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EXEMPLO DE UMA IMAGEM PARA INTRODUÇÃO À ANÁLISE

MORFOLÓGICA - 4.º ANO

Agora vocês já sabem muitas coisas pois já estão no 4o ano. Já conhecem muitas
palavras e frases.
Os nossos conhecimentos acumulados são como pedras preciosas.
Os colecionadores de pedras, quando acumulam muitas pedras começam a classificá-
las.
Também os homens são classificados de acordo com o que fazem: prefeitos, policiais,
banqueiros,etc. Antigamente havia os reis, os guarda-costas, os ajudantes, guerreiros, etc.

Nesta época, o rei com todo o seu séquito saíam para conhecer e conquistar novas
terras. Esses grupos eram compostos de diversas pessoas: ia o rei, seu guarda-costas, seus
ajudantes, os trabalhadores, os ajudantes dos trabalhadores, os mensageiros, o substituto do
rei e partiam enquanto toda a população, como uma platéia, saudava e aplaudia o grupo.
Também as palavras que compõem uma frase formam um grupo que assim como no
grupo da batalha , podem ser classificadas.
Para experssarmos uma idéia precisamos de um grupo de palavras que são como um
desses grupos de pessoas, como o rei e seus acompanhantes.
Então, uma frase é como o grupo de Cortejo do rei, onde o rei é o mais importante.
Já sabemos que existem, numa frase, nomes (substantivos), ações (verbos) e
qualidades (adjetivos).
O substantivo é o nome, a palavra mais importante da frase. Dizemos então que ele
é o rei (azul escuro).
O artigo é o arauto do rei (azul claro), pois é ele que anuncia o rei, na frase ele
acompanha o substantivo.
O verbo são os Trabalhadores do rei (vermelho) pois são eles que praticam as
ações: cavam, aram, cortam, plantam, irrigam, colhem,etc.
O adjetivo é um ajudante do rei (verde); ele dá qualidades ao rei que é o substantivo
.
O numeral é outro ajudante do rei (verde claro); ele dá qualidades numéricas ao
rei ,ou seja indica a quantidade do substantivo .
O advérbio é o ajudante dos trabalhadores ( laranja), ele dá qualidades, especifica
o verbo.
O advérbio pode indicar o lugar, o tempo, o modo ou a intensidade de uma ação ou
verbo.
A preposição é o mensageiro do grupo ( amarelo). Ela faz ligações entre as
palavras. Por exemplo: “forno de barro”, “pão com manteiga”, “vou para Bauru”, etc.
A conjunção é outro mensageiro do rei ( marrom) que faz ligações entre grupos.
Assim se temos um grupo de palavras, expressando uma idéia, como por exemplo:
"Hoje de manhã estava chovendo" e queremos ligá-lo a outro grupo de palavras que expressa
outra idéia como: "Não fui à escola", então precisaremos de uma conjunção para juntar as
duas idéias e dizer: "Hoje de manhã estava chovendo por isso não fui a escola", “por isso”
é a conjunção
O pronome é o substituto do rei (roxo), pois substitui o rei ou seja o substantivo.
Assim se dizemos: "Maria é minha irmã; ela gosta de estudar." A palavra ela está substituindo
o nome Maria, é portanto um pronome.
O pronome pode ser pessoal se está substituindo um nome ( ela, eu, tu, mim,etc),
pode ser possessivo se indicar posse (meu, seu, teu,etc.), pode se demonstrativos (isto, aquilo,
essa,etc.), pode ser interrogativo quando usado para fazer perguntas (quem, qual, que ,etc.),
ou indefinido quando não é conhecido (algum, nenhum, alguém,etc.).
A interjeição são as pessoas da platéia ( rosa) que aplaudem e torcem pelo grupo
: Ah!, Oh!,Viva !, Silêncio!, Urra! , Bravo!
Estas são as dez figuras do Cortejo do rei que são comparáveis às dez classes
gramaticais.
A princípio praticamos com as crianças, apenas grifando com as diferentes cores
características de cada classe gramatical, todas as palavras de uma frase.
Em seguida estudamos detalhadamente todas as classes gramaticais ,com exemplos e
exercícios. Este trabalho inicia no quarto ano com a visão geral e continua durante todo o
quinto ano, quando passamos a fazer a análise morfológica de cada palavra separadamente.
Exemplo de uma história para se estudar o
grau do substantivo
No aumentativo:

Naquela campanha atrás do rochedo há um casarão cercado por uma muralha, com
um portão de ferro.
Lá mora um ricaço homenzarrão que usa a um chapelão.
Nele tudo é grande: o corpanzil, a cabeçorra, a carantonha com um narigão e uma
bocarra com dentuças, a barbaça, o barrigão, a pernaça, o pezão e o vozeirão.
No seu casarão há um salão e uma cozinhona onde ele faz as refeições.
Para beber usa canecões ou copázios e, para comer, um pratarraz e uma colheraça.
Com um facão corta a carne de um porcalhão assado.
No fogaréu da fornalha ele põe um caldeirão e faz um sopão.
De sobremesa come um fatacaz de bolão.
Seus filhos são dois rapagões e um crianção.
No quintalão, o canzarrão e o gatarrão estão sempre brigando por causa de um
sapatão.

