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Material de apoio - módulo 1

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Sistemas de freios hidráulicos

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EAD Controil

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Curso

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Sistemas de freios hidráulicos

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O Curso de Sistema de Freios Hidráulicos da Controil é um novo

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curso online com dicas práticas para nossos amigos mecânicos. Nele,

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vamos percorrer todo o sistema de freios de veículos leves.

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O curso tem por objetivo habilitar os profissionais para a manutenção
e a inspeção de sistemas de freio, seguindo as normas técnicas,

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ambientais, de qualidade, de saúde e segurança no trabalho e

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especificações do fabricante.

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O Curso está dividido em 3 módulos conforme conteúdo a seguir,

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com duração máxima de 6 minutos cada aula. Todos os episódios são

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seguidos de avaliações do tipo “quiz” que vão ajudar na memorização

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dos temas mais relevantes e permitir o acesso à aula seguinte dentro
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da trilha de aprendizado.
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Ao final do curso, um certificado de conclusão é disponibilizado para


o aluno baixar ou imprimir. Aproveite mais essa novidade que a Controil
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e o Curso do Mecânico trazem para aprimorar seu conhecimento


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técnico. Bom curso!


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Conteúdo:
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Módulo 1:
Introdução (só vídeo)
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Aula 1: história e evolução do sistema de freio automotivo; Página 3


Aula 2: como funciona o sistema hidráulico; Página 6
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Aula 3: freio a disco; Página 19


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Módulo 2: (em breve)


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Aula 4: freio a tambor;


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Aula 5: fluido de freio;


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Aula 6: modelos de assistência;


OS

Aula 7: freio de estacionamento mecânico e elétrico


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Aula 8: distribuição da força de frenagem;


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Módulo 3: (em breve)


Aula 9: freio com ABS;
DE

Aula 10: Controle de tração;


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Aula 11: Controle de estabilidade;


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Aula 12: Assistente de partida em rampa


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Aula extra: Conheça a Controil


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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Aula 1 - A história e a evolução do

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sistema de freio automotivo

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A invenção da roda foi um marco na história da humanidade. Ela resolveu

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sérios problemas de transporte, pois permitiu a redução do atrito entre o

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veículo e o chão.

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Talvez uma das principais invenções na trajetória de desenvolvimento
tecnológico.

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Sempre que se fala em rodas pensamos imediatamente em pneus e

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carros, e pensamos como seriam ruim nossas vidas sem automóveis. Não nos

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damos conta que a roda está presente em tudo em nossas vidas e que sem
esta invenção estaríamos vivendo como nos tempos primórdios.

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A primeira representação de uma roda já encontrada pelos arqueólogos

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data de 3500 a.C. – ou seja, há 5500 anos – e foi feita numa placa de argila.

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A roda passou por diversas modificações e passou a fazer parte de


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diversos dispositivos e contribuiu muito para o progresso da humanidade.


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Alguns exemplos da área de transportes.


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Junto com a solução, porém, veio um problema:


Como parar esta roda? R: Com um sistema de freio.
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O sistema de freio automotivo é composto por dispositivos que foram


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desenvolvidos para permitir o controle do movimento de rotação da roda, de


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modo a retardar ou mesmo interromper esse movimento e também


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impedir que o movimento seja reiniciado. Esse sistema foi sendo


desenvolvido para atingir cada vez mais eficiência.
03

Muitas invenções foram concebidas no início,


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mas até a Revolução Industrial não houve muitos


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progressos. Até essa época, os freios


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mais pareciam com as alavancas


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que as crianças usam até hoje para


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frear um carrinho de rolimãs!


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Com o passar do tempo, surgiram os


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freios de cinta. Eram constituídos por uma


roda fixada ao centro do eixo traseiro do veículo
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e ao redor dela era montada uma cinta e sob as


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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Aula 1 - A história e a evolução do

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sistema de freio automotivo

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Cinta

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Região de atrito

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Roda fixada
Pressão da cinta

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no centro
sobre a roda
do eixo

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Movimento

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Alavanca na alavanca

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mesmas era inserido o material de atrito, que inicialmente era couro. Esse
material apresentava problemas de perda das características de atrito em
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função da temperatura imposta pela ação de frenagem das sapatas sobre


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a roda. Mais tarde passou-se a utilizar crina, cabelo, ou tecido de algodão


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umedecido em betume. Mais adiante, com a fibra de asbestos, essa


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tecnologia foi se desenvolvendo.


