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39° EXAME
ANÁLISE COMPLETA
Desvendando os padrões da prova da OAB
Análise estatística detalhada e prova 100% comentada
www.oabnamedida.com.br
RAIO-X
EXAME 39 DA OAB/FGV
Questão: O advogado poderá ser punido criminalmente por violar o segredo profissional
ao fazer colaboração premiada contra cliente.
Resposta: Afirmação verdadeira. O art. 7°, §6°-I, do EAOAB prevê a punição por violação
de segredo profissional do art. 154 do CP.
Questão: O advogado estrangeiro pode postular em juízo no Brasil, desde que apresente
certidão de conclusão de curso de Direito do Exterior e informe expressamente o
Conselho Seccional da OAB onde pretenda atuar.
2 IND: faz referência ao artigo de lei cobrado indiretamente em alguma das alternativas incorretas.
Previsão: Questão inédita da forma cobrada.
Como estava no nosso APP:
Questão: O Juiz do Trabalho João Carlos por diversas vezes interrompe o advogado
Pedro na audiência de conciliação, inclusive quando este tenta conversar com seu cliente
sobre a proposta apresentada pela parte adversa. Em determinado momento, o Juiz diz
que Pedro é insubordinado e deve aprender a se comportar nos atos judiciais. Nesse
caso, o magistrado agiu corretamente, uma vez que o advogado é subordinado ao juiz.
MATÉRIA: FILOSOFIA
TEMA: PRINCIPAIS CORRENTES FILOSÓFICAS
GABARITO: D
9 - “E tiveste a audácia de desobedecer a essa determinação? Sim porque não foi Zeus
que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com as divindades subterrâneas jamais
estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante
para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas
são irrevogáveis; não existem a partir de ontem ou de hoje; são eternas sim e ninguém
sabe desde quando vigoram.” Sófocles. O excerto acima é parte da peça Antígona, uma
das mais importantes tragédias gregas, que foi escrita por Sófocles. De acordo com
Aristóteles, em seu livro Retórica, essa peça de Sófocles pode ser usada para se entender
o que seria uma lei natural. Assinale a opção que apresenta, segundo Aristóteles, o conceito
de lei natural.
A) Aquela que emana do diálogo comum entre diferentes comunidades políticas e resulta
em um acordo que está acima de leis e tratados impostos pelo Estado.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
B) Uma expressão da natureza divina, que se encarna na figura do rei ou do soberano e é
a base da legitimidade da monarquia como forma de governo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
C) As tradições de uma comunidade política, que são repassadas de geração em geração
sob a presunção de realizarem os anseios de justiça de um determinado povo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
D) A justiça da qual todos têm, de alguma maneira, uma intuição e que é comum a todos,
independentemente de todo Estado e de toda convenção recíproca.
Comentário: Alternativa correta. Segundo Aristóteles, a lei natural é uma forma de justiça
que todos os seres humanos têm, uma espécie de intuição, independente de leis
estabelecidas pelos Estados ou convenções recíprocas. Essa lei natural é considerada
comum a todos e é percebida intuitivamente como uma base moral inerente, não
necessariamente escrita, mas irrevogável e eterna. Na peça "Antígona" de Sófocles, a
personagem Antígona desafia um édito do rei Creonte porque acredita estar obedecendo a
uma lei superior, uma lei natural ou divina que transcende as leis humanas, exemplificando
assim o conceito de lei natural na filosofia aristotélica.
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Questão inédita. O conceito de “lei natural” já havia sido cobrado no Exame
XXI, mas especificamente em relação às ideias de Thomas Hobbes no livro Leviatã.
Como estava no nosso APP:
MATÉRIA: FILOSOFIA
TEMA: JUSPOSITIVISMO
GABARITO: D
10 - O Código Civil de Napoleão, de 1804, representou um momento de grande expectativa
e confiança nos poderes da lei escrita. Nesse contexto, surge um importante movimento no
Direito, chamado “Escola da Exegese”. Assinale a opção que, segundo Miguel Reale em
seu livro Lições Preliminares do Direito, define este movimento.
