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Políticas Sociais
3º Período
Palmas/TO - 2007
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS
Reitor
Humberto Luiz Falcão Coelho
Vice-Reitor
Lívio William Reis de Carvalho
Pró-Reitor de Graduação
Galileu Marcos Guarenghi
Pró-Reitora de Pesquisa
Antônia Custódia Pedreira
Coordenador Pedagógico
Geraldo da Silva Gomes
Coordenadora do Curso
Jaqueline Carvalho Quadrado
Diretor Executivo
Luiz Carlos Borges da Silveira Filho
MATERIAL DIDÁTICO
Organização dos Conteúdos
Nelson Russo de Moraes
Silma Rosa da Silva Moreira
Mônica Brito
Processo Editorial I
Darlene Teixeira Castro e Maria Lourdes F. G. Aires
Processo Editorial II
Karylleila Andrade Klinger e Kyldes Batista Vicente
DESIGN GRÁFICO
Chefe de Setor
Vivianni Asevedo Soares Borges
Designers
Edglei Rodrigues e Irenides Teixeira
Ilustrações
Edglei Rodrigues
Diagramação
Douglas Donizeti Soares
Bons estudos,
EMENTA
Fundamentação histórica da política social. A era Vargas:
modernização conservadora e políticas sociais brasileiras. Sujeitos políticos
das políticas públicas e privadas. Política social por excelência, suas
características e categorias. O Serviço Social e as ações de enfrentamento da
questão social via políticas sociais. A contribuição do Serviço Social no
controle, na participação e na avaliação.
OBJETIVOS
• apresentar os primórdios das políticas sociais;
• contextualizar historicamente o processo de ruptura do liberalismo,
que propunha a existência do Estado-mínimo;
• conhecer as políticas sociais brasileiras a partir da era Vargas;
• conhecer o contexto das políticas sociais contemporâneas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Proteção Social nos séculos XVIII e XIX
• Estado mínimo (liberalismo)
• Estado nação (modelo keynesiano)
• O Estado de Bem-estar Social (welfare state)
• Introdução às políticas sociais no Brasil
• A era Vargas e as políticas sociais universalistas
• Políticas sociais compensatórias
• A redemocratização
• A redução do Estado: de nação para gerente
• Repercussões dos ideários neoliberais
• Políticas sociais e cidadania
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
FALEIROS, V.P.F. A política social do estado capitalista. São Paulo:
Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais 2; ed. São Paulo: Cortez, 2002.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BOBBIO, N. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 2004.
DEMO, P. Política social, educação e cidadania. Campinas, SP: Papirus,
1994.
DRAIBE, S.M. Uma nova institucionalidade das políticas sociais. São Paulo
em Perspectiva: São Paulo, ano 11, n° 4, p.3-15, dez.1997.
Meta da unidade
Contextualização dos princípios históricos da proteção social,
apontando sua correlação com o Estado e com a economia e sua relevância
para a constituição das políticas sociais.
Objetivos
• contextualizar o enfoque social da Europa, em especial na
Inglaterra e Alemanha, durante a época em que as primeiras
políticas públicas de proteção social foram implementadas;
• reconhecer o modelo de proteção social da Inglaterra no
século XVIII;
• reconhecer o modelo de proteção social da Alemanha no
século XIX.
Pré-requisitos
Você já cursou a disciplina Introdução ao Serviço Social (no
primeiro período do Curso de Serviço Social). Portanto, já possui
conhecimentos acerca da organização da sociedade nos séculos XVIII e XIX
(especialmente urbana) para o atendimento dos pobres. Nesse contexto você
conheceu o importante trabalho da Igreja e das chamadas “damas de
caridade”. Sugerimos que você faça uma nova leitura do capítulo do
Cadernos de conteúdos e Atividades “Introdução ao Serviço Social” que
trata das “damas de caridade” e do papel da Igreja daquela época. Atente
também para o correto entendimento do contexto da Revolução Industrial,
que se desenrola no século XVIII, pois, nesse século, as políticas de
atendimento às necessidades sociais são propostas inicialmente pelo Estado.
Sempre que possível consulte a bibliografia indicada ao final da unidade
didática.
Introdução
Em uma época em que as tendências consumistas se misturavam à
liberalidade de produção e em que novos inventos supriam as necessidades
humanas mais imediatas, na Inglaterra concebeu-se uma legislação para a
demarcação de garantias sociais mínimas.
