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RESUMO
Introdução: A maior parte das alterações posturais que ocorrem em adultos têm seu
início na infância e adolescência. As dores do crescimento são episódios álgicos que
ocorrem em crianças entre quatro e dez anos de idade. Os desvios posturais no
processo de desenvolvimento da criança e do adolescente, associados com outras
disfunções, podem influenciar na execução de atividades físicas, gerar dor, sintomas
musculares como fadiga, alterações no centro de gravidade e impactos na
biomecânica corporal. Objetivo: Obter informações acerca das principais alterações
posturais e ocorrência de dor nas crianças e adolescentes, de acordo com as
características específicas da idade. Material e Método: Trata-se de uma revisão
bibliográfica, foram utilizadas as seguintes bases de dados: LILACS, SciELO e Google
Acadêmico, entre os anos de 2010 a 2020, publicados em idiomas Português e Inglês.
Resultados: A busca inicial pelos artigos identificou 4.273 estudos. Entretanto, os
estudos excluídos foram baseados na seleção pelo título e resumo, restando 63
artigos para análise aprofundada, desses, 47 foram excluídos após a leitura por não
atenderem aos critérios de seleção. Dessa forma, 16 artigos foram selecionados para
a realização da análise na íntegra e para o levantamento dos dados. Conclusão: O
desenvolvimento de alterações posturais pode iniciar-se de forma precoce, já nas
primeiras décadas de vida. A obesidade, postura inadequada, questões hormonais e
hábitos de vida são alguns elementos capazes de influenciar no surgimento de
deformidades anatômicas e posturais. Dentre as alterações mais comuns nesta fase
estão o desgaste excessivo das estruturas, encurtamento muscular, deformidades
posturais, e o surgimento da dor.
ABSTRACT
Introduction: Most postural changes that occur in adults begin in childhood and ado-
lescence. Growth pains are painful episodes that occur in children between four and
ten years of age. Postural deviations in the child and adolescent's development pro-
cess, associated with other dysfunctions, can influence the performance of physical
activities, generate pain, muscle symptoms such as fatigue, changes in the center of
gravity and impacts on body biomechanics. Objective: To obtain information about the
main postural changes and the occurrence of pain in children and adolescents, ac-
cording to specific age characteristics. Material and Method: This is a bibliographic
review, the following databases were used: LILACS, SciELO and Google Scholar, be-
tween the years 2010 to 2020, published in Portuguese and English. Results: The
initial search for articles identified 4.273 studies. However, the excluded studies were
based on selection by title and abstract, leaving 63 articles for in-depth analysis, of
these, 47 were excluded after reading because they did not meet the selection criteria.
Thus, 16 articles were selected to carry out the analysis in full and to collect the data.
Conclusion: The development of postural changes can start early, even in the first
decades of life. Obesity, inadequate posture, hormonal issues and lifestyle habits are
some elements capable of influencing the appearance of anatomical and postural de-
formities. Among the most common changes in this phase are excessive wear of struc-
tures, muscle shortening, postural deformities, and the appearance of pain.
INTRODUÇÃO
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Aos sete anos as crianças assumem uma postura mais ereta, os membros
inferiores são mais longos que o tórax, ocorre o aumento da força muscular e da
coordenação motora. A capacidade de execução de movimentos complexos nesta
fase é determinada pelo treinamento à medida que amadurecem, além de fatores
como capacidade genética herdada, oportunidade e interesse. O corpo se prepara
para puberdade, o hipotálamo e a hipófise mudam a sua sensibilidade aumentando a
produção de gonadotrofina. Algumas crianças ainda têm seus órgãos sexuais
imaturos, pois esta maturação depende de outros fatores, dentre eles a etnia e a
origem geográfica das crianças3.
O crescimento e maturação são processos concomitantes, porém, distintos. O
crescimento refere-se às transformações relacionadas ao tamanho das estruturas,
enquanto a maturação é o processo de desenvolvimento dos sistemas. Dois
acontecimentos marcam a transição da infância para a adolescência, o estirão de
crescimento e a puberdade. O estirão de crescimento é o aumento frenético da
estatura e massa corporal, já a puberdade é o período em que os órgãos sexuais
tornam-se maduros e funcionais. Tais eventos sofrem influências hormonais, o que
não ocorre na infância. A testosterona é responsável pelo crescimento dos meninos e
a progesterona das meninas, de forma que esta maturação é diferente em cada sexo.
