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Portuguesa
1.000 QUESTÕES
GABARITADAS
Inclui:
1ª
Edição Gabaritei Concursos
Língua
Portuguesa
1.000 QUESTÕES
GABARITADAS
Data da Publicação
Março/2022
Autores
Ronaldo Nogueira e Francisco Edinardo
@eu_gabaritei
Todos os direitos autorais desta
obra são reservados e protegidos www.eugabariteiconcursos.com
pela Lei nº 9.610/1998.
SUMÁRIO
PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS...........................................................603
SINTAXE.............................................................................................635
www.eugabariteiconcursos.com
1 - Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados
Texto CB1A1-III
a) “a internacionalização”.
c) “o uso da inovação”.
d) “a inovação”.
Texto CB1A1-III
1
necessidade de obtenção de maior eficiência econômica e financeira. Ademais, a
internacionalização induz o uso da inovação e proporciona melhores resultados competitivos
e, assim como a inovação, pode facilitar a inserção em mercados estrangeiros, propiciando a
abertura de caminhos para atuação em diferentes ambientes.
De acordo com o texto CB1A1-III, as estratégias competitivas constituem o meio pelo qual as
empresas
Texto CB1A1-II
As exportações do Brasil dependem, cada vez mais, de recursos naturais pelo fato de o
país não ter entrado nas cadeias globais de valor (CGV). O papel do Brasil na economia global
é, principalmente, o de exportador de commodities primárias ou de produtos baseados em
recursos naturais. Com isso, o país gera receita em exportações, que é relevante, mas deixa
de lado uma importante forma de integração ao comércio global, o que poderia gerar mais
benefícios econômicos e sociais ao país.
2
a) absolutamente.
b) igualmente.
c) indefinidamente.
d) consequentemente.
Texto CB1A1-II
As exportações do Brasil dependem, cada vez mais, de recursos naturais pelo fato de o
país não ter entrado nas cadeias globais de valor (CGV). O papel do Brasil na economia global
é, principalmente, o de exportador de commodities primárias ou de produtos baseados em
recursos naturais. Com isso, o país gera receita em exportações, que é relevante, mas deixa
de lado uma importante forma de integração ao comércio global, o que poderia gerar mais
benefícios econômicos e sociais ao país.
b) o primeiro passo para garantir a entrada do Brasil nas CGV é a revisão dos acordos e
das relações comerciais do governo e das empresas brasileiras com países que
integram tais cadeias globais.
c) o Brasil foi impedido de entrar nas CGV porque sua economia é altamente
dependente de recursos naturais.
3
5ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: SEAD-GO / Cargo: Analista de Gestão
Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.
A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.
Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
4
Disponível em: https://www.laerte.art.br/manual-dominotauro/page/2/.
Qual é a relação entre a linguagem verbal e a linguagem não verbal no terceiro quadro da
tirinha?
a) Ambiguidade.
b) Dissonância.
c) Causalidade.
d) Oposição.
e) Concordância.
Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
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Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978), “representa o verdadeiro
sujeito e objeto do crescimento econômico”, ampara tal “necessidade” de crescimento. Essa
“necessidade”, por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o
progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção
material.
A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.
A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.
Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
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Disponível em: https://www.laerte.art.br/manual-dominotauro/page/2/.
b) Eles estão em oposição, uma vez que o primeiro defende a preservação do meio
ambiente, enquanto o segundo preza pela sobrevivência do ser humano em
detrimento dos outros seres vivos.
Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
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Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no
padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de “marca” que
simboliza esse “progresso”, tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós
Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) “coube”
dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.
A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.
A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.
Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
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Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição
material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto
que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para
mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a
riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.
A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia
convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da
cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de
estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da
abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a
economia global estava desfrutando as benesses da chamada “Era de Ouro” do capitalismo
que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.
A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento
acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas
dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.
Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que
razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma
vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de
sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
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d) Afirmar que o consumo é “sujeito e objeto do crescimento econômico” equivale a
dizer que o consumo é aquilo que causa o crescimento econômico ao mesmo tempo
em que este gera mais consumo.
Ai de ti, Ipanema
Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”
No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.
(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)
O gênero da crônica frequentado tão criativamente por Rubem Braga é um exemplo alto de
10
d) texto jornalístico capaz de ir além da pura informação, já que esse autor só se vale
dela para ultrapassá-la e atingir a qualidade especulativa dos ensaios sociológicos.
Ao buscar definir sua concepção de poesia, Manuel Bandeira escreveu o poema “Poética”,
cujo final se representa nestes versos:
11
b) um conjunto de fragmentos pré-modernistas constitutivo do livro Memorial de
Aires.
Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.
Graciliano Ramos:
Atentando para o nível expressivo e figurativo desse poema, deve-se reconhecer que
12
c) a faca é utilizada para figurar a violência indesejável que por vezes se constata entre
as próprias vítimas do flagelo climático.
d) a expressão por quem falo aplica-se aos leitores que desconhecem o drama social
representado nessa estrofe.
Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.
Graciliano Ramos:
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e) emotiva transparece na dissolução do ritmo e na irregularidade da versificação.
Para responder a questão, baseie-se nas quatro estrofes abaixo, extraídas do poema
“Graciliano Ramos:”, de João Cabral de Melo Neto. O poema é um tributo ao autor de Vidas
secas, com cuja linguagem João Cabral se mostra bastante identificado.
Graciliano Ramos:
b) uma pedagogia literária inteiramente envolvida com o lema “arte pela arte”.
Ai de ti, Ipanema
14
Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”
No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.
(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)
c) se me permitem personificar.
Ai de ti, Ipanema
Há muitos anos, Rubem Braga começava assim uma de suas mais famosas crônicas: “Ai
de ti, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia,
e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.” Era uma exortação bíblica,
apocalíptica, profética, ainda que irônica e hiperbólica. “Então quem especulará sobre o
metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.”
15
Na sua condenação, o Velho Braga antevia os sinais da degradação e da dissolução
moral de um bairro prestes a ser tragado pelo pecado e afogado pelo oceano, sucumbindo
em meio às abjeções e ao vício: “E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida
das marés cobrirá tua face”.
No fim dos anos 50, Copacabana era o éden não contaminado ainda pelos plenos
pecados, eram tempos idílicos e pastorais, a era da inocência, da bossa nova, dos anos
dourados de JK, de Garrincha. Digo eu agora: Ai de ti, Ipanema, que perdeste a inocência e o
sossego, e tomaste o lugar de Copacabana, e não percebeste os sinais que não são mais
simbólicos: o emissário submarino se rompendo, as águas poluídas, as valas negras, as
agressões, os assaltos, o medo e a morte.
(Adaptado de: VENTURA, Zuenir. Crônicas de um fim de século. Rio de Janeiro: Objetiva,
1999, p. 166/167)
Os títulos de crônica “Ai de ti, Copacabana” e “Ai de ti, Ipanema” estão aqui associados com
a justificativa de que seus autores,
A profecia de Frankenstein
Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.
16
O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.
De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.
Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.
(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)
Essas três orações integram-se com correção, coesão e coerência, mediante adaptações
necessárias, neste período único:
b) A mitologia científica teve um caminho aberto por Mary Shelley, cujo consagrador
romance Frankenstein suscitou inúmeras versões criativas.
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18ª/ Banca: FCC / Órgão: SEDU-ES / Cargo: Professor MaPB
A profecia de Frankenstein
Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.
O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.
De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.
Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.
(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)
No último parágrafo, com a referência que faz aos neandertais, o autor do texto
18
d) formula a hipótese de que mesmo os homens primitivos podem apresentar algumas
qualidades superiores às dos civilizados.
A profecia de Frankenstein
Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar
um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi
contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova
mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que,
se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem
um significado mais profundo.
O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias
deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica
intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição
do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente
como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria
dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no
futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves
velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções
e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de
vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.
De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar
apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos
de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres,
que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos
melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser
aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.
Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos,
como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto,
criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão
condescendente quanto olhamos para os neandertais.
(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS:
L&PM, 2018, p. 423-424)
O significado mais profundo (1° parágrafo) que o autor do texto propõe para o Frankenstein
de Mary Shelley é o de que essa história
19
b) converte-se hoje numa fábula moralista, segundo a qual tudo aquilo que o homem
pensa inventar com plena originalidade traz consigo a marca do Criador.
c) implica o temor de que nossas qualidades humanas venham a ser substituídas por
uma consciência e uma capacidade emocional superiores às nossas.
Tia Gracinha, cujo nome ficou no grupo escolar Graça Guardia, de Cachoeiro do
Itapemirim, era irmã de minha avó paterna, mas tão mais moça que a tratava de mãe. Tenho
do colégio de Tia Gracinha uma recordação em que não sei o que é lembrança mesmo e
lembrança de conversa que ouvi menino.
A carreira de toda moça era casar, e no colégio de Tia Gracinha elas aprendiam boas
maneiras. Levavam depois, para as casas de seus pais e seus maridos, uma porção de noções
úteis de higiene e de trabalhos domésticos, e muitas finuras que lhes davam certa
superioridade sobre os homens de seu tempo. Pequenas etiquetas que elas iam impondo
suavemente, e transmitiam às filhas.
Tudo isto será risível aos olhos das moças de hoje; mas a verdade é que o colégio de Tia
Gracinha dava às moças de então a educação de que elas precisavam para viver sua vida.
Não apenas o essencial, mas muito mais do que, sendo supérfluo e superior ao ambiente,
era por isto mesmo, de certo modo, funcional – pois a função do colégio era uma certa
elevação espiritual do meio a que servia. Tia Gracinha era o que bem se podia chamar uma
educadora.
(Abril, 1979)
(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 52-53)
20
a) Tudo isso será risível aos olhos das moças de hoje.
b) não sei o que é lembrança mesmo e lembrança de conversa que ouvi de menino.
c) muitas finuras que lhes davam certa superioridade sobre os homens de seu tempo.
d) a função do colégio era uma certa elevação espiritual do meio a que servia.
RESPOSTAS:
1:A 2:C 3:D 4:A 5:E 6:A 7:C 8:D 9:E 10:B 11:D 12:A 13:D 14:A 15:E 16:C 17:B 18:B19:C 20:A
21
21ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: CGE-MS / Cargo: Auditor do Estado
Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas
BBC Ideas
20 fevereiro 2022
Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.
Aspecto social
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.
a) Cativantes.
22
b) Aprazíveis.
c) Sedutores.
d) Etéreos.
e) Abomináveis.
Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas
BBC Ideas
20 fevereiro 2022
Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.
Aspecto social
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.
23
Adaptado de: < https://www.bbc.com/portuguese/geral60127411 >. Acesso em: 24 fev.
2022.
a) O trecho “*...+ vários fatores influenciam nossa escolha do que comer.” reproduz
literalmente as palavras da pesquisadora.
b) As aspas simples indicam que o trecho foi relatado por meio do discurso indireto,
nesse contexto, com o objetivo de trazer um argumento de autoridade.
e) O excerto citado é construído apenas por meio do uso do discurso direto, relatando
fielmente as palavras da pesquisadora citada.
Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas
BBC Ideas
20 fevereiro 2022
Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras —
sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura. Mas por que são tão irresistíveis?
Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos
cérebros quando optamos por certos alimentos.
Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de
ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o
sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.
Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é
especialmente desenvolvida em humanos e primatas. Nela, grupos de neurônios respondem
a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake
é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.
Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o
açúcar.
Aspecto social
24
Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas
escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas
vidas e na sociedade também é complexa.
De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de
Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer. "O que está
disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O
que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o
nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela
para a BBC Ideas.
No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros
para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis. E podemos nos ajudar
entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.
Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como
quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos
atraente, e não pelo teor em si.
No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de
recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos
saudáveis e fazer escolhas saudáveis.
a) Abstraem.
b) Avaliam.
c) Negam.
d) Comprovam.
e) Aturdem.
24ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
25
Adaptado de: https://www.novaserrana.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/1559/comunicado--
respostas-de-oficios. Acesso em: 16 mar. 2022.
O termo “picolé” exemplifica um caso de variação linguística do tipo sociocultural, uma vez
que se trata de uma gíria, não dicionarizada, empregada geralmente por jovens.
( ) Certo
( ) Errado
25ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
26
Adaptado de: https://www.novaserrana.mg.gov.br/portal/noticias/0/3/1559/comunicado--
respostas-de-oficios. Acesso em: 16 mar. 2022.
( ) Certo
( ) Errado
26ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
27
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Em “*...+ eles respondem mal a penalizações *...+”, o termo em destaque tem o mesmo
sentido que em “Hoje está calor. Mal posso esperar para ir à praia.”.
( ) Certo
( ) Errado
27ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
28
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
O trecho “Eles jogaram uma espécie de jogo da memória *...+” poderia ser reescrito como
“Eles jogaram um “jogo da memória”, sem que isso modificasse o sentido original do
excerto.
( ) Certo
( ) Errado
28ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
29
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Em “*...] talvez fosse hoje meio barra-pesada *...+”, a expressão destacada exemplifica a
figura de linguagem “pleonasmo”, uma vez que não está sendo utilizada em seu sentido
literal e dispensa o adjetivo “pesada”, cuja presença gera uma redundância.
( ) Certo
( ) Errado
29ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
30
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
30ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
31
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
James Fallon acredita que o meio social em que o psicopata é criado pode exercer influência
sobre a execução ou não de atos violentos por ele.
( ) Certo
( ) Errado
31ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
32
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
Seo título do texto fosse reescrito no singular (Ele não aprende), isso não afetaria a
coerência do texto, uma vez que “ele” se referiria a James Fallon, que, além de neurologista,
também é um psicopata que já foi condenado por um crime violento.
( ) Certo
( ) Errado
32ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
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por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
33ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
34
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
O texto pertence ao gênero “artigo de opinião”, uma vez que defende, a partir de
argumentos, a tese de que os psicopatas não devem ser confundidos com os antissociais,
devendo aqueles ser tratados de forma mais branda pelo sistema jurídico.
( ) Certo
( ) Errado
34ª/ Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Estudo monitora psicopatas condenados por crimes violentos e descobre que eles respondem
mal a penalizações como forma de aprendizado
35
Fallon agora se reconhece como psicopata. Ele faz parte da corrente que acredita que é
possível diagnosticar a psicopatia a partir de anomalias no cérebro, teoria ainda contestada
por parte da comunidade médica, mas que acaba de ganhar um reforço importante. Um
estudo feito pela Universidade de Montreal e pelo King's College London analisou 12
homens condenados por conduta violenta e diagnosticados clinicamente como psicopatas e
outros 20 condenados pelo mesmo motivo, mas diagnosticados apenas como antissociais.
Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma máquina
de ressonância magnética. As regras eram alteradas com frequência, e a ideia era
justamente observar como eles se adaptavam a essas mudanças — errar é uma forma de
aprendizado, já que o cérebro costuma entender a mensagem, representada no jogo pela
perda de pontos, e deixa de repetir o padrão que levou à punição.
Considerando as ideias veiculadas pelo texto e sua organização, julgue o seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
a) “O universo temático desse autor não sai nunca do mundo dos adolescentes, isto é,
cada um dos seus livros remete a esse momento, seja pelos personagens, seja pela
situação...” / uma exemplificação.
36
d) “Por outro lado, tal reação poderia ser explicada pelo momento difícil pelo qual
passava.” / uma citação.
e) “Ou pelo fato de ser sido pressionado pelos pais a tomar uma posição mais firme.” /
uma retificação.
Em todas as frases abaixo está presente uma metáfora; a frase em que a metáfora aparece
objetivamente explicada é:
a) Suponhamos que haja outras espécies de vida no universo; elas devem ser dotadas
de inteligência.
c) Se 20% dos candidatos podem conseguir uma vaga, eu estou certo de poder chegar
lá.
d) Como os boletins meteorológicos estão anunciando sol forte, estou saindo para as
praias do Nordeste.
“Mantenha-se simples, bom, puro, sério, livre de afetação, amigo da justiça, temente aos
deuses, gentil, apaixonado, vigoroso em todas as suas atitudes. Lute para viver como a
filosofia gostaria que vivesse. Reverencie os deuses e ajude os homens. A vida é curta.”
Há uma série de pensamentos que aparecem mencionados ou estão implícitos nesse
pequeno segmento de texto; entre as recomendações abaixo, aquela cujo conteúdo está
ausente da mensagem desse segmento é:
37
b) Tenha fé, pois a religião faz parte de uma vida saudável e justa.
e) aponta um parecer que tem por público-alvo o cidadão comum, que tem por hábito
refletir sobre a vida.
“Uma noite, trabalhava eu no silêncio do meu gabinete, quando fui procurado por uma
velhinha, toda engelhada e trêmula, que me disse em voz misteriosa ter uma carta para
mim.
— De quem? perguntei. — De um moço que está na casa de Detenção. — De um preso?!
Como se chama ele? — V. S. vai ficar sabendo pelo que vem nesse papel. Tenha a bondade
de ler.”
Esse é o início de um romance de Aluísio Azevedo; sobre o narrador desse pequeno texto
pode-se afirmar que:
38
e) se destaca como narrador-escritor.
RESPOSTAS:
21:E 22:C 23:B 24:E 25:C 26:E 27:C 28:E 29:C 30:C 31:E 32:C 33:E 34:E 35:C 36:B 37:D 38:E
39:C 40:A
39
41ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Oficial de Justiça Estadual
“Bruno passava por uma loja lotérica e sentiu um forte impulso que o obrigou a entrar e
jogar; saiu esperançoso com o bilhete, mas três dias depois descobriu que estava pobre
como antes.”
a) o fato inicial que dá início à narrativa é o de Bruno passar por uma loja lotérica.
d) como uma narrativa mostra uma sequência cronológica de ações, as formas verbais
passava, sentiu e obrigou marcam essa sequência.
Observe a seguinte frase de Bill Gates: “O mundo está progredindo e os recursos humanos
tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um
rei há cem anos”.
Essa frase exemplifica o que se classifica como texto argumentativo; neste caso, a sua
finalidade principal é:
b) provocar um debate.
Texto 3
40
“Eu me indigno que se possa lançar a ideia de que só os católicos paguem taxas pela visita
do Papa. Já se viu que as famílias sem filhos se recusem a pagar impostos pela educação
nacional, ou as pessoas que não possuem carros deixar de pagar pela manutenção das
estradas nacionais?”
Texto 3
“Eu me indigno que se possa lançar a ideia de que só os católicos paguem taxas pela visita
do Papa. Já se viu que as famílias sem filhos se recusem a pagar impostos pela educação
nacional, ou as pessoas que não possuem carros deixar de pagar pela manutenção das
estradas nacionais?”
Aquela reação (texto 3), entre as dadas abaixo, que mostra coerência lógica com o tema, é:
a) Todo mundo deve pagar; de fato, a religião católica, na medida em que ela faz parte
de nossa cultura, interessa a todos;
c) A Igreja faria melhor se não programasse essas viagens do Papa, contando com a
ajuda de outros;
e) Que os católicos paguem: se eles acham caro, que encontrem uma religião mais
barata.
Texto 2
41
“A Psiquiatria luta por atribuir ao alcoólatra o status de doente. A lei considera o alcoolismo
como uma circunstância agravante, em caso de delito ou crime, ao passo que o
reconhecimento de um status de doença deveria ter o papel de atenuante. O alcoólatra
acusado se sente mais e mais excluído da sociedade. Se você toma drogas tranquilizantes,
você é tão perigoso ao volante quanto um alcoólatra; ora, se ocorre um acidente, o fato de
ser submetido a um tratamento médico terá um papel de atenuante.
Se você é um alcoólatra, se dirá que você é semelhante a um criminoso armado. Que
campanha publicitária foi feita para proibir a condução de veículos para os que tomam
calmantes?”
a) Por que há campanhas publicitárias contra os que dirigem após a ingestão de bebida
alcoólica e não contra os que ingeriram calmantes;
b) O alcoolismo deveria ser considerado como uma doença e não como um vício;
c) O alcoolismo não deveria ser rejeitado pela sociedade, já que se trata de uma doença
e não de um vício;
d) Os que tomam calmantes deveriam ser impedidos de dirigir porque também são
vítimas de vício;
Texto 1
Poluição do Reno
Tudo – e mesmo um pouco mais – já foi dito sobre a poluição das águas do rio Reno,
causada pelo laboratório Sandoz.
Vi pela televisão as imagens terríveis de inumeráveis peixes intoxicados, mas também vi os
rostos odientos dos justiceiros improvisados e me pus a questão: quantos, entre esses
manifestantes, foram aliviados ou mesmo curados pelos medicamentos fabricados por esses
velhos senhores que eles pretendiam linchar?” (Médico clínico-geral XXX, correio dos
leitores)
No texto 1 há uma série de segmentos que foram empregados com valor semântico
negativo; a única exceção é:
a) imagens terríveis;
b) peixes intoxicados;
42
c) rostos odientos;
d) justiceiros improvisados;
e) velhos senhores.
Texto 1
Poluição do Reno
Tudo – e mesmo um pouco mais – já foi dito sobre a poluição das águas do rio Reno,
causada pelo laboratório Sandoz.
Vi pela televisão as imagens terríveis de inumeráveis peixes intoxicados, mas também vi os
rostos odientos dos justiceiros improvisados e me pus a questão: quantos, entre esses
manifestantes, foram aliviados ou mesmo curados pelos medicamentos fabricados por esses
velhos senhores que eles pretendiam linchar?” (Médico clínico-geral XXX, correio dos
leitores)
b) o autor da carta faz questão de ser imparcial, mostrando os dois lados do problema
para os leitores;
d) o fato de o autor ser médico traz ao texto uma autoridade incontestável sobre o
tema tratado;
43
c) atacar grosseiramente seus adversários;
b) desviar o assunto;
c) O líder de uma religião não deve só confortar os aflitos, deve também afligir os
confortáveis;
e) As crianças não devem receber a religião; têm de pegá-la no meio ambiente, como se
pega o sarampo.
“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos
vinhos.”
44
Sobre a utilização do adjetivo velho nesse pensamento, a afirmação correta, é:
a) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;
d) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;
45
Todas as frases abaixo contêm o vocábulo porque; a maneira de reescrever cada uma delas
de modo a omitir esse vocábulo, mantendo-se o sentido original, é:
a) A festa demorou mais uma hora porque as crianças pediram / Por petição das
crianças, a festa demorou mais uma hora;
c) Nós o ajudamos porque o ouvimos gritar / Pelos gritos auditados, nós o ajudamos;
Todas as frases abaixo são exemplos de textos argumentativos; a frase que NÃO é apoiada
por argumentos, é:
Sobre os elementos componentes desse pequeno texto argumentativo, a opção que traz
uma afirmação correta, é:
a) o argumento apresentado pelo locutor é de base racional e lógica, sem dar chance de
refutação ao interlocutor;
d) uma refutação eficiente a esse texto é “meus amigos não são vagabundos”;
Todas as frases abaixo são iniciadas por um termo preposicionado; a forma adequada de
reescrever uma dessas frases, eliminando a preposição e mantendo o sentido original, é:
e) Nesta região, há cinco municípios importantes / Esta região é formada por cinco
municípios importantes.
O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A
frase em que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais
preciso, é:
RESPOSTAS:
41:B 42:C 43:D 44:A 45:C 46:E 47:C 48:D 49:C 50:A 51:D 52:A 53:B 54:B 55:E 56:C 57:D 58:C
59:B 60:E
48
61ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário
Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
c) O Maracanã ficou cheio, e as torcidas dos dois times pareciam ansiosas pelo início
daquela partida decisiva;
e) O professor viu que eu não havia feito o dever de casa e ordenou que eu fosse para
fora de sala.
49
64ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário
“A capa do dicionário era azul com o título centralizado em letras douradas; acima e abaixo
desse título e do nome do autor, havia uma espécie de bordado de estilo árabe, com
hexágonos também dourados, cercados de estrelas.”
Todas as opções abaixo mostram conectores ligando duas orações; a opção em que o valor
semântico desse conector está identificado corretamente, é:
a) Todos os ônibus saíram da garagem, assim que a greve foi suspensa / causa;
d) Meus pais pretendiam comprar a fazenda; o dinheiro de que dispunham, porém, era
curto / oposição;
Entre os pensamentos abaixo, aquele que deve ser classificado como um texto não
argumentativo, é:
“Você deve parar de mascar chicletes; isso prejudica os dentes!” A opção abaixo que mostra
uma afirmação adequada sobre esse pequeno texto argumentativo, é:
51
Algumas palavras só possuem um sentido (monossemia), mas a grande parte delas mostra
mais de um sentido (polissemia), que são identificados pelo contexto ou pela situação.
“Quem fica olhando o vento jamais semeará, quem fica olhando as nuvens jamais colherá.”
Com esse pensamento, condena-se:
Texto CG1A1-II
Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.
Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
52
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.
Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)
a) exageradamente.
b) frequentemente.
c) intimamente.
d) realmente.
e) seriamente.
Texto CG1A1-II
Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.
Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.
Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)
53
b) a busca psicológica por proteção faz com que, no século 21, as pessoas se voltem
para heróis com feições mais humanas.
e) a mitologia grega apresenta um herói que, por ter sangue humano, sacrifica-se pelo
bem da população.
Texto CG1A1-II
Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade que estava entre os deuses e os
humanos e cujos feitos evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em nome do
bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Idade Média, quando Deus e a religião
passaram a ser a bússola moral de muitas pessoas, os feitos humanos considerados heroicos
tinham relação com o temor e a fidelidade a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e
missionários, que também entregavam suas vidas a essa causa, que julgavam a mais nobre.
Hoje, no século 21, o status de herói é bastante diferente. Talvez por uma necessidade
psicológica de adotarmos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,
demasiadamente humanos, muito mais similares a nós mesmos do que os heróis de outros
períodos históricos. Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica em nome de
causas nobres, o herói moderno é um personagem que erra, toma atitudes que julgamos
imorais e não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.
Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e vilões. In: Ciência Hoje,
edição 382. Internet:(com adaptações)
a) instrucional.
b) narrativa.
c) descritiva.
d) dissertativo-argumentativa.
e) dissertativo-expositiva.
54
75ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Escrivão de Polícia
Texto CG1A1-I
Três características básicas nos distinguem dos outros animais: o andar ereto, que deixou
nossas mãos livres para pegar e fabricar coisas; um cérebro superdesenvolvido, que permitiu
o domínio da natureza; e a linguagem articulada, que possibilitou não só uma comunicação
eficiente como também o pensamento lógico e abstrato. Das três características, a última
representou nosso maior salto evolutivo, afinal nossos antepassados tiveram habilidade
manual e inteligência por milhares de anos, mas somente a partir do momento em que
despontou a aptidão simbólica, primeiramente nas pinturas e inscrições rupestres e depois
com a invenção da escrita, a espécie humana alçou-se de uma organização social tribal para
a civilização.
Como aprendemos a falar na mais tenra infância e sem maior esforço, além de usarmos a
linguagem no dia a dia da forma mais corriqueira, não nos damos conta do grande prodígio
que é falar. A língua é não só um sofisticadíssimo sistema de comunicação de nossos
pensamentos e sentimentos, mas sobretudo o instrumento que nos possibilita ter
consciência de nós mesmos e da realidade à nossa volta.
