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MEDIDAS E AVALIAÇÃO

AULA 1

Profª Renata Wassmansdorf


CONVERSA INICIAL

Esta aula tem como objetivo discutir aspectos do crescimento,


desenvolvimento e maturação humana na atividade física e na prática
desportiva. Veremos a diferença entre crescimento, desenvolvimento e
maturação, a influência da genética e do meio em que se vive, quais indicadores
devem ser controlados para se acompanhar o crescimento e as técnicas para
avaliar a maturação biológica. Veremos ainda como o conhecimento desses
conceitos deve ser utilizado para a interpretação das avaliações e a relação
dessas avaliações com a prática esportiva e seu consequente desempenho.
De forma sucinta, o crescimento físico refere-se às alterações orgânicas
de aspectos mais quantitativos, ou seja, a multiplicação no número de células
(hiperplasia) e pelo aumento do tamanho dessas células (hipertrofia) (Guedes;
Guedes, 2006). Existem dois períodos em que se observam um grande
crescimento, chamados de estirões: o estirão até cerca dos 2 anos de idade e o
estirão pubertário. Entre os dois estirões, a taxa de crescimento é menor, mas
contínua (Morais; Campos; Hilário, 2013).
Já o desenvolvimento envolve também os aspectos qualitativos dessas
alterações orgânicas, relacionados ao desenvolvimento da função dos sistemas.
Envolve, inclusive, o processo de desenvolvimento humano em alguns domínios
relacionados às funções: sensorial (habilidades nas funções de visão, audição,
paladar, olfato e tato); motor (habilidades motoras grossas e finas); de
linguagem; cognitiva e psicossocial. O contexto cultural e social em que a criança
se encontra, somado às suas condições biológicas farão grande diferença no
desenvolvimento das crianças (Resegue; Colucci; Puccini, 2013).
A maturação biológica é caracterizada pela maturação dos sistemas
corporais. Os estágios maturacionais se iniciam desde o nascimento e
continuam até que cada tecido ou sistema complete seu estado maduro, de
diferenciação celular (Guedes; Guedes, 2006).

TEMA 1 – PADRÕES DE CRESCIMENTO NORMAL

O crescimento ocorre desde antes do nascimento de uma pessoa. Mas,


ao nascer, os estágios de crescimento dessa pessoa se darão por estímulos
biológicos, definidos principalmente pelas suas características genéticas e

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fatores neuroendócrinos e interação com o contexto ambiental, características
emocionais, condições socioeconômicas e nutricionais (Strufaldi et al., 2013).
Os indicadores de avaliação de crescimento físico são associados com
parâmetros de saúde e de desenvolvimento, principalmente do domínio motor.
Portanto, avaliar o crescimento físico torna-se fundamental para monitorar os
possíveis afastamentos dos dados normativos e encaminhar uma criança ou
adolescente para os devidos cuidados de sua saúde (Guedes; Guedes, 2006).
Segundo Strufaldi et al. (2013), os indicadores para monitorização do
crescimento físico de alguém podem ser divididos em métodos clínicos, físicos,
antropométricos e bioquímicos. Como profissionais da educação física, são os
métodos antropométricos que nós devemos dominar e utilizar para auxiliar no
controle da saúde das crianças com as quais trabalharemos.
No entanto, devemos deixar claro que não cabe aos profissionais de
educação física o diagnóstico de disfunções de crescimento físico e sim auxiliar
no controle de possíveis interferências ambientais que ofereçam fatores de risco
à saúde de uma pessoa.

