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RAIO-X OAB

39° EXAME
ANÁLISE COMPLETA
Desvendando os padrões da prova da OAB
Análise estatística detalhada e prova 100% comentada
www.oabnamedida.com.br
RAIO-X
EXAME 39 DA OAB/FGV

Preparamos uma análise completa do Exame 39 da OAB, onde apresentamos


os comentários de cada uma das questões propostas pela FGV, bem como
divulgamos os dados estatísticos relativos aos padrões da prova: índice de
reincidência, relevância do tema, incidência de artigos de lei e alterações
importantes.
Também destacamos as questões previstas no nosso aplicativo OAB na
Medida e que de fato foram cobradas no exame.
Sem enrolação, vamos ao estudo!

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES DO EXAME 39 DA OAB:

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: SOCIEDADE DE ADVOGADOS
GABARITO: A
1 - Mariana deseja ingressar no quadro da Sociedade de Advogados XYZ, na qualidade de
associada, sem vínculo de emprego. Ao pesquisar a legislação que rege a parceria em
questão, Mariana descobriu que constitui cláusula essencial do contrato de associação
A) a qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional
da OAB competente.
Comentário: Alternativa correta. O art. 17-B do EAOAB acrescido pela Lei n.
14.365/2022, passou a dispor que no contrato de associação deve conter, no mínimo, os
seguintes requisitos: I - qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no
Conselho Seccional da OAB competente; II - especificação e delimitação do serviço a ser
prestado; III - forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a
atribuição da totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas; IV -
responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais e pelo custeio das despesas
necessárias à execução dos serviços; V - prazo de duração do contrato.”
B) a identificação da parte que terá a responsabilidade exclusiva pelos riscos e pelas
receitas decorrentes da prestação do serviço.
Comentário: Afirmação falsa. É vedada a atribuição da totalidade dos riscos ou das
receitas exclusivamente a uma das partes, conforme art. 17-B, III, do EAOAB
C) a forma de repartição da responsabilidade pelo fornecimento de condições materiais
necessárias à execução dos serviços entre as partes, vedada a atribuição da totalidade das
despesas exclusivamente a uma delas.
Comentário. Afirmação falsa. Em relação à responsabilidade pelo fornecimento de
condições materiais e pelo custeio das despesas necessárias à execução dos serviços, não
é vedada a atribuição de responsabilidade apenas para uma das partes (art. 17-B, IV, do
EAOAB).
D) a estabilidade da parceria, materializada na ausência de prazo determinado para a
duração do contrato.
Comentário. Afirmação falsa. Há necessidade de fixação do prazo de duração do
contrato, conforme previsto expressamente no art. 17-B, V, do EAOAB.
REFERÊNCIA: LEI, DIR1: art. 17-B do EAOAB.
Previsão: o artigo 17-B foi cobrado no 37° Exame de forma genérica, mas não houve
cobrança específica dos requisitos do contrato de associação.
Como estava no nosso APP:

Questão: O EAOAB admite expressamente a figura do advogado associado. Entre os


requisitos do contrato de associação destacam-se a qualificação das partes, com
referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da OAB competente, a
especificação e delimitação do serviço a ser prestado e o prazo de duração do contrato.

Resposta: Afirmação verdadeira. São, entre outros, requisitos do contrato de associação


a qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da
OAB competente, a especificação e delimitação do serviço a ser prestado e o prazo de
duração do contrato (art. 17-B do EAOAB).

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: DIREITOS DO ADVOGADO
GABARITO: D
2 - Alice Santos, advogada, está sendo investigada criminalmente por ter, supostamente,
cometido fraude contra o sistema previdenciário, em conjunto com Robson Lima, seu
cliente, e Leonardo Melo, seu ex-cliente. O órgão competente do Ministério Público consulta
a Dra. Alice Santos sobre seu interesse em efetuar colaboração premiada. Com base na
legislação aplicável, assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, o que ela concluiu.
A) Poderá efetuar colaboração premiada contra Leonardo Melo, já que ele não ostenta
mais a condição de seu cliente.

1 DIR: faz referência ao artigo de lei cobrado diretamente na alternativa correta.


Comentário: Afirmação falsa. O art. 7°, § 6º-I, do EAOAB dispõe expressamente que é
vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu
cliente, ou seja, contra cliente ou ex-cliente.
B) Poderá efetuar colaboração premiada contra Robson Lima, por se tratar de cliente que
está sendo formalmente investigado como coautor pela prática do mesmo crime.
Comentário: Afirmação falsa. O art. 7°, § 6º-I, do EAOAB dispõe expressamente que é
vedado ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu
cliente.
C) Caso efetue colaboração premiada contra Robson Lima, estará sujeita a processo
disciplinar, que poderá culminar na aplicação da pena de suspensão.
Comentário: Afirmação falsa. Caso efetue colaboração premiada contra Robson Lima,
Alice Santos estará sujeita a processo disciplinar, que poderá culminar na aplicação da
pena de exclusão (e não suspensão), conforme art. 7°, § 6º-I, do EAOAB.
D) Caso efetue colaboração premiada contra Leonardo Melo, estará sujeita às penas do
crime de violação do segredo profissional.
Comentário: Alternativa correta. A Lei nº 14.365/2022 acrescentou o § 6º-I ao art. 7° do
EAOAB, dispondo expressamente que é vedado ao advogado efetuar colaboração
premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso importará em
processo disciplinar, que poderá culminar com a aplicação do disposto no inciso III do caput
do art. 35 desta Lei (exclusão), sem prejuízo das penas previstas no art. 154 do Código
Penal (crime de violação de segredo profissional). Desse modo, caso efetue
colaboração premiada contra Leonardo Melo, estará sujeita às penas do crime de violação
do segredo profissional.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 7° do EAOAB.
Previsão: Q346 (38° Exame da OAB)
Como estava no nosso APP:

Questão: O advogado poderá ser punido criminalmente por violar o segredo profissional
ao fazer colaboração premiada contra cliente.

Resposta: Afirmação verdadeira. O art. 7°, §6°-I, do EAOAB prevê a punição por violação
de segredo profissional do art. 154 do CP.

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: DIREITOS DO ADVOGADO
GABARITO: D
3 - Durante audiência de instrução e julgamento da qual participou na qualidade de
advogado, Robson foi comprovadamente ofendido por palavras desferidas pelo juiz que
presidia o ato. Abalado em razão desse fato, Robson decide buscar as informações
necessárias para obter desagravo público perante o Conselho Seccional competente da
OAB. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) O relator deverá solicitar informações da autoridade ofensora, como condição para a
concessão do desagravo.
Comentário: Afirmação falsa. É possível a concessão do desagravo imediatamente,
conforme §1° do art. 18 do RGEAOAB.
B) Não há previsão legal ou regulamentar de prazo máximo para concessão do desagravo,
em caso de acolhimento do parecer do relator, aplicando-se o princípio da Duração
Razoável do Processo.
Comentário: Afirmação falsa. Conforme previsto no §6° do art. 18 do RGEAOAB, em caso
de acolhimento do parecer, a sessão de desagravo deve ocorrer no prazo máximo de 30
(trinta) dias.
C) O desagravo será concedido em sessão realizada para essa finalidade, amplamente
divulgada, sendo vedada, em qualquer caso, a concessão imediata.
Comentário: Afirmação falsa. Havendo urgência e notoriedade, a diretoria pode conceder
imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competente do Conselho, conforme
definido em regimento interno (art. 18, §1°, do RGEAOAB).
D) A sessão de desagravo deverá ser realizada, preferencialmente, no local onde a ofensa
foi sofrida ou onde se encontre a autoridade ofensora.
Comentário: Alternativa correta. Nos termos do §6° do art. 18 do RGEAOAB, a sessão
de desagravo deve ocorrer preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofrida ou onde
se encontre a autoridade ofensora.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 18 do RGEAOAB.
Previsão: O Desagravo público já foi cobrado inúmeras vezes na prova da OAB
(EXAMES II, V, VII, XII, XX e XXX DA OAB), mas é a primeira vez que o §6° é cobrado
especificamente.
Como estava no nosso APP:

Questão: A sessão de desagravo deve ser amplamente divulgada e ocorrer, no prazo


máximo de 30 (trinta) dias, preferencialmente, no local de inscrição do advogado ofendido
ou onde se encontre a autoridade ofensora.

Resposta: Afirmação falsa. Conforme previsto no §6° do art. 18 do RGEAOAB, a sessão


de desagravo deve ocorrer preferencialmente, no local onde a ofensa foi sofrida ( e não
no local de inscrição do advogado) ou onde se encontre a autoridade ofensora.
MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL
TEMA: ADVOGADO ESTRANGEIRO
GABARITO: C
4 - Pedro, cidadão brasileiro, graduou-se em Direito em renomada instituição norte-
americana. Caso deseje exercer no Brasil a profissão de advogado, Pedro deverá solicitar
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Sobre a hipótese, assinale a opção que indica
o requisito que, em tal ocasião, Pedro estará dispensado de apresentar.
A) Revalidação do título de graduação em Direito.
Comentário: Afirmação falsa. Conforme previsto no § 2º do art. 8° do EAOAB, o estrangeiro
ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação,
obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos
previstos no art. 8° do EAOAB.

B) Aprovação em Exame de Ordem.


Comentário: Afirmação falsa. O estrangeiro, como regra geral, para advogar no Brasil
precisa ser aprovado no Exame de Ordem (art. 8°, IV, do EAOAB).
C) Ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
Comentário: Alternativa correta. Ter sido admitido em estágio profissional de advocacia
não é requisito para inscrição do advogado, seja brasileiro ou estrangeiro.
D) Prestação de compromisso perante o conselho.
Comentário: Afirmação falsa. O estrangeiro ou brasileiro, para obter a inscrição na OAB,
deve prestar compromisso perante o Conselho, conforme art. 8°, VII, do EAOAB.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 8° do EAOAB.
Previsão: Q326 (35° Exame da OAB).
Como estava no nosso APP:

Questão: O advogado estrangeiro pode postular em juízo no Brasil, desde que apresente
certidão de conclusão de curso de Direito do Exterior e informe expressamente o
Conselho Seccional da OAB onde pretenda atuar.

Resposta: Afirmação falsa. A postulação em juízo no Brasil por advogado estrangeiro


exige prévia inscrição na OAB, de acordo com os requisitos do art. 8º do EAOAB.

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: ATIVIDADE DE ADVOCACIA
GABARITO: A
5 - O advogado Edson foi contratado para prestar a um cliente assessoria jurídica quanto a
uma questão imobiliária. Considerando o caso hipotético, assinale a afirmativa correta.
A) Edson pode prestar a assessoria de modo verbal. Também não é necessária a outorga
de mandato ou formalização por contrato de honorários.
Comentário: Alternativa correta. A Lei n. 14.365/22 incluiu o § 4º ao art. 5º do EAOAB,
estabelecendo que as atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser
exercidas de modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e
independem de outorga de mandato ou de formalização por contrato de honorários.
Desse modo, passou-se a permitir expressamente que a atividade de consultoria e
assessoria sejam feitas de maneira informal, inclusive verbal e sem a necessidade de
outorga de procuração e de contrato de honorários.
B) Edson deve prestar a assessoria de modo escrito. Faz-se necessária a outorga de
mandato, mesmo que não haja formalização por contrato de honorários.
Comentário: Afirmação falsa. A assessoria pode ser feita de forma verbal,
independentemente da outorga de mandato.
C) Edson pode prestar a assessoria de modo verbal. É necessária a outorga de mandato,
mesmo que não haja formalização por contrato de honorários.
Comentário: Afirmação falsa. Não há necessidade da outorga de mandato, conforme
explicado na alternativa “A”.
D) Edson deve prestar a assessoria de modo escrito, mas não é necessária a outorga de
mandato ou formalização por contrato de honorários.
Comentário: Afirmação falsa. A assessoria pode ser feita de forma verbal,
independentemente da outorga de mandato, conforme § 4º ao art. 5º do EAOAB.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 5° do EAOAB.
Previsão: Questão Inédita
Como estava no nosso APP:

Questão: As atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas de


modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e dependem de outorga
de mandato ou de formalização por contrato de honorários.

Afirmação falsa. As atividades de consultoria e assessoria jurídicas podem ser exercidas


de modo verbal ou por escrito, a critério do advogado e do cliente, e NÃO dependem de
outorga de mandato ou de formalização por contrato de honorários, conforme § 4º ao art.
5º do EAOAB.

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: ATIVIDADE DE ADVOCACIA
GABARITO: D
6 - Luana, advogada especialista em Direito Civil, é procurada por Carla, que busca ajuizar
demanda para obtenção de indenização por danos morais e materiais em face de seu
vizinho. Ao tomar conhecimento dos fatos, Luana percebe que aquele era o último dia
possível para o ajuizamento da ação, visto que a prescrição da pretensão de sua cliente se
consumaria no dia seguinte. Luana, então, peticionou, perante o juízo competente, sem,
contudo, ter tido tempo hábil para anexar aos autos a procuração de sua cliente, em razão
da urgência decorrente da iminente prescrição. Nesse contexto, considerando as
disposições do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) A advogada Luana não pode postular em juízo ou fora dele sem procuração, ainda que
em situação de alegada urgência.
Comentário: Afirmação falsa. Luana, afirmando urgência, pode atuar sem procuração,
conforme explicado na alternativa “d”.
B) A urgência, por si só, não é suficiente para justificar a não apresentação da procuração,
devendo ser conjugada com iminente risco à integridade física ou à vida do cliente.
Comentário: Afirmação falsa. Luana, afirmando urgência, pode atuar sem procuração,
conforme explicado na alternativa “d”.
C) Luana não está obrigada a apresentar procuração, visto que o mandato conferido por
seus clientes é presumido pelos fatos narrados na inicial e pela documentação que a instrui.
Comentário: Afirmação falsa. Luana, afirmando urgência, pode atuar sem procuração,
conforme explicado na alternativa “d”.
D) No contexto da iminente prescrição da pretensão de sua cliente, Luana, afirmando
urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias,
prorrogável por igual período.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com art. 5º do EAOAB, o advogado postula,
em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato, ou seja, mediante juntada da procuração.
Entretanto, se houver urgência, o advogado pode atuar sem procuração, obrigando-se a
apresentá-la no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 5° do EAOAB.
Previsão: Q338 (37° Exame)
Como estava no nosso APP:

Questão: Havendo urgência, o advogado pode atuar sem procuração, obrigando-se a


apresentá-la no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período.

Afirmação verdadeira. O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do


mandato, ou seja, mediante juntada da procuração. Entretanto, se houver urgência, o
advogado pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15
(quinze) dias, prorrogável por igual período (art. 5°, §1°, do EAOAB).
MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL
TEMA: ATIVIDADE DE ADVOCACIA
GABARITO: B
7 - Bruno, advogado, compareceu à audiência de conciliação acompanhado de seu cliente
Carlos, tendo-lhe sido conferidos poderes para transacionar em juízo ou fora dele. Na
audiência, foi oferecida proposta de acordo pela parte adversa, que não foi aceita por
Bruno, visto que conflitava flagrantemente com os interesses de seu cliente. Contrariado, o
magistrado cassou a palavra de Bruno, determinando que não se manifestasse mais
durante a audiência, visto que a opção de aceitar ou não o acordo seria de decisão única
de Carlos, sem possibilidade de influência de seu patrono. Nesse contexto, de acordo com
o Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assinale a afirmativa
correta.
A) O magistrado agiu corretamente, considerando que tem o dever de manter a ordem dos
trabalhos e, em sua atuação, deve fomentar a solução pacífica dos conflitos, que estava
sendo inviabilizada pela resistência de Bruno ao acordo.
Comentário: Afirmação falsa. O juiz não agiu corretamente, conforme explicado na
alternativa “b”.
B) A palavra de Bruno não poderia ter sido cassada sob o fundamento de que aceitar ou
não o acordo é de decisão única de Carlos sem possibilidade de influência de seu patrono,
vez que o advogado é indispensável à administração da justiça e deve orientar seu cliente.
Comentário: Alternativa Correta. De acordo com o estabelecido no art. 133 da
Constituição Federal, e art. 2° do EAOAB, o advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei. Sendo assim, a palavra de Bruno não poderia ter sido cassada, uma vez que é direito
e dever do advogado orientar seu cliente.
C) Em insistindo em falar com seu cliente sobre a aceitação ou não do acordo, a conduta
de Bruno acarretará responsabilidade perante a OAB, em razão da violação da ordem
hierárquica do magistrado.
Comentário: Afirmação falsa. Bruno agiu corretamente em orientar o seu cliente, não
comentando qualquer infração disciplinar.
D) Em caso de manutenção da insubordinação de Bruno, o juiz poderá determinar que a
seccional competente da Ordem dos Advogados do Brasil aplique a pena de suspensão
das atividades de advocacia por ele desempenhadas, por prazo não inferior a dois anos.
Comentário: Afirmação falsa. Não há qualquer relação de subordinação entre o advogado
e o juiz (art. 6° do EAOAB). Além disso, Bruno agiu corretamente em orientar o seu cliente,
não comentando qualquer infração disciplinar.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 2° do EAOAB, DIR: art. 133 da CF/88, IND2: art. 6° do
EAOAB.

2 IND: faz referência ao artigo de lei cobrado indiretamente em alguma das alternativas incorretas.
Previsão: Questão inédita da forma cobrada.
Como estava no nosso APP:

Questão: O Juiz do Trabalho João Carlos por diversas vezes interrompe o advogado
Pedro na audiência de conciliação, inclusive quando este tenta conversar com seu cliente
sobre a proposta apresentada pela parte adversa. Em determinado momento, o Juiz diz
que Pedro é insubordinado e deve aprender a se comportar nos atos judiciais. Nesse
caso, o magistrado agiu corretamente, uma vez que o advogado é subordinado ao juiz.

Afirmação falsa. Não há qualquer relação de subordinação entre o advogado e o juiz


(art. 6° do EAOAB), por isso, o juiz não agiu corretamente.

MATÉRIA: ÉTICA PROFISSIONAL


TEMA: SOCIEDADE DE ADVOGADOS
GABARITO: A
8 - O advogado Pedro, regularmente inscrito na OAB, deseja ser sócio de determinada
sociedade de advogados. É seu intuito, ainda, ser escolhido sócio administrador da
mencionada sociedade de advogados. Não obstante, Pedro atua, e continuará atuando,
como servidor da administração pública indireta. À luz do Estatuto da Advocacia e da OAB,
assinale a afirmativa correta.
A) Pedro poderá ser sócio da sociedade de advogados e ocupar a posição de sócio
administrador, exceto se for sujeito a regime de dedicação exclusiva.
Comentário: Alternativa Correta. De acordo com o § 8º do art. 15 do EAOAB, nas
sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador poderá recair sobre advogado
que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional, desde que não
esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva.
B) Há vedação legal a que Pedro seja sócio da sociedade de advogados.
Comentário: Afirmação falsa. Pedro poderá ser sócio da sociedade de advogados e
ocupar a posição de sócio administrador, exceto se for sujeito a regime de dedicação
exclusiva, conforme § 8º do art. 15 do EAOAB.
C) Pedro poderá ser sócio da sociedade de advogados. Todavia, não é autorizado que
ocupe a posição de sócio administrador, independentemente do regime a que sujeito.
Comentário: Afirmação falsa. Pedro poderá ser sócio da sociedade de advogados e
ocupar a posição de sócio administrador, exceto se for sujeito a regime de dedicação
exclusiva, conforme § 8º do art. 15 do EAOAB.
D) Pedro poderá ser sócio da sociedade de advogados. De igual maneira, mesmo que o
regime a que submetido seja de dedicação exclusiva, Pedro poderá ser sócio administrador
da sociedade de advogados.
Comentário: Afirmação falsa. Se Pedro for submetido ao regime de dedicação exclusiva,
não poderá ser administrador da sociedade de advogados (art. 15, §8°, do EAOAB).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 15 do EAOAB.
Previsão: Questão inédita (alteração importante).
Como estava no nosso APP:

Questão: Conforme previsto no EAOAB, nas sociedades de advogados, a escolha do


sócio-administrador poderá recair sobre advogado que atue como servidor da
administração direta, indireta e fundacional, desde que não esteja sujeito ao regime de
dedicação exclusiva.

Afirmação verdadeira. O § 8º do art. 15 do EAOAB prevê expressamente que nas


sociedades de advogados, a escolha do sócio-administrador poderá recair sobre
advogado que atue como servidor da administração direta, indireta e fundacional, desde
que não esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva.

MATÉRIA: FILOSOFIA
TEMA: PRINCIPAIS CORRENTES FILOSÓFICAS
GABARITO: D
9 - “E tiveste a audácia de desobedecer a essa determinação? Sim porque não foi Zeus
que a promulgou; e a Justiça, a deusa que habita com as divindades subterrâneas jamais
estabeleceu tal decreto entre os humanos; nem eu creio que teu édito tenha força bastante
para conferir a um mortal o poder de infringir as leis divinas, que nunca foram escritas, mas
são irrevogáveis; não existem a partir de ontem ou de hoje; são eternas sim e ninguém
sabe desde quando vigoram.” Sófocles. O excerto acima é parte da peça Antígona, uma
das mais importantes tragédias gregas, que foi escrita por Sófocles. De acordo com
Aristóteles, em seu livro Retórica, essa peça de Sófocles pode ser usada para se entender
o que seria uma lei natural. Assinale a opção que apresenta, segundo Aristóteles, o conceito
de lei natural.
A) Aquela que emana do diálogo comum entre diferentes comunidades políticas e resulta
em um acordo que está acima de leis e tratados impostos pelo Estado.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
B) Uma expressão da natureza divina, que se encarna na figura do rei ou do soberano e é
a base da legitimidade da monarquia como forma de governo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
C) As tradições de uma comunidade política, que são repassadas de geração em geração
sob a presunção de realizarem os anseios de justiça de um determinado povo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
D) A justiça da qual todos têm, de alguma maneira, uma intuição e que é comum a todos,
independentemente de todo Estado e de toda convenção recíproca.
Comentário: Alternativa correta. Segundo Aristóteles, a lei natural é uma forma de justiça
que todos os seres humanos têm, uma espécie de intuição, independente de leis
estabelecidas pelos Estados ou convenções recíprocas. Essa lei natural é considerada
comum a todos e é percebida intuitivamente como uma base moral inerente, não
necessariamente escrita, mas irrevogável e eterna. Na peça "Antígona" de Sófocles, a
personagem Antígona desafia um édito do rei Creonte porque acredita estar obedecendo a
uma lei superior, uma lei natural ou divina que transcende as leis humanas, exemplificando
assim o conceito de lei natural na filosofia aristotélica.
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Questão inédita. O conceito de “lei natural” já havia sido cobrado no Exame
XXI, mas especificamente em relação às ideias de Thomas Hobbes no livro Leviatã.
Como estava no nosso APP:

Questão: Em "Ética a Nicômaco", Aristóteles discute a justiça e suas diferentes formas,


tais como a justiça distributiva, justiça corretiva, justiça legal e justiça natural, dentre
outras. Acerca da "justiça natural", esta consistiria no conjunto de regras que encontram
validade, força, aplicação e aceitação universais, encontrando respaldo na natureza sem
depender do arbítrio dos legisladores, possuindo caráter universalista.

Afirmação verdadeira. Na discussão sobre a lei natural, Aristóteles enfatiza a existência


de princípios morais intrínsecos, que são inerentes à natureza humana e podem ser
apreendidos pela razão. O pensamento aristotélico sobre a justiça natural sugere que há
uma ordem moral inata que transcende leis estabelecidas pelos Estados ou convenções
recíprocas.

MATÉRIA: FILOSOFIA
TEMA: JUSPOSITIVISMO
GABARITO: D
10 - O Código Civil de Napoleão, de 1804, representou um momento de grande expectativa
e confiança nos poderes da lei escrita. Nesse contexto, surge um importante movimento no
Direito, chamado “Escola da Exegese”. Assinale a opção que, segundo Miguel Reale em
seu livro Lições Preliminares do Direito, define este movimento.
A) A afirmação de que a lei é uma realidade histórica, que se situa na progressão do tempo
e, por isso, deve ser interpretada segundo as tradições e o próprio espírito do povo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
B) A crença de que a lei é importante, mas se não corresponder mais aos fatos
supervenientes, deve-se procurar a solução em outras fontes, como o costume, por
exemplo.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
C) A concepção segundo a qual cabe ao juiz julgar segundo os ditames da ciência e de sua
consciência, de forma a prevalecer um direito justo, seja na falta da lei, seja contra aquilo
que dispõe a lei.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa D.
D) A sustentação de que na lei positiva, e de maneira especial no Código Civil, já se
encontra a possibilidade de uma solução para todos os eventuais casos ou ocorrências da
vida social.
Comentário: Alternativa correta. A "Escola da Exegese" sustentava a ideia de que a lei
positiva, especialmente no Código Civil, continha as soluções para todos os casos e
situações da vida social. Os expoentes dessa escola acreditavam que a aplicação da lei
deveria ser feita de maneira estrita e literal, enfatizando a importância da interpretação
textual da lei. Miguel Reale, em suas "Lições Preliminares do Direito", ressalta essa
perspectiva da Escola da Exegese que confiava nas disposições claras e abrangentes da
lei para resolver todas as questões jurídicas, rejeitando, assim, a ideia de buscar soluções
em outras fontes ou considerar a interpretação do juiz baseada em critérios pessoais ou
consciência.
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Q12 (Exame XV)
Como estava no nosso APP:

Questão: Norberto Bobbio afirma que a Escola da Exegese foi marcada por uma
concepção rigidamente estatal de direito, a partir da qual nasce o princípio da onipotência
do legislador. Por isso, segundo Bobbio, a Escola da Exegese conclui que a lei não deve
ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que deve aplicá-la,
mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na própria
lei.

Afirmação verdadeira. Sobre a Escola da Exegese e o princípio da onipotência do


legislador, Norberto Bobbio leciona que "o argumento fundamental que guia os
operadores do direito no seu raciocínio jurídico é o princípio da autoridade, isto é, a
vontade do legislador que pôs a norma jurídica; pois bem, com a codificação, a vontade
do legislador é expressa de modo seguro e completo e aos operadores do direito basta
ater-se ao ditado pela autoridade soberana".