Aldo Bizzocchi. O universo da linguagem: sobre a língua e as línguas. São Paulo: Editora
Contexto, 2021, p. 11-12 (com adaptações)
a) Visto que.
b) Ao passo que.
c) Logo que.
d) Não obstante.
e) Tal qual.
Texto CG1A1-I
Três características básicas nos distinguem dos outros animais: o andar ereto, que deixou
nossas mãos livres para pegar e fabricar coisas; um cérebro superdesenvolvido, que permitiu
o domínio da natureza; e a linguagem articulada, que possibilitou não só uma comunicação
eficiente como também o pensamento lógico e abstrato. Das três características, a última
55
representou nosso maior salto evolutivo, afinal nossos antepassados tiveram habilidade
manual e inteligência por milhares de anos, mas somente a partir do momento em que
despontou a aptidão simbólica, primeiramente nas pinturas e inscrições rupestres e depois
com a invenção da escrita, a espécie humana alçou-se de uma organização social tribal para
a civilização.
Como aprendemos a falar na mais tenra infância e sem maior esforço, além de usarmos a
linguagem no dia a dia da forma mais corriqueira, não nos damos conta do grande prodígio
que é falar. A língua é não só um sofisticadíssimo sistema de comunicação de nossos
pensamentos e sentimentos, mas sobretudo o instrumento que nos possibilita ter
consciência de nós mesmos e da realidade à nossa volta.
Aldo Bizzocchi. O universo da linguagem: sobre a língua e as línguas. São Paulo: Editora
Contexto, 2021, p. 11-12 (com adaptações)
e) o estudo da língua foi, por muito tempo, motivado por questões pedagógicas
associadas à descrição daquelas línguas de mais prestígio social.
77ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário
Texto 2
“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente
ao alcance da Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud
fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e
seus sonhos. A despeito do impacto profundo destas ideias na sociedade ocidental, sua
formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base empírica e quantitativa,
marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a biologia.
56
Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz
respeito à investigação científica do fenômeno onírico.
O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a
contribuição da psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de
observações isoladas, teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de
autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes da psicanálise ocupam-se pouco ou nada
do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se exclusivamente para os
símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.
78ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário
Texto 2
“Para que serve sonhar? No início do século XX esta pergunta ancestral pareceu subitamente
ao alcance da Razão, com a publicação de ‘A interpretação dos sonhos’. Neste livro Freud
fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias sobre a mente humana e
57
seus sonhos. A despeito do impacto profundo destas ideias na sociedade ocidental, sua
formulação e desenvolvimento não se deram sobre uma base empírica e quantitativa,
marcando um divórcio progressivo de método e discurso entre a psicanálise e a biologia.
Como resultado, pouca ou nenhuma influência é atualmente atribuída a Freud no que diz
respeito à investigação científica do fenômeno onírico.
O fosso não poderia ser mais profundo. Predomina nas ciências exatas a noção de que a
contribuição da psicanálise para o entendimento dos sonhos resume-se a um amontoado de
observações isoladas, teorias não testáveis, imperativos ideológicos e argumentos de
autoridade. Por outro lado, as diferentes vertentes da psicanálise ocupam-se pouco ou nada
do estudo experimental e quantitativo dos sonhos, voltando-se exclusivamente para os
símbolos e jamais para seu substrato material, o sistema nervoso.
É comum que os textos sejam classificados de acordo com o domínio social de comunicação
em que se inserem. Por esse critério, é correto afirmar que o texto 2 tem natureza
predominantemente:
79ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário
Texto 1
58
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.
Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.
a) “perder o sono”;
b) “situações de estresse”;
c) “surpreendente”;
d) “Pois é”;
e) “respostas emocionais”
80ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-TO / Cargo: Técnico Judiciário - Apoio Judiciário
Texto 1
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.
Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão
59
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.
RESPOSTAS:
61:C 62:A 63:C 64:A 65:D 66:D 67:B 68:E 69:B 70:E 71:C 72:C 73:C 74:E 75:A 76:A 77:C78:E
79:D 80:D
60
81ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Analista em Contabilidade
a) O jogador foi expulso porque assim decidiram os juízes / por decisão dos juízes;
d) Não fez a redação porque o tema era muito complexo / pela complexão do tema;
e) O juiz sentou-se longe dos demais passageiros, porque temia a reação do público /
por medo da reação do público.
a) contraste;
b) explicitação;
c) enumeração;
O filósofo inglês Francis Bacon escreveu: “São todos descobridores ruins, que pensam que
não há terra quando nada veem além do mar”. O erro desses descobridores era, portanto:
Um escritor russo disse o seguinte: “Dizem que não há justiça sobre a terra. Mas por acaso
existe no céu?” Nesse pequeno texto argumentativo, o argumento utilizado para rebater a
primeira afirmação é falacioso, caracterizando-se como um(a):
a) falsa analogia;
b) fuga do assunto;
c) confusão causa/efeito;
d) argumento autoritário;
e) generalização excessiva.
Ulpiano, um jurista latino do século II d. C., é autor do seguinte pensamento: “Tais são os
preceitos do direito: viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe
pertence”. Outro modo de reescrever esse pensamento, com o deslocamento de seus
termos, que altera o seu sentido original, é:
a) Viver honestamente é um dos preceitos do direito, assim como não ofender ninguém
e dar a cada um o que lhe pertence;
b) Os preceitos do direito são tais: dar a cada um o que lhe pertence, não ofender
ninguém e viver honestamente;
c) Os preceitos do direito são: a doação a cada um do que lhe pertence sem uma ofensa
a ninguém, e uma vida honesta;
d) Viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence, tais
são os preceitos do direito;
e) Os preceitos do direito são tais como uma vida honesta, a não ofensa a ninguém e a
doação a cada um do que lhe pertence.
b) Um príncipe deve tomar como exemplo a raposa e o leão, pois o leão não é capaz de
se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe se defender dos lobos;
62
c) O uso da força tem apenas um efeito temporário. Pode subjugar por certo tempo,
mas não remove a necessidade de subjugar novamente;
d) A violência não é força, mas fraqueza, nem poderá ser nunca criadora de coisa
alguma, apenas destruidora;
e) A força bruta, quando não governada pela razão, desmorona sob o próprio peso.
“A força bruta, quando não governada pela razão, desmorona sob o próprio peso.” (Horácio)
A forma de reescrever esse pensamento que se mostra INADEQUADA, é:
a) Quando não governada pela razão, a força bruta desmorona sob o próprio peso;
b) Desmorona sob o próprio peso a força bruta, quando não governada pela razão;
c) Quando a força bruta não é governada pela razão, desmorona sob o próprio peso;
d) Sob o próprio peso desmorona, quando não governada pela razão, a força bruta;
e) A força bruta, quando desmorona sob o próprio peso, não é governada pela razão.
“As folhas caindo lembram sempre lágrimas derramadas pelas grandes árvores tristes que
choram em função do fim do ano, do fim das auroras de temperatura agradável e dos doces
crepúsculos”.
Todas as frases abaixo jogam com a ambiguidade intencional de algum vocábulo, tornando-
as curiosas e interessantes.
63
A frase em que está ausente essa estratégia é:
a) Tantos anos o país se descuidou do meio ambiente que, agora, se quiser salvar
alguma coisa, vai ter que tratar do ambiente inteiro;
b) De uma caverna nada se tira, a não ser fotos; nada se deixa, a não ser pegadas; e
nada se mata, a não ser o tempo;
d) Os pequenos anúncios contêm toda a verdade que se pode encontrar num jornal;
“Ele abriu e fechou várias vezes o grosso livro, cada uma dessas vezes acompanhada de um
palavrão. Finalmente ele se recompôs, releu o parágrafo a consertar, gemeu. Bom, tudo
bem, vamos lá! – Vamos lá, falou em voz alta. Levantou-se e saiu da sala”.
64
Todas as frases abaixo foram reescritas, com o deslocamento do vocábulo só; a opção em
que as duas frases mostram o mesmo significado é:
c) Um homem que só trabalha e não se diverte, leva uma vida infeliz / Um homem que
trabalha só e não se diverte, leva uma vida infeliz;
Certos textos provocam riso, tristeza, exaltação, emoções... Tais textos mostram um tom,
isto é, características que provocam um estado afetivo particular.
Entre os pensamentos abaixo, aquele que mostra um tom irônico é:
a) Quando eu era pobre, chamavam-me louco; agora que sou rico, sou excêntrico;
65
c) Eu não sou rico. Eu sou um pobre homem com dinheiro, o que não é a mesma coisa;
Esses pequenos textos de primeira página são apresentados de forma mais extensa e
detalhada em alguma página interior do jornal.
66
“Já contei esta história tantas vezes e ninguém quis me acreditar. Vou agora contar tudo
especialmente para a senhora que, se não pode ajudar, pelo menos não fica me
atormentando como fazem os outros.”
Esse é o início de um conto de Lygia Fagundes Telles; sobre esse texto, é correto afirmar que:
a) a estrutura narrativa ainda não foi iniciada, estando seu começo preparado;
d) o relato a ser feito a seguir faz parte certamente das narrativas de terror ou
fantásticas;
a) declaração inicial;
b) divisão;
c) citação;
d) alusão histórica;
e) definição.
Nas opções abaixo, há comparações entre dois elementos; a opção em que o fator de
comparação entre esses elementos está corretamente identificado, é:
b) Cada ave, com asas estendidas, é um livro de duas folhas aberto no céu / o colorido;
67
100ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público
c) Não é possível que exista uma moral científica, mas também não é possível que haja
uma ciência imoral;
RESPOSTAS:
81:D 82:B 83:C 84:B 85:E 86:A 87:E 88:B 89:D 90:A 91:C 92:B 93:D 94:A 95:A 96:E 97:C 98:B
99:A 100:D
68
101ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público
Num samba popular de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho há uma descrição da
favela da Mangueira, nos seguintes versos:
69
104ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-SC / Cargo: Auxiliar do Ministério Público
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um
rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao
pé de mim, falou da Lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta,
e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele
interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. — Continue, disse eu acordando. — Já
acabei, murmurou ele. — São muito bonitos. Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do
bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim
nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro”.
70
“Um homem tinha uma fazenda perto de um rio, mas essa proximidade nunca havia trazido
problema. Certo dia o rio começou a crescer e ele percebeu que sua fazenda ia ficar
submersa”.
a) Você não pode fazer uma cesta de três pontos debaixo da tabela.
d) Comecei uma dieta, cortei a bebida e alguns pratos e, em quatorze dias, perdi duas
semanas.
e) Não amar e não tomar banho todos os dias podem levar à perdição.
Todas as frases a seguir foram construídas negativamente. Assinale a opção que apresenta,
de maneira adequada, a que foi transformada em forma positiva, sem alterar seu significado
original.
a) Saúde nunca fez mal a ninguém / Saúde sempre fez bem a alguém.
b) Não comas o prato que te impedirá de comer dos outros pratos / Coma do prato que
te permitirá não comer dos outros pratos.
d) Nada há que faça sofrer o corpo que não seja benéfico para a alma / Tudo o que faz
sofrer o corpo não é benéfico para a alma.
71
e) As melhores coisas do mundo não custam nada / As melhores coisas do mundo
custam tudo.
Assinale a frase publicitária que se apoia em uma hipérbole (linguagem figurada, expressão
de exagero).
A única opção que não pode ser compreendida desse diálogo é que a mulher
a) As palavras do cliente possuem valor figurado e, por elas, o médico pode identificar a
enfermidade.
b) O cliente não soube expressar suas queixas de forma adequada, tornando impossível
a identificação da doença.
72
c) As palavras ditas pelo cliente indicam implicitamente a sua enfermidade.
Qualquer falante tem a intuição de que muitas vezes, com as palavras, queremos dizer mais
coisas do que aquilo que significam. Com a frase Está fazendo frio, se dizemos isso numa sala
com a janela aberta, nosso interlocutor entenderá que estamos pedindo que fechem as
janelas.
Essa mensagem implícita mostra algumas características básicas. Assinale a opção que
apresenta a característica que está em desacordo com essa mensagem.
a) É uma mensagem intencional porque, de fato, o emissor deseja que fechem a janela.
e) É uma mensagem que traz uma informação que se acrescenta à explícita, mas não a
corrige nem a nega.
Todas as frases a seguir se iniciam pelo conector “Segundo”; as frases modificadas procuram
retirar esse conector, mantendo-se o sentido original. A opção em que a modificação
proposta mostra inadequação, é:
b) Segundo a sentença, a empresa deverá pagar uma multa / A sentença solicita que a
empresa pague uma multa.
c) Segundo a lei, esse delito deve ser punido com prisão / A lei manda que esse delito
seja punido com prisão.
d) Segundo a ortografia, essa palavra se escreve sem acento / A ortografia ensina que
essa palavra se escreva sem acento.
73
e) Segundo o testamento, Gabriel tem direito aos bens / O testamento registra que
Gabriel tem direito aos bens.
a) “Nada revela tanto o caráter de uma pessoa quanto as coisas que a fazem rir”.
c) “Quando um cego guia outro cego, ambos podem cair num buraco”.
As opiniões abaixo foram expressas de forma impessoal; a única opção que foge a essa
estruturação, é:
Há uma série de processos para dar-se subjetividade a um texto. O texto abaixo que mostra
subjetividade por meio da utilização de adjetivos subjetivos, é:
a) “Como pais, eu e minha esposa só temos uma coisa em comum: nós dois temos
medo de crianças”.
74
e) “O sorriso da filha adoça a fúria do pai; o sorriso do filho parece insulto à raiva
paterna”.
Todas as frases abaixo terminam por uma palavra que corresponde a um conceito
anteriormente expresso. A opção em que essa palavra foi adequadamente indicada, é:
d) Uma coisa que não se pode medir, por seu tamanho ou quantidade é uma coisa
inexpugnável.
a) O raciocínio dedutivo – “O escravo Jonas era muito bem tratado, mas fugiu. Aquele
que conhece o preço da liberdade a prefere a todos os confortos da escravidão”.
c) O raciocínio por analogia – “É legítimo que alguns homens comandem e que outros
obedeçam. Basta observar as hierarquias do mundo animal para convencer-nos
disso”.
d) O raciocínio por oposição – “É bom comer exatamente como se faz no interior: não
se deve ter vergonha por ter muito apetite”.
e) O raciocínio por absurdo – “O tempo cura as dores e as queixas, porque nós nos
modificamos, não somos mais as mesmas pessoas”.
75
A estratégia argumentativa, empregada nesse segmento de texto, é:
a) A tese defendida pelo autor do texto acima é a de que o fechamento das pessoas em
casa impediu o avanço da pandemia do covid-19.
e) O fato de haver exemplos que se contradiziam, mostra que ambos os lados estavam
errados em suas teses.
RESPOSTAS:
101:D 102:A 103:C 104:C 105:C 106:C 107:D 108:A 109:B 110:E 111:D 112:C 113:B 114:D
115:B 116:C 117:C 118:C 119:D 120:B
76
121ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário
c) Uma tese sempre se opõe a uma tese adversa, que pode estar explícita ou não.
Todas as frases abaixo foram construídas com o interrogativo quanto, quanta, quantos,
quantas. A forma adequada de reescrever uma dessas frases, mantendo-se o seu sentido
original, é:
b) Quanto dinheiro pagam por esse conserto? / Qual o salário pago por esse conserto?
c) Não sei quantos quilômetros há entre Rio e São Paulo / Não sei o percurso entre Rio
e São Paulo.
d) Quantos metros quadrados tem o seu apartamento? / Que tamanho tem o seu
apartamento?
77
124ª/ Banca: IBADE / Órgão: TJ-RS / Cargo: Analista do Poder Judiciário
Observe o retrato de um personagem de uma narrativa: “Dvorak era alto, em relação a seus
companheiros de grupo. Sua cabeça tinha uma forma quadrada, com cabelos compridos;
uma barba grossa lhe cobria todo o rosto, quase não deixando ver seus lábios grossos e uma
pequena cicatriz no queixo. Os olhos eram pequenos, mas irrequietos, cheios de curiosidade
por aquele imenso mundo que o cercava e que nem sempre compreendia”.
Sobre essa descrição, é correto afirmar que:
Observe o seguinte texto narrativo: “O homem seguia capengando, no meio da noite, com
uma lanterna na mão esquerda. Eu o seguia a certa distância e o vi aproximar-se de algumas
latas de lixo, que ele vasculhava com um cabo de vassoura. Depois de ter visitado algumas
latas, constatando que eu não deixava de segui-lo, virou-se, levantou a lanterna, iluminando
o meu rosto, e reclamou: - Você quer me fazer concorrência?”
Sobre o narrador deste segmento, a afirmação correta é:
78
a) trata-se de um narrador-personagem, ainda que personagem secundário, não
passando de mera testemunha.
e) transmite uma cena, cujo significado ele desconhece, levado por uma curiosidade
que cresce à medida que narra.
Entre os segmentos abaixo, todos retirados de obras machadianas, aquele que pode ser
enquadrado entre os textos de tipo injuntivo, é:
c) “Não desperdice afetos; sentirá mais tarde que essa moeda do coração não deve ser
reduzida a trocos miúdos”.
e) “Confio no tempo, que é um insigne alquimista. Dá-se lhe um punhado de lodo, ele o
restitui em diamantes”.
a) “Há criaturas que chegam aos cinquenta anos sem nunca passar dos quinze, tão
símplices, tão cegas, tão verdes as compõe a natureza”.
b) “Duas coisas contrárias podem ser verdadeiras e até legítimas, conforme a zona. Eu,
por exemplo, execro o mate chimarrão; os meus irmãos do Rio Grande do Sul acham
que não há bebida mais saborosa neste mundo”.
c) “Oh! Que bela coisa seria viver ao pé de um lago, dentro de um castelo que só a
imaginação poderia construir, ao lado de quem se ama, livres ambos dos cuidados
deste mundo, divorciados da prosa, entre a terra e o céu!”.
79
d) “Foi agradável saber que as chuvas já caem no interior do Ceará. Ainda bem! Venham
elas lá e cá, mas sobretudo lá, onde milhares de irmãos nossos se viram a braços com
o flagelo. Nós temos o recurso de não morrer de fome, mas eles?”.
“Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a vida. Apenas
um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a
estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.”
“Os regimes que reprimem a liberdade da palavra, por se incomodarem com a liberdade que
ela difunde, fazem como as crianças que fecham os olhos para não serem vistas.”
d) a comparação com as crianças marca uma atitude infantil dos regimes citados;
e) “que fecham os olhos para não serem vistas” mostra uma ação claramente irracional.
80
b) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero;
e) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade
sintática na frase.
“Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega-se
a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado
como indutivo é:
a) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;
b) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;
c) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;
Na encosta apareciam muitas árvores, dobradas todas em direção ao rio, cheias de galhos e
folhas bem verdes, mostrando-se fortes e vigorosas. Poucas delas eram frutíferas, mas eram
todas bastante altas.
Não há dúvida de que o texto acima pertence ao gênero descritivo; tomando-o por base, a
opção que mostra uma característica linguística ausente desse texto é:
81
a) Para salvar seu crédito, você deve esconder a sua ruína;
b) Colhe as rosas enquanto estão vivas; amanhã, já não estarão como hoje;
c) Em geral, logo que uma coisa se torna útil deixa de ser bela;
d) Se você tiver que ser atropelado por um carro, é melhor que seja por uma Ferrari;
O célebre Rui Barbosa é autor da seguinte frase: “A lei da precipitação é a lei do atropelo e
do ataranto, a lei do descuido e do desazo, a lei da fancaria e da aventura, a lei da
inconsciência e da mediocridade.”
82
137ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário
Observe o seguinte segmento: “É preciso ser racional no estudo das questões ambientais.
Ou então uma usina vai deixar de ser construída porque há morcegos na caverna.”
“Como já dizia Millôr Fernandes ‘Devagar se vai ao longe, mas quando se chega lá não se
encontra mais ninguém’, desacreditando alguns ditados populares, que, na verdade, não são
veículos de sabedoria.”
b) mostra um pensamento que corrobora algo que é dito pelo autor do texto;
Einstein comentou certa vez: “Estranha época a nossa, quando é mais fácil desintegrar o
átomo que vencer um preconceito”.
Uma prova de concurso público trazia o seguinte segmento, sobre o qual se deveria fazer
uma redação de tipo argumentativo: “Nós não nos educamos ao mesmo tempo que nos
divertimos” era a opinião de um famoso filósofo francês. Tendo por base a sua experiência,
você concorda ou discorda dessa opinião?
O segmento abaixo que NÃO mostra ligação coerente ou lógica com o tema abordado é:
RESPOSTAS:
121:E 122:E 123:D 124:C 125:E 126:A 127:C 128:D 129:D 130:E 131:A 132:E 133:E 134:E
135:A 136:D 137:C 138:B 139:A 140:D
84
141ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-MS / Cargo: Analista Judiciário
Veja agora dois segmentos que abordam a temática dos jogos eletrônicos:
Texto 1 – Os jogos eletrônicos são hoje muito variados. Certamente eles não contribuem
para o desenvolvimento motor da criança, mas eles a familiarizam, sob um modo lúdico,
com a tecnologia moderna.
Esse é o último período do texto anterior; sobre o vocabulário nele empregado, a afirmação
adequada é:
Chegou ao topo da pequena colina e observou a cena que se lhe apresentava: algumas
grandes rochas cercavam uma estreita passagem que conduzia a uma pequena planície. /
Essas rochas eram bem altas, o que podia facilitar a existência de cavernas junto ao solo, o
que lhes daria abrigo e alguma proteção contra animais. / Não havia à vista existência
humana, mas muitas aves voavam ao redor de árvores que se penduravam nas nesgas de
85
terra das encostas, o que fazia prever a presença de outros animais. / Apesar da distância,
podia vislumbrar a presença de um rio que cruzava transversalmente a planície...
Esse segmento textual é composto por quatro períodos, separados por barras inclinadas.
Chegou ao topo da pequena colina e observou a cena que se lhe apresentava: algumas
grandes rochas cercavam uma estreita passagem que conduzia a uma pequena planície.
Essas rochas eram bem altas, o que podia facilitar a existência de cavernas junto ao solo, o
que lhes daria abrigo e alguma proteção contra animais. Não havia à vista existência
humana, mas muitas aves voavam ao redor de árvores que se penduravam nas nesgas de
terra das encostas, o que fazia prever a presença de outros animais. Apesar da distância,
podia vislumbrar a presença de um rio que cruzava transversalmente a planície...
“A liberdade, como a vida, só a merece quem deve conquistá-la a cada dia!” Essa frase
exemplifica um caso de linguagem figurada que é um(a):
86
b) hipérbole, com a expressão “deve conquistá-la a cada dia”, já que indica um exagero;
e) anacoluto com o termo inicial “liberdade”, já que ele não mostra continuidade
sintática na frase.
“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que
discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”
“Todos aqueles que devem deliberar sobre quaisquer questões devem manter-se imunes ao
ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.” Tratando-se de um pensamento dirigido
àqueles que julgam, o seu autor recomenda que eles:
Quanto aos sentidos em que se baseiam as descrições, assinale a opção que indica o texto
que mostra essa identificação de forma correta.
87
a) “De uma mesa distante, a única ocupada, ainda vinha o ruído de vozes de homens.
Uma gargalhada rebentou sonora em meio do vozerio exaltado.” /
predominantemente, descrição visual.
b) “Deitado, ele beliscou dois ou três grãos. Chupou o sumo azedo, deixou cair a casca
no prato. Apanhou outro bago, mais doce.” / exclusivamente, descrição táctil.
c) “Nas Barcas, os armazéns tresandavam a lixo e peixe podre, as latas vazias de óleo,
como cheiro de homens esfarrapados.” / descrição olfativa e gustativa.
d) “O pai comprou o sapato dois números maior... Enfiou no pé frio o sapato branco de
tênis. Ao pentear-lhe o louro cabelo, a cabeça ainda em fogo.” / descrição visual e
táctil.
“O melhor colégio de Salvador é, sem dúvida, o de meu filho, pois é o que possui melhores
condições de ensino”.
a) generalização excessiva.
b) círculo vicioso.
c) falsa analogia.
d) simplificação exagerada.
e) argumento autoritário.
Assinale a opção que indica a frase que não mostra nenhuma tomada de posição do
enunciador.
c) É preciso ser doido para não ver que isso degrada a paisagem.
c) Já se comprovou que cerca de 44% das pessoas consultam seu celular assim que se
levantam.
e) Você não deve preocupar-se com esta prova; a maior parte dos candidatos é
aprovada.
152ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano
Assinale a opção em que todos os vocábulos apresentam um radical com valor semântico
(significado) idêntico:
153ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano
89
e) Trazia muito dinheiro no bolso.
154ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
“Aquele que não sabe aproveitar a sorte quando ela vem não deve se queixar quando ela
passa.”
155ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível e de repente você estará
fazendo o impossível.”
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
Observe as frases.
91
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
c) ressaltar o predicativo.
92
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
Em “ Isso significa que, desde então, os empregados acometidos pelo problema têm os seus
direitos trabalhistas e previdenciários garantidos...”: (linha 3 a 6 do texto), os termos
grifados referem-se, respectivamente:
93
Síndrome de burnout agora é doença do trabalho
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
94
e) causa, explicação, condição, conformidade, comparação.
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
95
De acordo com o texto, estão corretas:
a) I, II, III.
b) IV, V.
c) I, IV, V.
d) II, III.
e) III, V.
RESPOSTAS:
141:D 142:C 143:C 144:B 145:A 146:C 147:B 148:D 149:B 150:A 151:B 152:C 153:E 154:E
155:C 156:D 157:B 158:E 159:A 160:B
96
161ª/ Banca: IBADE / Órgão: SES-MG / Cargo: Área de Saúde
A síndrome pode ser desencadeada por fatores como sobrecarga profissional, alterações
frequentes nos horários de trabalho e pressão da chefia. De acordo com Maria Teresa, quem
trabalha diretamente com o público costuma ser mais afetado pelo transtorno.
Dentre as alternativas abaixo, a que NÃO se relaciona com a síndrome de burnout, segundo
o texto, é:
a) sobrecarga profissional.
b) distúrbio psíquico.
c) tensão emocional.
d) pressão da chefia.
e) aversão ao trabalho.
97
162ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RJ / Cargo: Técnico de Controle Externo
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
Sem prejuízo para o sentido original e para a correção gramatical do texto, a oração “apesar
de ter trazido inúmeros benefícios” (último período do último parágrafo) poderia ser
reescrita da seguinte forma: ainda que tragam inúmeros benefícios.
( ) Certo
( ) Errado
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
98
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
99
Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem
comum atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos
políticos do Renascimento. Contudo, com a ampliação das relações comerciais decorrentes
das grandes navegações, o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
No quarto parágrafo, o trecho “para que os interesses pessoais dos governantes não
triunfassem sobre o bem público e para que o corpo político não se corrompesse” (primeiro
período) expressa a causa da necessidade das leis positivas.
( ) Certo
( ) Errado
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
100
burguesia como classe política — por meio de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a
francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser pensado de forma diferente.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
101
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por
uma ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a
ambição, a ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social,
desordem e violência.