1.1 Medidas antropométricas e crescimento físico

Entre as medidas antropométricas que podem ser utilizadas na


monitoração do crescimento físico estão: estatura e altura do tronco encefálico,
massa corporal, diâmetros ósseos (biacromial, bicrista ilíaca, biepicondilar do
fêmur e do úmero, bimaleolar, biestiloide), comprimentos dos membros
inferiores, da coxa e da perna, comprimento dos membros superiores, dos
braços e do antebraço, perímetros da coxa, da perna, dos braços e do antebraço
e espessuras das dobras tricipital e subescapular (Guedes; Guedes, 2006).
Strufaldi et al. (2013) ressalta que as medidas antropométricas essenciais
para serem avaliadas são estatura, massa corporal e segmentos corpóreos e
complementa citando outras medidas, como perímetro cefálico e abdominal.
As medidas obtidas podem ser utilizadas tanto utilizando-se de
comparações diretas com tabelas normativas, quanto por comparação intra e
interavaliados. Na comparação intra-avaliados, compara-se o avaliado com ele
mesmo em diferentes momentos; na interavaliados, comparam-se os dados
antropométricos com avaliados de características similares.
Nesta aula, há como intuito informar os locais corretos para a utilização
da massa corporal e estatura, visto que na próxima aula você terá a explicação
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da localização das demais regiões de comprimentos, perímetros e espessuras
de dobras cutâneas.

1.2 Massa corporal

A massa corporal, ou seja, a quantidade de matéria constituinte do corpo,


deve ser medida com a quantidade mínima possível de roupas e sem calçados.
O avaliado deverá subir em uma balança e permanecer ereto, parado, com os
pés afastados, próximos do comprimento da largura dos quadris, distribuindo o
peso do corpo sobre as duas pernas igualmente e com braços relaxados ao lado
do corpo.

1.3 Estatura

A estatura, ou seja, a medida entre o vértex e a planta dos pés, deverá ser
avaliada com o avaliado descalço. O avaliado deverá posicionar-se de costas
para o estadiômetro, com os pés unidos, distribuindo o peso do seu corpo sobre
as duas pernas igualmente e mantendo os braços relaxados, ao lado do corpo.
A posição da cabeça é importante, visto que o vértex será influenciado por esse
posicionamento. A cabeça deve ser alocada de forma que fique paralela ao solo.
Essa posição chama-se de plano de Frankfurt e estará correta ao se alinhar a
órbita ocular inferior com a região superior do meato auditivo.

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Figura 1 – Posição da cabeça no plano de Frankfurt (v = vértex e x = estatura)

Fonte: Guedes; Guedes, 2006.

1.4 Índice de massa corporal (IMC)

O índice de massa corporal (IMC) é uma relação entre a massa corporal


e a estatura, utilizada para a estimativa de sobrepeso/obesidade. Seu índice
refere-se à divisão da massa corporal pelo quadrado da estatura. Em período
pubertário, deve-se utilizar-se desse indicador com cautela e preferencialmente
com acompanhamento longitudinal, visto que as grandes alterações corporais
nessa fase podem fornecer dados simplistas.

TEMA 2 – CURVAS DE CRESCIMENTO

Para analisar o crescimento físico, o Ministério da Saúde adota as curvas


de crescimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que se baseiam nos
dados fornecidos, desde 1977, pelo National Center for Health Statistics (NCHS)
e que sofreram alterações ao longo dos anos, sendo sua última atualização em
2006 para os dados femininos e em 2007 para os dados masculinos. Em 2012,
nova atualização com dados foi publicada pelo NCHS (Fryar; Gu; Ogden, 2012).
As curvas de crescimento podem ser analisadas pelos percentuais e por
associação ao escores-z, sempre separados por sexo e analisados por faixa
etária. Podem ainda ser utilizadas as curvas de massa corporal por idade,
estatura por idade e IMC por idade. As faixas etárias das curvas são: de 0 a 5
anos e de 5 a 19 anos.
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Figura 2 – Exemplo de curva de crescimento por escore-z, sexo masculino

Fonte: Brasil, 2012.

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Figura 3 – Exemplo de curva de crescimento por escore-z, sexo feminino

Fonte: Brasil, 2010.

