Você está na página 1de 10

1

TEMA: COMPONENTES DO CARÁTER DO LÍDER CRISTÃO

INTRODUÇÃO:

A liderança exige confiança dos seus liderados, e essa confiança só


durará enquanto o líder estiver dando aos seus seguidores razões para
nele confiar. A confiança tem suas raízes no caráter, e é exatamente por
isso que o caráter é central na liderança efetiva. É tão verdade esta
assertiva, que Líderes ao longo da história eclesiástica perderam seus
ministérios, temporariamente ou de uma vez por todas, por revelarem aos
seus liderados ineficiência de caráter. Para que essa realidade não
aconteça nos líderes que aqui se encontram e, em especial, na pessoa do
pastor que hoje será empossado, faz-se necessário observarmos
biblicamente os requisitos indispensáveis no caráter de um líder cristão.

1 – SANTIDADE (IS.6.1-3)

A primeira exigência de um líder cristão é santidade. Ele precisa ser


sensível ao pecado enquanto que outros acham aceitável. Isaías tornou-se
sensível à sua boca impura, logo que viu o Senhor sendo exaltado em
santidade.
O rei Uzias (é o mesmo Azarias):
a) Signif.nome – “O senhor é a minha força.”
b) Reinou sobre a nação de Israel por 51 anos (791-740).
c) seus feitos – Construiu torres de vigias em Jerusalém e no deserto;
muitas cisternas (nos vales e campinas, no deserto); cuidou muito bem da
agricultura (no seu tempo ela se expandiu grandemente), fez poderosas
maquinas de guerra; armou muito bem seu exército q era bastante perito
em guerras. Uzias venceu guerras, edificou cidades; tornou-se forte.
d) Este líder vacilou na área da santidade – (1º) Não extinguiu os altos
idolátricos, deixando o povo sacrificar e incensar aos deuses falsos;
(2º) num dado momento Uzias invadiu os recintos sagrados do templo e lá
incensou em lugar do sacerdote, o que era taxativamente proibido. Por
esta razão Deus o disciplinou com lepra, o que o levou a óbito, estando ele
isolado da sociedade, numa casa separada das demais por ser leproso.
Obs. Este pecado lhe custou o reinado e a própria vida.
Aplicação: O zelo do caráter banhado pela santidade é imprescindível pq
há pecados que o custo é muito alto para a pessoa do líder. Há certos
líderes que tiveram que sair do local onde atuavam. Há outros que
perderam a igreja, enquanto alguns perderam o ministério por causa de
2

certos pecados que os desqualificaram.


Voltando para o texto:
Os serafins – (1º) Os serafins que cercam o Jesus pré-encarnado (na Bíblia,
mencionados apenas aqui) são uma espécie de seres celestiais,
aparentemente em cujo ministério a santidade de Deus é especialmente
proeminente; (2º) Eles estão bem próximos do trono de Deus e podem ter
como ofício principal “a adoração”; (3º) são os únicos seres que a Bíblia
apresenta com seis asas:
*Um par para cobrir o rosto – Porque os anjos são seres criados, e
nenhuma criatura pode contemplar a face de Deus e viver. A gloria
majestosa de Deus poderia consumir estes anjos. Ex. Moisés- teof.sarça.
*um par para cobrir os pés- Como sinal de reverência; o lugar em que eles
estavam era santo. Ex. Moisés – teofania da sarça.
*um par para voarem – para irem quando Deus os enviasse.
*em fim, tinham seis asas: quatro para adoração, duas para serviço.
Os serafins pronunciam o título que mais expressa quem Deus é a nível
de santidade: “Senhor” - é um título apresentado por quatro consoantes
no hebraico YHWH (transliterando), chamadas de “o tetragrama sagrado.”
Eram as quatro letras impronunciáveis pela comunidade de Israel. É o
nome que no português se pronuncia “YaHWeH.”
Obs. Outro título não caberia na adoração dos serafins, na qual Deus está
sendo exaltado por sua santidade. YHWH ocorre na Bíblia por 5.321 vezes.
O côro dos serafins em si: (1º) Era um canto antifonal {palavras antes de
uma feita e que se repetem pelo côro, ou seja, uns falavam, outros
respondiam}; (2º) volume ensurdecedor, a ponto de tremer as bases do
limiar das portas do templo; (3º) teor da música: “Santo, Santo, Santo”
{exorbitantemente, muitíssimo, super, extremamente “Santo”}. A
repetição é pq no hebraico não tem superlativo.
A frase:
Obs. A ênfase concernente a santidade ao Senhor no canto, se dá por
conta da oposição Dele em relação ao pecado. Isto se torna claro com o
fato de que quando Isaías contempla a santidade do Senhor, toma
consciência do seu próprio pecado (“Ai de mim estou perdido”- v.5).
Obs. com a expressão “ai de mim”, Isaías quis dizer literalmente que era
“maldito, condenado” / com a palavra “perdido”, Isaías quis dizer,
literalmente, que “estava se desintegrando, estava se esfacelando”.
Implicação: Isaías achou que tinha chegado o seu fim porque viu o Deus
3

