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Língua

Portuguesa

1.000 QUESTÕES
GABARITADAS

Inclui:

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Questões de todos os níveis


Edição Gabaritei Concursos
Língua
Portuguesa

1.000 QUESTÕES
GABARITADAS

Data da Publicação
Março/2022

Autores
Ronaldo Nogueira e Francisco Edinardo
@eu_gabaritei
Todos os direitos autorais desta
obra são reservados e protegidos www.eugabariteiconcursos.com
pela Lei nº 9.610/1998.
SUMÁRIO

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS...............................01

CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS..................................................379

EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE...............................387

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO .........................................432

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ...........................................472

ACENTUAÇÃO GRÁFICA ...................................................................498

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS...........................................534

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS.........................................563

USO DOS PORQUÊS...........................................................................580

PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS...........................................................603

SINTAXE.............................................................................................635

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1 - Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados

1ª/ Banca: CESPE-CEBRASPE / Órgão: APEX Brasil / Cargo: Analista I - Comunicação

Texto CB1A1-III

Em um mercado cada dia mais competitivo e globalizado, torna-se essencial que as


empresas procurem adotar estratégias que lhes proporcionem maior desenvolvimento,
possibilitando-lhes destacar-se quanto à capacidade e eficiência para criar, expandir e aplicar
recursos. Ressalte-se que as companhias se destacam competitivamente quando adquirem
resultados satisfatórios a partir da adoção de práticas aceitas e valorizadas no ambiente em
que atuam. Assim, as estratégias competitivas refletem a maneira como as empresas se
distinguem de suas concorrentes. Dentre as diversas estratégias competitivas, destacam-se a
internacionalização e a inovação. A internacionalização é motivada pela necessidade de
recursos, mercados e ativos estratégicos, enquanto a inovação é impulsionada pela
necessidade de obtenção de maior eficiência econômica e financeira. Ademais, a
internacionalização induz o uso da inovação e proporciona melhores resultados competitivos
e, assim como a inovação, pode facilitar a inserção em mercados estrangeiros, propiciando a
abertura de caminhos para atuação em diferentes ambientes.

Antonio Albuquerque Filho et alii. Influência da internacionalização e da inovação na


competitividade empresarial. In: Revista Eletrônica de Negócios Internacionais (Internext),
v. 15, n.º 1, 2020, p. 1 e 2 (com adaptações)

Consideradas as relações coesivas do último período do texto CB1A1-III, é correto afirmar


que a flexão da forma verbal “pode” na terceira pessoa do singular justifica-se pela
concordância verbal de “pode facilitar” com

a) “a internacionalização”.

b) “a inserção em mercados estrangeiros”.

c) “o uso da inovação”.

d) “a inovação”.

2ª/ Banca: CESPE-CEBRASPE / Órgão: APEX Brasil / Cargo: Analista I - Comunicação

Texto CB1A1-III

Em um mercado cada dia mais competitivo e globalizado, torna-se essencial que as


empresas procurem adotar estratégias que lhes proporcionem maior desenvolvimento,
possibilitando-lhes destacar-se quanto à capacidade e eficiência para criar, expandir e aplicar
recursos. Ressalte-se que as companhias se destacam competitivamente quando adquirem
resultados satisfatórios a partir da adoção de práticas aceitas e valorizadas no ambiente em
que atuam. Assim, as estratégias competitivas refletem a maneira como as empresas se
distinguem de suas concorrentes. Dentre as diversas estratégias competitivas, destacam-se a
internacionalização e a inovação. A internacionalização é motivada pela necessidade de
recursos, mercados e ativos estratégicos, enquanto a inovação é impulsionada pela

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necessidade de obtenção de maior eficiência econômica e financeira. Ademais, a
internacionalização induz o uso da inovação e proporciona melhores resultados competitivos
e, assim como a inovação, pode facilitar a inserção em mercados estrangeiros, propiciando a
abertura de caminhos para atuação em diferentes ambientes.

Antonio Albuquerque Filho et alii. Influência da internacionalização e da inovação na


competitividade empresarial. In: Revista Eletrônica de Negócios Internacionais (Internext),
v. 15, n.º 1, 2020, p. 1 e 2 (com adaptações)

De acordo com o texto CB1A1-III, as estratégias competitivas constituem o meio pelo qual as
empresas

a) buscam resultados satisfatórios.

b) garantem sua eficiência no mercado.

c) se diferenciam das suas concorrentes.

d) se inserem em mercados estrangeiros.

3ª/ Banca: CESPE-CEBRASPE / Órgão: APEX Brasil / Cargo: Analista I - Comunicação

Texto CB1A1-II

As exportações do Brasil dependem, cada vez mais, de recursos naturais pelo fato de o
país não ter entrado nas cadeias globais de valor (CGV). O papel do Brasil na economia global
é, principalmente, o de exportador de commodities primárias ou de produtos baseados em
recursos naturais. Com isso, o país gera receita em exportações, que é relevante, mas deixa
de lado uma importante forma de integração ao comércio global, o que poderia gerar mais
benefícios econômicos e sociais ao país.

O volume de investimentos estrangeiros no país é bastante elevado, porém, com


empresas voltadas a atender o mercado interno brasileiro, em muitos casos com grande
conteúdo tecnológico importado. A não exportação de bens de maior valor agregado
significa perda de oportunidade de ganhos de escala maiores e de ampliação de
investimentos produtivos no país. Governo e empresas brasileiras precisam rever acordos e
relações comerciais. A celebração de acordos comerciais com países que estão no centro das
CGV é importante para facilitar a entrada do Brasil nas cadeias. Além da revisão de acordos
comerciais, o esforço do Brasil em ampliar sua presença internacional também passa
necessariamente pela maior digitalização e integração dos processos em busca do aumento
da maturidade e da sofisticação na gestão da indústria nacional. Com uma gestão mais
moderna, mais robusta e mais bem planejada, é possível ampliar a produtividade, fortalecer
o mercado brasileiro e, assim, expandir a participação do país nas CGV.

Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações).

No último parágrafo do texto CB1A1-II, o vocábulo “assim” (último período) expressa o


mesmo sentido de

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a) absolutamente.

b) igualmente.

c) indefinidamente.

d) consequentemente.

4ª/ Banca: CESPE-CEBRASPE / Órgão: APEX Brasil / Cargo: Analista I - Comunicação

Texto CB1A1-II

As exportações do Brasil dependem, cada vez mais, de recursos naturais pelo fato de o
país não ter entrado nas cadeias globais de valor (CGV). O papel do Brasil na economia global
é, principalmente, o de exportador de commodities primárias ou de produtos baseados em
recursos naturais. Com isso, o país gera receita em exportações, que é relevante, mas deixa
de lado uma importante forma de integração ao comércio global, o que poderia gerar mais
benefícios econômicos e sociais ao país.

O volume de investimentos estrangeiros no país é bastante elevado, porém, com


empresas voltadas a atender o mercado interno brasileiro, em muitos casos com grande
conteúdo tecnológico importado. A não exportação de bens de maior valor agregado
significa perda de oportunidade de ganhos de escala maiores e de ampliação de
investimentos produtivos no país. Governo e empresas brasileiras precisam rever acordos e
relações comerciais. A celebração de acordos comerciais com países que estão no centro das
CGV é importante para facilitar a entrada do Brasil nas cadeias. Além da revisão de acordos
comerciais, o esforço do Brasil em ampliar sua presença internacional também passa
necessariamente pela maior digitalização e integração dos processos em busca do aumento
da maturidade e da sofisticação na gestão da indústria nacional. Com uma gestão mais
moderna, mais robusta e mais bem planejada, é possível ampliar a produtividade, fortalecer
o mercado brasileiro e, assim, expandir a participação do país nas CGV.

Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações).

De acordo com as ideias do texto CB1A1-II,

a) o grande volume de investimentos estrangeiros no Brasil destina-se ao atendimento


do mercado interno.

b) o primeiro passo para garantir a entrada do Brasil nas CGV é a revisão dos acordos e
das relações comerciais do governo e das empresas brasileiras com países que
integram tais cadeias globais.

c) o Brasil foi impedido de entrar nas CGV porque sua economia é altamente
dependente de recursos naturais.

d) a totalidade das receitas do Brasil vem das exportações, o que o impossibilita de


explorar receitas advindas da sua integração ao comércio global.

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5ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: SEAD-GO / Cargo: Analista de Gestão

QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO

Marcus Eduardo de Oliveira

Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.

Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro


sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa
“necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção
material.

Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no


padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que
simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube”
dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.

A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.

A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.

Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]

(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:


https://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/05/rcman58.pdf

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Disponível em: https://www.laerte.art.br/manual-dominotauro/page/2/.

Qual é a relação entre a linguagem verbal e a linguagem não verbal no terceiro quadro da
tirinha?

a) Ambiguidade.

b) Dissonância.

c) Causalidade.

d) Oposição.

e) Concordância.

6ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: SEAD-GO / Cargo: Analista de Gestão

QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO

Marcus Eduardo de Oliveira

Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.

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Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro
sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa
“necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção
material.

Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no


padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que
simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube”
dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.

A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.

A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.

Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]

(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:


https://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/05/rcman58.pdf

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Disponível em: https://www.laerte.art.br/manual-dominotauro/page/2/.

Como o texto “Questionando o crescimento econômico” e a tirinha de Laerte podem ser


relacionados?

a) A tirinha apresenta, de forma não literal, uma possível consequência do crescimento


econômico, que não respeita os limites do meio ambiente, criticado pelo primeiro
texto.

b) Eles estão em oposição, uma vez que o primeiro defende a preservação do meio
ambiente, enquanto o segundo preza pela sobrevivência do ser humano em
detrimento dos outros seres vivos.

c) Eles apresentam uma relação de intertextualidade, pois o segundo faz uma


referência implícita ao primeiro.

d) Em ambos está presente a sequência textual argumentativa, visto que se utilizam de


argumentos baseados no consenso para a defesa de uma opinião.

e) Ambos fazem uso de recursos do discurso jornalístico, como a impessoalidade e a


concisão, para a realização de uma crítica social.

7ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: SEAD-GO / Cargo: Analista de Gestão

QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO

Marcus Eduardo de Oliveira

Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.

Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro


sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa
“necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção
material.

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Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no
padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que
simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube”
dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.

A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.

A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.

Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]

(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:


https://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/05/rcman58.pdf

Considerando o item destacado em “[...] com a chegada do primeiro choque do petróleo


[...]”, assinale a alternativa correta.

a) Trata-se de um numeral cardinal.

b) Pertence à classe morfológica dos artigos quantificadores.

c) É a marca linguística que permite o seguinte pressuposto: houve mais que um


choque do petróleo.

d) É a marca linguística que permite a seguinte conclusão: houve muitos choques do


petróleo.

e) É a marca linguística que permite ao leitor identificar a ironia no excerto.

8ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: SEAD-GO / Cargo: Analista de Gestão

QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO

Marcus Eduardo de Oliveira

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Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.

Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro


sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa
“necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção
material.

Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no


padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que
simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube”
dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.

A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.

A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.

Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]

(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:


https://www.ecodebate.com.br/wp-content/uploads/2016/05/rcman58.pdf)

Considerando o segundo parágrafo do texto, assinale a alternativa correta.

a) As três ocorrências de aspas apresentam a mesma função.

b) O excerto “representa o verdadeiro sujeito e objeto do crescimento econômico”


funciona com um argumento de autoridade para a defesa do autor de que o
consumo é o caminho mais viável para uma sociedade feliz.

c) Ao indicar a data de nascimento e de falecimento de F. Hirsch, o autor fere o fator de


textualidade “informatividade”, uma vez que tal conteúdo é dispensável ao texto.

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d) Afirmar que o consumo é “sujeito e objeto do crescimento econômico” equivale a
dizer que o consumo é aquilo que causa o crescimento econômico ao mesmo tempo
em que este gera mais consumo.

e) Refere que tanto o crescimento demográfico quanto o progresso econômico têm


como pressuposto o consumo como fator motivador.

9ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Ai de ti, Ipanema

Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”

Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degradação e da dissolução


moral de um bairro prestes a ser tragado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo
em meio às abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida
das marés cobrirá tua face”.

A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, inofensiva e pura, era então,


como Ipanema seria depois, a síntese mítica do hedonismo carioca, mais do que uma
metáfora, uma metonímia.

No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.

(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)

O gênero da crônica frequentado tão criativamente por Rubem Braga é um exemplo alto de

a) discurso contemporâneo comunicativo, aberto a formas variadas de interação com


os leitores, prenunciando assim o caráter democrático da nova arte de tendência
inclusiva.

b) estilo sublime, disposto a exprimir com a devida solenidade as oscilações angustiosas


do espírito moderno, marcado pelo artificialismo dos mais típicos hábitos burgueses.

c) modalidade ficcional disposta a se deixar conduzir sobretudo pela paródia e pela


ironia que acentuam seu caráter de irredutível crítica dos valores conservadores.

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d) texto jornalístico capaz de ir além da pura informação, já que esse autor só se vale
dela para ultrapassá-la e atingir a qualidade especulativa dos ensaios sociológicos.

e) prosa moderna carregada ao mesmo tempo de sentimento poético, impulso


reflexivo, melancolia e lúcida observação crítica de fatos e personagens da vida real.

10ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Ao buscar definir sua concepção de poesia, Manuel Bandeira escreveu o poema “Poética”,
cujo final se representa nestes versos:

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbados

O lirismo difícil e pungente dos bêbados

O lirismo dos clowns de Shakespeare

− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação

A liberdade lírica visada pelo poeta nesses versos representa-se como

a) emancipação plena dos pressupostos programáticos dos modernistas de 22.

b) afirmação pessoal de impulsos expressivos que transbordam de qualquer


moderação.

c) plataforma irracionalista voltada para a recuperação de mitos primitivos.

d) superação de hábitos burgueses parodiados por meio de tipos tradicionais.

e) projeção de uma linguagem poética refratária a mistificações irracionais.

11ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Passando abruptamente do primitivo solene à crônica jocosa e desta ao distanciamento da


paródia, o autor jogou sabiamente com níveis de consciência e de comunicação diversos,
justificando plenamente o título de rapsódia, mais do que “romance”, que emprestou à
obra.

No trecho acima, o crítico e historiador Alfredo Bosi está considerando

a) a difícil uniformidade de estilo alcançada no romance modernista Amar, verbo


intransitivo.

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b) um conjunto de fragmentos pré-modernistas constitutivo do livro Memorial de
Aires.

c) aspectos da prosa experimental e regionalista de Memórias sentimentais de João


Miramar.

d) o caráter polimórfico que serve ao projeto experimental da prosa de Macunaíma.

e) a diversidade de linguagens que se plasmam no romance-reportagem Os sertões

12ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.

Graciliano Ramos:

Falo somente com o que falo:


com as mesmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca
[...]
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre
[...]
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas
[...]
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho

Atentando para o nível expressivo e figurativo desse poema, deve-se reconhecer que

a) a reiteração da imagem do sol nessa fala é também um combate contra a


obscuridade de outros falares.

b) a referência ao despertador ironiza a falácia do alerta que um escritor imagina


promover em seu discurso.

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c) a faca é utilizada para figurar a violência indesejável que por vezes se constata entre
as próprias vítimas do flagelo climático.

d) a expressão por quem falo aplica-se aos leitores que desconhecem o drama social
representado nessa estrofe.

e) a palavra Nordestes, utilizadas no plural, deixa de ser uma tipificação, aplicando-se


às mais diferentes regiões do país.

13ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.

Graciliano Ramos:

Falo somente com o que falo:


com as mesmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca
[...]
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre
[...]
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas
[...]
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho

Considerando-se o consagrado quadro linguístico das funções da linguagem, verifica-se que,


nesse poema, a função

a) poética ocorre por conta da regionalização e do caráter oral desse discurso.

b) referencial apura-se pela invocação do destinatário, que precisa ser despertado.

c) conativa representa-se no emprego abusivo de metáforas e metonímias.

d) metalinguística é reconhecida na tematização explícita da fala em curso.

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e) emotiva transparece na dissolução do ritmo e na irregularidade da versificação.

14ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.

Graciliano Ramos:

Falo somente com o que falo:


com as mesmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca
[...]
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre
[...]
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas
[...]
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho

Entende-se que o sujeito dessa fala tem um reiterado compromisso com

a) um discurso que se propõe a agir em determinadas condições geográficas e sociais.

b) uma pedagogia literária inteiramente envolvida com o lema “arte pela arte”.

c) os parâmetros de uma ideologia que se volta contra a objetividade dos fatos.

d) a doutrinação política de um ativista que subestima as imposições da realidade.

e) uma análise sociológica na qual se pontuam as gritantes diferenças de classe.

15ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Ai de ti, Ipanema

14
Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”

Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degradação e da dissolução


moral de um bairro prestes a ser tragado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo
em meio às abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida
das marés cobrirá tua face”.

A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, inofensiva e pura, era então,


como Ipanema seria depois, a síntese mítica do hedonismo carioca, mais do que uma
metáfora, uma metonímia.

No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.

(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)

Na versão integral dessa crônica, o autor, acertadamente, justifica a classificação retórica


mais do que uma metáfora, uma metonímia (3° parágrafo), com o complemento:

a) ressalvado este meu exagero.

b) tal como ocorre com todos os símbolos.

c) se me permitem personificar.

d) uma vez cabível a comparação.

e) a parte condensando o todo.

16ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

Ai de ti, Ipanema

Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”

15
Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degradação e da dissolução
moral de um bairro prestes a ser tragado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo
em meio às abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida
das marés cobrirá tua face”.

A praia já chamada de “princesinha do mar”, coitada, inofensiva e pura, era então,


como Ipanema seria depois, a síntese mítica do hedonismo carioca, mais do que uma
metáfora, uma metonímia.

No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.

(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)

Os títulos de crônica “Ai de ti, Copacabana” e “Ai de ti, Ipanema” estão aqui associados com
a justificativa de que seus autores,

a) frequentando um mesmo gênero literário, marcam-no pela solenidade retórica e


pelo moralismo de fundamentação bíblica.

b) sendo vizinhos de bairros cariocas, testemunham o desenvolvimento destes, em que


a vida pacata de outrora deu lugar a uma febril agitação cultural.

c) constatando que antigos redutos de tranquilidade e de fermentação inspiradora


tenham sofrido um tão radical aviltamento, maldizem esse processo.

d) irmanando-se num mesmo sentimento primitivista, acusam o progresso tecnológico


de impossibilitar a plena fruição de uma vida mais natural.

e) identificando-se num mesmo ideal de simplicidade e pureza, lamentam que seus


ofícios lhes tenham incutido uma espécie de perversão moral.

17ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

A profecia de Frankenstein

Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.

16
O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.

De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.

Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.

(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)

Considere as seguintes orações.


I. Mary Shelley consagrou-se com o romance Frankenstein.
II. Com Frankenstein, a autora abriu um caminho na mitologia científica.
III. Houve inúmeras versões criativas dessa história de Mary Shelley.

Essas três orações integram-se com correção, coesão e coerência, mediante adaptações
necessárias, neste período único:

a) Com o romance de mitologia científica Frankenstein, Mary Shelley abriu caminho


para a consagração de várias criativas versões do mesmo.

b) A mitologia científica teve um caminho aberto por Mary Shelley, cujo consagrador
romance Frankenstein suscitou inúmeras versões criativas.

c) A consagração de Frankenstein, romance de Mary Shelley, deveu-se à mitologia


científica aberta por inúmeras e criativas versões dessa história.

d) As inúmeras versões criativas do romance Frankenstein, de Mary Shelley,


sucederam-se mediante sua consagradora mitologia científica.

e) Através do consagrado romance Frankenstein, a ocorrência de suas inúmeras


versões criativas abriu um caminho para a mitologia científica de Mary Shelley.

17
18ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

A profecia de Frankenstein

Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.

O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.

De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.

Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.

(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)

No último parágrafo, com a referência que faz aos neandertais, o autor do texto

a) desconsidera a possibilidade de que haja, efetivamente, real evolução ou


aprimoramento das espécies.

b) questiona a superioridade que costumamos atribuir de modo incontestável e


definitivo ao nosso patamar evolutivo.

c) desfaz a ideia de que as idades históricas possam se processar de modo a configurar


algum aperfeiçoamento das espécies.

18
d) formula a hipótese de que mesmo os homens primitivos podem apresentar algumas
qualidades superiores às dos civilizados.

e) imagina que no futuro olharemos para os neandertais com a mesma benevolência


com que eles costumam julgar a si mesmos.

19ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

A profecia de Frankenstein

Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.

O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.

De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.

Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.

(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)

O significado mais profundo (1° parágrafo) que o autor do texto propõe para o Frankenstein
de Mary Shelley é o de que essa história

a) alcança junto às gerações recentes a força de uma nova mitologia científica,


representada pela invenção de uma criatura tão poderosa quanto monstruosa.

19
b) converte-se hoje numa fábula moralista, segundo a qual tudo aquilo que o homem
pensa inventar com plena originalidade traz consigo a marca do Criador.

c) implica o temor de que nossas qualidades humanas venham a ser substituídas por
uma consciência e uma capacidade emocional superiores às nossas.

d) afasta definitivamente a suspeita de que sejamos capazes de criar, pela ciência,


aquilo que a própria natureza não aperfeiçoou na evolução das espécies.

e) representa, de fato, um pecado inconfessável que todos nós cultivamos


intimamente, mesmo sabendo que ele representa a nossa condenação.

20ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

O colégio de Tia Gracinha

Tia Gracinha, cujo nome ficou no grupo escolar Graça Guardia, de Cachoeiro do
Itapemirim, era irmã de minha avó paterna, mas tão mais moça que a tratava de mãe. Tenho
do colégio de Tia Gracinha uma recordação em que não sei o que é lembrança mesmo e
lembrança de conversa que ouvi menino.

Lembro-me, sobretudo, do pomar e do jardim do colégio, e imagino ver moças de roupas


antigas, cuidando das plantas. O colégio era um internato de moças. Elas não aprendiam
datilografia nem taquigrafia, pois o tempo era de pouca máquina e nenhuma pressa. Moças
não trabalhavam fora. As famílias de Cachoeiro e de muitas outras cidades do Espírito Santo
mandavam suas adolescentes para ali; muitas eram filhas de fazendeiros. Recebiam
instrução geral, uma espécie de curso primário reforçado, o mais eram prendas domésticas.
Trabalhos caseiros e graças especiais: bordados, jardinagem, francês, piano...

A carreira de toda moça era casar, e no colégio de Tia Gracinha elas aprendiam boas
maneiras. Levavam depois, para as casas de seus pais e seus maridos, uma porção de noções
úteis de higiene e de trabalhos domésticos, e muitas finuras que lhes davam certa
superioridade sobre os homens de seu tempo. Pequenas etiquetas que elas iam impondo
suavemente, e transmitiam às filhas.

Tudo isto será risível aos olhos das moças de hoje; mas a verdade é que o colégio de Tia
Gracinha dava às moças de então a educação de que elas precisavam para viver sua vida.
Não apenas o essencial, mas muito mais do que, sendo supérfluo e superior ao ambiente,
era por isto mesmo, de certo modo, funcional – pois a função do colégio era uma certa
elevação espiritual do meio a que servia. Tia Gracinha era o que bem se podia chamar uma
educadora.

(Abril, 1979)

(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 52-53)

A possibilidade de uma contestação dos princípios pedagógicos norteadores do colégio de


Tia Gracinha e dos valores de época referidos no texto está enunciada no segmento

20
a) Tudo isso será risível aos olhos das moças de hoje.

b) não sei o que é lembrança mesmo e lembrança de conversa que ouvi de menino.

c) muitas finuras que lhes davam certa superioridade sobre os homens de seu tempo.

d) a função do colégio era uma certa elevação espiritual do meio a que servia.

e) Pequenas etiquetas que elas iam impondo suavemente, e transmitiam às filhas.

RESPOSTAS:

1:A 2:C 3:D 4:A 5:E 6:A 7:C 8:D 9:E 10:B 11:D 12:A 13:D 14:A 15:E 16:C 17:B 18:B19:C 20:A

21
21ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: CGE-MS / Cargo: Auditor do Estado

Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas

BBC Ideas
20 fevereiro 2022

Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.

Aspecto social
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.

Adaptado de: < https://www.bbc.com/portuguese/geral60127411 >. Acesso em: 24 fev.


2022.
Considere o sentido da palavra destacada no excerto: “No futuro, podemos usar nosso
conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros para criar alimentos atraentes
com poucas calorias e saudáveis.” Qual das seguintes alternativas apresenta um termo
antônimo ao destacado?

a) Cativantes.

22
b) Aprazíveis.

c) Sedutores.

d) Etéreos.

e) Abomináveis.

22ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: CGE-MS / Cargo: Auditor do Estado

Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas

BBC Ideas
20 fevereiro 2022

Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.

Aspecto social
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.

23
Adaptado de: < https://www.bbc.com/portuguese/geral60127411 >. Acesso em: 24 fev.
2022.

Considerando o funcionamento das formas do discurso relatado, analise o excerto


adaptado do texto: “De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de
Mídia da Universidade de Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que
comer. ‘O que está disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível
financeiramente? O que traz boas lembranças? [...]’, enumera ela para a BBC Ideas.”

a) O trecho “*...+ vários fatores influenciam nossa escolha do que comer.” reproduz
literalmente as palavras da pesquisadora.

b) As aspas simples indicam que o trecho foi relatado por meio do discurso indireto,
nesse contexto, com o objetivo de trazer um argumento de autoridade.

c) O trecho de discurso direto tem por objetivo detalhar a informação sintetizada


anteriormente.

d) A expressão “enumera ela” refere-se à Emily Contois e aparece após o trecho


relatado por meio do discurso indireto livre.

e) O excerto citado é construído apenas por meio do uso do discurso direto, relatando
fielmente as palavras da pesquisadora citada.

23ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: CGE-MS / Cargo: Auditor do Estado

Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas

BBC Ideas
20 fevereiro 2022

Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.

Aspecto social

24
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.

Adaptado de: < https://www.bbc.com/portuguese/geral60127411 >. Acesso em: 24 fev.


2022.

Considere o sentido da palavra destacada no excerto: “Experimentos científicos nos


oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas escolhas sobre o que
comer [...]”. Qual das seguintes alternativas poderia substituí-la sem prejuízo de sentido?

a) Abstraem.

b) Avaliam.

c) Negam.

d) Comprovam.

e) Aturdem.

24ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

25
Adaptado de: https://www.novaserrana.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/1559/comunicado--
respostas-de-oficios. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando os aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o seguinte item.

O termo “picolé” exemplifica um caso de variação linguística do tipo sociocultural, uma vez
que se trata de uma gíria, não dicionarizada, empregada geralmente por jovens.

( ) Certo
( ) Errado

25ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

26
Adaptado de: https://www.novaserrana.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/1559/comunicado--
respostas-de-oficios. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando os aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o seguinte item.

A necessidade de transparência e de otimização dos recursos públicos e as demandas


complexas e urgentes do município constituem razões para a solicitação de informações por
parte do vereador.

( ) Certo
( ) Errado

26ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.

27
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.

Em “*...+ eles respondem mal a penalizações *...+”, o termo em destaque tem o mesmo
sentido que em “Hoje está calor. Mal posso esperar para ir à praia.”.

( ) Certo
( ) Errado

27ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.

28
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.

O trecho “Eles jogaram uma espécie de jogo da memória *...+” poderia ser reescrito como
“Eles jogaram um “jogo da memória”, sem que isso modificasse o sentido original do
excerto.

( ) Certo
( ) Errado

28ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e

29
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.

Em “*...] talvez fosse hoje meio barra-pesada *...+”, a expressão destacada exemplifica a
figura de linguagem “pleonasmo”, uma vez que não está sendo utilizada em seu sentido
literal e dispensa o adjetivo “pesada”, cuja presença gera uma redundância.

( ) Certo
( ) Errado

29ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12

30
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

No segundo parágrafo do texto, a teoria contestada por parte da comunidade médica se


refere à perspectiva de que a psicopatia pode ser diagnosticada pela observação de
anomalias no cérebro.

( ) Certo
( ) Errado

30ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um

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estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

James Fallon acredita que o meio social em que o psicopata é criado pode exercer influência
sobre a execução ou não de atos violentos por ele.

( ) Certo
( ) Errado

31ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um

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estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

Seo título do texto fosse reescrito no singular (Ele não aprende), isso não afetaria a
coerência do texto, uma vez que “ele” se referiria a James Fallon, que, além de neurologista,
também é um psicopata que já foi condenado por um crime violento.

( ) Certo
( ) Errado

32ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada

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por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

No primeiro parágrafo, o termo “então”, em ambas as ocorrências, atua na coesão


sequencial do texto, sinalizando uma conclusão.

( ) Certo
( ) Errado

33ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada

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por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

O texto pertence ao gênero “artigo de opinião”, uma vez que defende, a partir de
argumentos, a tese de que os psicopatas não devem ser confundidos com os antissociais,
devendo aqueles ser tratados de forma mais branda pelo sistema jurídico.

( ) Certo
( ) Errado

34ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

O Texto a seguir refere-se ao item.

ELES NÃO APRENDEM

Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado

O neurologista norte-americano James Fallon já estudava há décadas o cérebro de


pacientes diagnosticados com distúrbios psíquicos quando ficou sabendo de seis
assassinatos na família de seu pai. Decidiu, então, fazer uma tomografia, e, ao analisar o
resultado, encontrou características semelhantes às apresentadas por psicopatas. “Minha
mãe teve quatro abortos espontâneos, então, quando cheguei, me trataram como um
garoto de ouro. Se tivesse sido tratado normalmente, talvez fosse hoje meio barra-pesada”,
ele diz.

35
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.

Os psicopatas tiveram mais dificuldades que os antissociais para aprender com as


penalidades, e duas áreas do cérebro apresentaram comportamentos anormais. “Nosso
estudo desafia a visão de que psicopatas têm baixa sensibilidade neural a punições”, dizem
os pesquisadores. “Em vez disso, o problema é que existem alterações no sistema de
processamento de informações responsável pelo aprendizado”. A expectativa é que a
descoberta seja útil na busca por novos tratamentos para prevenir ações violentas.

Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/psicopatas-podem-


se-recuperar-ao-serem-penalizados.html. Acesso em: 16 mar. 2022.

Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.

O objetivo principal do texto é contar a história de James Fallon, um neurologista que se


descobriu psicopata.

( ) Certo
( ) Errado

35ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

Todas as opções abaixo mostram segmentos de um texto argumentativo, mais precisamente


processos de seu desenvolvimento, marcados pelos conectores sublinhados; assinale a
opção em que o exemplo dado está corretamente classificado:

a) “O universo temático desse autor não sai nunca do mundo dos adolescentes, isto é,
cada um dos seus livros remete a esse momento, seja pelos personagens, seja pela
situação...” / uma exemplificação.

b) “Assim, quando observamos o personagem Ricardo, por exemplo, constatamos que,


apesar de sua idade avançada, seu modo de pensar lembra constantemente os seus
dezesseis anos”; / uma explicação.

c) “De fato, lembremos a reação dele diante da possível venda da propriedade da


família”. / uma comprovação.

36
d) “Por outro lado, tal reação poderia ser explicada pelo momento difícil pelo qual
passava.” / uma citação.

e) “Ou pelo fato de ser sido pressionado pelos pais a tomar uma posição mais firme.” /
uma retificação.

36ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

Em todas as frases abaixo está presente uma metáfora; a frase em que a metáfora aparece
objetivamente explicada é:

a) Todas as palavras são pinos para que se pendurem as ideias.

b) Ideias são como filhos. Os nossos são sempre maravilhosos.

c) Livros são apenas árvores repletas de rabiscos.

d) A magia da linguagem é o mais perigoso dos encantos.

e) A condição soberana da sabedoria é o silêncio.

37ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

Numa argumentação, encontramos distintos tipos de dedução e de explicação; o raciocínio


abaixo, que pode ser visto como pragmático, é:

a) Suponhamos que haja outras espécies de vida no universo; elas devem ser dotadas
de inteligência.

b) Todos os felinos são mamíferos, logo meu gato também é mamífero.

c) Se 20% dos candidatos podem conseguir uma vaga, eu estou certo de poder chegar
lá.

d) Como os boletins meteorológicos estão anunciando sol forte, estou saindo para as
praias do Nordeste.

e) Caso chova amanhã, eu não poderei sair de casa.

38ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

“Mantenha-se simples, bom, puro, sério, livre de afetação, amigo da justiça, temente aos
deuses, gentil, apaixonado, vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a
filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os homens. A vida é curta.”
Há uma série de pensamentos que aparecem mencionados ou estão implícitos nesse
pequeno segmento de texto; entre as recomendações abaixo, aquela cujo conteúdo está
ausente da mensagem desse segmento é:

a) Estude filosofia, pois ela leva o homem à verdade.

37
b) Tenha fé, pois a religião faz parte de uma vida saudável e justa.

c) Seja solidário e tenha amor ao próximo.

d) Aproveite o tempo, pois ele passa rápido.

e) Use até a força física na defesa de suas justas ideias.

39ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

“Justiça é consciência, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a


humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências
normalmente reconhecem também a voz da justiça”.
Esse pequeno texto pertence ao gênero argumentativo; sobre sua estruturação pode-se
afirmar que:

a) mostra um pensamento de caráter geral, apoiado numa analogia com o sentir de


toda a humanidade.

b) indica uma opinião pessoal, apoiada no argumento da experiência própria.

c) apresenta uma afirmação acompanhada de uma ressalva, que desempenha o papel


de uma contra-argumentação.

d) destaca um conhecimento alheio, mas com base em um conhecimento de autoridade


universal.

e) aponta um parecer que tem por público-alvo o cidadão comum, que tem por hábito
refletir sobre a vida.

40ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

“Uma noite, trabalhava eu no silêncio do meu gabinete, quando fui procurado por uma
velhinha, toda engelhada e trêmula, que me disse em voz misteriosa ter uma carta para
mim.
— De quem? perguntei. — De um moço que está na casa de Detenção. — De um preso?!
Como se chama ele? — V. S. vai ficar sabendo pelo que vem nesse papel. Tenha a bondade
de ler.”

Esse é o início de um romance de Aluísio Azevedo; sobre o narrador desse pequeno texto
pode-se afirmar que:

a) se trata de um personagem participante da ação.

b) se mostra como observador dos fatos narrados.

c) se apresenta como um relator de fatos reais.

d) se identifica como interessado direto nos fatos.

38
e) se destaca como narrador-escritor.

RESPOSTAS:

21:E 22:C 23:B 24:E 25:C 26:E 27:C 28:E 29:C 30:C 31:E 32:C 33:E 34:E 35:C 36:B 37:D 38:E
39:C 40:A

39
41ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

Observe o pequeno texto narrativo:

“Bruno passava por uma loja lotérica e sentiu um forte impulso que o obrigou a entrar e
jogar; saiu esperançoso com o bilhete, mas três dias depois descobriu que estava pobre
como antes.”

A afirmação adequada sobre esse pequeno texto narrativo é:

a) o fato inicial que dá início à narrativa é o de Bruno passar por uma loja lotérica.

b) o estado final do personagem é idêntico ao inicial, mostrando que a ação narrativa


em nada o modificou.

c) numa narrativa, como ocorre nesta, os lugares das ações se modificam.

d) como uma narrativa mostra uma sequência cronológica de ações, as formas verbais
passava, sentiu e obrigou marcam essa sequência.

e) o final desta narrativa mostra uma degradação da situação inicial.

42ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual

Observe a seguinte frase de Bill Gates: “O mundo está progredindo e os recursos humanos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um
rei há cem anos”.

Essa frase exemplifica o que se classifica como texto argumentativo; neste caso, a sua
finalidade principal é:

a) alimentar uma polêmica.

b) provocar um debate.

c) defender um ponto de vista.

d) propor uma reflexão.

e) exigir uma resposta a um problema.

43ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Texto 3

Observe o seguinte texto argumentativo, produzido por um leitor de um jornal francês a


respeito da visita do Papa ao país:

40
“Eu me indigno que se possa lançar a ideia de que só os católicos paguem taxas pela visita
do Papa. Já se viu que as famílias sem filhos se recusem a pagar impostos pela educação
nacional, ou as pessoas que não possuem carros deixar de pagar pela manutenção das
estradas nacionais?”

No texto 3, o argumento utilizado na defesa da tese, é:

a) o peso da autoridade papal;

b) o grande número de católicos;

c) o valor da religião na sociedade;

d) a analogia com outras situações;

e) a racionalidade do ato de pagar a taxa.

44ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Texto 3

Observe o seguinte texto argumentativo, produzido por um leitor de um jornal francês a


respeito da visita do Papa ao país:

“Eu me indigno que se possa lançar a ideia de que só os católicos paguem taxas pela visita
do Papa. Já se viu que as famílias sem filhos se recusem a pagar impostos pela educação
nacional, ou as pessoas que não possuem carros deixar de pagar pela manutenção das
estradas nacionais?”

Aquela reação (texto 3), entre as dadas abaixo, que mostra coerência lógica com o tema, é:

a) Todo mundo deve pagar; de fato, a religião católica, na medida em que ela faz parte
de nossa cultura, interessa a todos;

b) Não é preciso pagar: o governo que custeie visitas de líderes religiosos;

c) A Igreja faria melhor se não programasse essas viagens do Papa, contando com a
ajuda de outros;

d) Deve-se pagar, afinal de contas, o Papa vem aqui raramente;

e) Que os católicos paguem: se eles acham caro, que encontrem uma religião mais
barata.

45ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Texto 2

Uma carta de um leitor dizia o seguinte:

41
“A Psiquiatria luta por atribuir ao alcoólatra o status de doente. A lei considera o alcoolismo
como uma circunstância agravante, em caso de delito ou crime, ao passo que o
reconhecimento de um status de doença deveria ter o papel de atenuante. O alcoólatra
acusado se sente mais e mais excluído da sociedade. Se você toma drogas tranquilizantes,
você é tão perigoso ao volante quanto um alcoólatra; ora, se ocorre um acidente, o fato de
ser submetido a um tratamento médico terá um papel de atenuante.
Se você é um alcoólatra, se dirá que você é semelhante a um criminoso armado. Que
campanha publicitária foi feita para proibir a condução de veículos para os que tomam
calmantes?”

A conclusão do texto 2 pode ser expressa do seguinte modo:

a) Por que há campanhas publicitárias contra os que dirigem após a ingestão de bebida
alcoólica e não contra os que ingeriram calmantes;

b) O alcoolismo deveria ser considerado como uma doença e não como um vício;

c) O alcoolismo não deveria ser rejeitado pela sociedade, já que se trata de uma doença
e não de um vício;

d) Os que tomam calmantes deveriam ser impedidos de dirigir porque também são
vítimas de vício;

e) Os julgamentos deveriam tratar do mesmo modo os alcoólatras e os que tomam


calmantes.

46ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Texto 1

Um jornal europeu publicou a seguinte notícia:

Poluição do Reno

Tudo – e mesmo um pouco mais – já foi dito sobre a poluição das águas do rio Reno,
causada pelo laboratório Sandoz.
Vi pela televisão as imagens terríveis de inumeráveis peixes intoxicados, mas também vi os
rostos odientos dos justiceiros improvisados e me pus a questão: quantos, entre esses
manifestantes, foram aliviados ou mesmo curados pelos medicamentos fabricados por esses
velhos senhores que eles pretendiam linchar?” (Médico clínico-geral XXX, correio dos
leitores)

No texto 1 há uma série de segmentos que foram empregados com valor semântico
negativo; a única exceção é:

a) imagens terríveis;

b) peixes intoxicados;

42
c) rostos odientos;

d) justiceiros improvisados;

e) velhos senhores.

47ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Texto 1

Um jornal europeu publicou a seguinte notícia:

Poluição do Reno

Tudo – e mesmo um pouco mais – já foi dito sobre a poluição das águas do rio Reno,
causada pelo laboratório Sandoz.
Vi pela televisão as imagens terríveis de inumeráveis peixes intoxicados, mas também vi os
rostos odientos dos justiceiros improvisados e me pus a questão: quantos, entre esses
manifestantes, foram aliviados ou mesmo curados pelos medicamentos fabricados por esses
velhos senhores que eles pretendiam linchar?” (Médico clínico-geral XXX, correio dos
leitores)

Sobre esse texto argumentativo (texto 1), a afirmação correta é:

a) falando dos rostos odientos dos manifestantes, o autor do texto se utiliza de


argumentos de intimidação dos leitores;

b) o autor da carta faz questão de ser imparcial, mostrando os dois lados do problema
para os leitores;

c) o parecer do autor do texto é parcialmente prejudicado pelo fato de ser médico e de


haver no texto certo corporativismo;

d) o fato de o autor ser médico traz ao texto uma autoridade incontestável sobre o
tema tratado;

e) a descrição da cena que envolve os manifestantes contra o laboratório procura


mostrá-los como cidadãos conscientes dos problemas causados pela poluição.

48ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Um candidato a cargo político adotou o seguinte slogan na sua campanha: “Ou eu ou o


caos!”

Esse slogan mostra um problema argumentativo, que é:

a) incluir uma mensagem negativa na palavra “caos”;

b) apelar para a pressão psicológica sobre os eleitores;

43
c) atacar grosseiramente seus adversários;

d) apresentar uma oposição inválida: eu X caos;

e) utilizar uma palavra abstrata, sem exemplos.

49ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Observe o seguinte diálogo de valor argumentativo:

“– O homenageado fez um discurso fantástico sobre as injustiças sociais.


– Ah, sim, o sujeito que já foi preso por tráfico!”

Nessa situação, a segunda frase se utiliza do seguinte processo argumentativo:

a) revelar dados novos para o debate;

b) desviar o assunto;

c) atacar a pessoa do homenageado;

d) dizer algo que nega a afirmação anterior;

e) indicar um exemplo de autoridade.

50ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

A frase abaixo em que a palavra religião é empregada em sentido figurado, é:

a) Fez da obediência ao coronel da fazenda a sua religião;

b) Todas as religiões parecem-me estar certas em suas afirmações e erradas em suas


negações;

c) O líder de uma religião não deve só confortar os aflitos, deve também afligir os
confortáveis;

d) Os que professam alguma religião são mais felizes;

e) As crianças não devem receber a religião; têm de pegá-la no meio ambiente, como se
pega o sarampo.

51ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Observe a frase a seguir.

“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos
vinhos.”

44
Sobre a utilização do adjetivo velho nesse pensamento, a afirmação correta, é:

a) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;

b) velhos amigos e velhos vinhos mostram o mesmo valor do adjetivo velho;

c) velhos tempos e velhas maneiras indicam uma significação negativa do adjetivo


velho;

d) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;

e) velhos amigos e amigos velhos significam exatamente a mesma coisa.

52ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Um palestrante bastante conceituado e competente, num congresso médico, declarou:


“Depois que me formei em Medicina, eu, de fato, nunca mais trabalhei!”.

Com essa frase, o médico palestrante:

a) sugere seu prazer pessoal e contínuo de ser médico;

b) ironiza o trabalho árduo dos médicos;

c) alude ao fato de os médicos trabalharem pouco tempo;

d) se refere às múltiplas possibilidades profissionais dos médicos;

e) destaca seu sucesso profissional no exercício da profissão.

53ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

“Ele alegava sua debilidade de saúde para deixar de ir ao trabalho.”

Constata-se na organização dessa frase argumentativa que:

a) o argumento apresentado para a ação de não ir ao trabalho é visto como de base


racional e lógica;

b) o emprego do verbo “alegar” implica certo distanciamento do argumento


apresentado;

c) o argumento apresentado, segundo o contexto, era de base legal;

d) o interlocutor da frase é identificado como um chefe no serviço público;

e) a frase carece de argumentos, pois só mostra a constatação de um fato.

54ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

45
Todas as frases abaixo contêm o vocábulo porque; a maneira de reescrever cada uma delas
de modo a omitir esse vocábulo, mantendo-se o sentido original, é:

a) A festa demorou mais uma hora porque as crianças pediram / Por petição das
crianças, a festa demorou mais uma hora;

b) Concordou com as medidas porque as circunstâncias pressionavam / Por pressão das


circunstâncias, concordou com as medidas;

c) Nós o ajudamos porque o ouvimos gritar / Pelos gritos auditados, nós o ajudamos;

d) Fornecemos os passaportes porque foram requeridos / Por requisitos, nós


fornecemos os passaportes;

e) Consegui chegar ao final porque muitas pessoas me animaram / Pelo ânimo de


muitas pessoas, consegui chegar ao final.

55ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Todas as frases abaixo são exemplos de textos argumentativos; a frase que NÃO é apoiada
por argumentos, é:

a) O tempo está bom; vamos passear!

b) É bom passear no final do dia, quando o sol se põe!

c) Já que estamos de férias, vamos passear!

d) Eu gosto da sua companhia, vamos passear!

e) Vamos passear pelas ruas próximas!

56ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

“Você é um vagabundo, pois seus amigos são todos vagabundos!”

Sobre os elementos componentes desse pequeno texto argumentativo, a opção que traz
uma afirmação correta, é:

a) o argumento apresentado pelo locutor é de base racional e lógica, sem dar chance de
refutação ao interlocutor;

b) o locutor e o interlocutor são identificados no texto;

c) a conclusão desse texto é que o interlocutor deve procurar melhorar a qualidade de


suas companhias;

d) uma refutação eficiente a esse texto é “meus amigos não são vagabundos”;

e) o locutor se posiciona como pessoa de autoridade semelhante à do interlocutor.


46
57ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Todas as frases abaixo são iniciadas por um termo preposicionado; a forma adequada de
reescrever uma dessas frases, eliminando a preposição e mantendo o sentido original, é:

a) Fora o cachorro, o livro é o melhor amigo do homem / O cachorro, excetuando o


livro, é o melhor amigo do homem;

b) De todas as companhias para um escritor, nenhuma é mais valiosa do que um


dicionário / A companhia mais valiosa para um dicionário, é um escritor;

c) Numa caverna, os escoteiros acharam refúgio durante a tempestade / A caverna


escondeu os escoteiros durante a tempestade;

d) Em seu coração, há abundantes segredos / Seu coração abriga abundantes segredos;

e) Nesta região, há cinco municípios importantes / Esta região é formada por cinco
municípios importantes.

58ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

“No Brasil, a diferença entre viver de arte e viver de ar é a sílaba ‘te’.”


Com esse pensamento, seu autor quer mostrar que:

a) trabalhar com arte no Brasil produz muita riqueza;

b) não há diferença entre as duas expressões;

c) a arte é uma atividade economicamente difícil;

d) o trabalho com arte só tem valor social;

e) a arte e a ciência se equivalem.

59ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A
frase em que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais
preciso, é:

a) Puseram em seu uniforme uma condecoração / inscreveram;

b) Ponha um pouco mais de sal na carne / acrescente;

c) Temos que pôr um anúncio no jornal / introduzir;

d) O sacerdote pôs a batina / enfiou;

e) O rapaz pôs o maço de cigarros no bolso / inseriu.


47
60ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

“Sabedoria é saber o que fazer; virtude é fazer.”

A mensagem contida nesse pensamento, é:

a) mais vale o conhecimento que a obra;

b) a sabedoria é superior à virtude;

c) as obras valem menos que as palavras;

d) sabedoria e virtude se equivalem;

e) mais vale a ação que a reflexão.

RESPOSTAS:

41:B 42:C 43:D 44:A 45:C 46:E 47:C 48:D 49:C 50:A 51:D 52:A 53:B 54:B 55:E 56:C 57:D 58:C
59:B 60:E

48
61ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

A frase abaixo que NÃO mostra palavras de significação oposta, é:

a) Os velhos malucos são mais malucos que os jovens;

b) A arte existe para perturbar. A ciência tranquiliza;

c) Há muitos literatos que, pretendendo castigar o estilo, castigam os leitores;

d) A crítica é fácil, e a arte é difícil;

e) As gravadoras só contratam bandas por pouco tempo, descontratando-as pouco


depois.

62ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:

a) Uma notícia que parece verdadeira / verossímil;

b) Um acordo que se celebra entre dois ou mais estados / intermunicipal;

c) Uma camisa que está excessivamente molhada / úmida;

d) Um lugar que permite a chegada até ele / inacessível;

e) Uma pessoa que mostra com orgulho o que possui / persistente.

63ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

As opções abaixo exemplificam textos narrativos; a opção em que o narrador se mostra


como mero observador dos fatos, é:

a) Aproximei-me da cerca e a atravessei, preocupado com o touro que pastava ali


próximo;

b) As nuvens se juntaram no horizonte, o céu tornou-se escuro e, em pouco tempo, a


chuva desabou sobre minha cabeça;

c) O Maracanã ficou cheio, e as torcidas dos dois times pareciam ansiosas pelo início
daquela partida decisiva;

d) O guarda parou o carro onde eu estava e multou o motorista por excesso de


velocidade;

e) O professor viu que eu não havia feito o dever de casa e ordenou que eu fosse para
fora de sala.

49
64ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Observe o texto descritivo a seguir.

“A capa do dicionário era azul com o título centralizado em letras douradas; acima e abaixo
desse título e do nome do autor, havia uma espécie de bordado de estilo árabe, com
hexágonos também dourados, cercados de estrelas.”

Sobre a estruturação dessa descrição, a afirmação correta, é:

a) a descrição parte do todo para as partes;

b) o movimento da descrição é de cima para baixo;

c) o texto faz uma descrição de algo em movimento;

d) a descrição se fundamenta numa visão à distância;

e) o texto destaca particularmente os verbos.

65ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Todas as opções abaixo mostram conectores ligando duas orações; a opção em que o valor
semântico desse conector está identificado corretamente, é:

a) Todos os ônibus saíram da garagem, assim que a greve foi suspensa / causa;

b) A chuva foi tanta em Petrópolis, que algumas casas desmoronaram / modo;

c) Todos os turistas agiam como se não houvesse amanhã / conformidade;

d) Meus pais pretendiam comprar a fazenda; o dinheiro de que dispunham, porém, era
curto / oposição;

e) Os livros mostravam páginas rasgadas, além disso não mostravam ilustrações /


explicação.

66ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Entre os pensamentos abaixo, aquele que deve ser classificado como um texto não
argumentativo, é:

a) Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas;

b) Penso, logo existo;

c) Ouve sempre e não fala nunca;

d) O dilúvio passou. Deixou ficar um homem;


50
e) Detesto as mulheres porque elas sempre sabem onde as coisas estão.

67ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

A expressão “ou melhor” na frase “Prefiro ser chamado de inclassificável. Ou melhor, um


músico popular brasileiro.”, tem a função de:

a) retificar uma expressão dita anteriormente;

b) mostrar uma equivalência a um termo anterior;

c) explicar, de forma simples, algo já dito;

d) acrescentar uma informação a uma outra já expressa;

e) criticar uma afirmação feita antes.

68ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

A frase abaixo que mostra uma visão positiva da velhice, é:

a) Não desprezes o homem em sua velhice, porque muitos de nós envelheceremos;

b) A preocupação traz a velhice antes da hora;

c) A velhice põe mais rugas no espírito do que no rosto;

d) A velhice tem suas vantagens, claro. Só resta descobrir-se quais são;

e) Na velhice não se vê muito, mas se compreende tudo.

69ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

“Você deve parar de mascar chicletes; isso prejudica os dentes!” A opção abaixo que mostra
uma afirmação adequada sobre esse pequeno texto argumentativo, é:

a) o texto identifica o locutor da frase;

b) o interlocutor do texto é identificado na situação comunicativa;

c) o argumento do locutor é o de que o interlocutor deve parar de mascar chicletes;

d) o argumento do locutor se apoia em resultados de estudos realizados;

e) a conclusão do texto, pretendida pelo locutor, é a de que as pessoas devem deixar de


mascar chicletes.

70ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

51
Algumas palavras só possuem um sentido (monossemia), mas a grande parte delas mostra
mais de um sentido (polissemia), que são identificados pelo contexto ou pela situação.

A frase abaixo em que é possível a identificação de mais de um sentido da palavra capa, é:

a) A fotografia impressa na capa valorizava o visual do livro;

b) Assim que entrou, pendurou a capa ainda molhada no cabide;

c) Mandei fazer uma capa de lona para o novo sofá;

d) Uma grande capa plástica protegia o carro na garagem;

e) A feitura da capa custou muito mais do que o previsto.

71ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

“Quem fica olhando o vento jamais semeará, quem fica olhando as nuvens jamais colherá.”
Com esse pensamento, condena-se:

a) a exagerada preocupação com o meio ambiente;

b) o desleixo com a produção agrícola;

c) a predominância da observação sobre a ação;

d) a preguiça nas situações de trabalho duro;

e) a falta de persistência no trabalho.

72ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia

Texto CG1A1-II

O conceito de herói está profundamente ligado à cultura que o criou e ao momento em


que ele foi criado, o que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de época para
época. Mesmo assim, a figura do herói aparece nas mais diversas sociedades e eras, sempre
atendendo a critérios morais e desejos em comum de determinado povo.

Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.

Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
52
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.

Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)

Na primeira linha do texto CG1A1-II, o advérbio “profundamente” é empregado com o


significado de

a) exageradamente.

b) frequentemente.

c) intimamente.

d) realmente.

e) seriamente.

73ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia

Texto CG1A1-II

O conceito de herói está profundamente ligado à cultura que o criou e ao momento em


que ele foi criado, o que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de época para
época. Mesmo assim, a figura do herói aparece nas mais diversas sociedades e eras, sempre
atendendo a critérios morais e desejos em comum de determinado povo.

Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.

Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.

Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)

De acordo com as ideias do texto CG1A1-II,

a) o herói moderno é uma figura desprovida de superpoderes e de virtudes.

53
b) a busca psicológica por proteção faz com que, no século 21, as pessoas se voltem
para heróis com feições mais humanas.

c) a religião e a figura de Deus têm papel importante na definição das características do


herói medieval.

d) a constância da figura do herói nas sociedades ao longo do tempo aponta para a


existência de um conceito de herói compartilhado por essas sociedades.

e) a mitologia grega apresenta um herói que, por ter sangue humano, sacrifica-se pelo
bem da população.

74ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia

Texto CG1A1-II

O conceito de herói está profundamente ligado à cultura que o criou e ao momento em


que ele foi criado, o que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de época para
época. Mesmo assim, a figura do herói aparece nas mais diversas sociedades e eras, sempre
atendendo a critérios morais e desejos em comum de determinado povo.

Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.

Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.

Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)

Predomina no texto CG1A1-II a tipologia

a) instrucional.

b) narrativa.

c) descritiva.

d) dissertativo-argumentativa.

e) dissertativo-expositiva.

54
75ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia

Texto CG1A1-I

Três características básicas nos distinguem dos outros animais: o andar ereto, que deixou
nossas mãos livres para pegar e fabricar coisas; um cérebro superdesenvolvido, que permitiu
o domínio da natureza; e a linguagem articulada, que possibilitou não só uma comunicação
eficiente como também o pensamento lógico e abstrato. Das três características, a última
representou nosso maior salto evolutivo, afinal nossos antepassados tiveram habilidade
manual e inteligência por milhares de anos, mas somente a partir do momento em que
despontou a aptidão simbólica, primeiramente nas pinturas e inscrições rupestres e depois
com a invenção da escrita, a espécie humana alçou-se de uma organização social tribal para
a civilização.

Como aprendemos a falar na mais tenra infância e sem maior esforço, além de usarmos a
linguagem no dia a dia da forma mais corriqueira, não nos damos conta do grande prodígio
que é falar. A língua é não só um sofisticadíssimo sistema de comunicação de nossos
pensamentos e sentimentos, mas sobretudo o instrumento que nos possibilita ter
consciência de nós mesmos e da realidade à nossa volta.

Apesar da importância crucial da linguagem em nossa vida, o estudo da língua ficou


durante séculos relegado a segundo plano, resumindo-se a descrições pouco científicas
deste ou daquele idioma de maior prestígio.

Aldo Bizzocchi. O universo da linguagem: sobre a língua e as línguas. São Paulo: Editora
Contexto, 2021, p. 11-12 (com adaptações)

Estariam preservadas as ideias e a correção gramatical do texto CG1A1-I caso se substituísse,


no segmento “Como aprendemos a falar na mais tenra infância e sem maior esforço” (início
do segundo parágrafo), a conjunção “Como” por

a) Visto que.

b) Ao passo que.

c) Logo que.

d) Não obstante.

e) Tal qual.

76ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia

Texto CG1A1-I

Três características básicas nos distinguem dos outros animais: o andar ereto, que deixou
nossas mãos livres para pegar e fabricar coisas; um cérebro superdesenvolvido, que permitiu
o domínio da natureza; e a linguagem articulada, que possibilitou não só uma comunicação
eficiente como também o pensamento lógico e abstrato. Das três características, a última
55
representou nosso maior salto evolutivo, afinal nossos antepassados tiveram habilidade
manual e inteligência por milhares de anos, mas somente a partir do momento em que
despontou a aptidão simbólica, primeiramente nas pinturas e inscrições rupestres e depois
com a invenção da escrita, a espécie humana alçou-se de uma organização social tribal para
a civilização.

Como aprendemos a falar na mais tenra infância e sem maior esforço, além de usarmos a
linguagem no dia a dia da forma mais corriqueira, não nos damos conta do grande prodígio
que é falar. A língua é não só um sofisticadíssimo sistema de comunicação de nossos
pensamentos e sentimentos, mas sobretudo o instrumento que nos possibilita ter
consciência de nós mesmos e da realidade à nossa volta.

Apesar da importância crucial da linguagem em nossa vida, o estudo da língua ficou


durante séculos relegado a segundo plano, resumindo-se a descrições pouco científicas
deste ou daquele idioma de maior prestígio.

Aldo Bizzocchi. O universo da linguagem: sobre a língua e as línguas. São Paulo: Editora
Contexto, 2021, p. 11-12 (com adaptações)

De acordo com o texto CG1A1-I,

a) o surgimento da capacidade de simbolizar marcou a entrada da espécie humana na


civilização.

b) a língua é um intrincado sistema de comunicação e um instrumento artificial de


representação das identidades e da realidade.

c) o andar ereto, o cérebro superdesenvolvido e a linguagem articulada são três das


características mais importantes que destacam os seres humanos entre os animais.

d) a linguagem é tão presente nas atividades humanas que os seres humanos se


esquecem de refletir sobre suas propriedades.

e) o estudo da língua foi, por muito tempo, motivado por questões pedagógicas
associadas à descrição daquelas línguas de mais prestígio social.

77ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário

Texto 2

Sonho, memória e o reencontro de Freud com o cérebro (fragmento adaptado)

“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente
ao alcance da Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud
fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e
seus sonhos. A despeito do impacto profundo destas ideias na sociedade ocidental, sua
formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base empírica e quantitativa,
marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a biologia.

56
Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz
respeito à investigação científica do fenômeno onírico.

O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a
contribuição da psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de
observações isoladas, teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de
autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes da psicanálise ocupam-se pouco ou nada
do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se exclusivamente para os
símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.

Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia


experimental e da neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights
psicanalíticos. O primeiro consiste na observação concreta de que os sonhos, muito
frequentemente, contêm elementos da experiência do dia anterior, denominados ‘restos do
dia’. O segundo é o reconhecimento de que estes ‘restos’ incluem atividades mnemônicas e
cognitivas da vigília, persistindo nos sonhos na medida de sua importância para o sonhador.
Assim, ainda que de maneira difusa, a psicanálise prevê que a consolidação de memórias e o
aprendizado sejam importantes funções oníricas. *...+”

(Sidarta Ribeiro. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext


&pid=S1516-44462003000600013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02/04/2022)

“A despeito do impacto profundo destas ideias na sociedade ocidental, sua formulação e


desenvolvimento não se deram sobre uma base empírica e quantitativa, marcando um
divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a biologia.”
Com base nessa passagem, retirada do primeiro parágrafo do texto 2, é possível inferir a
seguinte informação implícita:

a) as ideias de Freud não tiveram um impacto tão profundo no desenvolvimento da


teoria psicanalítica quanto algumas pessoas supõem;

b) a sociedade ocidental não teve acesso às inovações trazidas pela obra “A


interpretação dos sonhos”;

c) a biologia se baseia em métodos empíricos e quantitativos;

d) a teoria psicanalítica e a biologia são mutuamente incompatíveis;

e) o divórcio entre a psicanálise e a biologia ocorreu de forma gradual.

78ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário

Texto 2

Sonho, memória e o reencontro de Freud com o cérebro (fragmento adaptado)

“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente
ao alcance da Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud
fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e

57
seus sonhos. A despeito do impacto profundo destas ideias na sociedade ocidental, sua
formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base empírica e quantitativa,
marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a biologia.
Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz
respeito à investigação científica do fenômeno onírico.

O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a
contribuição da psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de
observações isoladas, teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de
autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes da psicanálise ocupam-se pouco ou nada
do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se exclusivamente para os
símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.

Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da psicologia


experimental e da neurociência convergiram nos últimos anos para dois importantes insights
psicanalíticos. O primeiro consiste na observação concreta de que os sonhos, muito
frequentemente, contêm elementos da experiência do dia anterior, denominados ‘restos do
dia’. O segundo é o reconhecimento de que estes ‘restos’ incluem atividades mnemônicas e
cognitivas da vigília, persistindo nos sonhos na medida de sua importância para o sonhador.
Assim, ainda que de maneira difusa, a psicanálise prevê que a consolidação de memórias e o
aprendizado sejam importantes funções oníricas. *...+”

(Sidarta Ribeiro. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext


&pid=S1516-44462003000600013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02/04/2022)

É comum que os textos sejam classificados de acordo com o domínio social de comunicação
em que se inserem. Por esse critério, é correto afirmar que o texto 2 tem natureza
predominantemente:

a) descritiva, porque se propõe primariamente a qualificar, identificar e localizar os


sonhos;

b) narrativa, porque se propõe primariamente a relatar uma sucessão de


acontecimentos em ordem cronológica;

c) expositiva, porque se propõe primariamente a ensinar a interpretação psicanalítica


sobre os símbolos oníricos;

d) injuntiva, porque se propõe primariamente a orientar as ações futuras do leitor;

e) argumentativa, porque se propõe primariamente a defender um ponto de vista


acerca da relação entre psicanálise, de um lado, e neurociência e psicologia cognitiva,
de outro.

79ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário

Texto 1

Por que nós temos pesadelos?

58
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.

Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.

Pois é. Em exames com ressonância magnética, esses participantes apresentaram respostas


emocionais mais brandas na ínsula, amígdala e córtex cingulado médio (áreas do cérebro
associadas às emoções) quando expostos a imagens amedrontadoras.”

(Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/ por-que-


nos-temos-pesadelos. Acesso em: 01/04/2022)

O texto 1, produzido em registro semiformal, simula uma conversa com o leitor.

Uma palavra ou expressão que produz esse efeito é:

a) “perder o sono”;

b) “situações de estresse”;

c) “surpreendente”;

d) “Pois é”;

e) “respostas emocionais”

80ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário

Texto 1

Por que nós temos pesadelos?

“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.

Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão

59
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.

Pois é. Em exames com ressonância magnética, esses participantes apresentaram respostas


emocionais mais brandas na ínsula, amígdala e córtex cingulado médio (áreas do cérebro
associadas às emoções) quando expostos a imagens amedrontadoras.”

(Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/ por-que-


nos-temos-pesadelos. Acesso em: 01/04/2022)

O texto 1 procura responder à pergunta apresentada em seu título.

A resposta sugerida ao longo do texto é a de que os pesadelos:

a) são sinais ameaçadores durante a vigília;

b) produzem respostas emocionais em condições experimentais específicas;

c) são um fenômeno ainda não estudado pela ciência;

d) preparam o indivíduo para lidar com situações estressantes;

e) podem ser estudados por meio de ressonância magnética.

RESPOSTAS:

61:C 62:A 63:C 64:A 65:D 66:D 67:B 68:E 69:B 70:E 71:C 72:C 73:C 74:E 75:A 76:A 77:C78:E
79:D 80:D

60
81ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Se reescrevermos as frases abaixo, eliminando a palavra porque, a forma INADEQUADA


dessa reescritura, será:

a) O jogador foi expulso porque assim decidiram os juízes / por decisão dos juízes;

b) Entreguei-lhe a encomenda porque confiava nele / em confiança;

c) Causou um acidente porque a estrada molhada fez derraparem os pneus / por


derrapagem dos pneus na estrada molhada;

d) Não fez a redação porque o tema era muito complexo / pela complexão do tema;

e) O juiz sentou-se longe dos demais passageiros, porque temia a reação do público /
por medo da reação do público.

82ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte parágrafo: “Tem-se discutido muito sobre as funções da linguagem


humana e a hierarquia natural que há entre elas. É fácil observar, por exemplo, que é pela
posse e uso da linguagem, falando mentalmente ao próximo ou a nós mesmos, que
conseguiremos organizar nosso pensamento e torná-lo articulado, concatenado e nítido”.
Considerando o primeiro período como tópico frasal, o seu tipo de desenvolvimento é
identificado como:

a) contraste;

b) explicitação;

c) enumeração;

d) localização temporal / espacial;

e) relação causa / efeito.

83ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

O filósofo inglês Francis Bacon escreveu: “São todos descobridores ruins, que pensam que
não há terra quando nada veem além do mar”. O erro desses descobridores era, portanto:

a) desconsiderarem opiniões alheias, diferentes das suas;

b) considerarem uma dúvida como certeza;

c) partirem de premissas insuficientes;

d) utilizarem o método dedutivo;

e) realizarem uma generalização exagerada.


61
84ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Um escritor russo disse o seguinte: “Dizem que não há justiça sobre a terra. Mas por acaso
existe no céu?” Nesse pequeno texto argumentativo, o argumento utilizado para rebater a
primeira afirmação é falacioso, caracterizando-se como um(a):

a) falsa analogia;

b) fuga do assunto;

c) confusão causa/efeito;

d) argumento autoritário;

e) generalização excessiva.

85ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Ulpiano, um jurista latino do século II d. C., é autor do seguinte pensamento: “Tais são os
preceitos do direito: viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe
pertence”. Outro modo de reescrever esse pensamento, com o deslocamento de seus
termos, que altera o seu sentido original, é:

a) Viver honestamente é um dos preceitos do direito, assim como não ofender ninguém
e dar a cada um o que lhe pertence;

b) Os preceitos do direito são tais: dar a cada um o que lhe pertence, não ofender
ninguém e viver honestamente;

c) Os preceitos do direito são: a doação a cada um do que lhe pertence sem uma ofensa
a ninguém, e uma vida honesta;

d) Viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence, tais
são os preceitos do direito;

e) Os preceitos do direito são tais como uma vida honesta, a não ofensa a ninguém e a
doação a cada um do que lhe pertence.

86ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte pensamento de Heródoto, o pai da História: “Onde é necessária a


astúcia, não há lugar para a força”. Um outro pensamento que expressa o mesmo
significado, é:

a) Onde a pele do leão não cobre é preciso costurar a da raposa;

b) Um príncipe deve tomar como exemplo a raposa e o leão, pois o leão não é capaz de
se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe se defender dos lobos;

62
c) O uso da força tem apenas um efeito temporário. Pode subjugar por certo tempo,
mas não remove a necessidade de subjugar novamente;

d) A violência não é força, mas fraqueza, nem poderá ser nunca criadora de coisa
alguma, apenas destruidora;

e) A força bruta, quando não governada pela razão, desmorona sob o próprio peso.

87ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

“A força bruta, quando não governada pela razão, desmorona sob o próprio peso.” (Horácio)
A forma de reescrever esse pensamento que se mostra INADEQUADA, é:

a) Quando não governada pela razão, a força bruta desmorona sob o próprio peso;

b) Desmorona sob o próprio peso a força bruta, quando não governada pela razão;

c) Quando a força bruta não é governada pela razão, desmorona sob o próprio peso;

d) Sob o próprio peso desmorona, quando não governada pela razão, a força bruta;

e) A força bruta, quando desmorona sob o próprio peso, não é governada pela razão.

88ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte segmento textual:

“As folhas caindo lembram sempre lágrimas derramadas pelas grandes árvores tristes que
choram em função do fim do ano, do fim das auroras de temperatura agradável e dos doces
crepúsculos”.

Sobre esse fragmento de texto, a afirmação INADEQUADA à estruturação do texto é:

a) os dois termos que se comparam no texto são as folhas e as lágrimas;

b) as folhas fazem parte do mundo figurado, enquanto o mundo real é representado


pelas lágrimas;

c) o fator de comparação entre os elementos comparados é o movimento de queda;

d) a função da comparação, nesse caso, é a poética, ou seja, a criação de mundo


paralelo esteticamente atraente;

e) o termo que estabelece formalmente a comparação entre elementos é o verbo


lembrar.

89ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Todas as frases abaixo jogam com a ambiguidade intencional de algum vocábulo, tornando-
as curiosas e interessantes.

63
A frase em que está ausente essa estratégia é:

a) Tantos anos o país se descuidou do meio ambiente que, agora, se quiser salvar
alguma coisa, vai ter que tratar do ambiente inteiro;

b) De uma caverna nada se tira, a não ser fotos; nada se deixa, a não ser pegadas; e
nada se mata, a não ser o tempo;

c) Todo bom percussionista não bate bem;

d) Um avião é lugar perfeito para fazer dieta;

e) Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele.

90ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Entre as opções abaixo, aquela que exemplifica o tipo de texto instrucional, é:

a) Separe os parafusos e coloque-os nos buracos das dobradiças;

b) Criar é matar a morte;

c) A imprensa mente, deturpa os fatos e agride o vernáculo;

d) Os pequenos anúncios contêm toda a verdade que se pode encontrar num jornal;

e) Para saber falar é preciso saber escutar.

91ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte segmento textual:

“Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro, cada uma dessas vezes acompanhada de um
palavrão. Finalmente ele se recompôs, releu o parágrafo a consertar, gemeu. Bom, tudo
bem, vamos lá! – Vamos lá, falou em voz alta. Levantou-se e saiu da sala”.

Nesse segmento de texto, o trecho que exemplifica o discurso indireto livre, é:

a) Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro;

b) ...cada uma dessas vezes acompanhada de um palavrão;

c) Bom, tudo bem, vamos lá!

d) Vamos lá, falou em voz alta;

e) Levantou-se e saiu da sala.

92ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

64
Todas as frases abaixo foram reescritas, com o deslocamento do vocábulo só; a opção em
que as duas frases mostram o mesmo significado é:

a) Só as árvores balançam quando tem vento / As árvores só balançam quando tem


vento;

b) A loteria só contemplou um cidadão de Tiradentes-MG / A loteria contemplou só um


cidadão de Tiradentes-MG;

c) Um homem que só trabalha e não se diverte, leva uma vida infeliz / Um homem que
trabalha só e não se diverte, leva uma vida infeliz;

d) Só um cliente deixou o guardanapo sobre a mesa / Um cliente deixou só o


guardanapo sobre a mesa;

e) Só ele viu o carro ao longe / Ele só viu o carro ao longe.

93ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte texto:

“Entre as cordas do ringue, o pugilista é como o prisioneiro entre as paredes da cela:


durante esse encarceramento ele sofre um castigo que lhe deixará marcas irreversíveis”.

Sobre esse fragmento de texto, a afirmação INADEQUADA à estruturação do texto é:

a) os dois termos que se comparam no texto são o pugilista e o prisioneiro;

b) o pugilista representa o mundo real, enquanto o mundo figurado é representado


pelo prisioneiro;

c) a função da comparação, nesse caso, é a de tornar concreta uma ideia abstrata;

d) o fator de comparação entre os elementos comparados é o pequeno espaço que


ocupam;

e) o termo que estabelece formalmente a comparação entre elementos é a conjunção


como.

94ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Certos textos provocam riso, tristeza, exaltação, emoções... Tais textos mostram um tom,
isto é, características que provocam um estado afetivo particular.
Entre os pensamentos abaixo, aquele que mostra um tom irônico é:

a) Quando eu era pobre, chamavam-me louco; agora que sou rico, sou excêntrico;

b) Cuidado com os inimigos, pois são os primeiros a descobrir seus enganos;

65
c) Eu não sou rico. Eu sou um pobre homem com dinheiro, o que não é a mesma coisa;

d) Estranhos são apenas amigos que a gente ainda não conhece;

e) Um irmão é um amigo dado pela natureza.

95ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Observe o seguinte trecho informativo, publicado na primeira página de um jornal carioca:


“O crime aconteceu na noite de domingo. Depois da tentativa de sedução, o sitiante brigou
com a mulher. Sônia e Neusa apareceram no quarto e viram que ele tentava estrangulá-la.
Pediram que largasse o pescoço da mãe e, como ele insistiu, pegaram barras de ferro e o
mataram. As duas estão no presídio de Ribeirão Bonito”.