Outros exemplos de curvas de crescimento, por percentuais, para


crianças de 5 a 19 anos:

 <https://www.who.int/growthref/cht_hfa_girls_perc_5_19years.pdf?ua=1>
(OMS, 2007d);
 <https://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_perc_5_19years.pdf?ua=1
> (OMS, 2007c);
 <https://www.who.int/growthref/cht_wfa_girls_perc_5_10years.pdf?ua=1
> (OMS, 2007f);
 <https://www.who.int/growthref/cht_wfa_boys_perc_5_10years.pdf?ua=1
> (OMS, 2007e);

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 <https://www.who.int/growthref/cht_bmifa_girls_perc_5_19years.pdf?ua=
1> (OMS, 2007b);
 <https://www.who.int/growthref/cht_bmifa_boys_perc_5_19years.pdf?ua
=1> (OMS, 2007a).

TEMA 3 – MATURAÇÃO BIOLÓGICA

A maturação biológica é um processo constante, mas que, em


determinado período da vida (puberdade), irá acarretar mudanças, visíveis ou
não, físicas e psicossociais importantes. Refere-se ao processo de diferenciação
celular, ou seja, ao momento em que as características genéticas,
principalmente as com carga sexual, irão aflorar, reguladas pelo eixo
neuroendócrino.
O período em que essa diferenciação ocorre com mais intensidade é o
período pubertário. As meninas iniciam essa fase antes que os meninos, portanto
crescem em altura e massa corporal e passam a desenvolver os caracteres
sexuais secundários (mamas, genitália, pelos pubianos, pelos axilares). Logo
após cerca de dois anos, inicia-se a fase dos meninos, em que eles ficarão ainda
mais altos e mais pesados que as meninas e desenvolverão os seus caracteres
sexuais secundários (aumento do saco escrotal e do pênis, pelos pubianos,
pelos faciais, pelos axilares e alterações no timbre da voz).
Outros tecidos são influenciados, na puberdade. Os tecidos adiposo e
muscular terão proporções diferenciadas em homens e mulheres. As meninas
passarão a sintetizar mais células adiposas, enquanto os meninos, mais células
musculares, lembrando que essa diferenciação será modulada também pelas
condições ambientais (fatores nutricionais, sociais, psicológicos).
As principais alterações são observadas, pois, no período pubertário.
Pode-se dividir essa fase em crianças:

1. pré-púberes, que ainda não iniciaram o período pubertário;


2. púberes, que estão no período de transformações, principalmente dos
caracteres sexuais;
3. pós-púberes, que passaram a ter seus caracteres sexuais secundários
similares aos de um adulto.

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3.1 Avaliação da maturação biológica

Para se avaliar a maturação biológica podem ser utilizados vários


métodos. Os mais utilizados são a avaliação da maturação óssea, dentária,
sexual e morfológica. Avaliar a maturação óssea e a dentária trata-se de
observar o crescimento do tecido ósseo, o que é muito realizado na medicina e
na odontologia. Já a maturação sexual e a morfológica podem ser utilizadas por
todos os profissionais da saúde, incluindo os profissionais de educação física,
portanto essas avaliações serão mais bem examinadas. Os caracteres sexuais
podem ser identificados por autorreferência e por meio de imagens de vários
estágios de maturação, em que o avaliado irá selecionar a imagem que mais se
parece com o seu momento. E a avaliação morfológica visa avaliar a maturação
com base em informações obtidas por medidas antropométricas.

