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Biopolítica e Morte no Brasil

O Extermínio da juventude negra (ultra)periférica


na Amazônia

Jean-François Y. Deluchey

Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, Brasil


Com o apoio da fundação alemã Gerda Henkel Stiftung (Düsseldorf) -
Special Program Security, Society and State (2017-2019)
Sumário

Agradecimentos ............................................................................................................... 6

In Memoriam. ............................................................................................................... 7

Introdução ............................................................................................................. 22

CAPÍTULO I. Vidas Periféricas e Ordem Global ...................................................... 26


1. O que nos falam os principais dados disponíveis no Brasil?........................................... 26
2. Biopolítica e Morte: uma hipótese .................................................................................. 39
3. Vida Boa, Sobrevivência e Morte ................................................................................... 45
4. Ordem Global Neoliberal Capitalista, Racismo e Etnização das formas de vida ............ 53
5. Cor da pele, Vida e Precariedade no Pará e na Amazônia .............................................. 57

CAPÍTULO II. O Extermínio da juventude negra de periferia: uma abordagem


quantitativa ............................................................................................................. 70
1. Os principais dados disponíveis na polícia e na imprensa .............................................. 71
2. Os silêncios das informações da imprensa local ............................................................. 76
3. Quem morre? ................................................................................................................... 84
4. Quem mata?..................................................................................................................... 92
5. Quando, Onde e Como? .................................................................................................. 99

CAPÍTULO III. As chacinas no estado do Pará .......................................................... 107


1. 10 anos, 12 chacinas ...................................................................................................... 107
2. Os desenhos do processo de Extermínio ....................................................................... 116
3. Vozes silenciadas nos falam sobre anomia .................................................................. 119

CAPÍTULO IV. A justiça criminal como tanato-política ............................................ 124


1. O setor da segurança pública no Brasil ......................................................................... 124
2. A articulação entre drogas, prisões e morte numa ordem periférica ............................. 127
3. O Tanato-Governo Neo-Colonial das Vidas Negras Periféricas ................................... 136

Conclusão ........................................................................................................... 148

Bibliografia ........................................................................................................... 151

2
Índice de Tabelas:

Tabela 1: Taxa de Homicídio por Region (por 100.000 habitantes; 1997-2017). IPEA/FBSP, Atlas da
Violência 2019. ................................................................................................................................................ 32
Tabela 2: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio e o sexo - Brasil Ŕ 2015.... 61
Tabela 3: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio e o sexo - Brasil Ŕ 2015.... 61
Tabela 4: Pessoas de 15 anos ou mais de idade e valor do rendimento médio mensal das pessoas de 15 anos
ou mais de idade, segundo a situação do domicílio, o sexo e a condição de atividade na semana de referência
- Brasil Ŕ 2015 ................................................................................................................................................. 66
Tabela 5: Número de homicídios: Comparação e ratio entre o total de homicídios e os homicídios das
pessoas entre 0 e 29 anos. (Base A1 e Base A2. SEGUP-Pa. 2010-2018) ...................................................... 72
Tabela 6: Mesorregião - Município de execução da vítima (Frequência e Percentual, Base B1). Vítimas de 0
a 29 anos. Pará. 2010-2018. ............................................................................................................................. 78
Tabela 7: Tipo de anúncio desta morte (1a vez) no jornal DP (CApa, Caderno Polícia, Outros). Pará. 0-29
anos. 2010-2018............................................................................................................................................... 79
Tabela 8: Tipo de anúncio desta morte (1a vez) no jornal DP (CApa, Cad. Polícia, Outros) e classe social de
origem da vítima (%). ...................................................................................................................................... 82
Tabela 9: Relação entre Gênero e Grupo de Idade das vítimas (Criança / Adolescente / Jovem até 29 anos).
2010-2018. Pará. Base B1. (%)........................................................................................................................ 87
Tabela 10: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas, por tipo de atividade criminosa
(com categorias de homicídios agregadas). Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018. Pará (%) ............................... 91
Tabela 11: Grupos de Idade da Vítima X Gênero do(s) Executor(es). 2010-2018. Pará. Base B1. ................. 94
Tabela 12: Gênero do(s) Executor(es) X Grupos de Idade da Vítima. 2010-2018. Pará. Base B1. ................. 94
Tabela 13: Tipo de relação entre executor(es) e sua(s) vítima(s), por Grupo de Idade. Vítimas de 0 a 29 anos.
2010-2018. Pará. Base B1. (%)........................................................................................................................ 97
Tabela 14: Executor(es) conhecido(s) pela vítima? Percentual do tipo de relação entre executor e vítima nos
casos em quais o executor era conhecido da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Diário do Pará. Base B1.
CESIP-MARGEAR. ........................................................................................................................................ 97
Tabela 15: Suspeita de envolvimento do(s) executor(es) em Atividades Criminosas (Freq. e %). 2010-2018.
Pará. Base B1................................................................................................................................................... 98
Tabela 16: Quantas pessoas foram mortas no mesmo episódio? 0-29 anos. 2010-2018. Base B1. CESIP-
MARGEAR. .................................................................................................................................................. 102
Tabela 17: Grupo de Idade - Criança / Adolescente / Jovem até 29 anos (%), segundo tipo de local de
execução. 2010-2018. Diário do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR. .......................................................... 103
Tabela 18: Quantidade de tiros dados na execução, por gênero da vítima. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018.
Pará. Diário do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR...................................................................................... 105
Tabela 19: Número de tiros recebidos na execução, por grupo de idade. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Diário
do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR. ......................................................................................................... 105
Tabela 20: Percentual da População Brasileira e da População Carcerária Brasileira, por cor de
pele/etnia/raça, por estado da Região Norte / Amazônia, e Brasil, e Ratio de confiabilidade das informações
sobre cor de pele/etnia/raça na população carcerária fornecidas pelos estados. 2015. PNAD/IBGE 2015.
INFOPEN/DEPEN 2016. .............................................................................................................................. 133

Índice de Figuras:

Figura 1: As 50 cidades mais violentas do mundo (Daily Mirror, 2018). ........................................................ 27


Figura 2: BRASIL, Amazônia Legal. Mapa. ................................................................................................... 30
Figura 3: BRASIL, Divisão Regional IBGE (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul) .......................... 31
Figura 4: BRASIL. Estado do Pará. (https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=17022841) .......... 31
Figura 5: BRASIL. Taxa de Homicídio por Region (por 100.000 habitantes; 1997-2017). Fonte: Atlas da
Violência. IPEA/FBSP. ................................................................................................................................... 32
Figura 6: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Norte (Amazonia). 1997-2017. Fonte: Atlas da Violência.
IPEA/FBSP. ..................................................................................................................................................... 32
Figura 7: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Nordeste. 1997-2017. Fonte: Atlas da Violência.
IPEA/FBSP. ..................................................................................................................................................... 33
Figura 8: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Sudeste. 1997-2017. Fonte: Atlas da Violência.
IPEA/FBSP. ..................................................................................................................................................... 33
Figura 9: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Centro-Oeste. 1997-2017. Fonte: Atlas da Violência.
IPEA/FBSP. ..................................................................................................................................................... 33

3
Figura 10: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Sudeste. 1997-2017. Fonte: Atlas da Violência.
IPEA/FBSP. ..................................................................................................................................................... 34
Figura 11: Taxa de Homicídio (vítimas de homicídios intencionais por 100.000 habitantes), por continente,
2017 (UNODC, 2019: 11) ............................................................................................................................... 35
Figura 12: Taxa de Homicídio, por país ou território, 2017. (UNODC, 2019: 14).......................................... 35
Figura 13: BRASIL: Taxa de homicídios de jovens, por grupo de 100 mil habitantes, por Unidade Federativa
(2017). ............................................................................................................................................................. 36
Figura 14: Taxas de homicídios de negros e de não negros a cada 100 mil habitantes dentro destes grupos
populacionais Ŕ Brasil (2007-2017) ................................................................................................................. 37
Figura 15: Antoine BOURDELLE, « Le Jour et la Nuit » (mármore), c.1900. ©Jean-Olivier Rousseau. ...... 42
Figura 16: Distribuição mulheres / homens - População Brasil 2015 .............................................................. 62
Figura 17: Crianças, Adolescentes e Jovens no Brasil - 2015 (Percentual, %) ................................................ 62
Figura 18: População residente, segundo os grupos de idade - Brasil Ŕ 2015 (1000 pessoas) ........................ 63
Figura 19: Brasil - População de 0 a 29 anos, por sexo e grupos de idade. 2015 (1000 pessoas).................... 63
Figura 20: População Economicamente ativa ou não. Brasil - 2015 (Percentual, %) ...................................... 64
Figura 21: Percentual dos homens e das mulheres de 15 anos ou mais, segundo nivel de instrução. BRASIL.
2015 (PNAD 2015, IBGE) .............................................................................................................................. 65
Figura 22: Percentual da População Economicamente e da População Não Economicamente Ativa, segundo
grupos de idade. Pessoas com 15 anos ou mais. Brasil. 2015. (PNAD/IBGE) ................................................ 66
Figura 23: Número dos homicídios (0-29anos) divulgados por ano no jornal Diário do Pará. 2010-2018 (Base
B1) ................................................................................................................................................................... 72
Figura 24: Gráfico 2.3 do Atlas da Violência 2019 elaborado pelo IPEA (página 22). ................................... 74
Figura 25: Percentual (%) de ausência de informação no campo "Faixa Etária", comparado com o total. Base
A1. SEGUP-Pa. 2010-2018 ............................................................................................................................. 75
Figura 26: Número de homicídios: Comparação entre o total de homicídios e os homicídios das pessoas entre
0 e 29 anos. (Bases A1 e A2. SEGUP-Pa. 2010-2018).................................................................................... 75
Figura 27: Homicídios de pessoas de 0 a 29 anos: Percentual (%) em relação ao total de homicídios. (Bases
A1 e A2. SEGUP-Pa. 2010-2018) ................................................................................................................... 76
Figura 28: Mapa das Mesorregiões do estado do Pará. .................................................................................... 77
Figura 29: Mesorregião - Município de execução da vítima (Percentual, Base B1). Vítimas de 0 a 29 anos.
Pará. 2010-2018. .............................................................................................................................................. 78
Figura 30: Mesorregiões (%). Base B2. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará. ............................................... 79
Figura 31: Tipo de anúncio desta morte (1a vez) no jornal DP (CApa, Caderno Polícia, Outros). Pará. 0-29
anos. 2010-2018............................................................................................................................................... 80
Figura 32: Raça / Cor da pele da vítima, notificação no jornal (Base B1). Pará. 2010-2018. ......................... 81
Figura 33: Grupo de idade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pa. Base A2. ...................................... 85
Figura 34: Grupo de idade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. CESIP. Base B1. ............................................. 85
Figura 35: Idade da Vítima (0-29 anos). 2010-2018. CESIP-MARGEAR. Base B1. ..................................... 86
Figura 36: Sexo da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará. Base A2. .................................................... 86
Figura 37: Gênero da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. CESIP-MARGEAR. Base B1. ..................................... 87
Figura 38: Classe Social das vítimas. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Base B1. (%) .......................................... 88
Figura 39: Escolaridade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará. Base A2. ....................................... 89
Figura 40: Estado civil da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará. Base A2. ......................................... 89
Figura 41: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas. Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018.
Pará. CESIP. Base B1. (%) .............................................................................................................................. 91
Figura 42: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas, por tipo de atividade criminosa.
Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018. Pará. CESIP. Base B1. (%) ....................................................................... 92
Figura 43: Gênero do(s) supostos executor(es): homens-cis, mulheres-cis ou homens-cis e mulheres-cis em
conjunto. 2010-2018. Pará. Base B1................................................................................................................ 93
Figura 44: Faixa etária do(s) suspostos executor(es). 2010-2018. Pará. Base B1. .......................................... 94
Figura 45: Número de Executores para o mesmo caso de homicídio. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018.
Pará. Base B1. (%) ........................................................................................................................................... 95
Figura 46: Executores eram conhecidos pela vítima ou não. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Base
B1. (%) ............................................................................................................................................................ 96
Figura 47: Tipo de relação averiguada entre executor(es) e sua(s) vítima(s). Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-
2018. Pará. Base B1. (%) ................................................................................................................................. 96
Figura 48: Identificação dos autores pela Polícia (%).Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Base A2. SEGUP-
Pará. ................................................................................................................................................................. 99
Figura 49: Resultado das investigações. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Base A2. SEGUP-Pa. ............. 99
Figura 50: Mês do homicídio (0-29 anos). 2010-2018. Base A2. SEGUP-Pa ............................................... 100
Figura 51: Dia da semana do homicídio. (0-29 anos). 2010-2018. Base A2. SEGUP-Pa. ............................ 100

4
Figura 52: Período do dia do homicídio (%). 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pa. ........................................ 101
Figura 53: Dia do Mês (1-31). 0-29 anos. 2010-2018. Diário do Pará. ......................................................... 101
Figura 54: Meio empregado no homicídio. 0-29 anos. 2010-2018. Base A2. SEGUP-Pa. ........................... 102
Figura 55: Local de Ocorrência. Base A2. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará .......................................... 103
Figura 56: Quantidade de tiros dados na execução. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Diário do Pará.
Base B1. CESIP-MARGEAR. ....................................................................................................................... 104
Figura 57: Mapa da Região Metropolitana de Belém. ................................................................................... 108
Figura 58: Comparação Número de pessoas encarceradas no Brasil e População brasileira (1000 pessoas).
2000-2017. ..................................................................................................................................................... 130
Figura 59: Raça, cor ou etnia das pessoas privadas de liberdade e da população total. INFOPEN. Junho 2016.
....................................................................................................................................................................... 131
Figura 60: Percentual de Negros entre as pessoas privadas de liberdade por estado da Amazônia e Brasil. . 132
Figura 61: Óbitos p/Residênc por Ano do Óbito e Cor/raça. 05 categorias. 2000-2017. Brasil.
SIM/DATASUS............................................................................................................................................. 135
Figura 62: Óbitos p/Residênc por Ano do Óbito e Cor/raça. 04 categorias. 2000-2017. Brasil.
SIM/DATASUS............................................................................................................................................. 135

5
Agradecimentos

Para a realização de um trabalho de pesquisa devemos contar com a contribuição, a


militância e benevolência de muitas pessoas. Em primeiro lugar, quero agradecer a minha
incansável e paciente parceira intelectual, sem a qual este trabalho nunca teria sido
finalizado, Profa. Dra. Bárbara Lou da Costa Veloso Dias (UFPA-Belém).

Quero também agradecer meus colegas Prof. Dr. Gustavo Macêdo Ribeiro (UFPA-
Belém), na consultoria sábia e competente em relação aos dados quantitativos, Prof. Dr.
Antonio Pele (PUC-Rio de Janeiro), sem o qual este projeto nem teria sido realizado, e os
dois pesquisadores-bolsistas que me acompanharam nas entrevistas realizadas no Pará,
Gustavo Queiroz (USP-São Paulo) e Amanda Pimentel (PUC-Rio de Janeiro).

Quero agradecer também os 11 pesquisadores bolsistas e voluntários do projeto:


Elizabeth Viana, Laís Gama, Lilian Ribeiro, Vinícius Machado, Jade Moreira, Richard
Carvalho, Adriano Souza, Amanda Marques, Mateus Pereira, Donavan Queiroz, Wilson
Santana Neto e David Souza (UFPA-Belém). No total, foi uma equipe de 16 pessoas que
fizeram com que esta pesquisa pudesse ser finalizada. Para todas e todos, recebam meus
agradecimentos.

Também quero registrar a ajuda de vários colegas que povoam o planeta


“criminologia crìtica” no Pará, Prof. Msc. Adrian Silva, Profa Msc. Celina Hamoy e Prof.
Msc. Rômulo Moraes; e agradecer também o CEDECA-Emaüs, o Ministério Público do
estado do Pará e a Secretaria de Defesa Social e Segurança Pública do estado do Pará pelo
apoio proporcionado em diversas etapas desta pesquisa.

6
Este relatório é dedicado à memória das crianças, adolescentes e jovens entre 0 e 29 anos
que morreram assassinados no Estado do Pará entre 2010 e 2018.

In Memoriam.

Abdiel Neves Costa Adelino De Oliveira Macedo Adilson Pantoja Correa Adriano Da Conceição Silva Adriano Soares Dos Santos Ailton Bernardino De Souza Alan Diego Lobato Silva Alcione Lacerda Dos Reis
Abedias Carvalho Lopes Adelino Ferreira Alves Neto Adinaldo Dos Santos Adriano Da Cruz De Oliveira Adriano Sousa Oliveira Ailton Brandão Dos Santos Alan Dionson Soares De Alcir José Sousa Sobreira
Abedias Gomes De Souza Adelino Nonato Amorim Admilson Da Silva Souza Adriano Da Silva Campelo Adriano Souza De Oliveira Ailton Da Conceicao Chaves Oliveira Aldaci Neves Tavares Gomes
Abel Oliveira De Sena Filho Adelino Vale Ferreira Admilson Moreira Da Cruz Adriano Da Silva Canceicao Adriano Souza De Souza Ailton Da Silva Barros Alan Espirito Santo Aldair Costa Lima
Abidiel Miranda Fialho Adelmar Da Silva Araujo Admilson Pompeu Farias Adriano Da Silva Costa Adriano Vieira De Lima Ailton Da Silva Batista Rodrigues Aldair Da Costa Lemos
Abimael De Brito Pereira Adelson Dos Santos Lima "Sorriso" Adriano Da Silva Rocha Adriel Da Costa Ailton Da Silva Dos Santos Alan Felipe Da Silva Aldair Dias Pereira
Abimael Franca De Freitas Adelson Junior De Moraes Admilson Soares Da Silva Adriano Das Neves Santos Adriel De Carvalho Bastos Ailton Das Virgens Oliveira Assuncao Aldair Ferreira Da Costa
Abimael Pereira Lima Borges Admir Da Silva Reis Adriano De Almeida Dias Adriel De Sousa Ailton De Souza Furta Alan Isaia Chaves De Souza Aldair Jhonata Menezes De
Abimael Quaresma Da Costa Adelson Leite Oliveira Adnaelson Soares Pinto Adriano De Brito Lima Adriel Lima Dos Santos Ailton Dos Santos Rocha Alan Jesus Do Nascimento Lima
Abimael Santiago Dias Adelson Ramos Nascimento Adonay Sandro Lopes Silva Adriano De Jesus Dos Santos Adriel Rocha Da Conceicao Ailton Farias Da Silva Alan Jonatas Dos Santos Aldair Silva Lemes
Abimaelsamuel Maia Da Silva Adones Rodrigues Dos Adriano De Souza Teixeira Adriel Santos Do Carmo Ailton Ferreira Da Silva Alan Jorge Brasil Costa Aldayr De Souza Silva
Mamede Adelson Soares Lopes Santos Adriano De Souza Viegas Adriel Tiago Cunha Da Silva Ailton Gomes Da Silva Alan Junior Cardoso Da Aldean Santos Da Silva
Abmael Farias Lima Ademar Alves Da Silva Adones Santos Barros Adriano Dias Machado Adriele Carneiro Da Rocha Ailton Moreira Silva Dos Costa Aldecir Muniz Dos Santos
Abne Junio Martins Ferreira Ademar Birnfela Adonias Da Silva Soares Adriano Do Nascimento Adriele Silva Santos Santos Alan Junior Paiva Santos Aldeir Lima Da Silva
Abraão Araújo Gomes Ademar Birnfela Adonias Duarte Aguiar Pinheiro Adrielli De Fatima Da Silva Ailton Rego Lopes Alan Maicon Costa Coelho Aldeir Mendes Do
Abraao Costa Do Nascimento Ademar Pantoja Carvalho Adonias Hiuris Pereira De Adriano Dos Reis Oliveira Ferreira Ailton Rodrigues Dos Santos Alan Marques De Sousa Nascimento
Abraao Dantas Da Silva Ademar Piedade Da Silva Araujo Adriano Dos Reis Soeiro Adrielly Camila Da Silva Ailton Santos De Abreu Alan Matheus Vieira Pinheiro Aldelan Costa Pinheiro
Abraão De Souza Moraes Ademilson Farias Santa Rosa Adonias Macedo Da Silva Adriano Dos Santos De Brito Ramos Ailton Silva Da Silva Alan Mourao Aldemy Guimarães Lima
Abraao Dos Santos Menezes Ademir Da Silva Amaral Adonias Maia Alves Adriano Dos Santos De Jesus Adrielly Kendy Santos Da Ailton Silva Moraes Alan Nantes Junior
Abraão José Travassos Ademir Da Silva Santos Adonias Souza Da Silva Adriano Dos Santos Dias Costa Ailton Silva Santos Alan Neves De Oliveira Aldenei Claudio Dos Santos
Banaion Filho Ademir De Souza Da Silva Adonias Souza De Abreu Adriano Expedito Santos E Adrielson Pinheiro Garcia Airton Carlos Moia Da Silva Alan Patrick De Oliveira Aldenei Marques
Abraão Santos Araújo Ademir Goncalves De Souza Adré João E Silva De Silva Adriene Geandra Dias Palha Airton Florencio Brasil Aldenilson Neves Pereira
Abraão Silva Do Nascimento Ademir Marques Ferreira Oliveira Adriano Ezequiel Saraiva Da Adriene Monique Carvalho Airton Leonan Souza Alan Patrick Venancio Aldenir Baia De Oliveira
Acacio Da Silva Filho Adreilton Viana Brito Cruz Monteiro Machado Medeiros Aldeniza Cardoso
Acavias Souza Da Paixão Ademir Trindade Da Cunha Adrian Rick Araujo Adriano Ferreira Cutrim Adrio Jeferson Farias Da Luz Airton Pereira Da Silva Alan Paulo Coelho Aldenor Leandro Souza Da
Adaildo Dos Reis Vieira Adenax Piedade Da Silva Adriana De Souza Carvalho Adriano Figueiredo Ferreira Adrivam Alves Dos Santos Airton Sergio Queiroz Gomes Alan Pereira De Oliveira Costa
Adailson De Souza Silva Adenil De Sousa Martins Adriana Leão Dos Santos Adriano Freitas Leão Adson Nonato Da Paz Lopes Airton Silva Das Graças Alan Pinheiro De Alencar Aldernylondo Jones De
Adailson Freitas Da Costa Adenil Ribeiro Ferreira Adriana Matos De Sousa Adriano Galvão Correa Aelson Carvalho Dias Ajax Da Silva Lopes Alan Rodrigues Maranhão Araujo
Adailson Lima Adenilson Aguiar De Oliveira Adriana Pantoja Braga Adriano Kenned Lima Da Aelson Correa Santos Ajax De Melo Farias Alan Sérgio Ribeiro Dos Aldinei Rodrigues Cardoso
Adailson Moreira Carvalho Adenilson Dos Santos Garcia Adriana Santos Dos Sanjos Silva Aelson De Oliveira Akas Ferreira Pereira Santos Aldir Barros Viana Filho
Adailson Reis Dos Santos Adenilson Douglas Da Silva Adriana Vitoria Soares Adriano Lima Nascimento Akim Da Costa Da Silva Alan Sodre De Souza Aldir Da Silva Pantoja
Adailson Silva E Silva Pantonja Vanziler Adriano Lima Da Silva Afonso Barreiro De Jesus Akyson Breno Da Conceição Alan Sousa De Oliveira Aldir Pereira Marques
Adailton Caldas Dos Santos Adenilson Gomes De Sousa Adriane Evangelista Da Costa Adriano Luiz Da Silva Afonso Celso Goncalves Paes Machado Alandreole Gomes De Araújo Aldir Souza Pinheiro
Adailton Da Silva Dos Santos Adenilson Moraes Batista Adriano Carvallo Junior Alace Ferreira Da Silva Alax Patrick Marcal Da Silva Aldison Inacio Vieira
Adailton Da Silva Salgado Adenilson Neto Tavares Adriano Allex Pimenta Adriano Luiz Da Silva Afonso Costa De Freitas Alacid Da Silva Tavares Alberth Jean Ribeiro Aldney Malcher Lopes
Adailton Dos Santos Adenilson Piedade Da Silva Adriano Alves Correa Da Carvallo Júnior Alacy Dos Santos Da Silva Alberto Carlos Lima Santa Aldo Cardoso Campos
Adailton Lima De Oliveira Adenilson Pinheiro Silva Adriano Maceno Da Silva Afonso Henrique Vieira Silva Alaercio Dos Santos Silva Rosa Aldo Parecido De Oliveira
Adailton Lourenço Das Adenilson Santos Adriano Alves De Souza Adriano Maciel De Oliveira Afonso Pascoal Brito Pereira Alailson Correa De Sousa Alberto Cordeiro Pereira Luiz
Neves Adenilton Gomes Da Adriano Anderson Leao Dos Adriano Marcelo Da Silva Agaivo Carvalho Portugal Alailson Dos Passos Araújo Júnior Aldo Sérgio Costa Da Silva
Adailton Monteiro Costa Conceicao Santos Costa Agamenon Sampaio Moura Alailson Felipe Damasceno Alberto José Teixeira Da Aldo Souza Da Costa
Adailton Ribeiro Da Silva Adenilton Lima Oliveira Adriano Araujo Guedes Adriano Marques Ribeiro Agenor Pereira Barbosa Alailson Pereira Antunes Silva Aldonias De Jesus Dos Anjos
Adailton Santos Silva Aderlan Da Silva Costa Adriano Assuncao Holanda Adriano Martins Barata Ageu Paixão Dias Alailton Ferreira Da Silva Alberto Júnior Monteiro Aldré Júnior De Lima Cruz
Adailton Teixeira Santos Aderson Alberto Souza Da Adriano Assunção Reis Adriano Mendes Trindade Aglailton Luiz Santos Alailton Ferreira Da Silva Neves Aleandro Soares Da Silva
Costa Conceicao Adriano Assunção Reis Adriano Nascimento De Pinheiro Alailton Ferreira Da Silva Alberto Nazareno Santos Alef Barbosa Picanço
Adalto Sousa Pereira Junior Aderson Felipe Gama Britto Adriano Baena Rodrigues Castelo Agnaldo Aragao Fontenele Alam De Souza Oliveira Pinheiro Alef Brendo Goncalves Silva
Adan Da Silva Nascimento Adevailton Jesus Dos Santos Adriano Barbosa Da Silva Adriano Nascimento De Oliveira Alan Abrana Rodrigues Alberto Rodrigues Da Silva Alef Cardoso Da Silva
Adao Castro Pinheiro Adevaldo De Sousa Dias Adriano Barroso Silva Souza Agnaldo De Oliveira Cardoso Alberto Santos Pantoja Alef Carlos Oliveira
Adao Franco Ramos Adicarlos Rodrigues Almeida Adriano Batista Rodrigues Adriano Oliveira Barros Agnaldo Dos Santos Junior Alan Adiel Rosario Carvalho Alberto Silva Lima Rodrigues
Adausley Nunes Da Silva Adiedison Bispo Da Silva Adriano Batista Rodrigues Adriano Oliveira Da Silva Agnos Silva Dos Santos Alan Aquino Da Silva Alberto Soares Da Silva Alef Cuimar Mendes
Adecenildo Dos Santos Adiel Costa De Lima Adriano Bispo De Oliveira Adriano Oliveira De Sousa Agresson Viana Da Silva Alan Batista Dias Albino Dos Santos Moreira Alef Diego Guimarães Lima
Adeilson Da Silva E Silva Adielson Do Nascimento Adriano Cardoso Do Adriano Pereira Da Silva Aguinaldo De Almeida Alan Bruno Sousa Barbosa Alcemir De Souza Silva Alef Elias Cardoso
Adeilson Freitas Nascimento Pereira Nascimento Adriano Pereira Dos Santos Barros Alan Cardoso Barbosa Alcenir Da Silva Amaral Alef Goes Monteiro
Adeilson Moraes Vieira Adilon De Souza Fernandes Adriano Castelo Branco Da Adriano Pereira Gusmão Aguinaldo Filho Mendes Alan Cleberson Correa Da Alciane Dos Santos Alef Gonçalves Dos Santos
Adeilson Pereira Marques Adilson Cardoso Da Luz Silva Adriano Pereira Maciel Pinheiro Conceição Alciane Santos De Lima Alef Rafael Albuquerque
Adeilton Da Silva E Silva Adilson Correa Baia Adriano Chaiane Gomes Adriano Pereira Ribeiro Aguinaldo Monteiro De Paiva Alan Cleiton Costa Campelo Alcicleidson Pantoja Tenorio Caldas
Adeilton De Assuncao Adilson De Lima Costa Nunes Adriano Pereira Ribeiro Junior Alan Coimbra Valadares Alcidineres Santos De Lima Alef Ramon Dos Passos
Lameira Adilson De Souza Almeida Adriano Cordeiro Costa Adriano Pinheiro Peixoto Aildo Moreira Goncalves Alan Craveiro Lopes Alcido Pantoja Do Espirito Barreto
Adeilton Franco Barreto Adilson Ferreira Da Silva Adriano Correa Dutra Adriano Rocha Dos Santos Ailson Alexandre Ribeiro Da Alan Da Silva Costa Santo Alefe Batista Rebelo
Adejando Mendes Pimentel Adilson Maciel Da Silva Adriano Correa Pinheiro Adriano Rodrigues Da Silva Silva Alan De Jesus Da Costa Dias Alcindo Otowicz Dos Santos Aleffe Moreira
Adel Pereira Dos Santos Adilson Nazareno Antunes Adriano Costa Baia Adriano Silva Conceicao Ailson Fabio Pereira De Alan Dhony Gomes Da Alcinete Rodrigues Dos Aleison Da Silva Bahia
Adelcacio Da Silva Vieira Araújo Adriano Cristo Lobo Adriano Silva Da Silva Oliveira Cunha Santos Aleksander De Souza Serafin
Adelino De Jesus Santos Adilson Pantajo Correa Adriano Cunha Da Silva Adriano Silva Nunes Ailson Sodre Ferreira Alan Diego Aguiar Favacho Alcione Da Cruz Dos Santos Alekxandro Ribeiro Sousa

7
Alemax Palheta Leal Alex Pinheiro Oleastre Alfredo Farias Silva Ana Beatriz Da Silva Anderson Goncalves Lima André Felipe Silva Melo Angelo Dos Santos Nunes Antonio Carlos Oliveira
Alemax Rodrigues Alex Pinto Pereira Alfredo Leandro Machado Ana Beatriz Santos Souza Anderson Gonçalves Silva André Ferreira Da Costa Angelo Goncalves De Rocha
Alenso Flavio Da Silva Silva Alex Ramos Santos Dos Cardoso Ana Carla Anderson Jefferson Da Costa Andre Ferreira De Castro Carvalho Antônio Carlos Padilha Da
Alescinho Ferreira Da Silva Santos Alfredo Vilhena Ataide Ana Caroline Brito Da Silva Silva André Ferreira Marinho Angelo Jose Zampiva Silva
Aleson Martins De Lima Alex Roberto Silva De Lima Alielson Cavalcante Costa Ana Caroline Dos Santos Anderson Jhonata Souza André Ferreira Teixeira Ângelo Maximiniano Silva Antonio Carlos Pereira Da
Aleson Santos Do Carmo Alex Rocha De Souza Alildo Marques Moreira Souza Ferreira Andre Fonseca Maues Ângelo Ramos De Nazaré Silva
Alessadre Amorim Da Silva Alex Rocha Dias Alindomar De Sousa Neves Ana Clara Dos Santos Anderson Jose Martins Andre Gomes Garcia Angelo Ricardo Dos Santos Antonio Carlos Pinheiro Da
Alessandra Bararua Cabral Alex Rodrigo Barros Da Silva Alindomar De Sousa Neves Oliveira Araujo André Gomes Pinto Martins Silva
Alessandra Da Costa Pinheiro Alex Rodrigues Borges Alindrina Alice Da Ana Clara Neves Figueiredo Anderson Jose Silva Dos André Henrique De Oliveira Angelo Souza Da Silva Antonio Carlos Prudente Dias
Alessandra Romano Gomes Alex Sandremiler De Lima Conceicao Barroso Ana Claudia Dos Santos Santos Da Silva Angirley De Carvalho Antonio Carlos Ribeiro
Alessandra Silva Da Silva Pantoja Aline Cristina Da Silva Goncalves Anderson Jose Vieira Da André Junior Carneiro Barros Moraes Barros
Alessandro Abreu Da Silva Alex Sandro Alves De Araújo Santana Ana Elisa De Souza Correa Silva André Leandro Pinheiro Da Anglebson Guedes Raiol Antonio Carlos Rocha
Alessandro Albuquerque Alex Sandro De Souza Aline Marques De Oliveira Ana Karina Sousa De Sousa Anderson Junior Farias Silva Anildo Bispo Moraes Antonio Carlos Saraiva
Miranda Padinha Aline Oliveira Leite Ana Karoline Veiga Ferreira Ferrira Andre Luis Da Silva Feitosa Anilson Passos Pinheiro Pinheiro
Alessandro Almeida Amorim Alex Sandro Ferreira Alinna Giselle Gonçalves Ana Leiticia Barbosa Costa Anderson Junior Lima Ramos André Luis De Sousa Aquiles Anilton Gonzaga Barbosa Antonio Carlos Silva De
Alessandro Araujo Lira Meireles Santos Ana Maria Monteiro Da Silva Anderson Kennedy Ribeiro Andre Luis Do Nascimento Anivaldo Farias Paes Leoncio
Alessandro Augusto Dos Alex Sandro Sarges Caldas Alinna Sayure De Jesus Ana Patricia Oliveira De Andrade Amaral Annyson Araujo Pinto Antonio Carlos Silva Leite
Santos Braz Alex Sandro Teles Pereira Souza Anderson Leonardo Almeida Andre Luis Nascimento Anselmo Moraes Botelho Antônio Carlos Siqueira Dos
Alessandro Barroso Dos Alex Santos Nunes Alison Dos Santos França Ana Paula Almeida Almeido Oeiras Nonato Neto Santos
Santos Alex Silva Da Silva Alison Fernando Amoras Ana Paula Dos Santos Anderson Lima Pereira Andre Luis Silva Damasceno Anselmo Pereira Lima Antonio Carlos Sousa Gil
Alessandro Batista Dos Alex Simoes Lopes Monteiro Ana Paula Gomes Dos Santos Anderson Lima Teodoro André Luiz Azevedo Da Antanael Da Costa De Antonio Carlos Sousa Gil
Santos Alex Sousa Sodré Alison Lima De Paiva Ana Paula Pinheiro Pismel Anderson Lopes Gaspar Costa Oliveira Antonio Carlos Teixeira
Alessandro Borges Alex Thiago Braz Eugenio Alison Sobreiro Da Silva Ana Quecia Teles Upton Anderson Lucas Ferreira Da Andre Luiz Cardoso Antenor Levi Lobato De Cardoso
Alessandro Borges Dutra Alex Vaz De Lima Alisse Ane Lima Pinheiro Anabeli Dos Santos Monteiro Luz Gonçalves Souza Antônio Carlos Veiga Soares
Alessandro Braz Perdigao Alex Willian De Jesus Alisson Araújo Resende Anael Dos Santos Silva Anderson Luis Dos Santos Andre Luiz Santos Antenor Machado Antônio Carlos Veras Filho
Alessandro Carlos De Souza Alexaandre Paes Valadares Alisson Fernando Chaves Ancelmo Pinheiro Cunha Vieira André Luiz Santos Da Silva Antônia Michelly Viana Antonio Cassio Junior Cunha
Alessandro Cavalcante De Alexadre Cardoso Moura Cordeiro Santos Anderson Luis Miranda Da André Luiz Vieira Pereira Martins De Souza
Castro Alexander Da Silva Souza Alisson Henrique Silva Andeilson Matias Santana Silva Andre Moreira Nascimento Antoniel De Lima Capim Antônio Cassio Ribeiro
Alessandro Cristina Da Silva Alexander Dantas Rodrigues Andeilson Matias Santana Anderson Luiz De Oliveira Andre Nascimento Dos Júnior Ferreira De Santana
Alessandro Cristina Da Silva Alexandre Abreu Costa Alisson Jack Barbosa Da Ander Cleverton Soares Dos Reis Santos Antoniel Dias Silva Antonio Castro Da Silva
Alessandro Da Silva Borges Alexandre Alberto Silva Da Silva Cunha Anderson Macedo E Maia Andre Nascimento Monteiro Antoniel Oliveira Goncalves Antônio Celio Dos Santos
Alessandro Da Silva Lima Silva Alisson Rodrigues Da Silva Ander Jaime Lopes Dos Anderson Maciel Nascimento Andre Pantoja Neri Antoniel Ribeiro Da Antonio Chagas Dos Santos
Alessandro Da Silva Silva Alexandre Almeida Da Silva Alisson Souza Silva Santos Silva André Ramos Maduro Conceicao Antonio Charles Lima Santos
Alessandro Dos Passos Rêgo Alexandre Augusto Barroso Allan Alberto De Sousa Anderley Garcia Da Silva Anderson Martins Da Cunha André Roberto Meireles De Antoniel Ribeiro De Freitas Antônio Claúdio Sabino Da
Alessandro Dos Passos Rodrigues Junior Oliveira Anderson Abreu De Nazare Anderson Matheus Pedroso Oliveira Antonieli Oliveira Maciel Silva
Rodrigues Alexandre Augusto Da Silva Allan Amorim Dos Reis Anderson Alves De Lima Rodrigues Andre Rodrigo Lisboa Antonildo Soares Costa Antonio Cleber Barbosa Da
Alessandro Emidio Dos Rodrigues Allan Felipe Pinheiro Dias Anderson Amador Anderson Maykida Silva Evangelista Antonio Bruno Ribeiro Da Silva
Santos Da Silva Alexandre Barbosa Da Silva Allan Gabriel Maia Da Silva Anderson Andre Silva Vieira André Rubens Da Silva Costa Antonio Cleber Sa Ramalho
Alessandro Favacho Dias Alexandre Bruno Melo Allan Jhonne Santos De Tavares Anderson Melque Dos Santos Miranda Antonio Martins Souza Antonio Clebson Figueiredo
Alessandro Ferreira Barbosa Modesto Oliveira Anderson Antonio Silva De Bezerra Andre Silva Boaz Antonio Adailson Das Moraes
Alessandro Ferreira Barbosa Alexandre Bruno Sousa Allan Jhony Furtado De Oliveira Anderson Mendes Da Silva André Silva Das Neves Chagas Elias Antônio Cleisson Lima
Alessandro Ferreira Sena Nunes Carvalho Anderson Araújo Serrão Anderson Michel Lopes Andre Silva De Sousa Antônio Adeilton Freitas Barbosa
Alessandro Ferreira Silva Alexandre Cabral Ataíde Allan José Carvalho Da Anderson Baia Ladislau Souza André Silva De Souza Pinto Antonio Cleiton Da Silva
Alessandro Figueiredo Dias Alexandre Carvalho Dos Cunha Anderson Barbosa Lima Anderson Monteiro Batista André Souza Teixeira Antonio Adelson Da Silva Sousa
Alessandro Freitas Da Cruz Santos Allan Kardek Sousa Mota Anderson Batista Alves Dos Anderson Moraes De Sousa Andre Thiago Correa Dos Sousa Antonio Cleiton De Oliveira
Alessandro Gonçalves Abreu Alexandre Cristiam Allan Kilbert De Souza Santos Anderson Muniz Ribeiro Santos Antonio Adenilton Oliveira Gomes
Junior Conceição Pereira Allan Max Rodrigues Anderson Bernaldo Ferreira Anderson Negrao Da Silva Andre Thiago Correa Dos De Sousa Antonio Cleiton Pereira
Alessandro Jorge Neto Alexandre Cutrim De Sousa Allan Melo Silva Da Silva Anderson Oliveira Dos Santos Antonio Adriano Silva Nascimento
Barbosa Alexandre Da Costa Amorim Allan Paulo Moura Dos Anderson Braganca De Brito Santos Andre Thiago Correa Dos Oliveira Antonio Cleyton Ribeiro
Alessandro Leao Osorio Alexandre Da Costa Pinheiro Santos Anderson Brito Anderson Oliveira Pinheiro Santos Antonio Alan Leao Da Silva Miranda
Alessandro Lopes Da Silva Alexandre Da Silva Pinto Allan Peterson Alves Batalha Anderson Cabral Ataide Anderson Paiva Santos Andre Tiago De Lima Antonio Aldeni De Andrade Antonio Costa E Souza
Alessandro Moraes De Alexandre Dantas Ferreira Allan Rafael Reis Pinheiro Anderson Carlos Ribeiro Da Anderson Pereira Da Costa Mendes Moura Antonio Costa Moura
Oliveira Alexandre De Andrade Allan Ricardo Monteiro Silva Anderson Pereira Dos Santos Andrea Da Silva Favac Antonio Aleandio Das Antonio Cunha De Souza
Alessandro Oliveira Dos Freitas Malcher Anderson Carlos Tavares Anderson Preste Ferreira Andrea Lucio Da Silva Chagas Antonio Da Conceicao Lima
Santos Alexandre De Castro Pacheco Allan Soares Monteiro Da Conceição Anderson Rafael Da Silva Andrei Begma Fernandes Antonio Alessandro Dos Reis Junior
Alessandro Rocha De Souza Alexandre De Oliveira Silva Anderson Charles Silva Reis Botelho Dias Soares Paulo Antônio Da Conceição Silva
Alessandro Santos Barros Alexandre De Oliveira Sena Allan Sousa Pinheiro Anderson Cleber Da Silva Anderson Rafael Santos Silva Andrei Braga De Souza Antonio Alexandre Silva De Filho
Alessandro Sousa De Oliveira Alexandre De Souza Baia Allef Antônio Pinheiro Reis Anderson Roberto Dias De Andrei Cascalheira Martins Sousa Antônio Da Costa
Alessandro Vieira Dos Santos Alexandre Dos Santos Allef Da Silva Campos Anderson Clebson De Lima Souza Andrei Conceicao Ferreira Antonio Alves Da Silva Nascimento
Alesson Patrick Costa Moraes Andrade Allef Richard Barbosa Silva Miranda Anderson Roberto Maciel Andrei Correa Goncalves Antonio Alves De Lima Antônio Da Silva Alves
Alex Alexandre Dos Santos Lima Allem Ramos Barbosa Anderson Cleyton Coelho Farias Andrei Da Costa Pantoja Antonio Alves Dos Anjos Antônio Da Silva Costa Neto
Alex Alexandre Farias Da Silva Allex Piedade Da Silva Paiva Anderson Rodrigues Da Luz Andrei Da Paixão De Souza Junior Antonio De Castro Cartinhas
Alex Alcantara Borges Alexandre Ferreira Da Silva Alline Assunção Anderson Cleyton De Sousa Anderson Rodrigues Dos Andrei De Miranda De Castro Antonio Andre De Andrade Junior
Alex Alexandre Xavier De Sousa Allison De Moraes Castro Lopes Santos Andrei Ferreira Antônio Arão Filho Antonio De Farias Paixao
Raposo Alexandre Ferreira Gonçalves Allissa Tavares Goncalves Anderson Coelho De Souza Anderson Sales De Oliveira Andrei Luciano Soares Da Antonio Assunção Da Cunha Antonio De Jesus De Oliveira
Alex Amoras Monteiro Alexandre Henrique Braga Allyson Sousa De Carvalho Anderson Conceição Ferreira Anderson Santana Gomes Silva Antonio Augusto Campos Antonio Denison Da Silva
Alex Andrei Ferreira Rodrigues Almir Benedito Pereira Do Anderson Cordeiro Dos Anderson Santana Paz Andrei Pinheiro Da Costa Dos Santos Oliveira
Sampaio Alexandre Junior De Paulo Nascimento Santos Anderson Santos Da Graca Andrei Silva Rabelo Antonio Augusto Gomes Dos Antonio Derivan Santos
Alex Arújo Da Costa Oliveira Almir Frank Ramos Dos Anderson Corrêa Libato Anderson Silva Costa Andrei Silva Souza Santos Rodrigues
Alex Augusto Fonseca Alexandre Lima Calandrini Santos Anderson Correa Lira Anderson Silva Da Conceicao Andreilson Da Silva Antonio Barbosa Cravo Antonio Dias Cardozo
Conceição Alexandre Lima Da Silva Aloísio Moreira Furtado Anderson Costa De Moura Anderson Silva Da Conceicao Andreilson Rabelo Pedroso Antonio Batista Junior Antônio Dias De Souza
Alex Azevedo Trindade Alexandre Lobo Souza Altaides Henrique Ramos Anderson Da Conceicao Anderson Silva Da Silva Andreis Carneiro Da Silva Antônio Bernardo Dos Santos Antonio Dias Ribeiro
Alex Bandeira Guimaraes Alexandre Miranda Lima Dos Santos Barbosa Anderson Silva E Silva Andreison Silva Dos Santos Antonio Bezerra De Aquino Antonio Diego Da Costa
Alex Barbosa Da Silva Alexandre Morais Da Silva Altier Ramos Leal Anderson Da Luz Silva Anderson Silva Pantoja Andrelino De Jesus Braga Neto Sousa
Alex Brito Reis Alexandre Moreira Holanda Altobelle Silva Cavalcante Anderson Da Silva Brito Anderson Silva Pontes Ferreira Antonio Borges Da Silva Antonio Dinei Alves Feitosa
Alex Bruno Trindade Lopes Alexandre Nunes Lima Aluisio Barbosa Ribeiro Anderson Da Silva Conceição Anderson Silva Santos Andremilto Mota Antonio Breno Dos Reisleal Antonio Diogo Da Silva
Alex Costa Da Silva Alexandre Oliveira Da Aluizio Junior Rodrigues Anderson Da Silva Ferreira Anderson Silva Santos Andrenil Rosa Do Antonio Brito Souza Junior Souza
Alex Costa De Carvalho Conceicao Machado Anderson Da Silva Ferreira Anderson Souza Da Silva Nascimento Antonio Carlos Alves Da Antônio Do Egito Beltrão
Alex Cristiano Campos Alexandre Paiva De Lima Aluizio Silva Lima Anderson Da Silva Oliveira Anderson Souza Farias Andreo William De Oliveira Silva Neto
Chaves Alexandre Pastana Ferreira Alvaro Bruno De Aviz Anderson Da Silva Petronio Anderson Tadheu Da Rosa Ferreira Antonio Carlos Alves Da Antonio Dos Reis Santos
Alex Cruz De Deus Alexandre Paulo De Souza Macias Anderson De Aquino Virtude Uchoa Andreson Barroso Monteiro Silva Oliveira
Alex Da Conceicao Do Das Virgens Alvaro Cardoso Da Costa Anderson De Jesus Lobato Anderson Tavares De Souza Andresso Da Costa Oliveira Antonio Carlos Alves Antônio Dos Santos Lima
Amaral Alexandre Peniche Tavares Almeida Moraes Anderson Teixeira Dos Andrew De Melo Andrade Mesquita Neto
Alex Da Conceicao Santos Alexandre Pereira Cardoso Alvaro Cereja Oliveira Anderson De Souza Farias Passos Andrew Mateus Gonçalves Antônio Carlos Amador Antonio Dos Santos Pardim
Alex Da Costa Bararua Alexandre Pessoa Da Luz Rodrigues Anderson De Souza Farias Anderson Thiago Andrade Dos Santos Pantoja Junior Antonio Dos Santos Silva
Alex Da Costa Dias Alexandre Rodrigues Santos Alvaro Junior Pinheiro Anderson De Souza Lopes Lopes Andrew Richard Dos Santos Antônio Carlos Andrade De Antonio Eder Chaves Furtado
Alex Da Silva Colares Alexandre Santos Tavares Cardoso Anderson De Souza Silva Anderson Thiago Lemos De Barbosa Oliveira Antonio Eder Oliveira De
Alex Da Silva De Souza Alexandre Sarmento Lima Alvaro Lobo Carvalho Anderson Dias Baia Miranda Andrew Thaina Freitas De Antonio Carlos Araujo Carvalho
Alex Da Silva E Silva Alexandre Silva Da Costa Álvaro Luiz Sousa Ferreira Anderson Dias Barbosa Anderson Trindade Santos Souza Fonseca Antonio Edilson Braga
Alex Da Silva E Silva Alexandre Sousa Do Rosario Junior Anderson Diego De Araujo Anderson Trindade Silva Andrey Brasil De Mesquita Antônio Carlos Belém Antonio Edilson Do Rosario
Alex Da Silva Formigosa Alexandre Tavares Da Silva Alvaro Martins Da Silva Correa Anderson Wallacy De Souza Andrey Das Neves Melo Conceição Pinheiro
Alex Da Silva Gomes Alexandre Teixeira Dos Alvaro Wellington Gomes Anderson Do Carmo Campos Ferreira Andrey Dos Santos Balieiro Antonio Carlos Bezerra Antonio Edinan Dos Santos
Alex Da Silva Mata Santos Rodrigues Anderson Do Nascimento Anderson Xavier Aguiar Andrey Fonseca De Medeiros Sousa Sousa
Alex Da Silva Pantoja Alexandre Thiago De Jesus Amadeu Barbosa De Oliveira Baía Andersonvale Rodrigues Andrey Geremias De Aguiar Antonio Carlos Brito Borges Antônio Edson Da Silva
Alex De Freitas Nobre Dias Amadeu Barbosa Filho Anderson Do Nascimento Andervando Rodrigues Da Andrey Leonardo Rodrigues Antonio Carlos Carvalho Abreu
Alex De Souza Queiroz Alexandre Vieira De Souza Amanda Da Silva Oliveira Ferreira Costa Cavalcante Pinheiro Antonio Edson De Alencar
Alex Dos Santos Viana Alexandro De Oliveira Sales Amanda Kamisky Da Silva Anderson Dos Santos Aguiar André Andrey Luis Silva Da Silva Antonio Carlos Da Silva Amorim
Alex Favacho Vasconcelos Alexandro Santos Da Cruz Martins Anderson Dos Santos Da André Almeida De Oliveira Andrey Marcos Seabra Antônio Carlos Da Silva Antônio Eduardo Gomes De
Alex Felipe De Castro Alexsandro Da Silva Amanda Santos Freire Silva Andre Angelo Soares De Andrey Pimentel Da Silva Antonio Carlos Da Silva E Castro
Alex Ferreira Forte Alexsandro Da Silva Alves Amanda Vitória Dos Santos Anderson Dos Santos Oliveira Andrey Willham Santos Silva Antonio Edvan Ferreira Da
Alex Goncalves Andrade Farias Amanda Vitoria Matias Da Gonzaga André Araújo Cardoso Santos Antonio Carlos Da Silva Silva
Alex Gonçalves Cardoso Alexsandro Da Silva Lima Fonseca Anderson Dos Santos Lobato Andre Campos Da Silva Andreyson Ramos De Martins Antonio Elielton Silva Dos
Alex Jonatas Dos Santos Alexsandro De Castro Correa Amaradei Garcia De Andrade Anderson Dos Santos Souza André Carlos Moraes Lira Almeida Antonio Carlos De Alcantara Santos
Alex Junior Coelho Do Alexsandro Dos Santos Amarildo De Melo Gomes Anderson Douglas Pantoja Andre Cristian Gomes Do Andreyson Wesley Assayag Araújo Antônio Elison Santos
Rosario Alexsandro Dos Santos Amarildo Martins Maia Do Vale Nascimento Vieira Antônio Carlos De Almeida Oliveira
Alex Junior Da Costa Xavier Amarildo Santos Gomes Anderson Eloi De Oliveira André Da Costa Rodrigues Andreza Ariani Castro De Antonio Carlos De Sousa Antonio Elison Vidal Da
Monteiro Alexsandro Lima Sousa Amasio Joel Cardoso Nascimento Da Silva Souza Costa Silva
Alex Kenive Souza Dos Alexsandro Lyra Picanço Favacho Anderson Evaldo Rocha Andre Da Costa Vieira Andreza Leticia Da Luz Antonio Carlos Dias Macedo Antônio Elivaldo Da Silva
Santos Alexsandro Rosario De Amauri Correa Da Silva Valente André Da Silva Gomes Costa Antonio Carlos Dos Santos Antonio Elivando Uchoa De
Alex Leite Gomes Quadros Amauri Ferreira Anderson Favacho Sodré André De Sousa Castro Andreza Nazare Da Silva Farias Araujo
Alex Luis Farias Ribeiro Alexsandro Souza Da Costa Amauri Lopes Da Silva Anderson Felipe Das Neves André De Souza Moreira Neves Antonio Carlos Ferreira Silva Antonio Elton Rodrigues
Alex Maia Da Silva Alexson Da Costa Machado Amauri Miranda De Melo Araujo Andre Do Carmo Da Silva Andrinei Simões Nunes Antonio Carlos Gomes Vieira
Alex Matos E Silva Alexssandre Neves De Amaury Moisés Nunes Da Anderson Ferreira Correa Andre Erutan Silva De Sousa Andro Ramos Dos Santos Cardoso Antonio Emidio De Alencar
Alex Mauro De Castro Freire Oliveira Silva Anderson Ferreira Lima André Farias Dos Santos Ândry Alves De Moraes Antônio Carlos Holanda Dos Filho
Alex Monteiro Oliveira Alexssandro Nascimento Da Americo Dos Santos Correa Anderson Franca Dias André Feitosa Ferreira Andson Gustavo Gomes De Santos Costa Antonio Ericks Silva Barbosa
Alex Moreira Andre Silva Amilson Passos Rocha Anderson Francisco Barros Andre Felipe Araujo De Campos Antonio Carlos Lira Da Silva Antonio Erielton Alves De
Alex Nogueira Pinheiro Alexssandro Tarden Lima Amilton Noronha Da Silva Anderson Freitas Da Silva Pinho Ane Priscille Paiva Miranda Antonio Carlos Macedo Lima
Alex Oliveira Alexsuel Costa Goulart Amiraldo Tavares Pereira Anderson Furtado Da Silva André Felipe De Souza Angel Farias Dos Santos Marques Antônio Erivan Paulo Da
Alex Pablo Tocantins Alferson Silva Viana Amorim Barros Anderson Gato Gomes Santana Angela Camargo Antonio Carlos Monteiro Silva
Pinheiro Alfra Cristina Da Cunha De Amos Teodoro Ramos Anderson Gemaque Furtado André Felipe Do Amaral Angelica Souza Araujo Amorim Antonio Everton Coelho
Alex Pimentel Loureiro Souza Amuthes Ferreira Da Silva Anderson Gomes Rezende Damasceno Angelo De Souza Gomes Maia

8
Antonio Fabio Da Silva Antonio Marcio Oliveira Antonio Waleson Guimaraes Augusto Nascimento Brener Do Carmo Lima Bruno Marcal Ferreira Carlos Alberto Lopes Carlos Eduardo Silva Da
Bronze Veiga Da Silva Cerqueira Brenner Lua Cardoso Do Bruno Martins Craveiro Pimentel Junior Conceicao
Antonio Fabio Furtado Dos Antonio Marcos Basilio Do Antônio Wellington Sousa De Augusto Ramon Da Silva Espirito Santo Bruno Matheus Leal Dos Reis Carlos Alberto Magalhães Carlos Eduardo Souza
Santos Nascimento Lima Cabral Brenner Mauricio Moraes Bruno Matias Costa Carlos Alberto Ribeiro Cabral Fonseca
Antonio Fagner Lima De Antonio Marcos Basilio Do Antonio Wenderson Travasso Augusto Rodrigues Fonseca Vilhena Bruno Matos De Melo Carlos Alberto Souza Luna Carlos Elzaman Ferreira
Oliveira Nascimento Silva Augusto Rodrigues Souza Brenner Willi Gerhardt Bruno Mescouto Do Carmo Carlos Alberto Trindade Almeida
Antonio Farias Travassos Antonio Marcos Da Silva Antônio Willians Garros E Mourão Pantoja Bruno Messias Nunes Mendosa Carlos Everson Da Silva
Antonio Felipe Dos Santos Reis Júnior Silva Augusto Solon Dos Santos Breno Alaf Lima Gomes Gonçalves Carlos Alex Dos Santos Silva Barbosa
Barbosa Antonio Marcos De Maria Antônio Xavier Cruz De Fernandes Breno Alves Mreira Bruno Miranda Correa Carlos Alex Silva Braga Carlos Feitosa Balbino
Antônio Fernandes Pinheiro Antonio Marcos De Oliveira Souza Augusto Tiago Nery De Breno Amancio Dos Santos Bruno Monteiro De Souza Carlos Alexandre Braga Da Carlos Felipe Amaral De
Moraes Cardoso Antono Carlos Araujo Souza Barbosa Breno Barata Dos Santos Bruno Monteiro Rocha Silva Matos
Antônio Ferreira Antônio Marcos De Sousa Antony Jorge Torres Aulessandro Duarte Alves Breno Barros Godinho Bruno Nascimento Chagas Carlos Alexandre Da Silva Carlos Fernando Pinheiro De
Antonio Ferreira Filho Reis Esquerdo Aurivan Lima Da Conceicao Breno Cassio Ferreira Da Bruno Neris Vale Carlos Alexandre Da Silva Lima
Antonio Ferreira Neri Antonio Marcos Lira Da Aparecido Rocha Alves Aylton Rocha De Sousa Silva Brito Bruno Otávio Da Silva Brito Vieira Carlos Gabriel Almeida De
Antonio Filho Damasceno Silva Aquila Santos Lima Ayrton Correa Martins Breno Da Silva Gomes Bruno Patrick Coimbra Da Carlos Alexandre Dos Santos Souza
Fontinele Antonio Marcos Miranda Arao Dos Santos Sobrinho Ayrton Soares Da Silva Breno De Souza Marques Silva Nascimento Carlos Gabriel Da Silva
Antônio Filho Lima Aragão Dias Arão Orlando Dutra Barbosa Ayton Da Conceicao Chaves Breno Dos Santos Lima Bruno Patrick Da Silva Farias Carlos Alexandre Dos Santos Carlos Gabriel Dos Anjos
Antonio Flavio Correa De Antonio Marcos Pereira Da Arbrinq Ribeiro De Oliveira Baraque Costa De Lima Breno Dos Santos Soares Bruno Pereira Neto Santos Pereira Travassos
Souza Silva Ardon Dos Santos Lima Barbara Lira Ferreira Breno Ferreira Campos Bruno Pereira Pantoja Carlos Alexandre Lopes Da Carlos Geferson Batista Dos
Antonio Francelino De Antonio Marcos Pinheiro Arenato Do Rosário Da Silva Barbara Suene Lopes Barbosa Breno Ferreira Dos Santos Bruno Pinto Silva Reis
Moraes Barbosa Melo Barnabe Brandao De Breno Ferreira Dos Santos Bruno Queiroz Dos Santos Carlos Alexandre Macedo Carlos Geova Castro Galucio
Antonio Francielton Rodrigue Antonio Marcos Ribeiro Do Argel Rogério Do Amaral Albuquerque Breno Ferreira Gonçalves Bruno Rafael Costa Santana Bezerra Carlos Giovanni De Jesus
De Lima Nascimento Viana Barone Oliveira Borges Breno Ferrera Costa Bruno Rafael Cotinha Alves Carlos Alexandre Pereira Dos Moraes
Antonio Francisco Das Antonio Marcos Sousa Dos Ari Augusto Muniz Monteiro Beatris Santos Furtado Breno Levi Sousa Costa Bruno Rafael Da Silva Souza Santos Carlos Gomes Da Silva
Chagas Silva Santos Ari Francelino Dos Santos Beatriz Mendes Reis Breno Luis Maciel Da Costa Bruno Rafael Farias De Carlos Alexandre Roxo Carlos Guilherme Calixto
Antonio Francisco Saraiva Antônio Marcos Souza De Monteiro Bellyton Oliveira Barreto Breno Luiz Lima Nascimento Andrade Carlos Alexandre Silva Dos Goncalves
Antônio Gefson Da Silva Oliveira Ariadna Fernandes De Sousa Benedito Andrade Dos Santos Breno Robert Moraes Dos Bruno Rafael Ferreira Da Santos Carlos Helton Da Silva
Coelho Antonio Marcos Torres Da Ariana Piedade Farias Benedito Costa Dos Santos Santos Silva Carlos Anderson Andrade Oliveira Junior
Antonio Gerson Rodrigues Silva Ariane Cardoso Miranda Benedito Do Socorro De Breno Rodrigues Bruno Rafael Souza De Freire Carlos Henreque Moreira
Ferreira Antônio Maria Gomes De Ariane Ferreira Dos Santos Melo Coelho Breno Sabaliauskas Santos Miranda Carlos Andre Alves Lima Rosa
Antonio Gilson Sousa Silva Lima Aricafu Xipaia Benedito Dos Santos Farias Breno Wilson Castro Lobato Bruno Reis Oliveira Carlos André Cardoso Da Carlos Henrique
Antônio Gleidson Gusmão Antonio Maria Rodrigues Ariclenes Figueiredo Seixas Filho Bronson Willian Martins Dias Bruno Ribeiro Campos Costa Carlos Henrique Cavalcanti
Reis Melo Arielio Carvalho Lima Benedito Erico Ribeiro Dos Brucy Rangel Conceicao De Bruno Ricardo Carlos André Chaves Dos Batalha
Antonio Gleison Da Rocha Antônio Maria Vieira Da Arielson Correa Santos Araujo Bruno Roberto Oliveira De Santos Carlos Henrique Da Silva De
Trindade Silva Arielson Dos Santos Gama Benedito Evangelista Santos Bruna Sousa Carlos Andre Da Silva Almeida
Antonio Gomes Amorim Antonio Marques Da Silva Ariemison Ribeiro Gonçalves Dos Santos Bruna Dias Celestino Bruno Rocha De Seixas Carlos Andre Do Nascimento Carlos Henrique De Souza
Antônio Iranilson Abreu Da Antônio Maurílio Maciel Arildo Carvalho De Sousa Benedito Gomes Guimarães Bruna Letícia De Castro Bruno Rodrigues Da Silva Pimentel Vasconcelos
Silva Monteiro Arildo Ramos De Sousa Benedito Jhonatan Rabelo Ferreira Bruno Rodrigues Goncalves Carlos Andre Gomes Da Carlos Henrique Dos Santos
Antônio Ivanelson Souza Antonio Melo Trindade Arilson Matheus Lins De Costa Bruna Nascimento Azevedo Bruno Rufino De Sousa Conceicao Correia
Palheta Antonio Menezes Furtado Castro Benedito Junior Borges Bruna Nascimento Azevedo Bruno Sales Monteiro Carlos Andre Gomes Do Carlos Henrique Ferreira
Antonio Jackson Pereira Antônio Moreira De Oliveira Arinelson Ferreira Gomes Mendes Bruna Natasha Da Silva Bruno Santana De Lima Nascimento Carlos Henrique Gomes Da
Sales Sousa Arinerio Barbosa Galucio Benedito Magno Da Silva Galeno Bruno Santiago Monteiro Carlos Andre Maciel Da Silva
Antonio Jadson De Jesus Antonio Mourao De Oliveira Ariosvaldo Gomes Da Silva Junior Bruno Adames Teles Martins Bruno Sergio Ferreira Moraes Costa Carlos Henrique Lima Pereira
Viana Antonio Natanael Ribeiro Da Arismilde Martins Benedito Matos Vilhena Bruno Akacio Landim Silva Bruno Silva Da Silva Carlos André Maia Nunes Carlos Henrique Lopes Da
Antonio Jailson Figueiredo Silva Arison Portal Dos Santos Benedito Muniz Moreira Bruno Alcantara Favacho Bruno Silva Dos Santos Carlos André Nascimento Costa
Lima Antonio Neldson Cunha De Arisson Gonçalves Bonfim Benedito Pereira De Andrade Bruno Allaf Dezincourt De Bruno Silva Faial Mendes Carlos Henrique Machado
Antonio Janison Dos Santos Oliveira Ariston Teixeira Dos Santos Benedito Pompeu Moraes Sousa Bruno Sousa Da Silva Carlos Andre Novaes De Costa
Vieira Antonio Nilton Da Silva E Arlan Alves Da Silva Júnior Bruno Alves Da Silva Bruno Sousa Leite Moraes Carlos Henrique Marinho Da
Antonio Jeferson De Sousa Silva Arlan Carlos Teixeira Benedito Pompeu Moraes Bruno Amaral Meireles Bruno Tavares Pacheco Carlos Andre Oliveira De Silva
De Souza Antônio Nogueira Correia Pinheiro Júnior Bruno Araujo Quaresma Bruno Teixeira Silva Lima Carlos Henrique Nascimento
Antonio Jeferson Oliveira Da Junior Arlandrino Ferreira Da Silva Benedito Santos Sarmento Bruno Araújo Queijo Bruno Thiago Galvao De Carlos Andre Oliveira Soares Da Silva
Costa Antônio Oliveira Do Rosário Arledson Balão Pessoa Benedito Sarches Lopes Bruno Barros Carneiro Souza Carlos Andre Paiva E Souza Carlos Henrique Santos Dias
Antônio Jeferson Silva Antônio Palheta Das Neves Arleisandro Monteiro Da Benedito Silva Bruno Barroso Gemaque Bruno Thiago Lima Lopes Carlos André Pereira Alves Carlos Henriques Palheta
Pereira Antonio Pascacio Carão Neto Silva Júnior Benedito Vieira Correa Filho Bruno Batista Sousa Bruno Tocantins Carlos André Pereira Oliveira Reis
Antonio Jeffson Correa Farias Antonio Paulino Da Silva Arlen Do Socorro Soares Benedito Wellison Costa De Bruno Borges De Souza Bruno Trindade Perdigão Ramos Carlos Junior
Antonio Jerverson De Araujo Antônio Paulo Costa Soares Fonseca Farias Bruno Braga Leite Bruno Venancio Moraes De Carlos André Ribeiro Dos Carlos Júnior Ataide Cardoso
Antônio Joelson Santos Dos Antonio Paulo Fernandes Arlen Leal Fonseca Beneilton Silva Ferreira Bruno Braga Martins Souza Santos Carlos Júnior Dutra Andrade
Reis Pereira Arlen Pereira Coelho Benério Pinho Bruno Carvalho De Lima Bruno Wesley Rodrigues Carlos André Silva Britto Carlos Júnior Lopes Barroso
Antonio Jonathas Antonio Paulo Saraiva Pessoa Arlene Alves De Morais Benildo Rodrigues Bruno Casar Valente Fialho Carlos André Souza Lima Carlos Kaique Diamantino
Albuquerque Lima Antonio Pedro Da Silva Arleson Martins Valente Benilson Brito Amaral Meireles Bruno Willian Rodrigues Carlos Andre Torres Da Silva Silva
Antonio Jorge Amaral Antonio Pedro Da Silva Arley Amaral Santos Benivaldo Da Silva Pantoja Bruno Chaves Viana Rodrigues Carlos Andre Vieira De Carlos Kauan Viana Dos
Ivanovitch Trivelato Arley Lyra Picanco Benoni De Souza Correa Bruno Conceicao Da Silva Caca Souza Santos
Antonio Jorge Ribeiro Dos Antonio Pereira De Araujo Arleyson Fernandes Lepes Bento Cerqueira Da Bruno Conceicao Da Silva Caciana De Souza Castro Carlos Antônio Correa De Carlos Kleberson Lopes De
Santos Filho Sousa Conceição Bruno Correa Nunes Caio Adriano Da Silva Oliveira Neto Sousa
Antônio Jorge Santos Gomes Antônio Pereira De Souza Arlinda De Souza Borges Bento Guajajara Pereira Da Bruno Correa Ramos Martins Carlos Antônio Da Cruz Carlos Kleiton Barbosa
Antonio José Cardoso Filho Antonio Pinheiro Leal Arlindo Nascimento Da Silva Silva Bruno Costa Caldas Caio Almeida Ribeiro Júnior Oliveira
Antonio José De Lima Antônio Quelson Da Silva Arlison Mendes Souza Bento Tavares Ramos Bruno Cunha De Lima Caio Campos De Lima Carlos Antonio Peniche De Carlos Kley Rodrigues
Ferreira Antonio Rael Belém Do Arlisson Batista Dos Santos Beny Rennar Tavares De Bruno Da Costa Perreira Caio Dos Santos Chaves Aguiar Andrade
Antonio Jose Dos Santos Carmo Arlosson Ferreira Neves Oliveira Bruno Da Gama Correia Da Caio Emerson Lopes Dos Carlos Augusto Baia Da Silva Carlos Leandro Da Silva
Antonio Jose Dos Santos Antônio Rafael Alves Romao Armando Leão Pinheiro Bernadilson De Souza Silva Santos Junior Peixoto
Sobrinho Junior Antônio Rafael Gualberto Armindo Silva Pinheiro Nascimento Bruno Da Silva De Moraes Caio Felipe De Menezes Carlos Augusto Castro Carlos Leandro Farias
Antonio Jose Felicio De Machado Arnald Silva Do Carmo Bernardino Edecio Pinheiro Bruno Da Silva De Souza Marques Ferreira Moutinho
Almeida Antonio Raimundo Lopes Arnaldo Americo Da Cruz Duarte Bruno Da Silva Gomes Caio Felipe Dos Santos Carlos Augusto Da Cunha Carlos Leonardo Rodrigues
Antônio José Marques Da Antonio Ramos Dos Santos Oliveira Bernardo Hospital Abelardo Bruno Da Silva Souza Caio Henrique Alves Da Pereira Da Silva
Silva Ferreira Arnaldo Cardoso Ferreira Santos Bruno Da Silva Souza Silva Carlos Augusto Da Silva Carlos Magno Ribeiro Araújo
Antonio Jose Moreira Antonio Renato De Araujo Sobrinho Bernardo Filho Alves Da Bruno De Jesus Brabo De Caio Lima Silva Carlos Augusto De Jesus Carlos Manhuari Munduruku
Antônio Josiel Conceição Gomes Arnaldo Ferreira Salgado Silva Matos Caio Roberto Batista De Pinto Da Silva Carlos Márcio Cruz Da Silva
Dos Santos Antonio Ribeiro Neves Arnaldo Medeiros Bernardo Silva Porto Bruno De Moraes Pinheiro Souza Carlos Augusto Pantoja Moia Carlos Matheus Ferreira Lima
Antonio Josiel Santos Dos Antônio Roberto Da Silva Arnaldo Rodrigues Oliveira Bernisan Borges Moraes Bruno De Oliveira Adriano Caio Roberto Da Silva Carlos Augusto Pereira Da Carlos Mozão Sousa
Santos Luiz Junior Aroldo Costa Das Neves Bianca Da Silva Costa Bruno De Padua Santa Rosa Caio Roberto Silva De Araujo Silva Shinakawa
Antônio Josimar Reis De Antônio Rodrigues Campelo Artemis Rider Mesquita Silva Bianca Da Silva Pereira Harmes Caique Silva Melo Carlos Augusto Pereira De Carlos Murilo Oliveira
Sousa Antonio Rodrigues Silva Arthur Alves Farias Bianca Feliz Da Silva Bruno De Paulo Barbosa Calebe Damiao Da Conceicao Sousa Amaral Lopes
Antonio Julio Pantoja Antonio Rodrigues Silva Arthur Antunes Mendes Raiol Bianca Laricy Moraes Bruno De Sousa Melo Calel Vieira Dos Passos Carlos Augusto Reis Carlos Nahum Da Silva
Pinheiro Antonio Rogerio Braga Arthur Braga Dos Santos Padilha Bruno De Souza Brazão Calivane Souza Santos Assuncao Carlos Pereira De Jesus
Antonio Junior Conceicao Nunes Arthur Da Costa Ribeiro Bigode Bruno Dos Passos Ferreira Calton Vinicius Do Carmo Carlos Augusto Ribeiro Da Carlos Pimentel Chaves
Dos Santos Antônio Romário Cordeiro Arthur Felipe Farias Correa Billbob Farias Da Silva Bruno Dos Reis Travesso Camila Fonseca Solino Costa Carlos Rafael Dos Santos De
Antonio Junior Correa Da Guedes Arthur Frank Dias Souza Billijhow Araujo Carvalho Bruno Dos Santos Bonfim Camila Sarmento Pereira Carlos Augusto Souza Oliveira
Silva Antonio Romario Silva Arthur Lima Da Silva Billy Igor Leite Dos Santos Bruno Dos Santos Braga Camila Sousa Da Silva Fernandes Carlos Rafael Pantoja
Antonio Junior Da Silva Dos Conceicao Arthur Nascimento Rodrigues Billy Jhon Ferrira Bruno Dos Santos Braga Camilo Geovani Melo Carlos Augusto Vieira Barros Cardoso Vulgo Tchola
Santos Antonio Santos Reis Arthur Nilson Santos Ferreira Billy Jhow Cordovil Sousa Bruno Dos Santos Correia Cardoso Carlos Bento Maciel De Deus Carlos Rafael Teodoro Nunes
Antonio Junior Pereira Da Antonio Sergio De Sousa Arthur Oliveira Andrade Bismarck Da Luz Santos Bruno Dos Santos Gomes Candido Cardoso Dos Santos Carlos Bezerra Da Costa Carlos Raphael Mendes Lima
Silva Guimarães Arthur Pereira De Brito Blendo Das Chagas Alves Bruno Dos Santos Paiva Filho Carlos Bezerra Da Costa Carlos Roberto Silva De
Antônio Kennedy Cavalcante Antônio Sérgio Dias Amoras Arthur Vieira Gama Bleno Lopes De Oliveira Bruno Dos Santos Peniche Careca Carlos Bill Costa Da Silva Albuquerque
Regio Antonio Sergio Gomes Dos Arthur Vinicius Azevedo De Boniex Conceição Sousa Bruno Dos Santos Silva Carina Damasceno Conceição Carlos Castro Da Silva Dos Carlos Roberto Silva De
Antonio Leandro Da Silva Santos Oliveira Boulyvarg Da Silva E Silva Bruno Eduardo Gonçalves Carivania De Souza Bandeira Anjos Souza
Abreu Antonio Sergio Santiago De Arthur William Da Cruz Brasilino Dos Santos Junior Dos Santos Carla De Fatima Evangelista Carlos Chaves Carlos Roberto Soares
Antonio Leandro Souza Da Sousa Seixas Brayan Wottson Araujo Da Bruno Eduardo Silva De Gomes Carlos Da Silva Nascimento
Silva Antônio Sérgio Santos Da Artur Coelho Ramos Silva Souza Carla Mendes Andrade Carlos Da Silva Miranda Carlos Robson Da Paixão
Antonio Lima Silva Costa Artur Neto Pereira Do Brena De Nazare Amoras Bruno Erick Albuquerque Da Carla Silva Da Silva Carlos Da Silva Vieira Costa
Antonio Lisboa De Araujo Antonio Silva Araujo Nascimento Pinheiro Silva Carla Suelen Gomes Andrade Carlos Daniel Marinho Uchoa Carlos Robson Ramos Costa
Antonio Lovaques Marques Antonio Silva Costa Junior Artur Teixeira Neto Brenda Brito Da Silva Bruno Estevão Carla Tais Ferreira Lopes Carlos Daniel Souza Lima Carlos Robson Ramos Costa
De Souza Filho Antônio Silvano Sousa Silva Ary De Jesus Da Silva Brenda Geovana De Souza Bruno Fagundes Dos Santos Carla Vanessa Da Silva E Carlos De Paula Farias Carlos Rodrigo Da Costa
Antonio Luan Pereira Da Antônio Soares Pina Asmina Batista De Oliveira Rodrigues Bruno Felipe Barbosa De Silva Carlos De Souza De Oliveira Novaes
Silva Antonio Sousa Macedo Ataides Alexandre Castro Brenda Macedo Goncalves Souza Carlito Gleison De Oliveira Carlos Diego Silva Dos Carlos Rodrigo Do
Antonio Luciano Piedade Antônio Sousa Santos Dos Passos Brenda Pereira Barbosa Bruno Ferreira Alves Nunes Santos Nascimento Mendonça
Leal Antonio Souza Rodrigues Atevaldo Rodrigues Da Silva Brender Marion Cardoso Bruno Ferreira Barbosa Carlo Namã Gonçalves Carlos Do Vale Teixeira Carlos Romário Santos Da
Antonio Luis De Souza Antonio Tiago Lopes Da Athila Dos Santos Pereira Rodrigues Bruno Ferreira De Souza Carlos Carlos Dos Santos De Rocha
Gomes Costa Athos Rodrigues Da Silva Brendo Castro Chaves Bruno Ferreira Maranhao Carlos Alberto Cordovil Da Oliveira Carlos Samuel Rodrigues
Antonio Machado Pinheiro Antonio Valdemir Bringel Atila Dos Santos Brendo Da Silva Sena Bruno Figueiredo Dos Santos Silva Carlos Edson Da Cunha Gonçalves
Neto Junior Atila Junior Lima Barbosa Brendo De Almeida Da Silva Bruno Geaninne Castro Da Carlos Alberto Corrêa Santos Nogueira Carlos Samuel Rodrigues
Antonio Magno Silva De Antônio Valtei Guimaraes Audeli Dos Santos Oliveira Brendo Erick Oliveira Dos Silva Carlos Alberto Costa Da Luz Carlos Eduardo Aires Silva Gonçalves
Morais Rosa Audilene Dos Santos Reis Bruno Henrique Santos Silva Carlos Alberto Da Silva Carlos Eduardo Cunha Da Carlos Samuel Rodrigues
Antonio Maicon Brito De Antonio Vitor Ferreira Carvalho Brendo Gomes Vieira Bruno Henrique Silva De Nascimento Rocha Gonçalves
Almeida Coutinho Augusto Cesar Cruz Da Silva Brendo Lorran Monteiro Souza Carlos Alberto Dos Santos Carlos Eduardo Da Silva De Carlos Samuel Rodrigues
Antônio Maranhao Barbosa Antonio Vitorio Da Augusto Cesar Macedo Braga Bruno José Da Silva Estumano Oliveira Gonçalves
Junior Conceição Junior Augusto Cezar Pinto Silva Brendo Pantoja Ramos Bruno Josue Silva Soares Carlos Alberto Dos Santos Carlos Eduardo De Freitas Carlos Samuel Rodrigues
Antonio Marcelo Da Silveira Antonio Vitorio Da Augusto Da Silva Santos Brendo Pholloan Martins Do Bruno Junior Campos Alves Junior Alcantara Gonçalves
Soares Conceição Junior Augusto Fernando Paes Dos Nascimento Bruno Kauna Oliveira Da Carlos Alberto Gonçalves Carlos Eduardo Martins Da Carlos Samuel Rodrigues
Antônio Marcio Conceição Antônio Wagner Matos Da Santos Brendo Watila Silva Silva Machado Silva Gonçalves
De Souza Silva Augusto Joaquim Viegas Monteiro Bruno Lima Albuquerque Carlos Alberto Lobato Feio Carlos Eduardo Ribeiro Carlos Santos Costa De
Cardoso Brendom Da Silva Oliveira Bruno Luiz Brandão Rocha Nascimento Freitas

