, AMERICAN PETROLEUM
INSTITUTE,1991).

OS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO SÃO MISTURAS DE DIFERENTES COMPONENTES


UTILIZADOS EM UMA PERFURAÇÃO DE POÇO, EM QUE CADA UM DELES É
ADICIONADO PARA ACRESCENTAR CERTAS PROPRIEDADES AOS FLUIDOS. UMA DAS
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO É MINIMIZAR
ALTERAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS DAS FORMAÇÕES A SEREM PERFURADAS.
✓CONTROLAR AS PRESSÕES DE SUB-SUPERFÍCIE, EXERCENDO PRESSÃO
HIDROSTÁTICA SUFICIENTE CONTRA ZONAS PERMEÁVEIS PARA EVITAR INFLUXO
DE FLUIDOS DA FORMAÇÃO PARA O POÇO.

✓CARREAR OS CASCALHOS GERADOS PELA BROCA ATÉ A SUPERFÍCIE.

✓MANTER OS SÓLIDOS EM SUSPENSÃO DURANTE AS PARADAS DE CIRCULAÇÃO.

✓MANTER O POÇO ABERTO ESTÁVEL PARA PERMITIR O PROSSEGUIMENTO DAS


OPERAÇÕES DE PERFURAÇÃO .
✓TRANSMITIR POTÊNCIA HIDRÁULICA, RESFRIAR E LUBRIFICAR
A BROCA.

✓SER ESTÁVEL QUIMICAMENTE.

✓ ACEITAR QUALQUER TRATAMENTO FÍSICO OU QUÍMICO.


✓SER BOMBEÁVEL.

✓REDUZIR O ATRITO ENTRE A COLUNA E AS PAREDES DO POÇO.

✓PROPICIAR A COLETA DE INFORMAÇÕES GEOLÓGICAS DO POÇO


ATRAVÉS DAS ANÁLISES DOS CASCALHOS, TESTEMUNHOS E
PERFIS.

✓POSSUIR CUSTOS COMPATÍVEIS COM O EMPREENDIMENTO.


BENTONITA

POSSUI AS SEGUINTES FUNÇÕES:


- REFRIGERAR E LIMPAR A FERRAMENTA DE CORTE;
- REDUZIR A FRICÇÃO ENTRE O COLAR DA COLUNA DE PERFURAÇÃO E A
PAREDE DO POÇO;
- AUXILIAR NA FORMAÇÃO DE UMA MASSA DE FILTRAGEM DE BAIXA
PERMEABILIDADE NAS PAREDES DO POÇO (“CAKE”), DE FORMA A CONTROLAR A
PERDA DO FLUIDO DE PERFURAÇÃO;
- EVITAR O DESMORONAMENTO DAS PAREDES DO FURO;
- CONFERIR PROPRIEDADE TIXOTRÓPICA À LAMA DE PERFURAÇÃO, AJUDANDO
A MANTER EM SUSPENSÃO AS PARTÍCULAS SÓLIDAS, PRINCIPALMENTE
QUANDO SE CESSA TEMPORARIAMENTE O MOVIMENTO DA COLUNA DE
PERFURAÇÃO OU O BOMBEAMENTO DA LAMA DE PERFURAÇÃO;
- CONFERIR VISCOSIDADE À LAMA DE PERFURAÇÃO, PARA AUXILIAR NO
TRANSPORTE DOS FRAGMENTOS ROCHOSOS DO FUNDO DO POÇO PARA A
SUPERFÍCIE.
A APLICAÇÃO DA BENTONITA É FEITA DIRETAMENTE NA ÁGUA LOCAL, COM
DOSAGEM DE 1 KG EM 20 LITROS DE ÁGUA. NA PRESENTE PESQUISA, TODOS OS
COMPONENTES FORAM MISTURADOS COM UM MISTURADOR MECÂNICO DE
HÉLICES.
CELUTROL

MISTURA COMERCIAL DE POLÍMEROS DE CELULOSE, VISCOSIFICANTE,


LUBRIFICANTE, CONTROLADOR DE FILTRADO E REBOCO. AS
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DESTE PRODUTO SÃO: PÓ BRANCO;
ANIÔNICO; 100% SOLÚVEL EM ÁGUA; VISCOSIDADE FUNIL MARSH (2,6G/L
ÁGUA DESTILADA) > 40 M²/S; VISCOSIDADE FUNIL MARSH (2,6G/L ÁGUA
SALGADA) > 35 M²/S;

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DESTE ADITIVO SÃO:

- PROPORCIONAR REOLOGIA ADEQUADA, PODENDO SER UTILIZADO


COMO ÚNICO VISCOSIFICANTE NO FLUIDO;
- REDUZIR AS PERDAS POR FILTRAÇÕES EM FORMAÇÕES PERMEÁVEIS;
- AUMENTAR A ESTABILIDADE DO POÇO;
- MELHORAR A LIMPEZA DOS RECORTES DURANTE A PERFURAÇÃO;
- MELHORAR A QUALIDADE DAS AMOSTRAGENS.
SUA APLICAÇÃO É FEITA DIRETAMENTE NA ÁGUA COM BASTANTE
AGITAÇÃO, NA DOSAGEM DE 0,1 A 0,4 % POR VOLUME (1 A 4 KG/1000 L).
SUPERVIS

TRATA-SE DE UM ADITIVO VISCOSIFICANTE ENCAPSULADOR PARA


PERFURAÇÕES QUE UTILIZAM FLUIDOS A BASE DE ÁGUA, CUJAS
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS SÃO: PÓ FINO; AMARELO; FACILMENTE SOLÚVEL
EM ÁGUA; VISCOSIDADE (0,03%): 9 CP.