A) A afirmação de que a lei é uma realidade histórica, que se situa na progressão do tempo
e, por isso, deve ser interpretada segundo as tradições e o próprio espírito do povo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
B) A crença de que a lei é importante, mas se não corresponder mais aos fatos
supervenientes, deve-se procurar a solução em outras fontes, como o costume, por
exemplo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
C) A concepção segundo a qual cabe ao juiz julgar segundo os ditames da ciência e de sua
consciência, de forma a prevalecer um direito justo, seja na falta da lei, seja contra aquilo
que dispõe a lei.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
D) A sustentação de que na lei positiva, e de maneira especial no Código Civil, já se
encontra a possibilidade de uma solução para todos os eventuais casos ou ocorrências da
vida social.
Comentário: Alternativa correta. A "Escola da Exegese" sustentava a ideia de que a lei
positiva, especialmente no Código Civil, continha as soluções para todos os casos e
situações da vida social. Os expoentes dessa escola acreditavam que a aplicação da lei
deveria ser feita de maneira estrita e literal, enfatizando a importância da interpretação
textual da lei. Miguel Reale, em suas "Lições Preliminares do Direito", ressalta essa
perspectiva da Escola da Exegese que confiava nas disposições claras e abrangentes da
lei para resolver todas as questões jurídicas, rejeitando, assim, a ideia de buscar soluções
em outras fontes ou considerar a interpretação do juiz baseada em critérios pessoais ou
consciência.
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Q12 (Exame XV)
Como estava no nosso APP:
Questão: Norberto Bobbio afirma que a Escola da Exegese foi marcada por uma
concepção rigidamente estatal de direito, a partir da qual nasce o princípio da onipotência
do legislador. Por isso, segundo Bobbio, a Escola da Exegese conclui que a lei não deve
ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la,
mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria
lei.
Afirmação verdadeira. Os efeitos das ADI são erga omnes, ex tunc (retroage) e
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública federal,
estadual, municipal e distrital (art. 102, §2°, da CF/88), no entanto, não vinculam a função
legislativa sob pena de “fossilização constitucional”.
Afirmação falsa. A ADC não pode ser conhecida e provida pelo STF, porque não diz
respeito à lei ou ato normativo federal em face do texto da Constituição Federal (art. 102,
I, a da CF/88).
Afirmação verdadeira. Como regra geral, os Municípios são competentes para legislar
sobre proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência, no limite do seu
interesse local e desde que tal regramento seja suplementar e harmônico com a disciplina
estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, XIV, combinado com o art. 30, I e II,
da Constituição Federal).
Afirmação verdadeira. O art. 3º, IV, “e”, da Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência) dispõe que barreiras atitudinais são os comportamentos que impedem a
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades
com as demais pessoas.
Questão: Ernesto perdeu a eleição para presidente em seu país e, agora, acredita que
será perseguido por seus adversários políticos que assumirão o poder. Por esse motivo,
pode pedir o reconhecimento como refugiado no Brasil.
Afirmação falsa. O reconhecido como refugiado, no Brasil, será deferido ao indivíduo que,
devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade,
grupo social ou opiniões políticas, encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não
possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país.
Questão: O juiz, não conhecendo a lei estrangeira, poderá exigir de quem a invoca prova
do texto e da vigência.
Afirmação verdadeira. Nos termos do art. 166-A, I e II, da CF/88, as emendas individuais
impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar recursos a
Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: I - transferência especial; ou II -
transferência com finalidade definida.
Questão: Maria é proprietária de uma casa e a alugou para Jorge que, por força do
contrato, deve pagar o IPTU do imóvel. Nesse caso, Jorge passa a ser, para todos os
efeitos legais e jurídicos, o sujeito passivo da obrigação tributária correspondente a tal
tributo.
Afirmação falsa. De acordo com o art. 123 do CTN, salvo disposições de lei em contrário,
as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
das obrigações tributárias correspondentes. Por esse motivo, para o Fisco, o responsável
pelo pagamento do IPTU será sempre o locador, independentemente do que tenha sido
pactuado no contrato de locação.
Questão: Rodrigo mudou-se para outro país, mas não comunicou tal fato à Secretaria da
Receita Federal do Brasil. Assim, quaisquer rendimentos por ele auferidos no estrangeiro
deverão ser declarados e tributados no Brasil.
Afirmação verdadeira. Considerando que Rodrigo não fez a Declaração de Saída
Definitiva, ainda é considerado residente fiscal no Brasil, devendo, portanto, declarar os
valores recebidos no exterior e pagar o Imposto de Renda devido. Nesse sentido, o art.