3.2 Avaliação da maturação sexual

A maturação sexual baseia-se na associação existente entre a maturação


biológica e as mudanças moduladas pelo sistema hormonal que alteram os
caracteres sexuais secundários. Um dos métodos mais utilizados para avaliar a
maturação sexual é a escala sistematizada por Tanner (1962 citado por Guedes;
Guedes, 2006). A escala fornece imagens das mamas e genitálias femininas e
das genitálias masculinas, no total de cinco imagens para cada caso, com
tamanhos e formatos diferentes, classificados de 1 a 5. Para as meninas, são
apresentadas as cinco imagens de mamas para se marcar o tamanho e formato
da mama a que se autorrefere quem pesquisa a escala e as cinco imagens da
genitália feminina ilustram os pelos pubianos para se marcar a quantidade de
pelos mais próxima da real. Para os meninos, são apresentadas cinco imagens
da genitália masculina para se marcar o tamanho e formato e as mesmas cinco
imagens para se marcar a quantidade de pelos pubianos.
A interpretação é dada da seguinte maneira: se um dos estágios referidos
for 1, a crianças encontra-se no estágio pré-púbere. Se marcou 2, isso sugere
início das alterações sexuais secundárias. Se marcou 3 ou 4, ainda se apresenta
como púbere. Se marcou 5, entende-se que já atingiu a maturidade sexual,
classificando-a como pós-púbere.
Para aplicar a escala, serão necessários alguns cuidados:

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1. que a escala seja explicada aos avaliados, tanto em como se deverá
marcá-la e a importância de se informar nela o dado mais próximo da
imagem real;
2. que o avaliado esteja preferencialmente sozinho;
3. que ele receba o questionário em um envelope fechado para que, ao final,
possa guardá-lo nesse mesmo envelope;
4. que não haja identificação nos questionários e sim algum código que
apenas o professor ou profissional responsável possa identificar.

Lembramos que, antes de se aplicar a escala de Tanner a menores de


idade, sempre deverá ser solicitada a autorização dos pais e/ou responsáveis e
também o assentimento do próprio menor. Para tanto, sugerimos que você
marque uma reunião com os interessados para explicar a necessidade de se
utilizar uma escala como essa.

3.3 Avaliação da maturação morfológica

A maturação morfológica ou somática refere-se à associação de algumas


medidas antropométricas também indicadoras de crescimento físico com a
chegada da estatura adulta. Pode ser utilizada apenas a medida de estatura e
comparada com as tabelas normativas como as curvas de crescimento físico da
NCHS ou ainda a estatura atual com a estatura final adulta predita.
A estatura final adulta predita pode ser estimada por modelos de
regressão matemáticos que envolvem também a média das estaturas dos pais
do avaliado. Entre as diversas equações para essas avaliações, Lloyd et al.
(2014) apresentam estas:
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒎𝒆𝒏𝒊𝒏𝒐𝒔
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒎ã𝒆 (𝒄𝒎) + 𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒑𝒂𝒊 (𝒄𝒎) + 𝟏𝟑
=
𝟐
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒎𝒆𝒏𝒊𝒏𝒂𝒔
𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒎ã𝒆 (𝒄𝒎) + 𝑬𝒔𝒕𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒑𝒂𝒊 (𝒄𝒎) − 𝟏𝟑
=
𝟐
Após obter a estatura predita, realiza-se uma regra de três para se obter
o percentual da estatura atual do avaliado.

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TEMA 4 – MATURAÇÃO BIOLÓGICA E DESEMPENHO

A maturação biológica pode influenciar os resultados de avaliações físicas


ou de rendimento esportivo. Ao se avaliar o desempenho de crianças, a
maturação deverá sempre ser considerada, pois não se deve comparar o
rendimento de uma criança pré-púbere com o de uma criança púbere ou ainda
o de uma pós-púbere. Os resultados de testes de desempenho físico, motor,
como os testes de flexibilidade, força, agilidade, velocidade, entre outros, podem
ser influenciados pela proporção de tecido de massa muscular e gordura, que
sofrem alterações conforme a maturação biológica do indivíduo.
As comparações de rendimentos entre crianças pré-púberes são similares
entre os sexos, ou seja, meninos e meninas parecem ter resultados de força e
flexibilidade similares. No entanto, no período do estirão pubertário, as
comparações entre crianças conforme o sexo e o estágio de maturação não são
recomendadas.
Em geral, o consumo de oxigênio, a força e a potência anaeróbia são
similares enquanto as crianças estão na fase pré-púbere, com exceção das
crianças que realizam treinamento físico adequado. No entanto, no período
pubertário, essas capacidades físicas tendem a se diferir, sendo superiores nos
meninos. A principal justificativa para essa diferença de desempenho é o
aumento de massa muscular nos meninos, regulado pelo aumento dos níveis de
testosterona, nessa fase (Meyer; Sehl, 2013).