Santíssimo, e mais ainda por ser uma pessoa acometida pelo pecado que
se apresentava nos seus lábios.
Aplicação:
Senhores líderes precisamos ter a real visão de Deus, e de forma bem
patente, para que nos sintamos indignos e nos vejamos humilhados. Por
meio deste ato de humilhação, vamos reagir aos apelos da Palavra de
Deus e, certamente, seremos santos em nível de caráter, assim como Ele o
é. Esta real visão de Deus se obtém por meio da oração e da Palavra,
buscando acima de tudo a dependência do Esp. Santo.

*Fazendo Isaías senti-se indigno e miserável ante a santidade de Deus e,


consequentemente, levando-o ao arrependimento, o Senhor preparou
Isaías para liderar (5.8).
Liderou em meio à contaminação pecaminosa do seu próprio povo, mas
sem contaminar-se (com o adultério, suborno, bebedeira, idolatria,
extorsão, imoralidade em alto grau, assassinato, roubo, mentira, hipocrisia
na adoração solene ao Senhor, desprezo para com o órfão e a viúva, etc).
* Deus comanda seus filhos e querem que eles comandem ou liderem,
ordenando-os a serem santos porque Ele é Santo (1 Pe.1.16: “porque
escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”):
R. Aqui, Deus revela ambos – a base e o padrão de santidade. Portanto, o
alicerce da santidade do líder está no caráter de Deus, a quem o líder está
representando; e o padrão da santidade é o próprio Deus, por ter uma
natureza santa.

Aplicação:
1ª – “Se a descrição, “homem de Deus”, falhar em representar a pessoa
em comando que é Deus, a organização que ele lidera se sentirá mais livre
para andar nas obras das trevas”.
2ª - Um modelo com caráter dúbio, encoraja seus seguidores a dar
“jeitinhos” e ser hipócritas. Então, tenhamos muitíssimo cuidado com a
palavra pastor que nós líderes carregamos. O pastor deve ser modelo de
santidade para o rebanho (1Pe.5.2-3: “pastoreai o rebanho de Deus que
há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como
Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como
dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos
4

do rebanho”); 1Tm. 4. (V.12 : “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo


contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no
amor, na fé, na pureza”. V.16: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.
Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti
mesmo como aos teus ouvintes”).
*Santidade do ponto de vista humano, coincide com boa reputação:
Os apóstolos alistaram uma boa reputação como a primeira exigência para
aqueles que ocupariam a função de liderança (Diáconos - At. 6.3:
“homens de boa reputação” / Pastores - 1Tm.3.2: “o bispo seja
irrepreensíve” / Ti.1.6: “alguém que seja irrepreensível”).

Aplicação:
Confiança é algo tão sério na liderança, que uma reputação manchada
criará sérios problemas:
Por exemplo, quando corre a notícia que um líder caiu em adultério, a
destruição que isso acarreta à fé de jovens e adultos pode ser terrível, tão
devastadora como um terremoto... O pecado da má reputação, na vida de
um líder, pode causar danos irreparáveis para ele e sua igreja!

