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Anthony Gabriel
Gabrielly Rocha
INTRODUÇÃO
❖ É definida como o estudo da transmissão de características hereditárias de
ascendentes para descendentes.
❖ A genética também procura explicar como ocorre a enorme variabilidade que é
observada no DNA.
❖ A partir de meados do século XX microrganismos foram introduzidos em estudos
genéticos.
❖ A muitas espécies microbianas tem sido usada nos processos industriais,
principalmente, por causa da engenharia genética, permitindo que genes de
microrganismos fossem transferidos para plantas e animais, produzindo assim os
chamados produtos transgênicos.
❖ A principal fonte de variabilidade é a mutação, que consiste em modificações do
material genético, e também a recombinação, são molas mestras da variabilidade
genética.
❖ O emprego delas, permite que a variabilidade existente possa ser direcionada para
a obtenção de linhagens microbianas melhoradas geneticamente.
MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS E INDUZIDAS E
AGENTES MUTAGÊNICOS
❖ Qualquer alteração no material genético que possa ser transmitida aos
descendentes constitui-se em uma mutação.
❖ Existe vários tipos de mutação, alguns são alterações que causam perdas ou
adições de grandes segmentos cromossômicos ou ainda inversões ou translocações
nos cromossomos.
MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS E INDUZIDAS E
AGENTES MUTAGÊNICOS
❖ Mutações que ocorrem naturalmente são eventos bem raros, sua probabilidade é
que ocorra uma a cada 1 milhão de divisões celulares, causadas no momento de
duplicação do DNA.
❖ Entretanto, a frequência das mutações pode ser ampliada em muitas vezes se for
utilizada deliberadamente radiação ou uma substância mutagênica.
❖ Eles são usados por geneticistas e melhoristas de mi-crorganismos para aumentar a
variabilidade genética e proporcionar maior oportunidade de conseguir linhagens
para finalidades acadêmicas ou de valor biotecnológico.
❖ O geneticista tem de recorrer ao uso de técnicas especiais para selecionar os
mutantes que deseja obter, por meio de mutações sítio-dirigidas.
PRINCIPAIS TIPOS DE MUTANTES USADOS EM
GENÉTICA DE MICRORGANISMOS
❖ A lista de tipos de mutantes que podem ser utilizados é extensa, mas alguns são
mais comumente usados, a depender de serem empregados bactérias, fungos
filamentosos, leveduras ou outros microrganismos, tudo dependendo da finalidade
da pesquisa.
❖ Existem certos tipos de mutantes que são empregados com maior frequência,
independente da espécie microbiana em estudo.
PRINCIPAIS TIPOS DE MUTANTES USADOS EM
GENÉTICA DE MICRORGANISMOS
Mutantes auxotróficos
❖ Um tipo muito usado, que pode crescer em meio completo, mas incapaz de
crescer em meio mínimo, são chamadas de selvagens ou prototróficas.
❖ O que ocorre no caso é uma mutação em um gene responsável pela produção de
uma vitamina, um aminoácido ou um componente dos ácidos nucleicos. Um
mutante incapaz de crescer sem uma vitamina só se desenvolve em meio mínimo
se essa vitamina for acrescentada ao meio, ajudando-a crescer agora.
PRINCIPAIS TIPOS DE MUTANTES USADOS EM
GENÉTICA DE MICRORGANISMOS
❖ Mutantes mais resistentes ou mais sensíveis a agentes inibidores
❖ Se uma população microbiana que era sensível a um agente inibidor, como um
antibiótico, um metal pesado, luz ultravioleta ou temperatura elevada, apresentar
uma mutação que resista a esse agente, essa população é chamada de resistente,
em oposição à linhagem sensível original.
PRINCIPAIS TIPOS DE MUTANTES USADOS EM
GENÉTICA DE MICRORGANISMOS
Mutantes morfológicos
❖ São os que apresentam modificação em coloração, forma ou tamanho da
colônia. São conhecidos em fungos e bactérias. Em fungos, nos quais ocorre uma
maior complexidade de estruturas.
❖ A mutação ocorre ao acaso, não sendo induzida de maneira dirigida, seja pelo agente
mutagênico, seja pelo meio seletivo utilizado;
❖ O agente inibidor tem sido aventada por meio de modificações epigenéticas, ou seja
a presença de DNA que não codifica genes específicos;
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3.3 Recombinação
❖ Existem mutantes apropriados em diferentes células microbianas;
❖ É essencial para que uma espécie possa produzir descendentes que sejam capazes de
sobreviver às variações do ambiente, ampliando assim o valor do processo de
mutação;
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3.3.1 Recombinação em Bactérias
❖ O E. coli foi o primeiro experimento de conjunção bacteriana;
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Figura 3.4 Demonstração de recombinação por conjugação em bactérias. Mutantes
auxotróficos para a síntese de treonina (tre-), leucina (leu-) e tiamina (tia-) em uma
linhagem e biotina (bio-) e metionina (met-) em outra linhagem colocados em ramos
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distintos de um tubo em U
❖ O próximo passo foi demonstrar que existiam em bactérias dois tipos de reações
sexuais diferentes para que a recombinação ocorresse.