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O moderno conceito de Freio a Tambor (Drum Brake) foi oportunamente


inventado em 1902 pelo francês Louis Renault,
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desenvolvido a partir de um sistema


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menos sofisticado que ele mesmo


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tinha montado em um veículo


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Mayback 1901.
Com a necessidade de freios
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mais eficientes, foi criado o


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freio a tambor, acionado


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através de cabos e varões.


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Louis Renault Freio a Tambor


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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Aula 1 - A história e a evolução do

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sistema de freio automotivo

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Como referência

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histórica e curiosidade,
não podemos deixar

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de citar a importância

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do Ford modelo T no
desenvolvimento da

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indústria automobilística,

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uma vez que ele foi o

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primeiro carro fabricado

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em série no mundo. O

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Modelo T possuía freios
Ford modelo T a tambor acionados por varão, somente no eixo

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traseiro, pois na época os engenheiros mecânicos
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acreditavam que freios nas rodas dianteiras fariam o carro capotar.
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Informações históricas (obtidas no site da National Bicycle History Archive


56

of America) garantem que o Freio a Disco foi originalmente idealizado para


bicicletas em 1876 pelos Ingleses Browett & Harrison. O sistema, que foi
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patenteado e chamado de Caliper Brake (Freio de pinça), proporcionava


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uma frenagem efetiva em velocidades mais altas.


DE
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Imaginem o que foi desenvolvido a partir do Caliper Brake de Browett &


DE

Harrison.
UE

Em 1914, a utilização de líquido para


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transmitir os esforços de frenagem


NR

trouxe recursos para que novos projetos


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fossem gerados, o que promoveu o


desenvolvimento de cilindros hidráulicos e
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posteriormente o conhecido “freio a disco”.


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Freio a Disco Caliper Brake


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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A utilização de líquido para transmitir e multiplicar os esforços de frenagem

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permitiu que novos projetos fossem gerados.

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Atualmente, os sistemas de freios possuem diversos componentes, tais

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como, servofreio, cilindro mestre, válvula sensível a pressão, tubulações,
flexíveis, discos e pinças de freio, válvula sensível a carga, tambores,

DE
sapatas e cilindros de roda, ABS e fluido de freio. Esses componentes serão

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explicados um a um em detalhes mais para a frente. Agora vamos entender
porque o sistema hidráulico multiplica a força realizada pelo motorista. Para

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entendermos melhor como que a força exercida pelo motorista no pedal de

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freio é multiplicada pelo sistema hidráulico, precisamos conhecer alguns

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conceitos.

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Freio a tambor Freio a disco


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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Lei de Pascal

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Em um recipiente de formato
qualquer, contendo um líquido ou um

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gás. Se produzimos um aumento de

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pressão, por um processo qualquer,

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essa pressão é integralmente

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transmitida para todos os outros
pontos e em todas as direções e

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sentidos. Essa propriedade dos

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líquidos e dos gases foi descoberta
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em 1653 pelo cientista francês 0P
chamado Pascal. Por isso essa
propriedade dos líquidos e dos gases
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é conhecida como Lei de Pascal.


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Blaise Pascal
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Exemplo de
aplicação da
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Lei de Pascal
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Pressão

ROI
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O conceito de pressão pode ser aplicado sempre que a força que atua

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sobre um corpo estiver distribuída numa certa área. Define-se pressão como
sendo o valor da força dividido pelo valor da área.

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Sendo que a unidade de força é o Kgf (quilograma força) e a unidade de
área é o cm2 (centímetro quadrado).

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Com esses conceitos já podemos entender como o ocorre a multiplicação

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de força, como é mostrado na figura a seguir:

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Como podemos ver, exercemos uma força F=10kgf e obtivemos uma força
F=50kgf, ou seja, a força foi multiplicada por cinco.
DE
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No sistema de freio essa multiplicação de força ocorre a partir do cilindro


mestre para as pinças de freio e cilindros de roda.
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Pedal de freio

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O pedal de freio é o primeiro componente a ser acionado pelo motorista no
momento da frenagem.

DE
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Logo após o pedal de freio, vem o servo-freio. No pedal de freio

IQ
encontramos também um interruptor de freio que em alguns casos só

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acende as luzes de freio mas, em outros, permite a partida do motor

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do veículo e também libera a alavanca de câmbio no caso de veículos
equipados com transmissão automática.