AS FUNÇÕES DESTE ADITIVO SÃO LISTADAS A SEGUIR:

- EVITAR A EXPANSÃO DAS ARGILAS COM ALTO PODER DE ENCAPSULAÇÃO;


- DESCARGA RÁPIDA DE DETRITOS EM CANALETAS E TANQUES DE
DECANTAÇÃO;
SUA APLICAÇÃO É FEITA DIRETAMENTE NA ÁGUA, NA DOSAGEM DE 0,05% POR
VOLUME (0,5 KG/1000L).

DE UM MODO GERAL A PROPORÇÃO COMPOSICIONAL DA LAMA É: 1000


LITROS DE ÁGUA + 400G DE CELUTROL + 300G DE SUPERVIS, CUJO
RESULTADO É UMA VISCOSIDADE ENTRE 42 E 45 M²/S (À PRESSÃO
ATMOSFÉRICA), MEDIDAS NO FUNIL MARSH.
AS COROAS SÃO CLASSIFICADAS SEGUNDO A SÉRIE E DE ACORDO COM A NORMA
DA DCDMA, QUE CONSIDERA O TIPO DE TERRENO A PERFURAR, RELACIONA A
DUREZA DA ROCHA COM A SÉRIE DA COROA.

SE O TERRENO É MACIO, FRATURADO OU ABRASIVO, A COROA APROPRIADA


SERIA UMA DE SÉRIE 1 OU 2.

PARA UMA FORMAÇÃO DURA, A SÉRIE DA COROA SERÁ MAIS ALTA, SÉRIE 9 OU
MAIOR.
SAÍDA DE ÁGUA RETA:
UTILIZADO EM COROAS DE DIÂMETRO PEQUENO E PAREDE FINA.

SAÍDA DE ÁGUA INCLINADA:


UTILIZADO QUANDO A EVACUAÇÃO PRECISA REMOVER DETRITOS
QUE BLOQUEIAM AS
VIAS DE CIRCULAÇÃO DE FLUÍDO.

SAÍDA DE ÁGUA LARGA E INCLINADA:


BOA EVACUAÇÃO DO FLUÍDO E DOS DETRITOS QUE BLOQUEIAM AS
VIAS DE ÁGUA;
MELHORA A CAPACIDADE DE LIMPEZA DO FLUÍDO.
SAÍDAS DE ÁGUA TURBO E LARGA:
RECOMENDÁVEL PARA FORMAÇÕES DURAS E COMPACTAS (EX.:
GRANITO);
DIMINUI A PRESSÃO REQUERIDA SOBRE A COROA NA PERFURAÇÃO;
BOA EVACUAÇÃO DO FLUÍDO E DOS DETRITOS;

SAÍDA DE ÁGUA DESCARGA FRONTAL E FURO OVALADO:


PERFIL RECOMENDADO PARA TERRENOS SUAVES E FRATURADOS;
DIMINUI O CONTATO DO FLUÍDO COM O TESTEMUNHO (LAVAGEM);
RECOMENDADO PARA USO COM BARRILETE TRIPLO;
PERFIL UTILIZADO PARA COROA DE PAREDES FINAS;

SAÍDA DE ÁGUA DESCARGA FRONTAL E FURO REDONDO;


PERFIL PARA TERRENOS SUAVES E FRATURADOS;
DIMINUI O CONTATO DO FLUÍDO COM O TESTEMUNHO NA LAVAGEM;
RECOMENDADO PARA PERFURAR COM BARRILETE TRIPLO;
COROA COM DESGASTE IDEAL:
A MATRIZ DE CORTE CONSOME TOTALMENTE;
O PADRÃO DE DESGASTE DA FACE DE CORTE
É REALMENTE PLANO.
COROA COM DESGASTE DO DIÂMETRO
INTERNO:
CAUSAS:
• ALTA VELOCIDADE DE PENETRAÇÃO DA COROA;
• TERRENO MUITO FRATURADO;
• PERFURAÇÃO EM TESTEMUNHO PRÉ-EXISTENTE NO FURO;
• BAIXO FLUXO DE FLUÍDO;
• MATRIZ DE COROA MUITO MACIA PARA ROCHA;

SOLUÇÃO:
• CIMENTAR A PAREDE DO FURO;
• AUMENTAR A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO;
• DIMINUIR A PRESSÃO SOBRE A COROA;
• MUDAR A COROA PARA UMA SÉRIE MENOR (MATRIZ DE
MAIOR DUREZA);
• AUMENTAR A VAZÃO DO FLUÍDO;
• INSPECIONAR O TUBO INTERNO DO BARRILETE;
COROA COM DESGASTE DO DIÂMETRO EXTERNO:

CAUSAS:
• VIBRAÇÃO;
• ALTA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO;
• BAIXO FLUXO DE ÁGUA, OCORRÊNCIA DE PERDAS;
• A COROA ESTÁ PERFURANDO O FURO COM DIÂMETRO
MENOR;

SOLUÇÃO:
• AUMENTAR A VAZÃO DE ÁGUA;
• DIMINUIR A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO;
• VERIFICAR O DIÂMETRO E DESGASTE DO CALIBRADOR;
• ACRESCENTAR ADITIVOS NO FLUÍDO DE PERFURAÇÃO PARA
REDUZIR A VIBRAÇÃO
(AUMENTAR A VISCOSIDADE DO FLUÍDO);
COROA COM DIAMANTE SOBRE EXPOSTO:

A MATRIZ DESGASTA ANTES QUE OS DIAMANTES,


RESULTANDO NA EXPOSIÇÃO
PREMATURA COM PERDA DA VIDA ÚTIL DA COROA.

CAUSAS:
• PRESSÃO EXCESSIVA SOBRE A COROA PARA ROTAÇÃO
APLICADA;
• BAIXO FLUXO DE FLUÍDO;
• UTILIZAÇÃO DE COROA DE SÉRIE MUITO ALTA (MATRIZ
MUITO MACIA);

SOLUÇÃO:
• AUMENTAR A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO E ABAIXAR A
PRESSÃO SOBRE A COROA;
• AUMENTAR O FLUXO DE FLUÍDO;
• MUDAR A COROA PARA UMA COM SÉRIE MENOR
(MATRIZ MAIS DURA);
COROA COM FACE CRISTALIZADA:

OS DIAMANTES E MATRIZ SÃO POLIDOS E A COROA NÃO


CORTA.

CAUSAS:
BAIXA PRESSÃO SOBRE A COROA EM RELAÇÃO COM A
VELOCIDADE
DE ROTAÇÃO;
ALTO FLUXO DE FLUÍDO;
UTILIZAÇÃO DE SÉRIES MENORES (MATRIZ MAIS DURA).

SOLUÇÃO:
AFIAR A COROA COM ESMERIL E/OU QUARTZO;
DIMINUIR A VELOCIDADE DE ROTAÇÃO E AUMENTAR A
PRESSÃO SOBRE A COROA;
DIMINUIR A VAZÃO DE FLUÍDO;
SELECIONAR UMA COROA DE SÉRIES MAIOR (MATRIZ MAIS
MACIA).
COROA COM SAÍDAS DE ÁGUA TRINCADA:

FRATURAS LATERAIS DAS SAÍDAS DE ÁGUA.

CAUSAS:
• MUITA PRESSÃO SOBRE A COROA;
• QUEDA DE HASTES NO FURO;
• QUEDA LIVRE DO TUBO INTERNO DO BARRILETE EM
FURO SECO;
• A COROA FOI PRENSADA PELA MORSA.

SOLUÇÃO:
• REDUZIR O PESO SOBRE A COROA;
• EM CASO DE FURO SECO, RETIRAR O TUBO INTERNO COM
GUINCHO WIRE-LINE.
RECOMENDAÇÃO MOTIVO

INICIAR A INJEÇÃO DO FLUÍDO ANTES LIMPAR O FURO ANTES DO CORTE;


DA PERFURAÇÃO, ESPERAR A EVITAR A QUEIMA DA COROA;
CIRCULAÇÃO DA LAMA ATÉ A QUANDO NÃO TEMOS RETORNO
SUPERFÍCIE (RETORNO). DEVEMOS ESPERAR A COLUNA DE
HASTES ESTEJA CHEIA DE FLUÍDO.
INICIAR A ROTAÇÃO COM A COROA EVITAR TRAVAMENTO E QUEBRA DA
ANTES DO FUNDO DO FURO E MATRIZ;
AUMENTAR GRADATIVAMENTE A EVITAR TORQUES EXCESSIVOS QUE
VELOCIDADE DE ROTAÇÃO E PRESSÃO PODEM DESPRENDER A MATRIZ DA
NA COROA. COROA.
INSPECIONAR AS HASTES E DETECTAR A PERDA DE FLUÍDO PODE SER
PERDAS DE FLUÍDO DE PERFURAÇÃO. CAUSADA POR HASTES DANIFICADAS;

ALINHAR HASTES E O BARRILETE REDUZIR FRICÇÃO, VIBRAÇÃO E


AJUSTANDO OS FIOS DE ROSCA. DETERIORAÇÃO DAS ROSCAS.

O DIÂMETRO DO CALIBRADOR DEVE EVITA ALARGAMENTO DO FURO E


SER SEMPRE MAIOR QUE O DIÂMETRO MELHORA ESTABILIDADE.
DA COROA.
RECOMENDAÇÃO MOTIVO

AJUSTAR COROA E CALIBRADOR NO CASO CONTRÁRIO OCASIONA


TORQUE APROPRIADO. DEFORMAÇÃO NO DIÂMETRO E NOS
FIOS DAS ROSCAS.