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
GABARITO: C
11 - Emenda à Constituição inseriu novo direito social na Constituição Federal de 1988. Da
análise do dispositivo normativo extraiu-se que a fruição do direito ali previsto somente seria
possível com sua devida disciplina legal. Passados sete anos sem que o Congresso
Nacional tivesse elaborado a referida regulamentação, mesmo após decisões do Supremo
Tribunal Federal que reconheciam a mora e determinavam prazo razoável para a edição da
norma regulamentadora, Fernando, que entende fazer jus a tal direito, procurou você, como
advogado(a), a fim de saber se há alguma providência judicial a ser tomada para que possa
usufruir do direito constitucionalmente previsto. Sobre a hipótese, de acordo com o sistema
jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, sua
orientação.
A) A via judicial não é cabível, posto que, com base no princípio da separação de poderes,
somente a produção de lei regulamentadora pelo Congresso Nacional viabilizará a fruição
do referido direito social.
Comentário: Afirmação falsa. É cabível mandado de injunção, conforme explicado na
alternativa “c”.
B) Fernando poderá ingressar com mandado de injunção perante o Superior Tribunal de
Justiça, o qual, reconhecendo a existência de mora por parte do Congresso Nacional,
poderá determinar que este Tribunal edite a lei regulamentadora imediatamente.
Comentário: Afirmação falsa. Fernando poderá ingressar com mandado de injunção
perante o Supremo Tribunal Federal, e não perante o STJ.
C) O mandado de injunção, a ser impetrado por Fernando perante o Supremo Tribunal
Federal, pode ser utilizado para requerer que o Tribunal estabeleça as condições em que
se dará o exercício do referido direito social, de modo a permitir a sua fruição.
Comentário: Alternativa correta. É cabível mandado de injunção, conforme art. 5°, LXXI,
da CF/88, conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
D) Fernando tem a possibilidade de ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade por
omissão perante o Supremo Tribunal Federal, requerendo que o Tribunal promova sua
implementação imediata para todos que façam jus ao direito social.
Comentário: Afirmação falsa. No caso é cabível mandado de injunção. Isso porque na
ação de inconstitucionalidade por omissão, o Judiciário declara a omissão (se a inércia for
do Legislativo) ou determina a execução (se a inércia for do Executivo); já no mandado de
injunção declara o direito da parte lesada, determinando seja garantida sua imediata
fruição.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 5° da CF/88.
Previsão: Q209 (XXX Exame)
Como estava no nosso APP:

Questão: O mandado de injunção é o remédio constitucional que deve ser utilizado


sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
Afirmação verdadeira. De acordo com o art. 5º, LXXI, da CF/88, conceder-se-á
mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO: C
12 - O Presidente da República promulgou a Lei Federal XX/2022, versando sobre certa
matéria, que também poderia ser objeto de medida provisória. Tal lei vem sendo aplicada
normalmente por diversos órgãos judiciais e administrativos do País. No entanto, convicto
da inconstitucionalidade da Lei Federal XX/2022, um legitimado resolveu ajuizar ação direta
de inconstitucionalidade (ADI) perante o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o referido
diploma legal. No julgamento da ADI, o Plenário do STF resolve, por maioria absoluta de
seis Ministros, julgar procedente o pedido e declarar a inconstitucionalidade da Lei Federal
XX/2022. Com base na situação hipotética apresentada, assinale a opção que está de
acordo com o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade.
A) A decisão final de mérito do STF no julgamento da ADI em tela vincula todo o Poder
Judiciário, incluindo o próprio Pleno do Tribunal.
Comentário: Afirmação falsa. Os efeitos das ADI são erga omnes, ex tunc (retroage) e
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública federal,
estadual, municipal e distrital, mas não vincula a função legislativa sob pena de
“fossilização” da Constituição (art. 102, §2°, da CF/88).
B) O Presidente da República poderá editar medida provisória sobre a matéria, porque, ao
exercer função legislativa, não está vinculado à decisão definitiva de mérito do STF,
proferida em sede de ADI.
Comentário: Alternativa correta. O Presidente da República, ao exercer função
legislativa, não está vinculado à decisão definitiva de mérito do STF, proferida em sede de
ADI.
C) A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF no julgamento da referida ADI produz
eficácia erga omnes, porque vincula plenamente todos os três Poderes do Estado
(Executivo, Legislativo e Judiciário).
Comentário: Afirmação falsa. A decisão não vincula a função legislativa sob pena de
“fossilização” da Constituição (art. 102, §2°, da CF/88).
D) Apenas a Administração Pública direta, nas esferas federal, estadual e municipal, está
vinculada à decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em sede de ADI.
Comentário: Afirmação falsa. A decisão vincula também a Administração Pública Indireta.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 102 da CF/88.
Previsão: Q161 (XXIII Exame)
Como estava no nosso APP:

Questão: O Presidente da República pode editar medida provisória cujo conteúdo


contrarie decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em Ação Declaratória de
Inconstitucionalidade.

Afirmação verdadeira. Os efeitos das ADI são erga omnes, ex tunc (retroage) e
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública federal,
estadual, municipal e distrital (art. 102, §2°, da CF/88), no entanto, não vinculam a função
legislativa sob pena de “fossilização constitucional”.

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
GABARITO: A
13 - À luz de um caso concreto, que envolvia um cliente do escritório, dois advogados
iniciaram um debate sobre a relevância do instituto da Súmula Vinculante como instrumento
de interpretação. O primeiro advogado ressaltou que a importância destas súmulas é
justificada por vincularem todas as estruturas estatais de poder, com exceção do Supremo
Tribunal Federal (STF), criando, assim, uma estabilidade jurídica dos significados da
Constituição. O segundo advogado disse que achava que o colega estava equivocado, pois
o STF também estaria vinculado ao seu entendimento. Sobre o impasse surgido, de acordo
com o sistema jurídico- constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta.
A) Os dois advogados estão equivocados, pois as súmulas vinculantes não vinculam o STF,
que as edita e revê, nem tampouco o Poder Legislativo, que possui plena autonomia para
legislar, mesmo em sentido contrário ao das súmulas vinculantes.
Comentário: Alternativa correta. A súmula vinculante não vincula o próprio Supremo
Tribunal, que pode revê-las, nem os Poderes Executivo e Legislativo quando estão
exercendo atividade legislativa de produção normativa (confecção de norma), para evitar a
chamada “fossilização da Constituição” (art. 103-A da CF/88).
B) Os dois advogados estão equivocados, pois as súmulas vinculantes não vinculam o STF,
que as edita e revê, nem tampouco o Superior Tribunal de Justiça, por ser o intérprete da
legislação federal.
Comentário: Afirmação falsa. A súmula vinculante vincula o STJ.
C) O primeiro advogado está certo e o segundo errado, pois as súmulas vinculantes, de
acordo com a Constituição, vinculam todas as estruturas estatais de poder, com exceção
apenas do STF, que zela pela adaptabilidade da Constituição à realidade.
Comentário: Afirmação falsa. Os dois advogados estão errados, conforme explicado na
alternativa “a”.
D) O segundo advogado está certo e o primeiro equivocado, pois as súmulas vinculantes,
de acordo com a Constituição, vinculam todas as estruturas estatais de poder, sem
exceção, em razão da rigidez constitucional.
Comentário: Afirmação falsa. Os dois advogados estão errados, conforme explicado na
alternativa “a”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 103-A da CF/88.
Previsão: Q68 (VIII Exame)
Como estava no nosso APP:

Questão: O Presidente da República pode editar medida provisória contrária à súmula


vinculante editada pelo STF.

Afirmação verdadeira. A edição da medida provisória se insere na função atípica


legislativa do Poder Executivo, motivo pelo qual não está vinculada à súmula vinculante,
editada nos moldes do art. 103-A da CF/88.

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
GABARITO: C
14 - Vários municípios, pertencentes a diferentes estados-membros da Federação, vêm
reproduzindo o teor da Lei XXX/2019, do Município Alfa. Esses diplomas vêm causando
grande polêmica no mundo jurídico, já que diversos Tribunais de Justiça têm se dividido
quanto à constitucionalidade ou inconstitucionalidade das referidas leis municipais. Os
componentes da Mesa do Senado Federal, cientes da insegurança que tal divergência gera
ao ambiente jurídico, analisam a possibilidade de, diante da grande disparidade das
posições assumidas pelos diversos Tribunais de Justiça, ajuizar uma Ação Declaratória de
Constitucionalidade (ADC). Em consonância com o sistema jurídico-constitucional
brasileiro, assinale a opção que deve ser apresentada aos componentes da Mesa do
Senado Federal.
A) A ação prevista não geraria os resultados esperados quanto à segurança jurídica, pois
uma decisão nesta espécie de ação não produz efeitos erga omnes.
Comentário: Afirmação falsa. A ADC possui efeitos “erga omnes”.
B) A Mesa do Senado Federal não possui legitimidade ativa para a proposição de ação de
controle concentrado do tipo apresentado.
Comentário: Afirmação falsa. A Mesa do Senado Federal possui legitimidade ativa para
a proposição de ação (art. 103, II, da CF/88).
C) Embora a decisão proferida na ação produza efeitos erga omnes, as normas municipais
não poderiam ser objeto de avaliação por esta ação específica.
Comentário: Alternativa correta. A Ação Declaratória de Constitucionalidade foi criada
pela EC n. 03/93 e tem como objetivo a declaração da constitucionalidade de determinada
lei ou ato normativo federal, ou seja, diferentemente da ADI, não cabe contra lei ou ato
estadual (art. 102, I, da CF/88).
D) A Lei XXX/2019, em razão da natureza do ente federativo que a produziu, somente pode
ser objeto de análise pela via do controle difuso de constitucionalidade.
Comentário: Afirmação falsa. A Lei xxx/2019 também pode ser objeto de análise por
controle concentrado, como no caso da ADI.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 102 da CF/88
Previsão: Q235 (XXXIV Exame)
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Questão: O governador do Estado Alfa propôs, perante o Supremo Tribunal Federal,


Ação Declaratória de Constitucionalidade, com pedido de tutela cautelar de urgência,
para ver confirmada a legitimidade jurídico-constitucional de dispositivos da Constituição
estadual. Nesse caso, a ADC pode ser conhecida e provida pelo STF, para que venha a
ser declarada a constitucionalidade dos dispositivos da Constituição do Estado Alfa
indicados pelo governador.

Afirmação falsa. A ADC não pode ser conhecida e provida pelo STF, porque não diz
respeito à lei ou ato normativo federal em face do texto da Constituição Federal (art. 102,
I, a da CF/88).

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
GABARITO: A
15 - Bento de Souza, governador do Estado Alfa, reconhecido como grande gestor público,
foi indicado para assumir a presidência da Petrobras pelo Presidente da República.
Honrado com o convite e inclinado a aceitá-lo, busca orientação com seu advogado(a) a
respeito da possibilidade de cumular os dois cargos. Com base no ordenamento jurídico-
constitucional brasileiro, assinale a opção que indica a orientação dada pelo(a)
advogado(a).
A) Na eventualidade de Bento aceitar o convite para assumir a presidência da Petrobras,
perderá o mandato de governador do Estado Alfa.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o §1° do art. 28 da CF/88, perderá o
mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no
art. 38, I, IV e V.
B) Bento pode assumir o cargo na Petrobras, caso peça licença do cargo para o qual foi
eleito, a ele podendo retornar, caso se exonere do cargo na sociedade de economia mista.
Comentário: Afirmação falsa. Bento perderá o mandato de governador se aceitar ser
presidente da Petrobras, conforme explicado na alternativa “a”.
C) Bento pode acumular os dois cargos públicos, devendo optar pela remuneração de
Governador ou pela remuneração de presidente da Petrobras.
Comentário: Afirmação falsa. Bento perderá o mandato de governador se aceitar ser
presidente da Petrobras, conforme explicado na alternativa “a”.
D) Bento, após sua diplomação, mesmo que renunciasse ao cargo de governador, está
proibido de assumir, no período para o qual foi eleito, o cargo de presidente da Petrobras.
Comentário: Afirmação falsa. Bento perderá o mandato de governador se aceitar ser
presidente da Petrobras, conforme explicado na alternativa “a”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 28 da CF/88
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: Perderá o mandato o Governador que tomar posse em virtude de aprovação


em concurso público.

Afirmação falsa. O Governador perderá o mandato se assumir outro cargo ou função na


administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso
público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL


TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
GABARITO: B
16 - O Governador do Estado Alfa, recém-empossado, apresentou projeto de lei à
Assembleia Legislativa no qual propôs políticas de proteção específicas, direcionadas às
pessoas com deficiência no âmbito do seu Estado, visto ser esta uma de suas pautas
durante a campanha eleitoral. Com base na situação hipotética narrada e no sistema
jurídico constitucional brasileiro, em relação ao projeto de lei, assinale a opção correta.
A) A competência para legislar sobre a proteção das pessoas com deficiência é matéria de
interesse local, de competência dos Municípios.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de matéria de competência concorrente (art. 24, XIV,
da CF/88).
B) Os Estados podem legislar concorrentemente com a União sobre a matéria.
Comentário: Alternativa correta. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre proteção e integração social das pessoas portadoras de
deficiência (art. 24, XIV, da CF/88)
C) À União compete, privativamente, legislar sobre a proteção das pessoas com
deficiência.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de matéria de competência concorrente (art. 24, XIV,
da CF/88).
D) O projeto de lei está de acordo com a CRFB/88, visto que trata de matéria que o texto
constitucional dispõe, expressamente, ser afeta à competência residual dos Estados.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de matéria de competência concorrente (art. 24, XIV,
da CF/88).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 24 da CF/88
Previsão: Questão Inédita especificamente em relação ao inciso XIV do art. 24 da
CF/88.
Como estava no nosso APP:

Questão: O Município Y editou lei implementando um programa de proteção social das


pessoas portadoras de deficiência domiciliadas em seu território. Tal lei é válida, desde que
o regramento seja suplementar e harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais
entes federados.

Afirmação verdadeira. Como regra geral, os Municípios são competentes para legislar
sobre proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência, no limite do seu
interesse local e desde que tal regramento seja suplementar e harmônico com a disciplina
estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, XIV, combinado com o art. 30, I e II,
da Constituição Federal).

MATÉRIA: DIREITOS HUMANOS


TEMA: TEMAS ESPECÍFICOS SOBRE DIREITOS HUMANOS
GABARITO: B
17 - Você, como advogado(a), recebeu uma família cujo filho mais velho é pessoa com
deficiência. Na conversa inicial, os pais relataram algumas situações em que certas barreiras
eram verdadeiros obstáculos para que seu filho pudesse exercer seus direitos. Com base no
Estatuto da Pessoa com Deficiência, cabe a você, como advogado(a), esclarecer que uma das
barreiras mais significativas é a atitudinal. Assinale a afirmativa que a caracteriza.
A) Os obstáculos existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público
ou de uso coletivo.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se do conceito de barreira urbanística (art. 3°, IV, “a”,
da Lei n° 13. 146/2015)
B) Os comportamentos que impedem a participação social da pessoa com deficiência em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.
Comentário: Alternativa correta. Barreiras atitudinais são atitudes ou comportamentos
que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade
de condições e oportunidades com as demais pessoas (art. 3°, IV, “e”, da Lei n° 13.
146/2015). Essas barreiras podem incluir preconceitos, estereótipos, discriminação e
atitudes negativas por parte da sociedade, que dificultam a plena integração da pessoa com
deficiência na comunidade.
C) As barreiras que ocorrem nos edifícios públicos e privados, bem como nos sistemas e
meios de transportes de uso coletivo.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se do conceito de barreiras arquitetônicas (art. 3°, IV,
“b”, da Lei n° 13. 146/2015)
D) Os meios que dificultam a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações
por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se do conceito de barreiras na comunicação e na
informação (art. 3°, IV, “d”, da Lei n° 13. 146/2015)
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 3° da Lei n° 13. 146/2015
Previsão: Questão Inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera-se barreira


atitudinal os comportamentos que impedem a participação social da pessoa com
deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.

Afirmação verdadeira. O art. 3º, IV, “e”, da Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência) dispõe que barreiras atitudinais são os comportamentos que impedem a
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades
com as demais pessoas.

MATÉRIA: DIREITOS HUMANOS


TEMA: TEMAS ESPECÍFICOS SOBRE DIREITOS HUMANOS
GABARITO: C
18 - Você atua, como advogado(a), em um caso em que seu cliente é um estrangeiro
indocumentado que vive no Brasil. Isso ocorreu porque ele teve de fugir às pressas do país de
origem, porque estava sendo perseguido por motivos religiosos. Ele gostaria de permanecer no
Brasil e trazer a esposa. Assim, com base no que dispõe a Lei nº 9.474/97 que trata da
implementação do Estatuto dos Refugiados no Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) A perseguição por motivos religiosos não faz parte dos tipos de perseguição abrangidos
no conceito de refugiado e, assim, ele deve regularizar sua documentação de estrangeiro
ou deixar o país.
Comentário: Afirmação falsa. A perseguição por motivos religiosos faz parte dos tipos de
perseguição abrangidos no conceito de refugiado, conforme art. 1º da Lei n° 9.474/97.
B) A perseguição por motivos religiosos se enquadra no conceito de refugiado e ele pode
pedir refúgio no Brasil, mas o refúgio é ato personalíssimo e não se estende à sua esposa.
Comentário: Afirmação falsa. É possível estender os efeitos de refugiado para a esposa,
conforme art. 2º da Lei n° 9.474/97.
C) A situação condiz com a possibilidade de reconhecimento da condição de refugiado e
os efeitos dessa condição são extensivos à esposa.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 1º da Lei n° 9.474/97, considera-
se refugiado todo indivíduo que devido a fundados temores de perseguição por motivos de
raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país
de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país. O art. 2°,
por sua vez, estabelece que os efeitos da condição dos refugiados serão extensivos ao
cônjuge, aos ascendentes e descendentes, assim como aos demais membros do grupo
familiar que do refugiado dependerem economicamente, desde que se encontrem em
território nacional.
D) A perseguição religiosa é motivo para que o governo brasileiro o declare refugiado e a
extensão dessa condição à esposa depende de decisão judicial e não administrativa.
Comentário: Afirmação falsa. A extensão da condição de refugiado à esposa não
depende de decisão judicial.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 1º da Lei n° 9.474/97, DIR: art. 2º da Lei n° 9.474/97
Previsão: Q66 (Exame XXVI da OAB).
Como estava no nosso APP:

Questão: Ernesto perdeu a eleição para presidente em seu país e, agora, acredita que
será perseguido por seus adversários políticos que assumirão o poder. Por esse motivo,
pode pedir o reconhecimento como refugiado no Brasil.

Afirmação falsa. O reconhecido como refugiado, no Brasil, será deferido ao indivíduo que,
devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade,
grupo social ou opiniões políticas, encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não
possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país.

MATÉRIA: DIREITO ELEITORAL


TEMA: PROCESSO ELEITORAL
GABARITO: A
19 - Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama decidiram celebrar uma coligação para a
eleição municipal majoritária que se avizinhava. Apesar do apoio recebido da maior parte
dos correligionários dessas agremiações, alguns tinham dúvidas em relação aos efeitos
dessa iniciativa quanto à autonomia de cada partido político durante o processo eleitoral,
mais especificamente, se poderiam atuar isoladamente ou se apenas a coligação poderia
fazê-lo. De acordo com a narrativa e a sistemática estabelecida na Lei nº 9.504/97, assinale
a afirmativa correta.
A) Alfa, Beta e Gama somente podem atuar isoladamente no processo eleitoral para
questionar a validade da própria coligação, isto no período delimitado em lei.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com regra prevista no art. 6º, §4º, da Lei nº
9.504/97, o partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma
isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o
período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a
impugnação do registro de candidatos.
B) Em qualquer fase do processo eleitoral, somente a coligação pode atuar, mas isto não
afeta a autonomia de Alfa, Beta e Gama, que devem referendar cada ato praticado.
Comentário: Afirmação falsa. O partido político coligado somente possui legitimidade
para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da
própria coligação, durante o período compreendido entre a data da convenção e o
termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos (art. 6º, §4º, da Lei
nº 9.504/97).
C) Alfa, Beta e Gama podem atuar isoladamente em todas as fases do processo eleitoral,
sempre que os seus interesses colidirem com os da coligação.
Comentário: Afirmação falsa. De fato, os partidos políticos Alfa, Beta e Gama podem
atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionarem a validade da
própria coligação, mas apenas durante o período compreendido entre a data da
convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candida tos (art.
6º, §4º, da Lei nº 9.504/97).
D) As prerrogativas e obrigações da coligação são distintas daquelas afetas a Alfa, Beta e
Gama, de modo que cada qual atua em sua própria esfera de atribuições.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o art. 6º, §1º, da Lei nº 9.504/97, à coligação
serão atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao
processo eleitoral, devendo funcionar como um só partido no relacionamento com a Justiça
Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 6º da Lei nº 9.504/97.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: O partido político X, em razão de incompatibilidades ideológicas, pode


questionar a validade de sua própria coligação, devendo fazê-lo no período
compreendido entre a data da convenção e a data das eleições.

Afirmação falsa. Os partidos políticos podem questionar a validade da própria coligação,


o que pode ser feito, no entanto, no período compreendido entre a data da convenção e
o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos (art. 6º, §4º, da Lei
nº 9.504/97).
MATÉRIA: DIREITO ELEITORAL
TEMA: PROCESSO ELEITORAL
GABARITO: C
20 - Joana, deputada estadual no Estado Alfa, vinha recebendo inúmeras críticas de alguns
correligionários do seu partido político. Apesar do amplo apoio popular que recebia, para
sua surpresa, não foi escolhida, na convenção partidária, para concorrer à reeleição ao
cargo de deputada estadual. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) Como Joana busca a reeleição, deve ser considerada candidata nata.
Comentário: Afirmação falsa. Considerando-se que o §1º do art. 8º da Lei nº 9.504/97 foi
declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, conforme decisão proferida na
ADI 2530, o instituto da “candidatura nata” não é mais admitido pelo ordenamento jurídico
brasileiro.
B) A deliberação adotada na convenção partidária é lícita, caso tenha sido adotada por
maioria absoluta.
Comentário: Afirmação falsa. A deliberação na convenção partidária pode ser aprovada
por maioria simples.
C) Os partidos políticos têm autonomia para a escolha dos seus candidatos, observados os
balizamentos legais.
Comentário: Alternativa correta. A autonomia partidária, prevista no art. 17, §1º, da
CF/88, garante aos partidos políticos a autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento, bem como para adotar os critérios de escolha de seus
candidatos, nos termos dos artigos 7º e 8º da Lei nº 9.504/97.
D) Joana pode requerer pessoalmente o registro de sua candidatura, ainda que não tenha
sido aprovada na convenção partidária.
Comentário: Afirmação falsa. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o
requerente tenha filiação partidária, conforme previsão expressa do art. 11, §14, da Lei nº
9.504/97.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 17, §1º, da CF/88, DIR: art. 7º da Lei nº 9.504/97, DIR: art.
8º da Lei nº 9.504/97, IND: art. 11 da Lei nº 9.504/97.
Previsão: Questão inédita da forma como foi cobrada.
Como estava no nosso APP:

Questão: A Convenção partidária é o evento onde os membros dos partidos políticos se


reúnem para escolher os candidatos que disputarão as eleições pelo partido.

Afirmação verdadeira. De fato, é na convenção partidária que os membros dos partidos


políticos se reúnem para definir as coligações que serão firmadas, bem como para
escolher os candidatos que disputarão as eleições pelo partido.
MATÉRIA: DIREITO INTERNACIONAL
TEMA: DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
GABARITO: B
21 - Em uma disputa judicial estabelecida no Brasil referente a um contrato de compra e
venda internacional de mercadorias, regido por lei estrangeira, uma sociedade empresária
a invocou para fundamentar a sua pretensão perante a outra parte. Você, como
advogado(a) especializado(a) em Direito Internacional, foi procurado(a) pela sociedade
para avaliar a validade de invocar a lei estrangeira no caso em tela. Sobre a hipótese
apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) A alegação de lei estrangeira pelos litigantes viola a ordem pública.
Comentário: Afirmação falsa. Não há qualquer previsão legal nesse sentido.
B) A parte que invocar a lei estrangeira provar-lhe-á o texto e a vigência, se assim o juiz
determinar diante do seu desconhecimento daquela.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 14 do Decreto-Lei nº 4.657/1942
(Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), não conhecendo a lei estrangeira,
poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. No mesmo sentido, o
art. 376 do CPC/2015: “a parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar”.
C) A alegação de lei estrangeira pelos litigantes depende da concordância da parte
contrária.
Comentário: Afirmação falsa. Inexiste previsão legal nesse sentido.
D) Ao juiz é vedado transferir o encargo de comprovar o teor e a vigência da lei estrangeira
à parte.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 14 do Decreto-Lei nº 4.657/1942 (Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro), bem como art. 376 do CPC/2015, o juiz pode
determinar, à parte que alegar direito estrangeiro, que lhe prove o teor e a vigência (vide
comentário à alternativa B).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 14 do Decreto-Lei nº 4.657/42, DIR: art. 376 do CPC/2015.
Previsão: Q08 (Exame XII)
Como estava no nosso APP:

Questão: O juiz, não conhecendo a lei estrangeira, poderá exigir de quem a invoca prova
do texto e da vigência.

Afirmação verdadeira. Conforme art. 14 do Decreto-Lei nº 4.657/1942 (Lei de Introdução


às Normas do Direito Brasileiro), não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir
de quem a invoca prova do texto e da vigência.
MATÉRIA: DIREITO INTERNACIONAL
TEMA: DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
GABARITO: A
22 - Um jato privado, de propriedade de empresa inglesa, causou um acidente ao colidir
com uma aeronave comercial brasileira em território nacional, provocando várias mortes,
entre passageiros e tripulantes. A família de uma das vítimas brasileiras propõe uma ação
contra a empresa inglesa no Brasil, formulando pedido de reparação por danos materiais e
morais. A empresa ré alega que a competência para julgar o caso é da justiça inglesa. Sobre
a hipótese apresentada, segundo o direito brasileiro, assinale a afirmativa correta.
A) O acidente ocorreu no Brasil e, assim, a justiça brasileira é competente para julgá-lo.
Comentário: Alternativa correta. Nos termos do art. 21, III, do CPC/2015, compete à
autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que o fundamento seja fato
ocorrido ou ato praticado no Brasil.
B) A ré é uma empresa estrangeira que não opera no Brasil, o que impede a justiça brasileira
de julgar o caso.
Comentário: Afirmação falsa. Mesmo que a empresa estrangeira não mantenha
operações no Brasil, compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações
em que o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil (art. 21, III, do
CPC/2015).
C) A justiça brasileira é competente para julgar o caso, porque a vítima é brasileira.
Comentário: Afirmação falsa. Ainda que a vítima não seja brasileira, a competência da
autoridade judiciária brasileira para processar e julgar o caso deve ser observada, uma vez
que o fundamento da ação diz respeito a fato ocorrido ou ato praticado no Brasil (art. 21,
III, do CPC/2015).
D) O caso deve ser remetido por carta rogatória à justiça inglesa, a quem cabe julgá-lo.
Comentário: Afirmação falsa. A competência para processar e julgado o caso é da
autoridade judiciária brasileira, conforme comentários às alternativas anteriores.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 21 do CPC/2015.
Previsão: Q01 (Exame II), Q17 (Exame VII), Q44 (Exame XXIV).
Como estava no nosso APP:

Questão: Jogador de futebol de um importante time espanhol e titular da seleção


brasileira é filmado por um celular em uma casa noturna na Espanha, em avançado
estado de embriaguez. O vídeo é veiculado na internet e tem grande repercussão no
Brasil. Temeroso de ser cortado da seleção brasileira, o jogador ajuíza uma ação no Brasil
contra o portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. Nesse caso, o juiz
brasileiro terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil.

