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Abril / 2022
CEFET/RJ - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA
Técnico em Mecânica Campus Itaguaí
As propriedades químicas são as que se manifestam quando o material entra em contato com outros
materiais ou com o ambiente.
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Figura: Representação esquemática de como uma carga aplicada gera diferentes deformações (Callister, W.; 2007).
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Ensaio de Tração
O ensaio de tração consiste na aplicação gradativa de carga de tração
uniaxial nas extremidades de um corpo de prova especificado
tecnicamente, conforme mostra a figura abaixo.
Figura: Desenho esquemático de um corpo de prova submetido à carga de tração (Callister, W.; 2007).
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Tensão convencional, tensão nominal ou tensão de engenharia (σ) é definida genericamente como a
resistência interna de uma força externa aplicada sobre um corpo, por unidade de área.
Onde F é a carga instantânea aplicada em uma direção perpendicular à seção reta da amostra, e Ao
representa a área da seção reta original antes da aplicação da carga, como ilustra na figura a seguir. No
Sistema Internacional (SI), a unidade da tensão de engenharia, chamada somente de tensão, é o Newton
por metro quadrado (N/m²), que é denominada Pascal (Pa), ou o seu múltiplo, o mega pascal (M Pa). Nos
Estados Unidos é usual a unidade libras-força por polegada quadrada, denominada psi (1 M Pa = 1 N/mm²
= 145 psi, 1 psi = 6,9 x 10-³ M Pa).
A deformação (uniforme) e a variação desta com a força aplicada é uma informação útil fornecida pela
máquina de ensaio. Esta informação é fornecida na forma de gráfico e mostra a relação entre a força
aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio e onde é possível analisar o comportamento do
material.
Mas o que nos interessa para a determinação das propriedades do material ensaiado é a relação
entre tensão e deformação. No ensaio de tração, o registro da curva tensão/ deformação é feito através de
medições simultâneas da força F aplicada e da variação do comprimento sofrido pelo corpo de prova
durante a realização do ensaio.
A tensão σ, que é expressa em mega pascal (M Pa), Newton por milímetro quadrado (N/mm2) ou em
quilograma-força por milímetro quadrado (Kgf/mm2), é calculada dividindo a força F ou carga aplicada, pela
área da seção inicial da parte útil do corpo de prova, S0.
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Força
(KN)
A deformação de engenharia (ε) é definida de acordo com a expressão (Callister, W.; 2007):
Nota: ε = 0,1 mm / mm ( a unidade mm / mm indica, por exemplo, que ocorreu uma deformação de 0,1 mm por 1 mm
de dimensão do material), ou ainda 0,1 mm/mm x 100 = 10%.
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A grande maioria dos materiais metálicos submetidos a uma tensão de tração relativamente baixa
apresenta uma proporcionalidade entre a tensão aplicada e a deformação observada, conforme a relação:
Esta relação de proporcionalidade foi obtida a partir da analogia com a equação da elasticidade de uma
mola (F=k.x) onde é conhecida como lei de Hooke. A constante de proporcionalidade E, denominada
módulo de elasticidade ou módulo de Young, fornece uma indicação da rigidez do material (resistência do
material à deformação elástica) e depende fundamentalmente das forças de ligação atômica. No Sistema
Internacional (SI), os valores de E são normalmente expressos em giga pascal (G Pa), devido serem
valores muito elevados (Callister, W.; 2007).
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Tabela: Módulo de Elasticidade para vários materiais à temperatura ambiente. (Callister, W.; 2007).
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Figura: Diagrama esquemático tensão vs deformação correspondente à deformação elástica para ciclos de carga e descarga
(Callister, W.; 2007).
A figura abaixo compara o comportamento elástico de um aço e do alumínio à temperatura de 20°C. Para
uma dada tensão, o alumínio deforma elasticamente três vezes mais que o aço.
A deformação elástica é pequena e não permanente, pois nesse caso os átomos se afastam das posições
originais quando submetidos à carga, mas não ocupam novas posições. Assim, quando cessada a carga
aplicada a um material metálico deformado elasticamente, os átomos voltam às posições originais e o
material tem as suas dimensões originais restabelecidas. Em uma escala atômica, portanto, a deformação
elástica macroscópica é manifestada como pequenas alterações no espaçamento interatômico e na
extensão de ligações interatômicas; como consequência, a magnitude do módulo de elasticidade representa
uma medida da resistência à separação de átomos adjacentes.
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Deformação plástica: é irreversível, ou seja, quando a carga é retirada, o material não recupera suas
dimensões originais:
# Átomos se deslocam para novas posições em relação aos outros átomos.
Para alguns materiais, tais como o ferro fundido cinzento, o concreto e vários polímeros, a região elástica
da curva tensão vs deformação não é linear. Nesse caso, não é possível determinar um módulo de
elasticidade como visto anteriormente e, assim, utiliza-se normalmente um módulo tangencial ou um módulo
secante, conforme ilustrado na figura abaixo.