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Servofreio AU
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O servofreio é um componente que proporciona ao motorista um maior


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conforto no acionamento do pedal do freio e amplifica a força aplicada no


pedal. Para isso o servofreio se utiliza da diferença de pressão entre a pressão
OS

atmosférica e o vácuo gerado pelo motor. No funcionamento do servofreio


IR

temos três situações:


DE
ME

1 - Repouso
DE

O pedal está desaplicado, a válvula de entrada de ar está fechada e


UE

a válvula de passagem do vácuo está aberta. Nesse momento há vácuo


IQ

constante sobre os dois lados do diafragma. Não havendo diferença de


NR

pressão, o conjunto mantêm-se em repouso.


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VÁLVULA DE SERVOFREIO
RETENÇÃO
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RESERVATÓRIO DE VÁCUO
DE FLUIDO DE FREIO
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DIAFRAGMA
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CÂMARA
TRASEIRA
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CÂMARA
DIANTEIRA
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INTERRUPTOR DO
CANAL DE PEDAL DE FREIO
PASSAGEM
DE VÁCUO
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DE
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ENTRADA DE
CILINDRO MESTRE AR AMBIENTE
PASSAGEM DE
ÊMBOLO AR AMBIENTE
DE

DE OPERAÇÃO
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CÂMARA
TRASEIRA
TUBULAÇÃO DE FLUIDO PARA AS RODAS
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DIAFRAGMA
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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No funcionamento do servofreio temos três situações:

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DE
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2 - Aplicado

DE
O pedal é acionado e a haste de entrada empurra o êmbolo de força. Com

UE
o movimento do êmbolo de força, a comunicação do vácuo é interrompida e

IQ
abre-se a passagem de ar. De um lado do diafragma passa a existir pressão

NR
atmosférica e do outro lado, baixa pressão (vácuo). O diafragma é forçado no

HE
sentido de aumentar a força na haste de saída.

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VÁLVULA DE SERVOFREIO
DE

RETENÇÃO
RESERVATÓRIO DE VÁCUO
DE FLUIDO DE FREIO
ME

DIAFRAGMA
DE

CÂMARA
TRASEIRA
CÂMARA
UE

DIANTEIRA INTERRUPTOR DO
CANAL DE PEDAL DE FREIO
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PASSAGEM
DE VÁCUO
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ENTRADA DE
CILINDRO MESTRE AR AMBIENTE
PASSAGEM DE
0P

ÊMBOLO AR AMBIENTE
DE OPERAÇÃO
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CÂMARA
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TRASEIRA
TUBULAÇÃO DE FLUIDO PARA AS RODAS
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DIAFRAGMA
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No funcionamento do servofreio temos três situações:

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3 - De equilíbrio

ME
A haste de saída empurra o êmbolo do cilindro mestre, causando um

DE
aumento da pressão hidráulica. Esse aumento de pressão gera sobre o

UE
disco de reação uma força de sentido contrário à aplicada pelo pedal. Neste

IQ
momento o disco de reação está sendo comprimido em suas bordas de

NR
tal forma que seu centro se infla. Isso força o fechamento da entrada de ar.

HE
Como a passagem de vácuo já está fechada, o sistema entra em equilíbrio.
Quando o equilíbrio é atingido, temos no lado dianteiro vácuo quase total.

LO
Do outro lado do diafragma entrou um pouco de ar enquanto a passagem
AU
estava aberta. Por isso, temos aí uma pressão inferior à atmosférica. Desta
0P
forma, pelo movimento do pedal podemos controlar a pressão de um dos
03

lados do diafragma e em consequência controlar a frenagem.


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VÁLVULA DE SERVOFREIO
DE

RETENÇÃO
RESERVATÓRIO DE VÁCUO
DE FLUIDO DE FREIO
DIAFRAGMA
UE
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CÂMARA
TRASEIRA
NR

CÂMARA
DIANTEIRA
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INTERRUPTOR DO
CANAL DE PEDAL DE FREIO
PASSAGEM
DE VÁCUO
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ENTRADA DE
CILINDRO MESTRE AR AMBIENTE
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PASSAGEM DE
ÊMBOLO AR AMBIENTE
DE OPERAÇÃO
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CÂMARA
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TRASEIRA
TUBULAÇÃO DE FLUIDO PARA AS RODAS
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DIAFRAGMA
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Cilindro mestre simples

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Os componentes desse tipo de cilindro são indicados na figura abaixo.