Afirmação verdadeira. De acordo com o inciso III art. 21 do CPC/2015, compete à


autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que o fundamento seja fato
ocorrido ou ato praticado no Brasil, exatamente o que ocorreu no caso em tela, em que
o vídeo divulgado na internet teve grande repercussão no Brasil, gerando danos à
imagem do atleta.

MATÉRIA: DIREITO FINANCEIRO


TEMA: INTRODUÇÃO AO DIREITO FINANCEIRO
GABARITO: C
23 - Em um determinado ano, diante de grave impasse entre o Poder Executivo federal e o
Congresso Nacional, o que vem dificultando a aprovação das leis orçamentárias, e em face
da relevância e urgência em autorizar a realização de uma série de despesas públicas, o
chefe do Poder Executivo avalia a hipótese de adotar Medidas Provisórias para legislar
sobre o tema, especialmente sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento
anual, abertura de créditos suplementares, especiais e extraordinários. Diante desse
cenário, à luz da CRFB/88, assinale a afirmativa correta.
A) A Medida Provisória pode ser usada apenas para abrir crédito suplementar ou especial
voltado a atender a despesas de saúde e educação.
Comentário: Afirmação falsa. Medida provisória em matéria orçamentária só pode ser
editada para abertura de crédito extraordinário voltado ao atendimento de despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, conforme art. 62, §1º, I, “d”, c/c art. 167, §3º, da CF/88.
B) A instituição da lei de diretrizes orçamentárias e da lei do orçamento anual, em caso de
urgência e relevância, pode ser feita por Medida Provisória, mas não a instituição do Plano
Plurianual.
Comentário: Afirmação falsa. Não é possível a instituição da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei do orçamento anual por Medida Provisória, mesmo em caso de
urgência e relevância. É possível, apenas, a abertura de crédito extraordinário para atender
a despesas imprevisíveis e urgentes, conforme comentário à alternativa C.
C) A abertura de crédito extraordinário por meio de Medida Provisória somente será
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública.
Comentário: Alternativa correta. Não é possível a edição de medida provisória em
matéria orçamentária, exceto para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (crédito extraordinário),
conforme art. 62, §1º, I, “d”, c/c art. 167, §3º, da CF/88.
D) A Medida Provisória para dispor sobre qualquer matéria orçamentária, pode ser editada,
desde que haja relevância e urgência, e que seja aprovada pelo Congresso Nacional no
prazo de 60 (sessenta) dias.
Comentário: Afirmação falsa. É vedada a edição de medida provisória em matéria
orçamentária, salvo para atender a despesas imprevisíveis e urgentes (crédito
extraordinário), como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública
(art. 62, §1º, I, “d”, c/c art. 167, §3º, da CF/88).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 62 da CF/88, DIR: art. 167 da CF/88.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: É expressamente vedada a adoção de medidas provisórias sobre matéria


relativa diretrizes orçamentárias, sem exceção.

Afirmação falsa. Em regra, não é possível a edição de medida provisória em matéria


orçamentária, exceto para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (crédito extraordinário),
conforme art. 62, §1º, I, “d” c/c art. 167, §3º, da CF/88.

MATÉRIA: DIREITO FINANCEIRO


TEMA: ORÇAMENTO PÚBLICO
GABARITO: A
24 - O deputado federal José, por meio das emendas individuais impositivas
constitucionalmente previstas que a ele competem, deseja destinar recursos para o
Município Alfa. Contudo, deseja fazê-lo por meio de repasses diretos ao referido Município,
independentemente de celebração de convênio ou de instrumento congênere. Assinale a
opção que indica o instrumento constitucional que ele deve adotar.
A) Transferência especial.
Comentário: Alternativa correta. Nos termos do art. 166-A, I, da CF/88, as emendas
individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar
recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de transferência especial.
Na transferência especial os recursos serão repassados diretamente ao ente federado
beneficiado, independentemente de celebração de convênio ou de instrumento congênere
(art. 166-A, §2º, I, da CF/88).
B) Transferência com finalidade definida.
Comentário: Afirmação falsa. Na transferência com finalidade definida os recursos devem
estar vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar. O instrumento que
atende à necessidade do parlamentar, no caso do enunciado, é a transferência especial,
conforme comentário à alternativa A.
C) Transferência individual.
Comentário: Afirmação falsa. Não existe previsão legal nesse sentido. Vide comentário à
alternativa A.
D) Transferência extraordinária.
Comentário: Afirmação falsa. O instrumento que atende à necessidade do parlamentar,
no caso do enunciado, é a transferência especial, conforme comentário à alternativa A.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 166-A da CF/88.
Previsão: Questão Inédita
Como estava no nosso APP:

Questão: De acordo com a CF/88, as emendas individuais impositivas apresentadas ao


projeto de lei orçamentária anual são concretizadas por meio de transferência especial
ou transferência com finalidade definida.

Afirmação verdadeira. Nos termos do art. 166-A, I e II, da CF/88, as emendas individuais
impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar recursos a
Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: I - transferência especial; ou II -
transferência com finalidade definida.

MATÉRIA: DIREITO TRIBUTÁRIO


TEMA: EXECUÇÃO FISCAL
GABARITO: C
25 - João e José receberam um imóvel residencial situado no Município Alfa por herança
de seus pais. Em janeiro de 2017, com autorização de José (menor de idade), seu irmão e
tutor João (maior de idade), assina como único locador um contrato de aluguel do referido
imóvel com Joaquim, com prazo determinado de 3 (três) anos, constando cláusula expressa
de que o locatário será o único responsável pelo pagamento de todos os impostos e taxas
do imóvel locado, exonerando o locador de tal obrigação. Em dezembro de 2021, João e
José são surpreendidos com uma ação de execução fiscal movida em face de ambos pelo
Município Alfa para cobrança do IPTU do imóvel locado referente a todo o exercício fiscal
de 2018. Diante desse cenário e à luz do Código Tributário Nacional, a ação de execução
fiscal
A) somente poderia ter sido ajuizada em face de Joaquim, único devedor do IPTU, conforme
cláusula expressa contratual.
Comentário: Afirmação falsa. Conforme disposto no art. 123 do CTN, salvo disposições
de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo
pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Por esse
motivo, para o Fisco, o responsável pelo pagamento do IPTU será sempre o locador,
independentemente do que tenha sido pactuado no contrato de locação. Dessa forma, se
houver atraso no pagamento pelo locatário, o Fisco cobrará sempre o proprietário do
imóvel.
B) somente poderia ter sido ajuizada em face de João, único que figurou no contrato como
locador e dotado de capacidade tributária e processual.
Comentário: Afirmação falsa. A capacidade tributária passiva diz respeito à aptidão para
realizar o fato gerador, sendo, em matéria tributária, irrelevantes as regras sobre
capacidade do direito civil, conforme disposto no art. 126 do CTN. Assim, a ação poderia
ter sido ajuizada em face de João e José, ainda que menor de idade.
C) foi corretamente ajuizada, uma vez que João e José respondem pelo tributo devido,
ainda que este último seja menor de idade.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 123 do CTN, salvo disposições de
lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento
de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Por esse motivo, para o Fisco,
o responsável pelo pagamento do IPTU será sempre o locador, independentemente do que
tenha sido pactuado no contrato de locação. Dessa forma, se houver atraso no pagamento
pelo locatário, o Fisco cobrará sempre o proprietário do imóvel. Ademais, a capacidade
tributária passiva diz respeito à aptidão para realizar o fato gerador, sendo, em matéria
tributária, irrelevantes as regras sobre capacidade do direito civil, conforme disposto no art.
126 do CTN.
D) não podia ter sido ajuizada por já estar o crédito tributário prescrito.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 174 do CTN, a ação para a cobrança do
crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva,
o que não ocorreu no caso apresentado pelo enunciado.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 123 do CTN, DIR: art. 126 do CTN, IND: art. 174 do CTN.
Previsão: Q100 (Exame XXIV), Q07 (Exame II), Q166 (Exame XXXVII).
Como estava no nosso APP:

Questão: Maria é proprietária de uma casa e a alugou para Jorge que, por força do
contrato, deve pagar o IPTU do imóvel. Nesse caso, Jorge passa a ser, para todos os
efeitos legais e jurídicos, o sujeito passivo da obrigação tributária correspondente a tal
tributo.

Afirmação falsa. De acordo com o art. 123 do CTN, salvo disposições de lei em contrário,
as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo
das obrigações tributárias correspondentes. Por esse motivo, para o Fisco, o responsável
pelo pagamento do IPTU será sempre o locador, independentemente do que tenha sido
pactuado no contrato de locação.

MATÉRIA: DIREITO TRIBUTÁRIO


TEMA: IMPOSTOS EM ESPÉCIE
GABARITO: D
26 - No ano de 2022, os sindicatos de enfermeiros e de médicos do Estado Alfa firmaram
convenção coletiva de trabalho (CCT) com os hospitais daquele estado para que a
remuneração paga pelo trabalho realizado nos plantões em final de semana passasse a ter
a nomenclatura de “indenização de plantões”. Assim, não seria mais necessária a retenção
na fonte do respectivo Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF) quanto a esta
parcela, aumentando, como consequência, o valor líquido de salário que os médicos e
enfermeiros receberiam mensalmente. O médico João, que sempre cumpriu corretamente
suas obrigações tributárias, preocupado com o decidido naquela CCT, procura o seu
advogado para emitir um parecer sobre aquela situação. Diante desse cenário, à luz do
Código Tributário Nacional, assinale a afirmativa correta.
A) Em razão da natureza indenizatória que esta verba passou a ter, o IRPF não incide sobre
tal parcela.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o art. 43, § 1º, do CTN, a incidência do
imposto de renda (IRPF) independe da denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de
percepção.
B) Embora não tenha caráter indenizatório, sobre tal parcela não haverá incidência de IRPF
por se tratar de uma decisão tomada em convenção coletiva de trabalho (CCT).
Comentário: Afirmação falsa. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), no caso
apresentado pelo enunciado, não possui qualquer relevância para fins tributários, havendo
a incidência do IRPF sobre a parcela cuja denominação foi alterada.
C) Uma vez que se trata de classificação de verbas estabelecida por convenção coletiva de
trabalho (CCT), que tem força de lei, haverá hipótese de isenção tributária de IRPF, a qual
não se confunde com a não incidência.
Comentário: Afirmação falsa. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não pode
estabelecer isenção tributária, sendo devida a incidência do IRPF sobre a parcela cuja
denominação foi alterada
D) Deverá ser retido na fonte o IRPF sobre as verbas com a nova denominação
“indenização de plantões”, pois a incidência do imposto sobre a renda independe da
denominação do rendimento.
Comentário: Alternativa correta. O Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF) tem,
como fato gerador, a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda ou dos
proventos. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da
forma de percepção (art. 43, § 1º, do CTN).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 43 do CTN.
Previsão: Q143 (Exame XXXII)
Como estava no nosso APP:

Questão: Rodrigo mudou-se para outro país, mas não comunicou tal fato à Secretaria da
Receita Federal do Brasil. Assim, quaisquer rendimentos por ele auferidos no estrangeiro
deverão ser declarados e tributados no Brasil.
Afirmação verdadeira. Considerando que Rodrigo não fez a Declaração de Saída
Definitiva, ainda é considerado residente fiscal no Brasil, devendo, portanto, declarar os
valores recebidos no exterior e pagar o Imposto de Renda devido. Nesse sentido, o art.
43, § 1º, do CTN: "a incidência do imposto independe da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da
forma de percepção".

MATÉRIA: DIREITO TRIBUTÁRIO


TEMA: LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
GABARITO: A
27 - Um grupo de empresários da área têxtil decidiu criar um sindicato dos empregadores
daquele setor, para fins de representação e defesa dos interesses da categoria econômica.
Na assembleia geral ordinária constitutiva da instituição e para elaboração do estatuto
social, surgiu a dúvida a respeito da possibilidade de obtenção da imunidade tributária sobre
o patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais. Presente uma equipe de
advogados, estes são incitados a se manifestarem a respeito. Diante desse cenário,
assinale a afirmativa correta.
A) Não há previsão constitucional para imunidade tributária de impostos de sindicato de
empregadores.
Comentário: Alternativa correta. Consoante disposição contida no art. 150, VI, “c”, da
CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos trabalhadores.
Tal imunidade tributária, no entanto, não se aplica aos sindicatos de empregadores.
B) O setor têxtil se trata de categoria econômica que não permite o enquadramento na
imunidade tributária de impostos dos sindicatos.
Comentário: Afirmação falsa. Não há previsão constitucional nesse sentido. Vide
comentário à alternativa A.
C) Tal sindicato faz jus à imunidade tributária de impostos, desde que exerça suas
atividades sem finalidade lucrativa e atenda ao requisito de não distribuição de qualquer
parcela do seu patrimônio ou renda.
Comentário: Afirmação falsa. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/88,
diz respeito apenas ao patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos
trabalhadores, não se aplicando aos sindicatos de empregadores. Vide comentário à
alternativa A.
D) Desde que os recursos provenientes das contribuições associativas sejam aplicados
exclusivamente na sua área de atuação e vinculados a suas finalidades essenciais, tal
sindicato poderá gozar da imunidade tributária de impostos.
Comentário: Afirmação falsa. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/88,
diz respeito apenas ao patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos
trabalhadores, não se aplicando aos sindicatos de empregadores. Vide comentário à
alternativa A.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 150 da CF/88.
Previsão: Questão inédita. O tema “imunidade tributária” já foi cobrado diversas
vezes, mas é a primeira vez que uma questão aborda o conteúdo do art. 150, IV, “c”,
da CF/88 (imunidade tributária de sindicato profissional).
Como estava no nosso APP:

MATÉRIA: DIREITO TRIBUTÁRIO


TEMA: TRIBUTOS
GABARITO: D
28 - Diante da calamidade pública decretada pela União, por força da pandemia da “Gripe-
22XY”, foi editada a Lei Ordinária Federal nº XX/2022, de 01/05/2022, estabelecendo sua
vigência e eficácia imediata, instituindo empréstimo compulsório para atender a despesas
extraordinárias na área sanitária para enfrentamento da pandemia. Diante desse cenário,
a instituição e a cobrança do empréstimo compulsório
A) podem ser feitas, por cumprir o requisito constitucional de ser voltada a “atender a
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública”.
Comentário: Afirmação falsa. Os empréstimos compulsórios podem ser instituídos, pela
União, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência. No entanto, tal medida deve ser adotada mediante lei
complementar (art. 148, I, da CF/88).
B) são válidas, por atenderem ao princípio da legalidade tributária.
Comentário: Afirmação falsa. O empréstimo compulsório não poderia ter sido instituído
por lei ordinária, mas complementar (art. 148, I, da CF/88). Vide comentário à alternativa D.
C) desrespeitam o princípio da anterioridade tributária nonagesimal.
Comentário: Afirmação falsa. A instituição e a cobrança do empréstimo compulsório, no
caso, são inválidas, uma vez que a medida deveria ter sido adotada mediante lei
complementar. Vide comentário à alternativa D.
D) violou a exigência de ser veiculada mediante Lei Complementar.
Comentário: Alternativa correta. A União pode instituir empréstimos compulsórios para atender
a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência, no entanto, deve fazê-lo mediante lei complementar, conforme art. 148, I, da CF/88.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 148 da CF/88.
Previsão: Q05 (Exame XIII), Q43 (Exame VII), Q129 (Exame XXIX), Q147 (Exame
XXXIII).
Como estava no nosso APP:

Questão: A Assembleia Legislativa do Estado Alfa, castigado por chuvas torrenciais


que causaram graves enchentes, aprovou lei complementar estadual de iniciativa
parlamentar que instituiu empréstimo compulsório sobre a aquisição de veículos
automotores no território estadual, vinculando os recursos obtidos ao combate dos
efeitos das enchentes. Nesse caso, o empréstimo compulsório foi regularmente
constituído.

Afirmação falsa. De início, registra-se Estados não podem instituir empréstimos


compulsórios. O empréstimo compulsório é tributo transitório de competência exclusiva
da União, podendo ser criado apenas mediante lei complementar nas hipóteses
expressamente previstas no art. 148 da CF/88.

MATÉRIA: DIREITO TRIBUTÁRIO


TEMA: OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
GABARITO: C
29 - O Estado Alfa notificou João em 05/05/2022 para, no prazo legal de 30 dias, pagar ou
impugnar sua dívida de IPVA referente aos anos de 2020 e 2021. Este, por sua vez, quedou-
se inerte e deixou transcorrer o referido prazo sem nada fazer. Logo em seguida, em
15/06/2022, a Secretaria de Fazenda do Estado Alfa, nos termos da legislação, encaminhou
a Certidão de Dívida Ativa (CDA) devidamente inscrita em seus registros para o Cartório de
Protesto de Títulos local, que expediu intimação ao devedor para pagamento da obrigação
tributária, com os acréscimos legais e emolumentos cartorários. João, preocupado com as
repercussões decorrentes do protesto extrajudicial da CDA em seu nome, sobretudo em
relação aos órgãos de proteção ao crédito, como o Serasa e o Serviço de Proteção ao
Crédito – SPC, consulta você, como advogado(a). Diante desse cenário, assinale a
afirmativa correta.
A) Tal protesto viola o sigilo fiscal do contribuinte e cria um dano ao seu nome, honra e
imagem.
Comentário: Afirmação falsa. O protesto extrajudicial das certidões de dívida ativa é ato
perfeitamente válido (art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei nº 9.492/97). Vide comentário
à alternativa C.
B) Por não se tratar de um ato de natureza tributária, tal protesto será admissível apenas
para a cobrança da dívida não tributária.
Comentário: Afirmação falsa. O protesto extrajudicial das certidões de dívida ativa é ato
perfeitamente válido, nos termos do art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei nº 9.492/97.
C) Ao possuir previsão legal expressa, não se consubstanciando em uma sanção ilegítima,
o ato de protesto é válido.
Comentário: Alternativa correta. O protesto extrajudicial é o ato formal e solene pelo qual
se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida
ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas
autarquias e fundações públicas (art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei nº 9.492/97).
D) Embora se admita tal protesto, não se autoriza a inserção do nome de João nos
cadastros de órgãos de proteção ao crédito.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 29, caput, da Lei nº 9.492/97, os cartórios
fornecerão às entidades representativas da indústria e do comércio ou àquelas vinculadas
à proteção do crédito, quando solicitada, certidão diária, em forma de relação, dos protestos
tirados e dos cancelamentos efetuados.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 1º da Lei nº 9.492/97.
Previsão: Q104 (Exame XXIV)
Como estava no nosso APP:

Questão: A pessoa jurídica A declarou débitos de Imposto sobre a Renda (IRPJ) que, no
entanto, deixaram de ser quitados. Diante do inadimplemento da contribuinte, a União
promoveu o protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA) decorrente da regular constituição
definitiva do crédito tributário inadimplido. Nesse caso, o protesto da CDA é regular, por
se tratar de instrumento extrajudicial de cobrança com expressa previsão legal.

Afirmação verdadeira. O protesto, ato formal e solene pelo qual se prova a


inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida, pode ser promovido em face de certidões de dívida ativa da União,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e
fundações públicas, conforme expressamente previsto no art. 1º, parágrafo único, da Lei
nº 9.492/1997, cuja constitucionalidade foi confirmada pelo STF na ADI 5135.

MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO


TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO
GABARITO: D
30 - No ano de 2020, o Município Alfa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou
concurso público para o cargo de médico. Não obstante a inexistência de previsão legal, no
curso do certame, a Secretaria de Saúde incluiu como fase do concurso exame psicotécnico
e eliminou diversos candidatos. O candidato Antônio apresentou os requerimentos
administrativos cabíveis para tentar reverter a decisão, mas não obteve êxito. Assim sendo,
Antônio ajuizou reclamação constitucional junto ao Supremo Tribunal Federal, julgada
procedente com base na Súmula Vinculante nº 44, do STF, que dispõe “Só por lei se pode
sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”, tendo a Suprema
Corte dado ciência à autoridade prolatora do ato ilegal e ao órgão competente para o
julgamento do recurso. No ano de 2022, a Secretaria Municipal de Saúde publicou edital de
novo concurso público, agora para o cargo de enfermeiro. Mantida a inexistência de lei
prevendo o exame psicotécnico, mais uma vez, o Município Alfa incluiu o mencionado
exame em fase do concurso e o mesmo Secretário Municipal eliminou do certame a
candidata Maria. Na qualidade de advogado(a) de Maria, com base na Lei nº 9.784/99,
integralmente aplicável ao Município Alfa por força de lei local, você deve
A) impetrar mandado de segurança, observado o prazo decadencial de 180 (cento e oitenta
dias), pleiteando a anulação de todo concurso, em razão de descumprimento de súmula
vinculante do STF.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 23 da Lei nº 12.016/2009, o prazo para
impetração do mandado de segurança é de 120 dias.
B) ajuizar ação popular, requerendo a nomeação de Maria e a condenação do Secretário
Municipal de Saúde por crime de responsabilidade, pela inobservância reiterada de súmula
vinculante do STF.
Comentário: Afirmação falsa. A situação apresentada pelo enunciado não se enquadra
em quaisquer das hipóteses previstas para o cabimento da Ação Popular (art. 1º da Lei nº
4.717/1965).
C) propor ação anulatória do ato de eliminação de Maria e de afastamento cautelar do
Secretário Municipal de Saúde, pelo prazo de um ano, como medida punitiva pelas
ilegalidades praticadas que afrontaram o interesse público.
Comentário: Afirmação falsa. Tratando-se de decisão administrativa que contraria
enunciado da súmula vinculante, é cabível pedido de revisão à autoridade prolatora da
decisão impugnada, nos termos do art. 56, §3º, da Lei nº 9.784/99.
D) manejar pedido de reconsideração ao Secretário de Saúde, lhe alertando de que, em
razão do julgamento de anterior reclamação pelo STF em caso semelhante, deve adequar
sua decisão ao julgado da Suprema Corte, sob pena de responsabilização pessoal nas
esferas cível, administrativa e penal.
Comentário: Alternativa correta. Nesse sentido, o §3º do art. 56 da Lei nº 9.784/99, verbis:
“Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar,
explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade
ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 56 da Lei nº 9.784/99, IND: art. 23 da Lei nº 12.016/2009,
IND: art. 1º da Lei nº 4.717/1965.
Previsão: Questão inédita. O tema “recurso administrativo” já foi cobrado diversas vezes,
mas é a primeira vez que uma questão aborda o conteúdo do art. 56, §3º, da Lei nº 9.784/99
(pedido de reconsideração em face de decisão que contraria enunciado da súmula
vinculante).
Como estava no nosso APP:
MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO
TEMA: LICITAÇÃO
GABARITO: A
31 - A Secretaria de Fazenda do Estado Alfa acabou de adquirir novos computadores, que
substituíram os antigos equipamentos que serviam aos agentes públicos lotados no órgão.
Sendo assim, os antigos equipamentos, que ainda funcionam, estão sem qualquer utilidade
na pasta, razão pela qual o Secretário de Fazenda instaurou processo administrativo,
visando à sua alienação. No bojo do citado processo, ficou consignada a existência de
interesse público devidamente justificado para a alienação dos equipamentos, assim como
já foi realizada sua avaliação. A sociedade empresária Sigma possui interesse em adquirir
os computadores e, em consulta a seu advogado, foi informada de que, consoante dispõe
a Lei nº 14.133/21, a alienação desses bens da Secretaria de Fazenda do Estado Alfa, em
regra.
A) dependerá de licitação na modalidade leilão.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 6º, XL, da Lei nº 14.133/2021, a
modalidade leilão é utilizada para a “alienação de bens imóveis ou de bens móveis
inservíveis ou legalmente apreendidos a quem oferecer o maior lance”. É a modalidade
adotada quando a Administração Pública pretende alienar um bem móvel ou imóvel que
não lhe serve ou que foi objeto de apreensão, pouco importando o valor ou natureza do
bem.
B) exigirá autorização legislativa e dependerá de licitação na modalidade concorrência.
Comentário: Afirmação falsa. Para alienação de bens imóveis ou de bens móveis
inservíveis pela Administração Pública, a modalidade prevista é o leilão (art. 6º, XL, da Lei
nº 14.133/2021).
C) será promovida mediante inexigibilidade de licitação, observados o interesse social e os
critérios de oportunidade e conveniência.
Comentário: Afirmação falsa. Deve ser adotada, no caso, licitação na modalidade leilão.
D) deverá ocorrer mediante prévia licitação, em modalidade compatível com o valor da
avaliação dos equipamentos.
Comentário: Afirmação falsa. Quando a Administração Pública pretende alienar um bem
móvel ou imóvel que não lhe serve ou que foi objeto de apreensão, deve adotar licitação na
modalidade leilão, independentemente do valor ou da natureza do bem
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 6º da Lei nº 14.133/2021.
Previsão: Questão inédita. Q130 (Exame XXII) e Q224 (Exame XXXVIII).
Como estava no nosso APP:

Questão: Para alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis pela


Administração Pública, a modalidade prevista é o leilão.
Afirmação verdadeira. Quando a Administração Pública pretende alienar um bem móvel
ou imóvel que não lhe serve ou que foi objeto de apreensão, deve adotar licitação na
modalidade leilão (art. 6º, XL, da Lei nº 14.133/2021).

MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO


TEMA: LICITAÇÃO
GABARITO: D
32 - O Município Ômega pretende alugar o imóvel de propriedade de João, pois suas
características de instalações e de localização tornam necessária sua escolha, uma vez
que se trata de um prédio de três andares situado ao lado do principal hospital municipal,
que, após as necessárias adaptações e investimentos, poderá sediar a Secretaria Municipal
de Saúde, cuja sede atual não mais comporta todos seus setores. Desta forma, o Município
Ômega instaurou processo administrativo, no bojo do qual já houve a certificação da
inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto pretendido,
bem como foram juntadas informações com as justificativas que demonstram a
singularidade do imóvel a ser locado pela Administração e que evidenciam vantagem para
ela. João, que tem interesse em alugar seu imóvel, foi procurado por agentes públicos da
Secretaria Municipal de Saúde para assinar o contrato administrativo, que será firmado
expressamente sob o regime jurídico da nova Lei de Licitações, mediante dispensa de
licitação e com valor compatível com o preço de mercado. Na qualidade de advogado(a)
contratado por João, você lhe informou que, de acordo com a Lei nº 14.133/21, o contrato
administrativo de locação
A) pode ser assinado com fundamento na dispensa de licitação, desde que haja prévias
avaliação do bem e autorização do Prefeito Municipal.
Comentário: Afirmação falsa. Haverá dispensa de licitação quando, apesar de possível a
competição, o procedimento revela-se prejudicial ao interesse público. No caso do
enunciado, trata-se de hipótese de inexigibilidade de licitação, conforme comentário à
alternativa D.
B) deve ser assinado com fundamento na inexigibilidade de licitação, desde que haja
prévias avaliação do bem e autorização legal da Câmara Municipal.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o art. 74, § 5º, I a III, da Lei nº
14.133/2021, nos contratos de locação de imóvel cujas características de instalações
e de localização tornem necessária sua escolha, devem ser observados os seguintes
requisitos: I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de
adaptações, quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo de
amortização dos investimentos; II - certificação da inexistência de imóveis públicos
vagos e disponíveis que atendam ao objeto; III - justificativas que demonstrem a
singularidade do imóvel a ser comprado ou locado pela Administração e que
evidenciem vantagem para ela.
C) pode ser assinado com fundamento na dispensa de licitação, com avaliação prévia do
bem, do seu estado de conservação e estimativa dos custos de adaptações para atender
às necessidades de utilização da Secretaria Municipal de Saúde.
Comentário: Afirmação falsa. Não se trata de hipótese de dispensa de licitação, mas de
inexigibilidade. Vide comentários às alternativa A e D.
D) deve ser assinado com fundamento na inexigibilidade de licitação, com avaliação prévia
do bem, do seu estado de conservação, dos custos de adaptações, quando imprescindíveis
às necessidades de utilização, e do prazo de amortização dos investimentos.
Comentário: Alternativa correta. Nos termos do art. 74, V, da Lei nº 14.133/2021, é
inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de aquisição ou
locação de imóvel cujas características de instalações e de localização tornem necessária
sua escolha. Ademais, em tal hipótese, observado o § 5º do mesmo artigo, devem ser
observados os seguintes requisitos: I - avaliação prévia do bem, do seu estado de
conservação, dos custos de adaptações, quando imprescindíveis às necessidades de
utilização, e do prazo de amortização dos investimentos; II - certificação da inexistência de
imóveis públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto; III - justificativas que
demonstrem a singularidade do imóvel a ser comprado ou locado pela Administração e que
evidenciem vantagem para ela.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 74 da Lei nº 14.133/2021
Previsão: Questão inédita
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Questão: Haverá dispensa do procedimento licitatório quando houver inviabilidade


objetiva de disputa.

