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Já fazem dois dias que estou trancada nesse quarto sem água e sem
comida, estou fraca de tanta fome mas para não ficar com cede, estou
bebendo água da pia do banheiro, já fazem dois dias que César não dá as
caras e com isso sei que ele não está em casa, será que ele finalmente foi em
bora? Será que ele morreu ou foi preso? Acho que Deus não seria tão
bondoso comigo a esse ponto, seria bom demais para ser verdade então
apenas chego a conclusão, de que ele apenas passou esses dias fora com
alguma mulher, mas e se ele está fazendo isso com outras garotas? E se ele
está por aí fazendo mal a mais alguém além de mim?
Me levanto e corro para janela na esperança de ver alguém, mas como
César mesmo disse, ninguém vai vir me ajudar pois todos pensam que estou
louca, que meus gritos são causados pela minha loucura, esse demônio
desgraçado conseguiu afastar até os vizinhos para que não descubram o que
ele faz comigo.
Vejo um carro se aproximar de vagar e logo dois homens saem do
carro se aproximando da casa, penso em gritar por socorro e pedir ajuda, mas
então reconheço César e os meus planos de pedir socorro vai por água
abaixo. Fico aqui na janela observando para ver o que acontece então vejo
aquele homem entrar com César pelo portão do quintal, mas ele nunca traz
ninguém aqui, o que será que está acontecendo?
Poucos minutos depois ouço vozes na sala, César está conversando
com aquele homem mas logo o silêncio se faz presente, colo o ouvido na
porta afim de ouvir algo, mas ouço a fechadura sendo desgraçada e corro para
o outro lado do quarto. César entra no mesmo e fecha a porta fazendo o meu
coração acelerar, com medo do que ele possa ter vindo fazer aqui. Ele vem se
aproximando com um sorriso vitorioso enquanto me encolho no canto da
parede, com receio do que ele vai fazer comigo, então percebo um curativo
no seu pescoço.
— Não precisa ter medo de mim Laura, eu não vou mais fazer nada
contra você... Você terá um destino ainda pior que esse, isso eu te garanto,
você não quis dar essa boceta para mim mas vai ter que dar para muitos
outros homens que pagarão para te comer... Vai se tornar a vadia de muitos já
que não quis ser minha. — Diz com um sorriso diabólico no rosto me
deixando confusa sobre as suas palavras.
— Como assim? Do que você está falando...? Eu não estou
entendendo nada, o que você vai fazer comigo? — Pergunto já sentindo o
meu rosto esquentar e meus olhos encher d'água rapidamente, pois sei que
boa coisa não deve ser.
— Eu não consegui me deitar com você, Laura, mas pelo menos eu
consegui uma boa grana... Arruma a sua mochila com as suas roupas, o seu
novo dono veio te buscar... A partir de hoje você pertence a boate "Pleasure
House" (casa do prazer) uma casa de prostituição bonequinha. — Revela me
encarando atento enquanto sorrir largamente, mas eu ainda não entendi o que
ele quis dizer, o que é prostituição?
— Para onde vocês vão me levar? O que vão fazer comigo? —
Pergunto ainda tentando entender o que está acontecendo, então ele mesmo
se aproxima arrumando a minha mochila.
— Você não precisa saber e nem entender nada, só troque essa roupa
horrível que esta vestida porque você vai sair... Anda logo! Não me obrigue a
tirar eu mesmo a sua roupa... Se eu tiver que fazer isso você já sabe o que vai
acontecer, não sabe? — Diz enquanto arruma a minha mochila e se vira me
encarando com malícia. Esse desgraçado!
Pego um vestido que é mais fácil de vestir e corro para o banheiro
para me trocar, ainda sem entender muito bem o que está acontecendo, mas
seja lá o que for, deve ser melhor que ficar trancada aqui, e se eu não gostar
desse lugar eu posso ter uma chance melhor para fugir e pedir ajuda.
Me arrumo o mais rápido que consigo e saio do banheiro encontrando
César parado ao lado da minha cama, e um homem parado na porta do quanto
me encarando de cima abaixo.
— Realmente, ela é muito linda... Ela vai trazer muitos lucros para a
nossa boate... Tem certeza do que está fazendo Sr. César? Nós não aceitamos
rescisões de contrato, não aceitamos devoluções de dinheiro e nem da
mercadoria... Uma vez que o contrato é assinado você deverá esquecer que
ela existe, estamos entendido? — Explica o homem sem tirar os olhos de
mim. Dou um passo à frente ainda com receio do que está acontecendo aqui.
— Sim Sr. Logan, eu entendi não se preocupe, vocês pagaram muito
bem por ela então ela é toda de vocês, fique a vontade para levá-la. — Diz
César entregando a minha mochila para aquele homem.
— Você disse que ela é virgem? Tem mesmo certeza disso...? Como
uma mulher tão linda como ela pode ser virgem...? Ela não tem nenhum
namorado ou alguém que possa vir atrás dela, não é? Eu posso mesmo ficar
despreocupado quanto a isso? — Pergunta o homem encarando César antes
de voltar a me encarar dos pés à cabeça, fazendo um calafrio percorrer pela
minha espinha.
Meus Deus o que está acontecendo aqui? Para onde esse homem vai
me levar? O que vai acontecer comigo?
— Sim, ela é mesmo virgem e o seu médico pode confirmar isso, ela
vale cada centavo do que o senhor pagou e tenho certeza de que não vai se
arrepender... E não se preocupe, além de mim ela não tem mais ninguém para
ir atrás dela, vocês não terão problemas quanto a isso. — Afirma César
enquanto o homem vem se aproximando lentamente de mim me alisando com
cautela.
— Seu nome é Laura, certo...? Bom Laura, eu vou levar você comigo
e eu espero que não tente fugir, e nem fazer escândalos ou algo do tipo,
entendeu? Você está indo para trabalhar em uma boate e espero não ter
nenhum problema com você, espero que seja obediente, que seja boazinha
para não ser castigada pois eu sou muito severo com os meus funcionários...
Você entendeu o que eu falei garota? — Diz o homem me encarando
friamente me fazendo tremer de medo.
— Sim senhor... Eu entendi. — Respondo com a voz trêmula sentindo
o medo me dominar, esse homem me intimida, ele me dá medo assim como
César.
— Ótimo! Então vamos porque eu estou com pressa... Sr. César! Foi
um prazer fazer negócios com você, espero que seja discreto quanto ao que
fizemos aqui, fui claro...? Vamos Laura! — O homem se despede de César
me indicando a porta e eu passo por ele apressada, ansiosa para sair logo
desse lugar.
Nem acredito que vou sair desse cativeiro meu Deus, acho que o meu
milagre está acontecendo.
— Laura...! Você vai desejar voltar pra casa querida, vai desejar não
ter saído daqui mas quando isso acontecer, lembre-se de que foi você quem
me obrigou a fazer isso. — Diz César antes que eu passe pela porta então
finalmente me viro, o encarando fixamente como não faço a anos.
— Qualquer lugar, até mesmo o inferno será melhor do que voltar
para essa casa... Eu desejo nunca mais voltar a te ver na minha vida, César,
mas se isso acontecer eu espero que você esteja morto seu monstro
desgraçado! — Rebato entre dentes sentindo as minhas lágrimas descerem
pelo meu rosto, mas também sentindo um alívio imenso só pelo fato de não
precisar mais olhar na cara desse infeliz.
— Vai por mim querida, você vai desejar voltar mas não vai poder,
lembre-se disso... Adeus Laura. — Ele sorrir largamente daquele jeito
assustador que me deixa apavorada.
— Ok! Já se despediram, agora vamos Laura... Adeus César! — Diz o
homem por fim, vindo na minha direção e eu me apresso para chegar até a
porta da sala, mas quando coloco a mão na maçaneta sinto uma mão no meu
braço. — Não tão rápido boneca, você vai sair daqui ao meu lado e sem
chamar atenção, ouviu bem.. ? Agora vamos. — Avisa me encarando sério
então abre a porta, me guiando para fora da casa.
Encaro a claridade quase me cegando pois já faz muito tempo que não
saio na rua, já faz muito tempo que César me mantém presa dentro de casa e
só agora consegui sair dessa prisão, parece até um sonho.
O homem me arrasta em direção ao portão do quintal e eu ando a
passadas largas afim de sair logo daqui, não sei o que me espera lá fora mas
não deve ser nada pior do que eu vivi nesse lugar por tantos anos. Quando
finalmente passamos pelos portões vejo um pouco mais a diante um carro
preto parado, então sou guiada até ele.
Paramos ao lado do carro e eu olho para trás vendo pela última vez a
casa onde eu fui mantida refém por tantos anos, sem poder sair para ver as
pessoas ou fazer qualquer coisas por mim mesma, e só de pensar que nunca
mais terei que passar por isso de novo, sinto o meu coração bater acelerado.
O homem que não me lembro mais o nome abre a porta do carro me
mandando entrar, então eu obedeço, entro no mesmo e ele entra em seguida
dando a partida no carro, senti o meu rosto molhado mas não sei se choro de
felicidade ou de tristeza pois a minha ficha ainda não caiu, eu ainda estou
tentando entender o que está acontecendo porque as coisas ainda não ficaram
claras na minha mente, esse homem deu dinheiro ao César em troca dele me
levar para sei lá onde, mas será que ele vai me devolver depois? O que é
prostituição? Porque ele disse que os homens pagariam para me comer?
A palavra mercadoria não sai da minha cabeça então tento entender o
que de fato está acontecendo, eu estava muito atordoada por ver um estranho
dentro da minha casa, e minutos depois César me entrega para esse homem a
troco de dinheiro? Forço um pouco a minha mente e me lembro de uma
novela que vi, onde uma garota é levada para uma boate e era obrigada a
vender o próprio corpo para se manter viva, PROSTITUIÇÃO!
PROSTITUIÇÃO! PROSTITUIÇÃO! A palavra prostituição grita alto na
minha mente então tudo começa a fazer sentido para mim.
— Meu Deus... Eu fui vendida...? Estou sendo levando para
prostituição? Eu vou ter que vender o meu corpo e deixar homens me
tocarem...? Não! Eu não quero isso! EU NÃO QUERO ISSO! EU NÃO
QUERO ISSO! — Questiono a mim mesma e entro em desespero tentando
abrir a porta do carro em movimento, mas está trancada.
— CALA ESSA BOCA GAROTA! PARE DE GRITAR...! Eu avisei
que não queria escândalos e você disse que tinha entendido, agora me
obedeça se não quiser ser castigada! Eu não vou tolerar ninguém
choramingando no meu ouvido... Você devia me agradecer por te tirar
daquele lugar, você é muito linda para ficar presa sem aproveitar melhor os
benefícios que o seu corpo vai te trazer, depois de alguns dias você nem vai
se lembrar do seu passado com a grana que você vai ganhar. — Esbraveja o
homem alterado mas logo sorrir daquele jeito malicioso que me dá calafrios.
— Eu não posso fazer isso... Por favor me deixe ir embora? Eu posso
trabalhar em qualquer outra coisa mas não nisso que o César falou...
Prostituição não por favor? Eu imploro...? Prostituição não .. por favor? —
Suplico aos prantos sentindo o meu corpo inteiro tremer pelo medo que me
consome.
— Eu sinto muito boneca, mas não posso fazer mais nada, o seu
padrasto já te vendeu e agora você pertence a boate Pleasure House... Se você
tiver sorte o chefe pode gostar de você, mas primeiro você terá que fazer
algum programa porque ele não curte virgens... Eu ainda não acredito que
você é virgem, se sou eu no lugar do César eu já teria te comido a muito
tempo... Você é uma delícia e vai se dar muito bem na boate garota, os
clientes são muito generosos você vai ver. — Diz ainda com aquele sorriso
malicioso me deixando em pânico. Encaro as ruas a minha frente por onde o
carro passa em alta velocidade.
— Eu não vou conseguir fazer isso... Por favor me deixe trabalhar
com qualquer outra coisa, e eu prometo me comportar, mas não me obrigue a
me vender por favor...? Por tudo que há de mais sagrado moço...? Eu prometo
ser obediente mas eu não quero me prostituir... Por favor tenha piedade! —
Mais uma vez imploro tentando controlar as minhas lágrimas mas não
consigo, pensei que nada mais me abalaria depois de tudo que passei naquela
casa, mas me enganei.
— Sinto muito mas não sou eu quem vai decidir isso minha linda, a
sua primeira função será o programa, mas se o chefe decidir que você fará
outras coisas então você fará... E acho bom você ser muito boazinha com ele,
você precisa agradá-lo para conseguir o que você quer, mas para isso você
precisa perder a sua virgindade antes pois ele não gosta de virgens... Eu posso
te ajudar nisso... Eu posso ser o seu primeiro cliente e tirar a sua virgindade
com o maior prazer. — Comenta voltando a sorrir daquele jeito que me deixa
apavorada.
Ele põe a mão na minha perna e aperta me fazendo dar um pulo no
acento, sinto o ar me faltar e não consigo respirar, estou tendo uma crise e
não sei o que fazer.
— Abre o vidro...? Por favor abre esse vídeo eu não consigo
respirar... Eu não consigo... Respirar... — Peço me tremendo sentindo que
posso me sufocar a qualquer instante.
— O que você tem? O que está acontecendo Laura? — Pergunta
preocupado então para o carro no acostamento e abre o vidro como eu pedi.
— Me sinto sufocada... Eu não consigo respirar... Eu... Eu não quero
ir por favor...? Eu faço o que você quiser mas não me leve...? Por favor não
me leve? — Volto a chorar tentando puxar a minha respiração, sentindo o
meu corpo sem forças.
— Eu falei que não queria saber de você choramingando no meu
ouvido, e você disse ter entendido então para com isso porque agora é tarde
para voltar atrás! Eu já paguei uma boa quantia em dinheiro por você e tenho
certeza de que o seu padrasto não vai querer devolvê-lo, então para o seu bem
é melhor você não me estressar, eu fui claro...? Eu não tenho paciência com
esse tipo de coisa, então a menos que não queira me ver irritado é melhor
você se calar...! Aceite logo o seu destino porque eu não vou soltar você! —
Esbraveja alterado socando o volante do carro me assustando ainda mais.
Decido seguir as suas ordens e me calo, tenho medo do que ele seria capaz de
fazer comigo já que foi capaz de me comprar. — Ótimo! Assim é bem
melhor... Olha só, não precisa ficar com medo, você vai ver que fazer
programas não é assim tão ruim, as meninas que trabalham lá estão lá porque
querem e não porque são obrigadas, eu tenho certeza de você vai se dar bem
com elas... Agora vamos em silêncio, estamos entendidos, Laura? — Diz
tranquilamente como se tivesse dizendo algo comum de se ouvir.
Choro em silêncio para não aborrecer esse homem que não me lembro
o nome, parece que não me resta outra alternativa a não ser aceitar as minhas
novas condições, já que César recebeu dinheiro para que eu esteja onde estou.
Eu sabia que seria castigada pelo que eu fiz com ele mas não esperava por
isso, depois de anos tentando me violentar ele simplesmente me vende para
uma casa de prostituição, já que eu não me entreguei a ele terei que me
entregar a muitos, só que não!
Não vou aceitar isso assim tão fácil, eu faço da vida desse homem um
inferno mas eu não vou me deitar com ninguém, se quiserem fazer isso terão
que me matar primeiro.
Tento me manter forte para não desmoronar mais uma vez e acabar
sofrendo as consequências do meu desespero. Fixo os meus olhos nas ruas a
minha frente prestando atenção para gravar o caminho para onde estou indo,
não conheço mais os lugares, não me lembro nem onde fica o cemitério onde
a minha mãezinha foi enterrada, só fazem seis meses que ela se foi e não sei
como ir para levar flores e visitar o seu túmulo, mas para quê eu preciso
saber? Estou condenada a viver uma vida de merda, estou condenada a sofrer
e pagar pelo erro da minha mãe em confiar em alguém como César, eu só não
entendo o porquê ela se sujeitou a passar por tudo aquilo se não o amava.
Minha mãe tentou me libertar, tentou me ajudar a fugir deixando ela
para trás, mas eu jamais a deixaria, ela era a minha mãe e estava doente
precisando de quem cuidasse dela, e isso César nunca fez, eu não queria que
ela morresse, não queria que ela me deixasse mas não tive como impedir que
isso acontecesse, e agora estou aqui sozinha nesse mundo comendo o pão que
o diabo amassou e cuspiu em cima.
Eu poderia dizer que nunca vou me apaixonar na minha vida, mas
como se apaixonar quando você não conhece o amor? Bom, o amor de mãe
eu até conheci mas eu nunca tive o amor de um pai, irmãos ou namorado,
como evitar se apaixonar por um homem que pode se tornar o seu pior
pesadelo? Eu também não sei essa resposta e pelo visto, a minha mãezinha
também não sabia, ou não teria se apaixonado por aquele canalha que a
matou aos poucos não deixando ela se cuidar para sobreviver, mas também
como se apaixonar quando tudo que você conhece de um homem é o pior de
tudo que você não quer ver? Como confiar em um homem quando as
referências que você teve uma vida inteira não era o que você queria?
Ás vezes eu até penso que César queria a minha mãe morta, essa é a
única explicação para ele não deixá-la ir ao médico se cuidar, deixando de
comprar os seus remédios e fazer o tratamento que poderia dar a ela mais
tempo de vida. Eu convivi com o próprio diabo dentro da minha própria casa
por dez anos. Eu vou rezar e pedir a Deus que o meu destino, o meu futuro
não seja tão pior quanto tudo que eu já vivi até agora.
Depois de alguns longos minutos ali sentada naquele carro chorando
em silencio, eu me pego admirando aquelas belas casas a minha volta, por
onde o carro passa eu vejo uma casa mais linda e maior que a outra, prédios
enormes que parecem não ter fim, assim como nas novelas que eu assistia, eu
não perdia tempo assistindo aos noticiários pois a minha vida já é horrível o
suficiente para ver as desgraças que acontecem aqui fora, então eu tentava me
apegar as coisas boas que eu via nas novelas, atos de carinho e solidariedade,
atos de compaixão, mas também tinha muita intriga e maldade assim como na
vida real.
Eu até já fiquei semanas sem conseguir ligar a TV depois de uma cena
de estupro que vi em uma novela, aquilo acontecia comigo todos os dias e
todos os dias eu lutava para não deixar aquilo acontecer, lutar contra um já
foi difícil, imagina lutar contra muitos que viram até a mim pagando para
fazerem aquilo? Não sei se vou suportar, não sei até quando vou conseguir
lutar contra isso, não quero me tornar uma prostituta eu não quero vender o
meu corpo para desconhecidos, eu não quero viver assim, prefiro a morte a
ter que me submeter a isso.
Deixo os meus pensamentos de lado quando o carro finalmente para
em frente a uma casa enorme, com um nome muito bonito e
iluminado. "Pleasure House"
— Chegamos ao seu novo lar... Você vai se dar bem com as outras
meninas, vai se enturmar logo. — Diz antes de sair do carro e dá a volta no
mesmo, nesse meio tempo tento abrir a porta para tentar correr mas está
trancada, ele pensou em tudo, esse desgraçado! — Vamos...! E por favor não
tente nenhuma gracinha, estamos entendidos? Nós temos seguranças dentro e
fora da boate então eu saberei se você aprontar, e se você aprontar eu terei
que te castigará para dar o exemplo as outras meninas, ouviu bem...? E nada
de falar para as meninas que eu comprei você, deixa que eu me entendo com
elas. — Diz ele ao abrir a porta do carro para mim, me encarando de um jeito
severo que me dá arrepios.
— Sim senhor. — Reluto em sair do carro mas ele me segura pelo
braço me puxando para fora do mesmo.
Ele bate a porta do mesmo e me arrasta por uma pequena escadaria
até entramos na tal boate. O lugar é enorme com algumas mesas e poltronas
espelhadas pelo lugar, e tem dois palcos um de cada lado do espaço, algumas
garotas dançam uma música agitada e outras conversam enquanto outras
pessoas limpam o local.
— Atenção meninas! Temos uma novata e quero que lhe deem as
boas-vindas...! Essa é Laura, e ela começará hoje junto com vocês, então por
favor ajudem-na se arrumar e ensinem-na como se comportar no salão, pois
ela é nova no ramo... Bom, vocês saberão ajudá-la. — Diz ainda me
arrastando nos aproximando das meninas.
— Logan, o chefe está no escritório e está te esperando, acho bom
você ir logo porque ele não está de bom humor hoje. — Avisa um homem
negro muito bonito atrás de um balcão com os seus olhos fixos em mim,
então esse Logan não é o chefe? Meu Deus, esse outro deve ser ainda pior
que ele.
— Qual é o dia que o chefe não está de mal humor? Sempre nessa
época do ano ele fica intragável. — Diz uma das meninas cruzando os braços
suspirando fundo.
— Ok! Eu vou lá ver o que ele quer... Meninas! Ajudem a Laura por
favor, e escolham um codinome para ela que combine com essa beleza
estonteante que ela possui... Nos vemos depois boneca. — Diz o tal Logan
todo sorridente me entregando a minha mochila, em seguida ele sai me
deixando aqui com essas pessoas estranhas.
— Minha nossa, garota como você é linda... Nós vamos te deixar
ainda mais gata pode crer... Eu me chamo Adélia. — Diz uma das meninas
empolgada se aproximando de mim mas me sinto deslocada em falar com
elas, pelo que Logan disse elas estão aqui porque querem, mas eu não.
— Eu quero sair daqui! Eu quero ir embora por favor...? Eu estou
aqui por engano. — Entro em pânico e dou meia volta na tentativa de correr,
mas me deparo com um homem alto e forte atrás de mim com os braços
cruzados.
— Você não vai a lugar nenhum menina, eu tenho ordens para não
deixá-la sair. — Avisa o homem me encarando sério com um olhar gélido
que me faz estremecer dos pés à cabeça.
— Porque ela não pode sair? Ela está sendo obrigada a estar aqui...?
Isso é errado ninguém trabalha aqui contra a vontade, não é essa a regra da
casa. — Dispara a tal Adélia se aproximando parando ao meu lado,
encarando séria o segurança a minha frente enquanto as outras meninas
também se aproximam.
— Fica na sua Adélia! Eu só estou cumprindo ordens. — Rebate o
segurança a encarando um pouco menos intimidador como fez comigo l.
— Vamos levá-la até lá em cima, não vai adiantar bater boca se for
uma ordem do chefe... Vamos Laura! Não tenha medo nós vamos te ajudar.
— Diz uma outra menina que eu ainda não sei o nome, só me restou ir com
elas.
Encaro o moreno atrás do balcão me encarando surpreso e ao mesmo
tempo preocupado, sinto as minhas lágrimas descendo então subo com as
meninas por uma escadaria que vai para um segundo andar, elas me levam
para um quarto onde tem várias camas e muitas roupas espalhadas, a todo
momento elas perguntam de onde sou e o que eu fiz para vir parar a aqui
nessas condições, recebi elogios de algumas meninas mas uma em especial
não me olha com uma cara muito boa.
Todas me enchem de perguntas mas eu não sei o que dizer, então
corro entrando na primeira porta que vejo a minha frente e me deparo com
um banheiro bonito e muito espaçoso, tranco a porta e ando de um lado para
o outro tentando não enlouquecer.
— O que eu vou fazer...? O que eu vou fazer meu Deus? Como vou
sair daqui? Como vou conseguir escapar desse lugar...? Eu saí de uma prisão
para entrar em outra. — Questiono entre lágrimas sentindo o meu coração
bater na boca.
— Laura abre a porta! Vamos conversar ninguém aqui vai fazer mal a
você, só queremos te ajudar... Abre a porta gata por favor? — Pede uma das
meninas mas não é a voz da Adélia.
Estou com medo, não quero estar aqui, mas o que vai adiantar eu ficar
trancada aqui dentro? Se aquele Logan se aborrecer comigo ele pode me
machucar e sei que ele seria capaz de fazer isso, não vejo um pingo de
compaixão nos seus olhos então decido pelo menos tentar me dar bem com as
meninas, talvez elas consigam me ajudar a escapar ou pelo menos evitar fazer
os programas.
Depois de tanto elas insistirem eu finalmente abro a porta, mas dessa
vez há poucas meninas, Adélia é morena assim como eu, mas ela é linda e
tem os olhos verdes mas não parecem ser naturais, ao seu lado está uma ruiva
e uma loira também muito linda e ambas me encaram assim como Adélia,
com um pequeno sorriso no rosto tentando me passar alguma confiança.
Depois de conversar bastante com as meninas para conhecê-las
melhor, elas voltam a me encher de perguntas, mas eu apenas digo que não
posso dizer nada pois estou cumprindo ordens do Sr. Logan, elas estranham
mas aceitam as minhas justificativas e não me fazem mais tantas perguntas,
mas é claro que elas queriam saber se eu já fiz isso antes e eu tive que contar
que sou virgem, que nunca namorei na minha vida e não tenho noção de
nada, elas riram por eu ainda ser virgem em pleno os meus dezenove anos,
como se isso fosse um absurdo.
Não posso contar a elas que eu era mantida refém pelo meu padrasto
na minha própria casa, e que ele tentou por nove anos abusar de mim mas eu
fui forte e consegui sobreviver a isso, não posso dizer a elas que fui comprada
e estou aqui contra a minha vontade, eu tenho medo do que o Sr. Logan possa
fazer comigo pois já percebi que mesmo não sendo o chefe aqui, ele também
dá ordens.
Depois de tanta conversa e as minhas lágrimas descendo, as meninas
tentaram me consolar. Logan apareceu ordenando que eu me arrumasse junto
com as meninas pois já está quase na hora da boate abrir. As meninas tentam
me fazer comer alguma coisa mas eu não consigo, estou tão triste e abalada
que nada desce pela minha garganta, e o fato de ter que me arrumar para me
exibir para os homens que virão aqui, me apavora, estou em pânico mas sei
que será muito pior se eu continuar aqui chorando, eu preciso reagir e lutar
como eu tenho feito até agora, ninguém vai encostar as mãos em mim contra
a minha vontade, eu não vou me deitar com ninguém para dar lucros a esse
lugar jamais.
Depois de alguns minutos com as meninas me puxando de um canto
para o outro, eu finalmente estou pronta, elas me emprestaram uma roupa
para eu usar pois as roupas que eu tenho são velhas e estão longe de ser
sensuais e provocantes como as roupas que elas usam.
A música lá embaixo já está alta e aos poucos todas as meninas vão
descendo, Adélia foi a única que fixou comigo tentando me convencer a
descer, mas eu ainda não consigo aceitar essa minha nova realidade e talvez
eu nunca aceite isso, mas que escolha eu tenho?
— As duas estão esperando o quê para descerem...? Vamos Laura! O
chefe quer conhecer você antes de ir embora. — Me assusto com Logan
entrando no quarto nos encarando sério.
— Nós já vamos descer Logan, eu só estava ajudando a Laura
terminar de se arrumar, mas ela já está pronta... Vamos Laura! — Adélia diz
me puxando pela mão mas assim que passando por Logan, ele segura o meu
braço.
— Sem gracinhas ouviu bem...? Acho bom você se comportar, não
queira arrumar problemas comigo, estamos entendidos? — Ele me lança um
olhar perverso e isso me fez tremer na base.
— Não precisa falar assim com ela Logan, ela já entendeu o recado, o
que deu em você? Porque está tratando a garota desse jeito? Você não é o
chefe aqui não se esqueça disso! — Adélia o enfrenta me puxando para perto
dela e Logan lhe lança um olhar mortal.
— Não se mete nos meus assuntos Adélia! Não queira arrumar
problemas comigo você também, eu não estou com paciência para gracinhas
hoje. — Esbraveja Logan alterado, se aproximando com aquele mesmo olhar
de fúria.
— Ela não é assunto seu! Ela é funcionária da casa assim como você
e todo mundo aqui! O Sr. Sarkozy está de acordo com essa sua maneira de
gerenciar a boate dele? Ele está de acordo com as grosserias que você anda
fazendo com a gente? Porque você está se achando o nosso dono mas você
não é! — Mais uma vez Adélia o confronta e ele levanta a mão para bater
nela, mas eu entro na sua frente.
— Não precisa se preocupar comigo Sr. Logan! Eu vou me
comportar... Vamos Adélia! Eu não quero que arrume problemas por minha
causa. — Digo aflita com medo de que Logan realmente nos faça mal e saio
arrastando Adélia em direção a escada.
— Eu quero entender o porquê ele está te tratando assim Laura, eu já
percebi que você está aqui contra a sua vontade mas aqui ninguém é obrigada
a fazer nada, nós estamos aqui porque queremos mas você não quer estar
aqui... Me diz o que está acontecendo por favor? Me deixa te ajudar Laura?
— Ela me encara aflita enquanto descemos a escada então eu paro
abruptamente, ao ver a quantidade de gente lá embaixo.
É muita gente, não dá nem para ter uma noção de números e a maioria
são homens. Sinto o meu coração disparar e olho para cima pensando em
voltar correndo, mas vejo Logan descer com os seus olhos furiosos presos em
mim.
— Eu não posso te contar agora mas eu prometo que um dia eu te
conto... Vamos descer, eu não quero problemas com esse homem... Ele me dá
medo. — Arrasto-a escada abaixo e paramos perto do bar onde há algumas
garotas conversando empolgadas.
— Laura! Se aquele canalha fizer alguma coisa com você, promete
que vai me contar...? Por favor eu só quero te ajudar, está bem? — Adélia me
encara preocupada e aquela vontade de chorar me atinge mais uma vez, mas
me controlo.
— Eu prometo...! Obrigada por estar ao meu lado Adélia... É muito
bom saber que finamente eu posso contar com alguém. — Encaro-a com um
pequeno sorriso e me deixo mover pelo impulso, abraçando-a forte.
Adélia retribui o meu sorriso antes de me levar para dar uma volta
pelo salão, por onde passamos os homens mexem com a gente, passam a mão
e tentam nos abraçar, e isso me deixa em pânico, já estou me sentindo
sufocada com essa situação e Adélia percebe.
Paramos novamente próximo ao bar e vejo de longe um homem em
uma das mesas, com uma das garotas mas ele não tira os olhos de mim, ele
me encara tão intensamente que me estremeço por medo dele querer se deitar
comigo. Olho em outras direções e mais pares de olhos estão sobre mim,
também tem mulheres me encarando sorridentes de um jeito malicioso, como
César passou esses anos todos me olhando. Me viro para o bar puxando a
respiração e o bartender que no caso é o Paulo, me estende uma taça com
uma bebida branca transparente.
— O que é isso? Eu não pedi nada. — O encaro confusa e ele sorrir
de uma maneira diferente do resto dos homens nesse lugar.
— O drink foi pago pelo cavalheiro da esquerda... Não se preocupe,
esse drink tem pouco álcool. — Diz com um sorriso gentil enquanto mexe
com outras bebidas.
— Obrigada mas eu não bebo... Mas eu aceito uma água, estou
morrendo de cede. — Digo meio sem jeito e ele abre ainda mais o seu
sorriso.
— Ok! Saindo uma água bem geladinha para a garota mais linda
dessa boate. — Diz ele pegando uma garrafinha de água colocando no copo
para mim.
Agradeço e pego a água, mas na minha primeira golada sinto uma
mão na minha cintura que me faz endurecer na mesma hora.
— Oi minha linda... Eu quero duas horas de prazer com você, está
disponível? — Pergunta o homem ao meu lado me puxando para o seu corpo
e eu me apavoro.
— Não! Eu não estou disponível com licença. — O empurro para
longe de mim apavorada e me viro para sair dali, mas me choco contra
alguém. — Me desculpe senhor, eu não fiz por mal. — Digo com a voz
trêmula encarando a minha frente o mesmo homem que me olhava tão
intensamente a poucos minutos atrás.
— Não precisa se desculpar minha linda... Você é a novata, não é? É
o seu primeiro dia hoje? — Pergunta me analisando dos pés a cabeça antes
que os seus olhos azuis finalmente parar nos meus e eu nem sei o que
responder de tão nervosa.