Stephen Neill,quando falava para alguns líderes ambiciosos,disse:


“Os anos, entre os quarenta e os cinqüenta, são os mais perigosos na vida
de um homem. Esse é o tempo em que nossas fraquezas internas são mais
propensas a aparecer (...) É bem melhor descobrir agora, enquanto jovem,
quais as nossas fraquezas, e trabalhá-las (...) do que deixar os anos nos
abater, trazendo-as à tona, bem quando é o tempo em que deveríamos
estar crescendo à estatura de líderes e pilares da igreja.”
Implicação: Um homem sem caráter santo é um caixão de uma alma
morta, a qual apodrece e, seu odor, afeta aqueles que estão envolvidos
com ele.
A morte da santidade no caráter de um líder pode ser o prenúncio da
morte da santidade na sua igreja – A igreja de Éfeso perdeu seu primeiro
amor (Ap.2.5); a igreja de Sardes ficou num estado moribundo (Ap.3.1-3);
líderes orgulhosos e auto-suficientes contagiaram a Igreja de Laodicéia
com o vírus mortal do mundanismo (Ap.3.13-20).
5

2- AMOR (1 Co.4.14; 10.14; 15.58; 2 Co.7.1)


“Corinto era uma igreja carismática no sentido bíblico da palavra, ou seja,
tinha os “carismas” do Espírito de Deus, os dons, que através dos quais
desenvolvia seu serviço prestando culto a Deus e cumprindo a sua missão
neste mundo. Infelizmente, por motivos que desconhecemos, esta igreja
de Corinto, que havia sido fundada pelo apóstolo Paulo, com menos de
três anos de fundada começou a desviar-se dos padrões de conduta e de
doutrina que o apóstolo havia estabelecido por ocasião de sua fundação.”
1) Problema de divisão:
Paulo estava no seu último ano de ministério na cidade de Éfeso, quando
recebe informações de que a igreja de Corinto não estava indo muito
bem. Paulo soube que havia divisões na igreja, que estava dividida em 4
grupos em torno de quatro personalidades: Pedro, Paulo, Apolo, Jesus
Cristo (Alguns estudiosos têm identificado este grupo como o “grupinho
dos espirituais” que falavam em línguas e se gloriavam por terem
experiências extraordinárias; que não aceitavam a autoridade de Paulo na
igreja e outras coisas mais).
2) Problemas doutrinários
(a)Um grupo não aceitava a ressurreição dos mortos (cap. 15); (b)existiam
problemas com respeito à doutrina da liberdade cristã ( 10:28); (c) havia
problemas com respeito às questões do casamento (cap. 7); (d) a igreja
estava dividida por uma série de problemas que se refletiam no culto: os
“espirituais” achavam que falavam línguas, mas sem interpretação (14.5);
os profetas falavam, mas desordenadamente, pois não havia a
preocupação concernente a quem deveria falar primeiro (14:29,32); as
mulheres estavam querendo desfazer qualquer sinal de diferença entre
homem e mulher dentro da ordem da criação de Deus (11:8-9); havia
pessoas que até se embriagavam e cometiam a glutonaria no momento da
Santa Ceia (11:21).
3) Problemas Morais
(a) Um irmão estava processando outro num tribunal secular (6.4),
trazendo vergonha ao Evangelho diante dos ímpios (v. 6);
(b) Provavelmente, um grupo estava voltando à prática da prostituição
religiosa (6:18-19). (c) um homem, membro da igreja, estava vivendo
imoralmente com sua madrasta às vistas de toda a igreja; apesar disto, a
igreja pecava por faltar com uma atitude disciplinar com respeito ao
impuro {5}; (d) em 2 Co.12.21, Paulo deixa claro que muitos da igreja
cometeram impureza, prostituição e lascívia.
Obs. Além de todos os problemas já mencionados, os coríntios buscavam
prova de que Paulo era de fato um apóstolo genuíno (2 Co.13.3).
6