Afirmação falsa. Tratando-se de inviabilidade objetiva de disputa, haverá inexigibilidade


do procedimento licitatório, nos termos do art. 74 da Lei n. 14.133/21.

MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO


TEMA: OUTROS TEMAS
GABARITO: C
33 - A sociedade empresária Alfa praticou ato lesivo à administração pública do Estado
Beta, pois, em matéria de licitações e contratos, obteve vantagem indevida, de modo
fraudulento, em sucessivas prorrogações de contrato administrativo, sem autorização legal,
no ato convocatório da licitação pública ou no respectivo instrumento contratual. Com a
devida orientação de seu advogado, visando obter isenção de sanções que provavelmente
lhe seriam aplicadas, a sociedade empresária firmou com o Estado Beta acordo de
leniência. No caso em tela, nos termos da chamada Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/13), a
celebração do citado acordo isentará a sociedade empresária Alfa da proibição de receber
incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos na forma prevista na lei, bem
como da sanção de
A) multa civil, e reduzirá à metade a obrigação de ressarcimento dos danos ao erário.
Comentário: Afirmação falsa. A pessoa jurídica, no caso, estará isenta da sanção de
publicação extraordinária da decisão condenatória, além de ter reduzida, em até 2/3, o valor
da multa aplicável, conforme comentário à alternativa C.
B) obrigação de ressarcimento ao erário e da medida de suspensão ou interdição parcial
de suas atividades.
Comentário: Afirmação falsa. A pessoa jurídica, no caso, estará isenta da sanção de
publicação extraordinária da decisão condenatória, além de ter reduzida, em até 2/3, o valor
da multa aplicável, conforme comentário à alternativa C.
C) publicação extraordinária da decisão condenatória e reduzirá, em até 2/3 (dois terços),
o valor da multa aplicável.
Comentário: Alternativa correta. Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas
jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos na Lei nº 12.846/2013,
dentre outras, as seguintes sanções: multa e publicação extraordinária da decisão
condenatória (art. 6º, I e II). No entanto, de acordo com o art. 16, § 2º, da mesma lei, a
celebração de acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções de proibição de
receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos na forma prevista na
lei, de publicação extraordinária da decisão condenatória, além de reduzir em até 2/3 o
valor da multa aplicável.
D) multa administrativa, e condicionará a manutenção das atividades da pessoa jurídica à
adoção de programa de integridade, no prazo de 90 (noventa) dias da assinatura do acordo.
Comentário: Afirmação falsa. A pessoa jurídica, no caso, estará isenta da sanção de
publicação extraordinária da decisão condenatória, além de ter reduzida, em até 2/3, o valor
da multa aplicável, conforme comentário à alternativa C.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 6º da Lei nº 12.846/2013, DIR: art. 16 da Lei nº 12.846/2013.
Previsão: Questão inédita. Obs.: o tema já foi cobrado, indiretamente, na Q173
(Exame XXIX), mas apenas em relação à redução da multa decorrente do acordo de
leniência.
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Questão: A sociedade empresária ‘’A’’ praticou um ato lesivo à Administração Pública de


um país estrangeiro, atentando contra os compromissos internacionais assumidos pelo
Brasil no âmbito do combate à corrupção. Em razão disso, as autoridades brasileiras
querem tomar as providências a fim de promover a responsabilização administrativa e/ou
judicial da pessoa jurídica por tais atos lesivos, em território nacional. Nesse caso, não é
possível a responsabilização administrativa e/ou judicial da empresa, mas apenas a de
seus sócios administradores.

Afirmação falsa. A Lei nº 12.846/2013 prevê a responsabilização das pessoas jurídicas


por atos lesivos à administração pública (art. 1º).
MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO
TEMA: CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
GABARITO: A
34 - Diante da necessidade de vultosos investimentos em infraestrutura e para atrair a
iniciativa privada, a União divulgou, pelos meios de comunicação, que pretende realizar
uma parceria público-privada, na modalidade concessão patrocinada, salientando que já
ficou caracterizado que cerca de 75% (setenta e cinco por cento) da remuneração do
parceiro privado deverá ser paga pela Administração. Tal notícia despertou o interesse da
sociedade Considera, que procurou a sua assessoria jurídica acerca da contratação
pretendida. Diante dessa situação hipotética, assinale a alternativa correta, à luz da Lei nº
11.079/2004.
A) A concessão patrocinada pretendida depende de autorização legislativa específica.
Comentário: Alternativa correta. Consoante disposto no art. 10, §3º, da Lei nº
11.079/2004, as concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da
remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública, dependerão de
autorização legislativa específica.
B) Acaso vença a licitação, a própria sociedade Considera poderá formalizar o respectivo
contrato administrativo para implantar e gerir o objeto da parceria.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o art. 9º, caput, da Lei nº 11.079/2004, antes
da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
C) A contraprestação da União no contrato em questão deverá ser realizada exclusivamente
por ordem bancária.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 6º, I a V, da Lei nº 11.079/2004, a
contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá
ser feita por: I – ordem bancária; II – cessão de créditos não tributários; III – outorga de
direitos em face da Administração Pública; IV – outorga de direitos sobre bens públicos
dominicais; V – outros meios admitidos em lei.
D) Não é possível que a União preste garantia das obrigações pecuniárias contraídas pela
Administração Pública.
Comentário: Afirmação falsa. Conforme previsto no art. 16, caput, da Lei nº 11.079/2004,
a União é autorizada a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de
reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP que terá por finalidade
prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros
públicos federais, distritais, estaduais ou municipais em virtude das parcerias de que trata
esta Lei.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 10 da Lei nº 11.079/2004, IND: art. 9º da Lei nº 11.079/2004,
IND: art. 6º da Lei nº 11.079/2004, IND: art. 16 da Lei nº 11.079/2004.
Previsão: Q174 (Exame XXIX)
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Questão: Independentemente da proporção da contrapartida do parceiro público frente


ao total da receita auferida pelo parceiro privado, não haverá necessidade de autorização
legislativa específica.

Afirmação falsa. Apenas as concessões patrocinadas em que mais de 70% da


remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de
autorização legislativa específica (art. 10, § 3º, da Lei nº 11.079/2004).

MATÉRIA: DIREITO AMBIENTAL


TEMA: PRINCÍPIOS DE DIREITO AMBIENTAL
GABARITO: B
35 - A sociedade empresária Alfa requereu licença ambiental para empreendimento
consistente em indústria de cimento que gera materiais particulados, que se instalaria em
determinada zona industrial já saturada. Durante o processo de licenciamento ambiental,
restou comprovado que o projeto apresentado comprometeria a capacidade de suporte da
área, causando grave poluição atmosférica. Diante dos riscos e impactos já de antemão
conhecidos, o órgão ambiental licenciador indeferiu o pedido de licença. Assinale a opção
que indica o princípio específico que embasou a decisão de negar a licença ambiental.
A) Precaução, que requer certeza científica conclusiva e segura sobre os impactos
ambientais.
Comentário: Afirmação falsa. Enquanto no princípio da prevenção os riscos nocivos já
são cientificamente conhecidos, no princípio da precaução não há certeza sobre a
ocorrência do dano, mas apenas elementos científicos suficientes para indicar a
probabilidade de sua ocorrência.
B) Prevenção, em que o risco é previamente conhecido e existe certeza a respeito da sua
ocorrência.
Comentário: Alternativa correta. O princípio da prevenção determina a adoção de
medidas prévias para inibir a ocorrência de danos ambientais já cientificamente conhecidos.
De acordo com referido princípio, não se pode esperar a ocorrência de um dano ambiental
para somente depois o Poder Público atuar, mesmo porque esses danos são muitas vezes
irreversíveis. As ações, portanto, devem ser direcionadas para inibir a ocorrência do dano
e não apenas para repará-lo, como no caso da elaboração dos estudos ambientais, que o
objetivam antecipar os riscos ambientais para preveni-los.
C) Desenvolvimento sustentável, que se relaciona à informação científica inconclusiva
quanto aos danos ambientais a serem causados.
Comentário: Afirmação falsa. O princípio do desenvolvimento sustentável consagra que
o desenvolvimento econômico e social não pode ser visto isoladamente, mas sim em
harmonia com a preservação do meio ambiente. Não se trata do caso apresentado no
enunciado.
D) Poluidor-pagador, que evidenciou que o perigo de dano ambiental era certo com
elementos seguros para concluir que a atividade é efetivamente perigosa.
Comentário: Afirmação falsa. O princípio do poluidor-pagador determina a necessidade
de se responsabilizar financeiramente o poluidor pela degradação ambiental, seja de forma
preventiva ou reparatória. Não se trata do caso apresentado no enunciado.
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Q11 (Exame X), Q63 (Exame XXXIII).
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Questão: O estudo prévio de impacto ambiental está concretizado no princípio da


prevenção.

Afirmação verdadeira. O princípio da prevenção representa a antecipação de medidas


para evitar a ocorrência de danos ambientais, cujos impactos já são conhecidos pela
ciência, exatamente a função do Estudo Prévio de Impacto ambiental.

MATÉRIA: DIREITO AMBIENTAL


TEMA: RESPONSABILIDADE PELO DANO AMBIENTAL
GABARITO: C
36 - O engenheiro ambiental João foi contratado pelo empreendedor Alfa para coordenar
uma equipe multidisciplinar durante a elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA),
referente a empreendimento que causará relevantes impactos ambientais. João também foi
contratado para representar o empreendedor junto ao órgão ambiental licenciador, inclusive
recebendo procuração para impulsionar o processo administrativo de requerimento de
licença. Com intuito de esconder os reais impactos ambientais do empreendimento, e sem
que os demais profissionais que participaram dos estudos do EIA tivessem ciência, João,
de forma dolosa, elaborou e apresentou, no licenciamento ambiental, estudo de impacto
ambiental parcialmente enganoso, por omissão. Diante da conduta de João, foi emitida
licença ambiental sem as devidas condicionantes, de maneira que houve dano significativo
ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação incompleta e enganosa por ele
apresentada ao órgão ambiental. De acordo com a Lei nº 9.605/98, em matéria de
responsabilidade penal, assinale a afirmativa correta.
A) João não praticou crime ambiental, pois não existe crime ambiental omissivo, mas deve
ser responsabilizado na esfera ambiental, em âmbito cível e administrativo.
Comentário: Afirmação falsa. João atuou de forma dolosa e comissiva. A omissão
mencionada no enunciado diz respeito ao fato de ele não ter registrado, no EIA, os reais
impactos ambientais do empreendimento. Destarte, o engenheiro ambiental praticou o
crime ambiental previsto no art. 69-A da Lei nº 9.605/98, conforme comentário à alternativa
C.
B) João não realizou conduta que configure crime ambiental, pois não é o empreendedor,
que deve responder, como pessoa jurídica, nas esferas criminal, cível e administrativa.
Comentário: Afirmação falsa. João praticou o crime ambiental previsto no art. 69-A da Lei
nº 9.605/98, conforme comentário à alternativa C.
C) João cometeu crime ambiental, e a pena deve ser aumentada, porque houve dano
significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação incompleta e
enganosa por ele apresentada ao órgão ambiental.
Comentário: Alternativa correta. O engenheiro ambiental praticou o crime ambiental
previsto no art. 69-A da Lei nº 9.605/98, verbis: “Elaborar ou apresentar, no licenciamento,
concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou
relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: Pena -
reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Além disso, de acordo com o §2º do mesmo
artigo, a pena deve ser aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) em decorrência do
dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa,
incompleta ou enganosa.
D) João incorreu em crime ambiental, e a pena deve ser diminuída, porque o responsável
pela elaboração e apresentação do EIA não é o empreendedor e sim, o profissional técnico.
Comentário: Afirmação falsa. João cometeu crime ambiental com causa de aumento de
pena, conforme comentário à alternativa C.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 69-A da Lei nº 9.605/98.
Previsão: Questão inédita. O tema “crime ambiental” já foi cobrado em exames
anteriores, mas é a primeira vez que uma questão aborda o conteúdo do art. 69-A da
Lei nº 9.605/98.
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MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: DIREITO DE FAMÍLIA
GABARITO: C
37 - Júlio Cesar e Thayane foram casados por 8 anos e tiveram 2 filhos. Como a
separação foi amigável, o casal achou melhor não realizar qualquer medida judicial,
acordando verbalmente o valor da pensão alimentícia que seria paga em benefício dos
menores, bem como o esquema de convivência parental. Entretanto, 3 anos após a
separação, Thayane resolveu reajustar o valor da pensão alimentícia. O que não foi
aceito por Júlio Cesar. Como não conseguiram alcançar um acordo, já que Júlio Cesar
não pagou os valores solicitados, Thayane decidiu suspender o contato do pai com os
filhos. Sem poder ter contato com os filhos, Júlio Cesar procura você, como
advogado(a), a fim de receber sua orientação. Assinale a opção que indica,
corretamente, sua orientação.
A) A medida adotada por Thayane está correta, pois a mãe tem autonomia para suspender
o contato do pai que não cumpre com seus deveres de prestar alimentos, resguardando,
dessa forma, a proteção necessária ao desenvolvimento biopsíquico dos menores.
Comentário: Afirmação falsa. Thayane não pode impedir o contato de Júlio Cesar com os
filhos, conforme explicado na alternativa “d”.
B) Thayane pode impedir o contato de Júlio Cesar com o filho, já que, após a separação, o
exercício da autoridade familiar é exclusivo da mãe, que tem o dever de garantir os direitos
das crianças e dos adolescentes.
Comentário: Afirmação falsa. Thayane não pode impedir o contato de Júlio Cesar com os
filhos, conforme explicado na alternativa “d”.
C) Thayane não pode impedir a convivência de Júlio Cesar com os filhos em razão do não
pagamento da pensão alimentícia nos valores que foram pleiteados, pois
independentemente das questões pendentes com relação aos alimentos, a convivência dos
filhos com os pais é um direito fundamental.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 1.634 do Código Civil, compete a
ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder
familiar, que consiste em, quanto aos filhos no exercício da guarda unilateral ou
compartilhado. Desse modo, Thayane não pode impedir o contato de Júlio Cesar com os
filhos.
D) Thayane não pode impedir o contato de Júlio Cesar com os filhos, já que, tanto os
alimentos, quando a guarda e convivência parental jamais foram regularizadas
judicialmente, limitando-se o casal a um acordo verbal.
Comentário: Afirmação falsa. Independentemente das questões pendentes com relação
aos alimentos, a convivência dos filhos com os pais é um direito fundamental.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 1.634 do CC.
Previsão: Questão inédita.
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MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES
GABARITO: D
38 - Marcelo alugou um cavalo do haras Galopante para, com ele, disputar uma corrida no
dia 15, comprometendo-se a devolvê-lo no dia seguinte à corrida (dia 16). Entretanto,
Marcelo se afeiçoou pelo animal e não o devolveu no prazo estipulado, usando-o para
passeios em sua fazenda. O haras, com isso, deixou de alugar o animal para outro jóquei
que pretendia correr com ele no dia 18 e já o havia reservado. Para completar, no dia 20,
em um dos passeios com Marcelo, o cavalo se assustou com uma cobra e sofreu uma
queda. No acidente, fraturou a perna e teve que ser sacrificado. Diante disso, assinale a
opção que indica os prejuízos que o haras Galopante pode exigir de Marcelo devido à falta
do cavalo.
A) Deve ser incluído o aluguel que deixou de receber do outro jóquei, mas não o
equivalente do animal, porque Marcelo ficou liberado da responsabilidade pela
impossibilidade da prestação a partir do dia 20, eis que decorrente de caso fortuito.
Comentário: Afirmação falsa. Devem ser incluídos tanto o aluguel que deixou de receber
do outro jóquei como o equivalente pecuniário do cavalo
B) Devem ser excluídos tanto o aluguel que receberia do outro jóquei, por se tratar de dano
hipotético, como o equivalente do animal, pois Marcelo ficou liberado da responsabilidade
pela impossibilidade da prestação a partir do dia 20, eis que decorrente de caso fortuito.
Comentário: Afirmação falsa. Devem ser incluídos tanto o aluguel que deixou de receber
do outro jóquei como o equivalente pecuniário do cavalo
C) Deve ser incluído o equivalente pecuniário do cavalo, tendo em vista a responsabilidade
de Marcelo pela impossibilidade da prestação enquanto estava em mora, mas excluído o
aluguel que receberia do outro jóquei, por se tratar de dano hipotético.
Comentário: Afirmação falsa. Deve ser incluído também o aluguel, conforme explicado
na alternativa “d”.
D) Devem ser incluídos tanto o aluguel que deixou de receber do outro jóquei como o
equivalente pecuniário do cavalo, tendo em vista a responsabilidade de Marcelo pela
impossibilidade da prestação, enquanto estava em mora.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 239 do CC, se a coisa se perder
por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. Além disso,
o art. 399 do CC estabelece que o devedor em mora responde pela impossibilidade da
prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria
ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Assim, Marcelo deve
responder pelo valor do aluguel e o equivalente ao valor pecuniário do cavalo.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 239 do CC.
Previsão: Q55 (X Exame)
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Questão: “A” empresta um carro para “B”, celebrando contrato de comodato. Antes da
data combinada para a restituição, “B” se envolve em acidente de trânsito por ultrapassar
o sinal vermelho, o que acarretou a destruição total do carro. Nesse caso, “B” deverá
pagar o valor do carro para “A”, mas sem perdas e danos.
Afirmação falsa. No caso em análise, “B” deverá pagar o valor do carro para “A”, com
perdas e danos (art. 239 do CC).

MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
GABARITO: B
39 - Luan, conduzindo seu automóvel em velocidade acima da permitida, colidiu
violentamente contra o veículo em que estavam Felipe, com 10 anos de idade, e seus pais,
Paulo, com 45 anos de idade, e Juliana, com 38 anos. Em razão do acidente, Felipe sofreu
ferimentos graves, só recebendo alta hospitalar após seis meses. Paulo e Juliana faleceram
no acidente. Pedro, tio de Felipe, foi nomeado seu tutor, função que exerceu até a
maioridade de Felipe. Ao completar 18 anos de idade, Felipe ajuizou ação indenizatória em
face de Luan, buscando reparação pelos danos morais sofridos em razão do acidente, bem
como o ressarcimento de despesas médicas. A respeito do caso acima narrado, assinale a
afirmativa correta.
A) A pretensão ressarcitória de Felipe não está prescrita, eis que exercida no prazo
quinquenal, cujo termo inicial é a data em que Felipe alcançou a maioridade civil.
Comentário: Afirmação falsa. A pretensão ressarcitória de Felipe não está prescrita, já que
não corre prescrição contra o absolutamente incapaz, (artigo 198, I, do CC).
B) A pretensão de Felipe não está prescrita, pois o termo inicial do prazo trienal é a data
em que Felipe completou 16 anos.
Comentário: Alternativa Correta. A pretensão da reparação civil ocorre em 3 anos (artigo
206, §3°, do CC) e não corre prescrição contra o absolutamente incapaz, (artigo 198, I, do
CC). Desse modo, a pretensão de Felipe não está prescrita, pois o termo inicial do prazo
trienal é a data em que Felipe completou 16 anos.
C) Luan e Felipe poderão convencionar que o prazo prescricional aplicável à pretensão de
Luan é de dez anos.
Comentário: Afirmação falsa. Os prazos prescricionais não podem ser alterados por
acordo das partes (art. 192 do CC).
D) É vedado a Luan renunciar à eventual prescrição que lhe beneficie.
Comentário: Afirmação falsa. O art. 191 do Código Civil estabelece que é possível a
renúncia da prescrição.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 206 do CC, DIR: art. 198 do CC.
Previsão: Q55 (X Exame)
Como estava no nosso APP:

Questão: Jorge foi atropelado por Vitor, em 02/02/2016. Em razão desse evento, Jorge
sofreu danos morais, materiais e estéticos, os quais surgiram e foram percebidos por ele
imediatamente após o acidente. Tempos depois, em 31/01/2022, Jorge procurou você,
como advogado(a), e disse que pretendia ajuizar uma ação de reparação contra Vitor.
Sobre a hipótese apresentada, você deverá informar para Jorge que a pretensão está
prescrita, tendo em vista o prazo de 5 anos ao qual se vincula a pretensão de reparação
civil extracontratual.

Afirmação falsa. De acordo com o art. 206, § 3º, inciso V, do CC, a pretensão de
reparação civil prescreve em 3 anos.

MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: CONTRATOS
GABARITO: D
40 - Ana comprou de Miguel um carro usado, por R$ 60.000,00, e combinou de fazer o
pagamento à vista, por PIX. Ocorre que, na hora de digitar a chave PIX de Miguel – seu
número de celular –, Ana errou um dígito, e acabou enviando o pagamento, por
coincidência, para uma pessoa chamada José Miguel. Ao receber o comprovante, Miguel
alertou a compradora para o equívoco. Ana, então, entrou imediatamente em contato com
José Miguel por telefone, pedindo a restituição do valor transferido. Em seguida,
encaminhou notificação extrajudicial, requerendo a restituição do valor. José Miguel,
todavia, esquivou-se de fazê-lo, o que levou Ana a procurar você, como advogado, para
orientá-la sobre o problema. Sobre a orientação dada, assinale a afirmativa correta.
A) O fato narrado configura doação de Ana a José Miguel, que ela somente poderia discutir
por meio de ação anulatória, provando algum dos defeitos dos negócios jurídicos.
Comentário: Afirmação falsa. Não houve doação e sim pagamento indevido.
B) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no pagamento, deve
o réu ser condenado a restituir à autora apenas a quantia nominal indevidamente recebida.
Comentário: Afirmação falsa. O réu ser condenado a restituir a quantia indevidamente
recebida, com os acréscimos da mora, desde a data do fato, bem como eventuais
rendimentos que José Miguel tenha auferido por ter investido o montante, vez que se
considera possuidor de má-fé, conforme explicado na alternativa “d”.
C) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no pagamento,
deve o réu ser condenado a restituir à autora a quantia indevidamente recebida, com os
acréscimos da mora, desde a data do fato, cabendo a ele, todavia, eventuais rendimentos
que tenha auferido por ter investido o montante.
Comentário: Afirmação falsa. José Miguel deve restituir também eventuais rendimentos
auferidos por ter investido o montante, vez que se considera possuidor de má-fé.
D) Em eventual ação de Ana contra José Miguel, provando a autora o erro no pagamento,
deve o réu ser condenado a restituir a quantia indevidamente recebida, com os acréscimos
da mora, desde a data do fato, bem como eventuais rendimentos que José Miguel tenha
auferido por ter investido o montante, vez que se considera possuidor de má-fé.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 876 do CC, todo aquele que
recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir. Além disso, de acordo com o art.
878 do CC, aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em
pagamento indevido, aplica-se o disposto neste Código sobre o possuidor de boa-fé ou de
má-fé, conforme o caso.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 876 do CC, DIR: art. 878 do CC.
Previsão: Questão Inédita.
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Questão: Otávio foi surpreendido com um depósito bancário feito em sua conta por
pessoa desconhecida. Nesse caso, não há previsão legal no Código Civil obrigando-o a
devolver o valor recebido, mas apenas a previsão de crime de apropriação indébita, caso
não o faça.

Afirmação falsa. O Código Civil possui previsão expressa no sentido de que todo aquele
que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir (art. 876).

MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: DIREITO DE FAMÍLIA
GABARITO: C
41 - Devido às consequências da pandemia, Gabriel Cervantes teve graves problemas
financeiros e profissionais, levando ao consumo de álcool de forma excessiva diariamente,
sendo considerado pelos médicos como ébrio habitual. Rosa Torres, sua esposa,
desesperada com a condição do marido e pela situação financeira da família, procura você,
como advogado(a), desejando saber a respeito da possibilidade de curatela. Informa a
esposa que o casal tem dois filhos absolutamente incapazes e os pais do marido
encontram-se vivos. Comunica ainda que o casal não se encontra separado de fato. Sobre
a hipótese, segundo o sistema jurídico brasileiro, assinale a afirmativa correta.
A) O alcoolismo por si só não conduz à curatela, devendo a esposa demonstrar a
prodigalidade do marido.
Comentário: Afirmação falsa. Estão sujeitos a curatela os ébrios habituais (art. 1.767, III,
do CC).
B) Em eventual curatela, os pais terão prioridade no exercício em relação à esposa, que só
poderá ser designada curadora na desistência dos pais.
Comentário: Afirmação falsa. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou
de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito (art. 1.775 do CC).
C) A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado,
enquanto não houver a maioridade ou a emancipação.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 1.778 do CC, a autoridade do
curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado.
D) A interdição do ébrio habitual só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar
quitação, alienar ou hipotecar seu patrimônio, podendo praticar livremente os demais atos
da vida civil.
Comentário: Afirmação falsa. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador,
emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e
praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração (art. 1.782 do CC).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 1.778 do CC, IND: art. 1.782 do CC, IND: 1.775 do CC.
Previsão: Questão Inédita.
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MATÉRIA: DIREITO CIVIL


TEMA: DIREITOS REAIS
GABARITO: D
42 - Vítor contraiu empréstimo perante uma instituição bancária e ofereceu, como garantia
da dívida, a hipoteca sobre um bem imóvel dele. Considerando essa situação hipotética,
assinale a afirmativa correta.
A) Vítor poderá alienar o imóvel hipotecado, salvo se o contrato de empréstimo vedar a
alienação, cláusula que é considerada válida.
Comentário: Afirmação falsa. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel
hipotecado (art. 1.475 do CC).
B) Vítor poderá alienar o imóvel hipotecado, mas a alienação implicará o vencimento
automático do empréstimo, independentemente de previsão no contrato.
Comentário: Afirmação falsa. A alienação não implicará o vencimento automático do
empréstimo.
C) Vítor não poderá alienar o imóvel hipotecado, porque isso resultaria em conduta
contrária à boa-fé objetiva.
Comentário: Afirmação falsa. Vitor pode alienar o imóvel hipotecado (art.1.475 do CC).
D) Caso Vítor realize melhoramentos no imóvel após a constituição da hipoteca, eles
integrarão a garantia real em prol da instituição bancária.
Comentário: Alternativa correta. Conforme o art. 1.474 do Código Civil, a hipoteca
abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 1.474 do CC, IND: art. 1.475 do CC
Previsão: Q11 (Exame II da OAB).
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MATÉRIA: ECA
TEMA: TUTELA JURISDICIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
GABARITO: B
43 - Carlos e Joana, pais da criança Paula, estão dissolvendo sua união estável, ainda
sem judicialização, detendo Joana a guarda de fato de Paula enquanto não
regularizados os regimes de visitação ou compartilhamento da guarda. Por razões
profissionais, Carlos mudou-se para o município contíguo ao da residência de Joana e
Paula. Ocorre que Carlos, estando insatisfeito com algumas decisões de Joana sobre
a vida da criança, e não mais conseguindo ajustar amistosamente tais questões,
precipitou o ajuizamento de processo para regulamentação da guarda e
pensionamento, no Juízo da comarca em que está residindo. Joana procura você,
como advogado(a), para representá-la, reclamando de ter que se defender em outra
cidade. Com base no enunciado acima, sobre a questão da competência, assinale a
orientação que você, corretamente, daria à Joana.
A) O juízo da residência de Carlos é tão competente quanto o da residência de Joana, eis
que apenas quando da definição da guarda – que é o que se está pretendendo – a
competência passa a ser do foro do guardião judicialmente definido.
Comentário: Afirmação falsa. A competência, no caso, é do Juízo da comarca onde se
encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
B) A competência para este processo de regulamentação de guarda e pensão incumbe ao
Juízo da comarca de residência de Paula, e não de Carlos, pois a guarda de fato já basta
para tal fixação.
Comentário: Alternativa correta. Da leitura do inciso II do art. 147 do ECA, verifica-se que
a competência para o processo de regulamentação de guarda é do Juízo da comarca onde
se encontra a criança: “Art. 147 - A competência será determinada: (...) II - pelo lugar onde
se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável”.
C) A competência será sempre definida em razão daquele que primeiro postular
judicialmente a regulamentação da guarda.
Comentário: Afirmação falsa. No caso apresentado pelo enunciado, a competência é do
Juízo da comarca onde se encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
D) A guarda é irrelevante para fins de determinação da competência, devendo ser processado o
feito em razão do melhor interesse da criança, seja qual for o foro inicialmente escolhido.
Comentário: Afirmação falsa. Ainda que, de fato, o processo deva tramitar em razão do
melhor interesse da criança, a competência, no caso apresentado pelo enunciado, é do
Juízo da comarca onde se encontra a criança (art. 147, II, do ECA).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 147 do ECA.
Previsão: Questão inédita.
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Questão: As ações judiciais previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente são de


competência do juízo do local do domicílio dos pais ou responsáveis da criança ou do
adolescente envolvido.

Afirmação falsa. A competência, nas ações judiciais previstas no ECA, nem sempre será
a do juízo do local do domicílio dos pais ou responsáveis. De acordo com o art. 147 do
ECA, a competência será determinada: a) pelo domicílio dos pais ou responsável ou b)
pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável
(incisos I e II). Além disso, nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do
lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção
(§ 1º).

MATÉRIA: ECA
TEMA: DIREITOS FUNDAMENTAIS
GABARITO: B
44 - Eduardo adotou Bernardo, criança de dois anos, regularmente e de forma unilateral,
tornando-se seu pai. Quando Bernardo completou três anos, Eduardo, infelizmente, faleceu
vítima de um infarto. Eduardo não deixou parentes conhecidos. Maria, a mãe biológica de
Bernardo, sempre se arrependeu de tê-lo enviado à adoção. Sabendo do ocorrido e ciente
de que não há o restabelecimento do vínculo de poder familiar, pelo fato de ter ocorrido a
morte do adotante, Maria o procura, como advogado(a), para buscar uma solução que
permita que Bernardo volte a ser seu filho. Assinale a opção que apresenta a solução
proposta.
A) A mãe biológica, infelizmente, não tem ao seu alcance qualquer medida para
restabelecer o vínculo de parentalidade com Bernardo.
Comentário: Afirmação falsa. A mãe biológica pode se candidatar à adoção, conforme
comentário à alternativa B.
B) A mãe biológica deverá se candidatar à adoção de Bernardo, da mesma forma e pelos
mesmos procedimentos que qualquer outro candidato.
Comentário: Alternativa correta. Conforme dispõe o art. 41, caput, do ECA, “a adoção
atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os
impedimentos matrimoniais”. Assim, a mãe biológica que queira restabelecer o vínculo
de poder familiar deve se candidatar à adoção, sendo que, para o deferimento do
pedido, devem ser observados os princípios da proteção integral e do melhor interesse
da criança, bem como o cumprimento de todos os requisitos legais (art. 42 e seguintes
do ECA).
C) A mãe biológica não poderá se candidatar à readoção de seu filho biológico, pois a
dissolução do vínculo familiar é perene.
Comentário: Afirmação falsa. De fato, como se trata de medida irrevogável, os laços
advindos da adoção são eternos, ou seja, não são rompidos nem com a morte dos pais
adotivos (art. 49 do ECA). No entanto, cumprindo os requisitos legais, a mãe biológica pode
se candidatar à adoção do filho anteriormente adotado por outrem (vide comentário à
alternativa B).
D) A inexistência de parentes do adotante falecido causa a excepcional restauração do
vínculo familiar com a mãe biológica, fugindo à regra geral.
Comentário: Afirmação falsa. A morte dos pais adotantes não reestabelece o poder
familiar dos pais biológicos, conforme previsto art. 49 do ECA.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 41 do ECA, DIR: art. 42 do ECA, IND: art. 49 do ECA.
Previsão: Jurisprudência
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Questão: A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e


deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes,
elidindo os impedimentos matrimoniais.

Afirmação falsa. Nos termos do art. 41 do ECA, a adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de
qualquer vínculo com pais e parentes, SALVO os impedimentos matrimoniais.

MATÉRIA: DIREITO DO CONSUMIDOR


TEMA: PRÁTICAS COMERCIAIS
GABARITO: C
45 - Adônis procurou você, como advogado(a), queixando-se de lhe ter sido negado crédito.
Informou que a recusa se baseou em uma pontuação baixa atribuída por meio do uso do
método para avaliação do risco de concessão de crédito, conhecido como sistema “escore
de crédito”. Disse que o método foi aplicado sem o seu consentimento prévio, bem como
explicou que não foram prestados esclarecimentos a respeito das fontes dos dados
considerados e nem das informações pessoais valoradas. A respeito desse assunto, à luz
das disposições do Código de Defesa do Consumidor sobre banco de dados e cadastro de
consumidores, assinale a afirmativa correta.
A) A realização de qualquer avaliação de risco para a concessão de crédito, com o objetivo
de criar sistema de escore do consumidor, deve ser sempre precedida do consentimento
do interessado no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Comentário: Afirmação falsa. A utilização de escore de crédito, que é um método
estatístico de avaliação de risco e que não constitui banco de dados, dispensa o
consentimento do consumidor (Súmula 550 do STJ).
B) A indicação ao consumidor das fontes dos dados considerados pelo fornecedor para o
cálculo do escore de crédito fica dispensada.
Comentário: Afirmação falsa. Em caso de utilização de escore de crédito, o consumidor
tem o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as
fontes dos dados considerados no respectivo cálculo (Súmula 550 do STJ).
C) O consentimento prévio do consumidor consultado é desnecessário, mas a ele deve ser
garantido o acesso às informações pessoais valoradas e às fontes dos dados considerados
no cálculo do escore de crédito.
Comentário: Alternativa correta. Nos termos da Súmula 550 do STJ: “A utilização de
escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não constitui banco de
dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar
esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados
considerados no respectivo cálculo”.
D) As informações pessoais valoradas são de autonomia do fornecedor e não precisam ser
conhecidas pelo consumidor, pois são confidenciais.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o entendimento consubstanciado na
Súmula 550 do STJ, “a utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de
risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá
o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes
dos dados considerados no respectivo cálculo”.
REFERÊNCIA: JURISPRUDÊNCIA, DIR: Súmula 550 do STJ.
Previsão: Questão inédita.
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MATÉRIA: DIREITO DO CONSUMIDOR


TEMA: OUTROS TEMAS
GABARITO: B
46 - Em viagem realizada do Rio de Janeiro para os Estados Unidos, em janeiro de 2023,
Luan e Vanessa tiveram uma de suas malas extraviada, tendo sofrido um prejuízo
quantificado em cerca de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Acionada, a empresa aérea
alegou que sua responsabilidade estava limitada ao teto previsto na Convenção de Varsóvia
e que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) não era aplicável à hipótese, por se tratar
de transporte internacional. Considerando a jurisprudência predominante no Supremo
Tribunal Federal, no que toca ao tema das indenizações por danos materiais decorrentes
de extravio de bagagens de viajantes no transporte aéreo, assinale a afirmativa correta.
A) O CDC é sempre aplicável, independentemente de se tratar de um voo internacional ou
doméstico, não sendo possível que qualquer tratado ou convenção internacional limite o
valor das indenizações cabíveis, pois tal fato configuraria violação à soberania nacional.
Comentário: Afirmação falsa. As normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do
Consumidor (STF, Tema 210).
B) Nos voos internacionais prevalecem integralmente as limitações contidas em normativas
internacionais, como a Convenção de Varsóvia e a Convenção de Montreal, enquanto nos
voos domésticos aplica-se unicamente o CDC, não sendo aplicáveis as limitações contidas
naquelas convenções.
Comentário: Alternativa correta. Adota-se, para os casos de extravio de bagagens em voos
internacionais, a tese fixada pelo STF, em sede de repercussão geral, no “Tema 210 - Limitação
de indenizações por danos decorrentes de extravio de bagagem com fundamento na Convenção
de Varsóvia” (Leading Case: RE 636331): “Nos termos do art. 178 da Constituição da República,
as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras
aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência
em relação ao Código de Defesa do Consumidor”.
C) Em se tratando de contrato de transporte aéreo, aplicam-se as limitações contidas nas
convenções internacionais tanto aos voos domésticos quanto aos voos internacionais.
Comentário: Afirmação falsa. Em se tratando de voos internacionais, as normas e os
tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em
relação ao Código de Defesa do Consumidor (STF, Tema 210). No caso de voos
domésticos, tem prevalência as normas do Código de Defesa do Consumidor.
D) As limitações contidas na Convenção de Varsóvia e na Convenção de Montreal somente
são aplicáveis quando explicitadas no contrato assinado pelo consumidor, em obediência
ao dever de informação exigido pelo CDC.
Comentário: Afirmação falsa. Na hipótese de voos internacionais, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros,
especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código
de Defesa do Consumidor (STF, Tema 210), independentemente de previsão contratual.
REFERÊNCIA: JURISPRUDÊNCIA
Previsão: Q39 (Exame XX)
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MATÉRIA: DIREITO EMPRESARIAL
TEMA: RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL
GABARITO: A
47 - Pedreira Anitápolis Ltda. está passando por sérias dificuldades de fluxo de caixa a curto
e médio prazo e não está conseguindo crédito no mercado financeiro para honrar seus
compromissos urgentes, em especial com credores trabalhistas e por acidentes de trabalho.
A sociedade empresária pretende elaborar um plano de recuperação extrajudicial para
apresentar a seus credores e negociar com eles sua aprovação. Sobre a pretensão de
submeter créditos trabalhistas e por acidentes de trabalho aos efeitos da recuperação
extrajudicial, assinale a afirmativa correta.
A) Os créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho podem ser incluídos no
plano de recuperação extrajudicial, mas, para a homologação, é necessária prévia
negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria funcional.
Comentário: Alternativa correta. Aplica-se, à hipótese, o disposto no art. 161, § 1º, da
Lei nº 11.101/2005, verbis: “Art. 161 - O devedor que preencher os requisitos do art.
48 desta Lei poderá propor e negociar com credores plano de recuperação
extrajudicial. §1º - Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos
existentes na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles
previstos no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos
créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva
com o sindicato da respectiva categoria profissional”.
B) Os créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho, à semelhança do que
ocorre com os créditos de natureza tributária, não podem ser incluídos no plano de
recuperação extrajudicial, por não se sujeitarem aos efeitos da recuperação extrajudicial.
Comentário: Afirmação falsa. Os créditos de natureza trabalhista e por acidentes de
trabalho podem ser incluídos no plano de recuperação extrajudicial. Vide comentário à
alternativa A.
C) Os créditos decorrentes de acidentes de trabalho, no limite máximo de 150 (cento e
cinquenta) salários mínimos por empregado, podem ser incluídos no plano de recuperação
extrajudicial, mas os créditos de natureza trabalhista não se sujeitam aos efeitos da
recuperação extrajudicial.
Comentário: Afirmação falsa. Tanto os créditos de natureza trabalhista quanto os
decorrentes de acidentes de trabalho podem ser incluídos no plano de recuperação
extrajudicial. Vide comentário à alternativa A.
D) Os créditos de natureza trabalhista podem ser incluídos no plano de recuperação
extrajudicial, mediante negociação coletiva prévia com o sindicato da respectiva categoria
funcional, mas os créditos decorrentes de acidentes de trabalho não se sujeitam aos efeitos
da recuperação extrajudicial.
Comentário: Afirmação falsa. Os créditos de natureza trabalhista e decorrentes de
acidentes de trabalho podem ser incluídos no plano de recuperação extrajudicial, mas, para
a homologação, é necessária prévia negociação coletiva com o sindicato da respectiva
categoria funcional.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 161 da Lei nº 11.101/2005.
Previsão: Questão inédita. O tema “recuperação extrajudicial” já foi cobrado em
exames anteriores, mas é a primeira vez que uma questão aborda o conteúdo do art.
161, § 1º, da Lei nº 11.101/2005.
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MATÉRIA: DIREITO EMPRESARIAL


TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO
GABARITO: B
48 - O empresário individual Valério Pavão deseja alterar a forma de exercício da sociedade
empresária, passando a admitir como sócios Jerônimo e Atílio, e mantendo a mesma
atividade e localização de seu estabelecimento. Sobre a mudança pretendida, assinale a
opção que apresenta as ações que Valério Pavão deverá executar.
A) Dissolver sua empresa individual e, após o encerramento da liquidação, constituir uma
sociedade com os sócios Jerônimo e Atílio.
Comentário: Afirmação falsa. Não é necessária a dissolução da empresa individual,
bastando, ao empresário individual, solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a
transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária (art.
968, §3º, do CC).
B) Solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de
empresário para registro de sociedade empresária.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 968, §3º, do CC, caso venha a
admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas
Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade
empresária.
C) Solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis o enquadramento de sua empresa
como microempresa para, em seguida, requerer a transformação do registro para
sociedade empresária.
Comentário: Afirmação falsa. Não há necessidade de enquadramento prévio como microempresa.
Basta que seja solicitada, ao Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro de
empresário para registro de sociedade empresária (art. 968, §3º, do CC).
D) Dissolver sua empresa individual e, no curso da liquidação e após o levantamento do
balanço patrimonial, constituir uma sociedade com os sócios Jerônimo e Atílio.
Comentário: Afirmação falsa. Não é necessária a dissolução da empresa individual,
bastando, ao empresário individual, solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a
transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária (art.
968, §3º, do CC).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 968 do CC.
Previsão: Q27 (Exame XI)
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Questão: Ana atua como empresária individual no ramo da confeitaria, sendo certo que,
se no curso da atividade empresarial ela vier a admitir algum sócio, poderá solicitar ao
Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário
para registro de sociedade empresária.

Afirmação verdadeira. Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar
ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário
para registro de sociedade empresária, conforme previsto no §3º do art. 968 do CC.

MATÉRIA: DIREITO EMPRESARIAL


TEMA: DIREITO SOCIETÁRIO
GABARITO: D
49 - Quatro professores, que dão aulas particulares, decidiram constituir uma sociedade
simples e chamaram para integrar a sociedade Belfort Pereira, empresário individual,
inscrito na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, sob a condição dele investir na
sociedade como sócio minoritário. Sobre as condições para o enquadramento de uma
sociedade simples como microempresa, assinale a afirmativa correta.
A) É lícito o enquadramento como microempresa apenas em razão da participação do sócio
Belfort Pereira no capital ser minoritária.
Comentário: Afirmação falsa. Não será possível o enquadramento como microempresa,
conforme explica o comentário à alternativa D.
B) O enquadramento como microempresa é exclusivo para as sociedades empresárias, de
modo que a sociedade simples está impedida.
Comentário: Afirmação falsa. As sociedades simples se enquadram no conceito de
microempresa, conforme disposto no art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006. Vide
comentário à alternativa D.
C) É facultado o enquadramento como microempresa porque todos os sócios são pessoas
naturais, independentemente da condição de empresário de um deles.
Comentário: Afirmação falsa. Não será possível o enquadramento como microempresa,
conforme explica o comentário à alternativa D.
D) É vedada a participação de pessoa física inscrita como empresário no capital de uma
sociedade enquadrada como microempresa.
Comentário: Alternativa correta. De início, cumpre ressaltar que as sociedades simples
se enquadram no conceito de microempresa, conforme disposto no art. 3º da Lei
Complementar nº 123/2006. No entanto, nos termos do §4º, III, do mesmo artigo, não serão
enquadradas no regime das microempresas as pessoas jurídicas de cujo capital participe
pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba
tratamento jurídico diferenciado.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 3º da LC nº 123/2006.
Previsão: Questão inédita. O art. 3º da LC nº 123/2006 já foi cobrado anteriormente,
no entanto, é a primeira vez que uma questão aborda o conteúdo do §4º, III, de
referido artigo.
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Questão: De acordo com a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, as


microempresas e as empresas de pequeno porte, quanto à forma jurídica, são empresário
individual, empresa individual de responsabilidade limitada, sociedade simples e
sociedade empresária, exceto por ações.

Afirmação verdadeira. Consoante art. 3º da LC nº 123/2006, consideram-se


microempresas ou empresas de pequeno porte, para efeitos da referida lei complementar,
"a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas".

MATÉRIA: DIREITO EMPRESARIAL


TEMA: CONTRATOS MERCANTIS
GABARITO: A
50 - Pastifício Ponte Serrada S/A celebrou contrato de comissão com Eloi Mendes para
aquisição de cereais. O negócio foi efetuado pelo comissário conforme as instruções
recebidas, mas a vendedora, Cerealista Campos Novos Ltda., ficou inadimplente na
entrega do produto. Considerando-se que o contrato de comissão celebrado entre Pastifício
Ponte Serrada S/A e Eloi Mendes não contém cláusula del credere, assinale a afirmativa
correta.
A) O comissário não responde perante o comitente pelo inadimplemento do vendedor
Cerealista Campos Novos Ltda., devendo o segundo suportar os prejuízos advindos.
Comentário: Alternativa correta. Nesse sentido, o art. 697 do CC: “O comissário não
responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do
artigo seguinte”. Já o art. 698 do CC, prevê que, apenas se do contrato de comissão constar
a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que
houver tratado em nome do comitente.
B) Tanto o comissário quanto o vendedor Cerealista Campos Novos Ltda. respondem
solidariamente perante o comitente pelos prejuízos advindos.
Comentário: Afirmação falsa. Nos termos do art. 698 do CC, apenas se do contrato de
comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as
pessoas com que houver tratado em nome do comitente.
C) Apenas o comissário responde perante o comitente pelos prejuízos advindos do
inadimplemento do vendedor Cerealista Campos Novos Ltda.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o art. 697 do CC, “o comissário não
responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do
artigo seguinte”.
D) O comissário e o vendedor Cerealista Campos Novos Ltda. respondem solidariamente
perante o comitente pelos prejuízos advindos, mas o primeiro apenas em caráter
subsidiário.
Comentário: Afirmação falsa. Considerando que o contrato de comissão não conta com
cláusula del credere, o comissário não responde solidariamente com as pessoas com que
houver tratado em nome do comitente (art. 698 do CC).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 697 do CC, DIR: art. 698 do CC.
Previsão: Q61 (Exame IV)
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Questão: A cláusula del credere é uma cláusula acessória ao contrato de comissão, no


qual o comissário assume o gravame de responder solidariamente pela insolvência das
pessoas com quem contratar em nome do comitente.

Afirmação verdadeira. A cláusula del credere é aquela que permite a responsabilidade


solidária do comissário em relação ao terceiro adquirente, conforme art. 698, do CC.

MATÉRIA: PROCESSO CIVIL


TEMA: SUJEITOS DO PROCESSO
GABARITO: B
51 - Em determinada demanda judicial cível é proferida sentença de procedência do pedido
autoral, com a condenação da sociedade empresária ré ao pagamento de determinado
valor a título de reparação por dano material. Com o trânsito em julgado, o autor inicia a
fase de cumprimento de sentença e, após alguns meses e diversas tentativas, sem
sucesso, de penhora de bens do réu, apresenta requerimento de instauração do incidente
de desconsideração da personalidade jurídica. Você, na condição de advogado(a), é
procurado(a) pelo réu, buscando saber sobre o incidente em questão. Assinale a opção que
apresenta, corretamente, sua orientação.
A) O referido incidente não é cabível no procedimento comum, sendo restrito ao âmbito da
execução fiscal de débitos tributários.
Comentário: Afirmação falsa. O incidente é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial. Entretanto, não haverá necessidade de instauração do incidente se a
desconsideração for requerida na inicial, pois, neste caso, o processo já nasce contra as
pessoas demandadas (art. 134 do CPC/2015).
B) A instauração do mencionado incidente suspende o processo e sua resolução se dá por
decisão interlocutória.
Comentário: Alternativa correta. A instauração do incidente suspenderá o processo e o
sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis
no prazo de 15 (quinze) dias. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será
resolvido por decisão interlocutória (arts. 135 e 136 do CPC/2015).
C) O incidente apontado não é cabível na fase de cumprimento de sentença, por não haver
título judicial formado em relação aos sócios cujo patrimônio se busca atingir.
Comentário: Afirmação falsa. O incidente é cabível na fase de cumprimento de sentença,
conforme explicado na alternativa “a”.
D) Instaurado o incidente no caso concreto, os sócios da sociedade ré devem ser intimados
para exercício de seu direito de defesa.
Comentário: Afirmação falsa. Os sócios deverão ser citados (e não intimados).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 135 do CPC/2015, DIR: art. 136 do CPC/2015.
Previsão: Questão Inédita. Não havia caído ainda questão exigindo o procedimento
do Incidente de Desconsideração da PJ (artigos 135 e 136 do CPC)
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Questão: O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.

Afirmação verdadeira. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é


cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e
na execução fundada em título executivo extrajudicial e, em regra, suspende o
andamento do feito (art. 134 do CPC/2015).
MATÉRIA: PROCESSO CIVIL
TEMA: TUTELA PROVISÓRIA
GABARITO: D
52 - Ademir Leone, servidor público aposentado, atualmente obtém sua maior fonte de
renda por meio da compra e venda de ações na bolsa de valores brasileira, tendo em vista
a perda do poder econômico de sua aposentadoria. Certo dia, ao tentar comprar ações na
bolsa de valores, recebe a notificação de que seu nome havia sido inscrito nos órgãos de
proteção ao crédito em razão do inadimplemento das parcelas de um empréstimo firmado
com o Banco Prata, e por isso a transação não poderia ser completada, bem como soube
que suas ações foram bloqueadas. Incrédulo com tal situação, pois nunca contratou com
tal banco, além de temer pelo sustento de sua família, Ademir procurou você, como
advogado(a), para saber da possibilidade de limpar seu nome o quanto antes, ajuizando
ação judicial, mas sem precisar esperar o fim do processo. Assinale a afirmativa que
apresenta, corretamente, a orientação que atende à pretensão do seu cliente,
A) Não existe essa possibilidade no direito brasileiro, o qual pauta-se no contraditório e na
ampla defesa, respeitando o devido processo legal, seguindo todas as fases processuais,
para que, somente ao final, seja dada uma decisão justa e equânime.
Comentário: Afirmação falsa. Existe sim a possiblidade, conforme explicado na alternativa “d”.
B) É possível que seja concedida a tutela de urgência, sendo desnecessário a
demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.
Comentário: Afirmação falsa. Para a concessão da tutela de urgência há necessidade
presença da probabilidade do direito e do perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (art. 300 do CPC).
C) Existe a possibilidade de que seja concedida a tutela de evidência, desde que
demonstrado o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Comentário: Afirmação falsa. Na tutela de evidência não há necessidade de
comprovação do perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (esses são
requisitos da tutela de urgência).
D) Há a possibilidade de que seja concedida a tutela de urgência, pois existem elementos que
evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Comentário: Alternativa correta. Para a concessão da tutela de urgência há necessidade
presença da probabilidade do direito e do perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (art. 300 do CPC).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 300 do CPC/2015
Previsão: Q114 (XIX Exame)
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Questão: Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito e comprovado o perigo


na demora da prestação jurisdicional, é vedado ao juiz exigir caução para a concessão
da tutela provisória.

Afirmação falsa. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode exigir caução,
podendo esta ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la, conforme art. 300, § 1º, do CPC/2015.