9
Carlos Santos Dos Santos Chirlando Da Conceição Cleberton Henrique Silva De Cleomar Braga Da Luz Dailson Da Conceição Freitas Daniel Souza Rodrigues Davi Silva Rodrigues Deivid Monteiro Andrade
Carlos Silva Da Silva Barros Sousa Cleomar Da Silva Evangelista Dailson Gomes Da Silva Daniel Tavares Da Silva David Anderson Costa Deivid Nascimento Carvalho
Carlos Silva Menezes Cicera Neucivania Alves Cleberton Pantoja Raiol Cleomar Da Silva Pantaleao Dailson Ribeiro Dos Santos Daniel Teles De Souza Pereira Deivid Pereira Da Silva
Carlos Soares Da Silva Cicero Alves Da Silva Clebeson Coutrim Guedes Cleomar Da Silva Pereira Dailson Santos Dos Santos Daniel Teylor Alfaia Do David Benner Maciel Deivid Pereira De Freitas
Carlos Sodre Cicero Francisco Ferreira Da Clebson Da Silva Pantoja Cleonaldo Gomes Moreira Dailson Soares Almeida Nascimento Vidinho Deivison Cearense Ferreira
Carlos Souza Ferreira Silva Clebson De Moura Lima Cleonardo Barbosa Pinheiro Daisy Zague Moura Daniel Thiago Pereira David Bentes Dos Santos Deivison Aragão Soares
Carlos Thiago Silveira Cicero Gomes De Oliveira Clebson Henrique Da Silva Cleone Da Conceição Silva Dalton Assuncao Silva Daniel Wennyson Pantoja David Brayan De Sousa Deivison Barros Pinheiro
Ribeiro Cicero Jose De Almeida Clebson José Dos Santos Cleone Dias Borges Damiao Almeida Da Silva Daniel Xavier Da Silva David Bremer Da Silva Souza Deivison Carvalho Da Silva
Carlos Vanderson Pereira Costa Santos Cleone Pereira Da Costa Damiao Alves Da Silva Daniela Aparecida Sousa David Cassiano Lourenço Deivison Da Luz Costa
Miranda Cicero Lima Da Silva Clebson Mesaque Neres Cleonys Cunha Pantoja Damião Barbosa Da Luz Santos Rodrigues Deivison Da Silva Brito
Carlos Victor Macedo Alves Cícero Monteiro Dos Santos Sacramento Cleoson Mendes Dutra Damiao Castro Dos Santos Daniela Silva De Souza David Chagas Castro Deivison Da Silva Cardoso
Carlos Viegas Viana Cicero Pedro Da Silva Clebson Pereira Dos Santos Cleoson Pinheiro Marques Damião Conceição Da Silva Daniela Silva Pereira David Da Fonseca Pereira Deivison Gouveia Correa
Carlos Vital Trindade Melo Jr Cicero Sousa Da Silva Clebson Rodrigues Costa Clerrisson Everaldo Andrade Damiao Da Conceicao Araujo Daniela Viana De Souza David Da Silva Barros Deivison Leonard Martins
Carlos Wagner Dias Menezes Cidarlei Do Socorro Pantoja Clebson Silva Henrique Da Silva Damir Cardoso Do Carmo Daniele Tamires Santos Costa David Da Silva Oliveira Dos Anjos
Carlos Wendel Sandim Barroso Clebson Vitor Costa De Cleuber Luiz Moraes De Dandara Nascimento Danieli Rosário Da Costa David Da Silva Silva Deivison Pereira Da Silva
Barbosa Cidney Pantoja Dos Santos Miranda Melo Azevedo Danieli Rosário Da Costa David Da Silva Valente Deivison Rodrigues Da Silva
Carlos Wendell Sousa Alves Cilfarne Santos Bilber Junior Cledilson Cleucio Flor Moutinho Daniel Danielle Do Socorro David Darlington Nascimento Deivison Rodrigues De Souza
Carlos Williames Monteiro Cimar Abreu Dos Reis Cledinalva Cardoso Viana Cleudinaldo Souza Da Silva Daniel Monteiro Nascimento Da Silva Deivison Santos Vanzeler
Ferreira Cinthia Daniele Delfino Cledisom Silva Castro Cleudioni De Lima Brito Daniel Danielle Monteiro E Silva David De Jesus Damasceno Deivison Vitor Lourinho
Carlos Willian Dias Melo Cioni Carvalho Moura Cledson Cruz Bispo Cleudivan Pereira De Jesus Daniel Danielly Cristina Souza David De Moraes Pastana Nonato
Carmito Cordeiro Barbosa Cirlando Rodrigues Da Silva Cledson De Lima Pinheiro Cleuma De Sousa Brito Daniel Alan Dos Santos Lopes David De Souza Moraes, Deivit Figueiredo Dos Santos
Carolina Lopes De Oliveira Citonho Cledson Dos Santos Feitosa Cleuson Carvalho Martins Daniel Almeida Danielly Da Silva David Denison Pantoja Da Deivit Yago Costa Da Silva
Carolina Sousa Benjamin Civaldo Bonfim De Almeida Cledson Figueira Da Mota Cleverson Dos Reis Vilela Daniel Alves Maciel Nascimento Costa Deivyson Júnior Camilo
Caroline Barbosa De Clailton Junior Santiago Cledson Magno De Oliveira Cleverson Ideval Da Silva Daniel Alves Martins Danielson Lima De Moraes David Dheyvid Nogueira Borges
Carvalho Barbosa Pinto Araújo Daniel Amaral Da Fonseca Danielson Mota Dos Santos Mesquita Dejardson Bruno Almeida
Caroline Dos Santos Souza Claudeci Oliveira Dos Santos Cledson Santos Das Chagas Cleverton Barros De Souza Daniel Amorim De Souza Danielson Santos Dos Santos David Do Carmo Ribeiro Corpes
Casio Da Silva Souza Claudecy Pereira Cleiciane Cunha Da Silva Cleverton Rocha Dos Santos Filho Danielson Silva E Silva David Do Rosário Sousa Deliane Lobato Dos Santos
Cassia Daniele Dos Santos Claudeir Sousa Cleidiane Gonçalves Neres Clewerton Sa Goncalves Daniel Amorim Silva Danielson Souza Almeida David Ewerton Vieira De Delio Conceicao Da Silva
Rabelo Claudemir Cabral De Souza Cleidiane Pereira Ramos Cleybson Andre Sousa De Daniel Augusto Peniche Da Danil Rodrigues Santos De Sousa Delival De Pina Manito
Cassiano Batista Dos Santos Claudemir Pinheiro Carrera Cleidiel Manhuari Almeida Silva Sousa David Gean Pinheiro Silva Delnato Mendes Goncalves
Cassiano De Oliveira Claudemiro Veras Patricio Munduruku Cleyson Daniel Barbosa Dos Santos Danile Melo Dos Santos David Gomes Da Silva Delson Gama Lopes
Damasceno Claudenes Teles Cleidiermeson De Souza Cleysson Ricardo Dos Santos Daniel Barbosa Dos Santos Danillo Claudio Castilho David Henrique Lopes Da Delton Ramos Rebouca
Cassio Almeida Dos Santos Claudenice Conceicao Da Carvalho Cleyton Camara Dos Santos Daniel Benjamin Da Silva Daher Silva Demilson Ramos Dos Santos
Cassio Batista Da Silva Silva Cleidilene Da Conçeição Cleyton Da Silva Da Silva Daniel Braga Fernandes Danilo David Izaias Machado Abreu Demison Da Silva Dos
Cassio Da Conceicao Silva Claudenir Pereira Da Morais Silva Cleyton E Queiroz Oliveira Daniel Cabral Carvalho Danilo Amorim Do Rosário David Johnnatam Silva Dos Santos
Cassio Da Costa Nunes Claudia Da Silva Reis Cleidilson Pinheiro Dos Cleyton Ferreira De Almeida Daniel Campos Monteiro Danilo Avelino Da Costa Santos Demison Pessoa Silva
Cassio Da Silva Alves Claudia Lopes Da Silva Santos Cleyton Lobato Daniel Cardoso Tapajos Souza David Lira Sampaio Demisson Mota De Araújo
Cassio De Sousa Evangelista Claudiana De Souza Moreira Cleidionei Marques Dos Horacio15021986 Daniel Castro Pinheiro Danilo Barroso Amaral David Luiz Teixeira De Demisvaldo Felipe Lopes
Cassio Eric Da Silva Nonato Claudiane Damasceno Leal Santos Cleyverton Miranda Da Silva Daniel Cerqueira Luz Danilo Brito Brazão Oliveira Dener Goncalves Farias
Cássio Fernandes Gomes Claudileia Cabral Dias Cleidison Alves Barbosa Clinoildo Monteiro Lima Daniel Conceição Teixeira Danilo Carlos Da Costa David Marcelino Conceição Denes Marques Pereira Pinto
Cassio Leal Da Silva Claudinaldo Oliveira Da Cleidison Erick Campos Clodoaldo Alves De Sousa Daniel Conde Maia Danilo Carlos Souza Santana David Mata De Araujo Denes Ralles Da Silva E
Cassio Rafael Freitas Paiva Silva Guimarães Junior Daniel Costa De Lima Danilo Correa Do David Moraes Rodrigues Silva
Cassio Roberto Gomes Da Claudinei Almeida Bezerra Cleidison Ferreira Estumano Clodoaldo Barbosa Daniel Costa Dos Santos Nascimento David Oliveira Ferreira Denildo Ferreira Maia
Cruz Claudinei Arcebispo De Sa Cleidivan Sousa Botelho Clodoaldo Santos Monteiro Daniel Couto Pantoja Danilo Da Silva Gomes David Patrick Meireles Da Denilo Sergio Souza Brito
Cassio Robson Nascimento Claudinei Siqueira Mendes Cleidson Mendello Araujo Clovis Rosario Da Silva Daniel Da Silva Danilo De Farias Lima Silva Denilson Augusto Guimaraes
Magalhães Claudio Alves Cleidson Rodrigues Bezerra Conhecida Por India Daniel Da Silva Danilo De Oliveira Barbosa David Pena Ferreira Silva
Cassio Robson Nascimento Cláudio André Da Silva Cleilson De Alencar Pereira Conhecido Pelo Prenome Daniel Da Silva Batalha Danilo De Souza Dos Santos David Pires Moraes Denilson Dantas Braga
Magalhães Claudio Arthur Abreu Cleilson De Nunes Abreu Sebastião Junior Danilo Do Nascimento David Rafael Dos Santos Denilson De Castro Miranda
Cassio Rodrigues Da Costa Carvalho Cleilson Ferreira Da Conhecido Por "Francisco" Daniel Da Silva Lopes Patello David Rijjkaard Ribeiro Denilson De Lima
Cássio Souza Dos Santos Claudio Barbosa Da Silva Conceicao Conhecido Por Jamaica Daniel Da Silva Monteiro Danilo Dos Reis Gomes Borges Denilson De Lima Cosme
Cauê Moraes Pinheiro Claudio Bezerra Da Costa Cleilson Ferreira Dos Santos Conhecido Por Valdinei Daniel Darley Dos Santos Danilo Farias Silva David Robson Pastana Santos Denilson De Sousa Gusmão
Celiane Ferreira Rodrigues Claudio Brito Da Silva Cleilson Souza Da Cunha Consenildo Costa Dos Santos Silva Danilo Guimarães Santos David Rogner Lucio Dias Denilson Dionisio Araújo
Celio Lopes Da Silva Claudio Castro Dos Santos Cleilton Tavares Da Silva Cosme Lisboa Dos Santos Daniel De Jesus Pacheco Danilo Henrique Silva David Samuel Da Silva Denilson Do Remedio De
Célio Marcos Wariss Da Claudio Cauã Pereira Dos Cleison Cardoso Evangelista Cosme Melo Palheta Lima Danilo Lima Alves Oliveira Souza
Silva Santos Cleison Ciqueira De Barros Cosmo Antonio Monteiro De Daniel De Melo Araujo Danilo Luiz Correa Campos David Sandro Nascimento De Denilson Dos Prazeres Cruz
Celio Rodrigues Almeida Claudio Da Silva Evangelista Cleison Da Conceicao Pereira Sousa Daniel De Oliveira Farias Danilo Matos Silva Lima Denilson Feio Costa
Célio Valadares Claudio Da Silva Sousa Cleison Da Silva Menezes Crelso Amaral Daniel Dos Santos Pereira Danilo Menezes Aguiar David Santana Cunha Denilson Ferreira
Celso De Jesus Silva Da Claudio Das Neves Cordeiro Cleison De Alcantara Moraes Cremilson Gonçalves Da Daniel Dos Santos Silva Danilo Menezes Carvalho David Silva Da Costa Denilson Ferreira Paes
Costa Claudio De Jesus Soares De Cleison De Oliveira Campos Silva Daniel Dos Santos Souza Danilo Passinho De Souza David Sousa Dos Santos Denilson Furtado Barros
Celso Diego Zeferino Gomes Alcantara Junior Cleison Junior Neves Batista Creone Borges Alves Daniel Ferreira Da Silva Danilo Ribeiro Dos Santos David Souza Lameira Denilson Lima Da Silva
Celso Flavio Oliveira Claudio De Jesus Soares De Cleison Lima Pereira Criança Recem Nascida Daniel Ferreira Dos Santos Danilo Ribeiro Dos Santos David Victor Costa De Denilson Luiz Da Costa Silva
Pimentel Alcantara Junior Cleison Lima Vasconcelos Crislon Maycon Gomes Da Daniel Ferreira Gonçalves Danilo Ricardo Gaia Antero Campos Denilson Mancio Borges
Celso Rodrigues Dos Santos Claudio Farias Dos Santos Cleison Nascimento De Lima Rosa Daniel Fontinelle Souza Danilo Rodrigues De Oliveira David Williame Cruz Denilson Marques Da Rosa
Celso Thalles Da Silva Lima Claudio Fernando Gomes E Cleison Santos Cristiam Neves Barata Daniel Furtado Correa Danilo Silva Da Cunha Carmona Denilson Oliveira Sousa
Celso Wanderson Da Silva Gomes Cleisson Da Silva Cunha Cristian Coimbra Pinheiro Daniel Gama Martins Danilo Soares Da Fonseca Davidson Xavier De Araujo Denilson Patrick Da Silva
Cabral Claudio Ferreira Da Silva Cleisson Marques Carvalho Cristian Da Conceição Daniel Geovani De Souza Danilson Coimbra Da Silva Davyson De Santana Alves Guerreiro
Celson Alves Da Silva Sousa Junior Cleito De Souza Lima Goulart Daniel Gomes Da Silva Danilson Pereira Cavlacante Dayan Douglas Da Costa Denilson Penha Dos Santos
Celson Pereira Da Silva Claudio Gomes Do Cleiton Cristian Da Silva Moreira Daniel Gonçalves Miranda Danival Dos Santos Dos Sena Denilson Pereira Paixão
Cesar Augusto Da Conceicao Nascimento Cleiton Alves De Sousa Cristian Fernando Santa Rosa Daniel Henrique Lima Santos Dayana Do Socorro Denilson Peres Gomes
Martins Claudio Henrique Da Silva Cleiton Barros De Oliveira Duarte Formigosa Danrley Cordeiros Barros Espindola Gregorio Denilson Pinheiro Barreto
Cesar Augusto Pompeu Paixao Cleiton Brasilisa Da Silva Cristian Maylon Arruda Silva Daniel Jardin Dos Santos Danubia Mendes Dias Dayana Geiza Monteiro Denilson Pinheiro E Pinheiro
Borges Claudio Henrique Da Silva Cleiton Brito De Almeida Cristian Rocha Guedes Junior Danylo Ramon Ferreira Campos Denilson Pontes Trindade
Cesar Augusto Santos Da Rodrigues Cleiton Cesar Sarmento Cristiane Conceicao Dos Daniel Jorge Alves Moraes Dayana Jaqueline Barbosa Denilson Primo De Castro
Silva Claudio Max Oliveira Cleiton Conceição Leal Santos Moraes Daniel José Santos Tavares Dara Vitoria Alves Da Silva Correa Denilson Ramos Da
Cesar Dos Santos Reis Claudio Monteiro Soares Cleiton Costa Carneiro Cristiane Franca Gomes Daniel Júnior De Lima Lobo Darcilene Matos Do Dayane Cristina Pereira Lima Conceição
Cesar Santiago Da Costa Claudio Pereira Da Silva Cleiton Da Silva Cristiani Pinheiro Pinheiro Daniel Lacerda Da Gama Nascimento Dayane Silva Costa Denilson Silva Da Silva
Fernandes Claudio Pereira Feitosa Cleiton Da Silva Barros Cristiano Daniel Lima De Moraes Darciley Da Silva Ferreira Dayane Silva Costa Denis Caldas Moraes
Cesar Silva Dos Santos Claudio Reis Da Silva Cleiton Da Silva Barros Cristiano Cleiton Miranda Daniel Macedo Batista Dário De Souza Moraes Dayara Oliveira Da Silva Denis Dos Santos Nunes
Cesar Sousa Saraiva Claudio Ribeiro Perdigão Cleiton Da Silva Chaves Cristiano Correa De Oliveira Daniel Magalhães Da Silva Dario Junior Quaresma Daysilene De Souza Monteiro Denis Henrique Dos Santos
Cesar Tiago Aragão De Claudio Roberto Ferreira Cleiton Da Silva Marques Cristiano Correa Dutra Daniel Marcos Dos Santos Maciel Dayvid Jose Fontes De De Jesus Beckman
Oliveira Andrade Cleiton De Souza Cristiano Correa Pinho Daniel Marlon Pinheiro Dos Dario Rangel Ferreira Alves Oliveira Denis Johnatan Dos Santos
Cezar Augusto Da Silva Claudio Roberto Silva Junior Cleiton De Souza Lima Cristiano Da Silva Santos Darival Teixeira Viana Dayvid Santos De Oliveira Oliveira
Coimbra Claudio Silva E Silva Cleiton Do Socorro Cristiano Da Silva Castro Daniel Marques Da Paixao Darlan Antônio Da Silva Dayvid Welleginton Souza Dênis Júnior Oliveira Rocha
Cezar Augusto Silva Dos Claudio Sousa Silva Vasconcelos Da Silva Cristiano Da Silva Farias Daniel Martins Rosa Darlan Cabral Dos Santos Da Silva Denis Linhares Lima
Santos Claudiolucio Costa Do Cleiton Dos Santos Lima Cristiano Da Silva Flausino Daniel Miranda Lopes Darlan Carvalho Martins Dayvison De Souza Campos Denis Luiz Soeiro Da Silva
Cezar Borges Protazio Rosário Cleiton Dos Santos Ribeiro Cristiano Da Silva Sousa Daniel Oliveira Barroso Darlan Da Silva Alves Dean Douglas Carneiro Denis Nunes De Oliveira
Cezar Cavalcante Claudionor Alves Do Cleiton Dos Santos Silva Cristiano Das Neves Maciel Daniel Oliveira Favacho Darlan Dos Santos Bezerra Souza Denis Sousa De Nazare
Cezar Da Costa Rocha Nascimento Cleiton Figueiredo Bahia Cristiano De Sousa Monteiro Daniel Oliveira Ribeiro Darlan Gomes Dean Wandson Silva Veras Denis Wallas Sousa Ribeiro
Charlene Corria Dos Santos Claudionor Batista De Lima Cleiton Francisco De Sá Cristiano Do Nascimento Daniel Paulo Dos Santos Darleison Gardunho Costa Deblon Carlos Sousa Xavier Denisclei Dias Zaguri
Charles André Dos Reis Junior Cleiton Gomes Dos Santos Colares Daniel Pedreira Do Rosario Darlene Cristina Moreira Débora Costa Furtado Castro Denison Da Silva Garcia
Menezes Soares Claudionor Da Silva Do Vale Cleiton Gomes Dos Santos Cristiano Dos Santos Barbosa Daniel Pereira Cavalcante Tavares Débora Cristiane Silva Dos Denison De Jesus Morais
Charles Augusto Guimarães Claudionor De Souza Brito Cleiton Guimaraes Da Silva Cristiano Dos Santos Dias Daniel Pereira Chaves Darlene Pacheco De Almeida Santos Denison Junior Rayol De
Santos Claudionor Joaquim Nogueira Cleiton Leonardo Gomes Da Cristiano Ferreira Alcantara Daniel Pinheiro De Alencar Goncalves Debora Pantoja Da Silva Jesus
Charles Barbosa Almeida Reis Costa Cristiano Ferreira Siqueira Daniel Pinheiro Lobato Darley Feitosa Da Silva Debora Silva Ribeiro Denison Max Martins Maia
Charles Batista Dos Santos Claudionor Lopes Rodrigues Cleiton Marcio De Oliveira Cristiano Figueiredo Moraes Daniel Pinho Braga Darley Nunes De Oliveira Débora Sodré De Souza Denison Pires Moraes
Charles Conceicao Cardoso Claudivan Nascimento Cleiton Marques Da Silva Cristiano Marinho Franco Daniel Pinto Coelho Darlinson Furtado Rodrigues Deibson De Souza Denisor Nascimento Moraes
Charles Correa Barbosa Santana Cleiton Miranda Melo Cristiano Melo Da Silva Daniel Pontes Costa Darlisson Luiz Lopes Dos Deidique De Lima Denisson De Oliveira Dias
Charles Costa Brauna Claudomiro Santos Dos Cleiton Monteiro Miranda Cristiano Moreira Daniel Prado Da Silva Santos Nascimento Denisvaldo Alves Moura
Charles Da Cruz Farias Santos Cleiton Oliveira De Oliveira Cristiano Nunes Da Silva Daniel Rai Pereira De Souza Darllen Cristina Ribeiro Da Deidyanne Davila Da Silva Denival Silva Ramos
Charles Da Silva Gonçalves Claudumiro Fernandes Dos Cleiton Pinto Bitencourt Cristiano Pantoja De Oliveira Daniel Ribeiro De Oliveira Silva Santos Denivaldo Pinheiro Lobo
Charles Da Silva Nascimento Santos Cleiton Rafael Da Silva Cristiano Rodrigues Da Silva Daniel Roberto Dos Santos Darlyson Augusto Santos Deigo Da Silva Monteiro Denize Freitas Martins
Charles Felipe Pereira De Claumilson Ferreira Cunha Novaes Cristiano Silva Barbosa De Almeida Souza Deilson Araújo Fernandes Oliveira
Lima Claunelson Da Silva Ribeiro Cleiton Roberto Araujo Dias Cristiano Silva Barbosa Daniel Rocha Santos Darlyson De Sousa Silva Deilson Silva Da Cruz Dennis Botelho Da Silva
Charles Filho Da Costa Claylson Da Silva Nunes Cleiton Rodrigues Cristiano Silva Do Daniel Rodrigues Alves Davi Abadio Alves Deise Beatriz Souza Santos Dennis Silva E Silva
Charles Freitas Da Cruz Belo Cleiton Silva Da Cruz Nascimento Daniel Rodrigues Da Silva Davi Barbosa Da Silva Deived Lima Dos Santos Dennys De Jesus Oliveira
Charles Gabriel Ramos Clayton Oliveira De Gós Cleiverson Carlos Alvares Cristiano Sousa Silva Daniel Romening Nonato Davi Cardoso Vieira Deivedson Augusto Barbosa Deo Rodrigues De Queiroz
Mendonca Cleane Rodrigues Trindade Pantoja Cristiano Souza Lopes Miranda Davi Crispin Rodrigues Dias De Oliveira Deodato Da Costa Pantoja
Charles Henrique Modesto Cleber Aleixo Neves Clelson Duarte De Jesus Cristiano Vales Gonçalves Daniel Santos Costas Davi Da Silva Freitas Deivedy Farias Da Silva Deodato Ferreira Dos Santos
Moreira Cleber De Jesus Santos De Clelson Silva De Sousa Cristielle Souza Da Silva Daniel Santos Pureza Davi Da Silva Lopes Deiverson Souza Silva Filho
Charles Jhones Amorim Silva Oliveira Clemer Moura Dos Santos Cristina Da Silva Brito Daniel Silva Conceição Davi Da Silva Nascimento Deivid Rodrigues Deorlinda Portilho Brito
Charles Pureza Miranda Cleber De Oliveira Duarte Clemerson Da Gama Cristino Rodrigues Da Silva Daniel Silva Da Silva Davi Da Silva Trindade Deivid Cardoso Dos Santos Deraldo Neto De Oliveira
Charles Rodrigues Bezerra Cleber De Sousa Santos Clemeson Da Silva Costa Cristionaldo Ferreira E Daniel Silva De Oliveira Davi Dos Santos Lima Pinto Deivid Costa Pinto Sousa
Charles Sousa Castro Cleber Lima De Alencar Clemilson Da Silva E Silva Ferreira Daniel Silva De Souza Davi Garcia Da Costa Deivid Da Silva Da Masceno Dereck Wallacy Nascimento
Charles Stoichkov De Lima Cleber Maracaipe Bezerra Clemilson Souza Silva Criston Jerson Da Silva Maia Daniel Silva Do Nascimento Davi Henrique Sales Deivid Dos Santos Correa
Mesquita Cleber Rodrigues Pinheiro Clenilson Dos Reis Preste Cyntia Maria Silva E Silva Daniel Silva Oliveira Davi Luis Ferreira Dos Deivid Fernandes De Lima Derimar Dos Santos Freitas
Charlie Pantoja Da Silva Cleberson Adriano Carvalho Clenilson Pessoa Dos Santos Cyntia Maria Silva E Silva Daniel Siqueira De Almeida Santos Deivid Gomes Torres Derivaldo Aragao Dos Santos
Charlilson Marques Martins Belo Cleo Dutra Pacheco Daiane Cristina Chagas Daniel Soares Da Costa Davi Pantoja Conceição Deivid Jhonata Pereira De Derivan Souza Nascimento
Charlis Antonio Do Rosario Cleberson Bruno Santos Silva Cleo Enrio Soares Da Silva Pereira Daniel Soares De Oliveira Davi Pereira Da Silva Lima Derlan Dos Reis Pinto
Charlison Ramos Dos Santos Cléberson Dos Santos Alves Cleo Farias Guimaraes Daiane Da Cruz Gomes Daniel Sobral Da Conceição Davi Rantieri Farias Viegas Deivid Junior Pina Dias Desmond Ferreira Santos
Chayane Da Silva Portilho Cleberson Henrique De Cleober Paulo Santos Da Daiane Serrão Costa Daniel Sousa Costa Davi Reis Da Silva Deivid Leal Assuncao Deuleymar Nunes De
Chemison Ribeiro Costa Castro De Jesus Silva Daiane Thais Oliveira Santos Daniel Souza Davi Rodrigues Oliveira Deivid Lopo Garcia Almeida

10
Deusimar Santos Silva Diego De Sousa Corereia Diogo Da Silva Marinho Douglas Alacir Reis De Edielson Carvalho Dos Edison Ribeiro De Souza Edson Sousa Ribeiro Elc Antonio Ferreira Gomes
Deusivando Xavier Rodrigues Diego De Souza Oliveira Diogo De Souza Rocha Souza Santos Edivaldo Barata Da Paixão Edson Tavares Brito Junior
Da Silva Diego Dias Trindade Diogo Dos Santos Barreto Douglas Aragao Da Cruz Edielson Da Costa Edivaldo Da Conceição Edson Vieira Gama Elciclei De Sousa Rodrigues
Deuzilene Alves Rodrigues Diego Do Nascimento Borges Diogo Favacho Aleixo Douglas Barros Do Valle Edielson Da Silva Mamedio Santos Edson Wagner Da Fonseca Elcio Dos Santos Mota
Deuzivan Rodrigues De Goes Diogo Fernando Iliveira Da Douglas Barros Pinheiro Edielson Da Silva Santos Edivaldo Da Conceicao Pereira Elcio Pinheiro Dias
Souza Diego Dos Santos Cordeiro Silva Douglas Bonfim Brandão Edielson Do Rosario Silva Sousa Edson Yago Bonfin Lebrego Elcivaldo Marques Da Rocha
Devaldo Alves Diego Dos Santos Otonio Diogo Gomes De Sousa Douglas Borges Pereira Edielson Dos Santos Dias Edivaldo Dos Santos Pantoja Edu Peniche Costa Eldem De Oliveira Silva
Devid De Gomery Martins Diego Dos Santos Trindade Diogo Guilherme Gonçalves Douglas Braga Cordeiro Edielson Moura Balieiro Edivaldo Lima Da Silva Eduarda Fernanda Da Costa Elder
Da Silva Diego Dutra Teixeira Dias Douglas Cavalcante Ferreira Edielson Nunes Henriques Edivaldo Marques Da Souza Elder Da Silva Costa
Devid Santa Rosa Diego Eduardo Costa Da Diogo Gurtenberg Cardoso Douglas Costa De Assis Edielson Paiva Ramos Silveira Eduardo Alves Brito Elder Da Silva Lima
Devison Luis De Sousa Silva De Carvalho Douglas Cristiano Nunes Da Edielson Silva De Melo Edivaldo Messias De Sousa Eduardo Alves Magalhães Elder Diego Monteiro Das
Alcantara Diego Ferreira Carvalho Diogo Henrique Da Silva Silva Edigleudo De Oliveira Sousa Sena Eduardo Angelo De Carvalho Neves
Deviti Rodrigues Cardoso Diego Ferreira De Oliveira Santos Douglas Da Conceição Edil Ferreira Macedo Edivaldo Modesto Da Luz Eduardo Araujo Da Silva Eldon Lopes Ribeiro
Devity Ribeiro Rodrigues Diego Ferreira Mendes Diogo Jhonata Pereira De Pereira Edil Lisboa De Souza Edivaldo Rodrigues Furtado Eduardo Bahia Silva Eleildo Lima Da Silva
Deydivan Do Rosário Lopes Diego Figueiredo Lima Douglas Da Silva Siqueira Edil Mendonça E Mendonça Edivaldo Rodrigues Eduardo Barros Cunha Elemento De Viulgo Shurek
Deyferson Chagas Diego Furtado Rodrigues Diogo Lobato Costa Douglas Da Silva Sousa Edil Sarges Ribeiro Gonçalves Eduardo Bodrigues Braga Elemento Rafinha
Deyvid Bruno Teixeira Lima Diego Gomes Marques Diogo Lopes Da Silva Douglas Da Silva Souza Edil Soares Da Silva Edivaldo Silva De Abreu Eduardo Borges Pinto Elen Silva Santana
Deyvid Carlos Santos Diego Goncalves Coimbra Diogo Luiz De Souza Xavier Edilam Pereira De Souza Edivaldo Souza Eduardo Cardoso Da Elenilde Conceicao Silva
Tavares Diego Henrique Lobato Campos Douglas De Almeida Teixeira Edilam Pereira De Souza Edivaldo Valente Viana Conceicao Santos
Deyvid Da Silva Nascimento Campos Diogo Marques Martins Douglas De Oliveira Edilei Vieira Da Silva Edivan Eduardo Carvalho Dos Santos Elenilson Da Conceição Cruz
Deyvid De Sousa Pinto Diego Januario Da Silva Silva Diogo Maycon Leal Pereira Machado Edilene De Souza Edivan Daniel Sarmento Da Eduardo Cesar Machado Elenilson Da Conceição Cruz
Deyvid Nunes De Souza Diego Jony Gomes Freitas Diogo Miranda Macedo Douglas De Oliveira Ramos Edileno Soares Dos Santo Silva Silva Elenilson Do Carmo
Deyvid Silva Pantoja Diego Jose Dos Santos Diogo Pereira Da Silva Douglas De Souza Monteiro Edileuson Da Silva De Sousa Edivan Do Espirito Santo Eduardo Chagas Alves Nascimento
Deyvison Diego Furtado Carvalho Diogo Rodrigo Costa França Douglas Deus De Souza Edilsandro Farias Alexandre Azevedo Eduardo Conceicao Da Cruz Elenilson Dos Santos Coelho
Brito Diego Lemos Borges Diogo Rodrigues Reis Douglas Dos Santos Oliveira Edilson Amaral Ferreira Edivan Leocadio Martins Eduardo Correa Do Elenilson Ferreira De Souza
Deyvison Luiz Borges Araújo Diego Lima Correa Diogo Silva Da Costa Douglas Gabriel Souza Edilson Avelino Teixeira Da Edivan Miranda Cardoso Nascimento Elenilson Moreira Dos Anjos
Deyvison Macedo Barreto Diego Lima De Almeida Diogo Sousa Pimentel Furtado Silva Edivan Nascimento Souza Eduardo Correia Da Silva Elenilson Prata De Oliveira
Deyvison Tedd Carneiro Diego Lima De Almeida Diogo Souza Lima Douglas Glas José Santos Edilson Carvalho De Sousa Edivan Oliveira Dos Santos Eduardo Costa Da Silva Elenilson Rodrigues Ferreira
Souza Diego Lima Dos Santos Diogo Teixeira Da Silva Costa Edilson Da Silva Alves Edivan Pureza Da Silva Batista Elenilton Da Silva Costa
Deyvy Maykly Crima Caldas Diego Lima Fonseca Dioleno Faustino Nonato Douglas Gomes Da Silva Edilson De Araujo Farias Edivan Renato Matos Lopes Eduardo Da Conceicao Elenilton Da Silva Pereitra
Dhefersom Rodrigues Da Diego Lopes Barros Dioleno Rodrigues Martins Douglas Leandro Rodrigues Edilson De Jesus Barros Edivando Dos Santos Lima Eduardo Da Conceicao Elessandro De Souza E Souza
Silva Diego Lucas Oliveira Pereira Dioleno Soares Barroso Moia Cardoso Edivandro Mescouto De Nascimento Elexandre Brito Batista
Dheimeson Damasceno Diego Luiz Exposto Marinho Diomar Pereira Da Luz Douglas Lindemberg Freitas Edilson De Sousa Filho Souza Eduardo Da Conceição Elezy Gomes De Souza
Moraes Diego Macedo De Sousa Diomedes Ramos Cordeiro Douglas Matias Batista Edilson De Souza Oliveira Edivanildo Caldas Oliveira Teixeira Eli Lorran Lima Da Silva
Dheimeson Ferreira Da Costa Diego Macedo De Souza Dion Tony De Miranda Douglas Natalino Magalhães Edilson Ferreira Batista Edivarino Da Silva Santos Eduardo Da Costa Oliveira Eliacir Sousa Silva
Dheimison José Soares De Diego Marinho De Araújo Dionata Rodrigues De Paula Ribeiro Edilson Ferreira Dos Passos Edivelton Nascimento Da Eduardo Da Costa Oliveira Elialdo Souza Da Silva
Souza Diego Marques Martins Dionatan Alves Nascimento Douglas Pacheco Neves Edilson Goncalves Dos Silva Eduardo Da Silva Elian Pereira Dos Santos
Dheison Ferreira Dos Santos Diego Mauricio Santa Brigida Dionatas Moura Da Costa Douglas Pereira Vilaça Santos Edmar De Jesus Monteiro Eduardo Da Silva Elianara Mendonça Da Silva
Dhemerson Da Silva Dos Santos Dionatha Cardoso Douglas Ribeiro Edilson Machado Baia Edmar Perdigao Amaral Eduardo Das Neves Fiel Eliandro Da Silva
Carvalho Diego Mikael Ferreira Dos Dione Cristiano Dos Santos Douglas Roberto Pereira Edilson Marques Dias Edmario Leite De Sousa Eduardo De Freitas Sousa Nascimento
Dhemerson De Paula Portilho Santos Pena Nunes Edilson Monteiro Amaral Edmauro Da Silva Moraes Eduardo Do Nascimento Eliane
Dhemerson Maclei Souza Diego Mnaia Ferreira Dione De Jesus Araujo De Douglas Rodrigues Dos Edilson Nascimento Ferreira Edmilson Amancio De Bentes Eliane Almeida Costa
Dhemerson Silva Sousa Diego Nunes Pinheiro Souza Santos Edilson Patrock Alcantra Dos Azevedo Eduardo Do Rosário Das Eliane Cristina Ferreira Da
Dhemerson Sousa Vasco Diego Oliveira Dos Reis Dione De Sousa Dos Santos Douglas Saldanha Monteiro Santos Edmilson Gomes De Souza Chagas Silva
Dhemeson Antonio Da Silva Diego Oliveira Lima Dione De Souza Castro Douglas Santana Sudario Edilson Picanço Leite Edmilson Lameira Lameira Eduardo Dos Santos Cunha Eliara Paloma De Almeida
Vera De Brito Diego Otavio Da Costa Dione Henrique Dias Douglas Santiago Da Cruz Edilson Raimundo Silvino Da Edmilson Ribeiro De Eduardo Dos Santos Elias Amaral De Sousa
Dhemison Da Cunha Neves Araujo Camargo Barbosa Conceicao Lima,Vulgo"Soneca" Quaresma Elias Araujo De Souza
Dheonathan Andrew Ferreira Diego Passinho Fonseca Dione Jesus Oliveira Douglas Silva Carvalho Edilson Ribeiro Araujo Junior Edmundo Cerqueira Neto Eduardo Felipe Correa Elias Ataide Palheta
De Souza Diego Pereira Lira Dione Rodrigues Dos Santos Douglas Silva Rodrigues Edilson Rosario Reis Edmundo Ramos Da Paixão Rodrigues Elias Carvalho Da Silva
Dheymeson Dos Santos Diego Pereira Miranda Dione Santana Dos Santos Douglas Smite Martins Edilson Sena Da Costa Edna Ferreira Baía Eduardo Felipe Galucio Elias Da Silva Costa
Soares Diego Pereira Rodrigues Dione Santos Silva Douglas Valentino Severo Edilson Silva Amaral Ednaldo Alves De Souza Chaves Elias Da Silva Santos
Dheymison Ferreira Da Silva Diego Pinheiro Da Cunha Dione Silva De Aviz Lucas Edilson Souza Do Espirito Ednaldo Fortunato Da Silva Eduardo Ferreira Do Elias Damasceno Dos Santos
Dheymyssom Leita Da Silva Diego Pinheiro Da Silva Dionei Guimar De Sousa Driellyson Jorge Costa Da Santo Ednaldo Monteiro Matos Nascimento Elias De Aviz Do Rosario
Dhonata Alves Diego Pureza Andrade Diones Alves Chaves Silva Edilsson De Jesus Da Paz Ednaldo Silva Da Silva Eduardo Ferreira Leite Junior
Dhonnatan Maikon Nunes Diego Ramos Ribeiro Diones Castro Almeida Duarlen Barreto Sampaio Edilza Sousa Da Silva Ednalison Cleiton Maranhao Eduardo Fialho Henrique Elias De Souza Neri
Pimentel Diego Ribeiro Dias Diones Do Carmo Costa Dvyson De Santana Alves Edimar Da Costa Pantoja Souto Eduardo Goncalves Dos Elias Dos Santos Brito
Dhyego Antony Vieira Da Diego Ricardo Dos Santos Diones Henrique Medeiros Dyames Calixto De Araújo Edimar Da Silva Gaia Ednann Jorge Pamplona De Santos Elias Everton Silva
Silva Diego Roberto De Oliveira Saraiva Dyefferson Souza Reis Edimar Dos Santos Silva Souza Eduardo Guilherme Da Silva Elias Ferreira Dos Santos
Diana Alves De Sousa Campos Diones Paulino Rodrigues Dymison Hegel Santos Silva Edimar Fernandes Sousa Ednelson De Souza Ferreira Nascimento Elias Ferreira Monteiro
Diana De Almeida Colares Diego Rodrigo Pereira Dos Silva Dyonnata Alex De Oliveira Edimar Furtado Ribeiro Ednelson Dos Anjos Santiago Eduardo Jeferson Miranda Elias Fonseca Da Silva Junior
Diane Cordeiro Da Silva Santos Diones Pereira Da Silva Gaia Edimar Moraes Amaral Ednelson Silva Martins Matos Elias Freitas De Sousa
Dianey Do Carmo Nunes Diego Rodrigues Pinheiro Diones Pires Da Silva Dyrlei Sá Da Luz Edimar Nascimento Dos Ednilson Carlos Moraes Dias Eduardo Lopes Goncalves Elias Guerreiro Da Silva
Dianolaico Da Silva Ferreira Diego Santana Barros Diones Portácio Da Costa Eberson Dos Santos Ribeiro Santos Ednilson Eduardo Araujo Eduardo Martins Elias Mota Dos Santos
Diany Do Socorro Da Silva Diego Santos Da Cunha Diones Rodrigues Campos Edcarlos Botelho Edimar Oliveira De Jesus Lopes Eduardo Mendes Da Silva Elias Nascimento Venceslau
Ferreira Diego Santos De Araújo Dionildo Costa De Oliveira Edcarlos Lopes Edimar Padilha Machado Ednilson Maciel Silva Eduardo Menezes Da Silva Elias Pantoja Da Costa
Dicivaldo Pantoja Barros Diego Seabra Da Costa Dionisson Guimarães Hermenegildo Edimar Santos Da Cruz Ednilson Xavier Rodrigues Filho Elias Passos Da Silva
Didimo Jose Costa Ferreira Diego Silva Campelo Carvalho Edeilson Leão Prata Edimar Wellington Gomes Ednilton Dos Santos Dias Eduardo Monison Tavares Elias Pinto Ferreira
Dieckson Ribeiro De Jesus Diego Silva Da Costa Dionizio Aires Ferreira Edelilson Gonçalves Da Silva Da Cruz Edson Eduardo Moraes Da Costa Elias Ribeiro Da Silva
Diego Acacio Silva Diego Silva Melo Dionizio Hilario Munhoz De Edelson Braga Mendes Edimax Da Cruz Dos Santos Edson Abreu Souza Eduardo Moraes Lira Eliatam Neves Serafim
Diego Alberto Matos De Diego Silva Rosa Sa Edelson Vicente Braga Edimax Martins Da Silva Edson Barreiro Cardeal Eduardo Nascimento Da Elicelso Santos Silva
Sousa Diego Souza Da Cruz Dionnie Dos Santos Monteiro Correia Edimilson Cunha Pereira Edson Cardoso Filho Silva Elida Acioly Da Costa
Diego Aleixo Piedade Diego Vasconcelos Gonzalez Diorielson Pires Rodrigues Edemilson Barbosa Dos Edimilson Santos Abreu Edson Charles Lima Salinos Eduardo Paixao Da Silva Elidadson Conceição Sousa
Diego Alex Amorim Murrieta Dioscany Martins Dos Santos Santos Edinaelson Pereira Luz Edson Costa De Oliveira Eduardo Pantoja Dos Santos Elidiberto Chagas Ferreira
Diego Alfaia Moraes Diego Viana Mourao Dirceu Pimentel Brasil Eden Kaua Damasceno Alfaia Edinaldo Amaral De Oliveira Edson Da Costa Pinheiro Eduardo Pereira De Oliveira Elidon Da Silva Santos
Diego Alvaro Da Silva Diego Vinicius Carmo Santos Divalci Teles Lobato Eden Quaresma Lobato Edinaldo Anonacio Dos Edson Da Silva Chaves Eduardo Pereira Dos Santos Eliduína Shances Bontá
Magalhães Diego Welligton Damasceno Divaldo Caleno De Sousa Edenildo Oliveira Dos Santos Santos Junior Eduardo Pereira Sampaio Elieferson Carlos Magalhães
Diego Alves Azevedo Costa Divigue De Maraes Pereira Edenilson De Almeida Do Edinaldo Barbosa De Morais Edson Da Silva Costa Eduardo Ribeiro Da Silva De Lima
Diego Alves Pereira Diel Roberto De Jesus Da Divino Henrique Perreira Da Nascimento Edinaldo Bruno Figueiredo Edson Da Silva Oliveira Eduardo Silva Alborquerque Eliel Araujo Dos Santos
Diego Armando Dos Santos Rocha Silva Edenilson De Paula Eleres Da Cruz Edson De Sousa Barros Eduardo Silva Pereira Eliel Cuimar Da Conceição
Diego Augusto Araujo De Diellyson Bruno Fonseca Divino Pereira Da Silva Edenilson Pineiro Da Silva Edinaldo De Jesus Silva Edson Dhiego Evangelista Eduardo Souza Cardoso Eliel Duarte Da Silva
Araujo Dielson Da Silva Costa Djair Ramos Valadares Eder Adriano Lisboa Soares Edinaldo Gonçalves Barbosa Matos Eduardo Souza Da Cunha Eliel Gama De Almeida
Diego Augusto Martins Dielson De Souza Costa Djalma Da Silva Sousa Eder Almeira Pierote Edinaldo Guimarães Dos Edson Do Nascimento Souza Eduardo Souza Da Cunha Eliel Maciel Souza
Estumano Dielson De Souza Costa Djalma Julio Fonseca Costa Eder Barbosa Chaves Santos Edson Dos Santos Macha Eduardo Souza Pimentel Eliel Martins Da Silva
Diego Azevedo Lima Dielson Gomes Dos Santos Doekes Correa Da Silva Eder Bruno Barros De França Edinaldo Lobo Da Silva Edson Dos Santos Oliveira Eduardo Taylson De Souza Eliel Paiva Reis
Diego Barbosa Dos Santos Dielson Nunes Martins Doele Oliveira Dos Santos Eder Carlos Nunes Silva Edinaldo Moura Dos Santos Edson Dos Santos Oliveira Teixeira Eliel Rocha Macedo
Diego Barbosa Dos Santos Dielson Paiva Conceicao Domingos Bernardo Silva Éder Cleyson Lopes Fonseca Edinaldo Neves Queiroz Edson Dos Santos Silva Eduardo Victor Nascimento Eliel Serrão Brabo
Diego Barros Da Cruz Dielson Paixão De Souza Costa Eder De Aquino Brazão Edinaldo Rodrigues De Edson Ferreira Quaresma Eduardo Vieira Da Costa Elieldo Vieira Florencio
Diego Barros Souza Da Silva Diemerce Monteiro Da Silva Domingos César Santos Eder Junior Sares Da Silva Carvalho Edson Fonseca Da Silva Edvaldo Da Silva Dias Elielma Vieira Lima
Diego Bruno Alcantara Diemerson Da Silva Rodrigues Eder Luiz Oliveira Costa Edinaldo Santana Da Silva Edson Gomes De Souza Edvaldo Dos Santos Cunha Elielson Campos Pinheiro
Almeida Guimaraes Domingos César Santos Eder Pamplona Barbosa Edinaldo Santana Martins Mesquita Edvaldo Novaes Furtado, Elielson Carlos Carneiro De
Diego Camara De Oliveira Diemerson Lopes Souza Rodrigues Eder Santana Valente Edinaldo Santos Da Costa Edson Gomes Do Nascimento Vulgo "Barriga" Andrade
Diego Campos Gomes Diemerson Vidal Da Silva Domingos César Santos Eder Thiago Nascimento Edinaldo Serrão De Oliveira Edson Gonçalves Da Cunha Edvaldo Pastana Almeida Elielson Da Costa Matos
Diego Carlos Oliveira Ribeiro Diemison Caldas Magalhães Rodrigues Silva Edinaldo Souza Silva Edson Goncalves Da Silva Edvan Elielson Da Silva Pantoja
Diego Carlos Pereira Bezerra Diene Maranhao Domingos Da Silva Pompeu Eder Tiago Dos Santos Vale Edinaldo Viana Da Silva Édson Iunes Lima Edvan Da Silva Brito Ribeiro
Diego Carlos Santos Pires Diermeson Nunes Alfaia Domingos Dinamar Viana De Eder Vale De Jesus Edinario Nascimento Do Vasconcelos Edvan Do Nascimento Elielson De Oliveira Matos
Diego Castro Campos Dieyson Dionnatam Silva Da Sousa Eder Wander Peixoto Amaro Nascimento Edson Junior Farias De Souza Pinheiro Elielson Do Carmo Cardoso
Diego Castro Dos Santos Costa Domingos Junior Soares Da Ederjaime Pinheiro Barbosa Edinei Da Costa Serrao Edson Mauricio Da Silva Edvan Godinho Correa Elielson Do Nascimento
Diego Cezar Do Espirito Dieyverson Da Mota Gomes Silva Edersando Vasconcelos Edinelson Da Silva Souza Ribeiro Edvana De Souza Freitas Miranda
Santo Dihonata Oliveira Silveira Domingos Lobato Coutinho Parintins Edinelson Ferreira Ferraz Edson Mendes Da Silva Edvandro Da Silva Prestes Elielson Dos Santos Seabra
Diego Chaves Da Silva Dilene Melo De Araujo Domingos Rafael Da Silva Ederson Luis Silva Da Silva Edinelson Ramos E Ramos Edson Monzinho Santos Edvani Andrade Da Silva Elielson Ferreira Costa
Diego Conceicao Barros Dilma Da Costa Araujo Oliveira Ederson De Souza Souza Edinelson Reis Dos Santos Edson Oliveira Dos Santos Edwaldo Sousa Pereira Elielson Ferreira Rodrigo
Diego Costa Dos Santos Dilson Dos Santos Rodrigues Domingos Sá Sousa Ederson Lucas Sousa Pombo Edinelson Silva De Oliveira Sousa Edwyn Leandro Do Porto Elielson Ferreira Teles
Diego Costa Lisboa Dilson Ferreira Avelino Domingos Soares Constâncio Ederson Martins De Souza Edinelson Sobrinho Da Silva Edson Oliveira Nascimento Bahia Elielson Fonseca Do Carmo
Diego Costa Pinto Dilson Silva De Lima Domingos Trindade Do Edevaldo Moraes Galvao Ediney Da Silva Larrat Edson Pantoja Araujo Edyego Laurinho Dos Santos Elielson Leite Correa
Diego Cruz Nascimento Dimael Duarte Trindade Nascimento Edgar Marques De Almeida Edinho Moreira Lima Edson Pantoja Dos Santos Efrain Da Silva Pinheiro Elielson Maciel Da Silva
Diego Da Conceicao Correa Dimas De Almeida Simão Dones Silva De Carvalho Neto Edinilson De Souza Santos Edson Pastana Dos Santos Efrain Goncalves Da Silva Elielson Mendes Gemaque
Diego Da Silva Costa Dimas De Souza Guimarães Donizete Cruz Alve Edgar Ribeiro Da Cunha Edinilson Silva Chagas Edson Pereira Gomes Egle Eduardo Reis Dos Santos Filho
Diego Da Silva Costa Dimerson De Oliveira Borges Donizete Da Cruz Gomes Edgard Felipe Galvão Edio Pereira Nogueira Edson Pereira Silva Santos Elielson Pompeu Pantoja
Diego Da Silva E Silva Dinael De Souza Lobato Donizete Da Silva Ferreira Edione Luz Matos Edson Pinheiro De Souza Egnaldo Pereira Dos Santos Elielson Reis Das Merces
Diego Da Silva Lemos Dinael Gusmão Souza Donizete Oliveira Da Costa Edial Alves Pinto Edione Sampaio De Lima Neto Eide Watanabe Moreira Elielson Ribeiro Rodrigues
Diego Da Silva Monteiro Dinaldo Da Silva Ferreira Donizete Silva Ediane Prazeres Pantoja Ediones Reis Hubner Edson Ramalho Bezerra Eilan Silva Freitas Elielson Rodrigues Dias
Diego Da Silva Pereira Dinaldo Pinheiro Maciel Doracilde Torres Ferreira Ediane Venâncio Dos Santos Edipo Adriano Ferreira Edson Rene Santos Cunha Ejaim Levy Amorim Santos Elielson Santos Lima
Diego Da Silva Santa Rosa Dinaldo Soares Do Doreis Marivaldo De Jesus Edicarlos Alcantara Pereira Edipo Da Conceição Edson Rodrigo Pereira Dos Elaine De Souza Correa Elielson Sarmento De
Diego Da Silva Sousa Nascimento Teixeira Ediciel Melo De Gusmão Edipo Daniel Araujo Da Silva Santos Elan Wendel Assunção Oliveira
Diego Da Silveira Moraes Dinan Goncalves Da Luz Doriano Rosário Peniche Ediclebson Da Silva Dantas Edipo De Aviz Lima Edson Rodrigues Da Silva Chaves Elielson Souza Santos
Diego De Almeida Santos Diocésar Do Nascimento Doriedson Ribeiro Ediclei Alves De Lima Edipo Maia De Oliveira Edson Rodrigues Da Silva Elane Dias Sacramento Elielson Teixeira Carvalho
Diego De Carvalho Alves Dorielton Da Costa Teixeira Ediclelson Dos Santos Silva Edir Carlos Reis Da Silva Edson Rodrigues Da Silva Elane Kerem Avis De Souza Elielson Vieira Malcher
Gonçalces Diogens De Jesus Sarges Dorinaldo De Sousa Lourinho Ediel Correa Borges Edison Batista Dias Edson Silva Carvalho Elane Nunes De Castro Elielson Vilhena Menezes
Diego De Castro Reis Moraes Dorival Fernandes Da Cruz Edieliton Dias Dos Anjos Edison Da Silva Pires Edson Silva E Silva Elani De Nazaré Fonseca Elielton Alves De Figueredo
Diego De Deus Venancio Diogo Carlos Santos Barbosa Dorivaldo De Jesus Palha Edielson Amorim Correa Edison Felipe Pereira Edson Silva Guimarães Correa Elielton Brabo Baia
Monte Diogo Chaves Das Neves Nascimento Edson Silva Maciel Elba Gonçalves Borges Elielton Brito

11
Elielton Medeiros Da Costo Elton Ferreira De Souza Eraldo Baia Caldas Esivan Ferreira De Sousa Everton Eduardo Lima Fábio Dos Santos Rodrigues Fabricio Santos Da Silva Fernando Alves Dos Santos
Elielton Pantoja Elton Ferreira Dos Santos Eraldo Junior Modesto Esmael Avinte Da Silva Gualdez Fabio Dos Santos Sales Fabricio Santos De Castro Fernando Amaro Vieira
Elielton Pinto Dos Santos Elton Jhon De Jesus Da Cruz Martins Esmael Carlos Firmo Everton Ferreira Castro Fabio Dos Santos Silva Fabricio Santos Queiros Fernando Augusto Da Silva
Elielton Ribeiro Freire Elton Jhon Ferreira Oliveira Eraldo Machado Do Bandeira Everton Ferreira Lira Fábio Duarte Rodrigues Fabricio Santos Silva Martins
Elielton Rodrigues Ferreira Elton John Azevedo Da Silva Nascimento Esmael Da Silva Dourao Everton Gabriel Silva De Fabio Farias Lima Fabricio Sousa Carneiro Fernando Barros Aguiar
Elielzo Da Costa Farache Elton John Da Silva Santiago Erans Costa Vieira Esmael Da Silva Vieira Souza Fabio Felipe Barros Do Fabricio Uerlen Bispo Rosa Fernando Borges Da Silva
Eliene Oliveira Dos Santos Elton Joni Costa Da Cruz Erbiso Henrique Gomes Esmael Marinho Costa Everton Guimaraes Valente Nascimento Fabrisléia Venancio Martins Fernando Borges De Souza
Elieni Elton Lobato Dos Santos Sanches Esmael Pereira Everton Henrique Neves Fabio Felipe Garcia Dos Dos Santos Fernando Braga Da Silva
Elieude Melo Da Costa Elton Luis Ferreira De Jesus Erbson Da Silva Souza Essimis Da Silva Miranda Pomkewitz Santos Fabrizzio Cristian Silva Fernando Cesar Pereira
Eliezen Sena De Carvalho Elton Luiz Cardoso Silva Ercy Silva De Souza Estanley Fernando De Assis Everton Hungria Pereira Fábio Felipe Souza Lima Pereira Figueiredo
Eliezer Braga Da Silva Elton Luiz Chaves Do Erdeson Andrade De Oliveira Fagundes Everton Lisboa Pereira Fabio Ferreira Costa Fagner Dos Santos Carneiro Fernando Correa Farias
Eliezer Nogueira Da Silva Nascimento Eredilson De Almeida Costa Estefanio Da Silva Freitas Everton Luis Silva Monteiro Fabio Ferreira Dos Santos Fagner Germano Do Fernando Da Cruz Viana
Eliezio Das Gracas Souza Elton Luiz Moraes Da Silva Erenildo Costa De Sousa Estefano Da Silva Barros Everton Marques Pereira Fabio Francisco Dos Passos Nascimento Fernando Da Silva Correa
Eliezio Pereira Aquino Elton Martins Guimaraes Erenilson Soares Fonseca Estefini Costa Serrão Everton Moraes Rodrigues Fabio Freitas De Pina Fagner Gomes Silva Fernando Da Silva Melo
Elilson Dos Santos Souza Elton Menezes Pereira Eric Claudino Silva Paranhus Ester Valle Martins Everton Nascimento Da Silva Fabio Gonçalves Da Silva Fagner Henrique Pereira Da Fernando De Deus Siqueira
Elilton Ribeiro Dos Prazeres Elton Oliveira Da Luz Eric Dos Santos Pinheiro Estevan Souza Gonçalves Everton Nazareno Miranda Fabio Gonzaga Goncalves Silva Fernando De Souza Alves
Elinaldo Assuncao Matos Elton Pureza Pereira Eric Felipe Santana Dos Estvenson Da Concweição De Moraes Fábio Henrique Glória Fagner Noranha Da Gama Fernando Dias Correa
Elinaldo Da Silva Lima Elton Xavier Ribeiro Santos Guedes Everton Pantoja Da Guimarães Fagner Oliveira Da Silva Fernando Diego Da Silva
Elinaldo De Souza Neris Eluis Pinheiro Gaia Eric Nascimento Neves Euclides Jesus Lacerda Conceicao Fabio Henrique Lopes Da Fagner Rodrigues Carvalho Fernando Do Socorro Correa
Elinaldo Do Rosário Sousa Elvis Breno Leal De Souza Erica Carolina Ferreira Eudes Faustino De Souza Everton Pantoja Da Silva Fagner Vieira Da Silva Cardoso
Elinaldo Gomes De Sousa Elvis Junior Da Silva Maranhao Eudes Lamarcio Do Vale Conceicao Fabio Henrique Mendonça Fanca Deivison Da Silva Fernando Ferreira Do
Elinaldo Gomes Lima Elvis Lennon Da Silva Cunha Erica Catanhede Moraes Teixeira Everton Renan Aleixo Barros Oliveira Fangner Vieira Almeida Nascimento
Elinaldo Siqueira Elvis Magalhães Martins Erica Costa Moreira Eudes Oliveira De Sousa Everton Sampaio De Castro Fabio Henrique Nascimento Fatima Marly Rodrigues Fernando Furtunado Silva
Elinando Bessa De Sousa Elvis Vieira Alves Erica Vieira Da Cruz Eudomaik Da Costa Santos Everton Sena De Carvalho Fábio Jesus Santos Júnior Gomes Fernando Garcia Carvalho
Elinelson Dos Reis Ribeiro Elvison Dos Anjos Costa Erick Bruno Do Nascimento Eugenio Costa Da Silva Everton Silva Leonel Fábio José Dos Santos Fauan Suelio Matoso Aguiar Fernando Henrique Pereira
Eliomar Leitão Silva Ely Sandro Cordeiro Dos Lobato Euller De Lucas Amoras Da Everton Vieira Pinheiro Cardoso Faustino Furtado Barreto Silva
Eliomara Mendes De Souza Santos Erick Bruno Do Nascimento Rocha Borges Fabio Jose Monteiro De Fausto Felipe Barreto Furtado Fernando Henrique Raiol De
Elionai Duarte Pinheiro Elymar Santos De Oliveira Lobato Euller Micail Costa Oliveira Evilasio Miranda Pinto Sousa Feliciano Do Nascimento Da Melo
Elipaulo Vasconcelos Elzilmar Ferreira Da Silva Erick Cardoso Sodré Eunilian Feitosa De Andrade Evilly Kayane Fabio José Pinheiro Da Silva Silva Fernando Krupinski
Cavalcante Mota Erick Conceicao Da Silva Eurico Coutinho Da Cruz Evilson Melonio Fábio Junho Araújo De Felipe Adonys Martins Fernando Luis Da Costa
Elisangela Cristina Oliveira Emanoel Do Nascimento Erick Da Silva Ferreira Junior Ewelyze Myrelle Da Silva Aguiar Gutemberg Medeiros
Da Rocha Farias Erick Danilo Martins Da Eva Braga Souza Fabio Junior Alves De Souza Felipe Almeida Do Fernando Luis Pinheiro De
Eliseu Farias Da Silva Emanoel Lucas De Sousa Silva Eva Da Silva Maciel Ewerton Alberto Da Silva Fábio Junior Da Silva Nascimento Araujo
Eliseu Ferreira Dos Reis Silva Erick De Souza Correa Evaldo Abreu Da Cunha Melo Fabio Junior Da Silva Felipe Alves De Souza Fernando Marcelo Cardoso
Eliseu Oliveira Travassos Emanuel De Souza Mesquita Erick Dos Santos Moreira Evaldo Cardoso Mendes Ewerton Ataide Noronha Ferreira Felipe Alves Dos Santos Pena
Eliseu Reis Do Carmo Emanuel Rafael Da Silva Erick Farias De Lima Evaldo Da Costa Jardim Ewerton De Souza Leda Fabio Junior Ferreira Da Felipe André Correa Amoras Fernando Mendonca Rocha
Eliseu Silva David Melo Erick Felipe Moreira Lima Evaldo Pompeu Pastana Ewerton Do Nascimento Silva Felipe Andryo Cardoso Lima Fernando Miranda Alves De
Elison Brito Dos Santos Emanuel Souza Da Silva Erick Ferreira Marinho Evaldo Rafael Guimaraes Santiago Fabio Junior Rodrigues Dos Felipe Augusto De Jesus Morais
Elison Conceição Da Silveira Emerson Alexandre Melo Erick Francelino De Castro Jardim Ewerton Dos Santos Costa Santos Caxias Fernando Oliveira Da Silva
Elison Dos Santos Ribeiro Mendonca Erick Geovane Ribeiro De Evander Montezuma De Ewerton Henrique Cardoso Fabio Kesley Da Silva Felipe Carlos Morais Da Fernando Pereira
Elison Rocha Do Nascimento Emerson Anderson Linhares Farias Holanda Serra Silva Fabio Lisandro Dos Santos Costa Fernando Pereira Da Silva
Elison Rosario Dos Santos Santa Rosa Erick Gois Evander Nazareno Ribeiro Ewerton Martins Do Amaral Fabio Luiz Ferreira Dos Felipe Cavalcante Miranda Fernando Rodrigues Duarte
Elissandra Pantoja Da Mata Emerson Araujo Medeiros Erick Jhon Moraes De Aviz Monteiro Ewerton Nascimento Ferreira Santos Felipe Da Costa Almeida Fernando Silva E Silva
Elissandro Aristides Do Emerson Caldas Marinho Erick Johnnes Celestino Da Evandro Carmo Franco Ewerton Palheta Ribeiro Fabio Luiz Mendes Braga Felipe Da Costa Pereira Fernando Sousa Rocha
Carmo Nascimento Emerson Cardoso De Sousa Cunha Evandro Da Costa Moreira Ewerton Pinho Gamelas Fabio Luz Costa Felipe Da Silva Silva Fernando Tavares De Sousa
Elisson Conceição Da Silva Emerson Chaves Ramos' Erick Luan Da Costa Chaves Evandro Da Cruz Ramos Ewerton Renato Oliveira Da Fábio Marques Machado Felipe De Almeida Vieira Fernando Ubiratan Alencar
Elisson De Freitas Valente Emerson Clayton Leline Erick Marques De Araújo Evandro Da Silva Lima Costa Fabio Meireles Teixeira Felipe De Lima Dantas De Brito
Elisson De Sousa Garcia Lameira Erick Murilo Da Silva Pereira Evandro Da Silva Vieira Expedito Lopes Da Costa Fabio Melo Farias Felipe De Oliveira Azevedo Fernando Viana Ferreira
Elisvaldo Da Silva Chaves Emerson Da Costa Leite Erick Patrick Silva Santos Evandro Dos Santos Costa Neto Fabio Mesquita Oliveira Alves Fernando Viegas Regis
Elisvan De Souza Moura Emerson Da Silva Correa Erick Reis De Lira Evandro Gomes Barroso Ezequias Alves Da Silva Fabio Miranda Da Silva Felipe Dias Silva Fernando Vieira De Sousa
Elisvan Oliveira Santos Emerson Da Silva Costa Erick Rodrigo De Sousa Evandro Junior Liborio De Ezequiel Cabral Tavares Fabio Monteiro Amorim Felipe Dos Passos Cardoso Fernando Vitor Jesus Paixão
Elisvan Sampaio Rodrigues Emerson Da Silva Menezes Erick Rodrigues Da Silva Oliveira Ezequiel Correa De Brito Fabio Mota Serafim Felipe Dos Santos Costa Filipe De Almeida Mendes
Elito Da Penha Silva Emerson Daniel Sanches Teixeira Evandro Luiz Gonçalves Ezequiel Da Costa Pereira Fabio Nascimento De Sousa Felipe Dos Santos Rodrigues Flanilson Fagner Pereira
Eliton Carlos Guido Da Silva Lobo Erick Sacramento Farias Cabral Ezequiel Da Silva Leal Fabio Neves Dos Santos Felipe Eduardo De Souza Lima
Eliton José Nunes Amaral Emerson Do Espirito Da Siva Erick Wesley Barata Evandro Oliveira De Souza Ezequiel Damasceno Ribeiro Fábio Oliveira Rodrigues Alves Flanklin De Lima
Eliton Marinho Santos Emerson Do Nascimento Nascimento Evandro Patrick Dos Santos Ezequiel Gomes Gonçalves Fabio Pantoja Correa Felipe Ferreira Flávia Rolim Sodré
Eliton Viana Ferreira Braga Erico Bruno Matias Brune Moreira Ezequiel Gonzaga Marques Fabio Pereira Da Silva Felipe Ferreira De Assunção Flávio Alencar Da Silva
Elivaldo Barbosa Carvalho Emerson Dos Santos Eriedson Castro Sarmento Evandro Praca De Oliveira Ezequiel Luiz Oliveira Fábio Pimentel Pinto Felipe Fonseca Silva Flavio Braga Moreira
Elivaldo Carvalho Da Silva Emerson Gomes Barbosa Eriek Mateus Nogueira Evandro Rodrigues Palheta Fabio Rabelo Correa Felipe Gabriel Ferreira De Flavio Campos Vales
Elivaldo Furtado Emerson Leonel Gentil Dos Magno Evandro Rodrigues Moraes Ezequiel Nunes Da Silva Fabio Ribeiro Costa Andrade Flávio De Araújo Costa
Elivaldo Oliveira Da Costa Santos Erik De Castro Pinheiro Evandro Santos Dos Reis Ezequiel Oliveira Dias Fabio Rodrigo Martins De Felipe Gabriel Santiago Flávio De Jesus Dos Santos
Elivaldo Silva Freitas Emerson Lima Alves Erik Do Nascimento Lima Evandro Sousa De Araujo Ezequiel Rocha De Almeida Jesus Monteiro Flavio De Souza Cruz
Elivelson Ferreira De Emerson Nascimento Silva Júnior Evangelista Ferreira De Ezequiel Rosário Reis Fabio Rodrigues De Oliveira Felipe Gabriel Santos E Flávio Fabiano Ferreira
Oliveira Emerson Negrao Dias Erik Patrik Oliveira Da Silva Sousa Ezequiel Silva Cunha De Fabio Rodrigues Gaia Santos Carneiro
Elivelton Da Conceicao Emerson Neri Fonseca Erika Williane De Andrade Evania Alves Dos Santos Souza Fabio Rogerio Da Silva Felipe Gomes Da Silva Flavio Felipe Lopes Pacheco
Abreu Emerson Neves Teixeira Coimbr Evanildo Gonçalves Ezequiel Souza De Souza Morais Felipe Gomes De Oliveira Flavio Goncalves Azevedo
Elivelton Fernandes Soares Emerson Pablo Pereira Da Erikis Deivid Santos Dias Rodrigues Fabian Kleber Santos Leite Fábio Saraiva Felipe Goncalves Aragao Flavio Henrique Lobato
De Souza Silva Eriko Soares De Oliveira Evanilson Da Rocha Lima Fabiana Brito Da Silva Fabio Silva Brito Felipe Gonçalves Reis Alfaia
Elivelton Ferreira De Emerson Paiva Erilson Nascimento Araujo Evanilson Da Silva Lobo Fabiana Cordeiro Trigueiro Fabio Silva Da Costa Felipe Guimaraes Sobrinho Flavio Luis Da Silva Pinheiro
Meireles Emerson Pereira Da Silva Erilson Nascimento Araujo Evanilson Rocha Lima Fabiana Dias Da Costa Fábio Silva Dos Santos Felipe Jhonata Da Silva Flavio Luiz Maciel Silva
Elivelton Luiz Abreu Cunha Emerson Roberto Afonso Da Erinaldo Batista Da Silva Evanilton Jesus De Oliveira Fabiana Lopes Da Mata Fabio Silva Garcia Magalhaes Flavio Oliveira Da Silva
Elivelton Oliveira Patrocinio Silva Erinaldo Chaves Bentes Evaristo Douglas Dias Fabiana Lopes Da Mata Fabio Silva Souza Felipe Jorge Da Silva Flavio Pereira De Oliveira
Elivelton Ramos De Souza Emerson Rodrigues Pinheiro Erinaldo Conceição Chaves Monteiro Fabiana Ramos Da Cruz Fábio Solano Freitas De Oliveira Flavio Pereira De Souza
Elivelton Silva Ribeiro Emerson Sales Da Costa Erinaldo Da Silva Lopes Evaristo Meireles Do Fabiane Ataide Cardoso Miranda Felipe Kevy Feitosa Da Silva Flavio Pinheiro Da Silva
Elivelton Sousa Da Cunha Emerson Sampaio De Souza Erinaldo Dos Santos Silva Nascimento Fabiano Rafael De Almeida Fabio Teles De Oliveira Felipe Leão Dos Santos Flavio Ponciano Brito
Elizabeth Rodrigues Emerson Santos Pinheiro Erinaldo Teixeira Coutinho Evelyn Oliveira Da Silva Brelaz Fabio Xavier Bezerra Felipe Lima Dos Nascimento Flávio Roberto Neves Da
Elizaldo Dos Santos Rabelo Emerson Silva Costa Erineudo Mescouto Do Evenildo Jhonas De Oliveira Fabiano Araujo Pedralino Fabriciano Ferreira Corrêa Felipe Luan De Lima Costa
Elizandro Lobato Pereira Emerson Tavares Ergundes Nascimento Sousa Fabiano Batista Furtado Fabricio Rodrigues Flavio Santos Pereira
Elizangela Freitas Dos Santos Emiliano Da Encarnação Erismar Martins De Souza Everaldo Dias Neves Fabiano Da Costa Pereira Fabricio Almeida De Moura Felipe Melo Silva Flavio Vicente Barbosa Da
Elizangela Michely Beckman Ribeiro Erison Adan Cota Silva Everaldo Gregorio Dos Fabiano Da Costa Silva Fabricio Almeida Do Felipe Monteiro Dos Santos Silva
Vieira Emiliano Ramon Silveira De Erison Brandão Dos Santos Santos Pires Fabiano De Oliveira Matos Nascimento Felipe Monteiro Rolim Fledson De Sousa E Sousa
Elizangela Rodrigues Fonseca Souza Erison Maia Coimbra Everaldo Ribeiro Pinto Fabiano Dias De Souza Fabricio Almeida Rodrigues Felipe Nascimento Souza Florivaldo Alves Barbosa
Elizeu Dias Camera Emilson Natalino Campelo Erisson Neves De Melo Everaldo Rios Costa Fabiano Dos Santos Moura Fabricio Barros Soares Felipe Paiva Pereira Foarledon Da Cunha Bastos
Elizeu Dos Santos Barata Erisvaldo Lopes Dos Santos Everaldo Rodrigues Costa Fabiano Dos Santos Vieira Fabricio Conceicao Dos Felipe Pantoja Dias Frain Castro Moreira
Elizeu Gomes Costa Emilson Natalino Campelo Erisvaldo Silva Menezes Junior Fabiano Lima Dos Santos Santos Felipe Pantoja Ferreira Franceli Palheta Firmino
Elizeu Maciel Gomes Barata Erisvaldo Soares Pereira Everaldo Rodrigues Leite Fabiano Lins Correa De Lima Fabricio Costa Da Silva Felipe Peri Farias Borges Francenildo Batista Lopes
Elizeu Oliveira Da Silva Enaldo Pinheiro Da Costa Erisvan Dos Santos Silva Everaldo Viana Ferreira Fabiano Lins Correa De Lima Fabricio Da Silva De Moraes Felipe Ribeiro Da Cunha Francenildo Lima Dos Santos
Elizeu Progenio Borges Enan Junior Leite Lisboa Erisvelton Oliveira Alves Everly Pereira Carneiro Fabiano Piedade Dos Reis Fabrício Da Silva Matos Felipe Sa Gomes Francenildo Pacheco Brabo
Elizeu Rodrigues Marins Endel Bronze De Barros Erivaldo Dos Santos Feitosa Everson Alberto De Oliveira Fabiano Pinheiro Da Costa Fabricio Da Silva Oliveira Felipe Santos Alencar Franciane Bernadete Macieira
Elizeu Santos Baia Enderson Carlos Santos Dos Erivaldo Monteiro Da Silva Fabiano Sá Dos Santos Fabricio Da Silva Santa Rosa Felipe Silva Ferreira Rodrigues
Elizeu Setubal Ferreira Santos Erivaldo Sá Da Cruz Everson Alves De Medeiros Fabio Alves Ferreira Fabricio Da Silva Santos Felipe Silva Marques Franciane Da Silva Bentes
Elizeu Sousa Da Silva Enderson Freitas Ramos Erivaldo Santana Everson Carlos Sampaio Fabio Ascencao Fabricio De Jesus Noronha Felipe Siqueira De Almeida Francidalva Pereira Da
Elizeu Tavares De Carvalho Enderson Gomes Maia Erivaldo Santana Martins Ferreira Fabio Assuncao Do Fabricio Dias Monteiro Felipe Sousa De Aguiar Conceição
Eliziel Neves De Aquino Enderson Martins Costa Erivaldo Soares Lima Everson Jose Da Silva Nascimento Fabricio Do Nascimento Felipe Tavares Franciel Cabral Magno
Elkkxneyde Chaves Dos Reis Enderson Rodrigo Muniz Erivan Batista De Souza Everson Marcilio Trindade Fabio Augusto Vasconcelos Vieira Felipe Taveira Da Silva Franciel Dos Santos Cardoso
Ellan Wilkson Gomes Silva Erivan Cardoso Sodré Cordeiro Fábio Azevedo Fernandes Fabricio Dos Santos Felipe Victor Nascimento Franciel Rodrigues Dos
Romario Enderson Silva Do Lado Erivan Da Costa Oliveira Everson Rubens Ribeiro Dos Júnior Fabricio Dos Santos De Carofunim Santos
Ellinton Sergio Carvalho Enedio De Brito Miranda Erivan Da Silva Bezerra Santos Fabio Barbosa Frutuoso, Oliveira Felipe Vieira Soares Franciel Virgilino Da Silva
Pacheco Eni John Dos Santos Erivan Dos Santos Serrão Everson Silva Monteiro Vulgo Belisca Lua Fabricio Ferreira Brito Felipe Wadhames Souza Do Francielson Mendes
Elliott Alves Pereira Gonçalves Erivan Viana Everton Alexandre De Lima Fábio Bezerra Lima Fabricio Junior Silva Dos Nascimento Magalhaes
Elliott Alves Pereira Enielson Davi Do Erivandro Pamplona Mendes Xavier Fabio Casado Maia Santos Felipe Wendel Dias Gomes Francifabio Da Silva De
Elrick Zeferino De Souza Nascimento Erivane Da Silva Simplicio Everton Alves Leao Fabio Cleyton Coelho Dos Fabricio Leal Coelho Félix Alves Da Silva Macedo
Elson Dantas Vasques Enielson Dos Santos Erivelton Martins De Sena Everton Alves Pereira Santos Fabricio Leal Corrêa Felix Bispo Dos Santos Francildo Da Cruz Dourado
Elson Firmino Sampaio Bitencourt Erlan De Figueiredo Everton Benedito Bandeira Fabio Conceicao Pereira Fabricio Lima De Almeida Júnior Francildo Silva Da Silva
Elson Lopes Silva Enildo Julian Da Silva Erlison Bruno Da Silva Da Silva Fábio Cruz Da Silva Fabricio Lima Rocha Felix Magno Carvalho Franciley Oliveira Silva
Elson Palhano Souza Ferreira Nunes Everton Brito Da Silva Fabio Da Silva Neres Fabricio Lins Correa De Lima Almeida Francimar Cardoso Castro
Elson Ribeiro Marques Enilson Dos Santos Ermenson Paes Prestes Everton Bruno Carmo Fábio Da Silva Ribeiro Fabrício Lira Da Silva Felix Stamy Maciel De Souza Francimar Nunes Da Silva
Elson Silva Da Costa Enilson Monteiro Mendes Ermerson Da Silva Ramos Miranda Fábio De Jesus Silva Fabricio Lopes Araujo Ferdinando Dos Santos Da Francimar Nunes Da Silva
Elson Sousa Araújo Ênio Gabriel Santos De Lima Ermeson Hiago Santos Everton Bruno Lopes Da Fabio De Lima Gonçalves Fabricio Lopes De Costa Costa Francimauro Trindade Costa
Elton Alexandre De Farias Enivaldo Luiz Rocha Da Barbosa Costa Fabio De Lima Tavares Fabricio Macedo Fernanda Da Silva Veloso Francinaldo Da Silva Batista
Sales Silva Erminio Dos Santos Farias Everton Cleiton Revore Lima Fabio De Nazare Dos Reis Fabricio Magalhaes Dos Reis Fernanda Ferreira De Francinaldo Da Silva E Silva
Elton Cesar De Oliveira Enoque Barbosa Vieira Ernandes Alves Ferreira Everton Da Costa Do Araujo Fabricio Meireles Marques Almeida Francinaldo Ramos Da Silva
Lucas Enoque Da Rocha Ribeiro Junior Nascimento Fabio De Oliveira Da Silva Fabricio Monteiro Barbosa Fernanda Ferreira De Francinaldo Saraiva De
Elton Correa Fagundes Enoque De Leão Cerbino Ernandes Dos Santos Lima Everton Da Silva Araujo Fabio De Sousa Pereira Fabricio Nascimento De Almeida Oliveira
Elton Da Silva Reis Enoque Roflandio Ferreira Ernandes Gomes De Sousa Everton De Lima Rodrigues Fabio De Souza Carvalho Melo Fernanda Ferreira De Francinaldo Silva Lima
Elton De Jesus Do Rego Da Silva Ernandes Junio Lopes Silva Everton De Oliveira Chagas Fábio De Souza Chaves Fabricio Nogueira Da Silva Almeida Francinei Da Silva E Silva
Lima Enoque Silva De Sousa Ernandes Monteiro Everton De Oliveira Gomes Fabio De Souza Santos Fabricio Picanco Dos Santos Fernandes Lauerman Da Francinei Moreira Serrão
Elton Dos Santos Souza Enrique Quadros Loureiro Ernane De Jesus Gomes De Everton De Souza Santos Fabio Do Santos Pereira Fabrício Pinheiro Santos Silva Francinei Rocha Braga
Elton Fernando Pereira Da Enyson Rodrigo Dos Santos Araujo Everton Diego Do Fábio Dos Santos Antunes Fabricio Pinheiro Sousa Fernandes Matheus Ferreira Francinildo Mendes Da Silva
Pureza De Jesus Esdras Arão Dos Santos Nascimento C Guimarães Fabio Dos Santos Cristo Fabricio Resende Maia Da Silva Francirlei De Oliveira Serrao
Elton Ferreira De Sousa Enzio Balieiro Pamplona Esdras Santos Nobrega Everton Dos Santos Ferreira Fabio Dos Santos Furtado Fabricio Santos Da Silva Fernando Almeida Ferreira Francirley Da Silva Galvão

12
Francirley Narciso Da Silva Francisco Geovani Pereira Gabriel Gomes Baia Geovani Lima Da Silva Givanildo Dos Santos Haroldo Inacio De Souza Homem Barbudo Moreno Individuo Conhecido Por
Da Silva E Silva, Costa Gabriel Henrique Pereira Dos Geovani Rodrigues De Sousa Ferreira Hatus Do Nascimento Rayol Desconhecido "Meio Grau"
Francis Jhonatan Silva Francisco Hildenilson De Santos Geovanny Palheta De Araujo Givanilson Gonçalves Brito Hayland Ferreira Dos Reis Homem Desconhecido Individuo Desconhecido
Nascimento Souza Gomes Gabriel Henrique Santiago Geraldo Batista Oliveira Da Gladineu Lucio Da Silva Hector Adriano Souza Adulto Individuo Desconhecido
Francisca Das Chagas Dos Francisco Israel Dos Santos Gabriel José Jorge Cortez Costa Glaidson Da Silva Santos Domiciano Homem Desconhecido- Individuo Não Identificado
Santos Braga Gabriel Lobato De Geraldo Silvera De Paula Glauber Gomes Da Silva Hector Aviz Ferreira Adulto- Alto -Moreno - Ingrid Kassia Da Costa
Francisca Greice Kelly De Francisco Ivanilson De Lima Albuquerque Gercilei Moreira Aristide Glaucinalva Teixeira Piedade Hector Pinto Do Nascimento Tatuado Tavares Israel
Oliveira Ferreira Silva Gabriel Mendes Magalhães Geremias Cabral Cereja Glauco Fustinone Linger Hedi Marques Da Silva Homem Desconhecido De Iran Franco Pantoja
Francisca Naiane Da Silva Francisco Jean Oliveira Da Gabriel Moura Dos Santos Geremias Nogueira Pereira Glaudenor Gomes De Araujo Hedovoski Correa Maues Aguas Lindas Iranildo De Souza Ferreira
Souza Silva Gabriel Neres Diniz Geremias Soares Dos Santos Gledison Ramos Pinto Heider Batista Da Silva Homem Desconhecido De Iranildo Macedo Seabra
Francisco Francisco Jhons Dos Santos Gabriel Oliveira Da Paixao Gerffson Ferreira Da Fonseca Gledson De Souza Correa Helbe Castro Araújo Marituba Iranildo Moraes Dos Santos
Francisco Abreu Dos Santos Silva Gabriel Oliveira De Castro Gerinaldo Araújo Fidelis Gledson De Souza Marques Helber Alves De Moraes Homem Desconhecido De Iranildo Salviano Vicente
Francisco Adriano Da Silva Francisco José Da Rocha Gabriel Oliveira Dos Santos Gerivan Da Conceição Lima Gledson Henrique Souza Heldem Patricio Rebelo Da Paragominas Iranilson Beckman Da Cruz
Abreu Ferreira Gabriel Rodrigues Braga Gernivan Pinheiro Dos Fernandes Silva Homem Identidade Irawa Assunrini
Francisco Advai De Sousa Francisco José Ferreira Gabriel Rodrigues Da Luz Santos Gleibson Sampaio Santa Helden Rodrigues Da Silva Desconhecida Irineu Souza Araujo Filho
Teixeira Monteiro Gabriel Rodrigues Da Silva Geronilson Viana Souza Brigida Helder De Oliveira Miranda Huander Da Conceicao Irismar Vieira Da Silva
Francisco Alecio De Siqueira Francisco Junior Silva Da Gabriel Samidt Rosa Carvalho Gleicieli Alves Nogueira Helder Junior Nascimento Silveira Irlan Barradas
Santos Silva Gabriel Silva Da Costa Gerson Borges Protasio Gleicinaldo Vieira Borges Negrao Huandeson Ferreira Ramos Isaac Da Costa Soeiro
Francisco Alves Barroso Francisco Leandro Dos Gabriel Simoes Vasconcelos Gerson Brendo Menezes Gleidian Pereira De Carvalho Helder Linhares Reis Huanni Souza Costa Isaac Da Silva Trindade
Francisco Alves Da Silva Santos Sousa Gabriel Vasconcelos Cantão Monteiro Gleidiana Do Amaral Cunha Helder Matos Nascimento Huberto Carvalho Lopes Isaac Saulo Soares De Araujo
Francisco Alves Da Silva Francisco Leandro Souza De Gabriel Vitor Teixeira De Gerson Breno Silva Do Couto Gleidisson Mauro Benicio De Helen Da Silva Lima Hudson De Jesus Pinheiro Isabel Barbosa Silva
Francisco Alves De Castro Araujo Barros Gerson Costa Dos Santos Lima Helen Simone Alcangela Couto Isabela Cristina Lopes Da
Francisco Alves De Melo Francisco Leomar De Souza Gabriela Ferreira Gerson Da Silva Dos Santos Gleidson Bruno Pereira Nascimento Hudson Pereira Dos Santos Silva
Junior Rodrigues Gabriela Thaynah Jorge Da Gerson De Oliveira Garcia Heleno Breno Favacho Hudson Rocha Da Silva Isabele Cristina Colares Da
Francisco Alves Feitosa Francisco Leonilson Souza Silva Fernandes Gleidson Da Costa Martins Monteiro Rocha Hudson Sirqueira Gomes Silva
Francisco Amaro Dos Santos De Araujo Gabriellen Dos Santos Gerson De Oliveira Messias Gleidson Fabricio Mota Heleno Freitas Ferreira Hueliton Moura Da Silva Isabely Cristina Maia De
Francisco Araujo Morais Francisco Lima Do Oliveira Gerson Ferreira De Moraes Borges Heliciane Cunha Oliveira Huendreson Dos Santos Aviz
Francisco Augusto Nunes Nascimento Galibia Larisse Costa Galibe Gerson Ferreira Frade Gleidson Patrick De Oliveira Hélio Costa Isael Jesus Da Conceicao
Souto Francisco Luciano Ferreira Garcy Pereira De Campos Gerson Gomes Martins Jaty Helio Barbosa Monteiro Hugo Belém Cardoso Isaia Ferreira Cavalcante
Francisco Brito De Almeida Borges Neto Gerson Pereira Da Rocha Gleidson Soares De Alencar Helio Castro De Oliveira Hugo Braz Da Silva Isaias Carneiro Cardoso
Francisco Brito Santos Francisco Maia Geaandro Lima Cordeiro Gerson Pinheiro Da Silva Gleison Correia Da Cruz Hélio Domingos Souza Hugo Da Silva Feitosa Isaias Ferreira Da Costa
Francisco Bruno Goncale Francisco Maia Da Silva Gean Carlos Fernandes De Gerson Sousa De Almeida Gleison Da Silva Barbosa Pinheiro Hugo Davi Da Silva Moreira Isaias Josué Quintero Santos
Silva Francisco Mario Santos Do Oliveira Gesiel Melo Conceição Gleison Da Silva Freitas Helio Junior Moreira De Hugo Felipe Alves Moreira Isaias Oliveira Do Rosário
Francisco Cabral Alves Nascimento Gean Costa Da Silva Gesivaldo Paixao De Souza Gleison De Oliveira Nunes Sousa Hugo Fernando Isaias Oliveira Silveira
Francisco Cassio Meneses Francisco Marques De Souza Gean Gomes Da Silva Geslan Slves Da Silva Gleison Jose Monteiro Hélio Nunes Pessoa Hugo Gabriel Oliveira Da Isaias Pantoja
Rodrigues Francisco Martins Cruz Gean Kardec Almeida Da Gessica Souza Da Conceicao Pereira Helio Soares Da Silva Silva Isaias Silva De Oliveira
Francisco Charles Francisco Oliveira Cunha Silva Gessiel Rodrigues De Souza Gleison Jose Pereira Da Silva Heliton Pacheco De Souza Hugo Pereira Dos Santos Isaías Sousa Xavier
Albuquerque Francisco Otavio Feitosa Gean Lima Da Conceição Gicelio Da Silva Freitas Gleison Lopes Da Silva Helivaldo Dos Santos Hugo Rafael Rodrigues Isak Gabriel Costa Da Silva
Francisco Cleiton Barbosa Filho Gean Maciel Da Silva Gideao Da Silva Cardoso Gleison Manoel Lobato Silva Ferreira Nascimento Isak Pereira Silva
Francisco Cleiton De Lima Francisco Pereira Da Silva Gean Vanderley De Jesus Gideon Da Silva Roberto Gleison Ramos Ferreira Helivam Souza De Lima Hugo Valverde Da Silva Isaque Lopes Cardoso
Francisco Cleiton Santos Das Paiva Gean Viana De Souza Gilbert Sousa Da Silva Gleison Rodolfo Magalhaes Helivelton Barros Freitas Hugo Vinicius Isaqueu Dos Santos Vilhena
Chagas Francisco Pereira Teixeira Geandson Eduardo Goncalves Gilberto Alves Cardoso De Sa Helllyson Silva Moraes Hugo Wilker Campelo Dos Isaquiel Rego De Lima
Francisco Conceicao Da Silva Francisco Pires Da Silva Santos Gilberto Borges Da Silva Gleison Silva Rodrigues Hellyvelton De Souza Ribeiro Santos Ismael Aguiar Pinto
Francisco Costa Araújo Francisco Ribeiro De Araujo Geane Silva Moraes Gilberto Cardoso Da Silva Gleison Sisto De Carvalho Helton Alves Hugo William De Lima Ismael Bento De Sousa
Francisco Cunha Januncio Francisco Ribeiro Dos Santos Geane Silva Parana Gilberto Cardoso Dias Filho Gleisson Conceição Da Silva Helton Da Silva Pereira Borges Ismael Carlos Moraes Correa
Francisco Cunha Januncio Francisco Robson Martins De Geberson Da Cruz Silva Gilberto Da Cruz Pereira Gleisson Dos Santos Santana Helton Doni Da Costa Huillon Guilherme Da Luz Ismael Da Costa Soares
Francisco Da Conceição Oliveira Gecinaldo Sousa Dias Gilberto Da Silva Viana Gleiton Luiz Monteiro De Martins Rodrigues Ismael Da Silva Loureiro
Francisco Da Silva Francisco Rodrigues De Brito Gedeias Do Livramento Gilberto Gomes Feitosa Queiroz Helton Dos Anjos Melo Humberto De Souza Barbosa Ismael Da Vera Cruz
Francisco Da Silva Das Francisco Ronielle Da Silva Gomes Gilberto Gomes Pereira Gleiton Melo Fagundes Helton Guterres Pereira Humberto Douglas Pereira Carvalho
Chagas Reis Francisco Sacramento Gedielson Cardoso Palheta Gilberto Leal Silva Gleiton Rocha Bezerra Helton John Ribeiro Da Cruz Dos Santos Ismael De Souza Teles
Francisco Das Chagas De Teixeira Gedivaldo Cruz Gilberto Lopes Da Cruz Gleivan Wender Moreira De Helton Oliveira Tourao Humberto Junior De Brito Ismael Dias Da Silva
Moraes Silva Francisco Silva Galvão Geeldo Miranda Sena Gilberto Palheta Da Silva Menezes Junior Hemerson Da Silva Carvalho Hoeiras Ismael Júnior Alves Martins
Francisco Das Chagas Dos Francisco Soares De Sousa Gefson Barbosa De Souza Gilberto Santos Da Silva Gleivisson Da Silva Soares Henio Giovane Silva Ferreira Huygui Patrick Pereira Da Ismael Luiz Fonseca
Santos Moreira Francisco Walter Lima Do Geilson Gonçalves Quadros Gilberto Santos De Oliveira Glenilson Teles Dos Santos Henrique Silva Ismael Pereira Da Silva
Francisco Das Chagas Espirito Santo Geilson Santana Sette Gilcelio Lima Da Silva Gleson Dos Santos Marialva Henrique Cardoso De Souza Iago Da Silva Santa Rosa Ismael Pereira Pantoja
Fernandes Francisco Wanderson Da Luz Geilza Viana Gato Gilciclei Duque Moraes Glessio De Araujo Dias Henrique De Jesus Santos Iago Mendes Castro Ismael Ramos Caldas
Francisco Das Chagas Gomes Silva Geisiane Palheta Pires Gilcinaldo Cadete Dos Santos Gleybson Avis Da Silva Henrique Dos Santos Repilla Ian Guilherme Silva Ismael Rodrigo Araújo
Da Silva Francisco Weliton Paiva Da Geison Amadeu Marinho Gildan Ferreira Da Luz Gleyce Ellen Da Silva Henrique Ferreira Dos Santos Ian Jardim Modesto Correia
Francisco Das Chagas Cunha Geiziane Raba Munduruku Gildasio Santos Costa Valadares Henrique Gomes De Sousa Ian Matheus Ramos Barros Ismael Silva Lameira
Guedes Francisco Wellington Santos Gelfran Araujo Ferreira Gildevan Leite Dos Santos Gleydson Gomes Da Silva Henrique Lopes Cavalcante Ian Vinicius Oliveira Dos Ismael Sousa De Sousa
Francisco Das Chagas Batista Geliane Rocha Dos Santos Gildomar Ferreira Gleydson Modesto Da Silva Henrique Maia De Souza Santos Israel De Jesus Veras
Marques Sergio Francisco Welson Carlos Gelson Batista Sá Gildson De Melo Medeiros Gleydson Soeiro Rodrigues Henrique Miranda Dos Reis Icaro Carvalho Sousa Israel Ferreira De Souza
Francisco Das Chagas Silva Cruz Gelson De Sousa Carvalho Gilliard Da Silva Gleyvison Jonata Noronha Henrique Mota Nascimento Idailson Santos Da Silva Israel Gouveia Paiva
De Oliveira Francisco Werbem Maia Gelson Reis Gomes Gilmar Barbosa Araújo Dasmaceno Henrique Oliveira De Souza Idamar Silva Coutinho Israel Levy Oeiras Junior
Francisco Das Chagas Silva Francisley Silva Dos Santos Gemison Nascimento Da Gilmar Bezerra Goncalo Junior Garcia De Henrique Rosa Santos Idenilson Sarmento Paz Israel Monteiro Da Silva
Filho Franciso De Assis Chaves Costa Gilmar Brazão Menezes Sousa Henrique Sandro Oliveira Idenilson Silva De Jesus Israel Oliveira
Francisco Das Chagas Soares Nunes Geneson Prestes Moreira Gilmar Coqueiro Santos Gracenilton Cunha Rocha Costa Idenilton Florindo Reis Israel Pinheiro De Jesus
De Araujo Francivaldo Araujo Morais Genildo Bezerra Sousa Gilmar Coqueiro Santos Graciano Sardinha Dos Henrique Silva Da Silva Ider Junior Oliveira Pereira Israel Siqueira Da Silva
Francisco Das Chagas Souza Francivaldo Cesar Dos Santos Genildo Martins De Andrade Gilmar Cunha Santos Henrique Viana De Araujo Ideval Araujo Cardoso Issac Nilton Da Silva Pedrosa
Bezerra Francivaldo Silva Franco Genilon Reis Do Nascimento Gilmar Da Conceição Gredeson De Souza Barros Herbert Fassheber Da Silva Idomar Pereira Da Silva Itair Da Silva Araujo
Francisco Das Chagas Souza Francyleude Morais Da Silva Genilson Alves Da Silva Gilmar De Oliveira Greico Wagner Lemos Da Pereira Idorivan Nascimento De Italo Eric Lourinho Ferreira
Coelho Franeilson Genilson Barbosa Soares Gilmar De Oliveira Viana De Silva Herberth Silva Sousa Almeida Italo Taissson Oeiras Veloso
Francisco De Assis Alves Franilson Da Silva Gama Genilson Conceição Lima Moraes Gresparques Da Silva Herbet Nogueira Araújo Igleson Jose Reis Do Iuri Alex Barbosa Eutropio
Macedo Frank Bruno Alves Gomes Genilson Dos Santos Da Gilmar Dos Santos Pantoja Cordeiro Hercules Santos Sousa Nascimento Falcao
Francisco De Assis Araujo Frank Da Costa Vaz Silva Gilmar Ferreira Santos Greyson Cunha Da Costa Hércules Vieira Lima Igo Gabriel Da Silva Iuri Martins Valente
De Lima Frank Jacob Soares Resco Genilson Goncalves De Gilmar Junior Da Silva Guelton Pinto Da Silva Hericles Leoncio Macedo Igor Andre Macedo Iury Kalleo De Matos Bento
Francisco De Assis Avelino Junior Souza Pereira Guido Junior Barbosa Duarte Herielson Da Costa Brito Guimaraes Iury Rabelo De Souza
Lopes Frank Nick Costa Amorim Genilson Lopes Da Silva Gilmar Nascimento Pereira Guilherme Bruno Sousa Herikson Ramon Da Silva Igor Antônio Lima De Ivaldo Sebastiao Dos Santos
Francisco De Assis Da Silva Franklin Alexsandro Dos Genilson Lourenco Da Silva Gilmar Nunes Da Paz Aleixo Oliveira Carvalho Ivan Bahia Da Silva
Francisco De Assis Da Silva Santos Maior Genilson Nunes Chaves Gilmar Oliveira Decastro Guilherme Costa Franco Heriky Patricky Oliveira Igor Brito Ivan Conceicao De Souza
Francisco De Assis Da Silva Franklin Da Conceição Reis Genilson Pereira Conceicao Gilmar Rodrigues Bitencourt Guilherme Dos Santos Maia Pinto Igor Carneiro Castro Ivan Da Silva Silva
Teodoro Franklin Leitao Ferreira Vargem Gilmarc Rufino Xavier Guilherme Fonseca Da Silva Herllan Teylon Sarmento Igor Correa Da Costa Ivan Furtado Azevedo
Francisco De Assis Dos Franklin Reis Oliveira Genilson Ribeiro Silva Gilsomar Gomes Magalhaes Guilherme Marcondes Guimarães Igor Costa De Souza Ivan Gelson Araujo Trindade
Santos Correa Franquito Cleison Gomes Genilson Santana Dos Santos Gilson Alves De Jesus Fernandes Herlon Silva Veiga Igor Da Silva Brandao Ivan Jhon Pinheiro Da Silva
Francisco De Assis Matos Morais Genilson Siqueira Da Cunha Gilson Carlos Da Silva Raiol Guilherme Pinheiro Das Herminio Wagner Ferreira De Igor Daniel Rodrigues Sousa Ivan Oliveira Silva
Ferreira Franscisco Fernando Genilson Teixeira Da Silva Gilson Franca Queiroz Neves Araujo Igor De Brito Azevedo Ivan Pereira Dos Santos
Francisco De Assis Santos Rodrigues Silva Genison Dos Santos Gilson Gleison Carvalho Guilherme Santos Hernandes Freire Dos Santos Igor Dos Anjos Maia Ivan Silva De Souza Junior
Do Nascimento Frederico Alam Costa Da Genison Pinto De Sousa Silva Gustavo Arthur Modesto Galvao Junior Igor Freitas De Lima Ivan Silva Ferreira
Francisco De Assis Silva Silva Genivaldo Dos Santos Pereira Gilson Inacio Dos Santos Miranda Hernandes Silva Dos Santos Igor Gabriel Barbosa Da Ivan Willian Pinheiro Da Slva
Araujo Fredineys Amaral Pereira Genivaldo Fagundes De Gilson Lobo Bispo Gustavo Barbosa Da Silva Herodian Sousa Castro Costa Ivaneide De Souza Prata
Francisco De Jesus Ferreira Fredson Andrei Cosenza Alcantara Gilson Luiz De Souza Gustavo Da Silva Alves Heron De Freitas Gomes Igor Guilherme Silva Ivaneide Ferreira Lopes
Pantoja Ferreira Genivaldo Farias Moraes Gilson Neves Carvalho Gustavo Da Silva Dias Heron Tabajara Ferreira Igor Henrique Mata E Silva Ivanete Conceicao Favacho
Francisco De Paula Alves Da Fredson Viano De Oliveira Genivaldo Fontelis Dos Gilson Nogueira Carvalho Gustavo Da Silva Nascimento Miranda Igor Inacio Fernandes Do Ivanildo Cristiano Favacho
Silva Frnando Valter Dos Santos Santos Gilson Silva De Jesus Gustavo De Lima Sousa Herondir Da Silva Pereira Nascimento De Santana
Francisco De Souza Santos Tavares Genivaldo Leandro Dos Gilson Vilhena Azevedo Gustavo Duarte Da Cruz Heros Fabricio Costa Da Igor Jose Sena Da Costa Ivanildo Guimaraes Dos
Francisco Diego Vieira De Fumaça Santos Silva Gilvaldo De Lima Batista Gustavo Henrique Santos Silva "Dilon" Santos Junior
Souza Furtunato Santana De Souza Genivaldo Oliveira Santiago Gilvan Araujo Carneiro Ferreira Herquias De Souza Pureza Igor Lopes De Sousa Ivanildo Lima De Sousa
Francisco Dos Reis Da Gabriel Alexandre Pinheiro George Castro Rodrigues Gilvan Carvalho Dos Santos Gustavo José Moraes De Herquias De Souza Pureza Igor Machado Soares Ivanildo Ribeiro Da Costa
Conceicao Pauxis George Gilmar Farias Gilvan Da Silva Dimas Sousa Heryck Adonis Ferreira Dos Igor Maycon Veras Da Silva Ivanildo Santos Sobrinho
Francisco Dos Santos Gabriel Assis Silva Barbosa Gilvan De Sousa Araujo Gustavo Julio De Souza Santos Igor Pereira De Oliveira Ivanildo Sousa Damasceno
Carneiro Gabriel Cardoso Setubal George Henrique Da Silva Gilvan De Sousa Vieira Ferreira Hevelin Nycoly Da Silva Igor Rafael Coelho Da Rocha Ivanildo Vieira Dos Santos
Francisco Dos Santos Silva Gabriel Carvalho Botelho Carvalho Gilvan Dos Santos Souza Gustavo Lobato De Miranda Souza Igor Rafael Dos Santos Ivanildo Werley Santos
Francisco Eder Trindade Da Gabriel Chaves De Souza George Henrique De Souza Gilvanderson Lima Da Gustavo Mendes Silva Heverton Augusto Melo Dos Pereira Garcia
Silva Gabriel Christhian Rabelo Geova Peterson Martins Conceição Gustavo Rodrigues Da Silva Santos Igor Rafael Teixeira Silva Ivanilson Bezerra De Sousa
Francisco Edgler Da Silva Ramos Trindade Gilvanderson Moreira Gustavo Sales E Silva Heverton Gonçalves Pessoa Igor Roberto De Abreu Pinto Ivanilson Borges Froes
Melo Gabriel Correa De Moraes Geovan Silva Da Silva Cardoso Gustavo Victor Correa Dos Hewerton Bruno Leal Da Igor Rodrigues Da Silva Ivanilson Cabral Moreira
Francisco Edinelson Da Gabriel Cristoff Aois Gaia Geovan Silva Pinheiro Gilvandro Alan Pantoja Dos Santos Silva Igor Romullo Rodrigues Ivanilson Cunha Freitas
Conceicao Gabriel Da Silva Cavalcante Geovane Almeida Vilarinho Santos Gutemberg Da Silva Oliveira Heyder Moreira Ferrreira Ribeiro Ivanilson De Lima Moraes
Francisco Edson De Araújo Gabriel Da Silva Lira Geovane Anunciacao Ferraz Gilvane Da Silva Conceicao Gutemberg Ribeiro Da Silva Hiago Amaral Feio Igor Rosildo Macedo Seabra Ivanilson Do Nascimento
Pacheco Gabriel Da Silva Macedo Geovane Pereira Moreira Gilvane Damasceno Gomes Hadenon Rodrigues Hiago Takeda Soares De Igor Santiago Paes Cruz Martins
Francisco Edson Lobo Gabriel Da Silva Santos Geovane Ribeiro Gimaildo Karo Munduruku Hailton Carlos Da Silva Sousa Igor Silva Pereira Ivanilson Lima Da Costa
Barbosa Junior Gabriel De Oliveira Nunes Geovane Souza De Menezes Giovani Santana Valente Hailton Cruz Cunha Highlander Gomes Nunes Igor Siqueira Dos Santos Ivanilson Miranda Dos
Francisco Eduardo De Melo Gabriel De Oliveira Ribeiro Geovani Aguiar Da Silva Giovani Sarmento Xavier Haldman Edinaldo Fonseca Higor Henrique Oliveira Igor Teixeira Da Costa Santos
Francisco Ferreira Dos Santos Gabriel De Sousa Santiago Geovani Celeste Santos Giovanne Carmo Ferreira Da Paixao Santos Ikaro Da Silva Ivanilson Nascimento Lucena
Junior Gabriel Dos Santos Leal Geovani Da Costa Reis Giovanni Da Silva Dos Hallison Breno Teixeira Higor Soeiro Gonçalves Ildemar Neves Da Silva Ivanilson Oliveira Da Luz
Francisco Ferreira Teixeira Gabriel Fernando Rodrigues Geovani De Araújo Santos Farias Hitalo Reis Melo Ilsimar Ferreira Santiago Ivanilson Ramos Rodrigues
Francisco Francimar Moraes Ribeiro Leopoldino Giovanni Dos Santoes Harison Pimentel Chaves Homem De Identidade Imael Sodré Ivanilson Santos Fontes
De Oliveira Gabriel Ferreira De Castro Geovani Farias Carreira Harley Fernando Costa Ignorada Inacio De Oliveira Gomes Ivanilson Valadares Ferrreira
Francisco Galbi Sousa Dos Gabriel Francisco Moraes Geovani Freitas Dos Santos Gisele Souza De Andrade Emerenciano Homem Adulto Inaildo Brigido Furtado Ivaninho Clemente Mel
Santos Chaves Geovani Gonçalves De Gislene Silva Feitosa Harly Mayco Silva De Souza Homem Adulto 25 A 30 Indigente Ivison Lucas Barros Da Silva
Gabriel Freitas De Oliveira Resende Haroldo Guedes Mendes Anos,Cor Parda,Magro Indio Ivo Morais Ferreira