43, § 1º, do CTN: "a incidência do imposto independe da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da
forma de percepção".
Questão: A pessoa jurídica A declarou débitos de Imposto sobre a Renda (IRPJ) que, no
entanto, deixaram de ser quitados. Diante do inadimplemento da contribuinte, a União
promoveu o protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA) decorrente da regular constituição
definitiva do crédito tributário inadimplido. Nesse caso, o protesto da CDA é regular, por
se tratar de instrumento extrajudicial de cobrança com expressa previsão legal.
Questão: “A” empresta um carro para “B”, celebrando contrato de comodato. Antes da
data combinada para a restituição, “B” se envolve em acidente de trânsito por ultrapassar
o sinal vermelho, o que acarretou a destruição total do carro. Nesse caso, “B” deverá
pagar o valor do carro para “A”, mas sem perdas e danos.
Afirmação falsa. No caso em análise, “B” deverá pagar o valor do carro para “A”, com
perdas e danos (art. 239 do CC).
Questão: Jorge foi atropelado por Vitor, em 02/02/2016. Em razão desse evento, Jorge
sofreu danos morais, materiais e estéticos, os quais surgiram e foram percebidos por ele
imediatamente após o acidente. Tempos depois, em 31/01/2022, Jorge procurou você,
como advogado(a), e disse que pretendia ajuizar uma ação de reparação contra Vitor.
Sobre a hipótese apresentada, você deverá informar para Jorge que a pretensão está
prescrita, tendo em vista o prazo de 5 anos ao qual se vincula a pretensão de reparação
civil extracontratual.
Afirmação falsa. De acordo com o art. 206, § 3º, inciso V, do CC, a pretensão de
reparação civil prescreve em 3 anos.
Questão: Otávio foi surpreendido com um depósito bancário feito em sua conta por
pessoa desconhecida. Nesse caso, não há previsão legal no Código Civil obrigando-o a
devolver o valor recebido, mas apenas a previsão de crime de apropriação indébita, caso
não o faça.
Afirmação falsa. O Código Civil possui previsão expressa no sentido de que todo aquele
que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir (art. 876).
MATÉRIA: ECA
TEMA: TUTELA JURISDICIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
GABARITO: B
43 - Carlos e Joana, pais da criança Paula, estão dissolvendo sua união estável, ainda
sem judicialização, detendo Joana a guarda de fato de Paula enquanto não
regularizados os regimes de visitação ou compartilhamento da guarda. Por razões
profissionais, Carlos mudou-se para o município contíguo ao da residência de Joana e
Paula. Ocorre que Carlos, estando insatisfeito com algumas decisões de Joana sobre
a vida da criança, e não mais conseguindo ajustar amistosamente tais questões,
precipitou o ajuizamento de processo para regulamentação da guarda e
pensionamento, no Juízo da comarca em que está residindo. Joana procura você,
como advogado(a), para representá-la, reclamando de ter que se defender em outra
cidade. Com base no enunciado acima, sobre a questão da competência, assinale a
orientação que você, corretamente, daria à Joana.
A) O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis
que apenas quando da definição da guarda – que é o que se está pretendendo – a
competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
Comentário: Afirmação falsa. A competência, no caso, é do Juízo da comarca onde se
encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
B) A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao
Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta
para tal fixação.
Comentário: Alternativa correta. Da leitura do inciso II do art. 147 do ECA, verifica-se que
a competência para o processo de regulamentação de guarda é do Juízo da comarca onde
se encontra a criança: “Art. 147 - A competência será determinada: (...) II - pelo lugar onde
se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável”.
C) A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular
judicialmente a regulamentação da guarda.
Comentário: Afirmação falsa. No caso apresentado pelo enunciado, a competência é do
Juízo da comarca onde se encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
D) A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o
feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.
Comentário: Afirmação falsa. Ainda que, de fato, o processo deva tramitar em razão do
melhor interesse da criança, a competência, no caso apresentado pelo enunciado, é do
Juízo da comarca onde se encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 147 do ECA.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:
Afirmação falsa. A competência, nas ações judiciais previstas no ECA, nem sempre será
a do juízo do local do domicílio dos pais ou responsáveis. De acordo com o art. 147 do
ECA, a competência será determinada: a) pelo domicílio dos pais ou responsável ou b)
pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável
(incisos I e II). Além disso, nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do
lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção
(§ 1º).