— Laura, esse é o Sr. Sarkozy! Ele é o nosso chefe. — Nós apresenta
Adélia parada ao seu lado me encarando apreensiva. Minha nossa, então ele é
o nosso chefe?
— Muito prazer em conhecê-lo senhor... Eu... Eu queria conversar
com o senhor sobre o meu trabalho Eu... eu... — Digo nervosa sentindo o
meu corpo inteiro tremer, mas paro quando vejo Logan se aproximar me
encarando com um olhar furioso.
— Sem problemas gracinha, podemos conversar... Vamos subir e
conversar fora desse barulho. — Ele se aproxima mais pondo a mão na minha
cintura e me guia em direção a escada.
Não digo mais nada mas quando olho para trás, vejo Adélia com um
sorriso gigantesco no rosto, diferente de Logan e uma das meninas que me
encara furiosa, não entendi o porquê disso se eu acabei de chegar aqui e não
fiz nada contra ela.
O meu chefe sobe a escada ainda com a mão na minha cintura me
guiando para o andar de cima, ele não puxa assunto, não diz nada, está calado
assim como eu, mas estou esperançosa em conseguir convencê-lo a me dar
outro tipo de trabalho que não seja me deitar com esses homens, eu faço
qualquer coisas para não me tornar uma dessas garotas e talvez esse homem
seja a minha salvação, pois ele parece ser diferente de Logan.
Assim que chegamos no andar de cima o Sr. Sarkozy me guia pelo
corredor e quando chegamos no final dele, ele abre a última porta me dando
passagem para entrar, e assim eu o faço, mas assim que passo pela porta me
deparo com um quarto luxuoso e enorme, mas porque ele me trouxe para o
quarto? Não podíamos conversar em outro lugar ou em um escritório?
Paro no meio do quarto ainda confusa sobre o porquê de estarmos
aqui, então ele entra trancando a porta fazendo o meu coração acelerar. Meu
chefe se aproxima de mim me encarando como aqueles homens lá embaixo e
isso me deixa em alerta.
— Sr. Sarkozy, não me leve a mal mas eu não quero faz... — Digo
apreensiva e nervosa com a sua proximidade, mas ele me interrompe.
— Não se preocupe minha linda, nós teremos muito tempo para
conversar, mas agora o meu interesse é outro... Você é muito linda... Tão
linda que eu não quero esperar para ter você, gracinha. — Diz ele me
puxando pela cintura e segura a minha nuca tentando beijar o meu pescoço,
mas me deixo mover pelo medo e mordo o seu braço fazendo-o me soltar. —
Mas o que é isso? Você ficou maluca...? Eu sou o seu chefe então você me
deve obediência e vai fazer o que eu mandar! — Esbraveja me encarando
perplexo enquanto segura o seu braço no local que mordi.
— Nem você e nem ninguém vai tocar em mim! Eu não sou um
brinquedo para vocês se divertirem...! É melhor não chegar perto! Ou eu
mordo você outra vez. — Aviso nervosa me afastando dele o máximo que
posso, mas ele vem na minha direção.
— Você é uma atrevida e merece um corretivo! É assim que você
trata os seus clientes garota...? Aposto que nenhum homem te pegou de jeito
por isso é tão brava e arisca... Mas eu prometo foder você tão forte que
jamais vai esquecer bonequinha. — Diz entre dentes avançando em cima de
mim mas tento correr pulando sobre a cama.
Mas ele consegue me puxar pelos cabelos me fazendo cair deitada na
mesma, ele se põe sobre mim me prendendo com o peso do seu corpo.
— Me solta...! Por favor eu não quero isso! Me solta...? Por favor me
solta? — Imploro ofegante me debatendo para me soltar dele, mas o mesmo
segura as minhas mãos acima da cabeça me encarando fixamente.
— Porque não quer me deixar tocá-la...? Além de muito linda você
parece ser muito gostosa, eu posso te recompensar se for uma garota
boazinha e me agradar como se deve... Eu sei que você deve ser bastante
experiente nisso gracinha, ou não estaria aqui. — Diz com a voz rouca em
meu ouvido me fazendo arrepiar.
— Não...! Por favor? Por favor não faz isso...? Eu estou implorando
eu não posso fazer isso...! Por favor? — Suplico apavorada sem conseguir
conter as minhas lágrimas e ele me encara surpreso, soltando as minhas mãos
saindo de cima de mim.
Enquanto eu choro e me encolho na cama aquele homem se levanta
me encarando surpreso, e espantado ao mesmo tempo, ele anda de um lado
para o outro me encarando ainda sem acreditar que eu esteja chorando, me
deixo me mover mais uma vez pelo meu pânico e me levanto correndo até a
porta, mas antes de tocar a maçaneta sou puxada com força para trás e
arrastada de volta até a cama.
— Vadia mentirosa...! Você não vai me engana de novo sua
prostituta! Eu vou te foder sem dó e nem piedade e você não vai dar um pio,
ouviu bem...? Eu paguei pelos seus serviços e quero você. — Esbraveja me
jogando na cama se pondo novamente sobre mim, rasgando o meu vestido
tirando-o do meu corpo, deixando os meus seios à mostra.
Choro tentando empurrá-lo mas ele é muito forte, ele rasga também a
parte de baixo do vestido tamanha é a força desse homem me deixando
apenas de calcinha, sinto o pânico me dominar mais uma vez.
— Por favor não faz isso? Eu imploro não faz isso...? Eu não vou
suportar por favor? — Peço ainda entre lágrimas assustada, tentando em vão
sair das mãos desse homem.
— Você já deve ter dado essa boceta para tantos homens, porque está
se negando a dar para mim...? Qual é o seu problema garota? Se não quer
fazer programas não devia está aqui? Eu sou o seu chefe mas eu paguei para
ter você então você vai fazer o que eu mandar! Agora pare de chorar porque
as suas lágrimas não vão me enganar outra vez! — Esbraveja novamente
segurando as minhas mãos acima da cabeça então sinto a sua boca quente
sugar o meu seio com força.
Sinto o meu corpo inteiro estremecer mas a sua atitude me assusta, ele
desce a sua mão tentando tocar a minha intimidade e eu me desespero, mais
uma vez tento me soltar dele.
— Não faz isso senhor? Para por favor...? Não faz isso eu sou
virgem...! Para! Por favor para! — Grito ainda chorando então ele para me
encarando chocado.
— O que... O que você disse...? Virgem? Você é virgem...? Eu não
acredito em você! VOCÊ ESTÁ MENTINDO PARA MIM! — Pergunta me
encarando perplexo então ele sai de cima de mim sem tirar os seus olhos do
meu corpo.
Mas então ele se enfurece e abaixa a sua calça junto com a cueca
voltando a se por sobre mim, meu Deus esse homem vai me matar, ele é
grande, é muito grande eu não vou suportá-lo.
— POR FAVOR EU NÃO ESTOU MENTINDO! EU NÃO ESTOU
MENTINDO...! PERGUNTA AO LOGAN! POR FAVOR PERGUNTA AO
LOGAN EU SOU VIRGEM...! POR FAVOR...! Por favor não faz isso...?
Não faz isso por favor...? Eu não quero me machucar por favor? — Grito
apavorada tentando com todas as minhas forças me soltar dele mas não
consigo.
Mais uma vez ele me encara perplexo e surpreso ao mesmo tempo,
tentando acreditar no que eu acabei de gritar. Ele se levanta novamente
vestindo a sua cueca e a sua calça e volta a me encarar fixamente, enquanto
eu puxo o travesseiro da cama tentando cobrir o meu corpo.
— Você é uma garota de programa, como pode ser virgem...? Eu não
acredito em você, você está tentando me enganar só pode ser isso...! Eu não
vou ficar sem o programa eu já paguei por você e paguei muito bem, então
faça o seu trabalho garota! Eu não vou acreditar nessa história de que você é
virgem, isso é impossível! Logan sabe que eu não curto virgens. — Diz
irritado andando de um lado para o outro me encarando furioso, e isso me
desespera novamente.
— Eu não estou mentindo senhor... Eu sou virgem pode perguntar ao
Sr. Logan, eu nunca me deitei com ninguém... Por favor não faça isso
comigo...? Não era para eu estar aqui. — Imploro entre soluços e ele me
encara desconfiado, ele esfrega as mãos nos cabelos e se aproxima de mim,
me encarando sério.
— É bom você não estar mentindo para mim, ouviu bem...? Do
contrário eu mesmo castigarei você! Fique quieta aqui e não saia está me
entendendo...? Eu vou tirar essa história a limpo e já volto... Vista isso! —
Ele diz sem tirar os seus olhos famintos de mim e joga para mim o seu blazer.
Ele vai em direção a porta e sai batendo a mesma enquanto eu fico
aqui, chorando temendo ser castigada por Logan, pois sei que será isso que
vai acontecer depois que esse homem se queixar de mim.
Pego o blazer dele e visto sentindo o seu cheio, um cheiro tão bom
que me prende nele, me encolho no canto da cama esperando aquele homem
voltar com Logan, e rezando para não ser castigada pelos dois, pedindo a
Deus para me acordar desse pesadelo que é a minha vida.
Eu fiquei louco quando vi aquela mulher linda de pele morena e
cabelos longos negros parecendo uma índia, ela é linda, maravilhosa e me
lembra muito alguém que eu tanto amei, alguém que era tudo para mim e
agora não existe mais, e para foder ainda mais a minha vida o destino coloca
essa garota justo aqui, na minha boate, ela lembra muita a Laís, a sua
semelhança me deixa embasbacado e por isso não resistir e contratei os seus
serviços, eu precisava sentir essa mulher mas não esperava que ela fosse
reagir daquela maneira, não imaginava que ela fosse virgem e ainda não estou
acreditando nessa novidade, aquela garota tão linda e tão encorpada nunca foi
tocada por um homem? Como ela pode ser virgem trabalhando em uma casa
de prostituição?
Eu vou matar o Logan por me fazer perder o meu tempo, aquele
cretino sabe que eu não curto tirar a virgindade de garotinhas, a muito tempo
eu não sei como ser gentil e carinhoso com uma mulher, tudo que eu sei fazer
e foder com força mas essas prostitutas nunca reclamaram, mas também é a
primeira vez que encontro uma prostituta virgem, na verdade ela nem chega a
ser uma prostituta já que nunca se deitou com homem algum.
Essa garota não quer essa vida, do contrário já teria se entregado a
mim, as prostitutas dessa boate saem no tapa para ver quem vai ficar comigo
mas não são elas quem escolhe, eu escolho quem vai sentir o meu pau
entrando nela com força e eu quero essa novata, ela tem quer ser minha mas
não quero ter que tirar a sua virgindade, não quero traumatizar a garota
metendo nela com força na sua primeira vez, eu já fiz isso antes e a pobre da
garota chegou a ficar doente com febre e algumas semanas sem poder transar,
prejuízo para ela e para boate também. A garota era nova na casa mas ela
estava aqui porque queria e não por obrigação, mas com essa novata a
história parece diferente, então preciso saber de fato como ela veio parar aqui,
não quero mulheres traficadas na minha boate.
— Logan! Precisamos conversar, vamos até o escritório agora
mesmo! — Digo furioso passando por ele que estava se esfregando em uma
das garotas da casa.
Ele apenas me encara surpreso e rapidamente vem atrás de mim.
Passo entre as pessoas sem olhar na cara de ninguém e sem dar atenção as
garotas que me encaram famintas, loucas para me darem as suas bocetas.
Sigo para o escritório no corredor da esquerda e assim que entro vou direto
no bar me servir de uma dose dupla de whisky.
— O que houve John? Aconteceu alguma coisa...? A garota que você
escolheu hoje não te agradou? Eu posso escolher uma... — Pergunta Logan
entrando no escritório fechando a porta atrás de si, mas o interrompo.
— Porque você não me avisou que uma das novatas é virgem? Porque
me deixou perder o meu tempo com uma virgem Logan...? Por acaso você se
esqueceu que eu não curto garotas virgens seu idiota? — Rebato irritado
enquanto vou para trás da minha mesa e ele me encara surpreso.
— Como assim? Você escolheu justo a novata virgem para subir com
você? Eu avisei sim que havia uma virgem entre as novatas, eu não tenho
culpa se você subiu com ela sem se lembrar desse detalhe John. — Contesta
me encarando apreensivo e ao mesmo tempo nervoso.
— Essas garotas chegaram aqui a dois dias, como ela ainda é
virgem...? Aliás, eu quero saber como essa garota veio parar aqui porque eu
não me lembro dela na seleção que fizemos, e ela também não parece querer
trabalhar aqui por vontade própria... De onde saiu essa garota Logan? Eu
quero uma explicação que seja bastante convincente, quero saber o que essa
garota faz aqui se ela não quer trabalhar com os programas. — Pergunto
impaciente depois de beber todo o meu whisky em uma só golada, ele engole
a seco antes de começar a falar.
— Eu posso explicar John... Ontem chegou um cara aqui dizendo que
tinha uma mercadoria para nós, na hora eu hesitei em fechar negócio com ele
mas como se tratava do próprio padrasto da garota, eu não vi problema algum
em aceitar a garota aqui... Mas o cara é ambicioso e pediu uma boa quantia
pela enteada. — Diz enquanto se senta a frente da minha mesa e eu o encaro
sem acreditar no que acabei de ouvir.
— Você está querendo me dizer que... Você comprou aquela garota
para trabalhar aqui, é isso mesmo? Quantas vezes você me viu traficar
mulheres para trabalharem na minha boate seu infeliz de merda? Você faz
ideia do problema que você pode me causar por causa dessa garota? —
Questiono me irritando ainda mais e me levanto socando a mesa para não
socar a cara desse idiota.
— Me desculpa cara eu pensei que não... — Tenta argumentar me
encarando assustado mas o interrompo.
— VOCÊ NÃO É PAGO PARA PENSAR LOGAN! QUANTAS
VEZES MAIS VOCÊ VAI TOMAR DECISÕES SEM FALAR COMIGO?
ESSA PORRA DESSA BOATE É MINHA VOCÊ É APENAS O MEU
SUBORDINADO, VOCÊ É PAGO PARA FAZER O QUE EU MANDO E
NÃO O QUE VOCÊ ACHA QUE PODE FAZER! — Grito o encarando com
um olhar mortal e o vejo tremer feito vara verde. — Se esse cara vendeu a
própria enteada deve ser mesmo um homem ambicioso, ele não vai querer
aceitá-la de volta e devolver o meu dinheiro, que você gastou sem me
consultar antes...! Você está vendo essa marca de dentes no meu braço? A
garota me mordeu para não ter que se deitar comigo, agora imagina se ela
fizer isso com todo cliente que pagar pelos serviços dela? Você me arrumou
um problema sério Logan! Agora me diz como eu vou resolver isso seu
infeliz? — Esbravejo voltando até o bar me servindo de mais uma dose de
whisky.
— Nada que um bom corretivo não resolva... Eu vou dar um jeito nela
agora mesmo, num instante eu vou amansar essa fera com uns bons tapas. —
Ele também se levanta mas quando ele passa por mim eu o agarro pelo
colarinho da camisa.
— Nem você e nem ninguém vai encostar a mão nela até segunda
ordem! E é melhor você me obedecer ou quem vai levar um corretivo será
você... Estamos entendidos, Logan? Você ouviu bem o que eu acabei de
dizer? — Digo entre dentes o encarando com fúria nos olhos e ele balança a
cabeça freneticamente.
— Tudo bem chefe não se preocupa... Ninguém vai encostar as mãos
nela. — Diz com os olhos levemente arregalados então sinto o meu celular
vibrar no bolso.
Solto Logan e pego o meu celular vendo a foto de Giulia pisca na tela,
suspiro frustrado mas mesmo assim atendo o celular.
— Fala Giulia! Espero que seja um assunto muito importante para
você estar me ligando a essa hora. — Atendo no meu tom de sempre e tenho
certeza de que ela está revirando os olhos nesse momento.
— Boa noite para você também, irmãozinho, a mamãe quer saber o
porquê você não retornou as inúmeras ligações dela, e também está
chateada porque você não apareceu no jantar de família mais uma vez. —
Diz minha irmã em um tom irônico então me lembro do jantar.
Droga! Dessa vez a mamãe deve estar mesmo magoada comigo, a
semanas eu não apareço na casa dela e sempre dou uma desculpa qualquer
para não atender ninguém.
— Diz a mamãe que no próximo jantar eu vou sem falta, tive um
assunto urgente para resolver e por isso não pude ir no jantar de hoje —
Minto na cara dura mas sei que mesmo que fosse verdade Giulia não
acreditaria em mim.
— Tudo bem, eu vou mandar ela te ligar para você mesmo dizer isso
a ela, ok...? Eu espero que a sua noite esteja sendo muito boa para você não
vir mais uma vez jantar com a sua família... Até mais irmãozinho. — Minha
irmã diz em um tom magoado e acho que agora eu posso começar a melhorar
um pouco mais as minhas desculpas.
— Giulia eu vou ver a mam... Giulia...? Alô...? Droga! Desligou na
minha cara. — Esfrego a mão no rosto e coloco o celular no bolso. — Eu vou
embora, a minha noite já acabou por hoje... Qualquer problema me liga. —
Aviso enquanto vou em direção a porta mas Logan me chama.
— John! O que eu faço com a garota? Ela vai ficar aqui sem fazer
nada? — Pergunta ele vindo atrás de mim e eu paro ao me lembrar da
garota. Droga!
— Coloque-a para trabalhar no bar ou servindo mesas, mas eu não
quero ela subindo com nenhum cliente, ouviu bem...? Do contrário você
pagará caro por isso. — O encaro dentro dos olhos então saio do escritório
indo em direção a saída da boate.
Não tenho mais cabeça para continuar aqui, o melhor que eu posso
fazer agora é ir embora e pensar em uma boa desculpa para dar a minha mãe.
Não sou um filho ingrato pois faço tudo pela minha família, menos ir
nos jantares que minha mãe inventa apenas para me apresentar algumas das
filhas de suas amigas, eu estou cansado dessa história dela querer que eu me
canse de novo, não sou mais um moleque para fazer tudo que minha mãe
acha que é o melhor para mim, eu já me casei uma vez e não pretendo fazer
isso de novo.
Perdi a minha mulher e o meu filho em um acidente de carro e jamais
poderei esquecer isso, eu devia ter morrido junto mas escapei por pouco.
Há cinco anos atrás eu estava feliz construindo a minha família, eu
tinha uma mulher linda ao meu lado e o nosso filho tinha apenas dois anos de
idade, perdeu a vida antes de ter a oportunidade de conhecer o mundo que eu
estava construindo para ele, perdi a minha mulher antes de cumprir todas as
promessas e juras de amor que lhe fiz, só tínhamos três anos de casado e o
pouco que vivemos juntos eu tenho gravado na minha memória, a mulher que
mais amei nessa vida ficará para sempre em meu coração, assim como o
nosso filho David.
Desde o acidente eu nunca mais fui o mesmo, nunca mais fui amoroso
com uma mulher, nem mesmo com a minha família que vive me pedindo
atenção, nunca mais me apaixonei e nunca mais tive com uma mulher um
relacionamento que não fosse apenas sexo. Já transei com até cinco mulheres
ao mesmo tempo, uma verdadeira orgia, e faço questão de continuar do jeito
que estou, pois assim eu jamais sofrerei outra vez, jamais correi o risco de
perder alguém que eu ame pois sei que jamais serei capaz de me apaixonar
outra vez.
Saí da boate e entrei na minha Lamborghini acelerando para sair logo
dali, tento não correr muito mas com uma máquina dessas eu não resisto,
poucos minutos depois estou estacionando na porta de entrada da minha
mansão.
Entro em casa e já está tudo escuro então vou direto para o meu
quarto. Assim que entro no mesmo me despi e fui direto para o banheiro,
entro debaixo da água quente e deixo que os jatos forte da ducha relaxe o
meu corpo. De repente me vem a imagem daquela garota na memória e me
lembro que deixei o meu blazer no quarto com ela, mas isso não me importa
mais.
Aquela garota tem um belo corpo, ainda sinto o gosto do seu seio na
minha boca de tão saboroso, ela é linda, além de muito gostosa, e pensar que
nenhum homem a tocou ainda me faz desejá-la ainda mais, a sua semelhança
com a minha falecida esposa me deixa atordoado e talvez por isso a estou
desejando tanto, como uma mulher tão linda como ela pode ainda ser virgem?
Eu não sei a sua idade mas ela parece ser nova, mas mesmo assim já deve ter
tido alguns namorados e pelo visto nenhum deles era homem de verdade, ou
já teriam ganhado aquela linda mulher.
Não sou fã de garotas virgens mas aquela em especial está me
tentando a querê-la antes dos outros, o problema é que talvez ela fique
traumatizada com a minha brutalidade, já que ela não quer se deitar com
ninguém, nem mesmo comigo que sou literalmente o seu dono, já que ela foi
comprada com o meu dinheiro e está na minha boate.
Ainda não estou acreditando que ela me mordeu, encaro as marcas do
seus dentes no meu braço e sorrio me lembrando do quanto ela estava com
medo de mim, mas será que esse medo todo é apenas porque ela é virgem e
tem receio de se entregar a alguém? Ou aconteceu alguma coisa com ela?
Pode ser apenas medo por ter que se deitar com outros homens por dinheiro,
pois já vi que ela não quer isso, mas se ela está lá para trabalhar então ela terá
que se acostumar com isso.
Logan é um cretino filho da mãe, ele está se achando o dono da minha
boate fazendo coisas e tomando decisões sem me consultar, mas eu vou
cortar as asinhas dele logo, esse infeliz é apenas um funcionário e não vai
voar alto no meu território, nem ele e nem ninguém.
Eu nunca comprei uma pessoa antes e nunca passou pela minha
cabeça fazer isso, bom, pelo menos eu não comprei uma pessoa para ser
minha como Logan fez, mas comprei o silêncio de muita gente, já comprei
amizades e principalmente o sexo, também já comprei favores entre outras
coisas mas nunca comprei um der humano, e não aprovo isso, mas agora a
merda já foi feita e eu vou ter que lidar com isso.
Termino o meu banho e me enrolo em uma toalha, vou para o meu
closet e visto apenas uma cueca e me jogo na minha cama. Me lembro do
jantar na casa dos meus pais e sei que eles estão muito decepcionados
comigo, afinal eu não tenho sido o filho carinhoso de antes, mas eles tem que
compreender a minha dor, já fazem cinco anos mas mesmo assim eu ainda
sofro a morte da minha família, eu ainda me sinto incompleto sem Laís e
David aqui comigo. Meu Deus, eu os amava tanto, a minha vida acabou
quando descobri que havia os perdido, se eu pudesse voltar no tempo e trocar
a minha vida pela deles eu faria, mas infelizmente nada pode ser feito e por
isso nada voltará a ser como antes, nunca mais sofrerei por nada e nem por
ninguém além das únicas pessoas que têm o meu coração, meus pais e minha
irmã.
Mesmo me afastando da minha família eu os amo e sou capaz de tudo
por eles, eles são a minha única razão de ainda estar vivo e somente eles terão
o meu amor.
DUAS SEMANAS DEPOIS...
Minha nossa porque ele está me olhando assim? Estou nua nos seus
braços e só então percebo o perigo que foi pedir ajuda a ele, eu já não estou
me sentindo bem e com ele me apertando desse jeito, me deixa com as pernas
ainda mais bombas por sentir o quanto ele está excitado, droga! Eu não devia
ter pedido ajuda para ele, o que deu em mim para fazer uma louca dessas? Ele
encara a minha boca fixamente e passa o seu polegar pelos meus lábios me
deixando ofegante.
— John ... — Sussurro o seu nome tentando contestar, mas ele avança
na minha boca com um beijo urgente.
Não tenho forças para lutar contra ele e no fundo eu não quero lutar,
então apenas me entrego ao seu beijo retribuindo com a mesma intensidade.
Suas mãos me apertam e me puxam ainda mais para si e sinto que podemos
nos fundir um no outro a qualquer momento, seguro os seus braços tentando
reunir forças para empurrá-lo, mas quando dou por mim minhas mãos estão
na sua nuca puxando-o mais para mim. Sinto uma de suas mãos agarra o meu
seio e seus lábios descem pelo meu pescoço me fazendo gemer e me arrepiar
inteira, sua mão sai do meu seio e desce pelo meu corpo até tocar a minha
intimidade me fazendo gemer alto.
— Oh meu Deus... Ohhh... John... Ahhh... — Gemi sentindo o meu
corpo tremer e meus pés nem parecia tocar o chão.
— Porra Laura... Se continuar gemendo desse jeito eu não respondo
por mim... Você é muito gostosa... Ohhh eu quero foder você Laura... Eu não
aguento mais, eu estou louco para meter em você com força. — Diz com a
voz rouca massageando o meu ponto sensível descendo a sua boca entre os
meus seios, mas me assusto com as suas palavras.
— Não por favor...? Eu... John... É que... Assim não... Por favor assim
não? — Peço apavorada me afastando dele temendo que ele realmente se
descontrole e me pegue a força como fizeram no meu pesadelo.
John me encara ofegante e meio atordoado sem entender o que está
acontecendo, eu deixo o meu corpo escorregar pelo azulejo gelado até cair
sentada no chão em baixo do chuveiro. Abraço o meu corpo envergonhada
pelo que aconteceu aqui mas também pelo que poderia ter acontecido, John
se abaixa na minha frente e me puxa para os seus braços me levantando do
chão.
Já de pé ele ergue o meu queixo me fazendo encará-lo, e posso ver
que ele está tão confuso quanto eu.
— Eu não vou fazer nada com você, não se preocupe... Laura me
desc... Eu... Termina o seu banho está bem...? Eu vou esperar no quarto, você
consegue ficar sozinha? — Pergunta me encarando fixamente e por um
momento pensei que ele fosse me pedir desculpas, mas já sei que ele não é
homem de se desculpar.
— Sim senhor, eu consigo ficar sozinha. — Sustento o seu olhar e o
vejo trincar o maxilar quando chamo-o de senhor, estou tão nervosa que me
esqueci desse detalhe.
Ele não diz nada apenas se afasta lentamente de mim soltando o meu
corpo, então sai do box me deixando aqui sozinha, eu não estava sentindo frio
quando estava nos braços dele mas agora que ele se foi, sinto minha pele
congelar pelo frio que estou sentindo debaixo da água.
Termino o meu banho e saio do box procurando por uma toalha,
merda eu estou sem roupas como vou ficar andando pelada pela casa com
esse homem me agarrando a todo momento? Assim não Santo que resista!
Me enrolo na toalha e saio do banheiro mas não há ninguém no
quarto, John não estava ali mas de repente a porta se abre e ele entra, com
uma toalha enrolada na cintura e uma de suas camisas na mão, me sento na
cama o admirando se aproximar com os seus olhos intensos sobre mim "Mas
porque estou o admirando tanto? Porque não consigo odiá-lo como gritei na
cara dele antes?"
— Eu trouxe uma camisa minha, para você vestir até a Beatriz chegar
com as suas roupas... Não é bom você ficar enrolada em uma toalha molhada.
— Diz com os seus olhos fixos na minha boca e sinto o meu rosto queimar
por me lembrar dos seus beijos ardentes.
— Obrigada, John... Espera! Com que roupas a Beatriz vai chegar?
Ela foi na boate buscar as minhas roupas? Aquelas roupas não são minhas e...
— Me levanto meio afoita mas ele me interrompe.
— Não se preocupe! Ela não foi buscar roupas para você na boate...
Beatriz foi comprar roupas novas para você, e assim que se vestir eu quero
que desça para comer alguma coisa, não é bom ficar trancada nesse quarto o
dia todo. — Ele me lança aquele olhar intenso e segura a sua ereção
volumosa por cima da toalha, me deixando ainda mais envergonhada.
— Tudo bem John eu farei isso... Com licença. — Concordo de
cabeça baixa evitando olhar para ele e me levanto apressada para chegar até o
closet.
Assim que entro no mesmo respiro aliviada por ele não estar ali na
minha frente, visto a camisa dele e seu cumprimento chega até o meio das
minhas coxas, por impulso aspiro o seu cheiro na camisa e não teve como
evitar sentir as minhas pernas bambas, porque esse homem causa esse efeito
em mim? Porque ele me deixa tão nervosa e me faz sentir essas coisas
calorentas? Um latejar agoniante entre as pernas, um calor absurdo
consumindo o meu corpo, minhas pernas bambas e a respiração pesada, um
desejo incontrolável de ceder as suas investidas mas ao mesmo tempo tenho
medo, medo dele não me querer mais depois de conseguir o que quer e então
me jogar de volta naquela boate, eu sei que ele só vai me manter aqui até se
cansar de mim e depois nunca mais lembrará que eu existo.
Enrolo a toalha no cabelo para secá-lo e volto para o quarto,
novamente John não está mais ali, respiro aliviada e saio até a saca do quarto,
me sento em uma poltrona que tem ali pois está de sol, então posso me
esquentar um pouco para aliviar esse frio absurdo que estou sentindo, a
muitos anos não sinto o calor do sol na minha pele e isso é maravilhoso.
Depois de alguns minutos ali sentada tomando sol, ouço a porta do
quarto bater e uma voz feminina chama por mim.
— Srta. Laura...? Srta. Laura? — Ouço mais uma vez a voz me
chamar e me levanto entrando de volta no quarto.
— Oi! Eu estou aqui. — Entrando no quarto e uma mulher com um
uniforme de empregada me encara com uma pequena bandeja nas mãos.
— Me desculpe por incomodá-la senhorita, eu vim trazer o remédio
que o Sr. Sarkozy mandou... Está se sentindo um pouco melhor? — Pergunta
a mulher me entregando um copo com água e um comprimindo.
— Sim eu estou um pouco melhor, obrigada, o banho que eu tomei
me fez bem. — Digo antes de tomar o remédio sentindo o meu rosto queimar
ao me lembrar do que aconteceu naquele banheiro.
— Que bom que está melhor... Está com fome? O almoço será servido
em dez minutos, mas se preferir posso trazer a sua refeição aqui no quarto,
mas você precisa se alimentar, são ordens do patrão. — Avisa meio acanhada
e eu lhe entrego o copo depois de tomar o remédio.
— Acho melhor eu comer aqui no quarto, não estou vestida
adequadamente para descer. — Digo também meio sem graça e ela sorrir.
— Tudo bem, eu vou pedir para servirem o seu almoço aqui... Com
licença senhorita. — Ela me dá um sorriso gentil e sai do quarto me deixando
só.
Saio novamente até a sacada e me sento no mesmo lugar
contemplando esse sol maravilhoso, olho em direção a piscina admirando
aquela água tão azul lá baixo, mas então vejo algo que me incomodou, John
está no jardim conversando com uma mulher loira linda, mas ele está meio
alterado com ela, será que é a esposa dele? Mas ela não se veste como uma
mulher casada e comprometida, suas roupas são bem vulgares como das
garotas da boate, então deve ser uma namorada, sei lá.
Mas a mulher é insistente em agarrá-lo tentando beijá-lo passando as
mãos pelo seu corpo, ele a empurra contra uma das palmeiras e rasga o seu
vestido beijando os seus seios, ela deve ser uma das prostitutas dele, só pode
ser isso.
Não aguento mais assistir aquilo e me levanto sentindo uma raiva sem
fim me consumir, a mulher o empurra e leva um tapa no rosto, então ele olha
na minha direção e eu lhe dou as costas entrando no quarto, mas que cretino!
Eu tenho certeza que depois de se divertir com aquela mulher ele vai vir
tentar alguma coisa comigo, aquele filho da mãe desgraçado! Transa com
essas mulheres que se deitam com inúmeros homens por dia e depois vem
querendo que eu me entregue a ele, e como uma burra retribuo aos seus
beijos que me enlouquece e me tira de órbita.
— Merda! Burra! Idiota...! Para de pensar nesse cretino! Ele é seu
chefe e também o seu dono... Isso é um absurdo, ninguém é dono de ninguém
e eu nunca vou aceitar isso. — Confronto a mim mesma já dentro do quarto
andando de um lado para o outro, então vejo Beatriz entrar no quarto cheia de
bolsas nas mãos.