Esses pequenos textos de primeira página são apresentados de forma mais extensa e
detalhada em alguma página interior do jornal.

A afirmativa correta sobre ele é:

a) os fatos narrados são dados aos leitores de forma resumida, omitindo-se


informações importantes;

b) os personagens envolvidos no texto da notícia são claramente identificados no texto;

c) o último período do texto mostra a preocupação moral do jornal, indicando o castigo


por crimes cometidos;

d) o crime relatado mostra detalhes sangrentos, num tipo de notícia considerada de


profundo mau gosto;

e) o autor do texto mostra a vítima do assassinato como indefeso, denunciando a


covardia do crime.

96ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

Em muitas narrativas, ocorre a interferência do narrador. No texto “Vamos começar pelo


nascimento do nosso herói!”, a interferência é corretamente identificada como:

a) uma interpelação direta ao leitor;

b) atualização da história pelo emprego do presente;

c) referência a algo já conhecido do leitor;

d) alusão a um fato já ocorrido anteriormente;

e) comentário sobre processos de narração.

97ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

66
“Já contei esta história tantas vezes e ninguém quis me acreditar. Vou agora contar tudo
especialmente para a senhora que, se não pode ajudar, pelo menos não fica me
atormentando como fazem os outros.”

Esse é o início de um conto de Lygia Fagundes Telles; sobre esse texto, é correto afirmar que:

a) a estrutura narrativa ainda não foi iniciada, estando seu começo preparado;

b) o narrador da história se coloca como de terceira pessoa, narrando uma história


aparentemente inacreditável;

c) o narrador da história, como em outros momentos, conta com algum interlocutor;

d) o relato a ser feito a seguir faz parte certamente das narrativas de terror ou
fantásticas;

e) o narrador se apresenta como simples observador dos fatos narrados.

98ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

“A fórmula da estabilidade democrática europeia está no equilíbrio em torno de duas


grandes forças políticas: de um lado, os social-democratas e, de outro, os liberais”.
Esse segmento serve de introdução a um texto jornalístico; nesse caso, a introdução segue o
modelo de uma:

a) declaração inicial;

b) divisão;

c) citação;

d) alusão histórica;

e) definição.

99ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Nas opções abaixo, há comparações entre dois elementos; a opção em que o fator de
comparação entre esses elementos está corretamente identificado, é:

a) A natureza tem a cobra, e a igreja, o diabo / a maldade;

b) Cada ave, com asas estendidas, é um livro de duas folhas aberto no céu / o colorido;

c) O céu é o pão de cada dia dos olhos / a religiosidade;

d) A terra é o provável paraíso perdido / a solidão;

e) Para quem está morto, todos os dias são domingos / a diversão.

67
100ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

O pensamento abaixo que mostra a presença de palavras sublinhadas de sentido oposto, é:

a) A ciência é o grande antídoto ao veneno do entusiasmo e da superstição;

b) A grande tragédia da ciência: o massacre de uma bela hipótese por parte de um


horrível fato;

c) Não é possível que exista uma moral científica, mas também não é possível que haja
uma ciência imoral;

d) O cientista não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é quem faz as


verdadeiras perguntas;

e) O homem, quando sonha, é um deus, quando reflete, é um mendigo.

RESPOSTAS:

81:D 82:B 83:C 84:B 85:E 86:A 87:E 88:B 89:D 90:A 91:C 92:B 93:D 94:A 95:A 96:E 97:C 98:B
99:A 100:D

68
101ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Entre as opções abaixo, aquela que exemplifica o tipo de texto argumentativo, é:

a) Quando muitos estão, falem pouco;

b) O asterisco nada mais é do que um ponto final hippie;

c) Cuidado ao ler livros sobre saúde;

d) Segundo Aristóteles, o ignorante afirma, o sábio duvida e reflete;

e) Que nunca o livro fique longe de tua mão e de teus olhos.

102ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Um leitor observou num jornal a seguinte frase:


“Brasil está importando computadores moderníssimos”. Dessa frase, o leitor elaborou
mentalmente uma série de deduções ou inferências; a opção que mostra uma inferência
logicamente impossível, é:

a) Os computadores importados são mais caros;

b) O Brasil não está produzindo computadores modernos em número suficiente;

c) Os computadores importados mostram boa qualidade;

d) Parte dos brasileiros está exigindo computadores moderníssimos;

e) Os computadores moderníssimos possibilitam maior número de operações.

103ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Num samba popular de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho há uma descrição da
favela da Mangueira, nos seguintes versos:

“Vista assim do alto Mais parece o céu no chão”

Sobre esse pequeno texto, é correto afirmar que:

a) o observador está no plano horizontal em relação à favela;

b) os detalhes dados sobre a favela a desvalorizam;

c) a posição do observador favorece a descrição da favela;

d) a semelhança com o céu ocorre pelo distanciamento;

e) a expressão “céu no chão” mostra a dura realidade da favela.

69
104ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Observe o trecho inicial do romance Dom Casmurro:

Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um
rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao
pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta,
e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele
interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. — Continue, disse eu acordando. — Já
acabei, murmurou ele. — São muito bonitos. Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do
bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim
nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro”.

Como sabemos, a narração é caracterizada basicamente pela sucessão cronológica de ações


ou acontecimentos e essa passagem de tempo é obtida por meio de vários fatores; a opção
abaixo em que o fator indicado está exemplificado adequadamente, é:

a) uma localização temporal específica: “Uma noite destas...”;

b) uma sucessão de tempos verbais que mostram causa/consequência: “encontrei no


trem da Central” e “Cumprimentou-me”;

c) um verbo que mostra, em sua significação, passagem de tempo: “e acabou


recitando-me versos”;

d) elementos em adição, que indicam passagem de tempo: “falou da Lua e dos


ministros”;

e) expressão que mostra simultaneidade de tempo: “No dia seguinte”.

105ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

A frase abaixo que contém marcas do enunciador, é:

a) Hoje, tempo bom, com chuvas no cair da tarde;

b) O acidente causou duas vítimas, levadas ao hospital mais próximo;

c) O fogão era moderno, pena que custasse tão caro;

d) O material de construção ficou espalhado pela calçada;

e) Todos os convidados chegaram atrasados ao evento.

106ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Observe o início do seguinte texto narrativo:

70
“Um homem tinha uma fazenda perto de um rio, mas essa proximidade nunca havia trazido
problema. Certo dia o rio começou a crescer e ele percebeu que sua fazenda ia ficar
submersa”.

A frase que inicia propriamente a narração, é:

a) Um homem tinha uma fazenda perto de um rio;

b) ...mas essa proximidade nunca havia trazido problema;

c) Certo dia o rio começou a crescer;

d) ...e ele percebeu;

e) ...que sua fazenda ia ficar submersa.

107ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Assinale a frase que pode ser inserida entre os textos narrativos.

a) Você não pode fazer uma cesta de três pontos debaixo da tabela.

b) O cérebro é o órgão com que pensamos que pensamos.

c) O boxe exige grande generosidade: dar sempre, sem receber.

d) Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em quatorze dias, perdi duas
semanas.

e) Não amar e não tomar banho todos os dias podem levar à perdição.

108ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Todas as frases a seguir foram construídas negativamente. Assinale a opção que apresenta,
de maneira adequada, a que foi transformada em forma positiva, sem alterar seu significado
original.

a) Saúde nunca fez mal a ninguém / Saúde sempre fez bem a alguém.

b) Não comas o prato que te impedirá de comer dos outros pratos / Coma do prato que
te permitirá não comer dos outros pratos.

c) Se soubéssemos como nosso corpo é feito, não ousaríamos fazer nem um


movimento / Se soubéssemos como nosso corpo é feito, ousaríamos fazer um só
movimento.

d) Nada há que faça sofrer o corpo que não seja benéfico para a alma / Tudo o que faz
sofrer o corpo não é benéfico para a alma.

71
e) As melhores coisas do mundo não custam nada / As melhores coisas do mundo
custam tudo.

109ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Assinale a frase publicitária que se apoia em uma hipérbole (linguagem figurada, expressão
de exagero).

a) Um televisor para olhar e admirar!

b) Suco Brilhante; com toda a energia do sol!

c) Príncipe veste hoje o homem de amanhã!

d) Conhaque Tiradentes; o conhaque de Minas!

e) Renault®: o carro que é um avião!

110ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Observe o seguinte diálogo:

— Em que é que você trabalha?

— Não, eu sou casada.

A única opção que não pode ser compreendida desse diálogo é que a mulher

a) não está trabalhando.

b) não está à procura de emprego.

c) possui a visão de que mulher casada não trabalha fora.

d) mostra a divisão de trabalho entre homem e mulher.

e) reclama da dupla jornada de trabalho, causa de não trabalhar.

111ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Imaginemos a situação de um cliente que diz ao médico:


Hoje me levantei pálido, com febre e com enjoo.

Sobre essa situação comunicativa, assinale a afirmativa correta.

a) As palavras do cliente possuem valor figurado e, por elas, o médico pode identificar a
enfermidade.

b) O cliente não soube expressar suas queixas de forma adequada, tornando impossível
a identificação da doença.

72
c) As palavras ditas pelo cliente indicam implicitamente a sua enfermidade.

d) O médico pode interpretar literalmente as palavras do cliente e também como


indícios de enfermidade.

e) As palavras do cliente em nada auxiliam o médico na identificação do mal que o


ataca.

112ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Qualquer falante tem a intuição de que muitas vezes, com as palavras, queremos dizer mais
coisas do que aquilo que significam. Com a frase Está fazendo frio, se dizemos isso numa sala
com a janela aberta, nosso interlocutor entenderá que estamos pedindo que fechem as
janelas.

Essa mensagem implícita mostra algumas características básicas. Assinale a opção que
apresenta a característica que está em desacordo com essa mensagem.

a) É uma mensagem intencional porque, de fato, o emissor deseja que fechem a janela.

b) É uma mensagem inferida e contextual, e não está expressa semanticamente com as


palavras empregadas.

c) É uma mensagem imediata, no sentido de que é o primeiro significado que se mostra


na mente do interlocutor.

d) É uma mensagem que nunca representa uma concreção da informação explícita.

e) É uma mensagem que traz uma informação que se acrescenta à explícita, mas não a
corrige nem a nega.

113ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Todas as frases a seguir se iniciam pelo conector “Segundo”; as frases modificadas procuram
retirar esse conector, mantendo-se o sentido original. A opção em que a modificação
proposta mostra inadequação, é:

a) Segundo começou a temporada, este ano veremos bons filmes / O começo de


temporada permite assegurar que este ano veremos bons filmes.

b) Segundo a sentença, a empresa deverá pagar uma multa / A sentença solicita que a
empresa pague uma multa.

c) Segundo a lei, esse delito deve ser punido com prisão / A lei manda que esse delito
seja punido com prisão.

d) Segundo a ortografia, essa palavra se escreve sem acento / A ortografia ensina que
essa palavra se escreva sem acento.

73
e) Segundo o testamento, Gabriel tem direito aos bens / O testamento registra que
Gabriel tem direito aos bens.

114ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Em todas as frases abaixo, o termo sublinhado se refere a um outro termo do mesmo


segmento. A opção em que o termo sublinhado se refere a um termo seguinte (catáfora) e
não a um termo anterior (anáfora), é:

a) “Nada revela tanto o caráter de uma pessoa quanto as coisas que a fazem rir”.

b) “A maldade consome a maior parte do seu veneno”.

c) “Quando um cego guia outro cego, ambos podem cair num buraco”.

d) “A verdade é sempre esta: nada é perfeito”.

e) “João e Pedro vieram à festa; este, de ônibus, aquele, de táxi”.

115ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

As opiniões abaixo foram expressas de forma impessoal; a única opção que foge a essa
estruturação, é:

a) “Muitas pessoas defendem a ideia de que o mundo está prestes a acabar”.

b) “Um dos convidados que chegou atrasado parece muito antipático”.

c) “O carro foi lavado com água e detergente”.

d) “Todos os livros foram comprados na mesma livraria”.

e) “Roubaram o banco da cidade interiorana”.

116ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Há uma série de processos para dar-se subjetividade a um texto. O texto abaixo que mostra
subjetividade por meio da utilização de adjetivos subjetivos, é:

a) “Como pais, eu e minha esposa só temos uma coisa em comum: nós dois temos
medo de crianças”.

b) “A criança é um casulo, apenas. E não há entomologista que possa dizer, pelo


aspecto exterior desse casulo, as cores do inseto que palpita lá dentro”.

c) “Como são mal-educadas as crianças, hoje, na maioria”.

d) “Uma criança é um amor que se fez coisa visível”.

74
e) “O sorriso da filha adoça a fúria do pai; o sorriso do filho parece insulto à raiva
paterna”.

117ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Todas as frases abaixo terminam por uma palavra que corresponde a um conceito
anteriormente expresso. A opção em que essa palavra foi adequadamente indicada, é:

a) A água que se pode beber é água solúvel.

b) Uma ação que merece censuras é ação desagradável.

c) Uma atitude que merece elogio é uma atitude louvável.

d) Uma coisa que não se pode medir, por seu tamanho ou quantidade é uma coisa
inexpugnável.

e) Uma pessoa a que não se pode consolar é uma pessoa irrevogável.

118ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

A frase abaixo que exemplifica corretamente o tipo de raciocínio, previamente indicado, é:

a) O raciocínio dedutivo – “O escravo Jonas era muito bem tratado, mas fugiu. Aquele
que conhece o preço da liberdade a prefere a todos os confortos da escravidão”.

b) O raciocínio indutivo – “O limite da liberdade de um indivíduo tem como limite a


liberdade do outro. Ninguém deve conversar com seu vizinho durante um
espetáculo”.

c) O raciocínio por analogia – “É legítimo que alguns homens comandem e que outros
obedeçam. Basta observar as hierarquias do mundo animal para convencer-nos
disso”.

d) O raciocínio por oposição – “É bom comer exatamente como se faz no interior: não
se deve ter vergonha por ter muito apetite”.

e) O raciocínio por absurdo – “O tempo cura as dores e as queixas, porque nós nos
modificamos, não somos mais as mesmas pessoas”.

119ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

O primeiro parágrafo de um excelente livro denominado A civilização do espetáculo, Mário


Vargas Llosa diz:
“É provável que nunca na história humana tenham sido escritos tantos tratados, ensaios,
teorias e análises sobre a cultura como em nosso tempo. O fato é ainda mais surpreendente
porque a cultura, no sentido tradicionalmente dado a esse vocábulo, está prestes a
desaparecer em nossos dias. E talvez já tenha desaparecido, discretamente esvaziada de
conteúdo, tendo este sido substituído por outro, que desnatura o conteúdo que ela teve”.

75
A estratégia argumentativa, empregada nesse segmento de texto, é:

a) a adesão a uma tese exposta por um autor.

b) o exame crítico, mostrando pontos fortes e fracos da tese.

c) a confrontação entre dois argumentos.

d) a exposição de uma opinião sem argumentação objetiva.

e) a refutação de algo amplamente difundido.

120ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

“Até hoje debate-se a utilidade ou não da política de fechamento de atividades econômicas


em face da pandemia da covid-19. Os dois lados da questão mostram exemplos
comprovadores de suas teses. Independentemente de quem está com a razão, a verdade é
que o prejuízo econômico foi enorme e, quem sabe, inevitável”.

A afirmação adequada sobre a estruturação e significado desse pequeno texto


argumentativo, é:

a) A tese defendida pelo autor do texto acima é a de que o fechamento das pessoas em
casa impediu o avanço da pandemia do covid-19.

b) Os exemplos referidos no texto acima expõem casos particulares, citando casos


concretos para a defesa da tese.

c) Os exemplos, por si mesmos, justificam uma tese, não dando oportunidades de


contra-argumentação.

d) O prejuízo econômico referido no texto acima é uma evidência, apoiada em estudos


e pesquisas.

e) O fato de haver exemplos que se contradiziam, mostra que ambos os lados estavam
errados em suas teses.

RESPOSTAS:

101:D 102:A 103:C 104:C 105:C 106:C 107:D 108:A 109:B 110:E 111:D 112:C 113:B 114:D
115:B 116:C 117:C 118:C 119:D 120:B

76
121ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

A afirmação que é inadequada em relação à estruturação geral do texto argumentativo, é:

a) A tese de um texto argumentativo mostra a ideia defendida pelo autor do texto.

b) A finalidade de um texto argumentativo é convencer ou persuadir o leitor de algo


expresso pela sua tese.

c) Uma tese sempre se opõe a uma tese adversa, que pode estar explícita ou não.

d) Os argumentos são motivos fundamentais de justificativa da tese apresentada, que


podem ser verdadeiros ou falsos.

e) Alguns argumentos, como o argumento de autoridade, são empregados para


demonstrar uma ideia.

122ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Todas as frases abaixo mostram afirmações de caráter pejorativo (negativo). Foram


propostas modificações com negativas de modo a atenuá-las; a modificação proposta que se
mostra inadequada por ter modificado o sentido original, é:

a) Heitor é um vagabundo / Heitor não gosta de trabalhar.

b) A empresa faliu / A empresa não teve sucesso.

c) O time foi eliminado / O time não continuou no torneio.

d) Meu avô está mal / Meu avô não se sente bem.

e) A atriz está envelhecendo / A atriz não está rejuvenescendo.

123ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Todas as frases abaixo foram construídas com o interrogativo quanto, quanta, quantos,
quantas. A forma adequada de reescrever uma dessas frases, mantendo-se o seu sentido
original, é:

a) Quanto mede esta corda? / Qual a distância desta corda?

b) Quanto dinheiro pagam por esse conserto? / Qual o salário pago por esse conserto?

c) Não sei quantos quilômetros há entre Rio e São Paulo / Não sei o percurso entre Rio
e São Paulo.

d) Quantos metros quadrados tem o seu apartamento? / Que tamanho tem o seu
apartamento?

e) Quanto cabe nesta garrafa? / Qual o cabimento desta garrafa?

77
124ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Observe o retrato de um personagem de uma narrativa: “Dvorak era alto, em relação a seus
companheiros de grupo. Sua cabeça tinha uma forma quadrada, com cabelos compridos;
uma barba grossa lhe cobria todo o rosto, quase não deixando ver seus lábios grossos e uma
pequena cicatriz no queixo. Os olhos eram pequenos, mas irrequietos, cheios de curiosidade
por aquele imenso mundo que o cercava e que nem sempre compreendia”.
Sobre essa descrição, é correto afirmar que:

a) mostra o corpo do personagem, de cima para baixo.

b) apresenta alguns dados depreciativos sobre o personagem.

c) destaca marcas físicas e psicológicas do personagem.

d) indica qualidades e defeitos do personagem.

e) aponta dados que indicam uma evolução do personagem.

125ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Observe o seguinte texto descritivo:


“Eu cursava a terceira série primária num colégio pobre do subúrbio onde morava. Um dia,
levado por intensa curiosidade, entrei no laboratório de Química, onde muitas vezes via
entrarem alunos mais velhos. Sobre as bancadas, muitos tubos de vidro, alguns pequenos
objetos em forma de jarro, uma pequena chama abaixo de uma dessas jarras, onde fervia
um líquido colorido”.

A função dessa descrição pode ser vista como:

a) estética, pois tenta despertar a emoção do leitor.

b) referencial, pois procura situar o quadro da ação.

c) documental, pois dá ao texto uma função pedagógica.

d) avaliadora, pois mostra sentimentos do narrador sobre objetos e personagens.

e) simbólica, pois evoca emoções, os estados de alma do personagem.

126ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Observe o seguinte texto narrativo: “O homem seguia capengando, no meio da noite, com
uma lanterna na mão esquerda. Eu o seguia a certa distância e o vi aproximar-se de algumas
latas de lixo, que ele vasculhava com um cabo de vassoura. Depois de ter visitado algumas
latas, constatando que eu não deixava de segui-lo, virou-se, levantou a lanterna, iluminando
o meu rosto, e reclamou: - Você quer me fazer concorrência?”
Sobre o narrador deste segmento, a afirmação correta é:

78
a) trata-se de um narrador-personagem, ainda que personagem secundário, não
passando de mera testemunha.

b) narra os acontecimentos em primeira pessoa, transmitindo-os com forte apelo


sentimental.

c) relata os fatos de forma isenta, como simples observador, em terceira pessoa.

d) conta as ocorrências de um dia determinado, estando totalmente distante delas.

e) transmite uma cena, cujo significado ele desconhece, levado por uma curiosidade
que cresce à medida que narra.

127ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Entre os segmentos abaixo, todos retirados de obras machadianas, aquele que pode ser
enquadrado entre os textos de tipo injuntivo, é:

a) “A descoberta do bacilo foi um desastre. Antigamente, adoecia-se; hoje mata-se


primeiro o bacilo da doença, depois adoece-se, e o resto da vida é para morrer”.

b) “Os acontecimentos parecem-se com os homens. São melindrosos, ambiciosos,


impacientes, o mais pífio pode aparecer antes do mais idôneo, atropelam tudo, sem
justiça nem modéstia”.

c) “Não desperdice afetos; sentirá mais tarde que essa moeda do coração não deve ser
reduzida a trocos miúdos”.

d) “A alegria é a alma da vida”.

e) “Confio no tempo, que é um insigne alquimista. Dá-se lhe um punhado de lodo, ele o
restitui em diamantes”.

128ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Entre os segmentos textuais abaixo, pertencentes a Machado de Assis, aquele em que o


emissor estabelece uma relação direta com o destinatário, é:

a) “Há criaturas que chegam aos cinquenta anos sem nunca passar dos quinze, tão
símplices, tão cegas, tão verdes as compõe a natureza”.

b) “Duas coisas contrárias podem ser verdadeiras e até legítimas, conforme a zona. Eu,
por exemplo, execro o mate chimarrão; os meus irmãos do Rio Grande do Sul acham
que não há bebida mais saborosa neste mundo”.

c) “Oh! Que bela coisa seria viver ao pé de um lago, dentro de um castelo que só a
imaginação poderia construir, ao lado de quem se ama, livres ambos dos cuidados
deste mundo, divorciados da prosa, entre a terra e o céu!”.

79
d) “Foi agradável saber que as chuvas já caem no interior do Ceará. Ainda bem! Venham
elas lá e cá, mas sobretudo lá, onde milhares de irmãos nossos se viram a braços com
o flagelo. Nós temos o recurso de não morrer de fome, mas eles?”.

e) “Suporta-se com paciência a cólica do próximo”.

129ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a vida. Apenas
um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a
estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.”

Depreende-se desse pensamento que seu autor:

a) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;

b) deve tudo que conhece ao dicionário;

c) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;

d) conhece o mundo por meio da experiência de vida;

e) constatou que os dicionários registram o melhor da vida.

130ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a liberdade que
ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não serem vistas.”

Sobre esse pensamento, é correto afirmar que:

a) o segmento “que reprimem a liberdade da palavra” explica o termo anterior;

b) o termo “da palavra” marca o paciente de “liberdade”;

c) “por se incomodarem com a liberdade que ela difunde” indica a consequência da


repressão da liberdade da palavra;

d) a comparação com as crianças marca uma atitude infantil dos regimes citados;

e) “que fecham os olhos para não serem vistas” mostra uma ação claramente irracional.

131ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!”

Essa frase exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a):

a) pleonasmo, com a repetição da palavra “liberdade” por meio do pronome pessoal


em “a merece”;

80
b) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero;

c) elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem deve conquistá-la”;

d) ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades muito diferentes: a


liberdade e a vida;

e) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade
sintática na frase.

132ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega-se
a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado
como indutivo é:

a) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;

b) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;

c) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;

d) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;

e) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.

133ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Na encosta apareciam muitas árvores, dobradas todas em direção ao rio, cheias de galhos e
folhas bem verdes, mostrando-se fortes e vigorosas. Poucas delas eram frutíferas, mas eram
todas bastante altas.

Não há dúvida de que o texto acima pertence ao gênero descritivo; tomando-o por base, a
opção que mostra uma característica linguística ausente desse texto é:

a) predominância dos segmentos nominais sobre os verbais;

b) presença constante da adjetivação;

c) formas verbais predominantes estão no imperfeito;

d) predomínio da coordenação sobre a subordinação;

e) preocupação estética com emprego de metáforas.

134ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

A linguagem tem múltiplas funções; a frase abaixo em que a função da linguagem


empregada é a de abordar a própria linguagem (metalinguagem) é:

81
a) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína;

b) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão como hoje;

c) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;

d) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja por uma Ferrari;

e) O não produz inimigos; o sim, falsos amigos.

135ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

O célebre Rui Barbosa é autor da seguinte frase: “A lei da precipitação é a lei do atropelo e
do ataranto, a lei do descuido e do desazo, a lei da fancaria e da aventura, a lei da
inconsciência e da mediocridade.”

Na construção desse pensamento, Rui Barbosa seguiu um conjunto de princípios estruturais,


entre os quais se inclui:

a) a absoluta preocupação com o paralelismo dos termos;

b) a intenção de intensificar progressivamente os elementos;

c) a utilização de um vocabulário familiar;

d) a contínua explicação dos termos enumerados;

e) o emprego de termos sinônimos em cada par.

136ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Observe o pequeno texto narrativo:

“João e Maria conheceram-se numa festa de aniversário de um amigo comum.


Consideraram-se apaixonados desde esse primeiro momento; casaram-se pouco tempo
depois e hoje estão separados, mas com dois filhos lindos.”

O final dessa narrativa mostra:

a) uma melhora da situação inicial;

b) uma conservação do estado inicial;

c) uma mudança esperada da situação original;

d) uma degradação do estado original;

e) uma transformação humorística da história inicial.

82
137ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Observe o seguinte segmento: “É preciso ser racional no estudo das questões ambientais.
Ou então uma usina vai deixar de ser construída porque há morcegos na caverna.”

O autor dessa frase argumentativa tem como argumento:

a) o exemplo de outros povos;

b) uma evidência histórica;

c) a sua opinião pessoal;

d) o fruto de seus estudos;

e) uma citação de autoridade.

138ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

“Como já dizia Millôr Fernandes ‘Devagar se vai ao longe, mas quando se chega lá não se
encontra mais ninguém’, desacreditando alguns ditados populares, que, na verdade, não são
veículos de sabedoria.”

Nesse caso, a citação de Millôr:

a) fornece, simplesmente, um exemplo do pensamento de Millôr Fernandes;

b) mostra um pensamento que corrobora algo que é dito pelo autor do texto;

c) seleciona uma citação que contraria a opinião expressa no restante do texto;

d) destaca uma citação cuja única função é divertir o leitor;

e) compartilha o prazer do autor com a citação de Millôr.

139ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Einstein comentou certa vez: “Estranha época a nossa, quando é mais fácil desintegrar o
átomo que vencer um preconceito”.

Sobre essa frase, a afirmação adequada é:

a) a frase tem clara relação com a experiência pessoal de Einstein;

b) o conector “quando” deveria ser substituído por “onde”;

c) a estranheza de nossa época está na possibilidade perigosa de desintegrar o átomo;

d) “desintegrar o átomo” e “vencer um preconceito” se referem ao espaço moral da


existência humana;
83
e) “desintegrar o átomo” é vista aqui como uma ação de fácil realização

140ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Uma prova de concurso público trazia o seguinte segmento, sobre o qual se deveria fazer
uma redação de tipo argumentativo: “Nós não nos educamos ao mesmo tempo que nos
divertimos” era a opinião de um famoso filósofo francês. Tendo por base a sua experiência,
você concorda ou discorda dessa opinião?

O segmento abaixo que NÃO mostra ligação coerente ou lógica com o tema abordado é:

a) os jogos eletrônicos podem ser educativos;

b) muitas sátiras procuram moralizar a sociedade;

c) o jogo de xadrez desenvolve o raciocínio;

d) a poesia acrescenta beleza à vida humana;

e) as piadas podem nos levar à reflexão.

RESPOSTAS:

121:E 122:E 123:D 124:C 125:E 126:A 127:C 128:D 129:D 130:E 131:A 132:E 133:E 134:E
135:A 136:D 137:C 138:B 139:A 140:D

84
141ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Veja agora dois segmentos que abordam a temática dos jogos eletrônicos:

Texto 1 – Os jogos eletrônicos são hoje muito variados. Certamente eles não contribuem
para o desenvolvimento motor da criança, mas eles a familiarizam, sob um modo lúdico,
com a tecnologia moderna.

Texto 2 – Os jogos eletrônicos familiarizam a criança com a tecnologia moderna.


Certamente, os tipos de jogos são variados. Entretanto existem outros jogos que exercitam o
corpo.

Sobre a construção desses segmentos, a afirmação correta é:

a) os dois textos mostram problemas de ambiguidade;

b) o texto 1 traz problemas de coesão;

c) os dois textos misturam indevidamente níveis de linguagem;

d) o texto 2 se mostra incoerente;

e) os dois textos trazem problemas gramaticais.

142ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

“Apesar da distância, podia vislumbrar a presença de um rio que cruzava transversalmente a


planície...”.

Esse é o último período do texto anterior; sobre o vocabulário nele empregado, a afirmação
adequada é:

a) o termo “apesar da distância” traz a ideia de causa;

b) o segmento mistura linguagem culta e popular;

c) o verbo “vislumbrar” mostra dificuldades na visão da cena;

d) a forma verbal “cruzava” indica a forma do rio “em cruz”;

e) o advérbio “transversalmente” mostra a passagem do rio da esquerda para a direita.

143ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário

Chegou ao topo da pequena colina e observou a cena que se lhe apresentava: algumas
grandes rochas cercavam uma estreita passagem que conduzia a uma pequena planície. /
Essas rochas eram bem altas, o que podia facilitar a existência de cavernas junto ao solo, o
que lhes daria abrigo e alguma proteção contra animais. / Não havia à vista existência
humana, mas muitas aves voavam ao redor de árvores que se penduravam nas nesgas de

85
terra das encostas, o que fazia prever a presença de outros animais. / Apesar da distância,
podia vislumbrar a presença de um rio que cruzava transversalmente a planície...

Esse segmento textual é composto por quatro períodos, separados por barras inclinadas.

A afirmativa correta sobre sua estruturação é:

a) os quatro períodos apresentam estrutura inteiramente descritiva;

b) os períodos mostram uma sequência temporal;

c) os períodos trazem seguidamente detalhes da paisagem vista anteriormente;

d) os períodos mostram aos leitores uma seleção de elementos estáticos da paisagem;

e) o segundo período é o único que mistura descrição e narração.

144ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

Observe o texto abaixo:

Chegou ao topo da pequena colina e observou a cena que se lhe apresentava: algumas
grandes rochas cercavam uma estreita passagem que conduzia a uma pequena planície.
Essas rochas eram bem altas, o que podia facilitar a existência de cavernas junto ao solo, o
que lhes daria abrigo e alguma proteção contra animais. Não havia à vista existência
humana, mas muitas aves voavam ao redor de árvores que se penduravam nas nesgas de
terra das encostas, o que fazia prever a presença de outros animais. Apesar da distância,
podia vislumbrar a presença de um rio que cruzava transversalmente a planície...

O personagem desse segmento textual é um homem pré-histórico; sobre a cena observada,


pode-se afirmar que seus olhos:

a) destacam sobretudo os perigos oferecidos pelo local;

b) selecionam os fatores para sua sobrevivência;

c) mostram o lado estético da paisagem;

d) abrangem a totalidade dos elementos do local;

e) observam a cena de longe para perto.

145ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!” Essa frase
exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a):

a) pleonasmo, com a repetição da palavra “liberdade” por meio do pronome pessoal


em “a merece”;

86
b) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero;

c) elipse do termo “liberdade” no segmento “só a merece quem deve conquistá-la”;

d) ironia na comparação “como a vida”, igualando duas realidades muito diferentes: a


liberdade e a vida;

e) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade
sintática na frase.

146ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que
discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”

A frase abaixo que mostra uma interrogação, ainda que indireta, é:

a) Sei o porquê de ele ter chegado atrasado;

b) Vi quando o táxi capotou;

c) Desconheço onde ele mora;

d) Vi como ela fez isso;

e) Queria conhecer todas as respostas.

147ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“Todos aqueles que devem deliberar sobre quaisquer questões devem manter-se imunes ao
ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.” Tratando-se de um pensamento dirigido
àqueles que julgam, o seu autor recomenda que eles:

a) pratiquem a caridade em relação ao próximo;

b) deixem de lado, no julgamento, questões pessoais;

c) não abandonem o sentimento ao julgarem;

d) considerem sempre a realidade do próximo;

e) privilegiem sempre a verdade.

148ª/ Banca: FGV / Órgão: SEFAZ-BA / Cargo: Agente de Tributos Estaduais

Quanto aos sentidos em que se baseiam as descrições, assinale a opção que indica o texto
que mostra essa identificação de forma correta.

87
a) “De uma mesa distante, a única ocupada, ainda vinha o ruído de vozes de homens.
Uma gargalhada rebentou sonora em meio do vozerio exaltado.” /
predominantemente, descrição visual.

b) “Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo azedo, deixou cair a casca
no prato. Apanhou outro bago, mais doce.” / exclusivamente, descrição táctil.

c) “Nas Barcas, os armazéns tresandavam a lixo e peixe podre, as latas vazias de óleo,
como cheiro de homens esfarrapados.” / descrição olfativa e gustativa.

d) “O pai comprou o sapato dois números maior... Enfiou no pé frio o sapato branco de
tênis. Ao pentear-lhe o louro cabelo, a cabeça ainda em fogo.” / descrição visual e
táctil.

e) “Examinou a sala. Na extremidade da mesa, um homenzinho escrevendo. No


momento em que o Doutor Silveira se certificava disso, o personagem soltou a pena,
mostrou uns olhos empapuçados e deixou escapar um gesto de repugnância.” /
descrição visual e auditiva.

149ª/ Banca: FGV / Órgão: SEFAZ-BA / Cargo: Agente de Tributos Estaduais

“O melhor colégio de Salvador é, sem dúvida, o de meu filho, pois é o que possui melhores
condições de ensino”.

Nesse raciocínio, a falha de raciocínio argumentativo é identificada como

a) generalização excessiva.

b) círculo vicioso.

c) falsa analogia.

d) simplificação exagerada.

e) argumento autoritário.

150ª/ Banca: FGV / Órgão: SEFAZ-BA / Cargo: Agente de Tributos Estaduais

Assinale a opção que indica a frase que não mostra nenhuma tomada de posição do
enunciador.

a) Desconhece-se o resultado da pesquisa feita em São Paulo.

b) Esse cão é o animal mais afetuoso que conheço.

c) É preciso ser doido para não ver que isso degrada a paisagem.

d) Pessoalmente, não me sinto atraído por essa discussão.

e) O importante é que saibamos como é difícil chegar ao resultado.


88
151ª/ Banca: FGV / Órgão: SEFAZ-BA / Cargo: Agente de Tributos Estaduais

Leia com atenção os segmentos argumentativos a seguir.

Assinale a opção que apresenta uma argumentação subjetiva.

a) A primeira causa de mortes de jovens na Espanha são os acidentes de trânsito, já que


cada ano morrem cerca de 1400 jovens entre 15 e 29 anos.

b) Esse é um filme tecnicamente perfeito, mas o roteiro não é original nem me


emociona.

c) Já se comprovou que cerca de 44% das pessoas consultam seu celular assim que se
levantam.

d) Se a mesa tem 1 metro e meio de comprimento, não a podemos colocar no salão,


pois só há um metro de espaço livre.

e) Você não deve preocupar-se com esta prova; a maior parte dos candidatos é
aprovada.

152ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano

Assinale a opção em que todos os vocábulos apresentam um radical com valor semântico
(significado) idêntico:

a) manual / mancha / mão.

b) terror / aterrar / terreiro.

c) mês / mensal / mesada.

d) vítima / vital / vida.

e) escravo / escrita / escritura.

153ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano

A frase abaixo em que esteja ausente qualquer processo de intensificação é:

a) Escolheu um fruto madurinho no tabuleiro.

b) José chegou elegantão à festa.

c) Achou que o corredor estava bem cansado.

d) Além, muito além da fronteira.

89
e) Trazia muito dinheiro no bolso.

154ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa

“Aquele que não sabe aproveitar a sorte quando ela vem não deve se queixar quando ela
passa.”

Essa frase de Cervantes significa que:

a) nem todos têm a mesma sorte na vida;

b) algumas pessoas vivem queixando-se da sorte;

c) a felicidade bate à porta de todos;

d) a sorte passa para os que não a merecem;

e) a sorte sempre passa para os que perdem oportunidades.

155ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e de repente você estará
fazendo o impossível.”

Essa frase de São Francisco de Assis nos recomenda que:

a) desconfiemos daqueles que nos desestimulam;

b) tentemos sempre o impossível;

c) procuremos avançar com persistência;

d) sigamos sempre em direção à verdade;

e) façamos sempre o que estiver a nosso alcance.

156ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.
90
Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo
estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Observe as frases.

“Amor e ódio são sentimentos limítrofes.”

“O réu faltou com a verdade.”

“ A saudade deu-me uma rasteira inesperada.”

Nas frases acima encontram-se, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) catacrese, metonímia, metáfora.

b) antítese, ironia , metáfora.

c) hipérbole, prosopopeia, ironia.

d) antítese, eufemismo, prosopopeia.

e) hipérbole, ironia, catacrese.

157ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

91
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.

Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo


estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Em “...mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da família.” (2 últimas linhas do


texto), a expressão grifada foi empregada para:

a) indicar uma oposição.

b) unir termos do sujeito composto.

c) ressaltar o predicativo.

d) introduzir complemento verbal.

e) adicionar uma alternância mais relevante.

158ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

92
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.

Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo


estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Em “ Isso significa que, desde então, os empregados acometidos pelo problema têm os seus
direitos trabalhistas e previdenciários garantidos...”: (linha 3 a 6 do texto), os termos
grifados referem-se, respectivamente:

a) à síndrome de burnout / a uma condição.

b) ao esgotamento profissional / a uma previsão.

c) à doença do trabalho / à ideia de consequência.

d) à data definida / a uma comparação.

e) a todo o período anterior / à indicação temporal.

159ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

93
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.

Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo


estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Observe as relações semânticas estabelecidas pelos elementos de coesão em destaque:


I – Como essa lei atende à síndrome, os portadores ficaram felizes.
II – São bem-vindas essas leis, pois aliviam o drama das pessoas.
III – Todos ficarão felizes com a notícia, exceto se estiverem em lado contrário.
IV – Não havia a proteção das leis, no entanto a sociedade evoluiu para que ela ocorresse.
V – As leis acontecem no seio social tanto quanto a população se conscientiza para isso.

Pode-se afirmar que estas relações são de:

a) causa, explicação, condição, oposição, comparação.

b) comparação, causa, condição, oposição, intensidade.

c) comparação, tempo, conformidade, oposição, condição.

d) finalidade, comparação, tempo, condição, causa.

94
e) causa, explicação, condição, conformidade, comparação.

160ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.

Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo


estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Observe as afirmativas abaixo referentes à síndrome de burnout.


I – Os profissionais acometidos por essa doença terão suas licenças remuneradas, em todo o
período, pelo empregador.
II – Operadores de voo, seguranças noturnos, bombeiros, dentre outras profissões, correm
risco maior de contrair a síndrome.
III – Os que trabalham diretamente com o público são menos afetados por esse tipo de
transtorno.
IV – O apoio dos familiares também é essencial para auxiliar o tratamento da síndrome.
V – A irritabilidade é uma consequência do esgotamento físico e emocional provocados pela
doença.

95
De acordo com o texto, estão corretas:

a) I, II, III.

b) IV, V.

c) I, IV, V.

d) II, III.

e) III, V.

RESPOSTAS:

141:D 142:C 143:C 144:B 145:A 146:C 147:B 148:D 149:B 150:A 151:B 152:C 153:E 154:E
155:C 156:D 157:B 158:E 159:A 160:B

96
161ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.

Síndrome de burnout agora é doença do trabalho

Desde 1º de janeiro, a síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é


reconhecida como doença do trabalho. Isso significa que, desde então, os empregados
acometidos pelo problema têm os seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos,
podendo tirar licença médica remunerada pelo empregador, em até 15 dias, ou pelo INSS,
quando o prazo for estendido.

Mas o que é síndrome de burnout? “Trata-se de distúrbio psíquico caracterizado pelo


estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes”,
explica Maria Tereza de Almeida, professora do curso de Medicina da Faculdade Santa
Marcelina, em São Paulo.

O sintoma mais frequente da doença é a sensação de esgotamento físico e emocional, que


provoca irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade, depressão e baixa
produtividade.

A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.

“Profissionais das áreas de educação e de saúde, operadores de voo, agentes penitenciários


e bombeiros correm risco maior”, exemplifica a professora. Mas há como prevenir. A
organização das prioridades e do tempo de trabalho e de lazer , a prática de esportes e o
cuidado com o sono e a alimentação são algumas dicas. O tratamento, por sua vez, pode
incluir o uso de medicamentos, mas a psicoterapia é essencial, assim como o apoio da
família.

(Revista Proteste, Março 2022)

Dentre as alternativas abaixo, a que NÃO se relaciona com a síndrome de burnout, segundo
o texto, é:

a) sobrecarga profissional.

b) distúrbio psíquico.

c) tensão emocional.

d) pressão da chefia.

e) aversão ao trabalho.

97
162ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem


comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

Sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical do texto, a oração “apesar
de ter trazido inúmeros benefícios” (último período do último parágrafo) poderia ser
reescrita da seguinte forma: ainda que tragam inúmeros benefícios.

( ) Certo
( ) Errado

163ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a

98
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem


comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto, o segundo período do


segundo parágrafo poderia ser reescrito da seguinte forma: Contudo, por meio de
revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799), houve a ampliação das
relações comerciais decorrentes das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento
da indústria, a ascensão da burguesia como classe política, por isso o sistema político
começou a ser pensado de forma diferente.

( ) Certo
( ) Errado

164ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

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Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem
comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

No quarto parágrafo, o trecho “para que os interesses pessoais dos governantes não
triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse” (primeiro
período) expressa a causa da necessidade das leis positivas.

( ) Certo
( ) Errado

165ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem


comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da

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burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

No último período do terceiro parágrafo, o vocábulo “que” remete ao modelo de política de


Montesquieu, qualificado como “o melhor” no texto.

( ) Certo
( ) Errado

166ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem


comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi

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quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

Depreende-se dos dois primeiros períodos do terceiro parágrafo que a política, na


modernidade, ao se afastar das virtudes, torna-se corrupta.

( ) Certo
( ) Errado

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A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.

Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem


comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.

A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.

Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não


triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam
necessárias as leis positivas, isto é, um conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à

102
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.

Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.

Internet:<https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações)

Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.

Infere-se do texto que, na Antiguidade, a corrupção era entendida como oposta à política.

( ) Certo
( ) Errado

168ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não


intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

103
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.
Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

O vocábulo “controversas” (primeiro período do último parágrafo) é empregado no texto


com o mesmo sentido de condenáveis.

( ) Certo
( ) Errado

169ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não


intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.


Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

104
No segundo parágrafo, os termos “economia” (primeiro período) e “indústria” (segundo
período) são empregados no texto como sinônimos.

( ) Certo
( ) Errado

170ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não


intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.


Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

Infere-se do texto a existência de uma relação estreita entre a economia criativa e o modelo
econômico adotado a partir do século XX.

105
( ) Certo
( ) Errado

171ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não


intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.


Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

A definição de “indústria criativa” apresentada pelo governo inglês, no mapeamento da


economia criativa, foi rechaçada por alguns críticos.

( ) Certo
( ) Errado

172ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

106
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não
intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.


Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

O texto informa que o termo “economia criativa” foi empregado pela primeira vez pelo
governo inglês, no mapeamento que realizou sobre o assunto.

( ) Certo
( ) Errado

173ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Direito

O que faz as coisas darem certo

Duas pessoas. Ambas têm a mesma escolaridade. A mesma origem social. As mesmas
oportunidades. Por que a vida é generosa com uma e fecha a cara para a outra? O destino e
a sorte têm pouco a ver com isso. O que tem a ver é o nosso comportamento. Coisas simples

107
nas quais não prestamos atenção alguma. Coluna assumidamente autoajuda, aproveite a
promoção.
Vou me demorar no que me parece mais importante: a forma com que cada um se
comunica. A maioria dá o seu recado muito mal. Não estou me referindo apenas ao uso
correto do português. A pessoa pode ser um acadêmico e mesmo assim ser um desastre ao
transmitir o que pensa e o que deseja. Tampouco estou falando de sedução, xaveco. Estou
falando de convocação para reuniões, convite para eventos, e-mails profissionais, bilhete
para funcionários, mensagens de WhatsApp, postagens no perfil do Face, e, claro, as
conversas, todas elas: presenciais, telefônicas, gravação de áudios. A gente simplesmente
reluta em deixar as coisas esclarecidas, não dá a informação completa, não contextualiza. É
tudo racionado, fragmentado, e a culpa nem é dos atuais vícios tecnológicos: ser preguiçoso
na comunicação vem da pré-história. Sempre foi assim. As pessoas acreditam que as outras
são adivinhas, têm bola de cristal.
“Olá, desculpe o atraso da resposta, muita correria, mas vamos em frente, queremos
muito fechar um bate-papo com você. Pode ser dia 21 de outubro?” Exemplo que extraí da
minha caixa de e-mails ontem, assinado por uma desconhecida. Fui checar na minha lista de
excluídos se havia algum outro e-mail dela, para tentar descobrir do que se tratava. Havia.
De fevereiro, quando ela fez um convite em nome de uma empresa. Ressurgiu agora como
se tivesse pedido licença para ir ao banheiro e voltado em 10 minutos. Não, não posso dia
21, obrigada, fica para próxima.
Fazemos isso o tempo todo: não nos apresentamos direito, não retornamos contatos,
não damos coordenadas, não cumprimos o que prometemos, não deixamos lembretes, não
confirmamos presença, não explicamos nossos motivos, não avisamos cancelamentos, não
falamos toda a verdade, não tiramos as dúvidas, não perguntamos, não respondemos.
Parece tudo tão desnecessário. Aí o universo não coopera e a gente não entende por quê.
Além de se comunicar bem, há outros três grandes facilitadores na vida, coisas que
interferem no modo como as pessoas nos analisam e que garantem nossa credibilidade: ser
pontual, ser responsável e ser autêntico — esta última, das coisas mais cativantes, pois rara.
Se o Papa Francisco não é presunçoso, por que raios você seria?
É quase inacreditável: as coisas dão certo por fatores que estão totalmente ao nosso
alcance.

Martha Medeiros

O principal assunto abordado no texto é:

a) A falta de generosidade da vida para com algumas pessoas.

b) Os vícios tecnológicos que prejudicam a boa comunicação.

c) Como a forma descuidada com a comunicação compromete a sua qualidade e


efetividade.

d) A presunção é uma característica dos comunicadores.

e) Para haver uma boa comunicação, condições difíceis têm que ser contornadas.

174ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

108
O nosso célebre corredor Ayrton Senna disse certa vez:
“Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um
novo fim.”

Com essa frase Senna valoriza uma qualidade humana, que é a

a) bondade.

b) caridade.

c) persistência.

d) inteligência.

e) sabedoria.

175ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“Bem-aventuradas as pessoas que nada esperam, porque não ficarão decepcionadas.”

As pessoas não ficarão decepcionadas porque

a) nada vão receber.

b) vão receber menos que os demais.

c) vão ganhar mais que todos.

d) vão ser presenteadas com algo inesperado.

e) nunca vão ter um bem qualquer.

176ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que o inquilino
paga pelo apartamento em que mora.”

Há uma relação lógica entre as palavras aluguel e inquilino; a mesma relação se repete na
seguinte dupla de palavras:

a) esmola / mendigo.

b) corrida / atleta.

c) imposto / governo.

d) pedágio / motorista.

109
e) salário / empregado.

177ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

O artigo 9º do Estatuto do Idoso diz:


“É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante
efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em
condições dignas.”

Entre os cinco adjetivos sublinhados, aqueles que mostram valor de opinião, são

a) saudável / dignas.

b) idosa / sociais.

c) públicas / dignas.

d) sociais / públicas.

e) idosa / saudável.

178ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

Um célebre orador latino disse certa vez:


“É preciso comer para viver e não viver para comer”.

Esse pensamento critica os que

a) fazem regimes ou seguem dietas.

b) comem além do que é necessário.

c) gostam mais de doces que de salgados.

d) possuem grandes estoques de comida em casa.

e) vivem na cozinha a maior parte de seu tempo.

179ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

Um comediante disse a seguinte frase:


“Adoro a sogra da minha mulher.”

Nesse caso, ele está dizendo que adora sua

a) mãe.

b) filha.

c) cunhada.

110
d) tia.

e) irmã.

180ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“Seus filhos precisam mais de sua presença de que de seus presentes.”


Assinale a opção que apresenta um conselho que essa frase dá aos pais.

a) Não trabalhem fora de casa.

b) Criem as crianças com base na religião.

c) Eduquem os filhos para que sejam econômicos.

d) Permaneçam mais tempo com seus filhos.

e) Deem presentes de valor às crianças.

RESPOSTAS:

161:E 162:E 163:E 164:E 165:C 166:E 167:C 168:E 169:E 170:C 171:C 172:E 173:C 174:C 175:A
176:D 177:A 178:B 179:A 180:D

111
181ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“Os mais preciosos ingredientes de uma refeição são as pessoas que a compartilham.”

Segundo esse pensamento, a melhor coisa de uma refeição é(são)

a) a companhia que está conosco.

b) os temperos utilizados nos pratos.

c) o sabor que mostra a comida.

d) a quantidade servida.

e) o local em que ela é realizada.

182ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“Os melhores médicos do mundo são o doutor Sono, a doutora Dieta e o doutor Sorriso.”

Esses médicos só não recomendam

a) dormir regularmente.

b) alimentar-se de forma saudável.

c) comer pouco e de forma controlada.

d) fazer ginástica.

e) manter o bom humor.

183ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial

“A saúde do corpo provém da oficina do estômago.”

Essa frase nos diz que nossa saúde física

a) está ligada sobretudo ao que comemos.

b) depende exclusivamente de nossos cuidados.

c) exige que controlemos nosso peso corporal.

d) se relaciona a consultas médicas periódicas.

e) se prende à necessidade de sermos vegetarianos.

184ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

112
Atenção: use o Texto V a seguir para responder a próxima questão.

Texto V

“A minha mensagem será esta: ninguém se detenha, no limiar do destino, desencorajado


pelos fatores negativos da pobreza, da origem modesta em uma província politicamente
pouco influente, da falta de oportunidade ou de condições para formalizar um curso
superior e da inaptidão para fazer fortuna. O importante, quando se tem um destino a
cumprir, é não fugir ao seu apelo, e segui-lo sem indagar onde ele nos pode levar, pois, na
pior das hipóteses, a imprudência paga melhor que a frustração.”.

(O livro de Café Filho, 21/12/1966)

Esse texto tem como leitor ideal aquele que

a) teve sucesso político e se encontra esquecido.

b) precisa de incentivo para continuar seus estudos.

c) mostra a intenção de fazer carreira política.

d) se revolta contra o destino que lhe foi traçado.

e) está desanimado por fatores de situação pessoal.

185ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

“Estranha uma gentil leitora que em tempos de agitação política escreva eu sobre coisas
antigas e vagas ou subjetivas, e em vez de falar de cassações e eleições divague sobre
mariposas, malacachetas, brisa do mar.” (Da importância dos cristãos-novos, 12/11/1966)

O que essa leitora critica no cronista Rubem Braga é

a) a permanência de traços poéticos nas suas crônicas.

b) a ausência de crônicas mais polêmicas.

c) o distanciamento em relação à história do país.

d) a sua alienação dos problemas de seu tempo.

e) a inadequação de seus textos em relação à modernidade.

186ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto IV a seguir para responder a próxima questão.

Texto IV

113
“Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização cercada
de Brasil por todos os lados. E seu drama reside nisso mesmo, na necessidade incessante de
se defender do Brasil e de suas loucuras, de sobreviver e de crescer para servir o Brasil sem
se contaminar demasiado dele. No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do
interior, com sua poeira e suas casas de platibandas estilo comercial-futurista, seu mau
gosto árido e obcecante, aqui há ruas cheias de árvores floridas, e as casas ficam atrás de
gramados e jardins. Aqui houve quem pensasse antes de fazer, houve quem sonhasse e
riscasse num papel seu sonho. Aqui se pensou um pouco no homem e na sua família, na casa
e no clube, na escola e no esporte.”.

(A ilha, 22/02/1953)

Assinale a opção que apresenta o segmento desse texto que, objetivamente, não mostra
uma crítica.

a) Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização
cercada de Brasil por todos os lados.

b) No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do interior, com sua poeira e suas
casas de platibandas estilo comercial-futurista.

c) Aqui houve quem pensasse antes de fazer

d) E seu drama reside nisso mesmo, na necessidade incessante de se defender do Brasil


e de suas loucuras.

e) ...de sobreviver e de crescer para servir o Brasil sem se contaminar demasiado dele.

187ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto III a seguir para responder às duas próximas questões.

Texto III

“Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio
Tarquínio de Sousa, disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando
acaba, quando o herói morre tão moço, ainda capaz de tanto heroísmo e tanta estripulia. Foi
isso mesmo que senti chegando ao fim da leitura, vontade de pedir ao historiador a vida de
D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um restaurante: ‘Salta mais um
Pedro!’”.

(Pedro I, 13/12/1952)

O texto indica valores de uma obra histórica, valores esses apoiados

a) no testemunho de autoridade do historiador citado.

b) em opiniões alheias e na do cronista.

114
c) em publicações sobre a obra citada.

d) na visão exclusiva do autor do texto.

e) nas considerações históricas de dois amigos do cronista.

188ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto III a seguir para responder às duas próximas questões.

Texto III

“Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio
Tarquínio de Sousa, disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando
acaba, quando o herói morre tão moço, ainda capaz de tanto heroísmo e tanta estripulia. Foi
isso mesmo que senti chegando ao fim da leitura, vontade de pedir ao historiador a vida de
D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um restaurante: ‘Salta mais um
Pedro!’”.

(Pedro I, 13/12/1952)

O segmento inicial dessa crônica pode ser visto como um texto publicitário do livro, apoiado
na seguinte qualidade da obra:

a) informação histórica de caráter preciso.

b) promessa de aventuras cheias de suspense.

c) revelações íntimas e secretas sobre Pedro I.

d) aspecto sentimental da vida do personagem.

e) narração atraente de fatos e aventuras.

189ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto II a seguir para responder a próxima questão.

Texto II

“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.

Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.
115
O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”

(O coronel, 12/05/1951)

“O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”


Com essa frase, o cronista pretende

a) ironizar um personagem, que se crê dono do mundo.

b) enfatizar humoristicamente o poder do coronel.

c) denunciar as injustiças do sertão.

d) informar sobre o cenário político do interior.

e) caracterizar um tipo único de coronel interiorano.

190ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto II a seguir para responder a próxima questão.

Texto II

“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.

Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.

O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”

(O coronel, 12/05/1951)

“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira...”
Esses segmentos iniciais do texto mostram

a) a informação de que o texto é literário, já que se apoia em elementos fictícios.

b) a preocupação de não identificar os personagens, certamente por algo que será dito
nos segmentos futuros da crônica.

116
c) a tentativa de universalizar as observações da crônica, pois elas servem para todos os
representantes do coronelismo.

d) a intenção de preservar o fundamental do texto, que é a influência do meio sobre o


homem.

e) O direcionamento crítico do texto, com a declaração de serem inventados


personagem e local.

191ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto II a seguir para responder a próxima questão.

Texto II

“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.

Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.

O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”

(O coronel, 12/05/1951)

A estruturação desse texto é predominantemente

a) narrativa, pois relata uma pequena visita do autor a uma fazenda do sertão.

b) descritiva, pois fornece elementos visuais componentes da paisagem da fazenda.

c) expositiva, pois traz informações necessárias para o entendimento do texto.

d) argumentativa, pois traz a tese implícita, contrária ao coronelismo.

e) injuntiva, pois se volta para a crítica de um sistema de vida, predominante, na época,


em nosso sertão.

192ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-GO / Cargo: Analista Contábil

Atenção: use o Texto I para responder a próxima questão.

Texto I
“Quando amanhã alguém quiser escrever a história da vida brasileira deste último quarto de
século terá, com certeza, muita dor de cabeça. Pois os tempos são confusos; e há tanta

117
história, que hoje a gente não consegue saber direito; e os escritos desta época andam tão
cheios, ora de inverdades, ora de subentendidos, ora de omissões e enganos, que, entre as
linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o queixo – se for um
homem prudente. [...] Direito por linhas tortas, torto por linhas direitas, assim escrevemos
todos, sem falar do que dizemos e não dizemos nas entrelinhas. Pois assim são os tempos.”.

(Ordem do dia, 03/06/1944)

Assinale a opção que apresenta a frase do Texto I que tem seu significado corretamente
indicado.

a) “que hoje a gente não consegue saber direito” / consequência.

b) “que, entre as linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o


queixo” / causa.

c) “se for um homem prudente” / explicação.

d) “assim escrevemos todos” / conclusão.

e) “Pois assim são os tempos” / comparação.

193ª/ Banca: FCC / Órgão: PGE-AM / Cargo: Assistente Procuratorial

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.

118
• Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice (2º parágrafo).

• nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. (2º parágrafo).

• Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. (2º parágrafo).

Os termos sublinhados acima estão empregados, respectivamente, em sentido

a) figurado, figurado e figurado.

b) literal, figurado e literal.

c) figurado, figurado e literal.

d) figurado, literal e literal.

e) literal, literal e figurado.

194ª/ Banca: FCC / Órgão: PGE-AM / Cargo: Assistente Procuratorial

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.

119
O narrador dirige-se diretamente a seu leitor no seguinte trecho:

a) − Grande façanha! Como se você fosse mau! (5º parágrafo).

b) Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. (2º parágrafo).

c) Chamava-se Maria da Piedade. (1º parágrafo).

d) Aqui o tens agora em Barbacena. (1º parágrafo).

e) − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba. (4º parágrafo).

195ª/ Banca: FCC / Órgão: PGE-AM / Cargo: Assistente Procuratorial

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.

No 1º parágrafo, o narrador destaca a seguinte característica de Maria da Piedade: sua

a) ingenuidade.

b) impulsividade.
120
c) melancolia.

d) timidez.

e) hipocrisia.

196ª/ Banca: FCC / Órgão: PGE-AM / Cargo: Assistente Procuratorial

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.

Em relação aos apelos da mulher, Aristides mostra-se

a) desconfiado.

b) envergonhado.

c) inflexível.

d) reticente.

e) compassivo.

197ª/ Banca: FCC / Órgão: PGE-AM / Cargo: Assistente Procuratorial

Atenção: Examine a tirinha de Fernando Gonsales para responder à questão:

121
Contribui também para o efeito de humor da tirinha o recurso à seguinte figura de
linguagem:

a) hipérbole.

b) personificação.

c) eufemismo.

d) antítese.

e) pleonasmo.

198ª/ Banca: FCC / Órgão: Prefeitura de Recife - PE / Cargo: Agente Administrativo

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime
começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.

Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:

− Que tal um fígado acebolado?

− Acabou, madame − atalhou o garçom.

122
− Deixe ver… Assada com coradas, está bem?

− Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.

− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…

− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.

A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:

− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.

Da cozinha veio a informação:

− Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?

− Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:

− Está uma beleza!

− Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.

Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o:

− Como é, está bom?

Com um risinho meio de banda, fez a crítica:

− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!

A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:

− Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de


verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo…

Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:

123
− Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo,
santíssimo prato!

Mas, encarando o concreto:

− Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!

− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.

Não tinha, infelizmente.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)

Atenção: Leia a crônica para responder à questão

Ao ser transposto para o discurso indireto, o trecho − Pode ser isso − concordou seu Adelino
assume a seguinte redação:

a) Seu Adelino concordou que podia ser aquilo.

b) Seu Adelino concordou que pudera ser aquilo.

c) Seu Adelino concordou: − Podia ser isso.

d) Seu Adelino concordou que poderá ser aquilo.

e) Seu Adelino concordou: − Poderia ser isso.

199ª/ Banca: FCC / Órgão: Prefeitura de Recife - PE / Cargo: Agente Administrativo

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime
começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.

Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

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Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:

− Que tal um fígado acebolado?

− Acabou, madame − atalhou o garçom.

− Deixe ver… Assada com coradas, está bem?

− Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.

− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…

− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.

A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:

− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.

Da cozinha veio a informação:

− Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?

− Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:

− Está uma beleza!

− Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.

Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o:

− Como é, está bom?

Com um risinho meio de banda, fez a crítica:

− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!

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A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:

− Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de


verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo…

Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:

− Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo,


santíssimo prato!

Mas, encarando o concreto:

− Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!

− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.

Não tinha, infelizmente.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)

Com um risinho meio de banda, fez a crítica:

− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas.

No contexto em que se insere, o termo “banda” deve ser entendido na seguinte acepção:

a) conjunto de instrumentos de sopro e percussão.

b) metade.

c) parte lateral; lado.

d) tira de tecido usado como acabamento ou enfeite.

e) grupo de seres ou de coisas; bando.

200ª/ Banca: FCC / Órgão: Prefeitura de Recife - PE / Cargo: Agente Administrativo

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime

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começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.

Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:

− Que tal um fígado acebolado?

− Acabou, madame − atalhou o garçom.

− Deixe ver… Assada com coradas, está bem?

− Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.

− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…

− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.

A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom:

− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.

Da cozinha veio a informação:

− Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer?

− Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:

− Está uma beleza!

− Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

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O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.

Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o:

− Como é, está bom?

Com um risinho meio de banda, fez a crítica:

− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!

A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:

− Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de


verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo…

Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:

− Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo,


santíssimo prato!

Mas, encarando o concreto:

− Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência!

− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.

Não tinha, infelizmente.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)

Na crônica, a freguesa é caracterizada como

a) irônica.

b) introspectiva.

c) solícita.

d) volúvel.

e) impertinente.

128
RESPOSTAS:

181:A 182:D 183:A 184:E 185:D 186:C 187:B 188:E 189:B 190:B 191:B 192:A 193:C 194:D
195:D 196:C 197:B 198:A 199:C 200:C

129
201ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral

“Os médicos trabalham sem cessar para conservar a nossa saúde e os cozinheiros para
destruí-la; os segundos estão certos do seu êxito.” Diderot

Assinale a opção que apresenta uma inferência adequada retirada desse pensamento.

a) Os cozinheiros não possuem conhecimentos de Medicina.

b) Os médicos são profissionais extremamente competentes.

c) Os cozinheiros são mais admirados que os médicos.

d) Os cozinheiros mostram má intenção no que fazem.

e) Os médicos devem indicar a alimentação natural.

202ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral

Leia o julgamento equivocado sobre alguns profissionais médicos, a seguir.

“O clínico é aquele sujeito que sabe tudo e não resolve nada. O cirurgião não sabe nada e
resolve tudo. O psiquiatra não sabe nada e não resolve nada.”

Esse julgamento mostra erro grave, já que apoia sua argumentação em

a) uma generalização excessiva.

b) testemunhos de autoridade.

c) analogias indevidas.

d) um conjunto de opiniões alheias.

e) uma pesquisa não identificada.

203ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral

“Se os médicos possuíssem a verdadeira arte da cura, não a aparentariam tanto.” Pascal

Assinale a opção em que esse pensamento está reescrito de forma a manter o seu sentido
original.

a) Se os médicos aparentassem tanto a arte da cura, eles a possuiriam de verdade.

b) Se os médicos possuem a verdadeira arte da cura, eles não a aparentam tanto.

c) Se a verdadeira arte da cura fosse possuída pelos médicos, eles não a aparentariam
tanto.

130
d) Os médicos aparentariam a verdadeira arte da cura se eles não a possuíssem.

e) Se os médicos tivessem a posse da verdadeira arte da cura, eles a aparentariam mais.

204ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

Com base nas ideias do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.

I Segundo o autor do texto, a memória é necessária por preservar a tradição.


II Infere-se da leitura do texto que, na perspectiva do autor, atentar para as três dimensões
do tempo é uma questão de compromisso ético.
III De acordo com o texto, a articulação das três dimensões do tempo envolve uma
preocupação com um futuro melhor, em âmbito individual e coletivo.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas os itens I e III estão certos.

d) Apenas os itens II e III estão certos.

e) Todos os itens estão certos.

131
205ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto CG1A1-I, a expressão “com a


qual”, no final do quarto período do segundo parágrafo, poderia ser substituída por

a) junto da qual.

b) para com quem.

c) pela qual.

d) junto a quem.

e) com quem.

206ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.

132
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

Os sentidos e a correção gramatical do texto CG1A1-I seriam preservados caso se deslocasse

a) a expressão “em dez anos” para imediatamente depois de “saber”, no segundo


período do primeiro parágrafo.

b) a expressão “no planeta” para imediatamente antes de “não existe”, no final do


quinto período do segundo parágrafo.

c) o vocábulo “não” para imediatamente depois de “Quem”, no início do quarto


período do segundo parágrafo.

d) a expressão “com todo o ímpeto” para imediatamente depois de “acha”, no quinto


período do segundo parágrafo.

e) o vocábulo “mesmo” para imediatamente antes de “nada”, no final do quinto


período do segundo parágrafo.

207ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou

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dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

No segundo parágrafo do texto CG1A1-I, o quarto, o quinto e o sexto períodos descrevem

a) três tipos distintos de personalidade, respectivamente.

b) a pessoa que leva em conta, simultaneamente, os três elementos do tempo.

c) as características indispensáveis a quem deseje inventar um novo modo de vida.

d) os atributos essenciais de quem preserva a memória e a tradição.

e) uma mesma pessoa, cujo anonimato é marcado pelo emprego do pronome “Quem”.

208ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

Assinale a opção em que a proposta de reescrita do último período do texto CG1A1-I é


gramaticalmente correta e coerente.

134
a) A despeito disso, uma pessoa deve sempre tomar consciência do presente, do
passado e do futuro.

b) Pode-se concluir, portanto, que uma pessoa deve sempre atentar para o presente, o
passado e o futuro.

c) Por essa razão que uma pessoa deva sempre ponderar o presente, o passado e o
futuro.

d) Contudo isso, percebe-se que uma pessoa deve sempre preocupar-se com o
presente, o passado e o futuro.

e) Conforme se requer, toda pessoa têm de refletir sobre o presente, o passado e o


futuro.

209ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

De acordo com os sentidos do texto CG1A1-I, pessoas que

a) desvalorizam o passado são incultas.

b) valorizam apenas o passado são inconsequentes.

c) valorizam apenas o futuro são inovadoras.

d) desvalorizam o presente são desprezíveis.

135
e) valorizam apenas o presente são egoístas.

210ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Uma frase de Nietzche diz:

“O aumento da sabedoria pode ser medido com exatidão pela diminuição do mau humor”.
Essa frase significa que

a) quanto mais sabemos, mais aumentamos nosso mau humor.

b) quanto menos sabemos, mais aumentamos nosso mau humor.

c) quanto menos sabemos, menos diminui nosso mau humor.

d) o aumento da sabedoria está em relação direta com o mau humor.

e) há uma relação inversa entre o aumento da sabedoria e o do mau humor.

211ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

O raciocínio abaixo é construído a partir de uma estratégia: “Examinando as jabuticabeiras


de seu terreno, chegou à conclusão de que o melhor seria contratar um engenheiro
agrônomo que pudesse auxiliá-lo no controle de pragas”. A estratégia utilizada pode ser
explicada do seguinte modo:

a) vai do particular para o geral.

b) parte do todo para as partes.

c) estabelece uma relação de causa e efeito.

d) se fundamenta em experiências pessoais.

e) cria uma analogia entre ideias.

212ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Observe a pequena fábula abaixo:


“Um cão atravessava um pequeno rio com um pedaço de carne na boca. Ao ver a sua
imagem refletida na água, pensou que se tratava de um outro cão, com um pedaço de carne
muito maior do que o seu. Abandonou o seu pedaço e, por ganância, perdeu o seu almoço.”
(Esopo) O segmento sublinhado corresponde a uma explicação, que tem a função no texto
de

a) dar uma informação nova ao leitor.

b) criar uma sensação de realidade e não de ficção.

136
c) atrasar a ação da fábula, para criar suspense.

d) justificar outra ação da narrativa.

e) caracterizar o cão como ganancioso.

213ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Um fenômeno bastante comum em nossa língua é o emprego numeroso de anglicismos, ou


seja, vocábulos provenientes da língua inglesa.

Assinale a frase em que o estrangeirismo está adequadamente substituído por palavra


portuguesa.

a) O shopping tem horário de funcionamento colocado em pequeno cartaz na porta /


loja.

b) Os comerciantes deviam fazer estudos de marketing, antes de abrirem seus


estabelecimentos / economia.

c) A modelo dizia jamais ter usado shampoo brasileiro, por sua má qualidade /
sabonete bactericida.

d) Os meninos de hoje trocam qualquer atividade por um game / jogo de cartas.

e) Obtive todas essas informações no site da própria empresa / sítio.

214ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Assinale a frase publicitária que não se utiliza de um duplo sentido.

a) Nesta padaria, os donos também metem a mão na massa

b) Neste livro, as páginas de memórias ruins estão em branco.

c) Nesta livraria, os livros estão empilhados nos balcões.

d) Nesta confeitaria, tudo é doce.

e) Este é um vinho seco, não molha a garganta.

215ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Muitos escritores reformulam imagens bastante repetidas em nosso idioma, dando-lhes


novos valores. Assinale a frase a seguir em que isso ocorre.

a) A polícia prendeu o gastrônomo em flagrante delícia.

137
b) O ouro negro do petróleo jorrou no Kuwait.

c) Para todos a água é um precioso líquido.

d) Todos foram à praia em pleno verão.

e) Os elefantes mostram uma força descomunal.

216ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Em muitas frases estabelecemos comparações entre elementos do texto, tanto de forma


objetiva como se forma figurada. Assinale a frase abaixo que não exemplifica qualquer tipo
de comparação.

a) O disco luminoso do sol se destacava no céu da manhã.

b) O goleiro da seleção alemã foi um paredão no jogo.

c) A chuva levou a reboque uma montanha de galhos.

d) Uma fila de ônibus buzinava sem parar.

e) A noite caiu mais cedo, ocultando as formas.

217ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

O célebre ministro inglês Winston Churchill disse: “Gatos nos olham com superioridade.
Cachorros nos olham com docilidade. Só os porcos nos olham como iguais.”

A afirmativa adequada sobre os componentes desse pensamento é

a) o olhar dos porcos mostra o ser humano como desprezível.

b) os olhares dos gatos e dos cães se assemelham.

c) os gatos se sentem superiores aos cães.

d) os cães se mostram superiores aos homens.

e) os porcos se sentem inferiores a cães e gatos.

218ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

“Os sábios dizem que a vossa luz se apagará um dia”, disseram os vagalumes às estrelas.
Estas, porém, não responderam nada”.

Nessa frase, as estrelas nada responderam porque

a) tinham certeza do erro dos vagalumes.

138
b) desconheciam quais eram os sábios.

c) ficaram penalizadas dos vagalumes.

d) estavam conscientes da sua superioridade.

e) não sabiam o que responder.

219ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

Na frase “Para salvar os búfalos, a melhor coisa que podemos fazer é comê-los. Os animais
que o ser humano come não se extinguem. É por isso que temos mais galinhas que águias
nos Estados Unidos”.

Nessa frase, há cinco termos sublinhados que se referem a outros elementos da mesma
frase. Assinale a opção em que a referência que está erradamente indicada.

a) a melhor coisa / comer os animais.

b) los / os búfalos.

c) animais / os búfalos.

d) que / animais.

e) isso / os animais que o ser humano come não se extinguem.

220ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

Veja essa frase humorística de Millôr Fernandes: “Tantos anos o país se descuidou do meio
ambiente que, agora, se quiser salvar alguma coisa, vai ter que tratar do ambiente inteiro”.

O humor dessa frase provém

a) da crítica às autoridades que não protegem o meio ambiente.

b) do desprezo de todos em relação ao meio ambiente.

c) da ironia da frase “se quiser salvar alguma coisa”.

d) do emprego inadequado do verbo “tratar”.

e) da oposição inesperada meio/inteiro.

RESPOSTAS:

201:E 202:A 203:C 204:D 205:E 206:B 207:A 208:B 209:E 210:E 211:A 212:D 213:E 214:C
215:A 216:D 217:A 218:D 219:C 220:E

139
221ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

Observe a frase: “Os moradores dos campos são melhores que os das cidades”.

A maneira de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original é

a) Os moradores das cidades são piores que os moradores dos campos.

b) Os moradores dos campos são menos bons que os das cidades.

c) São melhores os moradores dos campos em relação aos moradores das cidades.

d) Em relação aos moradores das cidades, os moradores dos campos são melhores.

e) Os moradores dos campos, com referência aos moradores das cidades, são melhores.

222ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

Assinale a frase abaixo em que está ausente o preconceito do machismo.

a) As mulheres estão sempre comprando alguma coisa.

b) Com frequência as mulheres custam mais do que valem.

c) Nenhuma mulher é bela sem uma riqueza material.

d) Grande parte da beleza feminina sai com água e sabão.

e) Sem a mulher a vida é pura prosa.

223ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

A frase abaixo que se apoia num ditado popular é

a) O povo perdoa aos que se parecem com ele.

b) Em terra de cego, quem tem um olho nunca é visto.

c) O melhor do susto é esperar por ele.

d) Ter medo não ajuda a viver.

e) O luxo é uma falta de gosto.

224ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Assinale a opção que apresenta frases que mostram simultaneidade de ações.

a) João trancou a porta e dirigiu-se ao quarto.

140
b) João entra em cena e profere a sua fala na peça.

c) Enquanto João velejava, tudo já ocorrera.

d) João olhou a paisagem e entristeceu-se.

e) Sorrindo, João guardou as fotos na gaveta.

225ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Uma adolescente registrou em seu diário:

“São duas e quinze.

Estou com uma violenta dor de cabeça. O corpo frio, a testa quente. Cada vez que me
levanto ou me inclino, parece que há um líquido que balança em meu cérebro.”

Pode-se dizer sobre esse tipo de texto que o autor

a) nos relata uma história linear.

b) transcreve suas impressões momentâneas.

c) registra rigorosamente as ocorrências.

d) mostra reflexões sobre fatos do momento da escrita.

e) descreve seu estado, com causas e consequências.

226ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Identifique o trecho a seguir que apresenta a estrutura de uma premissa levando a uma
conclusão.

a) Ouvi o barulho de um gambá na cozinha; a cozinheira deve ter deixado o pote de


ração dos gatos no chão.

b) Todos já devem ter chegado à festa, porque ninguém mais telefonou, reclamando do
atraso.

c) Nossos amigos possivelmente vão ser aprovados no concurso, já que estudaram


bastante tempo.

d) Talvez as encomendas cheguem a tempo, pois partiremos depois de amanhã.

e) O lixeiro deve estar passando em nossa porta; senti um odor de coisa podre.

227ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

141
Confúcio disse certa vez: “Palavras rebuscadas e roupas insinuantes raramente são
associadas à virtude de verdade”.

Assinale a opção em que a forma de reescrever essa frase modifica o seu sentido original.

a) Palavras rebuscadas e roupas insinuantes são associadas raramente à virtude de


verdade.

b) Roupas insinuantes e palavras rebuscadas raramente são associadas à virtude de


verdade.

c) Raramente, palavras rebuscadas e roupas insinuantes são associadas à virtude de


verdade.

d) Palavras rebuscadas e roupas insinuantes são associadas à virtude de verdade


raramente.

e) Palavras rebuscadas e raramente roupas insinuantes são associadas à virtude de


verdade.

228ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Assinale a frase a seguir que se apoia em um raciocínio indutivo.

a) Os turistas amam curiosidades, daí que um bom guia tenha um bom estoque delas
em seu repertório.

b) Um filme de terror como este pode causar impactos graves em pessoas mais
sensíveis, daí ser bom evitá-los.

c) Os livros são ótimos companheiros, por isso acabo de comprar um para me fazer
companhia no final de semana.

d) Os novos celulares são miniaturas de computadores; em função disso, algumas


empresas investem em programas cada vez mais complicados.

e) As eleições são o ponto mais alto do processo democrático; as próximas vão ser
ferrenhamente disputadas.

229ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Observe o seguinte texto:

“Existem hoje três teorias que tentam explicar a extinção dos dinossauros em nosso planeta.
A primeira é a de uma possível catástrofe cósmica; a segunda, o choque de um meteorito
gigante na superfície da Terra; a terceira é a de uma mudança climática progressiva.”

142
Essas três teorias foram criadas a partir de uma relação lógica entre elas e o
desaparecimento dos dinossauros; tal relação lógica pode ser corretamente identificada do
seguinte modo:

a) um raciocínio de relação causa/efeito entre acontecimentos diversos.

b) um raciocínio encadeado, de forma que cada uma das teorias é causa da teoria
seguinte.

c) um raciocínio analógico, que estabelece semelhanças entre as várias teorias citadas.

d) um raciocínio que se apoia na autoridade de estudos realizados por centros de


pesquisa importantes.

e) um raciocínio que mostra uma cadeia cronologicamente progressiva de fatos,


representados pelas teorias expostas.

230ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Todas as frases abaixo se apoiam em metáforas, que é um tipo de figura de base


comparativa, ou seja, que estabelece um ponto de semelhança entre duas coisas.

Assinale a opção em que a comparação ou metáfora não está explicada.

a) Sou como o dólar: mesmo se estiver em baixa, tenho valor.

b) Frases leves, como as plumas, que sobem para cair.

c) O segredo é um perigo, pode destruir vidas.

d) Palavras cruzadas são a linguagem em férias.

e) Um livro é uma janela por onde escapamos da mesmice.

231ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

“É um paradoxo que a ideia de ter vida longa agrade a todos, e a ideia de envelhecer não
agrade a ninguém”.

Essas ideias formam um paradoxo porque

a) pode-se ter vida longa sem envelhecer.

b) muitos envelhecem fisicamente ainda jovens.

c) nem todos se alegram ao viver muito.

d) algumas pessoas têm prazer na velhice.

143
e) não se pode ter vida longa sem envelhecer.

232ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Um filósofo disse: “Como saber tudo sem envelhecer?”

Com essa frase, esse filósofo nos diz que

a) a experiência de vida tudo ensina.

b) a longa vida permite mais estudo.

c) a velhice favorece a reflexão.

d) a idade avançada nos ensina paciência.

e) saber tudo é impossível.

233ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Um escritor francês compôs o seguinte pensamento: “No fim do dia, não lhes perguntaram o
que tinham pensado, mas o que tinham feito”.

Nesse caso, segundo esse autor,

a) as ações são mais importantes que os pensamentos.

b) todos devemos trabalhar todos os dias.

c) é necessário pensar antes de agir.

d) ações sem reflexão são perigosas.

e) pensar e agir são ações simultâneas.

234ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Jesus Cristo afirma num dos evangelhos: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem pode
a árvore ruim dar bons frutos”.

Tratando-se de uma mensagem moral, o que Jesus Cristo está querendo destacar é

a) o trabalho agrícola eficiente.

b) a força dos bons exemplos.

c) a necessidade de fazer justiça.

d) a dignidade de fazer caridade.

144
e) o compromisso de ter filhos.

235ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Um famoso ator de cinema declarou: “Eu tive uma grande vantagem que os meus filhos não
tiveram. Eu nasci pobre.”

Deduz-se dessa frase que esse ator

a) foi sempre muito infeliz.

b) viveu na pobreza toda a vida.

c) enriqueceu em sua profissão.

d) não teve filhos.

e) casou-se e melhorou de vida.

236ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Um milionário famoso declarou certa vez: “Pinto os cabelos de preto para os encontros
amorosos e de branco para as reuniões de negócios”.

Nesse caso, as imagens que esse milionário está tentando criar no interlocutor são,
respectivamente, de

a) energia / consideração.

b) beleza / atração física.

c) riqueza / respeito.

d) juventude / experiência.

e) pressa / vagarosidade.

237ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

Um jogador de futebol, que jogava fora do país, declarou: “Neste país é que é bom. Aqui a
gente recebe semanalmente, de 15 em 15 dias”.

Essa frase significa que, nesse país,

a) os salários são pagos com atraso.

b) todos os jogadores recebem em dia.

145
c) os pagamentos são feitos semanalmente.

d) os salários nunca são pagos.

e) só ao final de cada mês os salários são quitados.

238ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Recenseador

“Há sempre uma casca de banana perto do local de uma tragédia.”

Nessa frase, a casca de banana significa

a) distração de alguém.

b) perigo de acidente.

c) desprezo por normas de educação.

d) falta de cuidado ao andar na rua.

e) intenção de criar um problema.

239ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

146
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

A expressão “desses modelos de controle” (primeiro período do último parágrafo) retoma o


termo “tribunais de contas” (último período do penúltimo parágrafo).

( ) Certo
( ) Errado

240ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O sentido e a correção gramatical do último período do primeiro parágrafo seriam


preservados caso ele fosse reescrito da seguinte forma: Os instrumentos de controle
surgiram, então, muito antes de o Estado Moderno apontar para a Antiguidade.

( ) Certo
( ) Errado

147
RESPOSTAS:

221:B 222:E 223:B 224:E 225:B 226:A 227:E 228:B 229:A 230:D 231:E 232:A 233:A 234:B
235:C 236:D 237:A 238:B 239:E 240:E

148
241ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

A expressão “essa tarefa”, no final do último parágrafo, refere-se à ideia expressa no trecho
“assegurar que a administração pública atue em consonância com os princípios que lhe são
impostos pelo ordenamento jurídico”, no primeiro período daquele mesmo parágrafo.

( ) Certo
( ) Errado

242ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.

149
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O segundo parágrafo do texto dedica-se a apresentar fatos históricos que comprovam a


afirmação anterior de que os instrumentos de controle remontam a Antiguidade.

( ) Certo
( ) Errado

243ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

Assinale a opção que apresenta o pensamento que se apoia em uma analogia que não
aparece explicada.

a) As carreiras, como os foguetes, nem sempre são lançadas conforme o programado.

b) A inteligência é como ferro: sem usar, enferruja.

c) Os funcionários públicos são como livros: os mais úteis ficam no alto.

d) A beleza é como uma flor, ou mais propriamente, uma rosa.

e) A vida é como uma bicicleta de muitas marchas; a maioria delas nunca são usadas.

244ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“Se o átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol e seu núcleo estivesse no Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro, os elétrons estariam em órbita em Salvador. Por isso somos
formados por espaços vazios.”

No intuito de explicar algo, o autor da frase apela para:

a) uma relação entre a Física e a Natureza.

150
b) uma exemplificação que apela para o absurdo.

c) uma alusão a outras realidades científicas.

d) uma comparação ou analogia.

e) uma referência a conhecimentos dos leitores.

245ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

Leia o fragmento a seguir.

“Não é mais possível aprender tudo de cor. Um homem instruído não é mais o homem que
sabe muitas coisas; é o homem que sabe onde buscar informações.”

Esse pensamento mostra

a) um progresso nos métodos de pesquisa.

b) uma mudança radical na área do conhecimento.

c) uma crítica ao conhecimento moderno.

d) uma apreciação positiva do ensino tradicional.

e) uma desvalorização da educação atual.

246ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“O professor medíocre expõe. O bom professor explica.

O professor superior demonstra. O grande professor inspira.”

Nesse pensamento, vê-se que o melhor de todos os professores

a) ensina de modo a não deixar qualquer dúvida.

b) cobra de seus alunos reais ensinamentos de valor.

c) faz com que seus alunos estudem.

d) produz desejo de conhecimento em seus alunos.

e) prova tudo o que é ensinado.

247ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

Leia o fragmento a seguir.

151
“Casais sem filhos sabem exatamente como você deve educar os seus.”

Essa frase

a) critica as pessoas que interferem na vida alheia.

b) revela admiração pelas pessoas competentes em educação.

c) mostra ironia, pois um casal inexperiente não pode ensinar.

d) indica surpresa pelo inesperado do fato.

e) demonstra desprezo, já que os ensinamentos devem ser falhos.

248ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“Na bolsa global, a todo ciclo de oba-oba corresponde um surto de epa-epa.” Maria da
Conceição Tavares

Considerando o contexto, as duas onomatopeias desse pensamento têm os seguintes


valores:

a) surpresa / alegria.

b) alegria / espanto.

c) espanto /comemoração.

d) comemoração / tristeza.

e) tristeza / surpresa.

249ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

Assinale a frase que não poderia ser empregada em defesa do meio ambiente.

a) A flor não nasceu para decorar a casa, embora o morador pense o contrário.

b) À natureza cabe a maior parte do sucesso dos homens.

c) Procura na natureza e, se souberes encontrar, acharás o que procurares.

d) Ponha o pé com cuidado sobre a crosta terrestre – ela é fina.

e) A rosa vive uma hora e o cipreste cem anos.

250ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

152
Leia o texto publicitário a seguir.

“Nós damos importância à discrição. Os clientes não apreciam agências que deixam vazar os
seus segredos. Não gostam de agências que se creditam pelo sucesso deles. Ficar entre o
cliente e a luz de cena é falta de educação”.

Assinale a opção que indica o produto que seu autor está tentando vender.

a) A segurança do serviço prestado.

b) A proteção oferecida aos clientes.

c) A discrição do trabalho realizado.

d) A própria agência de publicidade.

e) O máximo destaque dado ao cliente.

251ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte

A respeito da estruturação do pensamento de Napoleão, assinale a opção que se mostra


adequada.

a) A conjunção “quando“ tem valor de condição.

b) O ponto-e-vírgula equivale à conjunção “porque”.

c) A palavra “comerciante” critica os maus governantes.

d) A última oração do texto não tem ligação com a anterior.

e) Os pronomes “se” e “lhe” referem-se a termos distintos.

252ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte

Nesse pensamento, Napoleão destaca uma qualidade indispensável para um governante ou


um chefe. Assinale a opção que a apresenta.

a) A capacidade de fazer progredir um país.

b) A possibilidade de criar sonhos.

c) O talento de enganar o povo com falsas promessas.

153
d) A marca de investir na educação para um futuro melhor.

e) A força de estruturar um governo de forte autoridade.

253ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“Dai a um homem a possessão segura de uma rocha preta, e ele a transformará em jardim.
Dai-lhe, ao contrário, o arrendamento de um jardim por dez anos, e ele o transformará num
deserto. A magia da propriedade converte a areia em ouro”.

O autor desse pensamento defende a ideia de que

a) a agricultura é meio de morte e não meio de vida.

b) nem todas as terras são boas para agricultura.

c) os títulos de propriedade produzem milagres.

d) quem não é proprietário quer o mal do dono.

e) nem todos os agricultores conhecem a terra.

254ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

Assinale a opção que apresenta o pensamento que se mostra incoerente.

a) Todo êxito encobre uma abdicação.

b) Você não pode dizer quem está nadando nu até a maré baixar.

c) Cinco reais no bolso valem mais do que um amigo na corte.

d) Não mexa no que está quieto.

e) Um contrato verbal não vale o papel em que está escrito.

255ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

“O mais perto que uma pessoa chega da perfeição é quando preenche uma ficha de
emprego”.

O autor da frase pretende dizer que aqueles que se apresentam como candidatos a um
emprego

a) valorizam bastante o seu currículo.

b) procuram mostrar os estudos realizados.

154
c) mostram conhecer a empresa que oferece emprego.

d) apresentam documentos falsos.

e) destacam os pontos pertinentes ao emprego pretendido.

256ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

“A mãe de David fumava durante toda a gravidez, por isso seu filho nasceu fraco e com peso
baixo”.

O argumento lógico racional que foi empregado nesse pequeno texto pode ser caracterizado
como

a) raciocínio por analogia.

b) apelo à generalização.

c) testemunho de autoridade.

d) relação causa/consequência.

e) estrutura lógica dedutiva.

257ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Um dos problemas sérios da língua escrita é a possível ambiguidade de termos; a frase


abaixo que mostra ambiguidade é

a) Não sei o que fazer diante desse problema.

b) João, eu gostaria de conversar com sua mãe.

c) Pagar a conta de luz já custa menos.

d) No escritório, falta luz desde ontem.

e) Nunca mais quero ver você por aqui.

258ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Observe o seguinte parágrafo de um texto:

“Há diversas maneiras de entender o vocábulo “geração”. Ele pode designar as pessoas que
tiveram uma experiência histórica comum, particularmente impactante. Assim, falamos da
geração da guerra de 14 ou da Resistência de maio de 1968, na França. Podemos também
identificar uma geração a partir da idade: todas as pessoas de 20 anos dos anos 90. Podemos
finalmente pensar numa experiência familiar: a geração dos filhos, em oposição à dos pais
ou avós...”

155
A partir da frase inicial, o desenvolvimento do parágrafo se faz por

a) argumentos seguidos de exemplos.

b) confrontação de argumentos apresentados.

c) argumentos de valor concessivo.

d) ideias apresentadas num processo indutivo.

e) argumentos relacionados por dedução.

259ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Abaixo estão vários pequenos textos cujas ideias estão ligadas de forma explícita, por meio
de expressões de causa; a frase em que a expressão sublinhada é adequada ao contexto, é

a) Graças à pandemia, as escolas foram fechadas.

b) Ele gosta de romances policiais com o pretexto de que o suspense é bastante


intenso.

c) Sob o efeito de sua idade, ele não pôde testemunhar no processo.

d) Em função de algumas dificuldades, desistiu da viagem.

e) Carente de maldade, ele possuía muitos amigos.

260ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Observe as quatro frases a seguir, todas elas redigidas por um mesmo indivíduo:

1. Não se pode esperar que esse filme venha a ter o sucesso que ele merece.

2. Nós apreciamos os esforços da prefeitura da cidade para aumentar os espaços verdes.

3. De acordo com os peritos, as causas do acidente seriam de origem criminosa.

4. Nós poderíamos imaginar que os progressos científicos garantiriam num futuro próximo a
felicidade da humanidade?

Todos esses textos manifestam opiniões; a afirmação correta sobre eles é:

a) as frases 2 e 3 manifestam opiniões pessoais.

b) a frase 2 mostra uma opinião pessoal, dando-lhe um aspecto geral.

156
c) todas as frases partem de opiniões alheias, retomadas como se fossem próprias.

d) as frases 3 e 4 apresentam uma opinião e, em seguida, a comentam.

e) a frase 1 confronta opiniões diversas.

RESPOSTAS:

241:C 242:C 243:D 244:D 245:B 246:D 247:C 248:B 249:E 250:D 251:A 252:B 253:C 254:E
255:A 256:D 257:C 258:A 259:D 260:B

157
261ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um
texto predominantemente expositivo é

a) “Depois desses dias na juventude, meu amigo desapareceu de minha vida e eu só


tornei a encontrá-lo na semana passada, em um restaurante”.

b) “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso
trouxer qualquer prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”.

c) “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que
certamente vai trazer a alegria para muitos comerciantes”.

d) “O rio estava transbordando, em função das fortes chuvas, com as margens


derrubadas pela força das águas e muitos detritos levados pela correnteza”.

e) “O deputado fez o seu discurso, foi ovacionado, agradeceu os aplausos e dirigiu-se a


seu gabinete”.

262ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

As frases podem estar escritas em registros variados da língua; a frase abaixo, relacionada à
gastronomia, que mostra marcas do registro popular é

a) “Não estou fazendo nenhuma dieta. Eu amo comer. Eu amo comida”.

b) “Cozinhar é como amar. Entregue-se ou caia fora”.

c) “Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”.

d) “A regra fundamental para um sommelier é fazer as pessoas felizes por meio do


vinho”.

e) “Quanto mais difícil é ler um cardápio, mais altos são os preços”.

263ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Todas as frases abaixo estão construídas com comparações explícitas ou em linguagem


figurada (metáfora).

Assinale a opção em que o motivo da comparação está identificado de forma correta.

a) As grandes portas do refeitório se abriram e vomitaram três fiscais da saúde pública


em roupas discretas / aparência suja dos fiscais.

b) A coluna de soldados nada mais era que um barco perdido, levado pelas forças da
natureza e por seu destino / a distância em relação a um ponto seguro.

158
c) A história é uma galeria de quadros com poucos originais e muitas cópias / a beleza.

d) Ontem é um cheque cancelado, amanhã é uma nota promissória e hoje é o único


dinheiro vivo que você tem / o fracasso em atividades.

e) Juventude é um presente da natureza, mas a idade é um trabalho de arte / estado de


perfeição.

264ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior

Como se sabe, um dos elementos que caracterizam a argumentação é a presença de certas


estratégias argumentativas, que têm por finalidade convencer, persuadir ou modificar ideias
do receptor sobre uma tese.

Abaixo estão nomeadas algumas dessas estratégias, acompanhadas de exemplos; a opção


em que a estratégia citada está correta é:

a) “A crise econômica é um problema que preocupa a todos; a Europa tem países com
uma alta taxa de inflação, assim como os Estados Unidos” / estratégia de analogia.

b) “Segundo o Greenpeace, a perfuração do Ártico ocasionará um prejuízo irreversível


para o planeta” / estratégia de apelo a um testemunho de autoridade.

c) “A campanha eleitoral pode ser definida pela mídia social; 220 milhões de e-mails
podem ser enviados em 24 horas” / estratégia de apelo ao absurdo.

d) “Grande parte das crianças não se alimentam de forma saudável, o que mostra o
descuido dos pais em relação a esse aspecto da educação dos filhos” / estratégia de
citação de estatísticas.

e) “A liberdade de expressão está sendo desrespeitada continuamente, mas esse é um


direito dos mais importantes de nossa cultura legal” / estratégia de exemplificação.

265ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

A frase que se estrutura em linguagem formal, sem exemplos de linguagem coloquial, é:

a) Me sinto como Cristóvão Colombo, pois sobrevivi a seis casamentos e agora descobri
a mim mesma;

b) O lugar dos brasileiros é no Brasil, não na Europa;

c) Se a economia tivesse muito boa, se todo mundo tivesse ganhando muito bem,
ninguém ia querer saber de eleição;

d) Pagar a dívida externa com a desgraça interna não dá pé;

e) A gente está neste mundo por pura bondade de Deus.

159
266ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

A frase abaixo em que os dois termos sublinhados NÃO mostram a mesma função no texto
é:

a) Um fechamento do Congresso nem sempre é um retrocesso, porque pode ser uma


medida de aceleração do processo democrático;

b) Nós queremos um regime que não seja apenas da raposa, queremos um regime da
raposa e da galinha, onde existam espaço para os dois;

c) As mulheres dos outros candidatos ao governo do Estado de São Paulo são


simplesmente esposas. Eu não;

d) Se você anda de montanha-russa durante nove anos, acaba tendo vontade de andar
de alguma outra coisa;

e) Se gordura fosse engraçada, não haveria necessidade de humorista. Bastava o


pessoal comprar um quilo de toucinho e rir o ano todo.

267ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

A frase abaixo em que todos os vocábulos foram empregados de forma adequada é:

a) Condecoraram Caxias pelo ato de heroísmo cometido na Guerra do Paraguai;

b) Grupos contemplavam a cena do acidente, com vítimas fatais;

c) Os cavalos fizeram um esforço sobre-humano e saíram da lama;

d) Desde o acidente, gozo de uma saúde debilitada;

e) Com esforço, arrastaram a lama para fora do casebre.

268ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

Sabendo-se que o radical cultura entra na composição de muitos vocábulos com o


significado de “criação, cultivo; cuidado, exame”, a palavra que tem seu significado
corretamente indicado é:

a) piscicultura: cultura de pêssegos;

b) triticultura: cultura de trigo;

c) monocultura: criação de macacos;

d) ranicultura: cultura de ramos alimentícios;

e) canicultura: cultura de cana-de-açúcar.

160
269ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

Todas as frases abaixo mostram dois segmentos sublinhados; a frase em que a troca de
posição desses segmentos torna a frase inadequada é:

a) A família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em


particular;

b) Em questão de árvores genealógicas, é mais seguro andar pelos ramos que se


aprofundar nas raízes;

c) Família é o grupo de pessoas unidas pelo sangue e o amor mas separadas por
dinheiro;

d) Famílias com bebê e famílias sem bebê têm dó umas das outras;

e) Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro.

270ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

Uma recente notícia de jornal dizia: “Havia uma grande aglomeração na avenida Paulista e
muitos se apinhavam perto do palanque onde falariam os políticos esperados. Um carro de
som animava o público. Muitas faixas criticavam diferentes aspectos da vida nacional.”

Sobre esse pequeno texto, é correto afirmar que se trata de:

a) uma descrição geral do cenário de uma passeata;

b) uma descrição detalhada de uma aglomeração;

c) uma narração dos principais fatos ocorridos numa passeata;

d) uma informação precisa sobre um movimento político;

e) um texto de propaganda de algum partido político.

271ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Há dois textos de temática semelhante a seguir.

Texto 1 – “Um mestre (Jesus) em que parece haver tanta autoridade, ainda que sua doutrina
seja obscura, merece que seja crido por palavra... pode-se reconhecer sua autoridade, tendo
em vista o respeito que lhe rendem Moisés e Elias; isto é, a lei e os profetas, como já
expliquei... Não procuremos as razões das verdades que ele nos ensina: toda a razão, é que
ele as falou.”

Texto 2 – “Certas pessoas têm fé porque seus pais os ensinaram a crer. Num sentido, é
satisfatório: nenhum axioma filosófico abalará essa fé; num outro sentido, é insatisfatório,
porque sua fé não vem de conhecimento pessoal. Outros chegam à fé pela convicção após

161
estudos. Isso é satisfatório num ponto: eles conhecem Deus por íntima convicção; por outro
lado, é insatisfatório porque se outros lhes demonstram a falsidade de seu raciocínio, eles
podem tornar-se descrentes.”

Comparando os dois textos, é correto afirmar que:

a) o texto 2 contraria o posicionamento do texto 1 em relação ao argumento de


autoridade, pois só reconhece essa autoridade por meio de relações pessoais, e não
pela fé;

b) os dois textos contrariam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, pois


podem ser desacreditados por demonstrações de sua pouca força;

c) o texto 1 condiciona a validade do argumento de autoridade desde que essa


autoridade se tenha manifestado por meio de documentos;

d) os dois textos afirmam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, desde que
bem embasados;

e) o texto 2 mostra o perigo do argumento de autoridade e o risco do livre exame.

272ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

“Acabo de ler o trecho a seguir num livro de História: ‘Os cristãos tinham uma moral, mas os
pagãos, não’. Ah! Senhor autor desta obra: onde o senhor aprendeu essa tolice? O que dizer
da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros? Leitor: reflita e tire
suas conclusões.”

A afirmativa inadequada sobre esse depoimento a respeito da leitura de uma obra histórica
é:

a) o argumentador do texto mostra sua presença desde a primeira linha por meio da
desinência verbal da forma “acabo”;

b) o adversário argumentativo que o argumentador deseja refutar está identificado pela


expressão “Senhor autor desta obra”;

c) a palavra “tolice” serve de qualificação da tese adversária;

d) o leitor, que é visto como árbitro do debate, é invocado na última frase do texto;

e) o argumentador julga a tese apresentada, mas não expõe argumentos que a


contradigam.

273ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Um relatório produzido em determinada seção do serviço público trazia, inadequadamente,


uma série de frases em discurso direto. O chefe da seção solicitou, então, ao funcionário
autor do relatório que modificasse tais frases para o discurso indireto, o que foi

162
imediatamente feito; a frase em que essa modificação solicitada foi realizada de forma
adequada é:

a) O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O


funcionário respondeu ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia
anterior;

b) O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou
que irão terminar a tarefa e voltar para suas casas;

c) O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” /


O cidadão explicou ao segurança que não estava preocupado, era que estava
pensando;

d) A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava


como podia deixar que a usem;

e) O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O


funcionário explicou que o relatório só ficaria pronto depois de amanhã.

274ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Muitas vezes, quando raciocinamos, cometemos erros, as chamadas falácias


argumentativas, que podem ser produzidas a partir de premissas ou proposições falsas,
conclusões inadequadas ou falhas lógicas. Em todos os textos abaixo ocorrem falácias; o
texto em que essa falácia está identificada de forma INCORRETA é:

a) “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos
como deveriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que
empurravam pessoas de mais idade para que pudessem entrar antes na sala de
projeção” / trata-se de uma generalização exagerada, pois se fundamenta em um só
caso de experiência pessoal;

b) “Esta semana o presidente da empresa recebeu ataques que o acusavam de mau


administrador e corrupto; na verdade, porém, esses ataques partiam daqueles que
foram derrotados na assembleia de acionistas e não se haviam conformado com a
derrota” / trata-se da tentativa de evitar a discussão central da acusação, desviando
o foco para as pessoas responsáveis pelos ataques;

c) “Os restaurantes nas pequenas cidades turísticas estão passando grandes


dificuldades, pois o número de clientes diminuiu bastante, o preço dos alimentos
subiu exageradamente, os salários dos funcionários recebem aumentos constantes...
em poucas palavras: ou as prefeituras desses locais criam mecanismos de ajuda ou os
estabelecimentos fecham as portas” / trata-se de um raciocínio que só enxerga
soluções extremadas, sem considerar possibilidades intermediárias;

d) “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome;
mas, como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos

163
classificar o país como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se
segue às premissas ou proposições de que parte;

e) “O funcionário Ricardo é o melhor candidato a chefe de seção porque de todos os


que se apresentaram para a votação é claramente o mais adequado” / trata-se de
algo que ocorre quando, no curso de uma argumentação, se dá algo por certo, sem
necessidade de demonstração.

275ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que tentam convencer-nos a adquirir
determinado produto: são os chamados textos publicitários. Vejamos a seguir um exemplo
desses textos.

É festa na fazenda! Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do
rebanho. A Tristeza Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer
fase da vida. Contudo, existe uma dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo
dos animais. Com você, Ganaseg™ 7% & Kinetomax® Ganaseg™ 7% Combate da Babesiose
(Piroplasmose) Curto período de carência para o leite (apenas 96 horas) Ótimo índice de
segurança Kinetomax® Rápida ação contra a Anaplasmose Dose única Curto período de
carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 4 dias para
animais tratados via subcutânea) Xô, tristeza!

Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar
que:

a) o texto segue a estrutura clássica dos textos publicitários: um título, um subtítulo, o


conteúdo da informação e uma recomendação à aquisição do produto;

b) o final do texto dirige-se particularmente às emoções dos leitores, de modo que eles
continuem a pensar na mensagem veiculada;

c) o texto veicula a mensagem, tendo em vista o seu público-alvo, selecionando


informações, não explicitando termos supostamente conhecidos e utilizando uma
linguagem adequada;

d) o produto anunciado deve ter destacadas as suas características principais e as


vantagens explícitas sobre os concorrentes;

e) o texto é construído segundo um roteiro: chamar a atenção para o tema, despertar o


interesse dos leitores, transformar o interesse em desejo de aquisição e apelar para a
ação.

276ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Seria importante que alguns dos textos que produzimos fossem lidos com atenção pelos
destinatários; para isso, a introdução desses textos pode apelar para estratégias diversas a
fim de conseguir essa atenção. Abaixo estão reproduzidas cinco introduções textuais; aquela
que mostra sua estratégia de atração corretamente identificada é:

164
a) Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma
tenda de lona sem o mastro. O eixo de nosso corpo, denominado também coluna
vertebral, cumpre exatamente as mesmas funções que o mastro de uma tenda. De
forma idêntica, mantém-se ereto o corpo por obra de numerosas tensões. Se o
mastro falha, a tenda vem abaixo”;

b) Começo por uma afirmação surpreendente, de caráter opinativo: “Quando Paulinho


mexe em sua coleção de selos, seus lábios incham de uma forma alarmante;
Margarida sofre de asma quando visita o tio farmacêutico; Tomás, entusiasta do
alpinismo, sofre de erupção cutânea cada vez que inicia uma escalada. Os casos
citados são exemplos dessa misteriosa enfermidade chamada alergia”;

c) Começo por um ou vários exemplos: “O novo dicionário vai ser lançado esta semana
e traz informações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras
nele inseridas, desde o seu nascimento até o estágio atual de significação, além de
datação das ocorrências dessas palavras”;

d) Começo por uma alusão histórica: “As passeatas de motivação política,


particularmente as que pretendem protestar contra algo, trazem sempre em seu
bojo pessoas interessadas em tumultuá-las além do razoável”;

e) Começo por um questionamento: “Não sei bem o que fazer quando meu neto me
pergunta o significado de uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu
significado ou se invento algo mais palatável. Como sua curiosidade está
aumentando, prevejo momentos de grandes dificuldades”.

277ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Abaixo aparecem opiniões variadas, todas elas expressas de um modo impessoal. A citação a
seguir que contém elementos de personalização é:

a) Os educadores são constantemente interrogados sobre o papel da televisão na


educação das crianças; parece hoje estabelecido que esse papel é benéfico;

b) Está universalmente estabelecido que a eficiência das regras de segurança depende


da boa vontade dos que as utilizam;

c) Parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada, bastando
ver-se a grande diminuição de internações hospitalares;

d) Quanto a Grande sertão: veredas, se só se observam os grandes pensamentos que


essa obra contém, é certamente um livro impressionante;

e) Só se pode esperar que a equipe local de salvamento possa atuar de forma eficiente
a fim de que muitas vidas sejam salvas.

278ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

165
Observe a charge a seguir.

A interpretação de texto refere-se à decodificação dos significados dos componentes


textuais, enquanto a compreensão diz respeito aos processos geradores de significação.

A pergunta abaixo que diz respeito à interpretação, e não à compreensão, é:

a) O que mostra na charge a intenção de viajar da família?

b) Como se pode notar que a família está em um lugar alto?

c) De que forma a pandemia está presente na charge?

d) O que demonstra o laço na mão do chefe da família?

e) Qual a expectativa da família representada na charge?

279ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Abaixo está o início de um conto de Lygia Fagundes Telles, denominado A Ceia.

“O restaurante era modesto e pouco frequentado, com mesinhas ao ar livre, espalhadas


debaixo das árvores. Em cada mesinha, um abajur de garrafa projetava sobre a toalha de
xadrez vermelho e branco um pálido círculo de luz.”

Todos sabemos que os termos de um texto podem indicar valores bem variados. Nesse
segmento foram sublinhados alguns que funcionam como adjetivos; a afirmação correta
sobre um deles é:

a) o adjetivo “modesto” indica uma qualificação do restaurante por parte do narrador e


não é acompanhado de nenhum termo que o justifique;

b) o adjetivo “pouco frequentado” mostra uma qualificação do substantivo restaurante,


indicando uma clientela de elite;

166
c) a locução adjetiva “de garrafa” indica o material de que é feito o abajur, destacando
simultaneamente a qualidade sofisticada do restaurante descrito;

d) os adjetivos “vermelho e branco”, que indicam características, podem trazer


informações implícitas sobre a nacionalidade da comida no local;

e) o adjetivo “pálido”, que indica uma relação, mostra uma intensidade da luz, com o
valor implícito de decadência e pouca qualidade do restaurante.

280ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo

Observe o texto argumentativo a seguir. “Certas espécies animais e vegetais desaparecem


cada vez mais rapidamente, o que tornou grave a situação. Primeiramente, várias espécies
foram extintas por causa da caça. Assim, no século XVII, uma espécie de mamíferos era
extinta a cada cinco anos.
Posteriormente, no século XX, a população mundial aumentou de tal modo que, para
encontrar novas terras, os homens invadiram os espaços selvagens. Foram derrubadas
imensas florestas e, assim, numerosos animais desapareceram em função da destruição de
seus hábitats. Também a poluição e a instalação de linhas elétricas mataram muitas espécies
de peixes e aves. Por fim, uma nova caça intensiva, destinada ao comércio, suprimiu certas
espécies, como a dos rinocerontes, cujos chifres eram empregados na fabricação de
afrodisíacos.
O homem sabe hoje que a vida sobre a terra é uma vasta cadeia em que cada ser vivo é um
elo. Quando uma espécie desaparece, outros animais e outras plantas passam a ficar
ameaçadas. Progressivamente, a vida humana se empobrece.”

Esse texto foi didaticamente estruturado; a única afirmativa abaixo inadequada em relação à
sua estruturação é:

a) a conclusão do texto é constituída a partir de um rápido resumo das ideias


anteriormente expressas;

b) o último parágrafo do texto se liga estruturalmente ao primeiro, ampliando-o


tematicamente;

c) a tese do texto foi devidamente comprovada pelos argumentos expressos em seus


vários parágrafos;

d) os argumentos empregados na defesa da tese do texto foram dispostos em


organização cronologicamente progressiva;

e) cada um dos parágrafos que serve de argumento é introduzido por um marcador


discursivo, que, em seu conjunto, organizam o texto.

RESPOSTAS:

261:C 262:B 263:E 264:B 265:B 266:E 267:E 268:B 269:B 270:A 271:E 272:E 273:A 274:E
275:C 276:C 277:D 278:E 279:D 280:A

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281ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Depreende-se do texto que, para os aborígenes australianos, o que no Ocidente se entende


por natureza não é uma fonte de riqueza.

( ) Certo
( ) Errado

282ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português

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Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

O autor do texto argumenta que a representação da natureza unicamente como recurso


decorre da constatação, pela humanidade, da própria superioridade.

( ) Certo
( ) Errado

283ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das

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técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Ainda que o texto não defina o que seria a alma da natureza, é possível inferir dos seus
sentidos que tal alma possui vínculos com os humanos.

( ) Certo
( ) Errado

284ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

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No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Conforme o texto, a natureza perdeu sua alma pelo fato de o ser humano ter-se instituído
como seu “mestre e senhor”.

( ) Certo
( ) Errado

285ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

A expressão “Esse movimento” (nono período) remete à ideia de representar a natureza


como um grande relógio.

( ) Certo
( ) Errado

286ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

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Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o trecho “Mas, a partir
do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna,
por assim dizer, um grande relógio” (sétimo período) fosse reescrito da seguinte forma:
Porém, desde que passamos a compreender a natureza como uma totalidade em si, ela se
transformou em uma espécie de grande maquinário.

( ) Certo
( ) Errado

287ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e

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de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

As expressões “daí” e “a partir de então”, no penúltimo período do texto, e “Naquela


altura”, no último período, estabelecem uma sucessão temporal composta de três
momentos distintos.

( ) Certo
( ) Errado

288ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para

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retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

De acordo com o texto, a objetificação da natureza, e sua consequente exploração, é o


resultado benéfico do desenvolvimento das ciências e das técnicas.

( ) Certo
( ) Errado

289ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

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No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

No sétimo período do texto, o pronome “cujas” remete a “mecanismo”.

( ) Certo
( ) Errado

290ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

No quarto período do texto, o emprego do futuro na forma verbal “poderá” deve-se não a
uma questão de encadeamento temporal, mas, sim, à expressão de uma relação lógica entre
as ideias das orações que compõem esse período.

( ) Certo
( ) Errado

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291ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

O texto defende que os aborígenes australianos não percebem o fato de que natureza e
cultura são distintas.

( ) Certo
( ) Errado

292ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português

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Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Conclui-se das ideias do texto que entender o mundo como um todo é uma ideia esquisita
porque a perspectiva de qualquer conhecimento é incompleta, parcial.

( ) Certo
( ) Errado

293ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das

177
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

Conforme o texto, o conceito de natureza pressupõe o distanciamento do homem em


relação ao ambiente onde ele vive.

( ) Certo
( ) Errado

294ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

178
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

O texto atribui à desigualdade social o fato de bairros nobres de grandes capitais brasileiras
serem muito mais arborizados que outras áreas.

( ) Certo
( ) Errado

295ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

179
No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas
como sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

296ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “por serem”, ao
final do primeiro parágrafo, poderia ser substituída por que eram.

( ) Certo
( ) Errado

180
297ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Depreende-se do texto que a presença de árvores nas cidades promove benefícios para a
qualidade de vida das pessoas, os quais, contudo, muitas vezes não são considerados em
avaliações técnicas de paisagismo urbano.

( ) Certo
( ) Errado

298ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das

181
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Predomina no texto a descrição dos tipos de malefícios que as árvores podem causar à
infraestrutura das cidades.

( ) Certo
( ) Errado

299ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são

182
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

O tema central do texto é o crescimento exagerado das árvores nos grandes centros
urbanos.

( ) Certo
( ) Errado

300ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A


própria escrita foi inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas
Américas. Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de
perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a
escrever. Algumas invenções posteriores foram adotadas somente de forma seletiva, como
quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não demonstraram nenhum
interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à escrita
tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava
manter vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e
alguns textos acabaram sendo declarados sagrados.

Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura transformou a civilização. Pedro


Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com adaptações).

183
Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.

O emprego predominante do pretérito perfeito no texto tem o propósito de apresentar


fatos já ocorridos em determinado momento no passado e cujos efeitos, além de ainda
serem sentidos no momento atual, afetam o tempo presente.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

281:E 282:E 283:C 284:C 285:C 286:C 287:E 288:E 289:E 290:C 291:E 292:C 293:C 294:C 295:C
296:E 297:C 298:E 299:E 300:E

184
301ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A


própria escrita foi inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas
Américas. Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de
perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a
escrever. Algumas invenções posteriores foram adotadas somente de forma seletiva, como
quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não demonstraram nenhum
interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à escrita
tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava
manter vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e
alguns textos acabaram sendo declarados sagrados.

Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura transformou a civilização. Pedro


Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.

O texto é predominantemente informativo.

( ) Certo
( ) Errado

302ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

185
A expressão “Além disso” (terceiro parágrafo) introduz o argumento mais forte apresentado
pelo autor do texto para comprovar sua tese acerca do surgimento da linguagem humana.

( ) Certo
( ) Errado

303ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

O uso do advérbio “Obviamente” (segundo parágrafo) desempenha importante papel na


argumentação apresentada no texto, realçando uma informação que já é tomada como
conhecimento geral.

( ) Certo
( ) Errado

304ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

186
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

O fato de que alguns animais, como chimpanzés, também utilizam ferramentas enfraquece o
argumento de que se requer linguagem para usar ferramentas.

( ) Certo
( ) Errado

305ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

O autor do texto contesta os argumentos usados por alguns linguistas que defendem a ideia
de que o Homo erectus apresentava linguagem.

( ) Certo
( ) Errado

306ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

187
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para
isso, muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões
de reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.

Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o


item subsequente.

Se o trecho “A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil”
fosse reescrito como A PETROBRAS está à frente de aproximadamente 80% dos
combustíveis que produz-se no Brasil, seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical
do texto.

( ) Certo
( ) Errado

307ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso,
muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de
reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.

Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o


item subsequente.

188
A informação apresentada no primeiro período do segundo parágrafo é desenvolvida no
restante do segundo parágrafo e no terceiro parágrafo.

( ) Certo
( ) Errado

308ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso,
muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de
reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.

Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o


item subsequente.

Infere-se do texto que achar petróleo não é uma certeza porque os erros na identificação do
local de perfuração impedem o reconhecimento da localização exata do produto.

( ) Certo
( ) Errado

309ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o


prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

189
No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,
assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

Sem prejuízo dos sentidos originais e da correção gramatical do texto, o trecho “falsa
responsabilidade do que é postado ou compartilhado” (segundo período) poderia ser
substituído por falsa responsabilidade do que se posta ou se compartilha.

( ) Certo
( ) Errado

310ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o


prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,


assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

Infere-se do emprego do trecho “um estrangeirismo que mascara diversos crimes” (terceiro
período) que há outros estrangeirismos que não mascaram crimes ou a eles se associam.

( ) Certo
( ) Errado

311ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

190
Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o
prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,


assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

A palavra “Agora”, no início do último período, introduz no texto um marco temporal,


correspondendo, em sentido, a Atualmente.

( ) Certo
( ) Errado

312ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o


prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,


assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

No texto, as frases ‘compartilhei fake news de alguém’ e ‘cometi um crime contra honra’ são
consideradas equivalentes, já que o compartilhamento de fake news pode ser crime.

( ) Certo
( ) Errado

313ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz

191
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o


prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,


assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

No texto, predomina o tipo textual dissertativo-argumentativo.

( ) Certo
( ) Errado

314ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “Assim”, que inicia o segundo
período do segundo parágrafo, manteria a correção gramatical, embora alterasse o sentido
original do texto.

192
( ) Certo
( ) Errado

315ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “pelo qual” (primeiro período do
primeiro parágrafo) fosse substituído por porque.

( ) Certo
( ) Errado

316ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos

193
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

Considerando-se as ideias de Platão e Sócrates apresentadas no texto, é possível concluir, se


se acredita que pessoas que operam sua vivência unicamente a partir de redes sociais vivem
de aparências, que tais pessoas não conhecem a Verdade.

( ) Certo
( ) Errado

317ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

194
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

O termo “Alegoria”, empregado no texto precedente, alude à ideia de representação.

( ) Certo
( ) Errado

318ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

O pronome “este”, na expressão “De acordo com este texto”, que inicia o segundo
parágrafo, remete a toda a ideia contida no parágrafo anterior.

( ) Certo
( ) Errado

195
319ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

Depreende-se do texto que as visões de Sócrates e Platão convergem ao relacionar a justiça


ao conhecimento do Bem.

( ) Certo
( ) Errado

320ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de

196
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Dado o fato de o vocábulo “mas”, em sua primeira ocorrência no segundo período do


primeiro parágrafo, ter sido empregado com sentidos adversativo, de oposição, os sentido
originais do texto seriam mantidos caso ele fosse substituído por porém.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

301:C 302:E 303:C 304:E 305:C 306:E 307:C 308:E 309:C 310:C 311:E 312:E 313:C 314:C 315:E
316:C 317:C 318:E 319:C 320:E

197
321ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No último parágrafo do texto, o trecho entre vírgulas “cujo emprego não está limitado às
grandes potências bélicas” tem sentido explicativo.

198
( ) Certo
( ) Errado

322ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

199
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de
mantê-lo em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: é
o de lhe manter em um cerco informativo.

( ) Certo
( ) Errado

323ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

200
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

Em ‘As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer


indecisas no lugar’ (segundo parágrafo), a palavra ‘alheias’ tem o mesmo sentido de
ambíguas.

( ) Certo
( ) Errado

324ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes

201
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No segundo parágrafo, na citação do general prussiano Carl von Clausewitz, o adjetivo


‘contraditória’, em ‘Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória’, expressa,
em tom pejorativo, um atributo do termo ‘guerra’.

( ) Certo
( ) Errado

325ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a

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eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No segundo período do segundo parágrafo do texto, o vocábulo “Contudo” introduz uma


ressalva.

( ) Certo
( ) Errado

326ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

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Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o
informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No início do segundo parágrafo, na citação de Sun Tzu, a palavra ‘dissimulação’ está


empregada com sentido semelhante ao de hipocrisia.

( ) Certo
( ) Errado

327ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

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Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,
incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

Os dois primeiros períodos do primeiro parágrafo compõem uma relação de causa e


consequência, de modo que seria correto uni-los em um só período, empregando-se uma
conjunção causal, como já que, imediatamente antes de “Da guerra”, desde que feitos os
devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas e de pontuação.

( ) Certo
( ) Errado

328ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

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A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem

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as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

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Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No primeiro parágrafo do texto, a forma pronominal “o”, em “ela sempre o foi”, retoma a
expressão “um setor estratégico”.

( ) Certo
( ) Errado

329ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

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A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu

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amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso se substituísse o trecho


“A comunicação tem-se transformado” (primeiro parágrafo) por Está transformada a
comunicação.

( ) Certo
( ) Errado

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A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e
da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

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Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

No texto, critica-se a falta de responsabilidade dos militares de propagar, na guerra,


informação falsa para enganar um público específico.

( ) Certo
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A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

Depreende-se da citação do estrategista militar chinês Sun Tzu, no segundo parágrafo do


texto, que toda guerra é falsa.

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( ) Certo
( ) Errado

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Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

210
Conforme o texto, o uso de bombas eletrônicas é restrito, porque nem todos os países ainda
têm condições de produzir um dispositivo tão caro e com alcance inimaginável.

( ) Certo
( ) Errado

333ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

211
Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

Depreende-se do texto que, na guerra, lança-se mão especialmente da desinformação como


estratégia militar para cercar o inimigo.

( ) Certo
( ) Errado

334ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

212
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

O texto apresenta como tema central o papel estratégico da informação e da comunicação


no meio militar e beligerante, mostrando que as novas tecnologias de transmissão de
informações serão decisivas nas guerras do futuro imediato.

( ) Certo
( ) Errado

335ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e

213
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.

O texto tem o propósito de fornecer instruções sobre como usar a comunicação nos
conflitos bélicos da contemporaneidade.

( ) Certo
( ) Errado

336ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-II

Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza e da paz. Num mundo amargo, triste
e violento, os livros oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a vida como
deveria ser. Títulos agressivos devem ser evitados. Essa convicção é equivocada?

Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são múltiplos e devem ser respeitados.
O problema é acreditar que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na terra. Há
livros que funcionam assim, mas não são muitos. Para falar a verdade, as grandes obras
literárias, com intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela traição, pela
violência, pela catástrofe.

Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas imperfeições nas páginas dos
grandes livros. O mergulho nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais
agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser humano em sua plenitude é conhecer a
variedade de nossas emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que
comovem e as que perturbam.

Um belo treino é a leitura do monumental A canção do carrasco, de Norman Mailer. O


centro de tudo é a execução de Gary Gilmore em 1977, nos Estados Unidos da América,
pelos crimes que cometeu. Quase tudo nas mil páginas de Mailer é real. O material foi
obtido a partir de entrevistas, leitura de processos judiciais e da cobertura da imprensa.
Trata-se de uma aula de como a realidade é operada por diversas alavancas.

Nelson Fonseca Neto. O mundo do crime na literatura.


Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).

No trecho “As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que comovem e as que


perturbam.”, do texto CG1A1-II,

214
a) opõem-se palavras de sentido contrário.

b) os adjetivos “boas” e “dignas” são sinônimos.

c) o emprego reiterado da flexão de plural caracteriza aliteração.

d) o emprego dos verbos comover e perturbar caracteriza pleonasmo.

e) a sequência de adjetivos segue uma gradação ascendente de ideias.

337ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-II

Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza e da paz. Num mundo amargo, triste
e violento, os livros oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a vida como
deveria ser. Títulos agressivos devem ser evitados. Essa convicção é equivocada?

Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são múltiplos e devem ser respeitados.
O problema é acreditar que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na terra. Há
livros que funcionam assim, mas não são muitos. Para falar a verdade, as grandes obras
literárias, com intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela traição, pela
violência, pela catástrofe.

Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas imperfeições nas páginas dos
grandes livros. O mergulho nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais
agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser humano em sua plenitude é conhecer a
variedade de nossas emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que
comovem e as que perturbam.

Um belo treino é a leitura do monumental A canção do carrasco, de Norman Mailer. O


centro de tudo é a execução de Gary Gilmore em 1977, nos Estados Unidos da América,
pelos crimes que cometeu. Quase tudo nas mil páginas de Mailer é real. O material foi
obtido a partir de entrevistas, leitura de processos judiciais e da cobertura da imprensa.
Trata-se de uma aula de como a realidade é operada por diversas alavancas.

Nelson Fonseca Neto. O mundo do crime na literatura.


Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).

Quanto à tipologia textual, o texto CG1A1-II é predominantemente

a) narrativo, por apresentar detalhes sobre a obra de Norman Mailer.

b) expositivo, apresentando linguagem objetiva, com foco na definição de conceitos e


na apresentação de exemplos.

215
c) descritivo, por ser marcado pela impessoalidade na linguagem e por exibir um ponto
de vista de modo imparcial.

d) injuntivo, por buscar convencer o leitor da contribuição dos livros agressivos para a
intensificação da humanidade.

e) dissertativo-argumentativo, sendo voltado a convencer o leitor do valor dos livros


sombrios.

338ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-I

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos


mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião
pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser
desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente
racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que
reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita
unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem
alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com
os antagonismos, as diferenças e a diversidade.

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que


o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos
pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as
alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em
que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da
violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do
outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela
é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o
caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de
irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e,
frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.

Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita do trecho “Ora,
se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser,
paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional.”, do texto CG1A1-I.
Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical e a
coerência do texto.

a) Ora, se a violência é irracional paradoxalmente, não é por susceder de feitos


realizados por alguém destituido de razão, mas sim por ser fruto de uma razão
perigosamente racional.

216
b) Ora, se a violência é irracional, é por estar enraizada em conduta de ser irracional
que atua de forma paradoxalmente atrelada a razão.

c) Ora, se a violência é irracional, não é que se tenha fundamento no que um ser


irracional cometeu, mas por se originar paradoxalmente em uma razão que está
estranhamente baseada no perigo.

d) Ora, se a violência é irracional, isso ocorre porque é, paradoxalmente, resultado da


ação de quem baseia-se de forma perigosa, no contraste entre o racional e o
irracional.

e) Ora, se a violência é irracional, não é por resultar de ações de um ser irracional, e,


sim, por ser, paradoxalmente, fruto do exercício de uma razão cuja racionalidade é
perigosa.

339ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-I

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos


mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião
pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser
desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente
racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que
reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita
unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem
alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com
os antagonismos, as diferenças e a diversidade.

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que


o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos
pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as
alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em
que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da
violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do
outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela
é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o
caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de
irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e,
frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.

Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.

217
I No quarto período do primeiro parágrafo, tanto o trecho “que reduz tudo a um único
princípio explicativo” quanto o trecho “que vê a realidade como feita unicamente de
elementos antagônicos e irreconciliáveis” consistem em orações explicativas.

II Caso o trecho “É a razão que” (segundo período do segundo parágrafo) fosse substituído
por A razão, seria mantida a correção gramatical do texto.

III No trecho “É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à
violência o status de irracionalidade”, o termo “que” é uma forma pronominal cujo referente
é “dramaturgia”.

IV No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua
dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração
adverbial comparativa.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) II, III e IV.

340ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-I

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos


mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião
pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser
desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente
racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que
reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita
unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem
alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com
os antagonismos, as diferenças e a diversidade.

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que


o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos
pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as
alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em
que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da
violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do
outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela

218
é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o
caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de
irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e,
frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.

Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

Seria gramaticalmente correta e manteria os sentidos do texto CG1A1-I a substituição de

a) “Ora” (terceiro período do primeiro parágrafo) por Então.

b) “No entanto” (último período do segundo parágrafo) por Porquanto.

c) “Portanto” (primeiro período do segundo parágrafo) por Por conseguinte.

d) “Em outras palavras” (terceiro período do segundo parágrafo) por Outrossim.

e) “pois” (penúltimo período do segundo parágrafo) por sem embargo.

RESPOSTAS:

321:C 322:E 323:E 324:E 325:C 326:C 327:E 328:C 329:E 330:E 331:E 332:E 333:C 334:C 335:E
336:A 337:E 338:E 339:A 340:C

219
341ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil

Texto CG1A1-I

Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos


mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião
pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser
desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente
racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que
reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita
unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem
alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com
os antagonismos, as diferenças e a diversidade.

Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que


o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos
pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as
alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em
que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da
violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do
outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela
é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o
caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de
irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e,
frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.

Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).

O foco do autor do texto CG1A1-I é defender a ideia de que

a) a irracionalidade é elemento característico da violência extrema.

b) a razão é paradoxalmente capaz de lidar com o antagonismo e a diversidade.

c) a violência está associada a ameaças reais identificadas pela razão.

d) a irracionalidade é uma explicação falaciosa para a violência extrema.

e) a aplicação de mecanismos racionais transforma perigos irreais em fatos.

342ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade

220
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os


parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para isolar
uma digressão feita pelo autor do texto.

( ) Certo
( ) Errado

343ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em

221
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

No quinto período do texto, a locução verbal “teriam contribuído” poderia ser substituída
por contribuiriam, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

344ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

222
George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão
desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

O autor sugere que o trecho 'A justiça nada quer de ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir
quando partes', de Kafka, pode ser compreendido como um tipo de definição da vida
humana marcada por uma culpa que precede o próprio nascimento dos sujeitos inseridos na
lógica da religião cristã.

( ) Certo
( ) Errado

345ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

223
O autor do texto explicita a ideia de que Kafka conseguiu, por meio de suas obras, antever o
autoritarismo, o antissemitismo e o imperialismo.

( ) Certo
( ) Errado

346ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

O cerne da reflexão do autor é a proximidade entre o que escreveu Kafka nas obras
mencionadas no texto e os fatos que se sucederam na realidade.

( ) Certo
( ) Errado

347ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes

224
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

O termo “lugar-comum”, no primeiro período do texto, foi utilizado pelo autor para veicular
a ideia de que O processo pode ser compreendido como um tipo de fonte geral de onde é
possível tirar argumentos e provas para determinadas questões do século vinte.

( ) Certo
( ) Errado

348ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que

225
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.

Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).

Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.

Em ‘Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição’, a expressão ‘apesar da’ está
empregada com o mesmo sentido de não obstante a.

( ) Certo
( ) Errado

349ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.

226
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).

Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.

A forma verbal “está”, empregada no primeiro período do texto, poderia ser substituída por
se posta, sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

350ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.

Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).

Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.

O texto apresenta características do gênero parábola, pois constitui uma narrativa alegórica
que transmite uma mensagem indireta.

( ) Certo
( ) Errado

227
351ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.

Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).

Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.

Seria mantida a correção gramatical e os sentidos originais do texto caso, no trecho ‘Aqui
ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você’, a conjunção
'pois' fosse substituída por posto que.

( ) Certo
( ) Errado

352ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.

Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se

228
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.

Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o


pensamento emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia
de que momentos de solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por
concluir que isso não se aplicava a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua
vida mental era a de um fluxo semienlouquecido de imagens acompanhado de diálogos
inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão puramente racional, o que,
para um policial, era no mínimo embaraçoso.

Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).

No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.

No segundo período do terceiro parágrafo, o termo “propícios” é sinônimo de favoráveis.

( ) Certo
( ) Errado

353ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.

Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.

Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o


pensamento emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia
de que momentos de solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por
concluir que isso não se aplicava a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua
vida mental era a de um fluxo semienlouquecido de imagens acompanhado de diálogos
inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão puramente racional, o que,
para um policial, era no mínimo embaraçoso.

Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).

No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.

229
No período “Formara, havia tempos, a ideia de que momentos de solidão eram propícios à
reflexão” (terceiro parágrafo), o trecho “Formara, havia tempos” poderia ser substituído por
Formou, há tempos, sem prejuízo dos sentidos originais e da correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

354ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.

Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.

Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o


pensamento emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia
de que momentos de solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por
concluir que isso não se aplicava a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua
vida mental era a de um fluxo semienlouquecido de imagens acompanhado de diálogos
inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão puramente racional, o que,
para um policial, era no mínimo embaraçoso.

Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).

No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.

De acordo com o segundo parágrafo do texto, a praça Mauá era vista com desconfiança.

( ) Certo
( ) Errado

355ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.

Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se

230
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.

Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o


pensamento emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia
de que momentos de solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por
concluir que isso não se aplicava a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua
vida mental era a de um fluxo semienlouquecido de imagens acompanhado de diálogos
inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão puramente racional, o que,
para um policial, era no mínimo embaraçoso.

Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).

No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.

O texto poderia ser classificado corretamente como descritivo ou narrativo, não sendo
possível afirmar qual desses tipos textuais nele predomina.

( ) Certo
( ) Errado

356ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras

231
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

No período “Vivem os que podem se isolar e os que moram em aglomerados miseráveis, em


um cômodo apenas, para os quais as palavras ‘confinamento’, ‘isolamento’ ou ‘quarentena’
são piadas de mau gosto” (último parágrafo), “os quais” tem como referente “os que moram
em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas”.

( ) Certo
( ) Errado

357ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

232
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o segundo período do


terceiro parágrafo (“Planeta... Unidas (2017)).” poderia ser reescrito da seguinte forma: Os
habitantes de Manhattan, os da Avenue Foch, em Paris, os do Leblon, no Rio de Janeiro, ou
os dos Jardins, em São Paulo, tanto quanto os 800 milhões de pessoas que, segundo dados
da Organização das Nações Unidas (2017), passam fome no mundo, enquadram-se na
designação dos termos planeta e humanidade.

( ) Certo
( ) Errado

358ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

233
O sentido original do texto e sua correção gramatical seriam mantidos caso seus dois
primeiros períodos passassem a compor um único período, da seguinte maneira: As forças
da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço, mas, são as
estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre
mais.

( ) Certo
( ) Errado

359ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

O terceiro parágrafo do texto apresenta exemplos que confirmam a tese defendida no texto:
com a pandemia de covid-19, os contrastes sociais eclodiram em todas as regiões do
planeta.

234
( ) Certo
( ) Errado

360ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

O terceiro parágrafo do texto trata do momento inicial da pandemia do novo coronavírus no


planeta, quando a população mundial estava mais imbuída da ideia de que o isolamento era
necessário para conter o avanço da covid-19.

( ) Certo
( ) Errado

235
RESPOSTAS:

341:D 342:E 343:C 344:C 345:E 346:C 347:E 348:C 349:C 350:C 351:E 352:C 353:E 354:E 355:E
356:C 357:C 358:E 359:E 360:E

236
361ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

No texto, atribui-se ao próprio ser humano as consequências de desastres decorrentes das


forças da natureza.

( ) Certo
( ) Errado

362ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de

237
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

De acordo com o texto, as pessoas costumam responsabilizar o destino, com mais


frequência que a Deus ou a natureza, pelas consequências desastrosas de certos fenômenos
naturais para a humanidade.

( ) Certo
( ) Errado

363ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

238
POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-
brasil/noticia/maior-fronteira-agricola-
-mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov.
2021. Adaptado.

No trecho “Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é muito grande.” (parágrafo


1), a palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por

a) com o fim de

b) dessa forma

c) apesar de

d) porque

e) quando

364ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

239
POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-
brasil/noticia/maior-fronteira-agricola-
-mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov.
2021. Adaptado.

De acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve

a) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar seus negócios.

b) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de muita água.

c) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.

d) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região amazônica.

e) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pecuária.

365ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

240
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

O caráter público dos textos oficiais exige que eles sejam escritos de forma estritamente
impessoal, característica que se observa em:

a) Considero, portanto, o excesso de grades uma agressão à paisagem da cidade.

b) Lastimavelmente, o decreto regulamenta os casos de construção de prédios na orla.

c) Os porteiros têm direito a ter pausa para o almoço e a receber por horas extras
trabalhadas.

d) Aprovou-se, na Câmara, a tão acertada lei que trata da colocação de grades em


espaços públicos.

e) Foi ignorada, no documento, a excessiva preocupação dos parlamentares com o


volume de carros nas ruas.

366ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

241
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

“E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem
gradeada, fiquei sem saber o que dizer.” (parágrafo 7)

O uso do verbo em destaque no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo estabelece


que o fato representado por esse verbo se deu antes de outro fato passado.
242
Esse mesmo significado é encontrado no que está destacado em:

a) Ela já foi uma mulher alegre e jovial.

b) A mesma cena se repete ao nascer de cada manhã.

c) A velha senhora estava sentada na calçada enquanto amanhecia

d) Na última manhã, a velha senhora chegou e o sol já tinha surgido.

e) As grades impressionariam qualquer um que chegasse à cidade.

367ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

243
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

O texto apresenta-se dividido em dois momentos: o primeiro, em que o narrador descreve


minuciosamente a cena observada; e o segundo, em que o narrador se aproxima mais do
leitor, estabelecendo, com ele, uma quase conversa e colocando-se explicitamente no texto.

O início do segundo momento se dá com o trecho:

a) “Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.” (parágrafo 2)

b) “No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer-se num aceno, quando alguém passar.” (parágrafo 4)

c) “É uma cena bonita, eu acho.” (parágrafo 5)

d) “Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só
teve um choque: as grades.” (parágrafo 7)

e) “Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora.” (parágrafo 8)

368ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

244
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por hábito
sentar-se na calçada observando as manhãs, constrói uma crítica

245
a) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, sem o apoio e o carinho
de sua família.

b) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é percebido por quem se
afasta da cidade por um tempo e retorna.

c) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há muito já deveriam ter
sido abandonados pela população.

d) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que foram sendo colocadas aos
poucos ao redor de todos nós.

e) às autoridades de segurança pública, que não atuam em prol do direito de ir e vir,


sem riscos, da população.

369ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

246
Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos
tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

No terceiro parágrafo do texto CG2A1-I, o trecho entre travessões informa o motivo de

a) o Brasil ter participado da Segunda Guerra Mundial contra as ditaduras nazifascistas.

b) Hitler ter sido derrotado em 1945.

c) a Segunda Guerra Mundial ter chegado ao fim.

d) o regime autoritário do Estado Novo ter sucumbido.

e) o mundo ter sido tomado pelas ideias democráticas.

370ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,

247
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

No primeiro parágrafo do texto CG2A1-I, o elemento “que”, em “que, por sua vez, teria o
poder de decisão”, refere-se a

a) “Talião”.

b) “Hamurabi”.

c) “O código”.

d) “soberano”.

e) “o interessado”.

371ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

248
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

A correção gramatical e os sentidos do texto CG2A1-I seriam preservados com a substituição


de

I “que ocorreram” (segundo parágrafo) por sucedidas.


II “portanto” (terceiro parágrafo) por contanto.
III “da qual” (terceiro parágrafo) por cuja.

Assinale a opção correta

a) Nenhum item está certo.

b) Apenas o item I está certo.

c) Apenas o item III está certo.

d) Apenas os itens I e II estão certos.

e) Apenas os itens II e III estão certos.

372ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

249
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

Cada uma das próximas opções apresenta uma proposta de reescrita para o primeiro
período do primeiro parágrafo do texto CG2A1-I. Assinale a opção em que a proposta
apresentada mantém a coerência e a correção gramatical do texto.

a) Já nos séculos XVII a XXI a.C., era possível encontrar vestígios da existência do direito
de acesso à justiça no Código de Hamurabi, em cujas leis tiveram inspiração a frase
da Lei de Talião “Olho por olho, dente por dente”.

250
b) Sinais do direito de acesso à justiça já podiam ser encontrados no decorrer dos
séculos XXI a XVII a.C., no Código de Hamurabi, cujas leis eram fundamentadas na
seguinte famosa frase da Lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente”.

c) Dentre os séculos XVII a XXI a.C., se encontram indicação do acesso ao direito de


justiça na Lei de Talião (“Olho por olho dente por dente”), presente no Código de
Hamurabi.

d) No período entre os séculos XXI a XVII, já existia indícios do direito de acesso à justiça
na Lei de Talião, chamada de Código de Hamurabi, pela máxima “Olho por olho,
dente por dente”.

e) Nos séculos XXI a XVII a.C., era possível já encontrar traços da garantia do direito de
acesso a justiça nas leis do Código de Hamurabi, onde foram embasadas na famosa
sentença “Olho por olho, dente por dente” da Lei de Talião.

373ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

251
Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos
tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

No texto CG2A1-I, predomina a tipologia textual

a) descritiva.

b) argumentativa.

c) expositiva.

d) narrativa.

e) injuntiva.

374ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

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A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de
acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

Infere-se do texto CG2A1-I que o acesso à justiça

a) é concedido aos brasileiros natos e, com restrições, aos estrangeiros de qualquer


nacionalidade naturalizados brasileiros, ainda que não residam no Brasil.

b) é concedido ao cidadão brasileiro por decisão do Poder Judiciário.

c) é definido na Constituição Federal de 1988, mas não tem efetividade no mundo real.

d) representa a prerrogativa exclusiva dos brasileiros de buscar a tutela de seus direitos


por meio da atuação de um magistrado.

e) constitui, no Brasil, o direito de ter à disposição o meio constitucionalmente previsto


para pleitear e alcançar a tutela jurisdicional do Estado.

375ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos

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Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

O tema central do texto CG2A1-I é

a) a ampliação gradual do Poder Judiciário desde a previsão constitucional de 1946.

b) a definição expressa do princípio do acesso à justiça no Código de Hamurabi.

c) o estabelecimento de mecanismos que garantem o poder do governante.

d) a evolução histórica do direito de acesso à justiça.

e) o embasamento do princípio de acesso à justiça na Lei de Talião.

376ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as

254
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Com a expressão “fosso tecnológico” (último parágrafo), o autor se refere às desigualdades


de acesso à tecnologia.

( ) Certo
( ) Errado

377ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.

255
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Depreende-se do texto que o crescimento dos benefícios da Internet, da telemedicina e das


tecnologias ecológicas garantirá a todos acesso a essas facilidades.

( ) Certo
( ) Errado

378ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

256
No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de
proporcionalidade entre as orações que formam o período.

( ) Certo
( ) Errado

379ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações
climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”,
a substituição da conjunção “e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a
coerência do texto.

( ) Certo
( ) Errado

380ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

257
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço
básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Depreende-se do primeiro parágrafo que somente no futuro ficará provado que as


telecomunicações são muito mais do que um serviço básico.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

361:C 362:E 363:B 364:C 365:C 366:D 367:C 368:D 369:A 370:D 371:B 372:B 373:C 374:E
375:D 376:C 377:E 378:C 379:C 380:E

258
381ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de
Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

A eliminação da vírgula empregada após a palavra “vítimas” (segundo período do segundo


parágrafo) alteraria os sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

382ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais

259
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Em “muito mais do que um serviço básico” (primeiro parágrafo), a retirada do vocábulo “do”
não comprometeria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

383ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

260
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Quanto à tipologia, o texto é essencialmente expositivo.

( ) Certo
( ) Errado

384ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.

261
Em ‘Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo’ (décimo terceiro
parágrafo), a palavra ‘aí’ expressa ideia de lugar.

( ) Certo
( ) Errado

385ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.

Em ‘Olha, é pontuda, certo?’ (décimo primeiro parágrafo), o emprego da forma verbal ‘Olha’
tem a finalidade de atrair a atenção do interlocutor, sem designar necessariamente o ato de
olhar.

( ) Certo
( ) Errado

386ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

262
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço
básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto
que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas
para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das
quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e
os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no
fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e
limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que
promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, o trecho “As tecnologias


da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda” (segundo parágrafo) poderia ser
reescrito da seguinte forma: Usaram-se as tecnologias da comunicação afim de coordenar a
ajuda.

( ) Certo
( ) Errado

387ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

A investigação de um crime pode demorar muito ou pouco tempo, conforme a


complexidade da cena do crime, daí que seja absolutamente indispensável que o
investigador possa dispor do tempo necessário e que seja possuidor de treinamento capaz
de torná-lo eficiente.

Sobre a estruturação desse pequeno texto, a afirmação adequada é:

a) o termo “de um crime” mostra o mesmo papel textual de “de treinamento”;

b) o conector “conforme” pode ser adequadamente substituído por “dada a”;

263
c) o termo “daí que” indica uma confirmação da frase anterior;

d) o pronome “lo” em “torná-lo” se refere a “treinamento”;

e) os adjetivos “necessário” e “eficiente” se referem a “investigador”.

388ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Em cada frase abaixo há uma oração reduzida sublinhada; a substituição indevida dessa
oração por uma forma nominal equivalente é:

a) Para resolver problemas do país, eu conversaria até com o demônio / Para a solução
dos problemas do país;

b) Protegendo os macacos, estaremos protegendo a nós mesmos, porque eles são os


animais mais próximos do homem / Com a proteção aos macacos;

c) Estarão os brasileiros menos preparados que os bolivianos para participar de um


regime democrático? / para a repartição de um regime democrático?

d) Não basta salvar focas e baleias. É preciso garantir a vida das crianças / a garantia da
vida das crianças;

e) Eu não vou me opor à proposta de transformar a Amazônia em patrimônio da


humanidade / de transformação da Amazônia em patrimônio da humanidade.

389ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Em todas as frases abaixo foram empregadas palavras de carga semântica negativa


(sublinhadas); a forma adequada de modificar esse valor negativo por um vocábulo positivo
ou atenuador de sentido equivalente é:

a) Timbalada é o ‘roll’ do rock. É a ausência de grunhidos da guitarra e a evidência da


bateria / berros;

b) O marido abandonou a mulher depois de 15 anos de casados / largou;

c) É uma pobre ilusão achar que o consumo de quinquilharias vai nos fazer modernos /
bugigangas;

d) Empanturrei-me de comida mineira em Barbacena / Enchi-me;

e) Pessoas espertas tomam atitudes estúpidas por razões amorosas / impensadas.

390ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

A frase abaixo em que todos os vocábulos pertencem à linguagem formal é:

264
a) Pagar a dívida externa com a desgraça interna não dá pé;

b) O Brasil é um investimento, uma fazenda que o homem da cidade comprou, lá nos


confins do Judas, para ganhar dinheiro;

c) O Mundial de Futebol é competição e competição é guilhotina. Quem perder, dança;

d) Temos que fazer sacrifícios de cabo a rabo, ou seja, do governo até o operário;

e) Não me considero um jogador violento. O problema é que às vezes fico nervoso e


tenho reações inesperadas.

391ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Uma das marcas da estruturação adequada de um texto é a adequação lógica entre seus
componentes, salvo em textos especiais, como no caso do humor.

A frase abaixo que mostra ilogicidade é:

a) Antigamente as coisas eram piores, mas foram piorando;

b) Nunca faça hoje o que você pode adiar para amanhã;

c) Ninguém está nos negócios por diversão, mas isso não quer dizer que não há
diversão nos negócios;

d) Pessoas persistentes começam seu sucesso onde os outros terminam com fracasso;

e) Uma empresa que trata mal seus funcionários trata mal seus clientes.

392ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Um antigo ministro brasileiro declarou certa vez: “O grande mal do Brasil tem sido o crime
sem castigo. O que reduz a criminalidade é a certeza da punição”.

Nessa frase, a locução “sem castigo” pode ser adequadamente substituída por “impune”; a
frase abaixo em que uma substituição de uma locução por um adjetivo foi feita de forma
adequada é:

a) O melhor equipamento de segurança já inventado foi um espelho retrovisor com um


carro de polícia refletido nele / seguro;

b) Cadeia é castigo e não colônia de férias / festiva;

c) Não é permitido fazer em nome de outro o que não podemos fazer em nosso nome /
alheio;

d) Um diamante é um pedaço de carvão que se saiu bem sob pressão / carbonizado;

265
e) A noite é a mãe dos pensamentos / pensativa.

393ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de


casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação.”

Nesse segmento do texto 5, há uma repetição indevida de termos que poderia ser evitada,
mantendo-se o conteúdo original, do seguinte modo:

a) Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador desses


crimes cibernéticos participa da investigação;

b) Quando membros do público denunciam, um investigador de crimes cibernéticos


participa da investigação;

c) Quando membros do público denunciam crimes, um investigador de crimes


cibernéticos participa da investigação;

d) Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador desses


crimes participa da investigação;

e) Quando membros do público denunciam crimes, um investigador desses crimes


participa da investigação.

394ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de


casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,

266
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de
casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.”

Nesse segmento do texto 5, o trecho sublinhado não está bem estruturado já que não
deveria estar ligado por E ao trecho anterior, por não tratar de assunto a ele relacionado.

O mesmo acontece em:

a) Quem diz que o futebol não tem lógica não entende de futebol e não sabe o que é
lógica;

b) O mundo é um livro e aquele que viaja lê apenas uma página;

c) Camping é o modo que a natureza tem de promover o negócio hoteleiro e o turista é


alguém que viaja para ver coisas diferentes;

d) Você é um ser espiritual imerso em uma experiência humana e não um ser humano
em busca de uma experiência espiritual;

e) A vida espiritual nos remove do mundo cotidiano e nos leva a um aprofundamento


nesse mundo.

395ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de


casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de

267
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de
casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.”

Nesse segmento do texto 5, há a ocorrência de uma redundância no emprego de “e


também”, pois a presença somente do E já seria suficiente; a opção abaixo em que os
termos destacados NÃO mostram redundância é:

a) Nem todos chegaram à mesma conclusão;

b) A conclusão final da CPI não foi bem recebida;

c) Os fregueses ganharam grátis um presente;

d) A prova foi antecipada para antes do prazo;

e) A população deve aprender a conviver junto com a Covid.

396ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de


casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de
casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.”

De todos os termos destacados nesse segmento do texto 5, o único que tem antecedente
claramente identificado é:

a) Esse pessoal;

268
b) nesse campo;

c) da lei;

d) as pessoas;

e) as habilidades.

397ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 5

“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de


casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.
O trabalho nesse campo requer treinamento em tecnologia da informação e aplicação da lei,
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).

O texto 5 deve ser classificado predominantemente como:

a) publicitário, pois faz propaganda da atividade policial;

b) informativo, pois dá a conhecer fatos novos;

c) normativo, pois indica regras a serem seguidas;

d) didático, pois ensina como proceder;

e) metalinguístico, pois indica significados de palavras.

398ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 4 - Inquérito Policial

“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,

269
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).
Observe a seguinte frase do texto 4: “...fazer indagações, investigações, pesquisas,
perquirições, de natureza filosófica ou científica”.
Nessa frase, o segmento destacado corresponde a uma explicitação de termos anteriores
(indagações, investigações, pesquisas, perquirições).

Partindo da frase “O deputado apresentou um projeto de lei”, as opções abaixo mostram


explicitação de componentes da frase inicial. A opção em que o processo de explicitação
está corretamente identificado é:

a) O deputado do PSDB apresentou um projeto de lei / acréscimo de um complemento


nominal;

b) O deputado José Freitas apresentou um projeto de lei / aposição de um nome


próprio;

c) O deputado apresentou um novo projeto de lei / adverbialização;

d) O deputado apresentou de repente um projeto de lei / complemento de objeto


direto;

e) O deputado apresentou um projeto de lei, que será bastante útil / oração


coordenada.

399ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 4 - Inquérito Policial

“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).

A expressão do texto 4 “fazer indagações” equivale a indagar; a substituição adequada de


fazer + substantivo por um só verbo de valor equivalente é:

a) O réu fez exclamações durante o interrogatório / expressou-se;

b) O advogado fez reclamações sobre a validade do processo / questionou;

270
c) O policial fez alusão a um outro ponto obscuro / aludiu;

d) O depoente fez referência a alguém mais / referendou;

e) O menino fez piadas sobre o assunto / apiedou-se.

400ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

Texto 4 - Inquérito Policial

“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).
“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou
científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”

Esse segmento final do primeiro parágrafo do texto 4 mostra:

a) uma série de sinônimos;

b) uma definição e sinônimos;

c) informações sobre a origem do vocábulo;

d) classificações variadas de um mesmo vocábulo;

e) um conjunto de definições.

RESPOSTAS:

381:C 382:C 383:E 384:E 385:C 386:E 387:A 388:C 389:E 390:E 391:A 392:C 393:D 394:C
395:A 396:B 397:B 398:B 399:C 400:B

271
401ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia a charge.

(Chargista Lute. Em: www.hojeemdia.com.br. 13.11.2021)

Analisando as informações da charge e comparando-as com a do texto Mais inflação, juros e


dúvidas, é correto afirmar que há

a) aproximação entre a argumentação estabelecida em ambos, no que diz respeito às


limitações dos gastos familiares.

b) uma relação de oposição de informações, pois na charge a situação da família é


preocupante, ao contrário do texto.

c) pouca relação de sentido entre ambos, uma vez que a charge não explicita a que
tempos atuais está se referindo.

d) diálogo entre ambos, uma vez que mostram a limitação econômica devido às altas
taxas de desemprego na indústria.

e) um argumento comum entre ambos, referente à possibilidade da recuperação da


economia mesmo com altos juros.

402ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia o texto para responder à questão.

Mais inflação, juros e dúvidas

O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de

272
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.

(https://opiniao.estadao.com.br. 11.03.2022. Adaptado)

Considere as passagens do texto:

• A insegurança econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à


Rússia torna mais escuro um horizonte já nublado. (1º parágrafo)
• O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. (2º parágrafo)

No contexto em que estão empregados, os termos destacados significam, correta e


respectivamente:

a) inquieto; ajuste.

b) conturbado; ágio.

c) assustador; coação.

d) preocupante; contratempo.

e) desconhecido; dificuldade.

403ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia o texto para responder à questão.

273
Mais inflação, juros e dúvidas

O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.

(https://opiniao.estadao.com.br. 11.03.2022. Adaptado)

No texto, identifica-se expressão em sentido figurado com objetivo de intensificar uma


informação no seguinte trecho:

a) Além disso, haverá tempo para a procura de novos fornecedores de adubos, para
substituir a Rússia, se for o caso.

b) Além do desemprego, também a alta de preços continua limitando severamente os


gastos familiares.

c) ... segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela recente alta do


petróleo e dos alimentos no mercado internacional.

d) ... a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos
impulso para avançar.

274
e) ... quando será realizada a reunião periódica do Copom, o Comitê de Política
Monetária do Banco Central (BC).

404ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia o texto para responder à questão.

Mais inflação, juros e dúvidas

O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.

(https://opiniao.estadao.com.br. 11.03.2022. Adaptado)

A frase final do texto – De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo,
neste ano. – permite concluir corretamente que

a) a economia vive às voltas com erros, o que deverá ser comum principalmente com a
pressão inflacionária.

b) a possibilidade de erros na economia é mínima, mas pode ocorrer em função da


guerra entre Rússia e Ucrânia.

275
c) a retomada da economia é inevitável, o que certamente refletirá em um cenário
amistoso e sem erros.

d) o ano de 2022 é tão atípico na economia que nenhum país do mundo terá espaço
para tolerância na área.

e) a situação econômica brasileira exige cautela, uma vez que o cenário é marcado por
muitas incertezas.

405ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia o texto para responder à questão.

Mais inflação, juros e dúvidas

O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.

(https://opiniao.estadao.com.br. 11.03.2022. Adaptado)

As informações do texto deixam evidente que o atual cenário econômico

276
a) tem impactado negativamente a qualidade de vida das famílias, acossadas entre a
alta da inflação e as altas taxas de desemprego.

b) demonstrava desaceleração acentuada antes da pandemia, mas o agronegócio vem


colocando o país à margem de problemas.

c) era previsto desde 2020, quando a produção industrial começou a perder


dinamismo, mas tende a reverter-se a partir de 2023.

d) começou a se tornar preocupante com a guerra entre Rússia e Ucrânia, já que o


Brasil se encontra desabastecido de fertilizantes.

e) é irreversível, e, portanto, não existe no momento nenhuma chance do Brasil de se


reabilitar na indústria e no agronegócio.

406ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia a tira para responder à questão.

(Fernando Gonsales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 03.03.2022)

Em conformidade com a norma-padrão e com o sentido da tira, a frase final – Não lembro! –
pode ser substituída por:

a) Não lembro-me o que você perguntou!

b) Não me lembro à sua pergunta!

c) Não lembro àquilo que você perguntou!

d) Não lembro-me da sua pergunta!

e) Não me lembra a sua pergunta!

407ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Leia a tira para responder à questão.

277
(Fernando Gonsales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 03.03.2022)

Considerando a relação de sentido estabelecida entre os três primeiros quadrinhos e os dois


últimos, é correto afirmar que aqueles indicam

a) agitação.

b) dispersão.

c) emoção.

d) lembrança

e) atenção.

408ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP-SP / Cargo: Assistente Administrativo

Considerando que as proposições “A comida favorita de Magali é melancia” e “Cascão tem


medo de chuva” sejam verdadeiras, julgue o item.

A frase “Mônica é a dona da rua!” é uma proposição.

( ) Certo
( ) Errado

409ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CAU-SC / Cargo: Assistente Administrativo

278
Quanto aos aspectos linguísticos do texto e às relações sintáticas nele estabelecidas, assinale
a alternativa correta.

a) A expressão “a parede será sua, o piso será seu apenas às meias” (linha 35)
desempenha a função sintática de complemento direto da forma verbal “dirá” (linha
34).

b) O adjetivo “pobre”, em “O homem pobre” (linha 1), poderia, sem prejuízo dos
sentidos do texto, ser deslocado para logo antes do vocábulo “homem” —
escrevendo-se O pobre homem.

279
c) A palavra “Afinal” está empregada, na linha 24, com o mesmo sentido de Por fim, ao
passo que, na linha 29, está empregada com o sentido de Apesar disso.

d) O termo “queria”, no trecho “queria árvores, queria o mar” (linha 29) poderia, em
suas duas ocorrências, ser substituído por desejaria, sem alteração dos sentidos e da
coerência do texto.

e) O sinal de dois-pontos que antecede o trecho “comprar uma casa” (linha 2) tem a
finalidade de introduzir um esclarecimento a respeito da expressão “a aventura da
meia idade” (linhas 1 e 2).

410ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CAU-SC / Cargo: Assistente Administrativo

280
No sexto parágrafo do texto, a palavra “localizado” refere-se ao

a) fragmento “O outro homem”.

b) vocábulo “mundo”.

c) trecho “um buraco de cimento”.

d) homem pobre.

e) apartamento do nono andar.

411ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CAU-SC / Cargo: Assistente Administrativo

281
O termo “moroso” (linha 24) está empregado no texto com o mesmo sentido de

a) ansioso.

b) vertiginoso.

c) voluntarioso.

d) amoroso.

e) vagaroso.

412ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CAU-SC / Cargo: Assistente Administrativo

282
Em relação às ideias e aos sentidos do texto, é correto afirmar que o homem pobre a que se
refere o narrador

283
a) decide morar no décimo segundo andar com base em uma reflexão puramente
racional.

b) pretende morar, pela primeira vez em sua vida, em um apartamento.

c) toma uma decisão impulsiva ao escolher morar em um apartamento do décimo


segundo andar.

d) quer comprar um apartamento ainda na planta, isto é, antes mesmo de sua


construção, com o intuito de economizar dinheiro.

e) leva em consideração, ao optar por morar no décimo segundo andar, as opiniões


apresentadas pelo “outro homem” acerca do local onde o prédio será construído.

413ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

O termo “esplende” (linha 12) está empregado no texto com o mesmo sentido de
resplandece.

( ) Certo
( ) Errado

414ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

284
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item.

Ao concluir que “assim é o amor” (linha 11), o autor estabelece uma comparação entre a
ilusão relacionada à percepção de cores das penas de um pavão e a ilusão provocada pelo
sentimento amoroso.

( ) Certo
( ) Errado

415ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

O vocábulo “há”, no trecho “Não há pigmentos” (linha 4), poderia, sem prejuízo dos sentidos
e da correção gramatical do trecho, ser substituído por existe.

( ) Certo
( ) Errado

285
416ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

A coerência e os sentidos do texto seriam mantidos caso o trecho “Mas andei lendo livros”
(linhas 2 e 3) fosse substituído por Mas venho lendo livros.

( ) Certo
( ) Errado

417ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

286
O texto defende a ideia de que o pavão ostenta sua beleza de maneira exibicionista, da
mesma forma que o artista exibe seu esplendor — sua arte — com luxo e vaidade.

( ) Certo
( ) Errado

418ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

No trecho “aquelas cores todas” (linha 3), o termo “todas” poderia ser deslocado para
imediatamente antes de “aquelas” — escrevendo-se todas aquelas cores —, sem prejuízo
da correção gramatical do trecho.

( ) Certo
( ) Errado

419ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

287
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item.

O fato de os três parágrafos se iniciarem de forma semelhante, com o emprego do verbo


considerar, é um recurso que contribui para a progressão de ideias do texto e para a
continuidade da reflexão feita pelo autor.

( ) Certo
( ) Errado

420ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o


item.

A expressão “recebendo a luz de teu olhar” (linhas 13 e 14) poderia ser reescrita como que
recebe a luz de teu olhar, sem alteração dos sentidos do texto e de sua coerência.

( ) Certo
( ) Errado

288
RESPOSTAS:

401:A 402:D 403:C 404:E 405:A 406:E 407:B 408:E 409:E 410:D 411:E 412:C 413:C 414:E
415:E 416:E 417:E 418:C 419:C 420:E

289
421ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de


forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a


brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir
Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro,
mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e
que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

290
Assinale a alternativa em que a nova versão da frase – Se você sabe que a outra pessoa está
disponível, isso lhe dá segurança. – está redigida de acordo com a norma-padrão de
concordância.

a) Talvez houvessem poucas pessoas que lhe dariam total segurança.

b) Pode acontecer que exista pessoas disponíveis que lhe deem segurança.

c) É possível que chegue pessoas disponíveis para lhe dar segurança.

d) Pode ser que surja algumas pessoas que lhe deem total segurança.

e) É provável que apareçam pessoas disponíveis para lhe dar segurança.

422ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de


forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a


brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir
Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro,
mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e
que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.

291
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Considere as passagens do texto e assinale a alternativa que apresenta informação correta.

a) Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia
ser substituída por “a”.

b) A expressão “mas também” em – … crianças pequenas brincam de forma


independente *…+, mas também pode ser uma maneira valiosa… (2° parágrafo)
introduz ideia de adição.

c) Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma
classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo)

d) Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –,
há uma contradição que não é explicada ao longo do texto.

e) O termo “Embora”, em – Embora eu não ache que sempre precisamos… (6°


parágrafo) –, introduz ideia de condição.

423ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de


forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte

292
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a


brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir
Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro,
mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e
que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Segundo informações presentes no texto, Sierra Reed defende que

a) amigos próximos demonstram o seu amor cozinhando um para o outro nas ocasiões
em que se visitam.

b) um afastamento definitivo entre pessoas menos próximas é necessário durante a


pandemia de covid.

c) há necessidade de se assumir como criança para que sejam retomadas as


brincadeiras infantis.

d) todos precisam entender que o ser humano tem uma necessidade perene de estar
sozinho.

e) as pessoas não precisam sempre estar a sós, de vez em quando é necessário estar
juntas, mas sem uma interagir com a outra.

424ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto para responder à questão.

293
Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de


forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a


brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir
Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro,
mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e
que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

De acordo com informações textuais, é correto afirmar que

a) na brincadeira paralela, a criança permanece totalmente sozinha e desacompanhada


para brincar, aprimorando-se, assim, a independência.

b) a brincadeira paralela das crianças pode ser comparada ao comportamento desejável


de um adulto que busca a dependência do outro.

294
c) quando falta segurança no relacionamento entre adultos que dividem o mesmo
espaço, recomenda- -se cada um agir de forma independente.

d) a brincadeira paralela entre adultos, em que um sente segurança no outro, é uma


demonstração de que há estabilidade no relacionamento.

e) duas pessoas num mesmo ambiente, em atividades diversas, mesmo podendo um


contar com o outro, caracteriza um relacionamento fadado ao fracasso.

425ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

295
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Os trechos destacados na passagem – O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era
muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do
latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer
contas. – estão reescritos de acordo com a norma-padrão de regência e conjugação verbal
em:

a) que era um tanto avesso a questões de etimologia ... originou-se do ... de que se
valiam os antigos.

b) que não dava muita atenção à questões de etimologia ... procedeu de ... que
lançavam mão os antigos.

c) que não era muito favorável à estudar etimologia ... descendeu no ... os quais
utilizavam os antigos.

d) que não era adepto a estudar etimologia ... teve origem no ... que faziam uso os
antigos.

e) que se mostrava um tanto hostil para questões de etimologia ... nasceu pelo ... a que
recorriam os antigos.

426ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

296
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Para responder à questão, considere as expressões destacadas na seguinte passagem:

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

297
A expressão tinha esbarrado exprime a noção de

a) ação anterior a outra ação no passado e pode ser substituída por teria esbarrado.

b) ação anterior a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrara.

c) ação simultânea a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrou.

d) ação simultânea a outra ação no passado e pode ser substituída por vinha
esbarrando.

e) ação posterior a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrava.

427ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

298
O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se
tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Para responder à questão, considere as expressões destacadas na seguinte passagem:

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

A expressão “de então” exprime a noção de

a) conclusão, equivalendo a “portanto”.

b) lugar, equivalendo a “de lá”.

c) qualidade, equivalendo a “ultrapassados”.

d) constatação, equivalendo a “de fato”.

e) tempo, equivalendo a “daquela época”.

428ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

299
Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos
permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Considere a passagem:

300
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Os termos destacados na passagem transcrita podem ser corretamente substituídos por:

a) Inclusive ... tal qual ... faz ... referir-se à

b) Igualmente ... segundo ... fazem ... referir ao

c) Até ... conforme ... faz ... referir-se a

d) Precisamente ... conforme... fazem ... referir-se a

e) De fato ... tal qual ... faz ... referir-se à

429ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

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Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o autor emprega exclusivamente palavras em sentido próprio.

a) Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava.

b) O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para
como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo
permaneceriam trancadas.

c) Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico
clássico para voltar ao quentinho das línguas.

d) Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os –
idiomas.

e) Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”.

430ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

302
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

303
Escrito no início da pandemia de covid-19 em nosso país, o texto expressa um ponto de vista

a) negativo em relação à realidade atual, especialmente no comentário que o encerra –


“Está valendo *rezar+.”.

b) negativo em relação à postura da ciência brasileira, especialmente na afirmação de


que “nomear bem um problema é o primeiro passo para resolvê-lo”.

c) positivo em relação à posição transigente de Jorge Luis Borges, especialmente no


argumento segundo o qual esse escritor “não era muito simpático à etimologia”.

d) positivo em relação às práticas adotadas para conter a propagação do termo vírus,


com a informação de que este “Acabou se tornando epidêmico no vocabulário
comum de diversas línguas”.

e) positivo em relação à busca dos sentidos originais dos termos científicos,


especialmente na referência ao microbiologista holandês Martinus Beijerink.

431ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto, para responder à questão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.

Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos


permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.

O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?

Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.

O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.

Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.

Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.

304
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.

O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se


tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.

No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.

Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.

Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.

(Sérgio Rodrigues. O vírus da linguagem. Folha de S.Paulo, 12.03.2020. Adaptado)

É correto afirmar que, de acordo com o autor,

a) há poucas evidências de que as denominações científicas guardam vínculos com os


sentidos originais das palavras, em aplicações na medicina ou em outros campos do
conhecimento.

b) Jorge Luis Borges, avesso que era à etimologia, contribuiu com a ciência ao apontar
que o conhecimento da origem das palavras não valida a pesquisa científica.

c) o estudo das origens das palavras permite conhecer o funcionamento da linguagem,


possibilitando percorrer a evolução dos sentidos em diferentes contextos.

d) os termos científicos têm origem no latim, especialmente graças às referências feitas


por escritores renomados, os quais inspiram os estudiosos de nossos dias.

e) o vertiginoso avanço da ciência e da tecnologia é o principal responsável pelo resgate


de termos cujos uso e significado haviam se perdido no tempo.

432ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Auxiliar Administrativo

305
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas dos dois
primeiros quadrinhos.

a) quisesse ... dividir-lo

b) querer ... dividi-lo

c) quero ... dividir-lo

d) queria ... dividir-o

e) quiser ... dividi-lo

433ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Vozes da natureza

Lili chamava o sapo de bicho-nenê. Ótima sugestão para os pais novatos; é só


imaginarem que estão ouvindo, não o choro chinfrim do pimpolho, mas a velha, primordial
canção da saparia às estrelas.

E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.

(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)

Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido figurado.

a) Ótima sugestão para os pais novatos...

306
b) ... não o choro chinfrim do pimpolho...

c) ... primordial canção da saparia às estrelas.

d) ... essa manha sem fim dos sapos no banhado?

434ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Vozes da natureza

Lili chamava o sapo de bicho-nenê. Ótima sugestão para os pais novatos; é só


imaginarem que estão ouvindo, não o choro chinfrim do pimpolho, mas a velha, primordial
canção da saparia às estrelas.

E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.

(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)

Em relação ao emprego das palavras no texto, é correto afirmar que

a) os advérbios “sempre” e “mesmo” no segundo parágrafo, expressam, correta e


respectivamente, ideia de tempo e afirmação.

b) as conjunções “pois” e “e”, no segundo parágrafo, expressam, correta e


respectivamente, ideia de explicação e comparação.

c) os adjetivos “chinfrim” e “primordial”, no primeiro parágrafo, atribuem sentido


pejorativo aos substantivos a que se referem.

d) os substantivos “bicho-nenê” e “saparia”, no primeiro parágrafo, expressam ideia de


coletivo e podem ser considerados sinônimos.

435ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Vozes da natureza

Lili chamava o sapo de bicho-nenê. Ótima sugestão para os pais novatos; é só


imaginarem que estão ouvindo, não o choro chinfrim do pimpolho, mas a velha, primordial
canção da saparia às estrelas.

E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.

(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)

307
O eu lírico explora como assunto principal do texto

a) a monotonia advinda da canção dos sapos no banhado.

b) a orientação aos pais quanto aos cuidados com a criança.

c) a estranheza causada às pessoas pelos sons da Natureza.

d) a sensação resultante de se escutar os sapos cantando.

436ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Quem consulta o acervo da revista Superinteressante percebe um salto entre os meses


de janeiro e março de 2001. A edição de fevereiro daquele ano não está mais acessível para
consultas. A publicação da editora Abril trazia como assunto principal naquele mês
questionamentos sobre a eficácia das vacinas.

O atual diretor de redação da revista, Alexandre Versignassi, responde sobre os


questionamentos a vacinas levantados na matéria de 2001: “Nada se provou”. Ou seja, as
dúvidas levantadas naquela época não se comprovaram. Por esse motivo, numa conversa
com a administração da Abril, o jornalista achou prudente excluir provisoriamente a edição
do acervo. “Num período de pandemia e de vacinação, poderia ser um desserviço”, diz.

Versignassi ressalta uma questão importante: “Não é apagar a história. É uma questão
de saúde pública”.

(Mauricio Stycer. Em: https://noticias.uol.com.br. 02.11.2021. Adaptado)

As informações do texto permitem concluir corretamente que a edição de fevereiro de 2001


da revista Superinteressante foi retirada do acervo porque

a) a administração pediu ao diretor da revista que revisasse a edição e, como ela falava
da importância da vacinação, este resolveu que seria melhor arquivá-la.

b) a manutenção dessa edição seria um desserviço à sociedade, em um momento em


que a vacinação das pessoas é importante para que a pandemia seja superada.

c) o diretor e a administração da revista tiveram a deliberada intenção de apagar a


história, embora a edição trouxesse dados contundentes sobre a vacinação.

d) a vacinação no país aumentaria se os leitores tomassem conhecimento da


reportagem, e o diretor de redação achou melhor eliminar polêmicas sobre a
questão.

437ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Leia a tira para responder à questão.

308
(Fernando Gonsales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 28.10.2021. Adaptado)

Considerando o efeito de humor comum às tiras, na conversa entre os personagens, a frase


– Sempre com essa carinha de 80 anos! – expressa

a) desprezo.

b) gracejo.

c) raiva.

d) altivez.

438ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a


referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

309
(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço

Na passagem – ... o costume de presentear as crianças no dia de São Nicolau, 6 de


dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data
primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. (3º
parágrafo) –, a oração destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido e em
conformidade com a norma-padrão, por:

a) mesmo que a data primitiva ainda será observada por parte da população na
Holanda e na Bélgica.

b) uma vez que a data primitiva ainda é observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.

c) tanto que a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.

d) apesar de a data primitiva ainda ser observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.

439ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a


referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,

310
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço

Mantendo o sentido original, o trecho do 1º parágrafo – ... o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar... – está corretamente reescrito em:

a) ... o único esboço que se dissocia significativamente do Noel de hoje é o longo


cachimbo que o personagem dele fumava esporadicamente...

b) ... o único detalhe que decorre significativamente do Noel de hoje é o longo


cachimbo que o personagem dele fumava sucessivamente...

c) ... a única característica que diverge significativamente do Noel de hoje é o longo


cachimbo que o personagem dele fumava ininterruptamente...

d) ... a única semelhança que se diversifica significativamente do Noel de hoje é o longo


cachimbo que o personagem dele fumava eventualmente...

440ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a


referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São

311
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço

De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que

a) a ideia de associar Papai Noel a São Nicolau foi do americano Thomas Nast.

b) a generosidade e os milagres de São Nicolau alçaram-no ao mito de Papai Noel.

c) a presença do Papai Noel como distribuidor de presentes é uma criação recente.

d) a sociedade atual prefere o Papai Noel de Thomas Nast por causa do tabagismo.

RESPOSTAS:

421:E 422:B 423:E 424:D 425:A 426:B 427:E 428:C 429:E 430:A 431:C 432:E 433:C 434:A
435:D 436:B 437:B 438:D 439:C 440:B

312
441ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a


referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço

O texto deixa claro que

a) a origem da figura de Papai Noel decorre da fusão cultural de lendas pagãs e cristãs.

b) a imprecisão quanto à origem do Papai Noel diminui sua aceitação ao redor do


mundo.

c) a designação de Papai Noel como um mito é errônea, pois é uma figura nebulosa.

d) a origem do Papai Noel se deu no século 19 e deve-se ao ilustrador Thomas Nast.

442ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Leia os quadrinhos para responder à questão.

313
(https://www.uol.com.br/splash. Adaptado)

As informações apresentadas nos quadrinhos permitem concluir corretamente que

a) a opção por viver por conta própria amenizou a tristeza de Horácio, como
exemplificam as expressões “Shuif!”, “Shuif!”.

b) a simpatia de Horácio mostrou que acusações falsas não o abalaram, o que se


comprova com as expressões “Shuif!”, “Shuif!”.

c) a tristeza de Horácio, ratificada com as expressões “Shuif!”, “Shuif!”, decorreu da sua


saída da aldeia dos homens.

d) a simpatia de Horácio, reforçada pelas expressões “Shuif!”, “Shuif!”, criou mal-estar


entre os homens da aldeia.

443ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo

Leia o texto para responder à questão.

Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes
permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”,
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o
cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou
sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao
tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da
Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
314
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para
podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é
mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.

(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções


dos donos”, Portal National Geographic, 11/10/2021. Adaptado)

A respeito da relação entre cães e humanos, é correto afirmar, com base no texto, que

a) o reconhecimento das emoções entre as duas espécies segue sendo um mistério,


visto que os comportamentos humanos não são observáveis pelos cães.

b) as gerações anteriores não possuíam uma convivência tão próxima com os cães e,
portanto, é possível supor que não havia também uma comunicação tão precisa das
emoções.

c) a interpretação das emoções entre as espécies é um meio de facilitar a comunicação


entre cães e humanos, o que é fundamental em situações de perigo.

d) os seres humanos são incapazes de reconhecer as emoções de outros animais, dado


que a expressão das emoções se dá unicamente por meio da linguagem falada.

e) os cães possuem habilidades auditivas e olfativas semelhantes às dos humanos e, por


isso, são capazes de perceber a maior parte dos estímulos no ambiente doméstico.

444ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo

Leia o texto para responder à questão.

Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes
permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”,
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o
cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou
sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao
tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores

315
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da
Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para
podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é
mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.

(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções


dos donos”, Portal National Geographic, 11/10/2021. Adaptado)

De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que:

a) as emoções dos cães são muito semelhantes às dos seres humanos e diferenciam-se
das dos outros animais.

b) as pessoas imaginam que seus cães são capazes de perceber suas emoções, mas
ainda não há pesquisas que comprovem esse fenômeno.

c) os cães, por motivo de sobrevivência, detectam apenas as emoções positivas de seus


companheiros humanos e as emoções negativas de possíveis predadores.

d) os estímulos percebidos pelos cães no reconhecimento de emoções podem ser


auditivos, olfativos ou até mesmo visuais.

e) as pesquisas indicam que os cães são contagiados pelas emoções dos donos, mas não
de outros seres humanos.

445ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo

Leia a tira para responder à questão.

No contexto em que está empregado, o vocábulo “suscetíveis” tem como sinônimo

316
a) sensíveis.

b) impassíveis.

c) receptivas.

d) distraídas.

e) afáveis.

446ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo

Leia a tira para responder à questão.

Assinale a alternativa que melhor explica o efeito de humor da tira.

a) A mãe volta do supermercado reclamando dos preços dos alimentos, embora a


imagem mostre o carrinho de compras cheio.

b) Ao chegar em casa, a mãe mal percebe a presença da filha, que a observa em


silêncio.

c) A filha admira a mãe por ela demonstrar consciência em relação aos problemas
econômicos do país.

d) A mãe descarrega o carrinho de compras sozinha e a filha não se dispõe a ajudá-la,


pois está distraída com seus pensamentos.

e) O último quadrinho mostra a filha com o rosto coberto por verdura, sugerindo que a
mãe se irritou com seu comentário.

447ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

Leia a tira para responder à questão.

317
O humor da tirinha se dá principalmente

a) pelos diferentes sentidos atribuídos à palavra “úteis”.

b) pela possibilidade de o livro nunca chegar ao destino.

c) pelo pedido realizado com sucesso pela jovem.

d) pelo assunto inusitado do livro comprado.

e) pela compra online feita por alguém da terceira idade.

448ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

O desafio

Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito

318
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.

(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

Considere as frases retiradas do texto:

• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.

• Encontro bem menos leitores.

Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído
pelo autor.

a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto


que encontro bem menos leitores.

b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por


isso encontro bem menos leitores.

c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixo - nados da obra do recifense,


mesmo que encontre bem menos leitores.

d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense,


porque encontro bem menos leitores.

e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no


entanto encontro bem menos leitores.

449ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

O desafio

Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.

(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

319
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, sinônimos para os termos
em destaque no trecho – Tenho encontrado defensores e detratores.

a) Favoráveis e adeptos.

b) Indagadores e críticos.

c) Escarnecedores e defensores.

d) Apoiadores e difamadores.

e) Caluniadores e concordantes.

450ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

O desafio

Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.

(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

A partir do texto, pode-se concluir que o autor

a) convida os alfabetizados e os analfabetos a valorizarem a ciência para que se


combata o racismo existente contra os intelectuais.

b) desafia os leitores a uma postura mais científica na formulação de opiniões, de modo


que elas sejam mais embasadas e menos preconceituosas.

c) alerta para a seriedade da educação e nega o aspecto sagrado das opiniões que
precisam ser fundamentadas cientificamente.

d) condena os leitores que observam a realidade local para emitir uma opinião, assim
como ocorre na parábola dos cegos.

320
e) sugere que se elabore uma opinião que não defenda nem detrate a obra de Paulo
Freire, visto que a educação é algo sério.

451ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.


Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

321
A frase do texto que tem palavra ou expressão empregada com sentido figurado é:

a) Para mim tudo é novo. (2ºparágrafo)

b) Às vezes, a ficha custa a cair. (2º parágrafo)

c) Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. (5º parágrafo)

d) Nas ruas, as pessoas estão me reconhecendo... (5º parágrafo)

e) Ao todo, 30 homens concorrerão ao título. (6ºparágrafo)

452ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

322
(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.
Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

Na frase – Ele conta que vai tentar ao máximo conciliar as duas coisas... (8º parágrafo) – o
termo destacado em negrito significa

a) desunir.

b) rever.

c) harmonizar.

d) concordar.

e) contestar.

453ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.

323
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.


Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com o texto, é correto afirmar que Tales Gari

a) lida bem com o assédio, tanto nas redes como nas ruas, embora considere que
existem algumas situações embaraçosas.

b) desaprova a atitude de algumas mulheres que exageram nas cantadas e isso o deixa
com muita raiva.

c) diz que prefere os xavecos de mulheres aos votos de pessoas desejando que ele se
saia bem no concurso.

d) tem experiência como modelo e está certo de que isso lhe dará boas chances no
concurso de Mister BH.

e) pretende deixar o emprego de gari assim que conseguir o de modelo, pois não acha
que será possível manter os dois.

454ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.

324
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.


Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

Com relação à profissão de gari, Tales

a) pretende abandoná-la, pois não considera uma profissão decente.

b) sente vergonha e considera que pode conseguir algo melhor.

c) viu nela a oportunidade de ganhar um salário melhor.

d) conseguiu uma vaga na empresa e foi trabalhar no supermercado.

e) considera que já teve outros serviços melhores que esse.

455ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

325
Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.


Atualizado há um ano. Adaptado)

(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com o texto, havia alguns meses que Tales Gari estava off-line porque

a) tinha receio da proporção que a visualização ia tomar.

326
b) receava que estar on-line poderia prejudicar o seu desempenho.

c) não queria interferência no seu trabalho, que amava.

d) havia feito um acordo com quem namorava, na época.

e) não desejava que sua namorada soubesse de seus planos.

456ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Leia o texto para responder à questão.

Gari ‘gato’ que faz sucesso nas redes sociais


vai concorrer ao ‘mister BH'

O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.

(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.


Atualizado há um ano. Adaptado)

327
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)

De acordo com as informações do texto, Tales Gari

a) já foi office boy, cobrador, repositor de supermercado e modelo.

b) aprendeu, sozinho, a usar a internet e a baixar o aplicativo de vídeos.

c) ficou famoso depois de participar do concurso Mister BH.

d) fez um álbum de fotos para participar do concurso de modelo.

e) foi reconhecido nas ruas após publicar o primeiro vídeo.

457ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

328
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro


ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

No trecho do 6º parágrafo do texto “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades
sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida...”, a
expressão em destaque pode ser substituída corretamente por:

a) de que os participantes dispunham.

b) às quais os participantes expuseram.

c) a que os participantes usufruíam.

d) com que os participantes apresentaram.

e) cujos participantes desenvolveram.

458ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

329
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro


ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

No trecho do 5º parágrafo “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o


programa não tinha sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não
participantes”, o vocábulo destacado tem como antônimo:

a) divergência.

b) exclusão.

c) aprovação.

d) deferimento.

e) concordância.

459ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

330
Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro


ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

331
No trecho “Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade…” (3º
parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por

a) Por outro lado.

b) Ademais.

c) Em suma.

d) Em primeiro lugar.

e) Desse modo.

460ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

332
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

O vocábulo isso, em destaque no 3º parágrafo, refere-se à seguinte informação do texto:

a) “... na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve


rapidamente e é mais maleável”.

b) “Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção
nos últimos anos”.

c) “James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se


dedicar ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido”.

d) “Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz


para o crescimento econômico”.

e) “... é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade (...) necessárias


para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida”.

RESPOSTAS:

441:A 442:C 443:C 444:D 445:A 446:E 447:A 448:E 449:D 450:B 451:B 452:C 453:A 454:C
455:D 456:E 457:A 458:A 459:E 460:D

333
461ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro


ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

334
Considerando os argumentos do texto, é correto afirmar que a importância de se investir na
educação pré-escolar reside no fato de que esta

a) promove o desenvolvimento de habilidades, o que é favorecido por um cérebro mais


flexível.

b) corresponde a uma etapa escolar baseada em brincadeiras e convivência social.

c) não demanda recursos como o ensino superior e traz retornos mais rápidos.

d) cria laços afetivos importantes entre a criança, seus colegas e seus familiares.

e) contribui sensivelmente para o aumento do QI (quociente de inteligência) das


crianças.

462ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

335
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Sobre a relação entre educação na primeira infância e crescimento econômico, o


pesquisador defende que

a) tirar as pessoas da pobreza, com um investimento governamental de 7 a 10% ao ano,


faz com que a educação infantil melhore consideravelmente.

b) o alto investimento na educação infantil promove melhora no desempenho


profissional e redução de gastos na saúde e na segurança pública.

c) a pesquisa sobre educação infantil realizada nos Estados Unidos em 1962 colaborou
para o desenvolvimento social e econômico do Estado de Michigan.

d) pessoas que têm mais probabilidade de estarem empregadas e menos chances de


cometer crimes acabam investindo mais na educação infantil.

e) a situação econômica favorável do país é fundamental para que o cérebro das


crianças se desenvolva rapidamente e de forma maleável.

463ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”

James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar


ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia

336
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.

Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.

“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro


ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

A respeito da pesquisa desenvolvida por James Heckman, é correto afirmar que

a) o sucesso desse trabalho rendeu ao pesquisador norte-americano o Prêmio Nobel de


Economia.

b) o grupo de controle, de 65 crianças, desenvolveu melhor suas habilidades sociais e


emocionais em comparação com o outro grupo.

c) não foi bem-sucedida, visto que o QI dos participantes não apresentou diferenças
significativas.

d) o objetivo foi verificar a contribuição da educação infantil para o desenvolvimento de


capacidades importantes para a vida das crianças.

337
e) o rendimento dos pesquisadores foi de 7 a 10% ao ano por criança estudada,
dependendo do desempenho do profissional.

464ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

O efeito de humor da tira decorre principalmente do fato de que

a) o pai se mantém tranquilo no primeiro quadrinho, mesmo com a notícia de que seus
números estão em baixa.

b) o pai não tem conhecimento das informações trazidas pelo filho, ainda que apareça,
nas imagens, sentado lendo um jornal.

c) o filho apresenta suas demandas pessoais como se fossem dados coletados em uma
pesquisa de satisfação sobre o governo.

d) o pai se refere ao próprio filho como “grupos de interesse”, o que provoca uma
quebra de expectativa no filho.

e) os tigres são mencionados, no segundo quadrinho, como se fossem entrevistados,


mas o pai não questiona o filho.

465ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A arte de ser avó

Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.

338
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…

(Rachel de Queiroz. O brasileiro perplexo. 1963. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho “Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos
para nos compensar de todos os sofrimentos trazidos pela velhice.” está reescrito de acordo
com a norma-padrão da língua e com as ideias do texto original.

a) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que seja compensados todos
os sofrimentos trazidos pela velhice.

b) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que sejamos compensados de
todos os sofrimentos trazidos pela velhice.

c) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para compensarmos de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice.

d) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que nos compensemos de
todos os sofrimentos trazidos pela velhice.

e) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que se compense todos os
sofrimentos trazidos pela velhice.

466ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A arte de ser avó

Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.

339
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…

(Rachel de Queiroz. O brasileiro perplexo. 1963. Adaptado)

No trecho do 3º parágrafo “... causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse


imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado,
no seu coração”, o vocábulo destacado tem como sinônimo:

a) desvalorizado.

b) desmedido.

c) recuperado.

d) elevado.

e) conservado.

467ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A arte de ser avó

Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.

340
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…

(Rachel de Queiroz. O brasileiro perplexo. 1963. Adaptado)

Nesse texto, a autora

a) usa de sarcasmo no segundo parágrafo do texto, ao perguntar para Deus aonde


teriam ido as crianças do leitor.

b) recorre à segunda pessoa do singular ao responder de modo afirmativo a uma


pergunta imaginária do leitor no início do quarto parágrafo.

c) introduz a voz do neto no trecho “e depois o sorriso malandro e aliviado porque


‘ninguém’ se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?”.

d) compara os netos a uma herança, no primeiro parágrafo, como modo de expressar o


caráter improvável de se tornar avó.

e) faz uma descrição pouco real do neto no trecho: “os cacos na mãozinha, os olhos
arregalados, o beiço pronto para o choro” para gerar um efeito cômico.

468ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A arte de ser avó

341
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…

(Rachel de Queiroz. O brasileiro perplexo. 1963. Adaptado)

A partir da leitura do texto, é possível afirmar que

a) o melhor momento da vida para se tornar avó é entre quarenta e quarenta e cinco
anos de idade, quando os filhos já estão casados e morando em seus próprios
apartamentos.

b) o apego das avós a seus netos é justificado pela tentativa de evitar que se cause
escândalo e decepção entre os outros membros da família.

c) as crianças quebram, involuntariamente, objetos que são como relíquias para as


avós, visto que, por serem muito caros, não há dinheiro que os pague.

d) a relação entre as avós e seus netos é livre das exigências do casamento e dos
sofrimentos envolvidos na maternidade.

e) a chegada dos netos faz com que as avós se esqueçam de seus filhos, que já se
tornaram homens e mulheres irreconhecíveis.

469ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

342
Uma geração de extraterrestres

Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.

*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a


domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.


2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

O termo destacado na frase do 1º parágrafo – Uso despudoradamente (à exceção de alguns


comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres... – exprime circunstância de

a) modo, tendo como equivalente o termo “desavergonhadamente”.

b) dúvida, tendo como equivalente o termo “indiferentemente”.

c) negação, tendo como equivalente o termo “irresolutamente”.

343
d) afirmação, tendo como equivalente o termo “indistintamente”.

e) intensidade, tendo como equivalente o termo “involuntariamente”.

470ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Uma geração de extraterrestres

Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.

*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a


domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.


2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

Para o autor do texto, os mais jovens, apesar de

344
a) pouco habituados a viver na natureza, empregam eficazmente a tecnologia de
comunicação para compreenderem o espaço em que vivem.

b) optarem por uma formação mediada pelas tecnologias, ela lhes propicia experiências
do mesmo nível das que tinham as gerações anteriores.

c) beneficiados pela paz e pelos avanços científicos, têm a formação prejudicada por se
valerem de meios que os privam de vivenciar a realidade.

d) relativamente adaptados às experiências do mundo virtual, ainda não estão de fato


preparados para usar o atual potencial tecnológico.

e) serem criticados por terem uma relação muito estreita com os computadores, tiram
enorme benefício dessa relação no que respeita à aprendizagem.

471ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Uma geração de extraterrestres

Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.

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*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a
domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.


2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

O autor do texto traz uma reflexão sobre

a) os desafios para despertar nas pessoas de idade mais avançada o interesse por
tecnologias que poderiam aproximá-las dos mais jovens.

b) os limites da credibilidade de pontos de vista estreitamente fundamentados a partir


de conclusões de estudos realizados por terceiros.

c) a vantagem que os mais jovens extraem das tecnologias de comunicação para


conhecer melhor que gerações passadas a própria realidade social.

d) a incapacidade dos filósofos da atualidade de compreender a realidade que os cerca


com a mesma agudeza que o faziam os pensadores antigos.

e) a maneira como as novas tecnologias de comunicação produziram uma profunda


mudança de comportamento, observável na sociedade atual.

472ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.

346
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .

1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.

2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-


silva/2021/03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

Considere as seguintes frases do texto:

• A primeira foi um luxo: "Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. (2º


parágrafo)

• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4º
parágrafo)

No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito
de

a) distinguir uma citação do restante do texto; realçar ironicamente uma expressão.

b) realçar ironicamente uma expressão; indicar o título de uma obra.

c) indicar o título de uma obra; acentuar o valor significativo de uma palavra.

d) distinguir uma citação do restante do texto; assinalar inflexão de natureza emocional.

e) assinalar inflexão de natureza emocional; distinguir uma citação do restante do texto.

473ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.

347
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .

1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.

2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-


silva/2021/03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

Conforme o autor, a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro,

a) simboliza a resistência da cultura, ao se manter ativa enquanto outros setores são


severamente prejudicados pela pandemia.

b) deve sua ruína a sucessivos eventos extravagantes, sem relação com a literatura, cujo
único fim era o de atrair frequentadores ilustres.

c) erra ao recusar-se a fechar suas portas para obedecer às medidas sanitárias de


contenção da pandemia impostas pelo poder público.

d) foi por muitos anos um local privilegiado de difusão cultural, o que não impediu que
sucumbisse ao oportunismo do comércio online.

e) constitui a amostra viva da incapacidade do comércio brasileiro de sair da condição


de atraso e inserir-se na realidade do mundo atual.

474ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A

348
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .

1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.

2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-


silva/2021/03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do 2º parágrafo – ... não se sabe se pelos autores ou se pelas
“madrinhas” deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara. – é empregado pelo autor
para expressar, em sentido

a) próprio, a ideia de que as duas mulheres eram frequentadoras assíduas do local.

b) figurado, a ideia de que as duas mulheres esbanjavam muito dinheiro na livraria.

c) próprio, a ideia de que as duas mulheres eram amáveis com os visitantes do local.

d) figurado, a ideia de que as duas mulheres se destacavam pela beleza física.

e) próprio, a ideia de que as duas mulheres tinham uma postura presunçosa.

475ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

A Amazon pega, mata e come

Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A

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primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .

1Buquinar: buscar e comprar livros usados em livrarias, bancas, sebos.

2Referência à letra da música “Carcará”, de João do Vale.

(Alvaro Costa e Silva. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ alvaro-costa-e-


silva/2021/03/a-amazon-pega-mata-e-come.shtml. 29.03.2021. Adaptado)

Nesse texto, o autor analisa um dos assuntos também tratado no texto anterior, destacando

a) a falta de ações governamentais de contenção à rápida disseminação do vírus


responsável pela pandemia.

b) a escassez de opções de lazer para uma população cuja pandemia obriga a


permanecer encerrada em suas casas.

c) a forma como o comércio online indiretamente alavancou as vendas de livros,


beneficiando sobretudo as lojas físicas.

d) as vantagens do comércio online frente ao hábito primitivo e dispendioso de


procurar objetos em lojas físicas.

e) o papel decisivo de uma das grandes empresas de vendas online para a ruína do
comércio físico tradicional.

476ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Livros já venderam mais em 2021 do que em

todo o ano passado, mostra pesquisa

350
A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas
dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram
vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram
41,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em
faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.

(Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-


em-2021-do-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse,
voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia

a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.

c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.

e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

477ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Livros já venderam mais em 2021 do que em

todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas


dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram
vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram
41,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em
faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.

351
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.

(Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-


em-2021-do-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do 2º parágrafo – ... ele se recuperou em poucos meses e


terminou o ano passado com um resultado favorável. – tem sentido compatível com o do
termo destacado em:

a) A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado... (1º


parágrafo)

b) ... mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. (1º parágrafo)

c) ... o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento. (1º


parágrafo)

d) ... uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena. (2º
parágrafo)

e) A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar


as vendas. (3º parágrafo)

478ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Livros já venderam mais em 2021 do que em

todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas


dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram
vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram
41,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em
faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos

352
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.

(Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-


em-2021-do-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

Conforme o texto, embora a quarentena inicialmente tenha

a) feito com que o hábito de ler fosse renovado, essa mudança se mostrou ineficiente
para alavancar o comércio de livros.

b) estimulado um esboço de aumento do hábito de ler, não tardou a que a leitura fosse
preterida por atividades de lazer online.

c) causado retração no mercado editorial, posteriormente criou condições propícias


para impulsionar a leitura e a venda de livros.

d) favorecido o aumento na comercialização de livros, os descontos oferecidos


comprometeram os ganhos das editoras.

e) fomentado as vendas online de livros, passado o primeiro ímpeto, as livrarias físicas


retomaram a preferência dos consumidores.

479ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.

(José Lins do Rego, Menino de Engenho. 94 ed. Rio de Janeiro:


José Olympio, 2007. Excerto adaptado)

353
Na frase que inicia o 2º parágrafo – Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia...
– o termo destacado estabelece

a) a causa do amor do menino pelo pai.

b) uma consequência do amor do menino pelo pai.

c) a finalidade das concessões feitas ao menino pelo pai.

d) uma condição imposta pelo menino para que amasse o pai.

e) uma comparação entre os modos de agir do pai e do menino.

480ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.

(José Lins do Rego, Menino de Engenho. 94 ed. Rio de Janeiro:


José Olympio, 2007. Excerto adaptado)

A forma verbal composta destacada na frase do 2º parágrafo – Vim a compreender, com o


tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. – expressa a mesma referência
temporal que o verbo destacado em:

a) Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes... (1º parágrafo)

b) Sempre que estava comigo, era a me beijar... (1º parágrafo)

c) Sei que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe... (1º parágrafo)

d) ... um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo. (2º parágrafo)

354
e) Parece que ainda o vejo quando saía de casa... (2º parágrafo)

RESPOSTAS:

461:A 462:B 463:D 464:C 465:B 466:A 467:C 468:D 469:A 470:C 471:E 472:C 473:D 474:D
475:E 476:A 477:B 478:C 479:A 480:D

355
481ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.

(José Lins do Rego, Menino de Engenho. 94 ed. Rio de Janeiro:


José Olympio, 2007. Excerto adaptado)

Nesse excerto, o narrador refere-se a seu pai como alguém

a) com um comportamento invariavelmente áspero com a esposa, que se reproduzia


também na forma de se relacionar com o filho.

b) de quem não se podia aproximar, constantemente sisudo e contemplativo, cuja


paixão se limitava a alguns objetos pessoais como livros.

c) a quem tinha amor, pela maneira como era por ele tratado, embora às vezes o
comportamento dele lhe causasse medo.

d) cuja indelicadeza e comportamento imprevisível com que tratava as pessoas de fora


não se reproduziam em sua vida doméstica.

e) cuja rudeza adquirida pelos dissabores da vida jamais se refletiu na maneira dele de
se comportar como pai e como marido.

482ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei

356
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um


problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Considere as frases do 1º parágrafo:

• ... “o algoritmo não ficou feliz com esse post”.

• ... sei muito bem o que é um algoritmo.

• ... nunca esperei que algum deles ficasse feliz...

357
Os termos destacados nas frases referem-se, respectivamente, a algoritmos:

a) determinado; indeterminado; indefinido.

b) determinado; indeterminado; definido.

c) determinado; determinado; definido.

d) indeterminado; determinado; definido.

e) indeterminado; indeterminado; indefinido.

483ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

358
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um
problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Considere o seguinte trecho do 5º parágrafo:

... pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação....

Nesse contexto de leitura, estão empregadas em sentido figurado as seguintes palavras:

a) imagens e incentivo.

b) camuflada e armadilhas.

c) agradáveis e pensamento.

d) alinhado e anseios.

e) criam e interpretação.

484ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.

359
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um


problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Conforme conclui o autor, o aspecto mais danoso da ditadura por ele analisada diz respeito

a) à ideia equivocada de que uma pessoa possa efetivamente ser manipulada pelo que
é sugerido por um programa de computador.

b) à forma dissimulada como as estratégias para induzir a uma determinada


interpretação da realidade são colocadas em prática.

c) ao estado incipiente da tecnologia, incapaz de proporcionar experiências de


comunicação à altura dos anseios das pessoas.

d) às barreiras que a tecnologia ainda encontra para propiciar experiências de


comunicação que reproduzam aspectos da realidade.

e) à imaturidade dos usuários que os impede de vivenciar plenamente as experiências


de comunicação oferecidas pelas redes sociais.

485ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei

360
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um


problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

No texto, apresentam sentido equivalente os termos destacados na passagem:

a) Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como
programador... (1º parágrafo)

b) Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste
com algo... (1º parágrafo)

c) ... uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase


naturalmente emoções humanas... (3º parágrafo)

361
d) Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo
também é mapeado... (4º parágrafo)

e) A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer


relação... (último parágrafo)

486ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um


problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

362
O aspecto ditatorial a que se refere o autor diz respeito ao fato de os algoritmos

a) lançarem um enorme volume de informações no ambiente das redes sociais sem um


objetivo definido quanto ao efeito que se deseja produzir com elas.

b) criarem ambientes de comunicação que, pela sua complexidade, impossibilitam que


um grande número de pessoas possa interagir por meio deles.

c) ainda operarem de forma extremamente rígida, inviabilizando a possibilidade de se


ajustarem os conteúdos veiculados ao perfil dos usuários.

d) bloquearem indiscriminadamente alguns conteúdos, impedindo que os usuários


possam ter na interação via rede social uma experiência agradável.

e) influenciarem a nossa percepção da realidade, a partir da seleção e do


direcionamento de informações que se ajustam a objetivos preconcebidos.

487ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e

363
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.

1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um


problema.

2 Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Conforme os dois primeiros parágrafos do texto, a necessidade de “deixar o algoritmo feliz”


vincula-se ao objetivo de

a) desenvolver estratégias que viabilizem o uso de plataformas de comunicação digital


inclusive por pessoas sem afinidade com a internet.

b) inovar radicalmente um ambiente tecnológico ainda orientado por programas que


passaram por poucas inovações nas últimas décadas.

c) conquistar visibilidade no ambiente digital, conseguindo que conteúdos sejam


direcionados ao maior número possível de pessoas.

d) propiciar a usuários de redes sociais interações mais significativas e menos


determinadas pelos interesses das empresas de comunicação.

e) simplificar a sequência de ações que os usuários precisam realizar para ter acesso às
informações de sites da internet.

488ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.

A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados


sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não

364
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve


sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais


subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de
aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o
napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação
cotidiana do lado perverso do ser humano.

Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o


amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto de acordo com a norma-padrão de


concordância, emprego de pronomes, pontuação e regência.

a) A maioria, dos que se espanta com o espetáculo de horror diversificado oferecido


pelo mundo de hoje, faria bem se dispusesse do dicionário e utilizasse ele como livro
de leitura, diurna e noturna.

b) O estudante faltoso, confessa que matou a aula, o que implica na matança do


professor e, além desse, dos conteúdos da aula ministrados por aquele.

c) Conhece-se jogos intelectuais aos quais se pretende, não apenas, sobrepor-se o


competidor; mas exterminar-lhe aplicando o xeque-mate.

d) Não é de espantar de que argumentos poderosos nas discussões, torne-se arma de


fogo, de grande eficácia letal, matando na cabeça.

e) Sua linguagem lhe prega peças. Pergunta-se por que não diz que está vivendo o
tempo, nas horas de ócio e recreação ingênua. Prefere matá-lo a vivê-lo.

489ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

365
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.

A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados


sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve


sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais


subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de
aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o
napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação
cotidiana do lado perverso do ser humano.

Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o


amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Considere os trechos destacados nas seguintes passagens:

(I) A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados
sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo.

(II) No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor,
mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate.

Assinale a alternativa que identifica corretamente a relação de sentido que há entre os


trechos destacados.

a) (I) modo; (II) adição.

366
b) (I) condição; (II) concessão.

c) (I) conclusão; (II) contraste.

d) (I) consequência; (II) adição.

e) (I) modo; (II) alternância.

490ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.

A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados


sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve


sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais


subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de
aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o
napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação
cotidiana do lado perverso do ser humano.

Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o


amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

367
As expressões copiosamente, mansuetude e filantropia, destacadas no segundo parágrafo,
têm antônimos, correta e respectivamente, em:

a) restritamente ... insolência ... altruísmo

b) limitadamente ... violência ... misantropia

c) prolixamente ... decrepitude ... solidão

d) estritamente ... inclemência ... compartilhamento

e) chorosamente ... brandura ... isolamento

491ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.

A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados


sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve


sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais


subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de
aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o
napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação
cotidiana do lado perverso do ser humano.

368
Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o
amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Em relação ao conjunto do texto, a afirmação contida no último parágrafo representa

a) um contraponto, com a apresentação de elementos em que se destacam aspectos


incompatíveis com a ideia de matar.

b) um contrassenso, com a apresentação de elementos de diferentes naturezas, sem


um aspecto comum que os aproxime.

c) uma conclusão lógica, indissociável do contexto anterior, por reforçar os


pressupostos nele afirmados.

d) um questionamento pertinente, por lançar ideias novas acerca das potencialidades


da linguagem.

e) uma abordagem filosófica do tema, com a explicitação de um juízo moral acerca da


ideia de morte.

492ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.

O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.

A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados


sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.

Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.

369
Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve
sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.

Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais


subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de
aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o
napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação
cotidiana do lado perverso do ser humano.

Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o


amor.

(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

É correto deduzir, de acordo com a abordagem do cronista, que

a) é graças à possibilidade de atribuir sentido às palavras da língua que o homem


consegue ter domínio do mundo em que vive.

b) a força das palavras se revela quando se percebe que seus sentidos advêm das
conotações a elas atribuídas.

c) as palavras têm poder e, com elas, o homem pode exercitar a capacidade de


nomeação das coisas que o cercam.

d) é da natureza do homem a ideia de matar, razão pela qual ele tende a produzir e
alimentar conflitos e violência.

e) a linguagem expressa sentimentos íntimos do homem, o que leva a explicar o quadro


de violência que cerca o mundo.

493ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia a tira.

370
(André Dahmer. Disponível em Sobreotatame.com.
Acesso em 20.06.2021)

É correto afirmar que o efeito de sentido da tira consiste em um comentário crítico que

a) reverte o conceito de pessimismo, sugerindo, implicitamente, que pessimistas não


podem ser otimistas.

b) contrapõe perspectivas acerca do que é ser otimista, deixando explícito que otimistas
precisam informar-se sobre a realidade.

c) redimensiona a noção de otimismo, deixando implícito que coisas piores ainda


podem acontecer.

d) põe em xeque a ideia de otimismo, ao associá-la, explicitamente, a acontecimentos


futuros e incertos.

e) sugere que otimistas ignoram a realidade, deixando implícito que não são capazes de
aprender.

494ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.

Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde


existem grupos minimamente organizados. Procuram assumir sua função na gestão do

371
coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes
para alcançar os propósitos do grupo.

Além disso, incentivam as pessoas a adotarem novas posturas na convergência de ideias,


na convivência com opiniões divergentes e nos seus atos, buscando o atendimento das
necessidades e metas. Com isso, os integrantes das organizações coletivas sabem que
podem contestar e validar opiniões livremente, sem qualquer possibilidade de rejeição e
retaliação.

Articulando as forças em torno dos objetivos do grupo, associando recursos e integrando


competências, o líder assegura que se possa fazer mais e melhor com menos.

A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.

Cada perfil de liderança influencia de modos distintos o ambiente de trabalho, o


comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais.

(Disponível em sebrae.com.br. Acesso em 19.06.2021. Adaptado)

O trecho destacado na passagem “Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas


e em comunidades onde existem grupos minimamente organizados” pode ser substituído,
de acordo com a norma-padrão, por:

a) em que devem haver

b) os quais deve haver

c) que devem existir

d) nos quais deve haver

e) em que deve existir

495ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.

Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde


existem grupos minimamente organizados. Procuram assumir sua função na gestão do

372
coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes
para alcançar os propósitos do grupo.

Além disso, incentivam as pessoas a adotarem novas posturas na convergência de ideias,


na convivência com opiniões divergentes e nos seus atos, buscando o atendimento das
necessidades e metas. Com isso, os integrantes das organizações coletivas sabem que
podem contestar e validar opiniões livremente, sem qualquer possibilidade de rejeição e
retaliação.

Articulando as forças em torno dos objetivos do grupo, associando recursos e integrando


competências, o líder assegura que se possa fazer mais e melhor com menos.

A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.

Cada perfil de liderança influencia de modos distintos o ambiente de trabalho, o


comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais.

(Disponível em sebrae.com.br. Acesso em 19.06.2021. Adaptado)

Um dos resultados da ação agregadora do líder no grupo é

a) proporcionar o incremento da produtividade com economia de recursos.

b) favorecer os grupos mais comprometidos com resultados imediatos e lucrativos.

c) garantir que a ação dos liderados seja direcionada para a ascensão na carreira.

d) reforçar o exercício da soberania, em situações que envolvam necessidades


particulares.

e) reconhecer a competência dos liderados mais empenhados na busca de resultados.

496ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

Leia o texto, para responder à questão.

Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.

Os líderes atuam em territórios, em setores, em empresas e em comunidades onde


existem grupos minimamente organizados. Procuram assumir sua função na gestão do
coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes
para alcançar os propósitos do grupo.

373
Além disso, incentivam as pessoas a adotarem novas posturas na convergência de ideias,
na convivência com opiniões divergentes e nos seus atos, buscando o atendimento das
necessidades e metas. Com isso, os integrantes das organizações coletivas sabem que
podem contestar e validar opiniões livremente, sem qualquer possibilidade de rejeição e
retaliação.

Articulando as forças em torno dos objetivos do grupo, associando recursos e integrando


competências, o líder assegura que se possa fazer mais e melhor com menos.

A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.

Cada perfil de liderança influencia de modos distintos o ambiente de trabalho, o


comportamento dos profissionais e o desenvolvimento das atividades profissionais.

(Disponível em sebrae.com.br. Acesso em 19.06.2021. Adaptado)

Da leitura do texto, depreende-se, corretamente, que os líderes se caracterizam por

a) influenciar a equipe; difundir novas ideias e comportamentos; reforçar a liberdade


absoluta.

b) direcionar ações coletivas; gerir o coletivo em função de objetivos individuais;


contestar pontos de vista.

c) infundir confiança; estimular a confluência de ideias; integrar forças visando à


eficiência de resultados.

d) apoiar o espírito de colaboração; incentivar a validação de opiniões divergentes;


definir metas a serem atingidas.

e) conhecer as intenções do grupo; estimular a satisfação de necessidades pessoais;


refutar posturas congruentes.

497ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP / Cargo: Professor de


Educação básica

Leia a tirinha para responder a questão.

374
(Quino, Mafalda, Os clássicos da banda desenhada – Edições Devir)

Considere o texto a seguir:

A menina, embora inicie a conversa falando, no primeiro quadrinho, sobre seu pai, nos
outros quadrinhos, dá detalhes sobre o consultório do dentista, no entanto poucas
informações foram acrescentadas.
As expressões em destaque podem ser substituídas, preservando o sentido em que se
encontram no contexto, respectivamente, por:

a) visto que, conforme.

b) mesmo que, portanto.

c) conforme, enquanto.

d) a não ser que, porque.

e) conquanto, contudo.

498ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP / Cargo: Professor de


Educação básica

Leia a tirinha para responder a questão.

375
(Quino, Mafalda, Os clássicos da banda desenhada – Edições Devir)

No primeiro quadrinho, a menina fala sobre a ida de seu pai ao consultório do dentista. No
último quadrinho, ela informa sobre a pessoa que vai ao dentista. É correto afirmar que, nos
2º e 3º quadrinhos, ela

a) se confunde sobre o que vai dizer a respeito do local.

b) afirma que só ocorrem fatos comuns no local.

c) descreve o lugar com muitos detalhes.

d) é otimista ao se referir ao dentista.

e) explica as ações das pessoas sem entender nada.

499ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP / Cargo: Professor de


Educação básica

Leia o texto para responder a questão.

Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um
introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que
sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia
despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar
de cabeça em coisas cibernéticas.

376
[...]

Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a
tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As
duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais
insolente e distante.

(James C. Hunter. De volta ao mosteiro)

Considerando o contexto, os vocábulos destacados no texto – extremado e insolente – têm,


respectivamente, sentido de

a) competente, imprudente.

b) destacado, polida.

c) revoltado, reverente.

d) exagerado, desrespeitosa.

e) consumado, cortês.

500ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP / Cargo: Professor de


Educação básica

Leia o texto para responder a questão.

Na obra ‘Alice no País das Maravilhas’, a protagonista depara-se com o gato risonho e o
questiona a respeito do caminho correto a seguir. O felino retruca perguntando para onde
ela gostaria de ir e, ao receber a resposta de que “tanto faz, não importa muito para onde”,
responde: “Então, não importa qual o caminho a seguir, qualquer um serve.”
Consequentemente, Alice segue sem rumo em suas viagens.

Essa alegoria representa, muitas vezes, a realidade, pois a inexistência de metas e


objetivos específicos faz com que, muitas vezes, o gestor governamental se conforme com
qualquer resultado, comprometendo o atendimento aos legítimos anseios da sociedade.

Desse modo, o planejamento é item que requer atenção especial e, nesse contexto, deve
haver um método de gestão para a utilização ótima dos recursos e a racionalização dos
procedimentos administrativos com melhores resultados, não se restringindo a um
determinado exercício financeiro, sendo, em suma, o esforço pela qualidade total e pela
excelência na administração pública.

Planejar é transformar em objetivos e metas a visão de futuro da administração. Parte-se


do diagnóstico dos problemas a serem enfrentados, obtidos por meio de audiências públicas
junto à população e outros instrumentos de transparência e, após delineada a situação a ser
superada, são propostas ações governamentais para a consecução dos resultados.

377
Executar é colocar em prática o que foi planejado e pressupõe uma adequada estrutura
procedimental, material e humana para a correta operacionalização das ações
governamentais.

(Leandro Luis dos Santos Dall’Olio e Marcus Augusto Gomes Cerávolo, O Ciclo PDCA e o
Planejamento na Administração Pública, em https://jus.com.br - acesso em 10/12/2019 -
Adaptado)

No último parágrafo, os autores

a) definem a ação de executar, com base no planejamento e com adequada


infraestrutura.

b) afirmam que o executar é consequência natural do planejamento.

c) observam que a prática do executar prescinde de infraestrutura.

d) evidenciam que a estrutura procedimental leva a colocar em prática o que foi


planejado.

e) explicam que executar é algo que antecede as ações dos agentes governamentais.

RESPOSTAS:

481:C 482:A 483:B 484:B 485:E 486:E 487:C 488:E 489:D 490:B 491:A 492:E 493:C 494:D
495:A 496:C 497:E 498:B 499:D 500:A

378
2 - Classe e emprego de palavras

501ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

A frase “O alcoólatra acusado se sente mais e mais excluído da sociedade” mostra o


vocábulo “mais” como advérbio; a frase em que esse mesmo vocábulo mostra uma classe
gramatical diferente, é:

a) Nada é mais revolucionário do que dinheiro sobrando;

b) Dinheiro é igual a táxi: quando você mais precisa, ele não aparece;

c) Pode-se ser mais esperto do que outra pessoa, mas não do que todas as outras;

d) Graças a Deus o sol já se pôs e não tenho mais de sair para aproveitá-lo;

e) Família divide o bife, põe mais água no feijão e não demite os filhos.

502ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Os verbos ACHAR / ENCONTRAR / DESCOBRIR / DEPARAR COM podem ser considerados


sinônimos; a frase em que um desses verbos foi mal selecionado, é:

a) Se achares três mil-réis, leva-os à polícia; se achares três contos, leva-os a um banco;

b) Quando se encontrou com o assaltante, ficou preocupado com o dinheiro do patrão;

c) Depois de muito procurar, descobriu onde havia posto a gravata florida;

d) O cliente encontrou o gerente da loja no cruzamento da esquina;

e) A menina ficou satisfeita quando se deparou com o pai, tão cedo, em casa.

503ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

As frases abaixo, que contêm o segmento verbo + advérbio em -mente, tiveram esses
segmentos substituídos de modo a trocar o verbo pelo substantivo correspondente, e o
advérbio por um adjetivo da mesma família.

A frase em que essa substituição foi feita de forma adequada, é:

a) O Vasco acreditou que venceria facilmente / em fácil vencimento;

b) O problema precisa ser resolvido urgentemente / de urgente solução;

c) O teatro vai inaugurar-se brevemente / ter inauguração futura;

d) Dividiu equitativamente o dinheiro / divisão equilibrada do dinheiro;

379
e) A questão merece ser vista detidamente / uma visão detalhada.

504ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA é:

a) Para quem não sabe, uma babá é alguém que ganha bom dinheiro só para assistir TV
e ler revistas / desconhece, ignora;

b) Todos esperavam ver a chuva de meteoros, mas eles não apareceram /


desapareceram;

c) Os juízes do STF não concordaram a respeito do tema / discordaram;

d) A imprensa em geral não aplaudiu a sentença aplicada / reprovou;

e) Os proprietários decidiram não vender a fazenda / conservar.

505ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

Observe a frase a seguir.

“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos
vinhos.”

Sobre a utilização do adjetivo velho nesse pensamento, a afirmação correta, é:

a) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;

b) velhos amigos e velhos vinhos mostram o mesmo valor do adjetivo velho;

c) velhos tempos e velhas maneiras indicam uma significação negativa do adjetivo


velho;

d) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;

e) velhos amigos e amigos velhos significam exatamente a mesma coisa.

506ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Contador

“Para Pascal, persuadir é entendido como uma ação relacionada à imaginação, ao


sentimento, isto é, algo distante da razão, terreno do convencer.”
Nesse caso, a frase em que um desses verbos sublinhados foi empregado de forma
INADEQUADA, é:

a) Ele poderia ser tratado em casa, mas ele foi convencido pelo médico a ser
hospitalizado;

380
b) Magda permanece persuadida de que a velha casa é habitada por fantasmas;

c) Os melhores argumentos do mundo não chegaram a convencê-lo;

d) A poética publicidade daquela marca de leite convenceu-o a comprá-la;

e) Pelas pesquisas de opinião, o candidato está convencido de sua vitória nas eleições.

507ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A
frase em que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais
preciso, é:

a) Puseram em seu uniforme uma condecoração / inscreveram;

b) Ponha um pouco mais de sal na carne / acrescente;

c) Temos que pôr um anúncio no jornal / introduzir;

d) O sacerdote pôs a batina / enfiou;

e) O rapaz pôs o maço de cigarros no bolso / inseriu.

508ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:

a) Uma notícia que parece verdadeira / verossímil;

b) Um acordo que se celebra entre dois ou mais estados / intermunicipal;

c) Uma camisa que está excessivamente molhada / úmida;

d) Um lugar que permite a chegada até ele / inacessível;

e) Uma pessoa que mostra com orgulho o que possui / persistente.

509ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA, é:

a) Chamamos de complexo aquilo que não sabemos / ignoramos, desconhecemos;

b) Não erramos em ter opiniões firmes. Errado é não ter nada além disso / acertamos;

c) Costureira decente não perde a linha / mantém;

381
d) No jogo de ontem, o melhor time não venceu a partida / perdeu;

e) Não permitiram que os ucranianos saíssem da capital / impediram.

510ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Em todas as frases abaixo, foi feita a substituição do advérbio “onde” por um substantivo; a
opção em que essa substituição foi feita de forma adequada, é:

a) Você pode me informar por onde passarão os blocos? / o trajeto dos blocos;

b) Voltamos ao lugar de onde havíamos saído / ao lugar de destino;

c) Gostaria de saber para onde vão esses caminhões / o futuro desses caminhões;

d) Desconheço onde eles moram / o local de seu endereço;

e) Estudou para chegar aonde pretende / a seu foco.

511ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

O verbo ter é um dos mais empregados em língua portuguesa, ocupando o espaço de outros
verbos; a frase abaixo em que a proposta de substituição desse verbo foi realizada de forma
adequada, é:

a) Certas pessoas têm dificuldade em sentir a poesia, daí dedicarem-se a ensiná-la /


exibem;

b) Cada escritor tem os leitores que merece / arrebata;

c) Um dos males de nossa literatura é que os nossos sábios têm pouco espírito /
mostram;

d) Um homem que tem um milhão de dólares sente-se tão bem como se fosse rico / se
apodera de;

e) Ninguém se lembraria do Bom Samaritano se ele tivesse apenas boas intenções; ele
também tinha dinheiro / contivesse.

512ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Nas frases abaixo, os segmentos verbo + advérbio foram substituídos por um só verbo de
sentido equivalente; a frase em que essa substituição foi feita de forma adequada ao sentido
original, é:

a) Superar totalmente os complexos da infância / derrotar;

b) Tratar cruelmente os inimigos / desprezar;

382
c) Copiar integral e ilegalmente o trabalho de outro autor / imitar;

d) Destruir completamente uma colônia de formigas / exterminar;

e) Pintou delicadamente os lábios / lambuzou.

513ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a opção em que foi feita a
substituição dessa oração por um adjetivo adequado, é:

a) Uma espera que durou uma eternidade / indefinida;

b) Uma doença que não oferece nenhum perigo / imune;

c) Uma dor que vai passar logo / abreviada;

d) Uma marca que passa de geração em geração / generalizada;

e) Um romance que prendeu a minha atenção / atraente.

514ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Assinale a alternativa em que todos os adjetivos ou locuções adjetivas sublinhados


apresentam carga semântica negativa no contexto em que são empregados no texto 2:

a) “Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias
sobre a mente humana e seus sonhos”;

b) “Predomina nas ciências exatas a noção de que a contribuição da psicanálise para o


entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de observações isoladas,
teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de autoridade”;

c) “voltando-se exclusivamente para os símbolos e jamais para seu substrato material, o


sistema nervoso”;

d) “Na contramão deste divórcio, pretendo aqui demonstrar que os avanços da


psicologia experimental e da neurociência convergiram nos últimos anos para dois
importantes insights psicanalíticos”;

e) “O primeiro consiste na observação concreta de que os sonhos, muito


frequentemente, contêm elementos da experiência do dia anterior”.

515ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:

383
a) Uma doença que se prolonga indefinidamente / hereditária;

b) Um mal que não mostra nenhuma gravidade / inocente;

c) Um vírus que pode ser transmitido a outros / crônico;

d) Uma gripe que vai passar logo / superficial;

e) Uma enfermidade que ataca o fígado / hepática.

516ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA, é:

a) As nações europeias pediram que o exército russo não avançasse em seus propósitos
/ recuasse;

b) O autor declarou que não dispunha de tempo para escrever os demais capítulos da
novela / carecia;

c) Não aceitou a oferta pelo carro, por considerá-la baixa / recusou;

d) Não abriu a sua casa para evitar a curiosidade do público / fechou;

e) Por sua idade avançada, preferia não gastar dinheiro / economizar.

517ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público

O ato de descrever corresponde a atribuir ao objeto da descrição informações, qualificações,


estados, caracterizações ou relações.

A opção abaixo em que o adjetivo indica uma caracterização, é:

a) relógio importado;

b) roupa elegante;

c) vestido curto;

d) restaurante modesto;

e) local fúnebre.

518ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Advogado

Assinale a frase que se apresenta integralmente na voz ativa.

a) Bebendo-se um pouco de vinho, a inteligência se rejuvenesce.

384
b) Quem comer do fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.

c) A indigestão é encarregada por Deus de pregar a moral do estômago.

d) A uísque dado não se olha o selo.

e) Conte as calorias de tudo o que você come e em um mês seu cérebro terá
emagrecido uns dez quilos.

519ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário - Segurança da Informação

“E da minha fidelidade não se deveria duvidar; pois, tendo-a sempre observado, não devo
aprender a rompê-la agora; e quem foi fiel e bom por quarenta e três anos, como eu, não
deve poder mudar de natureza: da minha fidelidade e da minha bondade é testemunha a
minha pobreza.”
Nesse pensamento, o autor utiliza os adjetivos “fiel e bom” e, em seguida, os substantivos
correspondentes “fidelidade” e “bondade”.

A opção abaixo em que os dois adjetivos citados mostram substantivos adequados é:

a) sensato e esperto / sensatez e espertez;

b) claro e escuro / clareza e escureza;

c) alto e gordo / altura e magrura;

d) fundo e profundo / fundeza e profundeza;

e) liso e áspero / lisibilidade e asperidade.

520ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário - Segurança da Informação

“Faça-se justiça, ainda que o mundo pereça.”

A frase em que a forma verbal sublinhada tem o mesmo valor da que foi sublinhada acima é:

a) Não se deseja o que não se conhece;

b) Morrer-se pela pátria é a sorte mais bela;

c) Sempre se está só em tempos nublados;

d) O que se orgulha de sua linhagem elogia o alheio;

e) Afligir-se antes do tempo é afligir-se duas vezes.

385
RESPOSTAS:

501:E 502:B 503:B 504:B 505:D 506:D 507:B 508:A 509:D 510:A 511:C 512:D 513:E 514:B
515:E 516:D 517:C 518:E 519:B 520:A

386
3 - Emprego do acento indicativo de crase

521ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR / Cargo: Administrador

O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da


Língua Portuguesa na palavra destacada em:

a) A falta de incentivo direto a setores destinados à reciclar o lixo é um entrave para


solucionar o problema urbano.

b) A indústria brasileira de informática cresce à uma taxa de 20% a 25% ao ano, superior
ao que acontece em média no mundo todo.

c) As empresas fabricantes de eletrodomésticos precisam se adequar à regras mais


justas em relação ao mercado consumidor.

d) O efeito dos fatores climáticos sobre o lixo eletrônico leva à liberação de


componentes tóxicos nas águas, na atmosfera e no solo.

e) Os países desenvolvidos multam os fabricantes por produtos que têm vida útil
reduzida, o que os torna temerosos à leis mais severas.

522ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo

A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não


intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.

Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o


primeiro mapeamento concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação.
Esse mapeamento causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo
com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são aquelas atividades que têm
origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e que potencializam a geração
de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade intelectual. Os
críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.

Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem


controversas. O pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito
de classe criativa. Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de
trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por

387
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.

Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.


Edição do Kindle (com adaptações)

Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.

A inserção do sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, em “ligados a tecnologia” (terceiro


período do último parágrafo), prejudicaria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

523ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Administração

Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.

No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais
inesperados”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e
artigo feminino em uma locução adverbial de modo.

( ) Certo
( ) Errado

524ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população

388
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

A supressão do sinal indicativo de crase na expressão “à mão” (primeiro período do segundo


parágrafo) alteraria o sentido do texto e prejudicaria sua coerência.

( ) Certo
( ) Errado

525ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Científico

Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-se a norma-padrão, o


acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:

a) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.

b) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.

c) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.

d) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.

e) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.

526ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJ-SP / Cargo: Técnico Especializado em Formação


e Capacitação

Texto CG1A1-II

Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.

389
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.

Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.

Do emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à família” (final do segundo


parágrafo), depreende-se que se trata de uma família específica.

( ) Certo
( ) Errado

527ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o


mundo do direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus
operadores têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a
mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e
cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira
do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas


pela rede mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência
artificial para análise de grandes volumes de dados. Novidades cuja aplicação foi
impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela necessidade de
implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados. Todas essas inovações, sem
dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e o cotidiano dos
operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana


e dependem do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços
tecnológicos sejam inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser
implementadas com parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre
permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não restringirem — e, sim,
ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade
da justiça.

390
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

A supressão do sinal indicativo de crase no vocábulo “às”, em “às mudanças tecnológicas”


(segundo parágrafo), prejudicaria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

528ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: COREN-CE / Cargo: Técnico Administrativo

Texto CG2A1-I

Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.

Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.

Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.

Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.

Internet:<super.abril.com.br> (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.

391
I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro
parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo
no período.

II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto
período do último parágrafo), é facultativo.

III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo
moderno” (primeiro período).

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas o item III está certo.

d) Todos os itens estão certos.

529ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: COREN-CE / Cargo: Técnico Administrativo

Texto CG1A1-II

A grande disparidade no padrão de saúde e doença no mundo é um chamado urgente para


ações que visem à melhoria das condições e da qualidade de vida das populações
vulneráveis. Essa diferença inaceitável está associada a determinantes sociais e ambientais,
insegurança alimentar e baixa educação, além do acesso limitado aos serviços de saúde e da
sua qualidade precária.
A área de trabalho e pesquisa denominada saúde global visa reduzir a desigualdade em
saúde para as populações em todo o mundo. A atividade científica se insere nesse contexto
buscando o desenvolvimento e a aplicação de novos métodos e produtos mais eficientes
para prevenção, diagnóstico e tratamento dos principais problemas de saúde.
Destacam-se as estratégias de uso profilático de medicamentos em massa para as filarioses
e geohelmintíases (doenças causadas por parasitas); o reposicionamento e a combinação de
fármacos para o tratamento da malária resistente à cloroquina; a terapia multidroga para
encurtar o tratamento e evitar resistência medicamentosa na tuberculose, na hanseníase e
na AIDS; os testes rápidos de diagnóstico de leishmaniose, HIV e sífilis, para uso em unidades
de atenção primária; além do desenvolvimento de mosquitos modificados geneticamente
para controle de transmissão da malária e dengue.
As epidemias, em tempos de globalização, Internet e redes sociais, desnudam as
iniquidades e o despreparo das estruturas políticas e de serviços públicos para enfrentar a
ameaça biológica. O mundo espera por um despertar social de maior compromisso com o
coletivo e com o bem-estar da humanidade no imprevisível período pós-pandemia.

Fabio Zicker. Ciência em prol da saúde global. In: Ciência Hoje,edição 372, dez./2020, p. 53
(com adaptações).

392
Cada uma das próximas opções apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do primeiro parágrafo do texto CG1A1-II: “ações que visem à melhoria das condições e da
qualidade de vida das populações vulneráveis”. Assinale a opção em que a proposta de
reescrita apresentada é gramaticalmente correta com relação ao emprego do sinal indicativo
de crase.

a) ações que visem à significativa melhora das condições e da qualidade de vida das
populações vulneráveis

b) ações que visem à melhoras significativas das condições e da qualidade de vida das
populações vulneráveis

c) ações que visem à significativo melhoramento das condições e da qualidade de vida


das populações vulneráveis

d) ações que visem à significativos melhoramentos das condições e da qualidade de


vida das populações vulneráveis

530ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo

A Quadrilha

“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha


matuta é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que
acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil,
principalmente no Nordeste. Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a
cultura nordestina, por exemplo, a caracterização do homem do campo, do caipira ou do
matuto.

No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no


século XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era
uma dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde
era conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois,
se difundiu por toda Europa. Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro
durante o período da Regência, em 1830, logo, se popularizando em todo o país.”

(Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto 4 há uma série de incorreções gramaticais e textuais. Em


cada opção abaixo foi corrigida uma dessas imperfeições; aquela em que foi feita uma
correção indevida é:

a) “A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou


quadrilha matuta, é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas
brasileiras” / faltava uma vírgula após “matuta”;

393
b) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que
acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...”
/ não deveria haver ponto, mas sim uma vírgula após “brasileiras”;

c) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que
acontece, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” /
a forma verbal “acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança
folclórica”;

d) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que
acontecem, geralmente, nos meses de junho e julho em todas as regiões do Brasil...”
/ os nomes dos meses são grafados com letra inicial minúscula;

e) “Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências à cultura nordestina...” /


faltava o acento grave da crase.

531ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: AL-CE / Cargo: Analista Legislativo

Texto CG1A1-I

Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no
relacionamento mútuo entre as pessoas. Nasce da ideia ancestral (datada de 1.500 anos
a.C.) de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a
identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do
compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais.
Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo
iluminista, que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.
Na realidade, ubuntu é a expressão compartida de vivências cotidianas. Consiste em uma
forma de conhecimento aplicado que estimula a jornada rumo “ao tornar-se humano” ou
“ao que nos torna humanos” ou, em seu sentido coletivo, a uma humanidade que
transcende a alteridade em todos os níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a “filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de solidariedade, são seus elementos constitutivos.
Claramente, a ética ubuntu está baseada no altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
inclusive, são ideias profundamente conectadas. No conceito africano, entende-se a
felicidade como aquilo que faz bem a toda a coletividade ou ao outro.
Na filosofia ubuntu, acredita-se que a pessoa só é humana por meio de sua pertença a
um coletivo humano, que a humanidade de uma pessoa é definida por meio de sua
humanidade para com os outros, que uma pessoa existe por meio da existência dos outros
em uma relação indissociável consigo mesma, que o valor da humanidade está diretamente
ligado à forma como a pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos outros e, ainda, que a
humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com os outros, sejam eles
quem forem.
A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a
aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os esportes,
o direito, a medicina e a gestão de empresas. Na área de negócios, particularmente, o
ubuntu está sendo traduzido para o mundo corporativo na forma de gestão participativa.

394
Internet: < www.rbac.org.br > (com adaptações).

Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto CG1A1-I, poderia ser empregado


o sinal indicativo de crase no termo “a” que aparece no trecho

a) “a alteridade” (segundo período do segundo parágrafo).

b) “a jornada” (segundo período do segundo parágrafo).

c) “a toda” (último período do terceiro parágrafo).

d) “a um coletivo humano” (quarto parágrafo).

e) “a uma humanidade” (segundo período do segundo parágrafo).

532ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Perito Criminal - Engenharia Civil

Um determinado gramático pretende corrigir alguns desvios no uso da norma e cita uma
série de exemplos de erros comuns; o exemplo em que a correção proposta mostra
adequação é:

a) Sito à rua e não sito na rua;

b) Entrega a domicílio e não entrega em domicílio;

c) Erros que passam despercebidos e não desapercebidos;

d) Discreção é o ato de ser discreto – discrição não existe;

e) Meio-dia e meio e não meio-dia e meia.

533ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SERIS - AL / Cargo: Agente Penitenciário

No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a


melancólica festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois
processos. Não tiveram nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um
lado, a supressão do espetáculo punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa
a ser apenas um novo ato de procedimento ou de administração. A punição pouco a pouco
deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um
cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam pouco a pouco de ser
compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com
ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados,
mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os
juízes com os assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado
um objeto de piedade e de admiração.
A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A
punição vai-se tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias

395
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata;
sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser
punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica
exemplar da punição muda as engrenagens.

Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução:


Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item
seguinte.

Em “sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível” (segundo
parágrafo), o emprego do acento indicativo de crase é facultativo em ambas as ocorrências.

( ) Certo
( ) Errado

534ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Texto 14A1-I

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.

É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.

Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são


as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.

Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de


um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as

396
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.

O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).

A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

A correção gramatical do texto seria mantida com a substituição do termo “ao”, em “quanto
ao que podem expressar” (primeiro período do primeiro parágrafo), por aquilo.

( ) Certo
( ) Errado

535ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Texto CG1A1-I

A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar
tudo o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade
entre linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos
familiares com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do
transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos
fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com
elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e
insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem
necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de
sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são
apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa
experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e
habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e,
reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.

Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.


São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).

Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.

397
Caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, no trecho “em meio a uma
crise” (primeiro período do segundo parágrafo), a correção gramatical do texto seria
prejudicada.

( ) Certo
( ) Errado

536ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-SE / Cargo: Agente de Polícia Judiciária

A palavra stalking, em inglês, significa perseguição, e é o termo utilizado pelo legislador


na tipificação de um crime que engloba condutas que atentem contra a liberdade, a
intimidade e a dignidade. Entende-se o stalking, ou o crime de perseguição, como um delito
que exige uma perseguição reiterada pelo autor, não consentida pela vítima, que lhe cause
medo, angústia e sentimentos afins, além de repercutir diretamente na sua vida de maneiras
diversas.
Embora, em tese, qualquer pessoa possa figurar como vítima desse crime, sabe-se que a
mulher é o principal alvo nessa espécie delitiva — não é à toa que a criminalização da
referida conduta era, havia tempos, uma das prioridades da bancada feminina da Câmara
dos Deputados. Tanto é assim que são utilizadas como exemplo do que seria o stalking as
situações em que a mulher é perseguida por um ex-companheiro que não se conforma com
o término da relação ou em que alguém possui um sentimento de posse em relação à
mulher e não desiste de persegui-la.
Tal conduta abrange desde a violência psicológica, que pode causar danos imensuráveis à
saúde da vítima, além de problemas no seu próprio cotidiano, no trabalho, na convivência
profissional e familiar, até outras formas de violência, que podem culminar em resultados
nefastos e irreparáveis. A tipificação do stalking, portanto, é um avanço significativo no
combate à violência contra a mulher.

Internet: <diplomatique.org.br> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item
a seguir.

O emprego do acento indicativo de crase no trecho “pode causar danos imensuráveis à


saúde da vítima” (primeiro período do último parágrafo) é facultativo.

( ) Certo
( ) Errado

537ª/ Banca: FGV / Órgão: FUNSAÚDE - CE / Cargo: Assistente Administrativo

“A cura está ligada ao tempo e às vezes também às circunstâncias.”

Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a
opção que indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.

a) Às vezes faz bem ficar doente.

398
b) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.

c) Nada se compreendeu em relação à doença enquanto não se reconheceu sua


semelhança com a guerra e o amor.

d) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta
ao gênero humano.

e) A melhor resposta às calúnias é o silêncio.

538ª/ Banca: FGV / Órgão: IMBEL / Cargo: Cargos de Nível Médio

No texto a seguir há dois casos de acento grave indicativo da crase:

“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-feiras à


noite.”

Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.

a) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos
de Nova York. (American Airlines)

b) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de
metrô, na última semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)

c) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)

d) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)

e) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air
France)

539ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco do Brasil / Cargo: Escriturário

O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:

a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.

b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.

c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.

d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.

e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.

540ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: BANESE / Cargo: Técnico Bancário

399
O Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi concedido ao norte-americano Richard Thaler
por suas contribuições no campo da economia comportamental. Thaler é um dos mais
destacados economistas na aplicação da psicologia às análises das teorias econômicas e das
consequências da racionalidade limitada, das preferências pessoais e da falta de
autocontrole. Um desdobramento mais recente dessa área de pesquisa da economia é a
aplicação de insights comportamentais às políticas públicas. Compreender os processos
decisórios, os hábitos e as experiências pessoais das pessoas em situação de pobreza é
essencial para o processo de elaboração de políticas públicas e a sua eficácia. É o que sugere
o estudo do IPC-IG Insights comportamentais e políticas de superação da pobreza, dos
pesquisadores Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique Paiva.
O estudo defende que pessoas em situações de escassez, como a pobreza, têm uma
maior sobrecarga mental, pois estão sujeitas a preocupações que não afetam a vida
daqueles de maior renda, como a qualidade da água consumida ou o acesso à alimentação.
Evitar contrair empréstimos a juros altos é um exemplo da falta de autocontrole que tende a
ser mais frequente e mais onerosa para os pobres. Decisões de longo prazo também tendem
a ser negativamente afetadas pelas sobrecargas associadas à escassez, como retirar os filhos
da escola para buscar algum tipo de trabalho, por conta da perda de emprego dos pais, o
que acarreta consequências negativas para toda a vida da criança.

Internet: <ipcig.org> (com adaptações).

No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item
que se segue.

Em “estão sujeitas a preocupações”, o emprego do sinal indicativo de crase no “a”


prejudicaria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

521:D 522:E 523:E 524:C 525:D 526:C 527:C 528:B 529:A 530:C 531:A 532:C 533:C 534:E
535:C 536:E 537:D 538:B 539:B 540:C

400
541ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

De nota _______ nota, mestre Romão passava horas rabiscando o papel ou interrogando o
cravo, dedicava-se _______ música, mas não conseguia chegar _______ um resultado
satisfatório. Por isso, passou _______ viver _______ escondidas, com vergonha da
vizinhança.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) a ... a ... à ... a ... à

b) à ... a ... a ... à ... as

c) a ... à ... a ... à ... as

d) a ... à ... a ... a ... às

e) à ... à ... à ... à ... às

542ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Técnico Administrativo I

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em:

a) Os soldados, em meio à devastação sem precedentes, tornam-se insensíveis à


qualquer sofrimento.

b) Trabalhando à serviço da imprensa, Rubem Braga se dedicava à relatar as


consequências da guerra.

c) À certo momento, quando a estrada fica livre à frente do jipe, surge uma sensação de
liberdade.

d) Quanto à figura de Mussolini, o autor alude à ela externando desprezo e sarcasmo.

e) O autor rende-se à imagem do arbusto que se opõe aguerridamente à própria morte.

543ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Presidente Prudente - SP / Cargo: Engenheiro


Civil

Assinale a alternativa que reescreve, nos colchetes, o trecho destacado, observando a


norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase.

a) O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre
com as algemas do decoro. [concede àquele que]

b) Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a
humilhação… *perseguem à piada e à humilhação+

401
c) Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios… *vir à lidar+

d) … o divertido encenador de pantomimas necessita do palco compartilhado com


algum Pierrot. [busca à luz do palco]

e) Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia… *festejam à dor alheia+

544ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Presidente Prudente - SP / Cargo: Engenheiro


Civil

Leia o texto a seguir.

Meditando nos aprofundamos na nossa identidade, descobrimos a paz e a confiança.


Aprendemos _________ estar no presente e entendemos que nós e o mundo somos a
mesma coisa – e daí _________ a compaixão e a humildade, uma atenção _________
necessidades dos outros, a abertura _________ diversidade, o apreço _________ natureza e
uma visão de mundo mais global.

(Trecho de entrevista de Pablo d’Ors, escritor, padre e discípulo zen – Maria Fernanda
Rodrigues. O Estado de S.Paulo, 07 de outubro de 2021)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) à … nascem … às … à … à

b) a … nasce … as … à … a

c) a … nascem … às … à … à

d) à … nasce … as … a … à

e) a … nascem … as … a … à

545ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

Leia o texto para responder à questão.

Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)

Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.

“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.

402
O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de
forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.

Para os adultos, o que diferencia duas pessoas se ignorando na mesma sala e a


brincadeira paralela é a base segura que sustenta seu relacionamento, explicou o Dr. Amir
Levine, psiquiatra. “A brincadeira paralela é uma das marcas de um relacionamento seguro,
mas tem de ser feita da maneira certa. Se você sabe que a outra pessoa está disponível e
que, se precisar, ela prestará atenção em você, isso lhe dá segurança”, diz Levine.

Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.

Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”

“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”

(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)

Considere as passagens do texto e assinale a alternativa que apresenta informação correta.

a) Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia
ser substituída por “a”.

b) A expressão “mas também” em – … crianças pequenas brincam de forma


independente *…+, mas também pode ser uma maneira valiosa… (2° parágrafo)
introduz ideia de adição.

c) Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma
classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo)

d) Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –,
há uma contradição que não é explicada ao longo do texto.

e) O termo “Embora”, em – Embora eu não ache que sempre precisamos… (6°


parágrafo) –, introduz ideia de condição.

403
546ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo II

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas abaixo:

A relação entre cães e humanos remonta _____ pré-história. Sabe-se que, _____ medida
que lobos selvagens foram sendo domesticados, sua aparência e seu comportamento se
transformaram até atingirem _____ características dos cães atuais.

a) à … a … as

b) a … a … às

c) a … à … às

d) à … à … as

e) à … a … às

547ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

O Assunto #561: Aula presencial. Hora de reverter a evasão

A partir desta segunda-feira (18), os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e
Mato Grosso voltam ______ aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo
presencial. A urgência no retorno ______ escolas é ______ para garantir acesso a mais de 5
milhões de estudantes privados da educação durante a pandemia. Parte das unidades da
rede ainda ______ que seguir no modelo híbrido.

(https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/ o-assunto-561-aula-
presencial-hora-de-reverter-a-evasao.ghtml. Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser


preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) às … às … necessária … terá

b) as … as … necessário … terão

c) às … as … necessária … terão

d) as … às … necessário … terá

e) as … às … necessária … terá

548ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

O emprego do acento indicativo da crase está correto na frase da alternativa:

a) A homenagem foi relacionada à seu destaque na história da limpeza da cidade.

404
b) O empresário dedicou-se à organizar o serviço de limpeza.

c) A vida de Aleixo Gari estava relacionada à serviços de limpeza.

d) A homenagem foi feita à figura de Aleixo Gari.

e) À 11 de outubro de 1876, Aleixo Garcia assinou um contrato.

549ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da seguinte frase:

A pesquisa procurou testar se o acesso ________ educação infantil corresponderia _______


necessidade de crianças desfavorecidas ___________ aprimorar suas habilidades sociais e
emocionais.

a) a ... a ... de

b) à ... a ... em

c) a ... à ... para

d) à ... à ... de

e) a ... à ... em

550ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Assinale a alternativa em que, na frase redigida a partir do texto, o acento indicativo da


crase está em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) No início desse ano, a Livraria São José cessou às atividades.

b) O tradicional sebo não pôde resistir à forte queda das vendas.

c) A livraria não teria como sobreviver à um ano de pandemia.

d) A loja organizava eventos dedicados à alguns renomados escritores.

e) A Amazon impôs mudanças à toda editora com que faz parceria.

551ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

Considere o trecho redigido a partir do texto:

A ideia de que seríamos escravos do sistema remete muito significativamente _______


forma como os conteúdos veiculados na internet nos induzem _______ fazer certas

405
escolhas, em consonância _______ propósitos com que são criados. Por trás do
aparentemente despretensioso objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a
busca _____ estimular o consumo, subsidiada pelo mapeamento de informações que
permite _____ empresas oferecerem produtos compatíveis ______ perfil de cada usuário da
internet.

De acordo com a norma-padrão da língua, as lacunas do texto devem ser preenchidas,


correta e respectivamente, com:

a) à ... à ... nos ... com ... às ... pelo

b) à ... a ... com os ... por ... às ... com o

c) à ... à ... nos ... de ... as ... no

d) a ... a ... dos ... com ... as ... com o

e) a ... a ... com os ... por ... às ... do

552ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Potim - SP / Cargo: Diretor Geral

As expressões destacadas na passagem “Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal


coletivo e mobiliza-os para, juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as
próprias necessidades e a unirem forças em torno de objetivos comuns” podem ser
substituídas, de acordo com a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de
crase, por:

a) leva-os a agir ... levá-lo à cabo ... permitindo às pessoas chegarem a identificação das
próprias necessidades...

b) leva-os a agir ... levá-lo a cabo ... permitindo às pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...

c) leva-os à agir ... levá-lo a cabo ... permitindo as pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...

d) leva-os à agir ... levá-lo à cabo ... permitindo às pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...

e) leva-os a agir ... levá-lo a cabo ... permitindo as pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...

553ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP / Cargo: Professor de


Educação Básica

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, quanto à regência e ao emprego da crase,


assinale a alternativa correta.

406
a) As pessoas lembram sempre de que devem consultar o dentista, mas não ficam a
vontade.

b) Todo bebê, à partir de 6 meses, deveria ser levado no dentista para uma avaliação
bucal.

c) Graças à Deus, o dentista reviu ao tratamento bucal daquele menino.

d) Em relação à saúde, convém que cada um cuide de sua própria higiene bucal.

e) Ele obedeceu à seu pai, mas preferia brincar do que tratar dos dentes.

554ª/ Banca: VUNESP / Órgão: SAEG / Cargo: Assistente de Serviços Administrativos

David Peace tem a doença do neurônio motor, uma condição terminal que afeta seu
cérebro e sistema nervoso de forma gradual. Sabendo da sua morte iminente, ele quer viajar
até uma clínica na Suíça para fazê-lo por conta própria quando tudo ficar insuportável,
enquanto ainda tem controle sobre suas competências mentais.

“Tenho duas opções. Uma é enfrentar uma paralisia progressiva, impossível de parar e
que me afeta por inteiro. A outra é viajar para a Suíça e saber que meu coração vai parar de
bater enquanto eu estiver inconsciente”, diz ele.

David é uma das pessoas que reivindicam uma atualização nas leis da Inglaterra para
permitir que pessoas com doenças terminais tenham direito a uma morte assistida, mas
pessoas contrárias à ideia dizem que deveria existir um foco maior em ajudar pessoas com
doenças de longo prazo para que vivam mais confortavelmente, em vez de ajudá-las a
morrer.

(“Quero decidir morrer enquanto posso”: a luta pelo direito à morte assistida na Inglaterra.
www.bbc.com, 09.08.2021. Adaptado)

Assinale a frase do texto que foi reescrita em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa de emprego da crase:

a) David planeja ir à uma clínica na Suíça.

b) David quer dar um fim à própria vida.

c) A outra opção é viajar à terras suíças.

d) Alguns desaprovam à ideia de David.

e) O foco é ajudar os doentes à viver bem.

555ª/ Banca: VUNESP / Órgão: SAEG / Cargo: Assistente de Serviços Administrativos

407
Quanto à ocorrência do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.

Os cuidados que precisamos tomar em relação _____ pessoas egoístas devem ser sempre
baseados em suas atitudes em meio _____ sociedade em que vivem, pois muitas vezes elas
agem _____ partir de seus interesses.

a) à … à … à

b) à … a … a

c) a … à … a

d) a … a … à

e) a … à … à

556ª/ Banca: VUNESP / Órgão: SAEG / Cargo: Assistente de Serviços Administrativos

O sinal indicativo de crase foi corretamente empregado na alternativa:

a) O texto selecionado propõe-se à explicar a origem do termo “bonde”.

b) No século 19, o bonde tornou-se um veículo adequado à grandes metrópoles.

c) Em meio à correria do dia a dia, alguns faziam a travessura de subir no bonde em


movimento.

d) Alguns levavam almofadas para se sentar a fim de que os bancos dessem mais
conforto à eles.

e) Os versinhos cantarolados por alguns passageiros mencionavam à Light, que era uma
empresa estrangeira.

557ª/ Banca: VUNESP / Órgão: SES-PB / Cargo: Auxiliar Administrativo

A frase elaborada com base no texto apresenta o sinal indicativo de crase corretamente
empregado em:

a) Mas Rodolfo, e quanto à uma colocação em sua empresa?

b) Mas Rodolfo, você não vai dar à mim uma oportunidade?

c) Mas Rodolfo, estou à espera de um emprego há tempos!

d) Mas Rodolfo, graças à seu apoio eu poderia trabalhar...

e) Mas Rodolfo, eu me dedicarei à trabalhar muito por sua empresa!

408
558ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Escrevente Técnico Judiciário

Leia o texto para responder à questão.

Motivação é a energia que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil
encontrar essa motivação. Alguns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um
ano de perdas, dor e problemas relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como
estou me sentindo – nada está terrivelmente errado, mas não conseguimos encontrar
inspiração. Seja qual for a situação em que nos encontramos, um exame mais profundo da
motivação pode nos dar mais incentivo para avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro
incerto.
(Cameron Walker, The New York Times.
Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser


preenchidas, respectivamente, com

a) à ... à ... a

b) a ... à ... a

c) a ... a ... a

d) à ... à ... à

e) a ... à ... à

559ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Escrevente Técnico Judiciário

Leia o texto para responder à questão.

Perto do apagão

________a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do
mesmo período de 2020, ficou mais evidente a ameaça ________ a geração de energia se
mostre insuficiente para manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o
período seco.
Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com
destaque para a região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7%
– a projeção anterior apontava para 50% no fechamento do mês.
Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como
acionamento de grande capacidade de geração térmica, importação de energia e
postergação de manutenção de equipamentos, o país chegaria ________ novembro
praticamente sem sobra de potência, o que amplia a probabilidade de apagões.
Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano,
não se descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda ________ o sistema
será submetido.

409
Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de
manobra para 2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais
cara, tenha de permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível,
com foco em investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e
planejamento para ampliar a resiliência do sistema.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.08.2021. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) Com ... de que ... a ... a que

b) Sob ... que ... em ... que

c) Devido ... que ... a ... com que

d) Sobre ... que ... em ... de que

e) Perante ... que ... à ... em que

560ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Escrevente Técnico Judiciário

Leia o texto para responder à questão.

Amor é para gastar

Na economia da vida, o maior desperdício é fazer poupança de amor. Prejuízo na certa.


Amor é para gastar, mostrar, ostentar. O amor, aliás, é a mais saudável forma de ostentação
que existe no mundo.
Vai por mim, amar é luxo só. Triste de quem sente e esconde, de quem sente e fica no
joguinho dramático, de quem sente e guarda a sete chaves. Sinto muito.
Amor é da boca para fora. Amor é um escândalo que não se abafa. “Eu te amo” é para ser
dito, desbocadamente. Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde.
Na economia amorosa, só existe pagamento à vista, missa de corpo presente. O amor não
se parcela, não admite suaves prestações.
Não existe essa de amor só amanhã, como na placa do fiado do boteco. Amor é hoje, aqui,
agora... Amor não se sonega, amor é tudo a declarar.

(Xico Sá, “Amor é para gastar”. Em: http://www.itatiaia.com.br)

No trecho do 3º parágrafo – Guardar “eu te amo” é prejudicial à saúde. –, a crase mantém-


se se a expressão destacada for substituída por:

a) todos que o escondem.

b) pessoa que o esconde.

410
c) quem o esconde.

d) pessoas que o escondem.

e) qualquer pessoa que o esconda.

RESPOSTAS:

541:D 542:E 543:A 544:C 545:B 546:D 547:A 548:D 549:D 550:B 551:B 552:B 553:D 554:B
555:C 556:C 557:C 558:B 559:A 560:B

411
561ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Coordenador Censitário Subárea

A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos
demais é:

a) Fui à casa dele na semana passada;

b) Nunca mais fui à França;

c) Entregue a encomenda à professora;

d) Não sei à qual te referes;

e) Dei esse livro à Rosângela.

562ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Coordenador Censitário Subárea

Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos


tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um
rei à cem anos”.

A modificação necessária para que esse texto fique correto é:

a) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”;

b) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”;

c) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”;

d) “de um rei” deve ser substituído por “real”;

e) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.

563ª/ Banca: IDECAN / Órgão: IF-RR / Cargo: Assistente Administrativo

Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo da crase é utilizado com correção.

a) Raul Basilides Gomes (17), de Fortaleza, Giovanna Girotto (16) e Luã de Souza Santos
(17), de São Paulo exibem com orgulho às suas medalhas, conquistadas na 13ª
Olimpíada Internacional de Astronomia.

b) Todas as estudantes do Estado de São Paulo agradecem à Giovanna Girotto (16) por
representá-las na 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia.

c) Os cinco representantes brasileiros que foram à 13ª Olimpíada Internacional de


Astronomia conquistaram 3 medalhas.

d) Os cinco representantes brasileiros superaram à uma seleção bastante criteriosa


antes de participar da 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia

412
e) Durante uma semana, 30 jovens foram submetidos à treinamentos intensivos
classificatórios antes da escolha da equipe que participou da 13ª Olimpíada
Internacional de Astronomia.

564ª/ Banca: IDECAN / Órgão: IF-RR / Cargo: Assistente Administrativo

O trecho “(...) induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que
passou.” (linhas 4 e 5) possui elemento linguístico marcado pelo acento indicativo de crase.
Tal acento é proveniente, no caso em tela, em razão da fusão do artigo “a” com a preposição
“a”, a qual advém da regência do

a) verbo induzir.

b) verbo passar.

c) verbo arrancar.

d) nome homem.

e) nome sombra.

565ª/ Banca: IDECAN / Órgão: IF-RR / Cargo: Assistente Administrativo

A estilista Jenna Miller, uma loira de 1,70 metro, desembarcou da linha F do metrô nova-
iorquino faltando poucos minutos para as seis da tarde. Levava um tapetinho enrolado
debaixo do braço e o celular na outra mão. “Tô atrasada para a terapia, depois te ligo”, disse
para sua mãe, que tentava falar com ela pela quinta vez. Miller entrou às pressas no edifício
Cable, na avenida Broadway, espremeu-se no elevador quase lotado e expirou fundo: “Ufa,
acho que vai dar tempo.”

Analisando-se o trecho acima, julgue as afirmativas a seguir:

I. Ocorre erro de concordância nominal em “1,70 metro”, que deveria ser “1,70
metros”.

II. Há falta do acento indicativo de crase em “para as seis da tarde”, que deveria
ser “para às seis da tarde”, por se tratar de hora certa.

413
III. O segmento “na avenida Broadway” deve vir obrigatoriamente entre vírgulas
pois não pode dispensar a vírgula que o antecede nem a que o sucede.

Assinale

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

d) se nenhuma afirmativa estiver correta.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

566ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: UNIRIO / Cargo: Assistente em Administração

414
Em qual das alterações feitas em “ainda fiel à boa técnica” (ℓ. 25 do Texto III) o emprego do
acento de crase NÃO está de acordo com a norma-padrão?

a) ainda fiel àquela técnica

b) ainda fiel à toda técnica

c) ainda fiel à sua técnica

d) ainda fiel à velha técnica

e) ainda fiel à técnica de sempre

567ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: UNIRIO / Cargo: Assistente em Administração

O acento grave indicativo de crase é necessário e está empregado de acordo com a norma-
padrão em:

a) É bom manter-nos à distância de dez passos.

b) O sol estava à pino e precisamos nos proteger do calor.

c) A volta à Portugal, seu país natal, fez meu pai muito feliz.

d) Com muito esforço, os idosos acompanham às novas tecnologias.

e) Sempre reconhecemos àqueles que são nossos verdadeiros amigos.

568ª/ Banca: IDECAN / Órgão: UNIVASF / Cargo: Assistente Social

No trecho “Como é natural, os quatro principais candidatos à Presidência da República


prometem mundos e fundos para o aperfeiçoamento da educação, nos seus quatro anos de
mandato.” Há uma passagem em que ocorre crase. Pode-se inferir, com base em
pressupostos gramaticais, que o acento indicador de crase utilizado no texto está bem
empregado porque

a) há fusão da preposição "a", advinda do verbo "ser", com o artigo "a", determinante
de "Presidência".

b) há fusão da preposição "a", advinda do nome "principais", com o artigo "a",


determinante de "Presidência".

c) há fusão da preposição "a", advinda do nome "candidatos", com o pronome "a",


determinante de "Presidência”.

415
d) há fusão da preposição "a", advinda do nome "candidatos", com o artigo "a",
determinante de "Presidência".

e) há fusão da conjunção "a", advinda do nome "candidatos", com o artigo "a",


determinante de "Presidência".

569ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-CE / Cargo: Técnico Judiciário - Área Judiciária

“Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se
imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.

Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do


acento grave indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está
equivocado é:

a) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;

b) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;

c) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;

d) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;

e) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.

570ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Desenvolvedor Web

Assinale a alternativa cuja afirmativa está de acordo com a correção de aspectos


morfossintáticos e semânticos dos trechos selecionados.

a) A omissão do trecho grifado em “associadas ao sentido de bem-estar da população”


manteria o sentido original do texto devendo haver apenas a substituição de “ao”
por “à”.

b) Em “dos insumos e das tecnologias a eles relacionados,”, o termo destacado poderia


ser substituído pelo elemento “por” tendo em vista a classificação sintática e o
sentido produzido pelos dois vocábulos.

c) Como se trata de uma enumeração em: “*...+ vastos conhecimento científico e


preparação técnica, além de amparo legal, *...+”, o termo “vastos” pode ser atribuído
a “conhecimento científico”, “preparação técnica” e “amparo legal”

d) Em “com vistas a sensibilizar autoridades”, a substituição de “sensibilizar” pelo seu


correspondente nominal provocaria obrigatoriedade do uso do acento grave
indicador de crase, além de inclusão da preposição “de” antecedendo “autoridades”.

571ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Desenvolvedor Web

416
Brasil fabricará medicamentos a partir da biodiversidade do país

Para desenvolver a indústria farmacêutica do Brasil, nada melhor do que trabalhar com
aquilo que temos de melhor: dono da maior fauna e flora do planeta, o país ainda tem
milhares de espécies vegetais não catalogadas e que podem contribuir para a fabricação de
medicamentos responsáveis pelo tratamento de diferentes enfermidades.

Em uma parceria inédita, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)


somou esforços com o Aché Laboratórios e a empresa Phytobios para encontrar moléculas
de plantas que podem contribuir para remédios destinados às áreas de oncologia e
dermatologia. O acordo foi assinado na última segunda-feira (11 de dezembro), durante um
evento no auditório do CNPEM, em Campinas.

Com investimento planejado de R$ 10 milhões, as primeiras expedições comandadas pela


Phytobios já reuniram exemplares de diferentes espécies vegetais que serão analisados no
Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que faz parte do CNPEM. “A expedição em
busca das espécies é algo bastante complexo: temos de ter um cuidado enorme para não
danificar o meio ambiente durante as coletas, além de preservar o material vegetal
encontrado”, afirma Cristina Ropke, CEO da Phytobios. “Temos de coletar plantas na época
em que elas estão floridas ou frutificadas para que um botânico especialista naquela família
as identifique de maneira apropriada.”

À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e tecnológico em


desenvolvimento no Brasil —o CNPEM conta com equipamentos capazes de realizar a
análise das moléculas e mapear suas potencialidades para o tratamento de enfermidades
como o combate a diferentes tipos de câncer.

(Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/12/brasil-fabricara-


medicamentos-partir-da-biodiversidade-do-pais. html.)

O uso do acento grave em “À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e
tecnológico em desenvolvimento no Brasil *...+” (4º§) é de uso obrigatório. Indique, a seguir,
o fragmento em que o acento grave foi empregado INCORRETAMENTE.

a) “Primeiro smartphone com leitor de digitais integrado à tela vai ser chinês.”

b) “Florianópolis vive hoje o temor de que 2017 termine com notícias semelhantes às
que estrearam o ano.”

c) “Uma garota de 9 anos teve o cabelo cortado à força por duas tias e duas primas no
último fim de semana.”

d) “Todo o atendimento ao público será realizado de segunda à domingo conforme


determinado anteriormente.”

572ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Desenvolvedor Web

417
Ao analisar o uso do sinal grave, indicativo da crase, em “...pedindo providências às
autoridades”, pode-se afirmar que esse fenômeno ocorreu em virtude da exigência da
preposição “a”

a) pelo verbo “providências”, e da aceitação do artigo definido feminino pelo


substantivo “autoridades”.

b) pelo termo “providências”, e da aceitação do artigo indefinido feminino pelo


substantivo “autoridades”.

c) pela palavra “providências”, e da aceitação do artigo definido feminino, pelo


substantivo “autoridades”.

d) pela palavra “providências”, e da aceitação do artigo definido feminino pelo adjetivo


“autoridades”.

573ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Desenvolvedor Web

Dentre as frases apresentadas a seguir, só NÃO apresenta o correto uso do acento grave,
indicador de crase na Língua Portuguesa:

a) “A prova deve ser feita à caneta.”

b) “Referia-se à mãe de sua amada esposa.”

c) “Preferia a roupa mais quente à mais fresca.”

d) “Queria muito agradecer àquele homem que lhe salvara a vida”.

574ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Taifeiro

De acordo com a norma-padrão, o acento grave indicador da crase deve ser utilizado
obrigatoriamente em

a) As emissões de gases do efeito estufa têm ocasionado as principais mudanças


climáticas no planeta.

b) As pesquisas de opinião mostram que, para os brasileiros, a mudança climática é


maior ameaça a população do que a violência urbana.

c) O aumento da temperatura do planeta é consequência de ações humanas tomadas a


partir da Revolução Industrial, no século 18.

d) O Greenpeace trabalha para pressionar governos e empresas a diminuir as emissões


de gases de efeito estufa.

e) O aquecimento global pode levar o planeta a situações irreversíveis para a


humanidade.

418
575ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ / Cargo: Pedagogo

O cartaz publicitário de um evento de moda no Rio de Janeiro mostrava o seguinte: VESTE-


RIO A MODA AQUI É FAZER NEGÓCIO

O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma
correta na seguinte alternativa:

a) de 12h às 20 horas;

b) das 12h a 20 horas;

c) das 12hs às 20hs;

d) das 12h às 20 horas;

e) de 12hs a 20 horas.

576ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF - SP / Cargo: Farmacêutico Fiscal

Em “Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à
biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.” pode-se afirmar que

a) as duas ocorrências de crase são de caráter facultativo.

b) na segunda ocorrência de crase há uma locução feminina.

c) as duas ocorrências de crase justificam-se pelo mesmo motivo.

d) apenas uma das duas ocorrências de crase é de caráter facultativo.

577ª/ Banca: IDECAN / Órgão: AGU / Cargo: Analista Técnico-Administrativo

Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua
estrela que é considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta
está localizado a uma distância de 0,4 unidades astronômicas - 40% da distância Terra-Sol -
ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, confirma Ribas.

A respeito do trecho acima, assinale a afirmativa incorreta.

a) No trecho, há ocorrência de um caso de crase facultativa.

b) Há um erro de concordância nominal em “0,4 unidades astronômicas”, que deveria


ser “0,4 unidade astronômica".

c) A conjunção coordenativa “ou”, embora classificada genericamente como


alternativa, tem, no trecho, valor semântico de equivalência.

d) Há seis ocorrências de artigo definido.

419
e) A primeira ocorrência de “que” se classifica como pronome relativo; a segunda, como
conjunção subordinativa comparativa.

578ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Analista de Sistemas

O emprego do acento de crase na palavra em destaque está de acordo com a norma-padrão


em:

a) As construções cresciam à olhos vistos

b) A preservação ficava à cargo dos órgãos públicos.

c) Os moradores fizeram obras à revelia da legislação.

d) Os trabalhos encantaram à todos os que aqui viviam.

e) As obras nos subúrbios cresceram à partir do século XIX.

579ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Analista de Sistemas

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase é


obrigatório na palavra destacada em:

a) A falta de transporte coletivo traz problemas para as pessoas que vivem na periferia.

b) O centro das cidades foi o primeiro espaço a sofrer com o aumento dos carros.

c) O automóvel acabou por se confirmar como a forma de transporte dominante.

d) Os espaços centrais passaram a ser ocupados somente nos horários de trabalho.

e) Os governos devem buscar soluções adequadas as necessidades das pessoas.

580ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Analista de Sistemas

E se o Império Romano não tivesse acabado?

Em vez da França, a província de Gália. Em vez da Inglaterra, a Bretanha. Em vez da


Bulgária, a Trácia. Quem já leu as aventuras de Asterix conhece bem esses nomes esquisitos
de regiões dominadas pelos exércitos de Roma (as histórias do herói gaulês se passam por
volta de 50 a.C., época do apogeu do Império Romano). Pois assim seria o Velho Mundo se o
império com sede em Roma não tivesse se desintegrado: uma única nação contornando o
Mediterrâneo ao longo das costas europeia, asiática e africana. Mas a mudança dos nomes
das localidades europeias é a menos importante das diferenças. O mundo seria outro. O
capitalismo talvez ainda não tivesse surgido e, sem ele, a conquista e a colonização da
América não aconteceriam. No final das contas, o Brasil poderia ser até hoje uma terra de
índios.

420
Mas vamos aos poucos. Primeiro é bom lembrar o que houve com o império de Roma. O
poder imperial começou a se esfarelar no século 3, quando ocorreram lutas internas entre
generais e vivia-se uma verdadeira anarquia militar. Para se ter uma ideia, em 50 anos houve
pelo menos 20 imperadores, que foram destituídos um após o outro (alguns inclusive
reinaram simultaneamente, em conflito).
Não era para menos. A economia romana era baseada no trabalho escravo e o suprimento
de escravos dependia da conquista de novos territórios. O problema foi que o reino tornou-
se grande demais para ser administrado, as conquistas minguaram, os escravos escassearam
e a vida boa acabou. A arrecadação de impostos diminuiu e a população pobre começou a
reclamar. Para ajudar, ainda havia o cristianismo (que era contra a escravidão e a riqueza da
elite) e uma peste que varreu a região. Nessa barafunda de problemas, tentou-se de tudo,
até a divisão administrativa do império em dois, o do Ocidente (com sede em Roma) e o do
Oriente (o Império Bizantino), com sede em Constantinopla (onde antes ficava Bizâncio).
Para este último, a solução foi eficaz. Mas o Império Romano do Ocidente, assolado pela
crise econômica, perdeu seu poder militar e foi aos poucos invadido por guerreiros
germânicos. Em 395, a divisão administrativa transformou-se em divisão política e o império
rachou em dois. Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco. A queda
definitiva ocorreu em 476, quando a tribo do rei Odoacro derrubou o último chefe de Roma,
Rômulo Augústulo. No Oriente, no entanto, o Império Romano continuou existindo por
quase mil anos, até 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla.
Se o Império Romano resistisse, possivelmente ele seria parecido com sua metade
oriental, diz Pedro Paulo Funari, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em primeiro lugar, o imperador seria também o papa, como em Constantinopla, onde o
imperador governava tudo o que interessava: o Exército e a Igreja. Ou isso ou haveria uma
divisão de poderes com a Igreja. Essa mistureba de papéis provavelmente criaria situações
curiosas, como bispos governando uma província como Portugal, ou melhor, a Lusitânia, e
párocos dirigindo cidades.
A influência religiosa seria ainda maior do que foi na Idade Média ou atualmente. Nas
províncias, o divórcio e o aborto provavelmente seriam proibidos e não seria nenhum
absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer peixe às sextas-feiras,
tivessem a força de lei, com penas severas (o açoite, o exílio e a prisão domiciliar eram
comuns) para quem degustasse uma costelinha no dia sagrado.
As línguas derivadas do latim, como o português, o espanhol, o francês e o italiano,
provavelmente seriam muito diferentes. O português, por exemplo, não teria sofrido a
influência das línguas árabe e germânica, já que, nesse nosso mundo hipotético,
possivelmente não ocorreriam as invasões dos germânicos e muçulmanos na península
Ibérica. Palavras de origem árabe e tão portuguesas, como azeite, não fariam parte do nosso
vocabulário.
E o capitalismo? “Provavelmente demoraria mais para acontecer”, afirma Funari.
“Impérios em geral dificultam o desenvolvimento do capitalismo, que depende do
individualismo para se desenvolver. Um Estado muito forte e controlador é um obstáculo”,
diz o historiador. Na Europa, o feudalismo e a fragmentação do poder favoreceram o
surgimento do capitalismo. No Japão, onde houve a fragmentação do Estado e a
implantação de um sistema de shogunato, isso também aconteceu, ao contrário da China,
um império que durou até 1911. Retardado o capitalismo, a colonização da América também
seria outra. E os astecas, incas, tupinambás e guaranis talvez tivessem se desenvolvido mais
e oferecido maior resistência aos europeus. Indo mais longe, um império inca talvez pudesse
existir até hoje. Mas essa é uma outra hipótese.

421
(Lia Hama e Adriano Sambugaro – http://super.abril.com.br/cultura/se-imperio-romano-
nao-tivesse-acabado-444330.shtml?utm_source=
redesabril_super&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_jovem.)

Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uso indevido do acento grave, indicador de
crase na língua portuguesa.

a) “Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco.” (4º§)

b) “... não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como
comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, ...” (6º§)

c) “... não seria nenhum absurdo que costumes alimentares cristãos tivessem a força de
lei com penas severas àquele que degustasse uma costelinha no dia sagrado.”

d) “... assim seria o Velho Mundo se o Império Romano não tivesse se desintegrado:
uma única nação contornando o Mediterrâneo à caminho das costas europeia,
asiática e africana”.

RESPOSTAS:

561:D 562:E 563:C 564:C 565:D 566:B 567:A 568:D 569:A 570:D 571:D 572:C 573:A 574:B
575:D 576:C 577:E 578:C 579:E 580:D

422
581ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Jornalista

Brasil fabricará medicamentos a partir da biodiversidade do país

Para desenvolver a indústria farmacêutica do Brasil, nada melhor do que trabalhar com
aquilo que temos de melhor: dono da maior fauna e flora do planeta, o país ainda tem
milhares de espécies vegetais não catalogadas e que podem contribuir para a fabricação de
medicamentos responsáveis pelo tratamento de diferentes enfermidades.

Em uma parceria inédita, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)


somou esforços com o Aché Laboratórios e a empresa Phytobios para encontrar moléculas
de plantas que podem contribuir para remédios destinados às áreas de oncologia e
dermatologia. O acordo foi assinado na última segunda-feira (11 de dezembro), durante um
evento no auditório do CNPEM, em Campinas.

Com investimento planejado de R$ 10 milhões, as primeiras expedições comandadas pela


Phytobios já reuniram exemplares de diferentes espécies vegetais que serão analisados no
Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que faz parte do CNPEM. “A expedição em
busca das espécies é algo bastante complexo: temos de ter um cuidado enorme para não
danificar o meio ambiente durante as coletas, além de preservar o material vegetal
encontrado”, afirma Cristina Ropke, CEO da Phytobios. “Temos de coletar plantas na época
em que elas estão floridas ou frutificadas para que um botânico especialista naquela família
as identifique de maneira apropriada.”

À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e tecnológico em


desenvolvimento no Brasil —o CNPEM conta com equipamentos capazes de realizar a
análise das moléculas e mapear suas potencialidades para o tratamento de enfermidades
como o combate a diferentes tipos de câncer.

(Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/12/brasil-fabricara-


medicamentos-partir-da-biodiversidade-do-pais. html.)

O uso do acento grave em “À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e
tecnológico em desenvolvimento no Brasil *...+” (4º§) é de uso obrigatório. Indique, a seguir,
o fragmento em que o acento grave foi empregado INCORRETAMENTE.

a) “Primeiro smartphone com leitor de digitais integrado à tela vai ser chinês.”

b) “Florianópolis vive hoje o temor de que 2017 termine com notícias semelhantes às
que estrearam o ano.”

c) “Uma garota de 9 anos teve o cabelo cortado à força por duas tias e duas primas no
último fim de semana.”

d) “Todo o atendimento ao público será realizado de segunda à domingo conforme


determinado anteriormente.”

582ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Profissional Júnior – Auditoria

423
Sendo a crase a fusão de vogais idênticas marcadas na escrita pelo acento grave, a frase em
que a palavra em destaque deve ser acentuada, de acordo com a norma-padrão, é:

a) A história de um autor nunca é igual a de outro autor.

b) Nos romances, o príncipe geralmente chega a cavalo.

c) Os amantes da literatura bebem os romances gota a gota.

d) As fantasias da literatura pertencerão a quem as encontrar.

e) Aquele poema nos leva a uma região distante na imaginação.

583ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Profissional Júnior – Auditoria

O emprego do acento indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão em:

a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens à esmo.

b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia.

c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou à prazo.

d) Devido à interferências do público, pode haver mudanças na trama

e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse à emissora.

584ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Profissional Júnior – Auditoria

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da


crase é obrigatório na palavra destacada em:

a) Os pais, inseguros na sua tarefa de educar, não percebem que falta de limites e
superproteção comprometem a formação dos filhos.

b) A indisciplina nas salas de aula aumentou a partir do momento em que as mídias


divulgaram a necessidade de dar maior liberdade aos estudantes.

c) A atenção e a motivação são condições que levam a pessoa a pensar e agir de forma
satisfatória para desenvolver o processo de aprendizagem.

d) As famílias e as escolas encontram-se, na atualidade, frente a jovens com quem não


conseguem estabelecer um diálogo produtivo.

e) As escolas chegaram a etapa em que os professores estão cada vez mais com
dificuldade para exercer o seu importante papel de ensinar.

585ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Científico

424
O acento grave marca, na escrita, o fenômeno da crase, isto é, representa a fusão de dois a.

Dessa forma, o acento indicativo da crase está corretamente empregado em:

a) Meu sonho é conhecer à Paris dos romances.

b) Todos deveriam sempre lembrar à quem agradecer.

c) Restrinjo-me àquilo que ficou combinado na reunião.

d) Ensinaram à ela muito sobre a história da psicanálise.

e) Referimo-nos à toda raiva acumulada em nossos corações.

586ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Científico

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
ser empregado na palavra destacada em:

a) A intenção da entrevista com o diretor estava relacionada a programação que a


empresa pretende desenvolver.

b) As ações destinadas a atrair um número maior de clientes são importantes para


garantir a saúde financeira das instituições.

c) As instituições financeiras deveriam oferecer condições mais favoráveis de


empréstimo a quem está fora do mercado formal de trabalho.

d) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas financeiras consideram que vale a


pena investir na nova moeda virtual.

e) Os participantes do seminário sobre mercado financeiro foram convidados a


comparar as importações e as exportações em 2017.

587ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Técnico de Administração

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do sinal indicativo da crase é


obrigatório na palavra destacada em:

a) A solução para o analfabetismo tecnológico é a garantia de acesso de todas as


crianças a utilização efetiva de meios digitais de comunicação.

b) A utilização de celulares com recursos de navegação na internet vem facilitando a


alfabetização tecnológica de idosos e moradores de zonas rurais.

c) As escolas precisam possibilitar a crianças de todas as origens socioculturais a


utilização plena dos recursos computacionais no processo de aprendizagem.

425
d) O analfabetismo tecnológico corresponde a uma efetiva exclusão digital, já que
impede as pessoas de usufruírem dos benefícios da tecnologia.

e) Os países desenvolvidos atingiram a meta de universalizar a utilização de meios


digitais para garantir a ampliação do processo de conhecimento.

588ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Técnico de Administração

Em português, o acento grave indica a contração de dois “a” em um só, em um processo


chamado crase, e está corretamente empregado em:

a) Verei a política de outra forma à partir daquela conversa.

b) Daqui à duas horas Lobo Neves receberá os amigos com alegria.

c) Assistimos à apresentações inflamadas de alguns deputados e senadores.

d) Em referência àqueles pensamentos, Lobo Neves calou-os rapidamente.

e) A política, à qual não quero mais em minha vida, causou-me muitos problemas.

589ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Geólogo Júnior

O acento indicativo de crase está corretamente empregado em:

a) O médico atendia à domicílio.

b) A perna de Virgínia piorava hora à hora.

c) Anunciata fazia rezas à partir do meio-dia.

d) Minha mãe levou à milagreira um bolo de fubá.

e) O sobrinho da benzedeira assistiu à todas as sessões.

590ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Geólogo Júnior

A frase em que o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada é:

a) A elevação da temperatura da Terra tem concorrido para gerar prejuízos inigualáveis


a todas as nações.

b) Os fabricantes de agrotóxicos recusam-se a reconhecer a responsabilidade que


possuem nos danos ao meio ambiente.

c) O aquecimento do planeta tem estado aliado a índices muito altos de gases do efeito
estufa liberados pelos países industrializados.

426
d) Os grandes temporais causam imensos danos a população em razão da sua potência
destruidora.

e) Os países desenvolvidos atingiram a meta de redução da poluição estabelecida pelos


cientistas em reuniões mundiais.

591ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-AL / Cargo: Técnico Judiciário - Área Judiciária

“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde
colocarão à disposição dos usuários e das autoridades”.

O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da
seguinte frase:

a) À noite, todos os gatos são pardos;

b) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;

c) Entregou o livro à aluna;

d) Saiu à procura da namorada;

e) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.

592ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Administrador Júnior

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento grave indicativo da crase


deve ser empregado na palavra destacada em:

a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam, em geral, pequena variação de


funções quando comparados a versões anteriores.

b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa junto a crianças do ensino


fundamental para ver como elas se comportam no ambiente virtual.

c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enormes prejuízos ao seu
desempenho escolar, conforme o depoimento de professores.

d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar horas na fila para serem os


primeiros que comprarão os novos lançamentos.

e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão de crédito para não serem
surpreendidas com valores muito altos.

593ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Auxiliar de Saúde

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indicador de crase é


obrigatório na palavra destacada em:

427
a) A história da iluminação começou quando o homem construiu, para transportar o
fogo, as tochas primitivas, que pouco a pouco foram aperfeiçoadas.

b) A melhoria nas tecnologias de iluminação pode estar agravando a poluição luminosa


principalmente nos grandes centros urbanos.

c) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas
e interfere na observação astronômica.

d) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até
resultar em distúrbios crônicos na saúde.

e) O mundo da iluminação não foi mais o mesmo depois da invenção da lâmpada


elétrica, logo depois da invenção da iluminação a gás.

594ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CREF - 5ª Região / Cargo: Agente Fiscal

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.

a) O neto voltou à casa da avó.

b) Meu neto voltou à minha casa.

c) A avó, às vezes, deixa-o brincar na chuva.

d) A mãe devolveu as roupas àquela criança.

595ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Prefeitura de Manhumirim - MG / Cargo: Professor

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional
gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que
tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um
contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós.
[...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos
ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os
investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também
produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. No entanto, a urgência
frente ao “apagão de mão de obra” tem gerado uma pressão por investimento no ensino
médio. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe
e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social?

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a


mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por
inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível

428
destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são
submetidos desde pequenos.

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então,
ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem
dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato
com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de
capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-
se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e
respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de
conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na
forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops,


celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias”
são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as
diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um
educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus
alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e
a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e
conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a
práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do
conhecimento.

A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social,


especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender
que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na
composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de
desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação
qualificada desde muito cedo. Portanto, para além da urgência de fazer frente ao “apagão
da mão de obra”, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da
linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e
prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que
todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de
situações produtivas de aprendizagem.

(Beatriz Cardoso. O Globo, 21 de julho de 2014.)

Em relação ao emprego do acento grave, indicador da crase, em “*...+ ampliar o nível de


exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas.” (4º§) é correto afirmar
que

a) a ocorrência de crase é facultativa em “à informação”.

b) a ocorrência de crase é facultativa em “a práticas culturais qualificadas.”

c) diante de “práticas culturais e qualificadas” a ocorrência de crase é obrigatória.

429
d) a ocorrência do termo regente “exposição” e a ocorrência da admissão do artigo “a”
diante do termo por ele regido justificam o uso do acento grave em “à informação”.

596ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Prefeitura de Manhumirim - MG / Cargo: Professor

Em “A valoração dá lugar à exaltação” o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se


pelo mesmo motivo de seu emprego em:

a) Pediram arroz à grega.

b) Estarei em sua casa à meia-noite.

c) A referência à ajuda foi feita na reunião

d) Às vezes, é preciso ter um pouco de paciência.

597ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Prefeitura de Manhumirim - MG / Cargo: Professor

“Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a
voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras.” O acento indicador de
crase presente no trecho anterior, justifica-se em:

a) Para dar ênfase à palavra “disposição”.

b) O uso da crase é facultativo diante do verbo “ter”.

c) O verbo “ter” exige o uso do acento grave no artigo “a”.

d) Ocorre a fusão da preposição “a” com o artigo “a” mediante uma palavra feminina.

598ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Prefeitura de Manhumirim - MG / Cargo: Professor

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indicador de crase é


obrigatório na palavra destacada em:

a) A história da iluminação começou quando o homem construiu, para transportar o


fogo, as tochas primitivas, que pouco a pouco foram aperfeiçoadas.

b) A melhoria nas tecnologias de iluminação pode estar agravando a poluição luminosa


principalmente nos grandes centros urbanos.

c) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas
e interfere na observação astronômica.

d) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até
resultar em distúrbios crônicos na saúde.

e) O mundo da iluminação não foi mais o mesmo depois da invenção da lâmpada


elétrica, logo depois da invenção da iluminação a gás.

430
599ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Câmara de Natividade - RJ / Cargo: Tesoureiro

“... cheguei à conclusão de que a música clássica...” Nessa frase, o acento grave indicativo de
crase resulta da união de uma preposição com um artigo, o mesmo que ocorre em

a) ir àquele lugar.

b) leva à felicidade.

c) saiu às escondidas.

d) entregar o presente à de sapato preto.

600ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRO - AL / Cargo: Auxiliar Técnico de Procuradoria

Em “Outros recorrem à tese do gastroenterologista inglês(...)” o acento grave indicativo de


crase foi corretamente utilizado.

O mesmo deve acontecer em:

a) A quem se dirigia o artigo científico?

b) O país está cara a cara com um novo surto.

c) O aparecimento da doença ameaçou a todos.

d) A medida que os anos passam, mais pessoas deixam de fumar.

RESPOSTAS:

581:D 582:A 583:E 584:E 585:C 586:A 587:A 588:D 589:D 590:D 591:D 592:E 593:C 594:B
595:D 596:C 597:D 598:C 599:B 600:D

431
4 - Emprego dos sinais de pontuação

601ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário

Texto 1

Por que nós temos pesadelos?

“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.

Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.

Pois é. Em exames com ressonância magnética, esses participantes apresentaram respostas


emocionais mais brandas na ínsula, amígdala e córtex cingulado médio (áreas do cérebro
associadas às emoções) quando expostos a imagens amedrontadoras.”

(Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/ por-que-


nos-temos-pesadelos. Acesso em: 01/04/2022)

“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.”

Essa passagem, retirada do primeiro parágrafo do texto 1, contém duas partes: uma antes
do travessão e uma após o travessão.

Em relação à primeira parte, a segunda parte veicula ideia de:

a) consequência;

b) justificativa;

c) proporção;

d) contraste;

e) concessão.

602ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

Nas frases abaixo, há uma relação lógica implícita que é sugerida pela pontuação; essa
relação aparece definida de forma adequada na seguinte opção:

432
a) “Ser gênio é fácil. Difícil é encontrar quem reconheça” / concessão.

b) “Comprai a instrução a preço de muito dinheiro, graças a ela ganhareis muito ouro” /
explicação.

c) “Empinar papagaio é um bom brinquedo: obriga o menino a olhar para o céu” /


consequência.

d) “Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca está sério” /
comparação.

e) “Sê breve em teus raciocínios; a ninguém agrada seres longo” / conclusão.

603ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista do Poder Judiciário

“na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito as árvores podem ser retorcidas vergadas de
modos estranhos e ainda assim são belas”.

Observe esse pensamento, transcrito sem os sinais de pontuação originais e todo ele em
letras minúsculas.

A forma correta de redigi-lo é:

a) Na natureza, nada é perfeito, e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas,


vergadas de modos estranhos, e ainda assim são belas.

b) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito! As árvores podem ser retorcidas,


vergadas de modos estranhos e ainda assim são belas.

c) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas,


vergadas de modos estranhos e ainda assim são belas.

d) Na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito; as árvores podem ser retorcidas,


vergadas de modos estranhos e ainda assim são belas.

e) Na natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito. As árvores podem ser retorcidas,


vergadas de modos estranhos, e ainda assim são belas.

604ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário

“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que
discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”

A frase abaixo que mostra uma interrogação, ainda que indireta, é:

a) Sei o porquê de ele ter chegado atrasado;

433
b) Vi quando o táxi capotou;

c) Desconheço onde ele mora;

d) Vi como ela fez isso;

e) Queria conhecer todas as respostas.

605ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano

A frase abaixo foi transcrita sem os sinais de pontuação e sem letras maiúsculas:

“A vida é como um balão quando nos deparamos com ventos fortes a solução não é lutar
contra eles mas procurar novas altitudes novos ventos que levem da direção certa”

A forma de reescrevê-la com a pontuação adequada é:

a) A vida é como um balão; quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes, novos ventos, que levem da direção
certa.

b) A vida é como um balão, quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles, mas procurar novas altitudes. Novos ventos que levem da direção
certa.

c) A vida é como um balão: quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes novos ventos, que levem da direção
certa.

d) A vida é como um balão. Quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes, novos ventos que levem da direção
certa.

e) A vida é como um balão: quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles, mas procurar novas altitudes, novos ventos, que levem da direção
certa.

606ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano

“À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas
quais eu poderia responder à minha situação reagir com amargura ou procurar transformar
o sofrimento em uma força criativa eu decidi seguir o último curso.” (Martin Luther King Jr.)

Esse pensamento se encontra sem os sinais de pontuação adequados.

434
Uma das maneiras correta e adequada de pontuá-lo é:

a) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o último
curso.

b) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação: reagir com amargura, ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o último
curso.

c) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa, eu decidi seguir o último
curso.

d) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura, ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa: eu decidi seguir o último
curso.

e) À medida que, meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas
maneiras pelas quais eu poderia responder à minha situação, reagir com amargura
ou procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o
último curso.

607ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Técnico Judiciário

O filósofo francês Pascal afirmou que: “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza,
a justiça e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo”.

O pensamento acima é dividido em duas partes, separadas pelo emprego dos dois pontos. A
segunda parte mostra:

a) o esclarecimento sobre como atua a imaginação;

b) uma enumeração dos poderes da imaginação;

c) uma explicação dos termos da parte anterior;

d) a consequência da oração anterior;

e) uma definição do que é a imaginação.

608ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde

Quanto à colocação da vírgula, a opção que está em DESACORDO com o padrão formal da
língua é:

435
a) Todas as pessoas assaltadas pela síndrome de burnout, têm agora uma lei para
protegê-las.

b) Comprou o jornal, sentou-se para ler, assustou-se com a notícia.

c) Não, disse o advogado convicto, agora a lei é para valer.

d) Ela sofria pela doença, entretanto não perdia o bom humor.

e) Todos combinaram em comparecer ao evento, conquanto não acreditassem na


importância do mesmo.

609ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR / Cargo: Administrador

O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exigências da norma-padrão da


Língua Portuguesa em:

a) Caso sejam priorizadas medidas de proteção ao meio ambiente, a substituição dos


lixões por uma forma adequada para tratar o lixo será benéfica.

b) Em todo o mundo há uma preocupação com a maneira de descartar o lixo por isso, é
sempre preferível corrigir nossos hábitos.

c) O aterro sanitário apresenta inúmeras vantagens, como a redução da poluição


porém, há desvantagens, como o seu alto custo.

d) O lixo eletrônico encontrado, em televisores, rádios, geladeiras, celulares, pilhas


compromete a saúde pública.

e) O lixo hospitalar decorrente do atendimento médico a seres humanos ou animais,


acarreta muitos problemas de saúde pública.

610ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Perito Legista

Observe a seguinte frase:

“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.”
(Jerome Lawrence) Se trocarmos a pontuação entre as frases por conectivos, a forma
adequada será:

a) O neurótico constrói um castelo no ar, mas o psicótico mora nele ao passo que o
psiquiatra cobra o aluguel.

b) O neurótico constrói um castelo no ar enquanto o psicótico mora nele e o psiquiatra


cobra o aluguel.

c) O neurótico constrói um castelo no ar embora o psicótico more nele, mas o


psiquiatra cobra o aluguel.

436
d) O neurótico constrói um castelo no ar e o psicótico mora nele, contudo o psiquiatra
cobra o aluguel.

e) O neurótico constrói um castelo no ar ainda que o psicótico more nele, enquanto o


psiquiatra cobra o aluguel.

611ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário

“Medo todos têm. A diferença é que o covarde não controla o medo, e o corajoso o supera”.

Sobre essa frase, assinale a única afirmação correta.

a) O pronome “todos” se refere aos covardes e aos corajosos.

b) A forma verbal “têm” não deveria levar acento.

c) O ponto entre os dois períodos equivale à conjunção “portanto”.

d) A forma “não controla” equivale a “descontrola”.

e) O pronome “o” em “o supera” corresponde a “o covarde”.

612ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de
Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

437
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

O emprego das vírgulas para isolar a oração “que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS)” (último parágrafo) confere a tal oração valor explicativo.

( ) Certo
( ) Errado

613ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de
Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia”
são seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da oração em que
aparecem.

( ) Certo
( ) Errado

614ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Analista de Pesquisa Energética

438
“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte

A respeito da estruturação do pensamento de Napoleão, assinale a opção que se mostra


adequada.

a) A conjunção “quando“ tem valor de condição.

b) O ponto-e-vírgula equivale à conjunção “porque”.

c) A palavra “comerciante” critica os maus governantes.

d) A última oração do texto não tem ligação com a anterior.

e) Os pronomes “se” e “lhe” referem-se a termos distintos.

615ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

Se colocarmos todas as vírgulas necessárias na frase “Não me importo de me atribuírem


todos os pecados do mundo mas por favor não digam que eu seria capaz de comer pizza de
soja.”, a forma correta será:

a) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;

b) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;

c) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;

d) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam, que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;

e) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja. ”

616ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural
não faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles,
tudo é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso
que o homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se
sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo

439
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

No trecho “vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato” (sexto período), a inserção de uma vírgula entre “vemos” e “claramente” manteria a
correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

617ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de

440
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas
como sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

618ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Processos de negócio

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.

O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de


linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.).
Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

441
Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo antes da preposição “sem” (terceiro
parágrafo), haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, embora seu sentido original
fosse mantido.

( ) Certo
( ) Errado

619ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Processos de negócio

Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.

Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o


prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,


assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.

Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o ponto final empregado logo após
“ela é mínima” (penúltimo período do texto) poderia ser corretamente substituído por
ponto e vírgula.

( ) Certo
( ) Errado

620ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Processos de negócio

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão,
utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar
da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada
pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que
representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais
elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da
Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

442
De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso
depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “Assim”, que inicia o segundo
período do segundo parágrafo, manteria a correção gramatical, embora alterasse o sentido
original do texto.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

601:B 602:B 603:E 604:C 605:E 606:A 607:B 608:A 609:A 610:B 611:A 612:C 613:E 614:A
615:A 616:E 617:C 618:E 619:C 620:C

443
621ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Assistente Administrativo

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

444
No trecho ‘Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a
mentira e a inverdade’ (segundo parágrafo), a vírgula empregada após ‘falsa’ justifica-se por
separar orações com sujeitos diferentes.

