Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abaixo desse texto havia um aviso para acessar este site para visualizar melhor
a imagem: www.wmap.gsfc.nasa.gov/results. Reparamos que os vocabulários são básicos para
definir o que está acontecendo e fica impossível descrever detalhadamente a “misteriosa energia
negra” se não tem conceito para defini-lo.
denominação ainda está à procura de uma definição adequada para nomeá-lo de acordo com as
perspectivas viso-espaciais e, provavelmente no futuro, a sua adequação ficará de acordo com os
pensadores lingüistas Surdos, assim que aparecer um número significativo dos mesmos no campo
lingüístico, especialmente, na língua de sinais.
- ECO: “um signo é sempre constituído por um (ou mais) elementos de um plano da expressão
convencionalmente correlatos a um (ou mais) elementos de um plano de conteúdo” (1976) qual
seja, uma palavra ou um gesto veicula um conteúdo que é estabelecido culturalmente e
visualmente no caso do sujeito Surdo.
- PEIRCE: “a forma através da qual o significado de algo é dado (...) Este significado só pode
ser dado na relação com o homem, pois advém da experiência em relação ao mundo da ação
humana.” E esta experiência que produz significações, no caso dos sujeitos Surdos advém da
“experiência visual”.
- VYGOTSKY: (1993, 1994, 1995), fala do signo compreendendo-o em sua perspectiva
mediadora da conduta do sujeito. Signo como instrumento psicológico de caráter social que está
dirigido ao domínio de processos próprios ou alheios (1993). O signo transforma aquilo que é
152
Uma outra sugestão importante que se destaca nesta tese é a que está baseada
no fato de que as línguas de sinais deixaram de ser tratadas como um conjunto de símbolos
visual-manuais desarticulados e passaram a ser concebidas como "uma estrutura multiarticulada
e multinivelada, com base nos mesmos princípios gerais de organização que podem ser
encontrados em qualquer língua" (BEHARES, apud LODI, 1993, p. 43).
90
radical do latim. os,oris “boca; linguagem, língua, idioma; rosto, fisionomia; abertura, orifício”
91
faculdade que tem o homem de expressar suas idéias, emoções e experiências, e de se comunicar por meio de
palavras (signos verbais da linguagem articulada); antepositivo, do verbo latim for,fáris,fátus sum,fári (dep.) “falar,
ter a faculdade e o uso da fala, dizer, explicar, confessar, declarar”. Na palavra “articulada”, em latim
articùlo,ás,ávi,átum,áre “dar articulações, separar, dividir, articular, pronunciar distintamente” (grifo meu)
92
Em latim, describo, derivacao de scribère “escrever” significa “escrever segundo um modelo, copiar, transcrever,
marcar com o estilo (ponteiro ou haste de metal), traçar uma linha, marcar, assinalar, gravar, marcar com cunho,
desenhar, representar em caracteres, fazer letras, escrever”.
154
Sabemos que a língua de sinais consiste em cinco parâmetros: configuração de mãos, ponto de
articulação, movimentos, orientação e expressão facial-corporal, que só poderão ser aplicados e
interpretados em caráter visual com a criação de uma metodologia específica para descrever
visualmente. Até me faz acreditar que num futuro bem próximo, a língua de sinais pode ser
padronizada no espaço através de gravação de vídeo e filmagem, segundo a teoria de Wrigley:
“….as coisas visuais tendem a ser padronizadas no espaço…” (manuscrito traduzido, p.166).
Com o crescente reconhecimento da língua de sinais como imagem visual, ficaria mais fácil
traduzir visualmente em vez de passá-la para o papel, na tentativa de materializar a imagem que
não é estática, mas é regida pelas nuances do movimento e ação.
1) COSNIER & BROSSARD, 1984 (apud CUXAC, 2001), com o titulo “A nebulosa da
comunicação não-verbal” que é um inventário de trabalhos pioneiros nesse domínio, além
de uma proposição de um modelo de integração do não-verbal nos fatos lingüísticos, em
particular, os sub-dominios da gestualidade conversacional;
2) CALBRIS & PORCHER, 1989 (apud CUXAC, 2001), da fonética da gestualidade;
3) FÓNAGY, 1983; GUAÏTELLA, 1991 (apud CUXAC, 2001), do estudo das co-
articulações profundas entre gestos vocais, faciais e corporais;
4) grupo Mµ, 1992 (apud CUXAC, 2001), do campo da semiótica da imagem;
5) PAIVIO, 1986; KOSSLYN, 1980; DENIS, 1989 (apud CUXAC, 2001), das pesquisas
sobre as representações relevantes do universo psíquico da imagética em psicologia
cognitiva.
recursos visuais foram despercebidos pelos olhares dos próprios sujeitos Surdos. Como esses
recursos não foram explorados, dando prioridade aqueles signos lexicais e sua falha classificação.
Portanto, isso exige um novo panorama ou um novo campo de estudo para descrever os signos
que não foram percebidos.
Se, por essa razão, fosse possível teorizar um modelo unificado e alternativo,
seguindo os mecanismos do estruturalismo se faz necessário criar um novo plano epistemológico,
cujo conhecimento da heterogeneidade desse conjunto seja sensível à visualidade. Consideramos
não ser mais possível aprofundar a questão da linguagem e das línguas segundo modelos
lingüísticos do sistema estruturalista que exclui a parole de sua descrição, como explica a
comparação das duas línguas: “estruturas formais das línguas de sinais = estruturas formais das
157
línguas orais” no quadro dos modelos lingüísticos estruturalistas dominantes (BLONDEL &
TULLER, 2000, apud, CUXAC, 2001), e também a rejeição e estigmatização da língua de sinais,
pelo fato de possuir características icônicas (OLÉRON, 1983, apud, CUXAC, 2001).
A imagem e sua expressão visual ainda é um objeto que pode ser apreendido e
filmado em vez de categorizar cada estrutura. As crianças Surdas e adultos Surdos criam
diariamente suas expressões que são vistas, ao vivo, diferentemente da língua de sinais brasileira
utilizada na sala de aula e do uso mecânico da língua de sinais pelos sujeitos não-surdos e ou
intérpretes de língua de sinais brasileira.
A língua de sinais, como diz BEHARES, (apud LODI, 1993, p.43), é uma
estrutura multiarticulada e multinivelada que respeita os mesmos príncipios gerais da organização
como qualquer outra língua. Ela tem que ser preservada e não pode ser dividida em elementos
básicos ou elementares, transformando-os em elementos classificatórios. A visualidade, na sua
totalidade, tem suas funções que poderão obter os mesmos processos que poderão alcançar o seu
status lingüístico reconhecido e comprovado. (BEHARES, apud LODI, 1993, p.43)
Florianópolis, SC
2013
41
9
Holmes apresentou seu trabalho oralmente em um evento com o titulo “The
name and nature of Translation Studies” [O nome e a natureza dos Estudos da
Tradução], que só foi publicado 16 (dezesseis) anos depois, em 1988.
10
Fonte: Pagano A. & Vasconcellos M.L. Estudos da Tradução no Brasil:
reflexões sobre teses e dissertações elaboradas por pesquisadores brasileiros nas
décadas de 1980 e 1990. Revista Delta (Documentação de Estudos em
Linguística Teórica e Aplicada). Vol,19, nº spe. São Paulo, 2003.
50
11
Estes termos são utilizados quando se anseia documentar o que está sendo
feito até o presente momento em um determinado campo de estudo.
51