Beatriz foi muito gentil comigo quando viu que eu não estava bem,
me simpatizei com ela logo de cara, mesmo ela me encarando tão fixamente
como se tivesse surpresa em me ver aqui, mas é claro, ela nem sabia que eu
existia e muito menos que está aqui trancada nesse quarto.
— Que bom que está de pé Srta. Laura, isso significa que já está um
pouco melhor, não é? — Ela me olha de cima abaixo e sei que está surpresa
por me ver usando uma blusa do seu patrão.
— Sim, estou um pouco melhor... Que sacolas são essas, Beatriz?
Porque trouxe tudo isso para cá? — Pergunto curiosa olhando aquele monte
de bolsas em suas mãos, então ela coloca tudo sobre a cama.
— São todas suas, por isso trouxe para cá e as empregadas vão subir
com mais coisas... O Sr. Sarkozy me mandou pessoalmente comprar essas
roupas para você. — Revela se virando para me encarar sorrindo e eu
arregalo os olhos surpresa com o que ela disse.
— Eu não posso aceitar tudo isso, eu não tenho como pagar por essas
roupas e não quero ninguém gastando dinheiro comigo... São muitas coisas.
— Contesto emburrada me lembrando do que vi agora pouco lá no
jardim. Porque está me incomodando tanto ter visto aquilo?
— Não seja boba Laura, se o patrão quer te dar esses presentes estão
aceita... Você estão juntos, não é? O patrão não é de trazer ninguém para essa
casa, e se ele te trouxe é porque você é especial. — Questiona se
aproximando de mim me encarando desconfiada e eu sinto o meu rosto
queimar de vergonha.
— Especial, eu...? Não... Nunca fui especial para ninguém e tenho
certeza de que também não sou especial para o seu patrão... E nós não
estamos juntos, o Sr. John é meu chefe assim como é para você. — Me sento
na poltrona no canto do quarto e ela continua me encarando com
desconfiança.
— Me desculpe, mas... O Sr. Sarkozy jamais colocaria um
funcionário em um quarto de hóspedes, aqui nessa mansão tem uma casa só
para os funcionários, e você não me parece ser uma funcionária... Me
desculpe se estou sendo intrometida, mas... É que eu nunca vi o patrão tão
preocupado com alguém como ele estava com você, por isso perguntei se
estão juntos, não me leve a mal, está bem? — Comenta meio sem graça se
sentando ao meu lado com um sorriso gentil.
— Não se preocupe, eu não me ofendi com isso, mas eu e o nosso
chefe não temos nada um com outro, ele está nesse momento com uma
mulher no jardim e eles parecem muito íntimos, deve ser a namorada dele ou
algo do tipo. — Comento meio sem graça por tocar nesse assunto com uma
das empregadas dele, mas ela sorrir.
— A Srta. Kristen não é namorada do Sr. Sarkozy, eles nunca
chegaram a assumir um compromisso mas eles tiveram algo sim, mas já faz
tempo que ela não aparecia por aqui, então descobri que o Sr. Sarkozy havia
proibido a entrada dela na mansão, não sei como ela conseguiu entrar aqui
mas com certeza ele não esperava por ela, pois até discutiram e saíram para o
jardim... Por favor eu não te contei nada, ouviu...? Agora vamos ver as suas
roupas, você não pode ficar andando pela casa usando as roupas do seu chefe.
— Ela diz me deixando constrangida ao me lembrar desse detalhe.
— Tudo bem, não se preocupe, vamos ver essas benditas roupas. —
Abro um sorriso tímido então nos levantamos indo até a cama.
Estou tentando não demonstrar a surpresa por saber que aquela
mulher é tipo uma ex namorada de John, talvez não seja assim tão ex por
estarem transando no jardim a luz do dia, não quero ficar pensando nisso pois
Beatriz já percebeu que esse assunto me incomodou, então foco a minha
atenção nas roupas, aliás, Beatriz realmente tem bom gosto pois são umas
mais lindas que as outras, e realmente algumas empregadas apareceram com
mais sacolas e algumas caixas de sapatos, se estou surpresa? Não, eu estou
chocada mesma.
Já faz um mês desde que Laura descobriu que é filha daquele monstro
miserável, e faz também um mês que não aguento mais vê-la trancada no
quarto sem sair para nada, Laura está se isolando do mundo, está se afastando
de nós e mesmo entendendo as suas razões, eu não aguento mais ficar longe
dela.
Não vou negar que sinto a falta dela na minha cama, mas também
sinto falta do seu sorriso, dos seus beijos e do seu rosto corado envergonhada
por algum motivo sem muita importância, sinto falta de olhar para ela e vê
aquela mulher linda que me encanta a todo instante, mas por um mês inteiro
eu a perdi, estou perdendo-a e tenho medo de não conseguir trazê-la de volta,
estou com medo de me perder junto com ela pois aos poucos estou voltando a
minha amargura de antes.
Laura era o meu motivo para superar o meu passado, mas na sua atual
condição tudo que ela está conseguindo é trazer de volta aquele John que eu
não queria ter me tornado, não estou suportando vê-la desse jeito e isso está
me machucando como jamais pensei que aconteceria.
Depois que o delegado Gusmão conseguiu resgatar a garota e a
mulher desaparecida, eu quis ir pessoalmente dar um fim naquele verme
maldito, mas meu pai, Felipe e Gusmão me impediram, mas garantiram que a
minha vontade seria feita e em menos de duas horas eu fui avisado da morte
de César, conversei com Laura sobre isso mas ela parecia não me ouvir,
Laura parece em estado vegetativo sem reagir a nada.
Giulia e mamãe estão arrasadas com a situação, já tentaram de tudo
para reanimar Laura mas não conseguiram, ela não quer estudar e nem
trabalhar, não quer sair de casa e nem desce para comer, a única coisa que ela
me pediu foi para visitar o túmulo da sua mãe, mas acho que não foi uma boa
ideia, ela chorou tanto que desmaiou novamente me deixando em pânico.
Prometi a ela que tiraria a mãe dela daquele lugar e a colocaria mais
perto, em um cemitério mais descente e nesse dia ela me abraçou, chorou
incansavelmente em meus braços mas logo se fechou novamente, ela ainda
não aceita o fato ser fruto de um estupro e sei que isso é muito pesado para
qualquer um, principalmente para ela que sofreu tanto nas mãos daquele
monstro, mas eu já deixei bem claro que isso não importa porque ela é muito
diferente do ser que infelizmente era pai dela.
— Eu estou no meu limite papai! Não aguento mais vê-la assim, está
parecendo uma morta viva trancada naquele quarto, não sai para canto algum,
não se alimenta direito e quase todos os dias acorda gritando no meio da
noite... Eu estou tentando ser forte, estou tentando ajudá-la mas ela não
deixa! — Desabafo em um tom aflito jogando o meu guardanapo sobre o
prato e me levanto inquieto.
— Ela só precisa de tempo meu filho, está tudo muito recente ainda,
logo ela vai se abrir para nós novamente, eu tenho certeza disso... Ela ainda
está em choque, ainda não conseguiu digerir tudo que ouviu daquele homem,
é normal que a pessoa passe por esses traumas e nós precisamos ter paciência
com ela. — Meu pai me encara aflito preocupado com a situação assim como
todos nós.
— Eu tento fazer companhia para ela mas é como se eu nem estivesse
lá... Laura não quer ver e nem falar com ninguém, a tristeza dela é muito
grande e eu tenho medo dela não voltar a ser como antes... Eu quero ajudá-la
mas também não sei como, nem o psicólogo ela não quer ver mais. —
Comenta minha irmã em um tom triste com lágrimas nos olhos mas não as
deixa cair.
— Nós não vamos desistir dela filho! Vamos continuar tentando
trazê-la de volta mas você não pode mudar com ela, você está muito irritado
já demitiu metade dos funcionários dessa casa, na empresa também está
impaciente e voltou a perder noites de sono bebendo naquela boate... Você
está saindo novamente com aquelas mulheres, John...? Você está voltando
para aquela vida de bebedeiras e muitas mulheres a sua volta, é isso? —
Questiona minha mãe tentando me consolar mas a sua expressão muda ao
falar da boate.
— Não mamãe! Eu não voltei para aquela vida de ter muitas mulheres
a minha volta mas a bebida tem sido a minha companhia para suport... —
Me irrito com as suas insinuações mas paro ao ouvir gritos.
— AHHH... SOCORRO! ALGUÉM AJUDA PELO AMOR DE
DEUS! SOCORRO! — Ouço gritos vindo de fora da casa e corro em direção
a saída de acesso ao jardim da piscina.
Saio da casa correndo e quando me aproximo da piscina vejo Sandra
apavorada, gritando muito andando de um lado para o outro olhando para
dentro da piscina, quando me aproximo um pouco mais vejo o corpo de
Laura boiando na água, fazendo o meu coração parar algumas batidas e o ar
dos meus pulmões evaporar, sinto as minhas pernas falharem mas mesmo
assim corro me atirando dentro da piscina.
— LAURAAA! — Ouço os gritos da minha mãe e minha irmã antes
que eu afundasse na água.
Não sei como estou conseguindo respirar mas subo para superfície
abraçado ao corpo de Laura, nado com ela até a beira da piscina e os
seguranças aparecem correndo querendo saber o que aconteceu. Tiro ela da
água colocando-a deitada no chão sentindo o meu corpo inteiro tremer.
— Laura...? Por favor fala comigo? Acorda Laura eu estou
mandando! — Esbravejo com a voz trêmula pelo medo enquanto faço a
massagem cardíaca nela, mas não obtenho resultado, faço a respiração boca a
boca e nada. —Porra Laura acorda! Por favor não faz isso comigo meu
amor...? Não me deixa eu te imploro...? Eu te amo não me deixa? Por favor
não me deixa! — Sinto os meus olhos arderem embaçando a minha visão.
Continuo a massagem e depois a respiração boca a boca mas nada
acontece, tento me concentrar no que estou fazendo e nem me dou conta das
palavras que saem pela minha boca.
— Não! Laura não faz isso...! Por favor não faz isso...? Não morra por
favor? — Pede Giulia ao prantos andando de um lado para o outro nervosa
enquanto mamãe apenas chora, atenta ao que eu estou fazendo.
— Ela não vai me deixar! Eu nunca vou perdoá-la se ela me deixar,
então acorda logo Laura...! Vamos amor acorda! Por favor volta para mim...?
Volta para mim amor por favor! LAURAAA! — Imploro ainda em pânico
ainda fazendo a massagem cardíaca rezando mentalmente para ela voltar para
mim, então ela finalmente acorda cuspindo toda a água que engoliu mas
desmaia logo em seguida.
— Me Deus... Precisamos levá-la para o hospital, RÁPIDO! —
Ordena meu pai alterado então Kaio pega ela no colo correndo pelo jardim
lateral e eu corro logo atrás, mesmo sem sentir as minhas pernas, ainda não
acreditando no que aconteceu.
Meu Deus eu quase a perdi, Laura quase se foi ela tentou se matar,
sinto o meu peito apertado e o meu coração despedaçado só de pensar que ela
poderia estar morta agora. Entro no carro correndo e Kaio a entrega para mim
colocando-a no meu colo.
— VAMOS RÁPIDO PELO AMOR DE DEUS! VAMOS! — Peço
aos gritos deixando as minhas emoções falarem por mim, e o meu motorista
acelerar saindo da mansão cantando pneus.
A todo momento eu chamo por ela mas Laura não reage e isso me
apavora, verifico os batimentos delas a cada cinco segundos para me
certificar de que ela ainda está viva, aperto-a contra o meu corpo sentindo a
sua pele gelada e isso me preocupa, me apavora eu ainda estou atordoado,
estou em pânico, estou em choque ainda não acreditando que Laura tentou se
matar pulando na piscina, essa é a única explicação pois ela não sabe nadar e
não entraria sozinha, meu Deus eu quase a perdi, se Sandra não a encontrasse
logo ela estaria morta com toda certeza.
Sinto o meu rosto molhado e por um momento até pense ser a água da
piscina escorrendo dos meus cabelos, mas não é, meus olhos ardem e
lacrimejam liberando as lágrimas que eu prendo por anos, aquelas lágrimas
de dor, de angústia e medo, eu não posso perdê-la, se isso acontecer vai me
destruir e eu jamais vou conseguir me recuperar, não vou conseguir superar a
perda de mais uma pessoa que entrou na minha vida sem pedir permissão,
para depois perder dessa maneira, eu não vou suportar.
Pouquíssimos minutos depois estamos estacionando na entrada da
emergência do hospital centro, saí correndo do carro com Laura ainda
desacordada em meus braços, e entro feito um furacão pelas portas chamando
atenção de todos.
— UM MÉDICO POR FAVOR! É URGENTE EU PRECISO DE
UM MÉDICO DROGA! — Esbravejo alterado então aparecem enfermeiros
com uma maca me pedindo para colocá-la na mesma.
— Me desculpe mas o senhor não pode entrar, precisa preencher a
fich... — Avisa um dos enfermeiros tentando me impedir de acompanhá-la,
mas passo por cima dele feito uma máquina.
— Eu mato quem tentar me impedir de entrar! Então se não quiser
fazer uma visita ao necrotério é melhor sair da minha frente! — O alerto entre
dentes sem diminuir os meus passos mas logo não vejo mais a maca com
Laura, não sei onde eles entraram. — MAS QUE INFERNO! DROGA! —
Grito irritado então vejo alguns seguranças do hospital se aproximarem
pedindo para eu esperar na recepção.
Tento intervir para liberarem a minha entrada mas não consigo, sou
escoltado pelo corredor até chegar na recepção onde encontro os meus pais e
minha irmã entrando apressados.
— Cadê a Laura como ela está? Ela está bem? Já foi atendida? —
Pergunta meu pai se aproximando visivelmente preocupado, enquanto eu
tento assimilar tudo que está acontecendo.
— Eles entraram com ela agora mas não me deixaram ir junto...
Giulia, você e a mamãe podem preencher a ficha dela para mim...? E você
papai! Eu preciso de um favor para agora mesmo... Eu quero aquela piscina
coberta por concreto, você tem que transformar a água daquela piscina em
concreto papai! Eu não quero mais aquela coisa na minha casa. — Peço
irritado me lembrando do corpo de Laura flutuando na água praticamente sem
vida, e desabo ali na sua frente caindo de joelhos aos seus pés, mas sinto
braços me envolverem. — Ela não pode me deixar papai... Eu a amo... Eu
amo Laura eu não posso perdê-la... Não posso... Meu Deus eu não posso
perdê-la também, eu não vou conseguir superar isso, não vou aguentar viver
sem ela. — Desabafo deixando as minhas lágrimas caírem livremente,
sentindo a escuridão se aproximando lentamente da minha vida.
— Ela não vai nos deixar filho, ela é forte, lutou para sobreviver até
agora e sei que ela não vai desistir... Ela não vai nos deixar... Não vai eu sei
disso. — Diz mamãe aos prantos também abraçada a mim.
Encaro minha irmã e ela está pálida chorando em silêncio para não me
deixar pior do que eu já estou, de repente ela se solta de mim e corre pelo
corredor na mesma direção em que levaram Laura, sei que ela não vai
conseguir nada com isso então fico aqui, caído ao chão sendo amparado pelos
meus pais que estão iguais ou pior que eu.
Depois de alguns minutos me deixando levar pela angústia, tristeza e
medo, eu finalmente me levanto do chão e meu pai me leva até a sala de
espera, enquanto mamãe vai até a recepção, entro na sala de espera e está
cheia com pessoas chorando, se lamentando, angustiados assim como eu,
esperando notícias de pessoas que amam e estão aqui com algum problema.
Não vou aguentar ficar aqui, eu já estou mal o suficiente para
presenciar tudo isso, então saio novamente da sala de espera e fico ali mesmo
no corredor esperando por notícias de Laura, vejo minha mãe vir de um lado
e minha irmã vir correndo do outro, mas o que me surpreende é o sorriso no
rosto de Giulia pois isso significa algo bom.
— Me fala logo Giulia? Você tem notícias dela? Ela está bem, é isso?
— Pergunto ansioso indo na sua direção acabando com a distância entre nós.
— Uma mulher sempre consegue o que quer desde que saiba como
agir... Sim, ela está bem, estão fazendo alguns exames mas logo a levarão
para o quarto... O médico disse que ela acordou muito agitada gritando então
tiveram que sedá-la. — Explica minha irmã empolgada e pula nos meus
braços fazendo o meu coração bater mais forte com essa notícia.
— Bendito seja Deus... Ela está bem graças a Deus. — Suspira
mamãe voltando a chorar mas dessa vez um choro de alívio, assim como eu
estou sentindo agora.
— Eu preciso vê-la! Eu só vou me acalmar depois de vê-la. — Me
solto de Giulia e quando penso em ir na direção em que ela veio, vejo um
médico se aproximar.
— Vocês são os parentes da Srta. Westhause, certo...? Eu sou Marcos
Pacheco, o médico que está atendendo a Srta. Laura Westhause, bom, ela está
sendo transferida para o quarto nesse momento, apesar de ter engolido muita
água e ter ficado tanto tempo submersa na água, a Srta. Westhause só está
viva graças ao atendimento de primeiros socorros feito no local, ela acordou
agitada chamando por John, então achamos melhor sedá-la para que se
acalmasse um pouco, mas logo ela acordará... A Srta. Sarkozy me explicou o
que houve, parabéns Sr. Sarkozy, o senhor salvou a vida da jovem Laura, ela
estará no quarto 312 no segundo andar, em alguns minutos já vai poder vê-la.
— Explica o médico nos encarando com um breve sorriso antes de olhar a
sua prancheta.
— Obrigado doutor, eu quero vê-la agora mesmo, quero ter certeza de
que ela está mesmo bem olhando pessoalmente. — Agradeço ansioso já indo
em direção ao elevador, e minha mãe e minha irmã vem logo atrás enquanto
meu pai continua conversando com o médico.
Eu preciso vê-la, preciso ver com os meus próprios olhos que ela está
mesmo bem, e que não me deixou como eu estava temendo.
Subimos para o segundo andar e quando o elevador se abre, saímos de
frente ao quarto indicado pelo médico, não penso duas vezes e entro no
quarto apressado encontrando Laura desacordada naquela cama, enquanto
enfermeiras mexem no soro injetado no seu braço, essa cena faz o meu peito
se apertar.
Há um mês atrás ela esteve nesse mesmo hospital depois de passar
mal com tudo que ouviu daquele desgraçado do César, se ele não estivesse
morto agora eu voltaria naquele presídio e o mataria com as minhas próprias
mãos.
Encaro Laura por alguns segundos sentindo o meu coração bater mais
forte, me aproximo da sua cama sentindo a minha respiração pesar, seguro a
sua mão sentindo a sua temperatura mais quente que dá última vez que estive
com ela em meus braços, ainda desacordada, encaro o seu rosto ainda pálido
e sinto as minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
— Laura...? Acorda docinho? Por favor me deixa ver os seus olhos...?
Meu amor acorda? — Chamo por ela mas ela não responde, sinto minha mãe
tocar o meu ombro me encarando com um sorriso amoroso, mesmo as suas
lágrimas descendo livremente.
— Você a ama...! Eu soube desde a primeira vez que os vi juntos...
Vocês se amam meu filho, eu não acredito que ela tenha tentado se matar,
mesmo com tudo que ela estava lidando ela não faria isso, Laura se preocupa
muito com o que você pensa dela por isso eu sei que ela jamais faria isso. —
Ela segura a minha mão sobre a mão de Laura mas eu me afasto soltando a
mão delas.
— Se ela não tentou se matar, o que ela estava fazendo dentro da
piscina se ela não sabe nadar, mamãe...? Que outra explicação existiria para o
que aconteceu? Não tinha mais ninguém naquela piscina quando Sandra a
encontrou... Eu não me conformo com isso, eu não vou perdoá-la por tentar
me deixar dessa maneira tão cruel. — Contesto irritado andando de um lado
para o outro, me lembrando mais uma vez dela cuspindo toda aquela água
para fora.
— Se acalma meu irmão, não é bom ela acordar e ver você assim, tão
nervo... — Pede Giulia se aproximando apreensiva mas eu a interrompo
também.
— Como eu vou me acalmar, Giulia...? Eu quase a perdi caramba eu
não posso... — Esbravejo ainda alterado mas paro quando vejo Laura se
mexer, e aos poucos abre os olhos nos encarando ainda sonolenta.
— John...? O que está acontecendo...? Eu estou em um hospital? —
Pergunta meio confusa esfregando as mãos no rosto e eu me aproximo dela.
— Onde você pensou que estaria Laura? Em um cemitério? Pensou
que estaria morta a essa hora e todos os seus problemas estariam resolvidos?
É isso que você pensou? Me responde! — Pergunto irritado a encarando
duramente e a vejo me encara ainda mais confusa e surpresa. — VOCÊ NÃO
PENSOU EM MAIS NINGUÉM! VOCÊ SÓ PENSOU EM SI MESMA!
DEIXOU A TODOS QUE TE AMAM LOUCOS DE TANTA ANGUSTIA
E PREOCUPAÇÃO, CARAMBA...! Você é uma irresponsável eu não vou te
perdoar por tentar se matar! Por tentar me deixar dessa maneira tão cruel e
absurda! Você está feliz por me ver sofrendo tanto por sua causa? Está feliz
por consegui o meu amor e depois fazer uma merda dessas para me deixar?
Me fazendo sofrer tudo que eu já sorrir antes perdendo o que eu mais amo...?
Eu não vou te perdoar Laura! Eu nunca vou te perdoar por isso! — Grito
alterado ainda sentindo o medo bater forte dentro mim, mesmo vendo ela
acordada me encarando surpresa, mas também preocupada e apreensiva.
— Me perdoa...? Eu não queria estar causando nada disso a vocês...
Me perdoem? Eu não tentei me matar eu juro...! Eu já perdi a minha mãe, não
quero perder vocês também. — Se justifica em um fio de voz começando a
chorar, mas uma coisa me surpreendeu. Ela não tentou se matar?
— Se você não tentou se matar, porque estava boiando dentro da
piscina com o seu corpo praticamente sem vida, Laura? Que merda você
estava fazendo na piscina se você não sabe nadar, droga? — Questiono ainda
meio irritado e ela chora ainda mais, deixando a minha alma em pedaços.
Olho para o lado e vejo meu pai entrando no quarto nos encarando
atento.
— Depois de conversar com a Giulia... Eu decidi enfrentar o que
aconteceu, decidi conversar com vocês para tentar mudar e merecer tudo que
estão fazendo por mim... Mas quando eu desci para falar com vocês eu
encontrei Logan na sala... Foi ele quem me arrastou a força até a piscina
dizendo que queria conversar comigo... Eu não imaginei que ele fosse me
jogar na água, eu juro que não fiz de propósito... Me perdoa...? Por favor me
perdoa? — Conta de cabeça baixa ainda chorando muito me deixando
perplexo com a sua revelação.
Como assim o Logan a jogou na piscina? Como aquele canalha entrou
na minha casa e eu não fiquei sabendo?
Encaro o meu pai já sentindo a minha respiração pesar, encaro Laura
mais uma vez então me viro me apressando para sair do quarto.
— Você não vai sozinho John! Eu vou com você! — Diz meu pai
decidido se apressando para vir atrás de mim.
— Isso não vai ficar assim papai! Logan entrou na minha casa e quase
matou a minha mulher afogada... Eu só volto para casa depois de encontrar
esse desgraçado! Depois eu resolvo o problema da segurança da mansão. —
Digo furioso apertando incansavelmente o botão do elevador até finalmente
as portas do mesmo se abrem.
— Eu estarei com você filho, esse infeliz foi longe demais! Vamos
rezar para Laura não fica ainda pior do que ela já está... Meu Deus essa
menina já sofreu demais, John, eu não aceito mais isso! Precisamos dar uma
vida feliz a Laura porque ela merece isso filho... Ela quase morreu, foi Deus
quem enviou Sandra até a piscina ou nunca a encontraríamos a tempo de
salvá-la. — Comenta papai ainda chocado e eu me deixo mover pela raiva e
soco a parede de aço tentando colocar para fora esse ódio que está me
consumindo.
— EU VOU MATÁ-LO! EU JURO QUE VOU MATÁ-LO,
PAPAI...! EU VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO E NINGUÉM VAI ME
IMPEDIR! — Grito furioso ainda socando as paredes de aço mas meu pai me
abraça tentando me acalmar.
— Se acalma filho por favor? Você precisa manter o sangue frio para
agir com calma e precisão, vamos ligar para o Filipe, ele vai saber como nós
ajudar. — Argumenta tentando me acalmar então paro me lembrando de
Felipe, ele pode reunir o pessoal dele para me ajudar.
— Eu quero encontrá-lo ainda hoje papai! Eu quero acabar com
aquele desgraçado eu mesmo! — Digo entre dentes ainda sentindo a raiva
pulsar dentro de mim.
Eu vou fazer aquele miserável pagar caro pelo que fez a Laura, isso
não vai ficar impune porque eu não vou permitir!
— Me responde uma coisa filho...? Eu até já sei a resposta mas quero
ouvir você repetir, quero ter certeza de que não disse isso apenas no momento
de desespero... Você ama Laura não ama? Está apaixonado por ela assim
como ela está por você...? Ela já se declarou para você, você mesmo me disse
isso, mas hoje sem perceber você também se declarou para ela... Foi uma
pena ela não ter visto isso pois estava inconsciente. — Questiona meu pai
apreensivo mas com um pequeno sorriso no rosto.
— Eu não devia ter me apaixonado papai, eu sabia que se isso iria
acontecer, que iria sofre o inferno novamente... Eu amei Laís e a perdi, e
junto perdi o meu filho... Agora estou apaixonado por Laura e quase a perdi
também, eu não vou suportar perdê-la papai, se isso acontecer vai me destruir
como nunca aconteceu antes... Eu não posso perdê-la... Eu não devia ter me
apaixonado por ela e nem por ninguém mas eu me apaixonei, eu a amo e
tentarei ser para ela tudo que ninguém mais foi, vou protegê-la a todo custo,
papai, mas nesse momento só o que eu quero é pegar aquele desgraçado do
Logan! — Esfrego as mãos no rosto e vejo o meu pai respirar fundo.
Agora só o que me interessa é pegar aquele canalha e fazê-lo sofre
ainda mais do que eu sofri, eu vou destruí-lo com o maior prazer do mundo.
TRÊS DIAS DEPOIS...
Já fazem três dias que tentaram me matar, e também já fazem três dias
que não vejo John, ele simplesmente desapareceu da mansão mas Giulia me
disse que ele está atrás de Logan, ela está sempre me dando notícias dele e
não sai da mansão para não me deixar sozinha, e também já sei que isso são
ordens de John.
A maioria dos seguranças foram substituídos e Sandra ganhou um
cargo melhor por me salvar, agora ela está ocupando o antigo cargo de
Beatriz, Sandra agora é a governanta da casa e eu gostei muito disso, pois ela
sempre foi muito gentil comigo mesmo com Beatriz colocando os
funcionários contra mim.
Ontem quando cheguei do hospital me deparei com a piscina vazia,
Giulia me disse que depois de me encontrarem praticamente morta submersa
na piscina, John mandou cobrir a piscina com concreto, parece que ele ainda
tem medo por mim mesmo sabendo que eu não tentei me matar.
Sei que por um momento eu morri pois estive mais uma vez com a
minha mãe, e parecia muito real, como se eu realmente estivesse com ela no
paraíso, mas ela estava tão triste por me ver ali, ela disse que não me queria
ali com ela, que o meu lugar era ao lado das pessoas que me amam e
esperavam por mim, minha mãe gritou e me expulsou de perto dela antes de
gritar que me ama, ela pediu perdão e mesmo sem dizer o porquê, eu sabia o
motivo então voltei, ouvindo alguém me chamar em um tom tão desesperado,
e eu sabia que era a voz deles, a voz de John.
Depois que acordei naquele hospital com ele me acusando de tentar
me matar, eu tive certeza de que eu realmente estive com a minha mãe, não
era a minha hora, eu não podia deixá-lo e me senti mal pois por um momento
eu o deixei, e tenho medo que agora ele me deixe depois de tudo que
aconteceu desde que cheguei na sua vida, tenho medo de que ele não me
queria mais por trazer tantos problemas na minha bagagem, as vezes até
penso que é por isso que ele ainda não voltou pra casa, para não ter que olhar
na minha cara e lidar com tudo que ele passou por minha causa.
— Ei? Está chorando de novo Laura? O que houve agora? Porque está
chorando? — Pergunta Giulia sentada na minha frente me encarando atenta
enquanto eu mexo na minha comida, mas não consigo comer.
— Eu quero ir embora Giulia... Não quero mais ficar nessa casa
porque... Porque eu já trouxe problemas demais para o seu irmão, e sei que é
por isso que ele ainda não voltou... Ele não acreditou em mim, está magoado
comigo por achar que eu tentei me matar mas isso não é verdade! Eu não
quero complicar ainda mais a vida dele, não quero fazê-lo sofrer mais por
minha culpa. — Tento evitar as lágrimas que estão se formando rapidamente
com uma imensa dor martelando no meu peito.
— Do que você está falando Laura? Você ficou maluca garota? De
onde você tirou um absurdo desses...? Olha vai por mim, se você sair dessa
casa, aí sim você vai destruir o meu irmão e eu não vou deixar você fazer
isso! Porra ele te ama Laura...! Não precisa nem ele dizer isso porque está na
cara e só você não está vendo... Você e John se amam amiga, e todos nós
estamos torcendo por vocês. — Dispara ela alterada me fazendo arregalar os
olhos, encarando-a surpresa.
— Ele... Ele... Não pode ser... Eu sei que ele gosta de mim, por isso
faz tudo por mim, mas... — Contesto ainda em choque tentando acreditar no
que ela disse, mas ela me interrompe.
— Mas nada Laura! John não faz por ninguém o que ele está fazendo
por você, e se ele está fazendo por você é porque ele te ama...! Pelo amor de
Deus não faz nenhuma besteira, está me ouvindo? Se você não quer deixá-lo
realmente decepcionado com você, não faz nenhuma besteira Laura! Se você
deixá-lo você vai destruí-lo e nós não vamos te perdoar por isso, ouviu
bem...? Nós queremos muito a sua felicidade amiga, mas acima de tudo
também queremos a felicidade do meu irmão, e a felicidades de um é a
felicidade do outro. — Desabafa segurando a minha mão sobre a mesa, me
emocionando com as suas palavras, eu sempre soube que podia contar com
ela para tudo. — Olha só, o meu irmão está sim muito chateado mas não é
com você, ele está revoltado da vida porque nós quase perdemos você, Laura,
ele não suportou, ele pensou sim que você tivesse tentado se matar, mas
quando ele descobriu que foi o Logan ele foi atrás daquele cretino por você,
ele quer que você tenha uma vida tranquila sem ninguém para te atormentar,
como o César, Logan e Beatriz fizeram, então se ele voltar mal humorado
tenha um pouquinho de paciência com ele, está bem...? Por favor não desista
dele? — Ela me encara apreensiva mas me dá aquele sorriso gentil e amoroso
que rapidamente eu retribuo.
— Não se preocupe, Giulia, eu não vou desistir dele a menos que ele
desista de mim... Eu estou sim apaixonada por ele, eu o amo como ele mesmo
disse então eu não vou desistir dele. — Confesso envergonhada por assumir
para ela a minha paixão por John, eu só havia dito isso para ele e ninguém
mais.
— Eu sei, papai! Mas isso não me deixou satisfeito... Pelo menos eu
não terei que olhar novamente na cara daquele verme maldito! — Ouço uma
voz alterada e sinto o meu corpo inteiro reagir, meu coração dispara e minha
respiração pesa.
— Vem Laura, eles chegaram! — Me chama Giulia empolgada
pulando da cadeira me puxando pela mão.