O século XVIII expõe os contrastes da maximização produtiva da
Revolução Industrial. A industrialização dos processos artesanais, a
substituição das manufaturas por produtos de melhor qualidade e a
Síntese da unidade
Comentário
Meta da unidade
Contextualização histórica, conduzindo o acadêmico ao
entendimento do liberalismo econômico e a projeção de um modelo de
Estado não intervencionista, omisso na relação entre o capital e o trabalho.
Objetivos
• resgatar o conceito e o entendimento do modo de produção
capitalista;
• reconhecer o sistema econômico liberal, delineado pelo
pensamento de Adam Smith;
• conhecer e contextualizar o Estado-mínimo, dentro da ótica
da economia liberal.
Pré-requisitos
Esta unidade é complementar aos seus estudos acadêmicos
desenvolvidos na área da economia. Portanto, além do entendimento da
unidade didática 1 do Caderno de Conteúdos e Atividades, você já deverá ter
claros alguns conceitos básicos da disciplina Fundamentos da Economia.
Introdução
Esta unidade didática nos remete aos estudos do contexto econômico
e social da segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século
XX. Tentaremos aqui um entendimento resumido e prático do liberalismo,
segundo um dos seus principais pensadores, o economista Adam Smith.
Iniciaremos com uma sucinta compreensão da origem do Estado e,
posteriormente, passaremos ao surgimento do pensamento liberal
introduzido na Europa no século XVII, concluindo com um breve resumo
das características do liberalismo e de sua ótica de bem- estar social.
O Estado-mínimo
Após um longo período da história da humanidade, compreendido
entre a caça primitiva e a revolução neolítica e desta à introdução de relações
comerciais pautadas sobre a troca de bens in natura, começa a surgir no
século XVII uma nova corrente de pensamento: o liberalismo. Na Inglaterra,
o liberalismo se constitui como sendo um conjunto de doutrinas e princípios
com enfoque principal na defesa e proteção da liberdade individual
(liberdade de pensamento, expressão e religião).
As doutrinas liberais não ficam apenas no campo abstrato das
liberdades individuais. Na área econômica e política, o liberalismo se
caracteriza pela teorização de um Estado-mínimo, ao qual caberia não mais
que a intervenção na manutenção da paz e da ordem, a coleta de impostos
leves para a manutenção de uma pequena instância de administração e de
justiça e, principalmente, a proteção da propriedade privada e do direito de
constituição de patrimônios particulares. Adam Smith foi um economista
O principal pensador do liberalismo foi Adam Smith (1723 – 1790), escocês, formulador da teoria do
liberalismo econômico, descritas
que escreveu muito sobre a constituição das riquezas das nações. Adam em sua obra “Ensaio sobre a
Smith pensava que a verdadeira riqueza dos povos estava no trabalho, que riqueza das nações”. Nasceu em
1723 e morreu em 1790.
deveria ser dirigido livremente pela iniciativa dos empreendedores, estando
o Estado limitado a garantir o individualismo econômico, a livre
concorrência, o livre câmbio, a liberdade de comércio e a inviolabilidade da
propriedade privada.
Síntese da unidade
Referências
BOBBIO, N. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 2004.
FERNANDES, R.C. Privado porém público. Rio de Janeiro: Relume-
dumará, 1994.
HAL, J.A.; IKENBERRY, G.J. O estado. Lisboa: Estampa, 1990.
MORAES, N.R. As empresas e o atendimento as demandas sociais em
Bauru/SP: responsabilidade ou marketing? 2005, 140f. Dissertação
(Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de História, Direito e Serviço
Social, UNESP, Franca, 2005.
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a próxima unidade
Você vai estudar o que sucedeu ao liberalismo, o
que levou esse pensamento com forte teor
mercadológico à ruptura, crise e conseqüente
declínio.
Meta da unidade
Apresentação dos elementos sociais e econômicos que levaram à
crise do pensamento liberal, conduzindo à compreensão dos reflexos sociais
do movimento econômico da primeira metade do século XX, culminando na
adoção do modelo econômico keynesiano.
Objetivos
• contextualizar historicamente os acontecimentos da
sociedade humana na primeira metade do século XX;
• conhecer os efeitos da quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Pré-requisitos
Esta unidade didática está alocada em uma seqüência lógica para a
compreensão do contexto histórico das políticas sociais. Para seu correto
entendimento, fazem-se necessárias as unidades 1 e 2 deste Caderno de
Conteúdos e Atividades.
