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Máquinas Hidráulicas A

Perda de Carga em Tubulações

Prof. Dr. Vinícius G. S. Simionatto


FEM – Escola Politécnica
vinicius.simionatto@puc-campinas.edu.br
Introdução
• Quando há fluxo laminar (Re ≤ 2300) é possível calcular a queda de
pressão entre dois pontos de uma tubulação devido à presença de
viscosidade em um fluido incompressível. Portanto, é possível calcular a
perda de carga em uma sessão de tubo analiticamente.
• Já quando há fluxo turbulento (Re > 2300) estes cálculos deixam de
representar a realidade. Contudo, com base em análise dimensional e
resultados empíricos, é possível calcular a perda de carga de um elemento
em uma tubulação através de um fator experimental 𝑓, chamado de fator
de atrito.
• Iremos ver esta teoria resumidamente para relembrar como calcular a
perda de carga de uma tubulação, e portanto a energia necessária para
realizar bombeamento.
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Número de Reynolds
• O Número de Reynolds é dado por:
• 𝜌 – Densidade do fluido [kg/m³]
𝜌𝑉𝐷 • 𝑉 – Velocidade do fluido [m/s]
𝑅𝑒 = • 𝐷 – Diâmetro da tubulação [m]
𝜇 • 𝜇 – Viscosidade do fluido [Pa.s]

• Ele é utilizado, em condutos fechados, para determinar o tipo de


escoamento.
• Re<2300 : Fluxo laminar
• Re>2300 : Fluxo turbulento

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Fluxo Laminar Hipóteses:
• Fluxo Laminar
• Em Regime
𝑝(𝑥) • Totalmente desenvolvido
𝑑𝑝 𝑝2 − 𝑝1 • Incompressível
= • Tubo cilíndrico
𝑝1 𝑑𝑥 Δ𝑥 𝑝2
Δ𝑥
𝑟 𝑟=𝑅
𝑉=0
𝑉=0
𝑑𝑝 𝑟 𝑑𝑝 1
𝜏𝑟𝑥 = 𝑢(𝑟) = 𝑟 2 − 𝑅2
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 4𝜇
𝑟=0
𝑑𝑝 𝑅2
𝑉 = 𝑢𝑚𝑎𝑥 =−
𝑑𝑥 4𝜇
𝑉=0

𝑉=0
𝑥
𝑑𝑝 𝑅2
𝑉ത = −
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Fluxo Turbulento
• Re > 2300
• O fluxo está sujeito às tensões de Reynolds
𝑑 𝑢ത
𝜏 = 𝜏𝐿 + 𝜏 𝑇 = 𝜇 − 𝜌𝑢′ 𝑣′
𝑑𝑟
• Análise de fluxo laminar não traz resultados condizentes com a realidade.
• Perfil de Velocidades Estimado:
1 1
𝑢ത 𝑦 𝑛 𝑟 𝑛
= = 1−
𝑈 𝑅 𝑅
𝜌𝑈𝐷
𝑛 = −1,7 + 1,8 log10 𝑅𝑒𝑈 | 𝑅𝑒𝑈 = > 20000
𝜇

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Perda de Carga
• Perda de carga:
𝑝1 𝑉ത12 𝑝2 𝑉ത22
ℎ𝑙𝑇 = + 𝛼1 + 𝑔𝑧1 − + 𝛼2 + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝜌 2
ou
ℎ𝑙𝑇 𝑝1 𝑉ത12 𝑝2 𝑉ത22
𝐻𝑙𝑇 = = + 𝛼1 + 𝑧1 − + 𝛼2 + 𝑧2
𝑔 𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔

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Relação entre Perda de Carga e Equação
de Bernoulli
• Observe abaixo aplicações da Eq. da Perda de Carga e da Eq. de
Bernoulli:
𝑝1 𝑉ത12 𝑝2 𝑉ത22 Mas e o
ℎ𝑙𝑇 = + 𝛼1 + 𝑔𝑧1 − + 𝛼2 + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝜌 2 alpha?
X
𝑝1 𝑉12 𝑝2 𝑉22
0= + + 𝑔𝑧1 − + + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝜌 2
• A similaridade entre estas duas equações pode levar o aluno ao
engano!
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Relação entre Perda de Carga e Equação
de Bernoulli
• A equação de Bernoulli é calculada para uma linha de fluxo em
particular. Lembre-se das principais hipóteses:
• S – Em uma linha de fluxo (Streamline)
• A – Atrito desprezível
• I – Fluido incompressível
• R – Fluxo em regime permanente
• Já a equação da perda de carga é uma integral da equação de
Bernoulli no volume da tubulação, na qual o atrito não é desprezível.
A pressão estática e o nível são constantes para uma seção da
tubulação (por isso saem facilmente das integrais), mas o termo de
velocidade resulta em uma integral complicada