❖ As células doadoras eram diferentes das receptoras por conter, além do seu
cromossomo, um elemento extracromossômico atualmente chamado de plasmídeo F
(fertilidade). As células femininas não possuíam o plasmídeo F.
❖ Mais tarde foi visto que o plasmídeo F, provavelmente de origem viral, era bem
menor que o cromossomo bacteriano, mas podia sofrer duplicação autônoma, isto é,
independente da do cro-mossomo bacteriano, além de poder transferir-se de uma
célula para outra. Esses plasmídeos F possuíam genes para produção de fímbrias ou
pilli sexuais que permi-tiam união entre células e transferência de material genético
de uma célula para outra. F
❖ Foi verificado também que apenas o plasmídeo podia passar pelos pilli de uma célula
para outra (Figura 3.5).
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Figura 3.5 Conjugação em bactérias. Transferência do plasmídeo F. (a) Junção da célula doadora (F+)
com a receptora (F-), a primeira com cromossomo e plasmídeo com seu ponto de origem (oriT) e a outra
só com o cromossomo. (b) Formação de ponte de conjugação e corte em um dos fios do DNA do plas-
mídeo F no ponto oriT. (c) transferência de um dos fios de DNA do plasmídeo da bactéria F+ para a F-.
(d) Síntese de cadeias complementares do DNA no plasmídeo. (e) Término da conjugação, resultando
em duas células F+
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Figura 3.6 Conjugação bacteriana por meio de plasmídeo F. Os estágios da conjugação podem ser divididos
em: a) formação de pares específicos entre células doadoras e receptoras; b) formação de conexão celular
pelos Pilli F (singu-lar = Pilus); c) mobilização e transferência do plasmídeo F ou do cromossomo bacteria-no
de uma célula para outra e apenas uma fita do DNA do plasmídeo ou cromossomo é transferida; d)
integração genética do cromossomo da célula doadora na célula recepto-ra por pareamento de fragmentos
homólogos e posterior permutação ou crossing-over formando-se recombinantes que podem ser isolados
em meios apropriados. Além da E. coli, a conjugação já foi descrita em muitas espécies e gêneros bacteria-
nos. Cruzamentos interespecíficos e intergenéricos são possíveis e, assim, a chamada transferência
horizontal é frequente em bactérias, especialmente quando plasmídeos chamados promíscuos, ou
plasmídeos P, são encontrados. Eles são a base para a cons-trução de vetores de transmissão de genes entre
diferentes organismos. Assim, o me-canismo de conjugação em bactérias, além da sua importância
acadêmica, encontra também aplicações quando se deseja que sejam feitas transferências de caracteres
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genéticos em linhagens de valor industrial e em engenharia genética.
3.3.1.2 Transformação bacteriana
❖ O mecanismo de transformação foi o primeiro evidenciado como causador de
recombinação em bactérias. Ele foi observado por Griffith (1928), que injetou em
camundongos uma mistura de duas linhagens de uma espécie de bactérias atualmente
conhecida como Streptococcus pneumoniae.
❖ Nesses fungos, que aparentemente não possuem ciclo sexual, e mesmo em outros
que possuem ciclo sexual, existe um sistema alternativo denominado ciclo
parassexual, descrito pela primeira vez por Pontecorvo e Roper (1952). Também em
fungos, à semelhança das bactérias, pode ser usada a recombinação por
transformação com fragmentos de DNA.
3.3.2.1 Ciclo sexual em fungo
❖ Cada espécie de fungo que possui ciclo sexual apresenta características próprias,
mas o objetivo da existência desse ciclo é sempre o mesmo, isto é, produzir
variabilidade por recombinação. Alguns fungos são homotálicos, isto é, não
possuem tipos de reação sexual distintos. Nesses casos eles podem autofecundar-
se e recombinantes não são produzidos.
3.3.2.1 Ciclo sexual em fungo
3.3.2.1 Ciclo sexual em fungo
❖ Todos esses fungos são muito utilizados como modelos em estudos genéticos.
Neles, como em outros que possuem ciclo sexual, fica fácil serem estabelecidos,
além de pesquisas genéticas, programas de melhoramento genético para obtenção
de linhagens de interesse biotecnológico.
❖ Existindo mutantes, a análise genética pode ser realizada e, dependendo da
espécie de fungos, podem ser usados esporos sexuais ordenados em ascos dentro
de corpos de frutificação, como em Neurospora, ou em esporos não ordenados,
como ocorre em S. cerevisiae, ou em esporos sexuais, os ascósporos coletados ao
acaso, como em A. nidulans. Uma descrição e detalhes desses tipos de análise
genética são encontrados em Azevedo (2008).
3.3.2.2 O ciclo parassexual em fungo
❖ Este ciclo foi descrito primeiramente em A. nidulans por Pontecorvo e Roper(1952).
Gr aças à existência de mutantes auxotróficos e para coloração de conídios, foi
possível evidenciar esse ciclo, colocando-se linhagens de colorações e auxotrofias
distintas em um meio líquido mínimo adicionado de uma pequena quantidade de
meio completo para permitir apenas o início da germinação dos conídios. Ocorre
assim anastomose de hifas, com formação de heterocários (dois núcleos distintos
em um citoplasma comum).