Moral da questão: mesmo sendo uma igreja difícil, espiritualmente fraca,


má vista pela sociedade, um péssimo exemplo para o evangelho,
orgulhosa de mesma, problemática para qualquer liderança séria, Paulo,
por cinco vezes, chama de “amados” aqueles que compõem a igreja, e
chega até a exortá-los como a seus filhos amados, espiritualmente falando
(1 Co.4.14).
Aplicação: Não é difícil por algum momento o amor do líder ficar abalado
especialmente quando no problema a pessoa dele está envolvida
diretamente. Por exemplo: Quando pessoas o enfrentam, quando pessoas
atropelam teimosamente sua liderança, quando pessoas o acusam
injustamente, quando pessoas falam dele por trás. Todavia, pensando na
postura de Paulo, o pastor deve encarar a igreja como um grupo amado.
A oração deve ser: “Senhor, independentemente de como as pessoas
estão se portando, ajuda-me a amar a igreja do modo como tu amas.”

Pensando em amor, relacionando ao povo do ocidente, alguém disse:


“A civilização ocidental se deteriora mais e mais devido ao egoísmo
penetrante na nossa cultura... O “salvar a vida” por meio da “perda dela”
por Cristo e pelos necessitados não é mais algo popular, atualmente,
embora seja o ponto central daquilo que Jesus exige de seus seguidores
(Lc. 9.23-24).”
Cl. 3.12-14:
Misericórdia - significa "pena", "misericórdia", "simpatia", ou "compaixão".
Tomados em conjunto, a frase poderia ser traduzida, "colocar na sincera
compaixão", ou "ter um profundo, visceral sentimento de compaixão."
Bondade - está intimamente relacionado com compaixão. O termo grego
refere-se à graça que permeia toda a pessoa, suavizando tudo o que pode ser
duro.
humildade - humildade é uma virtude que ao mesmo tempo é o antídoto
para o auto-amor que envenena as relações.
mansidão - está intimamente relacionado com humildade. Não é fraqueza
ou falta de caráter, mas sim a vontade de sofrer um prejuízo em vez de
infligi-lo.
longanimidade – Paciência que é o oposto do ressentimento e vingança.
Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente...
porém a cima de tudo esteja o amor – é o ponto de equilíbrio, é o que
baliza as demais virtudes por ser o vínculo da perfeição.
7

De fato o amor é essencial no caráter de um líder cristão:


a) Porque, se não houver amor no seu agir, fazer, projetar em relação a
Deus e aos seus liderados, Deus considera tudo como futilidade (1 Co.
13.1-3 – “como o bronze que soa ou como o címbalo que retine”).
b) Porque o amor não é orgulhoso (V.4b):
1º - “Não se ufana” = Não se vangloria, não se gaba, não arrogar-se de
grandes coisas.
2º -“não se ensoberbece” = Não faz a pessoa inchar-se. Ensoberbecer
descreve a pessoa arrogante, presunçosa.
Implicação:
Portanto, um líder que ama não luta em busca de reconhecimento, não é
louco por conceito próprio; pelo contrário, ele concentra sua atenção nos
outros, preferindo honrá-los ao invés de querer sua própria honra,
preferindo vê-los como superiores em relação a si mesmo. O amor é
desprendido da soberba que está vinculada ao ego! Por esta razão, o líder
que ama seus liderados não os diminui no coração.

Rm.12.9 – “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor


fraternal,preferindo-vos em honra uns aos outros.”

Implicação: A consequência do amor é preferir honrar ao outro.

Fil. 2.3 _ “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por


humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.”
Implicação: Por não ser orgulhoso, o amor é revestido de humildade; e
humildade coloca os outros num pedestal de superioridade. Ela valoriza,
não rebaixa, nem diminui.

Aplicação:
Logo, é imprescindível que o líder tenha amor no seu caráter para que dê
aos seus liderados a colocação que a Bíblia requer. Aqui, não estou
pensando em função ou papel, mas em pessoa em si. Portanto, em nível
de pessoa, eu, líder, tenho que amar a fim de que eu tenha humildade
para colocar-me num patamar inferior.
*O que é interessante notar?
R. Que, imediatamente após o trecho: ‘‘nada façais por partidarismo ou
vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores
8

a si mesmo,” somos desafiados a imitar aquele que mais amou


humildemente, o líder dos líderes: Jesus = Fl.2.5-8: “tende em vós o
mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou com usurpação o ser igual a
Deus; antes a si mesmo se humilhou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e
morte de cruz.”