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Relação entre Perda de Carga e Equação
de Bernoulli
• Por isso ela sofre uma aproximação:

1 𝑉2 𝑉ത 2
න 𝜌 𝑉 ⋅ 𝑑 𝐴Ԧ = 𝛼
𝑚ሶ 𝑆𝐶 2 2
• 𝑉 é a velocidade de um ponto do fluido (que varia no perfil)
• 𝑉ത é a velocidade média do fluido ao longo do perfil
• 𝛼 é um coeficiente de correção para que a energia cinética do fluido
por unidade de massa possa ser calculada a partir da velocidade
média, e não da pontual.

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Relação entre Perda de Carga e Equação
de Bernoulli
• Considerações sobre 𝛼:
• Para fluxo laminar: analisando a expressão para o perfil de velocidade (que
para o caso laminar é conhecido), pode-se calcular a integral do slide anterior
e se chega a 𝛼 = 2.
• Para fluxo turbulento: adotando o modelo da lei de potência utilizado
anteriormente, pode-se calcular:
3
𝑈 2𝑛2
𝛼=
𝑉ത (3 + 𝑛)(3 + 2𝑛)
• Contudo, este número é sempre muito próximo da unidade (𝛼 ≈ 1), e esta
aproximação normalmente será usada, a menos que se especifique o
contrário!

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Perda de Carga por Atrito
Fluxo Laminar
Δ𝑝 𝑝1 − 𝑝2 8𝜇𝑉ത 𝑝1 𝑝2
= = 2
Δ𝐿 𝐿 𝑅 𝐿
𝐷 𝑢(𝑟)
𝑉ത

𝜇𝑉𝐿
∴ 𝑝1 − 𝑝2 = 32 2
𝐷
Perda de Carga:
𝑝1 𝑝2
ℎ𝑙𝑇 = + 𝑉ത1 + 𝑔𝑧1 −
2
+ 𝑉ത22 + 𝑔𝑧2
𝜌 𝜌
1 ത
𝜇𝑉𝐿 𝜇 𝑉ത 2 𝐿 64 𝐿 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑇 = 𝑝1 − 𝑝2 = 32 2 = 32 =
𝜌 𝜌𝐷 ത
𝜌𝑉𝐷. 𝐷 𝑅𝑒 𝐷 2
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Perda de Carga por Atrito
Fluxo Turbulento
• Diferente do fluxo laminar, as fórmulas para o fluxo turbulento não
são possíveis de obter analiticamente. Porém, podemos utilizar
análise dimensional.
• Sabemos que a queda de pressão em uma tubulação Δ𝑝 = 𝑝1 − 𝑝2 é
uma função dos seguintes parâmetros:
ത 𝐿, 𝐷, 𝜇, 𝜌, 𝑒)
Δ𝑝 = 𝑓(𝑉,
sendo 𝑒 a rugosidade da superfície interna da tubulação dada em
metros.
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Perda de Carga por Atrito
Fluxo Turbulento
• Desta forma, podemos fazer a análise dimensional utilizando os
parâmetros 𝜌, 𝑉ത e 𝐷 como parâmetros de repetição e chegaremos
aos grupos adimensionais:
Δ𝑝 𝐿 𝜇 𝑒
Π1 = , Π2 = , Π3 = e Π4 =
𝜌𝑉ത 2 𝐷 ത
𝜌𝑉𝐷 𝐷
• Assim estabelece-se a relação funcional:
Δ𝑝 𝐿 𝑒 ℎ𝑙𝑇
= 𝜙 𝑅𝑒, , = 2
𝜌𝑉ത 2 𝐷 𝐷 𝑉ത

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Perda de Carga por Atrito
• Sabe-se que a perda de carga é proporcional ao comprimento do
tubo. Assim pode-se reorganizar a equação encontrada na seguinte
forma:
ℎ𝑙𝑇 𝐿 ′ 𝑒
= 𝜙 𝑅𝑒,
1 ത2 𝐷 𝐷
𝑉
2
𝑒
• A função 𝜙′ 𝑅𝑒, é definida como um fator de atrito 𝑓, assim
𝐷
temos:
𝐿 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑇 =𝑓
𝐷 2
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Perda de Carga por Atrito
Conclusões
• Fluxo Laminar
64 𝐿 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑇 =
𝑅𝑒 𝐷 2
• Fluxo Turbulento
𝐿 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑇 = 𝑓
𝐷 2
• Basta saber a forma da função do fator de atrito para determinar a
perda de carga. Esta função é dada em um diagrama chamado
Diagrama de Moody.
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Diagrama de Moody