13
Ivomar Lopes Navegante Jailton Ferreira Da Silva Jean Madson Gomes Da Silva Jefferson Maycon Rocha Leal Jhonatan Dos Santos João Eudes Da Silva Dos Joel Emerson Marques De Jonatan Da Silva Dos Santos
Junior Jailton Franco Ribeiro Jean Nunes Carvalho Jefferson Mendes Filho Carvalho Santos Melo Jonatan De Oliveira Ferro
Ivone Mendes Da Silva Jailton Medeiros De Araújo Jean Pablo Barbosa Jefferson Moraes Dos Santos Jhonatan George Costa João Evangelista De Carvalho Joel Ferreira Cabral Jonatan Pereira Silva
Ivone Rosa De Oliveira Jailton Souza Pereira Rodrigues Jefferson Nascimento Serra Santos Neto Joel Jefferson Almeida Jonatan Weveton Azevedo
Ivonilson Moura Borges Jaime De Almeida Monteiro Jean Paulo De Souza Miranda Jefferson Nonato Rodrigues Jhonatan George Nunes Da João Evangelista Gomes Da Pureza Da Silva
Izabel Dos Santos Souza Jaime De Jesus Jean Paulo Dos Santos Jefferson Oliveira Morais Silva Silva Júnior Joel Monteiro Borges Jonatas Dias De Souza
Izabele Gecila Mata Pereira Jaime De Sousa Quaresma Jefferson Patrick Da Costa Jhonatan Gonçalves Monteiro Joao Fabio Oliveira Da Costa Joel Nascimento De Jesus Jonatas Dos Santos Aires
Izael Maciel Batista Jaime Junior Vasconcelos Jean Paulo Gomes De Brito Moraes Jhonatan Gonçalves Monteiro Joao Fernandes Da Silva Joel Oliveira Bezerra Jonatas Douglas Nascimento
Izael Oliveira De Oliveira Glens Filho Jefferson Pimenta Pereira Jhonatan Oliveira Furtado Joao Ferreira Viana Da Silva Joel Palheta Braga Silva
Izaias Carlos De Souza Jaime Luis Souza Cunha Jean Peterson Da Silva Lira Jefferson Rafael Farias Dos Jhonatan Pantoja Da Rocha Joao Filho Ferreira De Souza Joel Rodrigues Almeida Jonatas Santiago Da Costa
Izaias Dos Santos Gomes Jaime Mendes Da Silva Jean Rodrigues Da Silva Santos Jhonatan Sankler Da Silva Joao Franco Paiva Joel Silva De Souza Jonatas Teles De Oliveira
Izaias Dos Santos Neto Jaime Soares Do Santo Jean Rodrigues Dos Santos Jefferson Rodrigo Soares Monteiro João Gabriel Martins Costa Joel Silva Dos Santos Jonathan Adriel Monteiro
Izaias Machado Dos Santos Lorintino Da Conceição Pereira Jhonatan Silva Do Joao Goncalves De Carvalho Joel Souza De Oliveira Galvão
Izaias Pereira Ferreira Jaime Tomas Nogueira Junior Jean Santana De Lima Jefferson Santos Da Silva Nascimento João Henrique Oliveira Joel Souza De Oliveira Jonathan Cabral Mendes
Izaias Pinheiro Da Costa Jair Cardoso Maciel Jean Silva Barros Jefferson Serrão Da Silva Jhonatan Sousa E Silva Serejo Joel Souza De Oliveira Jonathan Cassio Gomes Da
Izaias Ribeiro Da Silva Jair Da Silva Alves Jeanny Cristina Figueira Silva Jefferson Silva Benes Jhonatan Werley Da Silva João Jorge Rodrigues Joeliton De Melo Silva Rosa
Izaias Ribeiro Da Silva Jair Da Silva Oliveira Jeciane Rodrigues Liar Jefferson Silva De Oliveira Oliveira João Laércio Da Silva Joellen Rodrigues Brito Jonathan De Oliveira Santos
Izaniel Pereira Martins Jair Goveia Moraes Jeckson Jordanio Da Silva Jefferson Silva Do Jhonatan Weslei De Souza Angelim Joelmir Passinho Lobo Jonathan Douglas Goes
Izaque Caetano De Oliveira Jair Manoel Vieira Lira Nascimento Jhonatas Alves De Oliveira Joao Leonardo Ferreira Joelson Cardoso De Moraes Azevedo
Izaque Cavalcante Freire Dorriguette Jedaias Santos Costa Jefferson Silva Lima Jhonatas Caldas Farias Wariss Joelson Da Silva E Silva Jonathan Franca Da
Izaque Soares Silva Jair Rodrigo Ferreira Felipe Jedei De Jesus Viana Jéfferson Silva Raiol Oliveira Jhonatas Oliveira Quaresma Joao Lucas Moraes Da Cunha Joelson Da Silva Marques Conceicao
Izaquel Santos Silva Jairo Chaves Da Silva Jedeon Pinheiro De Souza Jefferson Soares Da Silva Jhonatha Fonseca Martins João Lúcio Barreto Coelho Joelson Da Silva Vilaca Jonathan Gledson Dos Santos
Izaquiel Alves Barroso Jairo Costa Rego Jedielson Oliveira De Sousa Jefferson Sodre Ferreira Jhonatha Robson Dos Santos João Luis Lima Souza Joelson De Jesus Bastos Do Soares
Jabson Silva Santos Jairo De Jesus Silva Jedielson Pinheiro Rodrigues Jefferson Souza D Laurem Filgueira João Maciel Nascimento Jonathan Junior Conceição
Jaceir Maroja Cabral Nascimento Jedson Da Silva E Silva Jefferson Vieira Dos Santos Jhonathan Cardoso Pires João Marcos De Oliveira Joelson De Oliveira Lopes Silva
Jacenildo De Jesus Leao Jairo De Lima Souza Jedson Da Silva Lima Jefferson Vieira Dos Santos Jhonathan Jefferson Pereira Almeida Joelson De Souza Da Silva Jonathan Nascimento
Costa Jairo Duarte Correa Jeferson Jefferson Vilhena De Souza Martins João Marcos Tenorio Gaia Joelson Dos Santos Ferreira Trindade
Jacilene Martins Serra Jairo Loureiro Queiroz Jeferson Jeffeson Willian Goncalves Jhonathan Sousa Dos Santos João Martins Da Costa Joelson Ferreira Da Silva Jonathan Wilhamis Dos
Jacir Silva Da Conceição Jairo Pessoa Do Nascimento Jeferson Vergulino Jhonattan Paulo Dias Dos João Moraes Pinto Filho Joelson Gomes Da Silva Santos Serrao
Jackeline Batista Jairo Silva Souza Jeferson Alan Santos Vales Jeffrson De Sousa Pardinho Santos Joao Nery Silva Carao Filho Joelson Gomes Pereira Jonathan William Chaves
Jackeline De Oliveira Borges Jaison Silva Santos Jeferson Almeida Da Jeimisson Jordam Bezerra Jhone De Souza Rodrigues João Neto Correa Lopes Joelson Gonçalves Dos Silva
Jackeline De Oliveira Borges Jakeline De Oliveira Dos Anunciacao Santos Jhone Pereira Da Silva Joao Paulo Santos Jonathas Correa Silva
Jackey Gleydson Da Silva Santos Jeferson Alves Barata Jemerson Ramos Pantoja Jhone Teles Dos Santos João Paulo Correia De Joelson Junior Da Silva Jonathas Felipe Da Silva
Lima Jakison Silva Belfort Jeferson Amaral De Souza Jemeson Amaral Situba Jhones Carmo Dos Santos Oliveira Camara Jonathas Fernando Dos Reis
Jackline Do Nascimento Jakson Conceição Batista Dos Jeferson Barata Da Silva Jenezio Da Silva Martins Jhones Freitas Guimarães João Paulo Da Silva Alves Joelson Maciel Cuimar Costa
Moreira Santos Jeferson Costa De Jesus Jenilson Alves Tavares Jhones Marques De Almeida Joao Paulo Da Silva Barros Joelson Mendes Dos Santos Jonathas Nascimento De
Jackson Araujo De Souza Jakson De Oliveira Santos Jeferson Coutinho Amaral Jenilson Nascimento Jhones Santos Ferreira João Paulo Da Silva Cardoso Joelson Oliveira Da Silva Souza
Jackson Barbosa Dos Reis Jakson Do Nascimento Bento Jeferson De Melo Monteiro Jhones Silva Nascimento João Paulo Damasceno De Joelson Oliveira Da Silva Jones De Castro Miranda
Jackson Borges Martins Jakson Eliel Rodrigues Jeferson Derlei Dos Santos Jenilson Silva Alves Jhoney Martins Barbosa Azevedo Joelson Pietro Jonh Lennon Alves Piquet
Jackson Da Luz Cruz Pompeu Melo Jenilson Teixeira Vanzeler Jhonison Carlos Silva Costa João Paulo Damião Pinto Joelson Pinheiro De Oliveira Jonielson De Sousa Rosa
Jackson Da Silva Costa Jakson Tavares De Moraes Jeferson Do Espirito Santo Jenilson Veloso Jinkings Jhonn Herrisom Santa Rosa Joao Paulo De Almeida De Joelson Prates Martins Jonielson Miranda Barbosa
Jackson Da Silva Pinto Jales Rogério Oliveira Farias Trindade Jeova De Souza Gonçalves De Paula Lima Joelson Rodrigues Dos Correa
Jackson Damião Da Silva Jalis Reis Da Silva Jeferson Dos Santos Ferreira Jeova Dos Santos Araujo Jhonnatas Pereira Ramos Joao Paulo De Sousa Santos Jonielson Santos Vieira
Leal Jameli De Freitas Rodrigues Jeferson Gaia Dos Santos Jeova Santos Araujo Jhonny Gleyson Saraiva De Joao Paulo Dos Santos Da Joelson Santa Rosa De Jesus Jonildo Lira De Nazare
Jackson De Oliveira Pinheiro Jamely Da Rocha Fernandes Jeferson Gomes Da Costa Jeovane Carlos Da Silva Cristo Silva Joelson Sodre Da Silva Jonilson Da Silva Paes
Jackson Dos Santos Jamenson Rodrigues Jeferson Gomes De Sousa Jeovane Silva Felizardo Jhonny Nascimento Joao Paulo Fonseca Dos Fonseca Jonilson Dias Monteiro
Jackson Dos Santos Corrêa Jamerson Costa Saldanha Jeferson Henrique Tiago Jeremias Arcanjo De Deus Goncalves Santos Joelson Souza Dos Reis Jonilson Luz Dos Santos
Jackson Ferreira Do Jamerson De Souza Pantoja Sales Jeremias Chermont Paiva Jhonny Williams Martins Joaõ Paulo Gil De Souza Joenilton Ferreira Serafim Jonilson Nascimento Martins
Nascimento Jamerson Sousa Araujo Jeferson Junio Silva Dos Jeronimo Batista Trindade Jhonny Willy Fernandes Joao Paulo Lima Da Silva Jofson Pereira De Lima Jonilson Palheta Do
Jackson Francisco Goncalves Jamerson Wellington Silva Santos Jerson Luiz Da Silva Souza Souza Joao Paulo Luz Do Joglas Da Silva Gonçalves Nascimento
Do Reis Franco Jeferson Junior Dos Santos Jerson Monteiro Rodrigues Jhony Pereira De Oliveira Nascimento Johelder Franco Miranda Jonilson Santa Brigida Do
Jackson Gomes De Almeida James Rodrigues Duarte Jeferson Leal Carvalho Jesica Jhony Saraiva Virgolino. João Paulo Maia Dos Santos John Eudes Viana Mendes Nascimento
Jackson Jhonnys Oliveira James Santana Da Silva Jeferson Maia Monteiro Jesiel Queiroz Da Silva Jhonys Gleidson Paiva Joao Paulo Nascimento Da John Herberson Bastos Jonilson Tavares Fagundes
Cunha Junior Jeferson Marques Amarantes Jesildo Goncalves Mendes Rodrigues Silva Falcao Jonis Alcantara Souza
Jackson Lima Rodrigues Jameson Ramos Pereira Jeferson Patricio Soares Da Filho Jhonys Romario Barros De Joao Paulo Neves Gouveia John Kenedy Pereira Pantoja Jonison Everton Sousa Brito
Jackson Maciel Souza Cunha Jamil Silva Jesse Piedade Sarmento Oliveira João Paulo Pereira Da Silva John Lennon Alexandrino Jonivaldo Pereira Lopes
Jackson Melo De Oliveira Jamilly Barros Noleto Jeferson Pereira De Souza Jesser Ferreira Dos Santos Jhow Anndrews Silva Moraes Joao Paulo Rodrigues Do Costa Jonivaldo Pereira Talino
Jackson Nazare Dos Santos Jamilly Dos Santos Lucio Jeferson Pereira Rosa Jessica De Jesus Da Paixao Jilvandro Do Nascimento Carmo John Lennon Chagas Vieira Jonnath Mylles Duarte
Jackson Nonato Martins Silva Jamilly Martins Barreiros Jeferson Pinheiro Franca Jessica Do Rego Araujo Moura Joao Paulo Silva De Oliveira John Lennon Da Silva Lopes Barbosa
Jackson Pedro Santos De Jamilo Arão Souza Jeferson Pinto De Liro Jessica Lima Raposo Jnhonatha Da Silva Almeida Joao Paulo Silva Pereira John Pyter Dos Santos Jonnatham Dos Santos
Sousa Jamilson Da Silva Menezes Jeferson Quaresma Dos Jéssica Silva De Oliveira Jo Mendonca Martins Joao Paulo Soares Da Silva Mendes Fernandes
Jackson Ricardo Santiago Jamilson Jhonny De Souza Santos Jessica Tamara Maia Jó Silva Da Silva Joao Paulo Sousa Da Costa John William Da Silva Jonnathas Lobato Carvalho
Nogueira Jamilson Silva Da Silva Jeferson Santos Sousa Nascimento Joabe Henrique Maciel João Pedro Alves De Sousa Amorim Junior
Jackson Santos Sousa Janaina Da Conceição Jeferson Silva Araújo Jesus Moreira Rodrigues Joabe Moura Dos Reis Joao Pedro Sousa Da Silva Johnn Lennon Dias Fonseca Jonny Andson De Sousa
Jackson Silva Da Silva Nogueira Jeferson Silva De Oliveira Jezias Costa Melo Joabi Pantoja Moraes Joao Rafael Dos Santos Johnnata Robbert Teotonio Torres
Jackson Silva Prado Janaina Da Cruz Jeferson Soares Dos Santos Jhamerson Patricio Da Silva Joabson Alexandre Borges Cardoso Monteiro Jonny Moraes Gomes
Jackson Wanderley Souza Janaina Lopes Da Silva Jeferson Valente Carneiro Jhefferson Carlos Da Silva De Oliveira Joao Rammon Dias Viana Johnnatas Gomes Lima Joove Almeida Sabino
Neves Janaina Mendes Sales Jeferson Wilhians Araujo Dos Jheison Petri Gomes De Joabson Dos Santos Oliveira João Ramos Da Silva Johnne Barbosa Sampaio Joraci Valério
Jaco Da Silva Rocha Janair Vieira Da Silva Santos Sousa Joabson Sousa Da Silva João Ricardo De Souza Inácio Johnny Quaresma Pereira Jordan
Jacson Sousa De Andrade Janderson De Aviz Nogueira Jeferson Williams Lira Da Jhemenson Do Nacimento Da Joacaz Silva Da Conceição João Ricardo De Souza Inácio Johnny Rodrigo Teixeira Dos Jordeanio Da Silva Almeida
Jacson Sousa Silva Janderson Luiz Monteiro Da Silva Silva Joan De Castro Monteiro João Ricardo De Souza Inácio Santos Jorderley Pereira Vasconcelos
Jadeilson Oliveira De Sousa Silva Jefferson Rocha Da Silva Jhemerson Chaves Rodrigues Joanias Carvalho Castro João Sales Santa Brigida Johny Icaro Santana Da Costa Jorge Anderson De Oliveira
Jadelson Veloso Caldas Janderson Monteiro Jefferson Adriano Amaral Jhemerson Nascimento Silva Joao Abenes Oliveira De João Silva Da Costa Johny Richelle Ferreira Costa
Jader Dias Costa Janderson Silva Malcher Lopes Jhemerson Pinheiro Da Silva Sousa Joao Silva De Lima Palheta Jorge Anderson Moraes Da
Jadernilson Batista Da Janeide Barros Farias Jefferson Adriano Amaral Jhemison Araujo Fonseca Joao Antonio Da Silva Joao Sizoca Lopes Ribeiro Johnyson Aguiar Dos Santos Silva
Fonseca Janielson Braga Paiva Lopes Jhemison Craveiro Freitas Oliveira Joao Sousa Da Silva Joicivaldo Da Cruz Salame Jorge Armando Gomes Freire
Jadiel Ramos Da Silva Janielson Lopes Borges Jefferson Alves Dos Santos Jheson Dias Da Costa Joao Antonio Gomes Joao Tadeu Rego Martins Joilson Damião Dos Anjos Jorge Augusto Gomes Gomes
Jadielson Da Silva Tavares Janildo Da Silva Sousa Jefferson Alves Rodrigues Jheymison Ribeiro Da Mota Monteiro Joao Tarcisio Dias Da Silva Maia Teixeira Junior
Jadson Bruno Jesus Moreira Janilson Da Silva Pantoja Jefferson Arruda Rodrigues Jhommys Everton Rodrigues João Antonio Ramos Bentes Joao Teixeira Campos Joilson Amador Jorge Augusto Pinto Da Silva
Jadson Cristian Da Costa Janilson Rosa Maciel Jefferson Barreirinhas Santos Lucas João Barroso Duarte Joao Victor Correa Ramos Joilson Chaves Simões Jorge Brandão Da Fonseca
Silva Janilton Alves Da Silva Jefferson Barros Ribeiro Jhon De Araújo Barbosa Joao Batista Alves Joao Victor Da Silva Veloso Joilson Costa De Melo Filho
Jadson Da Silva Janio Almeida Moreira Jefferson Bruno Sodre Dos Jhon Ferraz Luz Joao Batista Cardoso De Joao Victor Fonseca Joilson Dos Reis Ferreira Jorge Cardoso Pinto
Jadson Dos Santos Reis Janio De Almeida Silva Santos Jhon Ferreira Ferreira Araujo Felgueras Joilson Franca Do Jorge Correa Dos Santos Neto
Jadson Lages Dos Santos Janio Dos Santos Jefferson Bruno Souza Jhon Gomes Figueiredo Joao Batista Da Silva Oliveira Joao Victor Moraes Costa Nascimento Jorge Da Costa Fernandes
Jadson Lima Nascimento Janycleia Monteiro Lima Marques Jhon Kenedy Dias De Souza Joao Batista Dias Joao Victor Rodrigues De Joilson Gomes Da Silva Jorge Da Silva Moraes
Jadson Mesquita De Alfaia Jaqueline Sodre Dos Santos Jefferson Cabral Dos Reis Jhon Kenedy Simões De João Batista Ferreir Da Silva Souza Joleno Da Silva Ananias Jorge Fabricio Brito Coimbra
Jadson Moreira Da Silva Jardel Alan Garcia Pantoja Jefferson Carlos Costa Lima Souza João Batista Ferreira Pinheiro Joao Victor Santos Xavier Joliel Ferreira Madeira Jorge Kennedy Santos
Jadson Moreira Da Silva Jardel Alves De Sousa Jefferson Carlos Mondego Jhon Kleber Goes Da Costa Joao Batista Gomes Joao Vinicius De Oliveira Jonas Jorge Luis Matos Silva
Jadson Walace Pires De Jardel Borges Da Silva Dos Santos Jhon Leno Pimentel Da Silva Fernandes Filho Joao Vitor Ataide Barbosa Jonas Benicio De Almeida Jorge Luis Miranda Galdino
Castro Jardiel Silva Santos Jefferson Da Luz Dos Santos Jhon Silvio De Sousa Ramos Joao Batista Gomes Joao Vitor Carvalho Do Jonas Carlos Neves De Junior
Jahmmison Xavier Costa Jardilan Oliveira Da Silva Jefferson Da Silva Chermont Jhon Wilson Correa Frigerio Fernandes Filho Rosario Oliveira Jorge Luis Reis De Sá
Silva Jardson Alves Castro Jefferson De Jesus Souza Jhon Yslayer Dos Santos Joao Batista Ribeiro De João Vitor Conceição Ferreira Jonas Cruz De Oliveira Jorge Luiz Cardoso Dos
Jaibson Gomes De Sousa Vaz Jarison Furtado Rodrigues Jefferson Derek Santos Brito Pinheiro Almeida Joao Vitor Da Conceicao Jonas Da Cruz Paiva Anjos
Jailde Goncalves Jarisson Brandao Dos Santos Jefferson Dias Da Costa Jhonantan João Batista Santos Castro Jonas Da Silva Barbosa Jorge Luiz Da Silva Farias
Jaildo Diniz Da Silva Jarleane Aranha Siqueira Jefferson Dos Santos Lima Jhonata Alves Meireles João Benedito Sousa Da Silva Joao Vitor Gomes Guimaraes Jonas Da Silva Costa Jorge Luiz De Souza Pinto
Jailson Laerte Dos Santos Jarley Carlos Garcia Da Silva Jefferson Farias Da Silva Jhonata Da Silva Costa Joao Candido Galeno De Joao Vitor Rodrigues De Jonas Da Silva Lima Junior
Jailson Alves De Souza Jarlison Campos Marinho Jefferson Fernando Monteiro Jhonata Da Silva De Oliveira Oliveira Souza Jonas Da Silva Oliveira Jorge Luiz Torres De
Jailson Assis Dos Santos Jarlison Souza Monteiro Do Nascimento Jhonata Endreu Silva De Joao Carlos Leao De Oliveira João Vitor Soares Araújo Jonas Da Silva Santiago Carvalho
Jailson Da Silva Jasiel Araújo De Aguiar Jefferson Fernando Sirilo Dos Souza Joao Carlos Marques Sousa Joao Vitor Vieira Jonas Da Silva Sousa Jorge Mauricio Frutuoso De
Jailson Da Silva Costa Jasson Raniary De Sousa Santos Jhonata Jones Martins Dos Joao Carlos Mendes Farias Joao Willian Paixao Morais Jonas De Almeida Cunha Souza Junior
Jailson Da Silva Cruz Albuquerque Jefferson Gabriel Dos Santos Santos Joao Carlos Nascimento Joaquim Matheus Moreira Da Jonas Dias Nazare Jorge Ohana
Jailson De Sousa Rodrigues Javo Lima Lopes Pinheiro Jhonata Lopes Ferreira Carvalho Silva Jonas Junior De Souza Lima Jorge Pastana Maio Da Silva
Jailson Dos Santos Almeida Jaylson Da Costa Amorim Jefferson Garcia Ramos Jhonata Lopes Xavier Joao Carlos Silva Da Joaquim Rodrigo Almeida Jonas Maciel Sarges Freitas Jorge Pereira Da Silva
Jailson Ferreira De Almeida Jayson Fernando Cordeiro Jefferson George Moraes De Jhonata Pantoja De Castro Conceicao Souza Jonas Magalhaes Lima Jorge Siqueira Dos Santos
Jailson Figueiredo Barros Silva Oliveira Jhonata Thome Da Conceição Joao Carlos Silvino Da Silva Joas Borges Da Silva Jonas Maicon Ferreira Jorge Wendell Valente De
Jailson Gatinho Jean Batista Lopes Jefferson Goncalves Sobrinho Jhonata Trindade Da Silva Do João Carlos Viana Silva Jobson Albino De Almeida Trajano Jesus
Jailson Gomes Palheta Jean Carlos Amaral Jefferson Henrique Da Costa Nascimento João Carlos Xavier Fereira Jobson Mateus Da Costa Baia Jonas Martins Da Silva Jorge Wilson De Oliveira
Jailson Gusmão De Oliveira Rodrigues Rodrigues Jhonatam Caio Lopes Da Joao Cezar Silva Da Silva Jocelio Da Silva De Souza Jonas Meireles Dos Santos Melo
Jailson Marques De Melo Jean Carlos Cardoso Do Jefferson Juvencio Costa Costa João Correa Dos Santos Jocinaldo Valente Vieira Jonas Moreira Tenório Jorlivaldo Rabelo Cardoso
Jailson Meireles Ribeiro Nascimento Campos Jhonatan Abreu De Oliveira Junior Jocivaldo Carlos Assunção Jonas Neris De Oliveira Josafá Batista Dos Santos
Jailson Oliveira Da Silva Jean Carlos Silva Sousa Jefferson Lazaro Oliveira Jhonatan Andre Fontes Joao Danilo Holanda De Ribeiro Júnior José Adalton Ataíde Dos
Jailson Pereira Santos Jean Carvalho Da Silva Barbosa Azevedo Oliveira Jocivaldo Moraes Da Jonas Oliveira Gomes Santos
Jailson Rodrigues Ferreira Jean Corrêa De Barros Jefferson Leal Palheta Jhonatan Araujo Da Silva João De Deus Ferreira E Conceição-17-02-1994 Jonas Pereira Da Silva Jose Adenilton De Souza
Jailson Silva Alexandrino Jean De Assuncao Alves Jefferson Leonardo Prestes Jhonatan Araujo Silva Ferreira Jocivaldo Pereira Silva Jonas Pereira Da Silva Cavalcante
Jailson Silva Barros Jean De Jesus Lima Pinto Campos Jhonatan Cabral Nascimento João De Farias Junior Jocivan Amorim Silva Jonas Pires Da Costa Jose Adonias Da Silva
Jailson Siqueira Da Silva Jean Everson Maia Pacheco Jefferson Lima Da Silva Jhonatan Da Silva João De Sarges Nunes Jodson Da Silva Oliveira Jonas Raulino Tavares Carnauba
Jailson Viegas Nunes Jean Glauber Tenorio Da Jefferson Lima De Oliveira Jhonatan Da Silva Araujo Joao Eduardo Da Conceicao Joel Jonas Trindade Gonçalves Jose Adonias Da Silva
Jailson Vieira Da Silva Silva Jefferson Luiz Batista Da Jhonatan Da Silva Araujo Dos Anjos Joel Augusto Flexa Brasil Jonas Viana Farias Carnauba
Jailton Alves Cirino Jean Guilherme Santos Alves Silva Junior Jhonatan Da Silva De Souza João Elden Da Silva Oliveira Joel Bruno Vieira Azevedo Jonata Brito Martins Jose Adriane Ribeiro Da
Jailton Castro Pinto Jean Igor Souza Do Jefferson Maciel Costa Jhonatan Dos Reis Oliveira João Elias Pantoja Moraes Joel Da Conceicao Messias Jonata Da Silva Assunção Silva
Jailton Fernandes De Castro Nascimento Jefferson Mamedes Saldanha João Elvis Da Silva Oliveira Joel Da Silva Neves Jonata Soeiro Santos

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Jose Adriano Ferreira De Jose Eduardo Costa Do José Maurício Silva Do Josely Da Silva Rodrigues Jozivan Pereira Duarte Keila Maria Da Silva Paiva Lazaro Gonçalves Farias Leidiane Sousa Guimaraes
Lima Nascimento Nascimento Josemar Braga Da Conceição Juan Carlos Oliveira Dos Keila Walera Da Silva Freitas Junior Leidineia Da Silva Sales
Jose Adson Carneiro Dos Jose Elielson De Lima José Mauricio Taborda Diaz Josemar Portilho Barata Santos Keiliane Da Silva Costa Lazaro Martins Do Leidivaldo De Castro
Santos Mendes Jose Max Pires Leonco Josemar Reis Juan Pablo Pereira De Keivison Rodrigues De Nascimento Leila Cleopatra Ximendes De
Jose Ailton Tavares Da Silva Jose Elielton Araujo Jose Maycon Farias Da Costa Josenelson Silva Do Almeida Freitas Lazaro Miranda Dos Santos Sousa
Jose Ailton Tavares Da Silva José Elsivan Sousa Costa José Mergulhão Gomes Nascimento Juan Silva Dos Santos Kelber Cunha Pojo Laziano Da Silva Lins Leila Monteiro Gomes
José Alexandre Cordeiro De José Erismar Ferreira Da Jose Miguel Da Costa Josenido Da Silva E Silva Juanismar Venceslau Borges Kelber Cunha Pojo Lazyhytto Cruz Da Leilane Cruz Dos Santos
Cristo De Souza Silva Jose Milton De Souza Josenido Da Silva E Silva Juarez Carlos Goncalves Keliton Da Silva Silva Conceicao Leiliel Lima Da Cruz
Jose Alexandre Da Silva Jose Falco Neto Ferreira Josenildo Carvalho Maués Junior Kelliton Sérgio Gonçalves Leandro De Aquino Barra Leilson De Oliveira Costa
Lopes Jose Felipe Gomes Monteiro Jose Moacir Oliveira Da Silva Josenildo Correa Nazare Jucelino Santos Da Silva Teixeira Leandro Abreu De Sousa Leilson Gomes De Souza
Jose Alexandre Neves Correa Jose Felipe Pereira Monteiro José Moraes Josenildo Dos Santos Jucicleiton Lima Silva Kelly Cristina De Melo Leandro Acácio Palheira Leilson Lopes Dos Santos
José Allan Brito De Melo José Felipe Rodrigues Da José Naio Rocha Do Carmo Menezes Jucilei Costa Cardoso Leandro Aguiar Pereira Leilson Pereira Carvalho
Jose Alonco Lopes Leite Silva Jose Nascimento Dos Santos Josenildo Gomes Seixas Jucileia Dos Santos De Kelly Regina De Sousa Dias Leandro Almeida Da Silva Leilson Silva Araujo
Jose Alves Da Silva Oliveira José Fernando Da Silva Braga José Natan Da Silva Josenildo Melo Gonçalves Azevedo Kelson Rodrigues Da Silva Leandro Alves Dos Santos Leilton Feitosa
Jose Andracy Rodrigues Jose Fernando Moraes De Jose Nazare Lima Dias Josenilson Cardoso Lima Jucilene Figueiredo Da Kelton Vilaca Nasiaseno Leandro Alves Dos Santos Leliane Da Cruz Pinto
José Andrade Amaral Oliveira Jose Nazare Lima Dias Josevel De Oliveira Silva Conceicao Kelvin Melo Dos Santos Leandro Alves Silva Lendresson Augusto Farias
José Andrade Da Silva Júnior José Fernando Moraes Santos José Nazareno Dias Costas Josiane Almeida Da Costa Jucinaldo Baltazar Gomes Kelvin Rick Lopes Sa Leandro Alves Silva Moutinho
Jose Antonio Barbosa De Jose Fernando Nascimento Jose Nazareno Lucas De Josiane De Souza Santos Juciney Rodrigues De Sousa Kelvin William Rodrigues Do Leandro Amaral Pantoja Lenilson Tavares Miranda
Paula Conceicao Abreu Josiane Telles Vales Jucivaldo Barbosa Da Silva Nascimento Leandro Amaral Silva Lenilson Teixeira Soares
Jose Antonio Da Silva Lima Jose Francinaldo Gomes Jose Nazareno Sales Da Silva Josianny Carneiro Da Cruz Judeir Duarte Souza Kelvy Sadallla Batista Leandro Anthony Paixão Leomar Cardoso Soares
Jose Antonio Do Nascimento Ferreira Jose Neto Da Costa Silva Josiano De Souza Da Silva Judison Silva Braga Junior Moraes Coelho Leomar Da Silva E Silva
Santos José Francisco Conceicao José Newton De Sousa Josias Almeida Dos Judson Plasmo Lima Da Silva Kende Santana De Souza Leandro Arouche Gaspar Leomar Rodrigues Da Silva
Jose Antonio Gomes De Rocha Oliveira Remedios Julho Cesar Oliveira Lima Kenedy De Sousa Leal Leandro Augosto Carvalho Leomar Sabtana Martins
Oliveira José Francisco De Souza Jose Nilson De Souza Saraiva Josias Amaral Oliveira Julia Rodrigues Costa Paiva Kenedy Flavio Cardoso Das Barbosa Leomarques Lima Silva
Jose Armenson Assuncao Jose Francisco Gaspar Da Jose Nilson Ferreira Macedo Josias Da Silva Araújo Juliano Da Silva Fernandes Chagas Leandro Augusto Da Penha Leomir Costa De Oliveira
Silva Silva José Nivaldo Silva Oliveira Josias Ferreira Castro Juliete De Nazare Bentes Da Kenned Anderson Santos Moraes Leonaldo Maciel Da Silva
José Augusto Borges Ribeiro José Francisco Lima Da Silva Jose Orivaldo Maciel Dos Josias Ferreira Da Silva Silva Sousa Leandro Barreiros Da Silva Leonam Costa De Oliveira
Jose Augusto Carvalho Das José Francisco Pureza De Passos Josias Ivan Silva Mendonça Julio Kennedy Galucio Santos Leandro Barreto Rodrigues Leonan Liborio Silva
Dores Junior Souza Jose Orlando Moura De Josias Neves De Aquino Julio Bernardo Passos Da Kennedy Lima Dos Passos Leandro Barros De Souza Leonar Araújo De Abreu
Jose Augusto Carvalho Jose Francisco Santos Silva Mesquita Josias Oliveira Nascimento Silva Kennet Anderson Da Silva Leandro Belém Da Silva Leonardo
Marcelino José Francisco Souza Da Paz José Orlando Silva Alves Josias Paiva Alves Julio Cardoso Ferreira Pinheiro Leandro Belém Martins Leonardo
Jose Augusto Conceicao Dos Jose Franklin Costa Araujo Jose Otavio Dos Reis Rocha Josias Pinheiro Barros Júlio Carlos Ribeiro Pinto Kenny Kepler Carvalho Leandro Cantuario Medeiros Leonardo
Santos Jose Gabriel Da Silva Araujo Jose Paulo Bastos Ferreira Josias Rodrigues Davi Júlio César Assunção Da Nunes Leandro Cardoso Barbosa Leonardo Aleixo De Paiva
Jose Augusto Da Silva José Gabriel Nascimento José Paulo Dias Cardoso Josias Souza Rodrigues Silva Kesley Ferreira Cavalcante Leandro Cardoso Da Silva Leonardo Aragão Oliveira
Jose Augusto De Castro Alves José Paulo Dos Santos Josias Vieira Gomes Julio Cesar De Souza Keslley Pereira Bezerra Leandro Cardoso Pampolha Leonardo Aragão Oliveira
Jose Augusto Ferreira Da Jose Gabriel Pereira Favacho José Paulo Fernandes Josias Wanzeler Amaral Julio Cesar Ferreira Santana Ketelyn Vitória Da Silva Leandro Caripunas Da Silva Leonardo Augusto Freitas
Silva Jose Geraldo Dos Santos José Paulo Garcia Mendes Josicleuson Da Silva Lopes Julio Cesar Muniz Pinto Leandro Carvalho De Souza Filho
Jose Augusto Furtado Macedo José Paulo Monteiro Costa Josiel Barbosa Da Silva Julio Cesar Ribeiro Dos Ketson Eduardo Ferreira Leandro Castro Da Silva Leonardo Baia De Oliveira
Jose Augusto Machado De Jose Gerlisson Da Silva Jose Paulo Pantoja Nogueira Josiel Da Costa Santos Santos Marinho Leandro Correa Da Mota Leonardo Barbosa
Oliveira Souza Junior Jose Paulo Pereira Filho Josiel Da Silva Alves Júlio Cézar Da Conceição Keuly Matos Dos Santos Leandro Costa Bernardo Da Leonardo Barros Aragao
Jose Augusto Morais Da Jose Gilmar Da Silva Jose Pereira Da Silva Josiel De Paiva Vieira Viana Keven Braiam Da Silva Alves Silva Leonardo Bechir Dantas
Silva Albernaz José Raimundo Almeida Josiel Gomes Ferreira Julio Cezar Monteiro Da Keven Quixabeira Souza Leandro Da Silva Leonardo Braúlio Costa
José Augusto Pereira Jose Gomes De Sena Chaves Josiel Lopes Silva Keveynny Dias De Souza Leandro Da Silva Barbosa Fernandes
Carvalho José Gomes Melo Silva Jose Raimundo Nascimento Josiel Miranda Barbosa Julio Cezar Reis Da Silva Kevi Henrique Barradas Leandro Da Silva Barbosa Leonardo Cardoso Rosa
José Augusto Rocha Pinheiro Jose Gustavo De Oliveira Rodrigues Josiel Nascimento Porto Julio Da Cunha Barros Kevin Madson Sousa Leandro Da Silva Borges Leonardo Costa Duarte
José Augusto Rodrigues José Haroldo Pereira Da Silva José Raimundo Silva Silva Josiel Nunes Martins Julio De Araujo Dos Santos Teixeira Leandro Da Silva Brito Leonardo Da Silva Baía
Rocha Jose Henrique Barroso José Raimundo Silva Pinto Josiel Raiol De Sousa Julio Macelino Da Silva Keyla Da Silva Sousa Leandro Da Silva Conceição Leonardo Da Silva Marques
José Augusto Santos Da Cruz Ribeiro José Renan Dias Ferreira Josielson Dos Santos Cardoso Machado Kin Correa De Araujo Leandro Da Silva Cristo Leonardo Da Silva Pinheiro
Jose Augusto Santos José Henrique Gonçalves Jose Renan Dos Santos Vales Josielson Nunes Nascimento Julio Pereira Da Silva Kleber De Sousa Holouka Leandro Da Silva Dos Santos Leonardo Da Silva Reis
Vasconcelos Jose Henrique Palheta Alves Jose Renato Barbosa Josilei Rodrigues Vanzeler Julio Ricardo Ferro Dos Kleberson Kurts Nascimento Leandro Da Silva Farias Leonardo David Do
Jose Augusto Silva E Silva José Henrique Santana José Renato Carneiro Da Josilene Pereira Machado Santos Monteiro Leandro Da Silva Pantoja Nascimento
Jose Aureliano Moraes Sobral Araújo Silva Josilene Pereira Machado Julivan Gomes Rocha Kleberson Paiva Santana Leandro Da Silva Pinho Leonardo De Moraes Piedade
José Auris Batista Da Silva Jose Henrique Santos Pureza José Renildo Monteiro Dos Josileno Fonseca Rodrigues Junho Rodrigues Soares Kleberson Peixoto Duarte Leandro Da Silva Sales Leonardo De Morais Lima
Jose Barros De Farias Jose Hilton De Jesus Apiaka Santos Josilio Sena Da Silva Junho Rodrigues Soares Kleberson Rocha Andrade Leandro Das Neves Santos Leonardo De Sousa Santos
José Benedito Amaral Junior José Hilton Monteiro Da José Ribamar Araujo Das Josimar Alves Feitosa Juniel Pereira Barbosa Klebeson Manoel Ribeiro Leandro De Sousa Brito Leonardo De Souza Batista
Jose Benedito Bernardes Silva Neves Josimar Da Costa Nogueira Junio Santos De Siqueira Dos Reis Leandro De Souza Moreira Leonardo Dos Anjos Silva
Jose Bezerra Da Silva José Iago Nunes Da Silva José Ribamar Coutinho Da Josimar De Oliveira E Junior Alves Da Silva Klebeth Silva Rodrigues Leandro De Souza Silva Leonardo Dos Santos Lima
Jose Botelho Costa José Ilson Gomes De Araujo Silva Junior Oliveira Junior Alves Moreira Klebson Augusto Da Leandro De Tal Leonardo Dos Santos Lima
José Camilo Medeiros De Jose Inacio Soares Santos José Ribamar E Silva Bisneto Josimar Do Nascimento Júnior Cardoso Rocha Conceição Dos Santos Leandro Dias Da Silva Leonardo Dos Santos Pereira
Souza Jose Iranildo De Oliveira Jose Ribamar Ferreira Neto Alves Junior Cesar De Oliveira Klebson Sergio Da Silva Leandro Diniz Pires Leonardo Fernandes Caetano
Jose Campos Palheta Junior Melo José Ribamar Santiago Josimar Freitas Da Costa Silva Siqueira Leandro Do Nascimento Leonardo Fonte Rodrigues
Jose Cardoso Farias Jose Ivan Rodrigues Dos Barbosa Josimar Jose De Souza Junior Cesar Pereira Da Silva Kledyson Marcelo Proenca Costa Leonardo Franco Gomes
José Carlos Santos José Ribamar Silva Dos Josimar Mendes De Sousa Junior Cunha Souza Canelas Leandro Dos Santos Leonardo Gabriel Goncalves
José Carlos Alexandre Da Jose Izaias Da Conceicao Santos Josimar Mendes Serrão Junior Da Silva Kleibe Borges Ferreira Leandro Dos Santos Caldas Leonardo Galvão Dos Santos
Silva Cruz Jose Ricardo Araujo Dos Josimar Moraes Ramos Junior Da Silva Sousa Kleisson Tavares Soares Leandro Dos Santos Lobato Leonardo Gos De Pina
José Carlos Brazão Balieiro Jose Jaques Pantoja Santos Josimar Pastana Santa Junior De Catro Pacheco Kleiton Campelo Barata Leandro Dos Santos Leonardo Gurjao Cardoso
Jose Carlos Da Silva José Jhonatan Sousa Silva Jose Ricardo Souza Ferreira Brigida Júnior De Tal Kleiton Pereira Dos Santos Marcelino Leonardo Henrique Ribeiro
Nascimento Jose Joao Rodrigues Nunes Jose Roberto Da Silva Josimar Pinheiro Pimentel Junior Dos Souza Kleiton Willian Da Silva Leandro Dos Santos Miranda Alves
José Carlos Da Silva Santos José Joaquim De Sousa Jose Roberto De Abreu Silva Josimar Siqueira Da Silva Junior Ferreira Da Rosa Lima Leandro Dos Santos Neves Leonardo Hericlis Campo
Jose Carlos Dos Prazeres José Júnior Alves Barradas José Roberto De Carvalho Josimar Trindade Junior Ferreira Fernandes Kleuson Freire Queiroz Leandro Fernandes Da Pinheiro
José Carlos Dos Santos Jose Junior Da Silva Martins Josimiel Nunes Da Junior Henrique De Araujo Kleyton Maia Silva Fonseca Leonardo Jesus Carvalho
José Carlos Dos Santos Jose Junior Marculino Da Jose Roberto De Souza Silva,"Maranhão" Junior Oliveira Da Silva Klynsmann Da Conceição Leandro Ferreira Maçal Leonardo Josafa Nery Viana
Oliveira Silva José Roberto Dos Santos Josinaldo Conceicao Soares Junior Pedroso De Mattos Ferreira Leandro Ferreira Santos Leonardo José Figueiredo
José Carlos Gomes Teles José Júnior Ribeiro Silva Lopes Josinaldo Ferreira Barreto Junior Ribeiro Oliveira Ladimir Pereira Dos Santos Leandro Gomes Do Amaral Menezes
Jose Carlos Lopes Oliveira Jose Leandro Barbosa Da Jose Rodolfo Matos Da Silva Josinaldo Silva Brito Junior Santos De Siqueira Lael Correa Goncalves Leandro Gonçalves Fiel Leonardo Julio Cardoso Palha
Jose Carlos Manso Melo Silva Jose Rodrigo Cardoso Costa Josinaldo Trindade Dos Junior Silva Da Costa Laelio Barbosa Da Silva Leandro Gustavo Da Silva Leonardo Lessa De Oliveira
Junior Jose Leandro Da Silva Cunha José Rodrigo Oliveira Da Santos Junior Valdo De Oliveira Laelson Luan De Jesus Cunha Santos Leonardo Lima Barros
José Carlos Marinho Pereira Jose Leandro Rocha Pinheiro Silva Josinei Da Silva Moreira Matos Laerbenson Goncalves Dos Leandro Henrique Portal Leonardo Lira Miranda
Jose Carlos Pereira Neto José Leones De Ribeiro Pinto Jose Rodrigo Pinto Eleres Josinei Sanches Barbosa Juraci Barbosa Junior Santos Costa Leonardo Luis Da Silva
José Carlos Silva De Castro Jose Livramento Santos José Rogério De Oliveira Josinei Tavares Da Conceicao Juraci Modesto Rodrigues Laercio Aleixo Barata Leandro Kestine Vargas Pinheiro
Jose Cicero Ferreira Da Silva Jose Lopes Da Silva Santa Pereira Josinelma Da Silva Santos Jurandir Da Costa Pereira Laercio Assunção De Leandro Lima Da Costa Leonardo Machado
Jose Claudeci De Oliveira Rosa José Romario Dos Santos Josivaldo Alves Carlos Junior Almeida Leandro Lima Nunes Leonardo Martins Ferreira
Dos Reis Jose Lucas Cabral Moreira Sousa Josivaldo Correa Gemaque Jurandir Soares Nunes Laércio De Oliveira Dos Leandro Lordeiro Barbosa Leonardo Melo Barbosa
José Claudio Batista De Jose Lucas Macena Santana José Romero De Freitas Silva Josivaldo Da Costa Lobo Juranilson Lobato Da Silva Santos Leandro Maciel De Oliveira Leonardo Melo Barbosa
Souza Junior José Luciano Pinheiro De Jose Santana Gomes Pantoja Josivaldo Santos Pontes Juscelino Pereira Lima Laercio Dos Santos Oliveira Leandro Maurilio Miranda Leonardo Moreira Da
Jose Claudio De Souza Souza Jose Santiago De Jesus Josivaldo Trindade Carvalho Juscelino Ribeiro Do Espirito Laercio Lopes Martins Neto Lopes Trindade
José Claudio Oliveira José Lucielson Moia Batista José Smayk Da Silva Josivan De Souza Dos Santos Santo Laércio Souza Pena Leandro Medeiros De Souza Leonardo Nascimento Alves
José Clebson Silva De José Luiz Brandão Do Carmo José Sousa Da Silva Filho Josivan Mendonça Sousa Jusivan Teixeira Da Silva Laercio Tavares Da Silva Leandro Miller Lima Da Leonardo Natalino Silva Dos
Oliveira Jose Luiz Coelho Correa José Talias Gomes De Sousa Josivan Santos E Santos Juvenildo Nascimento Alves Laiane Gomes Soares Silva Santos
José Cleison Lopes Da Silva José Luiz De Araujo Bastos José Teixeira Duarte Jossandro Dos Santos Forte Kailson Henrique Pereira Da Laianne Cavalcante Mota Leandro Miranda De Souza Leonardo Oliveira De Sousa
Jose Cleyton Dos Santos Jose Luiz De Miranda Junior Jose Thiago Rodrigues Josue Silva Laice Silva Da Silva Leandro Monteiro Da Costa Leonardo Pereira Alves
Lima Jose Luiz Dos Santos Nogueira Josué Kaio Lima Brabo Laila Maielle De Almeida Leandro Moraes Caldeira Leonardo Pereira De Souza
Jose Correa Da Conceição Andrade Filho José Thiago Travassos Ramos Josué Alves De Abreu Kairan Barros Canela Carvalhom Leandro Moura De Lima Leonardo Queiroz Dos Santos
José Cristovao Martins Da Jose Luiz Dos Santos Souza Jose Trindade Dias Josue Bentes Dias Kalebe Mota Da Trindade Lailson Da Luz Oliveira Leandro Muller Monteiro Leonardo Ramalho Lima
Costa Jose Luiz Silva Do Jose Uilson Gomes Pereira Josué Costa Marques Kalil Raiol De Matos Lailson Da Silva Lima Soares Leonardo Ribeiro
Jose Danilo Formento De Nascimento Jose Valdecir Costa De Souza Josue Da Anunciação Ferreira Kallfmann Ferreira Dos Lailton Dos Santos Oliveira Leandro Nazareno De Leonardo Ribeiro Severo
Oliveira José Magno Ferreira Leal Jose Valdemir Da Silva Josue Da Silva Pereira Santos Laise Costa Pantoja Mesquita De Souza Leonardo Rodolfo Lima Da
Jose David Pereira Da Cunha Jose Marcelo Nascimento Martins Josue Dos Santos Kallyk Rafael Santos E Silva Laise Negrao Da Costa Leandro Negrão Carneiro Silva
Jose De Arimateia Ferreira Correa José Valdete Do Nascimento Josue Evangelista Monteiro Kaobeni De Sousa Matos Laissy Lorrany Carvalho Da Leandro Pantoja Da Silva Leonardo Rodrigues Carneiro
De Souza Filho José Marcelo Teles Leonor Lima Do Nascimento Karina Costa De Souza Silva Leandro Pereira Matos Leonardo Rodrigues De
José De Arimateia Fortunato Jose Marcos De Andrade Jose Valdinei Vieira Dos Josue Lopes Cunha Karla Priscila Almeira Maia Lameque Santos Duarte Leandro Pinheiro Dos Santos Moraes
Da Silva Viana Junior Santos Josue Monteiro Das Merces Karolaine Aragao Santa Rosa Lander José De Assunção Leandro Pinto Costa Leonardo Sandin Veloso
José De Ribamar Da Silva Jose Marcos Serra Aires Jose Vieira De Aguiar Junior Josué Pareira Da Silva Kassio Cristian Siqueira Cristo Leandro Rebelo Moraes Leonardo Santana
Farias José Maria Bastos Alves Jose Vitor Da Silva Carvalho Josue Pessoa Pereira Souto Landerson Brendon Ferreira Leandro Ribeiro Leonardo Santos Corrêa
Jose De Ribamar De Almeida Jose Maria Catanhede De Jose Wagner Pereira Dos Josue Rodrigues Miranda Kássio Iron Da Silva Costa De Sousa Leandro Ribeiro Da Silva Leonardo Santos Neris
Lima Lima Santos Josué Sá Pedroso Kassios Clay Nunes Ferreira Larissa Calline Borges Castro Tavares Leonardo Silva De Mourão
Jose Demison Coimbra De José Maria Furo Dos Santos José Welison Dos Santos Josue Souza De Souza Katia Rodrigues Da Silva Larissa Da Silva Soares Leandro Ricardo Silva Brito Leonardo Souza Costa
Souza Jose Maria Pantoja Frazao Gaia Josuel Barbosa Gomes Katia Souza Yokoyama Larissa Dos Santos Moreira Leandro Rui Pereira De Leonardo Teixeira Menezes
Jose Denilson Leite Da Silva Neto Jose Weliton Dos Santos Jová Gomes Da Silva Katiane Da Silva Barroso Larissa Mariana Vieira Da Oliveira Leonardo Trindade Moreira
Jose Denis Lima Barbosa Jose Maria Pinto Ferreira Jovane Pereira Sampaio Kaua De Almeida Silva Silva Leandro Serafim Anselmo Leonardo Valadares De
Jose Deny Carvalho De Brito Jose Maria Silva Paixao José Willami Damasceno Jovani Carlos De Souza Silva Kauan Vinicius Dos Santos Lars Gleanderson Lima De Leandro Sergio Barbosa Silva Oliveira
José Dilkson Silva Sousa José Martins Da Silva Penha Jovani Moreira Tenório Dias Moraes Leandro Serrao Rodrigues Leonardo Valerio Flores
Jose Diogo Ribeiro Da Silva Jose Martins Veloso Neto José Willian Batista Da Silva Joyce De Jesus Bastos Do Kawai Caldas Meireles Laudenilson Imbiriba Lopes Leandro Soares Da Silva Leonardo Viana Da
José Domingos De Oliveira Jose Mateus Lima Jose Wilson De Souza E Nascimento Kayio Nixo Gomes Vilas Laurentino Alves Moreira Leandro Souza Martins Conceição
Lima Vasconcelos Souza Joyce Laiane Da Rosa Silva Kaylo De Moura Gonçalves Lauriano Dos Anjos Queiroz Junior Leonardo Vieira
Jose Domingos Garcia Freitas Jose Mauricio Martins Da Joseane Rodrigues Machado Joyce Sousa Santos Kayro Anderson Rêgo Lima Laurimar Lopes Germano Leandro Trindade Rodrigues Leoncio Silva
José Donizete Santos Silva Josefe Costa Gulart Jozias Barros Moreira Kayro Wallace Cardoso Dos Lauro Alves Dos Reis Junior Leandro Vidal Macedo Leone Marcel Souza Da Silva
Jose Dos Reis Pereira José Mauricio Pereira Dos Joseildes Ferreira Teixeira Joziel Caldas Barros Santos Lauro Fabrício Lima De Leandro Vilhena Rodrigues Leonel Alves Dos Santos
Jose Dos Santos Demetrio Santos Josélia Mendes Trindade Joziel Fernandes Da Silva Kécio Dionas Camara Da Souza Ledilson Farias De Souza Leoney Alves De Souza
Jose Dos Santos Pinheiro Jose Mauricio Rui Santos Joselindo Miranda Gabriel Jozivaldo Almeida Dos Cruz Lazaro Felipe Freitas Ledionilson Moreira Mendes Leonice Eloia Da Silva
Joselio Da Silva Sousa Santos Kedson Silva Ferreira Leidiane Da Silva Lopes Leonidas Fernandes Da Silva

15
Leonilda De Sousa Passos Lucas Batulevicios Pereira Lucilene Sales De Brito Luiz Alex Miranda Da Silva Madson Evandro Silva Reis Manoel Henrik Figueiredo Marcelo Moraes De Souza Marco Antonio Coelho
Leonildo Da Silva Sanches Menezes Lucinaldo Lobato Neves Luiz Antonio Pereira Da Madson Farney De Souza Do Mar Marcelo Oliveira De Souza Marco Antônio Dos Santos
Leonildo Mulato Viana Lucas Cardoso Lucinara Pacheco Santos Silva Madson Neves Trandade Manoel Hora Da Cruz Marcelo Oliveira Dos Reis Lima
Leonilson Claudio Marques Lucas Castro Valente Lucio Havelar Neves Aragao Luiz Antonio Ramos Soares Madson Trindade Dos Santos Manoel Joel Ferreira Marcelo Pina De Souza Marco Antonio Lima Araujo
Da Silva Lucas Clayton De Araujo Da Lucirlene Pereira Da Silva Luiz Augusto Amoras Dax Madson Wylli Da Luz Dos Manoel Junior Soares Marcelo Pinheiro Araujo Marco Antonio Rodrigues
Leonilton Goncalves Costa Costa Lucival Dos Santos Aires Luiz Cardoso Carvalho Santos Manoel Justino Pereira De Marcelo Ramos De Melo Marco Antonio Silva Dos
Leony Rodrigo Da Cruz Lucas Da Silva Lucivaldo Da Silva Valadares Maeni Alves Da Conceicao Souza Marcelo Reis Da Silva Santos
Vieira Lucas Da Silva Da Conceicao Evangelista Luiz Carlos Baia Ferreira Magdiel Ruan Ferreira Manoel Maria Ferreira De Marcelo Reis Ferreira Marco Antônio Silva Saraiva
Leosvaldo Rodrigues Silva Lucas Da Silva Dos Santos Lucivaldo Monteiro Da Silva Luiz Carlos Batista Patrocinio Magno Alves Da Silva Oliveira Marcelo Rocha De Holanda Marco Aurélio De Almeida
Leudimar Pereira Da Silva Lucas Da Silva Leal Júnior Luiz Carlos Da Conceicao Magno Bezerra Costa Manoel Miranda Marcelo Rocha Maia Pinto
Levi Souza Dos Santos Lucas Da Silva Lira Lucivaldo Nogueira Dos Santos Magno Breno Romão Mel Manoel Osmar Vasconcelos Marcelo Rodrigues De Lima Marco Aurelio De Souza
Levir De Brito Lucas Da Siva De Souza Nascimento Luiz Carlos De Oliveira Magno Correa Da Silva Junior Marcelo Rodrigues Estumano Marco Fernando Pereira
Levy Felipe Costa Pantoja Lucas De Araujo Cunha Lucivaldo Pinto Barbosa Santos Magno Da Cunha Assunção Manoel Raimundo Miranda Marcelo Santos De Souza Correa
Leydy Dyana Nascimento Lucas De Franca Lucivaldo Silva Dos Santos Luiz Carlos De Souza Magno Da Silva Lima Manoel Ribeiro Souza Junior Marcelo Silva De |Oliveira Marco Maciel Souza Dias
Sousa Lucas De Leão Reginaldo Lucivaldo Sousa Ramos Ferreira Magno De Melo Miranda Manoel Robson Bezerra Marcelo Silva De Souza Marco Manoel De
Lia Monteiro Da Silva Lucas De Sousa Alves Lucivan Menezes Dos Santos Luiz Carlos Dos Santos Magno De Souza Brilhante Divino Marcelo Silva Dos Santos Vasconcelos
Licivaldo Do Nascimento Da Lucas De Sousa Correa Lucivando Do Socorro Ferreira Magno Do Nascimento Manoel Rodolfo Vilhena De Marcelo Silva Ribeiro Marco Pereira Da Silva
Costa Lucas De Souza Fernandes Pompeu De Melo Luiz Carlos Figueiredo Da Sebastião Vasconcelos Marcelo Soares Dos Santos Marco Vinicius Vieira
Lidia Cristina Bitencourt Lucas Dias Da Silva Lucivânia Gomes Nunes Silva Magno Frota Manoel Rodrigues De Souza Marcelo Souza Da Silva Carneiro
Andre Lucas Do Carmo Lima Ludiney Fonseca Rodrigues Luiz Carlos Furtado Costa Magno Lima Araujo Neto Marcelo Souza Santos Marcondes De Aquino Correa
Lidia Oliveira Dos Santos Lucas Dos Santos Da Silva Luetil Do Desterro Serrao Luiz Carlos Lorenzetti Magno Lima Ribeiro Manoel Rodrigues Ramos Marcelo Willians Campos De Marconi Sousa Fonseca
Lidia Regina Costa Araujo Lucas Dos Santos Pinto Das Merces Luiz Carlos Pereira Da Costa Magno Prestes Lisboa Neto Lima Marconin Soares Lima
Lidiane Oliveira Santos Lucas Dos Santos Silva Lui Sebastian Da Silva Luiz Carlos Pereira Da Silva Magno Rafael Da Silva Manoel Sandoval Dos Santos Marcia Siqueira E Silva Alvares
Lidiomar Souza Camelo Lucas Dos Santos Silva Mourão Da Costa Luiz Carlos Pereira De Souza Madeira Junior Marcia Cristina Andrade De Marcos
Lidiomar Souza Camelo Lucas Emanuel Barros De Luirg Leandro Barreto Leite Luiz Carlos Santos Da Magno Romario De Almeida Manoel Santana De Moura Oliveira Marcos Adriano Dos Santos
Liegleison Do Nascimento Castro Luis Alberto Montelo Silva Conceicao Martins Manoel Silva Da Silva Márcia Cristina Lessa Dos Leitão
Tavares Lucas Farias Ribeiro Luis Alberto Nunes Ferreira Luiz Carlos Teixeira Da Magno Silva Serra Manoel Vagner Da Silva Reis Marcos Adriano Gomes
Lielton Leao Gomes Lucas Felipe Rodrigues Luis Alex Maurício Da Silva Conceicao Magno Solazar Fontes Pereira Marcia Cristina Santos Mendes
Liliane Maria Da Silva Benacci Luis André Gales Machado Luiz Charle Rodrigues Dos Magnum Cosme Da Silva Manoel Vagner De Souza Marciano De Almeida Junior Marcos Adriano Neves De
Lilio Vieira Lima Lucas Ferreira Dos Santos Luis Augusto Castro De Santos Rodrigues Manoel Vanderlan Silva De Marciano Silva Dos Santos Oliveira
Linaldo Costa Lima Lucas Ferreira Martins Figueiredo Luiz Da Silva Mota Magnum Miranda De Sousa Sousa Marciara Costa Dos Santos Marcos Adriano Pessoa Lima
Lindeberg Júnior Rodrigues Lucas Freitas Silva Luis Augusto Costa Luiz Da Silva Pontes Maiara Cristina Santos Manoel Vitor Lisboa Fonseca Marciel Da Silva Alcantara Marcos Afonso Da Silva
De Oliveira Lucas Goncalves Da Cunha Rodrigues Luiz De Oliveira Silvestre Meirelhes Manoel Wilhams Sousa Marciel Junior De Lima Marcos Alves De Oliveira
Lindembergue Goncalves Lucas Henrique Dos Santos Luis Augusto Dos Santos Junior Maiara De Souza Santos Garcia Vieira Marcos André Marceno Da
Viana Silva Amaral Luiz Dias Do Lago Filho Maick Correa Da Silva Manoel Xavier Da Silva Marcielle Alves Tavares Silva
Lindenberg Gonçalves Ramos Lucas Jhonatan Da Silva Luis Augusto Ferreira Luiz Dos Santos Junior Maico Da Silva Medeiros Mara Pantoja Maia Marcilene Dos Santos Rangel Marcos André Pereira Belon
Lindomar Clovis Siqueira Lucas Jonatan Viana Silveira Campos Luiz Eduardo Duarte Penha Maico Gleidson Reis Araujo Marcario Da Silva Conceicao Marcílio Lopes Marcos Andre Pereira Da
Lindomar De Souza Trajano Lucas Lima Da Cunha Luis Bruno Nascimento Silva Luiz Eduardo Sandim Farias Maico Lopes Da Silva Marcel Carvalho Gomes Marcilo Pereira Da Silva
Lindomar Soares Dos Anjos Lucas Luan Almeida Ferreira Luis Carlos Canuto Da Silva Luiz Evandro Araujo De Maico Santos Da Silva Marcel Rogerio Castro Portal Conceicao Marcos Andrey Vinhas Do
Lindson Lennon Cabral Lima Lucas Machado Modesto De Luis Carlos Castro De Lima Souza Maicon Abreu Da Costa Marcela Carina Saraiva Marciney Monteiro Varela Rosario
Lino Costa Nazaré Oliveira Luis Carlos Da Silva Luiz Felipe Coelho Camara Maicon De Sousa Castelo Marcele Dos Reis Da Silva Marcio Marcos Antonio Castro
Lion Breno Da Silva Lucas Magno De Brito Luis Carlos De Sousa Luiz Felipe Da Silva Garcia Branco Marcelino Almeida Ribeiro Marcio Adriano Tavares Do Barbosa
Lodione Do Nascimento Morais Rodrigues Luiz Felipe Lago Monteiro Maicon Douglas Dos Santos Marcelino Da Costa Santos Nascimento Marcos Antonio Conceicao
Loide Garcia De Lima Lucas Mateus Dias Da Silva Luis Carlos Dos Santos Luiz Felipe Pereira Teixeira Santana Marcelino Magno Correa Marcio Alexandre Coelho De Da Costa
Loislayne Ferreira De Lucas Mateus Pantoja Da Cardoso Luiz Felipe Ramos Da Silva Maicon Everton Dos Santos Marcelino Pinheiro Da Silva Souza Marcos Antonio De Souza
Oliveira Silva Luis Carlos Dos Santos Luiz Fernado Pinheiro Lima Marcelino Ribeiro Da Silva Márcio Alexandre Da Silva Gama Filho
Lord Willy Nogueira De Lucas Monteiro Santos Tavares Mendes Maicon Junior Ribeiro Sena Marcelo Afonso Da Silva Houat Júnior Marcos Antonio Ferreira De
Oliveira Lucas Nascimento De Luis Carlos Marinho De Luiz Fernando Ferreira De Maicon Leite Dos Santos Nunes Marcio Alves Bezerra Oliveira Junior
Lorena Lima De Sousa Andrade Sousa Junior Matos Maicon Lima Da Costa Marcelo Amaral Caldas Marcio Assis Da Cunha Marcos Antônio Lima Dos
Lorena Matos Pereira Lucas Nunes Luis Carlos Miranda Gomes Luiz Fernando Nunes Da Maicon Luis De Jesus Moraes Junior Marcio Barata Palheta Santos
Lorena Priscila Borges Lucas Pantoja Martins Luis Carlos Miranda Zibett Cunha Maicon Luiz Sagica Marcelo Augusto De Moraes Márcio Barbosa De Souza Marcos Antonio Pantoja Silva
Barbosa Lucas Pinho Da Silva Luis Carlos Oliveira Barbosa Luiz Fernando Nunes De Maicon Magno Favacho De Bentes Marcio Barbosa Do Marcos Antonio Silva
Lorena Rodrigues Pereira Lucas Portilo Rodrigo Luis Carlos Santos Silva Oliveira Lima Marcelo Augusto Dos Anjos Nascimento Barbosa
Lourenço Viana Souto Lucas Ramos Neves Luis Carlos Silva Correa Luiz Fernando Tenório Dos Maicon Rodrigues Do Rodrigues Marcio Carlos Lima Bandeira Marcos Aurelio Ramos
Luã Galvão Torres Lucas Reis Da Silva Luis Carlos Silva Da Costa Santos Nascimento Marcelo Augusto Silva Do Marcio Carneiro Ferreira Carvalho
Lua Marcos Mendes Da Silva Lucas Riquelme Leite Da Luis Carlos Silva Souza Luiz Flávio Costa Maicon Silva Silva Nascimento Marcio Cleiton De Souza Marcos Aurélio Rodrigues
Luan Algusto Ferreira Maciel Silva Luis Carlos Soares Da Silva Luiz Henrique Albuquerque Maiele Neves De Souza Marcelo Augusto Souza De Lima Carvalho
Luan Amim Freitas Lucas Rodrigues Da Silva Luis Claudio Oliveira Júnior Maik Alexandre Lima Lima Márcio Cleiton Silva Oliveira Marcos Aurelio Silva De
Luan Aragão Coelho Lucas Rodrigues De Souza Cardoso Luiz Henrique Cruz Da Silva Gouveia Marcelo Augusto Teixeira Marcio Cleyton Dantas Lima Souza
Luan Augusto Cruz Lopes Lucas Rodrigues De Souza Luis De Oliveira Lima Luiz Henrique Ferreira Silva Maik Da Silva Pacheco Marcio Conceicao Souza Marcos Brito Maciel
Luan Augusto Souza Costa Lucas Rodrigues Ribeiro Luis Eduarda Silva De Paula Santos Maik Dias Da Silva Marcelo Azevedo Pinheiro Marcio Correa De Oliveira Marcos Cardoso
Luan Carlos De Souza Maues Lucas Santos De Oliveira Filho Luiz Henrique Goncalves Maik Douglas Santos Araujo Marcelo Batista Da Silva Márcio Costa E Costa Júnior Marcos Da Costa Machado
Luan Carlos Senna Miranda Lucas Santos De Souza Luis Fabio De Souza Siqueira Maik Marcio De Almeida Marcelo Bezerra Da Silva Marcio Da Silva Almeida Sobrinho
Luan Craveiro Da Silva Lucas Silva Marinheiro Luiz Henrique Lima Pinho Ramos Marcelo Brito Coutinho Marcio Da Silva Garcia Marcos Damascena De Souza
Luan Da Silva Rodrigues Lucas Silva De Brito Luis Fabrício Silva Teixeira Luiz Henrique Santiago Da Maike Pereira Monteiro Marcelo Campos Dos Santos Marcio Da Silva Lima Marcos Daniel Ramos
Luan De Jesus Costa De Lucas Silva De Oliveira Luis Felipe Bitencourt Albino Conceicao Maiko Cardoso Modesto Marcelo Cavalcante Brito Marcio Da Silva Moraes Pinheiro
Souza Lucas Silva Dos Santos Luis Felipe Da Costa Alves Luiz Henrique Silva Monteiro Maiko Teixeira Lima Marcelo Cleiton Da Silva Marcio De Assis Da Silva Marcos David Da Silva De
Luan De Sousa Silva Lucas Silva Guedes Luis Felipe De Assuncao Luiz Junio Almeida Reis Mailon Lopes Da Silva Nascimento Márcio De Jesus Ferreira Cravalho
Luan Do Espirito Santo Lucas Soares Saraiva Quadros Luiz Leandro Da Silva Mailson Augusto Lima Da Marcelo Cleiton Farias Souza Barbosa Marcos De Souza Ferreira
Travassos Lucas Sousa Do Nascimento Luis Felipe Dos Reis Souza Araujo Silva Marcelo Cleiton Ferreira Marcio De Jesus Mescouto Marcos Dias Dos Santos
Luan Do Mar Barata Lucas Sousa Ferreira Luis Fernando Almeida Luiz Maia Silva Mailson Barbosa Dos Santos Moreira De Souza Marcos Diego Soares
Luan Do Nascimento Lucas Sousa Pereira Rodrigues Luiz Maria Silva Moraes Mailson Do Socorro Oliveira Marcelo Cleyton Ferreira De Marcio Dos Santos Amorim
Mescouto Lucas Vinicius Moreira Luis Fernando Da Costa Dias Luiz Otávio Neves De Guedes Morais Marcio Dos Santos Oliveira Marcos Dionatan Da Silva
Luan Dos Santos Cardoso Gomes Luis Fernando Ferreira Oliveira Junior Mailson Dos Remédios E Marcelo Cleyton Nunes Da Marcio Dos Santos Rodrigues Sampaio
Luan Felipe De Sousa Viana Lucas Wendell Santos Luis Fernando Ribeiro Luiz Otávio Perreira Correa Silva Cruz Marcio Felipe Dias Colares Marcos Do Nascimento
Luan Ferreira Cavalcante Padilha Cândido Luiz Pereira Da Silva Filho Mailton Da Costa Farias Marcelo Correa Gomes Marcio Ferreira Do Martins
Luan Ferreira Rodrigues Lucelia Moraes Guimaraes Luis Fernando Rodrigues Da Luiz Rodrigo Leao Dos Maíra Alves De Sousa Marcelo Costa De Souza Nascimento Marcos Do Nascimento Silva
Luan Firmino Lucenildo Meneses Dos Silva Santos Mairla Nascimento Dos Marcelo Cristiano De Jesus Marcio Ferreira Povoa Marcos Dos Santos Alfaia
Luan Fonseca Ferreira Santos Luis Fernando Silva De Luiz Tiago De Souza Santos Lima Teixeira Marcio Grey Sousa Mesquita Marcos Dos Santos Da Silva
Luan Henrique Nascimento Lucian Alex Evangelista Da Almeida Luiz Tiago Lopes Moraes Mairlon Cardoso Da Silva Marcelo Da Conceicao Silva Marcio Henrique Barbosa Marcos Dos Santos Lima
Serrao Cruz Luis Fernando Souza Costa Luno Aureo Marques Mairon Oliveira Damascena Marcelo Da Cruz Moura Marcio Igor Alcantara De Marcos Dos Santos Viana
Luan Iuri Rodrigues Maia Lucian Lima Da Paixao Luis Gonzaga Da Costa Lussandro Farias Soares Maison Correa Macedo Marcelo Da Luz Fonseca Alfaia Marcos Douglas Figueredo
Luan Jorge Ferreira Cardoso Luciana Leal Alves Ribeiro Junior Luzia Ferreira Da Silva Maite Ribeiro De Brito Marcelo Da Rosa Silva Marcio Jean Da Silva Da Costa
Luan Kleuveni Correa Luciana Pereira Costa Luis Guilherme Dos Santos Luziane Monique Da Silva Maksuel Pereira Silva Marcelo Da Silva Barbosa Marcio Junior Barroso Marcos Felipe Menezes
Campos Luciana Rosa Meira Tavares Santos Malaquias Viana Novaes Marcelo Da Silva Coelho Miranda Ribeiro
Luan Lucas Gil De Oliveira Luciano Alves Da Silva Luis Gustavo Dos Santos Luziel Luis Costa De Sousa Malison Da Silva Furtado Marcelo Damasceno Peniche Marcio Lima Da Silva Marcos Ferreira
Luan Matos Dos Santos Luciano Borges Oliveira Nunes Luzivaldo Progenio De Manoel Marcelo De Jesus De Lima Marcio Lima Lobato Marcos Furtado De Oliveira
Luan Paixao De Souza Luciano Breno Dos Santos Luis Henrique Araujo Do Almeida Manoel Junior Marcio Lopes Balieiro Marcos Gonçalves Da Costa
Luan Pantoja Simoes Gaia Pantoja Santos Mac Almeida Vilhena Manoel Alexandre Queirox Marcelo De Jesus Oliva Silva Marcio Medeiros Batista Marcos Henrique Conceição
Luan Ramon Freitas Da Silva Luciano Carvalho Silva Luis Henrique Bezerra Do Macedo Filho Marcelo De Lima Souza Márcio Mourão Da Silva Lopes
Luan Reis Pereira Luciano Da Silva Aleixo Amaral Machado De Assis Miranda Manoel Assuncao Cardoso Marcelo De Mesquita Lopes Marcio Oliveira Matos Marcos Henrique Dos Santos
Luan Ribeiro Da Silva Luciano Da Silva Furtado Luis Henrique Carneiro Carvalho Filho Marcelo De Oliveira Souza Marcio Oliveira Ribeiro Oliveira
Luan Ribeiro Gomes Luciano Da Silva Oliveira Nascimento Machael Costa Dos Santos Manoel Azenil Vieira Lopes Marcelo De Souza Cantao Marcio Oliveira Vieira Junior Marcos Jardel Dos Santos
Luan Roberto Santos Araujo Luciano Da Silva Oliveira Luis Henrique Dos Santos Maciel Alexandre Dos Santos Manoel Balbino Viana Marcelo De Souza Correia Marcio Pereira Da Silva Nobrega
Luan Rodrigo Do Carmo Luciano De Sousa Gouvea Silva Maciel Campos Rodrigues Manoel Batista Da Silva Marcelo De Souza Costa Marcio Pereira Ferreira Marcos Jeferson Nascimento
Pinheiro Luciano Do Nascimento Neri Luis Henrique Farias Dos Maciel Cinzinando Ribeiro Manoel Benedito Ferreira Santos Márcio Protásio Dos Santos Marcos Jhones Oliveira Da
Luan Rodrigues Luciano Ferreira Nascimento Santos Maciel Correa Monteiro Manoel Da Conceição Silva Marcelo De Souza Ferreira Marcio Reis Silva Silva
Luan Silva Chagas Luciano Fonseca Vieira Luis Henrique Oliveira Maciel Da Silva Ferreira Pinheiro Marcelo Dos Santos Portilho Marcio Robert Calandrine Marcos Jose Albuquerque
Luan Tome Da Silva Luciano Gonçalves Soares Amaral Maciel Dos Santo Silva Manoel Da Conceicao Soares Marcelo Ferreira Farias Conceicao Ribeiro
Luan Valente Silva Luciano Kleber Ferreira Dos Luis Henrique Silva Maciel Dos Santos Ferreira Junior Marcelo Flexa Lobo Marcio Roberto Do Marcos Jose Ferreira Da Silva
Luan Venancio Mendonca Santos Luis Junior Santiago Dos Maciel Feitosa Anastacio Manoel Da Conceição Marcelo Gemaque Nascimento Trindade Marcos Jose Nascimento
Luan Wagner Martinez Silva Luciano Lima Farache Passos Maciel Ferreira De Souza Vitorino Dos Santos Marcelo Goncalves Santos Marcio Roberto Taveira De Marcos José Sobrinha Souza
Luana Carolina Brandao Luciano Lopes Ribeiro Luis Maria Da Silva Maciel Gomes De Souza Manoel Da Costa Marcelo Henrique Da Silva Morais Junior Marcos Junior Soares Chagas
Seabra Luciano Maia Maciel Luis Maria Dos Reis Maciel Lopes Dos Reis Manoel Da Vera Cruz Guedes Borges Marcio Rodrigues Goncalves Marcos Luan Santana Dos
Luana Darliene Lima Da Luciano Marcos Cruz Da Luis Mario Figueiredo Maciel Nunes Da Silva Junior Marcelo Hiago Monteiro De Alves Santos
Cunha Silva Luis Matos Do Nascimento Maciel Reis Serrao Manoel Davi De Oliveira Moraes Marcio Rogerio Ferreira Marcos Luiz Silva Do Vale
Luana Gonçalves Fiel Luciano Moraes De Brito Luis Oswaldo Almeida Macileno Correa Dos Santos Neto Marcelo José De Oliveira Marcio Rossini Sousa Dos Marcos Macedo Dos Santos
Luana Moraes Rebelo Luciano Otavio Franco Da Rodrigues Mácio Ferreira Do Manoel Davi Freitas Dos Nunes Reis Marcos Manoel Carvalho De
Lucas Silva Junior Luis Otavio Amaral Da Silva Nascimento Santos Marcelo Junior Pinho Santos Marcio Sales Teixeira - Sousa
Lucas Luciano Pereira Do Luis Paulo Da Costa Do Mácio Trindade Dos Santos Manoel De Jesus Prata De Marcelo Júnior Rodrigues Vulgo "Neguinho" Marcos Mendes Medeiros
Lucas Dos Santos Nobrega Nascimento Espirito Santo Macivaldo Pinheiro De Lima Araujo Lima Marcio Santos Da Silva Marcos Monteiro Da Silva
Lucas Adriano Santos Luciano Ribeiro Da Silva Luis Paulo Do Espirito Santo Mackson Wilyam Da Luz Manoel De Jesus Souza Marcelo Leite Martins Márcio Saymon Macedo Dos Marcos Moraes De Sousa
Lucas Albert Da Costa Luciano Rodrigues Dias Almeida Dos Anjos Tabosa Marcelo Lemos Da Cruz Santos Marcos Moraes Silva
Lucas Alves Da Silva De Luciano Santos Da Silva Luis Rosivan Monteiro De Macson Fontel Martins Manoel Dos Santos Lima Marcelo Lima De Miranda Marcio Silva De Pina Marcos Nazareno Guedes
Moraes Luciano Silva Araújo Souza Madielson Fernandes Cezar Manoel Ferreira Do Marcelo Lima Souza Marcio Sousa Araujo Dos Santos
Lucas Alves Magalhães Lucideia Mendes Da Silva Luis Sardinha Da Silva Mendes Nascimento Marcelo Macedo De Sousa Marcio Souza Da Silva Marcos Neiva Estumano
Lucas Andrade Costa Lucideia Mendes Da Silva Luis Veleda Santiago Madson Ageu Nascimento Manoel Francisco Rodrigues Marcelo Marcelino Santos De Marcio Wagner Da Silva Marcos Neto Cardoso De
Lucas Baia De Castro Luciene Dos Santos Costa Luiz Abrão Da Costa Rodrigues Manoel Gean Barros Da Silva Jesus Cruz Souza
Lucas Barbosa Cardoso Luciene Soares Da Silva Pinheiro Madson Cardoso Lima Manoel Hanrique Arrauda Marcelo Marques Barroso Marcio Wilson Leal Da Silva Marcos Ofrazio Da Costa
Lucas Barbosa Da Silva Luciene Soares Da Silva Luiz Ailton Lopes Ribeiro Madson Davi Lima Neves Marcelo Marques Silva Marcir Rosa Monteiro Varela Marcos Oliveira Nunes
Lucilene Aires Trindade Luiz Alberto Da Silva Nascimento Marcelo Miranda Tavares Marcirio Reis Assunção

