Você está na página 1de 36

Tópicos Especiais em Sistemas Dinâmicos

Controle Ótimo – Parte 3

Regulador Ótimo Linear Quadrático - LQR

1
Regulador Linear Quadrático – LQR

O LQR - Regulador Ótimo Linear Quadrático


envolve um sistema com dinâmica linear e função
de custo quadrática.

CH1 Why Microelectronics? 2


LQR : Tempo Finito

S( tf ): Custo Terminal
na Forma Quadrática.

1) Q(t) : Matriz de Ponderação do Estado x(t), Simétrica Positiva


Semidefinida.
2) R(t) : Matriz de Ponderação do Controle u(t), Simétrica Positiva
Definida.
3) F(tf) : Matriz de Ponderação do Custo Terminal, Simétrica Positiva
Semidefinida.
CH1 Why Microelectronics? 3
Método de Pontryagin

1) Formulação do Hamiltoniano;

2) Princípio da Otimalidade;

3) Representação do Sistema de Equações Diferenciais envolvendo


o estado x(t) e o coestado ;
λ (t )
4) Sugestão para implementação do Sistema de Controle Ótimo em
Malha Fechada;

5) Formulação e solução da MDRE – Equação de Riccati


Diferencial Matricial.

CH1 Why Microelectronics? 4


1 - Formulação do Hamiltoniano

CH1 Why Microelectronics? 5


2 - Princípio da Otimalidade

Note a necessidade de se considerar R(t) positiva definida e não


apenas semidefinida, de modo que exista a inversa R-1(t).
CH1 Why Microelectronics? 6
3.1 - Sistema de Equações Diferenciais

equação de estado

equação de coestado

Sistema Canônico de Equações Diferenciais de Estado e de Coestado ou


Sistema Hamiltoniano

Equação de Contorno Geral

, S (t f ) = x ( t f ) T F ( t f ) x ( t f )

CH1 Why Microelectronics? 7


3.2 – Aplicação das Condições de Contorno

Vamos explorar o caso em que tf é fixo e x(tf) é livre.

Logo: δt f =0 e δx f é arbitrário

Assim, o coeficiente de δx f na equação de contorno geral deve ser


nulo.

Logo obtém-se a seguinte Condição de Contorno em tf :

CH1 Why Microelectronics? 8


3.3 - Sistema Estado e Coestado

x(t) : entrada
Bloco de
u ( t ) :saída
Realimentação

CH1 Why Microelectronics? 9


4.1 - Representação do sistema em malha fechada

A condição de contorno em tf , λ ( t f ) =F (t f ) x (t f ) , sugere a expressão abaixo,


chamada “Transformação de Riccati”, com P(t) a ser determinada.

Note-se que o vetor de controle ótimo é representado como uma


realimentação negativa do estado.

À equação acima, chamamos “Lei de Controle”.

Diferenciando a Transformação de Riccati em relação ao tempo t, obtém-se:

CH1 Why Microelectronics? 10


4.2 - Representação do sistema em malha fechada
−1 T
ẋ ( t ) = A x ( t ) +B u( t ) , u( t ) = - R ( t ) B ( t ) P ( t )

Procedendo às substituições, obtém-se a seguinte


equação diferencial:

CH1 Why Microelectronics? 11


5.1 - MDRE – Equação de Riccati Diferencial Matricial.

Comparando a Condição de Contorno com a Transformação


de Riccati em tf, obtém-se P(tf), para solucionar a MDRE e
determinar P(t).

CH1 Why Microelectronics? 12


Função de Custo Ótima – J min

Função de Custo Ótima no intervalo [to tf]

CH1 Why Microelectronics? 13


LQR x LTV x Tempo Finito - Resumo

CH1 Why Microelectronics? 14


Controle Ótimo em Malha Fechada - COMF

Diagrama em blocos do Controle Ótimo em Malha Fechada (COMF),


que calcula P(t) externamente (off-line) via MDRE.
CH1 Why Microelectronics? 15
LTI x MDRE - Solução Analítica

λ ( t ) = P( t ) x ( t )

CH1 Why Microelectronics? 16


LTI x MDRE - Solução Analítica

Vamos provar que se µ é autovalor de Δ, então - µ também é um autovalor de Δ.


Assim, devemos observar que Q e E são simétricas.
Suponha

tal que

Demonstrado no
Se µ é autovalor de Δ, então
quadro seguinte

Então:

Se Então:

CH1 Why Microelectronics? 17


LTI x MDRE - Solução Analítica

Para demonstrarmos as identidades, devemos observar a simetria de Q e E, além da


regra da transposição de matrizes Particionadas em Blocos.

identidade: Δ = ΓΔ T Γ
Suponha: Δ=Γ ( Γ−1 ΔΓ−1 ) Γ ,

A B
X = em que ( Γ−1 ΔΓ−1 ) =( ΓΔΓ ) =
C D

T T 0 I A −E 0 I
T A C =
X = T −I 0 −Q −A T −I 0
B DT
A T −Q
= ΔT
−E − A

logo: Δ = ΓΔ T Γ c . q . d

CH1 Why Microelectronics? 18


LTI x MDRE - Solução Analítica

Vamos provar que se µ é autovalor de Δ, então - µ também é um autovalor de Δ.