MATÉRIA: ECA
TEMA: DIREITOS FUNDAMENTAIS
GABARITO: B
44 - Eduardo adotou Bernardo, criança de dois anos, regularmente e de forma unilateral,
tornando-se seu pai. Quando Bernardo completou três anos, Eduardo, infelizmente, faleceu
vítima de um infarto. Eduardo não deixou parentes conhecidos. Maria, a mãe biológica de
Bernardo, sempre se arrependeu de tê-lo enviado à adoção. Sabendo do ocorrido e ciente
de que não há o restabelecimento do vínculo de poder familiar, pelo fato de ter ocorrido a
morte do adotante, Maria o procura, como advogado(a), para buscar uma solução que
permita que Bernardo volte a ser seu filho. Assinale a opção que apresenta a solução
proposta.
A) A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para
restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
Comentário: Afirmação falsa. A mãe biológica pode se candidatar à adoção, conforme
comentário à alternativa B.
B) A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos
mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
Comentário: Alternativa correta. Conforme dispõe o art. 41, caput, do ECA, “a adoção
atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais”. Assim, a mãe biológica que queira restabelecer o vínculo
de poder familiar deve se candidatar à adoção, sendo que, para o deferimento do
pedido, devem ser observados os princípios da proteção integral e do melhor interesse
da criança, bem como o cumprimento de todos os requisitos legais (art. 42 e seguintes
do ECA).
C) A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a
dissolução do vínculo familiar é perene.
Comentário: Afirmação falsa. De fato, como se trata de medida irrevogável, os laços
advindos da adoção são eternos, ou seja, não são rompidos nem com a morte dos pais
adotivos (art. 49 do ECA). No entanto, cumprindo os requisitos legais, a mãe biológica pode
se candidatar à adoção do filho anteriormente adotado por outrem (vide comentário à
alternativa B).
D) A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do
vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.
Comentário: Afirmação falsa. A morte dos pais adotantes não reestabelece o poder
familiar dos pais biológicos, conforme previsto art. 49 do ECA.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 41 do ECA, DIR: art. 42 do ECA, IND: art. 49 do ECA.
Previsão: Jurisprudência
Como estava no nosso APP:
Afirmação falsa. Nos termos do art. 41 do ECA, a adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de
qualquer vínculo com pais e parentes, SALVO os impedimentos matrimoniais.
Questão: Ana atua como empresária individual no ramo da confeitaria, sendo certo que,
se no curso da atividade empresarial ela vier a admitir algum sócio, poderá solicitar ao
Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário
para registro de sociedade empresária.
Afirmação verdadeira. Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar
ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário
para registro de sociedade empresária, conforme previsto no §3º do art. 968 do CC.
Afirmação falsa. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução,
podendo esta ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la, conforme art. 300, § 1º, do CPC/2015.
Afirmação falsa. O art. 916, § 7º, do CPC/2015, veda o parcelamento legal do valor da
execução nos casos de cumprimento de sentença, medida que só é possível em caso de
execução de título extrajudicial.
Questão: Ocorre reincidência quando o agente é condenado por decisão irrecorrível pela
prática de crime e, posteriormente, pratica novo crime ou nova contravenção.
Afirmação verdadeira. A Lei nº 13.968/19 alterou o art. 122 do CP, de modo que o crime
de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio passou a ser crime formal, ou seja, não
depende da ocorrência de nenhum resultado.
Questão: Theodoro golpeou a barriga de seu rival, Valentim, com uma faca, com intenção
de matá-lo. Ocorre que Theodoro, percebendo a incorreção de seus atos, optou por não
mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada não seria
suficiente para matá-lo. Nesse caso, Theodoro responderá pelo crime de lesão corporal,
em virtude de sua desistência voluntária.
Afirmação verdadeira. Ao optar por não mais golpear a vítima, Theodoro desistiu
voluntariamente do resultado inicialmente pretendido (morte), motivo pelo qual, nos termos do
art. 15 do CP, responderá apenas pela conduta ilícita já praticada (lesão corporal).