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Perdas de Carga Concentradas
• Além da perda de carga por atrito, podemos ter perdas de carga
concentradas na tubulação devido à presença de junções, cotovelos,
entradas e saídas. Há duas formas de calcular estas perdas de carga:
• Coeficiente experimental 𝐾:
𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑚 =𝐾
2
• Comprimento equivalente 𝐿𝑒𝑞 :
𝐿𝑒𝑞 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑚 =𝑓
𝐷 2

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Perdas de Carga Concentradas
Entradas 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑚 =𝐾
2

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Perdas de Carga Concentradas
Saídas
• Quando a descarga é feita em um tanque grande, toda a energia
cinética se dissipa por meio da mistura do fluído de saída com o fluido
do tanque.
• Uma saída corresponde a uma expansão abrupta no tanque com
razão de áreas nula. (Veremos na sessão seguinte).
• Neste caso, a perda de carga é dada por:
𝛼 𝑉ത 2 𝑉ത 2
ℎ𝑙𝑚 = =𝐾 ∴ 𝛼=𝐾
2 2
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Perdas de Carga Concentradas
Expansões e Contrações Vale notar que o
coeficiente de
contração é baseado
Neste caso a expansão e a
na velocidade 𝑉ത2
contração são abruptas.
enquanto que o de
expansão é baseado
na velocidade 𝑉ത1 .

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Perdas de Carga Concentradas
Contrações – Bocais (bicos, contrações)
• Ou se pode usar dados tabelados:
2
𝑉ത2
ℎ𝑙𝑚 =𝐾
2

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Perdas de Carga Concentradas
Expansões e Contrações – Difusores
• Para difusores pode-se calcular o coeficiente de recuperação de
pressão (𝐶𝑝 ).
𝑝2 − 𝑝1
𝐶𝑝 = 𝑉ത1 , 𝑝1 𝑉ത2 , 𝑝2
1 ത2
𝜌𝑉1
2

• Este 𝐶𝑝 pode ser obtido experimentalmente e leva em conta perdas


por atrito.

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Perdas de Carga Concentradas
• Caso não houvesse perdas por atrito, teríamos:

𝑝1 𝑉12 𝑝2 𝑉22
+ = + 𝑉ത1 , 𝑝1 𝑉ത2 , 𝑝2
𝜌 2 𝜌 2
Portanto:
𝑝2 − 𝑝1 𝑉22 𝐴12
2 = 1 − 2 = 1 − 2 ≔ 𝐶𝑝𝑖
𝜌𝑉1 𝑉1 𝐴2
2

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Perdas de Carga Concentradas
• Em casos práticos, para 𝛼 = 1, zero elevação e com atrito, podemos
aplicar a equação da perda de carga para calcular o 𝐾:
𝑝1 𝛼1 𝑉ത12 𝑝2 𝛼2 𝑉ത22
ℎ𝑙𝑚 = + + 𝑔𝑧1 − + + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝜌 2
𝑝1 − 𝑝2 1 2
ℎ𝑙𝑚 = + 𝑉ത1 − 𝑉ത22
𝜌 2
ℎ𝑙𝑚 𝑝2 − 𝑝1 𝑉ത22
=− + 1 − 2 = −𝐶𝑝 + 𝐶𝑝𝑖
1 ത2 1 ത2 𝑉ത1
𝑉 𝜌𝑉
2 1 2 1 ത (OBS: 𝑉1 𝐴1 = 𝑉ത2 𝐴2 )
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Perdas de Carga Concentradas
Expansões – Difusores
𝑉ത12 𝑉ത12
ℎ𝑙𝑚 = 𝐶𝑝𝑖 − 𝐶𝑝 =𝐾
2 2
∴ 𝐾 = 𝐶𝑝𝑖 − 𝐶𝑝

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Perdas de Carga Concentradas
Dobras e Joelhos
Curva de 90° Deflexão

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Perdas de Carga Concentradas
Válvulas e Outros Elementos
Comprimento Comprimento
Válvulas 100% abertas Conexões
Equivalente (Leq/D) Equivalente (Leq/D)
Gaveta 8 Cotovelo 90° 30
Globo 340 Cotovelo 45° 16
Angular (borboleta) 150 Retorno / ciclo fechado 50
Esfera 3 Tê – Fluxo direto 20
Retentora (globo) 600 Tê – Fluxo por ramal 50
Retentora (borboleta) 55
Válvula pé (sapo) com êmbolo 420
Válvula pé (sapo) com disco pinado 75

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Bombas, Ventiladores e Sopradores
• Em diversos sistemas, a fonte de energia utilizada para vencer a
resistência das perdas de carga é fornecida por bombas (para
líquidos), ou ventiladores e sopradores (para gases). Aqui nos
referiremos a ambos como bombas.

