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Nesse sentido, a palavra crase pode ser aplicada às grafias *têm* (em vez de te em,
3. a pess. pl. do ind. pres. do v. *ter*) , *vêm* (em lugar de veem, 3a pess. pl:
do ind. pres. do v. *vir*), mas essa denominação visa a especifica principalmente a
contração ou fusão da preposição *a* com:
1. o artigo definido ou pronome substantivo feminino átono *a*, *as*;
2. os pronome demonstrativos aquêle, aquela, aquêles, aquelas e aquilo.
**Regra prática para o emprego da cráse**: Craseia-se o *a* de uma frase quando
pode ser substituído por *para a*, *na*, *pela*, *com a*, ou, de conformidade com o
caso, por qualquer preposição acompanhada do artigo *a*.
Assim, craseia-se o *a* em: "Dei isso à Casa de Misericórdia", porque se pode
dizer: "Dei isso para a Casa de Misericórdia". "Estou às portas da morte", com
crase no *as*, porque poderia se dizer: "Estou nas portas da morte". "Às três
horas", porque se pode dizer: "Pelas três horas" (A pequena mudança de sentido
nessas substituições não impede a aplicação da regra).
**ELIPSE:**
Nas expressões "Vestir-se à Luís XV" - "Móveis à Luís XIV" o *a* aparece craseado,
por modificar a palavra feminina *moda*, oculta nessas frases: Vestir-se à (moda
de, pela moda de) Luís XV.
Esse fenômeno se dá todas as vezes em que nomes próprios masculinos constituem
denominações de coisas do gênero feminino : "Dirigi-me à Gustavo Barroso.. ( = à
fragata Gustavo Barroso) - "Vou à Melhoramentos ( = à Companhia Melhoramentos).
Uma vez que pronomes de tratamento começados por possessivos (sua senhoria, vossa
majestade, sua santidade) não admitem o artigo antes de si, jamais poderão ser
precedidos de *a* craseado: "Dei isso *a* vossa senhoria" (e não: à vossa
senhoria).
As expressões "devido a", "quanto a", "referente a", "obediência a" e outras devem
ter o *a* craseado quando vêm antes de nomes femininos determinados pelo artigo:
devido à morte do pai; devido às dificuldades; obediência às leis.
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