As meninas iniciam este processo cerca de dois anos antes que os meninos4.
A liberação de hormônios durante a maturação sexual influencia diretamente a
maturação biológica, fato este que explica o crescimento e ganho de massa corporal
diferentes em cada sexo. As mudanças na estatura das meninas ou estirão de
crescimento ocorre em torno dos nove anos, já nos meninos, aos 11 anos onde ocorre
o pico de velocidade de altura (PVA), considerado o pico de crescimento, aos 14 anos
nos meninos e aos 12 anos em meninas. Estas diferenças hormonais fazem com que
ocorram os dimorfismos sexuais, que influenciam nas práticas de atividades físicas e
motoras. O PVA começa a reduzir-se, e a velocidade do crescimento diminui até a
sua conclusão, em meninas aos 16 anos e aos 18 em meninos4.
O equilíbrio entre os seguimentos corporais proporciona a sustentação do
corpo e prepara o organismo para o movimento, na adolescência, devido ao início da
puberdade essas posturas sofrem alterações assim como o sistema
musculoesquelético. Uma postura adequada auxilia na distribuição do esforço
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MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
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Batistão et al. Estudo Transversal 288 alunos de O estudo indicou que ficaram
2016. 14 ambos os sexos da evidentes alterações nos seguintes
1ª à 8ª série de uma itens: anteriorização da cabeça
escola pública. 53,5%; elevação do ombro 74,3%;
assimetria entre as cristas ilíacas
51,7%; joelhos valgos 43,1%;
hipercifose torácica 30,2%;
hiperlordose lombar 37,2% e
66,3% de escápulas aladas.
Brandalize e Leite, Revisão 18 artigos sobre dor Quantificando este estudo, 55%
2010. 15 Bibliográfica e/ou alterações das crianças com excesso de peso
posturais em apresentavam joelhos valgos.
crianças e Há algumas hipóteses na relação
adolescentes com entre dor músculo-esquelética e
sobrepeso e obesidade, como o peso nas
obesidade. articulações, o próprio joelho valgo,
podendo apresentar dor no joelho.
Graup, Bergmann Estudo transversal 1455 adolescentes A prevalência de dor lombar nos
e Bergmann, entre 10 a 17 anos adolescentes avaliados foi de
2014. 7 foram avaliados. 16,1%. O sexo masculino
apresentou prevalência de 10,5% e
o feminino de 21,6%.
Além disso, 26,7% dos avaliados
apresentam excesso de peso e
que 64,2% passam mais de três
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Melo et al. 2011. Estudo descritivo Foram avaliados 44 A escoliose foi a alteração mais
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escolares com presente com 84,1% dos
deficiência auditiva estudantes do sexo masculino.
entre 7-17 anos, 22 A hipercifose torácica com 68,2%
do sexo feminino e no sexo masculino.
22 do sexo A hiperlordose teve aspecto maior
masculino. no sexo feminino.
O sexo masculino apresentou dor
em 45% e o sexo feminino 27% do
quadro álgico.
Melo et al. 2012. Estudo analítico, Foi avaliada a As alterações posturais na coluna
20
observacional de postura da coluna vertebral foram em 100% em
corte transversal vertebral de 44 surdos e 84,1% em ouvintes. A
escolares com escoliose foi a alteração mais
perda auditiva e 44 constatada com 84,1% em surdos
escolares ouvintes, e em ouvintes 59,1%. Seguida pela
de ambos os hipercifose torácica, em surdos
gêneros. com 68,2% e em ouvintes com
45,5%.
A hiperlordose lombar em surdos
29,5%; ouvintes 27,3%.
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Rebolho, et al. Estudo transversal O estudo ocorreu O estudo constatou que houve
2011. 22 com 120 escolares, uma prevalência de dores nas
de 7 a 11 anos. costas em 60,8% dos estudantes.