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na
modernidade. Era necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses
individuais e as ambições, que faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem
deixar que tais interesses e ambições degenerassem o sistema político? Montesquieu foi
quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande parte, ainda se faz presente até hoje nos
regimes democráticos.
102
realidade dos interesses de determinada sociedade e impusesse controle sobre ela, sendo
capaz de intermediar os homens e suas necessidades.
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a
transição do século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto
econômica quanto politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração,
apesar de ter trazido inúmeros benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
Julgue o item que se segue, relativos às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
Infere-se do texto que, na Antiguidade, a corrupção era entendida como oposta à política.
( ) Certo
( ) Errado
103
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário.
Edição do Kindle (com adaptações)
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
104
No segundo parágrafo, os termos “economia” (primeiro período) e “indústria” (segundo
período) são empregados no texto como sinônimos.
( ) Certo
( ) Errado
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
Infere-se do texto a existência de uma relação estreita entre a economia criativa e o modelo
econômico adotado a partir do século XX.
105
( ) Certo
( ) Errado
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
106
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não
intuitiva e direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da
América, Woodrow Wilson, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando
que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre o fato de que as
indústrias criativas têm um significado que vai muito além do seu impacto econômico
imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado Creative
Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa
criatividade determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos
imperativos econômicos”.
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
O texto informa que o termo “economia criativa” foi empregado pela primeira vez pelo
governo inglês, no mapeamento que realizou sobre o assunto.
( ) Certo
( ) Errado
Duas pessoas. Ambas têm a mesma escolaridade. A mesma origem social. As mesmas
oportunidades. Por que a vida é generosa com uma e fecha a cara para a outra? O destino e
a sorte têm pouco a ver com isso. O que tem a ver é o nosso comportamento. Coisas simples
107
nas quais não prestamos atenção alguma. Coluna assumidamente autoajuda, aproveite a
promoção.
Vou me demorar no que me parece mais importante: a forma com que cada um se
comunica. A maioria dá o seu recado muito mal. Não estou me referindo apenas ao uso
correto do português. A pessoa pode ser um acadêmico e mesmo assim ser um desastre ao
transmitir o que pensa e o que deseja. Tampouco estou falando de sedução, xaveco. Estou
falando de convocação para reuniões, convite para eventos, e-mails profissionais, bilhete
para funcionários, mensagens de WhatsApp, postagens no perfil do Face, e, claro, as
conversas, todas elas: presenciais, telefônicas, gravação de áudios. A gente simplesmente
reluta em deixar as coisas esclarecidas, não dá a informação completa, não contextualiza. É
tudo racionado, fragmentado, e a culpa nem é dos atuais vícios tecnológicos: ser preguiçoso
na comunicação vem da pré-história. Sempre foi assim. As pessoas acreditam que as outras
são adivinhas, têm bola de cristal.
“Olá, desculpe o atraso da resposta, muita correria, mas vamos em frente, queremos
muito fechar um bate-papo com você. Pode ser dia 21 de outubro?” Exemplo que extraí da
minha caixa de e-mails ontem, assinado por uma desconhecida. Fui checar na minha lista de
excluídos se havia algum outro e-mail dela, para tentar descobrir do que se tratava. Havia.
De fevereiro, quando ela fez um convite em nome de uma empresa. Ressurgiu agora como
se tivesse pedido licença para ir ao banheiro e voltado em 10 minutos. Não, não posso dia
21, obrigada, fica para próxima.
Fazemos isso o tempo todo: não nos apresentamos direito, não retornamos contatos,
não damos coordenadas, não cumprimos o que prometemos, não deixamos lembretes, não
confirmamos presença, não explicamos nossos motivos, não avisamos cancelamentos, não
falamos toda a verdade, não tiramos as dúvidas, não perguntamos, não respondemos.
Parece tudo tão desnecessário. Aí o universo não coopera e a gente não entende por quê.
Além de se comunicar bem, há outros três grandes facilitadores na vida, coisas que
interferem no modo como as pessoas nos analisam e que garantem nossa credibilidade: ser
pontual, ser responsável e ser autêntico — esta última, das coisas mais cativantes, pois rara.
Se o Papa Francisco não é presunçoso, por que raios você seria?
É quase inacreditável: as coisas dão certo por fatores que estão totalmente ao nosso
alcance.
Martha Medeiros
e) Para haver uma boa comunicação, condições difíceis têm que ser contornadas.
108
O nosso célebre corredor Ayrton Senna disse certa vez:
“Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um
novo fim.”
a) bondade.
b) caridade.
c) persistência.
d) inteligência.
e) sabedoria.
“A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que o inquilino
paga pelo apartamento em que mora.”
Há uma relação lógica entre as palavras aluguel e inquilino; a mesma relação se repete na
seguinte dupla de palavras:
a) esmola / mendigo.
b) corrida / atleta.
c) imposto / governo.
d) pedágio / motorista.
109
e) salário / empregado.
Entre os cinco adjetivos sublinhados, aqueles que mostram valor de opinião, são
a) saudável / dignas.
b) idosa / sociais.
c) públicas / dignas.
d) sociais / públicas.
e) idosa / saudável.
a) mãe.
b) filha.
c) cunhada.
110
d) tia.
e) irmã.
RESPOSTAS:
161:E 162:E 163:E 164:E 165:C 166:E 167:C 168:E 169:E 170:C 171:C 172:E 173:C 174:C 175:A
176:D 177:A 178:B 179:A 180:D
111
181ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Motorista Fluvial
“Os mais preciosos ingredientes de uma refeição são as pessoas que a compartilham.”
d) a quantidade servida.
“Os melhores médicos do mundo são o doutor Sono, a doutora Dieta e o doutor Sorriso.”
a) dormir regularmente.
d) fazer ginástica.
112
Atenção: use o Texto V a seguir para responder a próxima questão.
Texto V
“Estranha uma gentil leitora que em tempos de agitação política escreva eu sobre coisas
antigas e vagas ou subjetivas, e em vez de falar de cassações e eleições divague sobre
mariposas, malacachetas, brisa do mar.” (Da importância dos cristãos-novos, 12/11/1966)
Texto IV
113
“Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização cercada
de Brasil por todos os lados. E seu drama reside nisso mesmo, na necessidade incessante de
se defender do Brasil e de suas loucuras, de sobreviver e de crescer para servir o Brasil sem
se contaminar demasiado dele. No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do
interior, com sua poeira e suas casas de platibandas estilo comercial-futurista, seu mau
gosto árido e obcecante, aqui há ruas cheias de árvores floridas, e as casas ficam atrás de
gramados e jardins. Aqui houve quem pensasse antes de fazer, houve quem sonhasse e
riscasse num papel seu sonho. Aqui se pensou um pouco no homem e na sua família, na casa
e no clube, na escola e no esporte.”.
(A ilha, 22/02/1953)
Assinale a opção que apresenta o segmento desse texto que, objetivamente, não mostra
uma crítica.
a) Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização
cercada de Brasil por todos os lados.
b) No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do interior, com sua poeira e suas
casas de platibandas estilo comercial-futurista.
e) ...de sobreviver e de crescer para servir o Brasil sem se contaminar demasiado dele.
Atenção: use o Texto III a seguir para responder às duas próximas questões.
Texto III
“Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio
Tarquínio de Sousa, disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando
acaba, quando o herói morre tão moço, ainda capaz de tanto heroísmo e tanta estripulia. Foi
isso mesmo que senti chegando ao fim da leitura, vontade de pedir ao historiador a vida de
D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um restaurante: ‘Salta mais um
Pedro!’”.
(Pedro I, 13/12/1952)
114
c) em publicações sobre a obra citada.
Atenção: use o Texto III a seguir para responder às duas próximas questões.
Texto III
“Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio
Tarquínio de Sousa, disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando
acaba, quando o herói morre tão moço, ainda capaz de tanto heroísmo e tanta estripulia. Foi
isso mesmo que senti chegando ao fim da leitura, vontade de pedir ao historiador a vida de
D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um restaurante: ‘Salta mais um
Pedro!’”.
(Pedro I, 13/12/1952)
O segmento inicial dessa crônica pode ser visto como um texto publicitário do livro, apoiado
na seguinte qualidade da obra:
Texto II
“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.
115
O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”
(O coronel, 12/05/1951)
Texto II
“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.
(O coronel, 12/05/1951)
“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira...”
Esses segmentos iniciais do texto mostram
b) a preocupação de não identificar os personagens, certamente por algo que será dito
nos segmentos futuros da crônica.
116
c) a tentativa de universalizar as observações da crônica, pois elas servem para todos os
representantes do coronelismo.
Texto II
“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o
coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira, com o pequeno córrego perene
fertilizando um vale dentro de um mundo de léguas de caatinga, no fundo do sertão. E o
coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como
feras, dois imensos cães dinamarqueses. Um campo para criação de ema. E – luxo estranho
no sertão – pavões reais. Foi o que vimos na visita rápida, quando nosso carro entrou pelo
parque da fazenda, entre juazeiros e tamarineiros.
(O coronel, 12/05/1951)
a) narrativa, pois relata uma pequena visita do autor a uma fazenda do sertão.
Texto I
“Quando amanhã alguém quiser escrever a história da vida brasileira deste último quarto de
século terá, com certeza, muita dor de cabeça. Pois os tempos são confusos; e há tanta
117
história, que hoje a gente não consegue saber direito; e os escritos desta época andam tão
cheios, ora de inverdades, ora de subentendidos, ora de omissões e enganos, que, entre as
linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o queixo – se for um
homem prudente. [...] Direito por linhas tortas, torto por linhas direitas, assim escrevemos
todos, sem falar do que dizemos e não dizemos nas entrelinhas. Pois assim são os tempos.”.
Assinale a opção que apresenta a frase do Texto I que tem seu significado corretamente
indicado.
Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.
118
• Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice (2º parágrafo).
• nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. (2º parágrafo).
• Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. (2º parágrafo).
Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.
119
O narrador dirige-se diretamente a seu leitor no seguinte trecho:
Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder à
questão.
a) ingenuidade.
b) impulsividade.
120
c) melancolia.
d) timidez.
e) hipocrisia.
a) desconfiado.
b) envergonhado.
c) inflexível.
d) reticente.
e) compassivo.
121
Contribui também para o efeito de humor da tirinha o recurso à seguinte figura de
linguagem:
a) hipérbole.
b) personificação.
c) eufemismo.
d) antítese.
e) pleonasmo.
O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime
começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.
Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).
Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
122
− Deixe ver… Assada com coradas, está bem?
− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…
− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.
Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:
O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.
− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:
123
− Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo,
santíssimo prato!
− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)
Ao ser transposto para o discurso indireto, o trecho − Pode ser isso − concordou seu Adelino
assume a seguinte redação:
O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime
começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.
Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).
Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
124
Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…
− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.
Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:
O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.
− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
125
A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:
− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)
− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas.
No contexto em que se insere, o termo “banda” deve ser entendido na seguinte acepção:
b) metade.
O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece,
antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias
importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do
resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime
126
começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que
mexem com ele na alma.
Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o
cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).
Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e
beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora,
especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.
Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga
freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu
Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O
garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar:
− Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz…
− Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias
que me servem feijão ao almoço − ponderou.
− Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu
Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a
pedida.
Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o
prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino:
127
O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser
desejado bom apetite. Em silêncio.
− Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É
bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata
me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai!
A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come
em casa de d. Concessa. E foi detalhando:
Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso
aberto:
− Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o
senhor se consolar.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. 70 histórias. São Paulo: Companhia das
Letras, 2016, p. 110-111)
a) irônica.
b) introspectiva.
c) solícita.
d) volúvel.
e) impertinente.
128
RESPOSTAS:
181:A 182:D 183:A 184:E 185:D 186:C 187:B 188:E 189:B 190:B 191:B 192:A 193:C 194:D
195:D 196:C 197:B 198:A 199:C 200:C
129
201ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral
“Os médicos trabalham sem cessar para conservar a nossa saúde e os cozinheiros para
destruí-la; os segundos estão certos do seu êxito.” Diderot
Assinale a opção que apresenta uma inferência adequada retirada desse pensamento.
202ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral
“O clínico é aquele sujeito que sabe tudo e não resolve nada. O cirurgião não sabe nada e
resolve tudo. O psiquiatra não sabe nada e não resolve nada.”
b) testemunhos de autoridade.
c) analogias indevidas.
203ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Manaus - AM / Cargo: Médico Clínico Geral
“Se os médicos possuíssem a verdadeira arte da cura, não a aparentariam tanto.” Pascal
Assinale a opção em que esse pensamento está reescrito de forma a manter o seu sentido
original.
c) Se a verdadeira arte da cura fosse possuída pelos médicos, eles não a aparentariam
tanto.
130
d) Os médicos aparentariam a verdadeira arte da cura se eles não a possuíssem.
204ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
131
205ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
a) junto da qual.
c) pela qual.
d) junto a quem.
e) com quem.
206ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
132
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
207ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
133
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
e) uma mesma pessoa, cujo anonimato é marcado pelo emprego do pronome “Quem”.
208ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
134
a) A despeito disso, uma pessoa deve sempre tomar consciência do presente, do
passado e do futuro.
b) Pode-se concluir, portanto, que uma pessoa deve sempre atentar para o presente, o
passado e o futuro.
c) Por essa razão que uma pessoa deva sempre ponderar o presente, o passado e o
futuro.
d) Contudo isso, percebe-se que uma pessoa deve sempre preocupar-se com o
presente, o passado e o futuro.
209ª/ Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: SERES-PE / Cargo: Policial Penal do Estado
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com
frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
135
e) valorizam apenas o presente são egoístas.
“O aumento da sabedoria pode ser medido com exatidão pela diminuição do mau humor”.
Essa frase significa que
136
c) atrasar a ação da fábula, para criar suspense.
c) A modelo dizia jamais ter usado shampoo brasileiro, por sua má qualidade /
sabonete bactericida.
137
b) O ouro negro do petróleo jorrou no Kuwait.
217ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
O célebre ministro inglês Winston Churchill disse: “Gatos nos olham com superioridade.
Cachorros nos olham com docilidade. Só os porcos nos olham como iguais.”
218ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
“Os sábios dizem que a vossa luz se apagará um dia”, disseram os vagalumes às estrelas.
Estas, porém, não responderam nada”.
138
b) desconheciam quais eram os sábios.
219ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
Na frase “Para salvar os búfalos, a melhor coisa que podemos fazer é comê-los. Os animais
que o ser humano come não se extinguem. É por isso que temos mais galinhas que águias
nos Estados Unidos”.
Nessa frase, há cinco termos sublinhados que se referem a outros elementos da mesma
frase. Assinale a opção em que a referência que está erradamente indicada.
b) los / os búfalos.
c) animais / os búfalos.
d) que / animais.
220ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
Veja essa frase humorística de Millôr Fernandes: “Tantos anos o país se descuidou do meio
ambiente que, agora, se quiser salvar alguma coisa, vai ter que tratar do ambiente inteiro”.
RESPOSTAS:
201:E 202:A 203:C 204:D 205:E 206:B 207:A 208:B 209:E 210:E 211:A 212:D 213:E 214:C
215:A 216:D 217:A 218:D 219:C 220:E
139
221ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
Observe a frase: “Os moradores dos campos são melhores que os das cidades”.
c) São melhores os moradores dos campos em relação aos moradores das cidades.
d) Em relação aos moradores das cidades, os moradores dos campos são melhores.
e) Os moradores dos campos, com referência aos moradores das cidades, são melhores.
222ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
223ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
140
b) João entra em cena e profere a sua fala na peça.
Estou com uma violenta dor de cabeça. O corpo frio, a testa quente. Cada vez que me
levanto ou me inclino, parece que há um líquido que balança em meu cérebro.”
Identifique o trecho a seguir que apresenta a estrutura de uma premissa levando a uma
conclusão.
b) Todos já devem ter chegado à festa, porque ninguém mais telefonou, reclamando do
atraso.
e) O lixeiro deve estar passando em nossa porta; senti um odor de coisa podre.
141
Confúcio disse certa vez: “Palavras rebuscadas e roupas insinuantes raramente são
associadas à virtude de verdade”.
Assinale a opção em que a forma de reescrever essa frase modifica o seu sentido original.
a) Os turistas amam curiosidades, daí que um bom guia tenha um bom estoque delas
em seu repertório.
b) Um filme de terror como este pode causar impactos graves em pessoas mais
sensíveis, daí ser bom evitá-los.
c) Os livros são ótimos companheiros, por isso acabo de comprar um para me fazer
companhia no final de semana.
e) As eleições são o ponto mais alto do processo democrático; as próximas vão ser
ferrenhamente disputadas.
“Existem hoje três teorias que tentam explicar a extinção dos dinossauros em nosso planeta.
A primeira é a de uma possível catástrofe cósmica; a segunda, o choque de um meteorito
gigante na superfície da Terra; a terceira é a de uma mudança climática progressiva.”
142
Essas três teorias foram criadas a partir de uma relação lógica entre elas e o
desaparecimento dos dinossauros; tal relação lógica pode ser corretamente identificada do
seguinte modo:
b) um raciocínio encadeado, de forma que cada uma das teorias é causa da teoria
seguinte.
“É um paradoxo que a ideia de ter vida longa agrade a todos, e a ideia de envelhecer não
agrade a ninguém”.
143
e) não se pode ter vida longa sem envelhecer.
Um escritor francês compôs o seguinte pensamento: “No fim do dia, não lhes perguntaram o
que tinham pensado, mas o que tinham feito”.
Jesus Cristo afirma num dos evangelhos: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem pode
a árvore ruim dar bons frutos”.
Tratando-se de uma mensagem moral, o que Jesus Cristo está querendo destacar é
144
e) o compromisso de ter filhos.
Um famoso ator de cinema declarou: “Eu tive uma grande vantagem que os meus filhos não
tiveram. Eu nasci pobre.”
Um milionário famoso declarou certa vez: “Pinto os cabelos de preto para os encontros
amorosos e de branco para as reuniões de negócios”.
Nesse caso, as imagens que esse milionário está tentando criar no interlocutor são,
respectivamente, de
a) energia / consideração.
c) riqueza / respeito.
d) juventude / experiência.
e) pressa / vagarosidade.
Um jogador de futebol, que jogava fora do país, declarou: “Neste país é que é bom. Aqui a
gente recebe semanalmente, de 15 em 15 dias”.
145
c) os pagamentos são feitos semanalmente.
a) distração de alguém.
b) perigo de acidente.
239ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
146
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
240ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
147
RESPOSTAS:
221:B 222:E 223:B 224:E 225:B 226:A 227:E 228:B 229:A 230:D 231:E 232:A 233:A 234:B
235:C 236:D 237:A 238:B 239:E 240:E
148
241ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
A expressão “essa tarefa”, no final do último parágrafo, refere-se à ideia expressa no trecho
“assegurar que a administração pública atue em consonância com os princípios que lhe são
impostos pelo ordenamento jurídico”, no primeiro período daquele mesmo parágrafo.
( ) Certo
( ) Errado
242ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código
de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
149
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Assinale a opção que apresenta o pensamento que se apoia em uma analogia que não
aparece explicada.
e) A vida é como uma bicicleta de muitas marchas; a maioria delas nunca são usadas.
“Se o átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol e seu núcleo estivesse no Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro, os elétrons estariam em órbita em Salvador. Por isso somos
formados por espaços vazios.”
150
b) uma exemplificação que apela para o absurdo.
“Não é mais possível aprender tudo de cor. Um homem instruído não é mais o homem que
sabe muitas coisas; é o homem que sabe onde buscar informações.”
151
“Casais sem filhos sabem exatamente como você deve educar os seus.”
Essa frase
“Na bolsa global, a todo ciclo de oba-oba corresponde um surto de epa-epa.” Maria da
Conceição Tavares
a) surpresa / alegria.
b) alegria / espanto.
c) espanto /comemoração.
d) comemoração / tristeza.
e) tristeza / surpresa.
Assinale a frase que não poderia ser empregada em defesa do meio ambiente.
a) A flor não nasceu para decorar a casa, embora o morador pense o contrário.
152
Leia o texto publicitário a seguir.
“Nós damos importância à discrição. Os clientes não apreciam agências que deixam vazar os
seus segredos. Não gostam de agências que se creditam pelo sucesso deles. Ficar entre o
cliente e a luz de cena é falta de educação”.
Assinale a opção que indica o produto que seu autor está tentando vender.
“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte
“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte
153
d) A marca de investir na educação para um futuro melhor.
“Dai a um homem a possessão segura de uma rocha preta, e ele a transformará em jardim.
Dai-lhe, ao contrário, o arrendamento de um jardim por dez anos, e ele o transformará num
deserto. A magia da propriedade converte a areia em ouro”.
b) Você não pode dizer quem está nadando nu até a maré baixar.
“O mais perto que uma pessoa chega da perfeição é quando preenche uma ficha de
emprego”.
O autor da frase pretende dizer que aqueles que se apresentam como candidatos a um
emprego
154
c) mostram conhecer a empresa que oferece emprego.
“A mãe de David fumava durante toda a gravidez, por isso seu filho nasceu fraco e com peso
baixo”.
O argumento lógico racional que foi empregado nesse pequeno texto pode ser caracterizado
como
b) apelo à generalização.
c) testemunho de autoridade.
d) relação causa/consequência.
“Há diversas maneiras de entender o vocábulo “geração”. Ele pode designar as pessoas que
tiveram uma experiência histórica comum, particularmente impactante. Assim, falamos da
geração da guerra de 14 ou da Resistência de maio de 1968, na França. Podemos também
identificar uma geração a partir da idade: todas as pessoas de 20 anos dos anos 90. Podemos
finalmente pensar numa experiência familiar: a geração dos filhos, em oposição à dos pais
ou avós...”
155
A partir da frase inicial, o desenvolvimento do parágrafo se faz por
Abaixo estão vários pequenos textos cujas ideias estão ligadas de forma explícita, por meio
de expressões de causa; a frase em que a expressão sublinhada é adequada ao contexto, é
Observe as quatro frases a seguir, todas elas redigidas por um mesmo indivíduo:
1. Não se pode esperar que esse filme venha a ter o sucesso que ele merece.
4. Nós poderíamos imaginar que os progressos científicos garantiriam num futuro próximo a
felicidade da humanidade?
156
c) todas as frases partem de opiniões alheias, retomadas como se fossem próprias.
RESPOSTAS:
241:C 242:C 243:D 244:D 245:B 246:D 247:C 248:B 249:E 250:D 251:A 252:B 253:C 254:E
255:A 256:D 257:C 258:A 259:D 260:B
157
261ª/ Banca: FGV / Órgão: SSP-AM / Cargo: Técnico de Nível Superior
Os textos podem pertencer a diferentes tipos ou gêneros; a opção abaixo que mostra um
texto predominantemente expositivo é
b) “Defendo a ideia de que as pessoas podem dizer tudo o que querem, e, quando isso
trouxer qualquer prejuízo a alguém, que esse alguém as processe”.
c) “O barco atracou ontem no Rio de Janeiro, com muitas turistas a bordo, o que
certamente vai trazer a alegria para muitos comerciantes”.
As frases podem estar escritas em registros variados da língua; a frase abaixo, relacionada à
gastronomia, que mostra marcas do registro popular é
c) “Eu cozinho com vinho, às vezes até mesmo acrescento comida a ele”.
b) A coluna de soldados nada mais era que um barco perdido, levado pelas forças da
natureza e por seu destino / a distância em relação a um ponto seguro.
158
c) A história é uma galeria de quadros com poucos originais e muitas cópias / a beleza.
a) “A crise econômica é um problema que preocupa a todos; a Europa tem países com
uma alta taxa de inflação, assim como os Estados Unidos” / estratégia de analogia.
c) “A campanha eleitoral pode ser definida pela mídia social; 220 milhões de e-mails
podem ser enviados em 24 horas” / estratégia de apelo ao absurdo.
d) “Grande parte das crianças não se alimentam de forma saudável, o que mostra o
descuido dos pais em relação a esse aspecto da educação dos filhos” / estratégia de
citação de estatísticas.
a) Me sinto como Cristóvão Colombo, pois sobrevivi a seis casamentos e agora descobri
a mim mesma;
c) Se a economia tivesse muito boa, se todo mundo tivesse ganhando muito bem,
ninguém ia querer saber de eleição;
159
266ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito
A frase abaixo em que os dois termos sublinhados NÃO mostram a mesma função no texto
é:
b) Nós queremos um regime que não seja apenas da raposa, queremos um regime da
raposa e da galinha, onde existam espaço para os dois;
d) Se você anda de montanha-russa durante nove anos, acaba tendo vontade de andar
de alguma outra coisa;
160
269ª/ Banca: FGV / Órgão: MPE-BA / Cargo: Estagiário de Direito
Todas as frases abaixo mostram dois segmentos sublinhados; a frase em que a troca de
posição desses segmentos torna a frase inadequada é:
c) Família é o grupo de pessoas unidas pelo sangue e o amor mas separadas por
dinheiro;
d) Famílias com bebê e famílias sem bebê têm dó umas das outras;
Uma recente notícia de jornal dizia: “Havia uma grande aglomeração na avenida Paulista e
muitos se apinhavam perto do palanque onde falariam os políticos esperados. Um carro de
som animava o público. Muitas faixas criticavam diferentes aspectos da vida nacional.”
271ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Texto 1 – “Um mestre (Jesus) em que parece haver tanta autoridade, ainda que sua doutrina
seja obscura, merece que seja crido por palavra... pode-se reconhecer sua autoridade, tendo
em vista o respeito que lhe rendem Moisés e Elias; isto é, a lei e os profetas, como já
expliquei... Não procuremos as razões das verdades que ele nos ensina: toda a razão, é que
ele as falou.”
Texto 2 – “Certas pessoas têm fé porque seus pais os ensinaram a crer. Num sentido, é
satisfatório: nenhum axioma filosófico abalará essa fé; num outro sentido, é insatisfatório,
porque sua fé não vem de conhecimento pessoal. Outros chegam à fé pela convicção após
161
estudos. Isso é satisfatório num ponto: eles conhecem Deus por íntima convicção; por outro
lado, é insatisfatório porque se outros lhes demonstram a falsidade de seu raciocínio, eles
podem tornar-se descrentes.”
d) os dois textos afirmam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, desde que
bem embasados;
272ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
“Acabo de ler o trecho a seguir num livro de História: ‘Os cristãos tinham uma moral, mas os
pagãos, não’. Ah! Senhor autor desta obra: onde o senhor aprendeu essa tolice? O que dizer
da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros? Leitor: reflita e tire
suas conclusões.”
A afirmativa inadequada sobre esse depoimento a respeito da leitura de uma obra histórica
é:
a) o argumentador do texto mostra sua presença desde a primeira linha por meio da
desinência verbal da forma “acabo”;
d) o leitor, que é visto como árbitro do debate, é invocado na última frase do texto;
273ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
162
imediatamente feito; a frase em que essa modificação solicitada foi realizada de forma
adequada é:
b) O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou
que irão terminar a tarefa e voltar para suas casas;
274ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
a) “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos
como deveriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que
empurravam pessoas de mais idade para que pudessem entrar antes na sala de
projeção” / trata-se de uma generalização exagerada, pois se fundamenta em um só
caso de experiência pessoal;
d) “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome;
mas, como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos
163
classificar o país como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se
segue às premissas ou proposições de que parte;
275ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que tentam convencer-nos a adquirir
determinado produto: são os chamados textos publicitários. Vejamos a seguir um exemplo
desses textos.
