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Grupal
Grau de
Principais elementos na configuração do setting grupal: ansiedade em
que o grupo
• Se o grupo é homogêneo trabalha
• Não se trata de um espelho frio: valoriza que se mantenha um intercâmbio afetivo com seus
pacientes, desde que fique bem claro que não pode haver um comprometimento no enquadre
grupal (assimetria).
• Risco de tomar partido por algum dos participantes (comum com terapia de casais) – possível
identificação com algum membro (introjeção) ou identificar os outros com personagens de seu
próprio mundo interno (projeção).
Regra da Abstinência
• “Todo acting sempre resulta como uma forma de ‘agir’ tudo aquilo que não foi
compreendido, nem lembrado, pensado e verbalizado”.
Função “continente” do setting
O
desenvolvimento
“Rêverie” do grupo segue
conforme Bion as mesmas etapas
ou “Holding” evolutivas de
conforme todo ser humano
Winnicott.
(desintegração &
integração)
Função “continente” do setting
A sessão prossegue neste diapasão até o seu final, com o grupoterapeuta sentindo-se
“perdido em meio a um caos, com assuntos tão diferentes, sendo que nenhum deles tinha
relação com os outros”.
Comentários
De fato, não é difícil perceber que há uma clara ressonância entre o que se passava no nível pré-
consciente de todos eles. Álvaro abre a sessão atacando (indiretamente) o terapeuta e se dizendo
desesperançado (com o mesmo). Berta reforça o protesto, aludindo à falta de cuidados protetores
do terapeuta contra “a luz demasiado forte” (os fatos precedentes a essa sessão, e que o grupo
está considerando como fortes demais). Célia, como que seguindo um mesmo fluxo associativo,
mostra um receio de que o grupoterapeuta (o psiquiatra de seu relato) seja frágil, que não
aguente a carga agressiva, e que se “suicide” (morra junto com a morte do grupo). Álvaro,
quando associa que a sua mulher repudia suas tentativas de aproximação, está reiterando a sua
mensagem de que o grupo tenta uma aproximação com o terapeuta, porém sente um repúdio
deste (é como eles estão significando o reajuste).
A ressonância prossegue e atinge o seu clímax com o protesto indignado de Ernesto, que
complementa o dos demais, em relação à pessoa do terapeuta, com quem estão revivendo —
transferencialmente (e contratransferencialmente) — as antigas e profundas queixas de cada um
deles, diante de um pai ou mãe que, ao mesmo tempo que os cuidou e amou (como no relato de
Dina), também os maltratou e abandonou.
Referência
Zimerman, D. (2000). Enquadre (setting) grupal. In D. Zimerman,
Fundamentos básicos das grupoterapias (pp. 144-151). Porto Alegre, RS:
Artmed.