EVITAR RODAR A COROA E O QUEBRA DOS DIAMANTES E FRATURA


CONJUNTO COM PRESSÃO SOBRE A NA MATRIZ.
COROA.

NUNCA CONTINUAR A PERFURAÇÃO DESTRUIÇÃO DO TESTEMUNHO;


COM TUBO INTERNO CHEIO OU CAUSA DANO À COROA E AO
BLOQUEADO. CALIBRADOR.

EVITAR VIBRAÇÕES NAS HASTES. DESTRUIÇÃO IMEDIATA DOS


DIAMANTES.
NUNCA FORÇAR A COROA SE NÃO A COROA PODE POLIR OU SE
AVANÇAR COM PRESSÃO NORMAL. DESGASTAR.
1939 - O MINISTRO DA AGRICULTURA, FERNANDO
COSTA ANUNCIOU A DESCOBERTA DE UMA JAZIDA
DE PETRÓLEO EM LOBATO, NO RECÔNCAVO
BAIANO. SEGUNDO O TELEGRAMA ENVIADO PELO
ENGENHEIRO CUSTÓDIO BRAGA FILHO,
ENCARREGADO DA SONDAGEM, QUANDO A
PERFURAÇÃO DO POÇO ATINGIU 208 METROS,
GOTAS DE ÓLEO COMEÇARAM A APARECER POUCO
A POUCO, ATÉ FORMAR UMA POÇA CONSIDERÁVEL
NA SUPERFÍCIE DO POÇO. FORAM RECOLHIDOS 70
LITROS DE PETRÓLEO BRUTO.
Geofísica
Métodos Indiretos

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO - UFOP
Método da Eletrorresistividade

Variação vertical de
resistividade
Sondagem Elétrica (1D)
Variação lateral de
resistividade
Caminhamento Elétrico
(2D)
DESCRIÇÃO GEOTÉCNICA DE AMOSTRAS
E TESTEMUNHOS DE SONDAGEM

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO - UFOP
OBJETIVO:

DESCREVER DE FORMA PRECISA E OBJETIVA TODAS AS INFORMAÇÕES


TÉCNICAS DA AMOSTRA OU TESTEMUNHO EM RELAÇÃO COM O PROJETO.

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO – UFOP
Atualmente, os engenheiros geotécnicos usam dois sistemas de classificação mais
elaborados, considerando a distribuição granulométrica e os limites de Atteberg:

- AASHTO (Associação Americana de Rodovias Estaduais e Autoridades de


Transporte);

- Sistema Unificado de Classificação de Solos (SUCS);

AASHTO: Desenvolvido em 1929 como sistema de classificação da Administração


de Vias Públicas.
Neste sistema os solos são classificados em 7 grandes em função da
granulometria determinada em peneira n°200 e porcentagem retidas na peneira.
Exemplo
Exemplo
O sistema foi desenvolvido por Casagrande em 1942 para ser utilizado em trabalhos
de construção de campo de aviação pelo corpo de Engenheiros do Exército dos EUA.
Revisado em 1952 e atualmente é amplamente usado pelos engenheiros (norma
D-2487 da ASTM).
Esse sistema classifica os solos em duas grandes categorias:
- Solos de granulação grossa – areias e pedregulhos, quando o material que passam
pela peneira n°200 é menor que 50%.
- Solos granulometria fina – cuja material que passa na peneira n°200 é maior ou igual a
50%.
DESCRIÇÃO GEOTÉCNICA DE TESTEMUNHOS DE SONDAGEM

METODOLOGIA

A metodologia para caracterização geotécnica adotada neste PRO abrange


dois domínios, Mecânica dos Solos e Mecânica das Rochas, e consiste de dez
passos, descritos a seguir:

• Mecânica dos Solos:

Do 1º ao 6º passo, sendo que o enquadramento neste domínio se dará quando,


no 6º Passo, o grau de alteração for W4,W5 ou W6 e o grau de resistência for
R0 ou R1;
• Mecânica das Rochas:

Envolve todos os dez passos, sendo que o enquadramento neste


domínio se dará quando, no 6º Passo, o grau de alteração for W1,
W2 ou W3 e o grau de resistência for R2, R3, R4, R5 ou R6. A
particularidade deste domínio é que no 8º Passo, de acordo com as
classes de ângulos que a superfície das descontinuidades fizerem
com o eixo da sondagem (0-30°, 31-50°, 51-70° e 71-90°), devem
ser descritos os Itens 8.1.1 a 8.1.6 para cada faixa identificada de
orientação das descontinuidades.
1º Passo: Preenchimento do Collar de Descrição
Devem-se preencher os campos a seguir:

• Projeto: nome ou sigla padronizada do projeto;

• Local: nome ou sigla padronizada;

• Sondagem Nº.: código do furo;

• Coordenadas: N (norte), E(Leste), e Z(cota);

• Nível D’água;
• Inclinação: +90 a -90°, onde 00° é uma linha horizontal, -90° aponta
para baixo, e +90° aponta para cima;

• Profundidade: distância máxima atingida pelo furo, em metros,


contada a partir da superfície do terreno;

• Data: data da descrição geotécnica do testemunho;

• Nome: nome do geólogo ou responsável pela descrição geotécnica.