Corremos para sala e assim que passamos pela porta o meu coração
bate na boca, ele está ali no meio da sala conversando distraído com pai,
então eu paro o encarando de longe enquanto Giulia corre na sua direção, ele
se vira ao ouvir os gritos da irmã e os seus olhos se cruzam com os meus,
minhas pernas tremem e não consigo respirar direto, caminho na sua direção
com cuidado para não ir parar no chão mas seu olhar sobre mim é ainda mais
intenso que antes.
— Oi... — Digo com a voz trêmula assim que me aproximo dele.
— Oi... Você está bem? — Pergunta se soltando da irmã mas
permanece no mesmo lugar.
— Sim, eu estou bem... Estava preocupada com voc... — Me
aproximo um pouco mais com os meus olhos grudados nos seus mas ele
desvia encarando Giulia, me interrompendo.
— Eu estou bem não se preocupe, só estou exausto e preciso
descansar um pouco, o dia foi puxado... Nos falamos melhor depois. — Diz
indo em direção a escada me deixando em choque com a sua frieza.
O observo subir as escadas sem acreditar na sua reação, e Giulia tem
os seus olhos aflitos sobre mim, engulo a seco tentando desfazer o nó que se
formou rapidamente na minha garganta, encaro os meus pés sentindo o meu
peito doer mas eu preciso ser forte, me viro indo em direção a porta mas
Giulia segura o meu braço.
— Laura ele só está... — Argumenta em um tom preocupado mas a
interrompo.
— Não se preocupe Giulia, eu entendo, ele está farto de tudo isso
está esse tempo todo na rua tentando resolver um problema que eu trouxe
para sua vida... Bom, eu só preciso respirar um pouco, estou me sentindo
sufocada... Vou dar uma volta no Jardim, está bem? — Tento disfarçar a
minha decepção mas falhei, me viro saindo dali sem esperar ela dizer mais
nada.
Me apresso para sair da casa e logo estou no Jardim, a noite está bem
fria mas não me importo, a minha mágoa e tão grande que nem sinto a minha
pele se arrepiar pelo frio, não sinto os meus dentes rangendo pois tudo que
consigo sentir e o meu coração doer.
Ando pelo jardim pensativa tentando entender o que houve com ele,
porque está me tratando tão friamente se não me culpa por nada? Será que ele
realmente me ama como Giulia disse? Ou isso é apenas o que ela quer que
aconteça? Se ele me ama porque me tratou daquele jeito? Eu estava morrendo
de saudade, ansiosa para vê-lo e ele mal olhou na minha cara.
Eu sinto tanta saudade dele, eu queria tanto beijá-lo para sentir o seu
gosto, já fazem mais de um mês que ele não me toca pois eu estava em
depressão, e ele foi compreensivo comigo enquanto eu fiquei indiferente a
ele, talvez ele só esteja me devolvendo o que eu dei a ele, ou talvez ele tenha
se cansado de esperar por mim e foi atrás daquelas garotas novamente, será
que ele dormiu com alguma delas? Com certeza sim porque já faz mais de um
mês que não transamos, ele é homem e não ficaria sem ter uma mulher por
tanto tempo, e pensar nisso me machuca, não queria que ele estivesse com
outras mulheres além de mim, queria que ele fosse meu mas isso eu sei que
ele não é e talvez nunca seja, o que vai ser de mim estando apenas com ele e
ele com qualquer uma além de mim?
Paro em frente à estufa de Laís e por um momento cogito a
possibilidade de entrar, mas do jeito que John chegou hoje com certeza ele
vai brigar comigo se eu o fizer, então fico aqui parada apenas encarando a
porta da estufa, decidindo se me arrisco a ganhar uma bronca ou não por
entrar ali sem permissão, mas talvez eu não devesse entrar já que esse lugar
era da esposa dele.
— Está muito frio aqui fora, o que está fazendo aqui sozinha? —
Ouço sua voz atrás de mim e me viro abruptamente pelo susto que levei.
— John... Eu saí para dar uma volta, mas já vou entrar... Com
licença. — Ofego com a voz trêmula por ele estar tão perto de mim, depois
de mais de um mês me afastando dele.
Passo por ele para sair dali mas ele segura o meu braço me fazendo
parar.
— Espera Laura...! Porque não entrou na estufa? Se está aqui parada
em frente a ela é porque queria entrar, certo? — Me surpreendo com a sua
pergunta.
— Sim, eu queria entrar, mas não queria aborrecê-lo ainda mais...
Estou entediada sem fazer nada e... Eu pensei que... Não é nada, deixa pra
lá, eu vou entrar. — Argumento encarando a estufa e suspiro fundo tentando
deixar esse assunto de lado.
Tento soltar o meu braço do seu aperto mas ele não deixa e puxa
sutilmente para mais perto dele.
— Essa estufa agora é sua, pode entrar nela quando quiser, a hora
que quiser... Também pode cuidar dela você mesma se assim desejar, eu não
vou me importar. — Ele me encara fixamente me deixando trêmula com a
intensidade do seu olhar. Mas suas palavras me surpreenderam muito mais.
— Está falando sério, John...? Está dando a estufa para mim? Eu vou
poder entrar nela sempre que eu puder? Aí meu Deus obrigada, eu adorei
John, você nem imaginar o quanto... Me desculpa, acho que me excedi um
pouco. — Pergunto empolgada me deixando mover pelo impulso e pulo em
seus braços o abraçando forte, mas logo me solto dele me desculpando.
— Não se desculpe, sou eu quem tenho que me desculpar com você...
Meu Deus eu senti tanta saudade desse seu sorriso... Sinto saudade de estar
com você... De tocar você... — Ele acaricia o meu rosto me pegando de
surpresa mais uma vez com essa sua nova reação. — Eu amo você Laura...
Estou completamente apaixonado por você docinho... — Sussurra com a voz
rouca me puxando pela cintura, me deixando mole em seus braços.
— John... — Sussurro em um fio de voz surpresa com a sua confissão,
mas ele me puxa pela nuca devorando a minha boca.
Retribuo ao seu beijo intenso me sentindo flutuar, não consigo mais
sentir o chão a baixo dos meus pés, meu Deus ele disse que me ama, John
Sarkozy me ama, ele me beija com tanta vontade enquanto sinto as suas
mãos me apertando, me puxando mais contra o seu corpo.
— O que faz aqui fora num feio desse? Você vai ficar doente é
melhor entrar! — Ouço aquela voz grossa me arrancar dos meus sonhos e me
viro abruptamente o encarando assustada.
— John...? — Sussurro ofegante mas não pelo susto, e sim pela
excitação que os meus pensamentos me causaram. — Era bom demais para
ser verdade... Eu vou entrar, com licença. — Digo ainda me sentindo perdida
mas passo por ele apressada e corro em direção a casa, sem esperar ele dizer
mais nada.
Eu preciso de um banho pois sinto o meu corpo pegar fogo. Entro na
casa e corro em direção a escada subindo correndo para o meu quarto, assim
que entro no mesmo vou direto para o banheiro já me despindo pois preciso
de um banho com urgência.
Entro no box já nua e ligo o chuveiro na água morna entrando
embaixo, deixo a água cair sobre as minhas costas deixando os jatos fortes
massagear a minha pele, pego o sabonete líquido colocando na esponja
começo a passar pelo meu corpo, esfrego a mesma entre os meus seios e
desço pela minha barriga até chegar na minha intimidade, sentindo um latejar
angustiante me atingir, deslizo a minha mão pelos meus seis enquanto
esfrego suavemente a bucha na minha intimidade, mas a bucha se solta
caindo da minha mão e sinto o meu dedo pressionar o meu ponto sensível, me
fazendo gemer.
— Ahhh... — Gemi fechando os olhos e pressiono o meu dedo mais
uma vez sentindo um tesão absurdo me consumir.
— O que pensa que está fazendo...? — Ouço mais uma vez aquela
voz rouca me alertar.
— John...? O que faz aqui? O que você quer? — Pergunto ofegante
tentando cobrir os meus seios e a minha intimidade, envergonhada por ter
sido flagrada nessa situação.
— Você não respondeu a minha pergunta, Laura...! O que pensa que
está fazendo? Está se tocando...? Porque está se tocando? Me diz Laura...?
Porque está se tocando docinho? — Pergunta com a voz rouca enquanto entra
no box sorrateiramente, me deixando tensa e de pernas bambas.
— Sim... Estou me tocando porque sinto a sua falta... Mas obviamente
você não sente a minha, já deve ter saciado os seus desejos com aquelas
garotas, essa é a única explicação para me tratar daquela maneira tão
indiferente... Então a minha única solução é me tocar... — Sinto a minha voz
trêmula e me viro para lhe dar as costas, mas ele me puxa para o seu corpo
me colocando contra a parede, me deixando ainda mais ofegante e excitada.
— Você só pode estar louca, Laura, eu não estive com ninguém
porque a minha mulher é você...! Nenhuma outra me interessa como você...
Eu não quero e não estive com ninguém porque eu só quero e só estive com
você... Você só precisar ter um pouquinho de paciência comigo, docinho...
Eu senti tanto a sua falta... Eu te amo, eu sou todo seu assim como você é
todinha minha... Eu só quero você Laura... Sou louco por você... — Diz meio
irritado mas se declara olhando nos meus olhos antes de avança na minha
boca, me beijando com urgência. — Eu vou te dar o que você quer docinho...
Mas nunca mais pense em ir embora dessa casa, ouviu bem...? Não quero
você tentando fugir de mim porque eu não vou permitir! Você é minha...!
Minha mulher...! Ohhh eu estava com tanta saudade meu amor... Eu te amo
Laura... Eu te amo... — Diz entre os beijos enquanto eu tiro a sua camisa e
logo ele está tirando a sua bermuda.
Estou em choque com a sua declaração e ainda não sei se acredito que
ouvi tudo isso dele, mas me concentro em conseguir o que eu tanto quero, eu
preciso senti-lo agora mesmo.
John abraça a minha cintura me erguendo em seus braços e eu
envolvo as minhas pernas na sua cintura, sentindo-o se encaixar na minha
intimidade.
— Ohhh... — Gememos juntos enquanto ele se instala por completo
dentro de mim.
— Eu te amo John... Ohhh te amo meu amor... — Sussurro ofegante
sentindo ele se mover rápido entrando em mim com força, escorregando a sua
carne na minha.
— Eu senti a sua falta minha gostosa... Eu senti muito a sua falta
minha delícia... Ohh você é minha, minha mulher... Ohhh todinha minha... —
Geme com a voz rouca descendo os seus lábios quentes pelo meu pescoço,
me arrancando gemidos alucinados.
— Eu também senti a sua falta John... Senti muito... Ohhh a sua
falta... Ahh meu Deus... Eu já vou... Já vou gozar John... Ohhh... — Gemi
sentindo ele latejar me fazendo apertá-lo na minha intimidade, enquanto
aquela sensação de explosão crescer dentro de mim.
John me desce do seu colo me virando de costas para ele juntando as
minhas mãos na parede, ele se encaixa em mim novamente e me penetra de
uma só vez, me preenchendo entrando forte em mim, me fazendo estremecer
inteira.
— Porra Laura... Cacete...! Ohh eu não vou aguentar... Porra eu não
vou aguentar mais... Ahhh minha gostosa... Gostosa docinho... — Geme com
a voz ainda mais rouca no meu ouvido e segurando a minha cintura com mais
firmeza, chupando o meu ombro entrando em mim ainda mais forte do jeito
que me faz perder o juízo.
Não resisto e gozo sentindo as minhas pernas bambas e a sensação
que vou desabar a qualquer momento, John urra com a voz grave e goza me
preenchendo sem parar os seus movimentos, sinto o meu corpo perder as
forças mas John me abraça me amparando para eu não cair. Deito a cabeça no
seu peito e ele segura o meu rosto me beijando com doçura enquanto ainda o
sinto latejar dentro de mim.
Isso não pode ser mais uma alucinação porque parece bem real, eu o
sinto dentro de mim, isso não é um sonho ele está mesmo aqui e disse que me
ama. Ergo a minha mão até a sua nuca puxando-o mais para mim,
aprofundando o nosso beijo para ter certeza de que não estou alucinado. John
sai de mim me virando de enfrente para ele me colocando novamente contra a
parede.
— Precisamos conversar sobre o que eu fiz... Quero ter certeza de que
não vai me odiar e me rejeitar por isso... — Ele me encara fixamente os meus
olhos ainda ofegante, mas já sei do que se trata, então apenas envolvo os
meus braços no seu pescoço avançando na sua boca o beijando com urgência.
— Você não tem que me contar nada sobre isso... Eu imagino o que
aconteceu, mas seja lá o que você fez, se precisar fazer de novo não se
preocupe comigo... Eu te amo, sou sua mulher e quero te apoiar em tudo...
Sei que o que você fez foi pensando na minha segurança e eu te agradeço por
isso. — Afirmo entre os beijos e o encaro fixamente para que ele veja a
verdade das minhas palavras. — Esquece esse assunto e me beija...? Faz
amor comigo mais uma vez? — Peço com a voz trêmula pela minha ousadia
em pedir tal coisa, e o vejo me encarar surpreso.
— Cacete docinho... Você me deixa louco mulher. — Sussurra antes
de devorar a minha boca faminto pelos meus beijos.
Tomamos um banho rápido e fomos pra cama, John me beijou
inteirinha me fazendo delirar e gozar na sua boca, eu adoro senti-lo beijando
a minha intimidade, é uma sensação surreal, é tão gostoso, mas adoro ainda
mais quando ele está dentro de mim me fazendo quase gritar de prazer, senti-
lo gozar dentro de mim é algo que eu não sei explicar, mas eu amo.
Depois de nós amarmos mais duas vezes John me puxa para os seus
braços acariciando as minhas costas, acaricio o seu peito com um sorriso
bobo congelado no rosto, então me lembro do que ele disse antes sobre eu
pensar em ir embora.
— Como você sabe que eu pensei em ir embora...? Giulia falou com
você, não foi? — Pergunto meio sem graça e ele me encara sério.
— Ela me decepcionaria muito se não me contasse, e você me
decepcionaria ainda mais se fizesse uma estupidez dessas... Eu já falei que
você não está aqui como prisioneira Laura, você está aqui como minha
mulher e eu te dei total liberdade de sair seja lá para onde for, desde que não
saia sozinha. — Diz ainda mais sério que antes, eu diria até um pouco
irritado, isso me surpreende bastante. — Já te aconteceram muitas coisas
ruins, Laura, eu só quero me assegurar de que não aconteça mais nada... Não
quero vê-la triste novamente, me ignorando e se isolando de tudo e de todos...
Eu amo você docinho, mesmo que eu não saiba demonstrar isso essa é a
verdade... Eu te amo. — John acaricia o meu rosto com ternura e me beija
com calma, com paixão e eu simplesmente retribuo com a mesma doçura,
com o mesmo amor.
Eu demorei, mas consegui encontrar aquele canalha do Logan, ele se
escondeu de mim achando que iria se safar, mas não conseguiu, ele sabe que
tenho muitos amigos na polícia e a maioria deles me apoiam quando o
assunto é fazer justiça a qualquer custo, ele sabia que não iria se livrar de
mim por muito tempo mas agora acabou, o meu maior prazer foi deixá-lo
desfigurado com a surra que dei nele, claro, eu pedi favores então tive que
deixar os meus amigos se divertirem também.
Mas o que eu não esperava era que o meu pai entrasse de cabeça
nessa comigo, ele fez a parte mais fácil, deu o tiro de adeus e ajudou a cuidar
de tudo para se livrarem daquele infeliz, ele estava tão revoltado quanto eu
por esse miserável quase ter conseguido tirar a vida de Laura, aquele
desgraçado teve exatamente o que mereceu, mesmo eu achando que foi
pouco quebrar as suas costelas, pernas, braços e boa parte do seu rosto, fazer
o quê? Os meus amigos sabem como se divertir, por isso nos damos tão bem.
Na mansão eu tive que mudar a equipe de seguranças depois que
Logan entrou com tanta facilidade, e sem eu ficar sabendo, Laura quase
morreu porque esses incompetentes deixaram entrar na minha casa aquele
infeliz que usou uma desculpa esfarrapada para que liberassem a sua entrada,
o cretino apenas disse que queria falar comigo, que era um sócio da boate e
pronto, ele estava dentro da minha casa e quase matou a minha mulher, eu
não perdoo esse tipo de erro e só não matei os responsáveis pela entrada
daquele verme porque o meu pai não deixou, mas pelo menos agora está tudo
tranquilo e a mansão voltou a ficar segura.
Não foi difícil para mim ficar todos esses dias longe de Laura, e foi
ainda pior chegar em casa e encarar os seus olhos depois do que eu fiz, tive
medo dela me rejeitar por isso, tive medo dela me odiar por ser um assassino,
não que eu nunca tenha matado antes porque sim, já matei antes e não me
arrependo, todos que eu tirei a vida eu fiz para fazer justiça, e com Logan e
César não foi diferente, eu não matei César pessoalmente mas quem fez, fez
seguindo as minhas ordens, o que dá no mesmo.
Nem eu entendi a minha reação com Laura, quando cheguei em casa
eu estava ansioso para vê-la, desejando ardentemente ganhar um beijo seu
depois de mais de um mês vendo-a sofrer e se afastando de mim, agora que
ela estava melhor eu agi daquela maneira?
Confesso que quando cheguei pensei que a encontraria trancada no
quarto tentando se esconder de mim, mas me surpreendi quando liguei e
Giulia me disse que ela estava preocupada comigo, pensando que eu estava
evitando-a por não acreditar na sua inocência sobre tentar se matar, ela sabe
que eu fui atrás de Logan pois com certeza Giulia contou a ela, e eu não
queria que ela tivesse medo de mim por isso, mas, como sempre Laura me
surpreendeu.
Depois que subi atrás dela a encontrei no seu banheiro se tocando
gemendo de olhos fechados, isso me enlouqueceu, porra meu pau latejou na
mesma hora desejando ser o seu dedinho tocando a sua intimidade, desejando
que as sua mão tocando o seu seio fosse a minha, desejando sentir os seus
lábios doces nos meus, porra eu fiquei hipnotizado admirando-a mas não me
segurei por muito tempo.
Entrei no box e dei a ela o que nós dois queríamos e precisávamos, e
finalmente eu consegui me declarar para ela, eu disse que a amo e não menti,
eu amo essa menina mulher, eu a amo com toda a minha alma e foi fácil
admitir isso pois não queria sofrer, não queria perdê-la como perdi Laís e por
pouco o meu pior pesadelo não se concretizou, por muito pouco eu não perdi
a mulher que eu amo.
Agora estou aqui com essa mulher maravilhosa em meus braços,
dormindo feito um anjo. Admiro o seu rosto e acaricio os seus lábios macios
com o polegar, ela se mexe se aconchegando mais no meu corpo e eu acaricio
o seu rosto erguendo o seu queixo para lhe dar um beijo de leve, ela abre os
olhos ainda sonolenta e sorrir me encarando surpresa.
— Bom dia... Me diz que eu não estou sonhando...? Você está mesmo
aqui comigo? — Pergunta com a voz manhosa de sono, me encarando
fixamente e ver esse brilho nos seus olhos era tudo que eu precisava.
— Bom dia docinho... Eu vou te mostra que você não está sonhando.
— Seguro ela pela nunca e beijo-a com calma, com paixão e desejo.
Me ponho sobre aprofundando mais o beijo e ela retribui abraçando o
meu pescoço, mas quando o ar nos falta ela quebra o beijo me encarando com
aquele sorriso encantador.
— Eu estou faminta... Vamos descer para tomarmos o café da manhã?
Tenho certeza que você não tem se alimentado direito esses dias que esteve
fora. — Ela acaricia o meu rosto enquanto eu encaro fixamente a sua boca.
— Eu também estou faminto docinho, mas o que eu quero comer não
está lá em baixo. — Retruco antes de devorar a sua boca e como já esperava,
ela não resiste.
Nos amamos com calma e sem pressa e eu apreciei cada segundo que
a tive em meus braços. Depois de nos amarmos fomos tomar banho juntos,
mas como a minha saudade dela é muito grande eu a fiz minha mais uma vez
ali, de baixo do chuveiro, eu nunca vou me cansar de sentir essa mulher
maravilhosa, por mim eu não sairia mais de dentro dela, mas sei que isso não
é possível então me contendo em senti-la sempre que estivermos a sós, seja
em casa ou no trabalho, na cama ou no chuveiro ou em qualquer lugar, eu
sempre vou querer estar com ela.
Depois do nosso banho eu a deixo se arrumar e vou para o meu quarto
me arrumar também, não demoro muito pois hoje quero ficar a vontade e
passar um tempo com Laura. Coloco uma bermuda e camiseta e calço um
chinelo havaianas, saio do meu quarto e vejo Laura saindo do seu, e como
sempre ela está linda com um macacão vermelho soltinho de alças finas, ela
também usa um chinelo havaianas, parece até que combinamos de ficar tão a
vontade hoje.
— Eu queria falar com você sobre um assunto, John. — Ela se
aproxima meio sem jeito e eu lhe dou um beijo casto, pegando a sua mão
guiando a pelo corredor.
— Do que se trata? Está precisando de alguma coisa? Pode falar, pode
pedir o que quiser. — Pergunto enquanto descemos a escada mas ela parece
meio acanhada em dizer o que quer.
— É que... Eu não quero que você se desfaça da piscina, sei que só
está fazendo isso porque acha que eu tentei me matar, isso é ridículo eu
jamais tentaria me matar... A Giulia disse que vai contatar um professor de
natação para me ensinar a na... — Argumenta ainda acanhada mas se
empolga ao falar do professor de natação, mas paro no meio da escada a
interrompendo.
— Não...! Eu acredito que você não tenha tentado se matar, mas te
encontrei quase sem vida submersa dentro daquela piscina, então eu não
quero mais a existência dela! E muito menos vou deixar um professor dar
aulas pra você com você usando aquelas coisas minúsculas... A minha
resposta é não! — Contesto irritado e ela me encara surpresa.
— E se for uma professora mulher? Eu posso colocar um maiô, ou
uma roupa de mergulho pra você não sentir ciúmes dela também! — Rebate
emburrada e se apressa para descer na minha frente, mas seguro o seu braço
puxando ela de volta para mim, colocando-a contra a parede.
— O que deu em você Laura? Quando foi que ficou tão atrevida,
ham...? Acho que você está passando tempo demais com a minha irmã. — A
encaro sério vendo ela ofegar, mas beijo-a com calma e ela retribui.
— Por favor...? Não se desfaz da piscina...? Eu quero aprender a
nadar, você mesmo pode me ensinar se preferir. — Insiste entre os beijos
subindo as suas mãos por baixo da minha camiseta, me desarmando aos
poucos.
— Porra Laura... Eu não prometo, mas vou pensar a respeito, está
bem assim? — Fito os seus olhos antes de encarar a sua boca e lhe roubar
mais um beijo.
— Eu amo você... Amo muito... —Declara entre os beijos me
puxando pela cintura, colando mais o meu corpo ao seu.
— Se é verdade que me ama tanto... Então seja minha...? Você nunca
namorou, então eu quero você como minha namorada... Você quer que eu
seja seu namorado docinho? — Pergunto vendo-a me encarar surpresa.
— Você... Você me quer como sua namorada...? Não está brincando
comigo, não é? Eu amo você John mas não vou aceitar que brinque comig...
— Questiona emocionada segurando as suas lágrimas mas a interrompo com
um breve beijo.
— Eu amo você, Laura Westhause... Amo demais e jamais brincaria
com você dessa maneira... Eu quero que seja minha mulher, mas quero
começar da maneira certa como você merece, quero namorar você, quero te
apresentar aos meus amigos não como minha secretária, mas como minha
namorada... E então...? Você quer namorar comigo? — Abro um pequeno
sorriso acariciando o seu rosto corado daquele jeitinho que eu adoro.
— Sim... Eu quero namorar você John... Meu Deus eu quero tudo
com você meu amor... Tudo! — Ela abre mais aquele sorriso lindo e me beija
com doçura, aquele beijo doce que me derrete por dentro.
— Eu ouvi direito...? Vocês estão namorando? AÍ MEU DEUS QUE
LINDO...! Laura é oficialmente a minha nora! Precisamos comemorar eu
estou tão feliz. — Ouço os gritos da minha mãe no pé da escada deixando
Laura vermelha como nunca vi antes de tão envergonhada.
— Até que enfim esses dois se assumiram, eu não aguentava mais
ouvir as desculpas esfarrapadas deles quando eram flagrados tão perto um do
outro. — Comenta minha irmã parada no topo da escada com os braços
cruzados, e meu pai ao seu lado com um largo sorriso no rosto.
— Eu sei que todos já sabiam que existe algo entre mim e Laura, a
diferença é que agora é oficial... Eu e Laura estamos namorando. —
Confirmo puxando Laura para os meus braços e beijo-a brevemente antes de
terminarmos de descer a escada, minha mãe praticamente arranca Laura dos
meus braços.
— Eu estou tão feliz minha querida, mais uma vez seja bem vinda a
essa família... Você já fazia parte dela mas agora é oficial, meu Deus eu nem
acredito que você finalmente é minha nora, eu pensei que isso aconteceria um
pouco mais rápido, mas John demorou muito para admitir que te ama minha
querida. — Minha mãe se empolga ignorando totalmente a minha existência.
— Mamãe, eu ainda estou aqui, ok...? Só estou lembrando caso tenha
esquecido. — Me faço de ofendido e finalmente ela me encara.
— Me desculpe filho, mas eu não falei nenhuma mentira, a meses eu
vejo que vocês estão apaixonados mas não se assumiam, graças a Deus agora
eu vou poder dizer que Laura é minha nora... Venham meus querido, o café
da manhã já está servido e tenho certeza que vocês estão famintos, eu sei que
passaram a noite juntos porque eu fui no seu quarto filho, e a sua cama está
arrumada. — Diz mamãe sem cerimônia nos arrastando como se fossemos
duas crianças.
Não teve como não sorrir da cara envergonhada de Laura, eu nunca
tinha visto-a tão vermelha como está agora e ela nem imagina que eu adoro
vê-la assim, coradinha. Fomos para sala de refeições e a mesa está farta com
muitas coisas gostosa, nos sentamos e começamos a nos servir mas eu não
consigo tirar os olhos de Laura, o sorriso grande no seu rosto é tão lindo que
me prende a ela como um imã.
— Eu nunca vi um pedido de namoro tão sem graça, não teve nem
uma joia ou um buquê de rosas vermelhas, você precisa melhorar isso
maninho, toda mulher gosta de um agrado, algo romântico entende...? O que
vai fazer a respeito, Sr. Sarkozy? — Dispara minha irmã me pegando de
surpresa com as suas ideias, eu realmente não tinha pensado nisso.
— Ham, não precisa se incomodar John, eu já tenho o que eu mais
queria, eu tenho o seu amor e isso me basta. — Rebate a minha morena ainda
envergonhada, mas segura a minha mão com carinho.
— Minha irmã tem razão Laura, mas hoje eu não vou te dar uma joia
e muito menos um buquê de rosas... Quero te dar muito mais que isso e sei
que você vai gostar... Com licença, eu já volto. — A encaro fixamente e
deposito um beijo na sua mão antes de me levantar.
Vou até a sala e pego uma caixa pequena de madeira guardada dentro
de um pequeno baú em uma estante de vidro, encaro essa caixinha tomando a
melhor decisão que eu poderia tomar nesse momento, e sei que estou fazendo
o certo, sei que de onde estiver, Laís não vai se importar por eu estar fazendo
alguém feliz, e esse alguém é nada menos que a mulher que eu amo hoje, a
mulher que está me fazendo feliz e que eu quero que seja feliz também.
Volto para sala de refeições e me sento novamente no meu lugar,
recebendo os olhares curiosos da minha família e também da minha
namorada.
— Esse é o meu presente para você Laura, eu estou te dando porque a
anos ninguém mereceu ganhar isso como você merece... Estou te dando
porque sei que você vai gostar e vai cuidar com carinho, estou te dando
porque você não merece apenas um buquê de rosa, você merece todas que eu
puder te dar. — Pego a sua mão colocando a caixinha na mesma.
Ela me encara confusa enquanto a minha família me encaram
surpresos pelo que estou fazendo, com os olhos levemente arregalados. Laura
abre a caixinha mas parece ainda mais confusa.
— Uma chave...? Não entendi John, de onde é essa chave? —
Pergunta encarando a chave, analisando-a antes de me encarar.
— Essa é a chave da sua estufa... Agora ela é sua e você vai poder
entrar e sair dela quando quiser, a hora que quiser e vai poder faze o que
quiser... A estufa de rosas é sua Laura... Quando eu a fiz eu jurei que ela seria
apenas da mulher que eu amar, e eu amo você. — Prendo os meus olhos nos
seus e vejo uma lágrima descer pelo seu rosto.
— Você está me dando a estufa de rosas, John? Está dando ela pra
mim? Eu vou poder cuidar das rosas eu mesma...? Meu Deus eu não posso
estar sonhando, tem que ser verdade... Tem que ser verdade porque eu já
sonhei com isso antes... Eu devo estar sonhando de novo, está tudo
acontecendo muito rápido isso deve ser um sonho. — Pergunta surpresa e ao
mesmo tempo pensativa esfregando as mãos no rosto e volta a encarar a
chave na caixinha, pegando-a com cuidado. — Eu sempre quis ter muitas
flores para cuidar... Eu mal podia vê-las através da janela no quintal da
vizinha, eu nunca ganhei uma única flor sequer... Quando eu entrei nessa
estufa pela primeira vez, eu... Eu me senti no paraíso... Me senti linda como
aquelas flores. — Laura se emociona deixando as suas lágrimas caírem me
pegando de surpresa com isso, ela pega a minha mão sobre a mesa me
encarando com aquele sorriso pelo qual me apaixonei. — Eu espero que isso
não seja um sonho, mas mesmo que seja, você me trouxe uma enorme
felicidade com esse seu gesto, John... Eu vou amar cuidar daquelas flores
pessoalmente, vou amar passar o meu tempo livre lá dentro admirando-as...
Obrigada... Meu Deus obrigada John eu amei. — Diz ainda com aquele
sorriso largo me encarando com ternura, e isso me surpreendeu ainda mais.
— Não me agradeça docinho... Eu sabia que aquela estufa seria sua
desde o momento em que te vi lá dentro, admirando aquelas flores com os
olhos brilhando como ninguém mais fez... Eu só quero ver você assim, feliz
com esse sorriso tão lindo. — Acaricio a sua mão e ela se aproxima me
beijando com a mesma paixão de todos os momentos que já tivemos até
agora.
Acaricio o seu rosto e levo a minha mão até a sua nuca aprofundando
mais o beijo, louco para voltar com ela para o quarto.
— Ok crianças! Vamos terminar o café da manhã? Está tudo uma
delícia. — Nós interrompe mamãe limpando a garganta, me deixando
frustrado por sermos interrompidos.
— Me desculpe dona Marília. — Se desculpa Laura completamente
envergonhada me fazendo sorrir.
— Pelo amor de Deus Laura, agora você é minha nora e não quero
você me chamando de dona ou de senhora, ouviu bem...? Me chama de
Marília ou de sogra, o que você preferir. — A repreende mamãe empolgada
como não vejo a mais de um mês.
Encaro Laura e ela ainda tem a pele corada me encarando
discretamente enquanto come a sua fatia de bolo, eu não sei explicar o que
sinto quando a vejo sorrir tão abertamente, mas sinto uma euforia, sinto a
adrenalina correr nas minhas veio e uma felicidade sem tamanho me dominar,
eu simplesmente amo vê-la assim, coradinha.
Tomamos o nosso café com mamãe fazendo planos de dar um jantar
para comemorar o meu namoro com Laura, eu acho isso um exagero e prefiro
algo mais discreto só para nós da família, mas infelizmente minha mãe não
concorda.
Depois do café mamãe e Giulia foram para estufa com Laura, ela está
tão feliz que por um momento até eu me esqueci de tudo que ela passou nesse
último mês, mas esse esquecimento não dura muito já que eu quase a perdi,
Laura precisou estar a beira da morte para eu conseguir colocar para fora esse
amor desesperado que sinto por ela.