Questão: Bruno ameaçou matar Pedro, que, para se defender, adquiriu um revólver e,
assim que avistou Bruno na rua, alvejou-o por duas vezes, provocando-lhe a morte.
Nesse caso, Pedro agiu em legítima defesa
Afirmação falsa. De acordo com o art. 25 do CP, a legítima defesa somente pode ser
invocada contra agressão atual ou iminente, não podendo, portanto, ser invocada contra
agressão futura (ameaça).
Questão: João, menor de 21 anos, cometeu crime de furto simples em 15/04/2011, sendo
a denúncia oferecida e recebida em 03/10/2014. Ao final da fase instrutória, foi aplicada
ao acusado a pena de 01 ano de reclusão em regime aberto, substituída por restritiva de
direitos. A sentença condenatória foi publicada em 01/10/2016, tendo transitado em
julgado para a acusação. Nesse caso, ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre
a data do recebimento da denúncia e a da publicação da sentença condenatória.
Questão: Conforme previsto no art. 126 da LEP, o condenado que cumpre a pena em
regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo
de execução da pena.
Afirmação verdadeira. O réu tem o direito a não autoincriminação (art. 5º, LXIII, da
CF/88), assim compreendida a possibilidade de não fazer qualquer declaração contra si
mesmo, oral ou documentalmente, bem como de não se submeter a exame ou perícia
que possa produzir prova contrária à sua defesa, sem que isso importe em confissão dos
fatos.
Afirmação verdadeira. De acordo com o art. 105, inciso II, alínea "a", da CF/88, compete
ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso ordinário os habeas corpus decididos
em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.
Questão: Considera-se em flagrante diferido quem é perseguido, logo após o delito, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o
perseguido autor da infração.
Afirmação verdadeira. Conforme § 2º, III, do art. 28-A do CPP, não será possível a
celebração do ANPP se o agente tiver sido beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao
cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo.
Questão: A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, ainda que não aposentado.
Afirmação verdadeira. Nos termos do art. 74 da Lei nº 8.213/91, a pensão por morte
será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não,
a contar das datas estabelecidas nos incisos I a III de referido artigo.
C) Os três poderão gozar férias juntos, mas Rita não tem direito de requerer férias
concomitantemente com o período de férias escolares.
Comentário: Afirmação falsa. O § 2º do art. 136 da CLT dispõe que o empregado
estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias comas férias
escolares, exatamente o caso de Rita.
D) Rita tem direito a fazer coincidir suas férias no emprego com as férias escolares e seus
pais terão direito a gozar férias no mesmo período, desde que isso não resulte prejuízo
para o serviço, causa do indeferimento pelo empregador.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o § 1º do art. 136 da CLT, os membros
de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para
o serviço. Já o § 2º do mesmo artigo dispõe que o empregado estudante, menor de 18
(dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares, exatamente
o caso de Rita.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 136 da CLT.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:
Questão: De acordo com a CLT, o empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares e os membros de uma família, que
trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
Questão: A estabilidade dos membros da CIPA é desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final de seu mandato, enquanto a estabilidade gestante é de 120 dias.
Resposta: Afirmação falsa. De acordo com o art. 62, III, da CLT, os empregados em
regime de teletrabalho, quando a prestação do serviço ocorrer por produção ou tarefa,
estão excluídos da obrigatoriedade de controle de jornada, e, portanto, de eventual
percepção de horas extras.
Afirmação verdadeira. Por força do disposto no art. 884, caput, da CLT, c/c o art. 910 do
CPC/2015, a Fazenda Pública pode opor embargos à execução independentemente de
garantido o juízo, uma vez que os bens públicos são impenhoráveis
ÉTICA PROFISSIONAL
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Direitos do Alteração Importante
Q2 art. 7°, § 6º-I, do Alta incidência
Advogado Q346 (38° Exame)
EAOAB.
Lei
Direitos do Art. 18, §6°, do
Q3 Alta incidência Questão Inédita
Advogado RGEAOAB
Lei
Advogado art. 8°, IV, do Baixa Q326 (35° Exame da
Q4
Estrangeiro EAOAB incidência OAB).