Introdução
A recessão econômica das décadas de 1920 e 1930 desenhou um
cenário de grandes problemas sociais e econômicos que suscitaram a
necessidade de urgentes reformas no modelo de Estado e de mercado. Nesta
unidade, busca-se o entendimento das posturas das nações com relação à
economia e dos reflexos desse cenário no estabelecimento de políticas de
atendimento social.
Comentário
Referências
HOBSBAWN, E.J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914 a 1991. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MORAES, N.R. As empresas e o atendimento as demandas sociais em
Bauru/SP: responsabilidade ou marketing? 2005, 140f. Dissertação
(Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de História, Direito e Serviço
Social, UNESP, Franca, 2005.
OMAHE, K. O fim do estado-nação. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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a próxima unidade
Você vai estudar as propostas do modelo
econômico keynesiano, que foi inicialmente
implantado para o reestabelecimento do
equilíbrio social e econômico dos Estados
Unidos e, depois, adotado por outras nações.
Meta da unidade
Apresentação dos principais aspectos sociais e econômicos que
compuseram o modelo econômico keynesiano, implantado nos Estados
Unidos, após a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Objetivos
• contextualizar historicamente os acontecimentos da
sociedade humana na primeira metade do século XX;
• reconhecer os principais aspectos do modelo econômico
keynesiano.
Pré-requisitos
Esta unidade é uma complementação da anterior, pois o modelo
econômico keynesiano foi implantado como resposta da sociedade norte-
americana à grave crise da década de 1920, que culminara com a quebra da
Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Introdução
O conhecimento do Estado de Bem-estar Social (Welfare State),
responsável pelas políticas sociais, é de fundamental importância para a
formação do Assistente Social.
Síntese da unidade
Referências
HOBSBAWN, E.J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914 a 1991. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MORAES, N.R. As empresas e o atendimento as demandas sociais em
Bauru/SP: responsabilidade ou marketing? 2005, 140f. Dissertação
(Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de História, Direito e Serviço
Social, UNESP, Franca, 2005.
OMAHE, K. O fim do estado-nação. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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a próxima unidade
Iremos estudar com maiores detalhes o Estado de Bem-estar
Social (welfare state), que surge oficialmente dentro do
modelo keynesiano de economia nacionalista.
Meta da unidade
Definição de política social e de Estado de Bem-estar Social, no bojo
do modelo econômico keynesiano.
Objetivos
• conhecer a definição de Estado de Bem-estar Social;
• definir política social.
Pré-requisitos
Esta unidade avança para o entendimento das políticas sociais e do
Estado de Bem-estar Social. Portanto, para sua melhor compreensão, é
importante o conhecimento do processo histórico que culminou na sua
implantação, que pode ser enriquecido com a leitura da bibliografia indicada
no final desta unidade didática.
Introdução
O Estado de Bem-estar Social surge de um novo desenho de Estado,
segundo o qual esse passa a assumir a responsabilidade pelo
desenvolvimento das políticas de atendimento às demandas sociais não
atendidas pela remuneração do trabalho. O Estado passa a ter uma estrutura
maior e mais presente junto à sociedade, interferindo na economia e na
regulação da relação entre o capital e o trabalho.
Síntese da unidade
Referências
DEMO, P. Política social, educação e cidadania. Campinas/SP: Papirus,
1994.
DRAIBE, S.M. Uma nova institucionalidade das políticas sociais. São Paulo
em Perspectiva: São Paulo, ano 11, n° 4, p.3-15, dez.1997.
OMAHE, K. O fim do estado-nação. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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Você terá uma introdução ao contexto histórico das
políticas sociais no Brasil, a partir dos reflexos da quebra da
Bolsa de Nova Iorque em nosso país, durante a era Vargas.
Meta da unidade
Contextualização das Políticas Sociais e sua correlação, com os
planos econômicos e com a participação da sociedade para a conquista de
direitos sociais em diferentes períodos da história do Brasil.
Objetivos
• compreender a relação entre Políticas Sociais, Estado e
Sociedade;
• identificar os períodos históricos que marcam a trajetória das
políticas sociais brasileiras;
• contextualizar as políticas sociais na primeira fase da
República brasileira.
Pré-requisitos
Este tema faz uma introdução aos nossos estudos sobre os modelos
de políticas sociais elaborados e implementados no Brasil nos seus diferentes
períodos históricos. Portanto, é necessário que você, acadêmico do Serviço
Social, retorne aos conhecimentos já analisados nas unidades didáticas (de 1
a 5) desta disciplina, quando destacamos a trajetória histórica das políticas
sociais em grande parte influenciadas pelas mudanças políticas e econômicas
globais.