2º Passo: Registro Fotográfico dos Testemunhos
Todas as caixas de testemunhos devem ser fotografadas antes das descrições
geotécnicas e geológicas. A fotografia deverá ser feita ortogonalmente em relação a
cada caixa de testemunhos, de forma a mostrá-los integralmente e sem distorções,
como na Figura 3.

Figura 3: Registro fotográfico ortogonal de uma caixa de testemunhos.


DICA
3º Passo: Definição dos Intervalos Geotécnicos

Neste passo as caixas dos testemunhos são dispostas no balcão de descrição


para que sejam visualizadas as diferentes passagens de materiais que
constituem os intervalos geotécnicos.

Para definir tais intervalos consideram-se os seguintes critérios geotécnicos:

• Caracterização táctil-visual dos materiais testemunhados (solo, saprolito, rocha);


• Identificação litológica do material do intervalo a ser descrito;

• Identificação preliminar dos parâmetros de caracterização geotécnica, considerando:

• Cor: Identificação da cor do material.

• Grau de alteração (W): os intervalos podem ser separados com a


identificação de materiais com o mesmo grau de alteração;

• Grau de resistência (R): considera intervalos com o mesmo grau de resistência;


• Densidade de descontinuidades e zonas quebradiças ou cataclasadas:
intervalos que apresentem diferença na freqüência de ocorrência das
descontinuidades, ou seja, quantidade de descontinuidades por metro.

4º Passo: Recuperação Percentual no Intervalo Geotécnico

Mede-se a metragem de testemunhos recuperados no intervalo geotécnico


em análise para correlação com a metragem total do avanço da manobra de
sondagem associada ao intervalo em questão.
5º Passo: Caracterização da Matriz

Determinam-se as características da matriz das frações solo, saprolito e


rocha dos testemunhos.

Determinam-se a Granulometria principal (matriz), secundária e quando


possível terciária.

• A obtenção da tabela granulométrica.

• Quando possível a classificação do solo (saprolito, residual, culuvio,..)


5.1. Grau de Resistência (R)

A resistência de um solo ou de uma rocha está associada à integridade


física e química de tais materiais, que pode ser alterada pelos processos
citados na Etapa 6.2.

A Tabela 1 foi definida pela Sociedade Internacional de Mecânica das


Rochas (International Society for Rock Mechanics – ISRM, 1981) e
apresenta os graus de resistência da rocha sã até o solo residual, bem como
as respectivas características de tais materiais observáveis em campo e as
estimativas dos valores associados de sua resistência à compressão
uniaxial/simples.
5.2. Grau de Alteração (W)

A alteração compreende a desintegração física e química da rocha devido a


sua exposição na proximidade da superfície terrestre aos agentes
atmosféricos e aos processos de intemperismo.

A Tabela 2 apresenta os graus de alteração da rocha sã até o solo residual,


conforme definição da ISRM (1981).

Este sistema de caracterização do grau de alteração pode ser aplicado tanto


em afloramentos quanto em testemunhos de sondagens.
A Tabela 3 apresenta Caracterização Geotécnica 8 fotografias de caixas de
testemunhos de sondagem rotativa que exemplificam os graus de alteração
definidos na Tabela 2.
COMPACIDADE E CONSISTÊNCIA EM SOLOS ARENOSOS E ARGILOSOS
COMPACIDADE E CONSISTÊNCIA EM SOLOS ARENOSOS E ARGILOSOS

Provavel Tensão admissivel (KN/m²)


DESCRICÃO (COMPACIDADE) Nspt
L=0,75m* L=1,50m* L=3,0m*

Muito Compacto > 50 > 600 > 500 > 450

Compacto 30 - 50 300 - 600 250 - 500 200 - 450

Med. Comp 10 30 100 - 300 50 - 250 50 - 200

Pouco Comp. 5 10 50 - 100 < 50 < 50

Fofo <5 a estudar

* menor dimensão da fundação

Fonte: Militisky e Schnaid (1995)

Provavel Tensão admissivel (KN/m²)


DESCRICÃO (CONSISTÊNCIA) Nspt
L=0,75m* L=1,50m* L=3,0m*

DURA > 30 > 500 450 400

Muito rija 15 - 30 250 - 500 200 - 450 150 - 400

Rija 8 15 125 - 250 100 - 200 75 - 150


Média 4 8 75 -125 50 - 100 25 - 75
Mole 2 4 25 - 75 < 50 -

Muito mole <2 a estudar

* menor dimensão da fundação

Método SPT-Estatíco de tensão admissivel para solos residuais brasileiros.

Fonte: Milititsky e Schnaid(1995).