No Grau normal:

Naquele campo atrás da rocha há uma casa cercada por um muro, com uma porta
de ferro.
Lá mora um rico homem que usa a um chapéu.
Nele tudo é grande: o corpo, a cabeça, a cara com um nariz e uma boca com dentes,
a barba, a barriga, a perna, o pé e a voz.
Na sua casa há uma sala e uma cozinha onde ele faz as refeições.
Para beber usa canecas ou copos e, para comer, um prato e uma colher. Com uma
faca corta a carne de um porco assado.
No fogo de um forno ele põe uma caldeira e faz uma sopa.
De sobremesa come uma fatia de bolo.
Seus filhos são dois rapazes e uma criança.
No quintal, o cão e o gato estão sempre brigando por causa de um sapato.

No diminutivo:

Naquele campinho atrás da rochinha há uma casinha cercada por um murinho, com
uma portinha de ferro.
Lá mora um riquinho homenzinho que usa a um chapeuzinho.
Nele tudo é pequeno: o corpinho, a cabecinha, a carinha com um narizinho e uma
boquinha com dentinhos, a barbinha, a barriguinha, a perninha, o pezinho e a vozinha.
Na sua casinha há uma salinha e uma cozinhinha onde ele faz as refeições.
Para beber usa canequinhas ou copinhos e, para comer, um pratinho e uma
colherinha. Com uma faquinha corta a carne de um porquinho assado.
No foguinho do forninho ele põe uma caldeirinha e faz uma sopinha.
De sobremesa come uma fatiazinha de bolinho.
Seus filhos são dois rapazinhos e uma criançinha.
No quintalzinho, o cãozinho e o gatinho estão sempre brigando por causa de um
sapatinho.

Histórias engraçadas são interessantes para esse tipo de estudo. Primeiro a criança
pode grifar os aumentativos, depois ela poderá reescrever a história usando os diminutivos e
o grau normal. Ficará engraçado também o desenho.
Devem-se fazer longas listas de palavras com seus aumentativos e diminutivos. Com
essas palavras podem-se fazer brincadeiras na hora do ritmo.
Exemplo de uma história para se estudar os substantivos coletivos

1-) Coletivo era um menino que adorava a coleção, pois tudo o que ele via virava um
montão.
2-) Um dia encontrou um soldado com um cachorro, correndo atrás de um ladrão.
Mas, Coletivo via um batalhão com uma matilha, correndo atrás de uma quadrilha.
3-) No céu só via bandos, enxame ou constelação.
4-) Na fazenda, correu de um boi, encontrou uma cabra, tropeçou em um porco e
pisou em um ovo.
Porém, Coletivo assustado, corria de uma boiada, encontrava um rebanho, tropeçava
em uma vara e pisava numa ninhada.
5-) Quando uma formiga subiu em sua perna, Coletivo desesperado se debatia
achando ser uma correição.
6-) E ninguém o entendia, rezava para uma falange, e quando acordava dizia ter tido
um enxame bom.
7-) Mas uma coisa não fazia, nunca xingava ninguém de burro, só de tropa!

Esta história pode ser ilustrada com desenhos pelas crianças. Cada número indicado
pode ser uma página de um livrinho.
Listas de coletivos também devem ser escritas no caderno e trabalhadas através de
brincadeiras na hora do ritmo. Por exemplo, o professor jogando uma bolinha, fala uma
palavra e o aluno deve dizer o seu coletivo ou vice-versa.

OBS: Falange é o coletivo de anjos, correição é o coletivo de formigas e enxame, de


sonhos
Segue um exemplo de uma criança de 4º. Ano:

A História do Coletivo

Coletivo era um menino que adorava a coleção, pois


tudo o que ele via virava um montão.
Um dia encontrou um soldado com um cachorro, correndo atrás de
um ladrão.
Mas, Coletivo via um batalhão com uma matilha, correndo atrás de
uma quadrilha.
No céu só via bandos, enxame ou constelação.

Na fazenda, correu de um boi, encontrou uma cabra, tropeçou em


um porco e pisou em um ovo.
Porém, Coletivo assustado, corria de uma boiada, encontrava um
rebanho, tropeçava em uma vara e pisava numa ninhada.
Quando uma formiga subiu em sua perna, Coletivo desesperado se
debatia achando ser uma correição.
E ninguém o entendia...
Rezava para uma falange, e quando acordava dizia ter tido um
enxame bom.

Mas uma coisa não fazia, nunca xingava ninguém de burro...


Só de tropa!

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