TEMA 5 – EFEITO RELATIVO DA IDADE

Outra questão relativa à idade cronológica envolve o mês de nascimento


da criança, em determinado ano. É comum, em escolinhas de treinamento
desportivo, se dividirem as categorias por ano de nascimento. No entanto, alguns
estudiosos relatam que, nas seleções, principalmente no Brasil, são
predominantemente presentes as crianças e adolescentes nascidos nos
primeiros meses do ano (Penna; Moraes, 2010; Rabelo et al., 2016; Skorki et al.,
2016). O efeito relativo da idade é caracterizado pela relação de associação
linear entre a data de nascimento e a perspectiva de se atuar em uma equipe ou
participar de uma competição. Esse efeito parece estar mais presente nas idades
entre 13 a 15 anos nos meninos, no período das grandes alterações
maturacionais. Após essas idades, o efeito relativo da idade parece desaparecer.

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No entanto, nenhuma diferença antropométrica e de desempenho foi observada
entre os nascidos nos meses do início do ano e no final do ano, segundo Skorki
et al. (2016).
Em todo o caso, o que se deve atentar é para o fato de que, nesse período,
pode haver perda de um potencial talento por ele não ser estimulado a competir
ou a participar de seleções pelo simples fato de não lhe ser dado o devido tempo
de esse talento se evidenciar para aflorar as suas capacidades e habilidades.

NA PRÁTICA

Em uma situação hipotética, imagine que você avaliou uma menina de


10 anos de idade, com estágio maturacional, segundo a escala de Tanner, de
1, de massa corporal de 28 Kg, 1,3 m de estatura e que possui a estatura de
pai e mãe de 1,84 m e 1,74 m, respectivamente. Baseado no que aprendeu
nessa rota, calcule o IMC, a estatura prevista e o percentual da medida
prevista. Além disso, com o IMC, apresente qual o diagnóstico nutricional
segundo as curvas de crescimento.
Depois que visualizar a correção dessa situação hipotética na nossa
videoaula, sugiro que repita a mesma situação hipotética com outras crianças e
adolescentes de características diferentes. Para tanto, você poderá completar o
próprio Quadro 1, a seguir, com as informações faltantes.

Quadro 1 – Variáveis de sujeitos hipotéticos para treino de cálculos

Variáveis A B C
Sexo Feminina Masculina Masculina
Idade (anos) 12 8 12
Maturação sexual (Tanner) 3 1 2
Massa corporal (kg) 33 28 30
Estatura (m) 1,5 1,3 1,5
IMC (kg/m²)
Diagnóstico nutricional
(curva de crescimento)
Estatura da mãe (cm) 1,65 1,6 1,5
Estatura do pai (cm) 1,73 1,8 1,71

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Estatura predita (cm)
Percentual da medida
prevista (maturação
somática)

FINALIZANDO

Nesta aula, são pontos importantes para serem ressaltados:

1. A avaliação do crescimento físico é de grande importância para auxiliar o


controle da saúde de nossas crianças e adolescentes e, por meio das
medidas antropométricas, como massa corporal e estatura, é possível se
realizar essa monitoração.
2. Para monitorar o crescimento físico e fatores de risco associados de
crianças e adolescentes, utilizam-se as curvas de crescimento.
3. Sempre que for se avaliar rendimento em crianças e adolescentes, é
necessário se avaliar a sua maturação biológica, para categorizá-los
adequadamente. Na educação física, os métodos de avaliação da
maturação mais comuns e não invasivos são a avaliação da maturação
sexual e morfológica.
4. Devemos nos atentar para o efeito relativo da idade principalmente nas
categorias de base e na iniciação desportiva, priorizando adolescentes
que nascem nos primeiros meses do ano, por serem altos e mais
pesados, sem perder um potencial atleta de talento.

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REFERÊNCIAS

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