É festa na fazenda! Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do
rebanho. A Tristeza Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer
fase da vida. Contudo, existe uma dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo
dos animais. Com você, Ganaseg™ 7% & Kinetomax® Ganaseg™ 7% Combate da Babesiose
(Piroplasmose) Curto período de carência para o leite (apenas 96 horas) Ótimo índice de
segurança Kinetomax® Rápida ação contra a Anaplasmose Dose única Curto período de
carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 4 dias para
animais tratados via subcutânea) Xô, tristeza!
Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar
que:
b) o final do texto dirige-se particularmente às emoções dos leitores, de modo que eles
continuem a pensar na mensagem veiculada;
276ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Seria importante que alguns dos textos que produzimos fossem lidos com atenção pelos
destinatários; para isso, a introdução desses textos pode apelar para estratégias diversas a
fim de conseguir essa atenção. Abaixo estão reproduzidas cinco introduções textuais; aquela
que mostra sua estratégia de atração corretamente identificada é:
164
a) Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma
tenda de lona sem o mastro. O eixo de nosso corpo, denominado também coluna
vertebral, cumpre exatamente as mesmas funções que o mastro de uma tenda. De
forma idêntica, mantém-se ereto o corpo por obra de numerosas tensões. Se o
mastro falha, a tenda vem abaixo”;
c) Começo por um ou vários exemplos: “O novo dicionário vai ser lançado esta semana
e traz informações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras
nele inseridas, desde o seu nascimento até o estágio atual de significação, além de
datação das ocorrências dessas palavras”;
e) Começo por um questionamento: “Não sei bem o que fazer quando meu neto me
pergunta o significado de uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu
significado ou se invento algo mais palatável. Como sua curiosidade está
aumentando, prevejo momentos de grandes dificuldades”.
277ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Abaixo aparecem opiniões variadas, todas elas expressas de um modo impessoal. A citação a
seguir que contém elementos de personalização é:
c) Parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada, bastando
ver-se a grande diminuição de internações hospitalares;
e) Só se pode esperar que a equipe local de salvamento possa atuar de forma eficiente
a fim de que muitas vidas sejam salvas.
278ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
165
Observe a charge a seguir.
279ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Todos sabemos que os termos de um texto podem indicar valores bem variados. Nesse
segmento foram sublinhados alguns que funcionam como adjetivos; a afirmação correta
sobre um deles é:
166
c) a locução adjetiva “de garrafa” indica o material de que é feito o abajur, destacando
simultaneamente a qualidade sofisticada do restaurante descrito;
e) o adjetivo “pálido”, que indica uma relação, mostra uma intensidade da luz, com o
valor implícito de decadência e pouca qualidade do restaurante.
280ª/ Banca: FGV / Órgão: TCU / Cargo: Auditor Federal de Controle Externo
Esse texto foi didaticamente estruturado; a única afirmativa abaixo inadequada em relação à
sua estruturação é:
RESPOSTAS:
261:C 262:B 263:E 264:B 265:B 266:E 267:E 268:B 269:B 270:A 271:E 272:E 273:A 274:E
275:C 276:C 277:D 278:E 279:D 280:A
167
281ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
168
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
169
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
Ainda que o texto não defina o que seria a alma da natureza, é possível inferir dos seus
sentidos que tal alma possui vínculos com os humanos.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
170
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
Conforme o texto, a natureza perdeu sua alma pelo fato de o ser humano ter-se instituído
como seu “mestre e senhor”.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
171
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o trecho “Mas, a partir
do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna,
por assim dizer, um grande relógio” (sétimo período) fosse reescrito da seguinte forma:
Porém, desde que passamos a compreender a natureza como uma totalidade em si, ela se
transformou em uma espécie de grande maquinário.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
172
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
173
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
174
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
No quarto período do texto, o emprego do futuro na forma verbal “poderá” deve-se não a
uma questão de encadeamento temporal, mas, sim, à expressão de uma relação lógica entre
as ideias das orações que compõem esse período.
( ) Certo
( ) Errado
175
291ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: FUNPRESP-EXE / Cargo: Analista de Previdência
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
O texto defende que os aborígenes australianos não percebem o fato de que natureza e
cultura são distintas.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
176
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
Conclui-se das ideias do texto que entender o mundo como um todo é uma ideia esquisita
porque a perspectiva de qualquer conhecimento é incompleta, parcial.
( ) Certo
( ) Errado
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
177
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
178
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
O texto atribui à desigualdade social o fato de bairros nobres de grandes capitais brasileiras
serem muito mais arborizados que outras áreas.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
179
No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas
como sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “por serem”, ao
final do primeiro parágrafo, poderia ser substituída por que eram.
( ) Certo
( ) Errado
180
297ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: ICMBIO / Cargo: Técnico Ambiental
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
Depreende-se do texto que a presença de árvores nas cidades promove benefícios para a
qualidade de vida das pessoas, os quais, contudo, muitas vezes não são considerados em
avaliações técnicas de paisagismo urbano.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
181
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
Predomina no texto a descrição dos tipos de malefícios que as árvores podem causar à
infraestrutura das cidades.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
182
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
O tema central do texto é o crescimento exagerado das árvores nos grandes centros
urbanos.
( ) Certo
( ) Errado
183
Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
281:E 282:E 283:C 284:C 285:C 286:C 287:E 288:E 289:E 290:C 291:E 292:C 293:C 294:C 295:C
296:E 297:C 298:E 299:E 300:E
184
301ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas
Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
185
A expressão “Além disso” (terceiro parágrafo) introduz o argumento mais forte apresentado
pelo autor do texto para comprovar sua tese acerca do surgimento da linguagem humana.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
186
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
O fato de que alguns animais, como chimpanzés, também utilizam ferramentas enfraquece o
argumento de que se requer linguagem para usar ferramentas.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de
linguagem, porque ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário
para a linguagem. Além disso, a capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente
no cérebro por milhões de anos, sem ter sido de fato colocada em uso.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
O autor do texto contesta os argumentos usados por alguns linguistas que defendem a ideia
de que o Homo erectus apresentava linguagem.
( ) Certo
( ) Errado
187
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para
isso, muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões
de reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.
Se o trecho “A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil”
fosse reescrito como A PETROBRAS está à frente de aproximadamente 80% dos
combustíveis que produz-se no Brasil, seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical
do texto.
( ) Certo
( ) Errado
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso,
muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de
reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.
188
A informação apresentada no primeiro período do segundo parágrafo é desenvolvida no
restante do segundo parágrafo e no terceiro parágrafo.
( ) Certo
( ) Errado
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso,
muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de
reais ao ano, conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e
complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento
técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts
do mais alto nível, achar petróleo não é certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a
qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse
óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são
então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro,
responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.
Infere-se do texto que achar petróleo não é uma certeza porque os erros na identificação do
local de perfuração impedem o reconhecimento da localização exata do produto.
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
189
No que se refere às ideias, aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente,
assim como a sua tipologia, julgue o item a seguir.
Sem prejuízo dos sentidos originais e da correção gramatical do texto, o trecho “falsa
responsabilidade do que é postado ou compartilhado” (segundo período) poderia ser
substituído por falsa responsabilidade do que se posta ou se compartilha.
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
Infere-se do emprego do trecho “um estrangeirismo que mascara diversos crimes” (terceiro
período) que há outros estrangeirismos que não mascaram crimes ou a eles se associam.
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
190
Marcelo Hugo da Rocha e Fernando Elias José. Cancelado: a cultura do cancelamento e o
prejulgamento nas redes sociais. Belo Horizonte, MG: Letramento, 2021, p. 36 (com
adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
No texto, as frases ‘compartilhei fake news de alguém’ e ‘cometi um crime contra honra’ são
consideradas equivalentes, já que o compartilhamento de fake news pode ser crime.
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
191
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
( ) Certo
( ) Errado
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “Assim”, que inicia o segundo
período do segundo parágrafo, manteria a correção gramatical, embora alterasse o sentido
original do texto.
192
( ) Certo
( ) Errado
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “pelo qual” (primeiro período do
primeiro parágrafo) fosse substituído por porque.
( ) Certo
( ) Errado
193
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
( ) Certo
( ) Errado
194
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
( ) Certo
( ) Errado
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
O pronome “este”, na expressão “De acordo com este texto”, que inicia o segundo
parágrafo, remete a toda a ideia contida no parágrafo anterior.
( ) Certo
( ) Errado
195
319ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
( ) Certo
( ) Errado
196
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
301:C 302:E 303:C 304:E 305:C 306:E 307:C 308:E 309:C 310:C 311:E 312:E 313:C 314:C 315:E
316:C 317:C 318:E 319:C 320:E
197
321ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Petrobras / Cargo: Analista de Sistemas
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
No último parágrafo do texto, o trecho entre vírgulas “cujo emprego não está limitado às
grandes potências bélicas” tem sentido explicativo.
198
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
199
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de
mantê-lo em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: é
o de lhe manter em um cerco informativo.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
200
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
201
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
202
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
203
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o
informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos
militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com
a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a
eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E)
que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais,
centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já
se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression
generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
204
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa,
incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim
último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco
informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
205
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
No primeiro parágrafo do texto, a forma pronominal “o”, em “ela sempre o foi”, retoma a
expressão “um setor estratégico”.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
206
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
207
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e
da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas
estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
( ) Certo
( ) Errado
208
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
209
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
210
Conforme o texto, o uso de bombas eletrônicas é restrito, porque nem todos os países ainda
têm condições de produzir um dispositivo tão caro e com alcance inimaginável.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
211
Com relação às ideias do texto CB4A1-I, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
212
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
213
consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um
raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso
eletromagnético nuclear.
O texto tem o propósito de fornecer instruções sobre como usar a comunicação nos
conflitos bélicos da contemporaneidade.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-II
Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza e da paz. Num mundo amargo, triste
e violento, os livros oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a vida como
deveria ser. Títulos agressivos devem ser evitados. Essa convicção é equivocada?
Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são múltiplos e devem ser respeitados.
O problema é acreditar que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na terra. Há
livros que funcionam assim, mas não são muitos. Para falar a verdade, as grandes obras
literárias, com intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela traição, pela
violência, pela catástrofe.
Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas imperfeições nas páginas dos
grandes livros. O mergulho nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais
agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser humano em sua plenitude é conhecer a
variedade de nossas emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que
comovem e as que perturbam.
214
a) opõem-se palavras de sentido contrário.
Texto CG1A1-II
Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza e da paz. Num mundo amargo, triste
e violento, os livros oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a vida como
deveria ser. Títulos agressivos devem ser evitados. Essa convicção é equivocada?
Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são múltiplos e devem ser respeitados.
O problema é acreditar que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na terra. Há
livros que funcionam assim, mas não são muitos. Para falar a verdade, as grandes obras
literárias, com intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela traição, pela
violência, pela catástrofe.
Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas imperfeições nas páginas dos
grandes livros. O mergulho nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais
agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser humano em sua plenitude é conhecer a
variedade de nossas emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indignas. As que
comovem e as que perturbam.
215
c) descritivo, por ser marcado pela impessoalidade na linguagem e por exibir um ponto
de vista de modo imparcial.
d) injuntivo, por buscar convencer o leitor da contribuição dos livros agressivos para a
intensificação da humanidade.
Texto CG1A1-I
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita do trecho “Ora,
se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser,
paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional.”, do texto CG1A1-I.
Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical e a
coerência do texto.
216
b) Ora, se a violência é irracional, é por estar enraizada em conduta de ser irracional
que atua de forma paradoxalmente atrelada a razão.
Texto CG1A1-I
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.
217
I No quarto período do primeiro parágrafo, tanto o trecho “que reduz tudo a um único
princípio explicativo” quanto o trecho “que vê a realidade como feita unicamente de
elementos antagônicos e irreconciliáveis” consistem em orações explicativas.
II Caso o trecho “É a razão que” (segundo período do segundo parágrafo) fosse substituído
por A razão, seria mantida a correção gramatical do texto.
III No trecho “É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à
violência o status de irracionalidade”, o termo “que” é uma forma pronominal cujo referente
é “dramaturgia”.
IV No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua
dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração
adverbial comparativa.
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
Texto CG1A1-I
218
é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o
caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de
irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e,
frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
RESPOSTAS:
321:C 322:E 323:E 324:E 325:C 326:C 327:E 328:C 329:E 330:E 331:E 332:E 333:C 334:C 335:E
336:A 337:E 338:E 339:A 340:C
219
341ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: PC-PB / Cargo: Delegado de Polícia Civil
Texto CG1A1-I
Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In:
Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
220
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
221
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
No quinto período do texto, a locução verbal “teriam contribuído” poderia ser substituída
por contribuiriam, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
222
George Steiner. Um comentário sobre O processo de Kafka. In: Nenhuma paixão
desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Record, 2001 (com
adaptações).
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
O autor sugere que o trecho 'A justiça nada quer de ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir
quando partes', de Kafka, pode ser compreendido como um tipo de definição da vida
humana marcada por uma culpa que precede o próprio nascimento dos sujeitos inseridos na
lógica da religião cristã.
( ) Certo
( ) Errado
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
223
O autor do texto explicita a ideia de que Kafka conseguiu, por meio de suas obras, antever o
autoritarismo, o antissemitismo e o imperialismo.
( ) Certo
( ) Errado
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
O cerne da reflexão do autor é a proximidade entre o que escreveu Kafka nas obras
mencionadas no texto e os fatos que se sucederam na realidade.
( ) Certo
( ) Errado
224
totalitários do século vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tornou-
se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka transformou-se em realidade
pouco depois de sua morte, quando também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de
sua Metamorfose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas
premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavelmente relacionada às suas
fantasias aparentemente desvairadas. Haveria algum sentido em pensar que, de alguma
forma, as previsões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo
principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem? Seria possível que uma
profecia articulada de maneira tão impiedosa tivesse outro destino que não a sua
realização? As três irmãs de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu
da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de maneira abominável. Em
termos espirituais, existe a possibilidade de Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos
como uma visitação de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais às
suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase impaciente, do crime
perpetrado contra ele. Coexistem, em todos os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como
diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de ti.
Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formulação está muito próxima de
ser uma definição da vida humana, da liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida
ao homem expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer isso em tão
poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido capaz de fazê-lo?
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
O termo “lugar-comum”, no primeiro período do texto, foi utilizado pelo autor para veicular
a ideia de que O processo pode ser compreendido como um tipo de fonte geral de onde é
possível tirar argumentos e provas para determinadas questões do século vinte.
( ) Certo
( ) Errado
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
225
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.
Em ‘Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição’, a expressão ‘apesar da’ está
empregada com o mesmo sentido de não obstante a.
( ) Certo
( ) Errado
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
226
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.
A forma verbal “está”, empregada no primeiro período do texto, poderia ser substituída por
se posta, sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.
O texto apresenta características do gênero parábola, pois constitui uma narrativa alegórica
que transmite uma mensagem indireta.
( ) Certo
( ) Errado
227
351ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede
para entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem
do campo reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o
porteiro, “mas agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o
porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta. Quando nota
isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar apesar da minha proibição. Mas veja
bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala para sala, porém,
existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não esperava tais
dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se
havia equipado para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que
seja, para subornar o porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem
observa o porteiro quase sem interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-
lhe o único obstáculo para a entrada na lei. Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o
acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências daquele tempo convergem na sua
cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro. Faz-lhe um aceno para
que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro. “Você é
insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos,
ninguém além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim
e, para ainda alcançar sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser
admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com
adaptações).
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item a seguir.
Seria mantida a correção gramatical e os sentidos originais do texto caso, no trecho ‘Aqui
ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você’, a conjunção
'pois' fosse substituída por posto que.
( ) Certo
( ) Errado
Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
228
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.
229
No período “Formara, havia tempos, a ideia de que momentos de solidão eram propícios à
reflexão” (terceiro parágrafo), o trecho “Formara, havia tempos” poderia ser substituído por
Formou, há tempos, sem prejuízo dos sentidos originais e da correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.
De acordo com o segundo parágrafo do texto, a praça Mauá era vista com desconfiança.
( ) Certo
( ) Errado
Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à
praça. O sol ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente
para o porto, tendo às costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus,
deixou as ideias surgirem anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e
os mendigos. No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se
230
acostumando a sua presença. Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose
produzida pelos frequentadores do Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com
adaptações).
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item
que se segue.
O texto poderia ser classificado corretamente como descritivo ou narrativo, não sendo
possível afirmar qual desses tipos textuais nele predomina.
( ) Certo
( ) Errado
231
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
232
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
233
O sentido original do texto e sua correção gramatical seriam mantidos caso seus dois
primeiros períodos passassem a compor um único período, da seguinte maneira: As forças
da natureza são obviamente indiferentes a modos de produção, tempo e espaço, mas, são as
estruturas sociais que determinam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre
mais.
( ) Certo
( ) Errado
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
O terceiro parágrafo do texto apresenta exemplos que confirmam a tese defendida no texto:
com a pandemia de covid-19, os contrastes sociais eclodiram em todas as regiões do
planeta.
234
( ) Certo
( ) Errado
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
235
RESPOSTAS:
341:D 342:E 343:C 344:C 345:E 346:C 347:E 348:C 349:C 350:C 351:E 352:C 353:E 354:E 355:E
356:C 357:C 358:E 359:E 360:E
236
361ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
237
300 mil pessoas e deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera matou
9 mil pessoas.
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
238
POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-
brasil/noticia/maior-fronteira-agricola-
-mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov.
2021. Adaptado.
a) com o fim de
b) dessa forma
c) apesar de
d) porque
e) quando
239
POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-
brasil/noticia/maior-fronteira-agricola-
-mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30 nov.
2021. Adaptado.
240
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
O caráter público dos textos oficiais exige que eles sejam escritos de forma estritamente
impessoal, característica que se observa em:
c) Os porteiros têm direito a ter pausa para o almoço e a receber por horas extras
trabalhadas.
241
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
“E eu, espantada com seu espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem
gradeada, fiquei sem saber o que dizer.” (parágrafo 7)
243
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
b) “No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer-se num aceno, quando alguém passar.” (parágrafo 4)
d) “Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só
teve um choque: as grades.” (parágrafo 7)
e) “Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora.” (parágrafo 8)
244
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha senhora que tem por hábito
sentar-se na calçada observando as manhãs, constrói uma crítica
245
a) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, sem o apoio e o carinho
de sua família.
b) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é percebido por quem se
afasta da cidade por um tempo e retorna.
c) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há muito já deveriam ter
sido abandonados pela população.
d) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que foram sendo colocadas aos
poucos ao redor de todos nós.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
246
Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos
tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
247
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.
No primeiro parágrafo do texto CG2A1-I, o elemento “que”, em “que, por sua vez, teria o
poder de decisão”, refere-se a
a) “Talião”.
b) “Hamurabi”.
c) “O código”.
d) “soberano”.
e) “o interessado”.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
248
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
Texto CG2A1-I
249
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
Cada uma das próximas opções apresenta uma proposta de reescrita para o primeiro
período do primeiro parágrafo do texto CG2A1-I. Assinale a opção em que a proposta
apresentada mantém a coerência e a correção gramatical do texto.
a) Já nos séculos XVII a XXI a.C., era possível encontrar vestígios da existência do direito
de acesso à justiça no Código de Hamurabi, em cujas leis tiveram inspiração a frase
da Lei de Talião “Olho por olho, dente por dente”.
250
b) Sinais do direito de acesso à justiça já podiam ser encontrados no decorrer dos
séculos XXI a XVII a.C., no Código de Hamurabi, cujas leis eram fundamentadas na
seguinte famosa frase da Lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente”.
d) No período entre os séculos XXI a XVII, já existia indícios do direito de acesso à justiça
na Lei de Talião, chamada de Código de Hamurabi, pela máxima “Olho por olho,
dente por dente”.
e) Nos séculos XXI a XVII a.C., era possível já encontrar traços da garantia do direito de
acesso a justiça nas leis do Código de Hamurabi, onde foram embasadas na famosa
sentença “Olho por olho, dente por dente” da Lei de Talião.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
251
Nesse sentido, o legislador constituinte não só concedeu a possibilidade de acesso aos
tribunais, como também estabeleceu a criação de mecanismos adequados para garanti-la e
efetivá-la. O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como o acesso obtido tanto
pelos meios alternativos de solução de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e
das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e eficiente, a toda e qualquer pessoa.
É a pacificação social com a realização do escopo da justiça.
a) descritiva.
b) argumentativa.
c) expositiva.
d) narrativa.
e) injuntiva.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
252
A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a consagração efetiva do direito de
acesso à justiça, com a intensificação da luta dos movimentos sociais por igualdade social,
cidadania plena, democracia, efetivação de direitos fundamentais e sociais e efetividade da
justiça.
c) é definido na Constituição Federal de 1988, mas não tem efetividade no mundo real.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
253
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
254
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
255
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
256
No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de
proporcionalidade entre as orações que formam o período.
( ) Certo
( ) Errado
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações
climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”,
a substituição da conjunção “e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a
coerência do texto.
( ) Certo
( ) Errado
257
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço
básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao
terremoto que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram
utilizadas para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as
vítimas, das quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das
Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
361:C 362:E 363:B 364:C 365:C 366:D 367:C 368:D 369:A 370:D 371:B 372:B 373:C 374:E
375:D 376:C 377:E 378:C 379:C 380:E
258
381ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Especialista em Gestão de
Telecomunicações
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
259
satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades
que promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
Em “muito mais do que um serviço básico” (primeiro parágrafo), a retirada do vocábulo “do”
não comprometeria a correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
260
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de
Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.
261
Em ‘Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo’ (décimo terceiro
parágrafo), a palavra ‘aí’ expressa ideia de lugar.
( ) Certo
( ) Errado
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.
Em ‘Olha, é pontuda, certo?’ (décimo primeiro parágrafo), o emprego da forma verbal ‘Olha’
tem a finalidade de atrair a atenção do interlocutor, sem designar necessariamente o ato de
olhar.
( ) Certo
( ) Errado
262
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço
básico; são um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas.
Isso será ainda mais verdade no mundo de amanhã.
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto
que devastou o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas
para coordenar a ajuda, otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das
quais se precisava desesperadamente. A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e
os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros terminais satélites e colaboraram no
fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as operações de socorro e
limpeza.
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que
promoveram o acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até
a educação. A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de
observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias
ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas.
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o
fosso tecnológico é mais urgente.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
263
c) o termo “daí que” indica uma confirmação da frase anterior;
Em cada frase abaixo há uma oração reduzida sublinhada; a substituição indevida dessa
oração por uma forma nominal equivalente é:
a) Para resolver problemas do país, eu conversaria até com o demônio / Para a solução
dos problemas do país;
d) Não basta salvar focas e baleias. É preciso garantir a vida das crianças / a garantia da
vida das crianças;
c) É uma pobre ilusão achar que o consumo de quinquilharias vai nos fazer modernos /
bugigangas;
264
a) Pagar a dívida externa com a desgraça interna não dá pé;
d) Temos que fazer sacrifícios de cabo a rabo, ou seja, do governo até o operário;
Uma das marcas da estruturação adequada de um texto é a adequação lógica entre seus
componentes, salvo em textos especiais, como no caso do humor.
c) Ninguém está nos negócios por diversão, mas isso não quer dizer que não há
diversão nos negócios;
d) Pessoas persistentes começam seu sucesso onde os outros terminam com fracasso;
e) Uma empresa que trata mal seus funcionários trata mal seus clientes.
Um antigo ministro brasileiro declarou certa vez: “O grande mal do Brasil tem sido o crime
sem castigo. O que reduz a criminalidade é a certeza da punição”.
Nessa frase, a locução “sem castigo” pode ser adequadamente substituída por “impune”; a
frase abaixo em que uma substituição de uma locução por um adjetivo foi feita de forma
adequada é:
c) Não é permitido fazer em nome de outro o que não podemos fazer em nosso nome /
alheio;
265
e) A noite é a mãe dos pensamentos / pensativa.
Texto 5
Nesse segmento do texto 5, há uma repetição indevida de termos que poderia ser evitada,
mantendo-se o conteúdo original, do seguinte modo:
Texto 5
266
para que as pessoas tenham as ferramentas para localizar evidências, bem como as
habilidades para protegê-las e garantir que sejam utilizáveis em tribunal.
Quando membros do público denunciam crimes cibernéticos, um investigador de crimes
cibernéticos participa da investigação. Isso pode incluir qualquer coisa, desde testar a rede
de um banco para determinar como e quando ocorreu um vazamento de dados até avaliar
um computador individual que pode ter sido usado em um crime. Os investigadores de
crimes cibernéticos podem recuperar e reconstruir dados se forem danificados ou
destruídos, acidental ou intencionalmente. Eles também podem explorar redes de
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de
casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.”
Nesse segmento do texto 5, o trecho sublinhado não está bem estruturado já que não
deveria estar ligado por E ao trecho anterior, por não tratar de assunto a ele relacionado.
a) Quem diz que o futebol não tem lógica não entende de futebol e não sabe o que é
lógica;
d) Você é um ser espiritual imerso em uma experiência humana e não um ser humano
em busca de uma experiência espiritual;
Texto 5
267
computadores, computadores individuais e discos rígidos para identificar evidências de
atividade criminosa” (Netinbag.com).
“Um investigador de crimes cibernéticos é um agente da lei especializado na avaliação de
casos envolvendo crimes de computador. Esse pessoal pode trabalhar para agências policiais
e empresas privadas e também pode ser conhecido como técnico em computação forense.”
Texto 5
De todos os termos destacados nesse segmento do texto 5, o único que tem antecedente
claramente identificado é:
a) Esse pessoal;
268
b) nesse campo;
c) da lei;
d) as pessoas;
e) as habilidades.
Texto 5
“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,
269
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).
Observe a seguinte frase do texto 4: “...fazer indagações, investigações, pesquisas,
perquirições, de natureza filosófica ou científica”.
Nessa frase, o segmento destacado corresponde a uma explicitação de termos anteriores
(indagações, investigações, pesquisas, perquirições).
“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).
270
c) O policial fez alusão a um outro ponto obscuro / aludiu;
“O primeiro passo para delimitar os aspectos gerais do que seria o inquérito policial pode
partir do próprio vernáculo, inquérito, que pode ser entendido como ‘ato ou efeito de
inquirir; conjunto de atos ou diligências com o que se visa a apurar alguma coisa’, ao passo
que o verbo inquirir, do qual o substantivo deriva, pode ser definido como ‘procurar
informações acerca de; indagar; investigar; pesquisar’, ou ainda, ‘fazer indagações,
investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou científica; investigar,
indagar, pesquisar, esquadrinhar’.
Assim, sob um ponto de vista geral, podemos entender o inquérito como o conjunto de atos
e diligências que, por meio de investigação, pesquisa e perquirição, busca apurar as causas
de algo” (Jusbrasil.com.br).
