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PCC DE FÍSICO-QUÍMICA - PARTE 1º: Material didático

Professor(es): Marcelo Zampieri e Lúcio César


de Almeida
Aluno(s): Genivaldo Romeiro P. Lelis e Gustavo
H S Santos

10/2023

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ELETROQUÍMICA: Pilhas e Baterias

1. Introdução

A eletroquímica é uma divisão da físico-química que tem como objetivo


fundamental estudar as reações que ocasionam ganhos e perdas de elétrons
(reações de oxirredução), além dos processos de transição de energia química em
energia elétrica e vice-versa. Há dois tipos básicos de processos eletroquímicos
(RUSSEL, 1994; FELTRE, 2004): a energia elétrica que é gerada a partir de reações
espontâneas de oxirredução nas pilhas; e; a energia elétrica que é utilizada para
efetuar reações que não ocorreriam espontaneamente por eletrólise.
Em 1836, John Frédéric Daniell, estudioso e químico, desenvolveu uma
bateria elétrica mais eficiente do que as que já haviam sido criadas. Esse
dispositivo, conhecido como Pilha de Daniell, consiste em uma célula composta de
dois eletrodos, um de Zinco (Zn), imerso em uma solução de sulfato de zinco e outro
de cobre (Cu), imerso em uma solução de sulfato de cobre. Neste sistema, o
eletrodo de zinco sofre oxidação (perde elétrons) e o eletrodo de cobre sofre uma
redução (ganho de elétrons), gerando uma corrente elétrica. Esta pilha é
considerada um clássico exemplo de pilhas galvânicas, onde existe a conversão de
energia química para energia elétrica. Este modelo de pilha tem papel central no
ensino de eletroquímica, associado a conceitos fundamentais, tais como as reações
de oxirredução (COSTA e PORTO, 2021).
Para compreensão dos processos químicos que envolvem a transferência
de elétrons entre átomos, moléculas e íons, é fundamental o entendimento das
reações de oxirredução ou também chamadas de reações redox.
Nas reações de oxirredução ocorre uma oxidação, em que um composto
perde elétrons, e uma redução, onde um outro composto ganha elétrons.
Para as pilhas e as baterias existe uma diferença essencial entre sua
composição, uma vez que as pilhas utilizam uma reação de oxirredução espontânea
para gerar eletricidade, enquanto as baterias permitem armazenar energia para uso
posterior, com reações de oxirredução não-espontânea. As reações
não-espontâneas ocorrem a partir de uma eletrólise, onde uma corrente elétrica
externa é utilizada para provocar uma reação química.

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2. Objetivo de Aprendizagem

2.1 Objetivo Geral

Introduzir os conceitos presentes nas reações de oxirredução,


pilhas/baterias e eletrólise.

2.2 Objetivo Específico

● Explicitar/compreender o que é uma reação de oxirredução;


● Explicitar/compreender o que são e quais as diferenças entre pilhas,
baterias e eletrólise;
● Reconhecer/identificar as componentes presentes nestes sistemas.

3. Encaminhamento metodológico

A aula será expositiva-dialogada e será organizada a partir da abordagem


metodológica dos Três Momentos Pedagógicos (DELIZOICOV; ANGOTTI;
PERNAMBUCO, 2009) que, como o próprio nome sugere, se divide em três etapas:
Problematização Inicial, Organização e Aplicação do Conhecimento.

3.1 Introdução

De forma a introduzir o conteúdo, será proposta uma situação problema com


o objetivo de levantar os conhecimentos prévios dos alunos e discutir brevemente
sobre os conceitos que serão abordados no decorrer da aula:

Primeiro Momento Pedagógico: Problematização Inicial

1. Supondo que vocês devem realizar um experimento, construir uma Pilha


Eletroquímica, e apresentá-la em sala de aula. Como explicar o seu
funcionamento?

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3.2 Desenvolvimento

Segundo momento Pedagógico: Organização do Conhecimento

Após a problematização inicial e introdução do assunto, será brevemente


discutido o conceito de oxirredução e explicitado como ocorrem essas reações
químicas. Além disso, também serão explicitados o que são pilhas/baterias e o
processo de eletrólise, como ocorre o funcionamento e quais são as suas
diferenças. Serão trazidos exemplos e exercícios que buscam facilitar a
compreensão geral do assunto, de forma que os alunos tenham uma noção geral do
conteúdo.

3.3 Conclusão

Terceiro momento: Aplicação do conhecimento

A questão abordada no início da aula será retomada, com a intenção de


incentivar que os estudantes explicitem suas formas de pensamento sobre o que foi
discutido.
O terceiro momento pedagógico implica em aplicar o conhecimento
construído na aula em outro contexto, por esse motivo, serão usados os conceitos
discutidos em aula para aplicá-los em outra situação, cotidiana. Os conceitos
abordados em aula, como diferença de potencial de redução, podem ser usados
para compreender o processo de galvanização.
Muitos metais presentes no cotidiano dos estudantes passam por processos
de galvanização para aumentar a durabilidade. Metais que têm maior tendência de
enferrujar, mas que são mais baratos, são revestidos com outro metal mais
resistente. Esse processo é feito usando o mesmo princípio de oxirredução.

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4. Recursos Pedagógicos/Digitais

Os recursos didáticos utilizados serão o quadro e a projeção de Slides.

5. Conclusão

O intuito desta aula é que os alunos compreendam as reações químicas


envolvidas na eletroquímica, como funcionam as pilhas/ baterias, eletrólise e qual a
diferença entre elas. Outrossim, busca-se desenvolver no aluno a competência de
compreender o funcionamento de algo bastante presente em seu cotidiano,
utilizando o aprendizado desenvolvido. Após elucidar e explicitar os conceitos que
envolvem as pilhas e baterias para os alunos, os mesmos serão capazes de
relacionar e explicar os fenômenos que envolvem a eletroquímica com o conteúdo
aprendido.

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Bibliografia

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; Y PERNAMBUCO, M. M. E. Ensino de ciências:


fundamentos e métodos. São Paulo, Brasil : Cortez. 2009

Tópicos especiais em físico-química: cinética e eletroquímica [recurso eletrônico] /


Joanna Ferreira Godinho... [et al.] ; revisão técnica: Andressa Christiane Habekost
Weber e Lizandro de Souza Oliveira. – Porto Alegre : SAGAH, 2022.

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química: Química, tecnologia e sociedade. 4.


Ed. São Paulo: Moderna, 2010. Volume Único.

RUSSELL, J. B. Química Geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2004. Vol 2.

A pilha de Daniell: um estudo de caso histórico. Caderno Brasileiro de Ensino de


Física, 2021. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/82360>. Acesso em: 08 de
outubro de 2023.

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