“Do alto da sua glória de Filho de Deus, Cristo bem que poderia ter
olhado com desprezo os homens, míseros pecadores indignos de sua
atenção. Mas foi humilde, profundamente humilde, humilde até a morte.
Não somente nos deu a sua atenção, mas a sua própria vida. Fosse Ele
soberbo, e estaríamos todos no inferno.”
Aplicação
Não há desculpas para não termos amor humilde em nosso caráter: temos
a instrução e o exemplo encarnado do amor,Jesus.

3 – SERVILISMO

*Qual deve ser a identidade do caráter de um líder?

a) R.1Co.3.5,9- Servos (διάκονοι), cooperadores de Deus, em prol dos seus


liderados (edifício de Deus).
b) R. 2Co.6.1,4,11 = cooperadores,ministros de Deus (διάκονοι =
servos),que alargam seus corações para os seus liderados.
A chave mestra para o servilismo esta na minha conscientização cognitiva
e empírica de quem eu sou em relação a Deus:
a) Cognitiva – Eu sou cooperador e servo de Deus
b) Empírica - Eu ajo baseado neste conhecimento de quem eu sou: sirvo
aos meus liderados e coopero com eles porque é isto que, o Senhor a
quem sirvo, exige.
Obs. Todo pensamento, sentimento e ação espiritualmente honestos tem
como base o que somos em relação a Deus e o que ele é em relação a nós.
Daí, cabe conhecermos bem a Deus para sabermos, muito bem, quem
somos e como devemos agir em relação aos outros.
Os verdadeiros obreiros e os ministros são aqueles que têm se dedicado
9

ao serviço dos santos:


R. Os dons de apostolado, profecia, evangelista, pastor e mestre são
distribuídos para promoção e o treinamento de cristão para o trabalho do
ministério ( Ef.4.11 – 12:”desempenho do seu serviço”{διακονίας} ).
O que isto significa?
R. Que nenhuma função na igreja, sendo ela exaltada, deve ser exercida
sem um espírito de serventia (1Co.4.1- Paulo usa o termo
“servo”{ύπηρέτας}, na língua original, o qual traduziram como
“ministros”,para enfatizar essa atitude humilde.
Obs. Etimologicamente, esse termo “servo”, significava “remador de
baixo”, em um navio de remos.
*Exemplo negativo dos Futuros líderes da igreja de Jerusalém:
Suscitando entre eles uma discussão ambiciosa sobre a autopromoção,
Jesus reagiu com um ensino específico sobre servilismo (Lc. 22.24-27).
Implicação: para Jesus, quem é grande, diminiui-se; e o que lidera (dirige)
deve ser como o que serve.
Para Jesus, o maior na sua igreja, não é aquele que tem o cargo mais
elevado de liderança (como quem está à mesa), mas aquele que tem uma
alma que serve (... ”pois no meio de vós eu {o maior, o líder de vocês}
sou como quem serve.” V.27).
Aplicação:
1- Senhores pastores, o próprio nome “ministros,” que carregamos,
significa servos; e nome pastor, incumbido a nós, tem tudo a ver com
serventia. Então, correspondamos empiricamente a significação e a carga
prática que estes nomes traze.
2- Pastores e lideres dos demais cargos da Igreja,vocês querem ser
grandes aos olhos de Deus e para Glória Dele,rebaixem-se e assumam a
posição de servo, vivam a condição de servo.
3- Para Deus, o pastor ou líder digno de honra, não é aquele prega bem,
que tem uma excelente oratória, que tem boas estratégias e as executa,
que está à frente de uma igreja grande, que é muito cotado para pregar
em congressos e conferências, que tem uma inteligência lingüística ou
teológica fora do comum, mas para o Senhor, o pastor ou líder digno aos
seus olhos é aquele que pensa em prol dos outros, age em benefício dos
outros, entrega-se para os outros, vive para servir os outros.
10

4- Em fim, ele vive “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser
servido,mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”
(MT.20.28).

Você também pode gostar