Outra referência importante é a compreensão do processo de
formação e estruturação do Estado brasileiro que se apresenta nas relações
políticas, econômicas, sociais e culturais caracterizadas nos diferentes
períodos históricos do Brasil: Colônia (1500 – 1822), Império (1822 – 1889)
e República (de 1889 até hoje).
Introdução
O objetivo desta unidade é conhecer a trajetória das políticas sociais
brasileiras em suas dimensões mais essenciais e no seu processo histórico.
Para tanto, vamos identificar os períodos que se destacam historicamente no
processo político e econômico do Brasil, que influenciam diretamente na
elaboração e implementação das políticas sociais até os anos 30.
Apresentaremos a relação do Estado com a sociedade e a economia pela qual
se definem e estruturam as formas de relação dominantes para a reprodução
da força de trabalho e sobrevivência da população. Também, explicitaremos
Contexto Histórico das Políticas Sociais
Serviço Social
31
as principais ações governamentais e/ou negligências,
na criação das políticas sociais com o propósito de
reconhecer o Estado como principal agente regulador
da área social.
Síntese da unidade
Comentário
Referências
ABEPSS – CEAD – UNB, 1999.
FALEIROS, Vicente de Paula. Natureza e desenvolvimento das políticas
sociais no Brasil. In: Capacitação em Serviço Social, Mod. IV. CFESS.
__________A política social do estado capitalista. São Paulo: Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais 2: edição. São Paulo: Cortez, 2002.
PORTO, Maria Célia da Silva. Cidadania e (“des)proteção social”: uma
inversão do estado brasileiros? In: Serviço Social e Sociedade nº 68. São
Paulo: Cortez, 2001.
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a próxima unidade
Você vai conhecer estudar e compreender o contexto histórico
das políticas sociais brasileiras, no período de 1930 a 1945,
conhecido como Era Vargas, quando o Estado passa a intervir
nas Políticas Sociais como estratégia de solução da crise do
capital.
Meta da unidade
Contextualização histórica das políticas sociais adotadas durante o
governo Vargas (1930-1945), analisando as ações do Estado nos âmbitos
político, econômico e social.
Objetivos
• contextualizar os fatos históricos mais relevantes da Era
Vargas;
• identificar as ações políticas voltadas à criação e
implementação das políticas sociais;
• compreender os reflexos das políticas sociais adotadas nesse
período da República brasileira.
Pré-requisitos
Para melhor compreensão dessa unidade, convidamos você,
acadêmico do Serviço Social, a fazer uma pequena viagem pela história do
Brasil, observando de maneira especial a chamada de Era Vargas, durante a
qual o Presidente Getúlio Vargas governava por longos quinze anos: de 1930
a 1945. Assim fazendo, será mais fácil a identificação e compreensão das
políticas sociais desse período.
Introdução
A Era Vargas é um período da história brasileira que nos chama
muito a atenção pelos fatos, mas principalmente pela imagem construída em
torno da figura carismática de Getúlio Vargas. Em 1930 ele assume o poder
graças a uma revolução que contou com o apoio das Forças Armadas e de
boa parte da população desejosa de transformações sociais e econômicas.
É importante compreendermos as mudanças que perpassam sua
postura política enquanto chefe de governo. Podemos afirmar que ficam
evidenciadas no mínimo duas faces com as seguintes características. Uma
primeira fase é a modernizadora, quando incentivou não só o
desenvolvimento industrial e a dinamização das atividades agrícolas, mas
também uma série de leis trabalhistas que resultaram no Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT); quando instituiu o salário mínimo entre outros
benefícios à classe trabalhadora. A outra fase, a conservadora (Estado Novo)
com caráter autoritário, limitava seriamente a participação dos brasileiros no
Contexto Histórico das Políticas Sociais
Serviço Social
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processo político, impunha a censura e reprimia com dureza seus opositores.
Esse contexto é determinante para o direcionamento das políticas sociais e
de seus reflexos na sociedade da época até nossos dias, quando observamos
avanços e retrocessos, compromissos e negligências na efetivação das
conquistas sociais, que constituem um estado “mínimo de direito” para o
cidadão.
Síntese da unidade
Referências
FALEIROS, V.P.F. A política social do estado capitalista. São Paulo:
Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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a próxima unidade
Você vai conhecer e estudar o contexto histórico das políticas
sociais, no período da República brasileira marcada pelos
governos populistas de 1945 a 1964, quando do golpe militar.