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Quando o pedal do freio não está acionado, dizemos que o sistema

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está em repouso. Todo o sistema está cheio de líquido numa pressão

DE
aproximadamente igual à pressão atmosférica. Tudo se passa como se fosse

UE
um recipiente totalmente cheio de líquido.
Podemos observar que o líquido passa do reservatório para o sistema

IQ
através do furo de compensação. E também que o respiro impede a

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formação de vácuo no caso do nível de líquido baixar.

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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Cilindro mestre
Quando o pedal do freio é acionado, simples sem

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o êmbolo é empurrado. A gaxeta

RO
aplicação do
pedal
primária veda o furo de compensação.

I
DE
O líquido contido na região entre

ME
o cilindro mestre e as rodas é
pressurizado, acionando assim as

DE
pinças de freio e os cilindros de roda.

UE
Quatro
rodas

IQ
Podemos observar que na câmara

NR
em frente da gaxeta primária o fluido
está pressurizado e na câmara atrás

HE
da gaxeta primária o fluido está na

LO
pressão atmosférica, pois este está em

AU
contato com o reservatório, através do 0P
furo derodas:
Duas alimentação. Por isso a gaxeta Cilindro mestre
simples com
rda primária é forçada
dianteira direita e para trás. A função
03

pedal de freio
ta traseira esquerda
da arruela protetora é proteger a
56

acionado
gaxeta primária para que esta não seja
OS

danificada.
IR
DE

Quando o pedal do freio é


ME

desaplicado, a força não age mais Quatro


sobre o êmbolo. Logo, o êmbolo é rodas
DE

empurrado para trás pela pressão


UE

hidráulica do circuito e pela mola de


IQ

retorno. À medida que o êmbolo do


NR

cilindro mestre se movimenta para


HE

trás, a pressão no circuito diminui. Isso


permite que os êmbolos dos cilindros
O

Duas rodas: Cilindro mestre


de rodadireita
e dase pinças recuem. Esse
L

rda dianteira simples


AU

ta recuo causa o retorno do fluido para o


traseira esquerda com falha no
acionamento
0P

cilindro mestre.
03
56

Toda a pressão hidráulica necessária


para o funcionamento do freio
OS

hidráulico é gerada no cilindro mestre.


IR

Havendo um problema qualquer com Quatro


DE

rodas
essa peça, um vazamento por exemplo,
ME

todo o sistema fica comprometido.


Para resolver esse problema foi criado o
DE

cilindro mestre duplo.


UE
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NR

Duas rodas:
dianteira direita e
HE

raseira esquerda
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Cilindro mestre duplo

S
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Podemos dizer que o cilindro mestre

I
DE
duplo é a união de dois cilindros mestres

ME
simples, com o objetivo de aumentar a

DE
segurança. Se um falhar o outro garante o
funcionamento dos freios.

UE
IQ
Quando o freio é acionado, o pedal

NR
empurra o êmbolo 1. Quando o êmbolo

HE
1 se movimenta, empurra o êmbolo 2
através da mola. A mola da câmara A

LO
Duas rodas: Duas rodas:
adquire, então, uma pressão diferenciadadianteira esquerda
AU
dianteira direita e
em relação à mola da câmara B. Tal e traseira direita traseira esquerda
0P
pressão faz com que o êmbolo 2 seja
03

acionado ao mesmo tempo que o 1.


56

Em consequência as duas câmaras se


pressurizam simultaneamente.
OS
IR

Essas câmaras estão ligadas a


DE

circuitos hidráulicos independentes, que


ME

transmitem a pressão hidráulica para as


DE

rodas, sendo que cada câmara fornece


pressão para duas rodas do veículo.
UE

VAZAMENTO
IQ

Duas rodas: Duas rodas:


Emergências
NR

dianteira esquerda dianteira direita e


e traseira direita raseira esquerda
HE

CÂMARA B CÂMARA A
Se ocorrer um vazamento na câmara A,
nessa câmara o fluido não se pressuriza.
O
L