O módulo tangencial é descrito como sendo a inclinação da curva tensão vs deformação em um nível de
tensão específico, enquanto o módulo secante representa a inclinação de uma secante traçada desde a
origem até algum ponto específico sobre a curva.
Figura: Diagrama esquemático tensão vs deformação mostrando um comportamento elástico não-linear (Callister, W.; 2007). .
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O sinal negativo é incluído na expressão para que ν seja sempre um número positivo, uma
vez que ex e ez terão sempre sinais opostos. Teoricamente, o coeficiente de Poisson para
materiais isotrópicos, mesmas propriedades mecânicas em todas as direções, deveriam ser
0,25; além disso, o valor máximo para ν (ou aquele valor para o qual não existe nenhuma
variação de volume) é 0,50. Para muitos metais e outras ligas, valores do coeficiente de
Poisson variam entre 0,25 e 0,35. Tabela mostra valores de ν para vários materiais metálicos
comuns. Para materiais isotrópicos, os módulos cisalhamento transversal (G) e de
elasticidade longitudinal (E) estão relacionados entre si e com coeficiente de Poisson de
acordo com a expressão.
Em muitos metais G é cerca de 0,4 E; assim, se o valor de um módulo for conhecido, o outro
pode ser aproximado.
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Resiliência (Ur)
Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou seja, ocorrem
deformações permanentes. O ponto na qual estas deformações permanentes começam a se tornar
significativas é chamado de limite de escoamento.
Durante a deformação plástica, a tensão necessária para continuar a deformar um aumenta até um ponto
máximo, chamado de limite de resistência à tração, na tensão é a máxima na curva tensão-deformação de
engenharia. Isto corresponde a tensão que o material pode resistir; se esta tensão for aplicada e mantida, o
resultado será a fratura. Toda a deformação até este ponto é uniforme na seção. No entanto, após este
ponto, começa a se formar uma estricção, na qual toda a deformação subseqüente está confinada e, é
nesta região que ocorrerá ruptura. A tensão corresponde a fratura é chamada de limite de ruptura.
Limite de Escoamento
O escoamento é entendido como um fenômeno localizado, que se caracteriza por um aumento
relativamente grande na deformação, acompanhada por uma pequena variação na tensão. Isso acontece
geralmente no inicio da fase plástica. Durante o aumento a carga oscila entre valores muito próximos um
dos outros, conforme figura a seguir.
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Ductilidade
A ductilidade é outra propriedade mecânica importante. Ela representa uma medida do grau de deformação
plástica que o material suportou até a fratura. Um material que experimenta uma deformação plástica muito
pequena ou mesmo nenhuma quando da sua fratura é chamado de frágil. Os comportamentos tensão vs
deformação em tração para materiais dúcteis e frágeis estão ilustrados esquematicamente na figura abaixo.
Figura: Representação esquemática do comportamento tensão-deformação em tração para materiais dúcteis e frágeis (Callister,
W.; 2007).
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Ductilidade
A ductilidade pode ser expressa quantitativamente tanto pelo alongamento percentual como
pela redução de área percentual. O alongamento percentual AL % é a porcentagem da
deformação plástica quando do momento da fratura:
A redução de área percentual, RA%, também chamada de estricção, é definida como sendo:
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Limite de Ruptura
Tenacidade (UT)
UT =
Figura : Representação esquemática da tenacidade para material dúctil (Callister, W.; 2007).
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Tenacidade (UT)
UT =
Figura : Representação esquemática da tenacidade para material frágil (Callister, W.; 2007).
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Curva de Engenharia ou
Diagrama Tensão x Deformação
Convencional.
(Callister, W.; 2007).
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Equações 1 e 2
• O ensaio de tração consiste na aplicação gradativa de carga de tração uniaxial nas extremidades de um
corpo de prova especificado tecnicamente (norma);
• O ensaio de tração permite que as deformações no material durante o ensaio sejam uniformemente
distribuídas no corpo de prova, quando surge o fenômeno da estricção ou redução da seção transversal
do corpo de prova até ser atingida uma carga máxima próxima ao final do ensaio;
• O aumento da carga lento e gradativo durante todo o ensaio permite medir a resistência que o material
oferece;
• A variação uniforme da deformação e a força aplicada são informações úteis fornecida pela máquina de
ensaio. Esta informação é apresentada na forma de um gráfico, cujo traçado é orientado pelos pontos
experimentais, e mostra a relação entre a força aplicada e as deformações ocorridas durante o ensaio
onde é possível analisar o comportamento do material;
• A tensão, que é expressa no Sistema Internacional (SI) em mega Pascal (M Pa), Newton por milímetro
quadrado (N/mm2).
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Bibliografia