É de suma importância que você, acadêmico do Serviço
Social, faça leituras prévias sobre os fatos históricos mais
relevantes que marcaram cada um dos governos desse período,
pois irão ajudá-lo na identificação e compreensão das políticas
sociais implementadas.
Meta da unidade
Contextualização histórica das políticas sociais dos governos
populistas dentro de uma análise conceitual do fenômeno populismo
associado aos planos econômicos governamentais.
Objetivos
• conceituar populismo;
• identificar as políticas sociais em cada um dos governos do
período em questão;
• compreender os reflexos das políticas sociais dos governos
populistas.
Pré-requisitos
Ter conhecimento dos principais fatos que marcaram a trajetória dos
governos populistas, com o objetivo de facilitar a identificação e
compreensão das políticas sociais adotadas em seus planos de governo.
Introdução
Todo governo populista brasileiro apelou para uma ideologia difusa
de adesão das massas seja ao nacionalismo (Vargas), seja ao
desenvolvimentismo (Kubitschek), seja ao moralismo (Quadros), seja ao
reformismo (Goulart). A compreensão desses conceitos nos ajuda a
identificar os projetos pessoais e políticos dos governos populistas como
também, suas estratégias econômicas.
Comentário
Referências
FALEIROS, V.P.F. A política social do estado capitalista. São Paulo:
Cortez, 2000.
FILHO, C.B. De Getúlio a Juscelino 1945-1961. São Paulo: Ática, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
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a próxima unidade
Analisaremos o contexto histórico das políticas sociais
criadas e implementadas durante a fase militar da República
brasileira (1964-1985), destacando o processo de composição
do poder, as medidas ditatoriais e os momentos de mudanças
que apontam para a redemocratização do nosso país.
Meta da unidade
Contextualização histórica das políticas sociais criadas e
implementadas durante a fase da ditadura militar, de seus reflexos para as
conquistas sociais e dos fatores que determinaram as transformações
políticas para a abertura democrática.
Objetivos
• contextualizar as ações políticas e econômicas propostas
pelos planos dos governos durante a ditadura militar;
• identificar as políticas sociais e seus reflexos nos governos
de caráter tecnocrático e militar;
• compreender o processo que marca o final da fase ditatorial
e o início para da abertura política.
Pré-requisitos
Ter conhecimento dos principais fatos que marcaram a trajetória dos
governos militares com o objetivo de facilitar a identificação e compreensão
das políticas sociais adotadas em seus planos de governo, para tal é
interessante a leitura da bibliografia citada nessa unidade didática.
Introdução
Esta fase da República brasileira corresponde ao período de 1964,
ano do golpe militar, a 1988, ano da promulgação da constituição
democrática. A ditadura se caracterizou por forte censura, ausência de
eleições, controle do Congresso Nacional pelo poder militar, então no
Executivo, e repressão violenta dos opositores, considerados subversivos por
lutarem, de forma armada ou não, pela derrubada do sistema autoritário e
pela sua substituição por um sistema democrático e/ou socialista.
A organização e articulação dos diferentes setores da sociedade para
uma participação política se dá a partir da conjunção das lutas dos operários,
de movimentos dos base, da contribuição de intelectuais e de setores
progressistas da Igreja Católica. A fundação do Partido dos Trabalhadores
(PT), em 1980, torna-se uma das principais formas de enfrentamento da
Síntese da unidade
Comentário
Referências
ABEPSS – CEAD – UNB.1999.
FALEIROS, Vicente de Paula. Natureza e desenvolvimento das políticas
sociais no Brasil. In: Capacitação em Serviço Social, Mod. IV. CFESS.
__________ A política social do estado capitalista. São Paulo: Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
PORTO, Maria Célia da Silva. Cidadania e (“des)proteção social”: uma
inversão do estado brasileiros? In: Serviço Social e Sociedade nº 68. São
Paulo: Cortez. 2001.
Meta da unidade
Contextualização histórica das políticas sociais, criadas e
implementadas durante a fase de transição entre a ditadura militar e a
redemocratização do Brasil.
Objetivos
• identificar os fatos e fatores que determinaram as mudanças
políticas que resultaram na abertura democrática;
• identificar as políticas sociais criadas e implementadas pelos
planos de governos nesse período.
Pré-requisitos
Ter conhecimento dos principais fatos que marcaram o processo de
transição democrática ocorrido no Brasil durante a década de 80, em especial
o contexto da convocação, composição e atuação da Assembléia Constituinte
em 1986.
