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Módulo 02 - MHA - Revisão de Equação de Bernoulli
Módulo 02 - MHA - Revisão de Equação de Bernoulli
Equação de Bernoulli
29/04/2023 vinicius.simionatto@puc-campinas.edu.br 2
Volume de Controle Diferencial
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Volume de Controle Diferencial
Iremos aplicar o princípio da conservação
da quantidade de movimento e o princípio
da conservação da massa. Faremos isso
pois estamos considerando:
Adicionalmente:
4) O fluido é incompressível.
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Volume de Controle Diferencial
Aplicaremos então o princípio da conservação da quantidade de
movimento para volumes de controle em repouso, ao longo da
𝑟 + 𝑑𝑟 linha de fluxo central S:
=0
𝑟 𝜕
Ԧ
∑𝐹𝐶𝑠 + ∑𝐹𝑆𝑠 = න 𝑉𝜌 𝑑∀ + න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑 𝐴)
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑃
VC em regime
∑𝐹𝐶𝑠 = −𝑃 sin 𝜃 = −𝑚𝑔 sin 𝜃 = −𝜌 𝑑∀ 𝑔 sin 𝜃 Apenas Volume Diferencial Volume do tronco de cone
𝜋 𝑑𝑠 2 𝜋ℎ 2
∑𝐹𝐶𝑠 = −𝜌 𝐴 𝑑𝑠 𝑔 sin 𝜃 𝑑∀ = 𝑟 + 𝑟 + 𝑑𝑟 2 + 𝑟 𝑟 + 𝑑𝑟 𝑉= 𝑟1 + 𝑟22 + 𝑟1 𝑟2
3 3
𝜋 𝑑𝑠
𝑑𝑧 𝑑∀ = 3𝑟 2 + 3𝑟𝑑𝑟 + 𝑑𝑟 2
∑𝐹𝐶𝑠 = −𝜌 𝐴 𝑑𝑠 𝑔 3
𝑑𝑠
𝑑∀ = 𝜋 𝑑𝑠 𝑟 2 = 𝐴 𝑑𝑠
∑𝐹𝐶𝑠 = −𝜌𝐴𝑔 𝑑𝑧
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Volume de Controle Diferencial
Aplicaremos então o princípio da conservação da quantidade de
movimento para volumes de controle em repouso, ao longo da
𝑟 + 𝑑𝑟 linha de fluxo central S:
=0
𝑟 𝜕
Ԧ
∑𝐹𝐶𝑠 + ∑𝐹𝑆𝑠 = න 𝑉𝜌 𝑑∀ + න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑 𝐴)
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑃
VC em regime
∑𝐹𝑆𝑠 = −𝑑𝑝. 𝐴
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Volume de Controle Diferencial
Aplicaremos então o princípio da conservação da quantidade de
movimento para volumes de controle em repouso, ao longo da
𝑟 + 𝑑𝑟 linha de fluxo central S:
=0
𝑟 𝜕
Ԧ
∑𝐹𝐶𝑠 + ∑𝐹𝑆𝑠 = න 𝑉𝜌 𝑑∀ + න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑 𝐴)
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑃
VC em regime
𝜕
Ԧ = 𝑉𝜌 −𝑉𝐴 + 𝑉 + 𝑑𝑉 𝜌 𝑉 + 𝑑𝑉 𝐴 + 𝑑𝐴
න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑𝐴) න 𝜌𝑑∀ + න 𝜌𝑉 ∙ 𝑑𝐴Ԧ = 0
𝑆𝐶 𝜕𝑡 𝑉𝐶
= 0 𝑆𝐶
Ԧ = 𝑉𝜌 −𝑉𝐴 + 𝑉 + 𝑑𝑉 𝜌𝑉𝐴
න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑𝐴) −𝜌𝑉𝐴 + 𝜌 𝑉 + 𝑑𝑉 𝐴 + 𝑑𝐴 = 0
𝑆𝐶
Ԧ = 𝜌𝑉𝐴 𝑉 + 𝑑𝑉 − 𝑉 = 𝜌𝑉𝐴 𝑑𝑉
න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑𝐴) ∴ 𝜌 𝑉 + 𝑑𝑉 𝐴 + 𝑑𝐴 = 𝜌𝑉𝐴
𝑆𝐶
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Volume de Controle Diferencial
Aplicaremos então o princípio da conservação da quantidade de
movimento para volumes de controle em repouso, ao longo da
𝑟 + 𝑑𝑟 linha de fluxo central S:
=0
𝑟 𝜕
Ԧ
∑𝐹𝐶𝑠 + ∑𝐹𝑆𝑠 = න 𝑉𝜌 𝑑∀ + න 𝑉𝜌(𝑉 ∙ 𝑑 𝐴)
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶
𝑃
VC em regime
𝑑𝑝
𝑔. 𝑑𝑧 + + 𝑉. 𝑑𝑉 = 0
𝜌
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Volume de Controle Diferencial
𝑟 + 𝑑𝑟
𝑑𝑝
𝑔. 𝑑𝑧 + + 𝑉. 𝑑𝑉 = 0
𝜌
𝑟
Basta agora realizarmos a integral desta equação para obter:
𝑃 1
𝑔 න𝑑𝑧 + න𝑑𝑝 + න𝑉. 𝑑𝑉 = න0 𝑑𝑠
𝜌
𝑝 𝑉2
Equação de Bernoulli: ∴ 𝑔𝑧 + + = 𝐾 (constante)
𝜌 2
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Considerações
• A Eq. de Bernoulli só pode ser utilizada se as quatro condições abaixo
forem satisfeitas dentro de limites razoáveis de precisão:
• S – Fluxo ao longo de uma linha de fluxo (Streamline)
• A – Sem Atrito (ou atrito desprezível)
• I – Fluxo Incompressível
• R – Fluxo em Regime permanente
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Conservação de Energia
• A eq. de Bernoulli também pode ser interpretada como um balanço
de energia aplicado em um elemento diferencial do fluido:
𝑉𝑖2
Energia Cinética: 𝐸𝑐 = 𝑑𝑚.