• A potência de uma bomba é dada por:


𝑝 𝑉ത 2 𝑝 𝑉ത 2
𝑊ሶ 𝑏 = 𝑚ሶ +𝛼 + 𝑔𝑧 − +𝛼 + 𝑔𝑧
𝜌 2 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝜌 2 𝑠𝑢𝑐çã𝑜

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Bombas, Ventiladores e Sopradores
• Assim o “ganho” de carga providenciado pela bomba pode ser
calculado como:
𝑊ሶ 𝑏 𝑝 𝑉ത 2 𝑝 𝑉ത 2
Δℎ𝑏 = = +𝛼 + 𝑔𝑧 − +𝛼 + 𝑔𝑧
𝑚ሶ 𝜌 2 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝜌 2 𝑠𝑢𝑐çã𝑜
• Em muitos casos os diâmetros da tubulação de entrada e saída são
iguais e a diferença de elevação entre elas é desprezível. Assim a
fórmula simplifica para:
Δ𝑝𝑏
Δℎ𝑏 =
𝜌

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Bombas, Ventiladores e Sopradores
• Combinando as expressões abaixo:
𝑊ሶ 𝑏 𝑊ሶ 𝑏 Δ𝑝𝑏
Δℎ𝑏 = = e Δℎ𝑏 =
𝑚ሶ 𝜌𝑄 𝜌
• Obtemos:
𝑊ሶ 𝑏 = 𝑄Δ𝑝𝑏

• Podemos também definir a eficiência da bomba:


𝑊ሶ 𝑏
𝜂=
𝑊ሶ 𝑖𝑛
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Bombas, Ventiladores e Sopradores
• Finalmente podemos incluir o ganho de carga da bomba na equação
de perda de carga:
𝑝1 𝑉ത12 𝑝2 𝑉ത22
+ 𝛼1 + 𝑔𝑧1 − + 𝛼2 + 𝑔𝑧2 = ℎ𝑙𝑡 − Δℎ𝑏
𝜌 2 𝜌 2

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Dutos Não Circulares
• Os mesmos cálculos utilizados para dutos circulares podem ser
utilizados para dutos não circulares se as proporções entre as
medidas não forem muito exageradas. (Ex: seção retangular, relação
entre lados não deve exceder 4 vezes).

• O diâmetro hidráulico é definido por:


4𝐴
𝐷ℎ =
𝑃
onde 𝐴 é a área da seção transversal e 𝑃 é o seu perímetro.

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Rugosidades Medidas
Tubo Rugosidade (𝑒) [mm]
Aço Rebitado 0,9 a 9
Concreto 0,3 a 3
Madeira (de barril) 0,2 a 0,9
Ferro Fundido 0,26
Aço galvanizado 0,15
Ferro fundido asfáltico 0,12
Aço comercial 0,046
Tubo trefilado 0,0015

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Exercício 1
Um tubo horizontal liso (smooth) de 100 metros é conectado a um
grande reservatório. Uma bomba é ligada ao fim do tubo para bombear
água para o reservatório a uma vazão de 0,01 m³/s. Qual a pressão
manométrica na descarga da bomba necessária para gerar esta vazão?
O diâmetro interno do tubo é de 75 mm.

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Exercício 2
Água flui a 25 L/s através de uma contração gradual na qual o diâmetro
do tubo é reduzido de 75 para 37,5 mm com ângulo de 150°. Se a
pressão antes da contração era de 500 kPa, estime a pressão após a
contração. Recalcule para o caso de transição abrupta (ângulo de 180°).

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Exercício 3
Um experimento de laboratório é montado para que a perda de carga
de um fluxo de água por um tubo liso seja medida. O diâmetro do tubo
é de 15,9 mm e seu comprimento é de 3,56 m. O fluxo entra no tubo
vindo de um reservatório por uma entrada de ângulos retos.
a) Calcule a vazão mínima necessária para que se tenha fluxo
turbulento.
b) Calcule a altura mínima do reservatório para que se obtenha fluxo
turbulento na tubulação.

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Obrigado

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