— A anos eu não te vejo tão feliz filho, você salvou a Laura, mas ela
também salvou você... Estou muito orgulhoso John, eu estou muito orgulhoso
de você meu filho, Laura é uma mulher muito jovem mas também é uma
mulher muito forte, uma verdadeira guerreira... Exatamente o tipo de mulher
que você precisa, e ela precisa muito de você também John. — Argumenta
papai me encarando com um breve sorriso, como sempre eu sei que posso
contar com o seu apoio.
— A poucos meses atrás eu desabei na sua frente papai, ainda
sentindo aquela dor absurda que me machucou tão profundamente por anos,
mas hoje eu não sinto mais aquela dor, não sofro mais como eu sofria antes, a
minha dor parece diminuir aos poucos com Laura preenchendo a minha
vida... Eu a amo papai, eu a amo como só amei uma mulher em toda a minha
vida, eu quero com ela o que eu só tive com uma mulher em toda minha vida.
— Desabafo pensativo com os meus pensamentos em Laura. — Eu não vejo
mais aquela semelhança dela com Laís, eu só vejo ela, eu só penso nela... Eu
só quero ela papai. — Sinto um sorriso bobo surgir no meu rosto ao falar
dela, nenhuma mulher além de Laís havia me deixando assim antes,
flutuando de amor.
Encaro o meu pai e ele tem o mesmo sorriso no rosto, conversamos
um pouco mais ali no escritório mas logo Sandra vem nos avisar que o
almoço será servido.
Estou muito grato a Sandra por ter encontrado Laura a tempo de
salvá-la, se ela não estivesse passando pela piscina naquele momento, hoje eu
já teria demolido essa mansão no braço para descontar a minha fúria por
perder a mulher que amo, mas graças a Sandra isso foi evitado e estamos
todos felizes.
Sandra ganhou um carinho especial de Laura, que segundo ela,
Sandra se tornou o seu anjo da guarda, a minha nova governanta confessou
que estava descansando quando sentiu um mal pressentimento e uma energia
muito forte a puxava em direção a piscina, Laura não quis comentar mas sei
que ela acha que isso pode ter sido um sinal, pode ser os anjos protegendo-a
de todo mal e eu também acredito nisso, Laura se salvou por um milagre pois
tem as mãos de Deus sobre ela.
Depois do nosso almoço as mulheres mais uma vez nos deixa para se
enfiarem no quarto de Laura, por falar no quarto dela, eu não quero mais
dormir sozinho sem ela ao meu lado, é maravilhoso tê-la em meus braços
então não tem o porquê ela continuar naquele quarto, Laura é minha mulher,
minha namorada e tem que ficar comigo, não sei mais dormir sem essa
mulher, não sei mais viver sem ela.
Depois de tanto tempo sozinhos ali na sala, decidimos ir atrás das
nossas mulheres, mas quando nos levantamos para subirmos elas descem as
escadas, mas Laura e Giulia estão arrumadas demais para ficar em casa.
Encaro Laura surpreso e vejo Victor vindo da cozinha comendo alguma
coisa, eu não sabia que ele já havia chegado.
— John, eu quero levar a minha cunhada para conhecer o cinema,
você vem com a gente ou podemos ir com Victor? — Pergunta a espevitada
da minha irmã correndo para os meus braços, pulando no meu pescoço.
— Nem morto eu deixo vocês saírem sozinhas... Eu te conheço
Giulia, não quero você levando a minha namorada para o mal caminho. —
Sorrio de lado me aproximando de Laura que sorrir envergonhada.
— Olha como fala comigo maninho! Eu jamais levaria a minha
cunhadinha para o mal caminho, pelo menos ela não. — Minha irmã gargalha
enquanto eu abraço Laura pela cintura, puxando minha mulher para os meus
braços, lhe roubando um beijo casto.
— Está linda... Vou me arruma e não me demoro, eu já volto. —
Aviso entre os beijos e me despeço saindo da sala ouvindo os murmurinhos
da minha mãe e minha irmã.
Sorrio sem conseguir me conter e subo para o meu quarto indo me
arrumar, me visto em tempo recorde e logo já estou descendo novamente,
encontrando Laura empolgada conversando com as mulheres da família, me
lembro que há algumas semanas eu estava andando pela casa nervoso por ver
Laura tão triste, mas hoje a vejo tão feliz como nunca vi antes, se eu soubesse
que presenteá-la com a estufa a deixaria tão feliz, eu teria feito isso a mais
tempo.
Me aproximo delas e as mesmas se levantam empolgadas falando do
filme que queriam ver, nos apressamos para sairmos de casa para pegarmos
uma sessão antes do jantar, quero levar a minha namorada para jantar fora
hoje, preciso me acostumar a dizer minha namorada, por mim eu diria que ela
é minha mulher e ponto final, mas quero dar a ela tudo que ela não teve, e ela
não teve um namorado.
Saímos de casa e seguimos para o shopping do centro, papai e mamãe
não quiseram vir e preferiram voltar pra sua casa pois eles já estão comigo a
mais de uma semana, e agora que está tudo bem eles estão mais tranquilos e
bastante empolgados com a novidade do namoro, por me verem mais uma
vez em um relacionamento com uma só mulher.
Chegamos no shopping e é óbvio que tivemos que dar umas voltas
antes de irmos para o cinema, Giulia não tem noção de tempo então sair com
ela é bem complicado, por isso não quis deixar Laura vir sozinha com ela,
provavelmente eu só veria a minha mulher no final da noite e isso não iria me
agradar nem um pouco.
Estamos em dois casais e foi muito bom andar de mãos dadas com
uma mulher tão linda como Laura, a única coisa que me incomoda são os
olhares sobre ela, tem muitos caras sem noção que não tem medo de morrer,
mas o que eles não sabem é que eu não tenho medo de matar e essa vontade
está me consumindo nesse momento.
Paramos em frente a algumas lojas que minha irmã adora e logo de
cara eu percebi que essa parada iria demorar, Giulia arrasta Laura pela loja
pegando inúmeras coisas enquanto eu e Victor ficamos aqui, parados
conversando enquanto elas se divertem, não me importo muito com isso pois
Laura precisa mesmo de mais roupas e minha irmã tem me ajudado muito
nisso, mesmo eu alertando-a todos as vezes para os tipos de roupas que ela
compra para minha mulher.
Não quero Laura usando roupas indecentes e chamativas demais, já
estou tendo trabalho com ela usando um vestido sem alças faltando quase um
palmo acima dos joelhos, ela está linda mas não estou gostando de ver tantos
homens admirando-a com desejo, como eu já vi desde que entramos nesse
shopping.
— Acho que por hoje já está bom cunhada, outro dia a gente volta
com mais calma... Eu vou até o caixa pagar as nossas compras e já volto, nós
vamos ficar maravilhosas nessas roupas. — Comenta Giulia já abrindo a sua
bolsa mas me aproximo interrompendo-a.
— Espera Giulia! Deixa comigo maninha, eu cuido disso. — Pego a
notinha da sua mão e ela me encara com aquele sorriso gigante.
— Vai me dar também essas roupas de presente maninho...? Já faz
tempo que você não me dá nada sabia? — Ela me encara surpresa mas sem
tirar aquele sorriso do rosto.
— Você merece minha irmã, você tem ajudado muita a Laura nesse
período difícil que ela passou, nada mais justo do que te dar um agrado...
Abrigado pelo seu apoio, Giulia, eu te amo maninha. — Abraço-a forte me
dando conta de que nesse tempo todo que ela esteve ao meu lado, eu ainda
não a agradeci.
— Eu também te amo meu irmão, e faço isso com o maior prazer...
Mas da próxima vez que quiser me fazer um agrado me avisa, John... Você
sabe que a Prada é a minha loja preferida e eu deixei algumas coisinhas para
depois. — Diz piscando para mim me fazendo gargalhar.
— Você não tem jeito, Giulia... Eu te dou a mão e você quer o pé
também, não é...? Eu já volto. — Sorrio pela sua cara de pau e vou até o
caixa.
Pago a conta e logo estamos saindo da loja, peço a um dos seguranças
para levar aquele monte de bolsas para o carro enquanto finalmente seguimos
para o cinema, por sorte a fila não está muito grande e enquanto Victor leva
as garotas para comprarem o que comer, eu fico para pegar os ingressos.
Alguns minutos depois já com os ingressos nas mãos eu vou até as
garotas, que ainda estão escolhendo coisas para comerem.
— É um absurdo a gente ter que passar tanto tempo em uma filha só
para comprar o que comer, eu devia fazer uma reclamação sobre isso. —
Reclama Giulia irritada encarando furiosa a mulher da pipoca, mas Victor
toma a frente da situação.
— Se acalma meu amor está tudo mundo aqui esperando como nós, já
está chegando a nossa vez, eu falei que não precisava vocês ficarem na fila
que eu pegaria as pipocas. — Ele puxa ela para os seus braços tentando
acalma-la.
Encaro Laura ao meu lado e ela sorrir envergonhada vendo minha
irmã e Victor se beijarem, puxo ela pela cintura admirando o seu rosto corado
e beijo-a também.
— John...! Tem muita gente aqui, está me deixando constrangida. —
Me repreende entre os beijos e posso sentir o seu corpo tenso.
— Você não tem que ficar constrangida, é normal um casal se beijar
no meio de tanta gente. — Explico ao quebrar o beijo encarando os seus
lábios vermelhos. Esses batons que não saem são perfeitos!
— Sentir aquelas coisas calorentas no meio de tanta gente também é
normal, Sr. Sarkozy...? Eu acho que não. — Retruca ainda mais vermelha se
soltando brevemente de mim, me fazendo sorrir e ao mesmo tempo me
deixando excitado.
— Porra você está excitada docinho...? Podemos resolver isso em
outro lugar, o que acha? — Pergunto puxando-a de volta para mim mas ela se
esquiva se afastando sorrindo.
Laura se vira para fugir de mim mas se choca contra um infeliz que a
segura de um jeito que não me agrada.
— Opa! Cuidado gatinha você pode cair. — Diz o infeliz segurando a
sua cintura me deixando furioso.
— Tire as suas mãos da minha mulher se não quiser ter os braços
quebrados! — Me altero puxando Laura dos seus braços tentando me
aproximar dele, mas Victor entrar na minha frente.
— Relaxa John, você está assustando a Laura cara, parece que ela não
está acostumada a ver ninguém brigando por ela. — Me alerta Victor me
segurando pelos ombros então encaro Laura com os olhos arregalados, me
encarando assustada. Merda!
— Está tudo bem Laura não se preocupe, isso foi só a reação de um
homem ciumento, vai se acostumando com isso. — Giulia abraça Laura
carinhosamente e ela suaviza um pouco mais a sua expressão.
Encaro o sujeito novamente mas ele já não está mais ali. Infeliz
miserável!
— Vamos entrar logo nesse maldito cinema antes que eu mude de
ideia! — Aviso ainda furioso me aproximando de Laura, pego-a pela mão
arrastando-a em direção a sala 4.
Ela não diz nada mas posso ver que está tensa pela minha explosão,
entramos na sala de cinema mas me lembro dos ingressos da minha irmã e
meu cunhado que estão comigo, então deixo Laura no seu acento e volto para
procurar a minha irmã, merda! Ela já estava procurando confusão querendo
entrar sem o ingresso, parece que essa explosão é mal de família.
Ajudo Victor com as pipocas e os refrigerantes e entramos no cinema,
procuro novamente onde deixei Laura mas quando chego tem uma mulher
sentada no meu lugar.
— Com licença senhorita, esse acento já está ocupado. — Paro na sua
frente e ela abre um largo sorriso se levantando.
— Me desculpe eu não sabia que estava ocupado... Mas será que eu
posso me sentar ao seu lado para te fazer companhia? — Ela abre mais o seu
decote me fazendo gargalhar.
— Não! Você não pode fazer companhia para ele, eu falei que esse
lugar era do meu namorado sua oferecida. — Laura se levanta irritada me
surpreendendo com a sua reação. Não vou negar que gostei disso!
— Impossível esse homem gostoso ser seu, no mínimo você não é a
única e eu só quero ser mais uma delas, querida. — Rebate a garota
enfrentando Laura que me encara com a respiração pesada.
— Mesmo que ele tenha mais "algumas" as vagas já foram
preenchidas, não tem mais espaço pra você, então cai fora daqui sua
vagabunda! — Esbraveja furiosa e pega o copo de refrigerante da bandeja nas
minhas mãos e joga em cima da garota que a encara perplexa.
— PORQUE VOCÊ FEZ ISSO SUA LOUCA! Molhou a minha
roupa toda sua cretina. — Esbraveja a garota irritada e antes que Laura
pudesse dizer alguma coisa Giulia se aproxima tomando as suas dores.
— Não queridinha, ela não é louca, a louca aqui sou eu! Você vai
querer pagar para ver? — Giulia a enfrenta com outro copo de refrigerante e
um saco de pipocas nas mãos, a garota não diz nada mas sai furiosa ."Porra
essas mulheres são do caralho!" — Mandou bem Laura! É assim que se faz
cunhada. — Diz Giulia puxando Laura para se sentar enquanto eu fico aqui
parado tentando digerir o que aconteceu.
Me sento ao lado de Laura mas ela nem olha na minha cara, era só o
que me faltava começamos a namorar hoje e já estamos nesse clima.
Entrego a pipoca a ela e a mesma pega ainda sem me olhar, bufei
frustrado e dou um longo gole no refrigerante, encaro Laura mais uma vez e
ela me encara discretamente.
— Eu não acredito que você vai ficar assim comigo, Laura... Eu não
tive culpa de nada, amor... Olha para mim...? Me dá um beijo? — Peço pondo
a minha mão na sua coxa e aperto de leve fazendo ela arfar.
— Eu também não tive culpa de esbarrar naquele cara... Mas mesmo
assim você queria bater nele... Eu já deixei claro que não vou dividir você
com ninguém, isso não é uma disputa então eu não vou competir... Você é
meu e ponto final! — Diz emburrada com a voz trêmula e mesmo com a sala
escura, posso ver que ela está corada.
— Cacete... Você está me deixando de pau duro falando assim. —
Sussurro com a voz rouca descendo a minha mão entre as suas pernas
fazendo-a gemer baixinho.
— Oh meu Deus John... Porque você tem fazer essas coisas em
público...? Eu preciso ir ao banheiro, já volto. — Me repreende ofegante e se
levanta saindo apressada me fazendo sorrir.
Olho para minha irmã e ela está sorrindo balançando a cabeça
negativamente, me fazendo sorrir também.
— O que foi? Eu não fiz nada... Vou pegar mais refrigerante. — Digo
já me levantando e me apresso para encontrar Laura.
Saio da sala de cinema e a vejo entrar no banheiro feminino, olho para
os lados e estão todos muito ocupados com a confusão na filha da pipoca, não
penso duas vezes e entro no banheiro feminino encontrando Laura na frente
do espelho, ela está mais vermelha que o normal de olhos fechados
respirando fundo, olho para os lados e não tem mais ninguém, olho para as
cabines e estão todas abertas indicando que também não tem ninguém, então
tranco a porta e finalmente Laura percebe a minha presença.
— John? O que está fazendo...? Esse é o banheiro feminino e não... —
Questiona me encarando aflita mas me aproximo rapidamente
interrompendo-a com um beijo urgente.
Abraço o seu corpo e sem quebrar o beijo guio-a para dentro de uma
das cabines, coloca-a contra a divisória aprofundando mais o beijo enquanto
percorro as minhas mãos pelo seu corpo.
— John... Amor não podemos fazer isso aqui... Alguém pode entrar...
Ohhh... — Sussurra quase sem voz segurando os meus braços para de
equilibrar.
— Ninguém vai entrar porque a porta está trancada... Eu quero você
docinho... Porra Laura, você está molhadinha e está tão gostosa... Você gosta
de adrenalina, não é? Então me pede o que você quer e eu te dou... Diz que
você quer o meu pau nessa bucetinha apertadinha...? Diz amor? Eu quero
ouvir você dizer Laura! — Argumento com a voz rouca deslizando um dedo
para dentro dela e a mesma amolece nos meus braços. — Vamos Laura! Diz
o que eu quero ouvir docinho? Ou vamos passar a tarde inteira trancados
aqui... Pede o que você quer meu amor! Eu estou mandando! — Ordeno o
mais rouco possível movimentando o meu dedo dentro dela e ela geme.
— Oh Deus John... Ohhh... — Geme ofegante e posso sentir o seu
corpo tremer.
— Não era só isso que eu esperava ouvir docinho, diz logo o que você
quer meu amor? Eu não aguento mais esperar... Diz que você quer o meu pau
todinho nessa bucetinha gostosa... Diz vai? Pede para eu te foder todinha, vai
Laura! — Desço a minha boca entre os seus seios e puxo a parte de cima do
seu vestido para baixo deixando os seus lindos seios a mostra, sem parar os
movimentos com o meu dedo.
— Hummm... Deus John... Eu quero você amor... Ohhh quero o seu
pau todinho dentro de mim... Por favor...? Por favor agora...? Ahhh céus... —
Choraminga ainda mais ofegante quando sugo o seu seio com vontade
prendendo o seu mamilo entre os meus lábios.
— Isso minha gostosa... Eu vou meter o meu pau inteirinho dentro de
você, mas antes eu preciso chupar você... Você está muito úmida... Ohhh
delícia... —Tiro o meu dedo de dentro dela e o levo até a boca sentindo o seu
gosto alucinante.
Suspendo a parte debaixo do seu vestido e abro as suas pernas
colocando uma delas sobre a privada, me abaixo puxando a sua calcinha para
o lado e encaro a sua intimidade brilhando com a sua excitação, eu avanço
nela adentrando a minha língua chupando-a com faminto.
Laura geme quase sem voz tentando se segurar na divisória enquanto
Percorro a minha língua por toda a sua carne encharcada. Sinto que ela pode
desabar a qualquer momento pois vejo as suas pernas tremerem, de repente
ela goza me fazendo chupa-la ainda com mais vontade, sentindo o meu pau
latejar, babando de desejo de estar dentro ela.
— Cacete... Porra estou quase gozando nas calças, eu preciso sentir
você agora. — Grunhi na sua intimidade sugando o mel da minha abelhinha.
Me levanto abraçando o seu corpo mole após o orgasmo. — Se ajoelha na
privada e colocar os braços sobre a caixa de descarga... Agora Laura! —
Ordeno com a voz rouca segurando o meu pau por cima da calça, rezando
para não gozar antes de entrar nela.
— John alguém vai me ouvir... É melhor... — Contesta engolindo a
seco se segurando em mim para não cair mas a interrompo.
— É melhor você fazer o que estou mandando docinho! Eu não vou
sair daqui sem sentir você, estamos perdendo tempo então faz logo o que eu
mandei! — Alerto-a em um tom firme e ela estremece me encarando com os
olhos dilatados de desejo.
Ela não diz mais nada, apenas faz o que mandei enquanto eu abro a
minha calça, abaixo a sua calcinha e me aproximo me encaixando na sua
entrada meladinha, entro nela lentamente e ela geme se contraindo.
— Puta merda... Ohh como você está quente amor... Você me deixa
louco docinho... Porra você me faz perder o juízo... Ahhh... — Sussurro
ofegante jogando a cabeça para trás me sentindo no lugar mais perfeito que
existe.
Seguro firme a sua cintura e meto nela com força indo o mais fundo
que consigo, ela sempre me aguenta sem reclamar e as vezes pede mais forte
e mais rápido, nem as prostitutas da minha boate me aguentava como Laura,
isso é surpreendente.
Enrolo os seus longos cabelos na minha mão e seguro firme enquanto
subo a outra mão até os seus seios, acariciando cada um deles, ela se inclina
para trás e eu puxo de leve os seus cabelos virando o seu rosto para beija-la
ainda entrando fundo nela, chupo a sua língua devorando a sua boquinha
gostosa, sentindo o meu pau pulsar dentro dela. Desço a minha mão dos seus
seios até a sua intimidade e pressiono o seu ponto sensível, fazendo ela gemer
e rebolar no meu pau.
— Deus eu não vou aguentar... Porra eu vou gozar docinho... Ahh
meu amor... Gostosa goza vai...? Ohhh merda! —Gemi na sua boca e não
aguento mais me segurar, latejei gozando dentro dela e ela goza logo em
seguida.
— Hummm ohhh... Amor... John... — Sussurra mordendo o lábio
inferior enquanto o seu corpo treme e sua intimidade me aperta
insistentemente.
Sinto minhas pernas tremerem então paro aos poucos os meus
movimentos tentando me equilibrar nas minhas pernas, Laura amolece nos
meus braços ofegante ainda gemendo enquanto a sua intimidade se contrai,
me apertando enquanto goza.
Ela deita a sua cabeça no meu ombro e eu abraço o seu corpo tirando-
a de cima da privada sem sair dela, beijo o seu pescoço e desço para o seu
ombro sorrindo feito um bobo pela loucura que fizemos, eu não consigo
evitar, Laura me faz perder o juízo, ela fode a minha sanidade com apenas um
sorriso, e ela tem um sorriso tão lindo.
Saio dela virando-a de frente para mim e tomo os lábios em um beijo
calmo.
— Está mais calma agora...? Está convencida de que você não precisa
competir com ninguém? Porque eu sou seu meu amor... Só seu e demais
ninguém. — Afirmo entre os beijos e mais uma vez ela sorrir me encarando
com ternura.
— Precisamos sair logo daqui... Ou vão desconfiar e estaremos
encrencados. — Diz sorrindo daquele jeito atrevido que me deixa ainda mais
louco por ela.
Lhe roubo mais um beijo então nos arrumamos para sair do banheiro,
quando o fizemos não tinha mais ninguém no corredor então voltamos para
sala 4, de mãos dadas e com um sorriso de satisfação no rosto.
Nos sentamos ao lado da minha irmã que está se agarrando com o
namorado, e eu limpo a garganta chamando a sua atenção.
— Eu odeio vocês sabiam? Nós aqui preocupados e vocês se
divertindo... Isso não é justo . — Diz a descarada arrumando os cabelos
desgrenhada pelos amassos dado nesse pervertido do seu namorado.
— Eu estou vendo a preocupação de vocês... Não estávamos fazendo
nada demais, apenas conversamos, não é amor? — Pisco para minha mulher
que abre ainda mais o seu sorriso e me responde com um beijo urgente. —
Ainda faminta...? Eu vou resolver isso assim que sairmos daqui... —
Pergunto entre os beijos encarando fixamente os seus olhos brilhantes.
— Vamos assistir o filme... Já está quase na metade. — Desconversa
desviando os seus olhos de mim para o telão, me fazendo sorrir.
Será que essa mulher tem noção do quanto eu a amo? Que eu sou
capaz de tudo por ela? Pois é, eu a amo desesperadamente e faria de tudo para
mantê-la segura e feliz, eu daria a minha vida por ela se fosse necessário e sei
que ela me ama com a mesma intensidade.
Alguém lá em cima está torcendo pela minha felicidade e eu sou grato
por isso, estou feliz como a anos não sou, tenho ao meu lado uma mulher
linda para amar, e que me ama com uma sinceridade absurda, Laura é a
pessoa mais inocente, doce e sincera que já vi na vida, a maneira como ela se
declarou para mim, a maneira como ela me conta as coisas sem se preocupar
em mentir ou omitir as coisas, a sinceridade das suas palavras e suas ações,
meu Deus isso é incrível, essa mulher é perfeita para mim.
Admiro o seu rosto e ela tem os olhos fixos no telão a nossa frente,
não é um filme de romance é aventura com um pouco de ação e as partes
violentas com tiros e porradas, vejo Laura um pouco assustada, mas nas
cenas onde alguns casais se beijam ou rolam uma pegação mais quente, ela
fica vermelha, acho que ela se lembra dos nossos momentos juntos e vê-la
corada chega a ser excitante para mim, gosto de vê-la vermelhinha,
principalmente quando estamos fazendo amor.
Não existe um lugar especial para nós deixar levar pelo desejo,
qualquer lugar com ela se torna especial, se torna único e maravilhoso, Laura
resgatou todas as minhas emoções e sensibilidades que achei ter perdido, mas
aqui estou eu, pagando de casal apaixonado no cinema com a minha
namorada, confesso que isso me fez falta, sentir alguém em meus braços me
encarando com ternura, me beijando com tanta paixão é algo divino, é algo
que só Deus proporciona ao ser humano.
Depois de anos sozinho chorando a morte da minha família, agora
estou sorrindo por esse amor tão intenso que estou sentindo, estou sorrindo
pela vida, estou sorrindo para a minha mulher.
TRÊS MESES DEPOIS...
Me despeço de John enquanto entro no carro dos pais dele mas o fiz
prometer que não irá demorar, ele me dá um beijo calmo e vai para o seu
carro dando a partida no mesmo, saímos para um lado da cidade e ele saiu
para no outro indo em direção a boate. Não vou negar que me sinto insegura
mas eu preciso confiar nele, preciso acreditar que ele não vai ficar com
nenhuma daquelas garota e sei que não vai ficar.
Seguimos para casa de praia e dessa vez fomos todos em um carro
só, Giulia é muito animada e adora fazer uma bagunça e eu até já me
acostumei com esse seu jeito, estou me sentindo mais solta e relaxada, sem
me envergonhar tanto com as coisas que ela faz ou fala sem pensar, e
mesmo ficando roxa de vergonha eu estou sabendo ligar melhor com isso.
Me sinto viva ao lado dessa família, eu finalmente posso dizer que
agora eu sou feliz pois antes eu nunca fui, mesmo amando muito a minha
mãezinha não tinha como ser feliz naquele lugar, mas agora ela está
descansando em paz e eu estou feliz com essa família que me acolheu tão
bem.
O nosso dia na praia está sendo maravilhoso como das últimas vezes,
essa é a terceira vez que estamos nesse lugar divino e por mim eu nem iria
embora, mas toda vez que eu passo muito tempo na água, John fica
preocupando achando que alguém vai aparecer e tentar me matar afogada,
eu até entendo o medo dele depois de me encontra flutuando na sua piscina
quase sem vida, eu também fiquei um bom tempo sem me aproximar dela
mas quando eu voltei nesse lugar, nessa praia maravilhosa eu não resisti em
entrar na água, então depois disso eu aceitei a proposta de Giulia de me
ensinar a nadar e até que não estou indo tão mal.
Quero surpreender John aprendendo o máximo que eu puder para
não deixa-lo tão preocupado, e além disso, não quero ser tão dependente
dele a ponto de recorrer a ele para tudo, quero aprender a me virar sozinha
também.
— Você ficou tão pensativa de repente... O que houve? Tem alguma
coisa te preocupando cunhada? — Pergunta Giulia sentada ao meu lado na
areia e eu respiro fundo.
— Não Giulia, não tem nada me preocupando... Quer dizer... É que...
John está demorando e ele foi na boate resolver algumas coisas, mas ele está
demorando, e saber que ele está naquele lugar... — Confesso meio sem
graça e ela termina a minha frase.
— Te deixa insegura! Eu sei como você está se sentindo, Laura, mas
você não tem motivo para isso porque o meu irmão te ama, ele é louco por
você. — Ela me encara com carinho e aquele sorriso amoroso que parece
uma marca de família.
— Eu também sou louca por ele Giulia, eu fico sem ar só de falar
dele... Eu não imagino a minha vida sem ele, eu o amo demais e tenho medo
de perdê-lo porque sempre vai aparecer alguma oferecida querendo tirá-lo
de mim... Eu não suportaria perdê-lo... John é a minha vida você entende?
Eu preciso dele pra viver Giulia. — Ofego meio nervosa apenas por pensar
em perdê-lo.
— Eu também preciso de você para viver, docinho... Você também é
a minha vida meu amor. — Ouço a sua voz rouca atrás de mim me fazendo
estremecer enquanto minha cunhada segura o riso. Filha da mãe ela sabia
que ele estava aqui!
— John... — Seu nome sai da minha boca em um sussurro. Me
levanto às pressas correndo para os seus braços.
Rapidamente ele toma a minha boca em um beijo calmo mas
enlouquecedor me deixando trêmula, suas mãos me apertam com obsessão,
com posse me deixando totalmente entregue a ele, mas mesmo assim me
sinto no melhor lugar do mundo que é os seus braços.
— Ninguém vai me tirar de você docinho... Eu sou todinho seu e de
mais ninguém, ouviu? Eu te amo e só você tem o meu amor, você entende
isso...? Você trouxe um novo sentido a minha vida, você me devolveu a
minha paz e é por isso que eu não posso te perder... É por isso que eu te amo
tanto minha princesa. — John acaricia o meu rosto tão gentilmente, me
fazendo derreter com a sua declaração, apenas beijo-o mais uma vez
abraçando o seu pescoço intensificando mais o nosso beijo.
— Eu espero que vocês não se esqueçam de mim aqui, ouviram...?
Meu namorado teve que ir embora e vocês estão me deixando com inveja.
— Ouço a voz de Giulia atrás de mim e me solto do meu namorado a
encarando envergonhada.
— Não seja dramática Giulia, o Victor vai voltar, ele só foi comprar
o que você pediu. — Rebato ainda envergonhada enquanto John me abraça
por trás.
— Vocês dois ficam tão bem juntos... Formam um lindo casal. —
Comenta nos admirando amorosamente mas saí nos deixando ali sozinhos.
— Vamos dar uma volta na praia? O dia está tão lindo. — Sugere
pegando a minha mão e assim caminhamos pela praia, como aqueles casais
apaixonados das novelas.
Mas a diferencia é que nós somos um casal apaixonado de verdade,
estamos vivendo esse amor que nos pegou desprevenidos mas está sendo o
nosso melhor.
Caminhamos de mãos dadas mas John me pega no coloco correndo
comigo me fazendo gargalhar, entramos na água juntos e brincamos feito
duas crianças sapecas e vê-lo tão solto me surpreende.
Me lembro de quando o conheci, ele era tão rude e se exaltava com
facilidade, mas desde o início ele foi atencioso comigo mesmo sem
perceber, mesmo não curtindo garotas virgens a sua obsessão em me manter
perto dele me surpreendeu, e quando ele me levou para dentro da sua casa
me amparando quando tive um dos meus pesadelos, aquilo também me
pegou de surpresa, ele foi tão carinhoso comigo, foi quando ele me beijou
pela primeira vez e logo de cara eu não resisti, eu gostei do seu beijo, gostei
do seu toque.
Por incrível que pareça eu me senti segura nos seus braços, eu aceitei
as suas carícias como nunca imaginei aceitar de alguém, muito menos dele
pois ele tinha me comprado, pelo menos eu pensava que sim, até descobrir
que não. Eu fui me apaixonando por ele conforme ele cuidava de mim e me
ajudava como ninguém mais fez antes além da minha mãe, eu sentia a sua
preocupação, sentia o seu carinho e isso me conquistou, isso me fez ama-lo
a cada dia mais.
Quando ele foi atrás de César para me defender, ali eu tive certeza de
que queria ser dele, e foi o que eu fiz, me entreguei a ele e lhe dei o meu
coração junto mesmo sem perceber, e agora ganhei o coração dele também e
sinto que o que temos é para sempre, é para toda a vida.
— Venha aqui sua gostosa! Eu vou pegar você...! Não tem como
você fugir de mim, admita isso logo. — Grita correndo atrás de mim
enquanto eu tento correr o mais rápido que posso, mas logo sinto seus
braços na minha cintura me prendendo ao seu corpo.
— Não é justo John...! Você tem que me dar um desconto, você é
mais rápido que eu poxa! — Contesto entre gargalhadas enquanto ele me
pega no colo me girando no ar.
— Só estou provando que você nunca vai fugir de mim, porque eu
não vou deixar... Você é minha... Somente minha, inteirinha minha. — Ele
me põe no chão sem soltar a minha cintura.
