PUC

CAMPINAS

Máquinas Térmicas A
Trocadores de Calor – Análise Direta

Prof. Dr. Vinícius G. S. Simionatto

FEM – Escola Politécnica
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PUC Introdução
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• Trocadores de calor são dispositivos que utilizam fluxo e processos de

troca de calor para trocar calor entre fluidos sem que haja contato
entre estes fluidos.
• Vantagens deste processo:
• Evitar contaminação do fluido a se aquecer ou resfriar
• Utilizar outro fluido no processo com propriedades térmicas vantajosas
• Os trocadores de calor são projetados para que sua eficiência seja
máxima. Alguns parâmetros a otimizar são:
• Tamanho • Configuração • Princípio de funcionamento
• Área de troca térmica • Materiais
• Tipo de fluxo • Fluido térmico

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PUC Tipos de Trocadores de Calor
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Concêntrico de fluxo paralelo Concêntrico de fluxo

contracorrente

Casco e
Tubo

Fluxo cruzado com aletas Fluxo cruzado (sem aletas)

Casco e
Tubo em U

Duplo
Casco e
Tubo em U

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PUC Configurações Compactas
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Trocadores de calor
precisam ser eficientes
para poderem ser
compactos. Por isso
possuem um fator de Trocadores compactos são
área de troca térmica os que possuem área de
por volume do trocador troca de calor maior ou
dado em m²/m³ igual a:
• 400 m²/m³ para líquidos
• 700 m²/m³ para gases

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PUC Mecanismo de Troca de Calor
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Em trocadores de calor teremos

sempre uma parede de um bom
condutor térmico que sofre Com o conceito de circuito
troca de calor por convecção térmico equivalente, é fácil de
em duas superfícies opostas. observar que é possível calcular
um resistor equivalente, ou
seja, queremos calcular um
coeficiente global de troca de
Portanto é possível modelar calor que represente o trocador
a troca de calor utilizando de calor em questão.
os processos de condução e
convecção que já vimos

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• O Coeficiente Global de Troca de Calor é utilizado para caracterizar

um trocador de calor.
• Pode ser calculado teoricamente dentro de uma certa margem de
erro, e é normalmente levantado empiricamente.
• Pode variar com o tempo, pois a eficiência de troca térmica dos
materiais pode variar devido a desgaste e incrustações.
• É baseado na lei universal do resfriamento de Newton

𝑞 = 𝑈𝐴 Δ𝑇

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Relembrando do paralelo com a lei de Ohm:

𝑈 é o coeficiente
1 global de troca
𝑉 = 𝑅𝑖 ⇒ Δ𝑇 = 𝑞 térmica
𝑈𝐴
• Para o caso da parede do trocador: Note que as áreas do lado 1 e 2
podem ser diferentes, então
coeficiente 𝑈 irá depender da área
de referência utilizada. Porém, em
ambos os casos o produto 𝑈𝐴 será
sempre o mesmo.

1 1 𝐿 1
= + +
𝑈𝐴 ℎ1 𝐴1 𝑘𝐴 ℎ2 𝐴2 *Válido apenas para superfícies
limpas e sem aletas

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Para superfícies estendidas através de aletas, é necessário levar

também em consideração a eficiência na troca térmica com as aletas.
• Sabe-se que, devido a fatores geométricos e de fluxo, a troca térmica
por convecção com uma superfície com aletas não é a máxima
teórica, mas possui um fator de eficiência. Desta forma, a troca de
calor é dada por:
𝑞 = 𝜂0 ℎ𝐴 𝑇𝑏 − 𝑇∞
• 𝜂0 é a eficiência global da superfície
• ℎ é o coeficiente teórico de troca de calor por convecção
• 𝐴 é a área total (aletas mais base exposta)
• 𝑇𝑏 é a temperatura da base
• 𝑇∞ é a temperatura do fluido
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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• A eficiência global da superfície (𝜂0 ), por sua vez, é dada por:

𝐴𝑓
𝜂0 = 1 − 1 − 𝜂𝑓
𝐴
Sendo:
• 𝐴𝑓 a área total das aletas
• 𝐴 a área exposta total (aletas mais base exposta)
• 𝜂𝑓 a eficiência de uma única aleta.

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Quando a superfície é estendida com aletas para melhorar a troca de

calor, então a resistência térmica desta superfície passa a ser:
1
𝑅𝑒𝑞 =
𝜂0 ℎ𝐴
• Normalmente uma das superfícies é aletada, então a relação para o
coeficiente global de troca de calor se torna:
1 1 𝐿 1
= + +
𝑈𝐴 𝜂0 ℎ𝐴 1 𝑘𝐴 ℎ𝐴 2

Superfície aletada Superfície sem

aletas

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Em algumas situações o fluido reage ou deposita sobre a superfície

algumas impurezas que aumentam a resistência térmica da superfície. Este
termo adicional de resistência é dado por:
𝑅𝑓 ′′ 𝑅𝑓 ′′ 𝑅𝑓 é o fator de
𝑅𝑒𝑞 = ou 𝑅𝑒𝑞 =
𝜂0 𝐴 𝐴 incrustação.

Superfície aletada Superfície sem

aletas

• Assim, a relação para o coeficiente global de troca de calor se torna:

Superfície aletada Superfície sem aletas

′′ ′′
1 1 𝑅𝑓1 𝐿 𝑅𝑓2 1
= + + + +
𝑈𝐴 𝜂0 ℎ𝐴 1 𝜂0 𝐴 1 𝑘𝐴 𝐴 2 ℎ𝐴 2
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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Valores de referência para o fator de incrustação 𝑅𝑓 :

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PUC Coeficiente Global de Troca de Calor
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• Valores de referência para o coeficiente global de troca de calor 𝑈

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PUC Exercício
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Um tubo de aço inox de diâmetro interno 𝐷𝑖 = 22 𝑚𝑚 e diâmetro externo

𝐷𝑜 = 27 𝑚𝑚 é utilizado em um trocador de calor de fluxo transversal
(cruzado). Os fatores de incrustação 𝑅𝑓′′ para as superfícies interna e externa
são, respectivamente de 0,0004 e 0,0002 m²K/W. Água passa pela seção
interna a 75°C e 0,5 m/s enquanto ar passa pela seção externa a 15°C e 20
m/s. Calcule o produto UA por unidade de comprimento antes de depois das
incrustações, sabendo que a resistência térmica à condução do cilindro é
dada por:
ln 𝑟𝑒𝑥 /𝑟𝑖𝑛
𝑅=
2𝜋𝐿𝑘
Utilize como dados:
hint = 3358,74 W/m²K
hext = 105,7 W/m²K

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PUC
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Obrigado

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