MATÉRIA: PROCESSO CIVIL


TEMA: PROCEDIMENTO COMUM
GABARITO: C
53 - Martina ajuizou ação pelo procedimento comum contra Marcela visando à indenização
milionária, oportunidade na qual informou na petição inicial que não tinha interesse na
audiência de conciliação. Após analisar a petição inicial, o MM. Juízo da 100ª Vara Cível da
Comarca de Florianópolis/SC determinou a citação de Marcela para comparecer em
audiência de conciliação, na forma do Art. 334 do Código de Processo Civil e,
eventualmente, apresentar contestação na forma do Art. 335 do mesmo diploma legislativo.
Após tomar conhecimento da ação indenizatória de Martina, Marcela apresentou petição
concordando com o pedido de cancelamento da audiência de conciliação e se reservando
o direito de apresentar contestação no prazo legal. Considerando que foram prestadas
todas as informações e apresentados todos os documentos necessários para a elaboração
da contestação, a ser apresentada no prazo de 15 dias, assinale a opção que indica o
momento em que se inicia a contagem desse prazo.
A) Da juntada nos autos do aviso de recebimento positivo do seu mandado de citação por
correios.
Comentário: Afirmação falsa. O prazo se inicia data do protocolo do pedido de
cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, conforme
explicado na alternativa “c”.
B) Da publicação da decisão do MM. Juízo da 100ª Vara Cível da Comarca de
Florianópolis/SC que cancelar a audiência de conciliação agendada no despacho citatório.
Comentário: Afirmação falsa. O prazo se inicia data do protocolo do pedido de
cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, conforme
explicado na alternativa “c”.
C) Do ato de protocolar o pedido de cancelamento da audiência de conciliação formulado
por Marcela.
Comentário: Alternativa correta. Conforme previsto no art. 335, II, do CPC/2015, quando
ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual,
o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo
inicial será a data do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu.
D) Da audiência de conciliação, uma vez que o Código de Processo Civil obriga a
realização desse ato processual, o qual não poderá ser cancelado por despacho do MM.
Juízo da 100ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis/SC.
Comentário: Afirmação falsa. O prazo se inicia data do protocolo do pedido de
cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, conforme
explicado na alternativa “c”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 335 do CPC/2015
Previsão: Questão inédita.
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MATÉRIA: PROCESSO CIVIL


TEMA: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
GABARITO: D
54 - Samuel ajuizou ação de exigir contas contra Maria, requerendo sua citação para
que as preste ou ofereça contestação, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Em sua
petição inicial, Samuel alegou que, por força de contrato de mandato, teria confiado a
administração de recursos próprios a Maria, que, no entanto, não prestou regularmente
contas de forma extrajudicial, conforme entre si acordado. Em que pese Maria tenha
oferecido contestação à ação, o juiz julgou procedente o pedido, condenando Maria a
prestar as contas, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Sobre a situação hipotética
descrita, assinale a afirmativa correta.
A) Caso Maria deixe de prestar as contas no prazo assinalado de 15 (quinze) dias úteis,
Samuel será intimado a apresentá-las, não podendo o juiz determinar a realização de
perícia para sua certificação.
Comentário: Afirmação falsa. O juiz pode determinar a realização de perícia, conforme
§6° do art. 550 do CPC.
B) Ainda que Maria deixe de prestar as contas no prazo assinalado de 15 (quinze) dias
úteis, lhe será lícito impugnar as contas que venham a ser apresentadas por Samuel.
Comentário: Afirmação falsa. Se Maria deixar de prestar as contas no prazo assinalado
de 15 (quinze) dias úteis, não poderá impugnar as contas que venham a ser apresentadas
por Samuel, conforme §5° do art. 550 do CPC.
C) Maria poderá interpor recurso de apelação contra a sentença, ao fundamento de que o
prazo previsto em lei para a prestação de contas é de 30 (trinta), e não 15 (quinze) dias
úteis, como assinalado pelo juiz.
Comentário: Afirmação falsa. O recurso cabível é agravo. Além disso, o prazo para
prestação de contas é de 15 dias, e não 30 dias.
D) Caso Maria venha a prestar as contas, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias úteis
assinalado pelo juiz e de forma adequada, especificando-se as receitas, a aplicação das
despesas e os investimentos, se houver.
Comentário: Alternativa correta. A decisão que julgar procedente o pedido condenará o
réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar
as que o autor apresenta (§5° do art. 550 do CPC). As contas do réu serão apresentadas
na forma adequada, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os
investimentos, se houver (art. 551 do CPC).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 550 do CPC.
Previsão: Questão Inédita (no Exame XXIII houve uma questão cobrando de forma
genérica a ação de prestação de contas, mas a primeira vez que é cobrado
especificamente o procedimento da ação).
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MATÉRIA: PROCESSO CIVIL


TEMA: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
GABARITO: D
55 - A General Food é uma reconhecida sociedade empresária britânica do ramo de
alimentos presidida, desde 2018, pelo brasileiro Rodrigo Bottas. Em 2021, o jornal
“Folha de Londres” publicou uma série de reportagens apontando irregularidades na
gestão de Rodrigo Bottas, que foi imediatamente afastado da sociedade empresária.
Ato contínuo, a General Food investigou as irregularidades suscitadas pelo jornal e,
após confirmá-las, instaurou arbitragem na Inglaterra para obter indenização pelos
prejuízos causados por seu antigo executivo. Após regular participação de Rodrigo
Bottas no referido procedimento, o Tribunal Arbitral proferiu sentença julgando
procedente o pedido indenizatório da General Food. Como Rodrigo Bottas não tinha
bens na Inglaterra, a General Food procurou um(a) advogado(a) para buscar
informações sobre a possibilidade de executar a sentença arbitral estrangeira no
Brasil. Na qualidade de advogado(a) da General Food, assinale a afirmativa correta.
A) A General Food deverá ajuizar ação de execução contra Rodrigo Bottas, uma vez que a
sentença arbitral estrangeira é título executivo judicial.
Comentário: Afirmação falsa. É necessária a homologação da decisão arbitral perante o
STJ antes da execução.
B) A General Food deverá instaurar arbitragem contra Rodrigo Bottas, uma vez que não
são admissíveis a homologação e a execução de sentença arbitral estrangeira no Brasil.
Comentário: Afirmação falsa. É possível a homologação e a execução de sentença
arbitral estrangeira no Brasil.
C) A General Food deverá ajuizar ação indenizatória contra Rodrigo Bottas, uma vez que
não são possíveis a homologação e a execução de sentença arbitral estrangeira no Brasil.
Comentário: Afirmação falsa. É possível a homologação e a execução de sentença
arbitral estrangeira no Brasil pelo STJ (art. 960, § 3º, do CPC).
D) A General Food deverá apresentar pedido de homologação da sentença arbitral
estrangeira contra Rodrigo Bottas antes de executar a referida decisão no Brasil.
Comentário: Alternativa correta. A decisão arbitral estrangeira se submete ao
procedimento de homologação perante o STJ (art. 960, § 3º, do CPC). Assim, a General
Food deverá apresentar pedido de homologação da sentença arbitral estrangeira contra
Rodrigo Bottas antes de executar a referida decisão no Brasil.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 960 do CPC.
Previsão: Questão Inédita
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Questão: A sentença estrangeira, inclusive a arbitral, somente é considerada título


executivo judicial após sua homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.

Afirmação verdadeira. Trata-se do previsto no art. 515, inciso VIII, do CPC/2015.

MATÉRIA: PROCESSO CIVIL


TEMA: PROCESSO DE EXECUÇÃO
GABARITO: D
56 - Stefano Carneiro, após ganhar indenização de R$ 60.000,00 em processo judicial
movido em face de Estevão Braga, inicia o cumprimento definitivo de sentença requerendo
ao juízo competente que intime o devedor para o pagamento da condenação. No prazo
para pagar, Estevão Braga reconhece o débito e solicita ao seu advogado que realize o
depósito de trinta por cento do valor da execução, acrescido de custas e de honorários do
advogado, e que o restante seja parcelado em seis parcelas mensais, acrescidas de
correção monetária e de juros de um por cento ao mês, pois soube que o Código de
Processo Civil permite ao devedor o parcelamento nessas condições. Na condição de
advogado(a) de Estevão Braga, assinale a afirmativa correta.
A) O parcelamento pretendido por Estevão é possível, independentemente da aceitação
do exequente, pois é um direito do executado.
Comentário: Afirmação falsa. O parcelamento não se aplica ao cumprimento de sentença
(art. 916, § 7º, do CPC).
B) O parcelamento pretendido por Estevão é possível, pois o reconhecimento do débito
ocorreu dentro no prazo para pagar.
Comentário: Afirmação falsa. O parcelamento não se aplica ao cumprimento de sentença
(art. 916, § 7º, do CPC).
C) O parcelamento pretendido por Estevão só é possível antes do início do cumprimento
de sentença.
Comentário: Afirmação falsa. O parcelamento não se aplica ao cumprimento de sentença
(art. 916, § 7º, do CPC).
D) O parcelamento pretendido por Estevão não se aplica ao cumprimento de sentença.
Comentário: Alternativa correta. O parcelamento previsto no art. 916 do CPC não se
aplica, por expressa previsão legal, ao cumprimento de sentença (§7° do art. 916).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 916 do CPC.
Previsão: Q132 (XXII Exame da OAB)
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Questão: Na fase de cumprimento de sentença, no prazo para impugnação,


reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do
valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado
poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais,
acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.

Afirmação falsa. O art. 916, § 7º, do CPC/2015, veda o parcelamento legal do valor da
execução nos casos de cumprimento de sentença, medida que só é possível em caso de
execução de título extrajudicial.

MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: APLICAÇÃO DA PENA
GABARITO: A
57 - João completou 20 anos e foi colocado em liberdade, após cumprir 3 anos de
internação por medida socioeducativa em razão da prática de atos infracionais análogos a
estupro e furto, conforme sentença proferida pelo Juizado da Infância e da Juventude de
sua Comarca. Ao ser solto da unidade de internação, foi preso em flagrante pela prática do
crime de roubo, sendo que João nunca respondeu por outros crimes. Para os fins deste
novo processo, assinale a afirmativa correta.
A) João é primário e com bons antecedentes, ante a inaptidão de atos infracionais serem
utilizados como circunstâncias judiciais ou induzir reincidência.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 63 do CP, verifica-se a reincidência
quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no
País ou no estrangeiro, o tenha condenado por CRIME anterior. Além disso, nos termos da
jurisprudência do STJ, os atos infracionais não podem ser considerados maus
antecedentes para a elevação da pena-base, tampouco para a reincidência.
B) João é reincidente e com maus antecedentes, ante a pluralidade de infrações pretéritas,
anteriores aos delitos de roubo.
Comentário: Afirmação falsa. Os atos infracionais não podem ser considerados para fins
de caracterização de reincidência, tampouco como maus antecedentes para a elevação da
pena-base (vide comentário à alternativa A).
C) João é tecnicamente primário, porém, com maus antecedentes, sendo este único efeito
possível gerado pela aplicação de medidas socioeducativas.
Comentário: Afirmação falsa. Os atos infracionais não podem ser considerados para fins
de caracterização de reincidência, tampouco como maus antecedentes para a elevação da
pena-base.
D) João é reincidente ou com maus antecedentes, pois não é possível que a reincidência
seja também considerada circunstância judicial, ainda que se tratem de condenações
distintas.
Comentário: Afirmação falsa. Os atos infracionais não podem ser considerados para fins
de caracterização de reincidência, tampouco como maus antecedentes para a elevação da
pena-base.
REFERÊNCIA: JURISPRUDÊNCIA, DIR: art. 63 do CP.
Previsão: Questão inédita.
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Questão: Ocorre reincidência quando o agente é condenado por decisão irrecorrível pela
prática de crime e, posteriormente, pratica novo crime ou nova contravenção.

Afirmação verdadeira. De acordo com o art. 63 do CP, a reincidência ocorre quando o


agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no país ou no
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. Referido dispositivo legal é, ainda,
complementado pelo art. 7º da Lei das Contravenções Penais que dispõe que “verifica-
se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em
julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer
crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção”.

MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: LEGISLAÇÃO ESPECIAL
GABARITO: B
58 - Maciel teve sua prisão temporária prolongada sem motivo justo e excepcionalíssimo,
por decisão de Xavier, diretor da unidade prisional em que Maciel estava custodiado.
Esgotado o prazo legal para que ele fosse posto em liberdade, Xavier ignorou dolosamente
o alvará de soltura por 5 (cinco) dias, com o objetivo de prejudicar Maciel, seu inimigo
declarado. Sobre o procedimento de Xavier, assinale a afirmativa correta.
A) Ele praticou o crime de corrupção passiva privilegiada.
Comentário: Afirmação falsa. Xavier cometeu crime de abuso de autoridade tipificado no
art. 12 da Lei nº 13.869/2019, conforme comentário à alternativa B.
B) Ele praticou o crime de abuso de autoridade.
Comentário: Alternativa correta. Xavier cometeu crime de abuso de autoridade tipificado
no art. 12 da Lei nº 13.869/2019, verbis: “Art. 12 - Deixar injustificadamente de comunicar
prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis)
meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: IV -
prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de
promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal”.
C) Ele praticou o crime de desobediência.
Comentário: Afirmação falsa. O crime praticado foi o de abuso de autoridade (art. 12 da
Lei nº 13.869/2019).
D) Não praticou crime algum, tendo em vista que o alvará de soltura foi cumprido.
Comentário: Afirmação falsa. Ao retardar, dolosamente, o cumprimento do alvará de
soltura, Xavier cometeu crime de abuso de autoridade, nos termos do art. 12 da Lei nº
13.869/2019.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 12 da Lei nº 13.869/2019.
Previsão: Questão inédita.
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MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: CRIMES CONTRA A PESSOA
GABARITO: B
59 - Pablo (13 anos) e Luís (19 anos), amigos de longa data, decidiram cometer suicídio.
Durante todo o período em que conversaram sobre o tema, sempre condicionaram a
realização do ato à presença de ambos, sendo certo que diariamente um instigava o outro
a praticar o ato. No dia combinado, os dois se dirigiram à principal ponte da cidade e se
posicionaram no vão central. Afastados um do outro, apenas se olharam para iniciar a
contagem até se jogarem. Os dois pularam ao mesmo tempo. Apesar de a altura ser a
mesma, Pablo ficou em coma por 90 dias no hospital e ao retornar teve diagnosticada a
sua tetraplegia, perdendo completamente os movimentos dos braços e das pernas. Luís,
por sua vez, sofreu apenas algumas escoriações. Sobre a participação de Luís no caso
narrado, assinale a afirmativa correta, conforme expressa previsão legal.
A) Deverá responder pelo crime de instigação ao suicídio qualificado pelo resultado morte.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o enunciado, a vítima Pablo não veio a
óbito, mas sofreu lesões corporais gravíssimas.
B) Será responsabilizado nas penas do crime de lesão corporal gravíssima.
Comentário: Alternativa correta. Em que pese a prática de conduta que se amolda ao tipo
penal do art. 122 do CP (induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio ou a automutilação),
considerando que a vítima Pablo era menor de 14 anos de idade, aplica-se, ao caso, o disposto
no § 6º do art. 122, verbis: “Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal
de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime
descrito no § 2º do art. 129 deste Código”.
C) Incidiu na conduta de tentativa de instigação ao suicídio.
Comentário: Afirmação falsa. Antes da publicação da Lei nº 13.968/19, para a
consumação do crime do art. 122, exigia-se que a vítima morresse ou sofresse no mínimo
lesão grave. Com a mudança legislativa, a mera instigação, induzimento ou auxílio ao
suicídio ou automutilação já consuma o crime (crime formal).
D) Não será responsabilizado, porque será beneficiado pelo instituto do perdão judicial,
independentemente de as consequências da infração o terem atingido de forma grave.
Comentário: Afirmação falsa. Conforme comentário à alternativa B, Luís responderá pela
prática do crime previsto no § 2º do art. 129 do CP, em relação ao qual não é cabível a
concessão de perdão judicial.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 122 do CP, DIR: art. 129 do CP
Previsão: Questão inédita.
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Questão: O crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio não depende da


ocorrência de resultado naturalístico

Afirmação verdadeira. A Lei nº 13.968/19 alterou o art. 122 do CP, de modo que o crime
de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio passou a ser crime formal, ou seja, não
depende da ocorrência de nenhum resultado.

MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
GABARITO: B
60 - Paulo estava desempregado, precisando de dinheiro, quando, dentro do metrô, avistou
uma mulher com a bolsa entreaberta e a carteira à mostra. Paulo decidiu pegar a carteira,
sem que ninguém visse. Durante a empreitada criminosa, Paulo inseriu a mão na bolsa da
mulher e segurou a carteira. Porém, com crise de consciência, Paulo decidiu por livre e
espontânea vontade não prosseguir na empreitada criminosa. Diante dos fatos narrados, é
correto afirmar que Paulo deve ser beneficiado pelo instituto do(a):
A) arrependimento posterior.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de hipótese de desistência voluntária. O
arrependimento posterior (art. 16 do CP) ocorre sempre e necessariamente após a consumação
(pressupõe crime consumado), sendo causa geral e obrigatória de diminuição de pena.
B) desistência voluntária.
Comentário: Alternativa correta. Na desistência voluntária (art. 15 do CP), o infrator, sem
esgotar os meios de execução (tentativa imperfeita), desiste voluntariamente de prosseguir
na execução do crime. Em outras palavras, o agente inicia a execução, mas o crime não é
consumado em razão da própria vontade do agressor.
C) tentativa.
Comentário: Afirmação falsa. O crime é considerado tentado quando, iniciada a
execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (art. 14, II, do
CP). No caso do enunciado, trata-se de desistência voluntária (art. 15 do CP).
D) arrependimento eficaz.
Comentário: Afirmação falsa. No arrependimento eficaz (art. 15, segunda parte, do CP)
o agente já esgotou todos os meios disponíveis para executar o crime (tentativa perfeita),
mas, posteriormente, toma providências para que o crime não seja consumado.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 15 do CP, IND: art. 16 do CP, IND: art. 14 do CP.
Previsão: Q04 (Exame III), Q106 (Exame XIX).
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Questão: Theodoro golpeou a barriga de seu rival, Valentim, com uma faca, com intenção
de matá-lo. Ocorre que Theodoro, percebendo a incorreção de seus atos, optou por não
mais continuar golpeando Valentim, apesar de saber que aquela única facada não seria
suficiente para matá-lo. Nesse caso, Theodoro responderá pelo crime de lesão corporal,
em virtude de sua desistência voluntária.

Afirmação verdadeira. Ao optar por não mais golpear a vítima, Theodoro desistiu
voluntariamente do resultado inicialmente pretendido (morte), motivo pelo qual, nos termos do
art. 15 do CP, responderá apenas pela conduta ilícita já praticada (lesão corporal).

MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: ANTIJURIDICIDADE
GABARITO: D
61 - Caio, lutador de MMA, estava na praia quando viu uma senhora ser agredida por um
terceiro. Caio foi em direção ao agressor e tentou persuadi-lo a parar com as agressões,
mas o agressor não deu ouvidos e continuou a agredir a senhora. Dessa forma, Caio não
viu outra alternativa a não ser desferir um soco no agressor para afastá-lo da senhora e
imobilizá-lo em seguida, até a chegada da polícia. Diante do exposto, a conduta de Caio
pode ser beneficiada pela exclusão da:
A) tipicidade em razão da coação física irresistível.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de hipótese de legítima defesa, conforme
comentário à alternativa D.
B) culpabilidade em razão da coação moral irresistível.
Comentário: Afirmação falsa. Trata-se de hipótese de legítima defesa (vide comentário à
alternativa D).
C) ilicitude em razão do exercício regular de um direito.
Comentário: Afirmação falsa. Não se trata de exercício regular de direito, mas de hipótese
de legítima defesa.
D) ilicitude por legítima defesa.
Comentário: Alternativa correta. Caio repeliu injusta agressão contra outra pessoa,
usando moderadamente dos meios necessários, exatamente o que preceitua o art. 25 do
CP: “entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 25 do CP
Previsão: Q175 (Exame XXX).
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Questão: Bruno ameaçou matar Pedro, que, para se defender, adquiriu um revólver e,
assim que avistou Bruno na rua, alvejou-o por duas vezes, provocando-lhe a morte.
Nesse caso, Pedro agiu em legítima defesa

Afirmação falsa. De acordo com o art. 25 do CP, a legítima defesa somente pode ser
invocada contra agressão atual ou iminente, não podendo, portanto, ser invocada contra
agressão futura (ameaça).

MATÉRIA: DIREITO PENAL


TEMA: EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
GABARITO: A
62 - Paulo nasceu em outubro de 1990. Em julho de 2011, Paulo cometeu o delito de
homicídio simples contra um vizinho. O Ministério Público ofereceu denúncia no ano de
2022. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva no ano de 2021, pois, no caso de Paulo, a
prescrição é reduzida pela metade.
Comentário: Alternativa correta. A pena máxima prevista para o crime de homicídio
simples é de 20 anos. Nos termos do art. 109, I, do CP, a prescrição, antes de transitar em
julgado a sentença final, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada
ao crime, verificando-se em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze. Por sua
vez, de acordo com o art. 115 do CP, são reduzidos de metade os prazos de prescrição
quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença,
maior de 70 (setenta) anos. Ante todo o exposto, considerando que Paulo contava com 20
anos na data do fato, a prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime por ele
cometido tinha o prazo de 10 anos, tendo se verificado, portanto, no ano de 2021.
B) A prescrição da pretensão punitiva só ocorrerá em 20 anos da data dos fatos, ou seja,
no ano de 2031.
Comentário: Afirmação falsa. A prescrição da pretensão punitiva ocorrerá em 10 anos,
conforme comentário à alternativa B.
C) Por se tratar de crime hediondo, o prazo prescricional da prescrição da pretensão
punitiva é acrescido de 1/3, de forma que a prescrição ocorrerá somente no ano de 2024.
Comentário: Afirmação falsa. O crime de homicídio simples não é considerado crime
hediondo.
D) Por se tratar de crime hediondo, o crime cometido por Paulo é imprescritível.
Comentário: Afirmação falsa. O crime de homicídio simples não é considerado crime
hediondo.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 109 do CP, DIR: art. 115 do CP.
Previsão: Q02 (Exame VI), Q127 (Exame XXII).
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Questão: João, menor de 21 anos, cometeu crime de furto simples em 15/04/2011, sendo
a denúncia oferecida e recebida em 03/10/2014. Ao final da fase instrutória, foi aplicada
ao acusado a pena de 01 ano de reclusão em regime aberto, substituída por restritiva de
direitos. A sentença condenatória foi publicada em 01/10/2016, tendo transitado em
julgado para a acusação. Nesse caso, ocorreu a prescrição da pretensão punitiva entre
a data do recebimento da denúncia e a da publicação da sentença condenatória.

Afirmação falsa. A prescrição, levando-se em conta a pena em abstrato, é calculada pela


pena máxima. Tratando-se de furto simples a pena máxima é de 4 anos e a prescrição
ocorreria em 8 anos (art. 109, inciso IV, do CP). Considerando-se, no entanto, a pena de
1 ano aplicada, o prazo prescricional seria de 4 anos (art. 109, inciso V do CP). Em ambos
os casos, o prazo prescricional deve ser reduzido pela metade, uma vez que o agente
era menor de 21 anos na data do fato (art. 115 do CP). Assim, os prazos seriam de 4 e 2
anos, respectivamente.
MATÉRIA: PROCESSO PENAL
TEMA: COMPETÊNCIA
GABARITO: C
63 - Adamastor, Juiz Federal em exercício na Seção Judiciária do Rio de Janeiro, vinculada
ao Tribunal Regional Federal da Segunda Região, ajuizou queixa-crime contra o advogado
Bráulio, que foi distribuída à 20ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de
Janeiro. Nessa queixa-crime, Adamastor imputou a prática do crime de calúnia a Bráulio,
pois este teria dito em uma entrevista, dada na cidade de Porto Alegre/RS, que Adamastor
recebeu vantagem econômica indevida para beneficiar determinada parte em sentença que
prolatou. Após a citação pessoal de Bráulio, este ofereceu resposta à acusação opondo
exceção da verdade. Assinale a opção que indica o órgão jurisdicional competente para o
qual deve ser direcionado essa exceção processual.
A) 20ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa C.
B) Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre/RS.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa C.
C) Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro/RJ.
Comentário: Alternativa correta. Alternativa considerada como correta no gabarito.
Ocorre que a jurisprudência estabelece que, nesses casos, a exceção da verdade é
direcionada ao juízo de primeiro grau para admissibilidade, processamento e distribuição,
enquanto o julgamento ocorre no Tribunal, ou seja, a exceção deveria ser direcionada à 20ª
Vara Federal do RJ e o julgamento pelo TRF da 2ª Região (STJ, T5, HC 311623/RS, Rel.
Min. Jorge Mussi, DJe 17/03/2015).
D) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Comentário: Afirmação falsa. Vide comentário à alternativa C.
REFERÊNCIA: JURISPRUDÊNCIA
Previsão: Q157 (Exame XXX)
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MATÉRIA: PROCESSO PENAL


TEMA: OUTROS TEMAS
GABARITO: C
64 - Júnior foi condenado pelo delito de latrocínio, na modalidade tentada, a uma pena de
8 (oito) anos e 6 (seis) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, já
tendo a sentença transitado em julgado, sem nulidade. Júnior inicia a execução das penas
e procura você, na qualidade de advogado(a). Assinale a afirmativa que apresenta,
corretamente, a orientação jurídica que possibilita reduzir o tempo de encarceramento de
Júnior.
A) Postular o perdão do ofendido e, assim, reduzir sua pena.
Comentário: Afirmação falsa. O perdão do ofendido (art. 105 do CP) só é cabível nos
crimes em que somente se procede mediante queixa, o que não é o caso apresentado no
enunciado.
B) Aguardar o decreto presidencial de comutação de pena.
Comentário: Afirmação falsa. Incabível decreto presidencial de comutação de pena, uma
vez que não houve cumprimento de qualquer fração da pena.
C) Requerer a classificação de Júnior para trabalho e estudo no sistema carcerário, a fim
de viabilizar a remição de penas.
Comentário: Alternativa correta. Nesse sentido, o art. 126 da Lei nº 7.210/1984, verbis:
“o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena”.
D) Pleitear um decreto de anistia no âmbito da Assembleia Legislativa do seu Estado.
Comentário: Afirmação falsa. A anistia só pode ser concedida por meio de Lei do
Congresso Nacional (art. 48, VIII, da CF/88), cabendo ao Judiciário aplicá-la ao caso
concreto.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 126 da Lei nº 7.210/1984, IND: art. 105 do CP, IND: art. 48
da CF/88.
Previsão: Questão inédita.
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Questão: Conforme previsto no art. 126 da LEP, o condenado que cumpre a pena em
regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo
de execução da pena.

Afirmação verdadeira. De acordo com o art. 126 da LEP, em caso de condenação a


pena em regime fechado ou semiaberto, é possível a remição, por trabalho ou por estudo,
de parte do tempo de execução da pena, observado o seguinte: a) 1 (um) dia de pena a
cada 12 (doze) horas de frequência escolar (atividade de ensino fundamental, médio,
inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional -
divididas, no mínimo, em 3 (três) dias), e b) 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de
trabalho. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos
(art. 128 da LEP).
MATÉRIA: PROCESSO PENAL
TEMA: PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
GABARITO: D
65 - Osvaldo foi denunciado pela prática do crime de estelionato em coautoria com Flávio.
Durante a instrução processual, o Juízo ouviu três testemunhas da acusação, e, uma delas,
Fabiana, apresentou versão conflitante com as apresentadas pelas defesas. Por isso, o
Ministério Público requereu a realização de acareação prevista no Art. 229 do CPP, entre
Osvaldo, Flávio e Fabiana. A defesa de Osvaldo informou que o acusado não iria participar
da acareação, mas o Ministério Público insistiu com o Juízo que determinasse que Osvaldo
se submetesse ao ato, sob pena de incidir nas penas do crime de desobediência. Sobre o
caso narrado, assinale a afirmativa que indica o princípio que você, como advogado(a) de
Osvaldo, deve alegar em defesa do seu cliente.
A) O da ampla defesa veda a realização de acareação entre testemunhas de defesa e de
acusação, pois cada parte tem o ônus de provar os fatos que alega.
Comentário: Afirmação falsa. O princípio da ampla defesa diz respeito à garantia de que
o acusado pode dispor de todos legítimos meios materiais e processuais para se defender
em um processo. Tal princípio não veda a realização de acareações.
B) O de fundamentação das decisões exige que, ao determinar a realização de uma prova,
o Juízo indique concretamente as razões que a justifiquem, sob pena de nulidade.
Comentário: Afirmação falsa. O princípio da fundamentação das decisões visa garantir a
efetiva transparência da atuação dos órgãos jurisdicionais e evitar arbitrariedades quando
da prolação das decisões judiciais. Não possui aplicação ao caso apresentado no
enunciado.
C) O de presunção de inocência impede a participação do réu em procedimento de
acareação, ainda que a ele se apresente voluntariamente.
Comentário: Afirmação falsa. O princípio da presunção de inocência estabelece que
ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória, não se aplicando ao caso apresentado no enunciado.
D) O de não autoincriminação ampara a pretensão de Osvaldo de não se submeter à
produção de provas que exigem participação ativa do denunciado, tal como a acareação.
Comentário: Alternativa correta. "O princípio da não autoincriminação decorre não só de
poder calar no interrogatório, como também do fato de o imputado não poder ser compelido
a participar de acareações, de reconhecimentos, de reconstituições, de fornecer material
para exames periciais, tais como exame de sangue, de DNA ou de escrita, incumbindo à
acusação desincumbir-se do ônus ou carga probatória de outra forma" (Lopes Junior, Aury.
Direito processual penal / Aury Lopes Junior. – 17. ed. – São Paulo : Saraiva Educação,
2020, p. 50).
REFERÊNCIA: DOUTRINA
Previsão: Q125 (Exame XXV)
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Questão: O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Matheus, imputando-lhe a


prática de crime de estelionato, solicitando a realização de exame grafotécnico para
comparar as assinaturas constantes da documentação falsa. Nesse caso, Matheus
poderá se recusar a realizar o exame, com base no princípio da não autoincriminação.