2
𝑑𝑚
𝑑𝑚 Energia Potencial
Δ𝑧 𝐸𝑔 = 𝑑𝑚. 𝑔. 𝑧𝑖
Gravitacional:
1
2 Energia Potencial 𝑑𝑚
A energia mecânica deve se conservar 𝐸𝑝 = 𝑝𝑖 . 𝑑∀ = 𝑝𝑖 .
da Pressão: 𝜌
entre 1 e 2. Portanto:
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Conservação de Energia
Reorganizando a equação podemos encontrar:
𝑝1 𝑣12 𝐸 𝑝2 𝑣22
+ + 𝑔𝑧1 = = + + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝑑𝑚 𝜌 2
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Formas da Equação de Bernoulli
• A forma que deduzimos por enquanto é:
𝑝 𝑣2 𝐸
+ + 𝑔𝑧 = 𝐾 =
𝜌 2 𝑑𝑚
• A grandeza 𝐾 (que normalmente não calculamos) é dada em energia
por unidade de massa (J/kg). Por isso é chamada de Forma de
Energia (Energy Form) da Equação de Bernoulli
• 𝑝/𝜌 = “Energia” de Pressão
• 𝑣 2 /2 = “Energia” cinética
• 𝑔𝑧 = “Energia” potencial gravitacional
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Formas da Equação de Bernoulli
• Dividindo ambos os lados pela aceleração da gravidade teremos:
𝑝 𝑣2 𝐾
+ + 𝑧 = = 𝐾′
𝜌𝑔 2𝑔 𝑔
• A grandeza 𝐾′ é dada em unidade de comprimento (metros), e representa
um equilíbrio de alturas de coluna de líquido. Por isso esta forma se chama
Forma de Altura Hidráulica (Head Form) da Equação de Bernoulli.
• 𝑝/𝜌𝑔 = Altura Hidráulica de Pressão
• 𝑣 2 /2𝑔 = Altura Hidráulica Cinética
• 𝑧 = Altura (Hidráulica) de Desnível
• 𝛾 = 𝜌𝑔 = Peso específico do fluido
• 𝐾′ = Altura Hidráulica
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Formas da Equação de Bernoulli
• Multiplicando a Forma de Energia pela densidade, podemos obter:
𝑣2
𝑝 + 𝜌 + 𝜌𝑔𝑧 = 𝜌𝐾 = 𝐾′′
2
• A grandeza 𝐾′′ é dado em unidades de pressão. Por isso, esta forma é
chamada de Forma de Pressão (Pressure Form) da Equação de
Bernoulli. Portanto, temos:
• 𝑝 = Pressão Estática
• 𝜌𝑣 2 /2 = Pressão Cinética
• 𝜌𝑔𝑧 = Pressão Hidrostática
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Pressão de Estagnação
• A pressão que utilizamos na Eq. de Bernoulli é uma pressão estática,
pois é a pressão aplicada no fluido como um todo.
• A pressão de um fluido não varia perpendicularmente às linhas de
fluxo. Se houvesse variação neste sentido, as linhas de fluxo se
alterariam. Por isso a pressão estática pode ser medida
perpendicularmente a um feixe de linhas de fluxo retas.
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Pressão de Estagnação
• A pressão de estagnação é a pressão obtida ao se desacelerar um
fluido até o repouso através de um processo sem atrito. Se o fluxo for
incompressível e sem variação de altura, podemos utilizar:
𝑝 𝑉2
+ = constante 𝑝, 𝑉 𝑝0 , 𝑉0 = 0
𝜌 2
• Desta forma teríamos:
𝑝 𝑉 2 𝑝0 𝑉02 1 0
+ = + V=0
𝜌 2 𝜌 2 1 2
Assim: 𝑝0 = 𝑝 + 𝜌𝑉
2
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Pressão de Estagnação
• A pressão de estagnação para fluxo incompressível é dada por:
1 2
𝑝0 = 𝑝 + 𝜌𝑉
2
1
• O termo de pressão 𝜌𝑉 2 é chamado de pressão dinâmica e só se
2
torna de fato uma pressão quando se força a parada do fluido.
• Sabendo as pressões estática e de estagnação é possível estimar a
velocidade do fluxo através da fórmula:
2 𝑝0 − 𝑝
𝑉=
𝜌
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Tubo de Pitot
• É um sensor de pressão de estagnação.
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Exemplo 1
Um tubo de Pitot é inserido em um fluxo de
ar (nas CNTP) para a medição da velocidade
do fluxo. O tubo é inserido de forma a
apontar diretamente para o fluxo, e a
pressão que ele sente é a pressão de
estagnação. A pressão estática é medida no
mesmo local, no fluido, usando um orifício
na parede do tubo. Se a diferença de
pressão medida é de 30 mmHg, determine a
velocidade do fluxo.
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Exemplo 3
Água flui através de um bocal horizontal sendo descarregada na
atmosfera. Na entrada do bocal o diâmetro é D1 e em sua saída é D2.
Desenvolva uma expressão para a mínima pressão de entrada
(manométrica) no bocal capaz de produzir uma vazão volumétrica Q.
Depois utilize a sua expressão para D1 = 76,2 mm, D2 = 25,4 mm e Q =
0,0198 m³/s.
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Obrigado
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