“...fazer indagações, investigações, pesquisas, perquirições, de natureza filosófica ou
científica; investigar, indagar, pesquisar, esquadrinhar.”
e) um conjunto de definições.
RESPOSTAS:
381:C 382:C 383:E 384:E 385:C 386:E 387:A 388:C 389:E 390:E 391:A 392:C 393:D 394:C
395:A 396:B 397:B 398:B 399:C 400:B
271
401ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo
Leia a charge.
c) pouca relação de sentido entre ambos, uma vez que a charge não explicita a que
tempos atuais está se referindo.
d) diálogo entre ambos, uma vez que mostram a limitação econômica devido às altas
taxas de desemprego na indústria.
O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
272
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.
a) inquieto; ajuste.
b) conturbado; ágio.
c) assustador; coação.
d) preocupante; contratempo.
e) desconhecido; dificuldade.
273
Mais inflação, juros e dúvidas
O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.
a) Além disso, haverá tempo para a procura de novos fornecedores de adubos, para
substituir a Rússia, se for o caso.
d) ... a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos
impulso para avançar.
274
e) ... quando será realizada a reunião periódica do Copom, o Comitê de Política
Monetária do Banco Central (BC).
O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.
A frase final do texto – De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo,
neste ano. – permite concluir corretamente que
a) a economia vive às voltas com erros, o que deverá ser comum principalmente com a
pressão inflacionária.
275
c) a retomada da economia é inevitável, o que certamente refletirá em um cenário
amistoso e sem erros.
d) o ano de 2022 é tão atípico na economia que nenhum país do mundo terá espaço
para tolerância na área.
e) a situação econômica brasileira exige cautela, uma vez que o cenário é marcado por
muitas incertezas.
O Brasil pode chegar ao fim do ano com inflação de 7%, o dobro da meta oficial, e juros
básicos avançando para 14%, segundo projeções do mercado financeiro, turbinadas pela
recente alta do petróleo e dos alimentos no mercado internacional. A insegurança
econômica gerada pela guerra na Ucrânia e pelas sanções impostas à Rússia torna mais
escuro um horizonte já nublado. Apesar do cenário mais preocupante, a maioria dos
especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast continua prevendo uma alta de juros de
10,75% para 11,75% na próxima semana, quando será realizada a reunião periódica do
Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC).
O aperto mais forte da política monetária virá em seguida, e poderá prolongar-se mais do
que se estimava antes da guerra. As possibilidades de recuperação econômica a partir de
2023, já muito limitadas, tornam-se mais problemáticas com as pressões inflacionárias e
com as novas incertezas. Pelas projeções do mercado conhecidas na última segunda- -feira,
o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 0,42% neste ano e 1,5% no próximo. Se as
condições de crédito ficarem piores do que se esperava, as famílias serão mais pressionadas,
a retomada do emprego será mais complicada e a atividade econômica terá menos impulso
para avançar.
O cenário já tenebroso inclui uma inflação já muito alta, uma produção industrial com 9
quedas em 12 meses e vendas do varejo 1% abaixo do patamar pré-pandemia. A
recuperação mensal de 0,8% em janeiro ficou longe de compensar a queda de 1,5% em
dezembro e de recriar o dinamismo perdido a partir de 2020. Além do desemprego, também
a alta de preços continua limitando severamente os gastos familiares.
Alguma segurança econômica ainda é garantida pelo agronegócio, com produção
suficiente de alimentos para suprimento interno e para exportação. Problemas de
abastecimento de fertilizantes, em consequência da guerra, geram alguma preocupação.
Mas há estoques e, além disso, o plantio da próxima safra de verão só deverá começar no
segundo semestre. Até lá, as condições internacionais poderão melhorar. Além disso, haverá
tempo para a procura de novos fornecedores de adubos para substituir a Rússia, se for o
caso. De toda forma, o espaço de tolerância para erros será quase nulo, neste ano.
276
a) tem impactado negativamente a qualidade de vida das famílias, acossadas entre a
alta da inflação e as altas taxas de desemprego.
Em conformidade com a norma-padrão e com o sentido da tira, a frase final – Não lembro! –
pode ser substituída por:
277
(Fernando Gonsales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 03.03.2022)
a) agitação.
b) dispersão.
c) emoção.
d) lembrança
e) atenção.
( ) Certo
( ) Errado
278
Quanto aos aspectos linguísticos do texto e às relações sintáticas nele estabelecidas, assinale
a alternativa correta.
a) A expressão “a parede será sua, o piso será seu apenas às meias” (linha 35)
desempenha a função sintática de complemento direto da forma verbal “dirá” (linha
34).
b) O adjetivo “pobre”, em “O homem pobre” (linha 1), poderia, sem prejuízo dos
sentidos do texto, ser deslocado para logo antes do vocábulo “homem” —
escrevendo-se O pobre homem.
279
c) A palavra “Afinal” está empregada, na linha 24, com o mesmo sentido de Por fim, ao
passo que, na linha 29, está empregada com o sentido de Apesar disso.
d) O termo “queria”, no trecho “queria árvores, queria o mar” (linha 29) poderia, em
suas duas ocorrências, ser substituído por desejaria, sem alteração dos sentidos e da
coerência do texto.
e) O sinal de dois-pontos que antecede o trecho “comprar uma casa” (linha 2) tem a
finalidade de introduzir um esclarecimento a respeito da expressão “a aventura da
meia idade” (linhas 1 e 2).
280
No sexto parágrafo do texto, a palavra “localizado” refere-se ao
b) vocábulo “mundo”.
d) homem pobre.
281
O termo “moroso” (linha 24) está empregado no texto com o mesmo sentido de
a) ansioso.
b) vertiginoso.
c) voluntarioso.
d) amoroso.
e) vagaroso.
282
Em relação às ideias e aos sentidos do texto, é correto afirmar que o homem pobre a que se
refere o narrador
283
a) decide morar no décimo segundo andar com base em uma reflexão puramente
racional.
O termo “esplende” (linha 12) está empregado no texto com o mesmo sentido de
resplandece.
( ) Certo
( ) Errado
284
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item.
Ao concluir que “assim é o amor” (linha 11), o autor estabelece uma comparação entre a
ilusão relacionada à percepção de cores das penas de um pavão e a ilusão provocada pelo
sentimento amoroso.
( ) Certo
( ) Errado
O vocábulo “há”, no trecho “Não há pigmentos” (linha 4), poderia, sem prejuízo dos sentidos
e da correção gramatical do trecho, ser substituído por existe.
( ) Certo
( ) Errado
285
416ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRMV - MA / Cargo: Fiscal Médico-Veterinário
A coerência e os sentidos do texto seriam mantidos caso o trecho “Mas andei lendo livros”
(linhas 2 e 3) fosse substituído por Mas venho lendo livros.
( ) Certo
( ) Errado
286
O texto defende a ideia de que o pavão ostenta sua beleza de maneira exibicionista, da
mesma forma que o artista exibe seu esplendor — sua arte — com luxo e vaidade.
( ) Certo
( ) Errado
No trecho “aquelas cores todas” (linha 3), o termo “todas” poderia ser deslocado para
imediatamente antes de “aquelas” — escrevendo-se todas aquelas cores —, sem prejuízo
da correção gramatical do trecho.
( ) Certo
( ) Errado
287
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item.
( ) Certo
( ) Errado
A expressão “recebendo a luz de teu olhar” (linhas 13 e 14) poderia ser reescrita como que
recebe a luz de teu olhar, sem alteração dos sentidos do texto e de sua coerência.
( ) Certo
( ) Errado
288
RESPOSTAS:
401:A 402:D 403:C 404:E 405:A 406:E 407:B 408:E 409:E 410:D 411:E 412:C 413:C 414:E
415:E 416:E 417:E 418:C 419:C 420:E
289
421ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Engenheiro Civil
Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.
“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.
Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”
“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”
(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)
290
Assinale a alternativa em que a nova versão da frase – Se você sabe que a outra pessoa está
disponível, isso lhe dá segurança. – está redigida de acordo com a norma-padrão de
concordância.
b) Pode acontecer que exista pessoas disponíveis que lhe deem segurança.
d) Pode ser que surja algumas pessoas que lhe deem total segurança.
Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.
“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.
Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.
291
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”
“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”
(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)
a) Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia
ser substituída por “a”.
c) Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma
classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo)
d) Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –,
há uma contradição que não é explicada ao longo do texto.
Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.
“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.
292
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.
Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”
“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”
(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)
a) amigos próximos demonstram o seu amor cozinhando um para o outro nas ocasiões
em que se visitam.
d) todos precisam entender que o ser humano tem uma necessidade perene de estar
sozinho.
e) as pessoas não precisam sempre estar a sós, de vez em quando é necessário estar
juntas, mas sem uma interagir com a outra.
293
Quando amor e amizade são construídos pelo silêncio (Texto I)
Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.
“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.
Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”
“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”
(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)
294
c) quando falta segurança no relacionamento entre adultos que dividem o mesmo
espaço, recomenda- -se cada um agir de forma independente.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
295
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
Os trechos destacados na passagem – O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era
muito simpático à etimologia, apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do
latim “calculus”, pedrinha, em referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer
contas. – estão reescritos de acordo com a norma-padrão de regência e conjugação verbal
em:
a) que era um tanto avesso a questões de etimologia ... originou-se do ... de que se
valiam os antigos.
b) que não dava muita atenção à questões de etimologia ... procedeu de ... que
lançavam mão os antigos.
c) que não era muito favorável à estudar etimologia ... descendeu no ... os quais
utilizavam os antigos.
d) que não era adepto a estudar etimologia ... teve origem no ... que faziam uso os
antigos.
e) que se mostrava um tanto hostil para questões de etimologia ... nasceu pelo ... a que
recorriam os antigos.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
296
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
297
A expressão tinha esbarrado exprime a noção de
a) ação anterior a outra ação no passado e pode ser substituída por teria esbarrado.
b) ação anterior a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrara.
c) ação simultânea a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrou.
d) ação simultânea a outra ação no passado e pode ser substituída por vinha
esbarrando.
e) ação posterior a outra ação no passado e pode ser substituída por esbarrava.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
298
O vírus nasceu na linguagem científica, mas era altamente contagioso. Acabou se
tornando epidêmico no vocabulário comum de diversas línguas. O vírus da palavra penetrou
no vocabulário da computação em 1972, como nome de programas maliciosos que se
infiltram num sistema para, reproduzindo-se, colonizá-lo e infectar outros.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
299
Tal conhecimento, argumentou o genial autor de “A Biblioteca de Babel”, não nos
permite “dominar os arcanos da álgebra”. Verdade: ninguém aprende a calcular estudando
etimologia.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
Considere a passagem:
300
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
301
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
a) Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava.
b) O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para
como a linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo
permaneceriam trancadas.
c) Foi como metáfora venenosa que, já às portas do século 20, saiu do frigorífico
clássico para voltar ao quentinho das línguas.
d) Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os –
idiomas.
302
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
303
Escrito no início da pandemia de covid-19 em nosso país, o texto expressa um ponto de vista
O escritor argentino Jorge Luis Borges, que não era muito simpático à etimologia,
apontou a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim “calculus”, pedrinha, em
referência aos pedregulhos usados antigamente para fazer contas.
O que Borges não disse é que o estudo da história das palavras abre janelas para como a
linguagem funciona, como produz seus sentidos, que de outro modo permaneceriam
trancadas. É pouco?
Exemplo: a história de “calculus” não ensina ninguém a fazer contas, mas a do vírus
ilustra muito bem o mecanismo infeccioso que opera dentro dos – e entre os – idiomas.
O latim clássico “virus”, empregado por Cícero e Virgílio, é a origem óbvia da palavra sob
a qual se abriga a apavorante covid-19. Ao mesmo tempo, é uma pista falsa.
Cícero e Virgílio não faziam ideia da existência de um troço chamado vírus. Este só seria
descoberto no século 19, quando o avanço das ciências e da tecnologia já tinha tornado
moda recorrer a elementos gregos e latinos para cunhar novas expressões para novos fatos.
Contudo, a não ser pelo código genético rastreável em palavras como visgo, viscoso e
virulento, fazia séculos que o “virus” latino hibernava. Foi como metáfora venenosa que, já
às portas do século 20, saiu do frigorífico clássico para voltar ao quentinho das línguas.
304
Em 1898, o microbiologista holandês Martinus Beijerink decidiu batizar assim certo grupo
de agentes infecciosos invisíveis aos microscópios de então, com o qual o francês Louis
Pasteur tinha esbarrado primeiro ao estudar a raiva.
No século 21, com o mundo integrado em rede, deu até num verbo novo, viralizar. Foi a
primeira vez que um membro da família ganhou sentido positivo, invejável: fazer sucesso na
internet, ser replicado em larga escala nas redes sociais.
Mesmo essa acepção, como vimos, tinha seu lado escuro, parente de um uso metafórico
bastante popular que a palavra carrega há décadas. No século passado, tornou-se possível
falar em “vírus do fascismo”, por exemplo. Ou “vírus da burrice”.
Antigamente, quando se ignorava tudo sobre os vírus, uma receita comum que as
pessoas usavam para se proteger do risco de contrair as doenças provocadas por eles era
rezar. Está valendo.
b) Jorge Luis Borges, avesso que era à etimologia, contribuiu com a ciência ao apontar
que o conhecimento da origem das palavras não valida a pesquisa científica.
305
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas dos dois
primeiros quadrinhos.
Vozes da natureza
E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.
306
b) ... não o choro chinfrim do pimpolho...
Vozes da natureza
E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.
Vozes da natureza
E não foi sempre tão gostosa, mesmo, essa manha sem fim dos sapos no banhado?
Ouçam, pois, ouçam todos com o seu melhor ouvido o bicho-nenê. Ouçam-no todos os que
se julgam amantes fiéis da Natureza, e ficarão felizes.
307
O eu lírico explora como assunto principal do texto
Versignassi ressalta uma questão importante: “Não é apagar a história. É uma questão
de saúde pública”.
a) a administração pediu ao diretor da revista que revisasse a edição e, como ela falava
da importância da vacinação, este resolveu que seria melhor arquivá-la.
308
(Fernando Gonsales, “Níquel Náusea”. Folha de S.Paulo, 28.10.2021. Adaptado)
a) desprezo.
b) gracejo.
c) raiva.
d) altivez.
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
309
(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)
1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço
a) mesmo que a data primitiva ainda será observada por parte da população na
Holanda e na Bélgica.
b) uma vez que a data primitiva ainda é observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.
c) tanto que a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.
d) apesar de a data primitiva ainda ser observada por parte da população na Holanda e
na Bélgica.
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
310
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.
1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço
Mantendo o sentido original, o trecho do 1º parágrafo – ... o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar... – está corretamente reescrito em:
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
311
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.
1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço
a) a ideia de associar Papai Noel a São Nicolau foi do americano Thomas Nast.
d) a sociedade atual prefere o Papai Noel de Thomas Nast por causa do tabagismo.
RESPOSTAS:
421:E 422:B 423:E 424:D 425:A 426:B 427:E 428:C 429:E 430:A 431:C 432:E 433:C 434:A
435:D 436:B 437:B 438:D 439:C 440:B
312
441ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM - SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
1
sincretismo: combinação
2
naco: parte, pedaço
a) a origem da figura de Papai Noel decorre da fusão cultural de lendas pagãs e cristãs.
c) a designação de Papai Noel como um mito é errônea, pois é uma figura nebulosa.
313
(https://www.uol.com.br/splash. Adaptado)
a) a opção por viver por conta própria amenizou a tristeza de Horácio, como
exemplificam as expressões “Shuif!”, “Shuif!”.
Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes
permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”,
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o
cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou
sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao
tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da
Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
314
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para
podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é
mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.
A respeito da relação entre cães e humanos, é correto afirmar, com base no texto, que
b) as gerações anteriores não possuíam uma convivência tão próxima com os cães e,
portanto, é possível supor que não havia também uma comunicação tão precisa das
emoções.
Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas
emoções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as
pistas comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes
permitem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem
“contagiados” pelos sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres
incrivelmente sociais, por isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”,
diz Clive Wynne, professor de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também
é verdadeiro, o que significa que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o
cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos, ou
sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao
tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
315
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da
Universidade de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões de
angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para
podermos agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é
mutuamente vantajosa para ambas as espécies”.
a) as emoções dos cães são muito semelhantes às dos seres humanos e diferenciam-se
das dos outros animais.
b) as pessoas imaginam que seus cães são capazes de perceber suas emoções, mas
ainda não há pesquisas que comprovem esse fenômeno.
e) as pesquisas indicam que os cães são contagiados pelas emoções dos donos, mas não
de outros seres humanos.
316
a) sensíveis.
b) impassíveis.
c) receptivas.
d) distraídas.
e) afáveis.
c) A filha admira a mãe por ela demonstrar consciência em relação aos problemas
econômicos do país.
e) O último quadrinho mostra a filha com o rosto coberto por verdura, sugerindo que a
mãe se irritou com seu comentário.
317
O humor da tirinha se dá principalmente
O desafio
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito
318
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído
pelo autor.
O desafio
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
319
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, sinônimos para os termos
em destaque no trecho – Tenho encontrado defensores e detratores.
a) Favoráveis e adeptos.
b) Indagadores e críticos.
c) Escarnecedores e defensores.
d) Apoiadores e difamadores.
e) Caluniadores e concordantes.
O desafio
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for
“preconceito”. Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da
experiência, algo que está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos
cegos que apalpam um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma
espada por tocarem no marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um
terceiro garante que é uma mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…)
Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire].
Encontro bem menos leitores. Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes
de defender ou atacar Paulo Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a
obra, (…) emita sua sagrada opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito
sério. Paulo Freire encarou o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo
de drama: pessoas que possuem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
c) alerta para a seriedade da educação e nega o aspecto sagrado das opiniões que
precisam ser fundamentadas cientificamente.
d) condena os leitores que observam a realidade local para emitir uma opinião, assim
como ocorre na parábola dos cegos.
320
e) sugere que se elabore uma opinião que não defenda nem detrate a obra de Paulo
Freire, visto que a educação é algo sério.
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
321
A frase do texto que tem palavra ou expressão empregada com sentido figurado é:
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
322
(Por Mikaela Salachenski, G1 Minas. Belo Horizonte 27/08/2020 06h00.
Atualizado há um ano. Adaptado)
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
Na frase – Ele conta que vai tentar ao máximo conciliar as duas coisas... (8º parágrafo) – o
termo destacado em negrito significa
a) desunir.
b) rever.
c) harmonizar.
d) concordar.
e) contestar.
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
323
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
a) lida bem com o assédio, tanto nas redes como nas ruas, embora considere que
existem algumas situações embaraçosas.
b) desaprova a atitude de algumas mulheres que exageram nas cantadas e isso o deixa
com muita raiva.
c) diz que prefere os xavecos de mulheres aos votos de pessoas desejando que ele se
saia bem no concurso.
d) tem experiência como modelo e está certo de que isso lhe dará boas chances no
concurso de Mister BH.
e) pretende deixar o emprego de gari assim que conseguir o de modelo, pois não acha
que será possível manter os dois.
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
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Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
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Leia o texto para responder à questão.
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
De acordo com o texto, havia alguns meses que Tales Gari estava off-line porque
326
b) receava que estar on-line poderia prejudicar o seu desempenho.
O gari Tales Alves ficou famoso, ganhou as ruas de Belo Horizonte (MG) e as redes sociais
depois de publicar um vídeo contando a sua profissão na internet.
"Às vezes, a ficha custa a cair. Para mim tudo é novo”, disse o gari.
Tales tem 30 anos e duas filhas, uma de 5 anos e outra de 12, a Júlia, que ajudou o pai a
baixar o aplicativo de vídeos e o ensinou a usar as ferramentas disponíveis na rede.
Há menos de cinco meses, ele não tinha perfil em nenhuma rede social. O motivo de ter se
mantido off-line na época é que ele tinha feito este combinado com quem namorava à
época. Mas foi só criar um perfil e publicar o primeiro vídeo que Alves já ficou famoso.
“Eu não tinha noção da proporção que ia tomar. Nas ruas, as pessoas estão me
reconhecendo, pedindo para tirar fotos.”
Tales Gari foi chamado para participar do concurso de mister BH. Ao todo, 30 homens
concorrerão ao título.
Alves já passou por diversas profissões. Ele já serviu à aeronáutica e já foi office boy,
cobrador, repositor de supermercado e, por fim, gari. Mas por que não modelo?
“Muita gente pergunta se eu sou modelo, mas ainda não”, diz o gari. Ele conta que vai
tentar ao máximo conciliar as duas coisas, que lutou muito pelo emprego que tem hoje e,
por isso, ainda não pretende deixá-lo. Ele trabalhava em um supermercado, quando viu, na
empresa que recolhia lixo no local, uma oportunidade de ganhar melhor e insistiu até
conseguir uma vaga.
“O emprego não me faz sentir vergonha, comecei a gostar muito. É o melhor serviço que
já tive até hoje”, diz Alves, sobre a profissão de gari.
Tales Gari tem tentado levar o assédio nas redes e nas ruas da melhor forma. “Estou
tentando absorver isso da melhor maneira, mas tem algumas situações complicadas. Tem
gente que sai fora do padrão, extrapola”, diz ele, referindo-se ao assédio.
Alves disse que as pessoas têm carinho por ele e, por isso, não fica com raiva e leva na
esportiva cantadas como “Ô, lá em casa” e “Vai recolher lixo lá em casa”. Mas não são
apenas xavecos que ele ganha. “Tem gente que passa de carro e me deseja sorte e sucesso
no concurso”.
O gari ainda não fez nenhum trabalho como modelo e vai concorrer ao homem mais
bonito de Belo Horizonte.
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(https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2020/08/27/
gari--gato--que-faz-sucesso-nas-redes-sociais-vai-concorrerao
-mister-bh.html Acesso em 15.11.2021)
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
328
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
No trecho do 6º parágrafo do texto “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades
sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida...”, a
expressão em destaque pode ser substituída corretamente por:
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
329
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
a) divergência.
b) exclusão.
c) aprovação.
d) deferimento.
e) concordância.
330
Investimento em educação na primeira
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
331
No trecho “Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade…” (3º
parágrafo), o termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por
b) Ademais.
c) Em suma.
d) Em primeiro lugar.
e) Desse modo.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
332
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
b) “Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção
nos últimos anos”.
RESPOSTAS:
441:A 442:C 443:C 444:D 445:A 446:E 447:A 448:E 449:D 450:B 451:B 452:C 453:A 454:C
455:D 456:E 457:A 458:A 459:E 460:D
333
461ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara de Suzano - SP / Cargo: Telefonista
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
334
Considerando os argumentos do texto, é correto afirmar que a importância de se investir na
educação pré-escolar reside no fato de que esta
c) não demanda recursos como o ensino superior e traz retornos mais rápidos.
d) cria laços afetivos importantes entre a criança, seus colegas e seus familiares.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
335
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro
ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os
participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na
verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os
participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos
chance de ter cometido crimes”, diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
c) a pesquisa sobre educação infantil realizada nos Estados Unidos em 1962 colaborou
para o desenvolvimento social e econômico do Estado de Michigan.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia
336
eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar
gasto é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro
se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades
cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade –
necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não
participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar
se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas
de obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha
sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra
ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho
profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema
penal.
c) não foi bem-sucedida, visto que o QI dos participantes não apresentou diferenças
significativas.
337
e) o rendimento dos pesquisadores foi de 7 a 10% ao ano por criança estudada,
dependendo do desempenho do profissional.
a) o pai se mantém tranquilo no primeiro quadrinho, mesmo com a notícia de que seus
números estão em baixa.
b) o pai não tem conhecimento das informações trazidas pelo filho, ainda que apareça,
nas imagens, sentado lendo um jornal.
c) o filho apresenta suas demandas pessoais como se fossem dados coletados em uma
pesquisa de satisfação sobre o governo.
d) o pai se refere ao próprio filho como “grupos de interesse”, o que provoca uma
quebra de expectativa no filho.
465ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
338
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…
Assinale a alternativa em que o trecho “Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos
para nos compensar de todos os sofrimentos trazidos pela velhice.” está reescrito de acordo
com a norma-padrão da língua e com as ideias do texto original.
a) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que seja compensados todos
os sofrimentos trazidos pela velhice.
b) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que sejamos compensados de
todos os sofrimentos trazidos pela velhice.
c) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para compensarmos de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice.
d) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que nos compensemos de
todos os sofrimentos trazidos pela velhice.
e) Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para que se compense todos os
sofrimentos trazidos pela velhice.
466ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
339
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…
a) desvalorizado.
b) desmedido.
c) recuperado.
d) elevado.
e) conservado.
467ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
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Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…
e) faz uma descrição pouco real do neto no trecho: “os cacos na mãozinha, os olhos
arregalados, o beiço pronto para o choro” para gerar um efeito cômico.
468ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
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Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso,
de repente lhe caem do céu. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do
matrimônio, sem as dores da maternidade.
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o
tempo passou mais depressa do que esperava. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra,
cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas
crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles de que você se recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou
do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está
a maravilha. Sem dores, sem choros, aquela criancinha da qual você morria de saudades,
símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino seu que lhe é “devolvido”. E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu
direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você
não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todos os
sofrimentos trazidos pela velhice. São amores novos, profundos e felizes, que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu
com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso
malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesmo, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…
a) o melhor momento da vida para se tornar avó é entre quarenta e quarenta e cinco
anos de idade, quando os filhos já estão casados e morando em seus próprios
apartamentos.
b) o apego das avós a seus netos é justificado pela tentativa de evitar que se cause
escândalo e decepção entre os outros membros da família.
d) a relação entre as avós e seus netos é livre das exigências do casamento e dos
sofrimentos envolvidos na maternidade.
e) a chegada dos netos faz com que as avós se esqueçam de seus filhos, que já se
tornaram homens e mulheres irreconhecíveis.
469ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
342
Uma geração de extraterrestres
Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.
343
d) afirmação, tendo como equivalente o termo “indistintamente”.
470ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.
344
a) pouco habituados a viver na natureza, empregam eficazmente a tecnologia de
comunicação para compreenderem o espaço em que vivem.
b) optarem por uma formação mediada pelas tecnologias, ela lhes propicia experiências
do mesmo nível das que tinham as gerações anteriores.
c) beneficiados pela paz e pelos avanços científicos, têm a formação prejudicada por se
valerem de meios que os privam de vivenciar a realidade.
e) serem criticados por terem uma relação muito estreita com os computadores, tiram
enorme benefício dessa relação no que respeita à aprendizagem.
471ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como
todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso
despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de
Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens,
dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.
Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha.
Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as
cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .
Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se
de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que
obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os
monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de
uma moral?
Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a
sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de
resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas
palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais
o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da
sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço
irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.
Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as
novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período
semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa.
Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não
estávamos preparados para esta transformação?
Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão,
deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira
suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a
contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.
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*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a
domesticação de animais.
a) os desafios para despertar nas pessoas de idade mais avançada o interesse por
tecnologias que poderiam aproximá-las dos mais jovens.
472ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
346
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .
• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4º
parágrafo)
No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito
de
473ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
347
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .
Conforme o autor, a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro,
b) deve sua ruína a sucessivos eventos extravagantes, sem relação com a literatura, cujo
único fim era o de atrair frequentadores ilustres.
d) foi por muitos anos um local privilegiado de difusão cultural, o que não impediu que
sucumbisse ao oportunismo do comércio online.
474ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
348
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .
O termo destacado na frase do 2º parágrafo – ... não se sabe se pelos autores ou se pelas
“madrinhas” deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara. – é empregado pelo autor
para expressar, em sentido
c) próprio, a ideia de que as duas mulheres eram amáveis com os visitantes do local.
475ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
Foi-se embora a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro, fundado há 85
anos – e todo mundo acha normal. Ora, tudo não está morrendo ao nosso redor? Por que
livrarias, logo elas, iriam escapar à destruição que atinge o país inteiro? É a vida – ou a morte
– que segue.
Em sua fase espetacular – entre as décadas de 40 e 60 –, a São José chegou a ter três
lojas e estoque de 100 mil livros. Tornou-se editora e promoveu tardes de autógrafos. A
349
primeira foi um luxo: “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, em 1954. Eram
concorridíssimas – não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades
como Tônia Carrero e Odette Lara.
Ponto de encontro de intelectuais, estudantes e buquinadores1 profissionais, fuçando
nas estantes e bancadas poderiam ser vistos lado a lado figuras tão díspares como o ex-
presidente Eurico Gaspar Dutra e o romancista Lúcio Cardoso. Matando aula na Faculdade
Nacional de Filosofia, foi lá que o cronista Ruy Castro começou sua invejada coleção de
livros.
Não “essenciais”, as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário.
É um setor do comércio que, com a pandemia, recorreu sobretudo à atividade online.
Melhor do que ninguém a Amazon sabe disso e se aproveita para complicar ainda mais a
vida de livreiros e editores. Em recente e-mail, a gigante norte-americana pediu descontos
maiores e aumento na cobrança de taxas de marketing.
Na arte do oportunismo, a Amazon é o carcará de João do Vale na seca do sertão:
pega, mata e come2 .
Nesse texto, o autor analisa um dos assuntos também tratado no texto anterior, destacando
e) o papel decisivo de uma das grandes empresas de vendas online para a ruína do
comércio físico tradicional.
476ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
350
A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas
dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram
vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram
41,9 milhões de exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em
faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o
mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um
resultado favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando
como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.
O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse,
voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
477ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
351
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com
gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.
b) ... mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. (1º parágrafo)
d) ... uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena. (2º
parágrafo)
478ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
352
como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo
para livros recém-lançados.
a) feito com que o hábito de ler fosse renovado, essa mudança se mostrou ineficiente
para alavancar o comércio de livros.
b) estimulado um esboço de aumento do hábito de ler, não tardou a que a leitura fosse
preterida por atividades de lazer online.
Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.
353
Na frase que inicia o 2º parágrafo – Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia...
– o termo destacado estabelece
Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.
a) Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes... (1º parágrafo)
c) Sei que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe... (1º parágrafo)
d) ... um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo. (2º parágrafo)
354
e) Parece que ainda o vejo quando saía de casa... (2º parágrafo)
RESPOSTAS:
461:A 462:B 463:D 464:C 465:B 466:A 467:C 468:D 469:A 470:C 471:E 472:C 473:D 474:D
475:E 476:A 477:B 478:C 479:A 480:D
355
481ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de Jundiaí - SP / Cargo: Farmacêutico
Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e
um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me
fazer os gostos. Tudo dele era para mim. Eu mexia nos seus livros, sujava as suas roupas, e
meu pai não se importava. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa
cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe.
Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía
para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de toda aquela discussão. Sei
que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha mãe aos beijos. E o resto da noite, até ir
me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também.
Eu o amava porque o que eu queria fazer ele consentia, e brincava comigo no chão
como um menino da minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que
era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo.
A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um
coração sensível demais às suas mágoas. Coitado do meu pai! Parece que ainda o vejo
quando saía de casa levado pelos soldados, no dia de seu crime. Que ar de desespero ele
levava, no rosto de moço! E o abraço doloroso que me deu nessa ocasião! Vim a
compreender, com o tempo, porque tinha se deixado levar ao desespero. O amor que tinha
pela esposa era o amor de um louco.
c) a quem tinha amor, pela maneira como era por ele tratado, embora às vezes o
comportamento dele lhe causasse medo.
e) cuja rudeza adquirida pelos dissabores da vida jamais se refletiu na maneira dele de
se comportar como pai e como marido.
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
356
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
357
Os termos destacados nas frases referem-se, respectivamente, a algoritmos:
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
358
1 Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um
problema.
... pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação....
a) imagens e incentivo.
b) camuflada e armadilhas.
c) agradáveis e pensamento.
d) alinhado e anseios.
e) criam e interpretação.
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
359
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
Conforme conclui o autor, o aspecto mais danoso da ditadura por ele analisada diz respeito
a) à ideia equivocada de que uma pessoa possa efetivamente ser manipulada pelo que
é sugerido por um programa de computador.
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
360
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
a) Por ser jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como
programador... (1º parágrafo)
b) Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou triste
com algo... (1º parágrafo)
361
d) Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de consumo
também é mapeado... (4º parágrafo)
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
362
O aspecto ditatorial a que se refere o autor diz respeito ao fato de os algoritmos
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
363
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
e) simplificar a sequência de ações que os usuários precisam realizar para ter acesso às
informações de sites da internet.
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.
364
diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
e) Sua linguagem lhe prega peças. Pergunta-se por que não diz que está vivendo o
tempo, nas horas de ócio e recreação ingênua. Prefere matá-lo a vivê-lo.
365
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
(I) A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados
sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo.
(II) No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor,
mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate.
366
b) (I) condição; (II) concessão.
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
367
As expressões copiosamente, mansuetude e filantropia, destacadas no segundo parágrafo,
têm antônimos, correta e respectivamente, em:
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
368
Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o
amor.
Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece
faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra
M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências
angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.
O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não
importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de
paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive
matando.
Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que
falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e,
consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de
chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o
competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o
argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.
369
Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve
sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de
orgulho intelectual para o matador.
b) a força das palavras se revela quando se percebe que seus sentidos advêm das
conotações a elas atribuídas.
d) é da natureza do homem a ideia de matar, razão pela qual ele tende a produzir e
alimentar conflitos e violência.
Leia a tira.
370
(André Dahmer. Disponível em Sobreotatame.com.
Acesso em 20.06.2021)
É correto afirmar que o efeito de sentido da tira consiste em um comentário crítico que
b) contrapõe perspectivas acerca do que é ser otimista, deixando explícito que otimistas
precisam informar-se sobre a realidade.
e) sugere que otimistas ignoram a realidade, deixando implícito que não são capazes de
aprender.
Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.
371
coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes
para alcançar os propósitos do grupo.
A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.
Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.
372
coletivo, baseando-se nos princípios da cooperação e promovendo a integração das equipes
para alcançar os propósitos do grupo.
A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.
c) garantir que a ação dos liderados seja direcionada para a ascensão na carreira.
Não existe cooperação sem liderança. Um líder pode ser a diferença para o sucesso de
empreendimentos coletivos, nos quais o líder empreendedor deve ser capaz de desenvolver
os talentos e as competências do grupo na busca dos objetivos comuns que se pretende
alcançar. Ele desperta no grupo ou na comunidade o ideal coletivo e mobiliza-os para,
juntos, concretizá-lo, ajudando as pessoas a identificarem as próprias necessidades e a
unirem forças em torno de objetivos comuns.
373
Além disso, incentivam as pessoas a adotarem novas posturas na convergência de ideias,
na convivência com opiniões divergentes e nos seus atos, buscando o atendimento das
necessidades e metas. Com isso, os integrantes das organizações coletivas sabem que
podem contestar e validar opiniões livremente, sem qualquer possibilidade de rejeição e
retaliação.
A nova postura tem como resultados sinérgicos a valorização do ser humano, o exercício
pleno da cidadania e a consecução dos resultados pretendidos pelo grupo ou comunidade.
374
(Quino, Mafalda, Os clássicos da banda desenhada – Edições Devir)
A menina, embora inicie a conversa falando, no primeiro quadrinho, sobre seu pai, nos
outros quadrinhos, dá detalhes sobre o consultório do dentista, no entanto poucas
informações foram acrescentadas.
As expressões em destaque podem ser substituídas, preservando o sentido em que se
encontram no contexto, respectivamente, por:
c) conforme, enquanto.
e) conquanto, contudo.
375
(Quino, Mafalda, Os clássicos da banda desenhada – Edições Devir)
No primeiro quadrinho, a menina fala sobre a ida de seu pai ao consultório do dentista. No
último quadrinho, ela informa sobre a pessoa que vai ao dentista. É correto afirmar que, nos
2º e 3º quadrinhos, ela
Meu filho, John Jr., agora com 16 anos, passara de adolescente barulhento e rebelde a um
introvertido extremado, que gastava todo o seu tempo livre surfando por só Deus sabe que
sites da internet ou jogando videogames violentos. Seu desempenho escolar havia
despencado para um punhado de notas baixas, e ele só manifestava interesse em mergulhar
de cabeça em coisas cibernéticas.
376
[...]
Em menos de uma semana, Sara gingava para lá e para cá, exibindo abertamente a
tatuagem, e, de quebra, uma argola no nariz, para dramatizar sabe-se lá qual afirmação. As
duas semanas de castigo que recebeu por essa estupidez serviram apenas para deixá-la mais
insolente e distante.
a) competente, imprudente.
b) destacado, polida.
c) revoltado, reverente.
d) exagerado, desrespeitosa.
e) consumado, cortês.
Na obra ‘Alice no País das Maravilhas’, a protagonista depara-se com o gato risonho e o
questiona a respeito do caminho correto a seguir. O felino retruca perguntando para onde
ela gostaria de ir e, ao receber a resposta de que “tanto faz, não importa muito para onde”,
responde: “Então, não importa qual o caminho a seguir, qualquer um serve.”
Consequentemente, Alice segue sem rumo em suas viagens.
Desse modo, o planejamento é item que requer atenção especial e, nesse contexto, deve
haver um método de gestão para a utilização ótima dos recursos e a racionalização dos
procedimentos administrativos com melhores resultados, não se restringindo a um
determinado exercício financeiro, sendo, em suma, o esforço pela qualidade total e pela
excelência na administração pública.
377
Executar é colocar em prática o que foi planejado e pressupõe uma adequada estrutura
procedimental, material e humana para a correta operacionalização das ações
governamentais.
(Leandro Luis dos Santos Dall’Olio e Marcus Augusto Gomes Cerávolo, O Ciclo PDCA e o
Planejamento na Administração Pública, em https://jus.com.br - acesso em 10/12/2019 -
Adaptado)
e) explicam que executar é algo que antecede as ações dos agentes governamentais.
RESPOSTAS:
481:C 482:A 483:B 484:B 485:E 486:E 487:C 488:E 489:D 490:B 491:A 492:E 493:C 494:D
495:A 496:C 497:E 498:B 499:D 500:A
378
2 - Classe e emprego de palavras
b) Dinheiro é igual a táxi: quando você mais precisa, ele não aparece;
c) Pode-se ser mais esperto do que outra pessoa, mas não do que todas as outras;
d) Graças a Deus o sol já se pôs e não tenho mais de sair para aproveitá-lo;
e) Família divide o bife, põe mais água no feijão e não demite os filhos.
a) Se achares três mil-réis, leva-os à polícia; se achares três contos, leva-os a um banco;
e) A menina ficou satisfeita quando se deparou com o pai, tão cedo, em casa.
As frases abaixo, que contêm o segmento verbo + advérbio em -mente, tiveram esses
segmentos substituídos de modo a trocar o verbo pelo substantivo correspondente, e o
advérbio por um adjetivo da mesma família.
379
e) A questão merece ser vista detidamente / uma visão detalhada.
Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA é:
a) Para quem não sabe, uma babá é alguém que ganha bom dinheiro só para assistir TV
e ler revistas / desconhece, ignora;
“Amo tudo que é velho: velhos amigos, velhos tempos, velhas maneiras, velhos livros, velhos
vinhos.”
a) velhos tempos, velhas maneiras e velhos livros mostram o valor positivo da tradição;
d) velhos livros e velhos vinhos atribuem ao adjetivo velhos uma qualidade positiva;
a) Ele poderia ser tratado em casa, mas ele foi convencido pelo médico a ser
hospitalizado;
380
b) Magda permanece persuadida de que a velha casa é habitada por fantasmas;
e) Pelas pesquisas de opinião, o candidato está convencido de sua vitória nas eleições.
O verbo pôr foi empregado em todas as frases abaixo, com sentidos bastante variados. A
frase em que esse verbo foi substituído de forma adequada por outro de significado mais
preciso, é:
Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA, é:
b) Não erramos em ter opiniões firmes. Errado é não ter nada além disso / acertamos;
381
d) No jogo de ontem, o melhor time não venceu a partida / perdeu;
Em todas as frases abaixo, foi feita a substituição do advérbio “onde” por um substantivo; a
opção em que essa substituição foi feita de forma adequada, é:
a) Você pode me informar por onde passarão os blocos? / o trajeto dos blocos;
c) Gostaria de saber para onde vão esses caminhões / o futuro desses caminhões;
O verbo ter é um dos mais empregados em língua portuguesa, ocupando o espaço de outros
verbos; a frase abaixo em que a proposta de substituição desse verbo foi realizada de forma
adequada, é:
c) Um dos males de nossa literatura é que os nossos sábios têm pouco espírito /
mostram;
d) Um homem que tem um milhão de dólares sente-se tão bem como se fosse rico / se
apodera de;
e) Ninguém se lembraria do Bom Samaritano se ele tivesse apenas boas intenções; ele
também tinha dinheiro / contivesse.
Nas frases abaixo, os segmentos verbo + advérbio foram substituídos por um só verbo de
sentido equivalente; a frase em que essa substituição foi feita de forma adequada ao sentido
original, é:
382
c) Copiar integral e ilegalmente o trabalho de outro autor / imitar;
Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a opção em que foi feita a
substituição dessa oração por um adjetivo adequado, é:
a) “Neste livro Freud fundou uma nova e ambiciosa psicologia, repleta de novas ideias
sobre a mente humana e seus sonhos”;
Em todas as frases abaixo há orações adjetivas sublinhadas; a frase em que foi proposto um
adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
383
a) Uma doença que se prolonga indefinidamente / hereditária;
Todas as frases abaixo mostram uma forma sublinhada, composta de não + verbo;
substituindo essa forma por um só verbo, de sentido equivalente, a opção INADEQUADA, é:
a) As nações europeias pediram que o exército russo não avançasse em seus propósitos
/ recuasse;
b) O autor declarou que não dispunha de tempo para escrever os demais capítulos da
novela / carecia;
a) relógio importado;
b) roupa elegante;
c) vestido curto;
d) restaurante modesto;
e) local fúnebre.
384
b) Quem comer do fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.
e) Conte as calorias de tudo o que você come e em um mês seu cérebro terá
emagrecido uns dez quilos.
519ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário - Segurança da Informação
“E da minha fidelidade não se deveria duvidar; pois, tendo-a sempre observado, não devo
aprender a rompê-la agora; e quem foi fiel e bom por quarenta e três anos, como eu, não
deve poder mudar de natureza: da minha fidelidade e da minha bondade é testemunha a
minha pobreza.”
Nesse pensamento, o autor utiliza os adjetivos “fiel e bom” e, em seguida, os substantivos
correspondentes “fidelidade” e “bondade”.
520ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-DFT / Cargo: Analista Judiciário - Segurança da Informação
A frase em que a forma verbal sublinhada tem o mesmo valor da que foi sublinhada acima é:
385
RESPOSTAS:
501:E 502:B 503:B 504:B 505:D 506:D 507:B 508:A 509:D 510:A 511:C 512:D 513:E 514:B
515:E 516:D 517:C 518:E 519:B 520:A
386
3 - Emprego do acento indicativo de crase
b) A indústria brasileira de informática cresce à uma taxa de 20% a 25% ao ano, superior
ao que acontece em média no mundo todo.
e) Os países desenvolvidos multam os fabricantes por produtos que têm vida útil
reduzida, o que os torna temerosos à leis mais severas.
387
high bohemians são áreas com alto potencial de crescimento neste milênio. Na visão de
Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos os
holofotes para a economia criativa.
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
Julgue o item seguinte, relativos à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto
precedente.
No trecho “As invenções relacionadas à escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais
inesperados”, o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela fusão de preposição e
artigo feminino em uma locução adverbial de modo.
( ) Certo
( ) Errado
388
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-II
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
389
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
390
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG2A1-I
Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.
391
I A supressão da vírgula empregada logo após “mecanizada” (primeiro período do primeiro
parágrafo) manteria a coesão e a correção textual, uma vez que seu emprego é facultativo
no período.
II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto
período do último parágrafo), é facultativo.
III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo
moderno” (primeiro período).
Texto CG1A1-II
Fabio Zicker. Ciência em prol da saúde global. In: Ciência Hoje,edição 372, dez./2020, p. 53
(com adaptações).
392
Cada uma das próximas opções apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do primeiro parágrafo do texto CG1A1-II: “ações que visem à melhoria das condições e da
qualidade de vida das populações vulneráveis”. Assinale a opção em que a proposta de
reescrita apresentada é gramaticalmente correta com relação ao emprego do sinal indicativo
de crase.
a) ações que visem à significativa melhora das condições e da qualidade de vida das
populações vulneráveis
b) ações que visem à melhoras significativas das condições e da qualidade de vida das
populações vulneráveis
530ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo
A Quadrilha
393
b) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que
acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...”
/ não deveria haver ponto, mas sim uma vírgula após “brasileiras”;
c) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que
acontece, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” /
a forma verbal “acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança
folclórica”;
d) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que
acontecem, geralmente, nos meses de junho e julho em todas as regiões do Brasil...”
/ os nomes dos meses são grafados com letra inicial minúscula;
Texto CG1A1-I
Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no
relacionamento mútuo entre as pessoas. Nasce da ideia ancestral (datada de 1.500 anos
a.C.) de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a
identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do
compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais.
Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo
iluminista, que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.
Na realidade, ubuntu é a expressão compartida de vivências cotidianas. Consiste em uma
forma de conhecimento aplicado que estimula a jornada rumo “ao tornar-se humano” ou
“ao que nos torna humanos” ou, em seu sentido coletivo, a uma humanidade que
transcende a alteridade em todos os níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a “filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de solidariedade, são seus elementos constitutivos.
Claramente, a ética ubuntu está baseada no altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
inclusive, são ideias profundamente conectadas. No conceito africano, entende-se a
felicidade como aquilo que faz bem a toda a coletividade ou ao outro.
Na filosofia ubuntu, acredita-se que a pessoa só é humana por meio de sua pertença a
um coletivo humano, que a humanidade de uma pessoa é definida por meio de sua
humanidade para com os outros, que uma pessoa existe por meio da existência dos outros
em uma relação indissociável consigo mesma, que o valor da humanidade está diretamente
ligado à forma como a pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos outros e, ainda, que a
humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com os outros, sejam eles
quem forem.
A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a
aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os esportes,
o direito, a medicina e a gestão de empresas. Na área de negócios, particularmente, o
ubuntu está sendo traduzido para o mundo corporativo na forma de gestão participativa.
394
Internet: < www.rbac.org.br > (com adaptações).
532ª/ Banca: FGV / Órgão: PC-RJ / Cargo: Perito Criminal - Engenharia Civil
Um determinado gramático pretende corrigir alguns desvios no uso da norma e cita uma
série de exemplos de erros comuns; o exemplo em que a correção proposta mostra
adequação é:
395
consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata;
sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser
punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica
exemplar da punição muda as engrenagens.
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item
seguinte.
Em “sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível” (segundo
parágrafo), o emprego do acento indicativo de crase é facultativo em ambas as ocorrências.
( ) Certo
( ) Errado
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
396
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).
A correção gramatical do texto seria mantida com a substituição do termo “ao”, em “quanto
ao que podem expressar” (primeiro período do primeiro parágrafo), por aquilo.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar
tudo o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade
entre linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos
familiares com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do
transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos
fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com
elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e
insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem
necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de
sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são
apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa
experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e
habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e,
reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
397
Caso fosse inserido o sinal indicativo de crase no vocábulo “a”, no trecho “em meio a uma
crise” (primeiro período do segundo parágrafo), a correção gramatical do texto seria
prejudicada.
( ) Certo
( ) Errado
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item
a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a
opção que indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.
398
b) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.
d) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta
ao gênero humano.
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
a) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos
de Nova York. (American Airlines)
b) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de
metrô, na última semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)
c) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)
d) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
e) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air
France)
399
O Prêmio Nobel de Economia de 2017 foi concedido ao norte-americano Richard Thaler
por suas contribuições no campo da economia comportamental. Thaler é um dos mais
destacados economistas na aplicação da psicologia às análises das teorias econômicas e das
consequências da racionalidade limitada, das preferências pessoais e da falta de
autocontrole. Um desdobramento mais recente dessa área de pesquisa da economia é a
aplicação de insights comportamentais às políticas públicas. Compreender os processos
decisórios, os hábitos e as experiências pessoais das pessoas em situação de pobreza é
essencial para o processo de elaboração de políticas públicas e a sua eficácia. É o que sugere
o estudo do IPC-IG Insights comportamentais e políticas de superação da pobreza, dos
pesquisadores Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique Paiva.
O estudo defende que pessoas em situações de escassez, como a pobreza, têm uma
maior sobrecarga mental, pois estão sujeitas a preocupações que não afetam a vida
daqueles de maior renda, como a qualidade da água consumida ou o acesso à alimentação.
Evitar contrair empréstimos a juros altos é um exemplo da falta de autocontrole que tende a
ser mais frequente e mais onerosa para os pobres. Decisões de longo prazo também tendem
a ser negativamente afetadas pelas sobrecargas associadas à escassez, como retirar os filhos
da escola para buscar algum tipo de trabalho, por conta da perda de emprego dos pais, o
que acarreta consequências negativas para toda a vida da criança.
No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item
que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
521:D 522:E 523:E 524:C 525:D 526:C 527:C 528:B 529:A 530:C 531:A 532:C 533:C 534:E
535:C 536:E 537:D 538:B 539:B 540:C
400
541ª/ Banca: VUNESP / Órgão: AL-SP / Cargo: Analista Legislativo
De nota _______ nota, mestre Romão passava horas rabiscando o papel ou interrogando o
cravo, dedicava-se _______ música, mas não conseguia chegar _______ um resultado
satisfatório. Por isso, passou _______ viver _______ escondidas, com vergonha da
vizinhança.
c) À certo momento, quando a estrada fica livre à frente do jipe, surge uma sensação de
liberdade.
a) O Arlequim é engraçado porque tem a liberdade que o mal confere a quem não sofre
com as algemas do decoro. [concede àquele que]
b) Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia, acompanham a piada e a
humilhação… *perseguem à piada e à humilhação+
401
c) Ser alguém “do bem” é conseguir lidar com nossos próprios demônios… *vir à lidar+
e) Os seres do mal saem, riem, alegram-se com a dor alheia… *festejam à dor alheia+
(Trecho de entrevista de Pablo d’Ors, escritor, padre e discípulo zen – Maria Fernanda
Rodrigues. O Estado de S.Paulo, 07 de outubro de 2021)
a) à … nascem … às … à … à
b) a … nasce … as … à … a
c) a … nascem … às … à … à
d) à … nasce … as … a … à
e) a … nascem … as … a … à
Como crianças, que brincam sozinhas uma ao lado da outra, casais ou amigos aprenderam,
na pandemia, novos modos de se aproximar.
“Quer ler em silêncio sentada ao meu lado no Riverside Park?” Mandei essa mensagem
para uma amiga numa tarde de domingo, em julho. Eu estava exausta e apavorada com a
aproximação das últimas horas do fim de semana – mas não queria ficar sozinha. “Vamos
nos encontrar à uma hora?”, escreveu ela de volta. Arrumei a mochila, animada para passar
mais uma tarde sozinha e com uma amiga.
402
O termo ‘brincadeira paralela’ geralmente é usado quando crianças pequenas brincam de
forma independente, lado a lado, mas também pode ser uma maneira valiosa de pensar no
relacionamento entre adultos. O envolvimento em uma brincadeira paralela é parte
importante de como a criança aprende a interagir com outras e tornar-se um ser social.
Pense em crianças construindo silenciosamente cada uma a própria torre com blocos ou
correndo pelo playground sem realmente interagir. Não se envolvem, mas não estão
brincando totalmente sozinhas.
Quando você não tem um relacionamento seguro, tentar agir de forma independente do
parceiro, enquanto compartilha o mesmo espaço, pode dar errado. A existência de
brincadeiras paralelas em um relacionamento pode ser o termômetro de um
relacionamento saudável.
Sierra Reed, estrategista social e criativa, comentou que seus amigos mais próximos eram
aqueles com quem ela podia estar e não fazer nada. Ela pode trabalhar enquanto um amigo
cozinha, por exemplo. “São pessoas com quem posso estar, sentir o amor e pensar: ‘Isso é
perfeito’.”
“Durante a covid, não podíamos nos afastar com frequência das pessoas com quem
convivemos. Embora eu não ache que sempre precisamos de um tempo a sós, às vezes
precisamos ‘estar juntos, mas sem interação’.”
(Sophie Vershbow, The New York Times. O Estado de S.Paulo, 23 de out.2021. Adaptado)
a) Na frase – Vamos nos encontrar à uma hora? (1° parágrafo) –, a palavra “à” poderia
ser substituída por “a”.
c) Na frase – … tornar-se um ser social. (2° parágrafo) –, o termo ser pertence à mesma
classe gramatical que em – A existência de brincadeiras paralelas em um
relacionamento pode ser o termômetro… (4° parágrafo)
d) Na passagem – … passar mais uma tarde sozinha e com uma amiga. (1° parágrafo) –,
há uma contradição que não é explicada ao longo do texto.
403
546ª/ Banca: VUNESP / Órgão: UNESP / Cargo: Assistente Administrativo II
A relação entre cães e humanos remonta _____ pré-história. Sabe-se que, _____ medida
que lobos selvagens foram sendo domesticados, sua aparência e seu comportamento se
transformaram até atingirem _____ características dos cães atuais.
a) à … a … as
b) a … a … às
c) a … à … às
d) à … à … as
e) à … a … às
A partir desta segunda-feira (18), os alunos das redes estaduais de São Paulo, Bahia e
Mato Grosso voltam ______ aulas 100% in loco. Além deles, mais 11 Estados optaram pelo
presencial. A urgência no retorno ______ escolas é ______ para garantir acesso a mais de 5
milhões de estudantes privados da educação durante a pandemia. Parte das unidades da
rede ainda ______ que seguir no modelo híbrido.
