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Lucas Marques Lomasso Costa / DGN 7º Período

O autor estudado na disciplina o longo do semestre realmente ficou marcado na mente. Edgar
Morin tem maneira de pensar o mundo na atualidade e também de trazer, para nós leitores, a
reflexão sobre como o nossa época atual não é a maravilha tecnológica que costumamos
pensar. Isso me fez refletir bastante após cada aula. Logo ao inicio do primeiro capítulo, na
abertura de toda a reflexão, foi um choque perceber a sua maneira de interpretar o mundo.
Não apenas a sua visão sobre a realidade que me perturbou, o choque maior foi durante as
discussões nas aulas, e perceber que ele está de certa forma apenas refletindo sobre como o
mundo é, não sendo apenas um pessimista e sim um realista.
Na introdução do livro, há um dos trechos, - só fui notar ao final das aulas - em que ele
usa para iniciar a sua reflexão e a partir de cada texto pude notar que é uma base para o seu
pensamento:
“As cegueiras de um modo de conhecimento que, compartimentando os saberes, fragmenta
os problemas fundamentais e globais que demandam de um conhecimento transdisciplinar”
(p. 19)​
.
O que realmente me chamou a atenção desse trecho de poucas linhas, é ver como tal
raciocínio pode se expandir para várias direções e vários momentos. Podemos utilizar a
reflexão desse trecho para abordar a questão da educação, como também falar sobre o
contexto ecológico e político, ao mesmo tempo.
Durante a sequencia dos textos, Morin se mostra muito sóbrio em suas reflexões, não
utilizando de radicalismos e generalizações, em alguns momentos é bem poético e apresenta
uma percepção bem apurada sobre os fatos que apresenta. Quando ele menciona que a
solução para questões culturais seria uma simbiose e não uma dominação, por exemplo. Morin
faz uma análise em que expõe os dois lados da moeda, apresentando os pontos negativos e
positivos de ambos os momentos, concluindo com o trecho a seguir. “​
A civilização pode e
deve propagar o que tem de melhor: a tradição humanista, o pensamento crítico e o
pensamento autocrítico, os princípios democráticos, os direitos da mulher, da criança e do
homem. As sociedades tradicionais mantêm uma relação com a Natureza, um sentido de
inclusão no Cosmo, laços sociais comunitários que devem conservar, mesmo introduzindo
​(p. 61). Novamente, uma maneira de pensar o
nelas o que existe de melhor no Ocidente”
mundo não exclui a outra, uma cultura não exclui a outra, o que podemos analizar no
contexto socio-político do país é uma postura exatamente oposta, dominante e excludente,
onde cada um detem sua própria verdade e pretende usar dela para dominar as outras.
O que ficou de memória das aulas e da leitura ao longo do semestre foi poder ver que as
soluções para diversos problemas são mais complexos que imaginamos e por serem complexos
não significa que são difíceis de resolver, mas que devemos ter mais cuidado ao tentarmos
propor soluções. Ao percebermos que tudo está interligado em um grande sistema, as
resoluções dos problemas deixam de serem vistas como uma questão pontual e separada do
contexto, passando a ser notada como algo incluido no sistema. Sendo assim, nós como
designers podemos chegar a fazer escolhas e propor soluções que não sejam apenas um “tapa
buraco” em algum projeto, mas podemos pensar em maneiras em que se as escolhas do
projeto se integre junto a esse sistema.

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