Afirmação verdadeira. O réu tem o direito a não autoincriminação (art. 5º, LXIII, da
CF/88), assim compreendida a possibilidade de não fazer qualquer declaração contra si
mesmo, oral ou documentalmente, bem como de não se submeter a exame ou perícia
que possa produzir prova contrária à sua defesa, sem que isso importe em confissão dos
fatos.

MATÉRIA: PROCESSO PENAL


TEMA: RECURSOS EM ESPÉCIE
GABARITO: A
66 - Fabrício foi preso em flagrante pela prática do crime de roubo, tendo havido a regular
conversão do flagrante em prisão preventiva. Contudo, passados mais de dois anos, a
instrução processual não logrou finalizar a oitiva das testemunhas de acusação, pois o
Ministério Público insiste na oitiva de policiais que, constantemente, faltam à audiência por
motivos pessoais, alegando férias e licença. Fabrício permanece preso preventivamente, o
que ensejou impetração de habeas corpus para o Tribunal de Justiça competente. O
Tribunal de Justiça, em decisão colegiada, denegou a ordem de habeas corpus. Identifique,
corretamente, a medida judicial a ser proposta para o caso narrado.
A) Recurso ordinário constitucional, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça.
Comentário: Alternativa correta. Em caso de decisão denegatória de habeas corpus,
julgados em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais
dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, é cabível o Recurso Ordinário Constitucional
(ROC), de competência do STJ, conforme previsto no art. 105, II, da CF/88.
B) Recurso de apelação, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça.
Comentário: Afirmação falsa. Não é cabível, no caso, recurso de apelação, mas Recurso
Ordinário Constitucional (vide comentário à alternativa A).
C) Agravo interno, dirigido para o Tribunal de Justiça.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o comentário à alternativa A, é cabível
Recurso Ordinário Constitucional.
D) Recurso extraordinário, dirigido ao Supremo Tribunal Federal.
Comentário: Afirmação falsa. É cabível, na hipótese apresentada no enunciado, Recurso
Ordinário Constitucional.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 105 da CF/88.
Previsão: Q120 (Exame XXIV), Q141 (Exame XXVIII)
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Questão: Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso ordinário, os


habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for
denegatória.

Afirmação verdadeira. De acordo com o art. 105, inciso II, alínea "a", da CF/88, compete
ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso ordinário os habeas corpus decididos
em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

MATÉRIA: PROCESSO PENAL


TEMA: PRISÃO E OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
GABARITO: A
67 - André, primário, subtraiu o computador de Gustavo, enquanto este estava distraído em
via pública, em uma sexta-feira. Na terça-feira da semana seguinte, após consultar as
câmeras de vigilância, Gustavo identificou André como o responsável pela subtração, e
acionou a Polícia Civil que, com base nas declarações de Gustavo, abordou André em via
pública e com ele encontrou o computador subtraído dias antes. André foi, então, preso em
flagrante pelo delito de receptação, na modalidade “conduzir” produto de furto. As penas do
furto e da receptação são de 1 a 4 anos. Como advogado(a) de André, assinale a afirmativa
correta.
A) Deve ser postulado o relaxamento da prisão em flagrante, porque André praticou apenas
o delito de furto, crime de natureza instantânea, inexistindo situação flagrancial.
Comentário: Alternativa correta. André não cometeu crime de receptação (art. 180 do CP),
mas apenas de furto (art. 155 do CP), que não se trata de modalidade de crime permanente. Por
sua vez, de acordo com o art. 302, III, do CPP (flagrante presumido ou ficto), o agente está em
situação de flagrante quando é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser ele autor do crime. Desse modo, considerando que André foi
preso quatro dias após o furto, não tendo havido, sequer, perseguição pela Autoridade Policial
nesse período, deve ser relaxada a prisão em flagrante.
B) Deve ser postulada a liberdade provisória, pois, não obstante ter praticado dois delitos
em concurso material, ainda assim é cabível a suspensão condicional do processo.
Comentário: Afirmação falsa. Tratando-se de prisão ilegal, conforme comentário à
alternativa A, deve ser pleiteado o relaxamento da prisão em flagrante.
C) André praticou delito de furto em concurso formal com receptação, o que autoriza a
prisão em flagrante pelo delito de natureza permanente, mas é cabível a liberdade
provisória, mediante fiança.
Comentário: Afirmação falsa. Inexiste, no caso, qualquer possibilidade de concurso
formal, uma vez que André não cometeu crime de receptação, mas apenas de furto.
D) André praticou apenas o delito de receptação, cuja pena máxima é igual a quatro anos,
por isso, não é cabível a prisão preventiva, devendo ser postulada a liberdade provisória.
Comentário: Afirmação falsa. André cometeu apenas o crime de furto (vide comentário à
alternativa A).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 302 do CPP.
Previsão: Q11 (Exame IX), Q121 (Exame XXV), Q185 (Exame XXXV).
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Questão: Considera-se em flagrante diferido quem é perseguido, logo após o delito, pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o
perseguido autor da infração.

Afirmação falsa. A questão traz o conceito de flagrante impróprio ou "quase flagrante"


(art. 302, III, do CPP). O flagrante diferido, retardado ou prorrogado, também denominado
de ação controlada na Lei de Organizações Criminosas (Lei 9.034/95), ocorre quando há
o retardamento da intervenção policial para aguardar o momento mais oportuno para a
colheita de provas (art. 53, II, da Lei nº 11.343/2006).

MATÉRIA: PROCESSO PENAL


TEMA: ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
GABARITO: C
68 - Arthur, Bruno, Fernanda e Camille foram acusados de furto simples praticado em 2020.
Arthur foi definitivamente condenado, Bruno foi condenado, porém, recorreu e ainda não
houve decisão definitiva. Fernanda aceitou suspensão condicional do processo, já
cumprida, e Camille foi absolvida, tendo havido recurso do Ministério Público, ainda não
julgado. Em julho de 2023, sobreveio acusação de uso de documento particular falso contra
os quatro. Considerando preenchidos os demais requisitos, e considerando apenas os
antecedentes criminais mencionados, assinale a opção que indica os que podem celebrar
Acordo de Não Persecução Penal.
A) Arthur e Bruno.
Comentário: Afirmação falsa. Arthur é reincidente, motivo pelo qual não pode ser
beneficiado com acordo de não persecução penal.
B) Arthur e Fernanda.
Comentário: Afirmação falsa. Arthur é reincidente, enquanto Fernanda foi beneficiada, há
menos de 5 anos, com a suspensão condicional do processo, motivo pelo qual não podem
firmar acordo de não persecução penal.
C) Bruno e Camille.
Comentário: Alternativa correta. Com a Lei nº 13.964/19 (Pacote Anticrime), o acordo de
não persecução penal passou a ter expressa previsão no art. 28-A do CPP, não sendo
cabível se o investigado for reincidente (inciso II), ou se tiver sido beneficiado nos 5 anos
anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação
penal ou suspensão condicional do processo (inciso III). Por esse motivo, Arthur e Fernanda
não podem ser beneficiados com o acordo de não persecução penal. Por outro lado, como
Bruno e Camille não se enquadram em nenhuma das hipóteses acima mencionadas,
podem firmar acordo de não persecução penal com o Ministério Público.
D) Fernanda e Camille.
Comentário: Afirmação falsa. Fernanda foi beneficiada, há menos de 5 anos, com a
suspensão condicional do processo, motivo pelo qual não pode firmar acordo de não
persecução penal.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 28-A do CPP.
Previsão: Q174 (Exame XXXIII)
Como estava no nosso APP:

Questão: Não será possível a celebração de acordo de não persecução penal se o


agente tiver sido beneficiado, nos últimos 5 anos ao cometimento da infração, de outro
acordo de persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo.

Afirmação verdadeira. Conforme § 2º, III, do art. 28-A do CPP, não será possível a
celebração do ANPP se o agente tiver sido beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao
cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou
suspensão condicional do processo.

MATÉRIA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO


TEMA: BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PARA SEGURADOS OU DEPENDENTES
GABARITO: C
69 - Marina, empregada doméstica, é casada com Pedro, trabalhador avulso. Ambos são
pessoas de baixa renda. O casal possui 2 (dois) filhos, um com 7 (sete) anos e outro com
15 (quinze) anos, sendo este inválido. Marina contribui para a Previdência Social há 2 (dois)
anos e Pedro iniciou a contribuição há 4 (quatro) meses. Diante do caso narrado, assinale
a afirmativa correta.
A) Pedro não possui a carência mínima para receber o benefício do salário-família.
Comentário: Afirmação falsa. De acordo com o disposto no art. 26, I, da Lei nº 8.213/91,
independe de carência a concessão das seguintes prestações: pensão por morte, salário-
família e auxílio-acidente.
B) Marina e Pedro não fazem jus ao salário-família por possuírem um filho maior de 14
(quatorze) anos.
Comentário: Afirmação falsa. O filho maior de 14 anos de idade é inválido, o que garante
o recebimento do benefício do salário-família. Ainda que assim não fosse, seria garantida
a concessão de referido benefício em relação ao outro filho, que conta com apenas 7 anos
de idade (art. 66 da Lei nº 8.213/91).
C) Marina e Pedro têm direito ao benefício do salário-família, na proporção do respectivo
número de filhos.
Comentário: Alternativa correta. Observado o disposto nos arts. 65 e 66 da Lei nº
8.213/91, o salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o
doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos
ou equiparados, sendo certo que a cota do salário-família será devida por filho ou
equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade, ou de qualquer idade caso seja
pessoa com deficiência (“invalidez”).
D) Pedro, na qualidade de trabalhador avulso, não possui direito ao benefício do salário-
família.
Comentário: Afirmação falsa. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado
empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do
respectivo número de filhos ou equiparados (art. 65 da Lei nº 8.213/91).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 65 da Lei nº 8.213/91, DIR: art. 66 da Lei nº 8.213/91, IND:
art. 26 da Lei nº 8.213/91.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: O salário família é um benefício concedido apenas aos segurados empregados,


domésticos e avulsos de baixa renda que possuam filhos de até 10 anos, ou filhos com
algum tipo de deficiência.

Afirmação falsa. Na verdade, o salário família é concedido aos segurados empregados,


domésticos e avulsos de baixa renda que possuam filhos de até 14 (e não 10) anos, ou
filhos com algum tipo de deficiência, na forma do art. 66 da Lei 8.213/91.

MATÉRIA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO


TEMA: BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS PARA SEGURADOS OU DEPENDENTES
GABARITO: B
70 - Henrique e Amanda foram casados por 30 anos. Em 02/03/2022, Amanda, que era
segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social, veio a óbito. Henrique fez o
requerimento de pensão por morte ao INSS no dia 02/05/2022. Segundo a Lei nº 8.213/91,
assinale a afirmativa que indica a data a partir da qual Henrique terá direito ao benefício.
A) Do requerimento, já que foi requerido 60 dias após o óbito.
Comentário: Afirmação falsa. A pensão por morte será devida ao conjunto dos
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do óbito,
quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os filhos menores de 16 anos, ou em
até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes (art. 74, I, da Lei nº 8.213/91).
B) Do óbito, já que foi requerido em até 90 dias após o óbito.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 74, I, da Lei nº 8.213/91, a pensão
por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado
ou não, a contar da data do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os
filhos menores de 16 anos, ou em até 90 dias após o óbito, para os demais dependentes.
No caso do enunciado, Henrique fez o requerimento 60 dias após a data do óbito de
Amanda.
C) Da decisão judicial, já que Henrique perdeu o prazo para requerer o benefício
administrativamente.
Comentário: Afirmação falsa. Henrique fez o requerimento 60 dias após a data do óbito
de Amanda, ou seja, dentro do prazo previsto no art. 74, I, da Lei nº 8.213/91 (vide
comentário à alternativa B).
D) Do óbito, independentemente da data em que foi feito o requerimento.
Comentário: Afirmação falsa. Para que o benefício da pensão por morte seja devido
desde a data do óbito do segurado, o requerimento deve ser feito dentro dos prazos
previstos no art. 74, I, da Lei nº 8.213/91 (vide comentário à alternativa B).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 74 da Lei nº 8.213/91.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, ainda que não aposentado.

Afirmação verdadeira. Nos termos do art. 74 da Lei nº 8.213/91, a pensão por morte
será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não,
a contar das datas estabelecidas nos incisos I a III de referido artigo.

MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO


TEMA: PROTEÇÃO DO TRABALHO DO MENOR
GABARITO: D
71 - Uma família, composta de pai, mãe e uma filha, respectivamente Jorge, Paula e Rita,
trabalha na mesma sociedade empresária como funcionários do departamento de produção. Rita
tem 16 anos de idade, estuda na parte da manhã em uma escola vizinha ao local de trabalho, e
está cursando o primeiro ano do ensino médio. Os pais são responsáveis pelo setor de
qualidade, que não conta com nenhum outro funcionário. Os três procuraram você, como
advogado(a), porque desejam fazer coincidir as férias escolares de Rita, no mês de julho, com
as férias de Jorge e Paula, a fim de viabilizar uma viagem familiar. Entretanto, o empregador
indeferiu o requerimento das férias de Jorge e Paula, tendo deferido apenas o de Rita. Sobre o
direito às férias, assinale a afirmativa correta.
A) Cabe o ajuizamento de reclamação trabalhista requerendo que o juiz marque as férias
dos 3 membros da mesma família, pois Rita tem direito às férias no período escolar e deverá
ser acompanhada pelos pais.
Comentário. Afirmação falsa. Não cabe ao juiz marcar as férias dos empregados da
empresa.
B) Cabe aos empregados a designação do período de férias, inexistindo direito ao
empregador de indeferi-las.
Comentário. Afirmação falsa. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador, conforme art. 136 da CLT.

C) Os três poderão gozar férias juntos, mas Rita não tem direito de requerer férias
concomitantemente com o período de férias escolares.
Comentário: Afirmação falsa. O § 2º do art. 136 da CLT dispõe que o empregado
estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias comas férias
escolares, exatamente o caso de Rita.
D) Rita tem direito a fazer coincidir suas férias no emprego com as férias escolares e seus
pais terão direito a gozar férias no mesmo período, desde que isso não resulte prejuízo
para o serviço, causa do indeferimento pelo empregador.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o § 1º do art. 136 da CLT, os membros
de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para
o serviço. Já o § 2º do mesmo artigo dispõe que o empregado estudante, menor de 18
(dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares, exatamente
o caso de Rita.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 136 da CLT.
Previsão: Questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: De acordo com a CLT, o empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares e os membros de uma família, que
trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.

Resposta: Afirmação verdadeira. O § 1º do art. 136 da CLT dispõe que os membros de


uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a
gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo
para o serviço. Já o § 2º do mesmo artigo dispõe que o empregado estudante, menor de
18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO
TEMA: CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
GABARITO: B
72 - Você, como advogado, trabalha no setor de recursos humanos de uma grande empresa
multinacional. Como o gerente do setor está de férias, e é ele, na condição de gerente, que
defere ou indefere as licenças reivindicadas pelos funcionários, a secretária do setor, agora,
lhe indagou sobre as solicitações de quatro funcionários: o primeiro está com o contrato
suspenso por doença, em gozo de benefício previdenciário de auxílio doença comum e
requer pagamento de salário; o segundo requereu o abono de um dia de trabalho, em razão
de doação de sangue; o terceiro formulou requerimento de dispensa para ser ouvido como
testemunha na Justiça do Trabalho em audiência presencial e, o quarto e último, aduziu
que o primo faleceu e requereu a dispensa do dia de trabalho. Sobre as solicitações,
considerando o teor da legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta.
A) Na hipótese de falecimento do primo, sendo parente do funcionário, a dispensa ao
trabalho é devida por um dia.
Comentário: Afirmação falsa. Primo não é parente. Além disso, em caso de falecimento
do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de
trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica, haverá interrupção do
contrato de trabalho por 2 dias (art. 173, I, da CLT).
B) Em caso de doação de sangue voluntária, devidamente comprovada, o empregado tem
direito a um dia de licença remunerada a cada 12 meses.
Comentário: Alternativa correta. A CLT prevê expressamente que o empregado tem
direito ao afastamento de 1 (um) dia a cada doze meses para doar sangue (art. 473, IV, da
CLT).
C) O empregado em gozo de auxílio-doença tem direito a receber a complementação
salarial da diferença entre o benefício previdenciário e o salário.
Comentário: Afirmação falsa. Não há direito a referida complementação, devendo receber
o valor do benefício previdenciário.
D) A ausência ao trabalho para comparecimento em juízo refere-se tão somente aos casos
de o empregado ser parte na demanda, mas não para servir como testemunha.
Comentário: Afirmação falsa. O empregado tem direito a se ausentar do trabalho pelo
tempo em que se fizer necessário para comparecimento à juízo, inclusive como testemunha
(art. 473, VIII, da CLT).
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 473 da CLT, IND: art. 173 da CLT.
Previsão: Questão inédita
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Questão: Conforme previsto na CLT, é direito do empregado o afastamento de 1 (um) dia


a cada doze meses para doar sangue, sem desconto no salário.
Resposta: Afirmação verdadeira. De acordo com a CLT, o empregado tem direito ao
afastamento de 1 (um) dia a cada doze meses para doar sangue. Trata-se de hipótese
de interrupção do contrato de trabalho, ou seja, o salário não pode ser descontado (art.
473, IV, da CLT).

MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO


TEMA: ESTABILIDADES PROVISÓRIAS
GABARITO: B
73 - Determinada sociedade empresária possui cerca de 100 funcionários e, em razão de
mudança na direção, decidiu realizar algumas dispensas. Ocorre que alguns dos
funcionários indicados para a dispensa são detentores de garantias no emprego, sendo
uma em decorrência de gestação; outra por ser dirigente sindical; outro por ser membro da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) eleito pelos empregados. Além desses
casos existe um quarto funcionário, que informou não poder ser dispensado por também
ser membro da CIPA, indicado pelo próprio empregador. Diante disso, a sociedade
empresária consultou você, como advogado(a), para saber os períodos e as possibilidades
de dispensa. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A) Todas as modalidades de estabilidade ou garantia de emprego possuem a mesma
duração.
Comentário: Afirmação falsa. As estabilidades não possuem todas a mesma duração,
conforme explicado na alternativa “b”.
B) A estabilidade gestante dá-se da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto;
a do membro da CIPA eleito pelos empregados, dá-se do registro da candidatura até um
ano após o término do mandato, assim como a do dirigente sindical.
Comentário: Alternativa correta. A estabilidade da gestante ocorre desde a confirmação
da gravidez até 5 meses após o parto (art. 10, II, “b”, do ADCT). A estabilidade dos membros
da CIPA indicados pelos empregados é desde o registro de sua candidatura até um ano
após o final de seu mandato (10, II, “a”, do ADCT), e a estabilidade do dirigente sindical é
a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até 1 (um) ano após o final do mandato (art. 8°, III, da CLT).
C) Os empregados representantes da CIPA, seja o eleito pelos empregados, seja o
indicado como representante do empregador, têm garantia no emprego até um ano após o
término do mandato.
Comentário: Afirmação falsa. Apenas os membros da CIPA eleitos pelos empregados é
que possuem garantia no emprego,
D) O conhecimento por parte do empregador do estado gravídico da empregada gestante
é requisito para o reconhecimento da estabilidade.
Comentário: Afirmação falsa. A doutrina e a jurisprudência majoritárias adotam a teoria
objetiva com relação à estabilidade da gestante, ou seja, o não conhecimento do
empregador acerca o estado gravídico da empregada não interfere no direito à estabilidade,
bastando a confirmação da gravidez pela própria empregada (Súmula n. 244, I, do TST)
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 10 do ADCT, DIR: art. 8° da CF/88, IND: Súmula n° 244 do
TST.
Previsão: Q53 (VIII Exame da OAB)
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Questão: A estabilidade dos membros da CIPA é desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final de seu mandato, enquanto a estabilidade gestante é de 120 dias.

Afirmação falsa: A estabilidade dos membros da CIPA é apenas para os membros


indicados pelos empregados (10, II, “a”, do ADCT), por isso a questão está errada.

MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO


TEMA: CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
GABARITO: A
74 - Plínio Salgado ficou afastado do trabalho por 8 meses em benefício previdenciário
decorrente de doença ocupacional relacionada ao trabalho. Ao retornar após a alta médica,
foi informado que não teria direito ao gozo de férias, pois necessitaria cumprir mais um ano
de trabalho, bem como seu FGTS deixou de ser depositado, já que não houve trabalho.
Além disso, seu salário permaneceu congelado, por não haver trabalho, não lhe sendo
devidas as diferenças salariais decorrentes do aumento espontâneo concedido pelo
empregador aos empregados que estavam ativos. Na qualidade de advogado(a) de Plínio,
assinale a opção que, corretamente, contempla os efetivos direitos de seu cliente.
A) Plínio apenas faz jus aos depósitos do FGTS do período de afastamento, bem como ao
reajuste salarial concedido pelo empregador.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 471 da CLT, ao empregado
afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que,
em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. No
entanto, o inciso IV do art. 133 da CLT estabelece o empregado perde o direito às férias se
tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-
doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Assim, como Plínio recebeu
auxílio por 8 meses, ele perde o direito às férias.
B) Plínio faz jus aos depósitos do FGTS do período de afastamento, bem como ao reajuste
salarial concedido pelo empregador e ao cômputo do período de afastamento no período
aquisitivo de férias.
Comentário: Afirmação falsa. O inciso IV do art. 133 da CLT estabelece o empregado
perde o direito às férias se tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Assim,
como Plínio recebeu auxílio por 8 meses, ele perde o direito às férias.
C) Plínio não tem direito ao reajuste salarial, pois não houve contraprestação no período
do aumento espontâneo, não se tratando de norma coletiva.
Comentário: Afirmação falsa. Plínio tem direito ao reajuste salarial, conforme explicado
na alternativa “a”.
D) Plínio não tem direito aos valores do FGTS do período, pois em gozo do benefício
previdenciário não há cômputo do tempo de serviço.
Comentário: Afirmação falsa. As suspensões em virtude de acidente de trabalho e de
prestação de serviço militar são consideradas atípicas, uma vez que, apesar de não haver
pagamento de salário, há contagem do tempo de serviço e o empregador é obrigado a
depositar o FGTS.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 471 da CLT, DIR: art. 133 da CLT.
Previsão: Inédita da forma prevista.
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MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO


TEMA: DURAÇÃO DO TRABALHO
GABARITO: B
75 - Em determinada sociedade empresária trabalham, entre outras, as seguintes pessoas:
José, que é teletrabalhador e recebe salário por produção; Vanilda, que trabalha
externamente sem que o empregador consiga controlar o seu horário, situação que foi
anotada em sua CTPS e na ficha de registro de empregados; Regina, que exerce a função
de gerente, comanda um grupo de 45 pessoas, é dispensada da marcação de ponto e
recebe salário de R$ 8.000,00 acrescido de gratificação de função de R$ 4.000,00. De
acordo com a CLT, em relação ao direito a horas extras, assinale a afirmativa correta.
A) Somente José terá direito a horas extras, caso ultrapasse a jornada constitucional.
Comentário: Afirmação falsa. A lei n. 13.467/2017 (reforma trabalhista), posteriormente
alterada pela Lei n 14.442/2022, incluiu o inciso III ao art. 62 da CLT, para dispor que os
empregados em regime de teletrabalho, quando a prestação do serviço ocorrer por
produção ou tarefa, estão excluídos da obrigatoriedade de controle de jornada, e,
portanto, de eventual percepção de horas extras.
B) Nenhum dos empregados indicados no enunciado terá direito a horas extras.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 62, da CLT, estão excluídos da
percepção das horas extras: I os empregados que exercem atividade externa incompatível
com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de
Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados (caso de Vanilda); II os
gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, quando o salário do
cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor
do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (caso de Regina) e III - os empregados em
regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou tarefa (caso de José).
C) Vanilda e Regina terão direito a horas extras, caso ultrapassem a jornada constitucional.
Comentário: Afirmação falsa. Nenhum dos trabalhadores terá direito a horas extras,
conforme explicado na alternativa “b”.
D) José e Regina terão direito a horas extras, caso ultrapassem a jornada constitucional.
Comentário: Afirmação falsa. Nenhum dos trabalhadores terá direito a horas extras,
conforme explicado na alternativa “b”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 62 da CLT.
Previsão: Inédita da forma prevista (não havia ainda sido cobrada a alteração do
teletrabalho da Lei n° 14.442/22).
Como estava no nosso APP:

Questão: Flavio é empregado da empresa XYZ e trabalha em regime de teletrabalho,


prestando serviço por tarefa. Nesse caso, a jornada de trabalho de Flavio deve ser
controlada pela empresa.

Resposta: Afirmação falsa. De acordo com o art. 62, III, da CLT, os empregados em
regime de teletrabalho, quando a prestação do serviço ocorrer por produção ou tarefa,
estão excluídos da obrigatoriedade de controle de jornada, e, portanto, de eventual
percepção de horas extras.