(https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/10/19/ o-assunto-561-aula-
presencial-hora-de-reverter-a-evasao.ghtml. Acesso em 03 nov. 2021. Adaptado)
a) às … às … necessária … terá
b) as … as … necessário … terão
c) às … as … necessária … terão
d) as … às … necessário … terá
e) as … às … necessária … terá
404
b) O empresário dedicou-se à organizar o serviço de limpeza.
a) a ... a ... de
b) à ... a ... em
d) à ... à ... de
e) a ... à ... em
550ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
405
escolhas, em consonância _______ propósitos com que são criados. Por trás do
aparentemente despretensioso objetivo de possibilitar uma experiência agradável, está a
busca _____ estimular o consumo, subsidiada pelo mapeamento de informações que
permite _____ empresas oferecerem produtos compatíveis ______ perfil de cada usuário da
internet.
a) leva-os a agir ... levá-lo à cabo ... permitindo às pessoas chegarem a identificação das
próprias necessidades...
b) leva-os a agir ... levá-lo a cabo ... permitindo às pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...
c) leva-os à agir ... levá-lo a cabo ... permitindo as pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...
d) leva-os à agir ... levá-lo à cabo ... permitindo às pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...
e) leva-os a agir ... levá-lo a cabo ... permitindo as pessoas chegarem à identificação das
próprias necessidades...
406
a) As pessoas lembram sempre de que devem consultar o dentista, mas não ficam a
vontade.
b) Todo bebê, à partir de 6 meses, deveria ser levado no dentista para uma avaliação
bucal.
d) Em relação à saúde, convém que cada um cuide de sua própria higiene bucal.
e) Ele obedeceu à seu pai, mas preferia brincar do que tratar dos dentes.
David Peace tem a doença do neurônio motor, uma condição terminal que afeta seu
cérebro e sistema nervoso de forma gradual. Sabendo da sua morte iminente, ele quer viajar
até uma clínica na Suíça para fazê-lo por conta própria quando tudo ficar insuportável,
enquanto ainda tem controle sobre suas competências mentais.
“Tenho duas opções. Uma é enfrentar uma paralisia progressiva, impossível de parar e
que me afeta por inteiro. A outra é viajar para a Suíça e saber que meu coração vai parar de
bater enquanto eu estiver inconsciente”, diz ele.
David é uma das pessoas que reivindicam uma atualização nas leis da Inglaterra para
permitir que pessoas com doenças terminais tenham direito a uma morte assistida, mas
pessoas contrárias à ideia dizem que deveria existir um foco maior em ajudar pessoas com
doenças de longo prazo para que vivam mais confortavelmente, em vez de ajudá-las a
morrer.
(“Quero decidir morrer enquanto posso”: a luta pelo direito à morte assistida na Inglaterra.
www.bbc.com, 09.08.2021. Adaptado)
Assinale a frase do texto que foi reescrita em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa de emprego da crase:
407
Quanto à ocorrência do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
Os cuidados que precisamos tomar em relação _____ pessoas egoístas devem ser sempre
baseados em suas atitudes em meio _____ sociedade em que vivem, pois muitas vezes elas
agem _____ partir de seus interesses.
a) à … à … à
b) à … a … a
c) a … à … a
d) a … a … à
e) a … à … à
d) Alguns levavam almofadas para se sentar a fim de que os bancos dessem mais
conforto à eles.
e) Os versinhos cantarolados por alguns passageiros mencionavam à Light, que era uma
empresa estrangeira.
A frase elaborada com base no texto apresenta o sinal indicativo de crase corretamente
empregado em:
408
558ª/ Banca: VUNESP / Órgão: TJ-SP / Cargo: Escrevente Técnico Judiciário
Motivação é a energia que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil
encontrar essa motivação. Alguns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um
ano de perdas, dor e problemas relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como
estou me sentindo – nada está terrivelmente errado, mas não conseguimos encontrar
inspiração. Seja qual for a situação em que nos encontramos, um exame mais profundo da
motivação pode nos dar mais incentivo para avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro
incerto.
(Cameron Walker, The New York Times.
Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)
a) à ... à ... a
b) a ... à ... a
c) a ... a ... a
d) à ... à ... à
e) a ... à ... à
Perto do apagão
________a falta de chuvas nos últimos dois meses, inferiores ao padrão já escasso do
mesmo período de 2020, ficou mais evidente a ameaça ________ a geração de energia se
mostre insuficiente para manter o fornecimento até novembro, quando se encerra o
período seco.
Novas simulações do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram agravamento, com
destaque para a região Sul, onde o nível dos reservatórios até 24 de agosto caiu para 30,7%
– a projeção anterior apontava para 50% no fechamento do mês.
Mesmo no cenário mais favorável, que pressupõe um amplo conjunto de medidas, como
acionamento de grande capacidade de geração térmica, importação de energia e
postergação de manutenção de equipamentos, o país chegaria ________ novembro
praticamente sem sobra de potência, o que amplia a probabilidade de apagões.
Embora se espere que tais medidas sejam suficientes para evitar racionamento neste ano,
não se descartam sobressaltos pontuais, no contexto da alta demanda ________ o sistema
será submetido.
409
Se o regime de chuvas no verão não superar a média dos últimos anos, a margem de
manobra para 2022 será ainda menor. Calcula-se que, nesse quadro, a geração térmica, mais
cara, tenha de permanecer durante todo o período úmido, o que seria algo inédito.
Desde já o país precisa considerar os piores cenários e agir com toda a prudência possível,
com foco em investimentos na geração, modernização de turbinas em hidrelétricas antigas e
planejamento para ampliar a resiliência do sistema.
410
c) quem o esconde.
RESPOSTAS:
541:D 542:E 543:A 544:C 545:B 546:D 547:A 548:D 549:D 550:B 551:B 552:B 553:D 554:B
555:C 556:C 557:C 558:B 559:A 560:B
411
561ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Coordenador Censitário Subárea
A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos
demais é:
Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo da crase é utilizado com correção.
a) Raul Basilides Gomes (17), de Fortaleza, Giovanna Girotto (16) e Luã de Souza Santos
(17), de São Paulo exibem com orgulho às suas medalhas, conquistadas na 13ª
Olimpíada Internacional de Astronomia.
b) Todas as estudantes do Estado de São Paulo agradecem à Giovanna Girotto (16) por
representá-las na 13ª Olimpíada Internacional de Astronomia.
412
e) Durante uma semana, 30 jovens foram submetidos à treinamentos intensivos
classificatórios antes da escolha da equipe que participou da 13ª Olimpíada
Internacional de Astronomia.
O trecho “(...) induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que
passou.” (linhas 4 e 5) possui elemento linguístico marcado pelo acento indicativo de crase.
Tal acento é proveniente, no caso em tela, em razão da fusão do artigo “a” com a preposição
“a”, a qual advém da regência do
a) verbo induzir.
b) verbo passar.
c) verbo arrancar.
d) nome homem.
e) nome sombra.
A estilista Jenna Miller, uma loira de 1,70 metro, desembarcou da linha F do metrô nova-
iorquino faltando poucos minutos para as seis da tarde. Levava um tapetinho enrolado
debaixo do braço e o celular na outra mão. “Tô atrasada para a terapia, depois te ligo”, disse
para sua mãe, que tentava falar com ela pela quinta vez. Miller entrou às pressas no edifício
Cable, na avenida Broadway, espremeu-se no elevador quase lotado e expirou fundo: “Ufa,
acho que vai dar tempo.”
I. Ocorre erro de concordância nominal em “1,70 metro”, que deveria ser “1,70
metros”.
II. Há falta do acento indicativo de crase em “para as seis da tarde”, que deveria
ser “para às seis da tarde”, por se tratar de hora certa.
413
III. O segmento “na avenida Broadway” deve vir obrigatoriamente entre vírgulas
pois não pode dispensar a vírgula que o antecede nem a que o sucede.
Assinale
414
Em qual das alterações feitas em “ainda fiel à boa técnica” (ℓ. 25 do Texto III) o emprego do
acento de crase NÃO está de acordo com a norma-padrão?
O acento grave indicativo de crase é necessário e está empregado de acordo com a norma-
padrão em:
c) A volta à Portugal, seu país natal, fez meu pai muito feliz.
a) há fusão da preposição "a", advinda do verbo "ser", com o artigo "a", determinante
de "Presidência".
415
d) há fusão da preposição "a", advinda do nome "candidatos", com o artigo "a",
determinante de "Presidência".
569ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-CE / Cargo: Técnico Judiciário - Área Judiciária
“Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se
imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.
416
Brasil fabricará medicamentos a partir da biodiversidade do país
Para desenvolver a indústria farmacêutica do Brasil, nada melhor do que trabalhar com
aquilo que temos de melhor: dono da maior fauna e flora do planeta, o país ainda tem
milhares de espécies vegetais não catalogadas e que podem contribuir para a fabricação de
medicamentos responsáveis pelo tratamento de diferentes enfermidades.
O uso do acento grave em “À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e
tecnológico em desenvolvimento no Brasil *...+” (4º§) é de uso obrigatório. Indique, a seguir,
o fragmento em que o acento grave foi empregado INCORRETAMENTE.
a) “Primeiro smartphone com leitor de digitais integrado à tela vai ser chinês.”
b) “Florianópolis vive hoje o temor de que 2017 termine com notícias semelhantes às
que estrearam o ano.”
c) “Uma garota de 9 anos teve o cabelo cortado à força por duas tias e duas primas no
último fim de semana.”
417
Ao analisar o uso do sinal grave, indicativo da crase, em “...pedindo providências às
autoridades”, pode-se afirmar que esse fenômeno ocorreu em virtude da exigência da
preposição “a”
Dentre as frases apresentadas a seguir, só NÃO apresenta o correto uso do acento grave,
indicador de crase na Língua Portuguesa:
De acordo com a norma-padrão, o acento grave indicador da crase deve ser utilizado
obrigatoriamente em
418
575ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ / Cargo: Pedagogo
O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma
correta na seguinte alternativa:
a) de 12h às 20 horas;
e) de 12hs a 20 horas.
Em “Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à
biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.” pode-se afirmar que
Além das dimensões semelhantes, Barnard b também está a uma distância em relação a sua
estrela que é considerada da mesma faixa daquela que separa o Sol da Terra. “O planeta
está localizado a uma distância de 0,4 unidades astronômicas - 40% da distância Terra-Sol -
ou 60 milhões de quilômetros de sua estrela”, confirma Ribas.
419
e) A primeira ocorrência de “que” se classifica como pronome relativo; a segunda, como
conjunção subordinativa comparativa.
a) A falta de transporte coletivo traz problemas para as pessoas que vivem na periferia.
b) O centro das cidades foi o primeiro espaço a sofrer com o aumento dos carros.
420
Mas vamos aos poucos. Primeiro é bom lembrar o que houve com o império de Roma. O
poder imperial começou a se esfarelar no século 3, quando ocorreram lutas internas entre
generais e vivia-se uma verdadeira anarquia militar. Para se ter uma ideia, em 50 anos houve
pelo menos 20 imperadores, que foram destituídos um após o outro (alguns inclusive
reinaram simultaneamente, em conflito).
Não era para menos. A economia romana era baseada no trabalho escravo e o suprimento
de escravos dependia da conquista de novos territórios. O problema foi que o reino tornou-
se grande demais para ser administrado, as conquistas minguaram, os escravos escassearam
e a vida boa acabou. A arrecadação de impostos diminuiu e a população pobre começou a
reclamar. Para ajudar, ainda havia o cristianismo (que era contra a escravidão e a riqueza da
elite) e uma peste que varreu a região. Nessa barafunda de problemas, tentou-se de tudo,
até a divisão administrativa do império em dois, o do Ocidente (com sede em Roma) e o do
Oriente (o Império Bizantino), com sede em Constantinopla (onde antes ficava Bizâncio).
Para este último, a solução foi eficaz. Mas o Império Romano do Ocidente, assolado pela
crise econômica, perdeu seu poder militar e foi aos poucos invadido por guerreiros
germânicos. Em 395, a divisão administrativa transformou-se em divisão política e o império
rachou em dois. Deixada à própria sorte, a metade ocidental durou pouco. A queda
definitiva ocorreu em 476, quando a tribo do rei Odoacro derrubou o último chefe de Roma,
Rômulo Augústulo. No Oriente, no entanto, o Império Romano continuou existindo por
quase mil anos, até 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla.
Se o Império Romano resistisse, possivelmente ele seria parecido com sua metade
oriental, diz Pedro Paulo Funari, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em primeiro lugar, o imperador seria também o papa, como em Constantinopla, onde o
imperador governava tudo o que interessava: o Exército e a Igreja. Ou isso ou haveria uma
divisão de poderes com a Igreja. Essa mistureba de papéis provavelmente criaria situações
curiosas, como bispos governando uma província como Portugal, ou melhor, a Lusitânia, e
párocos dirigindo cidades.
A influência religiosa seria ainda maior do que foi na Idade Média ou atualmente. Nas
províncias, o divórcio e o aborto provavelmente seriam proibidos e não seria nenhum
absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como comer peixe às sextas-feiras,
tivessem a força de lei, com penas severas (o açoite, o exílio e a prisão domiciliar eram
comuns) para quem degustasse uma costelinha no dia sagrado.
As línguas derivadas do latim, como o português, o espanhol, o francês e o italiano,
provavelmente seriam muito diferentes. O português, por exemplo, não teria sofrido a
influência das línguas árabe e germânica, já que, nesse nosso mundo hipotético,
possivelmente não ocorreriam as invasões dos germânicos e muçulmanos na península
Ibérica. Palavras de origem árabe e tão portuguesas, como azeite, não fariam parte do nosso
vocabulário.
E o capitalismo? “Provavelmente demoraria mais para acontecer”, afirma Funari.
“Impérios em geral dificultam o desenvolvimento do capitalismo, que depende do
individualismo para se desenvolver. Um Estado muito forte e controlador é um obstáculo”,
diz o historiador. Na Europa, o feudalismo e a fragmentação do poder favoreceram o
surgimento do capitalismo. No Japão, onde houve a fragmentação do Estado e a
implantação de um sistema de shogunato, isso também aconteceu, ao contrário da China,
um império que durou até 1911. Retardado o capitalismo, a colonização da América também
seria outra. E os astecas, incas, tupinambás e guaranis talvez tivessem se desenvolvido mais
e oferecido maior resistência aos europeus. Indo mais longe, um império inca talvez pudesse
existir até hoje. Mas essa é uma outra hipótese.
421
(Lia Hama e Adriano Sambugaro – http://super.abril.com.br/cultura/se-imperio-romano-
nao-tivesse-acabado-444330.shtml?utm_source=
redesabril_super&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_jovem.)
Assinale a alternativa cujo conteúdo apresenta uso indevido do acento grave, indicador de
crase na língua portuguesa.
b) “... não seria nenhum absurdo que alguns costumes alimentares cristãos, como
comer peixe às sextas-feiras, tivessem a força de lei, ...” (6º§)
c) “... não seria nenhum absurdo que costumes alimentares cristãos tivessem a força de
lei com penas severas àquele que degustasse uma costelinha no dia sagrado.”
d) “... assim seria o Velho Mundo se o Império Romano não tivesse se desintegrado:
uma única nação contornando o Mediterrâneo à caminho das costas europeia,
asiática e africana”.
RESPOSTAS:
561:D 562:E 563:C 564:C 565:D 566:B 567:A 568:D 569:A 570:D 571:D 572:C 573:A 574:B
575:D 576:C 577:E 578:C 579:E 580:D
422
581ª/ Banca: IDECAN / Órgão: CRF-SP / Cargo: Jornalista
Para desenvolver a indústria farmacêutica do Brasil, nada melhor do que trabalhar com
aquilo que temos de melhor: dono da maior fauna e flora do planeta, o país ainda tem
milhares de espécies vegetais não catalogadas e que podem contribuir para a fabricação de
medicamentos responsáveis pelo tratamento de diferentes enfermidades.
O uso do acento grave em “À frente de projetos como o Sirius — maior projeto científico e
tecnológico em desenvolvimento no Brasil *...+” (4º§) é de uso obrigatório. Indique, a seguir,
o fragmento em que o acento grave foi empregado INCORRETAMENTE.
a) “Primeiro smartphone com leitor de digitais integrado à tela vai ser chinês.”
b) “Florianópolis vive hoje o temor de que 2017 termine com notícias semelhantes às
que estrearam o ano.”
c) “Uma garota de 9 anos teve o cabelo cortado à força por duas tias e duas primas no
último fim de semana.”
423
Sendo a crase a fusão de vogais idênticas marcadas na escrita pelo acento grave, a frase em
que a palavra em destaque deve ser acentuada, de acordo com a norma-padrão, é:
a) Os pais, inseguros na sua tarefa de educar, não percebem que falta de limites e
superproteção comprometem a formação dos filhos.
c) A atenção e a motivação são condições que levam a pessoa a pensar e agir de forma
satisfatória para desenvolver o processo de aprendizagem.
e) As escolas chegaram a etapa em que os professores estão cada vez mais com
dificuldade para exercer o seu importante papel de ensinar.
424
O acento grave marca, na escrita, o fenômeno da crase, isto é, representa a fusão de dois a.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
ser empregado na palavra destacada em:
425
d) O analfabetismo tecnológico corresponde a uma efetiva exclusão digital, já que
impede as pessoas de usufruírem dos benefícios da tecnologia.
e) A política, à qual não quero mais em minha vida, causou-me muitos problemas.
c) O aquecimento do planeta tem estado aliado a índices muito altos de gases do efeito
estufa liberados pelos países industrializados.
426
d) Os grandes temporais causam imensos danos a população em razão da sua potência
destruidora.
591ª/ Banca: FGV / Órgão: TJ-AL / Cargo: Técnico Judiciário - Área Judiciária
“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde
colocarão à disposição dos usuários e das autoridades”.
O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da
seguinte frase:
c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enormes prejuízos ao seu
desempenho escolar, conforme o depoimento de professores.
e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão de crédito para não serem
surpreendidas com valores muito altos.
427
a) A história da iluminação começou quando o homem construiu, para transportar o
fogo, as tochas primitivas, que pouco a pouco foram aperfeiçoadas.
c) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas
e interfere na observação astronômica.
d) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até
resultar em distúrbios crônicos na saúde.
Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional
gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que
tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um
contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós.
[...]
Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos
ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os
investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também
produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. No entanto, a urgência
frente ao “apagão de mão de obra” tem gerado uma pressão por investimento no ensino
médio. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe
e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social?
428
destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são
submetidos desde pequenos.
Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então,
ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem
dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato
com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de
capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-
se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e
respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de
conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na
forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]
429
d) a ocorrência do termo regente “exposição” e a ocorrência da admissão do artigo “a”
diante do termo por ele regido justificam o uso do acento grave em “à informação”.
“Usando os materiais que tinha à disposição (pedras, ossos, madeiras, o próprio corpo e a
voz), ele foi combinando sons e silêncios das mais diversas maneiras.” O acento indicador de
crase presente no trecho anterior, justifica-se em:
d) Ocorre a fusão da preposição “a” com o artigo “a” mediante uma palavra feminina.
c) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas
e interfere na observação astronômica.
d) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até
resultar em distúrbios crônicos na saúde.
430
599ª/ Banca: IDECAN / Órgão: Câmara de Natividade - RJ / Cargo: Tesoureiro
“... cheguei à conclusão de que a música clássica...” Nessa frase, o acento grave indicativo de
crase resulta da união de uma preposição com um artigo, o mesmo que ocorre em
a) ir àquele lugar.
b) leva à felicidade.
c) saiu às escondidas.
RESPOSTAS:
581:D 582:A 583:E 584:E 585:C 586:A 587:A 588:D 589:D 590:D 591:D 592:E 593:C 594:B
595:D 596:C 597:D 598:C 599:B 600:D
431
4 - Emprego dos sinais de pontuação
Texto 1
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.
Mas uma explicação recente, e intrigante, é esta: pesadelos são um treino do seu cérebro
para enfrentar situações de estresse ou pavor na vida real. Um estudo suíço, de 2019,
mostrou que experimentar medo em sonhos está associado a respostas mais adaptadas a
sinais ameaçadores durante a vigília (o período em que você está acordado). Os
pesquisadores fizeram testes em 89 voluntários e chegaram a uma conclusão
surpreendente: aqueles que relataram mais medo em pesadelos costumavam acordar mais
‘valentes’.
“Essa é uma questão que ainda faz a ciência perder o sono – não há um consenso entre os
pesquisadores.”
Essa passagem, retirada do primeiro parágrafo do texto 1, contém duas partes: uma antes
do travessão e uma após o travessão.
a) consequência;
b) justificativa;
c) proporção;
d) contraste;
e) concessão.
Nas frases abaixo, há uma relação lógica implícita que é sugerida pela pontuação; essa
relação aparece definida de forma adequada na seguinte opção:
432
a) “Ser gênio é fácil. Difícil é encontrar quem reconheça” / concessão.
b) “Comprai a instrução a preço de muito dinheiro, graças a ela ganhareis muito ouro” /
explicação.
d) “Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca está sério” /
comparação.
“na natureza nada é perfeito e tudo é perfeito as árvores podem ser retorcidas vergadas de
modos estranhos e ainda assim são belas”.
Observe esse pensamento, transcrito sem os sinais de pontuação originais e todo ele em
letras minúsculas.
“A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa. É mais uma arte de mestres do que
discípulos; é preciso já ter aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe.”
433
b) Vi quando o táxi capotou;
605ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano
A frase abaixo foi transcrita sem os sinais de pontuação e sem letras maiúsculas:
“A vida é como um balão quando nos deparamos com ventos fortes a solução não é lutar
contra eles mas procurar novas altitudes novos ventos que levem da direção certa”
a) A vida é como um balão; quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes, novos ventos, que levem da direção
certa.
b) A vida é como um balão, quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles, mas procurar novas altitudes. Novos ventos que levem da direção
certa.
c) A vida é como um balão: quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes novos ventos, que levem da direção
certa.
d) A vida é como um balão. Quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles mas procurar novas altitudes, novos ventos que levem da direção
certa.
e) A vida é como um balão: quando nos deparamos com ventos fortes, a solução não é
lutar contra eles, mas procurar novas altitudes, novos ventos, que levem da direção
certa.
606ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Paulo - SP / Cargo: Guarda Civil
Metropolitano
“À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras pelas
quais eu poderia responder à minha situação reagir com amargura ou procurar transformar
o sofrimento em uma força criativa eu decidi seguir o último curso.” (Martin Luther King Jr.)
434
Uma das maneiras correta e adequada de pontuá-lo é:
a) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o último
curso.
b) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação: reagir com amargura, ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o último
curso.
c) À medida que meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa, eu decidi seguir o último
curso.
d) À medida que meus sofrimentos aumentavam logo percebi que havia duas maneiras
pelas quais eu poderia responder à minha situação – reagir com amargura, ou
procurar transformar o sofrimento em uma força criativa: eu decidi seguir o último
curso.
e) À medida que, meus sofrimentos aumentavam, logo percebi que havia duas
maneiras pelas quais eu poderia responder à minha situação, reagir com amargura
ou procurar transformar o sofrimento em uma força criativa. Eu decidi seguir o
último curso.
O filósofo francês Pascal afirmou que: “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza,
a justiça e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo”.
O pensamento acima é dividido em duas partes, separadas pelo emprego dos dois pontos. A
segunda parte mostra:
Quanto à colocação da vírgula, a opção que está em DESACORDO com o padrão formal da
língua é:
435
a) Todas as pessoas assaltadas pela síndrome de burnout, têm agora uma lei para
protegê-las.
b) Em todo o mundo há uma preocupação com a maneira de descartar o lixo por isso, é
sempre preferível corrigir nossos hábitos.
“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele. O psiquiatra cobra o aluguel.”
(Jerome Lawrence) Se trocarmos a pontuação entre as frases por conectivos, a forma
adequada será:
a) O neurótico constrói um castelo no ar, mas o psicótico mora nele ao passo que o
psiquiatra cobra o aluguel.
436
d) O neurótico constrói um castelo no ar e o psicótico mora nele, contudo o psiquiatra
cobra o aluguel.
“Medo todos têm. A diferença é que o covarde não controla o medo, e o corajoso o supera”.
612ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de
Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
437
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O emprego das vírgulas para isolar a oração “que se convencionou chamar de entidade de
fiscalização superior (EFS)” (último parágrafo) confere a tal oração valor explicativo.
( ) Certo
( ) Errado
613ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros
passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve
também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes
gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes
do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de
Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos
questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos
surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia
de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições
e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se,
majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de
origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e
o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de
entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja
finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura
constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa.
Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública:
focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet:
<http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).
No segundo parágrafo, os termos “No Egito”, “na Índia”, “o Senado Romano” e “na Grécia”
são seguidos de vírgula porque expressam circunstância de lugar no início da oração em que
aparecem.
( ) Certo
( ) Errado
438
“Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro; um chefe é um comerciante de
esperanças.” Napoleão Bonaparte
a) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas, por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;
b) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;
c) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;
d) “Não me importo de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam, que eu seria capaz de comer pizza de soja.”;
e) “Não me importo, de me atribuírem todos os pecados do mundo, mas por favor, não
digam que eu seria capaz de comer pizza de soja. ”
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural
não faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles,
tudo é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso
que o homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se
sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
439
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
No trecho “vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e
mato” (sexto período), a inserção de uma vírgula entre “vemos” e “claramente” manteria a
correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
440
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
No segundo parágrafo, a eliminação das vírgulas que isolam o trecho “também conhecidas
como sete-copas” prejudicaria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem. Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.).
Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
441
Caso fosse suprimida a vírgula empregada logo antes da preposição “sem” (terceiro
parágrafo), haveria prejuízo para a correção gramatical do texto, embora seu sentido original
fosse mantido.
( ) Certo
( ) Errado
Muito tem sido escrito e debatido sobre a afirmativa de que a “Internet é terra de
ninguém”. Tal afirmativa não é de hoje, mas ainda alimenta uma sensação de impunidade ou
de falsa responsabilidade do que é postado ou compartilhado na Internet e pelas redes
sociais. A expressão fakes news, em particular, representa um estrangeirismo que mascara
diversos crimes cometidos contra a honra, como injúria, calúnia e difamação. Sob um olhar
semântico, dizer “compartilhei fake news de alguém” não carrega qualquer sentimento de
culpa, ou se carrega, ela é mínima. Agora, dizer “cometi um crime contra honra” já traz
outras implicações, não só de ordem jurídica, mas também de grande responsabilidade
pessoal.
Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, o ponto final empregado logo após
“ela é mínima” (penúltimo período do texto) poderia ser corretamente substituído por
ponto e vírgula.
( ) Certo
( ) Errado
O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão,
utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar
da visão habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada
pelos hábitos e preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que
representa a possibilidade de alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais
elevado e compreendê-la em sua totalidade. A visão do Sol representa não só o alcance da
Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção mais completa, já que o Sol é “a
causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa passagem: “Nos últimos
limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade,
mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida
privada, seja na vida pública.”.
442
De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso
depende de um processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das
aparências, rompe com as cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o
verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina com a visão da forma do Bem, representada
pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o
Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de
modo justo.