FILOSOFIA
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Principais Correntes
Q9 Filosóficas
Doutrina Alta incidência Questão Inédita
Principais Correntes
Q10 Filosóficas Doutrina Alta incidência Q12 (XV Exame da OAB)
DIREITO CONSTITUCIONAL
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Remédios
Q11 art. 5°, LXXI, da Alta incidência Q 209 (XXX Exame)
Constitucionais
CF/88
Lei
Controle de art. 102, §2°, da Q161 (XXIII Exame)
Q12 Alta incidência
Constitucionalidade CF/88
Organização do Lei
Q15 Estado Alta incidência Questão Inédita
Art. 28, §1°, da CF/88
Lei
Organização do
Q16 Estado Art. 24, XIV, Alta incidência Questão Inédita
da CF/88
DIREITOS HUMANOS
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Temas Específicos Lei
Q17 sobre Direitos art. 3° da Lei n° 13. Alta Incidência Questão Inédita
Humanos 146/2015
Lei
Temas Específicos
artigos 1º e 2° da Lei
Q18 sobre Direitos Alta Incidência Q66 (Exame XXVI da OAB)
n° 9.474/97
Humanos
DIREITO ELEITORAL
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q19 Partidos Políticos art. 6º da Lei nº Alta Incidência Questão inédita
9.504/97.
Lei
Q20 Processo Eleitoral Art. 17, 1§1°, da Baixa Incidência Questão Inédita
CF/88
DIREITO INTERNACIONAL
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Processo Civil
Q22 Internacional Art. 21 do CPC Alta Incidência Q017 (VII Exame)
DIREITO FINANCEIRO
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q24 Orçamento Público Art. 166-A da CF/88 Sem previsão Questão inédita
DIREITO TRIBUTÁRIO
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Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q25 Execução Fiscal Média Incidência Q100 (XXIV Exame)
Art. 123 do CTN
Impostos em Lei
Q26 Alta incidência Q143 (Exame XXXII)
Espécie Art. 43, §1°, do CTN
Limitações Lei
Q27 Constitucionais ao Art. 150, VI, da Alta incidência Questão inédita
Poder de Tributar CF/88.
Q43 (Exame VII), Q129
Lei
Q28 Tributos Alta incidência (Exame XXIX), Q147 (Exame
Art. 148, I, da CF/88.
XXXIII)
Lei
Organização Art. 1º, caput e Baixa
Q29 Tributária parágrafo único, da Incidência
Q104 (Exame XXIV)
Lei nº 9.492/97
DIREITO ADMINISTRATIVO
Relevância
Tema Fundamento do Reincidência
Tema
Lei
Processo Média
Q30 Administrativo Art. 56, §3°, da Lei nº Questão inédita
incidência
9.784/99
Lei
Média Q130 (Exame XXII) e Q224
Q31 Licitação art. 6º da Lei nº
incidência (Exame XXXVIII).
14.133/2021.
Lei
Média Questão inédita - Alteração
Q32 Licitação art. 74, V, da Lei nº
incidência Importante
14.133/2021.
Lei
Baixa
Q33 Outros Temas art. 6º da Lei nº
Incidência
Questão inédita
12.846/2013
Lei
Contratos
Q34 art. 10, §3º, da Lei nº Alta incidência Questão inédita
Administrativos 11.079/2004
DIREITO AMBIENTAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Responsabilidade
Q36 pelo Dano Ambiental art. 69-A da Lei nº Alta incidência Questão inédita
9.605/98.
DIREITO CIVIL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q37 Direito de família Art. 1.634 do CC
Alta incidência Questão inédita
Lei
Direito das
Q38 Obrigações art. 239 do CC Alta incidência Q55 (X Exame)
art. 399 do CC
Lei
Prescrição e Média
Q39 Decadência Art. 206 do CC
Incidência
Q55 (X Exame)
Art. 198 do CC
Lei
Q40 Contratos Art. 876 do CC Alta incidência Questão inédita
Art. 878 do CC
Lei
Q41 Direito de família Art. 1.778 do Alta incidência Questão inédita
CC
Lei
Q42 Direitos Reais Art. 1.474 do Alta incidência Q11 (Exame II da OAB).