6º Passo: Determinação do RQD
O RQD (Rock Quality Designation ou Índice de Qualidade da Rocha) foi criado
em 1964 por D. U. Deere para avaliar quantitativamente a qualidade geotécnica
das rochas. O RQD se baseia indiretamente na quantidade de fraturas e na perda
de resistência observáveis no material testemunhado.

RQD = Comprimento total dos segmentos > 10 cm com sonoridade x 100%


--------------------------------------------------------------
Comprimento total do intervalo perfurado
A Figura 4 exemplifica o procedimento para determinação do RQD.
Esta figura busca evidenciar que a medição do comprimento dos segmentos deve ser
feita considerando o eixo central do testemunho.
O RQD já foi usado como um indicador da qualidade de maciços rochosos, conforme
a Tabela 4 proposta por Deere & Deere (1988), porém esse índice não considera a
orientação, a resistência, a extensão e o preenchimento das descontinuidades.
DICA
6.2. Verificação da Sonoridade nos Fragmentos > 10 cm

A sonoridade é determinada qualitativamente com golpes do martelo de


geólogo. Os fragmentos de testemunhos que atendem ao requisito de
comprimento maior que 10 cm deverão ser desconsiderados na determinação
do RQD sempre que a rocha apresentar baixa qualidade originada por
processos de alteração, isto é, os fragmentos não são duros e não apresentam
sonoridade (Deere & Deere, 1988).

Deere & Deere (1988) recomendam ainda considerar no cálculo do RQD


somente as porções dos testemunhos que apresentem grau de alteração W1,
W2 eW3. Assim, os segmentos de testemunhos com graus W4, W5 e W6
devem ser descontados do cálculo do RQD.
7º Passo: Caracterização das Descontinuidades
A maioria dos maciços rochosos apresenta descontinuidades geológicas que
influenciam diretamente seu comportamento geomecânico. Portanto, é essencial
que as estruturas geológicas dos maciços rochosos e a natureza destas sejam
cuidadosamente estudadas. Neste passo são descritas as metodologias de
caracterização das estruturas desde o ponto de vista geotécnico.
7.1. Orientação

Num determinado intervalo de sondagem, as fraturas abertas de origem


geológica e demais descontinuidades naturais são categorizadas segundo seu
ângulo com o eixo de perfuração.

Devem ser desconsideradas as descontinuidades cuja origem não for natural,


como por exemplo, aquelas geradas por quebra mecânica devido à própria
sondagem, quebras nos pontos de manobras para encaixe nas caixas de
testemunhos, assim como descontinuidades associadas a segmentos de
testemunho com marcas de quebra por martelo e descontinuidades muito
dentadas.
Um método simples para medir a orientação de uma descontinuidade faz uso de
um transferidor, cujo centro é colocado sobre o ponto médio da largura do
testemunho, posicionando os ângulos 0° e 180° paral elamente ao eixo de maior
alongamento do testemunho, como ilustra a Figura 7. O ângulo a ser medido
encontra-se entre o ponto 0° do transferidor e a pr ojeção do plano da estrutura,
apresentando valor máximo de 90°.
7.1.1. Quantidade

Anota-se a quantidade de cada tipo de descontinuidade para cada faixa de


orientação definida na Etapa 8.1.

7.1.2. Coeficiente de Rugosidade da Descontinuidade (JRC )

O JRC (Joint Roughness Coefficient ou Coeficiente de Rugosidade da


Descontinuidade) é um parâmetro fundamental no cálculo da resistência ao
cisalhamento de descontinuidades rugosas proposto por N. R. Barton em 1972.
O JRC pode ser determinado por comparação visual com os perfis de
rugosidade padrão apresentados na Figura 8. Na planilha associada a este PRO
e na base de dados Acquire são considerados os valores médios das faixas de
JRC.
Exemplificando, JRC = 0-2 equivale a JRC = 1.
7.2. Número de Famílias (Jn)

A Tabela 9 apresenta os critérios para caracterização das famílias de


descontinuidades segundo sua regularidade. O número de famílias de
descontinuidades, a exemplo do Jr e do Ja é um dos parâmetros do sistema de
classificação de maciços rochosos Q. O Jn pode ser obtido não só a partir da
descrição de testemunhos, mas também por meio do mapeamento estrutural de
campo.
LIMITES DE ATTERBERG

História:

Foi definido por Atterberg em 1908 para a utilização em cerâmica .


Posteriormente, Arthur Casagrande que utiliza um aparelho de sua própria
autoria, apresentou uma padronização para a forma de se proceder nos ensaios,
retirando a influência do operador nos resultados e propondo a utilização destes
limites na Mecânica de Solos.

Aplicações:

Avaliações de solo para uso em fundações; Construções de estradas; Estruturas


para armazenamento e retenção de água; Classificação de Solos.
LL é o teor de umidade que separa o estado de consistência líquido do plástico e para
o qual o solo apresenta uma pequena resistência ao cisalhamento.