Introdução
Podemos considerar que a ruptura com o regime militar foi lenta e
gradual, com a anistia de 1979, que possibilitou o perdão dos torturadores e
concedeu direitos políticos e civis aos inimigos internos do regime de
segurança nacional. Em 1982, houve eleições para governadores e, em 1984,
a luta pelas eleições diretas para Presidência da República resultou em
eleições indiretas e convocação de Assembléia Nacional Constituinte, em
1986, com os mesmos congressistas eleitos para a legislatura normal.
Importante marco desse período, denominado de “Transição Democrática”
ou “Nova República” é uma reorganização institucional e uma concepção de
proteção social, na qual tanto os direitos sociais quanto as políticas de tutela
desses direitos recebem atenção especial. Pela primeira vez na história
política do país, temos a inclusão da assistência social (com sua proposta de
“mínimos sociais”), em uma constituição federal, e um Sistema de
Seguridade Social e de direito de cidadania.
Síntese da unidade
Comentário
Referências
ABEPSS – CEAD – UNB.1999.
FALEIROS, Vicente de Paula. Natureza e desenvolvimento das políticas
sociais no Brasil. In: Capacitação em Serviço Social, Mod. IV. CFESS.
__________ A política social do estado capitalista. São Paulo: Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Informações sobre
a próxima unidade
Meta da unidade
Contextualização histórica das políticas sociais criadas na
Constituição Federal de 1988.
Objetivos
• identificar os fatos e fatores que determinaram as mudanças
políticas que resultaram na abertura democrática;
• identificar as políticas sociais criadas e implementadas pelos
planos de governo nesse período;
Pré-requisitos
Ter conhecimento dos principais fatos que marcaram o processo de
transição democrática ocorrido no Brasil durante a década de 80, em
especial, do contexto da promulgação da Constituição Federal de 1988, com
o objetivo de facilitar a identificação e compreensão das políticas sociais
adotadas para atender às demandas da questão social.
Introdução
Na década de 1980 a 1990, ocorreram significativos avanços
políticos e sociais no sentido de uma redemocratização, marcada pela
promulgação da Constituição Federal de 1988. Houve manifestações
populares como a campanha pelas “Diretas já”, que revelou um
descontentamento social de diversos setores da sociedade como partidos
políticos, igreja, entidades científicas, imprensa, empresariado,
universidades, sindicatos e outros. Todos reivindicavam uma mudança de
rumo para um país que havia mergulhado em uma das maiores crises de sua
história, que se refletia nas elevadas taxas de inflação, no assombroso
endividamento externo e no déficit público que comprometeu o plano
econômico do governo Sarney. A frustração dos brasileiros pela não
aprovação das eleições diretas foi, de certa forma, amenizada pela
convocação de uma constituinte.
Instalada em 1º de fevereiro de 1987, a Assembléia Constituinte
compunha-se dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Não foi uma Assembléia Constituinte exclusiva. Funcionou juntamente com
o Congresso Nacional , sendo, por isso, chamada também de Congresso
Constituinte. Depois de 20 meses de trabalho, debates e discussões com a
Contexto Histórico das Políticas Sociais
Serviço Social
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sociedade, a Assembléia Nacional Constituinte promulgou a nova Carta
Magna do país.
Síntese da unidade
Comentário
Referências
ABEPSS – CEAD – UNB.1999.
FALEIROS, Vicente de Paula. Natureza e desenvolvimento das políticas
sociais no Brasil. In: Capacitação em Serviço Social, Mod. IV. CFESS.
__________ A política social do estado capitalista. São Paulo: Cortez, 2000.
MAIA, Milka Costa ANJOS, Carla Batista Grassi. Assistente Social: a
serviço da cidadania. (Col.).Goiania: CRESS 19ª Região. 2004.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Informações sobre
a próxima unidade
Conheceremos o contexto das políticas sociais públicas
no Brasil, identificando as diretrizes apontadas pelos governos
da década de 90, marcadas por medidas chamadas contra-
reformistas com ideário neoliberal que aponta para um novo
cenário onde não cabe mais a presença excessiva do Estado.
Meta da unidade
Contextualização histórica do processo de descentralização das
políticas sociais no Brasil, nos governos de Collor de Melo e Itamar Franco,
inspirado em uma ideologia neoliberal.
Objetivos
• compreender os fatores internos e externos determinantes
para a implementação das políticas sociais no Brasil;
• identificar as principais políticas sociais adotadas neste
período da República brasileira.