MATÉRIA: PROCESSO DO TRABALHO


TEMA: RECURSOS TRABALHISTAS
GABARITO: C
76 - De uma sentença trabalhista, que julgou o pedido procedente em parte, somente o
reclamante recorreu. No prazo de 8 dias da intimação acerca do recurso, a sociedade
empresária apresentou contrarrazões ao recurso ordinário e recurso ordinário adesivo. Do
recurso adesivo, o juiz concedeu vista ao reclamante, que se manifestou desistindo do
recurso principal. Diante do caso retratado e dos termos da legislação em vigor, assinale a
afirmativa correta.
A) Não existe previsão de recurso adesivo na CLT e, por isso, ele não pode ser interposto
na Justiça do Trabalho.
Comentário: Afirmação falsa. Apesar de não existir previsão expressa na CLT, o recurso
adesivo é aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho, conforme a Súmula nº 283
do TST.
B) O recurso adesivo pode ser manejado na seara trabalhista, e, com a desistência do
recurso principal, o adesivo será admitido e apreciado pelo TRT.
Comentário: Afirmação falsa. O recurso adesivo é dependente do recurso principal, ou
seja, com a desistência do recurso principal, o recurso adesivo não poderá ser conhecido.
C) O recurso adesivo, com a desistência do recurso principal, não poderá ser conhecido,
ocorrendo assim o trânsito em julgado da sentença.
Comentário: Alternativa correta. O recurso adesivo é dependente do recurso principal,
ou seja, com a desistência do recurso principal, o recurso adesivo fica prejudicado,
ocorrendo, portanto, o trânsito em julgado da sentença.
D) A desistência do recurso principal dependerá de concordância da parte contrária, porque
isso pode gerar consequência ao recurso adesivo.
Comentário: Afirmação falsa. A desistência do recurso principal NÃO de concordância
da parte contrária.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 997 do CPC, DIR: Súmula n° 283 do TST.
Previsão: Q29 (X Exame), Q43 (VII Exame), Q166 (XXXIV Exame).
Como estava no nosso APP:

Questão: Na justiça do trabalho é cabível o recurso adesivo, mas a matéria nele


veiculada precisa estar relacionada ao recurso principal.

Resposta: Afirmação falsa. Na justiça do trabalho é cabível o recurso adesivo, mas a


matéria nele veiculada precisa estar relacionada ao recurso principal.

MATÉRIA: PROCESSO DO TRABALHO


TEMA: EXECUÇÃO TRABALHISTA
GABARITO: B
77 - O Município de Sete Lagoas/MG foi condenado de forma subsidiária numa reclamação
trabalhista envolvendo terceirização. Sendo infrutífera a execução contra o prestador dos
serviços, a execução foi direcionada em desfavor do Município, que pretende ajuizar
embargos à execução questionando os cálculos. Sobre o caso, de acordo com a Lei de
Regência, assinale a afirmativa correta.
A) Será obrigatório garantir o juízo, porque não há privilégios na Justiça do Trabalho.
Comentário: Afirmação falsa. É desnecessária a garantia do juízo diante da natureza
jurídica do executado, conforme explicado na alternativa “b”.
B) É desnecessária a garantia do juízo diante da natureza jurídica do executado.
Comentário: Alternativa correta. Por força do disposto no art. 884, caput, da CLT, c/c o
art. 910 do CPC/2015, a Fazenda Pública pode opor embargos à execução,
independentemente de garantido o juízo, uma vez que os bens públicos são impenhoráveis
C) Para serem admitidos os embargos, o Município deverá depositar metade do valor
exequendo.
Comentário: Afirmação falsa. É desnecessária a garantia do juízo diante da natureza
jurídica do executado, conforme explicado na alternativa “b”.
D) O juízo precisa ser garantido com seguro fiança judicial para não abalar as finanças do
ente público.
Comentário: Afirmação falsa. É desnecessária a garantia do juízo diante da natureza
jurídica do executado, conforme explicado na alternativa “b”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 884 da CLT, DIR: art. 910 do CPC/2015.
Previsão: Q165 (Exame XXXIV da OAB)
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Questão: Ramon conseguiu, em uma reclamação trabalhista, a sentença de procedência


parcial dos seus pedidos, sendo condenado o ex-empregador a pagar vários direitos,
mediante condenação subsidiária da União como tomadora dos serviços. A sentença
transitou em julgado nestes termos, houve liquidação regular e foi homologado o valor da
dívida em R$ 15.000,00, conforme cálculos apresentados pelo exequente. Ramon tentou
executar por várias formas o ex-empregador, sem sucesso, e então requereu ao juiz o
direcionamento da execução em face da União, que foi citada, mas discordou dos
cálculos apresentados, reputando-os majorados. Nesse caso, é desnecessária a garantia
do juízo para a União ajuizar embargos à execução.

Afirmação verdadeira. Por força do disposto no art. 884, caput, da CLT, c/c o art. 910 do
CPC/2015, a Fazenda Pública pode opor embargos à execução independentemente de
garantido o juízo, uma vez que os bens públicos são impenhoráveis

MATÉRIA: PROCESSO DO TRABALHO


TEMA: PARTES E PROCURADORES
GABARITO: A
78 - John estava empregado em uma sociedade empresária de óleo e gás, mas foi
injustamente dispensado por justa causa, com base em uma falsa acusação de consumo
de álcool a bordo da plataforma, no dia 20/03/2023. Você, como advogado de John, ajuizou
reclamação trabalhista e a única testemunha do seu cliente não fala ou entende português,
apenas inglês. Você a arrolou como testemunha, e já requereu e obteve o benefício da
gratuidade de justiça. Sobre seu requerimento para a produção da prova, assinale a
afirmativa correta.
A) Você deverá requerer ao juiz um intérprete, que será custeado pela ré, se sucumbente
no objeto da prova, ou pela União, se você for a parte sucumbente.
Comentário: Alternativa correta. A Lei n. 13.660/2018 alterou o § 2º do art. 819 da CLT,
que passou a dispor que as despesas decorrentes do intérprete nomeado pelo juiz correrão
por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita. Assim, se John for
sucumbente, o intérprete será custeado pela União.
B) Deverá ser requerido ao juiz um intérprete, que, independentemente da gratuidade de
justiça, deverá ser custeado pela parte a quem o depoimento interessar.
Comentário: Afirmação falsa. O intérprete nomeado pelo juiz será custeado pela parte
sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.
C) Considerando que seu cliente fala inglês, ele poderá servir de intérprete pelo princípio
da economia processual.
Comentário: Afirmação falsa. O cliente não pode servir de intérprete porque é parcial.
D) A gratuidade de justiça não alcança o intérprete, sendo apenas para custas e perícias
judiciais, logo a parte autora deverá custear a despesa processual.
Comentário: Afirmação falsa. A gratuidade de justiça alcança o intérprete, conforme
explicado na alternativa “a”.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 819 da CLT
Previsão: O artigo 819 foi cobrado no exame XXIV, mas na sua redação original. A
mudança feita pela Lei n° 13.660/2018 foi a primeira vez que foi cobrada, tratando-se,
portanto, de questão inédita.
Como estava no nosso APP:

Questão: No processo do trabalho, as despesas decorrentes do intérprete nomeado pelo


juiz correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

Resposta: Afirmação verdadeira. A Lei n. 13.660/2018 alterou o § 2º do art. 819 da CLT,


que passou a dispor que as despesas decorrentes do intérprete nomeado pelo juiz
correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

MATÉRIA: PROCESSO DO TRABALHO


TEMA: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
GABARITO: A
79 - Determinada sociedade empresária, sua cliente, recebeu a visita de fiscais do trabalho,
os quais apontaram haver irregularidades quanto às condições de trabalho de alguns
empregados, bem como entenderam irregular, no dia, estarem nas dependências da
empresa pessoas prestadoras de serviço por intermédio de MEI – Microempreendedor
Individual. Diante disso, foram lavrados dois autos de infração aplicando multas severas,
sendo concedido prazo de 30 dias para pagamento, sob pena de fechamento do
estabelecimento. Não foi facultado à sua cliente nenhum direito à ampla defesa, sendo certo
que, de fato, nada foi verificado pelos fiscais. A sociedade empresária tem a documentação
de todas as condições de trabalho e alega que os prestadores de serviço são autônomos.
Assinale a opção que indica a medida juridicamente cabível que melhor atenda, com
urgência, aos interesses da sua cliente de sustar os autos de infração.
A) Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho.
Comentário: Alternativa correta. De acordo com o art. 5°, LXIX, da CF/88, “conceder-se-
á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público”, exatamente o caso sob análise, devendo o MS ser impetrado na Justiça do
Trabalho, conforme art. 114 da CF/88.
B) Agravo de Petição na Justiça do Trabalho.
Comentário: Afirmação falsa O agravo de petição se destina a atacar as decisões
proferidas na execução, o que não é o caso, já que não houve qualquer execução na
Justiça do Trabalho.
C) Mandado de Segurança na Justiça Federal.
Comentário: Afirmação falsa. Não se trata de competência da Justiça Federal, e sim da
Justiça do Trabalho.
D) Agravo de Instrumento na Justiça do Trabalho.
Comentário: Afirmação falsa. O agravo de instrumento na Justiça do Trabalho tem função
de destrancar recurso, o que não é o caso.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 5° da CF/88, DIR: art. 114 da CF/88.
Previsão: Envolvendo ato de auditor fiscal do trabalho, é a primeira vez que a OAB
cobra, o que pode ter suscitado dúvida nos examinandos, por isso, consideramos a
questão inédita.
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MATÉRIA: PROCESSO DO TRABALHO


TEMA: DISSÍDIO INDIVIDUAL
GABARITO: C
80 - Em uma reclamação trabalhista na qual o reclamante postula apenas o pagamento das
verbas devidas pela extinção do contrato, a sociedade empresária alegou em sua defesa
que nada seria devido porque o ex-empregado praticou uma falta grave e, por isso, foi
dispensado por justa causa. Na audiência de instrução, cada parte conduziu duas
testemunhas e, após ouvir os depoimentos pessoais, e considerando a tese da
contestação, o juiz decidiu ouvir primeiramente as testemunhas do reclamado e após as do
reclamante. Diante dos fatos e da previsão contida na CLT, assinale a afirmativa correta.
A) Errou o juiz, pois de acordo com a CLT as testemunhas do reclamante devem ser
ouvidas antes daquelas conduzidas pelo reclamado, haja vista o direito de defesa.
Afirmação falsa. Não há previsão específica na CLT, aplicando-se subsidiariamente a
regra do art. 456 do CPC/2015.
B) Uma vez que a CLT não dispõe sobre a ordem de produção das provas, fica a critério
do magistrado a definição, inclusive a ordem de produção da prova oral e a quantidade de
testemunhas admitidas.
Afirmação falsa. Não fica a critério do magistrado, já que se aplica subsidiariamente o
previsto no art. 456 do CPC/2015.
C) O juiz tem o poder de alterar a ordem de realização das provas, inclusive a oitiva das
testemunhas, tendo em vista as alegações das partes e adequando-as às necessidades do
conflito.
Comentário. Alternativa correta: O juiz do trabalho pode alterar a ordem de realização
das provas, inclusive a oitiva das testemunhas, tendo em vista as alegações das partes e
adequando-as às necessidades do conflito, tendo em vista a ampla liberdade na direção do
processo (art. 765 da CLT)
D) A forma realizada pelo magistrado nulificou a produção das provas e a sentença, que
poderá ser anulada para que a instrução seja refeita com renovação das provas na ordem
correta.
Comentário. Afirmação falsa. A análise da nulidade depende de uma série de fatores,
como a existência de prejuízo, o que não pode ser apurado sem maiores informações
acerca do teor da sentença.
REFERÊNCIA: LEI, DIR: art. 765 da CLT.
Previsão: Questão inédita.
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Questão: O juiz do trabalho, dentro do seu poder de direção do processo, pode, na


audiência trabalhista, alterar a da oitiva das testemunhas.

Resposta: Afirmação verdadeira. O juiz do trabalho pode alterar a ordem de realização


das provas, inclusive a oitiva das testemunhas, tendo em vista a ampla liberdade na
direção do processo (art. 765 da CLT)
ANÁLISE ESTATÍSTICA::

Parâmetro da análise: 80 questões

ÉTICA PROFISSIONAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Sociedade de Lei Média Alteração Importante –


Q1 Advogados art. 17-B do EAOAB incidência Questão inédita

Lei
Direitos do Alteração Importante
Q2 art. 7°, § 6º-I, do Alta incidência
Advogado Q346 (38° Exame)
EAOAB.
Lei
Direitos do Art. 18, §6°, do
Q3 Alta incidência Questão Inédita
Advogado RGEAOAB

Lei
Advogado art. 8°, IV, do Baixa Q326 (35° Exame da
Q4
Estrangeiro EAOAB incidência OAB).

Lei Alteração Importante –


Atividade de
Q5 Art. 5, §4°, do Alta Incidência Questão inédita
Advocacia
EAOAB
Lei
Atividade de
Q6 art. 5° Alta incidência Q338 (37° Exame)
Advocacia
EAOAB
Atividade de Lei
Q7 Alta incidência Questão Inédita
Advocacia art. 6° EAOAB
Lei
Sociedade de Média Alteração Importante –
Q8 art. 15, §8°, do
Advogados incidência Questão inédita
EAOAB

FILOSOFIA

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Principais Correntes
Q9 Filosóficas
Doutrina Alta incidência Questão Inédita

Principais Correntes
Q10 Filosóficas Doutrina Alta incidência Q12 (XV Exame da OAB)
DIREITO CONSTITUCIONAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Remédios
Q11 art. 5°, LXXI, da Alta incidência Q 209 (XXX Exame)
Constitucionais
CF/88
Lei
Controle de art. 102, §2°, da Q161 (XXIII Exame)
Q12 Alta incidência
Constitucionalidade CF/88

Organização dos Lei


Q13 Alta incidência Q68 (VIII Exame)
Poderes Art. 103-A da CF/88
Lei
Controle de Q235 (XXXIV Exame)
Q14 art. 102, I, da CF/88 Alta incidência
Constitucionalidade

Organização do Lei
Q15 Estado Alta incidência Questão Inédita
Art. 28, §1°, da CF/88

Lei
Organização do
Q16 Estado Art. 24, XIV, Alta incidência Questão Inédita
da CF/88

DIREITOS HUMANOS

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Temas Específicos Lei
Q17 sobre Direitos art. 3° da Lei n° 13. Alta Incidência Questão Inédita
Humanos 146/2015
Lei
Temas Específicos
artigos 1º e 2° da Lei
Q18 sobre Direitos Alta Incidência Q66 (Exame XXVI da OAB)
n° 9.474/97
Humanos
DIREITO ELEITORAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q19 Partidos Políticos art. 6º da Lei nº Alta Incidência Questão inédita
9.504/97.

Lei
Q20 Processo Eleitoral Art. 17, 1§1°, da Baixa Incidência Questão Inédita
CF/88

DIREITO INTERNACIONAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Aplicação da Lei no Lei


Q21 Espaço art. 14 da LINDB
Alta Incidência Q008 (XII Exame)

Lei
Processo Civil
Q22 Internacional Art. 21 do CPC Alta Incidência Q017 (VII Exame)

DIREITO FINANCEIRO

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Introdução ao Direito Lei


Q23 Financeiro art. 62 da CF/88
Sem previsão Questão inédita

Lei
Q24 Orçamento Público Art. 166-A da CF/88 Sem previsão Questão inédita
DIREITO TRIBUTÁRIO

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Q25 Execução Fiscal Média Incidência Q100 (XXIV Exame)
Art. 123 do CTN
Impostos em Lei
Q26 Alta incidência Q143 (Exame XXXII)
Espécie Art. 43, §1°, do CTN
Limitações Lei
Q27 Constitucionais ao Art. 150, VI, da Alta incidência Questão inédita
Poder de Tributar CF/88.
Q43 (Exame VII), Q129
Lei
Q28 Tributos Alta incidência (Exame XXIX), Q147 (Exame
Art. 148, I, da CF/88.
XXXIII)
Lei
Organização Art. 1º, caput e Baixa
Q29 Tributária parágrafo único, da Incidência
Q104 (Exame XXIV)
Lei nº 9.492/97

DIREITO ADMINISTRATIVO

Relevância
Tema Fundamento do Reincidência
Tema
Lei
Processo Média
Q30 Administrativo Art. 56, §3°, da Lei nº Questão inédita
incidência
9.784/99
Lei
Média Q130 (Exame XXII) e Q224
Q31 Licitação art. 6º da Lei nº
incidência (Exame XXXVIII).
14.133/2021.
Lei
Média Questão inédita - Alteração
Q32 Licitação art. 74, V, da Lei nº
incidência Importante
14.133/2021.
Lei
Baixa
Q33 Outros Temas art. 6º da Lei nº
Incidência
Questão inédita
12.846/2013
Lei
Contratos
Q34 art. 10, §3º, da Lei nº Alta incidência Questão inédita
Administrativos 11.079/2004
DIREITO AMBIENTAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Princípios de Direito Q11 (Exame X), Q63


Q35 Ambiental DOUT Baixa Incidência
(Exame XXXIII).

Lei
Responsabilidade
Q36 pelo Dano Ambiental art. 69-A da Lei nº Alta incidência Questão inédita
9.605/98.

DIREITO CIVIL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Lei
Q37 Direito de família Art. 1.634 do CC
Alta incidência Questão inédita

Lei
Direito das
Q38 Obrigações art. 239 do CC Alta incidência Q55 (X Exame)
art. 399 do CC
Lei
Prescrição e Média
Q39 Decadência Art. 206 do CC
Incidência
Q55 (X Exame)
Art. 198 do CC
Lei
Q40 Contratos Art. 876 do CC Alta incidência Questão inédita
Art. 878 do CC
Lei
Q41 Direito de família Art. 1.778 do Alta incidência Questão inédita
CC
Lei
Q42 Direitos Reais Art. 1.474 do Alta incidência Q11 (Exame II da OAB).
CC

ECA

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Tutela Jurisdicional
dos Direitos da Lei
Q43 Criança e do Alta Incidência Questão Inédita
Art. 147 do ECA
Adolescente
Direitos
Q44 Fundamentais Jurisprudência Alta Incidência Questão Inédita
CDC

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Práticas Jurisprudência
Q45 Comerciais Súmula 550 do STJ
Alta incidência Questão Inédita

Jurisprudência Baixa
Q46 Outros Temas Questão Inédita
Incidência

DIREITO EMPRESARIAL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Recuperação
Q47 Extrajudicial art. 161, §1°, da Lei n° Baixa Incidência Questão Inédita
11.101/2005
Lei
Q48 Direito Societário art. 968 do CC
Alta incidência Q27 (XI Exame)

Lei
Q49 Direito Societário art. 3° da LC n° Alta incidência Questão Inédita
123/2006
Lei
Contratos
Q50 Mercantis art. 697 do CC Média Incidência Q61 (Exame IV)
art. 698 do CC

PROCESSO CIVIL
Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei
Sujeitos do Art. 135 do CPC
Q51 Processo Alta Incidência Questão inédita
Art. 136 do CPC

Lei Média
Q52 Tutela Provisória Art. 300 do CPC Incidência
Q114 (XIX Exame)

Procedimento Lei
Q53 Comum Alta Incidência Questão inédita
Art. 335, II, do CPC/2015

Lei
Procedimentos
Q54 Especiais Art. 550, §5°, do CPC Alta incidência Questão inédita
Art. 551 do CPC
Cumprimento de Lei
Q55 Média Incidência Questão inédita
Sentença Art. 960 do CPC
Processo de Lei
Q56 Execução Art. 603 do CPC
Alta incidência Q132 (XXII Exame da OAB)
DIREITO PENAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Média
Q57 Aplicação da Pena Jurisprudência
Incidência
Questão inédita

Lei Questão inédita - Alteração


Q58 Legislação Especial art. 12 da Lei nº Alta incidência Importante
13.869/2019
LEI Questão inédita -
Q59 Crimes contra a pessoa art. 122 do CP Alta incidência
Alteração Importante
Consumação e Lei Média Q04 (Exame III), Q106
Q60 Tentativa art. 15 do CP Incidência (Exame XIX).
Lei Média
Q61 Antijuridicidade Q175 (Exame XXX).
Art. 25 do CP Incidência

Lei
Extinção da Q02 (Exame VI), Q127
Q62 Art. 109 do CP Alta incidência
Punibilidade (Exame XXII).
Art. 115 do CP

PROCESSO PENAL

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Q63 Competência Jurisprudência Alta incidência Questão inédita


Lei
Baixa
Q64 Outros Temas Art. o art. 126 da Questão inédita
Incidência
Lei nº 7.210/1984
Principais Princípios do Baixa
Q65 Processo Penal Doutrina
Incidência
Q125 (Exame XXV)

Q120 (Exame XXIV), Q141


Q66 Recursos em Espécie Art. 105 da CF/88 Alta incidência
(Exame XXVIII)

Lei Q11 (Exame IX), Q121


Prisão e Outras
Q67 medidas Cautelares Art. 302 do Alta incidência (Exame XXV), Q185 (Exame
CPP XXXV)

Acordo de não Lei Média Q174 (Exame XXXIII) –


Q68 Persecução Penal Art. 28-A do CP Incidência Alteração Importante
DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Benefícios
Lei
Previdenciários
Q69 para segurados Art. 65 da Lei n° 8.213/91 Alta incidência Questão Inédita
Art. 66 da Lei n° 8.213/91
ou dependentes
Beneficiários da
Lei
Q70 Previdência Art. 74 da Lei nº 8.213/91.
Alta incidência Questão Inédita
Social

DIREITO DO TRABALHO

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema

Proteção do Trabalho Lei


Q71 do menor Baixa incidência Questão inédita
art. 136, §2°, da CLT

Lei
Contrato Individual de
Q72 Trabalho art. 473, VIII, da CLT Alta incidência Q062 (VII Exame)

Lei,
Estabilidades
Q73 Provisórias Art. 10 do ADCT Alta incidência Q53 (VIII Exame da OAB)

Lei
Contrato Individual de Art. 471 da CLT
Q74 Trabalho Art. 133 da CLT
Alta incidência Questão inédita

Lei Alteração Importante –


Q75 Duração do Trabalho Art. 62 da CLT
Alta incidência
Questão Inédita
PROCESSO DO TRABALHO

Relevância do
Tema Fundamento Reincidência
Tema
Lei e Jurisprudência Q29 (X Exame), Q43 (VII
Q76 Recursos Trabalhistas art. 997 do CPC Alta Incidência Exame), Q166 (XXXIV
Súmula 283 do TST Exame)
Juris Q165 (Exame XXXIV da
Q77 Execução Trabalhista Súmula n° 74 do TST Alta Incidência OAB)

Partes e Lei Questão Inédita –


Q78 Procuradores Art. 819 da CLT
Média Incidência
Alteração Importante

Procedimentos Lei
Q79 Especiais Art. 114 da CF/88
Alta Incidência Questão inédita

Lei
Q80 Dissídio Individual Art. 765 da CLT
Alta Incidência Questão inédita
PADRÕES DA PROVA

Com base no levantamento acima, elaboramos um estudo sobre


os padrões identificados no 39º Exame.

PADRÃO 1 - ÍNDICE DE REINCIDÊNCIA

Índice de reincidência: 35 questões (40%)


Questões inéditas: 45 questões (60%)

Padrão mantido, mas com um aumento significativo de questões inéditas


(que não são parecidas com questões já cobradas anteriormente), o que já
era esperado desde que forma acrescidas as três novas disciplinas.

PADRÃO 2 – RELEVÂNCIA DO TEMA


Alta incidência: 53 questões (66,25%)
Média incidência: 15 questões (18,75%)
Baixa incidência: 12 questões (15%)

Padrão mantido, o que reforça o método de exclusão, quando necessário,


apenas de temas menos relevantes, em vez da matéria inteira.

PADRÃO 3 – INCIDÊNCIA DE ARTIGOS DE LEI


Lei: 70 questões (87,5% )
Jurisprudência: 6 questões (7,5%)
Doutrina: 4 questões (5%)
Padrão mantido, com 70 questões das 80 cobrando conteúdo de lei.
ALTERAÇÕES IMPORTANTES
10 questões da prova (12,5% do total) foram sobre alterações importantes. Em Ética
Profissional metade da prova exigiu alterações recentes (4 questões). Todas as
alterações importantes estavam previstas no nosso aplicativo,

QUESTÕES PREVISTAS NO NOSSO APLICATIVO


65 das 80 questões (81,25% da prova) estavam previstas o nosso aplicativo em
formato de questões adaptadas, sendo que em várias matérias, como Ética
profissional, tínhamos no App 100% das questões.
CONCLUSÃO:

A análise aprofundada dos exames da OAB revela padrões consistentes, que se


repetem, e são fundamentais para uma preparação eficaz. O entendimento desses
padrões é a chave para desbloquear uma estratégia de estudo que realmente atenda
às exigências do exame:

1. Predominância da Legislação: Assim como nos exames anteriores, a análise do


39° Exame da OAB demonstrou que uma esmagadora maioria das questões (87,5%
da prova) exigiu conhecimento direto da legislação aplicada a casos concretos. As
questões são extensas e exigem interpretação de texto, por isso é fundamental
treinar essas habilidades com material escrito e questões, evitando-se videoaulas
em excesso.

2. Questões Inéditas: No 39° Exame identificamos que 60% das questões são
inéditas, ou seja, abordam dispositivos legais ainda não explorados pela banca, um
padrão também encontrado nos exames anteriores da OAB. Isso evidencia a
limitação de estratégias de estudo que se baseiam exclusivamente em provas
passadas. É fundamental responder questões inéditas e, por isso, criamos as
questões adaptadas.

Um dado impressionante do 39° Exame é que 65 das 80 questões (81,25% da


prova) estavam presentes em nosso aplicativo em formato de questões
adaptadas, muito parecidas com as da prova. Esse fato demonstra a relevância
direta e a eficácia do nosso método, que se refletiu nas altas taxas de aprovação
dos nossos alunos.

3. Distribuição dos Temas: A distribuição dos temas entre alta, média e baixa
incidência é outro aspecto crucial. No último exame, 66,25% das questões eram de
alta incidência, 18,75% de média incidência, e apenas 15% de baixa incidência. Esta
distribuição aponta para a necessidade de uma preparação focada e estratégica, o
que fazemos com os nossos cronogramas.

4. Alterações Legislativas: Aproximadamente 8 questões (10% da prova) são


relacionadas a alterações legislativas recentes, indicando a importância de estar
atualizado com as mudanças na legislação. No 39° Exame esse índice foi ainda
maior, já que tivemos 10 questões (12,5% da prova) exigindo alterações importantes,
todas elas previstas no nosso aplicativo e material.
Nesse contexto, nosso método de estudo se destaca como um instrumento eficiente
para o sucesso no exame da OAB. Nós não apenas cobrimos todos os aspectos
identificados nos padrões, mas também oferecemos um material que é
constantemente atualizado e voltado para a aplicação prática da lei

Nosso foco em questões inéditas e na atualização constante sobre alterações


legislativas assegura que nossos alunos não sejam pegos de surpresa por
novidades no exame.

Além disso, nosso método permite ao aluno desenvolver habilidades de


interpretação de texto e compreensão da legislação. Os cronogramas são
cuidadosamente planejados para garantir que o tempo de estudo seja maximizado,
focando em temas de alta incidência e minimizando o esforço em áreas de menor
relevância.

A preparação para a OAB exige mais do que assistir aulas, exige um método de
estudo inteligente e direcionado. Com nossa abordagem, você estará equipado não
apenas com o conhecimento necessário, mas também com as habilidades
essenciais para decifrar e responder às questões da prova com confiança e
precisão.

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