16
Marcos Paulo Aquino Maria Luana De Souza Marython Da Silva Pinheiro Mauro Modesto Da Silva Messias De Jesus Pinto Moises Felipe Rabelo Da Nelson Conceição Da Silva Oziel Coutinho De Souza
Cavalcante Maria Lucia Silva Dos Santos Marzo Yuri Rosa Monteiro Mauro Monteiro Santa Messias Maciel Assunção Paixao Nelson De Sousa Queiroz Oziel Da Silva Bezerra
Marcos Paulo Cardoso Maria Lucilene Da Costa Mateus Brigida Messias Monteiro De Souza Moises Ferreira Da Silva Nelson Doglas Duarte Dos Oziel De Castro Muniz
Granado Maria Lucilene Da Silva Mateus Almeida Loureiro Mauro Noel Silva Santos Messias Moraes Barros Moises Lopes Da Silva Anjos Oziel De Jesus Dias
Marcos Paulo Costa Lobato Maria Oliveira Lima Mateus Araujo Soares Mauro Oleastre De Castro Messias Morais Moises Menguis Pereira Nelson Seleiro Gomes Oziel Do Rosário Matias
Marcos Paulo Da Silva Maria Patricia Silva De Brito Mateus Claiton Souza Da Mauro Pereira De Souza Messias Nascimento Da Silva Moisés Moraes Pereira Neltom Nelis Sousa Oziel Dos Santos Madeira
Mouzinho Maria Rayane De Souza Silva Mauro Rodrigues Dornelas Messias Nazareno Borsen Moises Pereira De Aquino Nencemancio Aguiar De Oziel Vanderson Goncalves
Marcos Paulo De Jesus Martins Mateus Costa Santa Fernandes Lima Moises Santos Silva Souza Da Silva
Camargo Maria Regina Cardoso De Mateus Da Silva Nobre Mauro Sergio Da Silva Messias Pereira Conceição Moisés Silva Da Rocha Nestor Gonçalves Barros Pablo Alves De Oliveira
Marcos Paulo De Jesus Reis Oliveira Mateus Dos Santos Prestes Max Alves Cunha Messias Pereira Holanda Soares Filho Pablo Andre Barroso De Aviz
Marcos Paulo Ferreira De Maria Rosa Mindelo Lopes Mateus Fernandes Nunes Max Alves Dos Santos Messias Silva Santos Moises Soares Ferreira Lopes Neudivan Alves Sousa Filho Pablo Antonio Da Silva
Souza Maria Rosiane Correa De Mateus Goncalves Leao Max Antonio Amorim De Messias Soares Da Silva Moisés Travassos Do Carmo Newton Dos Santos Brito Moreira
Marcos Paulo Modesto Oliveira Mateus Henrique Silva Melo Sousa Messias Tavares Brito Moises Viana De Lira Ney Pablo Cesar Sousa Dos
Natividade Maria Rosiane Rodrigues Mateus Lima De Oliveira Max Barata Da Silva Micael Barbosa Lobo Mônica Gabriela Magalhães Neyane De Oliveira Lima Santos
Marcos Paulo Moraes Alho Amaral Mateus Marques Da Silva Max Bruno Santos De Micael Guerreiro Mendes Daumasia Neydson De Sousa Nogueira Pablo Da Silva Santos
Marcos Paulo Nascimento Da Maria Rosilene Conceicao Mateus Martins Da Silva Almeida Micaias Santos Da Silva Monique Neves Pastana Nicolas Ruan Da Silva Pablo Diego Soares Barata
Silva Dos Santos Mateus Nascimento De Sousa Max Da Costa Cardoso Michael Anderson Oliveira Mosaniel Dos Santos Silva Monteiro Pablo Felipe Pinheiro Da
Marcos Paulo Silva Da Silva Maria Suely Pereira De Farias Mateus Nunes De Souza Max Da Silva Rodrigues Brito Muamar Kadafi Andrade Dos Nicolas Thiago Coelho Silva
Marcos Paulo Souza De Maria Tatiana Ferreira Mateus Oliveira Pereira Pessoa Michael Bezerra Mota Reis Machado Pablo Fernando Do
Souza Gomes Mateus Pinheiro Dos Santos Max Da Silva Valente Michael Jorge De Araujo Mulher Nao Identificada Nicole Nayara Dos Santos Nascimento Cabral
Marcos Paulo Vieira Matos Maria Vilma Ribeiro Da Silva Mateus Rabelo Furtado Max De Almeida Da Fonseca Barbosa Mulher Nao Identificada Nicole Nayara Dos Santos Pablo Gabriel Favacho Ataide
Marcos Pereira Da Silva Mariana Dias De Oliveira Queiroz Max De Sarges Silva Michael Mateus Bonovox Muller Geovanni Ferreira Nielson Luz Rodrigues Pablo Henrique Correa
Marcos Ramon Ribeiro Mariane Patricia Silva Mateus Silva Batista Max De Souza Valente Gomes Da Silva Xavier Nielton Dias Dos Santos Pablo Henrique Dias Da
Miranda Azevedo Mateus Silva Guida Max Diego Da Silva Farias Michael Soares Neves Muller Rosa Da Silva Nikolas Costa Martins Costa
Marcos Roberto Lisboa Mariano Silva E Silva Mateus Sousa Cunha Max Dione Da Silva Leite Michael Wiverson Costa Muller Tavares Sousa Nildene Cristina Evangelista Pablo Henrique Santos Ferraz
Ferreira Junior Maridilza De Sousa Maia Mateus Souza Costa Max Do Nascimento Melo Muriel De Tal Barros Pablo Jose Modesto Da Costa
Marcos Sales De Menezes Marilda Aurora Lima Costa Mateus Souza Da Cunha Sobrinho Michel Augusto Rodrigues Murilo Costa Lobato Nildo Carlos Fonseca E Silva Pablo Luis Assunção Soares
Marcos Santos Ribeiro Da Marilda Aurora Lima Costa Mateus Tiago Martins Max Do Rosario Silva De Souza Murilo Dos Santos Pacheco Nildo Rego Goes Pablo Matos Lima
Cruz Marileson Lobo Barbosa Mendonca Max Dos Santos Monfort Michel Barbosa Pinheiro Murilo Jhonatan Reis Garcia Nilo Borges Ferreira Filho Pablo Moraes Carvalho
Marcos Sobrinha Souza Marilza Martins Lima Mateus Viana Moia Max Douglas Campos Lima Michel Cristian Da Silva Da Murilo Reis Rodrigues Nilosonet Santos Dos Reis Pablo Nailton Silveira Serra
Marcos Sousa Silva Marina Bezerra Da Silva Mateus Yury Lopes Castilho Max Evandro Dos Remedios Silva Myllon Da Silva Araujo Nilson Do Nascimento Pablo Nascimento Da Silva
Marcos Uchoa De Sousa Marina Santos Souza Mathaus Kariatiarim Leal Costa Michel Da Silva Crua Myrian Fabiane Da Costa Pereira Pablo Oliveira Mendes
Marcos Valle De Souza Marinaldo Carmo Dos Anjos Moreira Max Evangelista Da Silva Michel Da Silva Ferreira Marques Nilson Dos Santos Martins Pablo Ruan Brito Serrao
Marcos Vinicios Cardozo Da Marinaldo Costa Bezerra Matheus Alves Cabral Max Ferreira Da Costa Michel De Jesus Barbosa Nacelmo Braga De Sousa Nilson Euda Da Silva Pablo Ruan Guimarães De
Costa Marinaldo Da Silva Carvalho Matheus Alves Da Costa Max Jhones Silva De Moraes Michel De Moraes Nacional Conhecido Por Nilson Jose Souza Marques Souza
Marcos Vinicios De Brito Marinaldo Do Rosario Matheus Alves Da Silva Max Júnior Rodrigues Michel Dos Santos Contente Coelho Nilson Leite Da Silva Pablo Santos De Almeida
Marcos Vinicios Fonseca Furtado Matheus Alves De Sousa Meireles Michel Felipe Telles Dos Naclei De Azevedo Banaion Nilson Silva Da Cruz Pablo Santos De Carvalho
Borges Marinaldo Do Rosario Matheus Belém Dos Santos Max Kazuya Nakamigawa Santos Nacson Oliveira Mendes Nilson Vinicius Mota Costa Pablo Victor Dos Santos
Marcos Vinícius Da Furtado Matheus Da Silva Almeida Max Lua Sousa Padilha Michel Gonçalves Da Silva Nadia Luiza Silva Oliveira Nilton Dias Correia Lopes
Conceição Cunha Marinaldo Evangelista Matheus Da Silva Farias Max Maria Da Silva Farias Michel Henrique Dos Santos Nadia Madaleny Lima Nilton Fernandes Gomes De Pablo Vinicios Almeida Da
Marcos Vinicius Da Costa Medrado Matheus Dos Santos Souza Max Mendes Quaresma Guimarães Cardoso Sousa Silva
Junior Marinaldo Passos Sousa Matheus Dos Santos Souza Max Miller Ferreira Pereira Michel Maicon Amaral Nadilson Jose Correa Nilton Martins Dias Pablo Wendel Mendes
Marcos Vinicius De Oliveira Marinaldo Silva Do Carmo Matheus Felipe Oliveira Pinto Max Moraes Do Espirito Ferreira Miranda Nilton Sodre Figueiredo Barbosa
Marcos Vinicius Do Marinete Ferreira De Souza Matheus Ferreira Dias Santo Michel Martins E Silva Nadilson Pinheiro De Castro Nilvan Brito Pereira Pacuriró Kaapor
Nascimento Costa Marinete Gomes Da Silva Matheus Ferreira Neri Max Ney Correa De Santana Michel Martins Leal Nadir Cardoso De Farias Nilvando Ferreira Teixeira Pamela Cristina Garcia Silva
Marcos Vinicius Dos Santos Marinilson Do Rego Dos Matheus Ferreira Raiol Max Pessoa Boaventura Michel Mendes Dos Santos Nadson Bezerra Duarte Nilza Da Silva Pamela Vitoria Da Silva
Silva Santos Matheus Freitas Da Silva Max Roberto De Souza Da Michel Monteiro Nadson Roberto Da Costa Nilzomar Soares Da Silva Pantoja
Marcos Vinicius Filgueira Mario Adim Nascimento Da Matheus Holanda Pereira Silva Michel Pereira Leão Araújo Nisael Ferreira De Sousa Patric Ataide Reis Dos Reis
Marcos Vinicius Lopes Cunha Matheus Lima Pereira Max William Rodrigues Da Michel Rodrigo Gomes Nael Nivaldo Liberato Leal Da Patricia Carvalho Monteiro
Serrão Mario Almeida Dos Santos Matheus Lobato De Leao11 Silva Franco Naelio Ferreira Seabra Silva Patricia Costa Dos Santos
Marcos Vinícius Souza E Mario Alves Da Silva Matheus Lobato De Leao11 Max Willian Pereira Michel Rodrigo Gomes Naiara De Nazare Damasceno Nivaldo Souza Dos Santos Patricia Do Socorro Monteiro
Souza Mário Daniel Pinheiro Rosa Matheus Nascimento Da Rodrigues Franco Nailson Castro Dos Santos Noel Gomes Maciel Gomes
Marcos Vinicius Tavares Da Mario Duarte Meireles Silva Maximiliano Patricio De Michel Silva De Aquino Nailson De Oliveira Da Silva Noel Otavio De Lima Patricia Dos Santos Benicio
Silva Mario Hordan Bentes De Matheus Prata Cardoso Souza Michel Trindade Jardim Nailson Souza Dos Anjos Noemia Pereira Da Luz Patricia Dos Santos Gomes
Marcos Vinicius Tavares Da Sousa Matheus Rodrigues Lima Maxney Sales Lima Michel Vasconcelos Furtado Nailton Da Conceição Dos Nunes Da Silva Castro Patricia Gomes Da Silva
Silva Mario Júnior Gonçal De Matheus Silva Almeida Maxsoel Dias De Sousa Michel Xavier Moura Santos Pereira Nutson Dos Santos Cardoso Patricia Pereira Da Silva
Marcos Vinicius Tavares Souza Alcantara Matheus Silva Da Silva Maxuel Frazao Nunes Michele Coutinho Da Silva Nailton De Araújo Souza Oberdan Dos Prazeres Da Patrick André De Sousa Neto
Silva Mário Maia De Souza Matheus Silva Dos Passos Maxuel Soares Da Silva Micheli Cantaneide Santos Nailton Raiol De Sousa Silva Patrick Andre Pompilio
Marcos Vinicus Da Silva Mario Michel Barros Da Matheus Silva Ferreira Maxwell Oliveira Da Costa Michelilson Sousa Cordeiro Nariz Pelado Ocimar Nascimento Lima Gomes
Marcos William Diniz Da Silva Matheus Sousa Barros Maxwilliam Silvino De Michelle Rodrigues De Natacha Dias De Almeida Odair José Carrea Raposo Patrick Barroso Pinheiro
Silva Mario Nascimento Pinto Mauricelio Alves Dos Santos Araújo Oliveira Natael Da Silva Santos Odair Jose Silva Trindade Patrick Botelho Da Silva
Marcus Elias Evangelista Mário Renan Pastana De Mauricio Almeida Santos Mayara Da Silva Martins Micilene Procopio Viana Natalha Carolina Ferreira Odalena Nascimento Balieiro Patrick Brendo Crispin Dias
Teodoro Souza Mauricio Anderson Cabral Mayara Viana Barroso Miguel Barros Costa Ruiz Odali Farias Pantoja Patrick Da Conceicao
Marcus Murilo Ferreira Mario Sergio Pinheiro Ramos Saldanha Mayc Lopes Alcantara Miguel Brandão De Sousa Natalia Da Cruz Malaquias Odeilson Miranda Meireles Machado
Barbosa Mario Sergio Vale Alves Mauricio Araujo Dos Reis Mayck Caldas De Almeida Miguel Campos Nazare Natalia Dias Silva Odevan Dos Vales Silva Patrick De Paulo Franco De
Marcus Vinicius De Jesus Mario Washington Luz Mauricio Barbosa Da Silva Mayck Wendell Ferreira Dos Miguel Do Rosario Varela Natalia Ferreira Da Silva Odil Brabo Gomes Oliveira
Trindade Alcantara Mauricio Barros Barata Santos Miguel Matos Dos Santos Natália Pereira Amaral Odileno Lopes Trindade Patrick De Souza Borges
Marcus Vinicius De Souza Marioney Pereira De Almeida Mauricio Carvalho Silva Maycky Jhonny Ferreira Da Miguel Romulo Claudina Da Natalielson Cardoso Odimar Batista Mendes Patrick De Souza Viegas
Brabo Marival Dias Ribeiro Mauricio Costa Da Silva Costa Silva Nascimento Odinaldo Cuimar Furo Patrick Elvis Costa Barros
Marcus Vinicius Negrao De Marivaldo Leite Farias Mauricio Costa De Alencar Mayco Janata Costa Da Silva Miguel Sutero Costa Natalina Da Silva Amaral Odivaldo Rodrigues Barreto Patrick Farias Costa
Araujo Marivaldo Silva De Abreu Mauricio Da Silva Ferreira Maycon De Araujo Barbosa Miguel Teixeira Da Luz Natalino Olacivaldo Raimundo Patrick Fernandes Soares
Marcus Vinicius Santos Marivan Rodrigues Dias Mauricio Da Silva Pereira Maycon De Lima Carvalho Miguel Walcir Da Silva Natalino Do Ano De Souza Cardoso Pimentel Patrick Ferreira Vieira
Cardial Mariza Do Socorro Pinheiro Mauricio De Oliveira Batista Maycon Dos Santos Costa Lobato Natalino Pereira De Jesus Olavo Batista De Sousa Neto Patrick Guilherme Feitosa Do
Margarida Dos Santos Brito Mark Robert De Souza Farias Maurício De Souza Lima Maycon Douglas Maués Mikael Natan Kayque Pastana Oldezio Da Silv Gomes Nascimento
Maria Alcilene Da Silva Marlei Da Silva Farias Mauricio Dener Miranda De Maycon Douglas Osorio Dos Mikael Adriano Santos Almeida Oleans Costa Silva Patrick Jorge De Castro E
Maria Antonia Araujo Chagas Marleide Silva Da Silva Souza Santos Araujo Natan Pinheiro Da Silva Olessandro Laurinho Dias Silva
Maria Aparecida Braga Marleson Dieyk Saraiva Dos Mauricio Do Nascimento Maycon Douglas Souza Lima Mikael Pires Pereira Natan Silva De Carvalho Olivaldo De Sousa Carvalho Patrick Lima Do Nascimento
Maria Carolina Pereira Do Santos Sobrinho Maycon Gil Miranda Soares Mikael Rocha Bittencourt Natanael Alan Figueiredo De Olizomar Pereira De Abreu Patrick Marques Barros
Nascimento Marleson Vieira Leal Mauricio Dos Santos Costa Maycon Guedes Dos Anjos Mikaela Steffany Ferraz Jesus Onofre De Souza Almeida Patrick Mendes Do
Maria Cristina Fonseca De Marlesson Theyllo Vilhena Mauricio Eduardo Do Carmo Maycon Henrique Parijós Spinola Natanael Cantalício Ordiley Reis Da Silva Nascimento
Sousa Pantoja Avelino Barros Mike Da Silva Cunha Natanael De Sousa Oreste Oliveira Da Silva Patrick Menezes Araujo
Maria Da Conceicao Paulo Marley Andre Da Cruz Mauricio Farias Da Silva Maycon Jhonny Soares Da Milas Nogueira De Jesus Natanael De Souza Duraes Orielson Patrick Roberto Amaral Do
Dos Santos Cartilho Mauricio Farias Da Silva Silva Milena Mendes Amador Natanael Ferreira De Lima Orlando Costa Rosário
Maria Da Conceição Saraiva Marlison Da Silva Marialva Mauricio Ferreira Farias Maycon Jonatan De Souza Milene Santos Dos Santos Natanael Quiterio Cardoso Orlando Ramos Dos Reis Patrick Rossano Miranda
Maria Da Luz Da Silva Sousa Marlison Lima Trindade Mauricio Franco Fonseca Lobato Miller Correa Da Silva Natanael Ribeiro Dos Antos Orlen Caldas Coelho Pereira
Maria Das Gracas Pantoja De Marlison Pinto Barbosa Mauricio Gurjao Rodrigues Maycon Kelson Pereira Miller Vilhena Fonseca Natanael Rosa Da Silva Orleno Matos Do Valle Patrick Wanderley Rodrigues
Sena Marlison Pinto Barbosa Mauricio Henrique De Sousa Neves Milton Carlos De Souza Natanael Santos Ferreira Oseas Da Silva Santos De Da Silva
Maria De Jesus Nascimento Marlisson De Sousa Evaristo Mauricio Huan Girard Bahia Maycon Pinto Dos Santos Milton De Sousa Rodrigues Nataniel Minineia Queiros Matos Patrick Yuri Araujo De
Da Silva Marlisson Jean Dos Santos Mauricio José Damasceno Maycon Ray Santos Sousa Milton Junior Silva Da Nax Miller Nascimento Oseias De Paulo Venancio De Oliveira
Maria De Lordes Galeno De Alves Paixao Maycon Sousa Guimarães Conceicao Chaves Oliveira Patrik Junior Da Silva Batista
Souza Marlisson Printes Da Silva Mauricio Juliao De Oliveira Maycon Wendell Gualberto Milton Júnior Silva Da Nayara Do Socorro Pereira Oséias Vieira De Camargo Patrik Oliveira De Souza
Maria De Lourdes Palheta Marllon Da Costa Cruz Mauricio Leitão Dos Santos Lira Conceição Cardoso Osias Cardoso De Almeida Paula Cesar Duarte Dos
Santos Marlo Pinheiro Da Silva Maurício Leno Dos Santos Mayk Julio Silva Moraes Milton Tadeu Da Silva Naylson Batista De Araujo Osmael Barbosa Dos Santos Santos
Maria De Lurdes Vitória De Marlom Barata Da Silva Ribeiro Mayke Darly Santos De Fonseca Nazare Dias De Souza Osmano Alves Da Silva Paula Fernanda Oliveira Baia
Souza Marlon Adriano Da Silva Mauricio Margarido Foro Souza Miqueias Chis Silva Da Costa Nazareno André Da Silva Osmar Alves De Oliveira Paula Raissa Monteiro Da
Maria De Piedade Santos Marlon Alex Silva Maurício Martins Barata Mayko David Lourenço Miquéias Da Conceicao Nazareno Batista Soares De Osmarino Amorim Queiroz Rosa
Gama Marlon Arian Da Cunha Aviz Mauricio Miranda Soares Rodrigues Coordeiro Souza Osnar Brito Do Nascimento Paula Rikelly Lima De Costa
Maria Dediane De Oliveira Marlon Da Costa Rodrigues Mauricio Moreira Barbosa Maykon Castelo Da Silva Miqueias Oliveira Feitosa Nazareno Da Costa Ferreira Osvaldino Lucio Moreira Pauliane Lopes
Goncalves Marlon Da Silva Mauricio Nery Marreiros Maykon Melo De Sousa Miqueias Pereira Rodrigues Nazareno Da Silva Souza Osvaldo Alves Pinheiro Filho Paulo Adriano Dos Santos
Maria Deuziani Silva Marlon Da Silva Moura Maurício Oliveira Custódio Maylson Igor Dos Reis Miqueias Silveira Da Silva Nazareno De Jesus Araujo Osvaldo Conceicao Santos Gomes
Miranda Marlon De Abreu Brito Mauricio Oliveira De Souza Peniche Mirla Junior Osvaldo De Jesus Cardoso Paulo Afonso Monteiro Costa
Maria Dos Milagres Caldas Marlon De Jesus Souza Mauricio Pires Martins Mayron Saymom Do Misael Carvalho Da Silva Nazareno De Oliveira Da Filho Paulo Alexandre Pereira
Nascimento Marlon Dos Santos Amaral Mauricio Quaresma De Souza Nascimento Melo Misael Da Costa Machado Silva Osvaldo Leonis Do Rosario Miranda
Maria Dos Santos Martins Marlon Dos Santos Duarte Mauricio Queroz De Andrade Maziel Rodrigues Vilhena Misael Ferreira Gomes Nazareno De Sousa Silva Osvaldo Pereira Dos Paulo Alexandre Ramos Da
Maria Eduarda Cardoso De Marlon Elias Lisboa Da Mauricio Sanches Da Silva Mazinho Correa Da Costa Misael Rodrigues Mesquita Nazareno Felipe Furtado Remedios Silva
Souza Fonseca Galvao Mazola Costa Romão Misael Rodrigues Mesquita Nazareno Lopes Da Cruz Otaniel Rodrigues Lopes Paulo Anastacio De Souza
Maria Elaine Da Silva Marlon Ferreira Da Silva Mauricio Sousa Ferreira Neto Mefferson Furtado Da Silva Mizael Da Costa Nazareno Lucio De Sousa Otaviano Felix Mendes Almeida
Barbosa Marlon Oliveira Da Silva Mauricio Tadeu Teixeira Melquesedeque Piedade Da Mizael Gonçalves Da Costa Nazaro Melke Pontes Alves Oteniel Lopes Santos Paulo Andre Brito Borges
Maria Eliane Ribeiro Da Marlon Romulo Souza Mauricio Tavares Vieira Silva Moacir Cunha Dos Santos Nedson Aleixo Lobo Otoniel Silva Freire Paulo André Da Costa Silva
Silva Pereira Maurino Dos Santos Da Silva Melquezedeque Amaral De Junior Nedson De Souza Almeida Otto Ribeiro De Oliveira Paulo André Silva Veira
Maria Gerlane Dos Santos Marlon Silva Lopes Maurino Ferreira Da Silva Sousa Moacir De Lima Monteiro Neiliane Maria Pereira Ozanias Santos Da Silva Paulo Augusto Chumber De
Silva Marloni Maurivan De Freitas Da Silva Melquezedeque Dos Anjos Moacir Lisboa Lobo Neilson Lopes Gonçalves Ozanielson Coimbra De Oliveira
Maria Graciane Oliveira Marlylson Ramos Miranda Maurivan Santa Brigida Da Dos Santos Moises Alves Da Silva Neilson Maia Ribeiro Freitas Paulo Augusto Dias De Souza
Maria Heloiza Borges Marquinho De Oliveira Fonseca Melquizedeque Ferreira Da Moises Barreto Da Silva Nelcione Carmo Dos Santos Ozanildo Medeiros Camilo Paulo Batista Da Silva
Martins Araújo Mauro Araujo Dos Santos Silva Moisés Barros Cavalcante Neldson Monteiro Dos Santos Ozeias Campos Dos Santos Paulo Bispo Da Conceição
Maria Ivanilde Pereira Da Marrone Gomes Da Junior Melsedeque Roseira De Moisés Bejamim Pereira Neliefisson Gomes Moreira Ozeias Campos Neves Brito Paulo Branhm Rocha Da
Silva Conceicao Mauro Barbosa Costa Junior Araujo Moises Brabo Da Silva Neliton Correa Do Rosario Ozeias Vieira Cunha Silva
Maria Jaciane Batista De Marry Rodrigues Da Cruz Mauro Dias Da Silva Mendson Bruno Leal Moisés De Almeida Balieiro Néliton Raimundo Gomes Da Ozenito Guedes De Almeida Paulo Brito Dos Santos
Azevedo Marvin Braian Ribeiro Cruz Mauro Ferreira Cunha Marialves Moisés De Assunção Silva Silva Ozias Borges Da Silva Paulo Cesar Amorim De
Maria Joranete De Souza Marx Cleuber Assuncao Mauro Jhonatan Fernandes Messias Conceicao Pantoja Moisés De Souza Castro Nellielton Nascimento Ozicley Da Silva Sales Sousa
Maria Juliana Correa Silva Amaral Dos Santos Messias Damasceno Oliveira Machado Oziel Alencar De Holanda

17
Paulo Cesar Dos Anjos Paulo Roberto Ribeiro Pedro Marcos Pereira Da Rafael Dias Dos Santos Railane Santos Da Silva Raimundo Zildo Costa Reinaldo Marques Silva Roberto Carlos Almeida De
Cunha Paulo Roberto Teixeira Lopes Silva Rafael Do Carmos Alves Raildo Dos Santos Carvalho Martins Junior Reinaldo Pereira Oliveira Oliveira
Paulo Cesar Rodrigues Paulo Robson Amorim Dias Pedro Nascimento De Rafael Do Nascimento Railson Dos Santos Matos Rair Lopes Braga Rejanison De Andrade Roberto Cruz Pereira
Monteiro Paulo Robson Dos Santos Oliveira Junior Cardoso Railson Francisco De Sousa Raissa Dos Santos Da Cruz Ferreira Roberto Da Silva Costa
Paulo Cesar Santos Lima Duarte Pedro Paulo De Sena Reis Rafael Do Nascimento Silva Ramilson Coutinho Silva Remerson Rodrigues Do Roberto Da Silva Mauro
Paulo Cesar Santos Ribeiro Paulo Robson Gomes Moura Junior Rodrigues Railson Nascimento Da Silva Ramilton Martins Cunha Carmo Roberto Da Silva Monteiro
Paulo Cezar Alves Da Silva Paulo Robson Miranda Pedro Paulo Fernandes Da Rafael Domingos Do Rosario Railson Pereira Da Siva Ramisor Rodrigues Lima Renan Roberto Daniel Rocha Santos
Paulo Cezar Da Fonseca Nonato Silva Lopes Railson Silva De Araujo Rammerson De Souza E Renan Aguiar Da Silva Roberto Dos Santos Figueira
Rodrigues Paulo Robson Pereira Silva Pedro Paulo Fernandes Da Rafael Dos Passos Silva Railson Silva De Paula Souza Renan Braga Miranda Roberto Dos Santos Santana
Paulo Cezar De Oliveira Paulo Rodolfo Botelho De Silva Rafael Dos Santos Barata Railson Silva Do Rosário Ramom De Jesus Pereira Renan Campos Abdon Roberto Ferreira Junior
Araujo Loureiro Pedro Paulo Ferreira Da Rafael Dos Santos Coimbra Railson Souza De Araujo Ramon Batista De Souza Renan Cleiton De Souza Roberto Maia Da Silva
Paulo Cezar De Oliveira Paulo Rodrigo Silva Vieira Trindade Rafael Dos Santos Duarte Railton Dutra Da Conceicao Ramon Da Silva Alves Renan Costa De Souza Roberto Moraes Dos Santos
Araujo Paulo Rodrigo Vieira Da Pedro Paulo Oliveira De Rafael Dos Santos Ferreira Railton Santos De Oliveira Ramon Da Silva Medeiros Renan Costa Queiroz Roberto Moraes Dos Santos
Paulo Cezar Dos Santos Silva Souza Rafael Dos Santos Nunes Ferreira Ramon De Oliveira Renan Da Silva Roberto Natanael França De
Moraes Paulo Rogerio De Souza Pedro Raul Assuncao Rafael Douglas Silva De Raimundo Nunes Silva Gonçalves Renan Da Silva Dos Santos Oliveira
Paulo Cézar Nascimento Santos Nascimento Souza Raimundo Abreu Franco Ramon Gabriel Dos Santos Renan Da Silva Saraiva Roberto Pantoja De Miranda
Rosa Paulo Ronaldo Magno De Pedro Ricardo Vinagre Rafael Duarte Raimundo Adriano Soares Da Monteiro Renan De Jesus Fernandes Roberto Pereira De Souza
Paulo Correa Ferreira Sena Ribeiro Rafael Farias Araújo Silva Ramon Marques Pena Renan De Souza Santos Roberto Pereira Lima
Paulo Da Silva Rodrigues Paulo Sandro De Alencar Pedro Rodrigues Carvalho Rafael Ferreira De Souza Raimundo Anilton Alves Da Ramon Medeiros Dos Santos Renan Dos Santos Rocha Roberto Pina Almeida
Paulo Da Silva Siva Costa Pedro Samuel Sousa Dos Rafael Ferreira Dos Santos Silva Ramon Moreira Costa Renan Farias De Castro Roberto Rodrigues Goncalves
Paulo Danilo De Souza Paulo Sergio Almeida De Santos Rafael Ferreira Dos Santos Raimundo Bezerra Dos Ramon Pantoja Rocha Renan Felipe Silva Da Silva Roberto Ruan Neves Da Silva
Barata Araujo Pedro Ugo Da Silva Silva Santos Junior Ramon Pereira Nogueira Renan Ferreira Da Silva Roberto Santana Da
Paulo De Souza Almeida Paulo Sergio Cardoso Pedro Victor Da Silva Marim Rafael Ferreira Koury Raimundo Bezerra Dos Ramon Pereira Simplicio Renan Ferreira Teles Conceição,Acunha Baby Ou
Paulo De Souza Dos Santos Miranda Pedro Vinhas Fonseca Rafael Fonseca Do Santos Junior Ramon Pinheiro Ramos Renan Gomes Farias Bebê
Paulo Deivid Monteiro Paulo Sergio Da Silva Pedro Vinicius Ferreira Da Nascimento Raimundo Borges Da Silva Randerson Ricardo Leao Renan Henrique Brabo Roberto Santos Conceição
Munier Ferreira Silva Rafael Fonseca Rodrigues Filho Lima Monteiro Roberto Santos Silva
Paulo Dos Santos Silva Paulo Sergio De Jesus Pessoa Conhecida Apenas Rafael Furtado Da Silva Raimundo Borges Sampaio Rangel Franca Barros Renan Holanda Louchard Roberto Vieira E Silva
Paulo Edimilson Silva De Almeida Pelo Pre Nome Renato Rafael Gemaque Pamplona Raimundo Bragança Modeste Rangel Junior Pena Da Graça Renan Junior Pereira Dos Roberto Wendel Da
Lima Paulo Sergio Deodato Filho Pessoa Do Sexo Feminino Rafael Gomes Da Cunha Raimundo Castro De Brito Ranieli De Freitas Soares Santos Conceicao Monteiro
Paulo Eduardo Lima Dos Paulo Sergio Dos Santos Das Pessoa Ignorada Rafael Gomes Da Silva Raimundo Cleison Freitas De Ranieli Farias De Brito Renan Magalhaes De Sena Robervaldo Ramos Andrade
Santos Merces Pessoa Ignorada Rafael Gomes Soares Andrade Ranilson Trindade De Souza Renan Magno Da Costa Dos Santos
Paulo Ewerton Do Paulo Sergio Filgueira De Pessoa Nao Identificada Rafael Goncalves Da Silva Raimundo Correa Lopes Ranivaldo Nonato Renan Pantoja De Souza Robervaldo Santos Dos Reis
Nascimento Palheta Brito Peter Jhon Conceição Dos Rafael Goncalves De Oliveira Junior Nascimento Renan Salvador Da Silva Robios Ananias Do
Paulo Fabricio Freire De Paulo Sergio Goncalves Da Santos Rafael Goncalves De Souza Raimundo Da Silva Soares Ranofo Lima Maia Renan Sao Bento De Almeida Nascimento
Oliveira Silveira Peterson Peniche Dos Santos Rafael Gonçalves Do Espirito Júnior Raphael Ferreira Gomes Renan Seixas De Lima Robison Resende Da Silva
Paulo Fernando Diego Paulo Sergio Machado De Philipe Augusto Nunes Silva Santos Raimundo De Jesus Amorim Raphael Marinho Lima Renan Silva Melo Robisson Roberto De
Miranda De Medeiros Carvalho Filho Pierre Santis Barreto Rafael Gonzaga Pereira Filho Raphael Rosa Da Silva Renan Victor De Amorim
Paulo Ferreira De Brito Neto Paulo Sérgio Moraes Da Silva Pingo Rafael Inácio De Menezes Raimundo De Sousa Alves Raphael Rudemberg Pimentel Carvalhobarreto Robson
Paulo Ferreira De Souza Paulo Sergio Queiroz Viana Pitter Maranhe Alves Costa Raimundo De Tal Costa Renan Walace Silva Gama Robson Andre Da Silva
Paulo Francisco De Assis Paulo Sergio Ribeiro Do Trindade Rafael Jefferson Fereira Da Raimundo De Tal Raquel Alves Sousa Renata Do Socorro Da Silva Araujo
Magalhães Da Costa Rosario Piu Piu Silva Raimundo Dos Remédios De Raquel Pompeu Moraes Nascimento Robson Andrey Duarte Dos
Paulo Guilherme Santos Paulo Sergio Santos De Pivete Rafael Leitão Mendes Souza Raqueliane Ramiro De Lira Renato Santos
Belém Souza Placido Alves Costa Rafael Leite De Lima Raimundo Douglas Braga Rarisson Sousa Renato Angelo Lobato Sodre Robson Barbosa Da Silva
Paulo Henrique Paulo Sergio Silva De Plicila Paloma Ferreira Lima Rafael Lopes De Mendonca Falcao Pereira,"Neguinho" Renato Barreiro Da Silva Robson Cabral Paixão
Paulo Henrique Batista Da Oliveira Poliana Ferreira De Oliveira Rafael Machado Dos Santos Raimundo Eduardo Ferreira Raryson Rian Da Conceicao Renato Belém Robson Cantao Teles
Silva Paulo Sérgio Silva Santos Poliana Ribeiro De Oliveira Rafael Madeira Coelho Pantoja Raul Borges Teixeira Renato Bezerra Medeiros Robson Carlos Assuncao
Paulo Henrique Batista Paulo Sergio Souza Freitas Poliana Vargas Ramalho Rafael Mafra Marques Raimundo Elton Da Silva Raul Fábio Renato Cirilo Iburama Ribeiro
Damasceno Dos Santos Paulo Sergio Xavier De Melo Polijhon Araujo Kaiapo Rafael Magno Trindade Lima Raul Lameira Santos Renato Conceição De Sousa Robson Carlos Do
Paulo Henrique Cardoso Paulo Thiago Dos Santos Polliana Das Flores Santos Rafael Maia Martins Raimundo Evangelista Dos Raule Do Socorro Silva Rosa Renato Cruz Da Silva Nascimento Matos
Paulo Henrique Cavalcante Paulo Victor Da Silva Por Identificar Rafael Marques De Souza Reis Raulen Dantas Gomes Renato Cunha Ferreira Robson Cleyton Pereira
Da Silva Almeida Por Indentificar Pimentel Raimundo Fernandes De Ray De Carvalho Monterola Renato Da Costa Soares Marinho Junior
Paulo Henrique Costa Gomes Paulo Victor Gomes De Por Indentificar Rafael Melo Da Silva Matos Ray De Souza Silva Renato Da Silva Costa Robson Costa Alves
Paulo Henrique Da Silva Souza Por Indentificar Rafael Miranda Da Silva Raimundo Ferreira Dos Ray Santos Silva Renato Da Silva Franco Robson Cristiano Conceição
Paulo Henrique Da Silva Paulo Victor Lemo Prenome Tiago Rafael Miranda Leal Santos Neto Ray Souza Costa Renato De Miranda Monteiro
Bandeira Paulo Victor Melo Oliveira Priscila Costa De Souza Rafael Monteiro Pinto Raimundo Flor Dos Santos Rayllan Alves Da Silva Renato De Sousa Araujo Robson Da Silva Costa
Paulo Henrique Damasceno Paulo Victor Santiago Da Priscila Couto Da Silva Rafael Moraes Serra Raimundo Francisco De Raylson Roberto Dos Santos Renato Dos Santos Ribeiro Robson Da Silva Costa
Silva Silva Priscila Do Socorro Veiga Rafael Moura Da Cruz Oliveira Lima Damasceno Renato Ferreira Da Silva Robson Da Silva Moraes
Paulo Henrique De Oliveira Paulo Victor Souto Cordovil Carvalho Rafael Moura Dos Santos Raimundo Francisco Souza Raylton Freitas Nunes Renato Gomes Da Silva Robson Da Silva Moraes
Barbosa Paulo Vitor Priscila Melo Dos Santos Rafael Moura Dos Santos Sandrez Raymundo Fagner Santos Da Renato Lobão De Oliveira Robson Da Silva Moraes
Paulo Henrique De Souza Paulo Vitor Da Costa Silva Prissy Deuly Sampaio Rafael Nunes Pantoja Raimundo Hector Colares Silva Renato Lopes Da Silva Robson Da Silva Viana
Santos Paulo Vitor Da Silva Cardoso Rafael Oliveira Araújo Souza Rayneh Patrick Marques Renato Machado De Oliveira Robson De Jesus Ribeiro
Paulo Henrique Dias Martins Conceição Quelson Noreira Dos Anjos Rafael Oliveira Dos Santos Raimundo Isaac Gemaque Lima Renato Menezes De Miranda Robson Dias Silva
Paulo Henrique Ferreira De Paulo Vitor De Almeida Radson Reis Pamplona Rafael Pantoja Tocantins Rayrison Willian Paixão Da Renato Olimpio Feranndes Robson Diego Campos Da
Oliveira Oliveira Rael Do Carmo De Sousa Rafael Patrick Lima Gomes Raimundo Jaques Silva De Lima Rocha
Paulo Henrique Guerra Da Paulo Vitor De Sousa Araujo Alves Rafael Pereira Da Silva Raimundo Juraci Melo Da Rayth Alves Dos Santos Renato Rocha Botelho Robson Dos Santos
Silva Paulo Vitor Dos Santos Raelison Monteiro Leal Rafael Pereira Da Silva Silva Reanto Alves De Araujo Renato Rodrigues Gaia Robson Dos Santos Aires
Paulo Henrique Ribeiro Da Guimaraes Raelson Conceição Barros Rafael Pereira De Oliveira Raimundo Lázaro Ferreira Recem Nascido Sexo M Renato Rodrigues Gaia Robson Dos Santos Saraiva
Silva Paulo Vitor Lima Modesto Raelson Ferreira De Moraes Rafael Pereira De Sousa Alves Redinaldo Junior Espindola Renato Santos Costa Robson Dos Santos Souza
Paulo Henrique Sales De Paulo Vitor Martins Almeida Raelson Marques Cardoso Rafael Pessoa Dos Santos Raimundo Lisboa De Souza Rodrigues Renato Souza Do Espirito Robson Douglas Pinto
Souza Paulo Vitor Santa Brigida Raelson Rodrigues Ferreira Rafael Pires Pereira Raimundo Lopes De Melo Regi De Sousa Santos Santo Bendelaqui
Paulo Henrique Silva Costa Paulo Vitor Silva Rafael Rafael Rabelo Salheb Junior Regian Ferreira Lopes Renato Wegleison Lima De Robson Fabio Pereira Duarte
Paulo Henrique Silva Paulo Vitor Silva Teixeira Rafael Luis Da Cruz Moraes Rafael Reinaldo Cardoso Raimundo Miguel Negrao Regiane Borges De Sousa Oliveira Robson Fernandes Costa
Piqueira Paulo Wilke Nunes Costa Rafael Almeida Da Silva Rocha Dos Santos Neto Regiane De Oliveira Mendes Reneilson Edgar Alves Robson França Costa Moura
Paulo Henrique Vieira Paulom Luciano Da Silva Rafael Alves Da Silva Rafael Ribeiro Raimundo Moraes Faria Regiane Lopes Araujo Ferreira Robson Lohan Sousa Teixeira
Trindade Pedro Alex Bastos Da Silva Rafael Alves Luz Rafael Ribeiro Da Silva Raimundo Moraes Goncalves Regilson Silva Ribeiro Reney Nunes Mendes Robson Lourdes Ventura
Paulo João Piedade Davi Pedro Alex Farias Da Silva Rafael Amaral Pinese Rafael Robson Barbosa De Raimundo Moura Batista Regimar Dos Santos Barros Renildo Caldas Robson Lourdes Ventura
Paulo Loran Da Costa Pedro Anderson Saldanha De Rafael Anselmo De Barros Souza Raimundo Nonato Amora De Regina Lúcia Rodrigues De Renildo Dos Santos Tavares Robson Lourenco Bittencourt
Furtado Araújo Rafael Antonio Santos Da Rafael Rocha Ponte Souza Souza Renilson Carneiro Trindade Robson Luan De Oliveira
Paulo Luã Nascimento Pedro Anderson Souza Da Silva Rafael Rodrigues Da Raimundo Nonato Batista Reginaldo Almeida Da Cruz Reubson Lobato Almeida Valois
Coelhoi Silva Rafael Aparecido Rodrigues Conceicao Raimundo Nonato Bezerra Reginaldo Alves Da Silva Reynan Da Silva Pena Robson Luiz Da Silva Reis
Paulo Marcelo Dos Anjos Pedro Antonio Lima Souza Rafael Rodrigues Do Amaral Fontinele Reginaldo Carvalho Sousa Reynan Lisboa Da Cunha Robson Martins Lopes
Paulo Marcio Oliveira Pedro Antonio Vieira Rafael Aquino Tenorio Rafael Rodrigues Karvat Raimundo Nonato Carvalho Reginaldo Costa Sousa Rhayse Santos Silva Robson Meison Figueiredo
Ferreira Pedro Borges Damião Rafael Araujo Alfaia Rafael Rodrigues Ribeiro De Lima Reginaldo Da Costa Silva Rian Carlos Pinheiro De Da Silva
Paulo Matheus Dos Santos Pedro Cabral De Oliveira Rafael Augusto Machado Rafael Rodrigues Siqueira Raimundo Nonato Conceição Reginaldo Da Silva Moraes Robson Oliveira Carvalho
Ribeiro Pedro Carvalho Gouveia Andrade Rafael Sa Dos Santos De Souza Rodrigues Rian Cosme Ferreira Da Robson Pacheco Martins
Paulo Moraes Simões Junior Rafael Azevedo Castro Rafael Santana De Miranda Raimundo Nonato Cordeiro Reginaldo De Carvalho Conceição Robson Patrick Carvalho
Paulo Nazareno Silva Souza Pedro Casemiro Sales Neto Rafael Azevedo Moraes Rafael Santiago Valente De Menezes Campos Rian David Carvalho Ribeiro
Paulo Neto Tavares Chagas Pedro Cassio De Sousa Silva Rafael Barbosa Silva Barbosa Raimundo Nonato Da Reginaldo De Cristo Peniche Marques Robson Pinheiro Alves
Paulo Orlando De Oliveira Pedro Cesar Moraes Dos Rafael Barros De Castro Rafael Santos Da Silva Conceição Ferreira Reginaldo Do Socorro De Ricardo Da Silva Cavalcante Robson Pinheiro Cunha
Costa Santos Rafael Bastos Siqueira Rafael Santos Da Silva Raimundo Nonato De Abreu Jesus Melo Filho Ricardo Da Silva Da Robson Pinheiro Da Silva
Paulo Rafael Saldanha Pedro Emanuel Cardoso Da Rafael Becker Lima Da Silva Rafael Sarmento Silva Raimundo Nonato Do Reginaldo Dos Santos Da Conceicao Robson Pires Raiol
Borges Silva Rafael Benarroz Miranda Rafael Silva De Oliveira Espirito Santo Medeiro Conceicao Ricardo Da Silva Ramos Robson Portal Carvalho
Paulo Ramos Dos Santos Pedro Ferreira Da Silva Rafael Bonfim De Souza Rafael Silva De Sousa Raimundo Nonato Gino Da Reginaldo Ferreira Do Ricardo Fernandes Mesquita Robson Ribeiro Garcia
Filho Pedro Freitas Barbosa Rafael Botelho Da Silva Rafael Silva Dos Santos Conceição Nascimento Ricardo José Neves Da Silva Robson Roberto Santos Da
Paulo Ramos Pires Pedro Gomes Alves Junior Rafael Brito Dos Santos Rafael Silva Ramos Raimundo Nonato Gualberto Reginaldo Fonseca Ferraz Ricardo Lima De Castro Silva
Paulo Renan Da Cruz Camara Pedro Henrique Rafael Campos Moraes Rafael Silva Rodrigues Machado Junior Ricardo Lobato Varjão Robson Roberto Silva Santos
Paulo Renato Da Silva Pedro Henrique Costa Rafael Cardoso Rafael Soares De Souza Raimundo Nonato Gualberto Reginaldo Jardim Da Silva Ricardo Nascimento Silva Robson Rodrigues Lameira
Andrade Pedro Henrique Do Rafael Carlos Silva Dos Rafael Sodre De Souza Machado Reginaldo Lopes Da Silva Ricardo Pereira De Souza Robson Roger Farias
Paulo Renato Sousa Santos Nascimento Araújo Santos Rafael Sousa Melo Raimundo Nonato Melo Dos Reginaldo Magalhaes Duarte Ricardo Sousa Parente Modesto
Paulo Ribeiro Da Silva Pedro Henrique Dos Santos Rafael Casanova Cabral Rafael Timoteo Dos Reis Da Santos Reginaldo Monteiro Da Ricardo Vilhena Da Costa Robson Santos De Almeida
Paulo Ribeiro De Lima Pedro Henrique Dos Santos Rafael Correa Da Silva Souza Silva Raimundo Nonato Souza Rocha Ricardo Vilhena Evaristo Robson Soares Dos Santos
Paulo Ricardo Braga Da Silva Moreira Rafael Correa Nonato Rafael Veloso Barbosa Raimundo Nonato Veras De Reginaldo Nunes Rocha Richardson Silva De Oliveira Robson Thiago Matos Brito
Paulo Ricardo Cardoso Da Pedro Henrique Feitosa Rafael Costa De Almeida Rafael Viana Rosas Sousa Sobrinho Richardson Sousa Pantoja Robson Verdiano Teles
Silva Ascensao Rafael Costa Dos Santos Rafael William Borges Raimundo Pereira De Lima Reginaldo Pereira Ribeiro Rildo Lopes Da Costa Robson Wallef Carvalho
Paulo Ricardo Da Silva Pedro Henrique Franca Da Rafael Da Conceicao Silva Goncalves Raimundo Pereira Freitas Reginaldo Ramos De Nazaré Rildo Rodrigues Aires Gomes Medeiros
Correa Silva Rafael Da Cruz Oliveira Rafaela Almeida De Sousa Filho Reginaldo Ribeiro Da Silva Risaldo De Araujo Bonfim Robster Junior Monteiro
Paulo Ricardo Dos Santos Pedro Henrique Gomes Rafael Da Silva Rafaela Santos Do Carmo Raimundo Ribeiro Da Costa Reginaldo Rodrigues Nonato Risangela De Nazare Lima Resende
Paulo Ricardo Pantoja Da Pedro Henrique Reis Ferreira Rafael Da Silva Barbosa Rafailson Correa Da Silva Raimundo Sarges Pantoja Jr. Gomes Rodilan Correa Almeida
Silva Pedro Henrique Soares Rafael Da Silva Cordeiro Rafailton Almeida Brito Junior Reginaldo Santos Silva Junior Risomar Pinheiro Dos Santos Rodolfo Augusto Herdeiro
Paulo Ricardo Ribeiro Ferreira Rafael Da Silva Gomes Raffael Ataide Duarte Raimundo Silva De Souza Reginaldo Silva Da Silva Rivaldo Kirixi Munduruku Cardoso
Carvalho Pedro Henrique Sousa Da Rafael Da Silva Lima Rafferson Marçal Dos Santos Raimundo Valdenir De Souza Reginaldo Soares Pinto Rivanaldo Da Silva Rodolfo Bentes Da Silva
Paulo Ricardo Silva Leal Conceição Rafael Da Silva Monteiro Rodrigues Silva Reginaldo Vale Da Cruz Robenildo Souza Dos Santos Rodolfo Braz De Almeida
Paulo Ricardo Souza Da Silva Pedro Herinque Neves Rafael Da Silva Paes Rai Correa Lobato Raimundo Vale Dos Santos Regivan De Jesus Fontoura Robenilson Dos Santos Souza Rodolfo Carvalho Gomes
Paulo Roberto Alves Da Gomes Rafael Da Silva Sousa Rai De Jesus Barral Santos Regivan Dias Pamplona Roberio Almeida De Araujo Rodolfo Dos Santos
Paixão Pedro Ivo Leal Martins Rafael Da Silva Sousa Rai De Morais Nunes Raimundo Vanivaldo Barros Reichard Vieira Mamede Robério Tavares Dos Santos Rodrigues
Paulo Roberto De Oliveira Pedro Jerlan Correa Da Silva Rafael De Aquino Moura Rai De Souza Freitas De Oliveira Reinaldo Alves Teixeira Robert Botelho Arouche Rodolfo Edson Alves Dos
Dutra Pedro Junior Monteiro Rafael De Jesus Lobo Rai Egidio Pinto Raimundo Wagner Ribeiro Reinaldo Barros E Souza Sousa Santos
Paulo Roberto Dos Santos Pedro Junior Santos Rafael De Oliveira Roque Rai Medeiros Leal Dos Santos Reinaldo Belém Araujo Robert Furtado Braga Rodolfo Edson Alves Dos
Silva Pedro Leandro Garcia Rafael De Sousa Diniz Rai Saldanha Dos Santos Raimundo Wilsinei Pinto Da Reinaldo Gerson Gomes Da Robert Wilker Da Costa Santos
Paulo Roberto Ferreira Silva Ferreira Pastana Almeida Raian Silva Lira Silva Silva Rodrigues Rodolfo Loureiro Dos Santos
Paulo Roberto Lopes Freire Pedro Luiz Souza Oliveira Rafael Dias Araújo Raikil Costa Coelho Reinaldo Lima Dos Santos Roberto Borges Rodolfo Porto Dias

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Rodolfo Souza Miranda Rodrigo Silva Do Nascimento Ronaldo Alves De Sousa Rosiele Mendonca Do Samuel Da Silva Rodrigues Sidnelson Soares Domingues Tatuado Tiago Correa Raposo
Rodolfo Teixeira Brito Rodrigo Sousa Oliveira Ronaldo Alves Teixeira Rosario Samuel De Souza Lobato Sidney Tatuagem Ou Chabola Tiago Costas Freitas
Rodolpho Luan De Lima Rodrigo Souza Silva Ronaldo Batista Da Silva Rosilda Lopes Galvao Samuel De Souza Saraiva Sidney Alan Dos Santos Taynara Pimentel Silva Tiago Custódio Da Silva
Pimentel Rodrigo Trindade De Oliveira Ronaldo Batista Teixeira Rosilei De Jesus Rodrigues Samuel Ferreira Ramos Gomes Tayres Mesquita Dos Santos Tiago Da Costa Fernandes
Rodrgo Perreira Da Silva Rodrigo Vilar Monteiro Lima Ronaldo Brasil Serrao Vanzeler Samuel Ítalo Souza Da Silva Sidney Cardoso Da Silva Tays Silva Tiago Da Silva
Rodrigo Almeida Campos Rodrigo Wendel Rodrigues Ronaldo Brito Pastana Rosimar Cordeiro Ribeiro Samuel Lima Santos Sidney Cruz Macedo Tedde Dos Santos Queiroz Tiago Da Silva
Rodrigo Alves Da Silva Pedroza Ronaldo Cavalcante Brito Rosimar De Souza Pereira Samuel Marcus Freitas Sidney De Carvalho Costa Tedi Stai Silva Dos Santos Tiago Da Silva Alves
Rodrigo André Figueiredo Rodrigo William Dias Lira Ronaldo Cesar Oliveira Leite Rosimar Silva De Souza Santos Sidney De Menezes Tenilson Macedo Dos Reis Tiago Da Silva Leal
Alves Rodrigo William Souza Da Ronaldo Cesar Rodrigues Da Rosinaldo Da Costa De Sena Samuel Meneses Ferreira Sidney Ferreira Teofolo Araújo Tiago Do Carmo Silva
Rodrigo Assunção Rocha Silva Silva Rosinaldo Da Costa De Sena Samuel Pantoja Dos Santos Sidney Kleiton Moraes Teofylo Tenorio Dos Santos Tiago Dos Santos Craveiro
Rodrigo Barbosa Carvalho Rodrigo Xavier Pantoja Ronaldo Da Costa Baia Rosinaldo Dos Santos Melo Samuel Ribeiro De Sousa Aquino Terezinha Almeida Da Silva Tiago Dos Santos Rodrigues
Rodrigo Barros Gomes Rodrigues Dos Santos Ronaldo Da Costa Souza Rosinaldo Ferreira Menineia Samuel Silva Cardoso Sidney Lima Da Silva Thais Balbi Tavares Tiago Estevão Carneiro
Rodrigo Batista Valente Nascimento Ronaldo Da Silva Rosinaldo Rodrigues Samuel Sousa De Oliveira Sidney Lopes De Cristo Thaís Montel Da Silva Tiago Junior Dos Santos
Rodrigo Bernardino Da Silva Rodvaldo Do Amaral Ronaldo Da Silva Miranda Rosinaldo Santa Brigída Samuel Souza Melo Sidney Luiz Coelho Dias Thales Felipe Santos De Vasconcelos
Rodrigo Bezerra De Farias Oliveira Ronaldo De Sousa Silva Rosinaldo Souza Barros Samuel Victor Dias Sidney Miguel Siqueira De Souza Tiago Lopes
Rodrigo Bibiano Das Chagas Roger Ferreira Lopes Ronaldo Delfino Do Rosineri Favacho Dos Santos Rodrigues Oliveira Thales Luis Lima Borges Tiago Luis Da Silva
Rodrigo Brito De Almeida Roger Ribeiro Da Silva Nascimento Rosival Ribeiro De Almeida Samylia Leticia Souza Muniz Sidney Pablo Garcia Dos Thalia Vasconcelos
Rodrigo Brito De Santana Rogéria Souza Saldanha Ronaldo Dhyogo Pessoa Rosivaldo Bradão Cesário Sancley Dias De Souza Santos Thalia Dos Santos Vieira Tiago Monteiro Miranda
Rodrigo Brito Dos Santos Rogerio Alves Batista Cunha Rosivaldo Brito Da Silva Sanderson Carlos Corrêa Sidney Roberto Da Silva Thalison Do Rosario Viegas Tiago Monteiro Miranda
Rodrigo Cabral Da Silva Rogerio Alves De Oliveira Ronaldo Do Couto Negrao Rosivaldo Campos Das Palheta Ramos Thalles Ricardo Da Silva Tiago Narcisio De Souza
Rodrigo Castilho Silva Rogerio Andrade Ribeiro Ronaldo Dos Santos Gomes Gracas Sanderson Jonhy Barbosa Signei Araujo Cardoso Souza Tiago Nunes De Souza
Rodrigo Castro Nunes Rogério Andrade Teles Da Ronaldo Dos Santos Gomes Rosivaldo De Jesus Costa Silva Silas Alcântara Da Silva Thaly Rythiney Lucio Tiago Pereira Soares
Rodrigo Cesar Ferreira Silva Ronaldo Dos Santos Rocha Rosivaldo Dos Reis Dos Sandes Emanoel Queiroz Da Silas Aragão Da Silva Oliveira Tiago Ramos De Paula
Rodrigo Chumber Da Silva Rogerio Augusto Melo Dos Ronaldo Goncalves Santos Silva Silas De Oliveira Da Costa Thalys Santana Silva Tiago Ribeiro Conceicao
Rodrigo Cleyton Pinheiro Reis Ronaldo José Braun Da Silva Rosivaldo Lisboa Lima Sandra Gonçalves Da Silva Silas De Souza Braga Thamires Kelly Cesar Tiago Rodrigues De Melo
Belém Rogerio Batista Rodrigues Ronaldo Jr. Dos Santos Paiva Rosivaldo Luz Dos Santos Sandra Pereira Lopes Silas Dos Santos Silva Martins Tiago Santos Tavares
Rodrigo Correa Dos Santos Rogerio Cardoso Da Costa Ronaldo Lima De Sousa Rosivaldo Ribeiro Dos Santos Sandro Andre Pinheiro Silas Paixao De Lima Tharlison Da Silva Francisco Tiago Silva Dos Santos
Assuncao Rogerio Cardoso Da Silva Ronaldo Lopes De Soluza Rosivaldo Rodrigues Da Sandro Cardoso Teles Silmara Santos Carvalho Thaynam Da Silva Tiago Soares Caldas
Rodrigo Correa Teixeira Rogério Castro Dos Santos Ronaldo Nunes De Jesus Silva Sandro Cordeiro Silva Cristina Da Silva Nascimento Tiago Teixeira Batista
Rodrigo Costa Do Espirito Rogerio Castro Furtado Ronaldo Santiago Pantoja Rosivan Baia Sales Sandro Dutra Cruz Silvador Walter Carvalho Thays Mikaellem Marques Tiago Teixeira Pinheiro
Santo Rogerio Coelho Ribeiro Ronaldo Silva Da Silva Rosivan Esdras Araujo Da Sandro Freitas Pereira Couto E Silva De Oliveira Tiago Vaz Silva
Rodrigo Da Costa Maia Rogério Cordeiro De Castro Ronaldo Soares Da Silva Silva Sandro Henrique Pimenta Silvan Ronan Martins Thays Rodrigues Barbosa Tiago Wariss Da Trindade
Rodrigo Da Costa Pinho Rogerio Costa Ferraz Ronaldy Cley De Oliveira Rosivan Marques Gomes Sandro Junior Pacheco De Silvana Thayssa Rafaela Da Silva Tibúrcio Costa De Oliveira
Rodrigo Da Cruz Araujo Rogerio Da Silva Moreira Costa Rosivan Neves Sousa Silvana Gama Da Luz Thiago Araújo Da Silva Junior
Rodrigo Da Silva Brabo Rogério De Jesus Brito Ronalty Matias Gracias Rosivan Palheta Da Silva Sandro Monteiro Lobato Silvane Costa Ferreira Thiago Araujo De Sousa Tiego Da Silva Lima
Rodrigo Da Silva Ferreira Rogerio De Jesus Ferreira Ronan Arthur Antonius Rosivan Pires Santos Sandro Pamplona Da Silva Silvanil Lopes Furtado Thiago Armando Silva Tiego Da Silva Tavares
Rodrigo Da Silva Freitas Rogerio De Souza Rocha Ronan Pereira De Castro Rossivaldo Pereira Brandão Sandro Ricardo Correa Silvano De Jesus Lopes Da Thiago Berino Da Silva Tiel Carlos Carvalho Da Silva
Rodrigo Da Silva Nascimento Rogério Dias Bezerra Ronan Sergio Da Silva Reis Rosy Wagner Matos De Campelo Costa Thiago Bulhao Fonseca Tochico
Rodrigo Da Silva Portilho Rogerio Dos Reis Guimaraes Roncleia Alves Ramos Araujo Sandro Ricardo Da Silva Silvano De Lima Mota Thiago Campelo Da Silva Tom Rodrigo Da Silva
Rodrigo Da Silva Rodrigues Rogerio Dos Santos Cardoso Rondinele Da Conceicao Rosyvan Borcem Da Silva Leão Silvany Rodrigues De Sousa Thiago Cristiano Dos Santos Alexandrino
Rodrigo Da Silva Silveira Rogerio Dos Santos Silva Roziberto De Souza Malcher Sandro Rodrigues Dos Santos Silvestre Almeida Magalhaes Carneiro Tome Dos Anjos Moraes
Rodrigo Da Silva Travasso Gonçalves Rondinelo Oliveira Da Silva Rozivaldo Da Silva Dias Sandro Rogério Rodrigues Silvestre Da Silva Lopes Thiago Da Silva Andrade Toniel Bezerra De Souza
Rodrigo De Almeida Rogério Dos Santos Pinheiro Rondiney Marinho Silva Rozivaldo Vieira Souza Fonseca Silvestre Da Silva Lopes Thiago Da Silva Costa Tony Allan Santos Almeida
Rodrigues Rogerio Hackenhaar Da Silva Rone Esteves Farias Ruan Anderson Penelva De Sandro Silas Marques Da Silvestre Gomes Do Thiago Da Silva Wanzeller Tor Catunda Meireles
Rodrigo De Ascenção Rogerio Junior Bentes Do Rone Moraes Silva Oliveira Silva Nascimento Thiago De Lima Da Luz Tracy Vitória Veiga Da Silva
Pinheiro Amaral Rone Pereira Costa Ruan Brandao Dos Santos Sandro Thiago De Jesus Silva Silvinha Da Silva Pereira Thiago De Oliveira Costa Tracy Vitória Veiga Da Silva
Rodrigo De Brito Matos Rogério Maia Da Silva Rone Quelves Sousa Silva Ruan Caio Nascimento Sandro Vando Santos Silvio Campelo Leal Thiago De Paula Cabral De Tristão Gonçalves Vieira De
Rodrigo De Jesus Mendes Rogério Martins Soares Roney Andrade Sousa Rodrigues Antunes Silvio Damasceno Cardoso Brito Alencar
Neri Rogerio Nonato Da Silva Roney Henrique Da Silva Ruan Cardoso Soares Sandro Vando Santos Silvio Ferreira Mendonca Thiago De Souza Costa Ualliques Noleto Goncalves
Rodrigo De Sousa Carvalho Rogerio Nunes Meireles Moraes Ruan Carlos Assis De Antunes Silvio Gomes Thiago De Souza Matos Uarlei Da Costa Ferreira
Rodrigo Dias Do Carmo Rogerio Pantoja Dos Santos Roni Coelho Dias Alencar Sandy Leonardo Souza De Silvio Icaro Da Silva Gomes Thiago De Souza Neves Uarlei Pereira Da Silva
Rodrigo Diego Teixeira De Rogerio Pereira De Araujo Roni Silva Favacho Ruan Carlos Pinheiro De Azevedo Silvio José Souza Oliveira Thiago Domingues Uebson Nascimento Silva
Farias Rogério Portal Costa Ronicley Muniz Barbosa Souza Saniel De França Silvio Júnior Diniz Almeida Gonçalves Uelerson Duarte
Rodrigo Dos Santos Fialho Rogério Ramos Gonçalves Roniel Cunha De Alcantara Ruan De Oliveira Da Rosa Sanro Enrique Figueira Do Silvio Max Dias De Sousa Thiago Dos Passos Carvalho Uelison Pereira
Rodrigo Dos Santos Lessa Rogério Rodrigues Dos Ronieldo Dos Santos Galvão Ruan Figueira Fialho Carmo Silvio Rocha Araujo Thiago Dos Passos Salgado Uilami Barbosa Pereira
Rodrigo Dos Santos Vieira Santos Cordeiro Ronielson Bentes Campos Ruan Gomes Da Costa Santiago Simao Pinheiro Mendes Thiago Dos Santos Borges Ukailanne Cristina Dos
Rodrigo Fagundes Dorea Rogerio Seabra Do Ronielson Lima Dos Santos Ruan Luis Silva Pereira Sara Oliveira Dos Santos Simei Santos Da Costa Thiago Dures Agricola Amaral Valente
Rodrigo Farias Batista Nascimento Ronielson Lima Dos Santos Ruan Miguel Siqueira Zagalo Sara Silva Da Silva Simone Conceicao Da Silva Thiago Everton Melo Ulisses Dos Reis Trindade
Rodrigo Farias Santana Rogerio Silva De Oliveira Ronieres Soares Dos Santos Ruan Rodrigo Ferreira Dias Sara Soares Dos Santos Simone Ferreira Campelo Ulisses Rangel Lima Nunes
Rodrigo Felipe Batista Da Rogério Silva Peres Ronierison Dos Reis Da Luz Ruan Silva Do Rosario Sasha Da Conceicao De Simone Ferreira De Thiago Ferreira De Moraes Vadilson De Sousa Rocha
Silva Rogerio Soares Santos Ronierys Da Cruz Carvalho Ruan Vitor Araujo Batista Aquino Albuquerque Thiago Ferreira Fernandes Da Vadson Ferreira De Oliveira
Rodrigo Ferreira Batista Rogerio Sousa Albuquerque Ronieryson Da Silva Ruanei Dias Da Costa Satoshi Tele Yachimura Sirley Soares Da Silva Costa Vagela Sousa Dos Santos
Rodrigo Ferreira Do Lago Rogerio Teles Costa Quintero Rubenilson Carvalho Barbosa Saulo Cristian Halor Pantoja Sizenando De Oliveira Thiago Gabriel Leão Dos Vagner Alves De Sousa
Rodrigo Ferreira Mescouto Roginer Silva Santos Ronildo Da Silva Oliveira Rubens Bergue Viana Santos Saulo Fonseca Pereira Pereira Santos Vagner Carlos Freire Dos
Rodrigo Ferreira Mesquita Roldao Cardoso Ronildo Fonseca Damasceno Rubens Cardoso Da Silva Saulo Jose Roldao Pinheiro Smaylle Moura De Souza Thiago Gomes Da Silva Santos
Rodrigo Furtado Dos Reis Rolison Carvalho Freitas Ronildo França De Souza Dias Savio Abelardo Pereira Sormano Costa Do Rosário Thiago Goncalves Da Silva Vagner Dos Santos Frota
Rodrigo Gabriel Araujo Dos Romário Alves Da Cruz Ronildo Pinheiro Dos Santos Rubens Cleber Da Silva Saydi Ramon Rodrigues Stenio Ribeiro Silva Thiago Holanda Da Silva Vagner Eduardo Baia Ataide
Santos Romário Brito França Ronildo Silva De Aviz Correa Saymo Santos Gomes Stephani Lobato Sousa Cruz Thiago José Do Carmo Vagner Luiz Amaral Da Silva
Rodrigo Gomes Printes Romario Do Rosario Guedes Ronilsom Matias Santana Rubens Gomes De Sousa Sebastiao Bezerra De Sousa Stephany Dias Mello Oliveira Vagner Marques De Sousa
Rodrigo Junior Silva Santos Romário Dos Anjos Alves Ronilson Borges Bastos Rubens Junior Marinho Sebastiao De Almeida Stween Macqueenn Soares Thiago Lima Vieira Vagner Oliveira
Rodrigo Kempper Da Silva Romario Dos Santos Ronilson Carvalho Alves Pantoja Quaresma Barbosa Thiago Lobato Figueiredo Vagner Sales Araujo
Carvalho Rodrigues Ronilson Dos Santos Santos Rubens Leal Do Nascimento Sebastião Ferreira Wariss Suane Araujo De Souza Thiago Mâcedo Ramos Vagno Viana Dos Santos
Rodrigo Lemos Da Silva Romário Henrique Da Silva Ronilson Duarte Barra Rubens Miranda Dos Reis Sebastião Freitas Do Suelene Rodrigues Coutinho Thiago Marçal Nunes De Vailson De Mourada Silva
Rodrigo Leon Oliveira Lopes Ronilson Favacho Da Rubens Pinheiro Da Silva Nascimento Suelio Pereira De Sousa Souza Valber Lima Araújo
Cardoso Romario Marculino Da Silva Conceicao Rubens Rogerio Dias Sebastiao Gomes De Oliveira Suely De Lima Nunes Thiago Martins Da Silva Valberto Kerlys Costa
Rodrigo Lima Costa Romario Mendes Da Silva Ronilson Resi Rodrigues Andrade Sebastiao Henrique Souza Sueslem Lira Miranda Thiago Moraes Do Carmo Rodrigues
Rodrigo Lima Veras Romario Nascimento Moura Ronilson Sampaio De Rubenvaldo Da Silva Gomes Sulleiman Maciel Pantoja Thiago Moreira Souza Valci Pinheiro Cota
Rodrigo Lobato De Lima Romario Pereira Dos Santos Azavedo Rodrigues Sebastiao Junior Mota Suzana Da Silva Rodrigues Thiago Nazareno Pereira Da Valcil Da Fonseca
Rodrigo Lorenzo Fregerio Romario Picanço Santos Ronilson Vieira De Brito Rubivaldo Pinheiro De Sousa Pantoja Suzane Thaiane Farias Da Costa Valcivan Luz Rodrigues
Caçador Romario Pinheiro Dos Santos Ronisclei Carvalho Dos Rubnilson Rodrigues Sehann Neves De Sa Silva Thiago Oliveira Nascimento Valdeci Nunes Da Silva
Rodrigo Macedo Rodrigues Romario Ribeiro Da Silva Santos Rudinei Santos Da Silva Selma Tabita Dos Anjos Carvalho Thiago Patrick Araujo Valdeci Oliveira Da Silva
Rodrigo Maciel Barroso Romario Rodrigues De Ronison Rangel Melo Rudison Soares De Araújo Selma Da Costa Silva Tabita Santos De Carvalho Ferreira Filho
Rodrigo Martins Parente Morais Monteiro Rudival Almeida Sergio Alan Moraes Saldanha Tacio Da Silva Viana Thiago Pereira Da Silva Valdeci Santana Brito
Rodrigo Miranda De Melo Romario Silva De Oliveira Ronisvaldo Araujo De Jesus Rudson Luis Da Silva Sergio Augusto Machado Tacio Fernando Ferreira Thiago Rafael Carneiro De Valdeci Soares Da Silva
Rodrigo Miranda Sales Romario Silva Dos Santos Ronivan Cardoso De Araújo Rodrigues Padilha Barbosa Lima França Junior
Rodrigo Modesto Dos Santos Romario Sirqueira Da Silva Ronivon Moraes Gomes Rudy Da Costa Silva Sérgio Conceição De Nazaré Tadeu De Souza Evangelista Thiago Rafael Pinheiro Valdeci Vieira Da Silva
Rodrigo Modesto Dos Santos Romaro Ramos Da Silva Ronnan Sarmento Barbosa Rui Castro Da Silva Sérgio Da Cruz Pinto Tadeu Junior Goncalves Espirito Santo Valdecir De Sousa Lima
Rodrigo Monteiro Fonseca Romazio Abreu Santiago Ronne Baia Mota Rui Sérgio Alves De Souza Sergio De Matos Caldeira Tadison Da Cunha Silva Thiago Reis Assunção Valdecir Favacho De Oliveira
Rodrigo Moreira De Jesus Romério De Matos Souza Ronnyherferson Rogger Da Ruth De Oliveira Raiol Sergio Dos Santos Mota Taian Carlos Silva Ferreira Thiago Reis Barbosa Valdeilson Neres De Araújo
Rodrigo Mota Souza Romildo De Sa Ramalho Silva Ruth Helena Meireles Do Sérgio Farias Carvalho Taiane Carvalho Rodrigues Thiago Ribeiro De Souza Valdeir Aires Lima
Rodrigo Nazareno Teófilo De Romildo De Sousa Cabral Roqueudson Da Silva Nascimento Sergio Jeronimo Da Silva Tailan Carvalho Braga Thiago Robson De Oliveira Valdeir Diego Costa Da Silva
Araujo Romilson Gomes Amorim Marinho Ruy Silva De Souza Junior Neto, Vulgo Serginho Tailson Romao Dos Santos Thiago Rodrigues Coutinho Valdeir Figueiredo Martins
Rodrigo Nogueira Romilson Gomes Farias Rorielson Brendo Da Silva Sabrina Natalia Santos Sergio Leonardo De Souza Tailson Travassos Borges Thiago Sampaio Barbosa Valdeir Nascimento Araujo
Nascimento Romisson Matas Bispo Martins Cabrinha Lima Tainara Moraes Vieira Thiago Santos De Sousa Valdelucio De Souza Silva
Rodrigo Oliveira Tavares Romulo Andrel Rosa Sadraque Frei Barbosa Sergio Luiz Maia Pinheiro Tairone Da Costa Oliveira Thiago Sena Da Paz Valdemi Da Conceição
Rodrigo Oston Rodrigues Da Romulo Carneiro Almeida Rosa Sadraque Neves Da Silva Sérgio Matteus Martins Alves Tairone Jhonata Ignacio Thiago Silva Araujo Ricardo
Silva "Oston" Romulo Clebson Cunha Dos Rosalice Dos Santos Farias Saiaka Passos Brandao Sergio Monteiro Machado Oliveira Thiago Uarrlei Da Silva Valdemilson Dos Santos
Rodrigo Pantoja Da Cruz Santos Rosana Oliveira Miranda Saile Sousa Da Silva Sérgio Oliveira Da Silva Taise Alves Silveira Thiago Valente Campos Pimentel
Rodrigo Pantoja De Sousa Romulo Eri Dos Anjos Rosana Oliveira Teixeira Saint Cleir Da Silva Barroso Junior Talia Toledo Santos Thiago Vanderlei Lima Valdemir Borges Pereira
Rodrigo Pereira Cardoso Guimarães Rosana Sousa Alves Salatiel Araujo Da Silva Sergio Pereira Cunha Talis Mesquita Da Conceicao Thiago Wellington Souza De Valdemir Dimas Ramos
Rodrigo Pereira Da Costa Romulo Gladison Sousa Da Rosangela Do Rosario Sales Salatiel Silva Ribeiro Sergio Ribeiro Cardoso Talison Bittencourt Medeiros Oliveira Valdemir Francisco De
Rodrigo Pereira Da Silva Silva Rosemiro Da Luz Farias Salim Da Silva Carneiro Sérgio Rodrigues Forte Talisson De Freitas Sobrinho Thiego Carneiro Costa Souza, Vulgo Dema
Rodrigo Pereira De Oliveira Rômulo Jorge Paixao Da Filho Salomão Conceição Souza Sergio Santos Da Silva Talisson Gabriel Amaral Thieley Serra Flexa Valdemir Francisco De
Rodrigo Piedade Lopes Costa Roseneide Estumano De Salvador Dias Dos Santos Serley Ferreira Correa Rodrigues Thierry Antonio Da Silva Souza, Vulgo Dema
Rodrigo Pontes Pantoja Romulo Rafael Da Silva Freitas Júnior Sharle Dos Santos Neves Talyson Goncalves Bastos Valdemir Januario Da Silva
Rodrigo Ribeiro Fernandes Nunes Rosenildo Campos Lima Salviano Alves Maranhao Sheiner Lima Alexandrino Evangelista Thor Bruce Iong Santos Dos Valdemir Pereira
Rodrigo Ribeiro Passos Romulo Tabosa Leopoldino Rosenildo Da Silva Furtado Neto Shellton De Vitor Goncalves Talyson Wigor Batista Vieira Santos Valdemir Rodrigues
Rodrigo Roberto Duarte De Romulo Teixeira Cardozo Rosenildo Dias De Sousa Samara Dos Santos Da Silva Correa Tamio Onde Amorim Lobato Thyago Do Vale Da Silva Guimarães
Araujo Ronailson Leite Silva Rosenildo Dos Santos Samara Santiago Da Silva Sherlock Campos Miranda Tamires Alves De Oliveira Thyago Luis Da Silva Valdemir Silva De Carvalho
Rodrigo Rocha Broni Ronald Andrade De Souza Conceicao Samara Trindade Do Shilane Liborio De Sousa Tarciane Alves Da Silva Vasconcelos Valdenecio Reis Silva
Rodrigo Rodrigues Silva Ronald Barbosa Dos Santos Rosenildo Francisco Silva Nascimento Shirlei Pereira Pantoja Tarcio Moraes Moreira Thyerli Vytor Raiol Valdenildo Gomes Trindade
Rodrigo Rufino De Castro Ronald Cativo Mendes Dos Santos Samuel Alexandre Ribeiro Da Sidcley Moraes Borges Tarcisio Aragão Pinheiro Tiago Alves Da Silva Valderi Da Costa Silva
Rodrigo Sanches Da Silva Ronald Costa Da Natividade Rosenildo Maues Cardoso Silva Sididey Matias Da Silva Tarcisio De Almeida Lisboa Tiago Araujo Silva Valderi Lima De Sá
Rodrigo Sanches Teixeira Ronald Douglas Nascimento Rosenilton Negrão Neves Samuel Andre Da Silva Sidinael Silva Soares Tarcisio Douglas Barbosa Tiago Bahia Pantoja Valderi Lopes De Menezes
Rodrigo Santiago De Oliverira Rosiane Barbosa Castro Goncalves Sidiney Da Silva Lima Vasques Tiago Barbosa Da Silva Valderi Silva Do Carmo
Vasconcelos Ronald Felipe Da Silva Rosiane Do Socorro Dos Samuel Caetano De Almeida Sidnei Carvalho Da Silva Tarcisio Silva Coutinho Tiago Barra Mota Valdiclei Rodrigues Cardoso
Rodrigo Santos Nascimento Correa Santos Silva Samuel Campos Sidnei Correa De Abreu Tathaila De Almeida De Tiago Batista Da Silva Valdielson De Jesus Correa
Rodrigo Sena Marques Ronald Jorge Da Silva Rosiane Dos Santos Da Silva Samuel Carlos Silva Sidnei Dos Santos Monteiro Souza Tiago Bevenuto Da Silva Moraes
Rodrigo Silva Abreu Ronaldi Simei Vaz Carreira Rosicleia Fernandes Sidnei Gomes Da Costa Tatiana De Matos Cordeiro Lima Valdileno Pimentel Sena
Rodrigo Silva Da Silveira Ronaldo Adriano Resende Da Rosiel Almeida Dos Santos Samuel Clinton Sousa Silva Sidnei Moraes Gomes Tatiana Trindade Pantoja Tiago Campelo Dos Reis Valdinei Pereira Da Silva
Rodrigo Silva De Souza Silva Rosiel Silva Da Conceicao Samuel Da Silva E Silva Sidnei Rodrigues Maia Tatiane Pereira Costa Tiago Carvalho Silva Valdiney Lopes De Oliveira

19
Valdino Silva Souza Victor Hugo Franca Maia Walison Fernando Alves De Warlison Dantas Lopes Wellington Siqueira Da Weslley Bruno Nascimento Wilson Douglas Modesto
Valdione Alves Do Victor Hugo Oliveira Camara Sousa Warlison Rodrigues De Conceição Da Costa Garcia
Nascimento Victor Junior Santos Dos Walison Gomes Sousa Andrade Wellington Wilhas Moreira Weslley Dos Santos Vieira Wilson Ferreira Da Rocha
Valdir Castro Silva Santos Walison Thiago Leite Lima Warlison Souza Da Rosa Santos Weslon Pereira Da Silva Wilson Fontel Amorim
Valdir Da Cruz Sampaio Victor Lyra De Moura Walisson Farias De Sousa Warllyson Oliveira Do Wellinson Luiz Costa Da Weslon Tiago Ferreira Wilson José Dos Santos
Valdir De Jesus Lameira Victor Marques Walisson Santana Ferreira Nascimento Cruz Cascaes Silva
Vieira Victor Rafael De Moraes Walker Sarges Pacheco Warly Oliveira Da Silva Wellinton Dos Passos Abreu Weslwy Junior Cavalcante Wilson Oliveira Mota
Valdir Maico Dos Santos Lacerda Walker Sarges Pacheco Warlyson Wesley Silva Wellinton Ferreira Alves Da Silva Wilson Pacheco De Araujo
Neri Vidal Alves Montes Walkiria Itakaiunas De Barbosa Wellinton Junior Silva E Westandelau Da Rocha Da Wilson Pantoja Dos Santos
Valdir Nunes De Souza Vilmar Da Silva Cruz Carvalho Veras Washington Brenderson Silva Silva Wilson Valente Rodrigues
Valdir Soares Ferreira Vilson Kaio De Sousa Rocha Wallace Castro De Jesus Andrade Dos Santos Wellio Da Costa Almeida Wesvani Silva De Paula Wilsoney Farias Cravo
Valdo Farias Dias Vilson Monteiro Lima Wallace Correa Da Silva Washington Breno Pereira Wellison Fonseca Barbosa Weverson Jesus Dos Santos Wilton De Araujo Cabral
Valdo Gomes Paula Vinicio Dos Santos Ferreira Wallace Durans Ribeiro Aguiar Welliton Correa De Souza Weverson Pantoja De Lima Vieira
Valdo Lobato Vinicius Abraao Da Silva Wallace Gabriel Soares Washington Dos Santos Welliton De Sousa Aguiar Weverson Rego Figueiredo Wilton Marcio Da Silva
Pinheiro,Alcunha Valdinho Vinícius Da Costa Ramos Wallace Rafael Santana Da Cardoso Welliton De Sousa Silva Weverton Da Costa Martins Souza
Valdomiro Gomes Mafra Vinícius Da Costa Ramos Cunha Washington Henrique Dos Welliton Mateus Guimaraes Weverton Gustavo Lameira Wiris Bezerra Do Nascimento
Valéria Cristina Araujo Da Vinicius Da Silva Santos Wallace Ruan Souza Serrao Santos Welliton Satunino Costa Wislley De Souza Silva
Silva Vinicius Mota Correa Wallace Willi Palheta Da Washington Henrique Nascimento Santos Weverton Martins Marçal Wladson Wagner Gomes
Valeria Dos Santos Silva Vinicius Paixao Cunha Silva Monteiro Moraes Welliton Souza Rapozo Weverton Mauricio Souza Da Alves
Valmir Araujo Ribeiro Vinícius Rodrigo Figueiredo Wallcy Gabriel Santos Washington Luiz Da Silva Welly Monteiro Da Silva Paz Wuelinton Silveira Dos
Valmir Brito De Almeida Carvalho Rodrigues Costa Wellygton Dos Santos Melo Wewerton Castro Piniche Santos
Valmir Da Silva Pereira Vinicius Souza Machado Wallerson Santos Lopes Washington Oliveira Da Silva Wellyngtom Kleiton Sousa Weyfary Lima Fernandes Wylhasmar Dos Santos Silva
Valmir Da Silva Santos Vinicius Souza Machado Walleson Silva Da Conceição Washington Silva Melo Costa Weynon Adriano Da Silva Ximaicon Durans Dos Santos
Valmir Jeferson Da Silva De Viomar Pereira Ferreira Wallesse Silva Da Cruz Waslan Lindbergue Santos Wellyngton Luiz De Nazaré Costa Yago Cordeiro De Oliveira
Oliveira Visomar Aziz De Santana Walley Cruz Miranda De Souza Alves De Paiva Wgner Leon Silva Da Luz Yago Eduardo Santana Da
Valmir Pacheco Pantoja Pinto Walmir Barroso Cardoso Wasllas Jhone Cardoso Wellynton Caldas Da Silva Whallisson Da Silva Brito Silva
Valmir Pereira Gomes Vitor Adriano Gonçalves Walteir Da Silva Teles Natividade Wellynton Carlos Gomes Whatitas Silva Dos Reis Yago Pereira De Aquino
Valteles Fonseca Trindade Leão Waltenrcir Andrade Da Silva Wdailde Freitas Veloso Araújo Whedemilli Adam Ferreira Yago Raphael Gomes
Valtenir Coutrin Da Silva Vitor Cezar De Almeida Walter Craveiro Oliveira Wdislley Manoel Soares Da Wellyson Matheus Santos Da Martins Yago Samuel Dos Santos
Valter Da Assuncao Silva Pedroso Walter Dos Santos Vilhena Silva Costa Wherlerson Moreira Nogueira Nascimento
Valter Da Paixao Santos Vitor Da Silva Cunha Walter Junior Matins Barbosa Weberson Barbosa Fernandes Welmerson Negre Ventura Widglan Da Silva Rodrigues Yago Souza De Paula
Valter Ribeiro De Oliveira Vitor Fabricio Pinheiro Walter Luiz De Assis Wedeson Marques De Sousa Welson David Mota De Wiglisson Oliveira De Sousa Yan Costa Dos Santos
Valter Souza Rodrigues Holanda Gonçalves Wedeson Sodre Parnaiba Matos Wilames Silva Reis Yan Moraes Cardos
Júnior Vitor Francisco De Souza Wamyton Jackiel Da Silva Wedson Almeida Moura Welson De Souza Miranda Wilber Marlen Coutinho Yasmin Barata Nascimento
Valterdan Pinheiro Borges Damasceno Viana Wedson Alves Pereira Welson Leão Barradas Gomes Yasmin Carolaine Corrêa Da
Júnior Vitor Hugo Gomes Pance Wandekll Silva E Souza Wedson Da Conceicao Welton Caldas Coelho Wilcler Wagner Da Silva Rosa
Valtoilo Cunha De Brito Vitor José Seabra De Oliveira Wandel Ferreira Carvalho Miranda Welton Conceição De Souza Barros Yasmin Franca Bueno
Junior Vitor Lourival Lima De Lima Wandelúcio Dos Santos Wedson Ramos Da Silva Welton Da Silva De Oliveira Wilcly Bezerra Da Silva Yasmin Jessica De Jesus
Vamilton Vasconcelos Soares Vitor Manoel Rodrigues Palheta Wedson Reis De Oliveira Welton Galdino De França Wilderson Palheta Da Silva Ferreira
Vandeilson Ferreira Da Silva Canuto Wandemberg Silva Do Weglas Moraes Silva Welton Oliveira Patrocinio Wilfrand Ferreira De Sales Yasmin Patricia Nascimento
Vandeilton Ducarmo Vitor Teles Da Silva Nascimento Welber Magno Lobato Welton Pablo Amancio Wilgianne Dos Santos Borges Dos Santos
Nascimento Vitor Warwick Dos Santos Wanderlan Cruz Dos Reis Welber Martins Lima Cabral Wilham Martins Da Silva Ygor Yuri De Souza Ribeiro
Vanderlan Da Silva Couto Carvalho Wanderlan Gemaque Araujo Welbert Cabral Costa Welton Silva Ferreira Wilhames Pinheiro Miranda Ygor Fernandes Dos Santos
Vanderlei Da Conceicao Vitor Yuri Pimentel Wanderlei Barbosa Da Silva Welenildo Dos Santos Silva Welton Silva Pereira Wilhames Santos Do Yuki Elias Santos
Souza Vitória Flavia Gomes Wanderley Brandao Pereira Welerson Alves Da Silva Welton Vieira De Oliveira Nascimento Yuri Allef Mafra Da Silva
Vanderlei De Jesus Oliveira Vivaldo Correa Faia Wanderley Nunes Da Silva Weleson Diniz Garcia Welyton Xavier Da Silva Wilhames Tavares Dos Yuri Borges Aragao
Vanderlei Souza Da Silva Viviane Dias Prado Wanderley Silva Veiga Weleson Guedes Da Costa Wemblel Araujo Furtado Santos Yuri Brener Pereira Da Silva
Vanderleia Jesus Dos Santos Vogno Furtado Correa Wanderson Abreu Dos Santos Welington De Oliveira Wemerson Ferreira Sardinha Wiliam Marcelino Alves Yuri Dos Santos Manito
Vanderley Dos Santos Voniesse Gomes De Matos Wanderson Alencar Andrade Nogueira Wemerson Franck Estrela De Wiliam Pereira Araujo Yuri Ferreira Cardoso
Oliveira Vulgo Bugiganga Wanderson Capucho Dos Welington Do Socorro Miranda Wilian Araujo Yuri Ferreira Lima
Vanderlir Souza De Souza Vulgo Maranhão Santos Moreira Ferreira Wemerson Silva Dos Santos Wilian De Souza Salomão Yuri Fonseca Titan
Vanderson Araújo Ferreira W.L.D.S Wanderson Carvalho Araujo Welington José Junes Wemeson De Almeida Wilkinson Da Silva Silva Yuri Gerra Correia Do
Vanderson Freitas Almeida Wadeley Dos Santos Dias Wanderson Cavalcante Dos Welington Silva Da Costa Bezerra Wilkley Paes Da Silva Nascimento
Vanderson Gatinho Dos Wagner Castro Dos Santos Reis Welison Santos Campos Wendel Alexandre Andrade Wilkson Muniz Diniz Yuri José Araújo Da Silva
Remedios Wagner Correa Costa Wanderson Costa Da Silva Weliton Da Costa Lima Santos Wilkson Vieira Nascimento Yuri Jullian Cabral Monteiro
Vanderson Lima Pinto Wagner Da Silva Nascimento Wanderson Da Silva Felix Weliton Lima Franco Wendel Barbosa Maduro Willames Henrique Machado Yuri Magno Barros
Vanderson Moreira Da Wagner Gleison Lobo Da Wanderson Da Silva Garcia Weliton Palheta Da Silva Wendel Barbosa Menezes Cruz Yuri Rafael Sodre
Conceicao Fonseca Wanderson Da Silva Ribeiro Weliton Ramos De Souza Wendel Furtado Costa Willams Soares Da Silva Yuri Saldanha De Franca
Vanderson Sales Barros Wagner Jose De Souza Wanderson Da Silva Santos Welkson Bezerra Da Silva Wendel Henrique Ribeiro Willas Douglas Rodrigues Da Yuri Souza Do Nascimento
Vanderson Santos Piteira Pastana Wanderson Das Dores Da Wellem De Cássia Oliveira Ferreira Silva Zacarias Rodeigues
Vandison Henrique Da Silva Wagner Julio De Oliveira Silva Da Silva Wendel Moraes Bandeira Willem Henrique Sousa Cavalcante
Vando Lobo Miranda Silva Wanderson De Assuncao Wellerson Santos Lopes Wendel Rafael Maciel Dos Mesquita Zandro Diego Silva Lima
Vando Queiros Da Silva Wagner Leite Da Silva Pereira Welligton Brito Lopes Santos William Almeida Vieira Zanildo Teixeira Da Costa
Vando Rodrigues Da Wagner Luis Correa De Wanderson De Oliveira Welligton Dos Campos Wendel Ribeiro Costa William Batista Lima Freitas Zaquel Costa De Souza
Conceicao Sousa Freitas Welligton Farias Moreira Wendel Santos Ramos William Calado Da Silva Zaquel Pinto Peniche
Vandrelei Soares Da Silva Wagner Luis Correa De Wanderson De Sousa Costa Welligton Jhony Sousa Silva Wendell Damasceno De William Carlos Vieira Barros Zarqueu Pereira Dos Santos
Vandson Da Cruz Rosa Souza Wanderson Diego Araujo Welligton Nunes Da Silva Souza William Carvalho Vieira Zay Rodrigues Rego
Vanessa Wagner Martins Do Couto Liborio Welligton Santos De Gusmao Wendelson Albernás Chaves William Cezar Nascimento Zelbe Lisboa Dos Santos
Vanessa Corrêa Barra Wagner Napoleao Silva Wanderson Do Nascimento Welligton Sergio Amador Wendelson Albernás Chaves De Oliveira Zequiel Farias Araujo
Vanessa Cristina De Souza Wagner Nunes De Almeida Assis Dos Santos Wender Moraes Diniz William Eduardo Rodrigues Zico Da Silva Martins
Santos Wagner Palheta Santos Wanderson Dos Santos Wellington Araujo Ferreira Wenderson Da Silva De Souza Ziel Carvalho Ferreir
Vanessa Da Silva Macal Wagner Pinheiro Damasceno Pereira Wellington Augusto De Wenderson Paulo Dos Santos William Fernando Dos Santos
Vanessa Daiana Catarino Dos Wagner Silva Das Neves Wanderson Dos Santos Pinto Oliveira Soares Pinheiro Joubert
Santos Wagner Sousa Dos Santos Wanderson Feio Lira Wellington Augusto Oliveira Wenderson Robert Monteiro William Lenno Ferreira Da
Vanessa De Fátima Macedo Wagner Souza De Wanderson Fernando Da Dos Santos Moraes Conceicao
Pereira Albuquerque Silva Borcem Wellington Barata De Wenderson Teixeira William Lima Gomes
Vanessa De Souza Correa Wagner Thiago Costa De Wanderson Ferreira Da Silva Carvalho Wenis Dos Santos Conceicao William Lima Vieira
Vanessa Figueiredo Pontes Souza Wanderson Gonçalves Wellington Brandão Da Silva Werberson Martins Moreira William Machado Louzeiro
Vanessa Soares Lima Wagner Wuilkey Ferreira De Carvalho Wellington Carlos Gomes De Werberth De Oliveira Moraes William Medeiros De
Vanha Da Luz Diniz Oliveira Wanderson Goncalves Oliveira Werberth De Sousa Alves Amorim
Vânia Magna Rodrigues Silva Wagnercley Nogueira Saraiva Wellington Carrera Ramos Werbeth Abreu Fonseca William Mickael Basilio
Vania Pacheco Zorrila Oliveira Wanderson Jose Jesus Wellington Cleito Cordolino Werbeth De Oliveira Souza Nobre
Vanildo Pantoja Da Silva Walace Amaral Silva Wanderson Lemos Evangelista Werbeth Firmino Da Silva William Pareira Dos Santos
Vanilson Sodre Monteiro Walace Da Cruz Souza Wanderson Lima Ferreira Wellington Cristino Costa Werbeth Firmino Da Silva William Pererira Da Silva
Vanilson Antonio Oliveira De Walace Dos Santos Leite Wanderson Lopes Da Silva Lopes Werglas Gomes Vieira William Rocha Do Carmo
Lima Walace Menezes Jaques Neto Wellington Da Luz Werlei Silva Da Silva William Silva De Oliveira
Vanilson Da Assuncao Walason Dias Costa Wanderson Lopes Dos Santos Wellington Da Silva Gomes Werlen De Carvalho William Venancio Brito
Ferreira Walber Chumber De Oliveira Wanderson Maranhao De Wellington Da Silva Lima Werlison Soares Da Silva Williames Barata
Vanilson José Dos Santos Walber Da Silva Cardoso Souza Wellington De Figueiredo Werlle De Oliveira Williames Erlon Lima De
Piteira Walber De Paula Correira Wanderson Nascimento Silva Gonçalves Wermerson Pereira Lica Oliveira
Vanilson Ribeiro Da Costa Machado Wanderson Neves Dos Santos Wellington De Jesus Moraes Weslei Morais Dos Santos Williamis Louredo Silva De
Vanisson Goncalves Walber Lúcio Silva Wanderson Oliveira Souza Trindade Weslen Ronaldo Brito Souza
Calandrini Walcinei Pinheiro Dos Santos Wanderson Pablo De Oliveira Wellington De Oliveira Ribeiro Williams Crislon Brito Dos
Varlisson Paixão Brito Waldan Dos Santos Silva Wellington Durans Ribeiro Wesleson Mafra Santos Santos
Veliton De Souza Rodrigues Waldecir Da Silva Dias Wanderson Pantoja Malheiros Wellington Gomes De Morais Wesley Alves Bezerra Williams Rafael Alcantara
Vemeson Carmo De Souza Waldecir Silveira Da Jesus Wanderson Pinheiro Wellington Jemerson Silva Wesley Breno De Oliveira Williams Rafael Alcantara
Venelson Moura Da Silva Waldecy Tavares Da Silva Porlicarpio Nunes Wesley Brito De Lima Willian Anunciação Castro
Venicio Sousa Da Costa Junior Wanderson Renato Santos Wellington Jhones Dos Reis Wesley Cavalcante Cirqueira Willian Cunha Alves
Venicius Oliveira Ferreira Waldemar Bahia Cordeiro Rocha Prata Wesley Da Costa Santos Willian Daniel Teles Da Silva
Venildo De Souza Waldemir Batista Daniel Wanderson Roberto Florencio Wellington Jose Ferreira Wesley Da Rocha Willian De Sousa
Nascimento Waldemir De Araujo Dias Mello Alves Wesley Da Silva Chagas Willian Leao Freitas Dos
Venildo Pereira De Sousa Waldemir Dos Passos Rego Wanderson Rocha Souza Wellington Junior Gomes Wesley Da Silva Mesquita Santos
Venilson De Freitas De Souza Waldenes Pereira Lima Wanderson Rosa De Jesus Wellington Lima Da Silva Wesley Da Silva Pereira Willian Lima Silva
Vicente Ferreira De Oliveira Waldenilson Duarte Da Silva Wanderson Rosa Miranda Wellington Magno Carvalho Wesley Da Silva Reis Willian Oliveira Do Carmo
Victo Santos Laredo Waldinei Barroso Da Silva Wanderson Silva Da Silva Silva Wesley De Oliveira Macedo Willian Passos Evangelista
Victor Alexandre De Waldiney Ferreira Da Silva Wanderson Soares Wellington Moreira Da Silva Wesley De Souza Carneiro Willian Pinto Dos Santos
Vasconcelos Costa Waldiney Junior Ferreira Wanderson Soares Araujo Wellington Nascimento Da Wesley Martins Lopes Willian Pontes Machado
Victor Balby Da Silva Barra Wanderson Wanzeler Ribeiro Silva Wesley Monteiro Garcia Willian Silva Matos
Victor Carneiro Da Costa Waldiney Melo Carlos Wandras Pereira Santos Wellington Pagno Sousa Wesley Pantoja Cardim Willians De Oliveira
Victor Da Silva Santos Waldiney Nascimento De Wandrell Luis Pantoja De Milhomen Wesley Pinheiro Borges Carvalho
Victor Da Silva Torres Souza Melo Wellington Pantoja Dos Wesley Santos De Oliveira Willians Diego Dos Santos
Victor De Almeida Waldiney Rodrigues Wandson Silva Nascimento Santos Wesley Santos Dos Reis De Souza
Victor Dos Santos Tavares Calandrine Wanison De Souza Abreu Wellington Patrick Rodrigues Wesley Silva De Souza Willians Dos Santos Souza
Victor Emanuel De Mesquita Waldir Ferreira Da Silva Warison Do Amaral Cruz Henrique Wesley Venancio Siqueira Willians Moreira De Souza
De Sousa Costa Waldo Santos Da Silva Warlen Borges Do Espírito Wellington Pereira Martins Wesley Victor Coutinho Willians Rodrigues Da Silva
Victor Francisco Da Silva Walecio De Jesus Chaves Santo Wellington Pereira Monteiro Wesley Washington Souza Willias Amorim Ferreira
Filho Sousa Warlen Dos Santos Soares Wellington Robson Mendes Muniz Williclei Carvalho Da Silva
Victor Gabriel Amorim Do Waleson Lobato Da Silva Warleson Assis Souza Gonçalves Weslley Alexandre Mafra Da Wilma Maria Martins Lima
Nascimento Walesson Trindade Dos Warleson De Sousa Dos Wellington Santos Da Silva Silva Wilson Barbosa Chaves Filho
Victor Gabriel Azevedo Dos Santos Santos Wellington Silva Castro Weslley Antônio Garcia Silva Wilson Da Silva Monteiro
Santos Walisison Jansen Da Silva Warleson Santos De Souza Wilson Daniel Costa Lima

20
Biopolítica e Morte no Brasil
O Extermínio da juventude negra (ultra)periférica
na Amazônia

The cheapest meat on the market is the black meat.