Pré-requisitos
Ter conhecimento sobre os fatos históricos que marcaram as
transições dos governos, como, também, os fatores externos que acabaram
por interferirem nas concepções ideológicas e ações políticas que definiram
as prioridades na adoção das políticas sociais.
Introdução
Diante da intensificação mundial do processo de globalização da
economia e da guinada para a direita das políticas sociais, também o Brasil
tornou-se campo fértil para a disseminação da ideologia neoliberal. A
fortalecer essa ideologia estavam não só mudanças tecnológicas – que
alteraram significativamente o modelo de produção e de regulação social
prevalecente – e a debilidade estrutural do paradigma
keynesiano/beveridgiano/fordista de produção e reprodução social, mas
também a derrocada do socialismo real e o enfraquecimento dos partidos e
das organizações de esquerda.
Síntese da unidade
Referências
FALEIROS, V.P.F. A política social do estado capitalista. São Paulo:
Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais, 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Informações sobre
a próxima unidade
Conheceremos o contexto das políticas sociais públicas no
Brasil, identificando as diretrizes apontadas pelo governo de
FHC nos seus dois mandatos com ideário neoliberal que
aponta para um novo cenário em que se observa uma redução
do Estado na construção do modelo de proteção social.
Meta da unidade
Contextualização histórica do processo de descentralização das
políticas sociais no Brasil no período marcado pelos dois mandatos de
governo de FHC, compreendendo a ideologia neoliberal como diretriz na
concepção do modelo de proteção social.
Objetivos
• caracterizar o modelo de Estado desenvolvido durante o
governo de FHC e seus reflexos no atendimento as
demandas sociais;
• identificar as medidas políticas , econômicas e sociais que
marcaram o governo de FHC.
Pré-requisitos
Conhecer as concepções de neoliberalismo, de proteção social, de
mínimos sociais e as referências a fatos históricos que marcaram esta fase da
República brasileira. Para tal se faz necessária a leitura de Pereira e Faleiros,
indicados nas referências desta unidade didática.
Introdução
Ao final do governo Itamar Franco, foi eleito presidente da
República, para o período de 1994-1998, Fernando Henrique Cardoso
(FHC), o qual teve como principal bandeira de sua campanha política a
continuidade da estabilidade macroeconômica e reformas na Constituição
Federal vigente e a consolidação da democracia. Para tanto, preservou e deu
novo impulso ao reformismo liberal, mas sem abrir mão do seu principal
símbolo de prestígio e de poder hegemônico, adquirido antes mesmo de sua
eleição: a estabilização da moeda.
Comentário
Referências
FALEIROS, V.P.F. A política social do estado capitalista. São Paulo:
Cortez, 2000.
PEREIRA, P.A.P. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos
sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
Informações sobre
a próxima unidade
Conheceremoas o contexto das políticas sociais públicas no
Brasil e como se apresenta a construção do modelo de
proteção social na sociedade moderna.
Meta da unidade
Contextualização da constituição das políticas de proteção social da
sociedade no mundo moderno, atual e globalizado.
Objetivos
• contextualizar a valorização das redes de cooperação
microterritoriais e do associativismo;
• apresentar a matriz da Política Social Contemporânea;
Pré-requisitos
Para bem acompanhar e melhor aproveitar esta parte do seu material,
você deverá ter um bom entendimento das unidades didáticas iniciais deste
Caderno de Conteúdos e Atividades, pois elas fornecerão o contexto
histórico e a fundamentação teórica para esta unidade que trata das políticas
sociais na modernidade.
Introdução
Vivemos em uma época em que os desenhos sociais estão
fortemente atrelados aos movimentos econômicos, que por sua vez ditam as
inter-relações entre as mais diversas instituições e nações, configurando um
mapa de alianças que se sobrepõe ao mapa histórico e geográfico do planeta.
No Brasil, a reabertura democrática, após o período de ditadura
militar, descortina lentamente um cenário de muitas demandas sociais até
então não atendidas pelas políticas sociais.
O cenário histórico, econômico e social aponta para a
emergência de um novo modelo de políticas sociais, com um
forte teor de participação pública em seu planejamento.
2. Competitividade e individualismo:
Outra tendência que caracteriza fortemente as políticas sociais
contemporâneas é a do aumento, na sociedade atual, do individualismo,
destacadamente na busca de formação profissional e de espaço no mercado
de trabalho. Isso se reflete no fortalecimento de valores como o
empreendedorismo, a fragmentação e o corporativismo. Essa tendência
acompanha o mercado no que tange à maior competitividade entre as
organizações.