Sorrio lhe dando um beijo rápido antes de sair correndo novamente,
mas não chego a dar dez passos a diante, John me abraça me puxando para o
seu corpo e juntos fomos parar na areia rolando um por cima do outro
gargalhando escandalosamente. Paro em cima dele encarando aquele sorriso
incrível que ele tem, encaro os seus olhos intensos e aos poucos o nosso
sorriso se desfaz em câmera lenta, acaricio o seu rosto e beijo-o com calma ,
com amor e ternura.
Sinto as suas mãos na minha cintura apertando sutilmente me
deixando tensa, me deixando trêmula como só ele faz. O nosso beijo se
torna mais intenso, mais profundo e sinto o desejo me dominar, me sento
sobre ele ofegante o encarando fixamente tentando me controlar, ele
também se senta apertando a minha bunda me pressionando contra a sua
ereção dura que me deixa ainda mais excitada.
— Eu conheço esse olhar, eu sei o que você quer docinho... Nós dois
queremos então faça...? Se entrega pra mim amor? — Pede me encarando
daquele jeito que faz a minha intimidade latejar, John segura firme o meu
cabelo devorando a minha boca.
— Amor... Alguém pode nos ver... Ohhh John... Eu quero você..
Amor eu preciso de você... Ahhh... — Sussurro entre os beijos e ele sorrir na
minha boca enquanto desfaz o laço do meu biquíni deixando os meus seios à
mostra.
— Não se preocupe, ninguém vai nos ver aqui, estamos bem longe
da casa... Mas se alguém nos ver, o máximo que podem fazer é ficar com
inveja... — Ele desce a sua boca entre os meus seios e passa a língua por
eles brincando com o meu mamilo antes de sugar com vontade.
Deliro agarrando os seus cabelos rebolando no seu colo me
esfregando na sua ereção, me sentindo tomada pelo tesão, John geme no
meu seio enquanto abre a sua bermuda, exibindo a sua ereção com aponta
rosadinha, tão lindo de admirar, estou vermelha de vergonha pela minha
atitude e ele sorrir ao perceber isso.
John puxa a calcinha do meu biquíni para o lado e passa o seu
polegar pela minha intimidade pressionando o meu ponto sensível, não
consegui me controlar e gemi mordendo o lábios inferior, John encara
fixamente a minha boca e me faz erguer o quadril para ele se encaixe na
minha entrada, e lentamente eu me sento nele o deslizando para dentro de
mim.
— Ohhh... Hummm John... — Gemi ofegante de olhos fechados mas
quando os abro ele me encarava daquele jeito intenso enquanto percorre as
suas mãos pelo meu corpo.
— Você tem noção do quanto é gostosa, Laura...? Tem noção do
quanto você acaba comigo quando geme o meu nome...? Ohh você é
perfeita... Perfeita demais para mim meu amor... Ohhh... — Sussurra com a
voz rouca enquanto eu rebolo olhando nos seus olhos, ele abraça o meu
corpo e me deita na areia ficando por cima de mim.
— Ohh John... Mais forte...? Eu quero sentir você mais forte amor...?
Ohhh isso... Isso... Ohhh que gostoso... —Choramingo desejando mais dele,
e rapidamente ele atende o meu pedido.
Ele olha para os lado e avança na minha boca com um beijo feroz
enquanto entra em mim fundo e forte, gemendo entre os beijos chupando a
minha língua de um jeito tão possessivo que logo sinto o meu orgasmo
surgir, envolvo as minhas pernas na sua cintura puxando-o mais para mim e
ele geme no meu ouvido, sussurrando palavras obscenas enquanto me pede
para gozar, e rapidamente eu o obedeço sentindo aquela explosão deliciosa
me atingir em cheio, no mesmo instante sinto o seu líquido quente jorrando
dentro de mim me preenchendo por inteira.
— Você é maravilhoso amor... Maravilhoso... Eu te amo tanto... Te
amo minha vida... — Sussurro ofegante sentindo o meu coração bater
acelerado e ele me beija mais uma vez, mas um beijo calmo, com amor.
— Eu te amo mais minha gostosa... Te amo muito mais... — Diz
entre os beijos ainda latejando dentro de mim, mas logo ele sai de mim se
sentando ao meu lado arrumando a sua bermuda enquanto admira os meus
seios.
Também me sento ao seu lado arrumando o meu biquíni, ainda sobre
os seus olhares e aquele sorriso lindo que ele tem.
— Depois me lembra de comprar a pílula do dia seguinte, está
bem...? Eu não quero engravidar você, não quero filhos eu só quero você...
Não quero correr o risco de ter mais alguém que eu possa perder... Eu amo
você Laura, sou capaz de tudo por você morena, mas... Nunca me peça um
filho, está bem? Porque isso eu não vou poder te dar... Eu não posso, eu...
Eu não saberia lidar com isso. — Diz em um tom sério mas logo a sua voz
se torna aflita e ele me puxa para o seu colo, me abraçando apertado.
— Não se preocupe amor... Não vou decepcionar você... Depois do
que a minha mãe passou eu também não quero ter filhos, eu também só
quero você... Única e exclusivamente você. — Concordo acariciando os
seus cabelos e beijo-o com calma, com paixão e ternura.
Parece que até nisso somos parecido, eu também não quero ter
filhos, minha mãe sofreu o inferno para me criar mesmo eu sendo o fruto de
um estupro, eu não sei como contaria isso para os meus filhos no futuro
então eu quero evitar isso, não quero ter filhos então será somente eu e ele,
eu e John nos amando eternamente.
Ouvi-la dizer que também não quer filhos me surpreendeu, me trouxe
um alívio imenso mas ao mesmo tempo também me feriu, tudo que eu mais
quero é ter de volta a família que eu sempre sonhei, antes de tudo quilo
acontecer, mas nos últimos cinco anos o medo de recomeçar e perder tudo
outra vez tem me assombrado, eu tenho medo de recomeçar e não conseguir
protegê-los assim como eu falhei no passado, não quero correr o risco de
errar de novo, e não vou.
Depois da nossa transa na praia entramos mais uma vez na água para
tirarmos a areia do corpo. Voltamos para casa para descansamos um pouco
antes do jantar, e minha irmã estava esparramada no sofá assistindo a um
filme na TV com Victor e os nossos pais, eles nos chamaram para nos
juntarmos a eles então subimos, tomamos um banho e nos trocamos para
voltarmos para sala, nos juntamos a eles e pedimos para nós servirem um
lanche reforçado.
Ligo para a farmácia mais próxima para pedir a pílula do dia seguinte
para Laura, mas eles vão demorar uma hora para entregar, então volto a me
juntar a minha mulher e aos outros na sala para vermos o filme.
Depois de meia hora ali na frente da TV empolgada conversando e
comendo com Giulia, Laura se deita sobre o meu peito já bocejando
sonolenta, abraço o seu corpo acariciando os seus cabelos e me pego
pensando em tudo que ela passou em toda a sua vida, por anos ela sofreu
tentativas de estupro mas lutou bravamente para manter a sua honra, perdeu a
mãe para um câncer e ainda descobriu que o homem que tanto tentou
violenta-la é na verdade o seu próprio pai.
Laura quase perdeu a vida ao ser jogada na piscina pelo canalha que a
comprou e mesmo assim consegue sorrir, consegue me dar o seu amor e me
deixar ama-la, fazer dela a minha mulher, a minha menina mulher, tão linda e
tão doce, tão carinhosa e em tão pouco tempo conseguiu roubar o meu
coração, conseguiu se tornar para mim a pessoa mais importante desse
mundo, ela se tornou a minha vida, ela me deu uma nova oportunidade para
ser ser realmente feliz ao lado dela.
Hoje o nosso dia até que foi animado, Laura está a casa dia mais solta
e desinibida, conversa mais abertamente conosco e nos conta mais sobre o
seu passado com a sua mãe, sobre o tempo que ficou fora da escola trancada
em casa mas sempre que esse assunto surge ela fica cabisbaixa e até meio
deprimida, pois é óbvio que ela se lembra daquele monstro que tentou abusar
dela por anos, e infelizmente é o próprio pai dela. Eu não consigo imaginar o
quanto a mãe de Laura também sofreu ao ser estuprada e depois ter que
conviver com o estuprador dentro da sua casa, tentando fazer o mesmo com a
sua filha, onde quer que ela esteja agora eu sei que a Sra. Mercedes está
olhando pela filha, e sei que ela está feliz por vê que Laura está feliz, que está
construindo uma nova vida ao lado de pessoas que a ama de verdade assim
com um dia ela amou.
Eu sempre quis ter uma irmã mulher para dividirmos os looks e
trocarmos conselhos sobre garotos, bom, isso demorou para acontecer mas
agora eu tenho uma, é isso que Laura é para mim, uma irmã e sei que ela me
considera igual, somos amigas, cunhadas e irmãs, uma química mais que
perfeita.
Já me chamaram de antipática, metida, patricinha e tudo mais apenas
por eu não me simpatizar com algumas pessoas logo de cara, mas com Laura
foi diferente, com ela foi especial e eu já gostei dela mesmo antes de
conhecê-la pessoalmente, ela estava trazendo John de volta para nós e isso foi
o suficiente para eu me apegar a ela tão facilmente.
John já saiu com muitas mulheres depois que perdeu Laís e o meu
sobrinho David, mas raramente víamos algumas delas pessoalmente, as
saídas de John sempre foram secretas mas não foram poucas, quase todos os
dias víamos fotos dele com algumas mulheres em sites de fofocas com
aquelas mulheres siliconadas horrorosas, sabíamos que era só diversão para
ele pois ele nunca nos apresentou nenhuma delas, diferente de Laura que ele
levou para dentro da sua casa e ainda a trouxe para jantar conosco, isso sim
foi um grande acontecimento e nós ficamos muito felizes com isso, por
vermos o que o meu próprio irmão não queria enxergar, Laura veio para ficar
e sei que John jamais abrirá mão dela.
Depois de uma tarde animada na casa do meu irmão, Victor me
deixou em casa e foi se arrumar para o nosso jantar, hoje completamos um
ano e cinco meses de namoro e todos os mês nessa data o meu amor me leva
para jantar, ou fazemos algum programa romântico a dois e hoje não será
diferente, vamos jantar, mas dessa vez ele não disse onde vamos, ele quer
fazer uma surpresa e ele é muito bom nisso, amo a sua dedicação em querer
me agradar a qualquer custo, e eu sempre retribuo com a mesma atenção pois
ele merece.
Depois de chegar em casa fui direto para o banho mas não me
demorei como de costume, pois já saímos da casa de John tarde e já estou em
cima do nosso horário combinado, então me apresso para me arrumar e por
sorte só estou quinze minutos atrasada.
Deixar o namorado esperando um pouquinho não faz mal, então
depois de pronta eu desço a escada ansiosa para vê-lo e lá está ele, mais lindo
que de costume andando de um lado para o outro, mas ele parece nervoso,
parece inquieto com alguma coisa e isso é novidade para mim.
Chego no meio da escada e ele finalmente nota a minha presença,
prendendo a sua atenção em mim enquanto vem até o pé da escada me
esperar.
— Como você consegue ser tão linda, Lia...? Você me deixa sem
fôlego mesmo quando essa não é a sua intenção. — Comenta me admirando
de acima abaixo fazendo um sorriso bobo surgir nos meus lábios.
— Você também caprichou hoje, meu amor... Você está perfeito. —
Termino de descer a escada e ele se aproxima mais abraçando a minha
cintura, encarando fixamente a minha boca.
— Vai brigar comigo se eu tirar o seu batom agora...? Por favor diz
que não? Eu estou louco por um beijo seu nesse momento minha gatinha. —
Victor aperta sutilmente a minha cintura me puxando mais para si.
— Esse batom não sai assim com tanta facilidade... Então você terá
que se esforçar um pouquinho para conseguir isso. — Ofego com ele me
pondo contra a parede e ele sorrir antes de avançar na minha boca.
Seu beijo é faminto, é intenso e me faz perder o fôlego, sinto um
desejo absurdo me consumir e retribuo ao seu beijo, me esquecendo
completamente que temos um jantar para irmos.
— Amor...? O nosso jantar... É hoje... É agora e estamos atrasados...
Vamos continuar isso depois? — O alerto ofegante entre os beijos, pois
especialmente hoje esse homem está muito fogoso.
— Ok...! Podemos jantar primeiro... Vamos sair logo antes que eu não
resista, e suba com você para o seu quarto... Especialmente hoje você está
muito gostosa meu amor. — Victor me devora com um olhar intenso e eu
sorrio me soltando dele.
— Vamos apressar logo esse jantar! Você será a minha sobremesa
hoje. — Pisco para ele e o mesmo morde o lábio inferior enquanto encara os
meus seios.
Ele não diz mais nada, apenas respira fundo e me pega pela mão me
arrastando para fora de casa, sorrio com a sua pressa então entramos no seu
carro seguindo sabe se lá para onde, ele não quis me dizer onde vamos jantar
então só me resta esperar.
Alguns minutos depois eu vejo que estamos nos aproximando da
faculdade onde estudei. Já me formei e já vou começar a trabalhar com o meu
pai e meu irmão, eu também quero ser um orgulho para minha família.
— Amor? O que estamos fazendo aqui? Não tem nenhum restaurante
aqui perto, o mais próximo fica a duas quadras da faculdade... Porque
paramos aqui? — Pergunto curiosa e confusa ao mesmo tempo, sem saber o
que estamos fazendo aqui.
— Em algum momento você me ouviu dizer que iríamos a um
restaurante...? Vão vamos jantar em um restaurante, eu falei que seria algo
especial, se lembra? — Ele me lança um pequeno sorriso enquanto tira o
cinto de segurança, saindo do carro dando a volta no mesmo para abrir a
porta para mim.
— Ok, eu não vou perguntar mais nada, vou deixar você me
surpreender, Sr. Bennett. — Pego a sua mão saindo do carro em seguida.
— Eu te garanto que você não vai se arrepender de confiar em mim,
amor, apenas deixe as coisas acontecerem, está bem...? Vamos! — Meu
namorado abraça a minha cintura e me dá um beijo casto antes de me guiar
em direção a cafeteria onde aconteceu o nosso primeiro encontro.
Sorrio surpresa mas não falo nada, fleshs daquele dia invadem a
minha mente, eu derramei café nele e o nosso primeiro encontro foi
justamente nessa cafeteria. Ele abre a porta da cafeteria que devia está
fechada a essa hora, mas ao invés disso vejo a luz baixa no ambiente, o
espaço está quase vazio com apenas uma mesa no centro do salão, decorada
com pétalas de rosas e velas acesas, o som de um piano ecoa no lugar e já
posso sentir meu coração acelerado com essa surpresa, é a nossa música
tocando ao fundo.
— Me tornei muito amigo do dono desse café, então não foi difícil
conseguir que ele me deixasse preparar essa surpresa para a mulher da minha
vida... Foi aqui que aconteceu o nosso primeiro encontro e o nosso primeiro
beijo, foi aqui que eu me apaixonei pela mulher mais linda que os meus olhos
já viram... Então tem que ser aqui esse momento tão especial para nós... Mais
um mês juntos e sei que muitos outros viram. — Victor me puxa mais para si,
me movendo no ritmo da melodia então dançamos.
— O dia em que eu te conheci, foi o dia mais feliz da minha vida meu
amor, eu jamais imaginei que pudesse encontrar alguém como você, e que me
amasse acima de tudo assim como eu te amo... Você é o príncipe da minha
vida, Victor... Eu te amo tanto meu amor. — Sinto os meus olhos lacrimejar
mas me controlo para não borrar a maquiagem.
— Eu também te amo minha vida, te amo para sempre. — Declara
acariciando o meu rosto e me beija com paixão.
Curtimos mais um pouco a música então vejo um garçom se
aproximar com um buquê de rosas vermelhas, mas tem um toque especial
nele e logo reconheço as rosas que Laura estava cortando mais cedo,
danadinha! Ela sabia e ajudou a preparar tudo isso, eu tenho certeza.
— Só tinha um lugar onde eu encontraria as rasas mais belas e dignas
para uma mulher como você, e é claro que a dona delas aceitou rapidamente a
me ajudar, presenteando a minha mulher que consegue ser ainda mais linda
que essas rosas... São para você meu amor! — Victor me entrega as rosas
acompanhadas daquele sorriso perfeito que eu tanto amo.
— Obrigada amor... São maravilhosas, eu amei. — Me emociono pois
hoje tudo parece mais intenso e especial que das outras vezes.
Lhe dou mais um beijo então ele me guia até a mesa puxando a
cadeira para eu me sentar, coloco o buquê sobre o meu colo mas logo o
garçom o pega colocando-o em um vaso já reservado para ele ao lado da
mesa. Nos acomodamos e logo fomos servidos com um delicioso salmão
assado crocante com acompanhamentos, começamos a comer e Victor nos
serve um champanhe francês maravilhoso, então Brindamos ao nosso
momento.
Está tudo perfeito e admirar esses olhos brilhantes me encarando com
tanto amor, é incrível, ele pega a minha mão sobre a mesa acariciando de
leve, enquanto toma o seu champanhe.
Conversamos um pouco nos lembrando do nosso primeiro encontro e
tudo que vivemos juntos até agora. Seu olhar está diferente, está mais intenso
e também mais amoroso que antes, não que ele não fosse, mas hoje ele está
mais que perfeito, ele parece um sonho e não quero acordar nunca, quero
ficar assim com ele para sempre.
— Nunca na minha vida eu imaginei que encontraria uma mulher
como você, linda, gostosa mas acima de tudo, inteligente, meiga, humilde
apesar de ser bilionária... Você tem um coração gigante, Lia, você é a mulher
que eu quero para o resto da minha vida, você é a mulher que Deus escolheu
para mim, por isso estamos juntos, porque fomos feitos um para o outro. —
Diz ainda segurando a minha mão, e deposita um beijo demorado sem tirar os
seus olhos dos meus.
Meu sorriso parece congelado no rosto então me inclino na sua
direção, lhe dando um beijo calmo.
— Compartilhamos os mesmos pensamentos, o mesmo amor, os
mesmos desejos e sem dúvida os mesmos sonhos... Deus também te trouxe
para mim amor... Deus é justo e sabia que eu merecia alguém como você,
alguém que realmente merecesse o meu amor e você merece, é por isso que
eu quero passar o resto da minha vida com você... Victor, você é minha
vida... Eu te amo demais. — Me emociono ainda mais que antes, acariciando
o seu rosto e ele me beija mais uma vez, antes de se levantar.
Ele vai até o buquê de rosas e pega uma única rosa voltando na minha
direção, se ajoelha na minha frente me estendendo a mesma rosa.
— Eu poderia te dar todas as rosas do mundo, mas nenhuma delas
conseguiria expressar tudo que eu sinto por você, nenhuma delas supriria a
emoção que estou sentindo nesse momento... Nenhuma delas conseguem ser
mais linda que você meu amor. — Ele me entrega a rosa e eu pego aspirando
o seu perfume.
Mas ele continua ali ajoelhado na minha frente. Victor tira algo do
bolso e só então percebo ser uma caixinha preta de veludo, que faz o meu
coração palpitar mais forte que o normal, ele abre a caixinha sem tirar os seus
olhos de mim e posso sentir as minhas lágrimas já descendo pelo meu rosto,
ao admirar esse belíssimo anel.
— Oh meu Deus... Victor... — Sussurro quase sem voz sentindo o
meu coração bater na boca, sinto uma emoção sem tamanho me dominar.
— Nenhuma mulher nessa vida me faria mais feliz do que você me
faz, eu também quero passar o resto da minha vida com você, minha
loirinha... Já estamos juntos a tempo suficiente para darmos um passo a
diante no nosso relacionamento, então, Srta. Giulia Miller Sarkozy! Você
quer se casar comigo...? Quer dividir o resto da sua vida com esse homem
apaixonado e disposto a tudo por você? — Pergunta ainda segurando a
minha mão me encarando com aquele mesmo sorriso que ele sabe o quanto
me afeta.
— Sim...! Meu Deus sim...! Eu quero me casar com você minha vida,
eu quero ser sua esposa Victor. — Respondo meio afoita já entre lágrimas
não conseguindo segurar as minhas emoções.
Victor sorrir abertamente enquanto tira o anel da caixinha o
colocando no meu dedo, ele beija a minha mão e se aproxima mais tomando a
minha boca em um beijo calmo, um beijo doce e arrebatador aguçando os
meus desejos de senti-lo mais perto, de senti-lo dentro de mim.
— Eu te amo... Te amo demais meu amor. — Declaro entre os beijos
segurando-o pela nuca, prendendo-o a mim.
— Eu também te amo minha vida... Porra eu te amo mais que tudo...
Não vejo a hora de me tornar o seu marido, tê-la como minha esposa , como
minha mulher, é tudo que eu mais quero Lia. — Declara também entre os
beijos me puxando pela cintura enquanto se encaixa entre as minhas pernas.
— Eu serei sua para sempre meu amor, eu farei até o impossível para
que o nosso amor cresça a cada dia mais, você não vai se arrepender por me
escolher como sua mulher, isso eu te garanto...! Mas agora por favor? Me tira
daqui? Me faça sua mulher mais uma vez hoje? Mas dessa vez como sua
noiva... Meu Deus eu não estou acreditando no que está acontecendo...
Estamos noivos? Meu Deus o John vai pirar quando souber. — Acaricio o
seu rosto sorrindo feito uma boba e ele retribui.
— Você não tem que se preocupar com o seu irmão, ele já sabe... Eu
pedi a sua mão a ele e também ao seu pai, para eles tudo bem desde que eu te
faça feliz. — Revela ainda com aquele seu sorriso perfeito no rosto e eu o
encaro surpresa.
— Você falou com John? Pediu a minha mão a ele e ainda está com
todos os dentes no lugar...? Isso é um grande progresso, sem dúvida você é o
cara certo pra mim. — Amplio o meu sorriso o abraçando forte mas ele se
solta de mim se levantando. — Eu não estava brincando quando disse que
você seria a minha sobremesa hoje, então podemos sair logo daqui ou
podemos fazer amor aqui mesmo... Você decide! — Abraço o seu pescoço e
devoro a sua boca em um beijo urgente.
— Porra Giulia...! É melhor sairmos daqui... Não quero ninguém
admirando a minha mulher nua em meus braços... Esse momento tem que ser
perfeito, e vai ser. — Contesta entre os beijos mas se afasta me encarando
daquele jeito intenso e sedutor.
Eu não digo mais nada então ele vai até o garçom parado mais a
diante esperando novas ordens, ele diz algo para o garçom e volta na minha
direção.
— Já podemos ir! Eu não vou aguentar esperar para ter você. — Ele
segura a minha mão me arrastando em direção a porta, mas paro voltando até
a mesa.
Pego o buquê de rosas que eu amei e volto na sua direção pegando a
sua mão, e assim saímos do café. Não sinto as minhas pernas, minhas
emoções estão cada vez mais exposta para ele depois desse pedido de
casamento, eu não imaginava que ele fosse querer casar agora, não imaginava
que ele faria o pedido tão cedo, foi algo simples como nós dois gostamos,
mas foi no mesmo local do nosso primeiro encontro, foi onde demos o nosso
primeiro beijo e isso para mim foi perfeito, ele pensou em tudo.
Entramos no seu carro e ele acelera me levando sabe se lá para onde,
mas não interessa, por mim eu faço amor com ele aqui mesmo dentro desse
carro, eu o amo e estou tão feliz que não consigo me controlar, me inclino
sobre ele segurando o seu rosto beijando-o ferozmente, sedenta de desejo por
ele.
— Amor...? Aguenta só mais um minuto...? Não quero sofrer um
acidente com você ao meu lado, eu não me perdoaria por isso e seu irmão me
mataria... — Me alerta entre os beijos dividindo a sua atenção entre mim e a
pista.
— Então acelera esse carro amor! Porque em um minuto eu vou subir
no seu colo sem me importar em sofrer um acidente, eu preciso sentir você
logo, Victor! — Aviso pondo a mão na sua perna deslizando-a até a sua
ereção já dura, então ele acelera mais o carro.
— Porra... Caralho vou ter que pegar um atalho. — Sussurra fazendo
uma manobra perigosa entrando em uma esquina estreita, ele me encara
sorrindo e acelera virando em uma próxima esquina.
— O seu tempo está acabando Victor...! É melhor você parar esse
carro agora mesmo. — O alerto metendo a mão no seu cinto enquanto ele
acelera ainda mais o carro, mas antes de conseguir abrir a sua calça ele para
em frente a marina, onde fica o iate do meu irmão. Meu sorriso se amplia
automaticamente!
— Chegamos...! Eu não quero que você pare o que vai começar então
é melhor entramos logo. — Ele estaciona o carro em uma vaga tirando a sua
camisa de dentro da calca, para cobrir o seu volume enquanto eu tiro o meu
cinto de segurança, e logo tiro o dele também.
— O único lugar onde você vai entrar agora vai ser em mim...! Eu
preciso de você agora, depois eu posso esperar até subirmos naquele iate. —
Digo já subindo no seu colo me apressando para abrir a sua calca enquanto
ele abaixa as alças do meu vestido, descobrindo os meus seios.
— Você não tem jeito, Lia... Porra você acaba comigo meu amor... —
Ele admira os meus seios enquanto suspende a saia do vestido, apertando a
minha bunda com vontade.
Avanço na sua boca beijando-o ferozmente enquanto adentro a minha
mão na sua calça e rebolo no seu colo, ele está mais que excitado, ele está
muito duro e geme na minha boca quando aperto a sua ereção, masturbando-o
suavemente. Sinto ele puxar a minha calcinha para lado tocando a minha
intimidade.
— Puta merda...! Está pingando de tão molhadinha... Eu preciso sentir
você logo amor. — Sussurra com a voz rouca então me ergo o encaixando na
minha entrada. — Ohhh Lia...! Ohhh minha noiva gostosa... — Geme
agarrando os meus seios sugando cada um deles enquanto eu me movimento
no seu colo.
— Isso é tão bom... Ohhh é delicioso amor... Você é delicioso...
Ahhh... — Gemi sentindo ele sugar com força o meu mamilo passando os
dentes me fazendo estremecer.
Ele segura firme a minha cintura dando pequenas estocadas seguindo
os meus movimentos, logo sinto-o latejar dentro de mim e o meu prazer
aumenta fazendo a minha intimidade se contrair.
— Porra amor, já vai gozar...? Então goza logo porque eu já estou
indo... Merda eu não vou aguentar... Você está tão gostosa minha loirinha...
Ohhh tão perfeita... — Geme nos meus seios enquanto agarra a minha bunda
e eu desço na sua ereção, mais forte e mais rápido se turno o carro balançar.
Gemi alto sentindo o meu orgasmo chegar então gozo com força, o
meu corpo tremeu e no mesmo instante ele também goza dentro de mim, me
preenchendo com o seu líquido.
Desabo sobre ele sentindo as suas mãos percorrer as minhas costas em
um carinho tão suave, mas ao mesmo tempo tão possessivo me puxando
contra o seu corpo. Victor chupa o meu ombro e sobe os seus lábios beijando
o meu pescoço ainda latejando dentro de mim, me afasto brevemente o
encarando nos olhos sentindo as minhas lágrimas se formando rapidamente.
— Eu ainda não estou acreditando que você me pediu em
casamento... Que vou me tornar a sua esposa, a mãe dos seus filhos. — Me
emociono admirando o anel no meu dedo, ele acaricia o meu rosto secando as
minhas lágrimas e me beija com calma, com ternura.
— Eu vou me esforçar todos os dias para você acreditar que é real, eu
vou lutar a cada segundo para fazer você feliz meu amor... Eu prometo ser
para você tudo que você merece, prometo te amar até o infinito, Giulia...
Minha noiva linda. — Sinto ele passar o seu polegar pelos meus lábios me
encarando com aquele seu sorriso encantado e amoroso.
— Idem...! Faço das suas palavras as minhas meu amor... Mas agora
vamos sair daqui, a nossa noite de amor só está começando e eu ainda quero
sentir você se esforçando para me convencer de que tudo isso é real... Quero
sentir você se esforçando dentro de mim um pouco mais. — Também
acaricio o seu rosto e o beijo antes de sair do seu colo, ajeitando o meu
vestido.
— Eu agradeço a Deus todos os dias por eu não ser o único viciado
em fazer amor, nós somos um casal perfeito... Vamos subir! Quero fazer você
sentir o quanto eu ainda te quero. — Vitor sorrir também ajeitando a sua
calça e posso vê a sua ereção ainda ereta fazendo a minha boca salivar de
vontade de chupa-lo.
Não falo mais nada, apenas respiro fundo sorrindo de lado enquanto
saímos do carro, seguindo pelo deck até o iate do John. Eu amei esse lugar e
estava louca para voltar aqui mais uma vez.
A julgar pelo jantar romântico, sei que a nossa noite será perfeita,
mesmo que tivesse sido um piquenique no parque, ainda sim seria perfeito,
porque estar ao lado de quem se ama é perfeito.
QUARTO MESES DEPOIS...
Dormi por um bom tempo mas quando acordo já é tarde da noite, olho
a minha volta pensando está sozinha mas me deparo com John dormindo na
poltrona ao lado da minha cama, mas quando foi que ele chegou? O que será
que ele fez quando foi na boate? Será que ele demitiu a loira? Mesmo que
seja isso eu ainda não estou tranquila, ele teria que fazer muito mais que
demitir uma prostituta para me ver em paz outra vez, bom, pelo menos
demitir aquelas com quem ele já transou e contratar outra, isso já me faria um
bem enorme.
Me sento na cama o admirando dormir, mesmo ainda magoada eu
queria que ele estivesse nessa cama comigo e não todo torto nessa poltrona.
Tento me levantar com cuidado pois preciso ir ao banheiro, mas quando tento
descer a escadinha John acorda me encarando assustado.
— Amor o que você está fazendo? Porque não me chamou para te
ajudar...? Você poderia ter caído e isso seria fatal para o nosso bebê. —
Questiona preocupado se aproximando rapidamente, me pegando no colo me
encarando atento.
— Eu preciso ir ao banheiro, estou apertada para fazer xixi e não
queria te acordar. — Me explico meio sem graça pois ele me encara
incrédulo.
— Porque não quis me acordar? Eu estou aqui para te ajudar caso
precise... Amor você precisa descansar, precisa ficar de repouso por uns dias
então na seja teimosa, está bem? Se precisar de ajuda você tem que me
chamar, não importa se estou ocupado dormindo ou se estou na China, você
precisa me chamar e eu venho correndo para você. — Ele caminha comigo
pelo quarto me encarando com um sorriso de lado, aquele sorriso torto que
me deixa boba.
— Está bem, me desculpa, eu prometo pedir ajuda da próxima vez. —
Concordo retribuindo o seu sorriso e ele para me encarando nos olhos.
Ele não diz nada, apenas encara a minha boca me tentando a fazer o
mesmo, encaro os seus olhos azuis e acaricio o seu rosto sentindo a minha
respiração pesar.
— Eu te amo! — Declara com os olhos presos nos meus.
— Eu te amo mais... Te amo muito mais. — Acaricio o seu rosto e
beijo os seus lábios com calma, com ternura e amor.
O nosso beijo se torna mais longo que o pretendido, mas quando o ar
nos falta eu interrompo o beijo ofegante, tentando quebrar esse clima
avassalador.
— Como foi na boate...? Conseguiu resolver o que tinha para ser
resolvido? Algum problema na boate ou está tudo em ordem? — Pergunto
evitando falar das meninas, não quero que a gente brigue de novo por causa
delas.
— Eu vendi a boate... Não sou mais o dono da Pleasure House! —
Dispara me encarando atento me deixando perplexa com as suas palavras.
— Você... Você vendeu a boate John? Mas porque você fez isso? O
que aconteceu para você vender a boate meu amor? — Pergunto curiosa
ainda perplexa com essa novidade. Será que ele fez isso por mim?