Which is sent to prison for free.
And ends it underneath a plastic bag.

Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette. A Carne (lyrics) 1.

Arranca a cabeça e deixa pendurada.


É a Rotam patrulhando a noite inteira.
Pena de morte à moda brasileira.2
ROTAM, Polícia Militar do Pará (31/07/2019).

1
“A carne mais barata do mercado é a carne negra. Que vai de graça pro presídio. E pára debaixo do
plástico”. Our translation.
2
Canto dos policiais da ROTAM (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas), Polícia Militar do Pará em Evento
Comemorativo dos 13 anos do Batalhão de Polícia Tática (Bpot), na presença do governador do estado, Helder
Barbalho (31 de julho de 2019). https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/08/03/em-video-polemico-policiais-
de-elite-da-pm-do-para-cantam-arranca-a-cabeca-e-deixa-pendurado.ghtml
21
Introdução

Quando pensamos na Amazônia, a partir da Europa ou outra região fora da América


Latina, as imagens que assaltam os imaginários são geralmente povoados de selvas, rios,
animais selvagens e povos indígenas, imagens construídas desde a colonização, entre os
séculos XVI e XIX. Quando se evoca Amazônia em outras regiões do mundo, muito
raramente aparecem imagens de cidades grandes, casas de palafitas junto de arranhas-céus,
de trânsito viário carregado, de assaltos a mão armada nas cidades, de assassinatos sociais no
campo, de usinas hidroelétricas e outros projetos de mineração faraônicos. Raramente
aparecem imagens sobre a população negra da Amazônia, trazida à força para trabalhar nos
canaviais que fizeram crescer a região economicamente nos séculos XVI a XVIII, no
chamado “ciclo do açúcar”. O leitor estrangeiro não encontrará aqui neste relatório de
pesquisa as imagens sonhadas de uma Amazônia da selva, dos animais e dos indígenas; mas
ele encontrará asfalto, tiros de armas de fogo, e a população jovem masculina, negra, que, nas
periferias das cidades amazônicas, tomba como soldados desarmados numa guerra sem fim.
Durante dois anos (2017-2019), no grupo de pesquisa CESIP-MARGEAR (Grupo de
Estudos sobre as Normalizações Violentas das Vidas na Amazônia), graças ao financiamento
do “Special Program Security, Society and the State” da Fundação alemã Gerda Henkel
Stiftung (Düsseldorf), estudamos o fenômeno chamado “Extermìnio da juventude” no estado
federado do Pará, na Amazônia brasileira. Ora, este fenômeno, por mais que suas
especificidades e dinâmicas locais importem, não pode ser estudado sem fazer referência à
inserção do Brasil e da Amazônia no que Immanuel Wallerstein chamou de “Sistema-
Mundo”. Escolhemos levantar dados quantitativos a partir da leitura analítica de um jornal de
imprensa escrita da cidade de Belém (capital do estado do Pará), conhecida hoje em dia por
ser uma das cidades mais letais do mundo. Acrescentamos a esses dados produzidos por
nossa equipe de pesquisa alguns dados oficiais sobre violência letal no Brasil e na Amazônia,
provindo de fontes policiais e do sistema de dados do Ministério brasileiro da Saúde
(DATASUS), assim como dados produzidos pelo Forum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP), o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatísticas (IBGE).
O difìcil e delicado levantamento dessas informações no jornal “Diário do Pará” no
período de 2010 a 2018 ocupou a maior parte do tempo de pesquisa nestes últimos dois anos.
Para complementar esta análise, começamos a realizar várias entrevistas semiestruturadas
com jovens, familiares de vítimas, advogados e policiais, cuja análise será aprofundada,
numa segunda fase, após a redação deste relatório. O terceiro eixo de pesquisa concernia uma
reflexão teórica que permitisse entender porque a violência letal, homicida, aparece de forma
tão naturalizada e tão impactante na sociedade brasileira e, em particular, na região
22
amazônica. Esta reflexão, apenas esboçada aqui neste relatório, será iniciada no decorrer do
próximo ano (2020).
A tese que iremos expor aqui neste trabalho consiste em mostrar que, na ótica da
biopolítica, este poder de suprimir vidas encontra sua razão de ser na utilização da raça como
critério fragmentador da espécie, no que Foucault denominou de Racismo de Estado. A raça
aqui é entendida como o corte entre os que devem viver e os que devem morrer e está na raiz
de uma biopolítica, uma política normativa deliberada que se exerce sobre a vida, e que tende
a se expressar em uma polìtica de morte, ou “tanatopolìtica” (FOUCAULT, 2002: 304).
Desta forma, mesmo em uma ordem jurìdica supostamente “liberal”, na qual garantir a vida é
supostamente um direito fundamental, torna-se aceitável suprimir este direito quando se
utiliza da raça para retirar do convívio normalizado todos os que são considerados perigosos.
A partir dos dados coletados pelos membros do grupo de pesquisa CESIP-MARGEAR, este
relatório propõe analisar o fenômeno do extermínio da juventude de periferia na Amazônia,
tentando descobrir em que medida esta política de morte (tanatopolítica) constitui um
dispositivo estruturante da arte neoliberal de governar, através da realização de um cálculo do
valor do ser humano em termos mercadológicos, em uma região ultraperiférica da ordem
capitalista-(neo)liberal3.
A hierarquização promovida por esta razão neoliberal constitui o pano de fundo de
nossas reflexões sobre as instituições e dispositivos normativos neoliberais e,
particularmente, sobre os dispositivos de repressão criminal em face de uma política de morte
e de precarização das vidas na Amazônia. Nessa região marginal do Brasil, que poderíamos
descrever como uma “ultraperiferia” 4 em relação ao status de periferia do Brasil na
economia-mundo capitalista, essas políticas estruturam o espaço social com diversas
expressões, entre as quais, por exemplo:
(1) Desestabilização da vida e movimentos de desterritorialização das populações
tradicionais e de comunidades indígenas;
(2) Impacto dos “grandes projetos de desenvolvimento”: explosão demográfica e
modificações das redes de cidades no interior; pauperização maciça de

3
Para Foucault, o dispositivo é “um conjunto absolutamente heterogêneo. Comportando discursos, instituições,
organizações arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, medidas administrativas, enunciados científicos,
proposições filosóficas, enfim: o dito, assim como o não dito, eis os elementos do dispositivo. O dispositivo em
si, é a rede que podemos estabelecer entre esses elementos” (FOUCAULT: 1994 [1977]. 299. Tradução nossa).
Foucault acrescenta outra característica a sua definição do dispositivo : o estabelecimento deste rede entre todos
os elementos discursivos e institucionais se realiza a partir da identificação de uma urgência, e da estratégia que
está se adotando para dar uma resposta a esta urgência (Ler DELUCHEY, 2016).
4
Usada para qualificar, como hipótese, a Amazônia brasileira, a palavra “ultra-periférico” não deve ser
entendida aqui no sentido dado a esta pela legislação da União Europeia. Esta última, de fato, utiliza este
conceito no artigo 349º do Tratado de Roma de 1957 (Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia -
TFUE). De acordo com este artigo: “Tendo em conta a situação social e económica estrutural da Guadalupe,
da Guiana Francesa, da Martinica, da Reunião, de Saint-Barthélemy, de Saint-Martin, dos Açores, da Madeira
e das ilhas Canárias, agravada pelo grande afastamento, pela insularidade, pela pequena superfície, pelo
relevo e clima difíceis e pela sua dependência económica em relação a um pequeno número de produtos,
fatores estes cuja persistência e conjugação prejudicam gravemente o seu desenvolvimento, o Conselho, sob
proposta da Comissão e após consulta ao Parlamento Europeu, adotará medidas específicas destinadas, em
especial, a estabelecer as condições de aplicação dos Tratados a essas regiões, incluindo as políticas comuns.
[...] O Conselho adotará as medidas a que se refere o primeiro parágrafo tendo em conta as características e
os condicionalismos especiais das regiões ultraperiféricas, sem pôr em causa a integridade e a coerência do
ordenamento jurídico da União, incluindo o mercado interno e as políticas comuns” (grifo nosso).
23
populações migrantes; pressões devastadoras sobre instalações e serviços
públicos, desastres ambientais;
(3) Trabalho análogo ao de escravo, exploração ilegal de trabalhadores e
desrespeito dos direitos trabalhistas;
(4) Naturalização da violência nas relações sociais, assassinatos sociais,
consolidação de mercados ilícitos e de redes criminosas locais, proliferação de
milícias ou grupos locais de extermínio;
(5) Incapacidade das instituições governamentais e judiciais em face do volume
das demandas e da intensidade dos problemas; Etc.

Em decorrência destes fenômenos, as formas de vida na Amazônia, com todas as suas


singularidades, têm sido cada vez mais acometidas por diversas expressões de violência
social e institucional. Os alvos dessa violência estão dispersos por todo o território
amazônico, abrangendo as áreas rurais e urbanas, tendo como consequências mais graves o
processo de apagamento de formas modernas e tradicionais de vida na Amazônia tais como,
por exemplo, a invasão de terras indígenas, a repressão/mercantilização dos saberes
tradicionais, o encarceramento em massa, e o “extermìnio” da juventude popular na periferia
das cidades.
Desta maneira, indivíduos e grupos sociais cujas condutas e modos de vida estão
considerados como fora da ordem do “normal” e do “útil” em relação à consolidação do
mercado, devem enfrentar concretamente a violência exercida pelas instituições judiciais e
policiais. Estas alimentam localmente os conflitos sociais e, na maioria das vezes, participam
do apagamento das formas marginais de vida, justificado pela urgência da insegurança social
e cívica (CASTEL, 2003) e pelo imperativo de crescimento econômico. O fenômeno que este
trabalho irá expor concerne a um dos aspectos desta violência: o volume assustador de
pessoas mortas no Brasil e na Amazônia e, em particular, “o extermìnio da juventude de
periferia” no estado do Pará.
Para desenvolver este trabalho e testemunhar dos avanços alcançados nesta fase da
pesquisa, precisamos em primeiro lugar situar o fenômeno, na sua dimensão estatística, e em
relação ao que Michel Foucault chamou de “governamentalidade neoliberal” ou “arte
neoliberal de governar”, a qual, por sua vez, tem de se apresentada dentro da arquitetura de
um Sistema-mundo que opera territorializações relativas à organização do capitalismo global
na sua atual fase “pós-fordista” ou “financeira”. Mostraremos, na primeira parte, que a partir
desta governamentalidade neoliberal de inspiração bio-política ou bio-governamental, opera-
se uma valoração global das vidas que traz consigo uma etnização das formas-de-vida, a
desvalorização das vidas marginais e/ou ultraperiférica. Relacionaremos esta valoração à
formulação e implementação de estratégias e politicas públicas específicas à periferia do
Sistema-mundo, dentro do contexto de um capitalismo global de tipo “financeiro” que atribui
menos importância à vida do trabalhador nas suas ultraperiferias. A nossa tese é que, a um
capitalismo global que desvaloriza as vidas ultraperiféricas, corresponde uma arte de
governar, uma agenda política e suas referentes políticas governamentais que podem ser
compreendidos como uma “tanatopolìtica” ou “necropolìtica”, a qual teria como proposta
central de deixar morrer e até fazer morrer os jovens de ultraperiferia considerados dejetos do
mercado.

24
Numa segunda parte, analisaremos particularmente os dados estatísticos elaborados
por nós em Belém do Pará, mostrando como esta arte de governar, enquanto “tanatopolìtica”,
se realiza localmente. Para isto, estudaremos dados quantitativos originais coletados no
principal jornal de imprensa escrita de Belém, o Diário do Pará, no período de 2010 a 2018.
Uma vez realizada a “limpeza” dos dados, buscando excluir os dados cujo registro foi
deficiente ou errôneo, conseguimos reunir numa planilha cerca de 450.000 informações
diversas sobre as mortes de jovens no Estado do Pará entre 2010 e 2018.
No total, foram contabilizadas quase 5.000 mortes de crianças, adolescentes e jovens
até 29 anos entre 2010 e 2018 no Estado do Pará, universo que representa 37% do volume
total de homicídios cometidos no Pará entre 2010 e 2018! Para cada uma das 4.989 mortes
que analisamos, registramos 70 tipos de informações, entre as quais as seguintes: “Data, dia
da semana e horário aproximado do homicídio; Tipo de tratamento midiático do homicídio
(tipo de anúncio, palavras usadas para qualificar o acontecimento, as vítimas e os pretensos
autores do homicídio); Nome e vulgo da vítima; Gênero, Faixa Etária e Raça / Cor da pele
da vítima; Município e bairro de domicílio da vítima; Município, bairro e tipo de local do
homicídio; Ocupação presumida da vítima; Suspeita de envolvimento da vítima e do(s)
autor(es) em atividades criminosas; Tipo de arma usada na execução, e quantidade de tiros;
Número de autores envolvidos; Grau de conhecimento entre vítima e suposto autor; Nome(s)
e vulgo(s) do(s) suposto(s) autor(es); Gênero, Faixa Etária e Raça / Cor da pele do suposto
autor; Transporte utilizado pelo(s) autor(es); Suspeita de envolvimento do(s) suposto(s)
autor(es) com Milícias; Número de pessoas mortas no mesmo episódio; Motivo(s)
presumido(s) da morte; Presença de familiares ou menores no momento do homicídio;
Presença de policiais no local, inclusive como autor ou vítima”. Este rico banco de dados
poderá servir para futuras pesquisas e deverá, caso tenhamos os recursos necessários, ser
publicado “on line”, de livre acesso para pesquisadores poderem usar e pensar o fenômeno do
Extermínio da Juventude no Brasil e na Amazônia.
Ainda numa fase ulterior desta pesquisa, completaremos a análise dos dados
quantitativos com entrevistas realizadas com dezenas de pessoas em Belém, entre as quais
jovens moradores de periferia, mães de jovens vítimas do extermínio, profissionais da
segurança e da defesa dos direitos humanos, entre outros. Numa terceira parte, analisaremos
os principais casos de “chacinas” e tentaremos, com base em documentos e entrevistas,
desvendar em parte as lógicas especìficas aos “crimes múltiplos” nesta região específica do
Brasil e da Amazônia na década 2010-2019.
Para finalizar, tentaremos desenvolver reflexões sobre os sentidos que podemos
extrair dessas aproximações com este fenômeno, bem como avançar na construção de uma
agenda teórica e empírica sobre a qual esta pesquisa abre alguns horizontes. Esperamos que,
com a leitura deste trabalho, o leitor possa entender melhor o fenômeno em estudo, bem
como onde ele se situa na conjunção de forças que leva, no século XXI, à realização quase
invisível do Extermínio da juventude negra de periferia na Amazônia. Deste entendimento,
expressamos o desejo que possam ser extraídas estratégias de resistência contra as Políticas
de morte que, tanto numa escala global quanto na escala local, constituem o escândalo em
relação ao qual todos nós contribuímos, na Amazônia, no Brasil e no resto do mundo.

25
CAPÍTULO I. Vidas Periféricas e Ordem Global

Por princípio de raça, se deve entender, aliás, uma forma espectral da divisão e da
diferença humana, suscetível de ser mobilizada para fins de estigmatização, de
exclusão e de segregação, por meio dos quais se busca isolar, eliminar e até mesmo
destruir fisicamente determinado grupo humano.

Achille Mbembé. Crítica da Razão Negra [2018a: 106]

1. O que nos falam os principais dados disponíveis no Brasil?

No dia 09 de março de 2018, o jornal britânico Daily Mail publicava um mapa onde
constavam as 50 cidades mais violentas do mundo (50 most violent cities in the World, Figura
01) 5. A cidade brasileira de Belém do Pará ocupava o décimo lugar no ranking mundial. O
artigo do Daily Mail indicava: “Brazil was the country which featured the greatest number of
times, with 17 cities on the list, followed by Mexico, Venezuela and the United States”6. O
artigo era ilustrado pela imagem reproduzida aqui em baixo, e que apresentava a cidade
mexicana de “Los Cabos” como a cidade mais violenta do mundo, em um ranking que
constava com 03 cidades brasileiras entre as 10 mais violentas (Natal, 4º lugar, Fortaleza,7º
lugar, ambas da Região Nordeste do Brasil, e Belém, 10º lugar, as Região Norte /
Amazônica). Como bem evidenciado no mapa publicado pelo jornal Daily Mirror, a quase
totalidade das 50 cidades mais violentas do mundo se encontra na região da América Latina e
Caribe. Apenas 07 cidades escapam dessa norma: 04 cidades estadosunidenses (Saint Louis,
Baltimore, New Orleans, Detroit), e 03 cidades da África do Sul (Cape Town, Durban e Port
Elizabeth). Notemos, desde já, que todos os Países citados foram antigas colônias de Países
europeus, fato que fará todo sentido no decorrer da análise.

5
https://www.dailymail.co.uk/news/article-5481483/42-worlds-50-violent-cities-South-America.html. Acessado
em 02/10/2019.
6
“O Brasil foi o país que apresentou o maior número de vezes, com 17 cidades na lista, seguido pelo México,
Venezuela e Estados Unidos”. Nossa tradução.
26
Figura 1: As 50 cidades mais violentas do mundo (Daily
Mirror, 2018).

No final do artigo, o Daily Mirror apresentava sua fonte: “The list was compiled by
Mexican anti-violence think-tank Seguridad, Justicia Y Paz (Security, Justice and Peace)”.
Ao acessar o site de Seguridad, Justicia Y Paz, descobrimos que esse “think tank”
conservador mexicano tinha como objetivo fazer a promoção da aplicação rígida da lei penal
e cobrava uma repressão violenta ao uso e tráfico de entorpecentes. Veremos também, no
quarto capítulo, o quanto a política antidrogas é responsável pelo fenômeno em análise.
Em um documento de 2018, comparando com o ano de 2017 e concluindo a uma
relativa baixa dos homicídios em uma parte das cidades do ranking anterior, o think-tank
admite por um lado que “En Los Cabos y en La Paz los homicidios se desplomaron, pero no
por la intervención de la fuerza pública, sino porque un grupo criminal se impuso a sus
rivales”7. Apesar de admitir que um decréscimo da violência letal possa ser alcançado pelo
reforço das redes criminosas ao invés da poder punitivo do Estado, os “peritos” do think tank
seguem denunciando “Las políticas erróneas que no sirven para abatir la violencia y tratan
de que el Estado no aplique la ley” como, por exemplo: “Legalizar drogas. Dar subsidios a
delincuentes. Negociar con delincuentes (treguas, amnistías)”8. E concluem que “Las
experiencias de Colombia y Honduras demuestran que aplicar la ley no es la causa de la
violencia…. no aplicarla ¡sí!”9.
Este relatório deve chamar a nossa atenção em pelo menos dois aspectos. Primeiro,
mesmo que as fontes usadas para realizar este ranking internacional não sejam muito
coerentes (cada País usa de um sistema distinto de compilação de seus dados de violência
letal), a forte concentração da violência letal nas Américas e, especialmente, na América
Latina é um dado que deve levado em consideração em nossas análises. Segundo, o uso

7
SEGURIDAD JUSTICIA Y PAZ, Las 50 ciudades más violentas del mundo 2018, 17 páginas.
http://seguridadjusticiaypaz.org.mx/files/estudio.pdf. Acessado em 10/10/2019. p. 7.
8
Ibid., p. 16.
9
Ibid., p. 17.
27
desses dados tem uma dimensão profundamente política, na condenação ou, como é o caso
deste think tank mexicano, na defesa de leis e políticas de repressão criminal cada vez mais
duras e rígidas. Esses dois fatos, o grande volume de violência letal na América Latina e a
relação forte das questões de violência letal com a agenda política da Região, não podem ser
ignorados na tentativa de compreender melhor o fenômeno da violência letal na América
Latina, no Brasil e na Amazônia.
Dentro do quadro da violência letal, iremos apenas trabalhar nesta pesquisa a
categoria dos homicídios intencionais (“intentional homicides”), tais como definidos pela
UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime), os quais reúnam 03 elementos a
serem reunidos no homicìdio de uma pessoa: “1. The killing of a person by another person
(objective element); 2. The intent of the perpetrator to kill or seriously injure the victim
(subjective element); 3. The unlawfulness of the killing (legal element)” (UNODC, 2019: 07)
As estatísticas a disposição no Brasil sobre homicídios intencionais provém de duas
fontes. A primeira fonte é os dados compilados pelas polícias civis brasileiras e publicados
pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do atual Ministério da Justiça e da Segurança
Pública. A segunda fonte concerne ao Sistema de Informação sobre Mortalidade, integrado
ao banco de dados DATASUS do Ministério da Saúde, o qual compila os dados registrados
nos Municípios pelos agentes públicos e privados de saúde. A publicação final e a análise
desses dados é realizada por vários institutos públicos e privados, tais como o Fórum
Brasileiro de Segurança Pública no seu Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto
de Pesquisas Econômicas Aplicadas no seu Atlas da Violência, ou o Instituto Sangari no seu
Mapa da Violência. Ora, os dados são estarrecedores.
De antemão, já podemos observar que, comparado com o da França, o número de
mortes no Brasil provavelmente poderia, por si só, servir de justificativa para o uso da
palavra “Extermìnio”. Se a França teve apenas 825 homicìdios em 2017, o Brasil, com uma
população apenas 03 vezes maior de que a França, teve que deplorar no mesmo ano 63.880
homicídios10. Naquele ano, 2017, a taxa de homicídios por 100.000 habitantes no Brasil foi
mais de 25 vezes superior à da França (30,8 no Brasil e 1,2 na França) 11! Também deve ser
lembrado que, em 2018, 729.463 brasileiros estiveram aos cuidados das administrações
penitenciárias, dos quais a grande maioria está encarcerada em um total de 367.217 vagas
disponíveis nas prisões brasileiras. Na França, cerca de 250 mil pessoas são atendidas pelo
sistema penitenciário, das quais apenas 80 mil estão encarceradas.
Mais assustador ainda é verificar que, em quase todas as estatísticas e análises sobre
morte violenta no País, os jovens negros de periferia ocupam um lugar de destaque. Os dados
do Mapa da Violência 2014 (Os jovens no Brasil) mostram que 556 mil cidadãos foram
vítimas de homicídio no Brasil entre 2002 e 2012, desse total mais de 303 mil eram jovens e
mais de 215 mil eram jovens negros. A taxa brasileira de homicídio da juventude atingiu em
2014 o nível de 75 homicídios por 100.000 habitantes na idade de 21 anos (WAISELFISZ,

10
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2018 ; Ministère de
l´Intérieur, Insécurité et délinquance en 2017 : premier bilan statistique, 2018.
11
Neste sentido, é bastante sintomático observar que o Brasil calcula sua taxa de homicídios por 100 mil
habitantes (63880), enquanto o Ministério do Interior francês prefere anunciar modestamente: “0,012 mortes por
mil habitantes”. Outro fato importante é que a produção de estatísticas criminais na França é realizada pelas
instituições policiais, enquanto no Brasil são organizações não-governamentais e empresas de consultoria que
produzem esses dados, dentre as quais a mais confiável é sem dúvida a do DATASUS (Ministério da Saúde).
28
2014). Essa taxa da faixa jovem não consegue ser alcançada nem em países que se encontram
em conflito armado aberto. A taxa de homicídios de jovens corresponde a 53,4% do total de
homicídios do país (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Ŕ IPEA, Atlas da violência
2016).
O cenário do massacre brasileiro da juventude periférica é, ao mesmo tempo, tão
alarmante e tão naturalizado que um estudo publicado pela UNICEF-Brasil em 2015 (Índices
de Homicídio na Adolescência Ŕ IHA, 2012) já previa que 42.000 adolescentes com idade
entre 12 e 18 anos irão ser vítimas de Homicídios no Brasil, entre 2013 e 2019, em
municípios com mais de 100.000 habitantes. Ademais, os dados do Mapa da Violência 2014
demonstram que em 2002 morreram proporcionalmente 73% mais negros que brancos. Em
2012, esse índice subiu para 146,5%.
No que concerne à Amazônia, em um intervalo de 10 anos (2002 a 2012) foram
assassinados mais de 5.000 jovens entre 15 e 29 anos só na Região Metropolitana de Belém,
capital do Estado do Pará, aglomeração urbana de pouco mais de 02 milhões de habitantes.
Hoje em dia, Belém é a 3ª capital de estado federado com maior taxa de homicídios do Brasil
(com 67,5 mortes por 100.000 habitantes), atrás de Rio Branco (Acre, 83,7) e Fortaleza
(Ceará, 77,3). A maior parte desses homicídios concernem aos acertos de contas ligadas ao
controle do tráfico de drogas e à prática da execução extrajudicial por parte de grupos de
extermìnio (ou “milìcias”) na capital paraense. Em muitas dessas execuções extrajudiciais,
existem comprovações, testemunhos ou indícios da participação de policiais civis e militares.
Muitos relatos indicam que os policiais são atores importantes das guerras travadas entre
narcotraficantes, e entre estes e os grupos de extermínio ou de “faxina social”, o que poderia
servir de primeira explicação para a elevadíssima vitimização dos policiais fora de serviço.
Dentro dessas guerras, existe um fenômeno designado como o de “chacinas”, o qual
corresponde à ocorrência de crimes múltiplos realizados em um único movimento, mesma
lógica, e relativamente na mesma temporalidade. Poderìamos também falar de “execuções
coletivas”. Foi principalmente na década 2010 que as “chacinas” têm se tornadas frequentes
na realidade amazônica contemporânea e impõem aos cenários urbanos amazônicos
verdadeiros cenários de Extermínio. O fenômeno das chacinas adentra cada ano mais
profundamente na rede de cidades amazônica (já marcada tradicionalmente pelos assassinatos
sociais de sindicalistas e trabalhadores rurais sem terra), e têm encontrado amplo apoio e
publicidade por parte das mídias e políticos locais e nacionais (entre eles o atual presidente
Jair Bolsonaro).
Associadas à indiferença ou conivência dos governantes, a forma de tratamento
jornalístico das chacinas pelas mídias locais têm contribuído para a legitimação do poder de
matar e a naturalização do extermínio e dos encarceramentos da juventude economicamente
precária na Amazônia. Alguns estudiosos designam esses discursos como “discursos que
matam” (MORAES, 2019). Por este motivo, a pretensa “guerra contra o crime” se constitui
em discurso central da política local: esta contribui em legitimar a sistematização das práticas
punitivas, passando pelo encarceramento em massa e até pela morte física dos jovens negros
e pobres de periferia. A profundidade, sistematicidade e continuidade do fenômeno indicam a
possibilidade de uma estratégia consciente de apagamento das vidas dos jovens de periferia
no Brasil, com a contribuição ativa dos agentes e instituições estatais. Devemos lembrar que,
segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2018), um policial brasileiro

29
por dia morreu em serviço em 2018, e que as polícias brasileiras mataram no mesmo ano um
total de 5.144 pessoas, isto é, uma média de 14 por dia!
Em 2003, quando as chacinas ainda eram fenômenos raros no Brasil, pude observar
alguns desafios impostos por esta gramática política:
Nesta guerra, dois lados parecem se enfrentar: os “homens de bem” e os ”marginais” (à
margem da sociedade ou da lei). Aos marginais aplicar-se-ia a regra subjetiva da ordem,
que visa resolver prejudicialmente seus conflitos com os membros da elite, e que
minimiza a insegurança provinda dos pequenos delitos e do fenômeno das gangues
urbanas, em relação às quais parecem ser as vítimas preferenciais. Em consequência, por
além da pressão socioeconômica que diariamente enfrentam, os habitantes das favelas
também sofrem uma insegurança jurídica (junto ao sistema de repressão criminal), e uma
“insegurança pública” (junto aos delinquentes). (DELUCHEY, 2003 : 180. Tradução
nossa.)

A Amazônia, neste contexto, é uma das regiões do Brasil na qual a violência letal tem
uma forte tendência para o aumento nos últimos anos (ou, pelo menos, até o ano 2017). A
região amazônica “oficial” no Brasil (Amazônia Legal) é composta por 09 estados:
corresponde aos 08 estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins), e à parte ocidental do estado do Maranhão (Região
Nordeste). A delimitação da região chamada no Brasil de “Amazônia Legal” é descrita aqui
na Figura 02. No entanto, a maior parte dos dados regionais que vamos tratar apenas
concernem aos 08 Estados da Região Norte. Na Figura 03, podemos ver que o Brasil está
dividido em 05 regiões: a Região Norte (Amazônica), a Região Nordeste (a mais carente de
todas), a Região Centro-Oeste (frente pioneira da agricultura latifundiária), a Região Sudeste
(no qual se encontra concentrada a maior parte do PIB brasileiro), e a Região Sul.
Dentro da Região Norte, encontra-se o estado no qual realizamos esta pesquisa: o
estado do Pará, estado com maior população da Amazônia (8,5 milhões de habitantes) e o
segundo maior estado da região em extensão territorial (após o estado do Amazonas), como
podemos ver na Figura 04.

Figura 2: BRASIL, Amazônia Legal. Mapa.

Fonte: Creative Commons


(https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Mapa-de-
localizacao-da-Amazonia-Legal_fig1_240972007)

30
Figura 3: BRASIL, Divisão Regional IBGE (Norte,
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste, Sul)

Figura 4: BRASIL. Estado do Pará.


(https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=17022841)

Na Tabela 01, abaixo, construída a partir dos dados do Atlas da Violência 2019 do
IPEA/FBSP, podemos ver que a Região Norte / Amazônica foi a região brasileira cuja taxa
de homicídios por 100.000 habitantes teve o maior aumento no período 1997-2017 (+173%).
A região Nordeste também teve um aumento muito forte de sua taxa de homicídios no
período: +152%. Já, a Região Sul teve um aumento de +57%, e a Região Centro-Oeste de
+25% no período 1997-2017. A única Região na qual a taxa de homicídios por 100.000
31
habitantes foi a Região Sudeste, a mais rica do País, com um decréscimo de -57%. Podemos
ter uma descrição gráfica da evolução da taxa de homicídios por Região no Brasil nas Figuras
05 a 10, aqui abaixo.

Tabela 1: Taxa de Homicídio por Region (por 100.000 habitantes; 1997-2017).


IPEA/FBSP, Atlas da Violência 2019.
% Increase
REGIÃO / REGION 1997 2007 2017 Rate
NORTE (NORTH / AMAZONIA) 17,4 27,25 47,43 +173%
NORDESTE (NORTH-EAST) 19,31 30,02 48,58 +152%
SUL (SOUTH) 15,3 22,2 24,09 +57%
CENTRO-OESTE (CENTER-WEST) 26,48 28,97 33,21 +25%
SUDESTE (SOUTH-EAST) 34,16 24,39 19,4 -57%

Figura 5: BRASIL. Taxa de Homicídio por Region (por 100.000 habitantes;


1997-2017). Fonte: Atlas da Violência. IPEA/FBSP.
50

45 NORTE (NORTH /
AMAZONIA) +173%
40
NORDESTE (NORTH-
35 EAST) +152%
30
SUDESTE (SOUTH-
25 EAST) -43%

20 SUL (SOUTH) +57%

15

10 CENTRO-OESTE
(CENTER-WEST) +25%
2009
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008

2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017

Figura 6: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Norte (Amazonia). 1997-2017.


Fonte: Atlas da Violência. IPEA/FBSP.
NORTE (NORTH / AMAZONIA) 1997-2017
50 (+173%)
40
30
20
10
0

32
Figura 7: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Nordeste. 1997-2017. Fonte:
Atlas da Violência. IPEA/FBSP.
NORDESTE (NORTH-EAST) 1997-2017 (+152%
50
40
30
20
10
0

Figura 8: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Sudeste. 1997-2017. Fonte:


Atlas da Violência. IPEA/FBSP.
SUL (SOUTH) 1997-2017 (+57%)
50

40

30

20

10

Figura 9: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Centro-Oeste. 1997-2017.


Fonte: Atlas da Violência. IPEA/FBSP.
CENTRO-OESTE (CENTER-WEST) 1997-2017 (+25%)
50

40

30

20

10

33
Figura 10: BRASIL. Taxa de Homicídio na Região Sudeste. 1997-2017. Fonte:
Atlas da Violência. IPEA/FBSP.

SUDESTE (SOUTH-EAST) 1997-2017 (-43%)


50

40

30

20

10

Em relação às taxas por Região (ver Tabela 01, acima), é a Região do Nordeste que
tem, em 2017, a maior taxa de homicídios por 100.000 habitantes, com uma taxa de 48,48.
Ela é seguido de perto pela Região Norte, cuja taxa de homicídios é de 47,43. Vem depois a
Região Centro-Oeste (33,21), a Região Sul (24,09) e, finalmente, a Região Sudeste com uma
taxa de 19,4. A título de comparação, o escritório da Organização das Nações Unidas sobre
Drogas e Crime (UNODC), nos mostra quais as taxas médias de homicídios por 100.000
habitantes nas diferentes regiões do planeta (Figura 11). Podemos ver que a taxa de
homicídios da Região Norte / Amazônica, com 47,43 homicídios por 100.000 habitantes é
quase 08 vezes maior de que a média global (6,1) e quase 03 vezes maior de que a média das
Américas, a mais alta entre os continentes do planeta, com 17,2 homicídios por 100.000
habitantes. Podemos ver também, no mapa a seguir (Figura 12), que as maiores taxas no
mundo se situam acima de 40 homicídios por 100.000 habitantes, o que faz da Região
Amazônica uma das regiões mais letais do mundo.
Caso voltarmos às estatísticas nacionais brasileiras, o Atlas da Violência 2019 do
IPEA/FBSP nos mostra qual a taxa de homicídios por estado federado no Brasil (Figura 13).
Entre os estados brasileiros, é o estado do Rio Grande do Norte (região Nordeste, capital:
Natal) que aparece como o mais letal de todos (152,3 homicídios por 100.000 habitantes).
Entre os 10 estados mais letais, a grande maioria se encontra nas Regiões Nordeste e Norte,
as regiões cujo PIB por habitante são os menores entre as regiões brasileiras. No que tange à
região Amazônica, o estado do Acre é o estado mais letal da região (126,3), seguido do
estado de nosso estudo, o Pará (com 105,3), o Amapá (100,2), o Amazonas (80,5), o
Tocantins (72,4), o Roraima (64,8), o Mato Grosso (54,0) e o Rondônia (46,5).

34
Figura 11: Taxa de Homicídio (vítimas de homicídios intencionais por 100.000
habitantes), por continente, 2017 (UNODC, 2019: 11)

Figura 12: Taxa de Homicídio, por país ou território, 2017. (UNODC, 2019: 14)

35
Figura 13: BRASIL: Taxa de homicídios de jovens, por grupo de 100 mil
habitantes, por Unidade Federativa (2017).

Fonte: IPEA/FBSP. Atlas da Violência 2019 (Gráfico 3.1). IBGE/Diretoria de Pesquisas.


Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da
Dinâmica Demográfica e MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade Ŕ
SIM. O número de homicídios na UF de residência foi obtido pela soma das seguintes CIDs
10: X85-Y09 e Y35-Y36, ou seja: óbitos causados por agressão mais intervenção legal.
Consideraram-se jovens indivíduos entre 15 e 29 anos. Elaboração Diest/Ipea e FBSP.

No Atlas da violência 2019, a parte 5 intitulada “Violência contra negros” apresenta


uma série de estatísticas que apontam para o aprofundamento da desigualdade racial nos
indicadores da violência letal no país12. Assim, em 2017, 75,5% das vítimas de homicídios
foram pessoas negras (definidos aqui como a soma de indivíduos pretos ou pardos, segundo
a classificação do IBGE, utilizada também pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade
do Ministério brasileiro da Saúde). A taxa de homicídios por 100 mil negros foi de 43,1,
enquanto a taxa de não negros (brancos, amarelos e indígenas) foi quase 03 vezes menor
(16,0). Proporcionalmente às respectivas populações, para cada pessoa não negra que

12
Parte deste texto sobre letalidade de pessoas negras e pessoas não negras foi redigido em conjunto com
Amanda Laysi Pimentel dos Santos.
36
sofreu homicídio em 2017, aproximadamente, 2,7 negros foram mortos.
O mais preocupante é que essa desigualdade face à morte homicida não se reduz com
o passar do tempo: no período de uma década (2007 a 2017), a taxa de homicídios por
100.000 habitantes negros no Brasil cresceu 33%, enquanto no mesmo período, a dos não
negros teve um crescimento de 3,3% (dez vezes menor!), o que significa um grave
aprofundamento das desigualdades raciais em relação à violência letal intencional no
Brasil. Eis, a seguir, a representação gráfica deste fenômeno, tal como apresentada no Atlas
da Violência 2019 (Figura 14):

Figura 14: Taxas de homicídios de negros e de não negros a cada 100 mil
habitantes dentro destes grupos populacionais – Brasil (2007-2017)

Fonte: Os dados de homicídios foram provenientes do MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre


Mortalidade - SIM. Observação: O número de Negros foi obtido somando pardos e pretos, enquanto o De não
negras se deu pela soma dos brancos, amarelos e indígenas, todos os ignorados não entraram nas contas.
Elaboração Diest/Ipea e FBSP.

Em números absolutos, a diferença entre negros e não negros é ainda maior:


enquanto o número de homicídios de negros no Brasil aumentou de 62,3% entre 2007 e
2017, o número de homicídios de não negros apenas aumentava de 0,4%! Esta tendência
deveria se aprofundar nos próximos anos, se tomarmos como base a progressão desta taxa
entre os dois anos mais recentes do estudo. Entre 2016 e 2017, a taxa de homicídios de
negros aumentou de 7,2% no Brasil, enquanto a taxa de homicídios dos não negros teve
um decréscimo de 0,3%.
Em 2017, os cinco estados com maiores taxas de homicídios de negros no Brasil
estavam localizados na região Nordeste. Naquele ano, o Rio Grande do Norte apresentou a
taxa mais alta, com 87,0 mortos a cada 100 mil habitantes negros, mais do que o dobro da
taxa nacional, seguido por Ceará (75,6), Pernambuco, (73,2), Sergipe (68,8) e Alagoas (67,9).
O crescimento da taxa de homicídios de negros no período de 2007-2017 foi maior nos

37
seguintes estados: Rio Grande do Norte (+333,3%), o Acre (+276,8%, Região Norte /
Amazônica), o Ceará (+207,6%) e Sergipe (155,9%). Em 2017, nos Estados Amazônicos
(região Norte), além do Acre (65,6), as maiores taxas de homicídio de negros foram: Pará
(61,7), Amapá (55,2), Roraima (54,9), Amazonas (48,7). Já, abaixo da média nacional (43,1),
encontramos os estados de Mato Grosso (38,5), Tocantins (37,7) e Rondônia (32,4).
As menores taxas de homicídio de negros no Brasil encontram-se no estado de São
Paulo, com 12,6 negros a cada 100 mil habitantes e no Paraná, com 19,0 (regiões Sudeste e
Sul). A redução decenal dos homicídios de negros foi observada em oito estados: São Paulo
(-40,7%), Distrito Federal (-40,4%), Espírito Santo (-18,1%), Rio de Janeiro (-12,9%),
Paraná (-11,9%), Mato Grosso do Sul (-11,4%), Minas Gerais (-4,9%) e Pernambuco (-
0,9%). O Paraná (região Sul, povoado majoritariamente de filhos de imigrantes europeus) é o
único estado a observar taxa de homicídio de não negros superior à de negros: 26,5 contra
19,0.
O Alagoas é o estado que apresenta a maior diferença de letalidade entre negros e
não-negros. Em 2017, a taxa de homicídios de negros superou em 18,3 vezes a de não negros.
Tais disparidades nas chances de vitimização entre negros e não negros foi ainda observada
na Paraíba (6,6 vezes), no Ceará (5,9 vezes), no Rio Grande do Norte (5,8 vezes) e Sergipe
(4,3 vezes).
Em relação à região Norte / Amazônica, todos os estados conheceram um
aumento da taxa de homicídio de negros entre 2007 e 2017, o maior aumento sendo do
estado do Acre (+276,8%) e os menores sendo do Mato Grosso (16,3%) e do Rondônia
(13,3%). Neste aspecto, o estado de nosso estudo, o Pará vivenciou um crescimento de
75,6% da taxa de homicídios de sua população negra en 2007 e 2017. Podemos também
observar que a taxa de homicídio de não negros, bastante estável ao nível nacional
(+3,3%), aumentou significativamente na Região Norte / Amazônica. À exclusão do
estado de Mato Grosso (-16,2%), todos os estados da região foram marcados com um
aumento da violência letal contra os não negros: Amazonas (+203,8%), Tocantins
(+199,0%), Acre (+118,8%), Pará (+81,8%), Roraima (+48,0%), Rondônia (+28,9%) e o
Amapá (+23,3%). Isto mostra o quanto a violência letal no Norte está em forte progressão em
todos os segmentos populacionais, mesmo que os negros sejam o grupo mais atingido entre
todos, configurando assim o fenômeno de Extermínio da juventude negra no Brasil e na
Amazônia.
Para entender melhor o fenômeno do Extermínio da juventude periférica no Brasil e
na Amazônia, devemos entender a forma contemporânea de organização de mundo, e o papel
desempenhado pelo Brasil e pela Amazônia na divisão internacional do trabalho promovida e
consolidada pelo capitalismo neoliberal. Eis o motivo pelo qual pensamos necessário
descrever, a partir de alguns dos trabalhos filosóficos e socioeconômicos desenvolvidos nos
últimos 50 anos, o quadro estrutural que permite que aconteça, no Brasil e na Amazônia, um
Extermínio da juventude negra periférica, começando pelo estudo do conceito de Biopolítica.

38
2. Biopolítica e Morte: uma hipótese

Foi no texto “direito de morte e poder sobre a vida”, capìtulo V do livro “História da
Sexualidade I Ŕ A vontade de saber” que Michel Foucault apresentou pela primeira vez o
conceito de Bio-poder ou Biopolítica (FOUCAULT, 1988: 127-152). Ele diferenciava este
bio-poder do poder soberano (prolongamento do poder de patria potestas romana) que
correspondia ao “direito de causar a morte ou de deixar viver” (FOUCAULT, 1988: 128).
Em A vontade de saber, Foucault descreve uma mudança, um poder sobre a vida que se
desenvolveu a partir do século XVII e que seria composto por dois polos interligados.

De um lado, terìamos o polo do “corpo como máquina” com uma “anátomo-política


do corpo humano” que, a partir de técnicas governamentais disciplinares, vai garantir a
docilidade dos corpos e sua adequação às necessidades de um novo mercado de trabalho. O
outro polo, formado na metade do século XVIII, seria o do “corpo-espécie”, de “corpo
transpassado pela mecânica do ser vivo e como suporte dos processos biológicos: a
proliferação, os nascimentos e a mortalidade, o nível de saúde, a duração da vida, a
longevidade”, isto é, um controle, uma gestão ou, diz Foucault, uma “bio-política da
população”. Foucault acrescenta: “As disciplinas do corpo e as regulações da população
constituem os dois polos em torno dos quais se desenvolveu a organização do poder sobre a
vida”, que Foucault vai chamar de bio-poder (FOUCAULT, 1988: 131). No entanto, Foucault
vai por vezes definir o bio-poder como a reunião da anátomo-política com a biopolítica, e
outras vezes irá usar indistintamente bio-poder e biopolítica para designar as tecnologias de
controle da população ou do “homem-espécie”.

Em 1976, paralelamente à publicação do primeiro tomo de sua História da


Sexualidade, Michel Foucault ministrou um curso no Collège de France em Paris (França)
que foi publicado em 1997 na Editora Seuil/Gallimard sob o tìtulo “Il faut défendre la
société” (Society must be defended / Em Defesa da Sociedade). Na aula de 17 de março de
1976, seguindo a sua intenção, neste curso, de testar o conceito de guerra como “gabarito de
inteligibilidade dos processos históricos” (FOUCAULT, 2005: 285), Foucault tenta teorizar
dois conceitos que iremos usar neste trabalho: o de biopolítica (ou bio-poder) e o de racismo
de Estado. Nesta aula do 17 de março de 1976, o filósofo francês situa um pouco mais tarde,
no século XIX, “a assunção da vida pelo poder, [...] uma tomada de poder sobre o homem
enquanto ser vivo, uma espécie de estatização do biológico” que ele vai chamar de
biopolítica (FOUCAULT, 2005: 286). Para ele, a teoria política sobre a soberania encontra-
se limitada para explicar a guerra, as expressões do direito sobre a vida e a morte, e as
mudanças da arte de governar a partir do final do século XVIII e, sobretudo durante todo o
século XIX.

Durante os séculos XVII e XVIII, os teóricos do contrato social propõem e teorizam o


abandono de uma parte de sua liberdade para um soberano. Diz o Foucault:

Quando se contrata, no plano do contrato social, ou seja, quando os indivíduos se reúnem


para constituir um soberano, para delegar a um soberano um poder absoluto sobre eles,

39
por que o fazem? Eles o fazem porque estão premidos pelo perigo ou pela necessidade.
Eles o fazem, por conseguinte, para proteger a vida. É para poder viver que constituem
um soberano (FOUCAULT, 2005: 287).

Na arte de governar fundada no modelo da soberania, a vida e a morte dos sujeitos


apenas se tornam direitos pelo efeito da “vontade soberana”, isto é, pelo efeito da expressão
estratégica do interesse do soberano e por intermédio da universalização de seu interesse
particular. A partir do final do século XVIII, das revoluções liberais e da consolidação do
capitalismo, Foucault nos diz que o velho direito de soberania, que consistia na máxima
“deixar viver, fazer morrer”, vai ser complementado (porém, não substituìdo) por um novo
direito, o de “fazer viver, deixar morrer”. Para apreender essas mudanças, Foucault considera
que a teoria política encontrar-se-ia limitada, e ele prefere observar as mudanças realizadas
na arte de governar, na “governamentalidade”, nas tecnologias governamentais. De um lado,
o filósofo associa então a expressão da soberania a uma “tecnologia disciplinar do trabalho”
que, nos séculos XVII e XVIII, vai buscar constranger os corpos para efeitos de poder, e que
ele vai chamar de “anátomo-política do corpo humano”. De outro lado, Foucault enxerga um
direito novo, novas tecnologias de poder que não têm apenas o corpo dos indivíduos como
alvo das tecnologias governamentais, mas que vai buscar realizar, a partir do final do século
XVIII, uma biopolítica, isto é, uma gestão do homem-espécie como “massa global, afetada
por processos de conjunto que são próprios da vida, que são processos como o nascimento, a
morte, a produção, a doença, etc.” (FOUCAULT, 2005: 289). Escreve o Foucault:
... durante a segunda metade do século XVIII, eu creio que se vê aparecer algo de novo,
que é uma outra tecnologia de poder, não disciplinar dessa feita. Uma tecnologia de
poder que não exclui a primeira, que não exclui a técnica disciplinar, mas que a embute,
que a integra, que a modifica parcialmente e que, sobretudo, vai utilizá-la implantando-se
de certo modo nela, e incrustando-se efetivamente graças a essa técnica disciplinar
previa. Logo, depois de uma primeira tomada de poder sobre o corpo que se fez
consoante o modo da individualização, temos uma segunda tomada de poder que, por sua
vez, não á individualizante mas que é massificante, se vocês quiserem, que se faz em
direção não do homem-corpo, mas do homem-espécie. Depois da anátomo-política do
corpo humano, instaurada no decorrer do século XVIII, vemos aparecer, no fim do
mesmo século, algo que já não é uma anátomo-política do corpo humano, mas que eu
chamaria de uma “biopolìtica” da espécie humana. [...] Temos, pois, duas séries: a série
corpo-organismo-disciplina-instituições; e a série população-processos biológicos-
mecanismos regulamentadores-Estado. Um conjunto orgânico institucional: a organo-
disciplina da instituição, se vocês quiserem, e, de outro lado, um conjunto biológico e
estatal: a bio-regulamentação pelo Estado. (FOUCAULT, 2005: 288-298).

Esta biopolítica, a partir de sua consolidação no século XIX, irá desenvolver técnicas
de gestão passando pelo registro de indivíduos e geração de estatísticas para permitir o
controle das populações: as primeiras demografias, os primeiros sistemas estatísticos, as
políticas de natalidade, a prevenção das epidemias, o controle das endemias e, mais tarde as
preocupações referentes ao meio ambiente são todos processos que podemos associar à
biopolìtica, uma nova arte de governar cuja nova máxima seria “fazer viver e deixar morrer”
(FOUCAULT, 2005: 294). Para Michel Foucault, se, de um lado, parece haver certa
desqualificação da morte, se os processos de higienização e de luta contra as doenças
parecem diariamente celebrar a vida, é sobretudo a ritualização e o espetáculo da morte que
desaparecem aos poucos, fazendo com que a morte se torne mais invisível. A morte, diz o
40
filósofo francês, tornou-se o que tem para esconder. Se a nova governamentalidade
inaugurada a partir do final do século XVIII, e que vai desaguar no capitalismo financeiro
neoliberal de hoje em dia, dá a impressão de abandonar a morte, é para melhor escondê-la,
para escamotear o escândalo da morte que poderia atrapalhar a celebração cotidiana da vida
e, sobretudo, da Vida Boa, sobre a qual voltaremos a expor logo mais.
De um lado, Foucault tem razão em afirmar que “o poder é cada vez menos o direito
de fazer morrer e cada vez mais o direito de intervir para fazer viver, e na maneira de viver,
e no “como” da vida”. Por outro lado, penso que seria arriscado apoiar Foucault quando ele
afirma que:
a partir do momento em que, portanto, o poder intervém sobretudo nesse nível para
aumentar a vida, para controlar seus acidentes, suas eventualidades, suas deficiências, dai
por diante a morte, como termo da vida, e evidentemente o termo, o limite, a
extremidade do poder. Ela está do lado de fora, em relação ao poder: é o que cai fora de
seu domínio e sobre o que o poder só terá domínio de modo geral, global, estatístico.
(FOUCAULT, 2005: 295-296).

Pelo contrário, parece que a gestão biopolítica das populações também é preocupada
com a morte como forma de regulação. No texto “direito de morte e poder sobre a vida”,
Foucault identifica outra consequência ao desenvolvimento do bio-poder:
... é a importância crescente assumida pela atuação da norma, à expensas do sistema
jurídico da lei. A lei não pode deixar de ser armada e sua arma por excelência é a morte;
aos que transgredem, ela responde, pelo menos como último recurso, com esta ameaça
absoluta. A lei sempre se refere ao gládio. Mas um poder que tem a tarefa de se
encarregar da vida terá necessidade de mecanismos contínuos, reguladores e corretivos.
Já não se trata de pôr a morte em ação no campo de soberania, mas de distribuir os
vivos em um domínio de valor e utilidade. Um poder dessa natureza tem de
qualificar, medir, avaliar, hierarquizar, mais do que se manifestar em seu fausto
mortífero; não tem que traçar a linha que separa os súditos obedientes dos inimigos do
soberano, opera distribuições em torno da norma. Não quero dizer que a lei se apague ou
que as instituições de justiça tendam a desaparecer; mas que a lei funciona cada vez mais
como norma, e que a instituição judiciária se integra cada vez mais numa contínuo de
aparelhos (médicos, administrativos etc.) cujas funções são sobretudo reguladoras. Uma
sociedade normalizadora é o efeito histórico de uma tecnologia de poder centrada na
vida. (FOUCAULT, 1988: 135, grifo nosso).

Neste aspecto, podemos trazer duas nuances ao pensamento de Foucault. A primeira


nuance é providenciada pelo próprio autor no mesmo texto: se parece verdade que a morte
não é mais o objeto central do soberano ou do governo, e que este foca suas ações sobre o
como viver dos súditos ou cidadãos, Foucault nos ensina que a morte continua em um lugar
central da governamentalidade da era biopolítica. Nas últimas páginas da aula de 17 de março
de 1976, Michel Foucault chega a emitir uma série de perguntas sobre a relação entre morte e
bio-poder, entre as quais as seguintes:
Então, nessa tecnologia de poder que tem como objeto e como objetivo a vida [...], como
vai se exercer o direito de matar e a função do assassínio, se é verdade que o poder de
soberania recua cada vez mais e que, ao contrário, avança cada vez mais o biopoder
disciplinar ou regulamentador? [...] Como esse poder que tem essencialmente o objetivo
de fazer viver pode deixar morrer? Como exercer o poder da morte, como exercer a
função da morte, num sistema político centrado no biopoder? (FOUCAULT, 2005: 303-
304).

41
A esta pergunta, Michel Foucault responde imediatamente: “É aí, creio eu, que
intervém o racismo” (Ibid., 304). Ora, para Foucault, o racismo é o meio de introduzir um
corte entre o que deve viver e o que deve morrer. Voltaremos sobre esta questão logo mais no
decorrer de nossas análises, mas devemos desde já notar que a gestão biopolítica, aquela cuja
máxima seria “fazer viver, deixar morrer”, vai desenvolver uma tecnologia para distinguir os
merecedores de vida (uma boa vida) daqueles que podemos “deixar morrer”. O filósofo
italiano Giorgio Agamben irá qualificar este “lado B” da biopolìtica como tanatopolítica
(thanatopolitics), e o camaronês Achille Mbembé, mais recentemente, falou de necropolítica
(necropolitics).
Devemos compreender que a biopolítica tem, como Janus, duas faces: a da vida e a da
morte. Como na escultura de Bourdelle “Le Jour et la Nuit” (Figura 15), o rosto do medo e da
morte se esconde atrás do rosto jovem e belo com o qual o (neo)liberalismo se apresenta. Na
vitrine jurídica (neo)liberal, aparece o rosto jovem dos direitos e da liberdade, nos fundos das
práticas governamentais, se esconde o rosto monstruoso da dominação e da morte. Esta
apresentação é típica da sociedade de espetáculo descrita por Guy Debord, na qual o
verdadeiro se apresenta como falso e o falso como verdadeiro. A face que mais representa a
ordem (neo)liberal capitalista é a da morte e da sobrevivência, a da insegurança e do medo
face ao estado permanente de necessidade, à desqualificação social e à possibilidade da morte
física. Essas duas faces não se apresentam da mesma forma em todos os lugares, junto às
mesmas populações. No Norte Global, a face bela se apresenta primeiro, deixando a face
horrenda como ameaça, risco, perigo e como horizonte distópico. No Sul Global, a primeira
face que se apresenta é a face horrenda da morte e do medo, e a segunda face aparece como
esperança, horizonte, utopia.

Figura 15: Antoine BOURDELLE, « Le Jour et


la Nuit » (mármore), c.1900. ©Jean-Olivier Rousseau.

Por isto, a segunda nuance que temos de trazer em perspectiva com o pensamento
foucaultiano concerne à relativa carência da dimensão colonial em Foucault, inclusive nas
suas análises da França, da Europa ou do Norte Global. Não quero dizer com isto que Michel
Foucault ignorou a questão colonial, bem pelo contrário. Na mesma aula de 17 de março de
1976 no Collège de France, Foucault diz o seguinte:
42
O racismo vai irromper em um certo número de pontos privilegiados, que são
precisamente os pontos em que o direito à morte é necessariamente requerido. O racismo
vai se desenvolver primo com a colonização, ou seja, com o genocídio colonizador.
Quando for preciso matar pessoas, matar populações, matar civilizações, como se poderá
fazê-lo se se funcionar no modo do biopoder? Através dos temas do evolucionismo,
mediante um racismo. (FOUCAULT, 2005: 307)

Se, por um lado, Michel Foucault não esquece a colonização, ele pensa os fenômenos
a partir de uma historicidade que dificilmente extrapola o conjunto europeu ou, por vezes, o
caso específico da França. Assim, quando na Europa ou na França o capitalismo teve
expressões peculiares, essas expressões foram distintas nas demais regiões do mundo. O
mesmo ocorre com as expressões da biopolítica, que não se realizam com a mesma
intensidade e segundo as mesmas modalidades no Atlântico Norte e no Sul Global. Não
poderíamos entender a relação entre biopolítica e morte no Brasil, assim como o fenômeno
do Extermínio da juventude negra de periferia na Amazônia sem realizar previamente duas
tarefas que vão nos permitir situar o contexto socio-histórico e socio-político no qual este se
desenvolve. Sabemos que todo fenômeno social deve ser relacionado ao mesmo tempo a uma
historicidade e a um tipo de estruturação social que permitem que este fenômeno possa existir
neste momento, desta forma e com esta intensidade. Temos, portanto, a obrigação
epistemológica de buscar, na historicidade e na arquitetura do espaço social, os elementos
discursivos (racionalidades, regimes de saber, etc.) e os elementos não discursivos
(instituições, atores, práticas, etc.) que nos levam a entender melhor as condições socio-
históricas de realização deste fenômeno.
Michel Foucault, no primeiro volume da História da sexualidade, nos dá uma pista de
entendimento:
Este bio-poder, sem a menor dúvida, foi elemento indispensável ao desenvolvimento do
capitalismo, que só pôde ser garantido à custa da inserção controlada dos corpos no
aparelho de produção e por meio de um ajustamento dos fenômenos de população aos
processos econômicos. Mas, o capitalismo exigiu mais do que isso; foi-lhe necessário o
crescimento tanto de seu reforço quanto de sua utilizabilidade e sua docilidade; foram-
lhe necessários métodos de poder capazes de majorar as forças, as aptidões, a vida em
geral, sem por isto torna-las mais difíceis de sujeitar; se o desenvolvimento dos grandes
aparelhos de Estado, como instituições de poder, garantiu a manutenção das relações de
produção, os rudimentos de anátomo e de bio-política, inventados no século XVIII como
técnicas de poder presentes em todos os níveis do corpo social e utilizadas por
instituições bem diversas (a família, o Exército, a escola, a polícia, a medicina individual
ou a administração das coletividades), agiram no nível dos processos econômicos, do seu
desenrolar, das forças que estão em ação em tais processos e os sustentam; operaram,
também, como fatores de segregação e de hierarquização social, agindo sobre as forças
respectivas tanto de uns como de outros, garantindo relações de dominação e efeitos de
hegemonia; o ajustamento da acumulação dos homens e do capital, a articulação do
crescimento dos grupos humanos à expansão das forças produtivas e a reparticção
diferencial do lucro, foram, em parte, tornados possíveis pelo exercício do bio-poder com
suas formas e procedimentos múltiplos. O investimento sobre o corpo vivo, sua
valorização e a gestão distributiva de suas forças foram indispensáveis naquele
momento. (FOUCAULT, 1988: 132-133).

Seguindo esta reflexão de Foucault, poderíamos dizer que, com a consolidação


exponencial do capitalismo como mecanismo de estruturação e hierarquização social, a bio-

43
política, o bio-poder ou, melhor, um bio-governo organizou tecnologias de poder, discursivas
e não discursivas, para legitimar e realizar um controle das populações a partir de um
objetivo claro de governamentalidade global visando à maximização exponencial da
concentração e acumulação de capitais na mão e de uma elite global muito reduzida. Essa
também é a conclusão do filósofo Giorgio Agamben:
O desenvolvimento e o trunfo do capitalismo não teria sido possível, nesta perspectiva,
sem o controle disciplinar efetuado pelo novo biopoder, que criou para si, por assim
dizer, através de uma serie de tecnologias apropriadas, os “corpos dóceis” de que
necessitava. (AGAMBEN, 2007: 11)

Desta forma, na arte governamental contemporânea que poderíamos chamar de


“capitalista-(neo)liberal”, a biopolìtica regulamentadora (e normalizadora) se articula com as
tecnologias disciplinares para capturar o ser humano trabalhador enquanto máquina e capital,
extraindo uma mais-valia ao menor custo possível, visando a maximização da produção e a
consequente acumulação e concentração máxima dos capitais nas mãos de alguns, os quais
formam hoje em dia uma elite global (quase) soberana. Para o filósofo e sociólogo Bruno
Latour, chegamos hoje em dia, no final do primeiro quinto do século XXI, a uma situação
governamental global na qual “os super-ricos renunciaram à ideia de um mundo comum”
(LATOUR, 2017). Mesmo reconhecendo que nunca existiu, concretamente, um mundo
comum, a construção utópica deste mundo, que pretensamente fazia parte da pauta liberal na
sua origem, saiu da agenda política da elite global, e saiu até da retorica legitimadora da
ordem capitalista-(neo)liberal. Para Bruno Latour,
Faço a hipótese seguinte, em relação à qual eu não tenho provas, mas disponho de alguns
indícios: em certo momento no final dos années 1970 ou no início dos anos 1980, os
membros mais astutos das classes dominantes entenderam que a globalização não era
sustentável ecologicamente. No entanto, ao lugar de mudar o modelo econômico,
decidiram renunciar à ideia de um mundo comum. Daí, a partir dos anos 1980, as
políticas de desregulamentações qui levaram às desigualdades impensáveis que
conhecemos hoje em dia. Essa brutalidade econômica Ŕ redobrada por uma brutalização
da expressão política Ŕ é uma forma de dizer às outras classes: “Desculpem, gente, nós
temos renunciado em fazer um mundo comum com vocês.” A classe dominante tem se
imunizado conra a questão ecológica, cortando seus laços com o mundo” (LATOUR,
2017) 13.

Não por acaso, o período descrito na hipótese de Bruno Latour é justamente aquele
durante o qual a arte de governar neoliberal se impôs ao nível global. Assim sendo,
poderíamos continuar a hipótese de Latour e estabelecer esta nova: com a consolidação da
governamentalidade neoliberal, a biopolítica ou bio-governo contemporâneo, cujos quadros
de decisão foram estabelecidos por uma elite global, contribuiu em produzir uma forma de
governar as populações mundiais no sentido de um progressivo Extermínio de uma parte da

13
Texto original: “Je fais l´hypothèse suivante, dont je n´ai pas la preuve, mais quelques indices: à un moment,
quelque part à la fin des années 1970 ou au début des années 1980, les membres les plus astucieux des classes
dominantes ont compris que la globalisation n´était pas soutenable écologiquement. Mais, au lieu de changer
de modèle économique, ils ont décidé de renoncer à l´idée d'un monde commun. D´où, dès les années 1980, des
politiques de déréglementations qui ont abouti aux inégalités hallucinantes que l´on connaît aujourd'hui. Cette
brutalité économique – redoublée par une brutalisation de l´expression politique – est une manière de dire aux
autres classes: « Désolés, braves gens, nous avons renoncé à faire un monde commun avec vous. » La classe
dominante s´est immunisée contre la question écologique en se coupant du monde.”.
44
humanidade pouco útil aos processos de concentração/acumulação de capitais por esta elite
global. Assim, um novo soberano invisível, que ultrapassa e supera qualquer capacidade de
intervenção de um Estado-Nação sobre o cenário global, organizaria uma nova estruturação
do social que permitisse distinguir as populações indispensáveis à reprodução e consolidação
da elite capitalista global, das populações que são inúteis aos processos de concentração e
acumulação de capital, e que podem entrar, sem dano para os novos soberanos, numa lógica
de Extermínio.
A partir daí, se a biopolítica (ou bio-governo) vem complementar as tecnologias
disciplinares que correspondiam à era da soberania, o capitalismo vai, com a noção de estado
de direito, difundir (diffuser) aparentemente a soberania para torná-la invisível. A partir de
século XIX, com o capitalismo liberal, são as coisas que aparecem, as coisas que parecem
governar, e não mais os humanos. Essa invisibilização do soberano, nos lembra a situação
esdrúxula do conto de José Saramago intitulado “Coisas”, publicado no livro Objecto Quase,
e no qual os objetos se tornam humanos e os humanos se tornam objetos e, portanto, são
valorados em termos de “utilidade” ou “dispensabilidade”. Esta pode ser uma hipótese
interessante de seguir em relação ao desenvolvimento do Extermínio no Brasil e na
Amazônia.

3. Vida Boa, Sobrevivência e Morte

Quatro autores nos brindaram com conceitos que podemos mobilizar para avançar no
nosso caminho epistemológico, em busca da historicidade e da forma de estruturação social
que poderiam nos ajudar a entender o fenômeno do Extermínio da juventude negra periférica
no Brasil e na Amazônia. Em primeiro lugar, podemos usar o conceito de Modo de Produção
criado por Karl Marx. Marx criou este conceito no intuito de relacionar a historicidade e as
formas de estruturação no social numa sociedade determinada e num momento determinado.
No seu “Prefácio” de 1859 ao livro “Para a crítica da Economia Política”, Marx escreve:
... na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas,
necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que
correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas
materiais. [...] Em grandes traços podem ser caracterizados, como épocas progressivas da
formação econômica da sociedade, os modos de produção: asiático, antigo, feudal e
burguês moderno. As relações burguesas de produção constituem a última forma
antagônica do processo social de produção (Karl Marx, “Prefácio”, In Para a crítica da
Economia Política, São Paulo: Abril, 1974, p. 135-136).

De certo, alguma coisa mudou no final do século XVIII, e se consolidou de várias


formas nos séculos seguintes. Esta mudança corresponde à consolidação de uma ordem
socioeconômica capitalista (fundamentada no contrato, na generalização do trabalhado
assalariado, na exploração da mais-valia e na aceleração dos processos de acumulação e
concentração de capitais). A consolidação desta ordem consiste em organizar o espaço social
em relação à concentração do(s) capital(is) entre grupos e classes sociais diferenciados, e vai
inaugurar um modelo de organização jurídico-estatal de tipo “liberal” (fundamentado na
45
igualdade formal, na consagração do direito ilimitado da propriedade individual, na liberdade
e responsabilização individual, e na concorrência generalizada entre grupos e indivíduos).
No século XXI, os espaços sociais de Paìses ditos “ocidentais” ou “de tradição judeu-
cristã” permanecem organizados segundo o que Marx designou como o Modo de Produção
Capitalista (MPC). Este modo de produção estrutura o espaço social a partir dos processos de
acumulação/concentração de capital ou, melhor, de acumulação/concentração de capitais no
sentido plural, porque à acumulação de capital econômico se soma a acumulação de capital
social cultural e simbólico, como nos ensinou Pierre Bourdieu (A Distinção; Razões
Práticas). Ainda com Bourdieu, podemos afirmar que o Modo de Produção Capitalista
arquiteta o espaço social em várias “estruturas estruturantes”, entre as quais a estrutura mais
imponente e visível seria a estrutura estatal que, a partir da juridicização das relações sociais,
confirma e consolida a estruturação dos espaços sociais a partir do critério de
acumulação/concentração dos capitais.
Para retomar um termo caro ao filósofo Jacques Rancière (emprestado aos gregos
socráticos), podemos dizer que os espaços sociais dos sistemas culturais judeu-cristãos se
estruturam a partir de uma arkhé capitalista:
Como lembrou Hannah Arendt, essa palavra [arkhé] significa, em grego, tanto começo
quanto comando. Ela conclui logicamente que, para os gregos, significa a unidade de
ambos. A arkhé é o comando do que começa, do que vem primeiro. É a antecipação do
direito de comandar no ato do começo e a verificação do poder de começar no exercício
do comando. (RANCIÈRE,2014: 53)

A arkhé capitalista, expressa em determinado modo de produção das vidas, faz com
que qualquer mudança governamental, por radical que seja, ainda se situa dentro de uma
estruturação do social que a sobredetermina, limitando seus efeitos na tentativa de
reestruturação do social. Esta arkhé se reproduz a partir de uma arte de governar que
determina os modos de produção da vida para os povos, os grupos sociais e os indivíduos. É
o filósofo francês Michel Foucault que inventou o neologismo “governamentalidade” para
designar essa racionalidade que corresponde à arte de governar as formas de vida na arkhé ou
no modo de produção capitalista das vidas.
Desde a consagração da doutrina liberal no final do século XVIII, e com as
transformações radicais que atribuìmos às chamadas “revoluções liberais”, francesa e anglo-
saxãs, o modo de produção capitalista das vidas, a arkhé capitalista é o princípio de comando
que determina a diferenciação social das vidas nos espaços sociais de tradição judeu-cristã a
partir dos princípios de acumulação/concentração de capital, sob suas mais variadas formas
(econômica, social, cultural, simbólica, etc.). Neste aspecto, existe, desde o final do século
XVIII, certa permanência e consolidação das estruturas sociais que moldam as vidas segundo
o modo de produção capitalista. Isto não significa que este modo de produção e esta arkhé
não se modificaram desde o século XVIII até os dias atuais. Michel Foucault, nas suas aulas
do final dos anos 1970 no Collège de France tentou descrever uma nova razão do mundo que
contribuiu para uma reinvenção do liberalismo que podemos chamar de “neoliberalismo”,
cuja emergência Foucault situa nos anos 1930 na sua versão alemã, e nos anos 1970 na sua
versão norte-americana.
Nas aulas de 1976 a 1979 no Collège de France, Michel Foucault nos ensina que ao
neoliberalismo corresponde uma governamentalidade, uma “arte de governar”, um conjunto

46
de normas e práticas governamentais visando dirigir os indivíduos pelo exercício da
liberdade. Para o filósofo, seria a partir do século XVIII que, com a consolidação da
economia política, o mercado passa a se firmar enquanto lugar de veridição ou regime de
verdade. Nesta ótica, o mercado estaria obedecendo a mecanismos supostamente naturais
que, a partir de uma relação mecânica entre oferta e demanda, deveria estabelecer o preço
“normal” ou “natural”, não importando mais que este fosse justo ou não. Com a constituição
do mercado como regime de verdade, as noções de justiça e de direito foram se depreciando
na governamentalidade para deixar lugar à verdade mercadológica. A partir daì, o “mercado”
diz o que o Estado pode fazer ou não, em referência às supostas regras naturais que o
constituem. Foucault acrescenta: “Essa razão governamental que tem por característica
fundamental a busca de sua autolimitação, é uma razão que funciona com base no interesse.
[...] O governo, [...] nessa nova razão governamental, é algo que manipula interesses”
(FOUCAULT, 2008: 61-62).
No que tange aos processos de produção de vidas, o “normal” do mercado estabelece
critérios para definir quem são “os outros” (os anormais, os estranhos, os desqualificados, os
indesejáveis). Assim, aparecem no século XXI novas formas de colonialidade com o objetivo
de estabelecer novas hierarquias sociais expressas em vários níveis: Estados-Nações,
territórios, grupos sociais, indivíduos, e até em expressões infraindividuais (ou formas de
vida). O regime de verdade mercadológica, ao estabelecer uma forma de vida “modelo”
(homem, branco, heterossexual, cristão, rico, de instrução “superior”, etc.), constrói uma
escala hierárquica que visa a legitimar, ao final, a marginalização de povos, territórios,
grupos sociais, indivíduos, formas de vida e comportamentos considerados marginais ou
“outros”, isto é, suscetìveis de justificar uma intervenção externa visando constranger essas
formas de vida para submetê-las ao modelo desejado pelos soberanos do mercado. Estas
características relacionadas a estes territórios, grupos sociais ou indivíduos são expressas em
diversas formas de capital (econômico, social, cultural, etc.), e são pensadas em termos de
“capital humano” para corresponder aos mitos fundadores da ordem liberal-capitalista:

1) o objetivo de toda existência é a distinção (que passa por uma acumulação


individual e familiar de capitais),
2) a competição é o princípio (supostamente natural) que estrutura nossos espaços
sociais e, destarte, nossas sociabilidades,
3) todos somos naturalmente livres e, portanto, integralmente responsáveis por
nosso destino e nossa distinção social (mito da meritocracia e negação da
importância dos determinismos sociais),
4) a igualdade não é um fato (sic), mas um projeto político comum de longo prazo,
apresentado como utópico, justificando desta forma a permanência das
desigualdades sociais no momento presente,
5) a solidariedade só pode ser expressa em comunidades de interesses contingentes,
6) as desigualdades sociais são um fato econômico (supostamente natural) que a
política só pode corrigir na margem (sempre haverá ricos e pobres).

Marcados por suas territorialidades, distinções e comportamentos, os indivíduos e


grupos sociais são, desta forma, submetidos a avaliações cujos critérios de escala

47
correspondem a seus lugares, às suas contribuições e a seus status em vista dos imperativos
de consolidação do mercado e acumulação de capital financeiro (este próprio apoiado na
acumulação de outras formas de capital). Ao estabelecer esses critérios, temos gradientes que
priorizam indivíduos, grupos, povos e territórios e que, por fim, se expressam em
possibilidades de vida (boa), sobrevivência ou morte, dependendo do lugar ocupado nessa
hierarquia.
A governamentalidade neoliberal, dispondo das “leis naturais” do mercado para
estabelecer sua verdade sobre indivíduos, grupos, povos e territórios, promove um governo
que se propõe organizar a vida, a sobrevivência e a morte de populações e indivíduos com
base numa avaliação do grau de contribuição para a acumulação/concentração de capital e a
maximização da produção, isto é, do grau de adesão de cada um ao modelo “normal” da vida
boa. Neste sentido, o neoliberalismo, como diz Foucault, é um utilitarismo radical
(FOUCAULT, 2008: 59). Essa obra de normalização das formas de vida afeta todas as
expressões individuais ou coletivas, incluindo a relação com a “raça”, “etnia” ou a “cor da
pele”, a idade, o modo de expressão da feminilidade, e até mesmo a vida sexual de cada
um(a).
Além disso, para que esse processo de acumulação/concentração de capitais se
desenvolva sem conflitos sociais capazes de desafiar sua lógica, faz-se necessário ordenar
estruturas discursivas e lógicas institucionais que ajudem a legitimar a validade da ordem
vigente. Para isto, é necessário que certos axiomas mitológicos sejam compreendidos e
legitimados pela grande maioria dos indivíduos:
1) uma vida boa é aquela que permite adquirir certa liberdade na ordem econômica, e
essa liberdade passa por tamanha acumulação de capital que permita alcançar uma forte
distinção social em relação a outros indivíduos e grupos sociais (vida boa, fundada no
princípio de distinção),
2) mesmo que a vida boa seja reservada para um número extremamente reduzido de
indivíduos e grupos sociais, cada um tem o potencial de alcançar uma vida boa desde que
realize os esforços e sacrifícios necessários em busca da acumulação de capitais, e aceitem
que a sua incapacidade de viver uma vida boa é resultado de sua própria responsabilidade e
sua incompetência (sobrevivência, fundada nos mitos da meritocracia e da responsabilidade
individual radical),
3) se esses esforços não forem realizados, é normal e justo que alguns indivíduos ou
grupos sejam marginalizados (sendo responsáveis, a sanção social aparece legítima) e, caso
eles chegarem a representar uma ameaça às estratégias de acumulação, é normal e justo que
esses indivíduos e grupos sejam colocados à margem da sociedade, por meio de um processo
de neutralização ou eliminação (morte, fundada no princípio de naturalidade da
marginalidade).
A partir desta hierarquização social, são formuladas e implementadas políticas
governamentais distintas para cada grupo ou classe social. Mais precisamente, aparece
normal e justo que as práticas governamentais se desenvolvem de forma diferenciada em
relação a indivíduos e grupos distintos. Apesar de serem abrigadas e estruturadas a partir de
um sistema jurídico supostamente universal, as normas e práticas governamentais vão ser
operacionalizadas de forma diferenciada em relação aos três grupos sociais: o grupo da vida
boa (também designada como “elite”), o grupo da sobrevivência (designada como “os

48
trabalhadores”), e o grupo da morte (os “marginais”). Primeiro, temos práticas
governamentais que visam potencializar a vida dos grupos dominantes (autonomização do
impacto do acumulação/concentração do capital sobre os processos de estruturação social e
diferenciação social, tais como direito de herança, desregulação da concentração de capitais,
autonomia dos bancos centrais, incapacidade dos Estados-Nação a intervir de forma
autônoma junto aos mercados, etc.). Segundo, temos práticas governamentais que buscam
organizar as condições de sobrevivência dos grupos dominados, aumentar a capacidade de
extração da mais-valia e, ao mesmo tempo, garantir o mínimo necessário para a reprodução
social da vida dos grupos sobreviventes (mito da meritocracia escolar, dominação masculina,
reformas trabalhistas, ajustamentos fiscais, garantia de serviços públicos, proteção social
mínima, etc.). Finalmente, temos práticas governamentais que sancionam gradativamente a
morte parcial ou total de indivíduos e grupos marginalizados, buscando sua neutralização ou
sua eliminação (encarceramento em massa, Extermínio, repressão criminal, processos de
desterritorialização, migrações, políticas urbanas exclusivas, privatização de espaços
públicos, etc.). Assim, como diz Judith Butler, “há “sujeitos” que não são prontamente
reconhecidos como sujeitos, e existem “vidas” que são dificilmente – ou melhor, nunca –
reconhecidas como vidas” (BUTLER, 2015: 17) 14.
O que nos interessa particularmente aqui é o papel que desempenham as políticas de
repressão criminal Ŕ associando polìticas de “segurança pública”, de justiça criminal com a
política penitenciária Ŕ na gestão das populações consideradas inúteis ao modo de produção
capitalista na sua forma financeira / neoliberal. Melhor dizendo, trata-se de determinar qual a
utilidade das políticas de repressão criminal que aliam encarceramento em massa e
Extermínio da juventude negra de periferia no Brasil e na Amazônia para a reprodução da
arkhé (neo)liberal-capitalista. Nesta nova fase de desenvolvimento da razão capitalista, a
gestão governamental dos dejetos do capitalismo financeiro é central para entender o mundo
que está sendo criado neste início do século XXI, e para entender em que medida essas
políticas constituem um dos pilares essenciais da governamentalidade neoliberal ou desta
“nova razão do mundo”.
Neste aspecto, as políticas de repressão criminal (ou de segurança) não são, no plano
da governamentalidade (neo)liberal, políticas anexas às políticas econômicas e à reprodução
do modo de produção capitalista. Pelo contrário, essas políticas tem um papel central na obra
de normalização que busca hierarquizar os povos, os grupos sociais e os indivíduos segundo
uma categorização que possa servir à reprodução quase natural deste modo de produção
fundado nos processos de acumulação/concentração de capitais. São essas políticas de
repressão que agem como grade de leitura ideológica aos processos de diferenciação próprios
ao modo capitalista de produção das vidas.
A partir da repressão criminal podemos identificar três estratégias complementares
que buscam a reprodução da obra capitalista de extrema hierarquização social. Em primeiro
lugar, pela identificação de uma marginalidade penal, busca-se criar um modelo negativo de

14
No mesmo texto, Butler acrescenta: “Afirmar que uma vida pode ser lesada, por exemplo, ou que pode ser
perdida, destruída ou sistematicamente negligenciada até a morte é sublinhar não somente a finitude de uma
vida (o fato de que a morte é certa), mas também sua precariedade (porque a vida requer que várias condições
sociais e econômicas sejam atendidas para ser mantida como uma vida). A precariedade implica viver
socialmente, isto é, o fato de que a vida de alguém está sempre, de alguma forma, nas mãos de outros”
(BUTLER, 2015: 31).
49
forma de vida que se encontra ao oposto do sonho de viver uma “vida boa” e
acumular/concentrar bastante capital para entrar no reino da distinção social, sinônimo
ideológico de felicidade e de sucesso individual e familiar na ordem capitalista. Segundo,
este anti-modelo servirá de referência negativa, através de vários processos de normalização,
para constranger (ou incitar) os trabalhadores “sobreviventes” a se afastarem de um modo
de vida considerado marginal, que leva à desvalorização (ou desvaloração) social. Assim,
serve ao mesmo tempo para, primeiro, valorizar o modo de vida dos acumuladores de capital,
associados ao princípio da vida boa, e fazer com que os “sobreviventes” desejam se
aproximar do modelo normalizador do homem branco cristão rico, e segundo, para aniquilar
qualquer possibilidade de solidariedade entre os “sobreviventes” e os indivìduos e grupos
mais marginalizados e precários contra uma minoria de detentores de capital que levam uma
“vida boa” a partir da exploração dos primeiros. Terceiro, as práticas governamentais de
repressão criminal contribuem para expulsar certas formas de vida e indivíduos do convívio
social “normalizado”, abandonando-os à marginalidade e à precariedade extrema,
condenando-os a nunca alcançar o sonho remoto de viver uma vida boa. No quadro
biopolítico ou do bio-governo, entendemos então que os “sobreviventes” aderem à ordem
capitalista-(neo)liberal: trata-se de uma estratégia adotada em resposta à urgência que
constitui seu medo da morte e/ou da indigência. Os “outros”, os “matáveis”, isto é os
indigentes ou os “programados à morte” não se veem obrigados a defender os modos de vida
promovidos pelo (neo)liberalismo, e não se encontram na urgência de defender o interesse da
classe burguesa, a qual não garante nenhuma proteção contra a sua indigência ou a sua morte.
Neste quadro, aderir a uma facção criminosa ou negar para si mesmo a possibilidade de
acumular algum “capital humano” faz parte do desespero dos “mortos-vivos”, dos zumbis
sociais que nada têm de esperar da ordem capitalista-(neo)liberal estabelecida.