Não encontrando resistência, o êmbolo


AU

percorre livremente o cilindro. Desse ponto


0P

em diante o êmbolo 1 passa a empurrar o


03

êmbolo 2.
56

Nessa câmara o fluido é pressurizado,


garantindo o funcionamento de parte do
OS

freio.
IR

Caso o vazamento for na câmara B,


DE

Nesse caso, o êmbolo 2 não encontra


ME

resistência.
DE

Percorre todo o cilindro até encontrar


o fundo da câmara B. A partir desse
UE

VAZAMENTO

momento a câmara A passa a ser Duas rodas: Duas rodas:


IQ

dianteira esquerda dianteira direita e


pressurizada pelo êmbolo 1. e traseira direita raseira esquerda
NR

CÂMARA B CÂMARA A
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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Válvulas reguladoras de pressão

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Para que se possa estudar a válvula reguladora de pressão, é necessário

I
que fique claro alguns conceitos fundamentais sobre: inclinação durante a

DE
frenagem, distribuição de esforços e estabilidade direcional.

ME
DE
Inclinação durante a frenagem

UE
Um veículo que está a uma certa

IQ
velocidade freia bruscamente.

NR
Se a carroceria não estivesse

HE
convenientemente presa aos eixos,

LO
continuaria na mesma velocidade.
Na realidade a carroceria só não
continua na mesma velocidade pelo AU
0P
fato de estar preso ao eixo. Por isso,
03

apenas inclina-se para frente.


56
OS

Distribuição de esforços
IR

Em consequência da inclinação para frente, a distribuição de esforços é


DE

alterada. Há um aumento da força nas rodas dianteiras e uma diminuição nas


ME

rodas traseiras.
DE

Suponha por exemplo que, em condições normais de marcha, metade do


peso de um veículo estivesse nas rodas traseiras e metade nas dianteiras.
UE

No caso de uma freada brusca, essa distribuição passaria a ser por exemplo
IQ

a indicada na figura. Essa diminuição do peso nas rodas traseiras faz com que
NR

elas sejam freadas com mais facilidade que as da frente. É como se os freios
HE

tivessem que segurar um veículo mais leve atrás do que na frente. Assim sendo,
O

uma dada pressão hidráulica no sistema pode causar o travamento das rodas
L

traseiras enquanto as dianteiras continuam livres.


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500 kg 500 kg 300 kg 700 kg


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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Estabilidade direcional

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Se acontecer de, numa freada brusca, as rodas traseiras serem travadas, o

I
DE
carro perde o controle. Não há mais uma direção preferencial de movimento.

ME
As rodas traseiras tanto podem derrapar de frente como de lado. Quando as
rodas traseiras derrapam de lado dizemos que o carro deu um “cavalo de pau”.

DE
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Válvula reguladora de pressão

IQ
NR
A válvula reguladora de pressão é instalada no

HE
circuito hidráulico entre o cilindro mestre e os freios
do eixo traseiro e tem como finalidade a redução

LO
da pressão nos freios traseiros em relação aos
AU
dianteiros. Com isso evita-se o travamento das
0P
rodas traseiras numa freada brusca.
03

Os tipos mais comuns de válvula


56

reguladora de pressão são a válvula


sensível à pressão e a válvula
OS

sensível à carga. No primeiro tipo, o


IR

acionamento da válvula se dá em
DE

função da pressão hidráulica no


ME

circuito. Na segunda, o acionamento


depende da carga do veículo.
DE
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Válvula reguladora de pressão


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ABS
OS
IR

ABS é a sigla de Anti-locking Brake System – Sistema de freio antibloqueio.


DE
ME

Para que se possa entender o funcionamento desse sistema, é necessário


que se considere alguns pontos importantes: estabilidade direcional e distância
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de frenagem.
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Como estabilidade direcional já foi explicada anteriormente, vamos ver


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distância de frenagem.
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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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Aula 2 - Como funciona o sistema hidráulico

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Distância de frenagem

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É a distância percorrida por um veículo durante a frenagem desde o instante
em que os freios são acionados até o veículo parar.

I
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ME
Podemos acionar os freios de dois modos distintos:

DE
• permitindo o travamento das rodas (A);
• acionando os freios até o limite de travamento (B).

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A experiência mostra que permitindo o travamento das rodas, a distância de

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frenagem será maior que no segundo caso.

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Em resumo, não se deve permitir que as rodas sejam travadas durante a


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frenagem pelas seguintes razões:


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• Com as rodas traseiras travadas o veículo perde a estabilidade direcional.