Assim, devemos observar que Q e E são simétricas.
Suponha

tal que

Se µ é autovalor de Δ, então

Então:

Se Então:

CH1 Why Microelectronics? 19


LTI x MDRE - Solução Analítica
A seguir, supondo D uma matriz diagonal com os autovalores de Δ.
Assim, M(-M) também é diagonal, formada pelos autovalores de Δ
no semiplano da direita (esquerda).

Suponha W uma matriz modal formada pelos autovetores


da matriz D, conforme definido abaixo

onde são vetores correspondentes aos autovalores Δ estáveis.


Note que W diagonaliza Δ:

CH1 Why Microelectronics? 20


LTI x MDRE - Solução Analítica

Vamos definir a seguinte Transformação de Estados

Utilizando as equações anteriores, o Sistema Hamiltoniano torna-se:

CH1 Why Microelectronics? 21


LTI x MDRE - Solução Analítica

Escrevendo a equação anterior em função das condições finais, obtém-se:

reescrevendo

Utilizando as condições finais, obtém-se:

CH1 Why Microelectronics? 22


LTI x MDRE - Solução Analítica

Resolvendo a relação anterior para z(tf) em termos de w(tf), obtém-se:

CH1 Why Microelectronics? 23


LTI x MDRE - Solução Analítica

Relembrando as Transformações de Riccati e de Estados, obtém-se:

Expressão para a Solução Analítica da MDRE

CH1 Why Microelectronics? 24


Exemplo: Numérico x Analítico

Considere o sistema LTI abaixo

Função de Custo J

CH1 Why Microelectronics? 25


Exemplo: Numérico x Analítico

Note que A(t) é instável e P(t) é simétrico

Então, o controle ótimo é representado por:

CH1 Why Microelectronics? 26


Exemplo: Numérico x Analítico

Satisfazendo às condições finais, obtém-se:

CH1 Why Microelectronics? 27


Exemplo: Numérico x Analítico

Sistema de Equações Diferenciais, com as respectivas


Condições Finais P(tf).

CH1 Why Microelectronics? 28


Exemplo: Numérico x Analítico

Sistema de Controle Ótimo em Malha Fechada


CH1 Why Microelectronics? 29
LTV x LQR x Horizonte Infinito

Nesta seção abordaremos o sistema Regulador Linear Quadrático


(LQR) no Horizonte de Tempo Infinito (tf = ), para uma planta

Linear Variante no Tempo (LTV).

Abaixo, o Índice de Desempenho J sugerido para este caso.

Note que não tem sentido a presença do Custo Terminal S(t) no


caso de Horizonte Infinito.

CH1 Why Microelectronics? 30


LTV x LQR x Horizonte Infinito

Condições para análise do LQR com Horizonte Infinito

1) u (t) não é restrito;


2) Q (t) é n x n simétrico e positivo semidefinido;
3) R (t) é um r x r simétrico e positivo definido;
4) o sistema LTV deve ser controlável, pois se um dos estados é
incontrolável e / ou instável, implica uma Função de Custo J infinita e
u (t) também infinito, conduzindo o sistema à “saturação”;
5) É importante lembrar que no caso do Horizonte Finito, a Medida de
Desempenho J é sempre finita, não sendo necessário, naquele caso,
impor condição de controlabilidade.

CH1 Why Microelectronics? 31


LTV x LQR x Horizonte Infinito

O controle ótimo para o LQR no Horizonte infinito é representado por:

onde

é a matriz positiva definida solução da MDRE abaixo

satisfazendo à Condição Final abaixo:


Visto que F(t) = 0, t = [to tf]

A Função de Custo é representada abaixo por:

CH1 Why Microelectronics? 32


LTV x LQR x Horizonte Infinito Resumo

CH1 Why Microelectronics? 33


LTI x LQR x Horizonte Infinito

Dinâmica da Planta

Função de Custo

MDRE → ARE

ARE

−1
Solução Analítica P ( t,t f ) =W 21 W 11
CH1 Why Microelectronics? 34
LTI x LQR x Horizonte Infinito

Implementação do Controle Ótimo em Malha Fechada de planta LTI no Horizonte


Infinito.
CH1 Why Microelectronics? 35
LTI x LQR x Horizonte Infinito - Resumo

CH1 Why Microelectronics? 36

Você também pode gostar