Numa governamentalidade neoliberal, são as “leis naturais do mercado” que oferecem


a grade de leitura que nos permite determinar as normas sociais que constituem a busca por
uma “vida boa”. É a verdade mercadológica que parece atribuir lugares e posições sociais a
partir da lógica da acumulação/concentração de capitais. A verdade do mercado, no quadro
geral de “combate em torno da verdade”, permite legitimar e construir racional e
institucionalmente as práticas governamentais que irão repartir esses lugares e posições. À
maneira do Rancière, podemos dizer que é o capital e o seu jogo que operam a divisão
“policial” da sociedade, a repartição entre “os modos do fazer, os modos de ser e os modos do
dizer”, repartição que irá definir o que é normalidade e o que é marginalidade, e delimitar os
espaços da vida (boa), da sobrevivência e da morte. Escreve o Jacques Rancière:
Chamamos geralmente pelo nome de política o conjunto dos processos pelos quais se
operam a agregação e o consentimento das coletividades, a organização dos poderes, a
distribuição dos lugares e funções e os sistemas de legitimação dessa distribuição.
Proponho dar outro nome a essa distribuição e ao sistema dessas legitimações. Proponho
chamá-la de polícia. [...] A polícia é assim, antes de mais nada, uma ordem dos corpos
que define as divisões entre os modos do fazer, os modos de ser e os modos do dizer, que
faz que tais corpos sejam designados por seu nome para tal lugar e tal tarefa; é uma
ordem do visível e do dizível que faz com que essa atividade seja visível e outra não o
seja, que essa palavra seja entendida como discurso e outra como ruído. (RANCIÈRE,
1995: 51-52, grifo do autor).

50
Por este motivo, os dispositivos de segurança e, em primeiro lugar, o dispositivo de
repressão criminal, são dispositivos essenciais para a arte neoliberal de governar: estes
servem a realizar essas operações de triagem policial entre vidas de normalidade, úteis ao
mercado, e vidas de marginalidade que, inúteis ao mercado, devem ser neutralizadas ou
eliminadas. Os dispositivos de segurança parecem ter como objeto essencial a securização do
mercado, mas estes são antes de mais nada mobilizados e usados como dispositivos de
hierarquização social, repartindo policialmente os lugares e posições segundo as formas
consideradas como necessárias do ponto de vista da acumulação / concentração dos capitais.
Destarte, os dispositivos normativos (e, em especial, o de repressão criminal) devem
se adaptar a novos desafios e priorizam as considerações econômicas ao detrimento dos
objetivos de justiça e segurança universais. No Brasil, e particularmente na Amazônia,
inúmeros recursos públicos são aplicados à segurança dos bancos e dos principais atores
econômicos da região (fazendeiros ou grandes projetos no interior, grandes empresas na
região metropolitana) e esses investimentos se traduzem em planos de policiamento
específicos que visam à securitização do mercado e à acumulação do capital. Muitas decisões
judiciais, tanto no direito privado quanto no direito público, confirmam a tendência de um
poder judiciário mercado-centrado, propenso a adotar nas suas decisões a grade de leitura do
regime de verdade mercadológico de inspiração (neo)liberal. Não poderia deixar de ser assim
caso considerarmos, com Michaël Fœssel, que:
... O código penal, e as penas que este prevê para cada infração, é composto por um
conjunto de sinais cujo objetivo é racionalizar a ação dos indivíduos. [...] Logo, espera-se
do delinquente ou do criminoso potencial que ele saiba mensurar o risco de seu projeto,
comparando-o ao risco penal correspondente. Que ele se comporte mais em homem
econômico racional de que em homem razoável (FŒSSEL, 2010 : 50-51, tradução
nossa).

Por se dirigir ao homem econômico racional, e no objetivo de normalizar os


comportamentos dos indivíduos e grupos sociais no objetivo de adequá-los ao benefício do
mercado, a governamentalidade neoliberal e suas instituições normativas contribuem para
encenar uma sociedade do risco e da conjuração da incerteza do futuro, na qual a gestão do
risco apenas serve de cortina de fumaça para a promoção do medo, na medida em que este
medo serve para os propósitos de concentração e de acumulação de capital. Para o sociólogo
Robert Castel, é esta “cultura do risco” que fabrica o perigo (CASTEL, 2003: 60)
Hoje em dia, o conceito neoliberal de segurança parece revestir uma dimensão dupla:
à inseguridade social decorrente da ordem econômica e da concorrência como regra maior de
sociabilidade corresponde a necessidade de mobilizar os dispositivos de segurança pública,
de justiça criminal e de administração penitenciária enquanto resposta a uma inseguridade
social, a qual se traduz em insegurança individual para os cidadãos que maciçamente acabam
apoiando políticas de segurança essencialmente repressivas (modelo negativo de alcance à
vida boa). Nessas condições, os dispositivos policiais, judiciais e penitenciários
desempenham, quase que de forma exclusiva, as funções de oferecer uma resposta aos medos
sociais, a tal ponto que, na avaliação do Antoine Garapon, os juízes passam a desempenhar o
papel dos políticos enquanto mediadores dos cidadãos com seus medos (GARAPON, 2010).
Para o sociólogo Loïc Wacquant, a adoção de políticas criminais essencialmente repressivas

51
corresponde a um esforço de “legitimação da gestão policial e judiciária da pobreza que
incomoda” (WACQUANT, 2011: 38).
Os processos aqui descritos estão em conformidade com os que Foucault associou ao
conceito de biopolítica ou bio-poder Ŕ aliás, provavelmente ganharíamos em falar de bio-
governo, já que os processos recobertos por este conceito são todos da ordem da
governamentalidade. Na ótica biopolítica ou bio-governamental, os indivíduos são
controlados enquanto população (homem-espécie) em uma era na qual a segurança se impõe
como referente essencial da ação governamental, a qual tem seu regime de verdade
construído a partir de pretensas “leis naturais do mercado”. A lei do mercado tem de ser
colocada em perspectiva com o conceito de “utilidade social”, a qual seria determinada a
partir de um cálculo de valoração da vida. Esta valoração contribuiria a definir e diferenciar
quais as formas de vida merecem ou não merecem ser vividas. Nos casos extremos, este
cálculo permite apontar quais vidas precisam ser neutralizadas, apagadas ou exterminadas
(AGAMBEN, 2010).
As considerações sobre a vida digna e a vida indigna, bem como sobre a vida útil e a
vida inútil podem ser referenciadas para várias formas de vida, tanto na vida biológica (o
extermìnio de um mosquito, de um vìrus ou de qualquer “praga” ou “erva daninha” cuja
utilidade não foi demonstrada para o processo de acumulação capitalística) quanto na vida
social (o afastamento ou apagamento de indivíduos ou de qualidades intraindividuais
julgados não compatíveis com o desenvolvimento de uma vida social pretensamente
harmoniosa: castração química, encarceramento, extermínio de jovens, pressões
antitabagismo, hierarquização das sexualidades, etc.). Como pontua Christine Delphy: “a
divisão se constrói ao mesmo tempo de que a hierarquia, e não antes” (DELPHY, 2008: 7.
Tradução nossa).
Tendo como horizonte essas estratégias divisórias, o dispositivo de repressão criminal
ou “dispositivo de segurança” funciona como vetor de extrema hierarquização social e como
justificativa bélica para a neutralização (encarceramento) e a eliminação (extermínio) das
vidas que a nova razão neoliberal do mundo avalia como “vidas que não merecem ser
vividas”.
Ora, para avançar na nossa reflexão sobre o fenômeno do Extermínio da juventude de
periferia no Brasil e na Amazônia, não basta apenas descrever a arkhé, o modo de produção
ou a governamentalidade na qual se insere o fenômeno em estudo. Precisamos também
devolver este fenômeno à sua historicidade, situando o mesmo numa evolução histórica que
tanto ao local quanto ao global, moldam as expressões contemporâneas do extermínio da
juventude negra na periferia global amazônica. Por que motivos este fenômeno encontra uma
expressão específica no Brasil e na Amazônia? Por que motivos a juventude negra é o alvo
principal (quase exclusivo) deste extermínio? São duas das perguntas que tentaremos
responder a seguir.

52
4. Ordem Global Neoliberal Capitalista, Racismo e Etnização das
formas de vida

A arkhé capitalista se estrutura a partir de uma pretensa defesa e primazia reconhecida


à liberdade individual. Não obstante, o liberalismo enquadra a liberdade individual no quadro
normativo restrito estabelecido pelo contrato. A liberdade do liberalismo e do capitalismo é a
liberdade de assinar um contrato, isto é, a liberdade de abrir mão de sua liberdade para a
consecução de interesses individuais (segurança, sobrevivência, etc.). Fundamentalmente, o
liberalismo propõe que a liberdade possa ser vendida. No liberalismo, a liberdade se aparenta
a um bem econômico que se pode negociar, trocar, vender, ofertar. A filosofia contratualista
tinha já aberto esta via regia para o liberalismo e a mercantilização de seu direito (mesmo
reconhecendo-o supostamente natural). Thomas Hobbes tinha proposto ceder um pouco desta
“liberdade” em nome de uma segurança garantida por lei, por contrato, pelo soberano. Poder-
se-ia então negociar sua liberdade, até abrir mão de sua liberdade. De certa forma, a filosofia
moderna permitiu “civilizar” a liberdade, isto é, passar esta do domìnio do direito público,
inalienável e não-negociável, para um domínio das relações privadas, permitindo que uma
liberdade possa ser valorada, parte dela ofertada, negociada ou vendida. Com a modernidade,
a liberdade-emancipação antiga passa a ser a liberdade-mercadoria de nossos dias atuais
(WOOD, 2013).
O neoliberalismo, com o seu regime de verdade fixado pelas leis do mercado, apenas
aprofundou e consolidou o que o liberalismo tinha inaugurado: a liberdade humana pode ser
vendida, voluntariamente (salário), ou à força (escravidão). Daí, esta liberdade vai seguir a
grade de leitura própria ao capitalismo: será mais ou menos extensa e inalienável quanto mais
o indivíduo for detentor de capitais. Caso a posse de capitais seja irrelevante para a estratégia
global do capitalismo, o valor da liberdade e de sua vida não constituem freios à sua captura;
e a captura mais radical da liberdade consiste na legitimação da matabilidade do indivíduo.
Resta então determinar os critérios desta matabilidade. Esses critérios devem ser bastante
visíveis e pedagógicos para que possam ser reconhecidos como legítimos para a elite da vida
boa e, sobretudo, para os trabalhadores da sobrevivência.
Por este motivo, o neoliberalismo deve estabelecer uma grade de leitura moralizadora
que apresente valores de referência para a realização da triagem entre as vidas matáveis e as
vidas não matáveis. Na governamentalidade neoliberal, fundamentalmente normalizadora, a
avaliação do bem e do mal se opera em termos econômicos, mesmo que se expresse em
considerações morais. É por este motivo que hoje, nas decisões judiciais, julgamos mais o
ator e o perigo potencial que ele representa para a ordem, e menos o ato delinquente em si
(GARAPON, 2010). Nas delegacias e nos tribunais brasileiros, os critérios de definição da
marginalidade muitas vezes expressam a hipótese de uma “má ìndole” daquele que é
designado como marginal, essencializando e naturalizando é que o um constructo das
relações sociais e da ordem vigente. Por consequência, os dispositivos neoliberais de coerção
operam um exercìcio ontológico de tipo fascista para definir o “normal” e o “outro”, o
“marginal‟ e o “cidadão de bem”. Em certo aspecto, a governamentalidade neoliberal tende a
assumir as tecnologias fascistas de governo. Em um artigo publicado na revista digital
Justificando, escrito junto com Bárbara Dias, escrevíamos:

53
o ideário fascista começa por mobilizar um universo moral, e o projeto fascista luta para
que se imponha uma única visão do mundo moralizado. A moralização é a alavanca de
um projeto fascista que não admite a possibilidade de que outras formas de vida sejam
possíveis. Outras formas de família, outras formas de amor. Se a política é arena de
conflito, de divergências, de negociação, de pluralidade, o projeto fascista se apresenta
justamente como anti-político, reduzindo qualquer hierarquização a fenômenos naturais e
morais que, muitas vezes, se realizam por meio de uma fé religiosa utilitarista. A moral,
para os fascistas, é o espaço da homogeneidade, da paz e da harmonia. Como o projeto
fascista defende a unidade de visão do mundo, este estaria dividido entre bons e maus; e
os maus têm culpa. Eles são culpados de vivermos um mundo que poderia ser
“harmônico” se eles não existissem. Para o fascismo recuperarìamos essa fantasia de que
o mundo é harmônico se eliminarmos os culpados da multiplicidade do mundo. Esses
culpados precisam ser perseguidos e na medida do possível eliminados (DIAS &
DELUCHEY, 2016).

Dentro da governamentalidade (neo)liberal tanatopolítica, a legitimação da morte das


pessoas “sem valor” cujas vidas são “matáveis” pode ser aticulada ao mesmo tempo com
motivos econômicos e morais. Em ambos os casos, a questão principal permanece a mesma:
pronunciar uma sentença de morte contra os “sem valor”, os que não merecem sobreviver por
causa de sua incompetência e inutilidade econômica, e os que não merecem sobreviver
porque sua forma de vida é julgada incapaz de recuperação moral. Daí, os discursos punitivos
assumem a tarefa de confirmar essa distinção de ìndole entre os “Uns” (elite e sobreviventes)
e os “Outros” (os delinquentes e os indigentes do grupo da “morte”). De acordo com Delphy,
o grupo dos Uns repreende os Outros por
... se distinguirem, por não serem “os mesmos” [pas pareils], e os incitam, caso quiserem
conquistar seus direitos, a serem mais “os mesmos”. Ora, as diferenças pelas quais eles
estão repreendidos são integralmente construídas pelos grupos dominantes, de várias
maneiras. Elas são construídas ideologicamente, relevando uma de suas características
físicas ou de comportamento, não como um dos inúmeros traços que tornam os
indivíduos distintos uns dos outros, mas como um marcador que define a fronteira entre
o superior e o inferior. Mais precisamente, uma das inúmeras características da
humanidade é constituída em uma dimensão composta por dois pólos, um bom e um
ruim (DELPHY, 2008: 26-27. Tradução nossa).

Delphy acrescenta que quando o marcador em questão é o da raça, duas soluções


existem. Ou temos a construção de uma “hierarquia com gradientes, como no Brasil, onde a
posição social depende do grau de brancura” ou temos a negação que nega a diferença para
melhor reforçá-la: “Isto permite à França de erradicar a questão no seu fundamento: não
existem raças, por isso não existem problemas raciais” (DELPHY, 2008: 27-28). No Brasil,
essa distinção entre “Uns” e “Outros”, entre “cidadãos de bem” e “marginais”, se fundamenta
principalmente em uma forma de racismo que Foucault designou como Racismo de Estado:
A raça, o racismo, é a condição de aceitabilidade de tirar uma vida em uma sociedade de
normalização, quando vocês têm uma sociedade de normalização, quando vocês têm um
poder que é, ao menos em toda a sua superfície, e em primeira instância, em primeira
linha, um biopoder, pois bem, o racismo é indispensável como condição para poder tirar
a vida de alguém, para poder tirar a vida dos outros. A função assassina do Estado só
pode ser assegurada, desde que o Estado funcione no modo do biopoder, pelo racismo.
Vocês compreendem, em consequência, a importância Ŕ eu ia dizer a importância vital Ŕ
do racismo no exercício de um poder assim: é a condição para que se possa exercer o

54
direito de matar. Se o poder de normalização quer exercer o velho direito soberano de
matar, ele tem de passar pelo racismo (FOUCAULT, 2004 : 306).

É neste contexto, por meio do estudo dos referenciais racionais da


governamentalidade neoliberal, do racismo de Estado, e de suas expressões, que devemos
situar a análise do Extermínio da juventude negra periférica no Brasil15.
Ademais, este estudo deve levar em consideração um fato suplementar que torna a
Amazônia brasileira um campo particularmente rico para essas investigações: caso o Brasil
esteja na periferia do capitalismo, a Amazônia é uma periferia dentro do Brasil periférico. A
esses dois círculos concêntricos, podemos acrescentar que os jovens que são exterminados na
Amazônia são quase todos jovens moradores das periferias das cidades. Temos então o
desenho complexo dos círculos concêntricos de uma ordem capitalista que não apenas
estabelece marginalidades, mas também produz escalas de periferias que contribuem para
legitimar a morte, por seu alvo ser um indivíduo, um grupo social ou uma região periférica
(ou ultraperiférica). Desta forma, interrogar as diversas expressões da governamentalidade
neoliberal a partir da identificação de uma espécie de “periferização” social deverá ser uma
das questões teóricas a ser aprofundada ulteriormente por esta pesquisa. Ademais, uma
reflexão sobre os efeitos da periferização deve, para o caso do Brasil e da Amazônia, ser
complementada por uma reflexão sobre a colonialidade de indivíduos, grupos e territórios.
Devemos perguntar, assim como Aimé Césaire o fez em 1955 “o que é, em princípio, a
colonização?”, e tentar, com ele:
admitir de uma vez por todas, sem titubear por receio das consequências, que na
colonização o gesto decisivo é o do aventureiro e o do pirata, o do mercador e o do
armador, o caçador de ouro e do comerciante, o do apetite e da força, com a maléfica
sombra projetada por trás por uma forma de civilização que em um momento de sua
história se sente obrigada, endogenamente, a estender a concorrência de suas economias
antagônicas à escala mundial (CÉSAIRE, 2010 [1955]: 17).

Essa questão também concerne à importância dos Estados-Nações, territórios, grupos


sociais e indivíduos na divisão social e internacional do trabalho, no contexto de uma
“economia-mundo”. Devemos reconhecer que a mesma lei positiva, e instituições coercitivas
ou sistemas constitucionais similares, não se aplicam nem são vivenciados da mesma forma
no(s) centro(s) e nas periferias da ordem capitalista, como o demonstrou Immanuel
Wallerstein em sua obra. Para Wallerstein:
Finalmente, os Estados têm monopolizado, ou buscado monopolizar, as forças armadas.
Os contingentes policiais são equipados para manter a ordem interna, garantindo a
aceitação, pela força de trabalho, dos papéis e recompensas a ela atribuídos. [...] Os tipos
de poder exercidos por cada Estado têm sido semelhantes, mas o grau de poder dos
diferentes aparatos estatais tem variado enormemente. Os Estados situam-se numa
hierarquia de poder que não pode ser medida nem pelo tamanho e a coerência das suas
burocracias e exércitos nem por suas formulações ideológicas sobre si mesmos, mas sim
pela capacidade efetiva, ao longo do tempo, de promover a concentração do capital

15
Christine Delphy está certa ao dizer que “A sociologia científica é continuamente confrontada com esse
reducionismo psicologizante da sociologia espontânea que explica tautologicamente as violências policiais
pela brutalidade policial e as violências conjugais pelo mau caráter dos maridos. Na realidade, é claro, é a
organização social que não apenas torna os indivíduos violentos, mas também lhes permite violência, e não
traços pre-sociais dos indivíduos” (DELPHY, 2008: 15. Tradução nossa).
55
acumulado dentro de suas fronteiras, em comparação com a capacidade dos Estados
rivais” (WALLERSTEIN, 1995: 48-49).

Para Wallerstein, o critério de diferenciação dos “sistemas sociais” entre si poderia ser
o critério da autonomia interna de sua evolução (BALIBAR & WALLERSTEIN, 1990). Esse
critério poderia ser facilmente colocado em perspectiva com situações e diferentes graus de
colonialidade, que tratar-se-á logo mais de identificar, e que poderiam nos levar ulteriormente
a certas conclusões de pesquisa sobre a estruturação e as relações entre um centro, uma
periferia e uma ultraperiferia. Wallerstein já evidenciou que a ordem mundial capitalista se
fundamenta na “etnização” da força de trabalho e constrói, por meio do racismo, uma
hierarquia de formas de vida que limita ou potencializa o grau de protagonismo político e de
garantia dos direitos dos distintos indivíduos e grupos. Para Wallerstein, essa etnização da
vida, bem como o racismo que lhe serve de grade de leitura e de legitimação, permitem
classificar os indivìduos de acordo com “sua religião, sua língua, seus “valores”, seu
conjunto particular de padrões de comportamento cotidiano” (WALLERSTEIN, 1995 :66).
A “etnização” da força de trabalho teve três consequências importantes para o
funcionamento da economia-mundo. Em primeiro lugar, possibilitou a reprodução da
força de trabalho [no sentido de ] prover quantidades suficientes de trabalhadores em
cada categoria, com expectativas de renda mantidas em níveis apropriados, tanto em
termos dos montantes totais quanto das formas que assumiria a renda domiciliar. Além
disso, precisamente por ser “etnicizada”, a localização da força de trabalho ficou flexìvel.
[...] Em segundo lugar, a “etnização” propiciou um mecanismo intrìnseco de treinamento
da força de trabalho, garantindo que grande parte da socialização nas tarefas
ocupacionais fosse desempenhada no interior de unidades domiciliares etnicamente
definidas, e não à custa de Estados ou de empregadores de assalariados. Em terceiro
lugar, e provavelmente o mais importante, a “etnização” trouxe embutida uma
hierarquização de papéis econômicos, propiciando um código fácil de distribuição global
de renda Ŕ revestido com a legitimação da “tradição”. Essa terceira consequência,
elaborada de maneira mais detalhada, formou um dos alicerces do capitalismo histórico,
o racismo institucional. [...] O racismo é a justificativa ideológica da hierarquização da
força de trabalho e da distribuição, altamente desigual, da recompensa. [...] O racismo
não é somente auto-restritivo. É opressivo. Serve para manter na linha os grupos de
baixo escalão e utilizar os de escalão médio como soldados não remunerados do aparato
policial mundial. Assim, não só os custos financeiros das estruturas policiais foram
significativamente reduzidos, mas a capacidade dos grupos anti-sistêmicos de mobilizar
amplas populações foi obstaculizada, pois o racismo joga vítima contra vítima
(WALLERSTEIN, 1995: 67-69).

Temos aqui uma hipótese de explicação da adesão das classes populares às políticas
de segurança mais repressivas, bem como um início de explicação do deslizamento operado
em direção a discursos punitivos, cada vez mais fascizantes, expressos hoje em dia em
relação ao papel das instituições de segurança no Brasil e, finalmente no mundo inteiro.
Deste ponto de vista, tanto o racismo quanto o colonialismo devem ser acrescidos às nossas
reflexões sobre a periferia, a marginalidade e as relações destas com o poder assassino e o
direito assassino expressos no Brasil e na Amazônia. Mas essas reflexões devem também nos
ajudar a entender as formas de sociabilidade que se desenvolvem no Norte Global. Afinal a
colonialidade não uma é via de sentido único, mas bem uma via dupla, que avilta tanto o
colonizador quanto o colonizado, como bem lembro Aimé Césaire no seu Discurso sobre o
colonialismo.
56
Com o auxilio dessas reflexões teóricas, a análise empírica dos fenômenos e discursos
relacionados ao Extermínio da juventude periférica na Amazônia brasileira, esperamos,
poderá enriquecer nossa observação das expressões da arte (neo)liberal de governar, as quais,
na ultraperiferia, talvez cheguem a revestir as formas de uma arte neofascista de governar.

5. Cor da pele, Vida e Precariedade no Pará e na Amazônia

A cor da pele, elemento determinante no fenômeno do Extermínio da Juventude


periférica, deve ser relacionada com a história da escravidão e do colonialismo na Amazônia
e no Brasil. Nosso objetivo, aqui, não é de fazer um estudo da formação sócio-histórica da
população amazônica, mas bem de lembrar ou pontuar alguns elementos desta formação sem
os quais o leitor poderia deixar de entender algumas conclusões sobre o fenômeno em estudo.
Como lembramos na introdução deste trabalho, as imagens que povoam o imaginário
europeu em relação à Amazônia raramente veicula imagens sobre os jovens negros das
periferias urbanas ou rurais.
O historiador Vicente Salles tentou retratar a presença do Negro na Amazônia, e em
particular no estado do Pará no livro O negro no Pará: sob o regime da escravidão16. Nos
seis capítulos que compõem o livro, Salles discute desde a política escravagista dos séculos
XVII e XVIII no Pará até a composição étnica da região, passando também pelos temas do
trabalho e lazer do escravo e da luta contra a escravidão, mas é na parte II, intitulada “Etnia”,
que o autor discute mais profundamente sobre a importância do elemento negro na formação
étnica e cultural da população amazônica. Para realizar sua análise, Salles interroga
inicialmente uma ideia amplamente difundida na época que afirmava que era inexpressiva a
presença negra na Amazônia. A literatura etnográfica do século XIX e XX apontava apenas
para uma origem indígena da região e pouco falava ou mesmo desconsiderava uma possível
contribuição do negro no conjunto da sociedade paraense. Diante disso, pergunta o autor, “É
legítima a inclusão do negro entre os componentes étnicos da população paraense?”
(SALLES, 1988: 68).
Para Salles, a afirmativa desse questionamento se torna inquestionável a partir da
segunda metade do século XVIII, quando há um grande afluxo de negros para o estado do
Pará. Os dados apresentados, elaborados a partir de documentos do “Regimento dos Senhores
generais do estado do Grão Pará” (Ibid.: 69-71), apontam que em 1787, a freguesia da Sé,
parte mais populosa e antiga da cidade de Belém, possuía mais de 50% da sua população de
moradores escravos. Ademais, em 1793, de um total de 8.573 habitantes da cidade, 3.051
eram escravos (pretos), além de 1.099 índios, pretos e libertos, contra um contingente de
4.423 brancos.
Embora tais dados apontem para uma forte presença negra na região, Salles afirma
que a população negra ficou sub-notificada, pois havia por parte dos senhores o propósito de

16
Parte deste texto sobre o livro de Vicente Salles foi escrita em conjunto com Amanda Laysi Pimentel dos
Santos.
57
ocultar pelo menos a metade dos escravos que possuíam. Essa prática tinha como fim sonegar
os impostos devidos pela utilização do escravo, o que acabava dando a impressão de que
havia menos escravos do que realmente existiam na cidade de Belém. Segundo Salles, em
1793, teria havido quase o dobro de escravos do que o declarado. Mesmo com essa sub-
notificação, até 1822, o negro urbanizado constituía a maior parte da população de Belém.
Após esse período, percebe-se uma queda do número de escravos, que pode ser explicada
pelas intensas fugas que estavam sendo empreendidas para mocambos e quilombos em razão
do sucesso da revolta popular de Cabanagem, em 1835. Em 1848, apesar da queda, a
população escrava ainda constituía um terço da população de Belém (Ibid.: 72).
A partir de 1849, as estatísticas da população escrava da então Província do Grão Pará
passam a ser organizadas por comarca judicial. Para as seis comarcas existentes (Belém,
Cametá, Santarém, Macapá, Bragança e Rio Negro), foram registrados um total de 34.216
escravos, contra um total de 151.846 de população livre, mesmo que essa contagem não
levava em consideração o registro de outras freguesias e nem das populações indígenas em
aldeamentos e missões (Ibid.: 73). Em um relatório de 1854, registrou-se ainda 158.471
indivíduos livres e 31.930 escravos. Vê-se, desse modo, que entre 1822 e os últimos anos
antes da abolição da escravidão no Brasil (1888), o número de escravos parece cair no Pará,
ainda que não se deva tomar esses elementos como definitivos ou como representativos do
quadro fiel do estado da escravatura no Pará.
Após o período do escravismo, Salles analisa a composição étnica do Pará a partir dos
recenseamentos realizados pelo IBGE e toma como referência os dados do recenseamento
nacional de 1950, dando especial atenção a sua nova classificação “Pardos/Mestiços”. Esses
dados apontavam para um total 28,3% de população branca contra 5,42% pretos e 65,3%
pardos/mestiços no estado, categoria que parece ter sido criada, e usada até hoje, com o
intuito de invisibiliza a população negra do Brasil nos censos populacionais. Por este motivo,
os movimentos sociais de defesa dos direitos dos Negros no Brasil e na Amazônia
consideram como População Negra a soma entre os que se declaram “negros” e os que se
declaram “pardos”.
Para o autor, embora os dados demonstrem a distribuição étnica da população, oNo
seu livro, Vicente Salles comenta que o uso da categoria pardo, que agora engloba os
mestiços, é demasiado generalizante, uma vez que ela abrange não somente o cruzamento
branco-ameríndio, mas igualmente negro-ameríndio e demais mestiçamentos oriundos da
miscigenação (Ibid.: 78). Para Salles, portanto, o Negro no Pará cresceu não apenas como
grupo particular e isolado, mas diluiu-se em toda a população paraense.
Salles nos informa ainda que na Amazônia, o Negro não se conservou puro, não
sofreu pressões tão segregadoras que impedissem não se misturar na massa da população.
Através da calha da mestiçagem a interação social se consumou rapidamente. Resultou do
contato de diferentes grupos tribais, transportados de diversas regiões da África e que, na
Amazônia, encontraram-se solidários através da condição de escravo. Os Negros também
encontraram indígenas reduzidos à mesma condição de escravo ou de servo da gleba, numa
convivência mais ou menos promíscua com soldados e colonos das classes populares de
origem europea. Esses três elementos básicos Ŕ o europeu, o africano e o índio Ŕ construíram,
para Salles, o edifício social da Amazônia (Ibid.: 80).
58
Considerando a existência de peculiaridades étnicas da região, Salles afirma que é
necessário realizar uma verificação mais profunda do fenômeno racial no Pará, já que
quantitativamente, o cruzamento do negro com o branco não foi suficiente para constituir a
base da mestiçagem. Do ponto de vista qualitativo, Salles argumenta que o negro e o
indígena foram os responsáveis por todo o trabalho manual que deu sustentação a economia
paraense. Por um lado, a mão de obra escrava foi a responsável pela economia agrária e pela
incipiente indústria regional, por outro, o indígena foi o esteio da economia extrativista (Ibid.:
80). Quanto ao elemento europeu, este também não esteve fora do processo de mestiçagem.
Independente ou não de medidas oficiais estimuladoras da mestiçagem ou de preconceitos
institucionalizados, os homens europeus e imigrantes que viviam na Amazônia, em razão da
precária organização social da região, mantiveram intenso contato interétnico. Salles observa
que era até mesmo difícil encontrar tipos europeus puros entre as camadas mais abastadas em
Belém, sendo comum identificar até os dias de hoje entre as famílias tradicionais, marcos de
mestiçagem e combinações interétnicas (Ibid.: 81).
Apesar disso, o fenômeno do branqueamento, assim como nas outras regiões do país,
fez-se bastante presente e deu-se, na visão de Salles, principalmente através do processo de
mestiçagem. O branqueamento, enquanto política governamental (biopolítica), foi estimulado
por uma série de correntes imigratórias em direção ao extremo norte do País, que fez com
que crescesse o percentual de elemento branco na população geral (Ibid.: 82). Não por acaso,
a cidade de Belém conta até os dias de hoje com uma grande colônia de portugueses, que
sempre exerceu um forte predomínio em atividades econômicas, como o comércio (Ibid.: 83).
Dessa forma, a composição étnica da região amazônica, mas especialmente do Pará,
longe de prescindir do elemento africano, contou intensamente com a sua contribuição. Salles
apresenta, inclusive, muitos episódios dessa contribuição: na revolta da Cabanagem (1835),
nos processos contra-aculturativos, como nas formações de “mocambos” constituídos de
escravos foragidos, e espalhados por toda a região, na literatura regional, nas tradições
religiosas e culturais presentes nas regiões Nordeste Paraense e Marajó (principalmente as
festas a São Benedito, o “santo preto”, o banguê - um dos ritmos originários do carimbó, o
samba, o lundu), entre muitos outros exemplos (Ibid.: 86-87).
Com base nessas informações, Salles aponta para uma forma de classificação étnica,
que, longe dos estereótipos racistas, e atenta à miscigenação ocorrida na Amazônia, leva em
consideração tanto os tipos étnicos fundamentais (o negro, o branco e o indígena), como
outros tipos fenotípicos resultantes dos cruzamentos primários e secundários dos tipos
originários (Ibid.: 94). O autor apresenta, portanto, o seguinte quadro, elaborado por Manuel
Diegs Junior, que a seu ver, pode ser aplicado inteiramente a Amazônia:
1. BRANCO BRANCO X BRANCO
2. MULATO BRANCO X NEGRO
3. MAMELUCO BRANCO X ÍNDIO
4. CRIOULO NEGRO X NEGRO
5. CAFUZO (CURIBOCA) NEGRO X ÍNDIO
6. CABRA NEGRO X MULATO

59
7. CABLOCO ÍNDIO X ÍNDIO
8. PARDO Descendente dos cruzamentos secundários
entre essas categorias, onde vigora mais nítida a pigmentação morena ou
tendendo à escura.

De acordo com Salles: “Este quadro, como base geral para o estudo da população da
Amazônia, sob o ponto de vista étnico, representa o estado atual da mestiçagem e dos
agrupamentos dos indivíduos” na Amazônia, e no estado do Pará (Ibid.: 94).

Nos dados oficiais do Brasil, produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatísticas - IBGE, a categoria “cor ou raça” é pouco utilizada, provavelmente para manter
intacto o mito da “democracia racial” no Brasil, invisibilizando a importância da cor da pele
na hierarquização social dos Brasileiros. Não por acaso, a última pesquisa do IBGE,
disponível no final do ano 2019, é de 2015. Desde então, a raça/cor da pele está sendo
invisibilizada nas estatísticas brasileiras. Aliás, o último censo geral da população aconteceu
em 2010 e, até o momento da escrita deste relatório, o governo federal não tem iniciado a
pesquisa do censo previsto para 2020. Desde o golpe do Estado de 2016 por Michel Temer, e
a consequente eleição de Jair Bolsonaro na Presidência da República Federativa do Brasil em
2019, os governos federais parece têm perdido interesse na produção de dados científicos
sobre a população brasileira. Em 2015, das 58 tabelas disponíveis sobre a população
brasileira na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Ŕ PNAD do IBGE, apenas uma
expõe o dado “raça/cor da pele” (IBGE/PNAD 2015. Tabela 1.2 - População residente, por
cor ou raça, segundo a situação do domicílio e o sexo - Brasil – 2015), o que demonstra o
pouco interesse dos governos brasileiros em tornar visíveis as diferenças sociais entre pessoas
de cores de pele distintas. Esta tabela é apresentada aqui, a seguir (Tabela 02).
Nos percentuais que calculamos a partir desta tabela (Tabela 03), podemos observar
que 45,2% da população brasileira se define (por auto-declaração) como branca, 8,9% como
de cor preta, 45,1% como pardos, e apenas 0,5% como amarelos e 0,4% como indígenas.
Ora, se somarmos as pessoas de cor “preta” e de cor “parda” para compor a categoria dos
“negros” (black people), conseguimos observar que 54% da população se considera negra.
Ainda assim, a proporção da população negra no Brasil é sub-notificada: fundamentado na
auto-declaração e levando em conta o aspecto desvalorativo de se definir como “Preto” ou
“Pardo”, parte da população negra do Brasil não se declara sob nenhuma dessas categorias.
Infelizmente, no que se refere à população brasileira, esta tabela é a única fonte de
informação que dispomos em referência à “cor ou raça” nos últimos dados publicados pelo
IBGE.
Esta tabela também nos informa os fatos seguintes: as mulheres se declaram mais
brancas que os homens (46,4% contra 44,0%) e menos se declaram pretas (8,6% contra
9,1%) ou pardas (44,1% contra 46,1%). Também, nas zonas urbanas, parece haver mais
brancos (47,2% contra 34,4%) e mais pessoas de cor preta (9,2% contra 7,2%) ou amarela
(0,5% contra 0,2%). Por outro lado, parece haver bem mais pardos (57,1% contra 42,9%) e
indígenas nas zonas rurais (1,1 contra 0,3% nas zonas urbanas). Eis, a seguir, o último
registro da repartição dos Brasileiros e Brasileiras segundo o critério de “cor ou raça”,
60
realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE em 2015,
apresentados em percentuais e em números absolutos (Tabelas 02 e 03).

Tabela 2: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio


e o sexo - Brasil – 2015
População residente (1 000 pessoas)
Situação do domicílio
Cor ou raça
e
Sem
sexo Branca Preta Parda Amarela Indígena
declaração
Total 45,2% 8,9% 45,1% 0,5% 0,4% 0,0%
Homens 44,0% 9,1% 46,1% 0,5% 0,4% 0,0%
Mulheres 46,4% 8,6% 44,1% 0,5% 0,4% 0,0%
Urbana 47,2% 9,2% 42,9% 0,5% 0,3% 0,0%
Rural 34,4% 7,2% 57,1% 0,2% 1,1% 0,0%

Fonte: Elaborado pelo autor, a partir dos dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho
e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015.

Tabela 3: População residente, por cor ou raça, segundo a situação do domicílio


e o sexo - Brasil – 2015
Situação do População residente (1 000 pessoas)
domicílio Cor ou raça
e Total Sem
sexo Branca Preta Parda Amarela Indígena
declaração
Total 204 860 92 636 18 153 92 310 968 789 4
Homens 99 408 43 709 9 063 45 786 459 388 2
Mulheres 105 452 48 927 9 090 46 524 509 401 2
Urbana 173 566 81 879 15 895 74 435 911 441 4
Homens 83 057 38 191 7 851 36 374 428 211 2
Mulheres 90 510 43 689 8 043 38 062 483 231 2
Rural 31 294 10 756 2 259 17 875 57 347 -
Homens 16 351 5 518 1 212 9 413 31 177 -
Mulheres 14 943 5 238 1 047 8 462 26 170 -

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios 2015 (Tabela 1.2).

61
Quanto à repartição por sexo, entre homens e mulheres, a PNAD 2015 indica 51,5%
dos Brasileiros são mulheres e 48,5% são homens (Figura 16, a seguir).

Figura 16: Distribuição mulheres / homens - População Brasil 2015

48,5%

Homens
51,5% Mulheres

Fonte: Elaborado pelo autor, com dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e
Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015

Em relação aos grupos de idade, podemos ver, a seguir, a repartição da população


brasileira em grupos de idade. O público que observamos nesta pesquisa, de 0 a 29 anos,
representava 44,6% da população brasileira em 2015, com um total de 91,4 milhões de
pessoas, como pode ser observado nas Figuras 17 e 18, a seguir.

Figura 17: Crianças, Adolescentes e Jovens no Brasil - 2015


(Percentual, %)

44,6%
55,4%
0 a 29 anos
30 anos ou mais

Fonte: Elaborado pelo autor, com dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação
de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015

62
Figura 18: População residente, segundo os grupos de idade - Brasil – 2015
(1000 pessoas)
40000

35000 33343
30866 32039
30000 27203 28144
23891
25000

20000
16367
15000 13 007

10000

5000

0
0a9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 anos
anos anos anos anos anos anos anos ou mais
Fonte: Elaborado pelo autor, com dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho
e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015

Dentro destes grupos de idades, podemos ver as diferenças entre pessoas de sexo
masculino e pessoas de sexo feminino, conforme indicado na Figura 19. De 0 a 24 anos, o
número de pessoas de sexo masculino é superior ao das pessoas de sexo feminino. Já, de 25 a
29 anos, as tendências se invertem, e temos mais mulheres de que homens a partir deste
grupo de idade. Talvez devamos ver neste fato a contribuição do fenômeno de Extermínio da
Juventude masculina de periferia na estrutura democrágica do Brasil.

Figura 19: Brasil - População de 0 a 29 anos, por sexo e grupos de idade.


2015 (1000 pessoas)
9 500
9 000
8 500
8 000
7 500
7 000
6 500
6 000
5 500
5 000
0a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29
anos anos anos anos anos anos
Homens (Freq.) 6 630 7 289 8 103 8 911 7 955 7 526
Mulheres (Freq.) 6 312 6 973 7 761 8 568 7 636 7 749

Fonte: Elaborado pelo autor, com dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho
e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015.

63
Também, para que possamos entender as tabelas, devemos descrever qual é a
estrutura do mercado de trabalho no Brasil. Neste aspecto, a PNAD 2015 do IBGE registra
uma que 64,8% dos Brasileiros e Brasileiras compõem a População Economicamente Ativa
(PEA) do País, enquanto 35,2% compõem a População Não Economicamente Ativa do Brasil
(estudantes, trabalhadores e trabalhadoras domésticas não remuneradas, aposentados, pessoas
com deficiência, etc.).

Figura 20: População Economicamente ativa ou não. Brasil - 2015


(Percentual, %)

Economicamente
ativas

35,2%
Não
economicamente
ativas

64,8%

Fonte: Elaborado pelo autor, com dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho
e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015

No que se refere à instrução e à inserção da população brasileira no mercado de


trabalho, os dados da PNAD/IBGE 2015 também nos dão algumas indicações preciosas sobre
a população brasileira (Figura 20). Em primeiro lugar, se 76,2% dos homens de 15 anos ou
mais fazem parte da População Economicamente Ativa, este percentual é de apenas 54,4%
para as mulheres; o que significa que 23,8% dos homens e 45,6% das mulheres não são
economicamente ativos no Brasil. Em termos de instrução diferenciada (Figura 21), a
diferença entre sexos se faz a partir do grau de instrução de 08 a 10 anos. Se as mulheres são
mais numerosas de que os homens a não ter nenhuma ou menos de um ano de instrução em
relação aos homens (51,1% contra 48,9%), essa tendência se inverte a partir de 10 anos de
instrução, até chegar a uma grande diferença de sexo entre as pessoas que têm 15 anos ou
mais de instrução (58,4% para as mulheres, e 41,6% apenas para os homens). Isto significa
que, na adolescência, as pessoas de sexo masculino são mais numerosas de que as pessoas de
sexo feminino a sair das estruturas educativas para integrar o mercado.

64
Figura 21: Percentual dos homens e das mulheres de 15 anos ou mais, segundo nivel de
instrução. BRASIL. 2015 (PNAD 2015, IBGE)
70,0%

60,0%
58,4%
51,1% 50,0%
50,0%
48,9%
40,0% 41,6%

30,0% Homens (%)


Mulheres (%)
20,0%

10,0%

0,0%
Sem 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 11 a 14 15 anos
instrução e anos anos ou mais
menos de 1
ano

Caso observarmos a Figura 22, a seguir, podemos observar o percentual de População


Economicamente Ativa por grupos de idade a partir dos 15 anos. Podemos notar em primeiro
lugar que a População Economicamente Ativa se encontra essencialmente nos grupos de
idade situado no intervalo de 18-19 anos até 50-59 anos, com um percentual maior para as
pessoas entre 20 e 49 anos. Segundo a Tabela 04, dá para perceber que, em comparação com
o Brasil (64,8%), o percentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade que são
“Economicamente Ativas” é menor na Região Norte (63,7%) e no Pará (63,4%). Da mesma
forma, em comparação com a média brasileira (24,4%), há mais pessoas que estão sem
rendimento na Região Norte (27,5%) e no estado do Pará (27,1%). Para complementar,
saibamos que, no Brasil, o rendimento médio mensal das pessoas com ou sem rendimento
(R$ 1.337) é muito maior de que o rendimento médio mensal na Região Norte (R$ 964) ou
no estado do Pará (R$ 858). Também, o rendimento médio mensal das 35,6% das pessoas
não economicamente ativas no Brasil (R$ 687) é muito maior que o rendimento des pessoas
na Região Norte (R$ 414) ou no estado do Pará (R$ 397), o que demonstra uma fragilidade
maior das populações da Amazônia em relação ao poder de compra.

65
Figura 22: Percentual da População Economicamente e da População
Não Economicamente Ativa, segundo grupos de idade. Pessoas com 15
anos ou mais. Brasil. 2015. (PNAD/IBGE)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40% Não economicamente
30% ativas
20%
10% Economicamente ativas
0%
20 25 30 40 50 60
15 a 18 a 24 a 29 a 39 a 49 a 59 anos
17 ou anos anos anos anos anos ou
anos 19 mais
anos

Tabela 4: Pessoas de 15 anos ou mais de idade e valor do rendimento médio mensal das pessoas de 15
anos ou mais de idade, segundo a situação do domicílio, o sexo e a condição de atividade na semana de
referência - Brasil – 2015
Valor do rendimento
médio mensal
Pessoas de 15 anos ou mais de idade
Situação do domicílio, das pessoas de 15
(1 000 pessoas)
sexo e condição de anos ou mais de
atividade na semana de idade (R$) (1)
referência Com
Sem Com
Total % rendimento % Total
rendimento rendimento
(2)
BRASIL Total 161 792 122 384 75,6% 24,4% 1 337 1 746
BRASIL Economicamente ativas 104 835 64,8% 92 265 88,0% 12,0% 1 694 1 894
BRASIL Não economicamente ativas 56 958 35,2% 30 119 52,9% 47,1% 687 1 293
NORTE Total 12 846 9 315 72,5% 27,5% 964 1 321
NORTE Economicamente ativas 8 189 63,7% 7 141 87,2% 12,8% 1 279 1 455
NORTE Não economicamente ativas 4 657 36,3% 2 175 46,7% 53,3% 414 885
PARÁ Total 6 054 4 415 72,9% 27,1% 858 1 170
PARÁ Economicamente ativas 3 839 63,4% 3 343 87,1% 12,9% 1 126 1 282
PARÁ Não economicamente ativas 2 216 36,6% 1 072 48,4% 51,6% 397 819
Fonte: Elaborado pelo autor, a partir dos dados do IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e
Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015 (Tabela 4.4). (1) Exclusive as informações das
pessoas sem declaração do valor de rendimento. (2) Exclusive as pessoas sem declaração do valor do rendimento.

Nos pareceu importante trazer esses dados sobre a estrutura social no Brasil, na
Amazônia e no estado do Pará. Com efeito, as questões da morte, do volume de homicídios e
de sua relativa naturalização em cada sociedade dependem, antes de qualquer coisa, da
questão da marginalidade e de seu tratamento pelas instituições de Estado. Ora, em guisa de
conclusão a este primeiro capítulo, devemos reconhecer que a questão da marginalidade

66
(social ou criminal), nos leva em primeiro lugar a questionar o que significa a margem, este
espaço simbólico que fundamenta o limite entre o aceitável e o inaceitável, a licença e a
proibição, o limite do “nós” em relação a “os outros”. É primordialmente uma questão
jurídica que vai definir e legitimar um status e um estigma (uma marca social ou penal) que
logo mais vai permitir a aplicação de uma sanção e tornar esse objeto/sujeito o alvo de
dispositivos específicos de coerção.
A margem é sempre definida em negatividade em relação a um centro: é a marca que
afirma as condições e modalidades de existência de um interior e um exterior. Por este
motivo, o estudo dos processos de marginalização acabam desvendando qual a racionalidade
que fundamenta a diferenciação das existências em determinado espaço social. Destarte, o
espaço social será estruturado simbolicamente em vários círculos concêntricos situados entre
um centro, uma periferia, e até uma ultraperiferia, os quais fundam juridicamente a
variabilidade das diferentes escalas e intensidades do direito de punir os comportamentos
(entre indivíduos, grupos, regiões, Estados-Nações e até conjuntos culturais ou religiosos).
Para os geógrafos FAGNONI, MILHAUD e REGHEZZA-ZITT (2017, 365.
Tradução nossa) :
Dentro, entre, ao lado, fora ... as margens são “pontes” entre as categorias de espaços,
lugares, interfaces, interstícios, a partir de onde se desenvolve um jogo complexo de
interações e inter-relações hierarquizadas, mas são também fraturas, rupturas que devem
ser analisadas e que tornam a noção de margem borrada, confusa e frequentemente
paradoxal. Descrita desta forma, a margem não pode ser pensada por si mesma. Deve-se,
portanto, perguntar o que faz a marginalidade de uma margem. A marginalidade pode
estar relacionada com certas características geométricas (fins do mundo, bordas, etc.) dos
referidos territórios, mas também, e hoje em dia, sobretudo, como um conjunto
complexo de fatores sociais, econômicos, ambientais ou políticos que interagem e fazem
sistema. [...] De maneira geral, a margem também é pensada em relação a uma norma, o
que desloca a análise em direção à subjetividade do juízo de valor, mas também em
direção ao político. Pois, quem diz a margem? [...] A marginalidade de um espaço deve
também ser pensada em diferentes escalas e com referência a um sistema territorial
determinado. Existem vários gradientes de marginalidade, os quais variam de acordo
com a escala e com o sistema adotados e, assim como existem ultraperiferias, existem
margens nas margens.

Partindo da definição do limite (por vaga e dinâmica que esta seja) e de uma
exterioridade jurídica e/ou moral (fora-da-lei ou desviante comportamental), opera-se um
processo de legitimação da implementação de atos de morte com toda legalidade e/ou
legitimidade. Em uma governamentalidade de tipo neoliberal, tal valuation (como a define o
vocabulário anglo-saxônico inspirado das seguradoras) ou tal avaliação é realizada com base
em um cálculo feito a partir do capital acumulado pelos indivíduos para se tornarem sujeitos
econômicos úteis para a consolidação dos processos de acumulação/concentração de capitais.
O sujeito neoliberal é o homo oeconomicus descrito por Michel Foucault, ou o homem
empreendedor descrito por Dardot e Laval:
Se muitas vezes pensamos como caraterística típica de uma política neoliberal a
construção de uma situação econômica que a aproximaria do cânone da competição pura
e perfeita, esquecemos que existe outra orientação, talvez mais velada ou menos
imediatamente percebida, que visa introduzir, restaurar ou apoiar dimensões de
rivalidade na ação, e, mais fundamentalmente, moldar os sujeitos para torná-los

67
empreendedores que saibam aproveitar das oportunidades de ganhos, prontos a se
engajarem no processo permanente da concorrência (DARDOT/LAVAL, 2010 : 222.
Tradução nossa).

A avaliação dos indivíduos por meio de critérios mercadológicos, por sua participação
considerada mais ou menos útil na consolidação do mercado, opera então um deslize do
universo jurídico-normativo (o qual estabelece uma grade de leitura referente aos atos dos
indivíduos) em direção a um universo moral que foca sua atenção na normalização dos
comportamentos. Michel Foucault designa essa mudança pelos conceitos de normação e
normalização. O filósofo francês identifica uma passagem gradativa de uma sociedade
disciplinar normada no modelo liberal para uma sociedade de controle no modelo neoliberal,
cujo objetivo é a normalização de comportamentos em benefício da consolidação do
mercado:
Temos portanto um sistema que é, creio, exatamente o inverso do que podíamos observar
a propósito das disciplinas. Nas disciplinas, partia-se de uma norma e era em relação ao
adestramento efetuado pela norma que era possível distinguir depois o normal do
anormal. Aqui, ao contrário, vamos ter uma identificação do normal e do anormal, vamos
ter uma identificação das diferentes curvas de normalidade, e a operação de
normalização vai consistir em fazer essas diferentes distribuições de normalidade
funcionarem umas em relação às outras e [em] fazer de sorte que as mais desfavoráveis
sejam trazidas às que são mais favoráveis. São essas distribuições que vão servir de
norma. A norma está em jogo no interior das normalidades diferenciais. O normal é que
é primeiro, e a norma se deduz dele, ou é a partir desse estudo das normalidades que a
norma se fixa e desempenha seu papel operatório. Logo, eu diria que não se trata mais de
uma normação, mas sim, no sentido estrito, de uma normalização (FOUCAULT, 2009 :
82-83).

Um dos desafios de pensar o Extermínio da juventude periférica na Amazônia é de


observar os critérios que definem o “normal” do qual a norma é deduzida, e descobrir por
meio desta análise quais círculos concêntricos e quais margens estabelecem a marginalidade
(social e penal) de um indivíduo ou de um grupo social. Nós sabemos, desde a Genealogia da
moral de Nietzsche que a definição do mau é o privilégio do dominante, e sabemos o quanto
essa definição da fronteira entre o bom e o mau provem de uma imposição dos valores do
dominante ao dominado. Aliás, é interessante notar que essa palavra valor é comum aos
universos econômico e moral: sua relação parece ser ainda mais forte em uma
governamentalidade (neo)liberal que prontamente avalia o comportamento econômico em
termos morais, e que aplica um julgamento moral a comportamentos com base em uma grade
de leitura econômica (o inútil ou o vagabundo contra o “cidadão de bem” ou o “trabalhador
honesto”).
Essa avaliação ou valoração moral/econômica é realizada a partir do cálculo referente
à posse e à acumulação de capitais. Se não é a posse de capital econômico que nos permite
situar-nos por aquém do limite da marginalidade, devemos então recorrer à posse de outras
formas de capital (social, cultural, simbólico), e especialmente à posse de um “capital
humano”, que transforma os homens em máquinas como no conto de José Saramago.
Esta noção de “capital humano” permitiu que os pensadores (neo)liberais pudessem
melhor levar em conta as noções de trabalho e de trabalhador na doutrina econômica liberal;
fazer, como diz Foucault, “que o trabalhador seja na análise econômica não um objeto, o

68
objeto de uma oferta e de uma procura na forma de força de trabalho, mas um sujeito
econômico ativo” (FOUCAULT 2008: 308). É por meio do “capital humano” que o sujeito se
torna homem empreendedor: esta teoria do capital humano vai permitir operacionalizar esta
escala valorativa, que logo permitirá estabelecer o limite que funda a marginalidade e que,
por consequência, irá criar e legitimar as condições de aplicação de um dispositivo coercitivo
contra um grupo social ou um indivìduo definido como “ruim” a priori. Para Michaël Fœssel,
A sociedade neoliberal organiza a exclusão dos que não sabem enxergar e permanecem
“cegos” às oportunidades do mercado. Esses se tornam culpados por defeito de
vigilância. São agentes irracionais em um mundo saturado de racionalidades técnicas e
de informações úteis. [...] A sua culpa reside em um déficit de adaptação (FŒSSEL,
2010 : 46, tradução nossa).

Isto considerado, é possível que, na arte neoliberal de governar, as principais funções


dos dispositivos normativos e coercitivos sejam: 1) designar o útil e o permitido na avaliação
do mercado para os atores sociais (os jogadores), 2) ensinar e promover os caminhos de uma
possível reabilitação, ressocialização ou recuperação daqueles que deixaram de agir
conforme as regras promovidas pelo mercado (os desviantes, trapaceadores ou sem talento), e
3) operar ou consolidar a exclusão definitiva dos impedidos (os fora-de-jogo), isto é,
daqueles que já estão distanciados na competição econômica, sem esperança de retorno, em
que o mercado não investirá mais (os mais pobres, os indígenas, os loucos, os narco-
dependentes, o delinquente reincidente fora das redes criminosas, etc.). No livro La Société
Punitive, Michel Foucault vai até mais longe :
... a partir do momento em que a sociedade se define como o sistema das relações dos
indivíduos que possibilitam a produção, permitindo maximizá-la, dispomos de um
critério que permite designar o inimigo da sociedade: toda pessoa que encontra-se hostil
ou contrária à regra de maximização da produção (FOUCAULT, 2013: 53)

O “mercado”, regime de verdade da governamentalidade neoliberal, tem a


responsabilidade e o privilégio de delimitar as fronteiras do anormal, da “erva daninha”, para
seu próprio interesse. Por isto, hoje em dia, a segurança constitui um pilar da
governamentalidade neoliberal: se lhe atribui a dupla função de conservar a possibilidade das
trocas acontecerem com a maior segurança possível e de definir o perigo a ser eliminado
pelos dispositivos estatais de repressão criminal e de gestão dos riscos. As questões da
segurança e do risco, na ratio neoliberal, realizam ao mesmo tempo uma estruturação do
nódulo essencial da economia de mercado (regulação das transações econômicas de mercado)
e, um tratamento peculiar das margens do mercado (regulação estatal e moral dos
comportamentos sociais e marginalização dos comportamentos desviantes). De novo, o
mercado está constituído em regime de verdade; a moral e a ética têm de se adequar ao que é
definido como verdadeiro ou falso, o que significa diferenciar e valorar o que é bom e o que é
ruim na perspectiva da liberdade de empreender e da acumulação de riquezas.
O problema biopolítico (ou bio-governamental) fundamental é de fazer funcionar essa
grade normativa, normalizadora, que possa permitir a distinção entre as vidas que servem de
modelo (elite, vida boa), as vidas que são úteis ao mercado (trabalhadores, sobrevivência) e
as vidas que, por serem consideradas inúteis ou danosas aos processos de
acumulação/concentração de capitais, devem ser neutralizadas ou eliminadas: as vidas
mátaveis (marginais, morte).
69
CAPÍTULO II. O Extermínio da juventude negra de
periferia: uma abordagem quantitativa

... enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de
extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo17.
... as long as the state does not have the courage to adopt the death penalty, the crime
of extermination, in my point of view, will be very much welcome18.
Jair Bolsonaro (12 de agosto de 2003)
Jair Bolsonaro (August 12th, 2003)

Para analisar quantitativamente o fenômeno do Extermínio da juventude de periferia


no Estado do Pará entre 2010 e 2018, tivemos acesso a duas fontes: 1) as estatísticas oficiais
de homicídios fornecidas pelo Governo do Estado do Pará, e 2) os dados coletados pela nossa
pesquisa a partir da análise do jornal local de imprensa escrita, o Diário do Pará.
No que tange aos dados oficiais, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da
Defesa Social do Estado do Pará nos comunicou os dados referentes aos casos de homicídios
registrados em todo o Estado entre 2010 e 2018. O total de homicídios registrados na
SEGUP-Pa alcança 30.469 casos (Base A1; uma média de 3.385 casos por ano em todo o
período). Para servir de referência, podemos lembrar que a França, com uma população quase
10 vezes maior de que o Pará, apenas alcança 825 casos de homicídios por ano (2017). Desta
base de 30.469 vítimas de homicídio, separamos os casos cujas vítimas tinham entre 0 e 29
anos, e alcançamos um total de 13.454 casos de crianças, adolescentes e jovens até 29 anos
que foram vítimas de um homicídio no estado do Pará entre 2010 e 2018 (Base A2; uma
média de 1.495 casos por ano em todo o período). Da base da SEGUP-Pa, criamos duas bases
de dados distintas. A primeira contem todos os casos de homicídios divulgados no jornal
Diário do Pará entre 2010 e 2018, referentes a vítimas entre 0 e 29 anos (Base B1), e que
consta com 4.989 entradas válidas. Na segunda, acrescentamos aos 4.989 casos as mortes de
maiores de 29 anos que faleceram nos mesmos episódios (Base B2), o que eleva o número de
casos a 6.201 entradas válidas.

17
https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/bolsonaro-apoiou-grupo-de-exterminio-que-cobrava-r-50-para-
matar-jovens-da-periferia/
18
https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/bolsonaro-apoiou-grupo-de-exterminio-que-cobrava-r-50-para-
matar-jovens-da-periferia/ (our translation).
70
Para ficar mais claro, assim estão organizadas as quatro bases de dados que iremos
trabalhar neste capítulo:
- Base A1: Total de homicídios registrados pela SEGUP-Pa entre 2010 e 2018;
- Base A2: Total de homicídios de pessoas entre 0 e 29 anos registrados pela
SEGUP-Pa entre 2010 e 2018;
- Base B1: Total de homicídios de pessoas entre 0 e 29 anos registrados pela
nossa pesquisa a partir da leitura do jornal Diário do Pará entre 2010 e 2018;
- Base B2: Total de homicídios de pessoas entre 0 e 29 anos, e de adultos de 30
anos ou mais que morreram nos mesmos episódios, registrados pela nossa
pesquisa a partir da leitura do jornal Diário do Pará entre 2010 e 2018;

As informações registradas aqui basear-se-ão nessas quatro bases de dados, mas


apoiar-se-ão prioritariamente na análise das bases A2 e B1, ambas se referindo à
população e ao período escolhido pela pesquisa: os assassinatos de crianças, adolescentes e
jovens entre 0 e 29 anos, no estado do Pará, no período 2010-2018. A partir das bases de
dados A1 e A2, de fonte oficial, pudemos reconstituir a evolução do número de homicídios
no período 2010-2018, bem como observar o quanto representa o Extermínio da Juventude
no quadro total de homicídios no estado do Pará. Com as bases de dados B1 e B2, pudemos
obter maiores informações sobre os homicídios de crianças, adolescentes e jovens de 0 a 29
anos no estado do Pará entre 2010 e 2018. Vale notar que a base de dados B1 estabelecida
pela nossa pesquisa, com 4.989 casos registrados, corresponde a 37% do número total de
homicídios registrados pela SEGUP-Pa (13.454 casos, Base A2), o que desmonstra a grande
representatividade da coleta de dados realizada pelos nossos pesquisadores na análise do
jornal Diário do Pará.

1. Os principais dados disponíveis na polícia e na


imprensa
Primeiro vamos observar a série histórica referentes ao número de homicídios
registrados pela SEGUP-Pa, tanto nos que se refere ao número total de homicídios no período
(Base A1), quanto aos casos de homicídios envolvendo pessoas de 0 a 29 anos (Base A2).
Esses dados estão expostos na Tabela 05 e nas Figura 23 (a seguir).
Na Tabela 05, podemos ver uma incongruência no registro dos dados sobre os
homicídios de pessoas de 0-29 anos pela SEGUP-Pa no ano 2012. Enquanto o ano 2011
contabiliza 1.122 casos de homicídios e o ano 2013 contabiliza 1.333 casos, a contagem do
ano 2012 destoa com apenas um total de 680 casos de homicídios de pessoas de 0 a 29 anos
(base A2). Poderia, evidentemente, significar uma boa notícia, restrita ao ano 2012, mas
podemos observar que no mesmo ano, o total de homicídios registrados no total não sofreu
nenhum recuo em relação ao ano precedente. Esse “gap” apenas significar um erro no
registro da idade das vítimas nesse ano de 2012. Esta informação nos é confirmada por nossa
própria coleta de dados no jornal Diário do Pará: a nossa base B1, que registra no jornal a
publicação dos homicídios das pessoas entre 0 e 29 anos, não registra nenhuma baixa dos

71
homicídios nesta faixa etária para o ano 2012 (ver Figura 23). Por este motivo, decidimos
deixar para fora da análise o registro do ano 2012 dos homicídios das pessoas entre 0 e 29
anos, realizado pela SEGUP-Pa.

Tabela 5: Número de homicídios: Comparação e ratio entre o total de


homicídios e os homicídios das pessoas entre 0 e 29 anos. (Base A1 e Base A2.
SEGUP-Pa. 2010-2018)
Base A2 Percentual %
Base A1 (Total)
(0-29 anos) 0-29 anos / Total
2010 3386 1248 36,9%
2011 2917 1122 38,5%
2012 3051 680 22,3%
2013 3185 1333 41,9%
2014 3257 1663 51,1%
2015 3364 1714 51,0%
2016 3649 1851 50,7%
2017 3877 2036 52,5%
2018 3783 1807 47,8%
TOTAL 30469 13454 44,2%
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Figura 23: Número dos homicídios (0-29anos) divulgados por ano no jornal
Diário do Pará. 2010-2018 (Base B1)

857
900
793
800
700
593
600 532 514
502
474
500
377
400 347

300
200
100
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA nas publicações no
Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Também, em referência à Figura 24 (a seguir), não podemos analisar os dados


apresentados como uma série histórica de elaboração científica, porque a divulgação dos
homicídios no Diário do Pará pode tanto variar tanto por motivos da evolução dos
homicídios, como também pode corresponder apenas a escolhas editoriais do próprio jornal, e
72
dos eventos a serem informados e comentados a cada ano. Isto sendo considerado, a evolução
do número exposto na Figura 23, apenas está aqui apresentado para testemunhar do número
de casos que nossa equipe de pesquisa analisou, ano por ano, na leitura analítica do jornal
Diário do Pará. Não existe, neste caso, nenhuma relação dos dados apresentados na Figura 23
com a evolução concreta do número de homicídios no período.
A evolução, aumento ou decréscimo dos homicídios no estado do Pará deve ser
analisado a partir dos dados fornecidos pela SEGUP-Pa, e apresentados aqui na Tabela 05. A
confiabilidade destas informações deve, no entanto, ser testada. O ideal seria comparar esses
dados com os dados registrados pelo Minstério da Saúde, no seu Sistema de Informações
sobre Mortalidade Ŕ SIM, mas este banco de dados apenas dá ao grande público um acesso
aos dados até 2017, e dentro da categoria “Óbitos por causas externas” estão registrados
também os acidentes letais, o que não corresponde aos critérios estabelecidos por nossa
metodologia de pesquisa. O ideal seria, como conseguem realizar O Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada Ŕ IPEA no seu Atlas da violência, somar as categorias que de fato
correspondem a atos homicidas (correspondendo às categorias X85-Y09 e Y35-Y36 da
Codificação Internacional das Doenças Ŕ CID10). Outra maneira é de comparar as estatísticas
policiais fornecidos por todos os estados e compilados pelo Forum Brasileiro de Segurança
Pública no seu Anuário Brasileiro de Segurança Pública: é justamente a solução que foi
encontrado pelo IPEA, que chegou a comparar as duas fontes de informações no Atlas da
violência 2019 (páginas 21 e 22). Segundo os pesquisadores coordenados por Daniel
Cerqueira:
Segurança Pública e Saúde contam com metodologias distintas para contabilização das mortes
pois seus sistemas de informação servem a propósitos distintos. [...] Isso significa que os
dados de ambas as fontes nunca serão iguais, mas precisam ser congruentes [...] e as
tendências devem ser as mesmas [...]. O gráfico 2.3 [apresentado a seguir] apresenta a
comparação entre os dados do Atlas da Violência, oriundos do sistema de saúde (SIM/MS), e
os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, editado pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, com base nos registros policiais das Unidades Federativas. Verifica-se que
ambas as fontes apresentam a mesma tendência e números bastante similares entre 2013 e
2017, mas se entre 2014 e 2016 a diferença entre os dois sistemas não ultrapassa 1,4%, em
2017 a diferença atinge 2,7%. [...] Os estados que apresentaram as maiores diferenças entre os
sistemas de informação da saúde e da segurança foram Amazonas, cujos registros policiais
indicaram 403 vítimas a menos em 2017 do que os dados do Datasus, e Bahia, cujos dados da
Secretaria de Segurança Pública apresentaram 572 vítimas a menos que os registros de saúde.
(IPEA, Atlas da Violência 2019: 21-22)

73
Figura 24: Gráfico 2.3 do Atlas da Violência 2019 elaborado pelo IPEA (página
22).

Podemos então, graças à análise do IPEA, pensar que (a não ser o registro 2012 da
base A2) o registro dos dados pela SEGUP-Pa possa diferenciar apenas do registro do
Ministério de Saúde numa ordem situada entre 1,4% e 2,7%. Esta diferença, por mais
esdrúxula que ela apareça, e na reserva que seja realizada uma ulterior auditoria independente
dos dados produzidos pela SEGUP-Pa, podemos analisar os dados sobre homicídios
produzidos pelas fontes policiais locais com uma relativa tranquilidade e com o mínimo de
cientificidade requerida nesses casos.
Em relação ao registro da idade da vítima, existem também alguns problemas de
registro nos dados fornecidos pela SEGUP-Pa. Caso observamos o gráfico a seguir (Figura
25), podemos ver que, de 2010 até 2013, não tinha uma preocupação importante em registrar
a idade ou a faixa etária da vìtima, e o percentual de casos cuja idade ou faixa etária foi “Não
Informada” continua alto neste perìodo, entre 30,9% e 38,6%. A partir de 2014 até 2017,
aparece haver tido uma maior preocupação neste aspecto, tanto que o percentual dos casos
cuja faixa etária não foi informada passou de 23,5% a um percentual de 3,9%. Infelizmente,
em 2018, a carência de informações volta a um nível bastante alto: em 2018, a polícia não
teve capacidade de registrar a faixa etária de 12,5% das vítimas de homicídios no estado do
Pará.

74
Figura 25: Percentual (%) de ausência de informação no campo "Faixa
Etária", comparado com o total. Base A1. SEGUP-Pa. 2010-2018

38,6%
40,0%
35,4%
33,8%
35,0% 30,9%
30,0%
23,5%
25,0%

20,0% 16,5%
15,0% 12,5%
8,4%
10,0%
3,9%
5,0%

0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Agora, as falhas tendo sido apontadas, o que nos ensinam os dados registrados e
comunicados pela SEGUP-Pa? Caso observarmos com atenção a Figura 26 (a seguir), que
indica a evolução comparada do total dos homicídios registrados com os homicídios
registrados para as pessoas de 0 a 29 anos, podemos observar uma evolução bastante similar:
um lento aumento do volume dos homicídios no estado do Pará desde 2011 até 2017, e duas
aparentes quedas no nosso período, a primeira de 2010 para 2011 e a segunda de 2017 para
2018.
Figura 26: Número de homicídios: Comparação entre o total de homicídios e os
homicídios das pessoas entre 0 e 29 anos. (Bases A1 e A2. SEGUP-Pa. 2010-
2018)

4500
3877
4000 3649
3364 3783
3500 3386 3185 3257
3051
3000
Base A1 Total
2500 2917
2036 Base A2 0-29 anos
1714 1851
2000 1663
1333 1807
1500 1248
1000
1122
500

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa. O ano 2012 não foi informado em relação
às pessoas de 0 a 29 anos, porque o registro dos dados, como informamos acima, não parece ter
fiabilidade científica.

75
Como informamos acima, a média anual do volume de homicídios no Pará no período
2010-2018 é de 3.385 casos por ano (Base A1), enquanto a média do volume de homicídios
para a população de 0 a 29 anos no mesmo período é de 1.495 casos por ano (Base A2). Em
termos percentuais, conforme podemos ver na Figura 27, o percentual de homicídios das
pessoas de 0 a 29 anos passou a representar, entre 2014 e 2017, a metade de todos os
homicídios registrados no Pará. Este percentual já limita, por si, para a adoção da palavra
“Extermìnio” para o volume dos homicìdios sofridos pelas crianças, adolescentes e jovens do
estado do Pará.

Figura 27: Homicídios de pessoas de 0 a 29 anos: Percentual (%) em relação ao


total de homicídios. (Bases A1 e A2. SEGUP-Pa. 2010-2018)
60,0%
51,1% 52,5%
50,0%
36,9% 47,8%
40,0%

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Para analisar as estatísticas do Extermínio du juventude de periferia, escolhemos


dividir os dados em 03 parte: 1) Quem morre?; 2) Quem mata?; 3) Quando, onde e como?.
Mas antes de passar para esta análise, temos de analisar os limites dos dados que foram
coletados por nossos pesquisadores nas suas leituras analíticas do jornal Diário do Pará. Por
isto, vamos, a seguir testemunhar da forma como os dados foram anunciados pelo jornal e
descrever o quanto a leitura qualitativa do fenômeno do Extermínio da juventude encontra
alguns limites quando esta toma como referência a análise de artigos de um jornal de grande
distribuição em Belém, a capital do estado do Pará.

2. Os silêncios das informações da imprensa local

Temos de reconhecer de antemão a dificuldade de realizar uma pesquisa desta


envergadura a partir dos dados jornalísticos. A primeira dificuldade é ligada ao fato de
realizar uma pesquisa que gostaria de abranger toda a região amazônica sem ter condições
materiais de realizar esta tarefa. Por exemplo, não tivemos, nesses dois anos, o tempo hábil
para reunir as informações dos 09 estados que compõem a Amazônia, e que correspondem

76
aos 08 estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins), e à parte ocidental do estado do Maranhão (Região Nordeste).
Segundo, mesmo tomando o estado do Pará como exemplar representativo da Região, este
mesmo estado reúne uma pequena população de 8,5 milhões de habitantes (10% da
população francesa e 12% da população alemã, por exemplo), em um território vasto de
1.247.954 km² (uma área equivalente a 2,3 vezes a França ou 3,5 a Alemanha). Por isto, os
jornais de imprensa escrita de Belém retratam geralmente apenas de uma região próxima à
capital, e não conseguem registrar as ocorrências em cidades mais afastadas do Oeste
paraense (região de Santarém) ou do Sudeste paraense (região de Marabá.
O Pará é dividido administrativamente em 06 mesorregiões (ver Figura 28): a Região
Metropolitana de Belém, o Nordeste Paraense, o Marajó, o Baixo Amazonas, o Sudoeste
Paraense e o Sudeste Paraense. O jornal Diário do Pará, avaliamos, tem vocação a cobrir as
informações e ocorrências de homicídios apenas na Região Metropolitana de Belém e no
Nordeste Paraense, porque nas outras mesorregiões, existem outros veículos de imprensa
escrita de maior circulação. No entanto, vamos verificar que o jornal também divulga
bastantes ocorrências de homicídios acontecendo na região do Sudeste Paraense.

Figura 28: Mapa das Mesorregiões do estado do Pará.

Caso observarmos a Tabela 06 e a Figura 29 (a seguir), que retrata a distribuição dos


casos de homicídios que nossos pesquisadores analisaram no Diário do Pará (base B1),
podemos nos dar conta de que, pode exemplo, 81,6% das vítimas dos homicídios (de 0 a 29
anos) divulgados por este jornal tinham seu domicílio na Região Metropolitana de Belém
(3951 casos). O jornal Diário do Pará também veicula casos de homicídio da região Nordeste
Paraense (7,3%, com 354 casos) e da região Sudeste paraense (7,6%, com 367 casos). Nas
outras regiões, a cobertura midiática dos homicídios ocorridos parece bem menor: Sudoeste
Paraense (1,4%, 70 casos), Marajó (1,4%, 66 casos) e Baixo Amazonas (0,7%, 33 casos).

77
Tabela 6: Mesorregião - Município de execução da vítima
(Frequência e Percentual, Base B1). Vítimas de 0 a 29 anos.
Pará. 2010-2018.
Frequência Porcentagem (%)
Baixo Amazonas 33 0,7
Marajó 66 1,4
R. Metropolitana de Belem 3951 81,6
Nordeste Paraense 354 7,3
Sudeste Paraense 367 7,6
Sudoeste Paraense 70 1,4
Total respostas válidas 4841 100
Sem Informação 148
Total 4989
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-
UFPA nas publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Figura 29: Mesorregião - Município de execução da vítima (Percentual,


Base B1). Vítimas de 0 a 29 anos. Pará. 2010-2018.

100 81,6
80
60
40
20 7,3 7,6
0,7 1,4 1,4
0

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA nas
publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Evidentemente, esses dados devem ser ponderados a partir do número de ocorrências


que foram registradas pelas polícias do Pará no mesmo período nas mesorregiões. Como
indica a Figura 30, existe certo descompasso entre as informações de homicídio registrados
pela SEGUP-Pa, e as ocorrências divulgadas no jornal Diário do Pará. Quando o jornal de
Belém concentra 81,6% dos casos de homicídios divulgados na Região Metropolitana de
Belém, a SEGUP-Pa apenas registra que 50,7% dos casos de homicídio ocorrem de fato nesta
mesorregião. A segunda mesorregião do Pará que concentra maior percentual de homicídios
no período (20,3%) é o Sudeste Paraense (cuja capital regional é Marabá). A terceira
mesorregião do Pará que concentra mais homicídios no período (17,2%) é o Nordeste
Paraense (cuja capital regional é Capanema). Já, as outras três mesorregiões reúnem muito
menos homicídios de que as três citados acima: o Sudoeste Paraense (capital: Itaituba) reúne

78
6,2% do total dos casos, o Baixo Amazonas (capital: Santarém) reúne 3,4% dos casos, e
Marajó (capital: Breves) reúne 2,2% do total.

Figura 30: Mesorregiões (%). Base B2. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará.

60 50,7
50
40
30 17,2 20,3
20 3,4 6,2
10
2,2
0

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Fora essas disparidades regionais no tratamento jornalístico das informações sobre


homicídios, analisamos também (Tabela 07 e Figura 31) de que forma o jornal paraense
anunciava cada caso de homicídio: na Capa do jornal, apenas no caderno especializado sobre
assuntos de segurança pública (Caderno Policial) ou em outro espaço no jornal? O resultado é
que 22,7% dos casos de homicídios são anunciados na capa do jornal, enquanto 77,1% são
anunciados no caderno especializado e 0,2% em outros espaços dentro do jornal. Este dado
deveria chamar a nossa atenção porque este é o retrato da naturalidade dos homicídios e do
Extermínio da Juventude na sociedade paraense e amazônica: 77,3% dos casos de
homicídios não são considerados bastantes relevantes para serem anunciadas na capa
do jornal.

Tabela 7: Tipo de anúncio desta morte (1a


vez) no jornal DP (CApa, Caderno Polícia,
Outros). Pará. 0-29 anos. 2010-2018.
Frequência Percentual
Capa 1134 22,7
Caderno Policial 3847 77,1
Outro 8 0,2
Total 4989 100
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos
pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das publicações
no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

79
Figura 31: Tipo de anúncio desta morte (1a vez) no jornal
DP (CApa, Caderno Polícia, Outros). Pará. 0-29 anos. 2010-
2018.
0,2
22,7
77,1
CA
CP
OU

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-


UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Agora podemos nos perguntar se existem critérios (sexo, cor da pele, classe social,
etc.) que influenciam os editorialistas do jornal Diário do Pará para anunciar a morte na Capa
da edição do dia, e critérios que fazem com que uma morte pode ser considerada menos
importante, a ponto de ser anunciada apenas no caderno especializado sobre assuntos
policiais. Descobrimos que há uma pequena diferença relativa ao sexo da vítima: se apenas
22,1% das mortes de homens merecem ser anunciadas na capa do jornal, 29,4% dos
homicídios tendo mulheres como vítimas são anunciadas na Capa do jornal (base B1). No
caso das mulheres trans e homens trans vítimas de homicídios, que totalizam apenas nove
casos do universo de 4.989 das vítimas de 0 a 29 anos, o percentual de anúncio das mortes de
pessoas trans equivale ao percentual observado para os homens (22,2%).
Perguntamos também se o tratamento desta informação dependeria do grupo
geracional da vítima: criança (0-11 anos), adolescente (12-17 anos) ou jovem (18-29 anos).
As diferenças, neste caso, são bem significativas: se apenas 22,0% dos assassinatos de
jovens e um quarto (24,9%) dos assassinatos de adolescentes são divulgadas na capa do
jornal, quase a metade (48,5%) das mortes de crianças é matéria de capa do jornal Diário do
Pará.

Quanto à cor da pele, nos jornais, esta é integralmente invizibilizada (Figura 32).
Dos 4.989 assassinatos de pessoas de 0 a 29 anos anunciadas pelo jornal Diário do Pará entre
2010 e 2018, em apenas 0,9% a cor da pele é designada por preta (43 casos sobre 4.989) e em
0,1% dos casos, a cor da pele da vìtima foi descrita como “branca” (05 casos sobre 4.989).
Voltaremos a comentar e analisar este fenômeno mais adiante.

80
Figura 32: Raça / Cor da pele da vítima, notificação no jornal (Base B1). Pará.
2010-2018.
0,9 0,1

NEGRO(A)
BRANCO(A)

99 NÃO NOTIFICADA

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

No objetivo de aprofundar a pesquisa a partir de uma análise do critério de classe


social, uma categorização foi realizada pelo Prof. Dr. Gustavo Macêdo Ribeiro
(IFCS/UFPA), nos seguintes termos: 19 “Devido às peculiaridades do banco de dados,
usamos, para a formulação da tipologia de classes, a variável “Ocupação Presumida da
Vítima”, coletada pelos pesquisadores do CESIP-MARGEAR nos artigos do Diário do Pará
entre 2010 e 2018. Após a identificação e tabulação dos dados nessa variável, foi criada
uma tipologia baseada na classificação de tais ocupações em cinco diferentes agrupamentos
de classe, descritos a seguir:

1. Privilegiados. Santos (2009; 2010), em seus textos sobre a estrutura de classes


brasileira, lembra a necessidade de distinguir entre uma pequena burguesia
propriamente dita (i.e. de proprietários de pequenos ativos econômicos) e o que Wright
(2000) classifica como “posições contraditórias de classe média” (gerentes e
administradores; “profissionais liberais”). Para fins do presente trabalho, porém,
ambas foram agrupadas em somente uma categoria de posições de classe privilegiadas
(ou, simplesmente, privilegiados). Nela, estão presentes ocupações que,
presumivelmente, necessitam de formação acadêmica superior (no caso dos
profissionais, tais como “advogados”, “oficial de justiça”, “publicitário” etc.) ou que
demonstram posições em postos gerenciais (“gerente”, “diretor”) ou filiação à pequena
burguesia (“empresário”, “fazendeiro” etc.). Em tal categoria foram incluídos também
oficiais das forças de segurança.
2. Trabalhadores. Aqui estão classificadas ocupações que trabalhos baseados nas
abordagens neomarxistas de análise de classe chamam de “classe trabalhadora
ampliada” (Santos, 2010). I.e. aqueles que vendem mão de obra no mercado formal de
trabalho capitalista. Embora não se tenha maiores elementos para identificar se

19
Para sua categorização das classes sociais, o Prof. Dr Gustavo usou as seguintes referências bibliográficas:
SANTOS, José A. F. Posições de classe destituídas no Brasil. In: SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e
como vive. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009. p. 463-478. SANTOS, José A. F. Comprehending the
class structure specificity in Brazil. South African Review of Sociology, Pretoria, v. 41, n. 3, p. 463-479, 2010.
WRIGHT, Erik. O. Class Counts: comparative studies in class analysis; student edition. Cambridge: Cambridge
University Press, 2000. Disponível em: <http://www.ssc.wisc.edu/~wright/>. Acesso em: 10 jul. 2013.
81
realmente tais vítimas da violência estavam formalmente empregadas no momento de
seu homicídio, aqui foram incluídas ocupações possivelmente mais identificadas com tal
universo (“garçom”, “estivador”, “taxista” etc.). Aqui também foram incluídos
suboficiais e “praças” das forças de segurança.
3. Autônomos e Destituídos. Igualmente seguindo as pistas de Santos, foi incluída na
tipologia uma categoria que dá conta das experiências de destituição social no seio da
classe trabalhadora (tais como “servente de pedreiro”, “ajudante de mecânico”,
“entregador” etc.), bem como da precarização do auto emprego no Brasil (“catador de
lixo”, “vendedor ambulante”, “feirante” etc). Tais casos são qualitativamente
diferentes tanto de trabalhadores incluídos no mercado de trabalho quanto de
autônomos com ativos superiores de qualificação.
4. Engajados em atividades criminosas. Face ao tipo de banco de dados, foi preciso
elabora uma categoria que, embora estritamente não desse conta de uma posição numa
relação de classe, classificasse o presumido engajamento da vítima em atividades
criminosas (“traficante”, “pistoleiro”, “assaltante”).
5. Não PEA. Na tipologia, foram incluídos casos de vítimas com ocupações não inclusas na
População Economicamente Ativa (tais como “estudantes” ou “donas de casa”)”.

Caso analisarmos este critério de classe social estabelecido pelo Prof. Dr. Gustavo
Macêdo Ribeiro, o anúncio do assassinato no Diário do Pará difera bastante dependendo da
classe social de origem da vítima. Como podemos ver na Tabela 08, o grupo cuja morte
merece menos ser anunciada na capa do jornal é a dos “Engajados em atividades criminosas”:
enquanto a média é de 27,7% em todo o universo da base B1 (0-29 anos), as vítimas cujo
sustento dependia de atividades criminosas apenas integram a capa do jornal em 24,7% dos
casos.
O fato surpreendente é que esta categoria não difere muito, no tratamento editorial do
jornal, de que a categoria dos “Autônomos e Destituìdos”, cuja renda é geralmente mìnima e
irregular (26,8%), e também não destoa em relação à categoria dos “Trabalhadores” com
empregos e rendas mais estáveis (29,3%).

Tabela 8: Tipo de anúncio desta morte (1a vez) no jornal DP (CApa, Cad.
Polícia, Outros) e classe social de origem da vítima (%).
Classe social de origem da vítima
Autônomos Engajados em População Não
Privilegiados Trabalhadores e Atividades Economicamente TOTAL
Destituídos Criminosas Ativa
CA 19,2% 29,3% 26,8% 24,7% 39,5% 27,7%
CP 80,8% 69,9% 73,2% 74,9% 60,5% 71,9%
OU 0,7% 0,4% 0,3%
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das publicações no
Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Nas classes sociais criadas nesta pesquisa, dois grupos se destacam em relação aos
três primeiros grupos apresentados. A categoria da “População Não Economicamente Ativa”
que reúne, entre outros, os aposentados, os e as estudantes, e as trabalhadoras e os

82
trabalhadores dométiscos não remunerados têm suas mortes mais expostas em capa de jornal,
com um percentual de 39,5%. Finalmente, a classe social cujas mortes são menos expostas
em capa de jornal é a categoria “Privilegiados”, com apenas 19,2%. Essa menor exposição
das vìtimas de homicìdios da categoria “Privilegiados” na capa do jornal pode talvez ser
relacionada com o fato de que o status social deste grupo repousa em grande parte na
reputação de seus membros. De fato, essa exposição pode ser pensada em referência a um
pretenso cálculo de um “capital humano”. Michel Foucault nos ensinou, na sua aula de 14 de
março de 1979, que para acessar a uma renda que lhe dê o status social de “Privilégiado”, é
necessário, antes de tudo, acumular certa medida de capital (econômico, cultural, social, e/ou
simbólico), a que ele denomina como capital humano (FOUCAULT, 2008: 297-327). Em
artigo recente, apresentamos o que está em jogo com o capital humano, e qual a sua relação
com o Extermínio da Juventude:
A vida humana, dessa forma, adquire um valor positivo ou negativo, de acordo com a
acumulação de capital humano que cada um consegue alcançar durante o curso de suas
vidas, sendo esta a pedra angular do mito do mérito, tão presente nas sociedades
contemporâneas. Este mito do merecimento tem um horizonte social preciso: qualquer
indivíduo que destoe da imagem do homem branco e rico, que representa o modelo de
vida empresarial, passa a ser socialmente desclassificado, estigmatizado, e
marginalizado, como o negro, a mulher, o gay, o pobre. (SANTOS & DELUCHEY,
2019: 294).

Nessas condições, a medida que à pessoa é reconhecido um acúmulo de capital


humano, a vida desta pessoa (especialmente a sua morte) deve estar preservada de uma
exposição negativa no espaço público. Expor um detentor de capital humano na capa do
jornal pode assim ser considerado como um atentado à empresa familiar capitalística do
defunto. Desta forma, em relação às mortes violentas assombrando este grupo, os jornalistas
talvez considerem que eles tenham de haver mais comedição no tratamento dos dramas
familiares representados por essas mortes, por atingir uma categoria composta de notáveis
locais.
Do outro lado da corrente de (des)qualificação social, parece lógico que a categoria
social que esteja mais exposta à exposição de sua morte em capa de jornal seja o grupo mais
vulnerável, o da “População Não Economicamente Ativa”, majoritariamente composto de
estudantes, mulheres e idosos, e cujos membros acumularam menos capital humano e
revelam-se menos úteis de que os outros grupos à acumulação e a concentração de capital.
Em relação às mortes violentas deste grupo, podia-se esperar que houvesse mais comedição
na comunicação em capa de jornal de mortes atingem principalmente estudantes, mulheres e
idosos. Este critério não parece ser levado em consideração pelos jornalistas do Diário do
Pará. De maneira geral, os jornalistas parecem considerar que a comedição demonstrada em
relação à divulgação na capa do jornal das mortes do grupo mais privilegiado não deva se
aplicar aos grupos sociais mais vulneráveis, cujo drama familiar pode ser mais facilmente
exposto em capa de jornal.
Quanto às mortes de policiais, a pesquisa no Diário do Pará pôde registrar 25 casos no
total. Este grupo é um grupo particular, e não pode ser analisado com os mesmos critérios de
que os outros grupos sociais acima descritos, considerando que se trata de casos de
homicídios referentes a agentes públicos. Desses 25 casos cujas vítimas foram policiais, 40%
desses assassinatos foram anunciadas na capa do jornal, o que faz deste grupo social o grupo
83
cujas mortes são mais merecedoras de integrar a capa do jornal, o que demonstra que as
mortes de policiais são as mortes que recebem mais visibilidade no Diário do Pará. Por
outro lado, quando os policiais são os que provocaram a morte da vítima, a exposição
dessas mortes é bem menor: dos 23 homicídios cometidos por policiais, apenas 28,2%
merecem destaque na capa do jornal Diário do Pará. Existe, portanto, no Diário do Pará, uma
grande diferença entre a visibilidade das mortes violentas de policiais e a relativa
invisibilidade das mortes provocadas por policiais.
Finalmente, quisemos descobrir se o número de vítimas em um mesmo episódio
qualificava a notícia para uma exposição na capa do jornal. Esta hipótese, de fato, se
confirma com os dados coletados. Quando apenas uma pessoa é assassinada, 26,4% dos casos
são anunciados na capa do jornal. Quando o assassinato é múltiplo, com 2 a 3 pessoas, 36,8%
dos casos são divulgados na capa do jornal. Quando se trata de um assassinato de 4 a 10
pessoas, 64,5% são divulgados na capa, e quando este número alcança mais de 10 pessoas
mortos no mesmo episódio, são 100% dos casos que são divulgados na capa do jornal. Quão
maior seja o número de vítimas no mesmo caso de homicídio, mais o caso tem chances
de ser anunciado na capa do jornal.