LL é o teor em água acima do qual o solo adquire o comportamento de um líquido. É


determinado por umidade através do aparelho de Casagrande.
LP é o teor de umidade abaixo do qual o solo passa do estado plástico para o estado
semi-sólido, ou seja ele perde a capacidade de ser moldado e passa a ficar quebradiço.
Consiste em se determinar a umidade do solo quando uma amostra começa a fraturar
ao ser moldada com a mão sobre uma placa de vidro, na forma de um cilindro com
cerca de 10 cm de comprimento e 3 mm de diâmetro.
Cálculos
Para o cálculo do teor de umidade (w) usa-se a seguinte relação:

w (%) = (Peso de água/Peso do solo seco)x100.

Resultados

- Limite de Liquidez: Com os pares de valores (número de golpes, teor de


umidade) constrói-se um gráfico relacionando teores de umidade, em escala
aritmética (nas ordenadas) com o número de golpes em escala logarítmica (nas
abscissas).
- O teor de umidade correspondente a 25 golpes, obtido por interpolação
linear é o (wL).
- Limite de Plasticidade: A média dos valores de umidade encontrados é o (wP).
Obs: Os valores de umidade não devem diferir da média em mais de 5%
Responsabilidade para com as informações:

- Todos os boletins devem conter o nome do


profissional responsável pela descrição;

- As informações passadas serão utilizadas para


dimensionar e projetar obras e estruturas
geotécnicas.

- As informações descritas no log (perfil de


sondagem)
são passíveis de processo penal.

- Cabe ao profissional responsável pela descrição


fornecer as informações com a maior precisão
possível.
STANDARD PENETRATION TEST – SPT
STANDARD PENETRATION TEST – SPT

OBJETIVO:

Descrever de forma precisa e objetiva todas as informações técnicas da


amostra ou testemunho em relação com o projeto.

METODOLOGIA

A metodologia para caracterização geotécnica adotada neste PRO abrange os


domínios da Mecânica dos Solos e consiste nos passos, descritos a seguir:

Hermando Brito
Engenheiro Geólogo - UFOP
Mestre em Engenharia Geotécnica – NUGEO - UFOP
Procedimento de ensaio

A perfuração é realizada por trado e circulação de


água utilizando-se um trépano de lavagem como
ferramenta de escavação.

O amostrador padrão é cravado com o auxílio de


um peso de 65kg (martelo padronizado), que cai
de uma altura de 75cm.

Obtenção do NSPT.

NSPT = número de golpes necessários para fazer


o amostrador penetrar 30cm, após uma cravação
inicial de 15cm.
1º Passo: Preenchimento do Collar de Descrição

Devem-se preencher os campos a seguir:

• Projeto: nome ou sigla padronizada do projeto;

• Local: nome ou sigla padronizada;

• Sondagem Nº.: código do furo;

• Coordenadas: N (norte), E(Leste), e Z(cota);


• Inclinação: +90 a -90°, onde 00° é uma linha horizontal, -90° aponta para
baixo, e +90° aponta para cima;

• Profundidade: distância máxima atingida pelo furo, em metros, contada a


partir da superfície do terreno;

• Data: da descrição geotécnica do testemunho;

• Nome: nome do geólogo ou responsável pela descrição geotécnica.


2º Passo: Determinação do Nível de Água Subterrâneo

O geólogo ou Encarregado do projeto que estiver acompanhando a


sondagem ou em sua ausência o próprio sondador deverá determinar a
distância em relação à superfície do terreno em que o equipamento de
sondagem atinge o(s) nível(is) de água (N.A.) subterrânea.

Posteriormente à conclusão do furo (24 horas), deve-se determinar o


N.A. com o auxílio de um medidor de nível de água, aparelho
comumente conhecido como “piu”, exemplificado na Figura 2.
Medidor de nível de água.
3º Passo: Registro Fotográfico

Todas as amostras devem ser fotografadas antes das descrições geotécnicas e


geológicas.
4º Passo: Descrição das amostras

A recuperação da amostra ocorrerá em função do objetivo do estudo, assim é


possível obter amostra de bico (ponta do amostrador Raymond) e também do corpo
(corpo do amostrador).
Considera-se os seguintes critérios geotécnicos:

• Caracterização táctil-visual dos materiais: solo coluvionar, residual, aterro,


saprolito, rocha,... Somente possível quando analisado a amostra do corpo.

• Cor: Identificação da cor do material.

• Granulometria: Matriz e demais granulometrias presente no material.


OBS:

• Coleta de amostras (deformadas) a cada metro de profundidade.

• Descrição por observação direta (táctil visual).

• Nas correlações quando se refere a SPT os valores considerados


são os do Nspt.
CURVA GRANULOMÉTRICA (PORCENTAGEM ACUMULADA)

100 0
90 10
80 20
70 30

% ACUMULADA
40
50 50
40 60
30 70
80
90
100
0,001 0,01 0,1 1 10 100
DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS (mm)
Versão 2.2012
SPT 8

Módulo de Deformabilidade (MPa) Ângulo de Atrito (°) Coesão de Intercepto (kPa)