— Eu vendi a boate porque ela não me interessa mais, ela está me
trazendo muitos problemas e eu não quero perder a minha mulher, por causa
de uma coisa sem a menor importância para mim... O mais importante para
mim nessa vida é você e o nosso filho meu amor... Eu criei aquela boate
como uma distração para a minha dor, mas eu não preciso mais disso... Eu só
preciso de você, então eu vendi a boate para um amigo meu também, dono de
boate, Ramon Mitchell... Eu quero começar uma vida nova com você, Laura,
e para isso eu preciso abandonar a minha vida antiga, então é isso que eu vou
fazer... Eu tomei uma decisão, depois que você melhorar nós vamos nos
mudar... Vamos voltar para a minha cidade de origem, vamos voltar para
Flórida! — Revela decidido de um jeito como nunca vi antes, e saber que vou
para longe começar uma vida nova com ele, é tudo que eu mais queria.
— Está falando sério amor...? Vamos embora daqui? Nunca mais vou
precisar ter medo do meu passado...? Vamos começar uma vida nova em
outro lugar, não vou precisar pensar em você naquela boate com todas
aquelas garotas te desejando... Isso sim me deixa feliz, isso é uma imensa
prova de amor. — Me empolgo mas sinto o meu rosto esquentar ao admitir
que gostei de saber que ele não vai mais a boate. Ele sorrir daquele jeito que
me deixa sem reação.
— Eu não sabia que você poderia ser tão ciumenta, docinho... Mas
gosto de ver você se preocupando com o que é seu, e eu sou todinho seu
minha princesa. — Comenta sem desviar os olhos da minha boca e me beija,
um beijo calmo mas intenso.
— Que bonito em dona Laura! Ao invés de estar descansando está se
agarrando com o bonitão do seu namorado, não é? — Ouço a voz de Giulia
parada na porta e eu sorrio.
— Correção minha irmã! Noivo...! Eu pedi Laura em casamento e ela
disse sim... Eu também vou me casar Giulia. — Diz com um largo sorriso no
rosto e ouvir as palavras noivo e casamento fez o meu coração acelerar. Meu
Deus eu vou me casar com esse homem lindo e maravilhoso, parece um
sonho!
— AHHH... ISSO É PERFEITO LAURA...! — Grita Giulia correndo
na nossa direção mas Victor a interrompe entrando no quarto.
— Meu Deus amor onde está pegando fogo? Que gritaria é essa? —
Questiona vindo na nossa direção enquanto nós gargalhamos do escândalo da
minha cunhada.
— Ops! Me desculpe amor mas eu estou muito feliz, o meu irmão
também vai se casar, o que acham de fazermos um casamento duplo em uma
ilha desert... — Sugere eufórica ainda nos fazendo sorrir, mas novamente
Victor a interrompe.
— Giulia! Pelo amor de Deus minha vida! Respira ou você vai passar
mal, não é porque estamos em um hospital que eu quero ver a minha noiva
internada, ouviu? — Victor se segura para não rir enquanto ela me abraça
ainda no colo de John.
— Poxa amor! Você está tão chato hoje, eu não posso demonstrar a
minha alegria pelo noivado do meu irmão...? Por falar em noivado, cadê o
anel Laura? Eu quero ver o anel que meu irmão te deu porque ele tem muito
bom gosto para joias. — Ela tenta conter a sua euforia mas eu não tenho um
anel para mostrar a ela, o mais importante é que ele me pediu em casamento.
— Ainda não temos um anel maninha, o pedido foi feito sem planejar
mas Laura terá sim um anel, vou resolver isso logo. — John me encara com
aquele sorriso lindo e me dá beijo casto.
— E como foi o pedido? Foi romântico? Teve jantar a luz de velas e
muitas flores? Vai Laura me conta? — Pergunta visivelmente curiosa me
fazendo corar ao me lembrar o que estávamos fazendo quando fui pedida em
casamento, John abre um largo sorriso.
— Digamos que o pedido não foi nada romântico, mas... Foi muito
prazeroso. — Conta ele apertando sutilmente a minha cintura, me deixando
roxa de vergonha.
— Oh meu Deus! Vocês estavam transando quando fez o pedido,
John? Aff! Eu não precisava saber disso seus pervertidos. — Giulia faz uma
cara engraçada e mais uma vez John gargalha enquanto eu me sinto
constrangida, mas tento disfarçar.
— Foi você que perguntou amor, e quem pergunta quer respostas,
certo? — Victor a abraça por trás e ela se vira o encarando séria.
— Amor, eu preciso ir ao banheiro, me coloca no chão! Eu consigo
andar sozinha. — Peço sentindo a minha bexiga dar sinal de vida.
— Eu levo você princesa, não quero que se esforce porque você ainda
está de repouso. — Diz enquanto entra no banheiro comigo, eu gosto dessa
sua preocupação, gosto dos seus cuidados e do seu carinho comigo.
UMA SEMANA DEPOIS...
— Que bom que gostou, porque o nosso jantar será aqui. — Aviso
enquanto guia ela para a parte da frente do iate onde tem uma mesa postas
para duas pessoas.
— Vamos... Vamos jantar aqui? Mas eu só estou vendo uma mesa
para duas pessoas e... Oh meu Deus... É um jantar romântico, amor que lindo.
— Pergunta confusa encarando a mesa a nossa frente, mas se vira para mim
me dando o sorriso mais lindo do mundo.
Ela se joga em meus braços me apertando tão forte, me
surpreendendo com um beijo avassalador, eu retribuo na mesma intensidade
mas ela quebra o beijo ainda com aquele sorriso lindo estampando o seu
rosto.
— O que aconteceu com o "tirar o batom só no final da noite...?
" Esse beijo me fez querer tirar muito mais que o seu batom, amor. — Puxo-a
para mais um beijo mas logo ela se afasta ofegante, me encarando daquele
seu jeitinho de menina mulher.
— Ok... Podemos continuar com isso mais tarde, me leva para
conhece o navio? Isso aqui é enorme não pode ser chamado de iate... Vamos
amor eu quero ver tudo! — Pede empolgada me arrastando pela mão e eu
sorrio satisfeito por vê-la feliz.
Antes de entramos iate a dentro o comandante vem ao nosso encontro
com um belo buquê de rosas vermelhas, e uma caixa generosa de chocolates,
Laura para abruptamente o encarando surpresa e ele me entrega o buquê e os
chocolates.
— Boa noite Sr. Sarkozy! Senhorita...! Sejam muito bem vindos a
este bordo, eu sou Matheus Guirrera e hoje eu serei o seu comandante até fim
do passeio... Mais uma vez, sejam bem vindos, eu estarei a disposição caso
precisem. — Matheus nos cumprimenta e o comentamos de volta.
— Boa noite Matheus! Obrigado pela recepção, acho que já podemos
partir. — Abraçando a cintura da minha mulher e ele sai nos deixando a sós,
me viro para Laura e ela me encara atenta antes de encarar as flores nas
minhas mãos. — As flores são para combinar com a sua beleza estonteante, e
os chocolates são para adoçar ainda mais essa boquinha linda e gostosa que
você tem. — Lhe entrego os itens nas minhas mãos e ela os pega sorrindo
abertamente.
—Obrigada meu amor... As flores são lindas e os chocolates já me
deixaram com água na boca... Eu te amo, obrigada! — Ela me abraça com
carinho sem diminuir um milésimo esse sorriso encantador.
— Você merece muito mais que isso docinho, a nossa noite só está
começando meu amor, e eu quero fazer dessa noite um dia especial para nós
dois. — Estou sorrindo feito um bobo encantado com a mulher a minha
frente, ela é um presente de Deus, a luz da minha vida.
Beijo-a com calma, sem pressa lhe dando o meu amor e recebendo o
seu, acaricio as suas costas nua sentindo a sua pele macia e isso é o suficiente
para me deixar inebriado pelo desejo, Laura tem um poder sobre mim que até
eu desconheço, mas quero ir com calma hoje, quero fazer as coisas do jeito
certo e dar a ela um momento especial, um momento romântico que toda
mulher gosta.
Ela está encantada olhando tudo a sua volta, Laura parece tão
deslumbrada que deixamos o jantar para depois, fizemos um tour pelo iate
mas quando o mesmo começa a se mover Laura se agarra em mim, ela se
treme de medo mas a acalmo dizendo que está tudo bem.
Voltamos para o deck do iate e mesmo ainda receosa, ela admira a
vista da cidade se afastando da gente, o céu está estrelado e a lua está linda,
cheia e brilhante como nunca vi antes, tudo parece perfeito para a nossa noite
de hoje.
A abraço por trás ainda sentindo o seu corpo tenso pelo medo, beijo o
seu ombro nu subindo os meus lábios pelo seu pescoço, acaricio a sua barriga
enquanto sussurro "Eu te amo" no seu ouvido e logo sinto-a relaxar.
— Eu ainda não agradeci por você estar me fazendo tão feliz... Ainda
não agradeci por esse filho que você vai me dar, não agradeci por me dar o
seu amor e me deixar te amar. — Sussurro no seu ouvido de olhos fechados
sentindo uma paz tão grande, me sentindo completo outra vez.
Ela se vira para me encarar com aquele sorriso lindo, eu estou
encantado, estou enfeitiçado por essa mulher maravilhosa.
— Quando eu te vi pela primeira vez você estava tão assustada,
lutando para não ter que se deitar com algum cliente da boate... Eu levei você
para o quarto achando que teria sorte em ser o seu primeiro cliente, mas ao
invés disse eu ganhei uma mordida no braço. — Sorrio ao me lembrar desse
detalhe e ela cora abaixando a cabeça, mas ergo o seu queixo fazendo-a me
encarar. — Hoje olhando para o passado, eu me orgulho muito de você pelo
que fez... Você defendeu a sua honra como muitas mulheres não faz, muitas
se deixam vencer pelo medo ou pela fraqueza de lutar contra um homem, mas
você foi valente e isso me deixa orgulhoso, confesso que talvez outro cliente
não teria tido a mesma paciência que eu, mas, mesmo assim eu sei que você
tentaria a todo custo se livrar dele, e sei que conseguiria. — Puxo ela pela
cintura trazendo-a de volta para o meu corpo. — Eu só estou tentando dizer
que, você é tudo que eu precisava para deixar o meu passado no passado,
você é tudo que eu queria para mim, Laura Westhause... Vocês! Você e o
nosso bebê é tudo que eu precisava para me sentir completo outra vez. —
Toco a sua barriga vendo ela se emocionar com a minha declaração, só estou
abrindo ainda mais o meu coração para ela.
— A única parte do meu passado que eu não posso apagar é a minha
mãezinha, mas todo o resto já está deixando de fazer sentindo depois que
ganhei o seu amor, o seu carinho, depois que ganhei uma família nova... Seus
pais e sua irmã tem me dado aquele mesmo amor que a minha mãe me dava,
um amor de família, um amor de quem se preocupa e quer estar ao meu lado
além de me ajudar, um carinho incondicional... Eu aprendi a amá-los assim
como eu sei que eles me amam, eles me acolheram como um novo membro
da família e eu nunca saberei como agradecer por isso. — Diz entre lágrima
mas me dando aquele seu sorriso amoroso. — Mas você, Sr. John Sarkozy!
Você foi o responsável por mudar a minha vida, você me trouxe para esse
mundo de amor, carinho, esse mundo de família... Você não só me salvou
mas também me deu uma vida nova, me transformou em uma outra pessoa,
me deu a felicidade que eu nunca tive e pensei que nunca teria... Meu Deus
John... Eu quero muito te agradar, quero fazer o que estiver ao meu alcance
para agradecer tudo que você fez por mim, mas eu não sei como... Às vezes
me sinto inferior a você, as vezes não me sinto merecedora do seu amor mas
eu não vou desistir de você, eu posso estar sendo egoísta por querer que você
se prenda a uma pessoa com um passado como o meu, mas eu sei que isso
não importa para você e nem para sua família, e é por isso que eu quero
passar o resto da minha vida com você... Eu quero com você tudo que você
quiser comigo, meu amor. — Diz ainda emocionada acariciando o meu rosto,
me fazendo chorar também.
— Meu Deus amor... O que está acontecendo conosco hoje...? Eu te
amo, te amo tanto docinho... — Limpo o meu rosto antes de tomar os seus
lábios em um beijo calmo e apaixonado.
Me ajoelho aos meus pés e abraço a sua cintura beijando a sua
barriga, sinto as suas mãos em meus cabelos acariciando de leve enquanto eu
choro, mesmo com um sorriso enorme estampando o meu rosto.
— Você disse que quer me agradar mas não sabe como... O que você
não sabe é que você já fez tudo que podia para me fazer o homem mais feliz
dessa terra, meu amor... Estamos construindo uma família, estamos felizes
mas eu quero te ver ainda mais feliz, minha vida, quero fazer tudo como
manda o figurino. — Afirmo ainda ajoelhado na sua frente, então aproveito o
momento é tiro uma caixinha preta do bolso do meu blazer. — Laura
Westhause! Você quer se casar comigo e unir para sempre a sua vida a
minha? Você quer ser a minha esposa? — Pergunto sem tirar os meus olhos
do seu rosto, atento às suas feições e ela parece chocada encarando o anel na
caixinha.
— Oh meu Deus John... Sim...! Sim eu quero me casar com você...
Meu Deus eu quero ser a sua esposa John Sarkozy. — Ela chora ainda mais
com as mãos na boca cobrindo aquele sorriso gigante que ofusca as suas
lágrimas.
— Não seja tão teimosa docinho! Não quero você trabalhando meu
amor, não tem necessidade disso... Eu estou com medo de você escorregar e
cair ou bater a barriga em algum lugar, você está se esforçando demais, a
sua barriga já está enorme... Está linda mas ainda sim enorme e isso me
preocupa. — Contesto pela milésima vez tentando convencer Laura a não
trabalhar, mas hoje ela tirou o dia para me contrariar.
— Pela milésima vez amor! Eu aguento trabalhar, eu não vou ficar
em casa sem fazer nada, isso é entediante... Por favor me deixa ir com você?
Estou me comportando, não estou? — Insiste se sentando no meu colo
abraçando o meu pescoço e eu acaricio a sua barriga, ela está linda grávida.
— A minha resposta é incontestável, amor, você não vai trabalhar e
ponto final! Dedique-se mais aos seus estudos e as suas aulas de inglês que
você tanto gosta, eu não quero mais você naquela empresa então arruma
outra coisa para você fazer aqui de casa. — Retruco decido e ela me encara
perplexa, ela tenta se levantar do meu colo mas eu não deixo.
— É por causa do Adam que você não quer me deixar trabalhar? Ele
é seu secretário e não sei se você percebeu mas ele é gay... Quem devia estar
com ciúmes sou eu! Mas ele me respeita como sua mulher. — Rebate mais
uma vez tentando se levantar me pegando de surpresa com a sua confissão.
— Gay...? Você tem certeza disso? A maneira que ele te olha ele não
parece ser gay. — Questiono ainda surpreso com essa novidade.
— Nos tornamos amigos por isso conversamos bastante, eu sou sua
assistente pessoal e ele o seu secretário e nada mais...! Giulia ainda não veio
para Flórida e eu estou me sentindo sozinha... Esse lugar é lindo mas não
quero ficar sozinha em casa, por favor meu amor? Reconsidere? você vai me
fazer tão feliz se me deixar pertinho de você. — Pede daquele seu jeitinho
manhoso que me desarma completamente.
— Porra Laura! Porque você sempre faz isso...? Não pode me
dominar dessa maneira meu amor. — Subo a minha mão pela sua barriga
redondinha adentrando a sua blusa até tocar os seus seios.
Ela acaricia o meu rosto com aquele sorriso malicioso e me beija, um
beijo tão sensual que me faz esquecer o assunto trabalho, mas quando penso
em pegá-la no colo e levá-la para o nosso quarto, o seu celular toca
interrompendo o nosso clima, resmungo insatisfeito e ela saí do meu colo
indo pegar o seu aparelho, ela diz que é minha irmã então me levanto para
entrar em casa, mas ela me chama, ela parece preocupada então volto
prestando atenção na conversa.
— Está bem amiga, se souber de alguma coisa me avisa, ouviu...?
Eu também estou com saudades, você nem imagina o quanto... Está bem,
nos falamos depois, beijos. — Diz ela toda carinhosa e encerra a chamada
mas o seu semblante volta a mudar.
— O que houve? Está tudo bem com a minha irmã? Você parece
preocupada. — Pergunto enquanto ela vem na minha direção acariciando a
sua barriguinha linda de cinco meses.
Ainda não conseguimos ver o sexo dos bebês pois eles estão em uma
posição que dificulta bastante a nossa ansiedade, mas de hoje não passa, eu
quero saber de qualquer jeito o sexo dos meus filhos.
— Estou preocupada sim, eu não consigo falar com Adélia e Giulia
também não... Ela não atende o telefone a dois dias e combinamos de nos
falarmos todos os dias. — Comenta me encarando apreensiva e eu respiro
fundo. — Pode ser loucura da minha cabeça, mas... Beatriz ainda está presa,
não está? Tem alguma possibilidade dela ter algo haver com o sumiço de
Adélia? — Pergunta sem tirar os seus olhos dos meus e eu pego o meu
celular no meu bolso.
— Sim! Beatriz ainda está presa mas eu vou falar com Felipe, ele
pode descobrir o que está acontecendo com Adélia se isso for te deixar
tranquila... Eu só preciso que você se mantenha calma, está bem? — Peço
enquanto procuro o nome de Felipe na minha agenda, lhe dou um beijo no
alto da cabeça e me afasto esperando completar a chamada.
— Fala John! Tudo certo meu amigo? — Atende empolgado.
— Fala meu irmão! Está tranquilo graças a Deus, mas eu estou te
ligando para saber sobre aquela nossa prisioneira, está tudo ok? —
Pergunto esperançoso que ele diga sim e logo ele me confirma o que eu
queria saber.
— Está tudo como tem que estar, parceiro, mas porque você quer
saber? Aconteceu alguma coisa que eu não sei? Posso ajudar em alguma
coisa? É só falar. — Pergunta um pouco mais sério mas em um tom
descontraído.
— Na verdade eu queria te pedir um favor, Lipe... Laura não
consegue ter notícias de uma amiga dela e está preocupada, minha irmã
também já tentou encontrá-la mas também não tem notícias, tem como você
investigar para mim, meu amigo? Laura está grávida como você mesmo
sabe e não quero vê-la preocupada com a amiga... Elas são muito próximas
e sei que ela não vai ficar tranquila até ter notícias dela. — Conto andando
pelo jardim enquanto admiro a minha mulher acomodada na poltrona da
varanda, acariciando a sua barriga.
— Me dá um nome e um local! Tento te dar notícias ainda hoje. —
Diz bem direto e eu respiro aliviado por isso.
— Eu vou te dar muito mais que um nome Felipe... Ela se chama
Adélia Martinez, tem 24 anos, morena, cabelos castanhos e usa lentes
verdes, ela é garota de programa na minha antiga boate, não vai ser difícil
você conseguir informações dela na Pleasure House, ela é uma das garotas
mais cotadas da casa e todos a conhecem bem... Qualquer novidade me liga
por favor? Ela e Laura se tornaram grandes amigas e minha mulher está
preocupada, achando que Beatriz pode ter algo haver com esse sumiço
dela. — Explico parando em frente ao rio admirando essa vista maravilhosa
como faço com frequência mas na companhia da minha mulher.
— Está certo John! Vou ver o que consigo e logo entro em contato...
A propósito, eu recebi o convite do seu casamento, pode contar com a
minha presença meu irmão, em dois meses estarei na Flórida para
prestigiar o meu grande e melhor amigo... Você não imagina como é bom
ter a sua amizade como antes, John, você se afastou por cinco anos mas
finalmente voltou ao que sempre foi, isso é muito bom, a meses eu tenho o
meu irmão de volta. — Comenta me fazendo lembrar do tempo que perdi
me afastando das pessoas que sempre foram importantes para mim, mas
estou feliz por estar de volta e recuperando tudo que perdi.
— Eu ainda não me desculpei por ter te afastado de mim, Lipe, você
sabe que perder a minha família foi o que acabou comigo, mas agora
recuperei o que perdi e estou de volta, ainda sou aquele amigo irmão que
você sempre teve, cara... Obrigado por não desistir da nossa amizade,
diferente de muitos você e a minha família continuaram do meu lado,
tentando me resgatar, e por isso você sempre pode contar comigo, irmão...
Seja para o que for eu sempre vou estar ao seu lado, ouviu? — Me lembro
da nossa trajetória juntos, dos nossos planos de entrarmos para corporação
juntos, mas ele foi compreensivo quando o deixei para me dedicar a minha
família.
— Eu que agradeço por você sempre me apoiar, John, você não
entrou para corporação mas foi por um bom motivo, eu no seu lugar teria
feito o mesmo... Você não seguiu o mesmo caminho que eu mas me apoiou
para que eu não desistisse, e veja onde eu cheguei cara? Eu não tenho
ninguém John, eu só tenho você, irmão, você é a minha família e você
sempre soube disso, por isso eu sempre vou estar a disposição para te
ajudar no que eu poder, mas agora vamos deixar de conversa porque
estamos perdendo tempo, dá um beijo na Laura por mim, eu entro em
contato com você logo. — Sua declaração me emociona mas me contenho,
nos despedimos e encerramos a ligação.
Acho que a sensibilidade da minha mulher está me afetando também,
desde que ela engravidou estamos os dois muito sensíveis, eu até tento
disfarçar e me manter firme como antes, mas isso é impossível.
Volto para perto da minha noiva grávida e ela me encara com um
semblante um pouco mais sereno, ao me ver sorrir para ela.
— E então amor? Tem boas notícias para mim? Por favor diz que
sim? — Pergunta se levantando para vir ao meu encontro, mas vejo que a
sua barriga já está pesando pela dificuldade que ela tem para se levantar. E
ela ainda insiste em querer trabalhar!
— Conversei com Felipe, Beatriz continua onde tem que estar, mas
ele vai averiguar para descobrir o que houve com Adélia... Você não tem
com o que se preocupar meu amor, ela só deve estar sem o telefone ou algo
do tipo... Felipe vai me ligar assim que tiver notícias dela, está bem? —
Recebo-a em meus braços e beijo-a com calma.
— Obrigada meu amor, você é sempre tão atencioso... A propósito!
A sua mãe me mandou mensagem, ela chega em três dias com Giulia para se
dedicarem aos preparativos do casamento... Eu nem acredito que em dois
meses serei sua esposa perante Deus, vamos nos casar, eu vou me tornar a
sua Sra. Sarkozy. — Ela abre um largo sorriso fazendo o meu coração
acelerar de tanta felicidade.
— Eu não vejo a hora de ouvir você dizer sim, estou ansioso para me
casar logo, eu não sei porque esperar tanto tempo, por mim eu teria me
casado com você a dois meses atrás mas deixei a minha mãe me convencer
do contrário... Mas no fundo eu sei que ela tem razão, você merece o
casamento dos sonhos de toda mulher, e eu quero dar isso a você meu amor.
— Pegando ela no colo entrando em casa carregando os três amores da
minha vida.
— Você já me deu tudo que eu preciso, John... Você me deu o seu
amor, me deu uma família, me deu uma vida nova... Na verdade, você me
Deus duas vidas extras. — Diz sorrindo acariciando a sua barriga me
fazendo sorrir, me sentando com ela no sofá da sala.
— Por falar em vidas extras, não está na hora da sua consulta? Para
que horas está marcada...? Eu estou ansioso para saber o sexo dos bebês e
sei que dessa vez eles vão cooperar, não é meus amores...? Por favor meus
filhos ajudem o papai? Eu quero saber se terei dois rapazes em casa para me
ajudar com a mamãe, ou se terei três mulheres para me deixarem de cabelos
em pé de tanta preocupação. — Toco a sua barriga em um carinho suave e
ela sorrir no mesmo instante em que sinto os bebês mexerem.
— Meu Deus... Eles mexeram eu senti! Amor eles mexeram...
Depois de tanto tempo desejando isso eu finalmente senti eles mexeram. —
Digo eufórico sentindo os bebês mexerem pela primeira vez, eles são bem
quietinhos e quase não se mexem, mas dessa vez eu senti um pequeno chute
na minha mão.
— Isso é maravilhoso amor... Eu já senti eles mexerem antes, mas, a
cada vez que ele mexem é como se fosse a primeira vez, é mágico sentir um
serzinho tão pequeno se mexer aqui dentro de mim. — A vejo emocionada e
os bebês mexem mais uma vez me arrancando lágrimas de felicidade, é uma
sessão tão maravilhosa, é inexplicável.
— Vamos amor! Eu não quero esperar mais, eu quero saber logo o
sexo dos bebês, eu estou muito ansioso. — Me levanto com ela no colo já
indo em direção ao nosso quarto e ela me dá uma gargalhada gostosa.
— Não seja tão apressado amor, a gente vai chegar lá antes da hora e
vamos ter que ficar esperando... A Dra. Camila marcou a minha consulta
para as cinco e meia, bem no finalzinho da tarde porque ela tinha um parto
para fazer no meio da tarde, e pode ser que ela se atrase um pouquinho. —
Explica ainda com aquele sorriso encantador que eu não me canso de
admirar.
— Isso é um absurdo, uma falta de compromisso dessa médica, ela
não pode se atrasar, você tem que ser atendida na hora marcada... —
Resmungo inquieto mas ela me interrompe com um beijo doce, me tirando o
foco do assunto.
— Eu vou tomar um banho e me arrumar para sairmos... R você vai
se comportar até a hora da consulta, ouviu...? Ou eu vou para empresa
amanhã mesmo contra a sua vontade, o que me diz? — Me repreende entre
os beijos mas me encara com uma sobrancelha erguida.
— Eu digo que você está me saindo uma bela de uma chantagista...
Isso não vale docinho, eu sou o seu noivo, pai dos seus filhos e você não
pode fazer isso comigo. — Faço drama e mais uma vez ela gargalha daquele
jeito tão gostoso prendendo a minha atenção nos seus lábios convidativos.
Levo ela para o nosso quarto e tento me juntar a ela no banho, mas
fui barrado, ela tem razão, iríamos nos atrasar e eu não quero isso, estou
ansioso para saber o sexo dos bebês então acho que posso esperar para
assediar a minha mulher mais tarde.
Depois do banho nos arrumamos e seguimos para a clínica no centro
de Miami, Laura ainda não fala inglês então eu tenho que acompanhá-la
para todos os lugares, na empresa o meu novo secretário é brasileiro e isso
facilitou bastante para Laura, pois ele tem sido o intérprete dela e eu não
preciso parar o que estou fazendo para ajudá-la, mas confesso que essa
aproximação deles me incomodou por ele ser homem, bom, pelo menos ele
é gay e eu não preciso me preocupada tanto.
Laura ainda está estudando e sua matéria principal tem sido o inglês
para ela se adaptar logo ao idioma do país. Ela está feliz, não tem tido mais
aqueles pesadelos horríveis e sei que a nossa mudança tem a ajudado nisso,
eu assumi a presidência da nossa empresa aqui de Miami, já que o antigo
presidente se mudou para Hong Kong, então ele assumirá a presidência da
nossa filial inaugurada recentemente.
Minha família em breve também voltará do Brasil para retomarmos
as nossas vidas aqui como antes, esse é o nosso lar e eu não pretendo mais
sair daqui, saí uma vez e construí uma vida em outro país, e nesse mesmo
país eu perdi tudo que conquistei, mas dessa vez será diferente, dessa vez eu
estou em casa e trouxe comigo os três tesouros mais valiosos que eu tenho,
eu ganhei três novas vidas para cuidar e zelar por elas, Laura e meus filhos
são tudo que eu poderia querer para mim, e hoje eu tenho.
Essa semana passou voando mas efetuamos muitas prisões, e com isso
os presídios estão enchendo cada vez mais, é impressionante o número de
criminosos que pegamos por dia, mas esses infelizes parecem se multiplicar a
cada segundo.
Estaciono o meu carro na minha vaga e entro na delegacia, vou direto
para minha sala mas no meio do trajeto o delegado Gusmão me chama.
— Oficial Watson! Venha a minha sala por favor! — Pede parado na
porta da sua sala então vou até lá.
— Pois não senhor! Em que posso ajudar? — Entro na sua sala
parando a frente da sua mesa.
— Eu só queria te dar os parabéns pelo belo trabalho! Você é um
exemplo para a nossa corporação. — Ele se aproxima para me cumprimentar.
— Obrigado senhor, fico feliz que esteja satisfeito com o meu
trabalho. — O cumprimento de volta.
— Eu não estou apenas satisfeito com o seu trabalho, Watson... Como
você mesmo sabe, eu vou me aposentar, e queria informá-lo que indiquei o
seu nome como meu substituto... Pode ser que você seja o próximo delegado
dessa corporação, só precisamos esperar para vermos. — Revela me pegando
de surpresa com essa novidade.
— Ham... Minha nossa .. Eu não esperava por isso senhor, mas
obrigado... Caramba obrigado, eu nem sei o que dizer. — Me empolgo
mesmo ainda não acreditando que algo assim possa acontecer, eu como
delegado? Caralho isso seria demais!
— Não tem que dizer nada, Felipe, você está fazendo por merecer
esse cargo... Nesses anos todos de corporação, você tem sido como um filho
para mim, o filho que eu nunca tive, mas... Enfim, você merece esse cargo e
se eu puder ajudar você, com toda certeza eu vou te ajudar. — Gusmão me
encara de um jeito diferente como nunca vi antes, não sei o que dizer sobre
isso.
— Obrigado senhor, se eu conseguir esse cargo, eu prometo não
decepciona-lo, por todos esses anos o senhor tem sido um exemplo a ser
seguido, eu devo muito ao senhor pois me ensinou muitas coisas importantes,
então obrigado. — Tento controlar a minha euforia com a possibilidade de
me tornar delegado, mas é visível o quanto estou feliz com isso.
— Não me agradeça, filho, você tem os seus méritos... Agora vá
descansar! O seu plantão já está acabando e suas férias começa em dois
dias... Você merece esse descanso. — Ele me guia até a porta então me
despeço dele.
—Obrigado senhor, nos vemos amanhã. — Me despeço já saindo da
sua sala e vou para minha.
Me sinto eufórico querendo gritar de tanta felicidade, mas me
controlo, entro na minha sala indo direto para minha mesa para pegar as
minhas coisas, mas sinto que não estou sozinho, me viro para trás e me
deparo com Adélia sentada na poltrona me encarando meio sem jeito.
— Adélia...? O que faz aqui? Posso te ajudar em alguma coisa? —
Pergunto surpreso e ela se levanta vindo na minha direção.
Porra ela está linda, e muito gostosa também, a dias eu tento me
distrair para não pensar tanto nela, a garota foi sequestrada e abusada, e eu
como um cretino tendo pensamentos impróprios com ela.
— É a segunda vez que eu venho na delegacia, para prestar
depoimento, mas só hoje eu consegui te encontrar... Eu não tive a chance de
te agradecer direito por você me salvar, é sério você foi incrível e ainda me
levou para o hospital. — Ela se aproxima cada vez mais e para na minha
frente me encarando com um sorriso tão encantador.
Da última vez que a vi ela estava chorando e desmaiou nos meus
braços, e agora ela está aqui, linda e sorrindo desse jeito que me prende
nela. Caralho!
— Você não tem que me agradecer, Adélia, prender bandidos é o meu
trabalho, gatinha. — Me viro para dar a volta na minha mesa mas ela segura a
minha mão, me fazendo parar.
— Mesmo assim... Eu faço questão de agradecer. — Adélia se
aproxima mais subindo a mão pelo meu braço e me puxa pela nuca me
roubando um beijo sedutor.
— Ei...! Espera Adélia...! O que você está fazendo...? —Tento resistir
mas falhei, seu beijo é maravilhoso e eu abraço o seu corpo puxando-a para
mais perto.
Porra ela é muito gostosa, vago as minhas mãos pelo seu corpo já
inebriado pelo desejo que me prende, eu quero senti-la, eu preciso sentir essa
mulher, mas de repente ela se solta de mim me deixando zonzo de desejo por
ela.
— Eu quero muito te agradecer como você merece... Porque não
passa na boate hoje...? Eu vou adorar receber você. — Sugere se
aproximando novamente e acaricia o meu rosto antes de se virar para sair,
mas seguro a sua mão a impedindo de ir.