( ) Certo
( ) Errado

622ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio à Assistência


Judiciária

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os


parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para isolar
uma digressão feita pelo autor do texto.

( ) Certo
( ) Errado

445
623ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio à Assistência
Judiciária

Em O processo, a antevisão do inferno em que se transformaria a burocracia moderna,


das culpas imputadas, da tortura anônima e da morte que caracterizam os regimes
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?

George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão


desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).

Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.

Em ‘Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes’, a conjunção ‘e’ poderia ser
substituída por ponto e vírgula, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do
texto.

( ) Certo
( ) Errado

624ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está


plenamente atendido em:

a) A criação de animais para a produção de alimentos, é de grande importância para o


sustento de milhares de famílias.

446
b) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, possui muitas diferenças na
sua vegetação.

c) A melhor maneira de proteger as povoações situadas nas margens dos rios, é


procurar soluções que impeçam o comércio ilegal.

d) O estado do Amazonas apresenta, a maior população indígena do Brasil com


aproximadamente trinta mil habitantes.

e) O número de estudiosos preocupados com o futuro do planeta, aumentou devido ao


aquecimento global.

625ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego adequado da vírgula está


plenamente atendido em:

a) O outono que o Rio nos oferece, tem um ar fino, quase frio.

b) Uma senhora de cabelos muito brancos, ficava sentada, em uma cadeira.

c) Ele se incomodou, com as grades do Rio.

d) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores cada vez mais crescidas.

e) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê que o outono fica mais lindo
quando estamos livres.

626ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,

447
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

No terceiro parágrafo do texto CG2A1-I, o trecho entre travessões informa o motivo de

a) o Brasil ter participado da Segunda Guerra Mundial contra as ditaduras nazifascistas.

b) Hitler ter sido derrotado em 1945.

c) a Segunda Guerra Mundial ter chegado ao fim.

d) o regime autoritário do Estado Novo ter sucumbido.

e) o mundo ter sido tomado pelas ideias democráticas.

627ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RO / Cargo: Oficial de Diligência

Texto CG2A1-I

Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.

Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.

Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da

448
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.

Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.

A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de


acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.

Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal, que materializou expressamente o


acesso à justiça em seu artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos os
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.

Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos


tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.

Internet: <http://www.politize.com.br/>(com adaptações)

A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preservada se

a) fosse inserida uma vírgula logo após “Constituição de 1946” (quarto parágrafo).

b) fosse inserido o sinal de dois-pontos logo após a forma verbal “definia” (primeiro
parágrafo).

c) fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “ampliado” (segundo parágrafo).

d) fossem suprimidos os travessões empregados no terceiro parágrafo.

e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “artigo 5.º” (sexto parágrafo).

628ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações
climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”,

449
a substituição da conjunção “e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a
coerência do texto.

( ) Certo
( ) Errado

629ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço


básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que
promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.

Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).


Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.

A eliminação da vírgula empregada após a palavra “vítimas” (segundo período do segundo


parágrafo) alteraria os sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

630ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?

450
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.

Em ‘Acho que não podia ser mais claro’, a correção gramatical seria prejudicada caso se
inserisse uma vírgula logo após ‘Acho’.

( ) Certo
( ) Errado

631ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial

“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou


científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”

Nesse segmento do texto 4, há uma série de vírgulas empregadas pela mesma razão da que
ocorre na seguinte frase:

a) Cansa-se de ser herói, mas não se cansa de ser rico;

b) Se uma mulher quer fazer uma coisa, não há homem que consiga impedi-la;

c) Querendo abolir a pena de morte, que comecem os senhores assassinos;

451
d) Eu sou um homem honrado: nunca assassinei, nunca roubei, nunca violei, salvo em
minha imaginação;

e) Para alcançar o bem, mais vale habilidade que sabedoria.

632ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial

“Investigação é o ato ou efeito de investigar, busca, pesquisa”.

Para que esse período inicial do texto 1 mostre construção uniforme e adequada, sua
estruturação deveria ser:

a) Investigação é o ato ou efeito de investigar, buscar, pesquisar;

b) Investigação é o ato ou efeito de investigação, busca, pesquisa;

c) Investigação é o ato ou efeito de investigar, buscar e de pesquisa;

d) Investigar é o ato ou efeito de investigar, de busca e de pesquisa;

e) Investigação é o ato ou efeito de investigação, de busca e de pesquisa.

633ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJ-SP / Cargo: Técnico Especializado em Formação


e Capacitação

Texto CG1A1-II

Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.

Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.

Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).

452
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.

No segundo período do primeiro parágrafo, o emprego do ponto e vírgula decorre da


intercalação da oração “onde se mói a cana” na enumeração dos termos que descrevem a
fazenda.

( ) Certo
( ) Errado

634ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJ-SP / Cargo: Técnico Especializado em Formação


e Capacitação

Texto CG1A1-I

Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um


conjunto de estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes
drogas, sem necessariamente exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for
possível ou desejável a abstinência, outros agravos à saúde podem ser evitados, como, por
exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis por via sanguínea, tais quais as
hepatites e HIV/AIDS.

Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator


histórico-cultural do uso de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte
indissociável da própria história da humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas
não passa de uma quimera. Dentro dessa perspectiva, contemplam-se ações voltadas para
as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são de natureza estritamente públicas,
delas participando, também, organizações não governamentais e necessariamente, com
especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.

Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.


São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações)

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

Seria gramaticalmente correto inserir uma vírgula logo após “tem-se” (primeiro período do
segundo parágrafo).

( ) Certo
( ) Errado

635ª/ Banca: IBADE / Órgão: CRM-AC / Cargo: Contador

"Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens,
esse índice é de 81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e
computadores".

453
Assinale a opção correta quanto à pontuação, levando-se em consideração a alteração
frasal:

a) O sedentarismo está presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já nos mais
jovens, esse índice é de 81%, consequência direta do uso de videogames, celulares e
computadores.

b) O sedentarismo está presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já nos mais
jovens, esse índice é de 81%, consequência, direta, do uso de videogames, celulares e
computadores.

c) Consequência direta do uso de: videogames, celulares e computadores, o


sedentarismo está, presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já, nos mais
jovens, esse índice é de 81%.

d) Consequência direta do uso de videogames; celulares; e computadores; o


sedentarismo está presente, em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais
jovens, esse índice é de 81%.

e) Consequência direta do uso de videogames, celulares e computadores o


sedentarismo está presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já, nos mais jovens,
esse índice é de 81%.

636ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Texto 2

O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.

Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.

“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.

(Adaptado)

Observe a frase a seguir: “O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do
empresário Pedro e dos outros membros da sua equipe, que morreram em um acidente de
avião na tarde desta sexta-feira”.

Essa frase do texto 2 mostra um problema em sua estruturação, que é:

a) a falta de vírgula após o termo “Pedro”;

454
b) a redundância na expressão “médico legista”;

c) a ambiguidade no emprego do possessivo “sua”;

d) a ausência de “no” antes da expressão “dos outros”;

e) o emprego errado de “desta” por “dessa”.

637ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Em todas as frases abaixo foram realizados deslocamentos de termos e foram acrescentadas


vírgulas nas frases modificadas; a única frase em que a vírgula está correta é:

a) Os críticos são gente que fracassou na literatura e na arte / Os críticos são gente que
fracassou na arte, e na literatura;

b) Na arte não existe passado nem futuro / Na arte não existe futuro, nem passado;

c) A obra-prima é uma variedade do milagre / Uma variedade do milagre, é a obra-


prima;

d) O futebol é o mais popular dos esportes / Dos esportes, o futebol é o mais popular;

e) Dois mais três são cinco / Três mais dois, são cinco.

638ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Texto 1

Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de
autópsia. Nunca deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para
verificar ainda uma vez como a língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação
vai levando as palavras belas e brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e
abusa de reticências, se o autor gosta delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito
externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada osso, é designado por um
vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal, a hipóstase cadavérica, a
tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob pena de
não ser ciência.”
(Adaptado. A Semana, 1830)

No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que
gostam delas. A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção
intensa é:

a) Isso não é... um pouco... como dizer?... estranho?

b) Mas... a barata... a barata... você conseguiu pegá-la?

455
c) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;

d) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...),
vai poder aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;

e) Os vândalos estão de volta para fazer m... nas passeatas.

639ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Analista Administrativo

Texto CB2A1-I

Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e


territorialidade são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do
indivíduo e do grupo com o universo, é herança, mas também um reaprendizado das
relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um resultado obtido por intermédio
do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as práticas sociais, a cultura é
o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento. É por isso que as
migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e dura
adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para
significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera
como uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta
dialeticamente como territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente,
mudando paralelamente territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações)

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

A inserção de uma vírgula logo após “Assim”, no início do primeiro parágrafo, manteria a
correção gramatical e a coerência do texto.

( ) Certo
( ) Errado

640ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Analista Administrativo

Texto CB2A1-I

Assim como cidadania e cultura formam um par integrado de significações, cultura e


territorialidade são, de certo modo, sinônimos. A cultura, forma de comunicação do
indivíduo e do grupo com o universo, é herança, mas também um reaprendizado das
relações profundas entre o ser humano e o seu meio, um resultado obtido por intermédio
do próprio processo de viver. Incluindo o processo produtivo e as práticas sociais, a cultura é
o que nos dá a consciência de pertencer a um grupo, do qual é o cimento. É por isso que as

456
migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e dura
adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para
significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.

Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera
como uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta
dialeticamente como territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente,
mudando paralelamente territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.

Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações)

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.

A oração “o que comanda as migrações” (segundo parágrafo) está empregada entre vírgulas
porque tem caráter explicativo.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

621:C 622:E 623:E 624:B 625:E 626:A 627:C 628:C 629:C 630:C 631:D 632:A 633:E 634:E
635:A 636:C 637:D 638:B 639:E 640:E

457
641ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Técnico Ambiental

Texto CB1A1-I

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente


em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo
mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos
geradores de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das
empresas, ainda é relativamente tímida.
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e
transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio
ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam
ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam
e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No segundo período do terceiro parágrafo, a supressão da vírgula empregada logo após


‘ambiental’ alteraria o sentido do texto, mas manteria sua correção gramatical.

( ) Certo
( ) Errado

642ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Técnico Ambiental

Texto CB1A1-I

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente


em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo
mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos
geradores de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das
empresas, ainda é relativamente tímida.

458
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e
transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio
ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam
ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam
e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

Feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, seriam mantidos os sentidos originais


do texto e sua correção gramatical se, no último período do quarto parágrafo, a expressão
“Por outro lado” fosse deslocada para imediatamente após o vocábulo “necessário”, caso
em que deveria ser isolada por vírgulas.

( ) Certo
( ) Errado

643ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não


pressupõe nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe
apraz. Ele segue as suas inclinações individuais. O curtir é o seu lema.

Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa


natural para o caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como
impulsionou o descarte de cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado
negativamente o planeta, ao trazer prejuízos não apenas para as futuras gerações, como
também para as atuais, o que resulta em problemas sociais, crises humanitárias e
degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar o
desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e
indiferentes às consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente
equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.

O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano
trabalhe duro para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre

459
há alguma coisa melhor, maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as
coisas que se possuem e se consomem enchem não apenas os armários, as garagens, as
casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.

Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo


consumo gera a sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de
iniciar qualquer outro. Nessa vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural
fica tentada com a gratificação própria imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não
conseguem compreender o impacto cumulativo em um nível coletivo. Assim, um desejo
satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor murcha ou uma garrafa
de plástico vazia.

O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o


planeta, como também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo
precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo como mecanismo de


desenvolvimento sustentável na sociedade líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com
adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

Caso o trecho “Ao mesmo tempo” (segundo período do terceiro parágrafo) fosse deslocado
para imediatamente após a forma verbal “possuem” e fosse isolado por vírgulas, os sentidos
originais do texto seriam prejudicados, embora sua correção gramatical fosse mantida, feitos
os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas.

( ) Certo
( ) Errado

644ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da


discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.

460
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais). Editora Jandaíra.


Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.

Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, no segundo período do quarto


parágrafo, a conjunção “Portanto” poderia ser corretamente deslocada para logo depois da
palavra “discriminação”, dispensando-se o emprego da vírgula

( ) Certo
( ) Errado

645ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.

Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.

Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da


discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.

A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros


de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode

461
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais). Editora Jandaíra.


Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.

A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos se o trecho “acerca


de indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado” (segundo período do terceiro
parágrafo) fosse reescrito da seguinte maneira: acerca dos indivíduos, que pertencem a um
determinado grupo racializado.

( ) Certo
( ) Errado

646ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o


mundo do direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus
operadores têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a
mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e
cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira
do sistema.

Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas


pela rede mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência
artificial para análise de grandes volumes de dados. Novidades cuja aplicação foi
impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela necessidade de
implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados. Todas essas inovações, sem
dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e o cotidiano dos
operadores do direito.

O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana


e dependem do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços
tecnológicos sejam inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser
implementadas com parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre
permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não restringirem — e, sim,

462
ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade
da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

É obrigatório o emprego da vírgula logo após a palavra “lados”, no segundo período do


primeiro parágrafo.

( ) Certo
( ) Errado

647ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ADAPAR / Cargo: Médico Veterinário

Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do trecho “Somando-se todos os graus,


7,8% da população com mais de 18 anos (mais de 3,6 milhões de pessoas) são classificados
na categoria dos veggies, os promotores de um mercado que, estima-se, movimentará 4,4
bilhões de euros no mundo em 2020”, caso fosse realizada a

a) supressão da vírgula empregada logo após “graus”.

b) inserção de uma vírgula logo após o parêntese que segue o termo “pessoas”.

c) substituição da vírgula logo após “veggies” por dois-pontos.

d) inserção de uma vírgula logo após “mercado”.

e) supressão da vírgula empregada logo após “estima-se”.

648ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: COREN-CE / Cargo: Técnico Administrativo

Texto CG2A1-I

Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.

Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.

463
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.

Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.

Internet:<super.abril.com.br> (com adaptações).

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.

I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro


parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo
no período.

II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto
período do último parágrafo), é facultativo.

III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo
moderno” (primeiro período).

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo.

b) Apenas o item II está certo.

c) Apenas o item III está certo.

d) Todos os itens estão certos.

649ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-RO / Cargo: Psicólogo

Um estudante e um professor, que haviam marcado uma reunião de estudos após as aulas,
se encontram no corredor e travam o seguinte diálogo:

464
- Estudante: Oi, Paulo, você vai estar no seu gabinete amanhã às três horas, não é?

- Professor: Bom, não sei...

- Estudante: Mas, o senhor... (se afasta, contrariado)

Sobre essa conversação, é correto afirmar que:

a) o estudante mostra não dominar o uso correto da língua, ao misturar os tratamentos


“você” e “senhor”;

b) o emprego de “você” na primeira frase do estudante mostra descortesia, já que se


trata de um professor, a quem se deve dirigir um tratamento respeitoso;

c) o tratamento de “senhor” mostra um distanciamento em relação ao professor, em


função da situação criada;

d) as reticências ao final da fala do professor indicam que algo não foi registrado no
texto;

e) as reticências ao final da segunda fala do estudante indicam dúvida sobre o que


pensar.

650ª/ Banca: IBADE / Órgão: ISE-AC / Cargo: Agente Socioeducativo

Em “É no intestino que cerca de 95% da serotonina, conhecida como hormônio da felicidade,


é produzida a partir dos alimentos.”, as vírgulas foram usadas para separar:

a) o aposto.

b) o vocativo.

c) o sujeito do predicado.

d) o adjunto adverbial anteposto.

e) os termos de função sintática idêntica.

651ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo

Texto 1

Machado de Assis, em Diálogos e reflexões de um relojoeiro, alude ao Carnaval na seguinte


frase: “Carnaval à porta. Já lhe ouço os guisos e tambores. Aí vem o carro das ideias... felizes
ideias que durante três dias andais de carro! O resto do ano ides a pé, ao sol ou à chuva, ou
ficais no tinteiro, que é ainda o melhor dos abrigos”.

465
Esse trecho do texto 1 pode ser dividido em dois segmentos, divisão marcada pelas
reticências; o segundo segmento mostra a seguinte mudança em relação ao primeiro:

a) do passado para o presente;

b) da linguagem lógica para a figurada;

c) do texto descritivo para o narrativo;

d) da visão geral para a individual;

e) do otimismo para o pessimismo.

652ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo

Texto 3

“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles
dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade. Se grandes são as trevas que
se abatem sobre nossos espíritos, maiores ainda são as nossas ânsias por luz. (…) As
tragédias dão-nos a dimensão da inumanidade de que somos capazes. Mas também deixam
vir à tona o verdadeiramente humano que habita em nós, para além das diferenças de raça,
de ideologia e de religião. E esse humano em nós faz com que juntos choremos, juntos nos
enxuguemos as lágrimas, juntos oremos, juntos busquemos a justiça, juntos construamos a
paz e juntos renunciemos à vingança.“

Leonardo Boff

“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles
dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade.”

A marca característica do discurso moderno nesse segmento do texto 3 é:

a) a presença da intertextualidade;

b) a metaforização com um acidente geográfico;

c) a indicação separada de “cada um” e “cada uma”;

d) a utilização de vocábulos desusados como “dobrar”;

e) o emprego de reticências no meio da frase.

653ª/ Banca: IBADE / Órgão: ISE-AC / Cargo: Auxiliar Administrativo

Quarentena de afeto

466
O Brasil tem passado por uma recessão, reflexo do quadro social e sanitário. Ainda
assim, segundo Nelo Marraccini, do IPB, mesmo com as dificuldades impostas pela crise que
veio junto da pandemia, muitas famílias não deixam de cuidar de seu pet.

O abandono aumentou, mas as buscas por adoção subiram 400% de acordo com a
União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).

Entre os que assumiram as “alegrias e agruras” de um animalzinho no período da


pandemia, está o casal Marina e Renan Malta do Rio de Janeiro. “Em março do ano passado,
quatro meses depois de casados, nós nos vimos trabalhando em home office, sem poder sair
de casa. Então resolvemos realizar um sonho e adotar a Lily, um filhote vira-lata de 32 dias.
Todo mundo nos dizia que cuidar de um animal dá muito trabalho, mas que compensa, o
que é verdade. A gente só não contava que ela apresentasse problemas comportamentais”,
conta Marina.

“Além de roer quase todos os móveis com seus dentinhos afiados, Lily passou a se
sentir a dona da casa entre três e quatro meses, mostrando-se reativa e agressiva. Nesse
momento, eu precisei pesquisar tudo sobre o mercado pet e descobri vários serviços e
produtos. Contratamos, então, o primeiro adestrador e a colocamos na creche para ajustar a
rotina e a socialização. Também conheci os mordedores naturais, que estimulam o instinto
do cão e são importantes na preservação do meio ambiente. Assim, ela extravasa toda
energia e não rói mais os móveis.”

(Revista Proteste)

Em “Em março do ano passado, quatro meses...” (Linhas 11/12), a vírgula serviu para isolar:

a) o aposto.

b) o vocativo.

c) certos predicativos.

d) expressões explicativas.

e) adjunto adverbial anteposto.

654ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: AL-CE / Cargo: Técnico Legislativo

Texto CG5A1-I

E de repente aquela dor intolerável no olho esquerdo, este lacrimejando, e o mundo


se tornando turvo. E torto: pois fechando um olho, o outro automaticamente se entrefecha.
Quatro vezes no decorrer de menos de um ano um objeto estranho entrou no meu olho
esquerdo: duas vezes ciscos, uma vez um grão de areia, outra um cílio. Das quatro vezes tive
que procurar um oftalmologista de plantão. Da última vez, perguntei ao doutor Murilo
Carvalho, cirurgião dos Oculistas Associados, e também um artista em potencial que realiza
sua vocação através de cuidar por assim dizer de nossa visão de mundo:

467
— Por que sempre o olho esquerdo? É simples coincidência?

Ele respondeu não; que, por mais normal que seja uma vista, um dos olhos vê mais
que o outro e por isso é mais sensível. Chamou-o de “olho diretor”. E, por ser mais sensível,
disse ele, prende o corpo estranho, não o expulsa.

Quer dizer que o melhor olho é aquele que mais sofre. É a um só tempo mais
poderoso e mais frágil, atrai problemas que, longe de serem imaginários, não poderiam ser
mais reais que a dor insuportável de um cisco ferindo e arranhando uma das partes mais
delicadas do corpo.

Fiquei pensativa.

Será que é só com os olhos que isso acontece? Será que a pessoa que mais vê,
portanto a mais potente, é a que mais sente e sofre. E a que mais se estraçalha com dores
tão reais quanto um cisco no olho.

Fiquei pensativa.

Clarice Lispector. Todas as crônicas. Rio de Janeiro:


Rocco, 2018, p. 36 (com adaptações).

No final do primeiro parágrafo do texto CG5A1-I, os dois-pontos foram empregados com a


finalidade de

a) anunciar a citação que constitui o segundo parágrafo.

b) demarcar o fim de um período.

c) apresentar uma fala do doutor Murilo Carvalho.

d) destacar uma interrupção no pensamento da narradora.

e) sinalizar a mudança de interlocutor no diálogo.

655ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Agente Administrativo

Um executivo de uma empresa recebeu a seguinte mensagem eletrônica:

“Guilherme participou da reunião dos diretores com Heitor, na sucursal de Belo Horizonte,
na qual ele voltou a pedir unidade na empresa.”

Assinale a opção que indica o problema de escritura dessa mensagem.

a) Erros de ortografia.

468
b) Pontuação inadequada.

c) Ambiguidade de termos.

d) Redundância de elementos.

e) Má seleção vocabular.

656ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de Aracaju - SE / Cargo: Auditor

Em cada uma das opções a seguir é apresentada uma proposta de reescrita para o seguinte
trecho do texto CB1A1-II: “A peste, que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu
ministério, deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo normal dos
egoísmos, tornava, ao contrário, mais acentuado no coração dos homens o sentimento da
injustiça”. Assinale a opção que apresenta a proposta que mantém a correção gramatical e a
coerência do texto.

a) A peste, que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu cargo, deveria reforçar a
igualdade entre nossos concidadãos, pelo jogo normal dos egoísmos tornava, ao
contrário, mais preciso no coração dos homens o sentimento da injustiça.

b) Pela imparcialidade eficaz com que exercia sua função, a peste, que deveria ter
reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo normal dos egoísmos,
tornava ao contrário mais acentuado no coração dos homens o sentimento de
injustiça.

c) A peste que deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo
normal dos egoísmo — pela imparcialidade eficaz com que exercia seu ministério —
tornava o sentimento de injustiça no coração dos homens mais acentuado, ao
contrário.

d) Ao contrário, o sentimento de injustiça tornava-se mais acentuado com a peste no


coração dos homens, a qual deveria, pela imparcialidade com que exercia seu
ministério, ter reforçado a igualdade entre os nossos concidadãos pelo jogo normal
dos egoísmos.

e) O sentimento de injustiça no coração dos homens tornava-se mais acentuado com a


peste, que deveria, ao contrário — pela imparcialidade eficaz com que exercia seu
ministério —, ter reforçado a igualdade entre os nossos concidadãos pelo jogo
normal dos egoísmos.

657ª/ Banca: FGV / Órgão: Câmara de Aracaju - SE / Cargo: Redator

Texto 2

“ e repente, um índio jovem, neto do tuxaua Senembi, o Camaleão, que integrava a


expedição de Carrasco, se aproxima de um dos cativos (que estava preso pela muçurana),
bate nele brandamente, várias vezes, com a mão espalmada, e reivindica a sua posse,
alegando que fora ele, neto de Senembi, quem primeiro tocara aquele inimigo, durante a

469
luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto Mussa, A primeira
história do mundo, p. 129)

“que integrava a expedição de Carrasco” (texto 2) é uma oração adjetiva explicativa e é


precedida por vírgula; a oração abaixo que NÃO deveria ser precedida por vírgula, por ser
restritiva, é:

a) Cabral, que descobriu o Brasil, era fidalgo português;

b) O romance, que é de boa qualidade, é de autor jovem;

c) Esse é o candidato, que foi eleito para presidente;

d) A língua portuguesa, que provém do latim, é musical;

e) A data do descobrimento, que é incerta, foi confirmada.

658ª/ Banca: FGV / Órgão: Câmara de Aracaju - SE / Cargo: Redator

Texto 2

“ e repente, um índio jovem, neto do tuxaua Senembi, o Camaleão, que integrava a


expedição de Carrasco, se aproxima de um dos cativos (que estava preso pela muçurana),
bate nele brandamente, várias vezes, com a mão espalmada, e reivindica a sua posse,
alegando que fora ele, neto de Senembi, quem primeiro tocara aquele inimigo, durante a
luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto Mussa, A primeira
história do mundo, p. 129)

No texto 2 há um problema de construção, que é:

a) a ambiguidade na oração “que integrava a expedição de Carrasco”;

b) o emprego inadequado do presente do indicativo (se aproxima, bate, reivindica) em


lugar do pretérito perfeito;

c) o excesso desnecessário de vírgulas;

d) a presença de explicações completamente dispensáveis;

e) o uso de vocábulos incompreensíveis, como “muçurana”.

659ª/ Banca: FGV / Órgão: Câmara de Aracaju - SE / Cargo: Redator

Texto 2

“ e repente, um índio jovem, neto do tuxaua Senembi, o Camaleão, que integrava a


expedição de Carrasco, se aproxima de um dos cativos (que estava preso pela muçurana),
bate nele brandamente, várias vezes, com a mão espalmada, e reivindica a sua posse,
alegando que fora ele, neto de Senembi, quem primeiro tocara aquele inimigo, durante a

470
luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto Mussa, A primeira
história do mundo, p. 129)

Nesse segmento narrativo (texto 2), o termo “neto do tuxaua Senembi” está entre vírgulas
pela mesma razão de um outro termo do mesmo segmento, que é:

a) que integrava a expedição de Carrasco;

b) que estava preso pela muçurana;

c) bate nele brandamente;

d) com a mão espalmada;

e) neto de Senembi.

660ª/ Banca: FGV / Órgão: Câmara de Aracaju - SE / Cargo: Redator

Em todas as frases abaixo há um termo sublinhado; se deslocarmos esse termo para o lugar
na frase marcado por um asterisco, só NÃO vamos precisar obrigatoriamente empregar
vírgulas em:

a) Nenhum homem (*) adquire propriedade sem o aprendizado da aritmética;

b) (*) Não basta saber falar para ser gente;

c) (*) Tenho elementos de candomblé apesar de ser cartesiano;

d) Até um imbecil (*) passa por inteligente se ficar calado;

e) Tudo (*) é enigma e problema neste mundo.

RESPOSTAS:

641:E 642:C 643:C 644:E 645:E 646:C 647:C 648:B 649:C 650:A 651:B 652:C 653:E 654:A
655:C 656:E 657:C 658:A 659:E 660:E

471
5 - Concordância verbal e nominal

661ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância e de colocação


pronominal.

a) Se pressionarão mais as famílias, caso as condições de crédito fique pior do que o


esperado.

b) Antes da próxima safra de verão, certamente se procurarão novos fornecedores de


adubo.

c) Ainda prevê-se alta de juros em breve, embora hajam questões econômicas


preocupantes.

d) No cenário atual, tem afetado-se os gastos familiares com o desemprego e a alta de


preços.

e) Espera-se que até o plantio da próxima safra de verão esteja melhor as condições
internacionais.

662ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB

As normas de concordância verbal, considerado o padrão da norma culta, estão plenamente


observadas na frase:

a) Nenhuma das ficções publicadas ao tempo do Frankenstein explorava uma


excentricidade comparável à que nas páginas fantásticas de Mary Shelley se
impunha.

b) Sempre se conferiu a criaturas humanoides propriedades monstruosas que nunca se


atribui à nossa própria espécie, dada como absolutamente superior.

c) A ilusão de que os dias do nosso futuro preservarão nossa espécie de alterações


substanciais costumam sustentar nossa imagem de seres definitivamente superiores.

d) A imaginação altamente fantasiosa de tantas passagens do romance de Mary Shelley


não destituíram de impacto seus efeitos de realidade sobre os seus leitores.

e) À segurança que queremos ter em nosso futuro contrapõe-se, segundo a perspectiva


do autor do texto, indícios do que nos reservam o veloz desenvolvimento das
ciências.

663ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Técnico Administrativo

Assinale a alternativa que segue a norma-padrão relativa à concordância verbal e nominal.

472
a) No campo das artes, a Casa Modernista mantêm o prestígio de ser a primeira obra de
arquitetura modernista.

b) Associada aos demais cômodos da residência, há um jardim com plantas tropicais


concebido por Mina Klabin.

c) Devido à necessidade de acolher a família que estava crescendo, reformaram-se


alguns espaços da casa.

d) À época, convencido de que era vital reinterpretar a arte brasileira, muitos


intelectuais defenderam a ruptura com a tradição.

e) Excesso de ornamentação, prática comum nas edificações, não faziam parte das
concepções artísticas do arquiteto ucraniano.

664ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR / Cargo: Administrador

A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em:

a) Devido à baixa qualidade dos aparelhos, precisam-se de leis que obriguem os


fabricantes a ressarcir os consumidores insatisfeitos com suas compras na internet.

b) De acordo com os estudiosos da área de tecnologia e consumo, dividem-se os tipos


de obsolescência em perspectiva e programada.

c) Em função do tipo de lixo eletroeletrônico, constataram-se, nos últimos anos, pelos


tipos de aparelhos descartados, o hábito dos consumidores de substituir aparelhos
celulares todo ano.

d) Nas lojas virtuais de grandes empresas de varejo, atendem-se a consumidores de


todas as regiões do país, tendo em vista a facilidade de acesso e de entrega.

e) Com base nas estatísticas de reclamações nas instituições de proteção aos


consumidores, avaliam-se que as empresas de telefonia estejam à frente nas listas
de insatisfação.

665ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado

Texto CG1A1-I

Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.

Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com


frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa

473
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).

No texto CG1A1-I, existe relação de concordância do termo

a) “presentes” com “coisas mais difíceis”, no primeiro período do primeiro parágrafo.

b) “necessário” com “isso”, no segundo período do primeiro parágrafo.

c) “predominante” com “memória”, no primeiro período do segundo parágrafo.

d) “perigoso” com “ontem”, no quinto período do segundo parágrafo.

e) “preciso” com “o qual”, no sexto período do segundo parágrafo.

666ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

A frase abaixo que está integralmente correta é

a) Está muito tarde para mim sair.

b) Meu barraco está sito à rua das Marrecas.

c) Graças ao prejuízo, não pude viajar este ano.

d) Dentro da sala haviam dez alunos.

e) O carro derrapou e foi de encontro ao muro.

667ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-AM / Cargo: Investigador de Polícia

Assinale a frase em que se comete um erro gramatical.

a) É urgente a necessidade de a encomenda chegar.

b) A maioria dos estudantes viajaram.

c) Era meio-dia e meio quando eles chegaram.

474
d) Há tempos eu não os vejo.

e) Cheguei à praia antes dos demais.

668ª/ Banca: FGV / Órgão: EPE / Cargo: Economia de Energia

Assinale a opção que apresenta a frase que está gramaticalmente correta.

a) Ainda devem haver muitos concursos este ano.

b) Chegaram ao Brasil um milhão de vacinas.

c) Agora, já são uma e dez da tarde.

d) Entraram no teatro, sentando-se na última fila.

e) Entre mim e ti não há qualquer comunicação.

669ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

475
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

No primeiro período do segundo parágrafo, sem prejuízo da correção gramatical e da


coerência do texto, a palavra “demonizadas” poderia ser substituída pela respectiva forma
no singular — demonizada —, caso em que ela passaria a concordar com o termo “uma
espécie”.

( ) Certo
( ) Errado

670ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Engenharia de Segurança de


Processo

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.

O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de


linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

A correção gramatical do texto seria mantida caso o adjetivo “primitivas”, no trecho


“ferramentas de pedra primitivas”, fosse flexionado no singular, embora o sentido original
do trecho e as relações sintáticas nele estabelecidas fossem alterados: no original, o adjetivo
qualifica o termo “ferramentas”; com o emprego do singular, o adjetivo qualificaria o termo
“pedra”.

476
( ) Certo
( ) Errado

671ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Técnico em Gestão

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

477
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de
mantê-lo em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: é
o de lhe manter em um cerco informativo.

( ) Certo
( ) Errado

672ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Técnico em Gestão

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,


incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o


informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

478
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No terceiro período do primeiro parágrafo, seria gramaticalmente correto incluir acento


diferencial na forma verbal “tem” — escrevendo-se têm — a fim de que a concordância
verbal passasse a ser estabelecida com os termos “da informação” e “da comunicação”.

( ) Certo
( ) Errado

673ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil

A frase – … é um peixe que come outros peixes. – equivale, de acordo com a norma-padrão
do emprego e da colocação pronominal, a:

a) … é um peixe que os come.

b) … é um peixe que come-os.

c) … é um peixe que lhes come.

d) … é um peixe que come-los.

e) … é um peixe que come-lhes.

674ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio à Assistência


Judiciária – Redes

As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e


espaço. Mas são as estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de
sofrimento e quem morre mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1
na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de 3.700 feridos. Em 2010, o
terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.

Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso primário é buscar o culpado


mais à mão no imaginário. Pode ser Deus, a cruel natureza ou o enigmático ente a que se
denomina destino. Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre com
um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.

O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Planeta ou humanidade


designam tanto os habitantes de Manhattan, da Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de
Janeiro, ou dos Jardins, em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas

479
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.

Internet:<revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.

No último período do texto, caso a palavra “desprovidas” fosse empregada no masculino —


desprovidos —, em concordância com o termo “4,5 bilhões”, a correção gramatical e o
sentido do texto seriam mantidos.

( ) Certo
( ) Errado

675ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a concordância nominal está correta


na palavra destacada em:

a) A agricultura sustentável e os cuidados com o meio ambiente são extremamente


proveitosas para a preservação do planeta.

b) O desmatamento generalizado e a monocultura são inadequadas do ponto de vista


ambiental.

c) O uso predatório do solo pode acarretar consequências como a desertificação e a


arenização, que são considerados prejudiciais à natureza.

d) A região amazônica e o pantanal mato-grossense são conhecidas internacionalmente


como patrimônios ambientais.

e) Os cuidados com o solo e as pesquisas em técnicas de plantio são necessários para


que a produção de alimentos seja sustentável.

676ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNICAMP / Cargo: Engenheiro Civil

A concordância, tanto verbal quanto nominal, está de acordo com a norma-padrão em:

480
a) Foi apontado por Borges a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim
“calculus”.

b) Usado pelas pessoas antigas para proteção contra doenças, orações parecem
estarem na moda atualmente.

c) Batizou-se de vírus os agentes infecciosos naquela época invisível aos microscópios.

d) De origem latina, “calculus” era empregado em referência aos pedregulhos que se


usavam antigamente para fazer contas.

e) O funcionamento e a produção de sentidos da linguagem pode ser conhecida por


meio do estudo da história das palavras.

677ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de


Telecomunicações – Auditoria

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.

A forma verbal ‘Tem’, na oração ‘Tem uma ponta assim’ (décimo terceiro parágrafo),
concorda com o termo ‘uma ponta’.

481
( ) Certo
( ) Errado

678ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Investigador Policial de 3ª Classe

“Os policiais militares são os primeiros a chegar ao local do crime, para isolar a área e
preservar as provas”; nesse segmento do texto 2, as formas verbais “isolar” e “preservar”
poderiam também aparecer no plural “isolarem” e “preservarem”.

A frase abaixo em que há dupla possibilidade de concordância do termo destacado é:

a) Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer;

b) Só quem é superficial conhece a si mesmo;

c) Uma descoberta consiste em ver o que todo mundo já viu e pensar o que ninguém
pensou;

d) A família é um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em


particular;

e) Originalidade é a arte de esconder suas fontes.

679ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJ-SP / Cargo: Técnico Especializado em Formação


e Capacitação

Texto CG1A1-I

Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um


conjunto de estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes
drogas, sem necessariamente exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for
possível ou desejável a abstinência, outros agravos à saúde podem ser evitados, como, por
exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis por via sanguínea, tais quais as
hepatites e HIV/AIDS.

Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator


histórico-cultural do uso de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte
indissociável da própria história da humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas
não passa de uma quimera. Dentro dessa perspectiva, contemplam-se ações voltadas para
as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são de natureza estritamente públicas,
delas participando, também, organizações não governamentais e necessariamente, com
especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.

Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.


São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações)

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

482
A substituição da forma verbal “visam” (primeiro período do primeiro parágrafo) por visa
manteria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

680ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM-SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A concordância verbal e o emprego de pronomes estão de acordo com a norma-padrão em:

a) Hoje são 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não vejo ele.

b) Hoje é 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não lhe vejo.

c) Hoje são 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não o vejo.

d) Hoje é 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não te vejo.

RESPOSTAS:

661:B 662:A 663:C 664:B 665:C 666:E 667:C 668:E 669:C 670:C 671:E 672:E 673:A 674:C
675:E 676:D 677:E 678:D 679:C 680:C

483
681ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM-SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

A verdadeira história do Papai Noel

O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a
referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)


1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço

Na oração do 3º parágrafo – ... o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade. –,
o uso da preposição “por” mantém-se caso a forma verbal destacada seja substituída por:

a) apropriou-se

b) valeu-se

c) decidiu-se

d) utilizou-se

682ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo

Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua


portuguesa quanto às concordâncias verbal e nominal.

a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de


tristeza.

484
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos
domésticos.

c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos


cães quanto dos humanos.

d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.

e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal
de perceber os sentimentos do dono.

683ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Texto 2

O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.

Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.

“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.

(Adaptado)

“Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias...”; esse segmento do texto 2 mostra uma falha gramatical
que pode ser reparada pela seguinte substituição:

a) “resultado final” por “resultado”;

b) “irá determinar” por “iria determinar”;

c) “a causa das mortes” por “as causas das mortes”;

d) “será divulgado” por “seja divulgado”;

e) “próximos vinte dias” por “vinte dias próximos”.

684ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Assistente Administrativo

Assinale a alternativa em que a frase apresenta corretamente a correlação verbal.

a) Se Dolores tornar seus dias úteis, ela recebeu seu livro.

485
b) Se Dolores tornara seus dias úteis, ela receberia seu livro.

c) Se Dolores tornasse seus dias úteis, ela receberá seu livro.

d) Se Dolores tornou seus dias úteis, ela receberia seu livro.

e) Se Dolores tivesse tornado seus dias úteis, ela teria recebido seu livro.

685ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Taubaté - SP / Cargo: Escriturário

Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.

a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.

b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.

c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.

d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.

e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.

686ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.

a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma


a tese do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.

b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com


que essa estratégia seja economicamente vantajosa.

c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da


pesquisa foi quase nulo.

d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são
relevantes para as políticas públicas.

e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm


impactos econômicos relevantes.

687ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista

Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua quanto
às regras de concordância e regência.

a) Segundo as ideias do filho, mudanças na plataforma de governo favoreceriam ao pai.

486
b) Entre o público da pesquisa existe, além do próprio filho, tigres e meninos brancos de
seis anos.

c) O filho está ansioso em mostrar ao pai o resultado de sua entrevista com os eleitores.

d) Se houvessem mudanças no governo do pai, seus eleitores estariam mais satisfeitos.

e) O pai não acredita que pode haver eleitores que exigem mesadas mais altas e aulas
de direção.

688ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo

Livros já venderam mais em 2021 do que em


todo o ano passado, mostra pesquisa

A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas


dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram
vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram
41,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em
faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.

(Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-


em-2021-do-que-em-todo-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve trecho do último parágrafo em conformidade com a


norma-padrão de concordância verbal e nominal.

a) As plataformas de vendas online costuma praticar uma política de preços muito


agressiva.

b) Os descontos agressivos oferecido pelas plataformas online resultaram em aumento


das vendas.

c) O comércio de livros praticado pelas gigantes virtuais impõem dificuldades às


livrarias físicas.

d) As grandes empresas de comércio online conseguem oferecer ao cliente condições


muito mais atraentes.

487
e) As editoras estão se unindo pela defesa da adoção de preços fixos a todo livro recém-
lançados.

689ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico

A ditadura do algoritmo

Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
1
Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um
problema.
2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.

(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/


a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase redigida a partir das informações do texto atende à
norma-padrão de concordância verbal e nominal.

488
a) Os algoritmos reinam praticamente livre em alguns ambientes da internet, como é o
caso das redes sociais.

b) Há razões de sobra para se crer que os algoritmos possa ser tão autoritários quanto
alguns ditadores políticos.

c) O modo como a internet nos influenciam justifica a ideia de que vivemos na condição
de “escravos do sistema”.

d) O modo como o conteúdo das redes sociais é direcionado objetiva a fidelização dos
usuários aos aplicativos que o publicam.

e) Os algoritmos têm a função de filtrar e disseminar informações alinhado com o perfil


de consumo do usuário.

690ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da
discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais). Editora Jandaíra.


Edição do Kindle (com adaptações).

489
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.

A correção gramatical do último período do último parágrafo seria prejudicada se a forma


verbal “leva” fosse substituída por levam.

( ) Certo
( ) Errado

691ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Técnico Administrativo

Texto CG2A1-I

Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.

Internet:<super.abril.com.br> (com adaptações).

As opções subsequentes apresentam propostas de reescrita para o seguinte período do


último parágrafo do texto CG2A1-I: “Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita
gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde.”. Assinale a opção em que
a proposta de reescrita apresentada é gramaticalmente correta e mantém a coerência do
texto original.

490
a) Muitas pessoas acham o gosto dos adoçantes ruins e que eles fazem mal à saúde, por
isso eles foram ganhando má reputação.

b) O gosto ruim dos adoçantes e o fato de fazerem mal à saúde fez com que eles
ganhassem má reputação junto às pessoas.

c) Muita gente acha o seu gosto ruim e acreditam que faz mal à saúde — isso fez com
que os adoçantes fossem ganhando má reputação.

d) Os adoçantes ganharam má reputação, porque muita gente considera o gosto deles


ruim e acredita que eles fazem mal à saúde.

692ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: COREN-CE / Cargo: Enfermeiro Fiscal

Texto CG1A1-I

Era o jogo da decisão final do Campeonato Mineiro: Atlético contra América. Torcíamos
apaixonadamente pelo América, não só por ser o time de nossa predileção, mas porque meu
irmão Gérson ia jogar de goleiro, em substituição ao famoso Princesa, que estava
contundido.
Gérson me reservou a primeira surpresa: tinha me arranjado um uniforme completo do
time do América, para que eu entrasse no campo como mascote.
Só o fato de sair do vestiário em meio aos jogadores de verdade já me enchia de emoção.
Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à
assistência. Depois os jogadores se espalharam, fazendo exercícios de aquecimento. Fiquei
por ali, ciscando entre um e outro, a viver a minha grande emoção.
Mas o meu maior momento de glória ainda estava para chegar.
Aos cinco minutos do término da partida, Jico Leite se choca violentamente com Nariz e
rola no chão, contundido.
Pânico nas hostes americanas: todos os reservas já haviam entrado em campo, não sobrara
ninguém para substituições. Que fazer? Segundo as regras daquele tempo, time nenhum
podia jogar desfalcado.
Gérson vem correndo até o banco dos reservas, fala qualquer coisa ao ouvido do treinador,
me apontando, e este se volta para mim, com ar grave:
— Você vai ter de entrar, Fernando.
Não vacilei. Pois, se o América precisava de mim, contassem comigo.
E aconteceu. Jorivê deu a saída do meio de campo, atrasou para Pimentão, que adiantou
para Jacy. Caieira rouba-lhe a bola, passando para Chafir. Chico Preto aliviou, pondo para
fora num chutão.
Chafir fez a cobrança da lateral, dando de presente para Negrão, que, sem perda de
tempo, acionou Bezerra. Quando eu, estrategicamente colocado no setor direito, já pensava
que não daria tempo sequer de intervir numa só jogada, eis que Bezerra faz com que a bola
venha rolando até mim.
Depois de dominá-la, driblei Nariz e tabelei com meu companheiro. Este passou ao Jorivê,
enquanto eu me deslocava para recebê-la de volta. Então disparei num pique, sob o delírio
da assistência, e lá fui eu com minhas perninhas curtas, driblei um, outro, deixei para trás a
defesa adversária. Kafunga abria os braços gigantescos, achei que queria me pegar, e não a
bola. Fiz que chutava, como se fosse encobri-lo, ele pulou. Então passei com bola e tudo por
entre as pernas dele e marquei o gol da vitória.

491
Foi aquela ovação, a torcida delirava. Logo em seguida soou o apito final, e meus
companheiros de equipe correram para me abraçar e carregar em triunfo.

Fernando Sabino. O menino no espelho. Rio de Janeiro: Record, 1991 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita que, além de gramaticalmente
correta, mantém os sentidos do trecho “Gérson me conduzia pela mão, quando nos
alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência.”, no terceiro parágrafo do texto
CG1A1-I.

a) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazermos os


comprimentos de praxe à assistência.

b) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fosse feito os
cumprimentos de praxe à assistência.

c) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fossem feitos os
comprimentos de praxe à assistência.

d) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fizéssemos os
cumprimentos de praxe à assistência.

693ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: AL-CE / Cargo: Analista Legislativo

Texto CG1A1-I

Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no
relacionamento mútuo entre as pessoas. Nasce da ideia ancestral (datada de 1.500 anos
a.C.) de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a
identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do
compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais.
Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo
iluminista, que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.
Na realidade, ubuntu é a expressão compartida de vivências cotidianas. Consiste em uma
forma de conhecimento aplicado que estimula a jornada rumo “ao tornar-se humano” ou
“ao que nos torna humanos” ou, em seu sentido coletivo, a uma humanidade que
transcende a alteridade em todos os níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a “filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de solidariedade, são seus elementos constitutivos.
Claramente, a ética ubuntu está baseada no altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
inclusive, são ideias profundamente conectadas. No conceito africano, entende-se a
felicidade como aquilo que faz bem a toda a coletividade ou ao outro.
Na filosofia ubuntu, acredita-se que a pessoa só é humana por meio de sua pertença a
um coletivo humano, que a humanidade de uma pessoa é definida por meio de sua
humanidade para com os outros, que uma pessoa existe por meio da existência dos outros
em uma relação indissociável consigo mesma, que o valor da humanidade está diretamente
ligado à forma como a pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos outros e, ainda, que a

492
humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com os outros, sejam eles
quem forem.
A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a
aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os esportes,
o direito, a medicina e a gestão de empresas. Na área de negócios, particularmente, o
ubuntu está sendo traduzido para o mundo corporativo na forma de gestão participativa.

Internet: < www.rbac.org.br > (com adaptações).

Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do último parágrafo do texto CG1A1-I: “A ideia central de humanidade e colaboração mútua
contida no ubuntu permite a aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a
política, a educação, os esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.”. Assinale a
opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical do texto.

a) A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permitem a


aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os
esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.

b) A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a


aplicação dessa filosofia em quaisquer atividades, tais como a política, a educação, os
esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.

c) A ideia central de humanidade e colaboração mútua contidas no ubuntu permitem a


aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os
esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.

d) As ideias centrais de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a


aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os
esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.

e) A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a


aplicação dessa filosofia em qualquer atividades, tais como a política, a educação, os
esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.

694ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TJ-RJ / Cargo: Analista Judiciário

Outono

O outono de azulejo e porcelana


Chegou! Minha janela é um céu aberto.
E esse estado de graça quotidiana
Ninguém o tem sob outros céus, decerto!

Agora, tudo transluz... tanto mais perto


Quanto mais nossa vista se alontana...
E o morro, além, no seu perfil tão certo,
Até parece em plena via urbana!

493
Tuas tristezas... o que é feito delas?
Tombaram, como as folhas amarelas
Sobre os tanques azuis... Que desaponto!

E agora, esse cartaz na alma da gente:


ADIADOS OS SUICÍDIOS... Simplesmente
Porque é abril em Porto Alegre... E pronto!

Mário Quintana. Preparativos de viagem. 2.ª ed.


São Paulo: Editora Globo, 2004 (com adaptações).

O termo “transluz”, no verso “Agora, tudo transluz... tanto mais perto”, no poema Outono,

a) pertence à mesma classe gramatical do vocábulo luz.

b) consiste em uma forma flexionada do verbo transluzir.

c) concorda com o termo “Agora”.

d) poderia ser substituído por translúcido, sem alteração dos sentidos do texto.

e) descreve um evento passado.

695ª/ Banca: FGV / Órgão: Câmara de Aracaju - SE / Cargo: Redator

A frase abaixo que respeita integralmente a norma culta é:

a) Se nós nos mantermos quietos, o perigo passa;

b) Quando eu te ver de novo, dar-te-ei o prêmio;

c) Estar aqui, para mim, é um prazer;

d) Os policiais interviram na briga;

e) Os assaltantes desapercebidos pelos policiais escaparam.

696ª/ Banca: FCC / Órgão: TJ/SC / Cargo: Técnico Judiciário Auxiliar

494
A forma verbal em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado em:

a) Foi a gota d’água. (8º parágrafo)

b) Mas este ano teve de desistir. (2º parágrafo)

c) A favor de ambas as coisas, o curso e a geladeira, havia argumentos. (3º parágrafo)

d) Foi então que encontrou a garrafa de champanhe. (9º parágrafo)

e) E aí intervinha outra vozinha (6º parágrafo)

697ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: COREN-SE / Cargo: Técnico Administrativo

Texto CG2A1

Previsto na Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) é reconhecido


pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o maior e mais eficiente sistema gratuito
de saúde do mundo, criado para atender a toda a coletividade brasileira, sem distinção.
Ao criar o SUS como uma política pública, evidenciado na pauta da política dos anos 80 do
século passado, o Brasil deu um passo decisivo que mudou o modelo de atendimento à
saúde, antes seletivo e centralizado. O SUS é inclusivo e está presente em todas as áreas da
saúde, realizando procedimentos dos mais simples aos mais complexos. Trinta anos após sua

495
criação, presta atendimento a mais de 11 milhões de pessoas por dia e realiza
aproximadamente 127 procedimentos por segundo.
O SUS sobreviveu às mudanças de governo e está associado à redução da mortalidade
infantil, ao aumento da expectativa de vida e à melhoria generalizada dos principais
indicadores de saúde no Brasil, nas três últimas décadas. Essa é uma conquista da população
que não pode ser desprezada. Conforme dados de 2019, sete em cada dez brasileiros
dependem, exclusivamente, do sistema público de saúde, o que equivale a 74% da
população do país.
A atenção primária à saúde integral, porta de entrada preferencial no SUS, que garante
atenção oportuna e resolutiva, alcança hoje 50% dos usuários. Com base em evidências
científicas internacionais, a OMS afirma que sistemas de saúde embasados nessa premissa
apresentam melhores resultados, menores custos e maior qualidade de atendimento. Nesse
sentido, os inquestionáveis avanços do SUS a favor das necessidades e dos direitos da
população constituem patamar inabdicável de realizações, conhecimentos e práticas, por
meio do incremento da integração das ações promotoras, protetoras e recuperadoras da
saúde, apoiadas em diagnósticos epidemiológicos e sociais, formação profissional e
processos de trabalho em equipe. Na prática, a resolutividade pode chegar a 90% de
atendimento às necessidades de saúde.

Manoel Carlos Neri da Silva e Maria Helena Machado. Sistema de saúde e trabalho: desafios
para a Enfermagem no Brasil. In: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n.º 1,
jan./2020 (com adaptações).

No terceiro período do quarto parágrafo do texto CG2A1, o vocábulo “apoiadas” concorda


com o termo

a) “necessidades”.

b) “realizações”.

c) “ações”.

d) “práticas”.

698ª/ Banca: FCC / Órgão: TJ-SC / Cargo: Analista de Sistemas

Há pleno atendimento às normas de concordância e adequada articulação entre os tempos


verbais na frase:

a) Se não confluir a biotecnologia e a ciência da computação, estaria prejudicado, como


previsão, a tese defendida no texto.

b) Caso venham a escapar do nosso domínio o que decidem as instituições públicas, nos
sujeitamos ao controle das novas tecnologias.

c) Mesmo que muitos alimentem a ilusão do contrário, parece que logo estaremos
todos submetidos ao poder das novas tecnologias.

496
d) Ainda que não fosse tão decisivo em seu poder revolucionário, as tecnologias
deverão ocupar um espaço de decisão muito maior.

e) Muitos males que têm assolado a humanidade possivelmente serão vencidos se


viessem a ocorrer tudo o que se preveem nas novas tecnologias.

699ª/ Banca: FCC / Órgão: TJ-SC / Cargo: Analista de Sistemas

Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e plena observância das normas


de concordância na frase:

a) Muitas vezes ocorrem que o gênero crônica diga respeito a um texto de assunto
bastante especializado.

b) Não cumprem observar, para a criação das boas crônicas, nenhum estilo
previamente demarcado.

c) São várias as qualidades pelas quais se deixam marcar, em sua genialidade, a crônica
de Rubem Braga.

d) Antonio Candido faz questão de deixar patente na crônica de Rubem Braga suas altas
virtudes estilísticas.

e) Exaltam-se numa boa crônica aqueles aspectos mínimos da vida que podem ganhar
plena relevância.

700ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista – SP / Cargo: Professor

Assinale a alternativa em que a concordância está correta de acordo com a norma-padrão da


língua portuguesa.

a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.

b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.

c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.

d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.

e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.

RESPOSTAS:

681:C 682:E 683:D 684:E 685:E 686:E 687:E 688:D 689:D 690:C 691:D 692:D 693:B 694:B
695:C 696:E 697:C 698:C 699:E 700:C

497
6 - Acentuação Gráfica

701ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PC-SP / Cargo: Escrivão de Polícia

Observe a acentuação das palavras início, bebês, raízes, inóspitos, e assinale a alternativa
que apresenta, pela ordem, as palavras acentuadas segundo as mesmas regras de
acentuação dessas.

a) incrível, você, saúde, líquido

b) intempérie, até, saída, intrépido

c) cínico, amém, cuíca, gênio

d) constância, sabê-lo, ríspido, catástrofe

e) hífen, lê, bíceps, inícios

702ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário

O acento agudo em “arco-íris” justifica-se por se tratar de paroxítona terminada em –is.

( ) Certo
( ) Errado

703ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRM - SC / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “saúde” e “País” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

704ª/ Banca: Quadrix / Órgão: COREN-AP / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

As palavras “químicas”, “álcool” e “tóxico” são acentuadas graficamente de acordo com a


regra de acentuação gráfica dos vocábulos proparoxítonos.

( ) Certo
( ) Errado

705ª/ Banca: Quadrix / Órgão: COREN-AP / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

As palavras “saúde”, “países” e “País” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

498
706ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM-SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar

Assinale a alternativa em que as palavras estão grafadas segundo o novo acordo ortográfico.

a) Papai Noel é um generoso velhinho cujo voo pelo céu na noite de Natal povoa a
imaginação de muitas pessoas.

b) Quando se fala em Papai Noel, a idéia que muitas pessoas têm dele é a de um
velhinho de barbas brancas.

c) A fórma como as pessoas imaginam Papai Noel é um velhinho simpático de longas


barbas brancas e sorridente.

d) Ao redor do mundo, as pessoas vêem Papai Noel como o velhinho carismático que
distribui presentes às crianças.

707ª/ Banca: AOCP / Órgão: Prefeitura de Novo Hamburgo - RS / Cargo: Procurador

Sobre o excerto “No que concerne à visão negativa, é preciso distinguir o sofrimento que o
trabalho impõe àqueles que têm um emprego [...]”, assinale a alternativa correta.

a) Se as palavras “visão” e “àqueles” fossem substituídas por “ponto de vista” e “sobre


aqueles”, respectivamente, não haveria ocorrência de acento indicativo de crase no
excerto.

b) As palavras “impõe” e “têm” são acentuadas pelo mesmo motivo, isto é, por serem
oxítonas.

c) A palavra “impõe” apresenta o mesmo som e a mesma grafia tanto no singular


quanto no plural.

d) O termo “àqueles” recebe acento indicativo de crase por se tratar de uma palavra
masculina.

e) O verbo “impõe”, exposto no excerto, apresenta o mesmo significado e a mesma


regência que sua ocorrência na seguinte oração “Ele impõe a coroa na cabeça da
rainha”.

708ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 24ª Região (RO) / Cargo: Fiscal

As palavras “área”, “saúde” e “imobiliário” são acentuadas graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

709ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-GO / Cargo: Agente Administrativo

499
Seria igualmente correto empregar o acento agudo no vocábulo “ideia” — escrevendo-
se idéia —, por se tratar de palavra proparoxítona aparente.

( ) Certo
( ) Errado

710ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SEDF / Cargo: Professor

A acentuação gráfica dos vocábulos “têm”, “já” e “pé” justifica-se por serem monossílabos
tônicos terminados, respectivamente, em –em, –a e –e.

( ) Certo
( ) Errado

711ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRT-RN / Cargo: Agente Administrativo

Os vocábulos “Mossoró”, “País”, “deverá” e “Guamaré” são acentuados graficamente de


acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

712ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRBio-6ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

Justifica-se, com base na mesma regra de acentuação, o emprego do acento nas palavras

a) “mamíferos” e “climáticas”.

b) “ciências” e “só”.

c) “também” e “têm”.

d) “zoólogo” e “notável”.

e) “únicos” e “você”.

713ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRBio-6ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que obrigatoriamente deve ser acentuada,
por ser proparoxítona.

a) “água”

b) “constituída”

c) “móveis”

d) “vítimas”

500
e) “até”

714ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV-RO / Cargo: Médico Veterinário

Os vocábulos “Rondônia”, “anúncio” e “área” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

715ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREFONO - 3ª Região / Cargo: Fiscal Júnior

Os vocábulos “é” e “vêm” são acentuados graficamente de acordo com a regra de


acentuação gráfica dos monossílabos tônicos terminados em -e e -em, respectivamente.

( ) Certo
( ) Errado

716ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

Considere as seguintes frases.

1 A mesa tem 50 centímetros de cumprimento.


2 Concerteza ela viajará no próximo ano.
3 Derrepente o céu ficou nublado.
4 A compania aérea cancelou o voo.
5 Fritura é gostoso, mais infelizmente não faz bem.
6 Por que você não vem com agente ao cinema?
7 Vieram menas pessoas do que o esperado.
8 O povo tem pressa.
9 Hoje eu começei um curso universitário.
10 Eles não veem a hora de se encontrar de novo.
A respeito da grafia dos termos utilizados nas frases apresentadas, julgue o item.

A frase 10 apresenta dois erros de grafia: um pelo uso de “veem” — o correto seria vêm — e
outro pelo uso de “de novo” — o correto seria denovo.

( ) Certo
( ) Errado

717ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

501
Com relação ao texto apresentado, julgue o item.

Na frase ‘Essa é apenas a minha segunda temporada de pesca’ (linha 13), é obrigatório o uso
do acento agudo no vocábulo ‘é’.

( ) Certo
( ) Errado

718ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

As palavras “críticas” e “médica” são acentuadas com base na mesma regra de acentuação
gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

719ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS - SE / Cargo: Assistente Social

As palavras “vítima”, “período” e “âmbito” são acentuadas graficamente por serem


proparoxítonas.

( ) Certo
( ) Errado

720ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS - SE / Cargo: Assistente Social

Os vocábulos “Saúde” e “angústia” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

502
RESPOSTAS:

701:B 702:C 703:C 704:C 705:C 706:A 707:A 708:E 709:E 710:E 711:E 712:A 713:D 714:C
715:E 716:E 717:C 718:C 719:C 720:E

503
721ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MG / Cargo: Assistente Administrativo

Assinale a alternativa em que as palavras destacadas do texto são acentuadas graficamente


de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

a) “fórum”; “coronavírus”; “científicos”

b) “distúrbios”; “área”; “agência”

c) “destruídas”; “famílias”; “início”

d) “saúde”; “último”; “número”

e) “têm”; “também”; “há”

722ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV-RO / Cargo: Agente Fiscal

Os vocábulos “contribuído”, “contribuíram” e “daí” são acentuados graficamente de acordo


com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

723ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CAU-AP / Cargo: Assistente Administrativo

O emprego do acento gráfico em “País” justifica-se pela regra de acentuação gráfica das
palavras oxítonas, tais como “além” e “também”.

( ) Certo
( ) Errado

724ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRQ - 10° Região / Cargo: Agente Fiscal

Os vocábulos “alcoólicas”, “cafeína” e “saúde” são acentuados graficamente de acordo com


a mesma regra de acentuação gráfica – a das palavras cuja vogal tônica forma hiato com a
sílaba anterior.

( ) Certo
( ) Errado

725ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS-PB / Cargo: Agente Fiscal

Os vocábulos “Além”, “país” e “através” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

726ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS-PB / Cargo: Assistente Administrativo

504
As palavras “vírus”, “saúde” e “constituída” são acentuadas graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

727ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

O emprego do acento agudo em “nomeá-la” e “ordená-la”, no primeiro parágrafo, justifica-


se pela mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

728ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CORE-PR / Cargo: Analista TI

Os vocábulos “também” e “têm” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

729ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREFONO-4ª Região / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “além”, “têm” e “dê” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

730ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-AP / Cargo: Agente de Serviços Gerais

É aplicada a mesma regra de acentuação gráfica às palavras “farmácias”, “consequência” e


“necessários”.

( ) Certo
( ) Errado

731ª/ Banca: AOCP / Órgão: MPE-RS / Cargo: Analista do Ministério Público

Assinale a alternativa em que os termos destacados, presentes no texto III, foram


acentuados de acordo com a mesma norma gramatical.

a) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio


geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.

505
b) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio
geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.

c) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio


geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.

d) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio


geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.

e) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio


geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.

732ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CORE-TO / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “países”, “saúde”, “país” e “caíssem” são acentuados graficamente de acordo


com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

733ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRT-04 / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “até”, “País”, “além” e “está” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

734ª/ Banca: FGV / Órgão: IMBEL / Cargo: Cargos de Nível Fundamental

Leia o cartaz a seguir, colado em um poste da praia de Copacabana.

Se você joga lixo na praia para garantir o emprego do gari, então porque não morre para
garantir o emprego do coveiro?

Assinale a opção que mostra um erro do texto do cartaz.

a) A grafia de “porque”.

b) A falta de acento em “emprego”.

c) O emprego da vírgula entre as frases.

d) O uso de “garantir” em lugar de “garantia”.

506
e) A repetição indevida da palavra “garantir”.

735ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Científico

507
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6
jun. 1970.

No texto, foram empregadas as palavras aí (l. 31) e ótimo (l. 35), ambas acentuadas
graficamente.

Duas outras palavras corretamente acentuadas pelos mesmos motivos que aí e ótimo são,
respectivamente,

a) juíz e ébano

b) Icaraí e rítmo

c) caquís e incrédulo

d) país e sonâmbulo

e) abacaxí e econômia

736ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEED-PR / Cargo: Professor

Os vocábulos “países” e “línguas” possuem a mesma classificação quanto à tonicidade,


porém um difere do outro quanto à regra empregada para a utilização do acento agudo.
Assinale a opção que indica a correta classificação desses vocábulos quanto à tonicidade e
que explica corretamente as regras de acentuação aplicadas a eles.

508
a) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua
última sílaba contém um ditongo crescente átono, ao passo que “países” é
acentuado porque sua sílaba tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.

b) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua


última sílaba contém um ditongo decrescente átono, ao passo que “países” é
acentuado porque sua última sílaba termina com “s”.

c) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua


última sílaba termina com “s”, ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba
tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.

d) Ambos os vocábulos são oxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem três
sílabas, ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba tônica contém um
ditongo crescente.

e) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem


duas sílabas, ao passo que “países” é acentuado porque tem três sílabas.

737ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 14ª Região (MS) / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “José” (linha 6), “está” (linha 7) e “prevê” (linha 13) são acentuados
graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

738ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 14ª Região (MS) / Cargo: Advogado

Os vocábulos “têm”, “já” e “é” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

739ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Analista de Controle Externo

O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos”, “pálidas” e “móveis” justifica-se pela
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

740ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRB-1 / Cargo: Bibliotecário-Fiscal

Os vocábulos “indivíduo” e “ofício” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica, na qual não se inclui a palavra “excluída”.

509
( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

721:B 722:C 723:E 724:E 725:E 726:E 727:C 728:E 729:E 730:C 731:B 732:C 733:E 734:A
735:D 736:A 737:C 738:E 739:E 740:C

510
741ª/ Banca: Quadrix / Órgão: METRÔ-SP / Cargo: Oficial de Logística e Almoxarifado

Para responder a questão, leia os quadrinhos a seguir.

(http://www.ivoviuauva.com.br/amigo-secreto-webcomics-brasil-2010/high4-2/)

Com base na interpretação da tirinha, assinale a resposta incorreta.

a) A conjunção “mas”, presente no terceiro quadrinho, é uma conjunção adversativa.

b) A palavra “pedagógica" é uma proparoxítona, pois possui a antepenúltima sílaba


tônica.

c) Há o uso do ponto de exclamação após a interjeição “ei” na fala do diretor da escola.

d) O termo “classe” está sendo usado no sentido figurado, pois se refere aos alunos,
quando seu sentido literal é o ambiente escolar.

742ª/ Banca: Quadrix / Órgão: METRÔ-SP / Cargo: Oficial de Logística e Almoxarifado

Sobre as palavras “amizade” e “cientistas”, assinale a alternativa correta.

a) São proparoxítonas, pois as sílabas tônicas não precisam ser acentuadas.

b) São oxítonas, pois possuem as últimas sílabas como tônicas.

c) São proparoxítonas, pois possuem as antepenúltimas sílabas tônicas.

511
d) São paroxítonas, pois possuem as penúltimas sílabas tônicas.

743ª/ Banca: Quadrix / Órgão: Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA / Cargo: Fiscal Municipal

Os vocábulos “água”, “áreas” e “prédios” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

744ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO-DF / Cargo: Fiscal Municipal

Considerando a tipologia do texto, as ideias nele expressas e seus aspectos linguísticos,


julgue o item.

A supressão do acento gráfico empregado na forma verbal “ficará” (linha 10) comprometeria
a coerência das ideias do texto.

( ) Certo
( ) Errado

745ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV-AM / Cargo: Serviços Gerais

As palavras “pássaros”, “aquático” e “poluídas” são acentuadas de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

746ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV-AM / Cargo: Serviços Gerais

A palavra “útil” é acentuada por se tratar de uma paroxítona que apresenta, na sílaba tônica,
a vogal aberta u e terminar em l.
( ) Certo

512
( ) Errado

747ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRN - 2° Região (RS) / Cargo: Assistente Administrativo

A mesma regra se explica a acentuação gráfica dos vocábulos “açúcar”, “substância”, “óleo”
e “técnicas”.

( ) Certo
( ) Errado

748ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV-AM / Cargo: Assistente Administrativo

As palavras “Ópera”, “mortíferos” e “responsáveis” são acentuadas graficamente de acordo


com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

749ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREFONO-5° Região / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “diários”, “saúde” e “ruído” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica a que se refere às vogais tônicas que formam hiato com
a sílaba anterior.

( ) Certo
( ) Errado

750ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CFO-DF / Cargo: Agente Operacional

Os vocábulos “saúde”, “reúne” e “País” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

751ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CFO-DF / Cargo: Administrador

Os vocábulos “invisíveis”, “países” e “superfície” são acentuados graficamente de acordo


com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

752ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRN - 9 / Cargo: Nutricionista

Os vocábulos “América”, “prática” e “álcool” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo

513
( ) Errado

753ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRN - 9 / Cargo: Nutricionista

Acerca da correção dos vocábulos apresentados conforme as normas de ortografia oficial,


julgue o item.

Geléia, assembléia e jibóia

( ) Certo
( ) Errado

754ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO - RS / Cargo: Advogado

São acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica os


vocábulos

a) “tríade”, “área” e “saúde”.

b) “flúor”, “açúcar” e “caseína”.

c) “está”, “além” e “chá”.

d) “período”, “fósforo” e “flúor”.

e) “saúde”, “inuítes” e “glicoproteínas”.

755ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO - RS / Cargo: Advogado

São acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica as


palavras

a) “açúcar”, “último” e “saúde”.

b) “flúor”, “água” e “básico”.

c) “indivíduo”, “deverá” e “saudável”.

d) “açúcares”, “pública” e “ácido”.

e) “além”, “frequência” e “também”.

756ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RJ / Cargo: Advogado

“O vôo de Santos Dumont foi fruto de uma idéia revolucionária, assim como os micro-
computadores e a rêde que hoje chamamos de Internet”.
O texto 7 é um trecho de redação escolar que não obedece às modificações propostas pelo
Novo Acordo Ortográfico, além de cometer outros erros ortográficos já condenados no
Acordo anterior.

514
As palavras que mostram desobediência ao Novo Acordo são:

a) rêde / revolucionária / micro-computadores;

b) micro-computadores / rêde / Internet;

c) vôo / rêde / micro-computadores;

d) rêde / Internet / vôo;

e) Internet / rêde / revolucionária.

757ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE / Cargo: Professor

A palavra “domínio” recebe acento gráfico por ser paroxítona terminada em ditongo oral.

( ) Certo
( ) Errado

758ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE / Cargo: Professor

Os termos “literárias” e “apreciá-las” são acentuados por motivos distintos.

( ) Certo
( ) Errado

759ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREMERS / Cargo: Médico Fiscal

515
Internet: <www.unesp.com.br> (com adaptações).

Assinale a alternativa correta acerca de aspectos linguísticos do texto.

a) Estaria preservada a coerência do texto caso o termo adverbial “já” (linha 1) fosse
suprimido do período, dada a sua função discursiva de realce.

b) O sujeito da oração do segundo período do texto é indeterminado.

c) Os vocábulos “três” e “têm” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

d) O vocábulo “como” (linha 5) introduz oração de sentido comparativo.

e) Estariam preservados os sentidos do texto se, na linha 7, o termo “complexas” fosse


deslocado para imediatamente após o adjetivo “genéticas”.

760ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRBM 5º Região / Cargo: Bibliotecário Fiscal

Os vocábulos “está” e “transformá‐las” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

741:D 742:D 743:C 744:C 745:E 746:C 747:E 748:E 749:E 750:C 751:E 752:C 753:E 754:E
755:D 756:C 757:C 758:C 759:A 760:C

516
761ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-ES / Cargo: Assistente Administrativo e Financeiro

Os vocábulos “reúne” e “País” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

762ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-TO / Cargo: Analista de Sistemas

Os vocábulos “País”, “até” e “deixará”, todos oxítonos, são acentuados graficamente de


acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

763ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF - SE / Cargo: Administrador

As palavras “órgãos”, “sanguínea” e “responsáveis” são acentuadas graficamente de acordo


com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

764ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRA-PA / Cargo: Administrador

517
Com relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos
e trechos destacados do texto, julgue o item

“têm dificuldade de enxergar” (linha 15) por tem dificuldade de enxergarem

( ) Certo
( ) Errado

765ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRA-PA / Cargo: Administrador

Os vocábulos “indústria”, “disponíveis” e “indivíduo” são acentuados graficamente de


acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

766ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO - AC / Cargo: Administrador

Os vocábulos “cáries”, “água” e “frequência” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

767ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO - AC / Cargo: Assistente Administrativo

A acentuação gráfica dos vocábulos “saúde” e “óleos” justifica‐se pelo fato de, em ambos, a
vogal tônica formar, sozinha, uma sílaba.

( ) Certo
( ) Errado

768ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO-GO / Cargo: Contador

As palavras “saúde” e “útil” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

769ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO-GO / Cargo: Contador

Os vocábulos “contém” e “além” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

770ª/ Banca: Quadrix / Órgão: Prefeitura de Cristalina - GO / Cargo: Recepcionista

518
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra acentuada pelo mesmo motivo que é
acentuado o vocábulo “sustentável”.

a) gerações

b) disponível

c) econômico

d) fábricas

e) máximo

771ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: UNIRIO / Cargo: Assistente em Administração

A presença ou ausência de acento gráfico nem sempre se repete quando uma palavra está
no singular ou no plural.

Quanto ao emprego do acento gráfico, a seguinte palavra se altera quando vai para o plural:

a) item

b) viúva

c) açúcar

d) fiel

e) técnica

772ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: UNIRIO / Cargo: Assistente em Administração

A palavra saíam contém hiato acentuado.

Deve também ser acentuado o hiato de

a) juizes

b) rainha

c) coroo

d) veem

e) suada

773ª/ Banca: Quadrix / Órgão: FHGV / Cargo: Técnico em Enfermagem

São acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica as palavras

519
a) “área”; “emergência”; “ambulatórios”.

b) “saúde”; “remédio”; “farmácia”.

c) “horários”; “número”; “além”.

d) “três”; “também”, “sérios”.

e) “analógicas”; “saúde”; “radiográficos”.

774ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-BA / Cargo: Analista de Documentação

Os vocábulos monossílabos tônicos “têm” e “pé” são acentuados graficamente de


acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

775ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-BA / Cargo: Analista de Documentação

Os vocábulos “País”, “saúde” e “área” são acentuados graficamente pela mesma regra,
a que prevê a acentuação gráfica de palavras cuja vogal tônica esteja sozinha na sílaba ou
seguida de s.

( ) Certo
( ) Errado

776ª/ Banca: Quadrix / Órgão: FHGV / Cargo: Médico Auditor

520
Assinale a alternativa correta acerca de aspectos linguísticos do texto.

a) Os vocábulos “têm” e “além” são acentuados graficamente de acordo com a mesma


regra de acentuação gráfica.

b) Os vocábulos “piora” (linha 40) e “falta” (linha 41) são empregados no texto como
verbos.

c) Na oração “entre os quais se incluem tumores, mal de Alzheimer e ataques do


coração” (linhas 5 e 6), a partícula “se” indica que o sujeito é indeterminado.

d) Na linha 46, o vocábulo “como” introduz uma oração comparativa.

e) Na oração “considera o pesquisador” (linhas 58 e 59), o sujeito está posposto ao


verbo.
521
777ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRM-AC / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “saúde”, “País” e “Daí” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

778ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Analista

Os vocábulos oxítonos “após”, “País” e “até” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

779ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Analista

Quanto aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

A acentuação gráfica da forma verbal “têm” justifica‐se pela mesma razão da do vocábulo
“também”.

( ) Certo
( ) Errado

522
780ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Analista

A acentuação gráfica dos vocábulos “já”, “três” e “mês” justifica‐se pela mesma regra de
acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

761:C 762:E 763:C 764:E 765:C 766:C 767:E 768:E 769:C 770:B 771:D 772:A 773:A 774:E
775:E 776:E 777:C 778:E 779:E 780:C

523
781ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Agente Fiscal

Os vocábulos “três” e “têm” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

782ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Agente Fiscal

A acentuação gráfica dos vocábulos “conteúdos” e “ódio” justifica-se porque ambos são
paroxítonos com a vogal tônica isolada em uma sílaba.

( ) Certo
( ) Errado

783ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREF - 20ª Região (SE) / Cargo: Agente de Orientação

Os vocábulos “saúde”, “vigília” e “contínuo” são acentuados graficamente de acordo com a


mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

784ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREF - 20ª Região (SE) / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “vêm”, “já” e “também” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

785ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PGE-PE / Cargo: Analista Judiciário de Procuradoria

O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se pela
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

786ª/ Banca: Quadrix / Órgão: FDSBC / Cargo: Oficial Administrativo

Para responder a questão, leia o texto a seguir.

Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?

Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a
venda nos olhos.

524
A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre
aqueles que estão sendo julgados. A balança indica equilíbrio e ponderação na hora de
pesar, lado a lado, os argumentos [contra os acusados e a favor deles]. A espada é um sinal
de força. “A arma implica que a Justiça não pede aos que estão brigando que aceitem sua
decisão. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentará um dos dois
lados em conflito”, diz o advogado Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Público da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A Justiça é associada a figuras
femininas desde a antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra
“magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão. Na Grécia, o papel cabia
a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada Justitia, a
mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.

Para completar, a balança e a espada também são instrumentos de São Miguel, o


arcanjo justiceiro, que, apesar de já fazer parte da tradição judaica, passou a ser retratado
assim nos primeiros séculos do cristianismo.
(Adaptado de https://super.abril.com.br/)

As palavras “Pontifícia” e “Católica” aparecem corretamente acentuadas no texto. Sobre o


que elas demonstram, enquanto exemplos, a respeito das regras de acentuação gráfica do
português brasileiro, assinale a análise correta.

a) Todas as palavras com a mesma classificação quanto à posição da sílaba tônica que
“pontifícia” devem ser acentuadas.

b) Todas as palavras com a mesma classificação quanto à posição da sílaba tônica que
“católica” devem ser acentuadas.

c) Todas as palavras com a mesma classificação quanto ao número de sílabas que


“católica” devem ser acentuadas.

d) Todas as palavras com a mesma classificação quanto ao número de sílabas que


“pontifícia” devem ser acentuadas.

525
e) As palavras em questão são acentuadas seguindo exatamente a mesma regra de
acentuação.

787ª/ Banca: Quadrix / Órgão: FDSBC / Cargo: Oficial Administrativo

Para responder a questão, leia o texto abaixo.

Senado argentino aprova orçamento de 2019 com medidas de austeridade exigidas pelo
FMI

Orçamento aprovado prevê corte de gastos de cerca de US$ 10 bilhões para tentar
reequilibrar as contas públicas.

O Senado da Argentina aprovou o orçamento para 2019 com uma série de cortes de gastos e
medidas de austeridade exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para assegurar a
liberação de empréstimos no valor de US$ 56 bilhões.
A votação terminou com 45 votos a favor, 24 contra e uma abstenção, e terminou na
madrugada depois de mais de 12 horas de debate.
A aprovação representa uma vitória para o governo do presidente Mauricio Macri, que visa a
reeleição em 2019, e negociou a ampliação do socorro financeiro do FMI, se
comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário.
O orçamento que vai valer em 2019 inclui cortes de gastos de cerca de 400 bilhões de pesos
(cerca de US$ 10 bilhões) em relação ao ano anterior para reduzir o déficit fiscal primário a
zero. Esse índice foi de 3,9% do PIB em 2017 e é projetado em 2,7% em 2018.
Essa meta de equilíbrio fiscal primário seria alcançada com uma redução nas despesas
equivalente a 1,5% do PIB e um aumento na receita de cerca de 1,2% do PIB. Com os
cortes, haverá redução de verbas para gastos [com] saúde, educação, pesquisa, transportes,
obras públicas e cultura, entre outros.
[...]
"Embora o FMI e as autoridades confiem no início de uma reativação gradual a partir do
segundo trimestre de 2019, no melhor dos casos haverá sinais de uma recuperação
significativa na atividade e no emprego no segundo semestre. Mas, no curto prazo, o
programa fiscal tem um efeito inegável de contração sobre a demanda agregada, a atividade
econômica e o emprego", disse à agência AFP o economista Héctor Rubini, da Universidade
do Salvador, em Buenos Aires.
[...]
Entenda a crise
A crise monetária que atinge o país acelerou o aumento dos preços e, desde janeiro, o peso
registrou desvalorização de 50% em relação ao dólar, estimulando a inflação.
O país conseguiu um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI em junho, dos quais já recebeu
US$ 15 bilhões, mas Buenos Aires precisou voltar ao organismo para obter apoio adicional
com desembolsos mais rápido, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário de uma
previsão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
No final de outubro, a direção do FMI aprovou um pacote total de US$ 56,3 bilhões para a
Argentina com o objetivo de ajudar a estabilizar a economia do país.
(Adaptado de g1.globo.com)

A palavra “austeridade”, que aparece no título do texto, é um substantivo ligado ao adjetivo


“austero”. Esta palavra trissílaba, por sua vez, tem uma tonicidade que a leva a:

526
a) receber acento gráfico, obrigatoriamente, na penúltima sílaba, embora, na linguagem
corrente, esse acento possa ser suprimido.

b) receber acento gráfico, obrigatoriamente, na antepenúltima sílaba (a tônica),


embora, na linguagem corrente, esse acento possa ser suprimido.

c) receber acento gráfico, facultativamente, na penúltima sílaba (a tônica) – embora, na


linguagem corrente, esse acento possa ser suprimido.

d) não receber acento gráfico, por se tratar de paroxítona terminada em “o”.

e) não receber acento gráfico, por se tratar de proparoxítona.

788ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Contador Judiciário

Mundo arriscado

O próximo governo não encontrará um ambiente econômico internacional sereno.


Dúvidas sobre a continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto global, juros em alta
nos EUA, riscos de conflitos comerciais e de queda do fluxo de capitais para países
emergentes são apenas alguns dos itens de um cardápio de problemas potenciais.
Tudo indica, assim, que o governo brasileiro terá de lidar de pronto com as fragilidades
domésticas, em especial o rombo das contas públicas. Não tardará até que investidores hoje
aparentemente otimistas comecem a cobrar resultados concretos.
As projeções para o avanço do PIB mundial têm sido reduzidas nos últimos meses. O
Fundo Monetário Internacional cortou sua previsão para 2018 e 2019 em 0,2 ponto
percentual – 3,7% em ambos os anos – e apontou um cenário de menor sincronia entre os
principais motores regionais.
Se até o início deste ano EUA, Europa e China davam sinais de vigor, agora acumulam-se
decepções nos dois últimos casos.
Mesmo com juros ainda perto de zero, a zona do euro não deverá crescer mais que 1,5%
neste ano. Há crescente insegurança no âmbito político, neste momento centrada na Itália e
seu governo de direita populista, que propõe expansão do déficit de um setor público já
endividado em excesso.
Não é animador que a Comissão Europeia tenha tomado a decisão inédita de rejeitar a
proposta orçamentária da administração italiana. Embora o país ainda conserve o selo de
bom pagador, os juros cobrados no mercado para financiar sua dívida dispararam.
Quanto à China, sua economia mostra menos vigor, e as autoridades precisam tomar
decisões difíceis entre conter as dívidas já exageradas e estimular o crescimento.
O risco de escalada nos conflitos comerciais também é concreto, dado que o governo
americano ameaça impor uma terceira rodada de tarifas, desta vez sobre os US$ 270 bilhões
em vendas anuais chinesas que ainda não foram taxadas.
Nos EUA, a alta dos juros, num contexto de emprego elevado e inflação perto da meta, já
leva parte do mercado a temer uma desaceleração abrupta do PIB em 2019.
A vantagem do Brasil, hoje, é que há ampla ociosidade nas empresas, baixa inflação e,
portanto, espaço para uma retomada mais forte.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 01.11.2018. Adaptado)

527
A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3° parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4°
parágrafo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5° parágrafo), estão corretamente escritos, em
conformidade com a ortografia oficial, os termos:

a) insonia; invenções; extemporâneo.

b) saxonia; erupções; exdrúxulo.

c) agonia; exceções; extraditar.

d) eufonia; obceções; exponencial.

e) amonia; perverções; expetacular.

789ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Enfermeiro Judiciário

Assinale a alternativa em que os termos estão acentuados, correta e respectivamente, a


exemplo das palavras: dúvida, abundância e também.

a) exíguo; hemácia; outrém.

b) trôpego; anúncia; provém.

c) rúbrica; latência; pajém.

d) álibi; essência; aquém.

e) récorde; incônscio; amém.

790ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Administrador Judiciário

Assinale a alternativa em que a acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.

a) Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los


adequadamente.

b) Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde
de vendas.

c) À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam


saborosos.

d) A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o


horário do voo.

e) Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.

791ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS - SC / Cargo: Assistente Administrativo Jr

528
Os vocábulos “ciúme”, “atribuída” e “reúne” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

792ª/ Banca: VUNESP / Órgão: SEDUC-SP / Cargo: Oficial Administrativo

Na frase “… a obra póstuma e incrivelmente contemporânea…”, os termos destacados


recebem acentuação gráfica em conformidade com as mesmas regras observadas para
acentuação, respectivamente, dos seguintes termos:

a) legião; proféticos.

b) angústia; alguém.

c) tecnológicas; experiência.

d) também; paciência.

e) páginas; está.

793ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SESC-DF / Cargo: Cirurgião Dentista

São acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica as


palavras

a) “magnéticas”, “ressonâncias” e “órgãos”.

b) “pôde”, “têm” e “nós”.

c) “mandíbula”, “concluída” e “construídos”.

d) “cópias”, “terapêuticas” e “construídos”.

e) “porém”, “precisará” e “está”.

794ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SESC-DF / Cargo: Professor

529
Assinale a alternativa correta em relação a aspectos linguísticos do texto.

a) O vocábulo “e” (linha 1) liga, por adição, duas orações que expressam circunstância
de concessão em relação à oração principal do período.

b) As palavras “psiquiátrico”, “atribuído” e “evoluíram” são acentuadas graficamente de


acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.

c) Na linha 30, a oração “que não é natural” constitui uma explicação acessória à
expressão “ritmo de vida”.

d) Na linha 36, o emprego do acento indicativo de crase em “às alternativas existentes”


deve‐se à regência do advérbio “veementemente” e à presença de artigo feminino
plural que determina o substantivo “alternativas”.

e) Na linha 37, o emprego da preposição “com” justifica‐se pela regência da forma


verbal “concordaram”.

795ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SESC-DF / Cargo: Professor

530
531
Assinale a alternativa correta quanto à acentuação das palavras destacadas do texto.

a) As palavras "Judeia" (linha 26) e "sereia" (linhas 41 e 54) deixaram de ser acentuadas
para obedecer ao acordo ortográfico em vigor desde 2016.

b) As palavras "Virgílio" (linha 2), "truísmo" (linha 26) e "distraído" (linha 28) recebem
acentos pela mesma regra de acentuação.

c) Em "têm" (linha 36), é obrigatório o emprego do acento diferencial.

d) As palavras "pés" (linha 3) e "nós" (linha 49) recebem acento para marcar a
tonicidade da sílaba, em acordo com a regra que também justifica o acento das
formas verbais "desbancá-la" e "desmascará-la" (linha 45).

e) Se for acrescentada a terminação -mente às palavras "filosóficos" (linha 11) e


"idêntica" (linha 45) para formar advérbios, uma vez que são proparoxítonas, ainda
assim manterão o acento.

796ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SESC-DF / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais

Assinale a alternativa em que é apresentada a correta justificativa para a acentuação gráfica


da palavra "âmbito".

a) As palavras trissílabas terminadas em -o devem ser acentuadas graficamente.

b) Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas terminadas em -o.

c) Devem ser acentuadas graficamente as palavras oxítonas terminadas em -a, -e , -o.

d) Todas as palavras proparoxítonas da língua portuguesa devem ser acentuadas


graficamente.

e) Devem ser acentuadas graficamente as palavras trissílabas iniciadas pela sílaba am-
ou an-.

797ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SESC-DF / Cargo: Motorista

São acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica as


palavras

532
a) "ecológico" e "sustentável".

b) "patrimônio" e "além".

c) "espécies" e "também".

d) "País" e "Poconé".

e) "está" e "Poconé".

798ª/ Banca: Quadrix / Órgão: Prefeitura de Cristalina - GO / Cargo: Auxiliar de Serviços


Gerais

Assinale a alternativa que apresenta palavra acentuada corretamente segundo a mesma


regra de acentuação gráfica da palavra “telefônico”.

a) teléferico

b) necêssario

c) sorratéiro

d) quilomêtro

e) catatônico

799ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS-PR / Cargo: Agente Fiscal

As palavras “países” e “ciência” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica – a que se refere às vogais tônicas provenientes de hiato.

( ) Certo
( ) Errado

800ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS-PR / Cargo: Assistente Administrativo

Os vocábulos “País” e “incluído” acentuam‐se graficamente de acordo com a mesma regra


de acentuação gráfica.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

781:E 782:E 783:E 784:E 785:E 786:B 787:D 788:C 789:D 790:E 791:C 792:C 793:E 794:E
795:C 796:D 797:E 798:E 799:E 800:C

533
7 - Orações coordenadas sindéticas

801ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PC-SP / Cargo: Investigador de Polícia

O turismo representa para muitos um modo de se reapropriar do mundo. Só que antes a


experiência da viagem era decisiva, voltávamos diferentes do que éramos ao partir...

No contexto, a expressão destacada introduz uma oração que estabelece com a anterior
relação cujo sentido é de

a) tempo, e pode ser corretamente substituída por “Enquanto”.

b) contraste, e pode ser corretamente substituída por “No entanto”.

c) causa, e pode ser corretamente substituída por “Uma vez que”.

d) consequência, e pode ser corretamente substituída por “De modo que”.

e) condição, e pode ser corretamente substituída por “A menos que”.

802ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade

A forma da oração reduzida abaixo que foi adequadamente substituída por uma oração
desenvolvida, de mesmo sentido, é:

a) Foi necessário vacinarem-se as pessoas no momento adequado / Foi necessário que


as pessoas se vacinassem no momento adequado;

b) Chegando ao trabalho, mandarei as cartas / Na chegada ao trabalho, mandarei as


cartas;

c) O chefe pediu para chegarmos sem atraso / O chefe pediu que cheguemos sem
atraso;

d) Era natural os alunos preferirem sair antes da hora / Era natural a preferência dos
alunos por saíram antes da hora;

e) Saíram todos da sala para poderem fotografá-la / Saíram todos da sala para uma
possível fotografia.

803ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEED-PR / Cargo: Professor

Texto 5A2-I

Socorro

Socorro, eu não estou sentindo nada.


Nem medo, nem calor, nem fogo,
não vai dar mais pra chorar

534
nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,


me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
já não sinto nada.

Socorro, alguém me dê um coração,


que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.

Socorro, alguma rua que me dê sentido,


em qualquer cruzamento,
acostamento, encruzilhada,
socorro, eu já não sinto nada.

Alice Ruiz. Socorro, 1986.

No verso “que esse já não bate nem apanha”, na terceira estrofe do texto 5A2-I, o termo
“que” introduz uma oração

a) coordenada adversativa.

b) coordenada explicativa.

c) subordinada adverbial condicional.

d) subordinada adjetiva restritiva.

e) subordinada adverbial concessiva.

804ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Ministério da Economia / Cargo: Ciência de Dados

Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era
incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos
uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à
minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá
por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”.
Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente
precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.
“Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa:
exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa
distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a
explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que
se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se
não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que

535
deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas
razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos
defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de
“espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era
o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um
par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por
outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além
da capacidade dos músculos humanos.

Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio
Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.

No trecho “Um par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de
um par por outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras
medidas além da capacidade dos músculos humanos”, no último período do texto, a
substituição de “mas” por entretanto manteria a correção gramatical e a coerência do texto.

( ) Certo
( ) Errado

805ª/ Banca: FCC / Órgão: AL-AP / Cargo: Assistente Legislativo

Entrando na Câmara, verifiquei que a grandiosa representação que eu fazia do


legislador, não se me tinha diminuído com o exame da opaca figura do doutor Castro. Era
uma exceção, mas certamente os outros deviam ser quase semideuses, mais que homens,
pois eu queria-os com força e com faculdades capazes de atender e de pesar tão vários fatos,
tão desencontradas considerações, tantas e tão sutis condições da existência de cada e da de
todos. Para tirar regras seguras para a vida total desse entrechoque de paixões, de desejos,
de ideias e de vontades, o legislador tinha que ter a ciência da terra e a clarividade do céu e
sentir bem nítido o alvo incerto para que marchamos, na bruma do futuro fugidio. Quanta
penetração! Quanto amor! Que estudo e saber não lhe eram exigidos! Era preciso tudo,
tudo! A Teologia e a Física, a Alquimia! ... Era preciso saber tudo e sentir tudo! Era na
verdade um vasto e alevantado ofício!

(Adaptado de: BARRETO, Lima. Memórias do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1971, p.49)

Estabelece-se entre as ideias das orações Era uma exceção, mas certamente os outros
deviam ser quase semideuses (...) relação de

a) coordenação, articulada pelo emprego do sentido de adversidade do conectivo.

b) paralelismo, efetuado pela independência entre as orações.

c) subordinação, efetuada pelo sentido de oposição entre as orações.

d) situação, marcadamente designada pela presença de advérbios.

536
e) nominação, efetuada pelo emprego de substantivos.

806ª/ Banca: FCC / Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP / Cargo: Agente de Saúde

Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a
felicidade obrigatória.

O termo sublinhado acima introduz, no contexto, noção de

a) finalidade.

b) consequência.

c) explicação.

d) concessão.

e) condição.

807ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE / Cargo: Professor


de Educação Básica

Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o
item a seguir.

537
A expressão ‘faça o que eu mando, e não o que eu faço’ (Imagem associada para resolução
da questão. (l.3 e 4) apresenta uma oposição de ideias.

( ) Certo
( ) Errado

808ª/ Banca: FCC / Órgão: SANASA Campinas / Cargo: Técnico de Instrumentação

Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o problema da poluição


oceânica, mas, até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas.A organização
holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente e assumir a missão de
combater a poluição oceânica nos próximos anos.
A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos que poluem os
mares do planeta e pretende começar a limpar o Great Pacific Garbage Patch (a maior
coleção de detritos marinhos do mundo), no Oceano Pacífico Norte, utilizando seu sistema de
limpeza recentemente redesenhado.
Em resumo, a ideia principal do projeto é deixar as correntes oceânicas fazer todo o
trabalho. Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante até um ponto
central. O plástico concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa marítima para
fins de reciclagem.
(Texto adaptado. Disponível em: https://futuroexponencial.com)

Constata-se oposição entre as ideias dos seguintes enunciados, separados por barras:

a) A organização desenvolveu uma tecnologia para erradicar os plásticos // que poluem


os mares do planeta... (2° parágrafo)

b) A organização holandesa The Ocean Cleanup resolveu dar um passo à frente // e


assumir a missão de combater a poluição oceânica nos próximos anos. (1°parágrafo)

c) Diversos países estão propondo alternativas para enfrentar o problema da poluição


oceânica, // mas, até o momento, não tomaram quaisquer medidas concretas.
(1°parágrafo)

d) Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante // até um ponto
central. (3° parágrafo)

e) O plástico concentrado poderia, então, ser extraído e enviado à costa marítima //


para fins de reciclagem. (3° parágrafo)

809ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PauliPrev - SP / Cargo: Analista Previdenciário

Assinale a alternativa em que o trecho da frase em destaque expressa uma condição para
que um evento possa se realizar.

a) Depois da posse e dos primeiros “tweets” presidenciais, essas vozes se


multiplicaram...

538
b) O problema é que a Associação Psiquiátrica Americana (APA) tem, desde 73, uma
diretriz...

c) ... autoriza profissionais a dividir com o público seu conhecimento técnico, mas
considera antiético que deem opinião...

d) A ideia é evitar diagnósticos pela TV, bem como tornar mais robusta a separação
entre psiquiatria e política.

e) Se o médico desconfia de que seu paciente psicótico planeja assassinar alguém,


precisa alertar a vítima potencial...

810ª/ Banca: FCC / Órgão: SEAD-AP / Cargo: Assistente Administrativo

Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, da história, das religiões e talvez,


indiretamente, a locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de maneira decisiva para
impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às
estrelas. Oralidade quer dizer pré-literatura, aquela que existia apenas graças à voz humana,
antes que aparecesse a escrita.
Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida aos nossos ancestrais, tiravam
homens e mulheres das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os faziam viajar pelo
espaço e pelo tempo e viver as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e
sucinta realidade. Sairmos de nós mesmos, sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e
enriquece. Mas, além disso, nos ensina como é pequeno o mundo real comparado com os
mundos que somos capazes de fantasiar, e deste modo nos incita a agir para transformar
nossos sonhos em realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação e do mal-estar com o
mundo real que inspirava nos humanos a mesma ficção que os deleitava.
As histórias que inventamos constituem a vida secreta de todas as sociedades, aquela
dimensão da existência que, embora nunca tenha tido chance de se realizar, foi de alguma
forma vivida pelos seres humanos, na incerta realidade dos desejos, fantasias, pesadelos e
invenções, de toda essa projeção da vida que não tivemos e por isso devemos inventá-la. Ela
existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu permanência,
muitos séculos depois de que nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos antepassados
contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de
perigos que os espreitavam em qualquer parte.

(Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível em: www.brasil.elpais.com)

... para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos... (último


parágrafo)

No contexto, o segmento acima assinala noção de

a) causa.

b) temporalidade.

c) oposição.

539
d) comparação.

e) finalidade.

811ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPU / Cargo: Técnico do MPU

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-II, julgue o item a seguir.

A substituição de “e suprimir” (ℓ.17) por ao suprimir não comprometeria a correção


gramatical do período, mas alteraria seu sentido original.

( ) Certo
( ) Errado

812ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: EMAP / Cargo: Assistente Portuário

540
Cristiano Paixão e Ronaldo C Fleury Trabalho portuário — a modernização dos portos e as
relações de trabalho no Brasil São Paulo: Método, 2008, p 17-8 (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.

A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.

( ) Certo
( ) Errado

813ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 21ª Região (RN) / Cargo: Técnico Judiciário

É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como o
teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima. Alguns estudiosos da
dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O curioso, no entanto, é
constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de 120 anos de vida, tem incorporado
essa máxima.
No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força. Praticamente
todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-americana são
adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV que fizeram sucesso. A
indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma massa de escritores com
contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que escrevem obras literárias já
pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo
de luxo no cinema norte-americano.
Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta sem
precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômica, que faz com
que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores. Essa estratégia,

541
apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco de apostar todas as fichas em
histórias inéditas.
No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros anos do
século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de expressão artística.

(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de


cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os
rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012)

O segmento em que se observa uma conclusão a que se chegou a partir das ideias expostas
na oração anterior está em:

a) ... o cinema, que tem menos de 120 anos de vida... (1° parágrafo)

b) ... uma vez que [...] os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de
expressão artística. (último parágrafo)

c) Essa estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria... (3° parágrafo)

d) ... dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como o teatro... (1° parágrafo)

e) O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo de luxo no cinema norte-americano.


(2° parágrafo)

814ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TRF - 1ª REGIÃO / Cargo: Taquigrafia

542
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos mecanismos de construção da
argumentação do texto CB1A1AAA, julgue o próximo item.

A oração introduzida pela expressão “mas também” (ℓ.8) introduz uma ideia que
complementa e reforça a ideia contida na oração imediatamente anterior a ela.

( ) Certo
( ) Errado

815ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TRF - 1ª REGIÃO / Cargo: Taquigrafia

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item a seguir.

A locução “Além de” (ℓ.1) estabelece uma relação de adição no período em que ocorre.

( ) Certo
( ) Errado

816ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Assistente Técnico

TEXTO 1 - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA

Rosely Sayão

543
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que
alimentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter
o corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de
longevidade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos dietas para cardíacos,
para hipertensos, para gestantes, para obesos, para idosos.

Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se
encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas
tenham escolhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos
entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.

[....]

O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com
regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus
afetos pelos filhos de modo mais natural. (adaptado)

“Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável, livros
oferecem cardápios de populações com alto índice de longevidade”.

Sobre o período e as orações que o constituem (texto 1), é correto afirmar que:

a) o período é composto por duas orações;

b) o período apresenta orações do tipo coordenado e subordinado;

c) todas as orações do período são subordinadas;

d) todas as orações do período são coordenadas;

e) o período mostra mais orações coordenadas que subordinadas.

817ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Assistente Técnico

TEXTO 1 - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA

Rosely Sayão

Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que


alimentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter
o corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de
longevidade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos dietas para cardíacos,
para hipertensos, para gestantes, para obesos, para idosos.

Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se
encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas

544
tenham escolhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos
entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.

[....]

O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com
regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus
afetos pelos filhos de modo mais natural. (adaptado)

Na estruturação do texto 1, o segundo parágrafo, em relação ao primeiro, estabelece uma


relação de:

a) explicação;

b) consequência;

c) oposição;

d) exemplificação;

e) causa.

818ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-PE / Cargo: Auditoria de Obras Públicas

545
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o próximo
item.

No último período do terceiro parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa
para obter legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função
sintática de sujeito da forma verbal “parece”.

( ) Certo
( ) Errado

819ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDF / Cargo: Professor de Educação Básica

546
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.

O primeiro parágrafo do texto é um período composto por orações coordenadas.

( ) Certo
( ) Errado

820ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUB / Cargo: Assistente em Tecnologia

547
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item que se segue.

A expressão “e sim” (l.18) introduz no texto uma ideia de oposição.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

801:B 802:A 803:B 804:C 805:A 806:C 807:C 808:C 809:E 810:E 811:C 812:C 813:E 814:C
815:C 816:B 817:C 818:E 819:E 820:C

548
821ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Procurador

Observe a frase a seguir:

“Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.

Os dois pontos entre os dois segmentos da frase podem ser adequadamente substituídos
pelo seguinte conectivo:

a) pois.

b) logo.

c) contudo.

d) entretanto.

e) no entanto.

822ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Procurador

Assinale a opção que indica a frase machadiana em que a conjunção “e” tem valor
adversativo.

a) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e pouco
apreço dá às demonstrações científicas.”

b) “O pão do exílio é amargo e duro.”

c) “Há amigos de oito dias e indiferentes de oito anos.”

d) “A amizade lhe fará esquecer o amor; é mais serena que ele e talvez menos exposta a
perecer.”

e) “O casamento é bom e tem seus inconvenientes como tudo neste mundo.

823ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Procurador

Em todas as frases a seguir, o conectivo sublinhado tem uma forma equivalente, à exceção
de uma. Assinale-a.

a) “A fala é um efeito natural; mas, de um modo ou de outro, a natureza deixa o homem


escolher aquele que mais lhe agrada.” / entretanto

b) “O que eu via parecia um sorriso do universo: pois minha embriaguez entrava pelos
ouvidos e pelos olhos.” / portanto

c) “Se colocassem sob os nossos olhos aquelas coisas que nos fazem atravessar os
mares para conhecê-las, nem faríamos caso delas.” / caso

549
d) “O homem que viaja para ver o mundo todo, cheio de tantas maravilhas, é como um
sapo na sua poça d’água.” / tal qual

e) “Viajar é a ruína de toda felicidade! Não se consegue mais olhar para um edifício
aqui depois de ter visto a Itália.” / após

824ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-PA / Cargo: Técnico de Controle Externo

Em relação aos elementos linguísticos do texto CB8A1AAA, julgue o item a seguir.

No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas comporta a
participação direta do povo” (Imagem associada para resolução da questão. (L.17 a 19), a
locução “não apenas (...) mas” introduz no período ideia de adição.

( ) Certo
( ) Errado

825ª/ Banca: FGV / Órgão: SEE-PE / Cargo: Professor de Língua Portuguesa

A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente das demais – por
ter valor aditivo e não adversativo – é

550
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”

b) “A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais perigoso


atributo humano.”

c) “Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”

d) “Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem ela.”

e) “A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando enquanto você


reza.”

826ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: UNIRIO / Cargo: Pedagogo

A predominância de orações e períodos coordenados no primeiro parágrafo do texto

551
a) torna a contextualização da narrativa mais dinâmica.

b) contribui para a dispersão das imagens apresentadas.

c) insere um tom de mistério aos acontecimentos relatados.

d) foca a atenção do leitor apenas ao calor que fazia no Rio.

e) gera um encadeamento entre cenas que se excluem.

827ª/ Banca: FGV / Órgão: SEE-PE / Cargo: Professor de Matemática

“Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá para o melhor é
algo desconhecido por todos, menos por Deus.” (Sócrates, no momento de sua morte)

Os termos iniciais da frase de Sócrates – Pois bem – têm o valor de

a) explicação.

b) conclusão.

c) condição.

d) consequência.

e) causa.

828ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE / Cargo: Papiloscopista

552
No texto CG1A01AAA, a conjunção “pois” (l.22) introduz, no período em que ocorre, uma
ideia de

a) conclusão.

b) explicação.

c) causa.

d) finalidade.

e) consequência.

829ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo

553
Julgue o próximo item, relativos a aspectos linguísticos e às ideias do texto CB2A2BBB.

Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (l.4) fosse substituído
por Por conseguinte.

( ) Certo
( ) Errado

830ª/ Banca: IDECAN / Órgão: UFPB / Cargo: Técnico em Segurança do Trabalho

“No entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações
inteiras pode ser proibitivo...” (10º§) O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode
ser substituído por:

a) Portanto.

b) Porquanto.

c) Além disso.

d) Não obstante.

831ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Assistente de


Gestão de Políticas Públicas

554
No texto I, a conjunção “entretanto” (l.3) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de

a) oposição.

b) adição.

c) condição.

d) causa.

e) consequência.

832ª/ Banca: IDECAN / Órgão: UFPB / Cargo: Administrador

O respeito à diversidade e suas implicações nos direitos humanos

A diversidade é um dos temas mais atuais da sociedade, e ao se

pensar na escola, é um tema que ganha extrema relevância. Pois é na

escola, onde a criança e o jovem desenvolve grande parte de suas

relações sociais, que é necessário se desenvolver e ampliar a cultura do

respeito ao que é diferente.

Quando se trata de inclusão/exclusão, é oportuno compreender mais amplamente esses


processos abordando-os de forma dialética.

Na abordagem da dialética inclusão/exclusão, realça-se o entendimento de que, para


compreensão desses processos e o enfrentamento da exclusão, é necessário percebê-los de
modo mais abrangente, em seu alcance e ocorrências, e não apenas com referência a um
único grupo social.

O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é preciso compreendê-la como processo


que ocorre em várias circunstâncias, é também adotado neste texto, acrescentando-se que a
percepção no contexto mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O
enfrentamento da exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões
e movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se suas
diferenças socioculturais e identitárias.

Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à diversidade como


subalternização do outro, do diferente, como forma de colonização, mas sim garantindo-se
seus direitos à vida cidadã e, nesse sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas

555
e a sua afirmação como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e
perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus vários
contornos. [...]

A qualidade e a dignidade da vida humana são valores inestimáveis, devendo ser


princípios e propostas de superação de preconceitos e estigmas baseados em equívocos
geradores de comportamentos que destoam de parâmetros essenciais à sociedade plural,
em que se privilegiam e mantêm as garantias dos direitos humanos e o princípio
constitucional da igualdade.

(Mary Rangel. Língua Portuguesa, nº 57, ed. Escala. Fragmento.)

O 4º § é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal entre as
informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser substituído sem qualquer
prejuízo semântico por:

a) Todavia.

b) Porquanto.

c) Desde que.

d) Consoante.

833ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TRE-PE / Cargo: Programação de Sistemas

556
O vocábulo “Portanto” (l.21) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a
soberania popular uma ideia de

a) finalidade.

b) conclusão.

c) causa.

d) consequência.

e) condição.

834ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) / Cargo: Analista Judiciário

Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o
Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu
caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão
principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos
passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o
relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.

Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que
um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu
vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era
um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de
repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido
de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar
o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.

Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me
restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado,
outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles
vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que
surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.

Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido
pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas,
originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos

557
multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas
com mácula preta (isto, sim)'', dizia.

Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje
me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens
todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de
encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma
aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa
memória mínima.

(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em:


http://heloisaseixas.com.br)

O segmento sublinhado que introduz uma explicação encontra-se em:

a) ... só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las. (5° parágrafo)

b) ... é que não me lembro de jamais ter visto... (5° parágrafo)

c) Depois, íamos passear à beira do lago... (1° parágrafo)

d) O fato é que não me sobrou nenhuma... (5° parágrafo)

e) ... estendia a mão para tocar o pequeno grão... (2° parágrafo)

835ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPU / Cargo: Agente Administrativo

558
Julgue o item subsequente, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos da tirinha
apresentada, da personagem Mafalda.

No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma oração adversativa,


que apresenta ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos quadrinhos anteriores.

( ) Certo
( ) Errado

836ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Instituto Rio Branco / Cargo: Diplomata

Ainda com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto Para melhor conhecer as
pessoas, julgue o item que se segue.

No trecho “A objetividade na avaliação é essencial e depende de critérios de valor claros na


mente do observador" (l. 18 a 20), a conjunção “e" possui valor aditivo e estabelece uma
relação de coordenação entre as orações ligadas por ela.

( ) Certo
( ) Errado

837ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de Itatiba - SP / Cargo: Motorista

559
Álcool do mal

Desde a Antiguidade, a humanidade atribuiu propriedades medicinais às bebidas


alcóolicas. Embora ao longo dos séculos tenha havido vários sábios e curandeiros que se
opuseram à crença de que o álcool era um santo remédio, coube aos cientistas da segunda
metade do século 19 provar isso. Um dos primeiros estudos que associa a bebida a
problemas na saúde é de 1854.

De lá para cá, os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conhecidos. Por
exemplo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias áreas do cérebro,
contribuindo para o aparecimento da demência.

(Revista Dossiê Superinteressante. jan.2015. Adaptado)

No trecho do 2° parágrafo – ... provoca gastrite e úlcera... – a palavra destacada estabelece


sentido de

a) adição.

b) comparação.

c) causa.

d) tempo.

e) finalidade.

838ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de Itatiba - SP / Cargo: Motorista

Considere o trecho reescrito.

As férias de verão dos padeiros parisienses não são mais predeterminadas pela prefeitura,
_________ eles podem, _________ desejarem, folgar o tempo que quiserem em julho e
agosto, ________ , devido a essa nova situação, se estime que atualmente 75% das padarias
estejam fechadas em relação ao habitual.

Para que haja coerência entre as ideias desse trecho, as lacunas devem ser preenchidas,
correta e respectivamente, com:

a) todavia ... caso ... já que

b) logo ... mesmo que ... para que

c) portanto ... se ... ainda que

d) pois ... quando ... visto que

e) entretanto ... enquanto ... se bem que

560
839ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TRE-RS / Cargo: Analista Judiciário

Ainda a respeito dos aspectos linguísticos do texto Condições de elegibilidade e


inelegibilidades, assinale a opção correta.

561
a) A oração “para obtê-las com maior facilidade" (l. 22 e 23) expressa uma
consequência da ação descrita na oração “de se utilizar do mandato" (l.22).

b) A oração “de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos eletivos" (l. 13
e 14) restringe o sentido do pronome “alguém" (l. 13).

c) A oração “Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo 54 da CF" (l.


28 e 29) expressa a causa da ideia expressa na oração “perderá o seu mandato"
(l.29).

d) A oração “Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição" (l. 24 e 25)


classifica-se como coordenada e expressa um contraste em relação à ideia expressa
na oração “a incompatibilidade é um impedimento posterior ao pleito eleitoral e
proibitivo do exercício do mandato" (l. 26 e 27).

e) A oração “distingui-la de outro instituto" (l. 2 e 3) desempenha a função sintática de


sujeito no período em que ocorre.

840ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Suzano - SP / Cargo: Professor de Educação


Básica

Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem:


Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular. Cada vez mais, se
rendem. A vida ficou impossível sem ele.

A alternativa em que o emprego de conjunções expressa, com correção, a adequada relação


de sentido entre as orações é:

a) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada vez
mais, se rendem, contanto que a vida ficou impossível sem ele.

b) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto,
cada vez mais, se rendem, embora a vida ficou impossível sem ele.

c) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada
vez mais, se rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.

d) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de que,
cada vez mais, se rendem, mesmo se a vida ficou impossível sem ele.

e) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada vez
mais, se rendem, como a vida ficou impossível sem ele.

RESPOSTAS:

821:A 822:E 823:B 824:C 825:B 826:A 827:B 828:A 829:C 830:D 831:A 832:A 833:B 834:B
835:C 836:C 837:A 838:C 839:E 840:C

562
8 - Orações subordinadas adverbiais

841ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRM-SC / Cargo: Revisor de Texto

Acerca de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

A oração “para que, no futuro, pacientes não precisem mais esperar por transplantes”
(linhas 22 e 23) subordina-se à oração anterior, com função adverbial consecutiva, e exprime
uma simples concepção, e não um fato real.
( ) Certo

563
( ) Errado

842ª/ Banca: AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal

Em “Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma
máquina de ressonância magnética.”, a relação de sentido mantida entre as orações é de
tempo.

( ) Certo
( ) Errado

843ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Sooretama - ES / Cargo: Professor

Leia o excerto a seguir, observando a oração sublinhada.

“A atriz Bruna Marquezine entrou para o elenco de ‘Besouro Azul’, novo filme de super-
heróis da DC Comics. Essa é a primeira vez que uma produção da DC terá uma personagem
latina no elenco.
Bruna compartilhou uma publicação no seu Instagram, na noite dessa terça-feira (8),
que mostra sua reação no momento em que foi informada pelo produtor John Rickard que
estaria no projeto. A atriz, que se emocionou, interpretará a protagonista feminina Jenny na
história.”
BRUNA Marquezine será a primeira personagem latina nos filmes da DC Comics. CNN
Brasil, 09 de março de 2022. Disponível em:

https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/bruna-marquezine-sera-a-primeira-
personagem-latina-nos-filmes-da-dc-comics/. Acesso em: 09 mar. 2022.

A partir de suas características formais, pode-se afirmar que a oração grifada é classificada
como:

a) subordinada adverbial consecutiva.

b) subordinada adjetiva explicativa.

c) subordinada adverbial causal.

d) subordinada adjetiva restritiva.

e) coordenada explicativa.

844ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor

Texto 14A1-I

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos

564
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade
são as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica
de um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário,
as grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as
mais ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).

A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

No segundo período do segundo parágrafo, a conjunção “se” introduz uma oração


subordinada adverbial condicional.

( ) Certo
( ) Errado

845ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS - RO / Cargo: Agente Fiscal

Em “tinham que lidar com os icebergs que o continente expelia” há uma oração subordinada

a) adjetiva restritiva.

565
b) substantiva objetiva indireta.

c) substantiva subjetiva.

d) adverbial causal.

e) adverbial comparativa.

846ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRESS - PB / Cargo: Agente Fiscal

No período “A possibilidade de uma renda básica universal hoje parece mais improvável, já
que, para distribuir renda para todos, o custo fiscal é maior e o impacto distributivo, menor”
há duas orações adverbiais, uma que expressa circunstância de causa e a outra, de
finalidade.

( ) Certo
( ) Errado

847ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRC-AP / Cargo: Contador Fiscal

A oração “Sem ganhar salários” (linha 1) tem valor adverbial

a) condicional.

566
b) concessivo.

c) adversativo.

d) conclusivo.

e) explicativo.

848ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRM-MS / Cargo: Analista Administrativo

Atendimento pediátrico por telemedicina é possível?

Segundo Ana Escobar, o atendimento médico é essencialmente presencial, mas, devido


à pandemia, o atendimento por telemedicina emergiu como uma possibilidade, com
caráter de exceção. Agora, cabe aos Conselhos de Medicina discutir a regulamentação da
prática.

A oração “discutir a regulamentação da prática”, do subtítulo do texto, classifica‐se como


subordinada

a) substantiva subjetiva.

567
b) substantiva objetiva direta.

c) substantiva objetiva indireta.

d) adjetiva restritiva.

e) adverbial temporal.

849ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Ministério da Economia / Cargo: Ciência de Dados

Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era
incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos
uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à
minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá
por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”.
Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente
precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.
“Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa:
exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa
distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a
explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que
se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se
não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que
deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas
razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos
defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de
“espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era
o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um
par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por
outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além
da capacidade dos músculos humanos.

Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio
Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.

No primeiro parágrafo do texto, os trechos ‘Se você sair agora’ e ‘Melhor sair agora’
exprimem, respectivamente, a consequência do evento expresso pelo trecho ‘estará lá por
volta do meio-dia’ e o resultado do que é expresso pelo trecho ‘se você quiser chegar antes
que escureça’.

( ) Certo
( ) Errado

850ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Ministério da Economia / Cargo: Ciência de Dados

568
Ele entrou tarde no restaurante. Poderia ter uns sessenta anos, era alto, corpulento, de
cabelos brancos, sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força.
Sentou-se amplo e sólido.
Perdi-o de vista e enquanto comia observei de novo a mulher magra de chapéu. Ela ria
com a boca cheia e rebrilhava os olhos escuros.
No momento em que eu levava o garfo à boca, olhei-o. Ei-lo de olhos fechados
mastigando pão com vigor e mecanismo, os dois punhos cerrados sobre a mesa. Continuei
comendo e olhando. O garçom dispunha os pratos sobre a toalha. Mas o velho mantinha os
olhos fechados. A um gesto mais vivo do criado ele os abriu com tal brusquidão que este
mesmo movimento se comunicou às grandes mãos e um garfo caiu. O garçom sussurrou
palavras amáveis abaixando-se para apanhá-lo; ele não respondia. Porque agora desperto,
virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a com veemência, a ponta da
língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o cheirava, mexendo a
boca de antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de todo o corpo.
Olhei para o meu prato. Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar,
mastigando de boca aberta, passando a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto.

Clarice Lispector. O jantar. In: Laços de família: contos.


Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações).

Julgue o item que se seguem, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto
precedente.

No trecho “Porque agora desperto, virava subitamente a carne de um lado e de outro”, no


terceiro parágrafo, o vocábulo “porque”, introduz, no período em que se insere, uma ideia
de finalidade.

( ) Certo
( ) Errado

851ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES / Cargo: Psicólogo

No trecho “Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com
doenças...” o termo grifado introduz uma oração:

a) subordinada adverbial conclusiva.

b) subordinada substantiva apositiva.

c) subordinada substantiva objetiva direta.

d) subordinada adjetiva restritiva.

e) subordinada substantiva subjetiva.

852ª/ Banca: AOCP / Órgão: Prefeitura de Novo Hamburgo - RS / Cargo: Arquiteto

Para Maria da Graça

569
Paulo Mendes Campos
Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro:
Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca. Aprende, pois, logo de
saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de
todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas
poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz
à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso
acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-
comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão
entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a
resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que
Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que
ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem
mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada
ou viceversa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção
petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu
de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às
pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia,
pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de
bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à
Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política,
nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até
irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São
competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é,
tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam
exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É
bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se
tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar.
Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste. [...]

Adaptado de: https://contobrasileiro.com.br/tag/cronica-de-paulomendes-campos/ Acesso


em: 04/02/2020.

A oração em destaque, em “Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou


inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.”, estabelece com as demais uma relação
de

a) adição.

570
b) oposição.

c) concessão.

d) conclusão.

e) condição.

853ª/ Banca: AOCP / Órgão: Prefeitura de Betim - MG / Cargo: Auditor Fiscal

TEXTO 1

O que galáxias distantes dizem sobre a evolução do Universo

Observar galáxias distantes nos ajuda a montar o quebra-cabeça do Universo: quanto mais
longe enxergamos, mais ao passado voltamos

Seria legal se pudéssemos passar um filminho revelando a história das galáxias e ver
também como era a Via Láctea no passado. Mas, como não podemos, temos que observar
as galáxias distantes e tentar montar o quebra-cabeça de como esses astros fantásticos
evoluem.

O telescópio espacial Hubble é peça-chave para desvendar essa história. Com ele,
conseguimos captar a luz com mais nitidez, já que ela não sofre interferência da atmosfera,
mas mesmo assim temos que deixá-lo aberto por muito tempo para obter a luz fraquinha
das galáxias distantes.

Em 1995, o ex-diretor do Hubble, Bob Williams, fez a primeira imagem das profundezas do
Universo exatamente assim. A equipe do Hubble escolheu uma região do céu sem nenhuma
estrela brilhante por perto para garantir que não interferisse na imagem das galáxias de
fundo. E deixou o Hubble aberto durante dez dias captando a luz da mesma região. Uma
região do céu que parecia totalmente vazia mostrou uma imagem incrível cravejada de
galáxias.

O Universo é como se fosse uma “máquina do tempo”: quanto mais longe enxergamos, mais
ao passado voltamos. Se vemos uma galáxia a 1 bilhão de anos-luz de nós, significa que a sua
luz levou 1 bilhão de anos atravessando o espaço para chegar até aqui. Ou seja, estamos
vendo a galáxia como ela era há 1 bilhão de anos, no passado, e não como ela é agora.

Desde a imagem histórica feita pelo Hubble, já tivemos muitas outras das profundezas do
Universo. E elas revelam que as galáxias mais longínquas parecem bem pequenas por causa
da distância, como era de se esperar, mas descobrimos também que elas são realmente
menores e não possuem formatos bem definidos. Isso significa que elas crescem e se
transformam com o tempo.

A galáxia mais distante já observada é a GN-z11, que está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós!
Ou seja, estamos vendo como ela era quando o Universo tinha apenas 400 milhões de anos.

571
Ela fica na constelação de Ursa Maior e parece um pontinho vermelho na imagem do
Hubble.

Essas galáxias muito distantes estão se afastando aceleradamente de nós, por isso vemos
sua luz sempre mais avermelhada do que deveria ser. Porém, nem os olhos humanos nem o
Hubble conseguem captar o extremo da luz vermelha que precisamos obter para ver mais
além.

Por isso, necessitamos de instrumentos como o telescópio James Webb. Ele captará luz
infravermelha e enxergará ainda mais longe que o Hubble. Seu lançamento está previsto
para 2021, segundo a Nasa, e estamos muito empolgadas com a enxurrada de novas peças
para ajudar a solucionar nosso quebra-cabeça galáctico.

Fonte: Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2020/01/o-


que-galaxias-distantes-dizem-sobre-evolucao-do-universo.html. Acesso em: 19 jan. 2020.

Assinale a alternativa que classifica corretamente a oração subordinada do trecho “[...]


quanto mais longe enxergamos, mais ao passado voltamos”, subtítulo do Texto 1.

a) Oração subordinada adverbial proporcional.

b) Oração subordinada adverbial consecutiva.

c) Oração subordinada substantiva objetiva direta.

d) Oração subordinada substantiva completiva nominal.

e) Oração subordinada adjetiva restritiva.

854ª/ Banca: AOCP / Órgão: Prefeitura de Betim - MG / Cargo: Auditor Fiscal

A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de
agradecimento)

Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha

A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu
que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois estimassem o
quão surpreso e feliz o recebedor ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro
estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever bilhetes de obrigado. Os
pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três
semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e
reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que
expressar gratidão encoraja os outros a continuarem sendo generosos, promovendo, assim,
um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da mesma maneira, pessoas agradecidas
talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade. Falando de
modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as

572
outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma caracterizada
por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas
pessoas se sentem bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um senso de
elevação, com um consequente reforço da sua consideração pela humanidade. Alguns se
inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais para ajudar a trazer o
melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas
sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás
da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade
pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que
precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas
têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento.
Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um
mero pagamento do que lhes é devido, pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral.
Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades
por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma
comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma
parte diária de sua vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências sociais e
medicina que não apareceriam por centenas de anos. Ele também estava refletindo a
sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de anos. A gratidão
é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como
hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas daqueles à
sua volta.

Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/Agratid%C3%A3o-tem-


o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-quevoc%C3%AA-deveria-escrever-aquela-nota-de-
agradecimento Acesso em: 04 fev. 2020.

Assinale a alternativa que analisa e classifica corretamente a oração em destaque no


seguinte excerto: “[…] uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas
com as outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver [...]”.

a) Oração substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do nome


“comunidade”, sem a qual esse substantivo não teria sentido completo.

b) Oração adjetiva restritiva, pois caracteriza e especifica qual comunidade é agradável.

c) Oração adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance de ser
agradável.

d) Oração adverbial final, pois indica a finalidade de comportamento que se espera em


uma comunidade.

e) Oração adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a
comunidade seja agradável.

573
855ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TJ-PA / Cargo: Analista Judiciário

No período em que se insere no texto CG1A1-II, a oração “Ao coletar um dado” (R.14)
exprime uma circunstância de

a) causa.

b) modo.

c) finalidade.

d) explicação.

e) tempo.

856ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Jaru - RO / Cargo: Enfermeiro

574
Em “...e que elas não estarão sozinhas se optarem por uma carreira científica.”, o termo SE
introduz uma oração subordinada de valor adverbial:

a) final.

b) causal.

c) proporcional.

d) condicional.

e) temporal.

857ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRO - RS / Cargo: Fiscal

575
A oração “embora a exposição ao flúor reduza a cárie dentária” (linhas 36 e 37) expressa, no
período, circunstância de

a) causa.

b) condição.

c) concessão.

d) consequência.

e) tempo.

858ª/ Banca: AOCP / Órgão: UFPB / Cargo: Administrador de Edifícios

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Em “É importante informar todos os trabalhos dos quais participou.”, tem-se uma


oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

b) Em “O esportista, que não apresentou nota fiscal dos seus equipamentos, foi preso
pela Polícia Federal.”, tem-se uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de
particípio.

c) Em “Conquanto estivesse triste, não voltou atrás em sua decisão.”, tem-se uma
oração subordinada adverbial concessiva.

d) Em “Enviei os e-mails necessários quando voltei das minhas férias.”, tem-se uma
oração subordinada adverbial temporal.

e) Em “Eu só preciso de uma coisa: que a empresa de telefonia cancele o meu plano de
dados.”, tem-se uma oração subordinada substantiva apositiva.

859ª/ Banca: AOCP / Órgão: UFPB / Cargo: Administrador de Edifícios

TEXTO

Brumadinho, Mariana, impunidade e descaso

Nenhum dos envolvidos no desastre de 2015 foi responsabilizado, e a fiscalização continuou


precária mesmo depois da primeira tragédia: ingredientes para mais uma catástrofe

576
Pouco mais de três anos depois do desastre de Mariana, do qual Minas Gerais ainda luta
para se recuperar, mais um rompimento de barragem da mineradora Vale assombra o país.
Desta vez, como afirmou o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, o custo ambiental
pode até ter sido menor que o de Mariana, mas o custo humano foi muito maior. (...) Como
é possível que dois desastres dessas dimensões tenham ocorrido em um espaço que, para
este tipo de situação, pode ser considerado curto?
Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a britânica
BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado, mas todas as informações que surgiram
após o desastre de Brumadinho mostram que os esforços nem das empresas responsáveis,
nem do Estado brasileiro foram suficientes para evitar que outro episódio catastrófico
ocorresse. A empresa certamente sabe que a preservação e a prevenção compensam; os
danos de imagem podem ser diferentes daqueles que atingem outros tipos de negócios – o
público não pode simplesmente “boicotar” uma mineradora, por exemplo –, mas também
existem, e a Vale sentiu, nesta segunda-feira, a perda de seu valor de mercado. Schvartsman
chegou a dizer que a empresa fez todo o possível para garantir a segurança de suas
barragens depois de Mariana, mas agora se sabe que “todo o possível” não bastou.
A palavra ausente neste período entre Mariana e Brumadinho é “responsabilização”.
O Ministério Público Federal denunciou 21 pessoas e as três empresas (Samarco, Vale e BHP
Billiton) pelo desastre de Mariana, mas ainda não houve julgamento. A Gazeta do Povo
apurou que, das 68 multas aplicadas após a tragédia de 2015, apenas uma está sendo paga,
em 59 parcelas. A demora para que os responsáveis paguem pela sucessão de
irresponsabilidades que levou ao desastre certamente não incentiva as mineradoras
a manter boas práticas de prevenção de desastres que possam ir além do estritamente
necessário.
Os dados mais estarrecedores, no entanto, vieram dos relatórios governamentais que
mostram uma inação quase completa do poder público na fiscalização do estado das
barragens no país. O Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de
Águas, mostra que apenas 27% das barragens de rejeitos (caso tanto de Mariana quanto de
Brumadinho) foram vistoriadas em 2017 pela Agência Nacional de Mineração. Há 45
barragens com “algum comprometimento importante que impacte a sua segurança”. A
informalidade é a regra: 42% das barragens cadastradas nos órgãos de fiscalização não têm
nenhum tipo de documento como outorga, autorização ou licença. E, nos poucos casos em
que há vistoria, ela é feita por amostragem de algumas áreas da barragem, o que pode
ignorar pontos críticos. É assim que tanto a barragem de Fundão, em Mariana, como a da
Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foram consideradas seguras. Ainda mais revoltante
é a informação de que a Câmara de Atividades Minerárias da Secretaria de Meio Ambiente
de Minas Gerais aprovou uma ampliação de 70% no complexo Paraopeba (onde se
encontrava a barragem que estourou em Brumadinho) de forma apressada, rebaixando o
potencial poluidor da operação para que o licenciamento ambiental pudesse pular fases.
A atividade mineradora é atribuição da iniciativa privada, mas a fiscalização é uma
obrigação do Estado. E os relatórios demonstram que o governo não deu importância a esse
trabalho nem mesmo depois de Mariana. Como resultado desta omissão coletiva, dezenas,
possivelmente centenas, de vidas perderam-se em Brumadinho. Mortes que poderiam ter
sido evitadas se o caso de 2015 tivesse levado a uma responsabilização rápida por parte da
Justiça, um trabalho mais cuidadoso por parte das empresas de mineração e uma
fiscalização abrangente feita pelo governo.

577
No trecho “Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a
britânica BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado(...)”, a oração em destaque
classifica-se como subordinada

a) adverbial causal.

b) adjetiva restritiva.

c) adjetiva explicativa.

d) adverbial concessiva.

860ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE / Cargo: Professor

578
Com relação às propriedades gramaticais e à coerência do texto 9A2-I, julgue o item a seguir.

A oração “se você adoecer” (l.24) estabelece uma hipótese.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

841:E 842:C 843:B 844:C 845:A 846:C 847:B 848:A 849:E 850:E 851:C 852:C 853:A 854:B
855:E 856:D 857:C 858:B 859:C 860:C

579
9 - Uso dos Porquês

861ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito

A frase em que a grafia da palavra sublinhada está correta é:

a) O motivo porque as pessoas culpam os outros é que é mais fácil do que assumir seus
próprios erros;

b) Eu sei que o amor é indispensável, mas não sei por quê;

c) Porque o país não conseguiu superar as dificuldades da pandemia?

d) Os jornais não informam mais porquê nem tudo é sabido;

e) Devemos trocar os pneus por que estão gastos.

862ª/ Banca: FGV / Órgão: FUNSAÚDE - CE / Cargo: Médico Alergista

A frase abaixo em que a grafia da palavra sublinhada está correta é:

a) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos
crédulos do que os homens que creem em anjos.

b) As universidades são lugares aonde os cascalhos são polidos e os brilhantes


embaciados;

c) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;

d) Nem todos os professores estão afim de fazer seus alunos progredir;

e) Ao invés de falar, o inteligente caça.

863ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Texto 2A1-I

Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de


regras obrigatórias, o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também
para o curso de Direito, a assim chamada “ciência do Direito”. Numa terceira acepção, a
palavra designa os direitos de cada um de nós, chamados de direitos subjetivos, pois somos
os sujeitos, os titulares, desses direitos.
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que
atinge praticamente todas as nossas atividades. A vida de cada um de nós é regulada de dia
e de noite, desde antes do nascimento e, por incrível que pareça, até depois da morte.
Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter invadido tudo: há direito
em toda parte, para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos que seguir
as normas, os outros também têm de cumpri-las e, desse modo, respeitar os direitos de cada
um de nós, os ditos direitos subjetivos.

580
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva das leis. São Paulo:
Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último período do
primeiro parágrafo, fosse substituída por por que.

( ) Certo
( ) Errado

864ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Científico

A frase em que a palavra ou expressão destacada respeita as regras ortográficas e


gramaticais da norma padrão é:

a) As crianças querem estar aonde a fantasia está.

b) Queremos saber por que a ideia de eternidade nos fascina.

c) O gosto adocicado do chicle mau acaba e queremos outro.

d) Nada como balas e chicletes durante uma seção de cinema.

e) A ideia de viver para sempre persegue o homem a séculos.

865ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE / Cargo: Professor

581
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o
item a seguir.

A correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “por que” (L.18) fosse
substituída por porque.

( ) Certo
( ) Errado

866ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TJ-AM / Cargo: Analista Judiciário

582
A respeito das propriedades linguísticas e dos sentidos do texto CB1A1-I, julgue o item
seguinte.

A correção gramatical do texto seria mantida se o vocábulo “porque” (ℓ.23) fosse substituído
por por que.

( ) Certo
( ) Errado

867ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPC-PA / Cargo: Analista Ministerial

Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do texto CG1A1-I: “Qual é o motivo de a sustentabilidade ser tão importante para a
economia?” Assinale a opção em que a proposta indicada mantém os sentidos e a correção
gramatical do texto.

a) Porque a sustentabilidade é tão importante para a economia?

b) Por quê a sustentabilidade é tão importante para a economia?

c) Porquê a sustentabilidade é tão importante para a economia?

d) Por que a sustentabilidade é tão importante para a economia?

e) Pra quê a sustentabilidade é tão importante para a economia?

868ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Eletricista

A palavra ou a expressão destacada aparece grafada de acordo com a norma-padrão da


Língua Portuguesa em:

a) O aquecimento global pode afetar a sobrevivência da população em muitas


regiões por que água e comida já se mostram escassas.

b) O Dia Mundial do Meio Ambiente serve para nos lembrar o por quê de todos terem
de contribuir para a preservação da natureza.

c) O principal tema discutido entre governos e organizações é a globalização, por


que afeta a vida dos indivíduos.

d) Os especialistas defendem que o clima na Terra tem passado por ciclos de mudanças
mas divergem sobre o porquê desse fato.

e) Os cientistas têm estudado o porque de as emissões de gases poluentes na


atmosfera estarem relacionadas às mudanças climáticas

869ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-RO / Cargo: Analista Legislativo

Assinale a frase em que a forma sublinhada está corretamente grafada.

583
a) “Sabe-se lá por quê, quando faço a barba no banho, se tento cantarolar um motivo
breve e atual, me corto.”

b) “Marido e mulher amavam os hóspedes, porquê sem eles acabavam brigando.”

c) “Por que amou muito, Madalena teve seus pecados perdoados.”

d) “Eis os crimes porque os homens devem ser punidos por Deus.”

e) “Às vezes somos castigados sem saber porquê.”

870ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-SC / Cargo: Técnico Judiciário Auxiliar

“Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas”.

Nesse segmento do texto há um erro gramatical, que é:

a) empregar-se “o cercaram” em lugar de “lhe cercaram”;

b) haver vírgula após a expressão “Um dia”;

c) usar-se “lhe perguntaram” em lugar de “o perguntaram”;

d) grafar-se “porque” em vez de “por que”;

e) escrever-se “só usava” em lugar de “usava só”.

871ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – História

584
Julgue o seguinte item, com relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1AAA.

Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída
por Porque no trecho “Por que falharam os programas de formação?” (l.16).

( ) Certo
( ) Errado

872ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Auxiliar de Saúde

A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada, de acordo com a norma-


padrão da língua portuguesa, em:

a) A história da energia mostra porquê até a invenção da máquina a vapor a prática de


cortar árvores não prejudicava tanto as florestas.

b) A utilização dos combustíveis fósseis aumentou por quê a indústria automobilística


vem colocando grande número de veículos circulando nas cidades.

c) As pessoas deveriam saber os riscos de um apagão para conhecerem melhor o por


quê da necessidade de economizar energia.

d) Os tóxicos ambientais são substâncias prejudiciais por que causam danos aos seres
vivos e ao meio ambiente.

e) A energia está associada ao meio ambiente porque toda a sua produção é resultado
da utilização das forças oferecidas pela natureza.

873ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Analista Técnico

585
Na fala do personagem-pai na charge há um erro de acentuação no vocábulo “quê”; a frase
em que ocorre o mesmo erro ortográfico é:

a) Há um quê de estranho em tudo isso.

b) Os políticos roubam, por quê?

c) O quê? Não estou escutando bem...

d) O quê da palavra “quero” está mal grafado.

e) Por quê você não veio, por quê?

874ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Técnico de Enfermagem

A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada, de acordo com a norma-


padrão da língua portuguesa, em:

a) O preço dos combustíveis vem aumentando, mas a indústria automobilística


desconhece o porque do crescimento da frota veicular nas cidades.

b) Os poluentes derivados dos combustíveis fósseis são substâncias prejudiciais por


que causam danos aos seres vivos e ao meio ambiente.

c) Os cidadãos deveriam saber os riscos de um apagão para conhecerem melhor


o porquê da necessidade de economizar energia.

d) A fabricação de veículos movidos a combustão explica por quê aumentou


significativamente a poluição nas grandes cidades.

e) Seria impossível falar de energia sem associar o meio ambiente ao


tema, porquê toda a energia produzida é resultado da utilização das forças
oferecidas pela natureza.

875ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Técnico de Nível Médio

Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está equivocada.

a) Por que sentimos calafrios?

b) A razão porque sentimos calafrios é conhecida.

c) Qual o porquê de sentirmos calafrios?

d) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa audição.

e) Sentimos calafrios por quê?

876ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: IBGE / Cargo: Agente de Pesquisas por Telefone

586
No trecho do Texto II “Há sempre um porquê.” (l. 5), a palavra destacada está grafada de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

A palavra ou a expressão destacada aparece corretamente grafada em:

a) É difícil entender o porquê de não serem implementadas políticas mais eficientes


para evitar a degradação de nossos principais biomas.

b) Programas de proteção ambiental têm tentado reduzir a pobreza das populações das
florestas por quê é uma forma de evitar o desmatamento.

c) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam que não conseguem atingir seus
objetivos na vida?

d) As pressões sociais impedem que as pessoas alcancem a felicidade porquê impõem


valores que podem não combinar com as aspirações próprias.

e) As pessoas devem procurar viver de uma forma mais relaxada de modo a


conhecerem melhor o por quê de suas atitudes.

877ª/ Banca: FGV / Órgão: COMPESA / Cargo: Analista de Gestão

Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado está inadequada.

a) As autoridades dizem a toda hora que estão profundamente preocupadas com o


crime organizado. Por quê? Preferem o crime esculhambado?

b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem
alfabética?

c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro
homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem
medo de só encontrar outros iguais?

d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho
vem sempre atrás?

587
e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria
semântica.

878ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue o item
que se segue.

Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê" (l.23) poderia ser
substituída por o porquê.

( ) Certo
( ) Errado

879ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Cuiabá - MT / Cargo: Professor

“Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que
em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura
global.”

Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado em duas palavras, o que tem um
sentido diferente do vocábulo “afim”, grafado como uma só palavra.
Assinale a opção que indica a frase cujo termo sublinhado apresenta grafia correta.

588
a) Todo o Congresso discutia a cerca do desmatamento.

b) Por ventura o desmatamento diminuiu no Brasil?

c) Discutiu-se muito, sobre tudo, o essencial para a proteção do meio ambiente.

d) O motivo por que ocorreu o desmatamento é que não houve fiscalização.

e) Houve uma calamidade natural, por tanto ninguém é culpado.

880ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-PI / Cargo: Analista Judiciário

“Isso acontece porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas".


Nessa frase a forma “porque" aparece corretamente grafada; a frase abaixo em que essa
forma deveria ser substituída por “por que" é:

a) Deixou o celular porque o prejudicava;

b) Não sabia porque os aparelhos eram abandonados;

c) Desconhecia o porquê de os jovens ficarem viciados;

d) Todos viajavam porque lá os celulares eram mais baratos;

e) Não usavam celulares porque não confiavam nos aparelhos.

RESPOSTAS:

861:B 862:E 863:E 864:B 865:E 866:E 867:D 868:D 869:A 870:D 871:E 872:E 873:E 874:C
875:B 876:A 877:E 878:C 879:D 880:B

589
881ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário

A palavra ou expressão em destaque está grafada corretamente e de acordo com a norma-


padrão em:

a) A agricultura familiar é importante por que preserva os alimentos tradicionais.

b) A Agricultura Familiar é importante por quê?

c) A Agricultura Familiar apresenta importante função porquê garante a segurança


alimentar.

d) O Texto I esclarece o motivo porque a Agricultura Familiar contribui para o uso


sustentável dos recursos naturais.

e) O Texto I expõe o porque de a Agricultura Familiar ser importante para o país.

882ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Engenheiro

No trecho “E isso porque o povo já tem dado mostras de ter maior maturidade política do
que a grande maioria dos políticos" verifica-se a grafia adequada da expressão destacada,
uma vez que funciona como conjunção explicativa. A frase em que a expressão em destaque
também está adequadamente empregada é

a) Não se sabe por que a desigualdade social ainda existe.

b) É comum não se compreender o por quê da fome no país

c) Por quê os políticos não se movimentam para acabar com a fome?

d) O povo liderará os governantes por que tem maior maturidade política.

e) A fome é uma doença, mas não se entende por que.

883ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RO / Cargo: Técnico em Informática

TEXTO 2 - Por que muitos continuam usando os remédios de marca?

Basicamente, pelo marketing da indústria farmacêutica, que consegue convencer o paciente


a adquirir o produto de marca. Além disso, se um paciente finalmente encontrou um
remédio que funciona para o seu caso, pode resistir a trocá-lo pela versão genérica, por
medo de perder o efeito do medicamento - embora o genérico equivalha ao de referência. E
há princípios inativos nas drogas genéricas que podem ser diferentes daqueles das drogas de
marca. Eles não afetam a maneira como a droga funciona, mas podem alterar a aparência e
o sabor, fazendo as pessoas pensarem que falta alguma coisa no remédio genérico.
(Veja.com)

Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada corretamente; a
frase em que a forma sublinhada é igualmente correta é:

590
a) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos

b) Desconheço a razão porque eles tomam remédios de marca.

c) Os genéricos são mais baratos por que não pagam impostos.

d) Os pacientes preferem os genéricos por que?

e) Queria saber o porquê de os genéricos venderem mais.

884ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-MT / Cargo: Assistente Administrativo

Um outro leitor declara o seguinte: “Toda vez que vejo, ou leio, no noticiário que alguém foi
atingido por uma bala perdida eu me pergunto: porque será que as pessoas insistem em
chamar de bala perdida aquela que atingiu alguém? Se o objetivo das balas é matar e, na
melhor das hipóteses, ferir alguém, sempre que aquilo acontece a bala cumpriu sua função
e, assim sendo, não deveria ser chamada de bala perdida".

As opções a seguir apresentam trechos da carta do leitor sobre “bala perdida" que mostram
alguns erros no emprego da língua. Esses erros estão listados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.

a) Deveria haver vírgula após o termo “no noticiário".

b) Deveria haver vírgula após a oração “que alguém foi atingido por uma bala perdida".

c) A grafia do termo “porque" em “porque será que as pessoas insistem em chamar de


bala perdida aquela que atingiu alguém" deveria ser corrigida para “por que".

d) O termo “na melhor das hipóteses" deveria ser substituíd por “na pior das
hipóteses", para ser mais coerente.

e) A forma do demonstrativo “aquilo" deveria ser substituída por “isso", para melhor
adequação.

885ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-MT / Cargo: Assistente Administrativo

Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu o seguinte: “Não
entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos os países que têm o jogo
reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em impostos, dão emprego a muita gente.
Quem quer jogar, o faz livremente pela Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é
o contraventor. Os mais abastados deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação
e saúde, aqui dentro”.

Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo sublinhado tem a
grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo que em

a) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a leitora.”

591
b) “Por que razão não se legaliza o jogo?”

c) “Desconheço por que a legalização do jogo é proibida.”

d) “Esse é o caminho por que ele veio.”

e) “O projeto por que me empenho é de grande utilidade.”

886ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Técnico(a) Químico(a) de Petróleo


Junior

O período em que a(s) palavra(s) em destaque está(ão) usada(s) de acordo com a norma-
padrão é:

a) Não sei porque as garças gostam de fazer ninhos no alto das árvores

b) Gostaria de verificar por que você está falando isso.

c) As crianças sempre nos perguntam o por quê das coisas.

d) Tenho certeza se você vai

e) Percebi se alguém entrou na sala.

887ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Profissional Júnior

A expressão em destaque está grafada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa


em:

a) A civilização maia e as grandes dinastias chinesas entraram em declínio por


que sofreram efeitos de eventos climáticos.

b) A humanidade precisa compreender a razão por que precisa evitar que os gases do
efeito estufa aqueçam o planeta.

c) Algumas civilizações antigas foram destruídas por quê eventos climáticos afetaram a
produtividade agrícola.

d) Os cientistas pesquisam as variações climáticas por que as consideram essenciais à


previsão de de- sastres ambientais.

e) Os resultados das pesquisas evidenciam o por quê do aumento do aquecimento


global nas últimas décadas.

888ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Todos os Cargos de Nível Superior

A expressão em destaque está grafada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa


em:

592
a) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem
igual porquê é incontrolável.

b) As melhores universidades do mundo abrem as portas da


excelência porque oferecem na rede cursos inteiros de graça.

c) Os professores que pesquisam os cursos a distância explicaram o por quê do sucesso


atual da educação via internet.

d) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias
instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line.

e) Porque a revolução da educação on-line de alto nível já se tornou, de fato, uma


realidade em todo o mundo?

889ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MEC / Cargo: Analista Processual

Julgue os itens seguintes, referentes às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima.

O termo “porque” (l.19) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do
texto, ser substituído por por que.

( ) Certo
( ) Errado

593
890ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MME / Cargo: Analista Processual

A correção gramatical do texto seria mantida caso

a) se inserisse o sinal indicativo de crase em “até as vinte e duas horas” (l.7) — até às
vinte e duas horas.

b) se inserisse o termo cujo logo após a expressão “época do ano” (l.12).

c) se substituísse “em torno de 5%” (l.25) por a cima de 5%.

d) se inserisse o termo por logo após a locução verbal “é considerada” (l.30).

e) se substituísse o trecho “por que é adotado” (título) por porque é adotado?.

