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A indústria Fonográfica no Brasil

A indústria fonográfica no Brasil se encontra como uma das pioneiras na


América do Sul. Entende-se que a modernização impactou fortemente o caráter
industrial em larga escala, a fim de obter uma reprodução sonora para a construção
de um negócio lucrativo. Um dos responsáveis por explorar a fonografia no mercado
mundial se chama Frederico Figner.
O fonógrafo, Figner, trouxe a fonografia para a América Latina, realizando
apresentações públicas, logo antes da consolidação de venda de discos. Em 1891,
no Brasil, Figner firmou um acordo para produção industrial de discos na gravadora
”International Zonophone Company”, em que é registrado um marco do início da
fonográfica no Brasil. Ao fundar a Casa Edison no Rio de Janeiro, Frederico
enfrentou problemas ao investir na produção local de discos.
Para melhor compreender o contexto histórico, na época o Rio de Janeiro
passava por muitas transformações consequentes da modernidade, possibilitando
investimento estrangeiros, questão também impulsionada pelos fato da elite carioca
desejar aparentar “mais moderna”, em busca de afirmar sua posição social.
Entende-se que a indústria fonográfica brasileira despertou curiosidades a
cerca da venda de gravações de músicas, composta por gêneros locais. O
fonógrafo, ao estabelecer contato com gravadoras estrangeiras, possibilitou a
expansão da fonografia no Brasil, juntamente com novos implementação de novos
gêneros, como lundus, maxixes e modinhas em seu catálogo. A elite carioca da
época, ao se deparar com esses gêneros, questiona a adição desses gêneros por se
destoar da modernidade desejada por eles.
A apreciação da música foi revolucionada com a implementação de novas
condições de escuta da musica. O consumo individual da música, exige uma
disposição cultural específica, que foi possibilitada pelo contexto histórico da época
ao utilizar discos como meio de escuta individual, contrastando com a música
gratuita das ruas. Até então, no século XIX, o Brasil contava com uma forte presença
da música de rua, em consequência das significativas influências de escravizados
africanos, povos indígenas e músicos nativos.
Portanto, compreende-se que Frederico Figner teve forte relevância na
história da música fonográfica brasileira, que permitiu expandir novas conexões
entre comunicação local e internacional, juntamente com a marcação de novos
gêneros musicais em catálogos de destaque no Brasil.
Isabela Lima de Oliveira Vieira
Introdução à Produção Musical
2023.2

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