N Tipo de Solo Descrição qc (kPa) Mínimo Máximo Médio Mínimo Máximo Médio Mínimo Máximo Médio
1 Areia Pouco Compacto 8000 16,0 32,0 24,0 28 34 31 4 9 7
2 Areia siltosa Pouco Compacto 6400 12,8 25,6 19,2 27 34 31 4 10 7
3 Areia silto-argilosa Pouco Compacto 5600 11,2 22,4 16,8 27 33 30 4 10 7
4 Areia argilosa Pouco Compacto 4800 9,6 19,2 14,4 26 32 29 4 10 7
5 Areia argilo-siltosa Pouco Compacto 4000 8,0 16,0 12,0 26 32 29 4 10 7
6 Silte Média 3200 12,8 19,2 16,0 25 31 28 9 20 14
7 Silte arenoso Pouco Compacto 4400 17,6 26,4 22,0 26 32 29 8 20 14
8 Silte areno-argiloso Pouco Compacto 3600 14,4 21,6 18,0 26 32 29 9 20 14
9 Silte argiloso Média 1840 7,4 11,0 9,2 24 30 27 9 21 15
10 Silte argilo-arenoso Média 2000 8,0 12,0 10,0 25 30 28 9 20 15
11 Argila Média 1600 9,6 12,8 11,2 23 28 25 12 28 20
12 Argila arenosa Média 2800 16,8 22,4 19,6 25 30 27 12 27 19
13 Argila areno-siltosa Média 2400 14,4 19,2 16,8 24 29 26 12 28 20
14 Argila siltosa Média 1760 10,6 14,1 12,3 23 28 26 12 28 20
15 Argila silto-arenosa Média 2640 15,8 21,1 18,5 24 29 27 12 28 20
qc - calculado por correlação de Aoki-Veloso.

Importante:
Os parâmetros de resistência e deformabilidade dos solos são obtidos por meio de ensaios de campo e/ou laboratório.
A classificação granulométrica
Tem relação direta com fator de
Segurança da estrutura
geotécnica ou talude.

Deve ser precisa e técnica a


descrição;
A classificação granulométrica
Tem relação direta com fator de
Segurança da estrutura
geotécnica ou talude.

Deve ser precisa e técnica a


descrição;
Energia

O valor de N pode ter interferência das variáveis de operação, tais como a


interação entre as hastes e a parede do furo, a perda de energia na conexão das
hastes; e de ambiente, tais como a pressão de confinamento na profundidade
onde o amostrador é cravado.

Assim, é sugerido fazer a correção de N em função da energia de cravação.

Segundo Giacheti (2010) a eficiência da energia de cravação nos ensaios SPT


realizados no Brasil é ligeiramente superior a energia tomada como padrão
internacional de 60% (N60) da energia total teórica, da ordem de 20% superior. A
partir da correção para a energia teórica internacional, tem-se:

N 60 = 1.2 N
DICA
CPTU
CPTU

https://www.rotadril.pl/sondy-statyczne-dynamiczne-cptu-pagani#
Piezocone (Davies & Campanella, 1995, citado em Giacheti & Queiroz, 2004 )

O cone tem um vértice de 60° e diâmetro


típico de 35,68mm (≈ 10 cm2).
O diâmetro das hastes é igual ou menor do que
o diâmetro do cone.
Cone de Penetração Dinâmica (DCP)

Operação do DCP O conceito do ensaio do Cone de Penetração


Dinâmica (DCP) consiste na transferência de energia para o solo a
partir da queda de um martelo de 8kg guiado por uma haste
metálica a uma altura de 57,5 cm, sendo esta energia traduzida na
forma de medida de cravação (em milímetros) do DCP por golpe do
martelo.
Além do martelo, os elementos básicos constituintes do DCP são
uma ponta cônica de 60 graus e uma régua graduada – que mede a
cravação da ponteira no solo.
A penetração em milímetros atingida em cada golpe do peso padrão é conhecida como
DPI ou índice de penetração dinâmica (AMPADU; FIADJOE, 2015). Segundo os autores,
esse índice pode ser correlacionado com parâmetros do solo sob investigação. Alguns
autores chamam o índice de penetração dinâmica também como DN. Como consta na
ASTM D-6951 (2009), esta medida serve para estimar o valor do CBR in situ, por
exemplo.

Correlações entre DCP e CBR O tipo de material, a compactação, o teor de umidade, a


massa específica aparente seca e o efeito de confinamento do molde CBR são as variáveis
que correlacionam o CBR e o DCP (BERTI,2005).

Na norma americana ASTM D-6951 (2009) são apresentadas equações - recomendadas


pela USACE - que permitem estimar o valor do CBR in situ através de correlações com o
DPI. As equações são:

1,12
CBR = 292 / DPI
AMOSTRA INDEFORMADA
Conclusão:

1 – Retorno e revisão de projetos em fase final, retornando para novas amostragens e novos ensaios que corrigiram o
equivoco sobre o parâmetro geotécnico do material;

2 – Resultados fora dos padrões de comportamento do material devem ser revistos ou checados;
Obs: orientar a amostra em caso de saprolito medir as feições geológicas presentes.
DICA

“ ENSAIO DE LABORATÓRIO DEVE REFLETIR/MEDIR AS CONDIÇÕES NATURAIS ”.


OBRIGADO

Você também pode gostar