594
891ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Engenheiro Júnior – Mecânica

A palavra pois, empregada em “se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.” ( l
47-48), pode ser substituída, respeitando a norma-padrão e mantendo-se o sentido original,
pelo que se destaca em:

a) Se o fiz, mereço desculpas, por que nunca tive essa intenção.

595
b) Por que nunca tive essa intenção, se o fiz, mereço desculpas.

c) Se o fiz, mereço desculpas, nunca tive porquê essa intenção.

d) Se o fiz, mereço desculpas, nunca tive essa intenção por quê.

e) Porque nunca tive essa intenção, mereço desculpas se o fiz

892ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUB / Cargo: Auxiliar de Administração

Julgue o item, relativos ao texto acima.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir a expressão “por que” (l.6)


pela palavra porque.

( ) Certo
( ) Errado

893ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: CPRM / Cargo: Analista em Geociências

596
Julgue os itens a seguir, acerca dos sentidos do texto acima e de seus aspectos linguísticos.

No texto, a grafia diferenciada de “porque” (v.11)/“por que” (v.12) justifica-se pelo fato de
que, no verso 11, “porque” tem valor morfossintático semelhante ao da conjunção pois,
enquanto, no verso 12, “por que” compõe-se de preposição e pronome, o qual se refere a
“fio de água” (v.12).

( ) Certo
( ) Errado

894ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ANCINE / Cargo: Técnico em Regulação

597
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “por que” (L.19) pelo


termo porquê.

( ) Certo
( ) Errado

895ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Profissional Júnior

No segundo parágrafo do texto, a autora propõe uma relação de causa e efeito para
justificar seu ponto de vista sobre o tema abordado a partir do emprego do conectivo
porque, cuja grafia é orientada por seu valor gramatical.

Está também grafado corretamente o que se destaca em:

a) Sei porquê você chorou ontem.

b) Não sei o por quê de tanta pressa.

c) Ele está triste porquê foi transferido.

d) Não sei o motivo por que ele não veio.

e) Quero saber porque você não foi à festa.

896ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Transpetro / Cargo: Médico do Trabalho Júnior

O elemento em destaque está grafado de acordo com a norma-padrão em:

598
a) O marciano desintegrou-se por que era necessário.

b) O marciano desintegrou-se porquê?

c) Não se sabe por que o marciano se desintegrou.

d) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque.

e) Por quê o marciano se desintegrou?

897ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Engenheiro Agrônomo Júnior

Um professor de gramática tradicional, ao corrigir uma redação, leu o trecho a seguir e


percebeu algumas inadequações gramaticais em sua estrutura.

Os grevistas sabiam o porque da greve, mas mão entendiam porque havia tanta
repressão.

O professor corrigirá essas inadequações, produzindo o seguinte texto:

a) Os grevistas sabiam o por quê da greve, mas não entendiam porque havia tanta
repressão.

b) Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porquê havia tanta
repressão.

c) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que havia tanta
repressão.

d) Os grevistas sabiam o por que da greve, mas não entendiam porque havia tanta
repressão.

e) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam porquê havia tanta
repressão.

898ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Engenheiro Agrônomo Júnior

A palavra ou expressão em destaque está empregada de acordo com a norma-padrão em:

a) A razão porquê quem acorda cedo é mais produtivo é defendida por alguns
especialistas.

b) É melhor você estudar, por que o programa dessa fase do curso é muito detalhado.

c) Ninguém entendeu o por quê do aumento do lixo doméstico enviado para a


reciclagem.

d) Os esportistas às vezes erram durante as partidas decisivas por que são muito
ansiosos.

599
e) Os estudiosos querem saber por que há tantas expressões em inglês no dia a dia do
trabalho.

899ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Engenharia de Software

REPIQUE DAS MESMAS PALAVRAS

Palavras consideradas difíceis, como “engalanada”, já não atraem muitos autores de escola
de samba. A busca agora é pela comunicação direta. Em 2011, “vai” será a palavra mais
repetida nos desfiles das 12 escolas do Grupo Especial: 19 vezes no total. Em seguida, uma
variação do mesmo verbo: “vou”, com dez repetições. Essa também será a incidência de
“vida” e “amor” (dez vezes cada uma). “Luz” e “mar” (nove vezes) fecham o pódio das mais
populares de 2011. Isto sem considerar as repetições de uma mesma música, uma vez que
ela não muda durante todo o desfile das escolas. Outrora clássicas, palavras como “relicário”
e “divinal” só aparecerão uma vez cada uma. E “engalanado”, que já teve seus dias de
estrela, ficará mesmo de fora dos desfiles do Grupo Especial. Para especialistas, as palavras
mais usadas atualmente são curtas, chamam o público e motivam os componentes. – “Vai” é
a clara tentativa do compositor de empolgar e envolver a plateia desde o concurso das
escolas, quando tem que mostrar às comissões julgadoras que suas músicas têm capacidade
de empolgar. “Vou” está na linha de “vai”: chama, motiva. Quanto a “vida” e “amor”,
refletem o otimismo do carnaval. Nenhuma palavra fica no campo semântico do
pessimismo, tristeza. E “mundo” deixa claro o aspecto grandioso, assim como “céu” – disse o
jornalista Marcelo de Mello, jurado do estandarte de Ouro desde 1993. Dudu Botelho,
compositor do Salgueiro, é um dos compositores dos sambas de 2007, 2008 e 2011. O
samba de sua escola, aliás, tem três das seis palavras mais recorrentes: “vida”, “luz” e “mar”:
– O compositor tenta, através da letra, estimular o componente e a comunidade a se inserir
no roteiro do enredo. Todas as palavras mais repetidas no carnaval estão entre as mais
usadas nos sambas das últimas campeãs dos anos 2000. “Terra” foi a mais escolhida (11
vezes). Em seguida, apareceram “vou” e “pra” (nove vezes); “luz”, “mar”, e “fé” (oito);
“Brasil” (sete); e “vai”, “amor”, “carnaval” e “liberdade” (seis); e “vida” (cinco). Para Marcelo
de Mello, a repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras: – O visual
ganhou um peso grande. A última escola que venceu um campeonato por causa do samba
foi o Salgueiro em 1993, com o refrão “explode coração”.

MOTTA, Cláudio. Repique das mesmas palavras. O Globo, 09 fev. 2011. Adaptado.

A última fala do texto, de Marcelo de Mello, poderia ser introduzida por um conectivo, que
preencheria a frase abaixo.

A repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras __________ o visual
ganhou um peso grande.

A respeito do emprego desse conectivo, analise as afirmações a seguir.

I - O conectivo adequado seria porque, uma vez que estabelece uma relação de causa.
II - O conectivo adequado seria por que, uma vez que se reconhecem aqui duas palavras.

600
III - O conectivo levaria acento, porquê, já que pode ser substituído pelo termo “o motivo",
ou “a razão".

É correto o que se afirma em

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e II, apenas.

d) I e III, apenas.

e) I, II e III.

900ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: EBC / Cargo: Advocacia

601
Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o
mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

881:B 882:A 883:E 884:D 885:C 886:B 887:B 888:B 889:E 890:A 891:E 892:E 893:C 894:E
895:D 896:C 897:C 898:E 899:A 900:E

602
10 - Parônimos e Homônimos

901ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Gestão

A alternativa que contém INADEQUAÇÃO quanto ao emprego de homônimos ou de


parônimos é:

a) Cidadãos iminentes passaram por aquela tribuna.

b) Organizaram uma festa beneficente em prol dos mais vulneráveis.

c) O paço episcopal fica no centro daquela cidade interiorana.

d) Receba o preito de nossa admiração pelo seu sucesso.

e) O tráfico de escravos denegriu a história brasileira.

902ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor

Parônimos são palavras semelhantes, mas de sentido diferente; a frase abaixo em que a
forma sublinhada mostra uma forma de um parônimo/homônimo mal-empregada é

a) O aumento era tão pequeno que passou despercebido.

b) Ela trabalhava na seção de perfumes da loja.

c) Falou acerca da situação política.

d) Não estou feliz aqui; vou imigrar.

e) Pensou em auferir grandes lucros.

903ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Texto 2

O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.

Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.

“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.

(Adaptado)

603
No texto 2, está presente a palavra acidente, que tem incidente como parônimo; a frase
abaixo em que foi empregada a forma correta do vocábulo é:

a) auferir/aferir – O taxímetro estava marcando o preço certo, pois tinha sido aferido
pouco antes;

b) acostumar/costumar – Os meninos de rua acostumavam jogar futebol depois do


almoço;

c) aprender/apreender – O motorista causador do acidente teve sua carteira aprendida;

d) calda/cauda – As crianças comeram pêssego em cauda na sobremesa;

e) comprimento/cumprimento – Todo o time recebeu comprimentos pela conquista do


título.

904ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Técnico Policial de Necropsia

Parônimos são vocábulos de forma semelhante, mas com distintos significados; assim, são
parônimos os verbos aspirar, expirar, conspirar, inspirar e respirar.

A frase abaixo em que um desses verbos foi empregado em seu significado adequado é:

a) Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo a que conspirar;

b) Um sobrinho do coronel indicou-lhe a mulher do Batista; era uma moça de 20 anos,


loura, assaz bonita e digna de inspirar amores;

c) Em todo caso, era impossível negá-lo; limitou-se a aplaudi-lo, e, quando a moça


entrou em convalescença, aconselhou os pais que a mandassem para algum
arrabalde da cidade, a fim de expirar ares melhores;

d) Não me recorda um só dos argumentos que empreguei, nem talvez interesse


conhecê-los, agora que o século está a respirar; mas a ideia que me ficou deles é que
eram irrespondíveis;

e) Creio que os próprios espíritos de São Pedro e São Paulo houvessem escolhido
aquela senhora para aspirar os nomes que estão no Credo.

905ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SEDF / Cargo: Professor Substituto - Língua Portuguesa

604
Com base na estrutura linguística e textual e nas ideias do texto, julgue o item.

Dada a semelhança de sentido, os verbos “mostre” (linha 16) e “comunique” (linha 17)
foram empregados de forma coordenada, a fim de denotar a relação de paronímia existente
entre essas palavras.

( ) Certo
( ) Errado

906ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Inspetor de Polícia Civil

Texto 2

“Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico foi preso, neste
sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Contra ele foi
cumprido um mandado de prisão.
O criminoso foi capturado após informações de inteligência. Ele foi encaminhado para o
sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.”

No texto 2 há a ocorrência de três vocábulos que poderiam ser confundidos com seus
parônimos: tráfico/tráfego, cumprido/comprido, mandado/mandato.

A frase abaixo em que o vocábulo destacado está bem empregado é:

a) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas
eram circunstanciais;

b) aprender / apreender – O grupo de policiais aprendeu uma grande quantidade de


drogas no galpão da empresa;

c) delatar / dilatar – O delegado resolveu delatar o prazo da investigação a fim de


ajudar o trabalho dos agentes;

605
d) despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de
dispensa todas as frutas;

e) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.

907ª/ Banca: IBADE / Órgão: ISE-AC / Cargo: Auxiliar Administrativo

Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um par de parônimos é:

a) ratificou/retificou.

b) apreçar/apressar.

c) extático/estático.

d) conserto/concerto.

e) incerto/inserto.

908ª/ Banca: IBADE / Órgão: ISE-AC / Cargo: Assistente Social

Em “O poeta foi pego em flagrante, recordando suas dores.” A palavra destacada tem o seu
parônimo correspondente em fragrante. Dentre as opções abaixo, a que NÃO apresenta par
de parônimos é:

a) pequenez/pequinês.

b) ótico/óptico.

c) delatar/dilatar.

d) despercebida/desapercebida.

e) acender/ascender.

909ª/ Banca: FGV / Órgão: FUNSAÚDE - CE / Cargo: Técnico de Enfermagem

“A doença deve ser combatida desde o nascimento.” Assinale a opção que indica o problema
de construção dessa frase.

a) A ambiguidade.

b) A falta de paralelismo.

c) A troca de parônimos.

d) O erro de concordância.

606
e) A inadequação vocabular.

910ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREMESE / Cargo: Médico

Acerca dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

607
A palavra “discussão” (linha 25) poderia ser substituída por discursão, pois ambas as grafias
são corretas e têm o mesmo significado.

( ) Certo
( ) Errado

911ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Ministro Andreazza - RO / Cargo: Zelador

Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um par de parônimos é:

a) apreçar/apressar

b) concerto/conserto.

c) acender/ascender.

d) extático/estático

e) flagrante/fragrante.

912ª/ Banca: IBADE / Órgão: SEE-AC / Cargo: Assistente Educacional

No fragmento “entre outros com a presença de cães nas sessões,...”, a palavra destacada é
flexão no plural de ‘sessão’, essa, por sua vez, é confundida comumente
com ‘seção’ e ‘cessão’. Considerando as formas exemplificadas (em destaque para melhor
leitura), são empregos de:

a) homônimas homógrafas.

b) homônimas homófonas.

c) homônimas perfeitas.

d) parônimas.

e) antônimas.

913ª/ Banca: IBADE / Órgão: Câmara de Ji-Paraná - RO / Cargo: Técnico de Informática

A opção em que a palavra entre parênteses completa CORRETAMENTE a lacuna é:

a) Com a pandemia do corona vírus, os mercados ficaram ____________


(desapercebidos).

b) Naquele clube no interior do estado, os negros são _____________ (descriminados).

c) A tarefa dele naquele grupo era _____________ para contar tudo ao patrão. (expiar)

608
d) Nina veio da Itália para morar no Brasil. Trata-se de uma _____________ (emigrante)

e) Naquele delito, Paulo foi pego em ____________ (fragrante).

914ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO / Cargo: Auxiliar de
Serviços Diversos

As palavras “passarão” (verbo) e “passarão” (pássaro grande) são reconhecidos pela


gramática como HOMÔNIMOS. Dentre as alternativas abaixo, a que NÃO apresenta um par
de homônimos é:

a) cesto / sexto.

b) sessão / cessão.

c) cheque / xeque.

d) calda / cauda.

e) deferir / diferir.

915ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES / Cargo: Analista P. Gestão

Semântica é o estudo dos significados das palavras, das frases, dos sinais, dos símbolos e das
relações entre estes significados. Sobre semântica, assinale a alternativa em que tanto as
informações quanto os exemplos apresentados estão corretos e condizentes entre si:

a) polissemia é a relação entre duas ou mais palavras cujos sons são similares. Por
exemplo: insolente e indolente.

b) antonímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados são


semelhantes. Por exemplo: altivo e nefasto

c) homonímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados possuem


estruturas fonológicas semelhantes. Por exemplo: malvado e terrível.

d) sinonímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados são iguais ou
semelhantes. Por exemplo: diligente e célere.

e) paronímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados são similares ou
idênticos, mas com diferentes estruturas fonológicas. Por exemplo: manga (de
camisa) e manga (fruta).

916ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça

Em todas as frases abaixo ocorre uma troca indevida do vocábulo sublinhado por seu
parônimo; a única das frases cuja forma de vocábulo sublinhado está correta é:

a) O motorista infligiu como leis do trânsito;

609
b) O prisioneiro dilatou os comparsas do assalto;

c) Não há nada que desabone sua conduta imoral;

d) A cobrança é bimestral, ou seja, duas vezes por mês;

e) Os cumprimentos devem ser dados na entrada da festa.

917ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vitória - ES / Cargo: Professor de Educação Básica

Caso de secretária

Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o
abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então
era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de
trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto o lembrara. Era
mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, de pé-de-boi da firma, como
até então a considerara; era um coração amigo.

Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocochô: o carinho da secretária não curava,
abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher
e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para
viver.

Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se


medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado
da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

— O senhor vai comemorar em casa ou numa boate? Engasgado, confessou-lhe que em


parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por
aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

— Se o senhor quisesse, podíamos jantar juntos, insinuou ela, discretamente.

E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida — o pessoal lá
em casa pouco está me ligando —, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que
— reparava agora — era bem bonita.

Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve
vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele
principalmente. Conteve-se, no prazer ansioso da espera.

— Onde você prefere ir? perguntou, ao saírem.

610
— Se não se importa, vamos passar primeiro em meu apartamento. Preciso trocar de
roupa.

Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno, e, quem sabe?

— Mas antes quero um drinque, para animar — ela retificou.

Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou
a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.

No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia.


Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater — e o sorriso
dela, dizendo isto, era uma promessa de felicidade.

Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo os


quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do
banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua
mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no atacando "Parabéns para
você".

(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José
Olympio Editora, 1978, p. 11-12.)

Os verbos “ir” e “ser”, no tempo pretérito perfeito e derivados, têm as formas homônimas,
de modo que a distinção é feita pelo significado que expressam. Assim, na frase “Foi
trombudo para o escritório” (1º §), pelo sentido do contexto, depreende-se que se trata do
verbo “ir”. Das frases abaixo, com formas que são homônimas entre os verbos “ir” e “ser”,
trata-se do verbo “ser” e não do verbo “ir” a seguinte:

a) Se tu fores ao escritório, não esqueças de levar os documentos.

b) Não comemorou o aniversário, porque a família fora para a casa de praia.

c) Se o chefe fosse abusado, a secretária não o convidaria para sair.

d) Como a família não apareceu, ele foi comemorar sozinho.

e) Se os filhos forem ao aniversário, levarão a mãe.

918ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Itapemirim - ES / Cargo: Auditor Público Interno

A noção de “Pensar como uma montanha” não passou DESPERCEBIDA por Naess. A palavra
destacada tem o seu parônimo correspondente em desapercebida. Das opções abaixo, a que
NÃO apresenta par de parônimos é:

a) degredado / degradado.

b) flagrante / fragrante.

611
c) descargo / desencargo.

d) conjetura / conjuntura.

e) estático / extático.

919ª/ Banca: IBADE / Órgão: SAAE de Vilhena - RO / Cargo: Agente Administrativo

O recurso semântico utilizado para a construção da crítica é:

a) a imagem de uma criança diante do caos.

b) ironia ao dizer que a corrupção derruba o IDH.

c) polissemia de ralo abaixo.

d) homonímia da palavra futuro.

e) conotação da linguagem não verbal.

920ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Seringueiras - RO / Cargo: Almoxarife

Em “O CENSO este ano foi feito com muito SENSO.”, as palavras destacadas, censo/senso,
são homônimas, assim como o seguinte par de palavras:

a) comprimento/cumprimento.

b) emigrar/imigrar.

c) cheque/xeque.

d) eminente/iminente.

612
e) absolver/absorver.

RESPOSTAS:

901:A 902:D 903:A 904:B 905:E 906:E 907:A 908:E 909:A 910:E 911:E 912:B 913:A 914:E
915:D 916:E 917:C 918:E 919:C 920:C

613
921ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Seringueiras - RO / Cargo: Agente Administrativo

Palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, com alguma diferença
gráfica e com diferentes significados. Com base nessa explicação, escolha as palavras
homônimas com o correto significado para cada lacuna da frase seguinte:

Na última______________do Congresso, decidiu-se pela______________de terras aos


trabalhadores.

a) cessão, seção.

b) sessão, cessão.

c) seção, cessão.

d) sessão, seção.

e) cessão, sessão.

922ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vilhena - RO / Cargo: Agente Administrativo

Palavras homônimas são palavras que são pronunciadas da mesma forma, mas têm
significados diferentes. Existem três tipos de homônimos:

a) homônimos perfeitos, homófonos e homógrafos.

b) homônimos perfeitos, homônimos imperfeitos e homógrafos.

c) homônimos perfeitos, homônimos imperfeitos e homófonos.

d) homônimos perfeitos, homócrologos e homógrafos.

e) homócrologos, homófonos e homógrafos.

923ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vilhena - RO / Cargo: Arquiteto

Leia o trecho abaixo com significados para a paIavra "veIa" e escolha a alternativa que
representa o fenômeno linguístico em questão.

Vela:

1. Peça cilíndrica de substância gordurosa e combustível, com um pavio no centro, e que


serve para alumiar; círio.

2. Peça que produz a ignição nos motores de explosão.

3. Peça de lona ou de brim que, ao receber o sopro do vento, impele embarcações; pano.

4. Ato de velar.

614
a) Sinonímia

b) Antonímia

c) Homonímia

d) Paronímia

e) Polissemia

924ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES / Cargo: Médico Clínico Geral

Em “O menino, aos sete anos, ficou extático diante da visão no telescópio.”, a


palavra extático tem como seu parônimo a palavra estático. Todas as alternativas abaixo
apresentam pares de parônimos, EXCETO:

a) incipiente – insipiente.

b) intemerato – intimorato.

c) mandado – mandato.

d) proeminente – preeminente.

e) previdência - providência

925ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES / Cargo: Contador

LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO

“Como é antigo o passado recente!" Gostaria que a frase fosse minha, mas ela é de
Nelson Rodrigues numa crônica de "A Menina sem Estrela". Também fico perplexa com esse
fenômeno rápido e turbulento que é o tempo da vida. Não são poucas as vezes em que me
volto para algum acontecimento acreditando que ele ainda é atual e descubro que ele faz
parte do passado para outros. Um exemplo é quando, em sala de aula, refiro-me a eventos
que se passaram nos anos 70 e meus alunos me olham como se eu falasse da Idade Média...
E eu nem contei para eles que andei de bonde!

A distância entre nós não é apenas uma questão de gerações. Eles nasceram em um
mundo já transformado pela tecnologia e pela informática. Uma transformação que
começou nos anos 50 e que não nos trouxe somente mais eletrodomésticos e aparelhos
digitais. Ela instalou uma transformação radical do nosso modo de vida.

Mudou o mundo e mudou o jeito de viver. Mudou o jeito de namorar, de vestir, de


procurar emprego, de andar na rua e de se locomover pela cidade. Mudou o corpo. Mudou o
jeito de escrever, de estudar, de morar e de se divertir. Mudou o valor da vida, do dinheiro e
das pessoas...

615
Outros tempos. E, quando um jeito de viver muda, ele não tem volta. Não se pode ter a
experiência dele nunca mais. Por isso, meus alunos e eu só podemos compartilhar o tempo
atual. Não podemos compartilhar um tempo que, para eles, é passado, mas, para mim,
ainda é presente. Os fatos de 30 anos atrás não são passado na minha vida. Para mim, meu
passado não passou e minha história não envelhece. Minha memória pode alcançar os
acontecimentos que vivi a qualquer momento, e posso revivê-los como se ocorressem
agora. Mas, se eu os narrar, quem me ouve não pode, como eu, vivenciá-los. Por isso, para
meus alunos, são contos o que para mim é vida.

Mas é assim que corre o rio da vida dos homens, transformando em palavras o que hoje
é ação. Se não forem narrados, os acontecimentos e os nossos feitos passam sem deixar
rastros. Faladas ou escritas, são as palavras que salvam o já vivido e o conservam entre nós.
Salvam os feitos e os acontecimentos da sua total desintegração no esquecimento.

A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que possibilita a construção da


História e das nossas histórias pessoais. Só os feitos e os acontecimentos narrados em
histórias são capazes de salvaguardar nossa existência e nossa identidade.

Só conservados pela lembrança é que os feitos e os acontecimentos podem entrar no


tempo e fazer parte de um passado. Recente ou antigo.

(CRITELLI, Dulce. In cronicasbrasil.blogspot.com/search/ label/Dulce%20 Critelli)

No texto foram empregados, com significados diferentes, os vocábulos História (com inicial
maiúscula) e história (com inicial minúscula). Do ponto de vista semântico, tal emprego
constitui um fato de:

a) antonímia.

b) polissemia.

c) sinonímia.

d) homonímia.

e) paronímia.

926ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES / Cargo: Professor

“Bruno não foi formado no FLAMENGO. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O
que fez de sua vida não é culpa do CLUBE, mas serve de advertência para todos os clubes.”

As palavras (FLAMENGO - CLUBE) nessa ordem estabelecem uma relação de:

a) hiponímia.

b) polissemia.

c) holonímia.

616
d) hiperonimia.

e) meronimia.

927ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES / Cargo: Professor

“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA
preventiva a respeito dos jogadores”.

“O brasileiro espera que a POLÍTICA no Brasil, siga os caminhos da ética”.

Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:

a) holonímia.

b) polissemia.

c) homonímia.

d) meronímia.

e) metonímia.

928ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Porto Velho - RO / Cargo: Professor

Passagem pela adolescência

"Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando
chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à
criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a
própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a
considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como
eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas
e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma
eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.
Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato
aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da
adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser
vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.
Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida
que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram
da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais
escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.
Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou
pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na
vida escolar - sua primeira e exclusiva responsabilidade -, quando se envolve em conflitos,
comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma,

617
poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a
ideia de que eles não existem por muito mais tempo.
É bom lembrar que a escola - no ciclo fundamental - deveria ser a primeira grande
batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como
experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com
disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.
Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo,
felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de
amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação
de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam
para conversar?
Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a
assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões
existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador.
Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em
suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do
que eles mesmos.
Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade,
drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações
amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a
considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com
excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles
convivem.
Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida,
mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem
que merecem nossa companhia, não?

SAYÃO, Rosely. “As melhores crônicas do Brasil”. In cronicasbrasil.blogspot.com/


search/label/Adolescência.

O termo sublinhado em “Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na


convivência com colegas ou pena para construir relações na escola” (4º §) é forma
flexionada do verbo “penar”, no sentido de “sofrer”, “padecer”. Comparando-se o referido
termo com o substantivo “pena”, de “plumagem”, pode-se afirmar que é um fato semântico
denominado:

a) sinonímia.

b) antonímia.

c) polissemia.

d) paronímia.

e) homonímia.

929ª/ Banca: IBADE / Órgão: Câmara de Jaru - RO / Cargo: Contador

618
No trecho “Ao ouvir a notícia sobre a imagem do buraco negro, o ESPECTADOR ficou
admirado!”, a palavra grifada tem o seu homônimo equivalente na palavra EXPECTADOR.
Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um par de parônimos é:

a) cerração / serração.

b) cavaleiro / cavalheiro.

c) esperto / experto.

d) estrato / extrato.

e) incipiente / insipiente.

930ª/ Banca: IBADE / Órgão: Câmara de Jaru - RO / Cargo: Contador

Em “O comprimento da asa de uma águia pode chegar a três metros de extensão.”, a palavra
em destaque tem o seu parônimo em cumprimento. A alternativa abaixo que apresenta um
par de parônimos é:

a) sessão / seção.

b) despensa / dispensa.

c) acender / ascender.

d) cesto / sexto.

e) acento / assento.

931ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Técnico de Enfermagem

Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira das
formas entre parênteses.

a) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o
chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro)

b) “A indústria do __________ se beneficia do sexo, ou você acha que as pessoas


andariam com os jeans apertados desse jeito se não fosse pela conotação sexual?”.
(vestiário/vestuário)

c) “A diminuição __________ do nível da água dos reservatórios trazia preocupação aos


governadores de Estado”. (eminente/iminente)

d) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de __________ penas mais


duras aos criminosos”. (infligir/infringir)

619
e) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das votações no
Congresso Nacional”. (retificar / ratificar)

932ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RJ / Cargo: Técnico Médio de Defensoria Pública

Há uma série de palavras em língua portuguesa que modificam o seu sentido em função de
uma troca vocálica; esse fato só NÃO ocorre em:

a) deferir / diferir;

b) infarte / infarto;

c) emergir / imergir;

d) descrição / discrição;

e) eminente / iminente.

933ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RJ / Cargo: Técnico Médio de Defensoria Pública

A frase em que está correto o emprego de um dos parônimos mandado/mandato é:

a) O mandado de senador dura 8 anos;

b) Impetrou mandato de segurança com pedido de liminar;

c) Não tinha mandado de busca para entrar na casa;

d) Todos desejavam que seu mandado de diretor acabasse;

e) O mandato de apreensão não havia sido expedido.

934ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Contador Judiciário

Assinale a alternativa em que o termo destacado está corretamente empregado, conforme


os sentidos do texto.

a) De acordo com o Fundo Monetário Internacional, há uma eminente redução do PIB


mundial para 2019.

b) É possível um conflito comercial, já que os EUA podem retificar uma terceira rodada
de tarifas à China.

c) Investidores hoje otimistas logo exigirão o comprimento de medidas para que haja
resultados concretos.

d) A decisão da Comissão Europeia mostra que a Itália infligiu acordos que visam evitar
aumento de juros.

620
e) A recuperação econômica do Brasil poderá fluir bem, pois o país tem espaço para
uma retomada mais forte.

935ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Médico Judiciário

Assinale a alternativa que mantém o sentido do texto e emprega, corretamente, termos


parônimos.

a) É essencial que juntas médicas promovam seções periódicas para chegar a


diagnósticos acurados.

b) Analistas discutem a cerca da migração de alguns profissionais para uma medicina


mais técnica.

c) Jayme Murahovschi ratifica o ponto de vista de outros colegas que também


acreditam que a profissão está vivendo uma reviravolta.

d) A finalidade da profissão não se alterou, porém, na atual conjetura, o modus


operandi passa por drásticas mudanças.

e) Apesar das contribuições da robótica, não é fato eminente a realização de cirurgias


sem a intervenção humana.

936ª/ Banca: IBADE / Órgão: Câmara de Vilhena - RO / Cargo: Assistente Administrativo

a frase “A tristeza não deve ser PROSCRITA da alma, porque faz parte da realidade íntima do
ser.”, a palavra destacada remete ao par de parônimos proscrito/prescrito. As opções abaixo
apresentam pares de parônimos, EXCETO:

a) vultoso/vultuoso.

b) espiar/expiar.

c) diferir/deferir.

d) flagrante/fragrante.

e) dispensa/despensa.

937ª/ Banca: IBADE / Órgão: CAERN / Cargo: Técnico em Segurança do Trabalho

“(...) quando se ACENTUOU a preocupação ambiental, em função do racionamento de


matérias-primas.”

No trecho acima a palavra em destaque se colocada em outro contexto pode ter outro
significado. A esse fenômeno chamamos de:

a) homônimos perfeitos.

621
b) parônimos

c) aliteração.

d) homônimos homófonos

e) homônimos homógrafos

938ª/ Banca: FGV / Órgão: Banestes / Cargo: Assistente Securitário

A frase abaixo em que houve troca indevida entre parônimos ou homônimos é:

a) “A evolução da técnica chegou ao ponto de tornar-nos inermes diante da técnica” /


inertes;

b) “Quem aspira a grandes coisas também deve sofrer muito” / expira;

c) “Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo errado, mas
fará pouquíssimas coisas” / ocaso;

d) “Fala como sábio a um ignorante e este te dirá que tens pouco bom senso” / censo;

e) “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos de ordem física
e emocional. Os cardápios devem vir de encontro a essas necessidades” / ao
encontro de.

939ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Técnico de Nível Superior

“Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão”. Nesse segmento não se pode confundir


“imoralidade” com “amoralidade”, seu parônimo.

Assinale a frase a seguir em que houve troca indevida entre parônimos.

a) “O Ministério dilatou os prazos anteriormente fixados”.

b) “A quantia vultosa impressionou os juízes do caso”.

c) “O Governo pretende taxar as bebidas importadas”.

d) “O Hospital pretendia oferecer um ambiente totalmente acético”.

e) “Os policiais o prenderam com discrição”.

940ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Professor

Em todas as opções a seguir há dois vocábulos que se empregam com significados distintos.

Assinale a opção em que os dois vocábulos significam a mesma coisa.

622
a) descriminar / discriminar.

b) descrição / discrição.

c) efeminado / afeminado.

d) deferimento / diferimento.

e) destratar / distratar.

RESPOSTAS:

921:B 922:A 923:E 924:A 925:B 926:A 927:B 928:E 929:B 930:B 931:D 932:B 933:C 934:E
935:C 936:B 937:A 938:E 939:D 940:C

623
941ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RN / Cargo: Inspetor

Considerando as estruturas linguísticas e os sentidos do texto Uma breve história do


controle, julgue o próximo item.

( ) Certo
( ) Errado

942ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP / Cargo: Agente
Administrativo

O convidado é você, não seu telefone

Os smartphones consomem cada vez mais o nosso tempo e se infiltram em cada canto da
nossa vida, levando alguns a reconhecer que o vício já foi longe demais, por isso estão
pedindo a amigos, a parentes e até a si mesmos que deixem o celular de lado e se
concentrem nas pessoas à sua frente, em vez de se deixarem levar pela enxurrada de
informações que chegam por e-mail, Facebook, Twitter e Instagram.

As estratégias são simples, mas variadas. Uma editora de revista em Nova York disse que
deixa o seu telefone numa lata de leite antiga, da hora que chega em casa até depois do
jantar. O estilista Marc Jacobs proíbe que aparelhos eletrônicos entrem em seu quarto. Um
casal de Nova Jersey estabeleceu uma punição: quem pegar o celular à noite sem uma razão
realmente boa vai ser responsável por pôr o filho pequeno para dormir.

624
Enquanto isso, vem ganhando popularidade nos restaurantes uma brincadeira em que
todos amontoam seus celulares no meio da mesa, e a primeira pessoa que consultar seu
aparelho é obrigada a pagar a conta.

Em um vídeo do YouTube, visto mais de 24 milhões de vezes, uma moça, interpretada


pela atriz Charlene de Guzman, é constantemente ignorada pois as pessoas ao seu redor
estão consumidas por seus telefones. Num boliche, ela derruba vários pinos e se volta para
comemorar com os amigos, mas eles nunca levantam o olhar das telas, o que nos leva a
questionar se a vida é melhor quando vivida ou quando é apenas observada.

O assunto vem exigindo atenção até dos planejadores de casamentos. Bruce Feiler
escreveu no Times sobre noivas e noivos que não querem que os convidados tragam seus
celulares ou postem fotos da cerimônia. Esses eventos têm nome: casamentos desplugados.
Alguns casais querem evitar magoar quem não foi convidado. Outros querem se assegurar
de que apenas fotos lisonjeiras sejam divulgadas. Pensando nisso, um planejador de eventos
de luxo em Boston, que trabalha para artistas famosos, criou o que chama de chapelaria de
celulares. Os convidados guardam seus telefones antes da cerimônia em um local destinado
a esse fim e, no decorrer da noite, podem se dirigir a uma área com sofás para consultá-los.

Feiler comenta que foi a um casamento em que o casal deixou claro de antemão que os
celulares não estavam convidados. O noivo lhe disse: “Um casamento é feito para que as
pessoas prestem um testemunho. Como elas podem fazer isso se nem escutam a cerimônia,
já que estão ocupadas tirando fotos?”.

(Emma G. Fitzsimmon. The New York Times, publicado pela Folha de S.Paulo em 08.10.2013.
Adaptado)

No trecho do segundo parágrafo – vai ser responsável por pôr o filho pequeno para dormir –
, os termos destacados pertencem a classes gramaticais diferentes, apesar da semelhança na
grafia e na pronúncia.

Considerando essas informações, assinale a alternativa em que os termos destacados


também pertencem a diferentes classes gramaticais.

a) Agiu com extrema discrição ao evitar assunto tão constrangedor. A proposta de


redação indicava que devíamos fazer uma descrição.

b) Não o destrato porque ele é meu amigo de infância. A diretoria quer o distrato, pois
os documentos apresentam irregularidades.

c) A imprensa elogiou o concerto do pianista brasileiro radicado na França. O conserto


do carro não compensou o investimento.

d) Sua palavra soa como uma ofensa. Quem se encontra em recintos fechados sua
muito.

e) O engenheiro retificou os erros presentes no projeto original. A professora ratificou


que a entrega dos trabalhos seria na data estabelecida anteriormente.

625
943ª/ Banca: FGV / Órgão: PROCEMPA / Cargo: Engenheiro Civil

A maçã não tem culpa

Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis
conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original
foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos
que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica
do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo
próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se
submeteram à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A
folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem
teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões
orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido
em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao
pecado dito original.
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando
banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando
atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação
de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter
continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem
nada a ver com isso.
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário,
dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba
do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.

(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)

A seguir, é apresentado o último parágrafo do texto I.

“Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário,
dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba
do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador”.

Sobre os componentes do último parágrafo do texto, assinale a afirmativa correta.

a) O termo “o ato do sexo” corrige um erro anterior.

b) O termo “prescrito” é um parônimo do termo “proscrito”.

c) O termo “latifundiário” se refere a Adão.

d) Após o “a” craseado foi omitido o termo “soberba”.

e) A forma verbal “repito” não se justifica por nada ter sido dito antes.

944ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-BA / Cargo: Técnico de Nível Médio – Administrativa

626
“O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá
por onde quer que se olhe”.

Nesse segmento ocorre um exemplo de parônimo (palavras de forma semelhante e de


significado diferente): incidente, que não se pode confundir com acidente, pois significam
coisas distintas.

Assinale a opção em que houve troca indevida entre parônimos.

a) Os criminosos infringem a lei.

b) Não houve cumprimento da pena pelo criminoso.

c) A violência urbana não passa despercebida.

d) Muitos emigrantes trazem violências aos países receptores.

e) O criminoso foi apenado em 20 anos.

945ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-PA / Cargo: Auxiliar Judiciário

A questão deve ser respondida com base na norma-padrão da língua portuguesa.

Considerando o contexto, assinale a frase redigida corretamente.

a) O pedido de licença do funcionário foi indiferido pelo órgão responsável.

b) Os jurados discutiram acerca das provas apresentadas pela promotoria.

c) Os estelionatários foram pegos em fragrante, portanto permanecerão na cadeia.

d) A viatura policial trás o réu para a primeira sessão no fórum.

e) A ordem judicial exigiu o comprimento imediato das disposições de praxe.

946ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-MA / Cargo: Técnico de Gestão Administrativa

Assinale a alternativa em que houve uma troca de parônimos, gerando imperfeição na


escritura da frase.

a) O incidente entre os carros causou cinco mortes na rodovia.

b) Sua Eminência, o cardeal, rezou a missa da formatura dos alunos.

c) A polícia invadiu a casa, mas não possuía um mandado de busca.

d) Cansado, pensou em arriar as malas no chão.

e) O juiz pretendia deferir o requerimento.

627
947ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-MT / Cargo: Editor de Textos

O conteúdo programático desta prova inclui homônimos, parônimos, cognatos e sinônimos.


Assinale a alternativa em que o exemplo dado não exemplifica corretamente um desses
elementos.

a) “O perigo de políticas públicas desgastadas...” / parônimo de “agastadas”.

b) “...que custam caro...” / homônimo homógrafo do adjetivo “caro”, no sentido de


“querido”.

c) “...vendida por prescrição médica” / cognato de “descrição”.

d) “...bons exemplos para emular” / sinônimo de “obedecer”.

e) “...o acerto da legalização” / homônimo homófono de “asserto”.

948ª/ Banca: VUNESP / Órgão: DETRAN-SP / Cargo: Oficial de Trânsito

Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses completa, corretamente, as


lacunas das frases.

a) Na próxima __________ do Congresso, será votada uma lei com normas para evitar
comportamentos agressivos no trânsito. (cessão)

b) O motorista foi preso em ___________ delito. (fragrante)

c) Em estado de estresse, os motoristas ficam na __________de perder o controle


emocional. (eminência)

d) Os motoristas devem sempre ter bom __________para evitar acidentes. (senso)

e) Num momento de estresse, é preciso agir com muita __________ . (descrição)

949ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-AM / Cargo: Auxiliar Judiciário

“Mas lendo sobre o perigo iminente...”. A palavra sublinhada tem como parônimo eminente,
com o qual não pode ser confundido.

Assinale a alternativa em que houve troca indevida entre homônimos ou parônimos.

a) A guerra nuclear vai infringir sérios danos à espécie humana. – infligir

b) Não deve faltar bom senso aos governantes. – censo

c) Muitos coreanos devem emigrar do país. – imigrar

d) Um pequeno incidente pode gerar uma catástrofe. – acidente

628
e) A ameaça de uma guerra vem ratificar o perigo das armas nucleares. – retificar

950ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Assistente Técnico

Com base nas ideias veiculadas no texto acima, julgue o item que se segue.

Na linha 6, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da palavra “estratos”


ou extratos, uma vez que ambas denotam o mesmo sentido, sendo a segunda palavra
variante ortográfica da primeira.

( ) Certo
( ) Errado

951ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-AL / Cargo: Escrivão de Polícia

Em cada um dos itens seguintes são apresentados trechos adaptados de reportagens


jornalísticas. Julgue-os em relação à grafia e acentuação gráfica das palavras e a aspectos
morfossintáticos e textuais, como emprego e colocação de vocábulos, concordância e
regência nominal e verbal, pontuação e coerência.

Em operação que começou na madrugada de domingo e encerrada na manhã de terça-feira,


agentes da polícia civil aprenderam com o grupo criminoso especializado em roubos de
malotes de supermercados, oito carros, pistolas de diversos calibres, munições e coletes de
uso restrito.

( ) Certo
( ) Errado

952ª/ Banca: FCC / Órgão: TRE-PE / Cargo: Técnico Judiciário

O par grifado que constitui exemplo de parônimos está em:

a) No espaço de uma noite, o rio havia transbordado e inundado o quintal da casa.


Pela manhã, foi possível constatar a força destrutiva das águas.

b) O rio se convertera em um caudaloso fluxo de águas sujas.


O menino se assustou com a violência barrenta das águas.

629
c) Famílias eminentes podiam ir para o campo, fugindo do bulício da cidade.
Eram iminentes os riscos causados pela inundação das águas barrentas do rio.

d) Era urgente a necessidade de obras para a contenção do rio.


Havia heroísmo na concentração dos homens que lutavam contra a corrente.

e) No pomar atrás da casa havia frutas, entre elas, mangas e cajus.


Em mangas de camisa, homens tentavam salvar o que as águas levavam.

953ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) / Cargo: Analista Judiciário

Avalie as afirmativas a seguir relacionadas a vocabulários controlados:

I. Em geral, a homonímia entre termos não ocorre porque a atividade terminológica se dá


sempre em uma área de assunto específica. Entretanto, quando ocorrer, um qualificador
deve ser usado para resolver a ambiguidade.

II. A sinonímia ocorre quando um conceito pode ser representado por diferentes termos que
têm significado igual ou semelhante. Nesse caso, um desses termos deve ser identificado
como termo autorizado (descritor), enquanto os demais sinônimos ou variantes são listados
como termos não autorizados.

III. Vários tipos de relações sintáticas podem ser identificados entre os termos de uma área
de assunto, incluindo relações de equivalência, hierárquicas e associativas.

Ocorre que

a) todas estão incorretas; a primeira se refere à sinonímia, a segunda, ao problema de


homônimos e a terceira, às relações entre conceitos.

b) a terceira está incorreta; entre os termos de um vocabulário controlado, as relações


são semânticas.

c) a primeira está incorreta; embora na língua geral a homonímia total não ocorra, na
área técnica ela é mais frequente do que se imagina.

d) a segunda está incorreta; a sinonímia ocorre quando um termo comporta mais de um


significado, representando mais de um conceito.

e) todas estão corretas; o controle da ambiguidade e dos sinônimos e a definição de


relações entre termos são princípios fundamentais na elaboração de vocabulários
controlados.

954ª/ Banca: FCC / Órgão: TRE-TO / Cargo: Analista Judiciário

Considerando-se o par de palavras eminentes/iminentes, é correto afirmar que se trata de


exemplo de

a) antonímia.

630
b) sinonímia.

c) paronímia.

d) homonímia.

e) homofonia.

955ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor

Com base no vocabulário utilizado no texto e nos seus aspectos semânticos, julgue o item
seguinte.

Os dois primeiros vocábulos do texto constituem caso de homonímia.

( ) Certo
( ) Errado

956ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Professor

Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem, o seguinte par de palavras:

a) estrondo – ruído.

b) pescador – trabalhador.

c) pista – aeroporto.

631
d) piloto – comissário.

e) aeronave – jatinho.

957ª/ Banca: FCC / Órgão: TJ-SE / Cargo: Programador de computador

Constituem parônimos os vocábulos grifados nas frases apresentadas em:

a) Constava do relatório a descrição pormenorizada da destruição do centro de


treinamento decorrente da invasão de torcedores.
Com discrição e muita simpatia, o novo jogador logo conquistou a confiança da
torcida.

b) O descontentamento dos torcedores culminou com um protesto no próprio estádio.


Como protesto contra as medidas tomadas pela diretoria, funcionários se recusaram
a trabalhar.

c) Torcedores descontentes invadiram a sede do clube e a depredaram.


Com sede de vitória, os torcedores estimulavam o time ao ataque.

d) O recinto foi atacado por bombas de fabricação caseira.


Na festa junina soltaram-se bombas e fogos de artifício coloridos.

e) Os feridos no confronto foram encaminhados ao hospital mais próximo.


Vários espectadores ficaram feridos no último festival.

958ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Técnico Judiciário

Considerando que as duas personagens estão jogando xadrez, deve-se entender que a
primeira, referindo-se a uma jogada, quis dizer _______ . A segunda entendeu como uma
referência a um documento bancário – ________ . Trata-se________com ________ .

Os espaços da frase devem ser preenchidos, respectivamente, com

a) xeque ... xeque ... da mesma palavra ... a mesma pronúncia

b) cheque ... cheque ... da mesma palavra ... a mesma escrita

c) cheque ... xeque ... de palavras diferentes ... a mesma pronúncia

d) cheque ... cheque ... de palavras iguais ... a mesma pronúncia e escrita

e) xeque ... cheque ... de palavras distintas ... a mesma pronúncia

959ª/ Banca: FGV / Órgão: SEFAZ-MS / Cargo: Analista de Tecnologia da Informação

632
A respeito do vocábulo cínico (L.43), assinale a alternativa correta.
a) O radical cin- não é o mesmo que aparece em cinologia (estudo dos cães).

633
b) É palavra formada por composição.

c) Recebe acento por ser um latinismo.

d) É antônimo de impudente.

e) É homônimo de sínico.

960ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-RR / Cargo: Auxiliar de Necropsia

Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas
sentidos diferentes. São exemplo disso as palavras “sessão” e “cessão”.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

941:C 942:B 943:B 944:D 945:B 946:A 947:D 948:D 949:A 950:E 951:E 952:C 953:B 954:C
955:C 956:E 957:A 958:E 959:E 960:E

634
11 - Sintaxe

961ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência

Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.

No penúltimo período do texto, os termos “um extraordinário desenvolvimento das ciências


e das técnicas” e “a exploração desenfreada (...) os humanos” exercem a função de
complemento da forma verbal “Resultou”.

( ) Certo
( ) Errado

962ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental

Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.

635
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela
arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma
eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.


Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

No terceiro parágrafo, o termo “As espécies de crescimento rápido”, além de sujeito da


oração introduzida pela forma verbal “são” (primeiro período), também funciona como
sujeito das orações “Não podem ficar muito altas”, “Se derrubarem frutos grandes” e
“Podem amassar a lataria de um carro!”.

( ) Certo
( ) Errado

963ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Processos de negócio

Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.

O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas

636
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.

O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de


linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.

Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May


(Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).

A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.

A correção gramatical do texto seria mantida caso o adjetivo “primitivas”, no trecho


“ferramentas de pedra primitivas”, fosse flexionado no singular, embora o sentido original
do trecho e as relações sintáticas nele estabelecidas fossem alterados: no original, o adjetivo
qualifica o termo “ferramentas”; com o emprego do singular, o adjetivo qualificaria o termo
“pedra”.

( ) Certo
( ) Errado

964ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Processos de negócio

O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que


Platão, utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano
pode passar da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional,
condicionada pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do
Sol, que representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance
da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.

De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso


depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.

Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).

637
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.

No último período do texto, o termo “Aquele” exerce a função sintática de sujeito da oração
“que conhece a justiça”.

( ) Certo
( ) Errado

965ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Técnico em Gestão

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,
incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o
informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

638
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

No último parágrafo do texto, a partícula “se”, em “Fala-se já de bombas eletrônicas”, indica


que o sujeito da oração é indeterminado.

( ) Certo
( ) Errado

966ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Técnico em Gestão

Texto CB4A1-I

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e


da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,
incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o
informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em


Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

639
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.

A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de


mantê-lo em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: é
o de lhe manter em um cerco informativo.

( ) Certo
( ) Errado

967ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Técnico em Gestão

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma
coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.

Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o


termo ‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função
de vocativo no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor.

( ) Certo
( ) Errado

640
968ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão

Texto CG1A1-II

Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.

Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.

No último período do segundo parágrafo, a expressão “A despeito” poderia ser substituída


por Apesar, sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

969ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão

Texto CG1A1-II

Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no

641
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.

Simone de Beauvoir. A força das coisas. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2018, p. 497-498 (com adaptações).

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.

A expressão “como eu” (quarto período do primeiro parágrafo) transmite ideia de


proporcionalidade.

( ) Certo
( ) Errado

970ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão

Texto CG1A1-I

Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um


conjunto de estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes
drogas, sem necessariamente exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for
possível ou desejável a abstinência, outros agravos à saúde podem ser evitados, como, por
exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis por via sanguínea, tais quais as
hepatites e HIV/AIDS.
Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator
histórico-cultural do uso de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte
indissociável da própria história da humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas
não passa de uma quimera. Dentro dessa perspectiva, contemplam-se ações voltadas para
as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são de natureza estritamente públicas,
delas participando, também, organizações não governamentais e necessariamente, com
especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.

Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.


São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações)

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

No último período do segundo parágrafo, o termo “ações voltadas para as drogas lícitas e
ilícitas” constitui o sujeito da forma verbal “contemplam”.

( ) Certo
( ) Errado

642
971ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão

Texto CG1A1-I

Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um


conjunto de estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes
drogas, sem necessariamente exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for
possível ou desejável a abstinência, outros agravos à saúde podem ser evitados, como, por
exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis por via sanguínea, tais quais as
hepatites e HIV/AIDS.
Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator
histórico-cultural do uso de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte
indissociável da própria história da humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas
não passa de uma quimera. Dentro dessa perspectiva, contemplam-se ações voltadas para
as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são de natureza estritamente públicas,
delas participando, também, organizações não governamentais e necessariamente, com
especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.

Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.


São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações)

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.

A substituição da forma verbal “visam” (primeiro período do primeiro parágrafo)


por visa manteria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

972ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Técnico Ambiental

Texto CB1A1-I

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente


em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo
mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos
geradores de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das
empresas, ainda é relativamente tímida.
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e
transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio
ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam
ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam
e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.

643
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como


complemento das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’.

( ) Certo
( ) Errado

973ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Técnico Ambiental

Texto CB1A1-I

A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor do mundo, principalmente


em relação à sustentabilidade.
Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância de modelos de consumo
mais conscientes e responsáveis, como a escolha de produtos mais duráveis e menos
geradores de resíduos. No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das
empresas, ainda é relativamente tímida.
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e
transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio
ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam
ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam
e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.

Internet: <www.ecodebate.com.br> (com adaptações).

644
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito
da oração em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.

( ) Certo
( ) Errado

974ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não


pressupõe nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe
apraz. Ele segue as suas inclinações individuais. O curtir é o seu lema.
Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa
natural para o caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como
impulsionou o descarte de cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado
negativamente o planeta, ao trazer prejuízos não apenas para as futuras gerações, como
também para as atuais, o que resulta em problemas sociais, crises humanitárias e
degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar o
desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e
indiferentes às consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente
equilibrado e sobre as gerações atuais e futuras.
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano
trabalhe duro para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre
há alguma coisa melhor, maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as
coisas que se possuem e se consomem enchem não apenas os armários, as garagens, as
casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo
consumo gera a sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de
iniciar qualquer outro. Nessa vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural
fica tentada com a gratificação própria imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não
conseguem compreender o impacto cumulativo em um nível coletivo. Assim, um desejo
satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor murcha ou uma garrafa
de plástico vazia.
O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o
planeta, como também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo
precificável, descartável e indiferente.

Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo como mecanismo de


desenvolvimento sustentável na sociedade líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com
adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.

No primeiro parágrafo, os sujeitos das formas verbais “pressupõe” e “é” são classificados
como oracionais, por serem constituídos pelos verbos “fazer” e “curtir”, respectivamente.

645
( ) Certo
( ) Errado

975ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da
discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.

Silvio Almeida. Racismo Estrutural (Feminismos Plurais). Editora Jandaíra.


Edição do Kindle (com adaptações).

Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.

A supressão da preposição “a”, em “lojas que se recusam a atender clientes de determinada


raça” (quarto período do último parágrafo), prejudicaria a correção gramatical do texto.

( ) Certo
( ) Errado

976ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o


mundo do direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus
operadores têm a fama de serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a

646
mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e
cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira
do sistema.
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas
pela rede mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência
artificial para análise de grandes volumes de dados. Novidades cuja aplicação foi
impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela necessidade de
implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados. Todas essas inovações, sem
dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e o cotidiano dos
operadores do direito.
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana
e dependem do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços
tecnológicos sejam inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser
implementadas com parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre
permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não restringirem — e, sim,
ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade
da justiça.

Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

No final do último parágrafo, a palavra “sobretudo” poderia ser substituída por mormente,
sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto.

( ) Certo
( ) Errado

977ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a


ordem das propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade
literária e o copyright — quanto em um sentido textual — o que define as características ou
propriedades dos textos.
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco
pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades
textuais das quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome
de seu autor, já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica.
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e
originalidade. Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos e o regime de propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa
relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos,
palimpsestos.

647
Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto.
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

No trecho “Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos” (último parágrafo), o termo “dos textos” funciona como complemento do adjetivo
“reproduzível”.

( ) Certo
( ) Errado

978ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a


ordem das propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade
literária e o copyright — quanto em um sentido textual — o que define as características ou
propriedades dos textos.
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco
pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades
textuais das quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome
de seu autor, já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica.
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e
originalidade. Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos e o regime de propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa
relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos,
palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto.


São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Na oração “já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica” (segundo parágrafo), o termo introduzido pela preposição “por” expressa o
responsável pela ação de modificar.

( ) Certo
( ) Errado

979ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-RS / Cargo: Defensor Público

Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a


ordem das propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade

648
literária e o copyright — quanto em um sentido textual — o que define as características ou
propriedades dos textos.
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco
pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades
textuais das quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome
de seu autor, já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica.
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e
originalidade. Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos e o regime de propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa
relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos,
palimpsestos.

Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto.


São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

No trecho “Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo
de a ordem das propriedades” (primeiro parágrafo), o verbo chamar, que está empregado
com o mesmo sentido de classificar, denominar, tem dois complementos: um direto, que
está elíptico, e outro indireto, que é o termo “de a ordem das propriedades”.

( ) Certo
( ) Errado

980ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SERIS - AL / Cargo: Agente Penitenciário

No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a


melancólica festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois
processos. Não tiveram nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um
lado, a supressão do espetáculo punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa
a ser apenas um novo ato de procedimento ou de administração. A punição pouco a pouco
deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um
cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam pouco a pouco de ser
compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com
ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria,
acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados,
mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os
juízes com os assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado
um objeto de piedade e de admiração.
A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A
punição vai-se tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata;
sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser

649
punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica
exemplar da punição muda as engrenagens.

Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução:


Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item
seguinte.

No trecho “E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho
negativo” (primeiro parágrafo), a supressão da preposição “de” manteria a correção
gramatical e os sentidos originais do texto.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

961:E 962:E 963:C 964:E 965:C 966:E 967:E 968:C 969:E 970:C 971:C 972:E 973:E 974:E 975:C
976:C 977:E 978:C 979:E 980:E

650
981ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não
conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo,
ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso,
julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem
dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar
no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-
me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu
o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se
vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e
obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de
arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura
prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos
esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de
ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos
escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade —
talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém
desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de
Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,
ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis
contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou
cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos
qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De
fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse
exercício.

Graciliano Ramos. Memórias do cárcere. Editora Record.

Com relação ao gênero textual e a aspectos linguísticos do fragmento apresentado de


Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, julgue o próximo item.

No trecho “deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas
teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?”, os pronomes
átonos foram empregados como recursos para estabelecer coesão gramatical referencial, ao
passo que o conectivo “mas” estabelece coesão frásica.

( ) Certo
( ) Errado

982ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Teoria do medalhão

(diálogo)

— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...

651
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.

Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos de Machado de Assis.


Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-
83 (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado


anteriormente, julgue o item a seguir.

Na narrativa, o pai usa diferentes vocativos para se referir ao filho, tais como “meu peralta”
e “um pirralho de nada”, no primeiro parágrafo.

( ) Certo
( ) Errado

652
983ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Teoria do medalhão

(diálogo)

— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.

Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos de Machado de Assis.


Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-
83 (com adaptações).

653
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado
anteriormente, julgue o item a seguir.

O trecho “Saiu o último conviva do nosso modesto jantar” (primeiro parágrafo) constitui um
período composto, dado que apresenta mais de uma oração.

( ) Certo
( ) Errado

984ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Teoria do medalhão

(diálogo)

— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias

654
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.

Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos de Machado de Assis.


Seleção, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-
83 (com adaptações).

Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado


anteriormente, julgue o item a seguir.

No último período do texto, o termo “do medalhão incompleto” exerce a função sintática de
adjunto adnominal.

( ) Certo
( ) Errado

985ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Texto 14A1-I

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais

655
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).

A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

No último período do segundo parágrafo, o trecho “em grau de adiantamento, riqueza de


tradição intelectual etc.” está entre vírgulas porque se encontra intercalado entre o termo
“equivalente” e seu complemento nominal.

( ) Certo
( ) Errado

986ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Texto 14A1-I

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as

656
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).

A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

No trecho “É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua” (segundo


parágrafo), as três formas verbais, juntas, formam um sujeito composto oracional.

( ) Certo
( ) Errado

987ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português

Texto 14A1-I

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.

657
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).

A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

No trecho “dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos”


(segundo período do primeiro parágrafo), a expressão “dois fatores” funciona como sujeito
simples.

( ) Certo
( ) Errado

988ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Ciências

Oh, Deus, meu Deus, que misérias e enganos não experimentei, quando simples criança
me propunham vida reta e obediência aos mestres, a fim de mais tarde brilhar no mundo e
me ilustrar nas artes da língua, servil instrumento da ambição e da cobiça dos homens.
Fui mandado à escola para aprender as primeiras letras, cuja utilidade eu, infeliz,
ignorava. Todavia, batiam-me se no estudo me deixava levar pela preguiça. As pessoas
grandes louvavam esta severidade. Muitos dos nossos predecessores na vida tinham traçado
estas vias dolorosas, por onde éramos obrigados a caminhar, multiplicando os trabalhos e as
dores aos filhos de Adão. Encontrei, porém, Senhor, homens que Vos imploravam, e deles
aprendi, na medida em que me foi possível, que éreis alguma coisa de grande e que podíeis,
apesar de invisível aos sentidos, ouvir-nos e socorrer-nos.
Ainda menino, comecei a rezar-Vos como a “meu auxílio e refúgio”, desembaraçando-me
das peias da língua para Vos invocar. Embora criança, mas com ardente fervor, pedia-Vos
que na escola não fosse açoitado.
Quando me não atendíeis — “o que era para meu proveito” —, as pessoas mais velhas e
até os meus próprios pais, que, afinal, me não desejavam mal, riam-se dos açoites — o meu
maior e mais penoso suplício.
Contudo, pecava por negligência, escrevendo, lendo e aprendendo as lições com menos
cuidado do que de nós exigiam.
Senhor, não era a memória ou a inteligência que me faltavam, pois me dotastes com o
suficiente para aquela idade. Mas gostava de jogar, e aqueles que me castigavam procediam
de modo idêntico! As ninharias, porém, dos homens chamam-se negócios; e as dos meninos,

658
sendo da mesma natureza, são punidas pelos grandes, sem que ninguém se compadeça da
criança, nem do homem, nem de ambos.

Santo Agostinho. Confissões. Montecristo Editora. Edição do Kindle, p. 23-24 (com


adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a
seguir.

No trecho “batiam-me se no estudo me deixava levar pela preguiça” (segundo parágrafo), a


substituição do termo “se” por quando seria gramaticalmente correta e manteria a
coerência do texto.

( ) Certo
( ) Errado

989ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Ciências

Texto CG1A1-I

A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar tudo
o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre
linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares
com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno,
tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos fazer:
correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com
elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e
insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem
necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de
sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são
apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa
experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e
habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e,
reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.

Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.


São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).

Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.

No trecho “Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de


linguagem necessárias” (terceiro parágrafo), o termo “como” poderia ser substituído
por enquanto, sem prejuízo dos sentidos originais no texto.

( ) Certo

659
( ) Errado

990ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-CE / Cargo: Agente de Polícia Judiciária

A palavra stalking, em inglês, significa perseguição, e é o termo utilizado pelo legislador na


tipificação de um crime que engloba condutas que atentem contra a liberdade, a intimidade
e a dignidade. Entende-se o stalking, ou o crime de perseguição, como um delito que exige
uma perseguição reiterada pelo autor, não consentida pela vítima, que lhe cause medo,
angústia e sentimentos afins, além de repercutir diretamente na sua vida de maneiras
diversas.
Embora, em tese, qualquer pessoa possa figurar como vítima desse crime, sabe-se que a
mulher é o principal alvo nessa espécie delitiva — não é à toa que a criminalização da
referida conduta era, havia tempos, uma das prioridades da bancada feminina da Câmara
dos Deputados. Tanto é assim que são utilizadas como exemplo do que seria o stalking as
situações em que a mulher é perseguida por um ex-companheiro que não se conforma com
o término da relação ou em que alguém possui um sentimento de posse em relação à
mulher e não desiste de persegui-la.
Tal conduta abrange desde a violência psicológica, que pode causar danos imensuráveis à
saúde da vítima, além de problemas no seu próprio cotidiano, no trabalho, na convivência
profissional e familiar, até outras formas de violência, que podem culminar em resultados
nefastos e irreparáveis. A tipificação do stalking, portanto, é um avanço significativo no
combate à violência contra a mulher.

Internet: <diplomatique.org.br> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item
a seguir.

A substituição de “Embora” (no início do segundo parágrafo) por Apesar de manteria a


correção gramatical e os sentidos do texto.

( ) Certo
( ) Errado

991ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-AL / Cargo: Escrivão de Polícia

Tudo o que vem do povo tem uma lógica, uma razão, uma função. Ele nada faz sem
motivo, e o que produz está geralmente ligado ao comportamento do grupo ou a uma
norma social ou de cunho psíquico e religioso, um traço que vem de tempos longínquos, lá
do fundo de nossas raízes, perdidas na noite dos tempos, quando estávamos em formação.
Pastoril, Quilombo, Reisado, Coco-de-Roda, literatura de cordel, festas, tradições,
superstições, contos, mitos, lendas não aparecem por acaso. São elementos da memória
popular, que engloba sentimentos e reações diante da história e das transformações.
Quais as origens do folclore alagoano, quais os componentes culturais que o forjaram?
Théo Brandão, com a autoridade de quem estudou a vida inteira e deixou uma obra
irrepreensível sobre o assunto, diz que são muitas as contribuições na formatação do nosso
folclore. E que não é fácil nem simples demarcar a que grupo pertence uma de suas
variantes ou estabelecer com precisão a fronteira de determinada manifestação folclórica.

660
Afirma que há dúvidas em alguns casos e em outros é inteiramente impossível chegar a uma
conclusão única e definitiva. Cita como exemplo concreto dessas incertezas o caso da dança
existente em várias unidades nordestinas, que aparece ora como Coco, ora como Pagode,
ora como Samba.

Instituto Arnon de Mello. Alagoas popular: folguedos e


danças de nossa gente. Maceió: IAM, 2013, p. 24 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, referentes às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do


texto apresentado.

Em “Ele nada faz sem motivo”, o termo “sem motivo” exerce a função de complemento da
forma verbal “faz”.

( ) Certo
( ) Errado

992ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: BANESE / Cargo: Técnico Bancário I

O primeiro caso de coronavírus foi confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020.


Sendo o Brasil um dos países mais desiguais do mundo, era esperado que a pandemia
acentuaria ainda mais as desigualdades sociais no país e causaria danos irremediáveis.

Com isso, o terceiro setor precisou apresentar uma resposta imediata. Já no dia 8 de abril
de 2020, as doações para enfrentar a pandemia ultrapassaram a marca histórica de R$ 1
bilhão. O recorde foi registrado pelo Monitor das Doações da Covid-19, ferramenta criada
pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). O setor da saúde foi o que
recebeu o maior volume de doações.

“A pandemia proporcionou uma mobilização que se deu pela população de diversas


formas, desde doações de empresas até campanhas de financiamento. Grande parte das
doações foram destinadas a hospitais, pesquisas científicas, compra de equipamentos e
também à assistência social de famílias de baixa renda”, conta Márcia Woods, presidente do
conselho da ABCR.

De acordo com Woods, as doações tomaram diferentes arranjos. No entanto, apesar da


grande mobilização, nem todas as causas sociais foram favorecidas. A causa da educação,
por exemplo, sofreu impactos, pois todas as escolas tiveram que fechar as portas. Outra área
muito afetada foi a da cultura, já que as pessoas não puderam assistir aos espetáculos
pessoalmente.

Internet:<observatorio3setor.org.br>(com adaptações).

Julgue o item seguinte considerando as ideias e as construções linguísticas do texto


apresentado.

661
O trecho “que a pandemia acentuaria ainda mais as desigualdades sociais no país e causaria
danos irremediáveis” funciona como complemento verbal na oração em que ocorre, no
segundo período do primeiro parágrafo.

( ) Certo
( ) Errado

993ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: BANESE / Cargo: Técnico Bancário I

O Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi concedido ao norte-americano Richard Thaler


por suas contribuições no campo da economia comportamental. Thaler é um dos mais
destacados economistas na aplicação da psicologia às análises das teorias econômicas e das
consequências da racionalidade limitada, das preferências pessoais e da falta de
autocontrole. Um desdobramento mais recente dessa área de pesquisa da economia é a
aplicação de insights comportamentais às políticas públicas. Compreender os processos
decisórios, os hábitos e as experiências pessoais das pessoas em situação de pobreza é
essencial para o processo de elaboração de políticas públicas e a sua eficácia. É o que sugere
o estudo do IPC-IG Insights comportamentais e políticas de superação da pobreza, dos
pesquisadores Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique Paiva.
O estudo defende que pessoas em situações de escassez, como a pobreza, têm uma
maior sobrecarga mental, pois estão sujeitas a preocupações que não afetam a vida
daqueles de maior renda, como a qualidade da água consumida ou o acesso à alimentação.
Evitar contrair empréstimos a juros altos é um exemplo da falta de autocontrole que tende a
ser mais frequente e mais onerosa para os pobres. Decisões de longo prazo também tendem
a ser negativamente afetadas pelas sobrecargas associadas à escassez, como retirar os filhos
da escola para buscar algum tipo de trabalho, por conta da perda de emprego dos pais, o
que acarreta consequências negativas para toda a vida da criança.

Internet: <ipcig.org> (com adaptações).

No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item
que se segue.

No primeiro período do texto, a substituição de “por” por devido manteria a correção


gramatical e o sentido original do texto.

( ) Certo
( ) Errado

994ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e
nos impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser
estabelecidos no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças
ao discurso, e seu ímpeto endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para
a sua própria liberdade, que nosso estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo —
incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser do nosso “mundo da vida” — juntar-se,
misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente, entrançados e

662
entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até
que a morte nos separe.
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimofilosófico, ou “os
fatos da questão” quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de
palavras. Nenhuma outra realidade nos é acessível: não acessamos o passado “como ele
realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke celebremente conclamou (instruiu) seus
colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando sobre a história de Juan
Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia — qualquer
biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens,
reunida pela memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às
presunções do senso comum, o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da
irrealidade — esquivando-se/evadindo-se obstinadamente, como ambos o fazem, das redes
tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante, essa irrealidade é a única realidade a
ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o peixe na água”.

Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da


literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).

Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.

No terceiro período do segundo parágrafo, o termo “Milan Kundera” funciona como aposto,
uma vez que especifica o termo “um velho”.

( ) Certo
( ) Errado

995ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e
nos impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser
estabelecidos no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças
ao discurso, e seu ímpeto endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para
a sua própria liberdade, que nosso estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo —
incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser do nosso “mundo da vida” — juntar-se,
misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente, entrançados e
entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até
que a morte nos separe.
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimofilosófico, ou “os
fatos da questão” quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de
palavras. Nenhuma outra realidade nos é acessível: não acessamos o passado “como ele
realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke celebremente conclamou (instruiu) seus
colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando sobre a história de Juan
Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia — qualquer
biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens,

663
reunida pela memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às
presunções do senso comum, o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da
irrealidade — esquivando-se/evadindo-se obstinadamente, como ambos o fazem, das redes
tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante, essa irrealidade é a única realidade a
ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o peixe na água”.

Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da


literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).

Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.

No trecho “É o discurso que nos liberta” (primeiro parágrafo), o termo “nos” desempenha a
função de complemento indireto de “liberta”.

( ) Certo
( ) Errado

996ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em


geral, segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O
ato jurídico-político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e
fora, incluídos e excluídos, amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi
um direito de prerrogativa (ou privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”.
O privilégio primordial de apropriar a terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-
Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda atual nómos da terra, do qual o
fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a figura do refugiado
nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de ninguém.
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin
trocou correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para
“lei”. Nómos indica a ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda
e qualquer ordem jurídica. Nómos indica que o direito está objetivamente enraizado na
apropriação da terra. A constituição jurídica de um nómos, ou seja, a apropriação jurídica do
espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No termo alemão Landnahme,
apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia de name, que
significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a
imposição do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico
imposto à criança no momento do nascimento.

Internet: <https://revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.

No trecho “com quem Benjamin trocou correspondências” (segundo parágrafo), o termo


“com quem” complementa a forma verbal “trocou”.

( ) Certo
( ) Errado

664
997ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em


geral, segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O
ato jurídico-político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e
fora, incluídos e excluídos, amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi
um direito de prerrogativa (ou privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”.
O privilégio primordial de apropriar a terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-
Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda atual nómos da terra, do qual o
fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a figura do refugiado
nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de ninguém.
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin
trocou correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para
“lei”. Nómos indica a ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda
e qualquer ordem jurídica. Nómos indica que o direito está objetivamente enraizado na
apropriação da terra. A constituição jurídica de um nómos, ou seja, a apropriação jurídica do
espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No termo alemão Landnahme,
apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia de name, que
significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a
imposição do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico
imposto à criança no momento do nascimento.

Internet: <https://revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.

O verbo ser, flexionado no presente do indicativo no trecho “do qual o fechamento de


fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma” (primeiro parágrafo), é transitivo
direto.

( ) Certo
( ) Errado

998ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em


geral, segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O
ato jurídico-político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e
fora, incluídos e excluídos, amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi
um direito de prerrogativa (ou privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”.
O privilégio primordial de apropriar a terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-
Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda atual nómos da terra, do qual o
fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a figura do refugiado
nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de ninguém.
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin
trocou correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para
“lei”. Nómos indica a ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda
e qualquer ordem jurídica. Nómos indica que o direito está objetivamente enraizado na

665
apropriação da terra. A constituição jurídica de um nómos, ou seja, a apropriação jurídica do
espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No termo alemão Landnahme,
apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia de name, que
significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a
imposição do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico
imposto à criança no momento do nascimento.

Internet: <https://revistacult.uol.com.br> (com adaptações).

Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.

No primeiro período do primeiro parágrafo, o termo “fronteiras” é sujeito de “Estabelecer”,


logo esse verbo poderia ser corretamente flexionado no plural — Estabelecerem.

( ) Certo
( ) Errado

999ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Considerando os aspectos linguísticos do texto 2A1-III, julgue o item que se segue.

Nos trechos “O desmembramento é uma divisão de terras mais simples, quando não é
necessário abrir novas ruas” e “Apenas se divide um terreno grande em porções menores”,

666
as expressões “abrir novas ruas” e “um terreno grande” desempenham a função sintática de
complemento nas orações em que ocorrem.

( ) Certo
( ) Errado

1000ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto

Texto 2A1-II

As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa


realidade de diversos países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário,
surgem as chamadas ações afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão
social, cultural e econômica de indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de
discriminação. Essas medidas se baseiam na igualdade e garantem a equidade ao
estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de grupos sociais vulneráveis nos
espaços sociais.

Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?


Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).

Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.

O termo “nos espaços sociais”, ao final do texto, relaciona-se sintaticamente ao vocábulo


“vulneráveis”.

( ) Certo
( ) Errado

RESPOSTAS:

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996:C 997:E 998:E 999:E 1000:E

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