CC
ECA
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Tutela Jurisdicional
dos Direitos da Lei
Q43 Criança e do Alta Incidência Questão Inédita
Art. 147 do ECA
Adolescente
Direitos
Q44 Fundamentais Jurisprudência Alta Incidência Questão Inédita
CDC
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Práticas Jurisprudência
Q45 Comerciais Súmula 550 do STJ
Alta incidência Questão Inédita
Jurisprudência Baixa
Q46 Outros Temas Questão Inédita
Incidência
DIREITO EMPRESARIAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Recuperação
Q47 Extrajudicial art. 161, §1°, da Lei n° Baixa Incidência Questão Inédita
11.101/2005
Lei
Q48 Direito Societário art. 968 do CC
Alta incidência Q27 (XI Exame)
Lei
Q49 Direito Societário art. 3° da LC n° Alta incidência Questão Inédita
123/2006
Lei
Contratos
Q50 Mercantis art. 697 do CC Média Incidência Q61 (Exame IV)
art. 698 do CC
PROCESSO CIVIL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Sujeitos do Art. 135 do CPC
Q51 Processo Alta Incidência Questão inédita
Art. 136 do CPC
Lei Média
Q52 Tutela Provisória Art. 300 do CPC Incidência
Q114 (XIX Exame)
Procedimento Lei
Q53 Comum Alta Incidência Questão inédita
Art. 335, II, do CPC/2015
Lei
Procedimentos
Q54 Especiais Art. 550, §5°, do CPC Alta incidência Questão inédita
Art. 551 do CPC
Cumprimento de Lei
Q55 Média Incidência Questão inédita
Sentença Art. 960 do CPC
Processo de Lei
Q56 Execução Art. 603 do CPC
Alta incidência Q132 (XXII Exame da OAB)
DIREITO PENAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Média
Q57 Aplicação da Pena Jurisprudência
Incidência
Questão inédita
Lei
Extinção da Q02 (Exame VI), Q127
Q62 Art. 109 do CP Alta incidência
Punibilidade (Exame XXII).
Art. 115 do CP
PROCESSO PENAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Benefícios
Lei
Previdenciários
Q69 para segurados Art. 65 da Lei n° 8.213/91 Alta incidência Questão Inédita
Art. 66 da Lei n° 8.213/91
ou dependentes
Beneficiários da
Lei
Q70 Previdência Art. 74 da Lei nº 8.213/91.
Alta incidência Questão Inédita
Social
DIREITO DO TRABALHO
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Contrato Individual de
Q72 Trabalho art. 473, VIII, da CLT Alta incidência Q062 (VII Exame)
Lei,
Estabilidades
Q73 Provisórias Art. 10 do ADCT Alta incidência Q53 (VIII Exame da OAB)
Lei
Contrato Individual de Art. 471 da CLT
Q74 Trabalho Art. 133 da CLT
Alta incidência Questão inédita
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei e Jurisprudência Q29 (X Exame), Q43 (VII
Q76 Recursos Trabalhistas art. 997 do CPC Alta Incidência Exame), Q166 (XXXIV
Súmula 283 do TST Exame)
Juris Q165 (Exame XXXIV da
Q77 Execução Trabalhista Súmula n° 74 do TST Alta Incidência OAB)
Procedimentos Lei
Q79 Especiais Art. 114 da CF/88
Alta Incidência Questão inédita
Lei
Q80 Dissídio Individual Art. 765 da CLT
Alta Incidência Questão inédita
PADRÕES DA PROVA
2. Questões Inéditas: No 39° Exame identificamos que 60% das questões são
inéditas, ou seja, abordam dispositivos legais ainda não explorados pela banca, um
padrão também encontrado nos exames anteriores da OAB. Isso evidencia a
limitação de estratégias de estudo que se baseiam exclusivamente em provas
passadas. É fundamental responder questões inéditas e, por isso, criamos as
questões adaptadas.
3. Distribuição dos Temas: A distribuição dos temas entre alta, média e baixa
incidência é outro aspecto crucial. No último exame, 66,25% das questões eram de
alta incidência, 18,75% de média incidência, e apenas 15% de baixa incidência. Esta
distribuição aponta para a necessidade de uma preparação focada e estratégica, o
que fazemos com os nossos cronogramas.
A preparação para a OAB exige mais do que assistir aulas, exige um método de
estudo inteligente e direcionado. Com nossa abordagem, você estará equipado não
apenas com o conhecimento necessário, mas também com as habilidades
essenciais para decifrar e responder às questões da prova com confiança e
precisão.