3. Quem morre?

Para responder à pergunta “Quem morre da violência homicida?”, devemos primeiro


repetir o número que anunciamos mais cedo: 44,2% das pessoas vítimas de homicídios no
estado do Pará entre 2010 e 2018 eram crianças, adolescentes e jovens de 0 a 29 anos! E o
quadro de mortalidade deste grupo de idade não vai melhorando: enquanto este grupo de
idade apenas representava 36,9% dos casos de homicídios no Pará em 2010, este passa a
representar 47,8% dos casos em 2018, passando por um pique em 2017, quando as pessoas de
0-29 anos chegaram a representar 52,5% do total das vítimas de homicídio no estado do Pará!
Tanto os dados da SEGUP-Pa quanto nossa coleta de dados no jornal Diário do Pará
nos permitem saber quais são as principais vítimas entre as 13.454 vítimas registradas pela
polícia e as 4.989 vítimas registradas por nossa pesquisa. Aqui, apenas iremos tratar da Base
A2 da SEGUP-Pa e da Base B1 de nossa pesquisa, reduzindo o espectro da análise às vítimas
entre 0 e 29 anos. Dentro deste espectro, a SEGUP-Pa nos informa que 85,9% das vítimas
de homicídio no Pará, pertencendo ao grupo de idade entre 0 e 29 anos, são jovens
(entre 18 e 29 anos). Completando este quadro, 13% das vítimas deste grupo de idade são
adolescentes (12-17 anos) e 1,1 das vítimas são crianças (0-11 anos; Ver Figura 33).
Conforme podemos ver na Figura 34, a coleta de dados por nossos pesquisadores estabeleceu
um universo bastante parecido com os dados da SEGUP-Pa: na nossa base B1 sobre vítimas
de homicídios entre 0 e 29 anos entre 2010 e 2018, 82% são jovens de 18 a 29 anos (4.091
casos), 16,8% são adolescentes de 12 a 17 anos (836 casos), e 1,2% concernam casos de
homicídios de crianças (62 casos). Podemos perceber, na Figura 35, que as pessoas entre 16 e
29 anos são particularmente vítimas de homicídios no Pará.

84
Figura 33: Grupo de idade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-
Pa. Base A2.

1,1 13

Criança
Adolescente
Jovem

85,9

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Figura 34: Grupo de idade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. CESIP.


Base B1.

1,2 16,8

CRI
ADO
JOV

82

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

85
Figura 35: Idade da Vítima (0-29 anos). 2010-2018. CESIP-
MARGEAR. Base B1.

400

350

300

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Em referência ao sexo da vítima, as informações fornecidas pela SEGUP-Pa nos


informa que 93,2% dos homicídios de pessoas de 0 a 29 anos entre 2010 e 2018 se referem a
pessoas masculinas, 6,8% das vítimas deste grupo de idade neste período são pessoas
femininas (Ver Figura 36). Na nossa pesquisa, procuramos também saber dos assassinatos de
mulher trans e homens trans (Figura 37). Nos dados coletados no Diário do Pará entre 2010 e
2018, 91,5% dos homicídios se referiam a homens (4.546 casos), 8,4% a mulheres (415
casos) e 0,2% a pessoas trans (05 homens trans e 09 mulheres trans).

Figura 36: Sexo da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará. Base A2.

6,8

FEM
MAS

93,2

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

86
Figura 37: Gênero da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. CESIP-MARGEAR.
Base B1.

8,4 0,2

HC
MC
MT/HT

91,5
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir
das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Na Tabela 09, a seguir, temos analisado o percentual de homens, mulheres e pessoas


trans vítimas de homicídio em relação ao seu grupo de idade. Pessoas trans apenas são
identificadas nas vítimas jovens (0,2%, 9 casos). Além das pessoas trans, entre os jovens de
18 a 29 anos, 92,3% das vítimas são masculinas e 7,4% são femininas. Entre os grupos de
idade desta pesquisa, a categoria “Jovens” é a que tem maior proporção de vìtimas homens.
No grupo de idade dos “Adolescentes”, as vìtimas são 88,9% de homens e 11,1% de
mulheres. Já no grupo de idade das crianças, a repartição homens/mulheres é mais
equilibrada: 61,7% de vítimas masculinas (29 casos) e 38,8% de vítimas femininas (18
casos).

Tabela 9: Relação entre Gênero e Grupo de Idade das vítimas


(Criança / Adolescente / Jovem até 29 anos). 2010-2018. Pará.
Base B1. (%)
Grupo de Idade - Criança /
Adolescente / Jovem até 29 anos Total
CRI ADO JOV
HC 61,7% 88,9% 92,3% 91,5%
Gênero MC 38,3% 11,1% 7,4% 8,3%
MT/HT 0,2% 0,2%
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA
a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

No que se refere à “raça / cor da pele” da vìtima, o Jornal Diário do Pará, conforme já
falamos anteriormente, não divulga nenhuma informação em 99% dos casos, invisibilizando
integralmente a relação entre cor da pele e vítimas de homicídios. Em relação à classe social
(Figura 38), são as pessoas mais humildes e mais vulneráveis socialmente que são as maiores
vítimas de homicídios. 60,6% das vítimas de homicídio entre 0 e 29 anos são da classe dos

87
“Trabalhadores” e dos “Autônomos e Destìtuìdos”. Caso acrescentarmos a este número os
25% das vìtimas estavam ligadas a “Atividades Criminosas”, que também são pessoas muito
vulneráveis socialmente, chegamos a um percentual de 85,6% de vítimas que pertencem a
uma classe social vulnerável socialmente. As outras classes atingidas pela violência homicida
são os “Não Economicamente Ativos” (estudantes, aposentados, trabalhadores domésticos
sem remuneração, etc.) que representam 9% de nossa amostragem, e os “Privilégiados” que
são a categoria menos atingida pela violência homicida, com 5,4% dos casos apenas.

Figura 38: Classe Social das vítimas. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Base
B1. (%)

Não Economicamente Ativos 9

Atividades Criminosas 25

Autonomos e Dest 32

Trabalhadores 28,6

Privilegiados 5,4

0 5 10 15 20 25 30 35

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir
das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

A SEGUP-Pa também nos informou sobre a escolaridade da vítima: 68,6% das


vítimas não tinham competado o ensino fundamental, e 1,6% eram consideradas analfabetas.
Considerando que 82% de noss amostragem têm entre 18 e 29 anos, esses dados são
significativos: nos indicam que 70,2% dessas vítimas tinham pouco capital cultural
acumulado. Isto demonstra também que a vulnerabilidade social frente à violência homicida
também está relacionada com as oportunidades de estudo ofertadas às pessoas. Completando
o quadro, os dados oficiais das polícias do Pará nos informam que 13,4% das vítimas tinham
finalizando eo ensino fundamental, 9,5% tinham entrado no ensino médio mas não tinham
conseguido finalizar, 6% dentre as vítimas tinham completado o ensino médio, 0,5% tinham
entrado em alguma formação superior mas não tinham finalizado os 04 a 05 anos da
graduação enquanto 3% apenas das vítimas tinham conseguido alcançar alguma formação de
nível superior (Figura 39).

88
Figura 39: Escolaridade da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará.
Base A2.
68,6
70
60
50
40
30
20 13,4 9,5 6
10 1,6 0,5 0,3
0
Não Fund. Fund. Médio Médio Sup. Inc. Sup.
Alfab Inc. Comp. Inc. Comp. Comp.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Para concluir o nosso “perfil das vìtimas de homicìdio”, em relação ao estado civil,
não irá surpreender que 76,1% das vítimas de homicídio de 0 a 29 anos no Estado do Pará
entre 2010 e 2018 eram solteiros, 3,5% eram casados, 19,6% tinham uma união estável com
outra pessoa, e 0,7% eram separados, divorciados ou viúvos (Figura 40).

Figura 40: Estado civil da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará.


Base A2.
76,1
80
70
60
50
40
30 19,6
20 3,5
10 0,5 0,1 0,1
0

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Na nossa pesquisa, procuramos saber se, segundo os jornalistas do Diário do Pará, as


vítimas pareciam ligadas a atividades criminosas. Com efeito, a questão de saber se essas
vítimas eram ou não ligadas a atividades ilegais serve muitas vezes de justificativa ao
Extermínio. Até nas entrevistas realizadas com as mães de vítimas, percebemos o cuidado
constante que elas tinham para justificar que seus filhos não estavam envolvidos com
atividades criminosas. Na base deste argumento, existe a ideia segundo a qual se a vítima
estava ligada a atividades criminosas, ela mereceu morrer, ou melhor, a partir do discurso
ligando a vítima a atividades delinquentes, a morte da vítima aparece como natural, como se
houvesse uma fatalidade em relação à morte quando um jovem procura obter, nas atividades
criminosas, a estabilidade socioeconômica que ele não consegue pelas vias legais. Esses
discursos são designados como “discursos que matam” porque, a partir do argumento da
89
ligação da vítima com atividades criminosas, opera-se uma justificação e uma desvaloração
de sua morte e do luto que, coletivamente, a comunidade política sente em relação a esta
pessoa. Os discursos sobre “envolvimento da vìtima com atividades criminosas” acabam
criando, como diria Judith Butler, vidas que não são passíveis de luto. Para Butler,
... o corpo está sempre a mercê de formas de sociabilidade e de ambientes que limita a
sua autonomia individual. [A] condição compartilhada de precariedade conduz não ao
reconhecimento recíproco, mas sim a uma exploração específica de populações-alvo, de
vidas qua não são exatamente vidas, que são consideradas “destrutìveis” e “não passìveis
de luto”. Essas populações são “perdìveis”, ou podem ser sacrificadas, precisamente
porque foram enquadradas [framed] como já tendo sido perdidas ou sacrificadas; são
consideradas como ameaças à vida humana como a conhecemos, e não como populações
vivas que necessitam de proteção conra a violência ilegítima do Estado, a fome e as
pandemias. Consequentemente, quando essas vidas são perdidas, não são objeto de
lamentação, uma vez que, na lógica distorcida que racionaliza sua morte, a perda dessas
populações é considerada necessária para proteger a vida dos “vivos”. (BUTLER, 2015:
53).

A partir dos dados coletados no Diário do Pará20, podemos observar essa tendência
referente aos “discursos que matam”. Primeiro, saibamos que, nos artigos estudados no
decorrer da pesquisa, apenas em 39,7% dos casos (1.979 casos), os jornalistas do Diário do
Pará mencionam de fato se a vítima tinha ou não relação com atividades criminosas. Isto quer
dizer que, em 60,3% dos casos (3.010), esta informação não foi relatada pelos jornalistas. No
entanto, entre os 1.979 casos para os quais os jornalistas providenciaram essa informação, em
69% dos casos os jornalistas informaram a suspeita de envolvimento da vítima com
atividades criminosas e em somente 31% dos casos esta informação serviu para informar a
inexistência de qualquer ligação da vítima com atividades criminosas.
Ora, na realidade, houve muito mais casos nos quais não há nenhuma comprovação
do envolvimento da vítima com atividades criminosas (Figura 41). Com efeito, em 72,6%
dos casos, os jornalistas não mencionam nenhuma ligação da vítima com atividades
criminosas: em 60,3% dos casos, não há nenhuma menção a esta possibilidade, e em
12,3% os jornalistas confirmam que não havia nenhuma ligação da vítima com
atividades criminosas. Já, em 27,4% dos casos, os jornalistas afirmam existir indícios
referentes à realização de atividades criminosas por parte da vítima de homicídio.

20
Em etapa ulterior da pesquisa completaremos com uma análise qualitativa dos artigos do jornal.
90
Figura 41: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas.
Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018. Pará. CESIP. Base B1. (%)

Envolvimento
28% em Atividades
Criminosas

Nenhum
Envolvimento
com atividades
criminosas
72%

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir
das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Caso estudarmos com maior detalhe esse tipo de informação, como podemos ver na
Tabela 10 e na Figura 42, a seguir, podemos perceber que, no total dos casos divulgados pelo
jornal Diário do Pará, apenas 6,4% das vítimas de homicídios eram suspeitas de terem
cometido um homicídio (317 casos). Entre os 4.989 casos divulgados, 15,3% das vítimas
eram suspeitas de terem cometido um roubo, 5,2% das vítimas apenas seriam ligadas ao
narcotráfico, 0,5% com milícias e 0,7% com outras atividades criminosas.

Tabela 10: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas, por tipo de atividade
criminosa (com categorias de homicídios agregadas). Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018. Pará (%)

Homicídios
Envolvimento
(somente ou junto Apenas Apenas Apenas
Apenas com em Atividades
com outras com com com
Narcotráfico Criminosas
atividades Roubos Outras Milícias
(total)
criminosas)

Frequência 317 260 762 33 25 1397

Percentual Total dos Casos


(%) 6,4% 5,2% 15,3% 0,7% 0,5% 28,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das publicações no Diário do Pará
entre 2010 e 2018.

91
Figura 42: Suspeita de envolvimento da vítima em atividades criminosas, por tipo de
atividade criminosa. Pessoas de 0-29 anos. 2010-2018. Pará. CESIP. Base B1. (%)

Apenas com Milícias 0,5%


Apenas com Outras 0,7%
Apenas com Roubos 15,3%
Apenas com Narcotráfico 5,2%
Homicídios (apenas ou junto com… 6,4%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0%

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das publicações no
Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Entre os 4.989 casos divulgados pelo Diário do Pará, apenas 25 casos de homicídios
de policiais entre 0 e 29 anos foram registrados, dos quais 24 homens e uma mulher. O jornal
indica que 20 dentre estes eram policiais militares (95,2%) e apenas um era policial civil
(4,8%). Dentre os 20 policiais militares, o jornal informou a patente de 18 policiais: a grande
maioria das vítimas era Soldados (12 casos, 66,7%), seguido de Cabos (05 casos, 27,8%) e
apenas um Capitão (5,6%). De todos esses casos, apenas duas vezes o policial estava fardado
no momento de sua execução, e a grande maioria (15 casos) não estava no horário de serviço
no momento de seu homicídio, apesar da grande maioria serem policiais da ativa (17 casos).
Isto significa que a grande maioria das mortes de policiais não estão relacionadas com a
periculosidade do ofício dentro do serviço de segurança pública. A morte desses policiais
parece mais ligada a atividades que estes realizam fora do serviço. Não se pode concluir, sem
investigação aprofundada, que os policiais mortos estavam envolvidos em atividades ilegais
fora do serviço policial, mas há grandes suspeitas que esses policiais tenham sido
assassinados por motivos externos ao serviço público de segurança.

4. Quem mata?

Evidentemente, as informações coletadas são mais frequentes em relação às vítimas


de que em relação aos seus executores ou assassinos. Ainda assim, a análise dos dados
coletados no Diário de Pará entre 2010 e 2018 nos dá algumas pistas de entendimento.
Em primeiro lugar, se já sabemos que uma grande parte das vítimas de homicídio são
masculinas, podemos verificar, na Figura 43, a seguir, que a quase totalidade dos
homicidas são também homens (97,5%). Esse percentual mostra que o Extermínio da
Juventude de periferia no estado do Pará é um fenômeno essencialmente masculino, que
lembra um cenário demográfico de tempo de guerra. Aliás, se acrescentarmos os casos
durante os quais houve morte de homens junto com mulheres, podemos concluir que 98,9%
dos casos de homicídios, têm uma ou mais vítimas de gênero masculino. Do outro lado, as

92
mulheres, isoladamente, apenas representam 1,1% das vítimas de homicídios, mas caso
acrescentarmos os casos nos quais houve mortes de pessoas masculinas e femininas,
podemos dizer que as mulheres de 0 a 29 anos no Pará são vítimas em 2,6% dos casos de
homicídio. Outro fato surpreendente que também podemos observar: entre os 4.989 casos de
homicídios registrados por nossa pesquisa no Diário do Pará, os jornalistas não conseguiram
confirmar o gênero das vítimas em 1.488 casos (29,8%).

Figura 43: Gênero do(s) supostos executor(es): homens-cis,


mulheres-cis ou homens-cis e mulheres-cis em conjunto. 2010-
2018. Pará. Base B1.

1,5 1,1

HC
HM
MC

97,5

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-


UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Em relação à faixa etária dos homicidas desta população de crianças, adolescentes e


jovens (Figura 44), a nossa base de análise encontrou-se muito reduzida: em apenas 288
casos sobre 4.989 casos no total, os jornalistas do Diário do Pará conseguiram informar sobre
a faixa etária do/a suposto/a homicida. Mesmo assim, as tendências estão nítidas: os jovens
são majoritariamente vítimas da violência homicida de outros jovens: 45,8% dos supostos
executores seriam jovens de 18 a 25 anos (132 casos), e 13,9% seriam jovens de 26 a 29 anos
(40 casos). Se esses dados pudessem ser comprovados em uma base de dados maior,
possivelmente fornecida peas instituições de justiça criminal, isto significaria que 59,7% das
vítimas de homicídio foram assassinados por jovens adultos de 18 a 29 anos. Também,
segundo a nossa base reduzida de dados, 18,1% dos homicidas de pessoas de 0 a 29 anos
seriam adolescentes de 12 a 17 anos, o que demonstraria um quadro muito preocupante em
relação à precocidade do acesso à violência homicida por parte dos jovens brasileiros, mais
especificamente na Região Amazônica e no estado do Pará. Por fim, em 22% que nossa
pesquisa registrou, os supostos homicidas teriam sido adultos de 30 anos ou mais.

93
Figura 44: Faixa etária do(s) suspostos executor(es). 2010-2018.
Pará. Base B1.

45,8%
50,0%

40,0%

30,0% 22,2%
18,1%
20,0% 13,9%

10,0%

0,0%
Ado 12 - 17 Jov 18 - 25 Jov 26 - 29 30 ou mais

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-


UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Quando observarmos melhor o gênero do(s) executor(es) e relacionarmos os mesmos


com os Grupos de Idade (Tabelas 11 e 12), podemos também descobrir que as mulheres
exercem violência homicida contra as crianças de 0 a 11 anos em proporção maior de que os
homens (Tabela 11). 23,7% das vítimas letais de mulheres são crianças, enquanto apenas
1,2% dos homicídios perpetuados por homens concernem às crianças. Agora, os homens
representando 97,5% dos supostos executores de acordo com nossa pesquisa, eles
permanecem sendo os que mais assassinam crianças de forma isolada (80,4%) ou em
conjunto com mulheres (82,4%), enquanto as mulheres representam isoladamente apenas
17,6% dos executores de crianças, 19,6% em conjunto com os homens (Tabela 12). Em
relação à morte de adolescentes, 95,5% dos executores seriam homens; e em relação aos
jovens de 18 a 29 anos, 97,8% seriam homens.

Tabela 11: Grupos de Idade da Vítima X Gênero do(s)


Executor(es). 2010-2018. Pará. Base B1.
Gênero do(s) Executor(es)
Total
HC HM MC
CRI 1,2% 2,0% 23,7% 1,5%
ADO 15,9% 15,7% 15,8% 15,9%
JOV 82,9% 82,4% 60,5% 82,7%
Total 100% 100% 100% 100%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-
UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Tabela 12: Gênero do(s) Executor(es) X Grupos de Idade da


Vítima. 2010-2018. Pará. Base B1.
CRI ADO JOV Total
Gênero HC 80,4% 97,5% 97,8% 97,5%
do(s) HM 2,0% 1,4% 1,5% 1,5%
Executor(es) MC 17,6% 1,1% 0,8% 1,1%
Total 100% 100% 100% 100%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-
UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

94
Na Figura 45, podemos nos surpreender com o seguinte fato: apenas 36,3% dos
homicídios contra as pessoas de 0 a 29 anos são atos praticados por uma pessoa isolada (1135
casos). Complementando o quadro, em 45,0% dos casos, as vítimas foram assassinadas por
duas pessoas em conjunto (1404 casos), 15,2% foram executados por 3 ou 4 pessoas (475
casos) e 3,5% por 5 pessoas ou mais (109 casos). Isto mostra que a grande maioria dos
homicídios são praticados por um grupo de executores, o que configura ainda mais a prática
do Extermínio.

Figura 45: Número de Executores para o mesmo caso de homicídio.


Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Base B1. (%)

15,2% 3,5%
36,3%

1
2
3 ou 4
5 ou mais

45,0%

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Procuramos saber também se, segundo as informações coletadas pelos jornalistas do


Diário do Pará, os executores eram conhecidos pela vítima e qual grau de relação executora e
vítima pareciam ter. Em 88% dos casos, os jornalistas não conseguiram saber se existia uma
relação de conhecimento prévio do homicida com sua vítima. Em 5,6% dos casos, os
jornalistas informaram que vítima e executor não se conheciam e em 6,4% dos casos, houve
como confirmar a existência de uma relação prévia entre vítima e executor (Figura 46).
Quando essa relação ficou averiguada (Figura 47), na maior parte dos casos o assassino e sua
vítima eram amigos ou conhecidos (38,6%). Em 38,2%, o assassino era cônjuge ou
companheiro/a da vítima. Finalmente, em 16,6% dos casos vítima e homicida eram parentes,
e em 6,6% o executor era um conhecido cuja relação com a vítima não foi averiguada.

95
Figura 46: Executores eram conhecidos pela vítima ou não.
Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Base B1. (%)

6,4 5,6

CONHECIDO
(TOTAL)
DESCONHECIDO

88

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Figura 47: Tipo de relação averiguada entre executor(es) e sua(s)


vítima(s). Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Base B1. (%)

6,6 CÔNJUGE OU COMP


38,2
PARENTE

AMIGO OU
CONHECIDO
CONHECIDO NÃO
38,6 IDENTIFICADO

16,6
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a
partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Essas estatísticas diferem segundo o grupo de idade da vítima (Tabela 13). Quando a
vítima foi uma criança, em 21 casos sobre 25 (84%), o executor era um parente. Em relação
aos adolescentes, os números maiores concernem os amigos (40,7%) e os cônjuges ou
companheiros/as (33,3%), e apenas 18,5% dos casos de homicídios de adolescentes o
executor era um parente. No que se refere aos jovens de 18 a 29 anos, em 42,5% dos casos
entre os quais a vítima e seu executor já se conheciam, o/a executor/a eram o cônjuge ou
companheiro/a da vítima. Em 41,7% dos casos, executor e vítima eram amigos ou
conhecidos, e em apenas 9,2% dos casos, vítima e executor eram parentes.

96
Tabela 13: Tipo de relação entre executor(es) e sua(s) vítima(s), por Grupo
de Idade. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará. Base B1. (%)
CONHECIDO
CÔNJUGE AMIGO OU
PARENTE NÃO TOTAL
OU COMP CONHECIDO
IDENTIFICADO
CRI 8,0% 84,0% 4,0% 4,0% 100%
ADO 33,3% 18,5% 40,7% 7,4% 100%
JOV 42,5% 9,2% 41,7% 6,7% 100%
TOTAL 38,2% 16,6% 38,6% 6,6% 100%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a
partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Procuramos também saber se tinha alguma diferença neste aspecto, dependendo do


gênero da vítima (Tabela 14, a seguir). Restringimos aqui os percentuais às situações nas
quais a vítima e seu executor eram conhecidos. A pesquisa revelou aqui, a realidade do
feminicídio: enquanto 25,3% dos homens que conheciam o seu assassino são assassinados
pela cônjuge ou companheira (número, aliás, que pode ser considerado bastante alto), são
68,4% dos homicídios contra as mulheres que são cometidos pelos seus cônjuges e
companheiros (entre os casos nos quais a vítima e o executor se conheciam)! Em relação
aos homens, os executores são geralmente amigos ou conhecidos da vítima (49,3%), 16,1%
são parentes e apenas 9,2% são conhecidos não identificados.

Tabela 14: Executor(es) conhecido(s) pela vítima? Percentual do tipo


de relação entre executor e vítima nos casos em quais o executor era
conhecido da vítima. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Diário do Pará. Base
B1. CESIP-MARGEAR.
Executor(es) conhecido(s) pela vítima?

CÔNJUGE AMIGO OU CONHECIDO Total


PARENTE
OU COMP CONHECIDO N IND

HC 25,3% 16,1% 49,3% 9,2% 100,0%


MC 68,4% 14,3% 16,3% 1,0% 100,0%
Total 38,7% 15,6% 39,0% 6,7% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-
UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

A nossa pesquisa também procurou saber, no Diário do Pará, se o suposto executor do


crime homicida tinha supostamente algum envolvimento em outras atividades criminosas
(Tabela 15). Dos 2.263 casos informados pelo jornal Diário do Pará, 84,7% dos supostos
executores estavam apenas ligados a homicídios, enquanto 6,3% também eram supostos
narcotraficantes, 7,1% praticavam furtos e roubos e 1,9% praticavam essas três atividades
criminosas. Não sabemos ao certo se esse resultado corresponde a uma falta de informações
reunidas na imprensa, e se isto dá alguma indicação sobre uma especialização do mercado do
Extermínio e dos assassinatos por encomenda.

97
Tabela 15: Suspeita de envolvimento do(s) executor(es) em Atividades
Criminosas (Freq. e %). 2010-2018. Pará. Base B1.
Envolvimento
Homic / Homic em
Apenas Homic
Narco / / Atividades
Homicídios / Narco
Roubo Roubo Criminosas
(total)
Frequência 1917 43 143 160 2263
Percentual (%) 84,7% 1,9% 6,3% 7,1% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA
a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Em relação à possibilidade do suposto homicida ser ligado a milícias ou grupos de


extermínio, os jornalistas do Diário do Pará não conseguiram reunir muitas informações:
apenas em 7,4% dos casos esta informação foi divulgada (368 casos sobre 4.989). Quando
esta informação consta, o Diário do Pará informa que em 47,8% dos casos informados,
parece haver uma relação entre o homicídio e algum grupo de extermínio ou milícia. Em
relação à ligação do(s) executor(es) com alguma facção criminosa (PCC, CV, etc), os
jornalistas do Diário do Pará mantém um silêncio absoluto em 99% dos casos. No que tange
à relação estabelecida entre os executores e as mílicias, os jornalistas também não conseguem
informar essa relação em 92,4% dos casos e, quando essa informação consta, em 47,8% dos
casos o envolvimento do executor com uma suposta milícia ou grupo de extermínio é
anunciado. De todos os casos de homicídios com vítimas de 0 a 29 anos entre 2010 e 2018, o
jornal Diário do Pará informa que, para 7,8% dos casos, o executor foi um policial, o que
parece um percentual bastante alto no quadro geral de uma violência homicida.

Agora, o que nos diz a SEGUP-Pa sobre o trabalho de identificação dos executores
pela polícia do Pará? Conforme podemos ver nas Figura 48 e 49, a polícia afirma que em
65,6% dos casos, o autor do homicídio foi identificado, 58,9% das investigações foram
concluídas, 23,4% não foram concluídas e, para 17,7% dos casos, a polícia não sabe informar
se as investigações foram concluídas (sic). Essas informações, evidentemente, teriam que ser
objetos de uma análise mais aprofundada no sistema de informações da Polícia Civil do Pará.
De maneira geral, reste extremamente complexo averiguar a qualidade das investigações, e
averiguar, na justiça criminal, o grau de condenações em casos de homicídios.

98
Figura 48: Identificação dos autores pela Polícia (%).Vítimas de 0 a 29
anos. 2010-2018. Base A2. SEGUP-Pará.
65,6
70
60
50 28,3
40
30
20 5,7 0,4
10
0

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados fornecidos pela SEGUP-Pa.

Figura 49: Resultado das investigações. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-


2018. Base A2. SEGUP-Pa.
58,9
60

50

40
23,4
30 17,7
20

10

0
CONCLUÍDO NÃO CONCLUÍDO NÃO INFORMADO

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados fornecidos pela SEGUP-Pa.

5. Quando, Onde e Como?

Nossa pesquisa por coleta de dados no jornal Diário do Pará, junto com a análise dos
dados fornecidos pela SEGUP-Pa, nos deu também inúmeras informações sobre as condições
de realização desses homicídios. Na Figura 50, a SEGUP-Pa nos informa sobre os meses de
maior ocorrência de homicídios de jovens de 0 a 29 anos no período 2010-2018. Notamos
pouca diferença entre os meses, a não ser um menor número de homicídios no mês julho e
maiores incidências nos meses de janeiro, abril, outubro, novembro e dezembro, diferenças
para as quais não temos hipótese clara de explicação.

99
Figura 50: Mês do homicídio (0-29 anos). 2010-2018. Base A2. SEGUP-
Pa

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

No que se refere ao dia da semana (Figura 51), temos maiores incidências aos finais
de semana, provavelmente entre a noite da sexta-feira, e a madrugada de domingo para
segunda-feira.

Figura 51: Dia da semana do homicídio. (0-29 anos). 2010-2018. Base


A2. SEGUP-Pa.

4000
3104
3000 2383
1956
1481 1696
2000 1435 1399

1000

0
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Procuramos também saber o momento do dia de maior incidência (Figura 52): 41,3%
dos homicídios acontecem no período noturno (das 18h às 24h) e 25,6% ocorrem de
madrugada (entre 0h e 6h da manhã). Já nos períodos matutinos (14,4%) e vespertinos
(18,7%), tem menor incidência de homicídios no período.

100
Figura 52: Período do dia do homicídio (%). 0-29 anos. 2010-2018.
SEGUP-Pa.

41,3
50
40 25,6
30 18,7
14,4
20
10
0
MAD MAN TAR NOI

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

A partir dos dados da SEGUP-Pa, não conseguimos obter informações sobre o dia do
mês. Por isto usamos a Base B1 de nossa pesquisa no jornal Diário do Pará para tratar desta
informação e verificar que não há uma grande diversidade entre, por exemplo, o número de
homicídios no início e no final do mês. A baixa que podemos observar na Figura 53,
referente ao dia 31, apenas deve relacionada com o fato que existem apenas 07 dias 31 no
ano, ao invés de 12 vezes para os outros dias do mês.

Figura 53: Dia do Mês (1-31). 0-29 anos. 2010-2018. Diário do Pará.
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31

Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a


partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Mais interessante é nos perguntar quantas pessoas foram mortas em cada episódio de
violência letal. A Tabela 16 nos informa que 86,5% dos homicídios parecem ser cometidos
por uma pessoa isolodamente, 10,3% teriam sido cometidos por duas pessoas, 2,3% por 3 ou
4 pessoas e 0,8% para 5 pessoas ou mais. Isto significa que 13,5% de todos os homicídios das
pessoas de 0 a 29 anos entre 2010 e 2018 foram cometidos por um grupo de pessoas, o que
parece um percentual bastante alto.

101
Tabela 16: Quantas pessoas foram mortas no
mesmo episódio? 0-29 anos. 2010-2018. Base
B1. CESIP-MARGEAR.
Percentual
Frequência
(%)
1 4296 86,5%
2 511 10,3%
3 ou 4 116 2,3%
5 ou mais 42 0,8%
TOTAL 4965 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos
pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das
publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Em relação à arma utilizada, os dados da SEGUP-Pa não trazem grande surpresa


(Figura 54): 71,4% dos homicídios de pessoas de 0 a 29 anos teriam sido realizados por meio
de uma arma de fogo, o que coloca na agenda pública a grande questão do controle das armas
de fogo. Os demais homicídios foram cometidos por meio de arma cortante (18,7%), arma
contundente (2,6%) ou outros meios (7,3%).

Figura 54: Meio empregado no homicídio. 0-29 anos. 2010-2018. Base


A2. SEGUP-Pa.

7,3 2,6
18,7
Arma Contundente
Arma Cortante
Arma de Fogo
Outros

71,4

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

Neste aspecto, podemos notar uma diferença entre as crianças de um lado, e os


adolescentes e jovens de outro lado. Enquanto 83,2% dos adolescentes e 87,8% dos jovens de
18 a 29 anos foram assassinados por meio de uma arma de fogo, as crianças tem um quadro
mais diferenciado: 42,4% das crianças foram assassinadas por meio de arma de fogo, 18,6%
por faca ou objeto cortante e 39% por outros meios.

Em relação ao local de ocorrência (Figura 55), a SEGUP-Pa nos informa que 65,3%
dos homicídios foram cometidos na via pública, 13,1% no domicílio e até 5,3% em bar ou
outro estabelecimento comercial.

102
Figura 55: Local de Ocorrência. Base A2. 0-29 anos. 2010-2018. SEGUP-Pará

80,0%
65,3%
60,0%

40,0%

20,0% 13,1% 11,6%


5,3%
0,0% 1,9% 0,6% 1,4% 0,2% 0,6%
0,0%

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da SEGUP-Pa.

O local de ocorrência difere segundo o grupo de idade das vítimas (Tabela 17).
Assim, segundo os dados que conseguimos coletar no jornal Diário do Pará, a violência letal
contra as crianças se expressa mais no domicílio da pessoa (61,1%) de que na Via Pública
(33,3%). Já adolescentes (67,4%) e jovens de 18 a 29 anos (67,3%) são assassinados na Via
Pública, por dois terços dos casos registrados.

Tabela 17: Grupo de Idade - Criança / Adolescente / Jovem até 29 anos (%), segundo tipo de local de
execução. 2010-2018. Diário do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR.
Tipo de local de execução
DOMC BOCA
VIA TRANSP PRÉDIO
OU BAR DE PENITENCIÁRIA OUTROS TOTAL
PÚBLICA PUB PUB
TRAB FUMO
CRI 61,1% 1,9% 33,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 3,7% 100,0%

ADO 18,0% 2,2% 67,4% 1,4% 0,8% 0,4% 0,0% 9,8% 100,0%
JOV 21,2% 4,1% 67,3% 0,6% 0,4% 0,3% 0,6% 5,4% 100,0%
TOTAL 21,2% 3,8% 67,0% 0,7% 0,4% 0,3% 0,5% 6,1% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das publicações no Diário do Pará entre
2010 e 2018.

No momento da execução, nossa pesquisa conseguiu revelar que, em 14,8% dos


casos, os assassinatos foram cometidos na presença de familiares das vítimas. Também,
conseguimos observar que em 18,9% das mortes, menores estavam presentes no local do
crime no momento da ocorrência. Em um trabalho anterior, tínhamos evidenciado que as
crianças, sendo seres sociais, não podiam ser consideradas por fora do mundo:
... sendo elas penetradas por dispositivos, não podemos pensar que nossas crianças e
adolescentes possam estar protegidos das batalhas e dos efeitos desta guerra. Aliás,
apesar da artigo 227 da Constituição que diz dos mesmos que eles devem ser “absoluta
103
prioridade” da famìlia, da sociedade e do estado, elas podem vir a ser as principais
vítimas de uma guerra que, às vezes, pode ser silenciosa, e outras vezes pode levar à luta
armada. Não existe nenhum santuário; apenas existem campos de batalha nos quais os
menores de idade ficam ora às margens ora no centro. (DELUCHEY, 2015b: s/n)

Por isto, não podemos imaginar que conseguiremos manter um mundo violento e
homicida para os adultos, e proteger as crianças e adolescentes como os seres em
desenvolvimento que devemos preservar da morte homicida. As políticas de repressão
criminal e a polìtica do “deixar morrer” ou “fazer morrer” populações pretensamente
indesejáveis à ordem capitalista-(neo)liberal são, de fato, responsáveis à exposição à morte
das crianças brasileiras, em completa contradição com o princìpio de “prioridade absoluta”
exposto no artigo 227 da Constituição da República Federativa Brasileira.

Em relação à prática do Extermínio, acreditamos que a quantidade de tiros com a qual


a vítima foi morta consegue nos indicar o quanto a vítima foi executada propositalmente,
com a intenção de demonstrar um poder sobre a vida, intimidador, típico de uma prática de
Extermínio. Os resultados são estarrecedores (Figura 56): mais de dois terços das vítimas
de 0 a 29 anos entre 2010 e 2018 foram executadas por mais de três tiros no corpo
(64,6%)! 35,4% das vítimas receberam de 01 a 02 tiros, 43,0% reeberam de 03 a 05 tiros,
15,4% receberam de 06 a 09 tiros, e 6,2% receberam mais de 10 corpos no corpo! Isto
mostra muito bem que a prática dos homicídios, no Pará, é marcada pela lógica da
execução e do Extermínio das vítimas.

Figura 56: Quantidade de tiros dados na execução. Vítimas de 0 a 29


anos. 2010-2018. Pará. Diário do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR.

43
50 35,4
40
30 15,4
20 6,2
10
0
1a2 3a5 6a9 10 ou mais
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA a partir das
publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Como podemos ver na Tabela 18, não há grande diferença entre homens e mulheres:
os dois gêneros são submetidos à mesma lógica de execução e Extermínio, mesmo que em
volume menor para as mulheres. Agora, nos 05 casos de homicídios de pessoas trans de até
29 anos registradas no Diário do Pará entre 2010 e 2018, 100% deles e delas foram
executadas por 03 a 05 tiros!

104
Tabela 18: Quantidade de tiros dados na execução, por
gênero da vítima. Vítimas de 0 a 29 anos. 2010-2018. Pará.
Diário do Pará. Base B1. CESIP-MARGEAR.
Quantidade de tiros dados na execução
Total
1a2 3a5 6a9 10 ou mais

HC 35,5% 42,5% 15,6% 6,4% 100,0%


MC 35,8% 46,6% 13,0% 4,7% 100,0%
MT/HT 100,0% 100,0%
Total 35,4% 42,9% 15,4% 6,3% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA
a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Aqui, infelizmente não pudemos observar um quadro diferenciado entre os grupos de


idade (ver Tabela 19). 65,3% dos adolescentes foram executados com 03 tiros ou mais, entre
os quais 22,2% recebram 06 tiros ou mais, caracterizando uma lógica de execução /
Extermínio. Entre os jovens de 18 a 29 anos, 65,5% foram executados com 03 tiros ou mais,
entre os quais 21,5% recebram 06 tiros ou mais. Para as crianças, infelizmente, o quadro
não é diferente: 66,7% foram executados com 03 tiros ou mais, entre os quais 50%
receberam de 03 a 5 tiros, e 16,7% recebram 06 tiros ou mais!

Tabela 19: Número de tiros recebidos na execução, por grupo


de idade. 0-29 anos. 2010-2018. Pará. Diário do Pará. Base B1.
CESIP-MARGEAR.
Quantidade de tiros dados na execução

1a2 3a5 6a9 10 ou mais Total

CRI 33,3% 50,0% 13,9% 2,8% 100%

ADO 34,7% 43,1% 15,0% 7,2% 100%


JOV 35,5% 42,9% 15,5% 6,0% 100%
Total 35,4% 43,0% 15,4% 6,2% 100%
Fonte: Elaborado pelo autor. Dados coletados pelos pesquisadores do CESIP-UFPA
a partir das publicações no Diário do Pará entre 2010 e 2018.

Para concluir este capítulo rico de muitas informações, podemos lembrar os fatos
seguintes. Em 2018, as crianças, os adolescentes e os jovens até 29 anos representaram
47,8% das vítimas de homicídios no estado do Pará. Segundo os dados oficiais da SEGUP-
Pa, foram, no total, 1.807 vítimas deste grupo de idade entre os 3.783 homicídios cometidos
em 2018 no Pará. Felizmente, os instrumentos de gestão desta violência homicida parecem
ter melhorado durante o período: cada vez mais, a faixa etária da vítima está sendo registrada
nas bases de dados da Polícia Civil. Por outro lado, parece que esta informação falhou em
2018, com um total de 12,5% de vítimas de homicídios cuja faixa etária não foi registrada no
sistema policial de informação criminal.
Os dados que nossa pesquisa conseguiu reunir portam em 81,6% dos casos sobre
homicídios ocorridos na Região Metropolitana de Belém. Tratar-se-ia de uma super-
105
representação dos homicídios da Capital paraense se considerarmos, que os dados oficiais da
SEGUP-Pa apenas registram 50,7% dos casos de homicídios na Região Metropolitana de
Belém durante o período 2010-2018.
Conseguimos evidenciar a invibilidade do Extermínio no tratamento jornalístico do
Diário do Pará: apenas 22% dos casos de homicídio de adolescentes e 24,9% dos homicídios
dos jovens de 18 a 29 anos “merecem” ser anunciados na capa do jornal segundo as escolhas
editoriais dos jornalistas do Diário do Pará. Pior: 51,5% dos homicídios de crianças não
parecem merecer destaque na capa do jornal Diário do Pará! Esse percentual é ainda mais
alto no que se refere aos adolescentes (78%) e aos jovens até 29 anos (75,1%). Existe
também uma grande invisibilidade da raça/cor da pele das vítimas do Extermínio da
juventude: 99% dos relatos sobre homicídios omitem a menção da cor da pele da vítima!
A violência homicida se refere em primeiro lugar aos homens de 16 a 26 anos,
oriundos das classes sociais subalternas (trabalhadores, autônomos e destituídos), solteiros, e
com uma instrução geralmente limitada ao ensino fundamental incompleto. Em referência à
grande maioria das vítimas, não existe nenhuma comprovação de envolvimento prévio da
vítima em atividades criminosas, ou em mílicias ou grupos de extermínio. 64,6% das vítimas
de 0 a 29 anos foram assassinadas por 03 tiros ou mais no corpo, o que confirma a lógica de
execução e de Extermínio das quais elas são vítimas (inclusive as crianças).
O perfil do suposto executor é o de um homem entre 18 e 25 anos, que realiza o
homicídio em bando (02 pessoas ou mais), possivelmente desconhecido da vítima. O crime é
geralmente cometido de noite ou de madrugada, com arma de fogo, na via pública ou no
domicílio da vítima.
Agora iremos, no capítulo seguinte, trazer algumas informações sobre os crimes
múltiplos que, no Brasil, são geralemente chamados de “chacinas”.

106
CAPÍTULO III. As chacinas no estado do Pará

Chapa, desde que cê sumiu


Todo dia alguém pergunta de você
Onde ele foi? Mudou? Morreu? Casou?
Tá preso, se internou, é mesmo? Por quê?

Emicida. “Chapa” (Rap brasileiro)

1. 10 anos, 12 chacinas21
O termo de “chacina”, em uma fase ulterior da pesquisa será objeto de uma análise
mais profunda, graças a uma análise do conteúdo textual dos artigos de jornais a partir dos
quais realizamos a coleta dos dados qualitativos que serviram de base para nossa pesquisa.
Ainda que, nos dicionários de português do Brasil, o termo “chacina” seja sinônimo de
matança, a imprensa brasileira usa esta palavra para designar a prática de homicídios
múltiplos e/ou concomitentes, ligados a um mesmo episódio ou intencionalidade no ato de
matar. Em inglês, “chacina” é próximo do termo “multiple homicides”, mas a ligação a um
mesmo episódio ou à mesma intencionalidade no ato de matar é que, no Brasil, mais
caracteriza o termo de chacina. Por este motivo, mesmo na versão inglesa deste relatório,
conservaremos a palavra em português: “chacina”. No Pará, desde 2010, os jornais de
imprensa escrita registraram a ocorrência de 12 “chacinas”, cuja maioria foi realizada na
Região Metropolitana de Belém. A partir da leitura dos recortes de jornais selecionados por
nossos pesquisadores, conseguimos redigir uma síntese das 12 chacinas registradas entre
2010 e 2019 no estado do Pará, episódio de grande repercussão, mas, infelizmente, de poucas
consequências em termos judiciais e político-criminais. As chacinas que iremos descrever
brevemente as seguir são as seguintes:
1. “Chacina de Santa Izabel”, ocorrida em 27 agosto de 2011;
2. “Chacina de Icoaraci”, ocorrida em 09 de novembro de 2011;
3. “Chacina de Belém”, ocorrida nos dias 04 e 05 de novembro de 2014.
4. Chacina em bairros de Belém, Ananindeua e Marituba, ocorrida 20 e 21 de
janeiro de 2017;
5. Chacina em bairros de Belém e Ananindeua, ocorrida em 04 de abril de 2017;
6. Chacina no Distrito de Icoaraci, ocorrida em 04 de maio de 2017;

21
Esta parte do relatório foi redigida com a ajuda de Vitória de Oliveira Monteiro, Mestre em direito pela
Universidade Federal do Pará.
107
7. Chacina no bairro da Condor, ocorrida em 06 de junho de 2017;
8. Chacina nos bairros Distrito Industrial, 40 horas e Icuí-Guajará, em
Ananindeua, e bairro do Tapanã e Conjunto Satélite, em Belém, ocorrida em
09 de abril de 2018;
9. Chacina no bairro do Tapanã, em Belém, ocorrida em 29 de outubro de 2018;
10. “Chacina de Pau D‟Arco”, ocorrida em 24 de maio de 2017;
11. Chacina no bairro do Guamá, em Belém, ocorrida em 19 de maio de 2019;
12. Chacina em presídio de Altamira, sudoeste do Pará, ocorrida em 29 de julho de
2019; e execução de quatro presos durante transferência de presídio, ocorrida
em 31 de julho de 2019.

01. “Chacina de Santa Izabel”, ocorrida em 27 agosto de 201122


Em 27 de agosto de 2011, aproximadamente às 4h30, seis jovens entre 16 e 28 anos
foram torturados e executados a tiros, e outra pessoa (namorada de um deles) foi
gravemente ferida, em uma casa do bairro Novo Horizonte, considerada periferia de Santa
Isabel do Pará, cidade da Região Metropolitana de Belém (Ver Figura 57).

Figura 57: Mapa da Região Metropolitana de Belém.

Segundo informações fornecidas pela Polícia Civil, as sete pessoas pertenciam à


mesma família e, na ocasião, cinco homens encapuzados invadiram a residência. Enquanto o
pai e a mãe de algumas das vítimas, e outras três crianças foram ordenadas que ficassem

22
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-163927-seis-mortos-em-chacina-na-cidade-
de-santa-izabel.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-164183-morre-jovem-que-tinha-
sobrevivido-a-chacina.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-212420-chacina-de-santa-
izabel-7-acusados-serao-ouvidos.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-468781-policial-
acusado-de-assassinar-seis-pessoas-da-mesma-familia-vai-a-julgamento.html;
https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-165307-chacina-dois-acusados-de-envolvimento-sao-
presos.html.
108
abraçadas em um canto, os executores levaram outras sete para outro cômodo, de forma que
uma a uma foram sendo executadas com tiros de escopeta calibre 12, na cabeça.
A sexta vítima, de 18 anos, chegou a ser levada em estado grave para o Hospital
Metropolitano de Belém, mas faleceu na madrugada do dia 29 de agosto de 2011, em razão
de traumatismo crânio-encefálico.
De acordo com uma das reportagens pesquisadas, as vítimas foram mortas na frente
dos pais, razão pela qual Raimunda Moraes Sobral, de 48 anos, disse ao Jornal Diário do
Pará: “quando ouvimos o barulho dos tiros, eu e meu marido só conseguimos abraçar as
crianças e gritar para que não matassem nossos filhos”. Ela testemunhou a morte de seus
três filhos: Ana Maria Moraes, de 28 anos; Francisco Aurismar, de 20 anos; e o irmão de 17
anos. A única sobrevivente entre os alvos da chacina foi a companheira de Francisco, Nildete
Cristiana Moraes, de 18 anos. Foram mortos também Emerson Moraes Santana, 18 anos, e a
irmã de 16 anos, além do namorado da adolescente, identificado como “Leonardo” ou
“Gereba”.
Em relação às investigações instauradas, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(TJPA) informou ao jornal que foram identificados sete integrantes do “grupo de
extermìnio”, o qual teria atuação no bairro do Aurá e adjacências (Município de Ananindeua,
RMB). Entre eles, estão dois policiais militares, os quais teriam sido comandantes da
chacina: Renato Cardoso do Carmo, conhecido como “Poranguinha”, e Wellington
Albuquerque da Silva, o “Zorro”. Porém, segundo informações do próprio jornal, um foi
inocentado por falta de provas.
Foram indicados como integrantes também Jeidson Aguiar de Brito, ou “Penega”;
Francisco Lopes Silva, ou “Chico”; o Leandro Lira Nascimento, o “Lição” ou “Lourinho”;
Aldecenir Pinheiro Rodrigues Raiol, o “Alcyr”; e Claudinei de Souza Silva, o “Canê”.
Contudo, posteriormente, o poder judiciário entendeu pela existência de cinco suspeitos, em
que quatro ainda recorrem às instâncias superiores.

02. “Chacina de Icoaraci”, ocorrida em 09 de novembro de 201123


A chamada “Chacina de Icoaraci” ocorreu no Distrito de Icoaraci, no Município de
Belém, no dia 09 de novembro de 2011, por volta das 23h, em que seis jovens entre 12 e 17
anos foram assassinados. De acordo com informações coletadas, dois homens em uma moto
teriam abordado as vítimas, que estavam conversando em frente à residência de dois deles,
obrigando-as a se enfileirar, ajoelhar e colocar as mãos na cabeça. O jornal informou que
uma das vítimas chegou a ser levada ao hospital, mas faleceu logo depois.
Ressalta-se ainda que os jovens foram executados em frente a um órgão público, o
Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém (IPAMB), na rua Padre Júlio
Maria. Há relatos de testemunhas que ouviram mais de vinte disparos da arma de fogo
utilizada na execução.
Cerca de 15 minutos após a chacina, o movimento de policiais no local do crime foi
intenso; policiais de três zonas de policiamento foram acionados, além da alta cúpula da
Secretaria de Segurança Pública do estado. Por volta de meia hora depois, o então governador

23
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-176133-matanca-em-icoaraci-deixa-6-
mortos-em-chacina.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-508511-dia-historico-pms-sao-
condenados-por-chacina-de-icoaraci.html.
109
Simão Jatene (Partido da Social Democracia Brasileira Ŕ PSDB) fora informado da chacina,
determinando que o secretário de segurança pública e o delegado geral criassem uma força
tarefa para identificar e prender os dois homens que executaram os seis jovens. Além deles,
foram mandados ao local o delegado Renato Vanghon, da Seccional de Icoaraci, o delegado
Lenoir Cunha, assim como a equipe técnica de Divisão de Homicídios.
No que tange ao julgamento no Tribunal do Júri dos crimes praticados, no dia 15 de
maio de 2018, foram condenados três policiais pela “Chacina de Icoaraci”. Vale observar que
um mototaxista, suspeito de ter participado ou presenciado o massacre, foi absolvido a
pedido da Promotoria de Justiça.
O júri composto por sete jurados votou unanimemente pela condenação dos policiais
Mauro Reis Coelho, Rosevan Moraes Almeida e José Percival da Conceição Moraes.
Rosevan teve sua pena somada em 76 anos de prisão, enquanto Mauro e Percival foram
condenados, cada um, a 46 anos de prisão, todos em regime inicial fechado.
A operação que levou ao julgamento dos policiais se chama “Navalha na Carne”.
Criada em 2008 pelo então governadora Ana Júlia Carepa (Partido dos Trabalhadores-PT)
para proceder a investigações de crimes praticados por “grupos de extermìnio” na Região
Metropolitana de Belém, esta operação contava com a colaboração das duas polícias, militar
e civil. De acordo com a reportagem do jornal Diário do Pará, a operação tem esse nome em
razão de terem descoberto um açougue de fachada que servia como “escritório do crime
organizado”, recebendo traficantes, assaltantes e milicianos, e levou ao menos 07 anos para
iniciar os julgamentos dos investigados.

03. “Chacina de Belém”, ocorrida nos dias 04 e 05 de novembro de 2014 24


No dia 04 de novembro de 2014 foi iniciada uma série de assassinatos nos bairros da
Terra Firme, Guamá, Jurunas, Tapanã e Sideral, considerados de periferia no município de
Belém/PA. As vítimas foram executadas por armas de fogo por homens encapuzados.
Segundo informações coletadas, foram assassinadas onze pessoas, e a motivação
da chacina teria sido uma reação à morte do cabo da Polícia Militar Marco Antônio
Figueiredo, conhecido como “Pet”. O cabo PM foi morto no mesmo dia em que começaram
os assassinatos, quando chegava em sua residência, na passagem Monte Sinai, no bairro
periférico do Guamá. Foram disparados cerca de 20 tiros contra o policial, havendo indícios
de que teria sido vítima de uma emboscada. Logo após a morte do policial, foram acionadas
diversas viaturas de polícia, as quais iniciaram a busca dos suspeitos através de operações-
relâmpago (blitzes) e revistas de motociclistas e motoristas.
No mesmo ano em que os assassinatos foram realizados, foi criada uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa do Pará, para apurar a atuação de
milícias e grupos de extermínio no Estado. Ao longo dessas investigações da CPI e do
inquérito policial, o ex-cabo da Polícia Militar Otacílio José Queiroz Gonçalves foi apontado
como participante do grupo de extermínio, envolvido com a morte do jovem Eduardo Felipe
Chaves, de 16 anos, morador da Terra Firme e que foi morto em meio aos onze assassinados
ocorridos na “Chacina de Belém”. Otacìlio José Queiroz Gonçalves foi expulso da Polícia

24
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-308085-cabo-da-policia-militar-e-morto-no-
guama.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-400576-ex-pm-e-condenado-a-29-anos-
por-assassinato.html.
110
Militar em procedimento aberto pela Promotoria da Justiça Militar e condenado, por
unanimidade do Tribunal do Júri, a 29 anos de prisão.
Em entrevista ao jornal Diário do Pará, a avó da vítima Eduardo, Maria Auxiliadora
Neves, ressaltou a intenção da família em dar a ele uma “boa educação”: “ele fazia o
primeiro ano do Ensino Médio e me ajudava a vender churrasquinho na rua”. Ainda revelou
à reportagem que usou das economias das vendas para custear o enterro do neto.
De acordo com informações coletadas pelo jornal Diário do Pará, as vítimas da
“Chacina de Belém” foram: Eduardo Felipe Galúcio Chaves, de 16 anos; Bruno Barroso
Gemaque, de 20 anos; Alex dos Santos Viana, de 20 anos; Jefferson Cabral dos Reis, de 27
anos; Márcio Santos Rodrigues, de 21 anos; César Augusto Santos da Silva, sem idade
divulgada; Marcos Murilo Ferreira Barbosa, de 20 anos; Nadson da Costa Araújo, de 18
anos; Jean Oscar Ferro dos Santos, de 33 anos e Arlesonvaldo Carvalho Mendes, de 37 anos.
Ainda foi executada na ocasião uma pessoa com deficiência mental, de nome não divulgado,
apontada pela CPI das Milícias como a 11ª vítima dessa chacina.

04. Chacina em bairros de Belém, Ananindeua e Marituba, ocorrida 20 e 21 de


janeiro de 201725
Nos dias 20 e 21 de janeiro de 2017, foi registrado o total de 28 homicídios em
diversos bairros dos municípios de Belém e Ananindeua (Região Metropolitana de
Belém). Desde sexta-feira, as vítimas foram baleadas por arma de fogo nas ruas, partindo de
homens encapuzados, com características de execução.
Tais crimes ocorreram após o assassinado do soldado da Ronda Tática
Metropolitana (ROTAM), Rafael da Silva Costa, 29 anos, mais precisamente uma hora
depois da confirmação do óbito do soldado. Segundo reportagem do Jornal Diário do Pará,
Rafael Costa foi morto com um tiro na cabeça durante horário de serviço, na manhã do dia 20
de janeiro de 2017, enquanto dirigia sua viatura em perseguição a suspeitos, no bairro da
Cabanagem (Município de Belém).
Em Belém, ainda foram registrados homicídios nos bairros do Bengui, Sacramenta,
Campina, Guamá, Cremação, Condor, Pedreira, Una, Pratinha, Coqueiro e Sideral. Já em
Ananindeua os assassinatos ocorreram nos bairros do Entroncamento, Guanabara,
Curuçambá, Cidade Nova 5, Icuí-Guajará, Águas Lindas e Águas Brancas. Por último, no
Município de Marituba (Região Metropolitana de Belém), a chacina ocorreu no bairro Novo
e no Novo Horizonte.

05. Chacina em bairros de Belém e Ananindeua, ocorrida em 04 de abril de 201726


Após a morte do cabo da Polícia Militar Adson da Silva Baía, no bairro do Maguari,
no município de Ananindeua, em 03 de abril de 2017, registrou-se a ocorrência de dez
pessoas mortas à tiro por homens vestidos de preto e com capuzes que estavam dirigindo
motocicletas, em bairros de Belém e Ananindeua, entre os horários de 19h50 e 23h55.

25
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-391412-dia-de-mortes-reaviva-memoria-da-
chacina-de-2014.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-391387-em-2-dias-24-pessoas-
sao-mortas-na-grande-belem.html.
26
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-403994-corpo-de-pm-e-achado-apos-
latrocinio-em-ananindeua.html. https://g1.globo.com/pa/para/noticia/meu-irmao-nao-era-bandido-diz-parente-
de-vitima-de-serie-de-mortes-na-grande-belem.ghtml
111
De acordo com informações coletadas, Adson Baía não estava com documentos e
nem com a farda, e saíra para deixar a esposa no ponto de ônibus, momento em que foi
abordado por assaltantes que o mataram e levaram os seus pertentes. Somente doze horas
depois foi constatado que a vítima se tratava de um militar.
Em entrevistas realizadas para o site de notícia “G1”, a irmã de Maurício Costa da
Silva, uma das vìtimas, que não quis ser identificada, afirmou que “meu irmão não era
bandido, meu irmão era trabalhador. A minha mãe é deficiente visual, ele que cuidava dela”.
Além disso, conta à equipe de reportagem: “ele estava brincando de bilhar, ele e outros
colegas e chegaram esses homens armados e atiraram neles, tirando a vida deles. Ele tentou
correr, mas infelizmente, infelizmente não deu”.
Além de Maurício, o mototaxista Marcos Roberto Alves da Silva, de 32 anos, foi
assassinado no Conjunto Nova Esperança. De acordo com um familiar desta vìtima, “quando
ele saiu para essa suposta corrida, ele pegou duas jovens. Chegando no local, eles desceram
e logo em seguida eles saíram de trás do poste. Eles estavam bem vestidos e efetuaram os
disparos e roubaram a moto dele, celular, relógio, dinheiro e a sandália dele”. Ainda
acrescenta que: “ele não tinha rixa com ninguém. Ele não tinha inimizades. Ele era um rapaz
muito alegre, muito trabalhador e isso foi uma surpresa”.

06. Chacina no Distrito de Icoaraci, ocorrida em 04 de maio de 201727


No Distrito de Icoaraci, em 04 de maio de 2017, quatro pessoas foram
assassinadas à tiros por homens em uma motocicleta. Tais execuções aconteceram 24h
após o homicídio do soldado da PM Ronivaldo Naton Pires Barreto, o qual foi morto
enquanto atuava como segurança particular em estabelecimento comercial, próximo da
Avenida Augusto Montenegro.
Neste contexto, mesmo fora de horário de serviço, Ronivaldo Barreto foi
reconhecido como policial militar durante o assalto, razão pela qual teria sido atingido com
três disparos, vindo à óbito no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. De acordo
com reportagem do portal de notícias G1, o soldado foi baleado por três suspeitos armados
que invadiram o local.

07. Chacina no bairro da Condor, ocorrida em 06 de junho de 201728


No dia 06 de junho de 2017, por volta das 22h, cerca de dez homens encapuzados
desceram de três carros e fecharam a rua Nova II, no bairro da Condor, localizado no
município de Belém, iniciando um tiroteio contra pessoas que assistiam um jogo de
futebol em um bar. De acordo com testemunhas, não houve um alvo específico e se tratou de
atuação de milicianos (ou membros de grupos de extermínio).

27
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-411626-policial-militar-leva-tres-tiros-em-
icoaraci.html. https://g1.globo.com/pa/para/noticia/morre-pm-atingido-por-disparos-no-distrito-de-icoaraci-em-
belem.ghtml.
28
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-421672-encapuzados-matam-5-e-ferem-15-
pessoas-na-condor.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-421682-vitimas-assistiam-tv-
quando-os-tiros-comecaram.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-421791-diretor-do-
rancho-foi-vitima-de-chacina-na-condor.html; https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-431033-
um-mes-apos-chacina-a-vida-nao-e-mais-a-mesma.html.
112
No total, foram mortos quatro homens e uma mulher, com faixa etária entre 26 e
45 anos de idade. Na ocasião, foram atingidas ainda catorze pessoas. Entre os feridos, tem-
se um casal de crianças, a menina, de 04 anos, foi atingida na cabeça e o menino, 05 anos, foi
ferido em um dos pés.
No local, morreram Rodney Vasconcelos Silva, 26 anos; Jairo Lobato Pimentel, 38
anos; e Sebastião Souza Pereira, 46 anos. Entre as vítimas fatais que morreram no hospital,
tem-se Ricardo Botelho, conhecido como “Suìno”, segundo diretor de bateria da escola de
samba “Rancho Não Posso me Amofiná”.
Em reportagem publicada pelo Jornal Diário do Pará um mês após a chacina,
familiares das vítimas ainda se emocionam ao lembrar do ocorrido. Entre elas, a sogra de
Evandro dos Santos Sá, morto aos 37 anos, relata: “Jesus está conformando a gente. Agora
eu choro porque já tenho esta idade e me emociono. O Evandro era uma pessoa de bem,
trabalhador, nunca deixou nada faltar para os filhos”. A cunhada de Evandro ainda afirmou:
“estamos com muita saudade dele, era uma pessoa muito brincalhona, principalmente nesta
época de julho, é triste relembrar. Foi um choque muito grande. O filho dele teve que fazer
acompanhamento na psicóloga, porque entrou em depressão pelo trauma. Ele estava com o
pai na hora [do assassinato], viu o pai ali”. Uma das moradoras, que também não quis se
identificar, relatou que “nunca mais foi a mesma coisa depois que aconteceu. A gente fica
com medo ainda. Ninguém fica até tarde na rua. Antes, era superdivertido, as pessoas se
sentavam na porta de casa e as crianças podiam ir para a rua”.
Por último, houve relatos também de pessoas que mudaram a sua rotina de trabalho
na região, como é o caso de uma dona de um ponto de venda de churrasco, “antes eu
mantinha a venda aberta até 23h. Hoje eu fecho às 19h e me tranco em casa. Foi horrível,
um choque muito grande para todos aqui, mataram pessoas de bem, então parei de trabalhar
até mais parte por medo”.

08. Chacina nos bairros Distrito Industrial, 40 horas e Icuí-Guajará, em


Ananindeua, e bairro do Tapanã e Conjunto Satélite, em Belém, ocorrida em 09
de abril de 201829
Entre 14h e 18h, em 09 de abril de 2018, homens em motocicletas executaram à
tiros dez pessoas entre 18 e 30 anos. Esses assassinatos ocorreram horas após o óbito do
policial militar Ivaldo Joaquim Nunes da Silva, baleado no bairro da Sacramenta, no
município de Belém. No dia 08 de abril, também morrera o cabo da PM Ernani Costa à tiros,
no bairro do 40 Horas, em Ananindeua. De acordo com o jornal Diário do Pará, pode-se
atribuir a ocorrência da referida chacina em 09 de abril às mortes desses policiais.
O site de notícias “G1” informou que a Secretaria de Estado de Segurança Pública
(SEGUP), após a confirmação das mortes, anunciou a criação de um gabinete especial criado
com os comandos de policiamento civil e militar com a finalidade de reforçar o policiamento
no município de Belém e Região Metropolitana.

29
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-501958-ex-pm-e-morto-sem-a-menor-
chance-de-defesa-em-benevides.html. https://g1.globo.com/pa/para/noticia/ananindeua-registra-serie-de-
homicidios-nesta-segunda.ghtml.
113
09. Chacina no bairro do Tapanã, em Belém, ocorrida em 29 de outubro de 201830

Após cinco dias do assassinato do sargento da Polícia Militar João Batista Menezes
Dias, morto após ser baleado na cabeça enquanto retornava para casa após o trabalho, dez
pessoas entre 18 a 25 anos foram mortas e três ficaram feridas, no dia 29 de outubro de
2018, a partir das 18h, no bairro do Tapanã, no Município de Belém. De acordo com
documento emitido pelo Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará, todos os crimes
foram cometidos com armas de fogo.
Apenas alguns dias depois, a Polícia Civil apenas tinha conseguido confirmar os
nomes de duas vítimas, até então: Manoel Evilásio dos Santos, de 25 anos, e Moisés Pereira
de Moraes, de 22 anos.

10. “Chacina de Pau D’Arco”, ocorrida em 24 de maio de 201731


No dia 24 de maio de 2017, em uma fazenda chamada Santa Lúcia, localizada no
municìpio de Pau D‟Arco, Região Sudoeste Paraense, dez trabalhadores rurais foram
assassinados por policiais civis e militares, sendo 09 homens e 01 mulher.
Em um primeiro momento, a Polícia defendeu a narrativa de que esses óbitos teriam
sido resultado de um “confronto” entre a polìcia e posseiros. De acordo com esta versão, os
agentes das polícias foram até a fazenda com a finalidade de cumprir 14 mandados de prisão
e de busca e apreensão, ocasião em que foram recebidos por tiros e, assim, revidaram. Foram
apreendidas onze armas de fogo, como rifles, espingarda e pistola, bem como munição e
colete à prova de balas.
Contudo, em declaração do delegado geral da Polícia Civil do Pará, do dia 12 de
julho de 2017, foi admitido pela primeira vez que, de acordo com os laudos de local do
crime, cadavérico e balística, tratou-se de execução, e não de confronto. Esse depoimento
do delegado ocorreu logo após a divulgação do resultado de um dos laudos, o qual
demonstrou que pelo menos cinco das mortes foram provocadas por tiros de uma mesma
pistola, a de calibre “.40”, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Nesse mesmo contexto, o diretor-geral do Centro de Perícias Científicas Renato
Chaves, Orlando Salgado, afirmou também que ao menos duas pessoas foram mortas com
tiros disparados por armas da Polícia Civil. Após isso, o então governador do Estado Simão
Jatene, admitiu que o que ocorrera fora “uma chacina”, deixando a entender assim a
intencionalidade dos policiais de executar as vítimas. Em razão disso, 15 policiais, entre eles
13 militares e 02 civis, foram presos preventivamente após terem sido acusados de terem
atuado na “Chacina de Pau D‟Arco”. Contudo, em junho de 2018, o Superior Tribunal de
Justiça decidiu pela liberdade dos acusados.

11. Chacina no bairro do Guamá, em Belém, ocorrida em 19 de maio de 201932

30
Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2018/10/29/chacina-no-tapana-deixa-cinco-mortos.ghtml.
31
Fontes: https://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-510633-chacina-em-pau-darco-um-ano-de-
crimes-sem-solucao-e-familias-voltam-a-ocupar-area.html;
https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-417531-10-sem-terras-sao-mortos-em-confronto-com-
a-pm.html.
114
No dia 19 de maio de 2019, onze pessoas, sendo cinco mulheres e seis homens,
foram executadas em um bar localizado na Passagem Jambu, no bairro periférico do
Guamá (Belém). Uma das vítimas era dona do bar e outro homem, Anderson Gonçalves dos
Santos, chegou a ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme.
Algumas pessoas conseguiram se esconder no fundo do estabelecimento e não foram
atingidas.
Segundo testemunhas que não quiseram se identificar, os disparos foram efetuados
por sete homens encapuzados que, em uma moto e três carros, chegaram no local. A
maioria dos tiros atingiram a cabeça das vítimas.

12. Chacina em presídio de Altamira, sudoeste do Pará, ocorrida em 29 de julho de


2019; e execução de quatro presos durante transferência de presídio, ocorrida
em 31 de julho de 201933
De acordo com informações da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará
(SUSIPE), detentos do Centro de Recuperação Regional de Altamira iniciaram uma rebelião
que durou durante cerca de cinco horas na manhã do dia 29 de julho de 2019. No episódio,
foram executados 58 detentos, sendo 16 decapitados e o restante asfixiados. Segundo
reportagem do G1, a unidade prisional de Altamira tinha apenas capacidade para acolher 200
pessoas, mas era ocupada por 311 presos.
Um conflito entre organizações criminosas teria provocado a rebelião, em que, de
acordo com a SUSIPE, membros de uma organização criminosa chamada “CCA - Comando
Classe A”, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC, São Paulo), invadiu o anexo em
que estavam os internos de um grupo rival ligado à organização criminosa “Comando
Vermelho”. Essa mesma sala foi trancada e os presos atearam fogo nela, de forma que a
fumaça invadiu o anexo e 42 detentos morreram asfixiados. A ação teria começado às 7h da
manhã e terminado às 12h. Essa chacina é tida como o terceiro maior massacre ocorrido
em presídios no Brasil, após o massacre da Penitenciária de Carandiru em 1992 (111
mortos, São Paulo) e o massacre do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (67 mortos, Manaus,
Amazonas).
Posteriormente, na noite do dia 31 de julho de 2019, quatro detentos foram mortos
durante uma transferência do presídio de Altamira, sob custódia do administração
penitenciária do Estado do Pará, o que eleva a 62 o número total de mortos na chacina. A
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) informou que os presos
eram da mesma organização. O laudo pericial comprovou que a causa da morte foi o
estrangulamento.

32
Fontes: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/05/19/tiroteio-em-bar-deixa-mortos-em-belem.ghtml;
https://www.diarioonline.com.br/noticias/policia/noticia-596531-chacina-no-bairro-do-guama-deixa-11-mortos-
neste-domingo.html.
33
Fontes: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/07/29/rebeliao-deixa-mortos-no-presidio-de-altamira-
sudoeste-do-para.ghtml; https://www.metropoles.com/brasil/pa-4-presos-de-altamira-sao-mortos-durante-
transferencia-de-presidio; https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/07/31/pericia-confirma-que-detentos-
envolvidos-no-massacre-em-altamira-foram-mortos-estrangulados-durante-transferencia-diz-secretario.ghtml.
115
2. Os desenhos do processo de Extermínio

Desses (breves) relatos, podemos tirar algumas informações referentes ao processo de


Extermínio da Juventude no estado do Pará. As 12 chacinas acima descritas podem ser de
fato consideradas como a parte mais visível da lógica exterminadora. Podemos notar que
duas chacinas entre as 12 sobre quais relatamos são relacionadas a uma situação específica. A
primeira, a chacina de Pau d´Arco (número 10 de nossos relatos), atribuiu-se a 15 policiais
militares e civis a responsabilidade da execução de 10 trabalhadores rurais sem-terra,
provavelmente por encomenda de um latifundiário local. A segunda, a chacina de Altamira
(número 12), ocorreu em uma Penitenciária do estado do Pará, na Região Sudoeste Paraense,
à beira da famosa estrada Transamazônica, e trata-se de uma guerra entre organizações
criminosas ligadas às duas maiores facções do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC,
fundado em São Paulo), e o Comando Vermelho (CV, fundado no Rio de Janeiro).
As dez outras chacinas relatadas, todas ocorridas na Região Metropolitana,
demonstraram certos pontos em comum que podem indicar certo padrão nas chacinas desta
região. A maior parte dessas chacinas (05) tem um número de vítimas aproximado de 10-11
pessoas, 04 delas contam 04 a 06 vítimas e apenas uma delas consta com 28 pessoas
executadas. Pelo que parece, o número de 04 vítimas é determinante para chamar o
homicídio múltiplo de chacina, ainda que os jornalistas do Diário do Pará, em várias
ocasiões, falaram de “chacina” ou “começo” de chacina” para assassinatos referentes a 01,
02 ou 03 pessoas. O número de executores, porém, não parece constituir um elemento
determinante para caracterizar uma chacina: 06 casos, este número não é indicado pelos
jornalistas e, nos outros casos, o número de executores varia entre 03 e10 pessoas, chegando
a atingir 15 pessoas no caso específico do massacre de Pau d´Arco. Os alvos das chacinas
não parecem ser precisos, sobretudo quando se trata de uma reação após a morte de um
policial. Os relatos dos testemunhos dessas chacinas muitas vezes descrevem os executores
como pessoas atirando em pessoas “com atitude suspeita”, parecendo e tendo a mesmo cor de
pele e estilo vestimentar de que certos delinquentes conhecidos dos bairros de periferia. Neste
processo, relatam os testemunhas, executa-se estudantes, deficientes mentais ou até crianças
que tinham feito o grande erro de encontrar-se na rua no momento exato da chacina.
Podemos também observar que todas as 10 chacinas acima relatadas confirmaram a
prática de execuções concomitentes, reunidas por uma mesma intencionalidade. O fato
de que os alvos das execuções não são muito precisos não desqualifica a tese da
intencionalidade: a partir do momento em que as Polícias ou Grupos de Extermínio ou
Mílicias determinam que a população de um bairro é a priori suspeita, toda vítima jovem
negra com estilo vestimentar típico da periferia (sort sem camisa, roupas de rap ou de funk,
etc.) se torna um suspeito potencial, candidato à execução sumária, condenado ao
Extermínio. Em fase ulterior desta pesquisa, com a análise qualificada das entrevistas
realizadas com familiares de vítimas e com jovens de periferia, poderemos confirmar melhor
esta hipótese.
Desde já, podemos citar o testemunho da Dona Lene, mãe de uma vítima de
homicídio e moradora de um bairro da periferia de Belém, que mostra o quanto os moradores
de periferia correm risco de vida em falar das práticas exterminadoras em Belém do Pará. Ela
nos contou que, na hora do assassinato de seu neto por um policial militar:
116
Teve uma pessoa que pediu que não fizesse isso com ele... “Não faça isso que eu
conheço esse jovem”. Eu não posso falar dessa pessoa, mas ele disse que era pra ele
fechar a boca e deu um empurrão na esposa dele e disse que se ele falasse ele ia dar um
tiro nele. Aí eles entraram para a casa deles, eles conheciam o Cássio, porque moravam
perto. Eu não posso falar dessa pessoa”. (Entrevista 01B com “Lene”, realizada por Jean-
François Yves Deluchey, maio 2019).

Neste contexto, vale notar que 06 chacinas sobre as 10 da RMB foram deflagradas na
sequencia do assassinato de um policial, o que mostra a relação forte das políticas e dos
agentes locais de repressão criminal com a realização das chacinas. Nas 10 chacinas em
estudo, pelo menos 03 chacinas tiveram participação de policiais, e em pelo menos 06 das 10
chacinas, os executores vestiam capuzes para não serem reconhecidos. A maior justificativa
apresentada pelos jornalistas são justamente ligadas ao assassinato prévio de um policial,
como se essa morte pudesse, por si só, justificar a morte em série de 04 a 28 pessoas! Aliás,
os jornalistas, como podemos verificar nos relatos acima, são mais propensos a comentar as
mortes de policiais de que a morte de cidadãos não policiais, inclusive dos menores de idade.
Esta escolha jornalística demonstra o quanto a morte de pessoas de periferia não causa
impacto na imprensa local paraense e no seu leitorado de classe média ou alta. A
naturalização dessas mortes, a aceitação de que não precisa ter nenhuma explicação ou
justificativa (além da morte prévia de um policial, por exemplo) constitui o quadro de
referencia da lógica exterminadora em relação à juventude negra de periferia na Amazônia.
Os discursos dos jornalistas parecem cobrir qualquer erro ético dos policiais; assim, em
grande parte dos casos, o jornalista não raro indica, como se fosse informação capital e
revelante em relação à prática exterminadora, que “a vìtima X foi levada pelos policiais ao
hospital mais próximo onde, infelizmente, faleceu por causa da gravidade de seus
ferimentos”, como se esta informação fosse apresentar alguma justificativa a letalidade
perpetrada pelos policiais no estado do Pará.
A nossa coleta de informações no jornal Diário do Pará nos revelou um dado bastante
importante: em 9,2% dos casos de homicídios de pessoas de 0 a 29 anos, os jornalistas
indicam a presença muito próxima de policiais militares (415 casos sobre 4989) e de policiais
civis (43 casos sobre 4989). Este dado poderia indicar a boa repartição da malha policial
sobre a Região Metropolitana de Belém, mas devemos lembrar ao leitor que durante todo o
período 2010-2018, o modelo de policiamento escolhido não é o policiamento comunitário,
presente e próximo das comunidades de bairros, mas bem o modelo reativo-emergencial, que
desloca patrulhas de um ponto a outro apenas em caso de distúrbio averiguado da ordem e da
segurança (DELUCHEY, 2015a). De fato, esse dado, complementado com vários
testemunhos de jovens e familiares de vítimas do Extermínio, pode trazer dúvidas sobre o
envolvimento de alguns policiais no encobrimento da chacina ou da fuga dos executores,
mesmo que não haja, fora da via investigativa e judicial, modos empíricos de comprovar esta
hipótese.
De forma mais geral, esses dados e os testemunhos coletados por nossos
pesquisadores indicam claramente a existência de “Grupos de Extermìnio”. A “CPI das
Mìlicias”, no seu relatório de 2015, chegou também a esta conclusão:
Destacamos que no caso de Belém, contamos com a presença apenas de uma milícia que
apresenta características bem peculiares, diferente das milícias do Rio de Janeiro. Na
periferia de Belém elas representam algo bem recente, surgem com a proposta de uma
117
“segurança privada”, combatem pequenos assaltantes que praticam roubos na área e
protegem comerciantes. É justamente nessa relação que envolve os comerciantes dos
bairros populares e policiais militares que a milícia em Belém se forma. Trata-se de
grupos compostos principalmente por homens ligados às forças de segurança do Estado,
reformados e na ativa, provenientes das polícias civil, militar, do corpo de bombeiros e,
em casos mais esporádicos, das forças armadas. Apoiadas em um discurso fortemente
moralista centrado na promessa de ordem e paz, estes grupos dominam e exploram áreas
antes controladas pelo tráfico de drogas. Ao ocupar uma comunidade, as milícias
“eliminam” o tráfico de drogas no varejo, mas passam a explorar as demais atividades
ilegais existentes no território. [...] Assim, seu entendimento e definição “consiste na
identificação da atuação de grupos criminosos os quais contem ou não com a
participação de agentes do sistema de segurança pública nos moldes do Art. 288-A do
CPB, num determinado espaço: bairro, cidade, região. Simulando “poder de polícia”,
através da venda de “proteção” e tendo como condutas criminosas mais comuns a
prática do extermínio, a extorsão mediante seqüestro, e a associação para o tráfico de
drogas. Independentemente do nível ou estágio de organização e sofisticação”. (ALEPA
& BORDALO, 2015: 27-28):

Mais de que uma verdadeira mílicia organizada, temos maiores indícios da existência
de Grupos de Extermínio, com fortes ligações ou com a participação direta de agentes
policiais ou ex-policiais. Um de nossos entrevistados, jovem morador do bairro periférico de
Terra Firme, contou como, uma vez, conversando às 22h com um amigo em um bar deste
bairro onde o toque de recolher a noite é uma prática cotidiana, ele teve medo de ser
executado por um desses grupos. Ele descreve, na sua fala, que um carro com vidros escuros,
estranho à vizinhança, estacionou do lado dos dois amigos e como ele chegou a perceber que
a pessoa sentada verificava, no seu “tablet”, os rostos de vários fotos de prováveis pessoas
foragidas da justiça ou de delinquentes conhecidos do bairro. Ele soube, na hora, que se o seu
rosto ou o do amigo dele aparecessem no “tablet” desta pessoa, eles iam ser imediatamente
executados. Difícil é imaginar, para quem não é jovem negro e pobre de periferia no Brasil, o
quanto sua vida é absolutamente matável, por erros passados, por um detalhe físico ou uma
ventimenta parecida com uma de delinquente (urban wear), ou simplesmente por estar no
lugar errado na hora errada. Difícil também é aceitar que esse tipo de morte não seja
reconhecido como um escândalo nas ultraperiferia do capitalismo, onde sua morte não é
“passìvel de luto”.

118
3. Vozes silenciadas nos falam sobre anomia 34

Em uma sociedade apartada, na qual o estigma da violência repousa essencialmente


sobre negros e pobres, é difícil registrar falas que não reproduzam de alguma forma os traços
principais deste estigma quando se trata de violência letal na sociedade brasileira. Nossa
equipe de pesquisa, para conhecer melhor este fenômeno do Extermínio da juventude de
periferia, escolheu entrevistar as mães de algumas vítimas de homicídios. Pensamos que,
recorrendo às pessoas que lhes amavam mais35, poderíamos acessar um conhecimento das
vítimas por além do estigma social e midiático que captura os jovens de periferia no Brasil e
na Amazônia.
As entrevistas foram realizadas por dois pesquisadores da equipe: Jean-François Yves
Deluchey entrevistou um grupo de mães que moram na Região Metropolitana de Belém no
mês de maio 2019, e Amanda Pimentel dos Santos entrevistou mães de vítimas em uma das
cidades do Interior do Pará entre as mais marcadas pela violência letal contra sua juventude,
Igarapé-Miri, na região Nordeste do Pará, em abril 2019. Todos os nomes das pessoas citadas
aqui são fictícios, para poder preservar o anonimato e a segurança de nossas testemunhas.
Escolhemos redigir esses nomes fictícios em itálicos no intuito de diferenciá-los dos nomes
verdadeiros usados neste relatório.
A grande maioria das entrevistas realizadas, aliás, será analisada em uma fase
posterior à redação deste relatório, mas avaliamos que valia a pena trazer algumas falas
dessas mães para mostrar o quanto as mortes “não passìveis de luto”, e o fenômeno do
Extermínio da Juventude periférica na Amazônia, não se limita a alguma tinta nas colunas de
um jornal, ou um número numa série estatística.
As entrevistas das mães moradoras da Região Metropolitana de Belém foram
realizadas no local de uma ONG de defesa dos direitos humanos, paralelamente a uma “Roda
de Conversa com Mães de Vìtimas de Violência”. Nesta roda, que aconteceu em dois
momentos distintos, uma mãe chamada Regiane contou como começou a construir o
movimento a partir do caso da Chacina de 2014, quando seu filho Robert foi morto. Regiane
testemunhou que, no início, ela não sabia de nada, mas ela foi procurar informações porque
ela se deu conta que a imprensa falava inverdades sobre o assassinato de seu filho. A partir
daí, ela foi procurar as mães de outras vítimas, uma por uma, no intuito de, coletivamente,
cobrarem respostas quanto aos “casos” de seus filhos. Regiane afirmou na Roda que pouco a
pouco ela foi percebendo o quanto isto era importante não apenas para ela, mas para todas as
mães de vítimas.
Regiane julga que sua experiência neste processo, todos os acontecimentos que
ocorreram com ela, lhe provaram a ilegalidade de tudo o que estava ocorrendo. Disse que
com as informações coletadas sobre os “casos” dos filhos do coletivo de mães, ela tentou

34
Parte desses relatos e diários de campo foram elaborados em conjunto com Amanda Pimentel dos Santos,
Mestranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e com Gustavo
Ferreira de Queiroz, Mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP).
35
A estrutura do patriarcado no Brasil faz com que não conheci, em Belém, nenhum grupo de pais de vítimas de
homicídios. Conhecemos, no entanto, vários irmãos, pais ou padrastos acompanhando as mães nas lutas por
justiça.
119
denunciar para imprensa as ilegalidades por elas constatadas. Chegou a recorrer à Ouvidoria
do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (SIEDS), órgão diretamente
subordinado ao Conselho Estadual de Segurança (CONSEP), este último composto de
representantes de vários órgãos governamentais e várias ONG de defesa de direitos humanos.
Também recorreu a uma ONG de defesa dos direitos humanos (na qual realizamos a “Roda”
e várias entrevistas). Entre outras coisas, os profissionais desta ONG deram vários conselhos
às pessoas presentes: 1) ter cuidado com o que falava, 2) afirmar apenas o que ela tinha
absoluta certeza, 3) escolher rigorosamente as pessoas com quem falava, 4) ter cuidado com
o que elas falam por meio de seu celular.
Regiane, desde a sua adesão à „Roda”, diz sempre “correr atrás das mães”, e confessa
que ela se sente uma “milìcia das mães”, porque sempre vai buscar as mães e insiste para elas
virem participar. Conta, inclusive, que uma das mães presentes, Marlene, que tinha tido um
filho recentemente assassinado no bairro do Comércio em Belém, e é sua amiga e conhecida,
veio para a atividade de hoje porque ela a chamou diversas vezes. Disse, inclusive, que “senti
o luto do filho dela, mas não senti o do meu filho”, lembrando assim que assumir um luto por
si é um esforço descomunal, e que a prática da solidariedade leva a uma empatia saudável em
relação ao seu próprio luto.
Por causa de sua condição, comparou-se à própria Marielle Franco (vereadora
assassinada no Rio de Janeiro no dia 14 de março de 2018, por ter lutado contra o poder das
milícias): “Eu sou uma Marielle, nós somos uma Marielle”, afirmando ainda que “Se eu tiver
que morrer pelo meu filho, eu vou morrer. Meu medo nunca foi maior do que o meu amor
pelo meu filho”.
Por outro lado, outra mãe de vítima, chamada Odete, confessa que “existem muitas
mães que se calam por medo”. Odete afirmou que as milícias (ou os grupos de extermínio)
estão sempre próximas dos bairros onde vive, na periferia do Município de Ananindeua
(Região Metropolitana de Belém). Odete testemunha que, por causa dessa insegurança, ficou
muito difìcil realizar os encontros de mães na sua casa, porque sempre passam vários “carros
pratas” por perto (veículo que a imprensa regularmente atribui a um dos grupos de extermínio
que roda a periferia de Belém). Da mesma forma, também não estão mais realizando
encontros na igreja, porque recentemente, em 2018, um jovem chamado Roger foi
assassinado saindo de um culto. Disse que por conta dessa situação já está muito cansada e
que não espera mais a justiça dos homens, e que está à espera da justiça de Deus.
As falas das mulheres mães de vítimas sempre retratam uma enorme desconfiança (e
um grande desespero) em relação às instituições públicas encarregadas de dar uma resposta
aos “casos” de seus filhos, sejam instituições policiais, Ministério Público ou Poder
Judiciário. Essas mães têm suas vozes silenciadas. No Estado, no bairro, na vizinhança elas
testemunham de seu isolamento, de seu estigma, de seu abandono. O estigma delas: os seus
filhos foram mortos assassinados. Em um contexto onde os discursos sobre violência e crime
são discursos que matam, pouco importa, a rigor, que o filho deles seja um pequeno
delinquente, um estudante, ou um carpinteiro. Se for da periferia, a vida dele pode ser
ceifada. Se for da periferia, e se for negro, tem muitos motivos para ser morto. Se for da
periferia e trabalhador, sempre há a suspeita de que, no fundo, algum motivo existia para ele
acabar assassinado. Nessas condições, o controle social sobre as mortes de jovens moradores
dos bairros periféricos se limita ao registro. Não existe real interesse em entender o que

120
aconteceu por esta pessoa ser morta, nem existe um real interesse por descobrir o executor do
crime, já que “ele devia ter lá seus motivos”. As mães de vítimas do Extermínio testemunham
que as “comunidades” dos bairros, se ela não for completamente controlada por um
narcotraficante, tenta esquecer e inviabilizar essas mortes que fazem parte de seu cotidiano.
Essas comunidades não podem expressar o luto para cada um de seus mortos; há mortes
demais para serem enlutadas. Essa recusa prática do direito ao luto, a um luto considerado
absurdo, sem sentido, deslegitimado, recai sobre as mães das vítimas. Uma mãe, chamada
Stefany, testemunha:
Quando é bandido pra eles, tá bom. Até o povo aqui fala “Foi bandido, então é menos
um”. É o povo também, teve dia assim que aconteceu tanta morte que a gente acordava
com o coração na mão, de sair de casa e ouvia “olha, mataram fulano”. Eu já acordava e
pensava “será que mataram alguém?”. Tanto era que eu acordava e já tinham matado
alguém. (Entrevista 07A. realizada por Amanda Pimentel dos Santos)

Pedir para uma mãe ou uma avó lhe contar da morte do filho ou do neto é um
exercício complexo de epistemologia científica. A emoção aflora muitas vezes, as
interrupções para conter ou deixar correr lágrimas e soluços são frequentes, e não raro a
emoção atinge e destabiliza também o entrevistador. Após a entrevista, Lene voltou em
prantos na sala onde aguardavam as outras mulheres da “Roda de Conversa”, ganhou abraços
e palavras de reconforto. Mais uma vez, ao longo dos 03 anos depois da morte de seu neto
Cássio, Lena teve que passar por isto de novo: testemunhar da morte de seu neto,
testemunhar do horror com o qual sua vida foi submergida uma noite de novembro de 2016.
Este coletivo de mulheres, mais uma vez, mostrava a sua força de comunidade de afeto e de
luta por justiça, provando a cada uma de seus membros que se, por um lado, nunca mais será
a mesma, por outro lado, nunca mais andará sozinha. Os relatos das mortes dos filhos e netos
dessas mulheres foram todos específicos, e pareciam não ter relação entre si. As mortes
desses jovens apenas se uniam na dor sentida por essas mães e essas avós, e nos números de
homicídios que compunham as estatísticas emitidas pelas polícias ou pelo Ministério da
Saúde.
O relato da avó do Cássio, Dona Lene, tem de ser restituído na íntegra, por mostrar a
insegurança vivida pelos jovens e as famílias na periferia de Belém:
... nesse dia ele falou pra mim que ele falou com o pai dele e o pai dele queria jantar.
Nesse dia era aniversario de um esposo da minha sobrinha, que era prima dele e ele falou
assim “Eu não vou pra aula hoje, porque eu quero comprar um peixe pro meu pai pra
gente jantar e tem um aniversário pra gente ir”. Ele tinha uma namorada, essa namorada
tinha três filhos e ela morava numa vila próximo de casa, na [rua] ligação, na Terra
Firme. Ele estava em casa e essa namorada dele estava em uma loja e ele foi buscar ela
no serviço. Quando eles chegaram, ele disse que eles iam na feira comprar o peixe para o
pai lanchar e ela foi com ele. Nessa hora, minha sobrinha chegou, ela estudava com ele e
falou assim “tia, liga pro Cássio e diz pra ele vir embora, porque está acontecendo
matança e todo mundo esta falando aqui que é pra entrarem nas suas casas” e ela ligou
pra ele e ele disse que estava na feira, mas que já estava indo. Ele veio, chegou, foi na
casa da namorada e se encostou na casa do pai dele e depois voltou. Na volta dele, ele
entrou lá na vila que eu moro, lá é casa de herança e se mora família, estava lá meu
esposo, minhas tias, a gente estava sentado lá conversando. Nesse momento que ele vem,
eu estava lá em cima em casa e meu esposo estava na vila e quando eu ouvi “Cássio,
Cássio”, e ela disse que veio chamar o Cássio pra ele ficar ou trazer a menina que tinha
06 anos. Ele saiu da vila e veio pra frente de casa e ela falou se ele não ia fazer o peixe,
121
que era pra ele ir pegar a menina e trazer pra cá. Aí meu esposo disse pra ele ir, mas não
demorar. Quando ele foi, ele pegou pelas costas dela e foi dando beijo nela. Nesse dia ele
cortou o cabelo e ele nunca tinha tirado a roupa (choro) ... porque ele sempre lavava e ele
estava na igreja e nesse dia tinha um evento na igreja. Quando ele dobrou a esquina, eu
estava no pátio de casa, quando eu vi as motos chegaram e era muito gente correndo,
pedindo socorro, tinham vários alunos vindo da aula, isso era umas 19h. e ele dobrou,
quando ele dobrou as motos chegam, quando eu vi as motos eu disse “Meu Deus!”. Era
muita moto, muita moto! E eles estavam todos encapuzados e eu estava com um
vestidinho bem velhinho e eu estava com a chave, mas nesse dia eu estava muito nervosa
que eu procurava a chave e não conseguia achar, porque estava só eu em casa. Eu disse
“Meu Deus, eu tenho que sair daqui, eu tenho que ver meu neto!”. Ai eu sentei, me
controlei, peguei a bíblia e li um versículo e disse “Meu pai do céu, não quero que me
aconteça nada”. Aí eu desci, quando eu desci eu achei a chave, abri e saí correndo.
Quando eu saí correndo para a rua, eu vi ela com a mão no rosto. Quando eu saí pra rua,
eu desmaiei. Quando eu voltei de novo, ela estava lá, mas ela não falava, porque ela
estava em estado de choque. Eu peguei no braço dela e perguntava onde estava o Cássio
e sacudia ela. Aí eu larguei ela e saí correndo e ele estava jogado no chão morto, deram
cinco tiros. Eles deram um chute nele, bateram na cabeça dele com revolver, maltrataram
muito ele lá. E ainda estava a bala lá na mão e o resto estava tudo na cabeça dele. Eu
fiquei desesperada! Eu saí, fui na casa do meu irmão que estava na casa da namorada e
disse “mano, Paulo, Paulo, me socorre, acabaram de matar o Cássio!”, ele disse “pára,
tu tem cada brincadeira, eu saí e ele estava lá na vila”. Aí eu saí e vim, peguei, foi na
hora que o meu esposo foi na delegacia e chamou o pai dele. Foi horrível! Era muita
gente se escondendo, eles mandaram fechar os comércios e mandaram todo mundo
entrar. Foi horrível! É uma cena que eu nunca esqueço, toda vez que eu lembro disso é
um desespero, mexe muito com o meu coração.” (Entrevista 01B com “Lene”, realizada
por Jean-François Yves Deluchey. Maio 2019).