Comentário
Referências
CARVALHO, M.C.B. A reemergência das solidariedades microterritoriais
na formatação da política social contemporânea. São Paulo em Perspectiva,
São Paulo, ano 4, n°11, p. 16 a 21, dez. 1997.
DEMO, P. Política Social e cidadania. Campinas/SP: Papirus, 2000.
NEUMANN, L.T.V. e NEUMANN, R.A. Desenvolvimento comunitário
baseado em talentos e recursos locais - ABCD. São Paulo: Global, 2004.
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a próxima unidade
Conheceremos um pouco mais acerca das políticas
sociais brasileiras.
Meta da unidade
Conhecimento da evolução histórica da previdência social até o
conceito atual de seguridade social.
Objetivos
• conhecer as bases de criação e funcionamento da
previdência social no mundo e no Brasil com base nos
modelos de governo;
• conhecer a política de assistência social adotada pelo Brasil
por meio da Constituição Federal.
Pré-requisitos
Entendimento dos temas anteriormente estudados neste Caderno de
Conteúdos e Atividades, principalmente da unidade didática anterior.
Introdução
A gênese e a expansão da seguridade social no Brasil e no mundo,
no âmbito do sistema capitalista, está intimamente relacionada com a relação
estabelecida entre o capital e o trabalho. O exame da política econômica e da
política social deve estar fundamentado no desenvolvimento contraditório da
história. Em nível lógico, tal exame mostra as vinculações
dessas políticas com a acumulação capitalista. Em nível
histórico, consiste em respostas às necessidades sociais,
satisfazendo-as ou não. Portanto, a previdência social,
como uma das políticas da seguridade social, é expressão
das suas bases sociais e produtivas e surge para o
atendimento das demandas da sociedade.
Referências
BRASIL. Previdência Social. Disponível em <http://www.inss.gov.br>.
Acesso em 05 de outubro de 2006.
DEMO, P. Política Social e cidadania. Campinas/SP: Papirus, 2000.
LOAS: lei orgânica da assistência social: legislação suplementar / Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; revisão do texto, Conselho
Nacional de Assistência Social – SNAS ... [et al.]. – 5. ed. – Brasília/DF:
MDS, 2004.
Informações sobre
a próxima unidade
No unidade didática 16, concluindo os estudos desta
disciplina você vai estudar um pouco mais profundamente as
políticas sociais, privilegiando-se os fundamentos sobre os
quais elas devem pautar-se, desde o momento de sua
formulação até sua regulação.
Meta da unidade
Visão detalhada da função dos conselhos de políticas públicas, bem
como dos princípios que os regem.
Objetivos
• compreender o caráter, as características e a importância dos
conselhos de políticas públicas para efetivação dos direitos
sociais;
• compreender o perfil do Assistente Social, no desempenho
de papel propositivo das políticas públicas.
Pré-requisitos
Compreensão dos temas anteriores, pois todos os aspectos tratados
neste Caderno de Conteúdos e Atividades permeiam o cotidiano dos
conselhos de políticas públicas.
Introdução
Esta unidade didática apresentará ferramentas úteis para a formação
do Assistente Social, principalmente, no que tange às políticas públicas, pelo
caráter inovador e participativo que desempenham os conselhos de políticas
públicas, representando a sociedade civil tanto na formulação como na
gestão das políticas públicas. Esses conselhos possuem natureza paritária,
deliberativa e são o principal caminho, mediante o qual a comunidade exerce
o controle social das decisões e ações públicas. Consideramos que o grande
salto qualitativo da assistência social diz respeito à existência desses
organismos fundamentais para a concretização dos direitos sociais, com seu
poder de fiscalização e de acompanhamento do atendimento às demandas
sociais pela sociedade civil. Também, será destacado o perfil do Assistente
Social para sua atuação no bojo das políticas sociais públicas.
Estudar a realidade
A pesquisa e o conhecimento da realidade são sem dúvida elementos
que acompanham indissociavelmente o exercício profissional do Assistente
Social, na organização e no desenvolvimento de suas intervenções.
Comentário
Referências
BRASIL. Ministério da Justiça. Disponível em http://www.mj.gov.br, acesso
em 05 de outubro de 2006.
DEMO, P. Política Social e cidadania. Campinas/SP: Papirus, 2000.
LOAS: lei orgânica da assistência social: legislação suplementar / Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; revisão do texto, Conselho
Nacional de Assistência Social – SNAS ... [et al.]. – 5. ed. – Brasília/DF:
MDS, 2004.