— Eu quero muito te ver de novo, Adélia, mas quero que seja fora da
boate, o que me diz? — Me aproximo novamente dela e a mesma me dá
aquele mesmo sorriso encantador de minutos atrás.
— Seria perfeito... Você passa para me buscar ou eu te encontro em
algum lugar? — Ela também se aproxima mais de mim e eu puxo-a pela
cintura lhe roubando um beijo urgente. Ela me beijou primeiro então eu
posso fazer isso!
— Te busco em uma hora, pode ser...? Meu plantão já está acabando,
é só o tempo de ir em casa tomar um banho então vou te buscar. — Aperto
sutilmente a sua cintura então ela se solta de mim sorrindo.
— Tudo bem, vou estar te esperando. — Concorda piscando para
mim e sai da minha sala me deixando aqui de pau duro, louco para senti-la.
— Caralho...! Porra! — Sussurro sentindo um sorriso bobo surgir em
meu rosto, não sei se estou certo ou errado em fazer isso, mas eu quero essa
mulher.
Me apresso para arrumar as minhas coisas e logo estou saindo da
minha sala, me despeço de alguns colegas e saio da delegacia indo até o meu
carro, entro no mesmo e sigo para o meu apartamento que fica a dez minutos
dali. Chego em casa e vou direto para o banho com os meus pensamentos
naquela morena linda. Ainda não acredito que ela me agarrou dentro da
delegacia, a sua ousadia só me excitou ainda mais, me deixando louco para
estar logo com ela.
Depois de alguns minutos no banho eu já estou saindo enrolado na
toalha, indo me secar, me arrumo com calma pois ainda tenho tempo de sobra
e não quero chegar lá e ter que ficar esperando muito, então quando término
de me arrumar eu finalmente saio de casa indo em direção a boate.
Levo apenas quinze minutos no meu trajeto e logo estou estacionando
em uma das vagas em frente à boate. Saio do meu carro vendo a grande
movimentação de homens entrando no estabelecimento, e quando estou
subindo os poucos degraus para entra no mesma, eu a vejo sair, me encarando
com aquele sorriso incrível.
— Uau...! Você está linda... Eu pensei em te levar para jantar, mas,
vestida assim eu vou querer te levar para outro lugar... Para um hotel talvez,
ou para o meu apartamento se você preferir. — Me aproximo dela que abre
ainda mais o seu sorriso.
— Não estou com fome, podemos deixar o jantar para mais tarde...
Podemos fazer algo divertido primeiro, o que acha? — Sugere passando a
mão pelo meu peito e desce até o meu cinto me puxando para mais perto.
— Eu acho que estamos perdendo tempo aqui... Podemos ir? — Puxo
ela pela cintura guiando-a até o meu carro e ela sorrir abertamente.
Entramos no mesmo e dou a partida saindo dali, a ideia era seguir
para um dos hotéis do centro, mas eu me distrai conversando com Adélia e
quando dou por mim, já estou estacionando na garagem do meu prédio.
— Bom, esse prédio não parece ser um hotel... Que lugar é esse,
oficial Felipe Watson? — Pergunta com uma voz tão sexy que sinto o meu
pau latejar.
— A ideia era te levar para um hotel, mas você me distraiu e eu
acabei te trazendo para o meu apartamento... Tudo bem para você ou prefere
seguir a primeira opção? — Pergunto já tirando o cinto de segurança e ela faz
o mesmo.
— Na verdade eu vou me sentir mais a vontade no seu apartamento...
Desde o acontecido eu não faço mais programa fora da boate, tenho medo
daquilo se repetir e... Pelo menos dentro da boate eu estou segura, e como foi
você quem me salvou eu não tenho que me preocupar com você... Pelo
contrário... Estou me sentindo muito mais segura agora. — Ela se vira para
me encarar pousando a sua mão na minha perna, deslizando-a sutilmente me
fazendo ofegar.
Não digo nada, apenas me aproximo mais dela acariciando o seu
rosto, então beijo-a com calma sentindo o seu beijo ainda mais doce que
antes, porra! Assim eu vou ficar viciado logo de cara.
— É melhor subirmos logo... Quero admirar você com calma, sem
pressa. — Abro a porta do carro saindo em seguida.
Dou a volta no mesmo e abro a porta para ela trancando o carro em
seguida, fomos para o elevador e subimos para o nono andar, depois de mais
alguns minutos de conversa já estamos adentrando o meu apartamento e ela
caminha pela sala admirando a tudo.
— Sinta-se à vontade, Adélia... Quer beber alguma coisa? —
Pergunto abrindo alguns botões da minha camisa enquanto vou até o bar me
servir de uma dose de whisky.
— Só tem uma coisa que eu quero agora, e sei que você sabe o que
é... A dias eu estou querendo isso, então porque não me dá logo, Felipe? —
Diz sendo bem direta com uma voz mansa se aproximando, me encarando tão
intensamente que perco o foco.
Engulo a seco e me aproximo dela abraçando a sua cintura, puxando-a
para mim, encaro os seus olhos brilhantes mas encara a sua boquinha linda
em seguida.
— Se é o que você quer então eu vou te dar. — Avanço na sua boca
devorando-a em um beijo faminto.
Ergo-a em meus braços e ela envolve as suas pernas na minha cintura
enquanto eu a levo para o meu quarto, porra eu já não estou aguentando
esperar para senti-la, estou ansioso demais.
Já no quarto eu deito ela na cama me pondo sobre ela mas a mesma
me empurra na cama se pondo sobre mim, encaro-a surpreso e ela sorrir
tirando a parte de cima da sua roupa enquanto término de abrir a minha blusa,
tirando-a do meu corpo, ela sai de cima de mim saindo da cama e eu me sento
abrindo a minha calça, meus olhos estão presos nos seus movimentos, ela tira
a sua roupa com tanta sensualidade que me deixa louco, ansioso para tê-la
complemente nua em cima de mim.
Tiro a minha calça ficando só de cueca e ela sorrir de um jeito tão
doce que me deixa bobo. Encaro o seu corpo seminu na minha frente fazendo
o meu pau babar de desejo por ela, mas então me lembro de Laura me
pedindo para cuidar dela e um sentimento de culpa me invade a mente.
— Porra o que eu estou fazendo...? Eu não posso fazer isso... Adélia
você é amiga da Laura e John é meu amigo, eu não posso decepcioná-lo
mesmo te desejando como o inferno... Caralho eu estou enlouquecendo! —
Acordo para realidade apreensivo, me levantando dá cama andando pelo
quarto, evitando encarar o seu belo corpo.
Mas ela me puxa pelo braço me empurrando me fazendo cair sentado
na poltrona, ela sobe no meu colo tirando a parte de cima da sua lingerie me
deixando sem ar, o que essa mulher tem que me deixa nesse estado feito um
adolescente bobo?
— Você acha mesmo que eu já não pensei nisso...? Laura e John já
sabem do meu interesse por você... E eu só fui atrás de você na delegacia
porque a minha amiga me incentivou... Eu não consigo parar de pensar em
você, Felipe, eu estou desejando muito sentir você, então não me nega isso?
— Adélia passa as mãos pelos meus braços e eu só consigo encarar os seus
seios, segurando firme a sua cintura.
Ela abraça o meu pescoço e eu não penso em mais nada, tomo a sua
boca em um beijo faminto, beijo-a com vontade enquanto corro as minhas
mãos pelo seu corpo, levo-a de volta para cama me pondo sobre ela descendo
a minha boca pelo seu pescoço, acaricio os seus seios descendo a minha boca
entre eles sentindo a sua pele macia e perfumada, ela geme se arqueando
quando sugo um dos seus mamilos.
— Ohhh Felipe... Ahhh... Deixa as preliminares para depois? Eu
preciso sentir você... Já estou quase gozando apenas sentindo os seus toques...
Você tem uma pegada quente, sabia? — Ofega agarrando os meus cabelos e
eu sorrio satisfeito.
— Você adivinhou os meus pensamentos, morena... Já não estou
aguentando de vontade de sentir você. — Ergo a minha mão até a gaveta da
mesinha de cabeceira e pego uma camisinha.
Tiro a sua calcinha e em seguida tiro a minha cueca, ela me encara de
boca aberta mas sorrir se abrindo para mim.
— Porra você é muito linda... E está me deixando louco. — Coloco a
camisinha sem tirar os olhos dela e me ponho sobre ela, devorando a sua boca
enquanto me encaixo na sua intimidade meladinha com a sua excitação.
— Ohhh céus... Ahhh... — Geme se arqueando quando entro nela
esticando a sua carne quente e úmida.
— Porra você é mais gostosa do que imaginei... Ohhh deliciosa
morena... — Me movimento dentro dela sentindo a sua quentura me
envolver, me deixando alucinado.
Acaricio e beijo os seus seios chupando o seu mamilo com vontade
enquanto ela abraça o meu pescoço, evolve as suas pernas na minha cintura
agarrando de leve os meus cabelos.
— Isso... Ohhh isso Felipe... Delícia... Você é uma delícia...
Gostoso... Ahhh que tesão... — Geme descontrolada me deixando ainda mais
excitado com os seus gemidos, me fazendo meter nela com força.
Abraço o seu corpo me sentando na cama trazendo ela junto, Adélia
começa a cavalgar no meu pau gemendo enquanto esfrega os seus seios no
meu peito, me deixando louco, agarro a sua cintura ajudando-a descer mais
rápido em mim e posso sentir o seu corpo tremer, sua intimidade me aperta
indicando que ela vai gozar, ela quase grita rebolando no meu pau e se inclina
para trás se apoiando nas minhas pernas, admiro o seu corpo percorrendo as
minha mãos por ele encantado com as suas belas e maravilhosas curvas, ela
desce no meu pau mais fundo e mais rápido me fazendo delirar, sinto o meu
pau latejar e de repente ela goza e se sua me apertando mais.
— Puta merda eu vou gozar... Ohhh caralho eu vou gozar morena...
Gostosa... Deliciosa demais... Ohhh porra... — Gemi rouco tentando aguentar
ao máximo mas não resisti, gozei ainda metendo nela sentindo o meu corpo
vacilar.
— Você é incrível... Você é uma delícia Felipe... Ahhh... — Sussurra
me abraçando, beijando o meu pescoço me fazendo arrepiar.
Deito ela na cama me pondo sobre ela e beijo-a com calma, me
deliciando com o sabor dos seus lábios, porra eu ainda quero ela, preciso
senti-la mais um pouco mas preciso trocar a camisinha, se encher demais
pode estourar e eu não quero isso.
— Vamos tomar um banho juntos...? Eu ainda quero você, quero
sentir essa boquinha deliciosa me engolir e quero chupar essa bocetinha linda
que você tem... Estou com água na boca. — Encaro esse sorriso provocante
em seu rosto, e beijo-a antes de sair dela me levantando da cama.
Adélia se levanta também e juntos fomos para o banheiro, tomamos
um banho juntos e fizemos tudo que queríamos, essa mulher é maravilhosa, é
um tremendo desperdício deixá-la naquela boate se vendendo para tantos
homens sem escrúpulos, correndo riscos de acontecer coisas piores do que já
aconteceu nos últimos dias, nenhuma daquelas garotas estão em segurança
nessa vida de programas, não sei como elas conseguem passar por tudo isso e
continuar se prostituindo.
Depois do nosso banho voltamos para cama e transamos mais uma
vez, e eu ainda a quero, não consigo me cansar de senti-la... Depois do nosso
momento de prazer eu ligo para um restaurante e peço comida já que não
saímos para jantar, depois de alguns minutos a comida chega e fomos para
cozinha e ela está uma tentação vestindo a minha camisa, porque as mulheres
ficam tão sexy vestida em uma roupa masculina depois de uma transa? Isso é
excitante e eu já estou querendo come-la mais uma vez.
Nos sentamos a mesa e começamos a comer enquanto conversamos
sobre o que aconteceu, ela ainda parece receosa com tudo aquilo, ainda tem
medo de acontecer de novo mas mesmo assim continua no programa.
— Se você não quer deixar o programa, então você entrou nessa vida
porque você quis, certo? — Pergunto curioso para saber mais.
— Ninguém entra nessa vida porque quer, Felipe... Eu entrei nessa
vida porque não encontrei nada melhor, eu precisava de grana e lugar
nenhum quis me contratar, eu até tentei, passei meses entregando currículo,
mas não consegui nada então eu procurei a boate... Mas eu estou nessa vida
só até eu encontrar algo melhor, ou até eu encontrar alguém que queira me
tirar de lá... Não sonho com príncipe encantado em um cavalo branco, e nem
acredito em contos de fadas, mas desejo sim que alguém olhe para mim e
veja além da prostituta Adélia. — Diz com um pesar na voz que me fez
refletir.
— Está falando sério Adélia? Você sairia dessa vida se tivesse uma
oportunidade para isso? — Pergunto surpreso encarando-a atento.
— Nunca falei tão sério em toda a minha vida, Felipe... Eu preciso me
sustentar, preciso de grana e só por isso ainda estou na boate, e lá eu vou ter
que continuar até acontecer um milagre. — Afirma pensativa mas logo coloca
um pequeno sorriso no rosto.
— E se alguém te oferecer uma chance e te pedir para sair de lá? —
Insisto curioso e me surpreendo comigo mesmo por perguntar tal coisa.
— Eu não pensaria duas vezes... Se eu tivesse a chance de sair eu
sairia sem dúvida. — Dispara enquanto mexe na sua comida e bebe um gole
do seu vinho.
— Então sai morena...! Sai daquele lugar? Eu posso te ajudar a
encontrar algo melhor que isso... Não quero você correndo risco outra vez,
Adélia, essa profissão que você escolheu é muito arriscada e... E... Me
desculpa... Eu não quero me meter na sua vida, mas... Sei lá, eu me preocupo
com você. — Encaro os seus olhos fixamente mas logo percebo onde estou
me metendo e fico sem jeito. O que deu em mim? Eu não tenho o direito de
me meter na vida dela!
Adélia me encara surpresa mas sustenta o meu olhar, ela me analisa e
sorrir daquele jeitinho doce derrubando as minhas barreiras. Mas como
assim?
— Você é um fofo, Felipe, mas eu não quero ser um peso para você
só porque os nossos amigos estão preocupados comigo, não precisa se sentir
obrigado a me ajudar, eu... — Diz em um tom desanimado mas a interrompo.
— Não estou fazendo isso por obrigação, Adélia, estou fazendo isso
porque eu realmente me preocupo com você, estou fazendo isso porque eu
quero você, caramba! — Me altero fazendo ela me encarar perplexa. Mas que
porra aconteceu aqui? O que deu em mim? — Me desculpe Adélia, eu... Eu
não sei o que deu em mim... Eu realmente estou preocupado com você e
também com as outras garotas da boate, vocês não estão seguras, estão
correndo riscos nessas saídas para atender aos clientes... Como você mesma
viu, para sair da boate é muito fácil, mas voltar para nunca é algo certo...
Acho que a Laura nunca vai se sentir tranquila com a amiga dela nessa vida,
depois de tudo que te aconteceu, eu posso te ajudar, é só você aceitar... Não
estou fazendo isso por obrigação eu só... — Me levanto da mesa me sentindo
angustiado e irritado sem nem ao menos saber o porquê, mas ela me
interrompe.
— Eu aceito...! Por mim tudo bem, eu aceito a sua ajuda. — Dispara
também se levantando me fazendo soltar a respiração que eu nem sabia que
estava prendendo, a encaro surpreso. — Como eu disse antes... Eu não estou
nessa vida porque eu quero, Felipe, estou fazendo isso por necessidade mas
se você acha que pode me ajudar, eu aceito a sua ajuda — Ela se aproxima
sorrateiramente me encarando de um jeito que não sei explicar.
— Está falando sério...? Vai mesmo me deixar te ajudar? Olha
Adélia! Eu não queria me meter na sua vida, mas... — Digo ainda surpreso
também me aproximando dela, mas a mesma me interrompe mais uma vez
colocando um dedo na minha boca.
— Você não tem que se explicar ou se desculpar comigo, Felipe... Eu
adorei ver mais alguém se preocupar comigo além da Laura, eu adorei
conhecer você, e adorei ainda mais esse momento que passamos juntos... E
antes que você queira me pagar pela noite de hoje, eu já te adianto que isso
aqui não foi um programa, isso aqui foi apenas um encontro e eu adorei cada
detalhe do que aconteceu... Não me senti suja como eu me sinto todos os
dias, não me senti usada... Eu me senti desejada, me senti maravilhosa porque
você se preocupa comigo, até pediu um jantar delicioso e... — Ela abre um
meio sorriso mas sinto a sua voz embargada pela emoção. A interrompo
puxando ela para o meu corpo devorando a sua boquinha gostosa.
— Não preciso ouvir mais nada... Eu só preciso sentir você mais uma
vez. — Sussurro na sua boca erguendo-a em meus braços e ela envolve as
suas pernas na minha cintura.
Me apresso para voltar para o quarto e viu direto para minha cama,
fazendo-a minha mais uma vez, essa garota é maravilhosa e eu ainda a quero,
eu ainda não estou satisfeito e quero mais então eu vou ter.
A dois meses atrás Adélia me deu um baita susto, ela foi sequestrada
por um cliente e eu jurava que Beatriz estivesse por trás disso mas me
enganei, um monstro igual ao César estava contratando as garotas para abusar
delas junto com outros canalhas iguais a ele, isso é um absurdo mas graças a
Deus, Felipe conseguiu resgatá-la antes que algo pior acontecesse, e também
a convenceu a largar essa vida de prostituição, ele conseguiu um emprego de
recepcionista para ela em um restaurante e ela está gostando.
Adélia deixou para trás tudo relacionado a boate, até mesmo o seu
codinome, Adélia na verdade se chama Paloma, um lindo nome para uma
linda mulher, e Felipe parece ainda mais encantado com ela depois de todas
essas mudanças, ele se preocupa muito com ela mas eu tenho quase certeza
de que preocupação não é a única coisa que ele sente por ela.
Paloma, (Adélia) me contou que o procurou para agradecer e que eles
acabaram ficando juntos, eu tentei dar uma forcinha pedindo para Felipe ficar
de olho nela para mim, e assim eles têm estado muito próximos um do outro,
e mesmo se esforçando ao máximo para não demonstrar que existe algo entre
eles, eu sei que eles estão se envolvendo, Felipe até trouxe Paloma com ele
para o meu casamento, e os olhares entre eles denúncia que estão se
gostando, eles só não querem admitir isso para si mesmo.
— Sim Sr. Sarkozy, a sua esposa e os bebês estão bem, ela só precisa
descansar um pouco e ficar de repouso, já que ela passou muito tempo em pé
e a barriga já está pesando bastante... Demos uma medicação a ela para
aliviar a dor na barriga pois isso é consequência da exaustão, ela já está
liberada e o senhor já pode vê-la, a Sra. Sarkozy está no quarto 203 no
segundo andar. — Explica o médico me fazendo respirar aliviado.
— Obrigado doutor, o senhor tirou um peso dos meus ombros... Eu
vou ver a minha mulher agora mesmo. — O cumprimento eufórico mas me
apresso para sair do quarto deixando os meus pais para trás.
Corro para o elevador mas ele está no quinto andar, não penso duas
vezes antes de correr até a escada, ouço o meu pai me chamar mas estou
ansioso demais para ver a minha mulher, quero me certificar de que ela esteja
mesmo bem, então subo correndo para não perder tempo.
Poucos segundos depois já estou entrando no quarto e vejo minha
mulher deitada, sorrindo acariciando a sua barriga, mas ela tem um olhar
abatido indicando o seu cansaço. Me aproximo dela emocionado por vê-la
bem e ela abre os seus braços para mim.
— Amor... Me desculpe pelo susto? Venha aqui? Senti a sua falta
pertinho de mim. — Confessa me recebendo em seu braços e me aperta forte,
como se estivesse a meses sem me ver.
— Você disse que quando estivesse no seu limite, você pediria para
irmos embora, se lembra...? Porque não fez isso meu amor? Você nem
imagina o quanto eu fiquei angustiado, minha vida. — Aperto ela em meus
braços beijando o seu pescoço, ela está sem o vestido de noiva e o véu,
usando uma camisola hospitalar.
— Me desculpe amor, eu não queria ser chata e abandonar a festa pela
metade, você estava tão feliz conversando com os seus amigos da empresa...
Estávamos os dois muito felizes e eu não queria estragar isso, mas veja só o
que aconteceu...? Eu não queria te preocupar, me desculpa? — Diz meio sem
graça abaixando a cabeça, mas ergo o seu queixo fazendo-a me encarar.
— Não se preocupe amor, você estava feliz e isso é o mais importante
para mim, mas eu não gostei de ver você passando mal, ouviu? Nunca mais
extrapola os seus limites apenas por me ver feliz, porque a minha felicidade é
vocês minha princesa... Graças a Deus vocês estão bem e nós já podemos ir
para casa. — Toco a sua barriga com carinho antes de beijá-la calmamente.
Saímos do hospital e seguimos para casa, Laura não quis colocar o
vestido de noiva novamente então tirei o meu blazer para ela vestir, como ela
é pequena o blazer serviu como um vestido e ainda ficou confortável.
Estamos mais tranquilos e Laura mais relaxada, puxo ela para os meus braços
e no balançar da Limusine, ela adormece de tão cansadinha que está.
Meus pais decidiram voltar para festa para se despedirem de Giulia e
Victor, e também para dar notícias de Laura, do salão minha irmã vai direto
para sua lua de mel mas nos falaremos depois com mais calma.
Chegamos em casa e eu pego a minha bela adormecida em meus
braços, levo ela para o nosso quarto e acomodo-a na nossa cama coberta por
pétalas de rosas, o quarto inteiro está repleto de arranjos de flores como eu
pedi que fizessem assim que ela saísse de casa, pensei que teríamos a nossa
noite de núpcias mas prefiro ver a minha mulher descansando, depois de um
dia exaustivo, ela dorme tão serenamente, tão tranquila que tenho medo de
tocá-la e acordá-la.
Passo alguns minutos ali admirando-a, mas logo deixo a minha
mulher dormindo e vou para o banheiro já me despindo, eu preciso de um
banho para relaxar. A banheira está cheia com espuma e pétalas de rosas,
velas aromatizantes espelhadas por todo o banheiro mas não vamos poder
aproveitar tudo isso hoje.
Entro no chuveiro e ligo a ducha me enfiando em baixo da água
quente, fecho os olhos e fico ali por longos minutos pensando no dia de hoje,
no quanto estou feliz por estar casado com essa mulher maravilhosa.
De repente ouço a porta do box se abrir e eu me deparo com a minha
esposa completamente nua, me encarando com malícia, me encarando com
desejo.
— Me ajuda a entrar na banheira amor...? Eu também preciso de um
banho. — Pede me encarando de cima abaixo puxando uma respiração
pesada.
— Você não devia estar dormindo, Sra. Sarkozy? O que faz de pé?
Você precisa descansar meu amor. — Desligo a ducha me aproximando dela
e a mesma me dá aquele seu olhar tímido.
— Temos um casamento para consumar, e eu não abro mão disso...
Está tudo tão lindo, já estamos os dois nus... Vamos entrar na banheira juntos
e nós sabemos o que acontece quando estamos juntos... A sós. — Ela pega a
minha mão me levando em direção a banheira, sorrio satisfeito e pego ela no
colo, colocando-a dentro da banheira.
— O médico te recomendou repouso, meu amor, não sei se é uma boa
ideia fazermos isso... Porra, mas você está aqui na minha frente, linda e nua...
Eu não conseguiria resistir mesmo que eu quisesse muito. — Entro na
banheira já sentindo o meu pau latejar de desejo.
Me sento na banheira ajudando-a se sentar entre as minhas pernas de
costas para mim, beijo o seu ombro subindo para o seu pescoço e ela deita a
cabeça em meu ombro, acaricio a sua barriga e subo as minhas mãos até os
seus fartos seios, acariciando o seu mamilo que enrijece rapidamente.
— Tem certeza amor...? Não quer deixar para amanhã ou outro dia?
Eu vou entender se você não... — Beijo e passo a minha barba pelo seu
pescoço e ela geme virando o rosto, me interrompendo com um beijo.
— Eu quero você amor... Eu só preciso sentir você nem que seja uma
única vez, então depois a gente descansa, está bem...? Agora sou sua esposa e
quero consumar o nosso casamento, quero fazer amor com o meu marido. —
Ela traz a sua mão até a minha nuca me puxando para um beijo intenso, um
beijo de amor e desejo.
Sinto a sua outra mão entre nós deslizando pelo meu abdômen até
encontrar o meu pau, ela o segura gemendo na minha enquanto movimenta a
sua mãozinha tão pequena me enlouquecendo.
— Eu quero te agradecer por me fazer tão feliz, John... Mas quero
fazer isso de um jeito prazeroso amor... Eu quero chupar você... Agora... —
Diz com uma voz tão sedutora que sinto o meu pau latejar.
— Porra docinho... Eu deixo você fazer o que quiser comigo, minha
gostosa, pedindo com essa voz tão sexy eu seria capaz de matar um, se você
me pedisse. — Me ergo rapidamente me sentando na borda da banheira e ela
sorrir, daquele jeito que eu amo.
— Por hora eu só quero chupar você, e quero que faça amor comigo...
Depois eu penso em que mais eu posso querer. — Ela ergue uma sobrancelha
me fazendo sorrir.
Ela se aproxima mais se encaixando entre as minhas pernas e eu me
inclino para beijá-la, um beijo tão doce que eu queria muito mais, mas
também quero sentir a sua boquinha me engolir daquele jeito mágico que só
ela sabe fazer.
Laura segura o meu pau e se abaixa se sentando sobre os seus
calcanhares, e logo eu sinto a sua língua quente deslizar pela minha extensão,
antes de engolir a minha base.
— Ohhh... Minha nossa isso é perfeito... Que boquinha gostosa... —
Gemi jogando a cabeça para trás de olhos fechados, sentindo o meu pau
latejar na sua boca.
Ela me chupa com vontade, me chupa com fome de me sentir na sua
boca e isso me deixa louco. Acaricio os seus cabelos descendo a minha mão
até a sua nuca, louco para fazê-la me engolir por inteiro, mas não precisei
mover um músculo porque ela sabe do que eu gosto, ela me engole me
levando até a sua garganta, me deixando alucinado com essa sensação, ela
geme com o meu pau na sua boca e isso acaba comigo, porra eu não quero
gozar ainda mas estar nessa boquinha quente me derruba facilmente, ela
parece querer sentir o meu líquido na sua boca porque ela me chupa com
tanta fome que não vou resistir.
— Porra docinho... Ohhh isso amor... Isso... Ahhh caralho eu não vou
aguentar... Amor... Ohhh gostosa... — Gemi feito um louco já quase gozando,
mas quando estou bem perto de gozar ela para me encarando com aquela
carinha de safada.
— Eu quero sentir você gozar em mim, amor... Quero gozar junto
com você, John... — Ela ofega e sussurra o meu nome daquele seu jeitinho
que me deixa fora de mim.
— Eu faço tudo que você quiser, se lembra...? Você quer gozar
comigo? Então você vai gozar minha gostosa. — Me ajoelho dentro da
banheira enquanto ela se vira de costas para mim, me dando uma bela visão
da sua bundinha redondinha.
Ela segura a borda da banheira então me encaixo na sua intimidade,
penetrando-a lentamente sentindo a sua quentura, ela arfa jogando a cabeça
para trás enquanto eu percorro as minhas mãos pelo seu corpo, sentindo as
suas curvas maravilhosas me enlouquecer.
Começo a me mover devagar sentindo a sua carne quente e úmida
envolver cada centímetro meu, seguro a sua cintura e me movo mais rápido
enquanto ela me presenteia com os seus gemidos gloriosos, seus gemidos são
perfeitos e excitante, ela me enlouquece principalmente quando geme o meu
nome e me chama de amor. Agarro os seus seios prendendo os seus mamilos
entre os meus dedos e brinco com eles sem parar os meus movimentos.
— Meu Deus amor... Isso... Ohhh John meu amor... Meu amor... Ahh
isso... — Laura se ergue deitando a cabeça em meu ombro, beijo o seu
pescoço e sussurro no seu ouvido.
— Eu te amo meu amor... Você é tudo para mim, docinho... Ohhh
vamos gozar juntos minha gostosa...? Goza comigo minha princesa? Goza
meu amor...? — Gemi sentindo o meu orgasmo cada vez mais perto de
explodir.
Sua intimidade me aperta e ela me puxa pela nuca, me beijando
ferozmente, seguro com mais firmeza a sua cintura e aumento um pouco mais
os meus movimentos, perdendo totalmente o controle ao senti-la estremecer,
gozando no meu pau.
— Caralho que delícia... Ohhh delicia docinho... Porra... Ohhh porra...
— Gemi na sua boca entrando nela mais rápido e fundo, gozando com força
preenchendo com o meu prazer.
— Ohhh céus isso... Que delícia... Humm que delícia meu marido...
— Laura ofega e sinto o seu corpo amolecer então me sento na banheira
trazendo ela junto
— Você consegue me deixa louco com facilidade, docinho... Meu
Deus como você mudou... E mudou para melhor, a cada dia você está mais
gostosa, mais desinibida e fogosa... E a cada dia eu te amo mais minha
deliciosa. — Sussurro no seu ouvido e beijo o seu pescoço, ainda latejando
dentro dela.
— O responsável por isso é você, meu amor... Você me deixou mal
acostumada, você me ensinou muito, mas eu ainda quero aprender mais...
Quero agradar o meu marido ao máximo que eu puder... Não quero que se
canse de mim porque eu jamais vou me casar de você, eu te amo demais
John... Meu marido... Meu amor você me deixa completamente satisfeita. —
Ela deita a sua cabeça no meu ombro e vira o rosto para me beijar, um beijo
calmo mas doce o suficiente para me prender nele.
— É completamente impossível me cansar de você, princesa... Eu
nunca vou me cansar de você, mesmo quando você surtar por motivos bobos,
quando estiver na TPM ou simplesmente estiver zangada comigo, eu sempre
vou querer te acalmar pegando você dê jeito... Eu te amo demais, Laura
Westhouse Sarkozy... Você é perfeita para mim, você é tudo para mim,
minha vida. — Acaricio o seu rosto e desço a minha mão até a sua barriga,
passando espuma e pétalas de rosas por toda ela.
Tomamos o nosso banho entre beijos e carícias e demoramos mais
que o planejado, depois do banho vestimos um roupão e fomos pra cama mas
Laura quis fazer um brinde, já que o nosso champanhe especial estava no
gelo, um espumante sem álcool porque ela não pode ingerir bebidas
alcoólicas, na verdade ela não bebe bebidas alcoólicas e eu admiro isso.
— Um brinde ao nosso amor! Um brinde a tudo que conquistamos
juntos até agora! Um brinde a nossa família. — Ela abre um largo sorriso
fazendo o meu coração bater mais forte no peito.
— Um brinde à nós, meu amor... Um brinde a você, a mulher que me
salvou de mim mesmo, a mulher mais linda do mundo, a mulher da minha
vida... Um brinde a nós e a nossa família. — Retribuo ao seu sorriso então
brindamos.
Beijo a minha esposa com calma e logo beijo a sua barriga, tomamos
mais um gole do champanhe e logo fomos nós deitar, Laura já fez arte demais
por hoje e agora ela precisa descansar.
Enquanto nós preparamos para dormir, minha mãe ligou para saber
como Laura está, Giulia aproveitou para falar com ela e se despedir antes da
viagem, mamãe nos informou que a festa já estava no fim e que ela, papai,
Felipe e Paloma já estão se preparando para virem embora.
Me acomodo na cama puxando a minha esposa para os meus braços e
logo nos entregamos ao sono, estamos exausto, mas felizes, estamos
realizados por finalmente estarmos casados, tudo parece ainda mais completo
agora que posso dizer que Laura é minha esposa, minha mulher, minha vida.
UM MÊS DEPOIS...
FIM!!!