A dor músculo esquelética foi de:
33,6% nas costas, 30,3% na nuca,
22% nos ombros, 21,7% nos
braços, mãos/punhos 17,5%, 5,9%
nádegas, 11,7 nas coxas, 19,3%
nos joelhos, 21,8 nas pernas e
28,6% nos pés. Com
predominância maior no sexo
masculino.
Sampaio et al. Estudo transversal Os sujeitos foram Neste estudo, notou-se que 57,8%
2016. 23 com caráter 83 estudantes de 8 apresentaram alterações posturais
descritivo e a 12 anos. como: anteriorização da cabeça,
abordagem analítica ombros enrolados, hipercifose
dorsal e dor.
Em relação da dor e alteração
postural, existe uma associação de
5% nas turmas do 3° ao 5° ano.
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Silva et al. 2011. Estudo transversal 51 jovens, de ambos Os meninos obesos tiveram
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comparativo os sexos, obesos e alterações no joelho 81,2% e na
não-obesos. cabeça 87,5%. Nos ombros 37,5%.
As meninas apresentaram
alterações nos ombros de 81,2% e
no joelho 43,7%. As meninas
obesas apresentaram joelho valgo
43,7% e as não obesas protrusão
de ombro de 56,2%.
Os meninos obesos apresentaram
dor na coluna 28%, nos joelhos
17% e nos ombros 16% e os não
obesos nos joelhos, costas e
ombro 33,3% e peitoral e cervical
22,2%.
As meninas obesas apresentaram
dor na coluna e joelho 27% e as
não obesas apresentaram dor na
coluna de 33,3%.
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Valle, Noll e Estudo exploratório A avaliação foram 65,8% dos estudantes referiram
Candotti, 2016. 6 descritivo em 76 escolares da dor nas costas.
6ª e 8ª séries, Dor em 60,4% nos que assistem
utilizando um TV.
questionário. Em 69,7% para os que dormem
entre 0 a 7 horas, de 59,4% entre 8
a 9 horas e de 100% para 10 horas.
Em 67,1% para os que sentam de
forma inadequada, de forma
adequada,33,3%.
Na frente do computador 75% com
postura adequada, 64,8% com
postura inadequada relataram dor.
Sedentários em 57,1%, e em ativos
66,7%.
64% sentem dor ao conduzir a
mochila de forma correta e 7% de
forma inadequada relataram dor.
DISCUSSÃO
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oposto, fato que segundo os autores, pode ser explicado por fatores hormonais, e por
uma questão cultural, onde os homens sentem-se constrangidos ao referirem-se à
dor.
Graup, Santos e Moro18, em seu estudo, investigaram a presença de alterações
posturais na coluna lombar e seus fatores associados, os dados encontrados reforçam
a maior prevalência de dor lombar no sexo feminino. Os participantes atribuíram a dor
lombar à prática de atividades vigorosas e permanecer na posição sentada por muito
tempo. Em relação às alterações posturais o grupo masculino apresentou um maior
percentual, sendo a retificação da coluna lombar a alteração mais comum, os mesmos
apresentaram um índice menor de dor. As participantes do sexo feminino
apresentaram a hiperlordose lombar como principal alteração.
Arias, Silva e Camargo13 alegam que o tempo de exposição é determinante
com relação à dor, em seu estudo realizado com crianças entre seis e oito anos, notou-
se que uma minoria de crianças referiu sentir dor, apesar do peso excessivo da
mochila. Desta forma fica explícito que indivíduos com pouca idade podem não
apresentar indícios de disfunções causados pela sobrecarga, apesar de ser evidente
que a mochila com peso superior a 10% do peso corporal é prejudicial ao sistema
musculoesquelético.
Valle, Noll e Candotti6, por sua vez, ressaltam que os hábitos de vida
influenciam diretamente na incidência da dor e desenvolvimento de disfunções
posturais. Assistir televisão ou utilizar o computador por mais de duas horas
diariamente, por diversas vezes adotando posturas incorretas, somado ao fato de que
as crianças passam em média cinco horas por dia sentadas durante o período escolar,
que geralmente dura oito anos consecutivos. Por fim, até mesmo hábitos como manter
o sono desregulado, com horas de descanso reduzidas são capazes de provocar
desordens no desenvolvimento.
CONCLUSÃO
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