NR

• Com as rodas dianteiras travadas o veículo perde a dirigibilidade;


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• Com as rodas travadas a distância de frenagem aumenta.


O
L

O sistema com antibloqueio (ABS) tem a finalidade de evitar o travamento


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das rodas, em qualquer condição de atrito, piso ou pneu.


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03

O sistema antibloqueio compõe-se das seguintes partes:


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• Sensor: capta a variação da rotação da roda e transmite para o


OS

controlador;
IR
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• Controlador ou Unidade de Comnado


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do ABS: recebe o sinal do sensor,


DE

interpreta-o e envia a decisão para o


modulador;
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• Modulador: controla a pressão dos


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freios em função dos sinais recebidos.


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2 - Como
Aula 3 Freio afunciona
Disco o sistema hidráulico

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Freio a Disco

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Nesse tipo de freio há dois componentes principais:

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• Disco: preso à roda e que portanto gira com ela;
• Pinça: fixada normalmente na manga de eixo. Na pinça estão instaladas

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as pastilhas, feitas de material próprio para apresentar coeficiente de atrito
adequado. Também na pinça está o êmbolo que empurra a pastilha.

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Disco de freio AU Pinça de freio
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Pastilha
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OS

O disco fica encaixado entre as pastilhas, de modo a haver uma pequena


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folga. Quando o freio é acionado, as pastilhas são comprimidas contra o disco.


DE

A força de atrito entre as pastilhas e o disco causa diminuição da rotação da


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roda.
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As pinças de freio podem ser do tipo fixa ou flutuantes.


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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2 - Como
Aula 3 Freio afunciona
Disco o sistema hidráulico

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Pinça de freio do tipo fixa

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Começamos com o caso do freio a disco com pinça do tipo fixo com dois

I
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êmbolos.

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Pastilhas Fluido

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pressurizado

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Êmbolo Êmbolo

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Disco
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Suporte fixo
IR
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Nesse modelo, cada pastilha está apoiada em um êmbolo. Quando o freio é


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acionado, o êmbolo é empurrado pelo fluido hidráulico sob pressão. O êmbolo


empurra a pastilha contra o disco.
DE
UE

Há também modelos com 3 ou 4 êmbolos. Na pinça de 3 êmbolos, é


IQ

instalado de um lado um êmbolo de diâmetro maior e do outro lado são


NR

instalados dois êmbolos de diâmetro menor. A condição para que as forças


nos dois lados do disco sejam iguais é que a soma das áreas dos êmbolos
HE

menores seja igual a área do êmbolo maior.


O
L
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Observe que neste caso cada pastilha é acionada por um ou dois êmbolos,
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como se observa nas figuras.


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EAD Controil - Curso Sistemas de freios hidráulicos - Módulo 1

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2 - Como
Aula 3 Freio afunciona
Disco o sistema hidráulico

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Pinça de freio do tipo flutuante

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Quando o freio é acionado, o fluido de freio é injetado sob pressão. Essa

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pressão atuando somente no êmbolo como também na pinça. Suponha que

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essa última seja livre para se movimentar. Pela ação da pressão hidráulica, o

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êmbolo se moveria para um lado enquanto a pinça se moveria para o outro. Na

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figura, esses movimentos são exagerados para facilitar a visualização.

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Pastilhas Pastilhas

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Fluido Fluido

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pressurizado pressurizado

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Pistão Disco Pistão Disco


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Entre as pastilhas está o disco de freio. Tanto a pastilha fixa ao êmbolo como
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a fixa à pinça são comprimidas contra o disco no momento da frenagem


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Anel de vedação
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UE

Nos freios a disco, o anel de vedação apresenta dupla função:


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• evitar vazamentos de fluido de freio;


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• fazer o êmbolo retornar quando o freio é desaplicado. Observe que o


anel de vedação fica alojado em uma canaleta na carcaça. Quando o freio
HE

é acionado, o êmbolo se movimenta deformando o anel. Quando o freio é


O

desaplicado a pressão hidráulica se reduz. O anel volta ao seu formato original


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trazendo o êmbolo de volta.


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Esse retorno afasta as pastilhas do disco que passa a girar livremente.


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Anel de Capa
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vedação Êmbolo protetora


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Curso

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EAD Controil

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Material de apoio - módulo 1

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Sistemas de freios hidráulicos

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