Perguntamos a Dona Lene quem era “eles” que mataram o neto dela. Dona Lene
respondeu que não sabia, porque eles estavam encapuzados, mas que ela soube depois que
“quem matou foi um policial”. Perguntamos então se ela sabia do motivo da morte do neto;
Dona Lene respondeu:
Eles estavam matando qualquer pessoa que eles encontrassem, porque todos os 12 que
eles mataram ... o primeiro que eles mataram foi o meu e saíram depois matando quem
eles encontravam na rua. Mataram um jovem que era especial, ele estava lanchando. A
mãe dele até faz parte aqui do movimento de mães” (Entrevista 01B com “Lene”,
realizada por Jean-François Yves Deluchey. Maio 2019).

O testemunho de Dona Lene mostra o quanto a morte de um jovem de periferia é


aleatória, e mostra o quãos irracionais são os discursos que matam e legitimam a morte
arbitrária desses jovens, e negam à sociedade e às próprias famílias o direito ao luto. Um dos
argumentos permitindo “justificar” o Extermìnio é que esses jovens se encontrariam
envolvidos com drogas, sejam como traficantes, sejam como usuários. Os testemunhos das
mães que entrevistamos não evidencia essa relação, mesmo que, em cada caso, é
sistematicamente relatado o suposto “envolvimento com drogas”:
Teve gente que falou que ele estava vendendo (drogas), porque usuário, na época da
infância dele, eu conversava muito disso com ele. Inclusive não sei se eu ainda tenho
caderno dele aí, aqueles cadernos que a gente dividia todas as páginas das matérias e eu
colocava assim: “Diga não às drogas”. Em todas as partes do caderno dele tinha e eu
sempre chamava atenção dele ter saído de noite, de ter se metido em alguma confusão e
eu falava pra ele “Meu filho, você está usando drogas? Não é possível você agir desse
122
jeito, a gente nem briga na sua presença, por que está acontecendo isso?” e ele dizia:
“Mãe, não repita isso, porque eu não uso droga. Se eu usasse droga, não tinha nada na
sua casa”. Se ele usava, eu nunca soube, porque eu cansei de ter celular bom, coisas
boas, e ele vivia aqui comigo. [...] Então se ele usasse, ele levava aquele celular, ele
pegava as coisas daqui de casa, ele vendia as coisas da casa da família dele, da mulher
dele. [...] Então aqui na minha casa, ele nunca trouxe, se alguma vez ele usou ou vendeu,
como na época da morte dele, que teve tantos comentários, um era de que ele estava
vendendo droga, dizendo que foi por briga de território, outro que foi por causa de uma
menina que ele andava. São tantos comentários que eu não sei qual foi o verdadeiro.
(Entrevista 01A “Maria”, 18/04/2019, realizada por Amanda Pimentel dos Santos)

Rico dessas informações, que precisarão ser complementadas por uma análise
sistemática e rigorosa das entrevistas que realizamos em 2018 e 2019, vamos tentar, a partir
de uma pequena introdução sobre a política de segurança pública e a política criminal no
Brasil, oferecer pistas de explicação do Extermínio da juventude negra periférica na
Amazônia e no estado do Pará.

123
CAPÍTULO IV. A justiça criminal como tanato-política

E se é verdade que o poder político acaba a guerra, tenta impor a paz na sociedade civil,
não é para suspender os efeitos da guerra ou neutralizar os desequilíbrios que se
manifestaram na batalha final, mas para reinscrever perpetuamente estas relações de
força, através de uma espécie de guerra silenciosa, nas instituições e nas desigualdades
econômicas, na linguagem e até no corpo dos indivíduos.
Michel Foucault. Em defesa da sociedade.

1. O setor da segurança pública no Brasil

No Brasil, a segurança pública é definida, em primeiro lugar, pela Constituição de


1988, que reorganizou a ordem democrática na base de um pacto entre elites progressistas e
conservadoras. A transição brasileira para a democracia, inclusive nos debates constitucionais
de 1987-1988, não conseguiu reformar o sistema autoritário de “defesa interna” consolidado
sob a ditadura militar de 1964-1985 (DELUCHEY, 2012).
Pelo artigo 144 da Constituição Brasileira de 1988, “segurança pública” é antes de
tudo considerada como um dever do Estado36. No entanto o Estado, no Brasil federativo, é
plural: ele é composto por uma “União” (nìvel federal), 26 Estados-Membros e um Distrito
Federal relativamente autônomos (nível federado) e cerca de 5.560 Municípios. Embora o
“dever de Estado” de segurança pública se aplique a todos os níveis estatais, a Constituição
não reconhece o direito dos Municípios de assumir a gestão da segurança pública. Na melhor
das hipóteses, concede a eles a possibilidade de “constituir guardas municipais para a
proteção de suas propriedades, serviços e instalações”37, sem ter nenhum poder policial
específico. Esses guardas municipais constituem, então, meras forças uniformizadas
destinadas a proteger bens, serviços e instalações municipais, o que torna muito difícil para
os Municípios cumprirem seu “dever estatal” de segurança pública.
Dentro da União, até o governo Bolsonaro (janeiro 2019), não havia Ministério
Federal de Segurança. Bolsonaro tendo se elegido a partir de uma pauta eleitoral de repressão

36
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB, 1988), art.144 : “A segurança pública,
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia
rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de
bombeiros militares”.
37
BRASIL, CRFB, art.144, §8.
124
dura ao crime, ele transformou o antigo Ministério da Justiça em “Ministério de Justiça e
Segurança Pública”, apesar de não fazer restruturações radicais dentro da estrutura do
Ministério para fazer frente a essa nova missão. Assim, o campo da intervenção política em
questões de segurança interna permanece até hoje compartilhado entre várias autoridades
governamentais. Se o principal ator político federal nessa área é a Secretaria Nacional de
Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, também
podemos mencionar, no Ministério, a importância da Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas (SEAD) e do Departamento de Polícia Federal (DPF). O ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro (o juiz que colocou o ex-presidente Lula na penitenciária,
impedindo-o de concorrer às eleições contra Jair Bolsonaro) criou mais uma Secretaria
Nacional no âmbito do Ministério: a Secretaria de Operações Integradas, que permite ao
ministro-juiz Moro de ter um controle mais estreito sobre operações da polícia federal, e
orientar politicamente suas ações. Na Presidência da República, antes do mandato de Jair
Bolsonaro, haviam quatro outras Secretarias de Estado que lidavam direta ou indiretamente
com políticas que combinavam direitos humanos e segurança pública (Direitos Humanos-
SEDH, Igualdade Racial- SEPPIR, Juventude-SNJ e Mulheres-SPF). Com o governo
Bolsonaro, essas secretarias foram extintas (Direitos Humanos-SEDH) ou saíram da estrutura
da Presidência da República para serem realocadas em um novo “Ministério da Mulher, da
Famìlia e dos Direitos Humanos”, na área de competência da ministra fundamentalista
religiosa cristã Damares Alves.
Desde a redemocratização do Brasil (entre 1983 e 1988), a segurança pública é
definida e gerenciada principalmente pelas instituições policiais. Não é por acaso que estas
estão listadas no caput do artigo 144 da Constituição federal que trata de segurança pública.
No Brasil, a noção de segurança pública é essencialmente assimilada ao setor de intervenção
das políticas. Não obstante, do ponto de vista federativo, as relações entre as várias polícias
brasileiras não se apoiam em nenhum princípio hierárquico. A autoridade das forças públicas
federais não tem preeminência sobre a das forças públicas provinciais ou municipais, exceto
em algumas situações excepcionais (intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio).
Constitucionalmente, a União, o Estado-Membro e o Municìpio são todos “autônomos”38,
mas a regulamentação das competências entre as várias instituições policiais nunca foi
realizada desde 1988, deixando espaço para um quadro normativo impreciso que oferece
muitas oportunidades de conflito referentes às responsabilidades administrativas de cada ator
institucional.
Na época da promulgação da Constituição Federal de 1988, no final das contas, foi
confirmado o sistema de segurança pública da ditadura militar. No nível provincial, portanto,
temos dois tipos de polícias que compartilham o esforço de segurança pública: as polícias
militares (436.000 policiais), cuja missão é de realizar “a polícia ostensiva e a preservação da

38
BRASIL, CRFB, art.18.
125
ordem pública”39, e as polícias civis (116.000 policiais), quase quatro vezes menores que as
polícias militares, e limitadas à repressão judicial de crimes comuns40.
Esses lembretes sobre a ordem constitucional brasileira são necessários para entender
um dos principais elementos das políticas de segurança pública no Brasil: todos, e ninguém,
são responsáveis pela segurança pública. Sem estruturação institucional consolidada, o
exercício da segurança pública repousa essencialmente na discricionariedadede de seus
principais agentes, os policiais (como street-level burocrats). Assim, o principal ônus da
segurança pública é assumido pelos policiais estaduais, e estes compartilham o espaço de
segurança pública com uma polícia federal (11.000 homens) e os mais de 100.000 guardas
municipais, com os quais provavelmente é necessário colocar em perspectiva os 520.000
agentes de segurança privada.
Para encontrar significado nas políticas de segurança pública no Brasil, também é
necessário entender o que é específico sobre o governo ou a gestão política da segurança
pública no País, particularmente o exercido por um dos 27 Secretários de Estado da
Segurança Pública, que controlam a maior parte dos efetivos policiais. Esses cargos têm uma
dupla função: primeiro, uma função “polìtico-administrativa” de organização, implementação
e formulação de polìticas públicas e, em segundo lugar, uma função “policial” de resolver
crises de segurança transmitidas por mídia local ou nacional (tumultos em penitenciárias,
manifestações populares, grandes eventos, assassinatos ou conflitos sociais com alto impacto
na mídia etc.). Na maioria das vezes, o gerenciamento de crises supera o trabalho mais
político-administrativo no setor de segurança. Essa situação dá lugar de destaque aos “super-
policiais” que impedem os governadores de estado e outras autoridades estaduais de sofrerem
danos à imagem e possível perda de eleitorado ou governabilidade, por serem expostos pelas
crises de segurança que são diariamente pautadas mídias locais e nacionais.
A extrema midiatização dos fatos criminais pelas mídias brasileiras também cria um
sério problema para o gerenciamento da segurança interna no Brasil, fenômeno que
identifiquei como o “cìrculo vicioso de informações criminais” (DELUCHEY, 2005). No
final das contas, as agendas políticas dos governos estaduais encontram-se geralmente
pautadas pela cobertura midiática dos eventos. Essa importância da mídia na definição das
agendas de segurança interna é tão forte no Brasil que pode frequentemente levar à paralisia
ou desqualificação das ações governamentais nesse setor, essas tenham se mostrado eficazes
ou não.
É por este motivo que as “crises de segurança” costumam servir como
impulsionadoras das políticas de segurança pública no Brasil e na Amazônia. A publicação
do primeiro Plano Nacional de Segurança Pública do Brasil em agosto de 2000, aliás, foi uma
resposta política ao incidente do ônibus 174 no Rio de Janeiro em junho do mesmo ano,
durante o qual um jovem manteve vários passageiros como reféns por quarenta horas, um
evento que foi tratado pela mídia brasileira como uma telenovela mórbida. Desde 2000, a

39
BRASIL, CRFB, art.144, §5. A polícia militar também serve como uma polícia judiciária militar, limitada à
repressão de crimes e ofensas militares provinciais, ou seja, o controle da única polícia militar e bombeiros de
cada estado membro. Por sua vez, o poder federal tem sua própria justiça militar para julgar ofensas cometidas
por soldados das Forças Armadas (BRASIL, CRFB, artigos. 124 et 125).
40
BRASIL, CRFB, art.144, §4. Por outro lado, elas não têm competência sobre a justiça militar estadual, ou
mesmo em relação aos crimes federais, que são reprimidos pela polícia federal. (BRASIL, CRFB, art.144, §1-
I V) .
126
cobertura da mídia sobre crises de segurança não mudou de registro ou intensidade e continua
a construir e desconstruir agendas governamentais de segurança interna. Sem dúvida, o
cientista social Ignácio Cano tem razão em lembrar o seguinte:
Dois elementos contribuíram historicamente para limitar o papel federal neste campo. O
primeiro foi o temor de provocar suspeita nos governos estaduais sobre uma atitude
intervencionista do governo federal que contrariasse o pacto federativo, justamente numa
área tão delicada. O segundo foi o receio dos governos federais de se envolverem
profundamente em um tema complexo, pois um fracasso poderia ter altos custos políticos
(CANO, 2006: 138-139).

Por causa desta midiatização e do caráter político-eleitoral das políticas de segurança


pública no Brasil, estudar as políticas governamentais de segurança pública tem finalmente
pouca relevância no estudo do fenômeno do Extermínio da juventude periférica, a qual está
fundamentalmente estruturada a partir da política criminal e da consolidação das práticas
policiais e de repressão criminal ligadas aos processos de formação sócio-política e
socioeconômica do Brasil e da Amazônia. Em consequência, não cabe procurar os motivos
fundantes do Extermínio no êxito ou fracasso de políticas de segurança pública que, por
diferentes que elas aparentam, não conseguem disfarçar a força da tradição e da consolidação
de práticas e racionalidades atinentes à política de repressão criminal no Brasil.

2. A articulação entre drogas, prisões e morte numa


ordem periférica

O Extermínio da juventude de periferia no Brasil encontra sua justificativa na política


criminal em curso desde a redemocratização do Brasil em 1983/88, com sua estrutura e
práticas herdadas essencialmente da ditadura militar no Brasil (1964-1985). No momento da
redemocratização, a antiga “ordem polìtica e social” que permitia, durante todo o regime
militar, de reprimir tanto os oponentes políticos como as pessoas socialmente marginalizadas,
encontrou uma nova expressão na “guerra contra o crime” que, basicamente, sob forte
influência estadosunidense, se concentrava quase essencialmente no tema da “guerra às
drogas”.
Hoje em dia no Brasil, a “guerra às drogas”, está consolidada juridicamente por meio
da Lei no 11.343, de 23 de agosto de 2006 que “Institui o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas”. À exceção de alguns usos de entorpecentes em rituais religiosos (o
“chá” ritual do Santo Daime ou da União do Vegetal,por exemplo), o artigo 2º desta lei
especifica que “Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o
plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser
extraídas ou produzidas drogas”.
Em referência ao consumo, a lei parece bastante branda. O seu artigo 28 especifica:
“Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação
127
de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo”. Já o tráfico de entorpecentes (artigo 33) é punido com muita severidade. A lei diz
que será punido de 05 a 15 anos de reclusão criminal em penitenciária e pagamento de 500 a
1.500 dias-multa quem “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamenta”.
Concretamente, na base do artigo 33, é punida no Brasil qualquer pessoa que esteja
em possessão de entorpecentes ilícitos (adquirir, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar) e que não consiga provar ou convencer que esta posse de drogas é para o seu
consumo pessoal. Também terá pena de 05 a 15 anos de reclusão penitenciária quem
compartilhar o seu entorpecente com amigos (oferecer, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente). A esses dois casos, a lei prevê que seja aplicada a
mesma pena que para quem importa, exporta, prepara, produz, fabrica, vende entorpecentes.
Isto significa que o artigo 33 da Lei no 11.343/06 pune da mesma forma o mero consumidor
isolado, o consumidor que consome drogas em grupo, o pequeno narcotraficante e o
importador/exportador ou fabricante de drogas ilícitas.
Os dispositivos desta lei mal conseguem esconder que a política de drogas é uma
guerra total, sem discriminação nem medida, e que deixa na mão do policial a possibilidade
de enquadrar penalmente um usuário de drogas como mero consumidor ou como traficante
profissional. Aliás, a lei não especifica penas distintas para quem vende ou compartilha
entorpecentes extremamente nocivos pela saúde pública (crack, heroína, etc.) ou drogas
ilícitas pouco impactantes sobre a saúde, como é o caso da maconha.
Ademais, o silêncio mais danoso desta lei concerne à ausência da qualquer medida na
posse, transporte ou até venda do entorpecente. No parágrafo 2º do artigo 28, a lei diz apenas
o seguinte: “Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
antecedentes do agente”. Esta falta de precisão na tipificação do crime de tráfico ou consumo
de drogas deixa muito espaço para interpretações pessoais sem fundamento objetivo. Este
silêncio da lei significa que qualquer quantidade de drogas apreendida pode ser enquadrada
como crime de consumo (artigo 28) ou tráfico (artigo 33), a partir da simples avaliação
pessoal do policial, do promotor e do juiz, que decidirá arbitrariamente se a este crime
corresponde uma pena de “advertência sobre os efeitos das drogas” ou uma pena de reculsão
penitenciária de 15 anos. Na prática, é o policial que decide, a partir de critérios (e interesses)
que lhe são pessoais. Por isto, importa saber como a discriminação entre usuário e
consumidor é de fato operada na prática pelos policiais brasileiros.
Outros artigos da mesma lei nós dão uma pista de entendimento da racionalidade
embutida na Lei no 11.343/06. Por exemplo, o inciso II do artigo 33 ainda especifica que as
mesmas penas de 05 a 15 anos de reclusão ocorrerão para quem “semeia, cultiva ou faz a
colheita”, isto é, esta lei pune o mero trabalhador rural que se encontre constrangido por seu
patrão fazendeiro a trabalhar na colheita de maconha, por exemplo. O artigo 39 também
prevê uma pena de 06 meses a 03 anos de detenção quem “Conduzir embarcação após o
consumo de drogas”, ainda que, na Amazônia, o consumo de maconha por pescadores seja

128
considerado um costume tradicional. Nesses dois casos, o que se pune é a vulnerabilidade
social do indivíduo.
No seu artigo 52, a mesma lei estipula que “O juiz, na fixação das penas, considerará
[...] a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta
social do agente”. Em uma sociedade como a brasileira, tão apartada socialmente, é provável
que “a personalidade” e “a conduta social do agente” privilegie o réu oriundo dos grupos
sociais mais abastecidos, e aumente as penas de quem pertence aos grupos sociais mais
vulneráveis socialmente. É de estranhar, de fato, que a um juiz que apenas recebeu uma
formação jurídica básica (graduação em direito) seja reconhecida a capacidade avaliar a
“personalidade” ou a “conduta social” de uma pessoa. Desta forma, a lei abre possibilidade
para que o grande narcotraficante internacional, de cor branca, com um nível escolar acima
da média, e que administra obras de caridade nos bairros que este controla, e que vende em
grande escala heroína ou crack, poderá ter sua “personalidade” ou sua “conduta social”
melhor avaliada de que o jovem negro, viciado em drogas, que vende maconha na saída dos
colégios para garantir sua sobrevivência. Para resumir, a Lei no11.343/06 abre possibilidade
para a realização de uma seletividade orientada na base da origem socioeconômica do
réu, criminalizando a vulnerabilidade social e a pobreza.
Nessas condições, o fato desta lei instituir uma guerra total ao consumo e tráfico de
drogas ilícitas tem implicações na gestão da pobreza e da vulnerabilidade social no Brasil.
Deste ponto de vista, Carvalho & Silva têm razão ao apontar que:
A guerra às drogas é o carro-chefe da política criminal nacional e sustenta duas
patologias que constituem o fluxo das ações das nossas agências punitivas: a letalidade
da violência policial e a seletividade do encarceramento. O encarceramento situa-se em
uma etapa posterior à do extermínio de grupos sociais. Por mais que seja trágico afirmar,
os encarcerados no Brasil são aqueles “corpos matáveis” que sobreviveram ao massacre
que ocorre cotidianamente nas periferias. Por isso a criminologia negra brasileira não
hesita em afirmar, de forma muito precisa, tratar-se de um “genocídio perpetrado contra
a juventude negra pelas forças oficiais de Segurança Pública” [PIRES, 2016: 58] A
prisão é a etapa final da intervenção iniciada pela ação letal da polícia. Uma política
criminal regida pelo racismo sistêmico, estrutural. (CARVALHO & SILVA, 2019: 9)

Para o projeto bio-governamental (ou bio-político), a proibição das drogas, o


encarceramento e o Extermínio da Juventude constituem os três pilares de um dispositivo
único cuja estratégia visa vários objetivos: 1) a abjeção (neutralização pelo encarceramento e
eliminação pelo extermínio) dos seres humanos inúteis ou cujas vidas aparecem custosas em
relação às lógicas de maximização da produção, acumulação e concentração de capitais; 2) a
atomização e a criação governamental de uma concorrência entre as estratégias políticas e
demandas sociais das classes populares; 3) a criação de uma economia ilícita e de uma esfera
financeira subterrânea que permita realizar os devidos ajustes governamentais ao benefício
dos maiores detentores de capitais (corrupção política e empresarial, consolidação do setor
bancário, financiamento de projetos econômicos que podem escapar às legislações
trabalhistas, etc.); 4) a invisibilização de um neo-malthusianismo com base racializada de
abrangência global.

Por estes motivos, não há de se surpreender que, em plena era bio-política ou bio-
governamental, tecnologias disciplinares como o encarceramento em massa se consolidem na

129
periferia do capitalismo. No Brasil, o encarceramento das classes pauperizadas aumentou de
forma exponencial nos últimos anos, como pode ser verificado na Figura 58. No período
2000 a 2017, enquanto a população brasileira apenas aumentava de 21,2%, a população
carcerária no Brasil aumentou de 312,1%!!! Tamanho fenômeno não pode ser atribuído a
uma conjuntura econômica ou à falta de consolidação institucional do sistema brasileiro de
repressão criminal: trata-se de uma política bio-governamental deliberada, articulada com os
interesses globais dos principais detentores de capital.

Figura 58: Comparação Número de pessoas encarceradas no Brasil e População


brasileira (1000 pessoas). 2000-2017.
800000

700000 726534

600000
População Carcerária
500000 496251
400000 População brasileira
(1000 pessoas)
300000 232755

200000
196834 207661
171280
100000

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados do IBGE e do INFOPEN/DEPEN

O sistema de informações do Departamento Penitenciário Nacional41, em relatório de


junho 2016, traz um quadro comparativo da razão negros/brancos na população brasileira e
na população carcerária de 2015 estabelecendo a Figura 59, a seguir. Nesta Figura, podemos
ver nitidamente que há uma super-representação negra nas penitenciárias brasileiras:
enquanto a população negra representa 53% da população brasileira, ela representa
64% da população carcerária do País.

41
A produção das estatísticas, a seguir, foi realizada com a colaboração de Richard Carvalho da Silva,
estudante de direito da Universidade Federal do Pará.
130
Figura 59: Raça, cor ou etnia das pessoas privadas de liberdade e da população
total. INFOPEN. Junho 2016.

Na Figura 60, a seguir, que estabelecemos a partir de um cruzamento entre as


informações do INFOPEN (DEPEN, julho 2016) e a repartição por raça/cor/etnia
estabelecida pela PNAD 2015 do IBGE, podemos comparar a cor da pele ou origem étnico-
racial da população brasileira, e comprá-la com a cor da pele ou origem étnico-racial da
população carcerária dos estados da Amazônia e do Brasil. Na última coluna da Tabela 20, a
seguir, o Departamento Penitenciário Nacional informa a confiabilidade relativa desses dados
fornecidos pelos estados da federação brasileira. Assim, o DEPEN nos informa que nem
todos os estados do Brasil registram a cor da pele, etnia ou raça de sua população carcerária.
O relatório aponta os estados de Maranhão (26%), Pernambuco (26%) e Mato Grosso (30%)
como os estados que menos registram essa informação em relação a sua população carcerária.
As informações relativas à cor da pele / etnia/ raça entre os Estados da Região Norte /
Amazônia são de confiabilidade diferenciada. No caso do estado do Pará, o relatório indica
que essa informação consta em 100% dos casos, o que outorga confiabilidade aos dados
apresentados, diferentemente dos dados fornecidos pelo estado do Mato Grosso (30%), por
exemplo.
A primeira leitura que pode ser feita desta Figura 60, é que todos os estados da Região
Norte do País tem uma população negra (total e carcerária) maior de que a média brasileira.
Também podemos observar, de forma nítida, a super-representação da população negra
dentro da população carcerária: em todos os estados da Região Norte, os negros
representa um percentual mais alto na população carcerária de que na população do
estado. Em certos estados, como o Acre, a população carcerária é por 95,0% negra enquanto
os negros apenas representam 74,4% da população do estado! No Pará, a super-representação
dos negros nas penitenciárias não alcança tamanha descompasso: enquanto os negros
representam 79,7% da população do Pará, eles representam 83% da população carcerária do
estado. Ainda assim, a super-representação dos negros nas populações carcerárias de
todos os estados da Região Norte é uma constante, demonstrando assim que os negros
da Amazônia são 1) os principais alvos da repressão criminal, 2) mais vulneráveis frente
à política de encarceramento em massa.

131
Figura 60: Percentual de Negros entre as pessoas privadas de liberdade por estado da
Amazônia e Brasil.

100,0% 95,0%
91,0%
90,0% 84,0% 83,0% 81,0%
77,0% 78,0%
80,0% 74,0%
70,0% 64,0%
60,0%
50,0%
POPULAÇÃO %Negros
40,0%
%Pop. Carcerária NEGROS
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados da PNAD 2015 do IBGE e do INFOPEN/DEPEN (junho
2016).

132
Tabela 20: Percentual da População Brasileira e da População Carcerária Brasileira, por cor de pele/etnia/raça, por estado da Região Norte / Amazônia, e
Brasil, e Ratio de confiabilidade das informações sobre cor de pele/etnia/raça na população carcerária fornecidas pelos estados. 2015. PNAD/IBGE 2015.
INFOPEN/DEPEN 2016.
%Pop. %Pop. %Pop. %Pop. %Pop.
Confiabilidade
POP. POP. POP. POP. Carcerária Carcerária Carcerária Carcerária Carcerária
das Informações
%Brancos %Negros %Amarela %Indígena BRANCOS NEGROS AMARELA INDÍGENA OUTRAS

Acre 21,4% 74,4% 0,2% 4,1% 5,0% 95,0% 0,0% 0,0% 0,0% 40,0%

Amapá 23,1% 76,4% 0,3% 0,2% 9,0% 91,0% 1,0% 0,0% 0,0% 62,0%

Amazonas 19,9% 77,5% 0,2% 2,4% 16,0% 84,0% 0,0% 0,0% 1,0% 92,0%

Mato
Grosso 33,2% 66,2% 0,3% 0,2% 26,0% 74,0% 0,0% 0,0% 0,0% 30,0%

Pará 19,0% 79,7% 0,2% 1,1% 14,0% 83,0% 2,0% 0,0% 1,0% 100,0%

Rondônia 31,4% 67,9% 0,2% 0,4% 21,0% 77,0% 1,0% 0,0% 0,0% 67,0%

Roraima 20,7% 76,3% 0,1% 2,9% 12,0% 81,0% 0,0% 3,0% 4,0% 94,0%

Tocantins 23,3% 76,4% 0,3% 0,1% 19,0% 78,0% 3,0% 0,0% 0,0% 37,0%

BRASIL 45,2% 53,9% 0,5% 0,4% 35,0% 64,0% 1,0% 0,0% 1,0% 72,0%

133
Ao observarmos a Tabela 20, podemos ver que, na população carcerária do Pará,
existe uma razão de 83% de negros por apenas 14% de brancos presos, enquanto os negros
e os brancos representam respectivamente 79,7% e 19,0% na população total do estado. Em
certos estados da Região Norte, o descompasso da representação dos grupos segundo o
critério “cor da pele / etnia / raça” entre a população carcerária e a população total é ainda
mais forte. Por exemplo, na população carcerária do Acre, existe uma razão de 95% de
negros por apenas 5% de brancos presos, enquanto os negros e os brancos representam
respectivamente 74,4% e 21,4% na população total do estado! Também, no Amapá, 91%
dos presos são negros por apenas 9% de brancos, enquanto os negros e os brancos
representam respectivamente 76,4% e 23,1% na população total do estado. No Brasil todo,
existe esse descompasso, mesmo que com uma escala variada: os negros representam 64%
da população carcerária e os brancos apenas 35%, quando a repartição de negros e brancos
na população brasileira de 2015 é respectivamente de 53,9% e 45,2%!
Dentro do quadro bio-governamental e tanato-governamental, podemos então
concluir que, na Amazônia e no Brasil, a política do encarceramento em massa funciona em
pleno regime. O Encarceramento em massa da população negra do País assume uma função
de “neutralização” das pessoas abjetas da ordem (neo)liberal-capitalista. Mas no quadro
tanato-governamental, esta polìtica de “neutralização” encontra-se complementada por uma
polìtica de “eliminação” das pessoas abjetas da ordem, que se traduz pela morte física, o
Extermínio, de uma parte da juventude negra de periferia, na Amazônia e no Brasil.Com
efeito, esta política bio-governamental do encarceramento em massa está inserida numa
polìtica do “deixar morrer, fazer morrer” que apenas é possível desenvolver na periferia do
capitalismo, onde as vidas são menos “passìveis de luto”, onde as vidas são “matáveis”.
Como para a política do encarceramento em massa, é possível fazer o exame do
Extermínio com dados racializados a partir da base de dados sobre mortes violentas do
Ministério brasileiro de Saúde (SIM/DATASUS). Seguindo as categorias do IBGE, o
DATASUS separa as vìtimas de mortes violentas em 06 categorias de “raça/cor da pele”:
Branca, Preta, Parda, Amarela, Indígena ou Ignorada. Desconsideramos, nas Figuras a
seguir, a categoria “Ignorada” que representa apenas 5,9% dos casos registrados. Caso
observarmos as 05 categorias restantes, podemos ver (Figura 61), que os óbitos referentes
às pessoas de cor preta parecem não conhecer um forte aumento, enquanto os óbitos das
pessoas de cor parda aumentaram muitíssimo. Esta estratégia estatística consiste em
invizibilizar, nos dados oficiais, as mortes das pessoas negras. De fato, os movimentos
sociais de defesa dos direitos dos negros consideram que as pessoas definidas como
“pardas” são pessoas negras, e devem ser registradas como tais. Caso operarmos essa
modificação estatìstica, reunindo as categorias “preta” e “parda” em uma categoria “negra”,
como o DEPEN o faz em relação à população carcerária, o Extermínio racializado da
população brasileira negra aparece muito mais visivelmente (Figura 62), chegando a quase
50.000 mortos em 2017. Entre 2000 e 2017, o número de pessoa negras falecidas por
mortes violentas mais que duplicou (+112%). Por outro lado, podemos observar também
que os óbitos de pessoas brancas decresceram no mesmo período (-19%).

134
Figura 61: Óbitos p/Residênc por Ano do Óbito e Cor/raça. 05
categorias. 2000-2017. Brasil. SIM/DATASUS.
50000
45000
40000
35000 Branca
30000 Preta
25000
Amarela
20000
15000 Parda
10000 Indígena
5000
0
200020022004200620082010201220142016

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade Ŕ SIM42.

Figura 62: Óbitos p/Residênc por Ano do Óbito e Cor/raça. 04


categorias. 2000-2017. Brasil. SIM/DATASUS.
60000

50000

40000
Branca
30000 Preta + Parda

20000 Amarela
Indígena
10000

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade Ŕ SIM.

Nesses gráficos, aparece nitidamente a racialização da morte no Brasil, e sua


correspondência com um bio-governo essencialmente exterminador. Por isto, podemos
confrmar que o Extermínio da juventude negra no Brasil corresponde a um tanato-governo
das vidas matáveis, abjetas da ordem capitalista-(neo)liberal.

42
Categoria CID-10: X85 Agressao meio drog medic e subst biologicas, X86 Agressao p/meio de subst
corrosivas, X87 Agressao p/pesticidas, X88 Agressao p/meio de gases e vapores, X89 Agressao outr prod
quim subst nocivas espec, X90 Agressao prod quimicos e subst nocivas NE, X91 Agressao enforc
estrangulamento sufocacao, X92 Agressao p/meio de afogamento e submersao, X93 Agressao disparo de
arma de fogo de mao, X94 Agressao disparo arma fogo de maior calibre, X95 Agressao disparo outr arma
de fogo ou NE, X96 Agressao p/meio de material explosivo, X97 Agressao p/meio de fumaca fogo e
chamas, X98 Agressao vapor agua gases ou objetos quentes, X99 Agressao objeto cortante ou penetrante,
Y00 Agressao p/meio de um objeto contundente, Y01 Agressao p/meio projecao de um lugar elevado, Y02
Agressao proj coloc vitima obj movimento, Y03 Agressao p/meio de impacto veic a motor, Y04 Agressao
p/meio de forca corporal, Y05 Agressao sexual p/meio de forca fisica, Y06 Negligencia e abandono, Y07
Outr sindr de maus tratos, Y08 Agressao p/outr meios espec, Y09 Agressao p/meios NE, Y35 Intervencao
legal, Y36 Operacoes de guerra
135
3. O Tanato-Governo Neo-Colonial das Vidas
Negras Periféricas

O Extermínio da população negra periférica no Brasil e na Amazônia se assenta em


um soclo ideológico composto por dois pilares: o racismo e o militarismo. Segundo os
criminólogos Carvalho & Silva:
uma das marcas da tradução da política de guerra às drogas no Brasil foi a do controle
militarizado orientado por uma tríplice dimensão ideológica: (a) defesa social, (b) lei e
ordem e (c) segurança nacional. Mas se a ideologia de defesa social e os movimentos
law and order são marcadores comuns na política global, nenhuma análise séria da
política criminal local pode ignorar a lógica militarista, legado de 1964, que orienta a
ação das nossas instituições de segurança pública. O deslocamento dos sujeitos a serem
combatidos, no período pós-redemocratização, reconfigurou a atuação das agências. A
substituição, em um primeiro momento, do inimigo político (subversivo) pelo
traficante, realinhou a política de segurança pública. No entanto, em um segundo
momento, a expansão da racionalidade militarizada conduziu ao controle bélico sobre
os territórios, notadamente as periferias dos grandes centros urbanos, caracterizando
aquilo que Marielle Franco identificou como militarização da favela. (CARVALHO
& SILVA, 2019: 8)

Nos países centrais do capitalismo (neo)liberal, esses dois pilares (racismo e


militarismo) não poderiam ser usados da mesma forma e com a mesma intensidade de que
no Brasil ou na Amazônia. No “Sistema-Mundo”, a arte neoliberal de governar se modifica
segundo operações de territorialização em relação ao centro do capitalismo, isto é, às
posições ocupadas no sistema-mundo e em cada espaço social nacional pelos principais
detentores de capital, dentro de uma lógica (neo)colonial. Em consequência, pela própria
dinâmica social criada pela repartição do capital (ou dos capitais), encontramos arranjos
complexos que moldam de forma diferenciada a relação soberano/subalterno do “fazer
viver, deixar morrer”. Este princìpio de organização governamental encontra-se graduado a
partir de gradientes que vão do “fazer viver e deixar viver” nas posições mais centrais do
capitalismo até o “fazer viver, fazer morrer” na periferia do capitalismo. Se esta
organização parece ter pressões enormes do sistema-mundo sobre as populações dos
Estados-Nações, a governamentalidade (neo)liberal torna este quadro mais complexo, a
partir da introdução desta lógica dentro de cada espaço nacional (o que explica o alto grau
de encarceramento da população negra nos Estados-Unidos da América, por exemplo).
Este bio-governo funciona segundo os ditames de um sistema judicial que
transforma as normas (neo)liberais em garantias mínimas de sobrevivência (no centro do
capitalismo) ou em máquinas bélicas e mortíferas na periferia do capitalismo. Esta
graduação que, em inglês, pode se expressar como uma “valoração” (valuation) procede de
um cálculo de utilidade das formas de vida em relação aos requisitos de
acumulação/concentração de capital e de extração da mais valia. Desta forma, no centro do
capitalismo, podemos “fazer morrer” quem ainda não se inseriu no sistema jurìdico-legal
que promete aos Países Centrais do capitalismo a “harmonia” ou “paz” social necessária à
prática generalizada do consumo, tais como os imigrantes ilegais que não conseguiram

136
ainda se inserir numa categoria jurídica de proteção (barcos de imigrantes no mediterrâneo
ou imigrantes “latinos” atravessando o Rio Grande). Já nos Paìses periféricos do
Capitalismo, o “fazer morrer” está sendo organizado dentro do sistema jurìdico-legal, a
partir dos próprios instrumentos e instituições do “Estado de Direito”, e o “fazer morrer” se
aplica sem grande comoção social aos próprios cidadãos nacionais considerados
sobressalentes na obra global de acumulação de capital: os jovens trabalhadores de periferia
no Brasil, por exemplo.
Em relação ao conjunto biopolítico, no qual Foucault opõe disciplina e regulação, e
homem-corpo e homem-espécie, Agamben faz o seguinte comentário:
Claro que Foucault se dá perfeitamente conta de que os dois poderes [poder soberano e
biopoder] e as suas técnicas podem, em determinados casos, integrarem-se mutuamente
mas eles, no entanto, continuam sendo conceitualmente distintos. É precisamente tal
heterogeneidade que, no entanto, começará a tornar-se problemática no momento de
afrontar a análise dos grandes Estados totalitários de nosso tempo, especialmente a do
Estado nazista. Nele, uma absolutização sem precedentes do biopoder de fazer viver se
cruza com uma não menos absoluta generalização do poder soberano de fazer morrer,
de tal forma que a biopolítica coincide imediatamente com a tanatopolítica.
(AGAMBEN, 2008: 88-89).

Foucault nos explica que é o racismo que serve de grade explicativa e de corte entre
o fazer viver e o fazer morrer. No Brasil, o encontro do poder soberano e do biopoder é
nítido: ao mesmo tempo que se faz viver o grupo da Vida Boa e, por transitividade, o grupo
dos Sobreviventes, o grupo da Morte e dos dejetos do capitalismo enfrenta diariamente as
técnicas do fazer morrer. Esse fazer morrer ainda permanece um espetáculo no Brasil, nos
seus canais televisuais de massa, e os corpos tombados pela “guerra contra o crime” não
são apresentados como merecedores de luto pela indústria do espetáculo.
Como diz Mbembé, “a raça é uma das matérias-primas com as quais se fabrica a
diferença e o excedente, isto é, uma expécie de vida que pode ser desperdiçada sem
reservas” [MBEMBÉ, 2018a: 73. Grifo do autor]. Este estigma, na formação sócio-
histórica do Brasil, retoma todos os quadros normativos da época da escravidão. No Brasil,
a repressão criminal ainda continua marcada pelo legado da gestão escravocrata e podemos
dizer, como Mbembé:
A raça é o que permite identificar e definir grupos populacionais em função dos riscos
diferenciados e mais ou menos aleatórios dos quais cada um deles seria o vetor. Nesse
contexto, os processos de racialização têm como objetivo marcar esses grupos
populacionais, fixar o mais precisamente possível os limites em que podem circular,
determinar o mais exatamente possível os espaços que podem ocupar, em suma,
assegurar que a circulação se faça num sentido que afaste quaisquer ameaças e garanta
a segurança geral. Trata-se de fazer a triagem desses grupos populacionais, marca-los
simultaneamente como “espécies”, “séries” e “casos”, dentro de um cálculo geral do
risco, do acaso e das probabilidades, de maneira a poder prevenir perigos inerentes à
sua circulação e, se possível, neutralizá-los antecipadamente, no mais das vezes por
meio da imobilização, do encarceramento ou da deportação. A raça, desse ponto de
vista, funciona como um dispositivo de segurança fundado naquilo que poderíamos
chamar de princípio de enraizamento biológico pela espécie. A raça é ao mesmo tempo
ideologia e tecnologia de governo. [MBEMBÉ, 2018a: 74-75]

Michel Foucault já tinha nos advertido na sua palestra de 17 de março de 1976 no


Collège de France. Podemos pensar os últimos desenvolvidos do bio-governo (neo)liberal
137
como uma tentativa de reduzir uma população mundial em um capitalismo tardio que não
necessita de tantos trabalhadores quanto no século XX, graças a uma nova e mais eficaz
divisão internacional de trabalho. Desta forma, a guerra e o funcionamento bio-
governamental do argumento da raça operam sua função de regulador em relação aos
elementos inúteis à concentração/acumulação de capital, em uma política claramente
neomalthusiana:
A guerra. Como é possível não só travar a guerra contra os adversários, mas também
expor os próprios cidadãos à guerra, fazer com que sejam mortos aos milhões (como
aconteceu justamente desde o século XIX, desde a segunda metade do século XIX),
senão, precisamente, ativando o tema do racismo? Na guerra, vai se tratar de duas
coisas, daí em diante: destruir não simplesmente o adversário político, mas a raça
adversa, essa [espécie] de perigo biológico representado, para a raça que somos, pelos
que estão à nossa frente. É claro, essa é apenas de certo modo, uma extrapolação
biológica do tema do inimigo político. No entanto, mais ainda, a guerra Ŕ isto é
absolutamente novo Ŕ vai se mostrar, no final do século XIX, como uma maneira não
simplesmente de fortalecer a própria raça eliminando a raça adversa (conforme os
temas da seleção e da luta pela vida), mas igualmente de regenerar a própria raça.
Quanto mais numerosos forem os que morrem entre nós, mais pura será a raça a
que pertencemos (FOUCAULT, 2005: 307-308, grifos nossos).

Essa distinção entre as vidas que podem morrer e as vidas que merecem ser
protegidas (porque valoradas) se fundamenta em uma forma de racismo que Foucault
designou como Racismo de Estado:
A raça, o racismo, é a condição de aceitabilidade de tirar uma vida em uma sociedade
de normalização, quando vocês têm uma sociedade de normalização, quando vocês têm
um poder que é, ao menos em toda a sua superfície, e em primeira instância, em
primeira linha, um biopoder, pois bem, o racismo é indispensável como condição para
poder tirar a vida de alguém, para poder tirar a vida dos outros. A função assassina do
Estado só pode ser assegurada, desde que o Estado funcione no modo do biopoder,
pelo racismo. Vocês compreendem, em consequência, a importância Ŕ eu ia dizer a
importância vital Ŕ do racismo no exercício de um poder assim: é a condição para que
se possa exercer o direito de matar. Se o poder de normalização quer exercer o velho
direito soberano de matar, ele tem de passar pelo racismo (FOUCAULT, 2004 : 306).

Isto nos informa diretamente sobre a mudança radical, na governamentalidade


(neo)liberal, da categoria do “soberano”, daquele que tem efetivamente a capacidade de
determinar, direta ou indiretamente, o corte entre os que podem viver e os que podem
morrer. Na era (neo)liberal, seria vão procurar o soberano dentro do Estado-Nação, porque
a lógica soberana se expressa por além das fronteiras da Nação, em indivíduos e grupos
sociais que concentram, de forma transnacional, a maior parte do capital econômico. Este
soberano, através das dinâmicas sociais de acumulação e de circulação de capitais, opera
tanto uma hierarquização dos indivíduos ou grupos de indivíduos quanto uma diferenciação
dos espaços jurídicos nacionais para corresponder às necessidades de bio-governo global
que permite hierarquizar esses espaços e essas pessoas entre si para o beneficio de uma elite
global. Por isto, teremos Países ou regiões cujo sistema normativo-legal de inspiração
liberal ou garantista encontra-se desdobrado por práticas anti-garantistas de inspiração
tanato-polìtica para significar a possibilidade da existência de um “fazer morrer” em um
espaço social no qual o excesso de trabalhadores jovens é avaliado (valuated) como uma
externalidade ao sistema capitalista. Logo, presenciamos um espaço sócio-jurídico no qual
138
a norma mais garantista convive sem grande contradição com a organização de uma tanato-
política radical que organiza o encarceramento em massa e o Extermínio da classe
trabalhadora entre 15 e 35 anos.
Esta contradição de fato veste todos os atributos da naturalidade em Países
marcados por um passado colonial e pela escravidão, nos quais a hierarquia radical das
formas de vida é vista como natural e irreversível, e nos quais a morte do subalterno
aparece como um fenômeno normal em sociedades que nunca colocaram o garantismo dos
direitos acima dos ditames de uma ordem socioeconômica dependente e subalterna em
relação aos interesses capitalísticos globais. Essa gradiente do descompasso entre sistema
legal e práticas jurídicas é determinada de um lado pelo tipo de utilidade ou de função
reconhecida de determinado território regional ou nacional no sistema-mundo e, por outro
lado, pelo tipo de formação sócio-histórica do País que foi colonizado desde o surgimento
da governamentalidade liberal-capitalista. Assim sendo, um País central do capitalismo,
cujo povo serve de consumidores das mercadorias do capitalismo, terá práticas
governamentais bastante coerentes com o seu sistema jurídico-legal (o que tem por
consequência o aumento do grau de indignação social quando houver algum descompasso
resultando em mortes de pessoas ou em práticas judiciais socialmente discriminantes e
injustas). Por outro lado, um País periférico do Capitalismo, marcado quase sempre por
uma formação sócio-histórica de povo subalterno colonizado, terá práticas governamentais
radicalmente distintas dos ditames de seu sistema jurídico-legal de inspiração liberal. Por
isto concordamos com o filósofo camaronês Achille Mbembé quando ele fala da construção
subjetiva e jurídica dos “negros”:
Desde logo, não eram mais homens como todos os outros. [A fabricação dos sujeitos
raciais no continente americano] prosseguiu com a extensão da servidão perpétua a
seus filhos e dependentes. Essa primeira fase se consolidou num longo processo de
construção da incapacidade jurídica. A perda do direito de recorrer aos tribunais fez do
negro uma não pessoa do ponto de vista jurídico. [MBEMBÉ, 2018a: 45. Grifos do
autor].

Nessas condições, o passado escravocrata-colonial-subalterno do referido País


periférico, e o grau de hierarquização social radical que geralmente faz sua marca (segundo
uma lógica próxima do apartheid social), não mobiliza nenhum grade “liberal” de leitura
deste descompasso, e acaba impondo no imaginário social a naturalização e aceitação
popular do descompasso entre normas e práticas judiciais, calcadas nas lógicas
governamentais tanato-políticas que marcaram desde sempre sua formação sócio-histórica.
Por este motivo, pode-se fazer morrer ou deixar morrer dezenas de milhares de jovens
negros de classe subalterna no Brasil, mas não se pode fazer morrer ou deixar morrer
(fisicamente) o subalterno de periferia na França (a não ser que a este, como imigrante
clandestino, não se aplique as garantias jurídicas reconhecidas ao povo deste território). No
último caso, estamos em uma situação de descompasso marginal entre normas e práticas,
enquanto nos Países de periferia, este descompasso é um dos pilares estruturantes do espaço
social e do sistema jurídico-penal do País.
Por causa do legado da relação colonial, essas considerações não são apenas
aplicadas em territórios, senão em indivíduos e grupos sociais associados à subalternidade
pelo mito civilizatório colonial, operando assim uma racialização destes fenômenos,

139
inclusive em cada espaço social nacional. Desta forma, dentro de um País central do
capitalismo, a aceitação social do “deixar morrer” os imigrantes ilegais aparece como justo
e não vale indignação ou luto. Este estigma recai por uma operação de transitividade sobre
os filhos de imigrantes do Sul Global integrados na nacionalidade do referido País
colonizador (por exemplo, os filhos dos imigrantes da África do Norte na França). À
invisibilidade social deste fenômeno corresponde à visibilidade da cor de pele ou da etnia
do corpo marginalizado. A negritude e seus gradientes servem assim de grade de leitura por
eventuais descompassos tornados aceitáveis entre o sistema jurídico-legal de garantias e as
práticas de repressão bio-governamental, a todos os níveis (controles policiais, acesso a
empregos, acesso ao capital social, criação de guetos, etc.). Assim, nos diz Achille
Mbembé:
Admitia-se, portanto, que a ordem do mundo estava delimitada em esferas, separando o
interior e o exterior. A esfera interior era regida pelo direito e pela justiça, condições
não só da vida em sociedade, mas também da vida internacional, que era necessário
delinear, delimitar e cultivar. Acreditava-se que foi onde se desenvolveram as ideias de
propriedade, retribuição de trabalho e direito das gentes, onde forma edificados cidades
e impérios, o comércio, em suma, a civilização humana. Mas havia também, lá fora,
um campo aberto de não direito, sem lei, que se pode em boa consciência pilhar e
extorquir, onde pode ter livre curso a ação de piratas, flibusteiros, bucaneiros,
aventureiros, criminosos e toda a espécie “de elementos alheios à sociedade normal e
sadia” [Hannah Arendt, As origens do totalitarismo], na medida em que se via
justificada pelos princípios do livre comércio e da liberdade de difundir o Evangelho.
Esse campo aberto era desprovido de fronteiras propriamente ditas. Não havia nem
barreiras nem santuários que não pudessem, a priori, ser violados. Mas, sobretudo, era
possìvel reconhecer a linha que separava a Europa desse “além-mundo” no fato de que
era lá que cessava a limitação da guerra. Do outro lado da linha, diz Carl Schmitt,
começava uma zona em que, na falta de qualquer limitação jurídica imposta à guerra,
contava apenas o direito do mais forte. Na origem e em se tratando do além-mundo,
cada vez que a Europa evocava o princìpio de “liberdade”, era a isso que se referia,
sobretudo à ausência de direito, de estado civil ordenado, e por conseguinte ao livre e
inescrupuloso uso da força. O pressuposto era o seguinte: quer se trate de nativos ou de
outros rivais, o além-mundo é o lugar onde o único princípio de conduta é o direito do
mais forte. [MBEMBÉ, 2018a: 111-112. Grifos do autor]

A rigor, o capitalismo e o colonialismo conseguiram construir, tanto na partilha


geopolítica como nas racionalidades e mitologias sociais (sociodicéia), um mundo partido
entre civilização e selvageria, no qual as predações encontram sua justificativa traduzida em
uma grade simples de leitura, ao mesmo tempo territorializada e racializada. Com o
(neo)liberalismo e a descolonização (ou neo-colonização), o território aos poucos perde
(relativamente) de sua força ao detrimento de uma predação exercida nos indivíduos e nas
formas de vida. A normalização reguladora das vidas substitui a normação disciplinadora
dos povos, porque não é tão fácil hoje em dia legitimar uma predação capitalista-liberal a
partir da antiga oposição colonial entre zonas de direitos e zonas de barbárie.
Quase todos os Países do Sul Global aderiram, depois da descolonização político-
jurídica, ao sistema jurídica-legal garantista liberal. O que traz a diferença agora neste
contexto neo-colonial / (neo)liberal são vários fatores: 1) que o mercado é regime de
verdade e dispensa considerações garantistas quando seu interesse vital está em jogo (os
golpes de Estado na América latina, no Meio Oriente ou na África são expressões deste

140
fenômeno), 2) os Países descolonizados do ponto de vista do direito internacional ainda
permanecem em uma situação de dependência econômica e cultural em relação às suas
antigas Metrópoles, os Países centrais do capitalismo, 3) A normalização mais valorizada
coloca o homem branco detentor do capital no topo da pirâmide do sistema-mundo, e
continua se afirmando como o modelo de normalização racial e cultural dos Países
periféricos e centrais do capitalismo.
Por isto talvez não podemos totalmente concordar com o agamben quando ele diz
que “somos todos virtualmente homines sacri” (AGAMBEN, 2007: 121). Mesmo que
concordemos com Agamben que a lógica que associa o bio-governo do “fazer viver” e o
tanato-governo do “fazer morrer” formam um conjunto, existem gradientes que permitem
que, aos homines sacri, se apliquem vários gradientes na aplicação dos ditames bio- tanato-
governamentais. Para Agamben
A dupla categorial fundamental da politica ocidental não é aquela amigo-inimigo, mas
vida nua-existência política, zoé-bíos, exclusão-inclusão. A política existe porque o
homem é o vivente que, na linguagem, separa e opõe a si a própria vida nua e, ao
mesmo tempo, se mantém em relação com ela numa exclusão inclusiva. Protagonista
deste livro [Homo Sacer I] é a vida nua, isto é, a vida matável e insacrificável do homo
sacer, cuja função essencial na política moderna pretendemos reivindicar. Uma
obscura figura do direito romano arcaico, na qual a vida humana é incluída no
ordenamento unicamente sob a forma de sua exclusão (ou seja, de sua absoluta
matabilidade), ofereceu assim a chave graças à qual não apenas os textos sacros da
soberania, porém, mais em geral, os próprios códices do poder político podem desvelar
as seus arcanos. [...] A tese foucaultiana deverá, então, ser corrigida ou, pelo menos,
integrada, no sentido de que aquilo que caracteriza a política moderna não é tanto a
inclusão da zoé na pólis, em si antiguíssima, nem simplesmente o fato de que a vida
como tal venha a ser um objeto eminente dos cálculos e das previsões do poder estatal;
decisivo é, sobretudo, o fato de que, lado a lado com o processo pelo qual a exceção se
torna em todos os lugares a regra, o espaço da vida nua, situado originariamente à
margem do ordenamento, vem progressivamente a coincidir com o espaço político, e
exclusão e inclusão, externo e interno, bíos e zoé, direito e fato entram em uma zona de
irredutível indistinção. (AGAMBEN, 2007: 16)

A partir de uma perspectiva decolonial, poderíamos considerar que, apesar dos


efeitos de deterritorialização observáveis hoje em dia, a “sacralidade” e a “matabilidade” do
ser humano não se aplica da mesma forma no centro e na periferia do capitalismo. Por outro
lado, este centro, dependendo da sua formação sócio-histórica em relação à colonialidade,
pode ser marcado também com a inclusão da periferia no seu próprio território como é, por
exemplo, o caso dos Estados Unidos da América, cuja ordem jurídico-punitiva é marcada
por tecnologias disciplinares racializadas que provém da colonialidade e do papel exercido
por este povo na escravidão fundante da ordem capitalista-liberal. Domenico Losurdo nos
informou, por exemplo, que na Inglaterra do século XVIII, não se podia tolerar a
escravidão, a mesma que parecia natural e bem-vinda na suas colônias americanas. Escreve
o Losurdo que o que caracterizava na época o partido liberal, em fase de formação, era
justamente:
a afirmação do princípio de não admissão e “inutilidade da escravidão entre nós” ou do
princìpio em base ao qual a Inglaterra (e em perspectiva a Europa) tem um ar “puro
demais” para poder tolerar, sobre o seu “verdadeiro solo” a presença de escravos.
(LOSURDO, 2006: 60)

141
Hoje em dia, em uma época que passou pretensamente por uma “descolonização” e
pela abolição quase generalizada da escravidão, esses gradientes de descompasso entre
normas jurídico-legais e aplicação seletiva do direito punitivo, creio eu, se aplicam não
somente por uma lógica centro/periferia do capitalismo, mas também pelo papel que jogou
tal ou tal população na consolidação colonial do capitalismo escravagista que permitiu a
acumulação primária, principalmente nos séculos XVI a XVIII43.
Assim, o “campo de concentração a céu aberto” que, na visão do Giorgio Agamben,
caracteriza a atual ordem capitalista-(neo)liberal, é um campo de geometrias variáveis,
cujas formações e normatividades são construídas a partir dos descompassos diferenciados
entre um sistema jurídico (neo)liberal e a expressão do poder punitivo tanato-
governamental, oriundos da estruturação dos regimes coloniais de exploração que reinaram
na fase da acumulação primitiva originária da era do capital.
O campo nos aparece então com várias faces, moldadas pela formação sócio-
histórica e colonial de cada população inserida em determinados espaços sócio-jurídicos.
Agamben, por um lado, reconhece essa diferença de aplicação dos mandamentos bio-
governamentais e tanato-governamentais, e concordamos com ele que é extremamente
difícil identificar ou evidenciar empiricamente a linha que irá separar os territórios e/ou as
populações sobre os quais iriam aplicar-se diferencialmente, dispositivos bio-
governamentais e dispositivos tanato-governamentais:
No mesmo passo em que se afirma a biopolítica, assiste-se, de fato, a um deslocamento
e a um progressivo alargamento, para além dos limites do estado de exceção, da
decisão sobre a vida nua na qual consistia a soberania. Se, em todo Estado moderno,
existe uma linha que assinala o ponto em que a decisão sobre a vida torna-se decisão
sobre a morte, e a biopolítica pode deste modo converter-se em tanatopolítica, tal linha
não mais se apresenta hoje como um confim fixo a dividir duas zonas claramente
distintas; ela é, ao contrário, uma linha em movimento que se desloca para zonas
sempre mais amplas da vida social, nas quais o soberano entra em simbiose cada vez
mais íntima não só com o jurista, mas também com o médico, com o cientista, com o
perito, com o sacerdote. (AGAMBEN, 2007: 128)

Por isto, temos de matizar com uma reflexão sobre colonialidade a construção
biopolítica dos gradientes de estados de exceção que fundam os campos desmaterializados
e deterritorializados que constituem o espaço de expressão diferenciada do descompasso
entre sistema jurídica (neo)liberal e a possibilidade de expressão soberana de um tanato-
governo das vidas inúteis ou indesejáveis à consolidação contemporânea do mercado. Por
isto, temos de reinserir a perspectiva colonial na reflexão do Foucault e do Agamben sobre
biopolítica, tanatopolítica, campo, e Estado de Exceção, notadamente quando Agamben
escreve:
O campo é o espaço que se abre quando o estado de exceção começa a tornar-se a
regra.[...] É preciso refletir sobre o estatuto paradoxal do campo enquanto espaço de
exceção: ele é um pedaço de território que é colocado fora do ordenamento jurídico
normal, mas não é, por causa disso, simplesmente um espaço externo. Aquilo que nele
é excluído e, segundo o significado etimológico do termo exceção, capturado fora,
incluído através da sua própria exclusão. Mas aquilo que, deste modo, e antes de tudo
capturado no ordenamento é o próprio estado de exceção. Na medida em que o estado

43
Ulteriormente à redação deste trabalho, iremos nos apropriar das leituras dos livros da Sílvia Federici para
nos ajudar a pensar essa questão.
142
de exceção é, de fato, “desejado”, ele inaugura um novo paradigma jurìdico-político,
no qual a norma torna-se indiscernível da exceção. O campo é, digamos, a estrutura em
que o estado de exceção, em cuja possível decisão se baseia o poder soberano, é
realizado normalmente. [...] O campo é um hibrído de direito e de fato, no qual os dois
termos tornaram-se indiscerníveis. [...] Na medida em que os seus habitantes foram
despojados de todo estatuto político e reduzidos integralmente a vida nua, o campo é
também o mais absoluto espaço biopolítico que jamais tenha sido realizado, no qual o
poder nao tem diante de si senão a pura vida sem qualquer mediação. Por isso o campo
é o próprio paradigma do espaço político no ponto em que a política torna-se
biopolítica e o homo sacer se confunde virtualmente com o cidadão. (AGAMBEN,
2007: 175-178. Grifos do autor)

Reinserido o fato colonial, podemos dizer o campo, no qual a mesma lógica de


Estado de Exceção impera, tem geometrias variáveis segundo territórios e populações a
partir do critério da possibilidade concreta do soberano (o soberano difuso e invisível dos
grandes detentores de capitais) de aplicar de forma diferenciada o direito (neo)liberal:
proteção relativa das populações úteis ou necessárias à acumulação capitalista, e
matabilidade extrema das populações “inúteis” das antigas coloniais (pobres negros no
Brasil, negros e latinos nos Estados Unidos, pobres e etnias devaloradas no África e no
Meio Oriente, por exemplo). Giorgio Agamben tem razão em apontar esses Estados de
Exceção que se tornam regra, mas ele esquece os gradientes oriundos da época colonial e
escravagista. Restituindo a reflexão do Agamben a uma reflexão mais precisa levando em
consideração a colonialidade e o escravagismo, as palavras do Agamben em Homo Sacer I
fazem ainda mais sentido:
... o corpo biopolítico, que constitui o novo sujeito político fundamental, não é uma
quaestio facti (como, por exemplo, a identificação de um certo corpo biológico) nem
uma quaestio iuris (a identificação de uma certa norma a ser aplicada), mas a aposta de
uma decisão política soberana, que opera na absoluta indiferenciação de fato e direito.
(AGAMBEN, 2007: 178. Grifos do autor).

Esses gradientes correspondem, creio eu, à separação que fizemos entre os


“sobreviventes” trabalhadores normalizados pelo bio-governo no modelo da “elite da vida
boa” e os “mortos-vivos”, vidas mátaveis do tanato-governo que complementa o bio-
governo. Normalização e abjeção, neste contexto, se complementam e diferenciam os seus
alvos a partir de critérios de colonialidade e de racialização. O “morto-vivo” da ordem
capitalista-(neo)liberal-(neo)colonial tem um lugar específico na gestão do campo Se
compararmos a lógica bio-tanato-governamental contemporânea com a situação da gestão
tanato-governamental do campo de concentração de Auschwitz pelos nazistas nos anos
1940, o “morto-vivo” da nova colonialidade se aparenta ao muçulmano descrito por
Agamben em O que resta de Auschwitz, a partir do testemunho de Hans Mayer, alias Jean
Améry44:

44
Agamben cita o testemunho do judeu austríaco Hans Mayer, alias Jean Améry sobre a sua vivência no
campo e os “muçulmanos”: “O assim chamado Muselmann, como era denominado, na linguagem do Lager, o
prisioneiro que havia abandonado qualquer esperança e que havia sido abandonado pelos companheiros, já
não dispunha de um âmbito de conhecimento capaz de lhe permitir discernimento entre bem e mal, entre
nobreza e vileza, entre espiritualidade e não espiritualidade. Era um cadáver ambulante, um feixe de funções
físicas já em agonia”. (AMÉRY, 1987: 39, Apud AGAMBEN, 2008: 49). AMÉRY (J.). Un intellectualle a
Auschwitz, Torino, Bollati Boringhieri, 1987. p. 39.
143
O muçulmano não causava pena a ninguém, nem podia contar com a simpatia de
alguém. Os companheiros de prisão, que temiam continuamente pela própria vida, nem
sequer se dignavam de lhe lançar um olhar. Para os prisioneiros que colaboravam, os
muçulmanos eram fonte de raiva e preocupação: para as SS eram apenas inútil
imundície. Tanto uns quanto os outros só pensavam em eliminá-los, cada um à sua
maneira (AGAMBEN, 2008: 51).

Como não pensar, com esta descrição do muçulmano, no jovem negro de periferia
no Brasil e na Amazônia, cuja vida é matável e “não passìvel de luto”? Como não ver, nos
outros prisioneiros do campo, a categoria dos “sobreviventes” que aqui já descrevemos?
Como não ver, nas “SS” o desdém e nojo expresso pela “elite da vida boa” em relação aos
“mortos-vivos” passìveis de morte sem compaixão na ordem tanato-governamental,
capitalista, (neo)liberal, (neo)colonial? Como não ver aqui a expressão de um bio-governo
bélico que, como diz Foucault, reinscreve “perpetuamente estas relações de força, através
de uma espécie de guerra silenciosa, nas instituições e nas desigualdades econômicas, na
linguagem e até no corpo dos indivíduos” (FOUCAULT, 2005: 23), e como não deduzir daí
o esfarcelamento do comum que poderia reunir essas pessoas numa comunidade política?
A reação a isto é um fenômeno global de tribalização dos comportamentos e das
solidariedades, que tem como corolário a imposição de um modelo racional fascista que vai
estigmatizar e repelir os elementos identitários de outras tribos a partir, justamente, de uma
lógica capitalística (de todo tipo de capital: econômico, cultural, social). No lugar de um
mundo dividido em dois mundos (civilização/império da lei de um lado, selvageria/anomia
de outro lado), aparecem, por consequência, a criação de mini-mundos tribalizados. Essa
pluralidade de mini-mundos não consegue anular completamente a lógica do Estado-Nação,
e pode até contribuir a impor ao conceito de Nação uma razão tribal bélica fundada na
discriminação entre amigos (da lei) e inimigos (ilegais), deixando espaço e oportunidade
para movimentos fascistas e políticas de morte ganharem recentemente amplo apoio
popular.
Por outro lado, essa tribalização parece atacar diretamente o Estado-Nação. Neste
contexto, as reações nacionalistas poderiam ser vistas como movimentos reacionários
buscando resgatar o que já não existe mais, numa busca desesperada pela comunidade e
pela solidariedade perdidas. Nessas condições, podemos pensar que a tribalização vai
progredir para a formação de inúmeros mini-mundos, com maior ou menor coesão cultural
e social, que irão atravessar os territórios e os Estados-Nações por um movimento de
atomização que irá encontrar o seu sentido em processos de desterritorialização das
hierarquias sociais. Em consequência, os processos de distinção e predação social
necessários à ordem (neo)liberal-capitalista irão precisar de outra grade de referência de
que a nacionalidade para poder impor a hierarquização correspondente à sua dominação.
Para isto, a grade de leitura da distinção encontra a oportunidade de ser reativada a partir do
princípio da raça, o qual tem a vantagem significativa de permitir que, num mundo cuja
soberania encontra-se desterritorializada, os outsiders sejam visíveis ao olho nu, a partir da
cor de sua pele e de seus traços étnicos mestiços ou negros. Por isto escreve Achille
Mbembé:
… o negro não existe enquanto tal. Ele é constantemente produzido. Produzi-lo é gerar
um vínculo social de sujeição e um corpo de extração, isto é, um corpo inteiramente
exposto à vontade de um senhor e do qual nos esforçamos para obter o máximo de
144
rendimento. Sujeitos a corveias de toda ordem, o negro é também o nome de uma
injúria, o símbolo do homem confrontado com o açoite e o sofrimento, num campo de
batalha em que se opõem facções e grupos social e racialmente segmentados.
[MBEMBÉ, 2018a: 42. Grifos do autor]

A racialização permite a organização de um bio-tanato-governo das vidas abjetas da


ordem capitalista-(neo)liberal e (neo)colonial a partir dos dispositivos de segurança e de
uma gestão capitalística do descompasso diferenciado entre práticas punitivas e ordem
jurídico-legal no centro e na periferia desta ordem. Para Mbembé,
Aliás, a crescente força do Estado securitário nas atuais circunstâncias é acompanhada
de uma reconfiguração do mundo pelas tecnologias e de uma exacerbação de formas de
designação racial. Face à transformação da economia da violência no mundo, os
regimes democráticos liberais agora se consideram em estado de guerra quase
permanente contra novos inimigos fugidios, móveis e reticulares. O teatro dessa nova
forma de guerra (que exige uma concepção “total” da defesa e uma elevação dos
limites de tolerância para as exceções e revogações) é ao mesmo tempo externo e
interno. [MBEMBÉ, 2018a: 51.]

Para dar mais concretude a esses argumentos, podemos nos referir a uma entrevista
realizada em maio 2019 com a avó de uma vítima do Extermínio. Na ocasião, perguntamos
à Dona Lene se ela entendia por que motivo o seu neto foi morto por um policial;
“DONA LENE: É porque eu acho que eles estavam revoltados, porque
mataram um dos deles e eles diziam que iam se vingar.
ENTREVISTADOR: Mas a senhora acha que por qual critério? A cor da pele?
A idade?
DONA LENE: Como eu falei pra você, nesse dia ele tinha cortado o cabelo e
tinha colocado a camiseta aqui e estava com uma calça que ele dormia, porque
sempre que ele dormia, ele dormia com calça larga de vestir em casa e ele
pegou e colocou o boné.
ENTREVISTADOR: Então era por causa da vestimenta?
DONA LENE: É, então eu acho que foi isso!” (Entrevista 01B, realizada por
Jean-François Yves Deluchey, maio 2019).

O estigma de marginalidade, na cor da pele ou na vestimenta, que se aplica ao


jovem negro de periferia no Brasil e na Amazônia, serve de justificativa concreta para um
agente público de segurança considerar que a vida deste jovem é matável e não passível de
luto. É este estigma que outorga ao policial ou ao membro de Grupo de Extermínio uma
efetiva “licença para matar”. Aqui, repito, se situa parte da explicação da adesão das classes
subalternas ao Extermínio: trata-se, para a classe dos sobreviventes, de confirmar sua
sobrevivência pelo apagamento, pela neutralização (encarceramento) ou pela eliminação
(extermínio) dos grupos sociais que, por sua mera existência, constituem uma ameaça às
suas estratégias de sobrevivência. As práticas de linchamento dos pequenos ladrões,
cotidianas no Brasil urbano dos últimos 20 anos, e a adesão quase unânime das classes
subalternas a uma política criminal extremamente repressiva e exterminadora, estão
diretamente ligadas a essas estratégias de sobrevivência. Achille Mbembé observou, aliás, o
mesmo movimento nos Estados Unidos da América em relação a sua população negra na
época da escravidão:
145
A racialização da servidão, especialmente nos Estados Unidos, levou os brancos, e
sobretudo os brancos pobres, prestadores de toda espécie de serviços, a se distinguirem
o mais que pudessem dos africanos, reduzidos ao estatuto de escravos. Os homens
livres receavam que o muro que os separava dos escravos não fosse estanque o
bastante. [...] A reativação da lógica racial acompanha igualmente o fortalecimento da
ideologia da segurança e a instalação de mecanismos destinados a calcular e a
minimizar os riscos, e a fazer da proteção a moeda de troca da cidadania [MBEMBÉ,
2018a: 46-50. Grifos do autor]

Essa racialização serve de grade de leitura para a aplicação diferenciada do “fazer-


viver” normalizador que sustenta a acumulação/concentração de capital e a do “fazer-
morrer” que corrige e expurga o que é inútil e indesejável dentro da lógica do império. A
aplicação dos dispositivos bio-tanato-governamentais é objeto de um cálculo de interesse
que se realiza na microfísica do social, apesar de seus impulsos provirem de ações
perpetuadas em nível global pelos soberanos da ordem, os maiores detentores de capital, a
partir de suas estratégias específicas de acumulação/concentração ilimitada dos capitais.
Escreve Agamben:
A “vida indigna de ser vivida” não é, com toda evidência, um conceito ético, que
concerne as expectativas e legítimos desejos do individuo: é, sobretudo, um conceito
político, no qual está em questão a extrema metamorfose da vida matável e
insacrificável do homo sacer, sobre a qual se baseia o poder soberano. Se a eutanásia
se presta a esta troca, isto ocorre porque nela um homem encontra-se na situação de
dever separar em um outro homem a zoé do bíos e de isolar nele algo como uma vida
nua, uma vida matável. Mas, na perspectiva da biopolítica moderna, ela se coloca
sobretudo na intersecção entre a decisão soberana sobre a vida matável e a tarefa
assumida de zelar pelo corpo biológico da nação, e assinala o ponto em que a
biopolítica converte-se necessariamente em tanatopolítica. [...] Se ao soberano, na
medida em que decide sobre o estado de exceção, compete em qualquer tempo o poder
de decidir qual vida possa ser morta sem que se cometa homicídio, na idade da
biopolítica este poder tende a emancipar-se do estado de exceção, transformando-se em
poder de decidir sobre o ponto em que a vida cessa de ser politicamente relevante. Não
só, como sugere Schmitt, quando a vida torna-se o valor político supremo coloca-se aí
também o problema de seu desvalor; na verdade, tudo se desenrola como se nesta
decisão estivesse em jogo a consistência última do poder soberano. Na biopolítica
moderna, soberano e aquele que decide sobre o valor ou sobre o desvalor da vida
enquanto tal. (AGAMBEN, 2007: 148-149)

Por isto a era (neo)liberal, no qual o “mercado” ou, melhor, a


acumulação/concentração de capitais se torna o regime de verdade dos atos governamentais
(dos governos nacionais, dos grupos e dos indíviduos governando suas próprias vidas),
serve a realizar esse cálculo por além da comparação civilização/bárbarie dos primórdios da
época colonial. Doravante, todos nós, do centro à ultraperiferia do capitalismo, somos
objetos de avaliação e sujeitos potenciais à abjeção capitalista. Neste sentido, talvez,
Agamben tenha razão em dizer que todos somos virtualmente homines sacri, e Judith
Butler tem razão em afirmar que todas as nossas vidas são, concretamente, precárias.
Nos capítulos finais do Homer Sacer I, Agamben nos mostra o quanto a Biopolítica
foi pensada pelos teóricos nazistas alemãos; por exemplo, Ottmar von Verschuer que, em
dois trabalhos publicados em 1936 e em 1942, vai trazer duas reflexões importantes.

146
Agamben, primeiro, nos apresenta um texto escrito por Vershuer em 1936, na qual
Verschuer cita o próprio Hitler:
“O novo Estado não conhece outro dever além do cumprimento das condições
necessárias a conservação do povo.” Estas palavras do Führer significam que todo ato
político do Estado nacional-socialista serve a vida do povo... Nós sabemos hoje que a
vida de um povo é garantida somente se as qualidades raciais e a saúde hereditária do
corpo popular (Volkskörper) são conservadas. (VERSCHUER, 1936: 5. Apud
AGAMBEN, 2007: 154)

Alguns anos mais tarde, na França ocupada de 1942, em um livro intitulado Estado
e Saúde, Vershuer vai afirmar que a polìtica consiste em “dar forma à vida do povo”,
declaração profundamente biopolìtica, articulada com o “fazer viver” enunciado por Michel
Foucault. Giorgio Agamben faz o seguinte comentário à citação do Verschuer:
A novidade da biopolítica moderna é, na verdade, que o dado biológico seja, como tal,
imediatamente biopolítico e vice-versa. [A vida] torna-se agora o sujeito-objeto da
política estatal (que se apresenta, portanto, sempre mais como “polìcia” [no sentido
rancièriano da palavra] ; mas somente um Estado fundado sobre a própria vida da
nação podia identificar como sua vocação dominante a formação e tutela do “corpo
popular”. (AGAMBEN, 2007: 155. Grifo do autor)

Em relação ao Brasil, podemos assim fazer a hipótese que apenas a face B do Janus
biopolítico compõe o governo biopolítico do povo brasileiro. Não há, no Brasil, um projeto
nacional que tenha “como sua vocação dominante a formação e tutela do “corpo
popular””, tal como existia na Alemanha nazista. Os próprios fascistas brasileiros,
apoiadores de Bolsonaro, saudosos do regime militar de 1964, ou os membros dos
movimentos “Brasil Livre” e de institutos chamados “liberal” ou “von Mises”
(confirmando a relação doutrinária próxima entre liberalismo, neoliberalismo e fascismo),
tentam encontrar soluções “nacionais” na dependência e na submissão a Metrópoles
estrangeiras e soberanos invisíveis. Vivendo-se ainda como colônia, o Extermínio da
juventude negra periférica no Brasil não pode ser compreendido como parte de um projeto
nacional autônomo. Pelo contrário, o Extermínio, a morte no Sul Global brasileiro é a
condição da consolidação da vida boa no Norte Global, e a grande indiferença (e até a
adesão) das elites e classes médias altas brasileiras ao programa de Extermínio, deve ser
relacionado à adesão desses grupos sociais a uma ordem social que desqualifica o povo
brasileiro na ordem global (neo)liberal-capitalista.
Neste contexto, o racismo de Estado e a tanato-política servem de corte entre os que
devem viver e os que podem morrer diante de uma indiferença generalizada dos mais
poderosos. Estes são os vetores de legitimação de um bio-governo global que vai agir sobre
a proliferação, a neutralização e a eliminação dos indesejáveis do capitalismo transnacional.
Trata-se da implementação de um programa neomalthusiano global, realizado com a
colaboração das “elites” locais latino-americanas, em nome da preservação de uma vida boa
para alguns. Este programa se impõe com tanta facilidade por causa da formação sócio-
histórica colonial e escravocrata do Brasil, que sempre expôs os trabalhadores da mais
baixa extração à morte e ao sacrifício, e que sempre excluiu esses trabalhadores de um
projeto nacional de inclusão social.

147
Conclusão

Neste trabalho, tentamos mostrar, a partir de estatísticas primárias e secundárias, e


de um esboço de reflexão teórica, as principais questões ligadas ao Extermínio da juventude
negra de periferia no Brasil, na Amazônia, e particularmente no estado do Pará. Trata-se de
um relatório parcial em relação a uma pesquisa mais ampla que tem uma dimensão
empírica e uma proposta teórica de resolução de meio prazo. Aos primeiros dados e
reflexões aqui apresentadas, deveremos, nos próximos meses, acrescentar e aprofundar a
análise das várias entrevistas realizadas no período da pesquisa financiada pela fundação
Gerda Henkel Stiftung. Também tentaremos aprofundar e testar de forma mais sólida as
hipóteses teóricas aqui apresentadas e que fazem uma relação direta entre as mutações e
permanências da ordem capitalista contemporânea e a adoção de uma arte de governar
tanato-governamental que aceita, legitima, ou até incentiva o Extermínio de vários grupos
sociais considerados abjetos à referida ordem.
Devemos lembrar aqui alguns estranhamentos originais que nos levaram a
desenvolver e a querer aprofundar esta pesquisa: porque teve, no Estado do Pará em 2017,
um volume total de 3.877 homicídios quando na França, que tem uma população quase 10
vezes maior ao Pará, apenas teve, no mesmo ano, um total de 825 homicídios? Porque, do
total das mortes de 2017 no estado do Pará, mais da metade dos homicídios (52,5%)
fizeram vítimas entre 0 e 29 anos? E finalmente (para ser breve), porque 77,3 sobre 100
mortes de jovens no Pará não estão anunciadas na capa do jornal? De onde vem essa
naturalização da morte juvenil dentro de um País cujo sistema jurídico aparenta ser liberal-
garantista?
Devemos lembrar aqui que tanto Foucault em Em Defesa da Sociedade quanto
Agamben, nos livros da série Homo Sacer, falam que na era biopolítica moderna, a morte
encontra-se progressivamente desqualificada, escondida, como se a morte fosse agora
privada, vergonhosa, e não merecesse mais ser um ritual ou um espetáculo público. Escreve
Agamben: “Daí surge a progressiva desqualificação da morte, que se despoja de seu
caráter de rito público, de quem participavam não só os indivíduos e as famílias, mas, de
certa forma, toda a coletividade, e se transforma em algo que deve ser escondido, em uma
espécie de vergonha privada” (AGAMBEN, 2008: 88). Ora, esta visão talvez deva ser
matizada no que se refere ao Sul Global. A relação à morte e a exposição à morte no Sul
Global é geralmente diferente do que no Norte Global. Quando, de um lado, um cidadão
francês pode passar uma vida inteira sem presenciar as consequências da violência letal, e
apenas ver, de relance, algum cadáver “exótico” de um corpo tombado numa guerra
“exótica” do Sul Global durante o jornal nacional, um cidadão brasileiro contemporâneo,
por outro lado, é regularmente exposto ao espetáculo da morte violenta. Nas páginas em
cores dos “cadernos policiais” dos principais jornais de imprensa escrita e, na televisão, nos
horários do café da manhã, do almoço e do jantar, os programas “policiais” de televisão
retratam ao vivo e em cores os horrores da guerra contra o crime, expondo corpos
mutilados e sangue na intimidade dos lares brasileiros. Esses corpos, aliás, para os
Brasileiros, são longe de ser exóticos: muitas vezes, estes tombaram na própria vizinhança
do espectador.

148
Os recados que essas mortes deixam aos cidadãos franceses e brasileiros são
completamente distintos. Ao cidadão francês é dado o aviso: “alegra-se porque você vive
em paz! Em outras regiões, o horror e a barbárie estão acontecendo”. O cidadão francês
pode compreender, assim, o quão civilizado é o seu País, o quão civilizado ele é, e o quão
bárbaro pode ser o cidadão do Sul Global. Para o cidadão brasileiro, o recado é outro: “a
barbárie está no canto de sua rua! O perigo é iminente e você deve estar atento a sua própria
barbárie. A rua e o espaço público é o lugar do Outro perigoso; sua segurança depende de
sua capacidade a permanecer nos espaços privados de seu lar e de seu local de trabalho”. Os
efeitos dessas imagens são evidentemente distintos em termos de disciplina: o corpo do
Brasileiro deve lidar cotidianamente com uma disciplinarização da qual depende sua
segurança física (grades de metal nas janelas, fios de arame nos muros das casas, toques de
recolher no período noturno, acesso constrangido à circulação urbana, etc.). O corpo do
Francês está aparentemente salvo do Outro exótico e perigoso do qual a figura do imigrante
ilegal constitui uma lembrança inaceitável. O corpo do Brasileiro está exposto à morte e a
bárbarie de um Outro designado como familiar e estranho ao mesmo tempo Ŕ até porque o
Outro pode ser ele próprio ou seu filho, nos olhos de um Outro brasileiro.
Assim podemos melhor entender o que a priori não parecia fazer sentido: que no
Brasil, em plena era neoliberal, se encarcere e se morra tanto. Aqui no Brasil e na
Amazônia, a regra não é conforme à máxima fazer viver, deixar morrer. Aqui, a
governamentalidade contemporânea leva a realizar uma política do fazer viver e fazer
morrer, de maneira concomitante, complementar, de forma absolutamente não paradoxal.
Matar, o recurso tecnológico mais específico do soberano, é para Mbembé “o grau mais
baixo da sobrevivência”. Como escreve o filósofo cameronês, “É a morte do outro, sua
presença física como um cadáver, que faz o sobrevivente se sentir único. E cada inimigo
morto faz aumentar o sentimento de segurança do sobrevivente” (MBEMBÉ, 2018: 62).
Em um trabalho antigo, onde eu interrogava o conceito de guerra contra o crime no Brasil,
e me perguntava como podiam acontecer linchamentos de pessoas pobres por outras
pessoas pobres se a guerra contra o crime era finalmente uma guerra social, minha
conclusão não foi outra:

Parece que nem a vontade de vingar as violências impunes nem o simples desejo de
descarregar as suas frustrações sociais contra um “bode expiatório” não são suficientes
para explicar o fenômeno do linchamento. Os “trabalhadores” das classes trabalhadoras
que, em teoria, a ordem dominante coloca de bom grado entre os “cidadãos do bem”,
podem querer defender por meio de linchamento é a posição que estes adquiriram no
sistema social. O inimigo dos trabalhadores pobres não é o homem rico, mas o
delinquente que perturba suas legítimas aspirações à paz social e civil, que por vezes
arruina os frutos de seu trabalho honesto, e que constitui uma ameaça constante para
seus filhos Ŕ os quais podendo ser tentados a se juntarem ao campo dos “bandidos” e a
abandonarem o dos “cidadãos”. (DELUCHEY, 2003 : 183-184).

Essas considerações, aliás, valem tanto para os Franceses de que para os Brasileiros
e Amazônidas. Neste contexto, faz todo sentido observar a hierarquização social como uma
separação entre três grupos distintos: os ricos da “vida boa” e seus ajudantes de um lado
(pequenos acumuladores de capitais), os sobreviventes-trabalhadores de outro lado
(candidatos ao aumento de seu capital) e, na última câmara da humanidade e da cidadania,

149
os “mortos-vivos” (os marginais sociais e penais, sem capital). Preocupados em seguir um
modelo de vida que lhes aproximem da “vida boa”, os sobreviventes vão apoiar a matança
generalizada dos “mortos-vivos”, dos degradados, dos “homens sem qualidades” e sem
capital, espantalhos de sua própria desqualificação social. Pode então, na ultraperiferia do
capitalismo, morrer o jovem negro pobre. Lá na ultraperiferia, nem o direito nem a ética são
mobilizados para se opor ao Extermínio. Como diz Michel Foucault, “Quanto mais
numerosos forem os que morrem entre nós, mais pura será a raça a que pertencemos”
(FOUCAULT, 2005: 308). A ultraperiferia do capitalismo, como a antiga colônia, pode
acolher um regime jurídico tanato-político sem que a mitologia liberal encontre-se colocada
em xeque. A ultraperiferia, como a colônia, “representa o lugar em que a soberania
consiste fundamentalmente no exercício de um poder à margem da lei (ab legibus solutus) e
no qual a “paz” tende a assumir o rosto de uma “guerra sem fim”.” (MBEMBÉ, 2018:
71).
Daí, se extraem três formas de vida que vão ser autores desta guerra sem fim: a vida
boa dos ricos e seus ajudantes que devem viver bem, a sobrevivência dos que devem viver e
trabalhar para sustentar a vida boa dos primeiros, e a morte dos “mortos-vivos”,
muçulmanos do campo (neo)liberal-capitalista, que deverão morrer para garantir a velha
aliança dos dois primeiros para sustentar a ordem de dominação (neo)-colonial-(neo)liberal-
capitalista. Neste contexto, às elites, aos “super-ricos”, novos colonos soberanos da “vida
boa”, se aplica o velho axioma da soberania, agora difusa entre os maiores acumuladores de
capital: le roi ne meurt jamais.

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