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
A supressão da vírgula empregada logo após o vocábulo “Assim”, que inicia o segundo
período do segundo parágrafo, manteria a correção gramatical, embora alterasse o sentido
original do texto.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
601:B 602:B 603:E 604:C 605:E 606:A 607:B 608:A 609:A 610:B 611:A 612:C 613:E 614:A
615:A 616:E 617:C 618:E 619:C 620:C
443
621ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: Telebras / Cargo: Assistente Administrativo
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
444
No trecho ‘Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a
mentira e a inverdade’ (segundo parágrafo), a vírgula empregada após ‘falsa’ justifica-se por
separar orações com sujeitos diferentes.
( ) Certo
( ) Errado
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
445
623ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Cargo: Analista de Apoio à Assistência
Judiciária
Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o
item a seguir.
Em ‘Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes’, a conjunção ‘e’ poderia ser
substituída por ponto e vírgula, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do
texto.
( ) Certo
( ) Errado
446
b) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, possui muitas diferenças na
sua vegetação.
d) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores cada vez mais crescidas.
e) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê que o outono fica mais lindo
quando estamos livres.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
447
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
Texto CG2A1-I
Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível encontrar indícios do direito de acesso à
justiça no Código de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase “Olho por olho,
dente por dente”, da Lei de Talião. O código definia que o interessado poderia ser ouvido
pelo soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.
Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de forma gradual, juntamente com as
transformações sociais que ocorreram durante a história da humanidade.
Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos Estados Unidos da
448
América no conflito, liderando e coordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos
Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e o regime autoritário do Estado
Novo (iniciado em 1937) já não se podia manter.
Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso à justiça foi materializado,
prevendo-se que a lei não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação de direitos
individuais. Esse foi um grande avanço da legislação brasileira, mas não durou muito, já que,
quase vinte anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao Poder Judiciário
foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as
condutas praticadas por membros do governo federal foram excluídas da apreciação judicial.
a) fosse inserida uma vírgula logo após “Constituição de 1946” (quarto parágrafo).
b) fosse inserido o sinal de dois-pontos logo após a forma verbal “definia” (primeiro
parágrafo).
c) fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “ampliado” (segundo parágrafo).
e) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “artigo 5.º” (sexto parágrafo).
No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações
climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”,
449
a substituição da conjunção “e” por uma vírgula manteria a correção gramatical e a
coerência do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o
item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
450
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.
Em ‘Acho que não podia ser mais claro’, a correção gramatical seria prejudicada caso se
inserisse uma vírgula logo após ‘Acho’.
( ) Certo
( ) Errado
Nesse segmento do texto 4, há uma série de vírgulas empregadas pela mesma razão da que
ocorre na seguinte frase:
b) Se uma mulher quer fazer uma coisa, não há homem que consiga impedi-la;
451
d) Eu sou um homem honrado: nunca assassinei, nunca roubei, nunca violei, salvo em
minha imaginação;
Para que esse período inicial do texto 1 mostre construção uniforme e adequada, sua
estruturação deveria ser:
Texto CG1A1-II
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
452
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-I
Seria gramaticalmente correto inserir uma vírgula logo após “tem-se” (primeiro período do
segundo parágrafo).
( ) Certo
( ) Errado
"Segundo a OMS, o sedentarismo está presente em 23% dos adultos; já nos mais jovens,
esse índice é de 81%. Consequência direta do uso de videogames, celulares e
computadores".
453
Assinale a opção correta quanto à pontuação, levando-se em consideração a alteração
frasal:
a) O sedentarismo está presente em 23% dos adultos segundo a OMS. Já nos mais
jovens, esse índice é de 81%, consequência direta do uso de videogames, celulares e
computadores.
b) O sedentarismo está presente, em 23% dos adultos, segundo a OMS. Já nos mais
jovens, esse índice é de 81%, consequência, direta, do uso de videogames, celulares e
computadores.
Texto 2
O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.
Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.
“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.
(Adaptado)
Observe a frase a seguir: “O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do
empresário Pedro e dos outros membros da sua equipe, que morreram em um acidente de
avião na tarde desta sexta-feira”.
454
b) a redundância na expressão “médico legista”;
a) Os críticos são gente que fracassou na literatura e na arte / Os críticos são gente que
fracassou na arte, e na literatura;
b) Na arte não existe passado nem futuro / Na arte não existe futuro, nem passado;
d) O futebol é o mais popular dos esportes / Dos esportes, o futebol é o mais popular;
e) Dois mais três são cinco / Três mais dois, são cinco.
Texto 1
Vejamos, agora, o que nos diz Machado de Assis sobre a autópsia: “Li um termo de
autópsia. Nunca deixo de ler esses documentos, não para aprender anatomia, mas para
verificar ainda uma vez como a língua científica é diferente da literária. Nesta, a imaginação
vai levando as palavras belas e brilhantes, faz imagens sobre imagens, adjetiva tudo, usa e
abusa de reticências, se o autor gosta delas. Naquela, tudo é seco, exato e preciso. O hábito
externo é externo, o interno é interno; cada fenômeno, cada osso, é designado por um
vocábulo único. A cavidade torácica, a cavidade abdominal, a hipóstase cadavérica, a
tetania, cada um desses lugares e fenômenos não pode receber duas apelações, sob pena de
não ser ciência.”
(Adaptado. A Semana, 1830)
No texto 1, Machado de Assis fala das reticências e do seu uso por parte dos autores que
gostam delas. A frase abaixo em que o emprego das reticências expressa uma emoção
intensa é:
455
c) Como sua vida está em perigo, ele vive agora em X..., pequena cidade europeia;
d) Júlio casou ontem e, salvo um milagre (ou de... você sabe do que estou falando...),
vai poder aproveitar o verão antes de nascer o primeiro bebê;
Texto CB2A1-I
Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera
como uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta
dialeticamente como territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente,
mudando paralelamente territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.
Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
A inserção de uma vírgula logo após “Assim”, no início do primeiro parágrafo, manteria a
correção gramatical e a coerência do texto.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB2A1-I
456
migrações agridem o indivíduo, roubando-lhe parte do ser, obrigando-o a uma nova e dura
adaptação em seu novo lugar. Desterritorialização é frequentemente outra palavra para
significar alienação, estranhamento, que são, também, desculturização.
Esse processo é, também, o que comanda as migrações, que são, por si sós, processos de
desterritorialização e, paralelamente, processos de desculturização. O novo ambiente opera
como uma espécie de denotador. Sua relação com o novo morador se manifesta
dialeticamente como territorialidade nova e cultura nova, que interferem reciprocamente,
mudando paralelamente territorialidade e cultura, e mudando o ser humano.
Milton Santos. O espaço do Cidadão. 7.ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2020, p. 81-83 (com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
A oração “o que comanda as migrações” (segundo parágrafo) está empregada entre vírgulas
porque tem caráter explicativo.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
621:C 622:E 623:E 624:B 625:E 626:A 627:C 628:C 629:C 630:C 631:D 632:A 633:E 634:E
635:A 636:C 637:D 638:B 639:E 640:E
457
641ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: IBAMA / Cargo: Técnico Ambiental
Texto CB1A1-I
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB1A1-I
458
De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e
outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e
transmitam doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio
ambiental, causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam
ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam
e alcancem o patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano
trabalhe duro para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre
459
há alguma coisa melhor, maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as
coisas que se possuem e se consomem enchem não apenas os armários, as garagens, as
casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
Caso o trecho “Ao mesmo tempo” (segundo período do terceiro parágrafo) fosse deslocado
para imediatamente após a forma verbal “possuem” e fosse isolado por vírgulas, os sentidos
originais do texto seriam prejudicados, embora sua correção gramatical fosse mantida, feitos
os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas.
( ) Certo
( ) Errado
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
460
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.
( ) Certo
( ) Errado
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
461
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.
( ) Certo
( ) Errado
462
ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade
da justiça.
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
b) inserção de uma vírgula logo após o parêntese que segue o termo “pessoas”.
Texto CG2A1-I
Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
463
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.
II O emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “fazem mal à saúde” (quarto
período do último parágrafo), é facultativo.
III No último parágrafo, o termo “primeiro” (segundo período) faz referência a “mundo
moderno” (primeiro período).
Um estudante e um professor, que haviam marcado uma reunião de estudos após as aulas,
se encontram no corredor e travam o seguinte diálogo:
464
- Estudante: Oi, Paulo, você vai estar no seu gabinete amanhã às três horas, não é?
d) as reticências ao final da fala do professor indicam que algo não foi registrado no
texto;
a) o aposto.
b) o vocativo.
c) o sujeito do predicado.
651ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo
Texto 1
465
Esse trecho do texto 1 pode ser dividido em dois segmentos, divisão marcada pelas
reticências; o segundo segmento mostra a seguinte mudança em relação ao primeiro:
652ª/ Banca: FGV / Órgão: TCE-AM / Cargo: Auditor Técnico de Controle Externo
Texto 3
“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles
dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade. Se grandes são as trevas que
se abatem sobre nossos espíritos, maiores ainda são as nossas ânsias por luz. (…) As
tragédias dão-nos a dimensão da inumanidade de que somos capazes. Mas também deixam
vir à tona o verdadeiramente humano que habita em nós, para além das diferenças de raça,
de ideologia e de religião. E esse humano em nós faz com que juntos choremos, juntos nos
enxuguemos as lágrimas, juntos oremos, juntos busquemos a justiça, juntos construamos a
paz e juntos renunciemos à vingança.“
Leonardo Boff
“Nenhum ser humano é uma ilha… por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles
dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade.”
a) a presença da intertextualidade;
Quarentena de afeto
466
O Brasil tem passado por uma recessão, reflexo do quadro social e sanitário. Ainda
assim, segundo Nelo Marraccini, do IPB, mesmo com as dificuldades impostas pela crise que
veio junto da pandemia, muitas famílias não deixam de cuidar de seu pet.
O abandono aumentou, mas as buscas por adoção subiram 400% de acordo com a
União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).
“Além de roer quase todos os móveis com seus dentinhos afiados, Lily passou a se
sentir a dona da casa entre três e quatro meses, mostrando-se reativa e agressiva. Nesse
momento, eu precisei pesquisar tudo sobre o mercado pet e descobri vários serviços e
produtos. Contratamos, então, o primeiro adestrador e a colocamos na creche para ajustar a
rotina e a socialização. Também conheci os mordedores naturais, que estimulam o instinto
do cão e são importantes na preservação do meio ambiente. Assim, ela extravasa toda
energia e não rói mais os móveis.”
(Revista Proteste)
Em “Em março do ano passado, quatro meses...” (Linhas 11/12), a vírgula serviu para isolar:
a) o aposto.
b) o vocativo.
c) certos predicativos.
d) expressões explicativas.
Texto CG5A1-I
467
— Por que sempre o olho esquerdo? É simples coincidência?
Ele respondeu não; que, por mais normal que seja uma vista, um dos olhos vê mais
que o outro e por isso é mais sensível. Chamou-o de “olho diretor”. E, por ser mais sensível,
disse ele, prende o corpo estranho, não o expulsa.
Quer dizer que o melhor olho é aquele que mais sofre. É a um só tempo mais
poderoso e mais frágil, atrai problemas que, longe de serem imaginários, não poderiam ser
mais reais que a dor insuportável de um cisco ferindo e arranhando uma das partes mais
delicadas do corpo.
Fiquei pensativa.
Será que é só com os olhos que isso acontece? Será que a pessoa que mais vê,
portanto a mais potente, é a que mais sente e sofre. E a que mais se estraçalha com dores
tão reais quanto um cisco no olho.
Fiquei pensativa.
“Guilherme participou da reunião dos diretores com Heitor, na sucursal de Belo Horizonte,
na qual ele voltou a pedir unidade na empresa.”
a) Erros de ortografia.
468
b) Pontuação inadequada.
c) Ambiguidade de termos.
d) Redundância de elementos.
e) Má seleção vocabular.
Em cada uma das opções a seguir é apresentada uma proposta de reescrita para o seguinte
trecho do texto CB1A1-II: “A peste, que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu
ministério, deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo normal dos
egoísmos, tornava, ao contrário, mais acentuado no coração dos homens o sentimento da
injustiça”. Assinale a opção que apresenta a proposta que mantém a correção gramatical e a
coerência do texto.
a) A peste, que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu cargo, deveria reforçar a
igualdade entre nossos concidadãos, pelo jogo normal dos egoísmos tornava, ao
contrário, mais preciso no coração dos homens o sentimento da injustiça.
b) Pela imparcialidade eficaz com que exercia sua função, a peste, que deveria ter
reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo normal dos egoísmos,
tornava ao contrário mais acentuado no coração dos homens o sentimento de
injustiça.
c) A peste que deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo
normal dos egoísmo — pela imparcialidade eficaz com que exercia seu ministério —
tornava o sentimento de injustiça no coração dos homens mais acentuado, ao
contrário.
Texto 2
469
luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto Mussa, A primeira
história do mundo, p. 129)
Texto 2
Texto 2
470
luta – circunstância que lhe garantia o direito de executá-lo.” (Alberto Mussa, A primeira
história do mundo, p. 129)
Nesse segmento narrativo (texto 2), o termo “neto do tuxaua Senembi” está entre vírgulas
pela mesma razão de um outro termo do mesmo segmento, que é:
e) neto de Senembi.
Em todas as frases abaixo há um termo sublinhado; se deslocarmos esse termo para o lugar
na frase marcado por um asterisco, só NÃO vamos precisar obrigatoriamente empregar
vírgulas em:
RESPOSTAS:
641:E 642:C 643:C 644:E 645:E 646:C 647:C 648:B 649:C 650:A 651:B 652:C 653:E 654:A
655:C 656:E 657:C 658:A 659:E 660:E
471
5 - Concordância verbal e nominal
e) Espera-se que até o plantio da próxima safra de verão esteja melhor as condições
internacionais.
472
a) No campo das artes, a Casa Modernista mantêm o prestígio de ser a primeira obra de
arquitetura modernista.
e) Excesso de ornamentação, prática comum nas edificações, não faziam parte das
concepções artísticas do arquiteto ucraniano.
Texto CG1A1-I
Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter
sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro.
Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à
esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez
anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para
realizar essa união de passado, presente e futuro.
473
tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem
valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem
faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o
agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o
ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou
dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia
do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado,
também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para
realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o
presente, o passado e o futuro.
Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações).
666ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
474
d) Há tempos eu não os vejo.
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis
pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram
uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
475
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/> (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
476
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
477
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso o trecho “é o de
mantê-lo em um cerco informativo” (terceiro parágrafo) fosse reescrito da seguinte forma: é
o de lhe manter em um cerco informativo.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é
embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo,
quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu
amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz
afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda
maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o
medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem
as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem
ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para
magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos
espirituais”.
478
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em
Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
A frase – … é um peixe que come outros peixes. – equivale, de acordo com a norma-padrão
do emprego e da colocação pronominal, a:
479
que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (2017). No
planeta vive o 1% das pessoas que detém renda maior que os restantes 99% da população
mundial. Vivem 42 pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que lutam
para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os que têm renda para ficar em
casa e fazer suas compras de alimentos pela Internet, os que não vão comer hoje por causa
da pandemia e os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se isolar e os
que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo apenas, para os quais as palavras
“confinamento”, “isolamento” ou “quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões
de pessoas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas das condições
mínimas de higiene.
No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente,
julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
A concordância, tanto verbal quanto nominal, está de acordo com a norma-padrão em:
480
a) Foi apontado por Borges a inutilidade de saber que a palavra cálculo veio do latim
“calculus”.
b) Usado pelas pessoas antigas para proteção contra doenças, orações parecem
estarem na moda atualmente.
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?” +“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É
uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.
A forma verbal ‘Tem’, na oração ‘Tem uma ponta assim’ (décimo terceiro parágrafo),
concorda com o termo ‘uma ponta’.
481
( ) Certo
( ) Errado
“Os policiais militares são os primeiros a chegar ao local do crime, para isolar a área e
preservar as provas”; nesse segmento do texto 2, as formas verbais “isolar” e “preservar”
poderiam também aparecer no plural “isolarem” e “preservarem”.
c) Uma descoberta consiste em ver o que todo mundo já viu e pensar o que ninguém
pensou;
Texto CG1A1-I
482
A substituição da forma verbal “visam” (primeiro período do primeiro parágrafo) por visa
manteria a correção gramatical do texto.
( ) Certo
( ) Errado
a) Hoje são 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não vejo ele.
b) Hoje é 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não lhe vejo.
c) Hoje são 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não o vejo.
d) Hoje é 9 de janeiro. Vou encontrar o Klaus, pois faz tempo que não te vejo.
RESPOSTAS:
661:B 662:A 663:C 664:B 665:C 666:E 667:C 668:E 669:C 670:C 671:E 672:E 673:A 674:C
675:E 676:D 677:E 678:D 679:C 680:C
483
681ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM-SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar
O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas,
é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é
impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi
fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador
e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa
significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem
parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.
O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa
reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o
nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior
parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes
verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.
Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a
referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau,
personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que
gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as
crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São
Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus,
embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na
Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França)
ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.
Na oração do 3º parágrafo – ... o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade. –,
o uso da preposição “por” mantém-se caso a forma verbal destacada seja substituída por:
a) apropriou-se
b) valeu-se
c) decidiu-se
d) utilizou-se
484
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos
domésticos.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal
de perceber os sentimentos do dono.
Texto 2
O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.
Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.
“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.
(Adaptado)
“Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias...”; esse segmento do texto 2 mostra uma falha gramatical
que pode ser reparada pela seguinte substituição:
485
b) Se Dolores tornara seus dias úteis, ela receberia seu livro.
e) Se Dolores tivesse tornado seus dias úteis, ela teria recebido seu livro.
a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são
relevantes para as políticas públicas.
Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua quanto
às regras de concordância e regência.
486
b) Entre o público da pesquisa existe, além do próprio filho, tigres e meninos brancos de
seis anos.
c) O filho está ansioso em mostrar ao pai o resultado de sua entrevista com os eleitores.
e) O pai não acredita que pode haver eleitores que exigem mesadas mais altas e aulas
de direção.
688ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Câmara Municipal de São José dos Campos - SP / Cargo:
Técnico Legislativo
487
e) As editoras estão se unindo pela defesa da adoção de preços fixos a todo livro recém-
lançados.
A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora
minha empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser
jurássico na área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei
muito bem o que é um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência
de ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número
significativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o
algoritmo fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é
soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo
autoritário ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo
onde um robô ou uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase
naturalmente emoções humanas a partir de um volume monstruoso de informações
publicadas a cada segundo. É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo
do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor
experiência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja
agradável à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a
todas as suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil
de consumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos
anseios da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura
política, pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o
pensamento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam
armadilhas que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões
irracionais que atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo
em que tudo é feito para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e
ver. A ausência do contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer
relação e impede que se mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução
contínua.
1
Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um
problema.
2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
Assinale a alternativa em que a frase redigida a partir das informações do texto atende à
norma-padrão de concordância verbal e nominal.
488
a) Os algoritmos reinam praticamente livre em alguns ambientes da internet, como é o
caso das redes sociais.
b) Há razões de sobra para se crer que os algoritmos possa ser tão autoritários quanto
alguns ditadores políticos.
c) O modo como a internet nos influenciam justifica a ideia de que vivemos na condição
de “escravos do sistema”.
d) O modo como o conteúdo das redes sociais é direcionado objetiva a fidelização dos
usuários aos aplicativos que o publicam.
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da
discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.
489
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG2A1-I
Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a
maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são
adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer
nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas
adoçadas que encontramos nos supermercados.
Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76
gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que
detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o
sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas,
para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.
Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente
sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente
não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para
comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos
receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.
Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a
alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar
adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao
mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o
aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em
1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi
banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida
por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do
século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades
em que são consumidos.
490
a) Muitas pessoas acham o gosto dos adoçantes ruins e que eles fazem mal à saúde, por
isso eles foram ganhando má reputação.
b) O gosto ruim dos adoçantes e o fato de fazerem mal à saúde fez com que eles
ganhassem má reputação junto às pessoas.
c) Muita gente acha o seu gosto ruim e acreditam que faz mal à saúde — isso fez com
que os adoçantes fossem ganhando má reputação.
Texto CG1A1-I
Era o jogo da decisão final do Campeonato Mineiro: Atlético contra América. Torcíamos
apaixonadamente pelo América, não só por ser o time de nossa predileção, mas porque meu
irmão Gérson ia jogar de goleiro, em substituição ao famoso Princesa, que estava
contundido.
Gérson me reservou a primeira surpresa: tinha me arranjado um uniforme completo do
time do América, para que eu entrasse no campo como mascote.
Só o fato de sair do vestiário em meio aos jogadores de verdade já me enchia de emoção.
Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à
assistência. Depois os jogadores se espalharam, fazendo exercícios de aquecimento. Fiquei
por ali, ciscando entre um e outro, a viver a minha grande emoção.
Mas o meu maior momento de glória ainda estava para chegar.
Aos cinco minutos do término da partida, Jico Leite se choca violentamente com Nariz e
rola no chão, contundido.
Pânico nas hostes americanas: todos os reservas já haviam entrado em campo, não sobrara
ninguém para substituições. Que fazer? Segundo as regras daquele tempo, time nenhum
podia jogar desfalcado.
Gérson vem correndo até o banco dos reservas, fala qualquer coisa ao ouvido do treinador,
me apontando, e este se volta para mim, com ar grave:
— Você vai ter de entrar, Fernando.
Não vacilei. Pois, se o América precisava de mim, contassem comigo.
E aconteceu. Jorivê deu a saída do meio de campo, atrasou para Pimentão, que adiantou
para Jacy. Caieira rouba-lhe a bola, passando para Chafir. Chico Preto aliviou, pondo para
fora num chutão.
Chafir fez a cobrança da lateral, dando de presente para Negrão, que, sem perda de
tempo, acionou Bezerra. Quando eu, estrategicamente colocado no setor direito, já pensava
que não daria tempo sequer de intervir numa só jogada, eis que Bezerra faz com que a bola
venha rolando até mim.
Depois de dominá-la, driblei Nariz e tabelei com meu companheiro. Este passou ao Jorivê,
enquanto eu me deslocava para recebê-la de volta. Então disparei num pique, sob o delírio
da assistência, e lá fui eu com minhas perninhas curtas, driblei um, outro, deixei para trás a
defesa adversária. Kafunga abria os braços gigantescos, achei que queria me pegar, e não a
bola. Fiz que chutava, como se fosse encobri-lo, ele pulou. Então passei com bola e tudo por
entre as pernas dele e marquei o gol da vitória.
491
Foi aquela ovação, a torcida delirava. Logo em seguida soou o apito final, e meus
companheiros de equipe correram para me abraçar e carregar em triunfo.
Fernando Sabino. O menino no espelho. Rio de Janeiro: Record, 1991 (com adaptações).
Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita que, além de gramaticalmente
correta, mantém os sentidos do trecho “Gérson me conduzia pela mão, quando nos
alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência.”, no terceiro parágrafo do texto
CG1A1-I.
b) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fosse feito os
cumprimentos de praxe à assistência.
c) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fossem feitos os
comprimentos de praxe à assistência.
d) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fizéssemos os
cumprimentos de praxe à assistência.
Texto CG1A1-I
Ubuntu é uma filosofia moral e humanista africana que se fundamenta nas alianças e no
relacionamento mútuo entre as pessoas. Nasce da ideia ancestral (datada de 1.500 anos
a.C.) de que a força da comunidade vem do apoio comunitário e de que a dignidade e a
identidade são alcançadas por meio do mutualismo, da empatia, da generosidade, do
compromisso comunitário e do trabalho colaborativo em prol de si mesmo e dos demais.
Nesse sentido, o ubuntu se diferencia da filosofia ocidental derivada do racionalismo
iluminista, que coloca o indivíduo no centro da concepção de ser humano.
Na realidade, ubuntu é a expressão compartida de vivências cotidianas. Consiste em uma
forma de conhecimento aplicado que estimula a jornada rumo “ao tornar-se humano” ou
“ao que nos torna humanos” ou, em seu sentido coletivo, a uma humanidade que
transcende a alteridade em todos os níveis interpessoais.
A noção fundamental da ética ubuntu é a “filosofia do nós”. Os princípios de partilha,
preocupação e cuidado mútuos, além de solidariedade, são seus elementos constitutivos.
Claramente, a ética ubuntu está baseada no altruísmo, na fraternidade e na colaboração
entre as pessoas, bem como na bondade, na lealdade e na felicidade. Ubuntu e felicidade,
inclusive, são ideias profundamente conectadas. No conceito africano, entende-se a
felicidade como aquilo que faz bem a toda a coletividade ou ao outro.
Na filosofia ubuntu, acredita-se que a pessoa só é humana por meio de sua pertença a
um coletivo humano, que a humanidade de uma pessoa é definida por meio de sua
humanidade para com os outros, que uma pessoa existe por meio da existência dos outros
em uma relação indissociável consigo mesma, que o valor da humanidade está diretamente
ligado à forma como a pessoa apoia a humanidade e a dignidade dos outros e, ainda, que a
492
humanidade de uma pessoa é definida por seu compromisso ético com os outros, sejam eles
quem forem.
A ideia central de humanidade e colaboração mútua contida no ubuntu permite a
aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a política, a educação, os esportes,
o direito, a medicina e a gestão de empresas. Na área de negócios, particularmente, o
ubuntu está sendo traduzido para o mundo corporativo na forma de gestão participativa.
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do último parágrafo do texto CG1A1-I: “A ideia central de humanidade e colaboração mútua
contida no ubuntu permite a aplicação dessa filosofia em qualquer atividade, tal como a
política, a educação, os esportes, o direito, a medicina e a gestão de empresas.”. Assinale a
opção em que a proposta apresentada mantém a correção gramatical do texto.
Outono
493
Tuas tristezas... o que é feito delas?
Tombaram, como as folhas amarelas
Sobre os tanques azuis... Que desaponto!
O termo “transluz”, no verso “Agora, tudo transluz... tanto mais perto”, no poema Outono,
d) poderia ser substituído por translúcido, sem alteração dos sentidos do texto.
494
A forma verbal em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado em:
Texto CG2A1
495
criação, presta atendimento a mais de 11 milhões de pessoas por dia e realiza
aproximadamente 127 procedimentos por segundo.
O SUS sobreviveu às mudanças de governo e está associado à redução da mortalidade
infantil, ao aumento da expectativa de vida e à melhoria generalizada dos principais
indicadores de saúde no Brasil, nas três últimas décadas. Essa é uma conquista da população
que não pode ser desprezada. Conforme dados de 2019, sete em cada dez brasileiros
dependem, exclusivamente, do sistema público de saúde, o que equivale a 74% da
população do país.
A atenção primária à saúde integral, porta de entrada preferencial no SUS, que garante
atenção oportuna e resolutiva, alcança hoje 50% dos usuários. Com base em evidências
científicas internacionais, a OMS afirma que sistemas de saúde embasados nessa premissa
apresentam melhores resultados, menores custos e maior qualidade de atendimento. Nesse
sentido, os inquestionáveis avanços do SUS a favor das necessidades e dos direitos da
população constituem patamar inabdicável de realizações, conhecimentos e práticas, por
meio do incremento da integração das ações promotoras, protetoras e recuperadoras da
saúde, apoiadas em diagnósticos epidemiológicos e sociais, formação profissional e
processos de trabalho em equipe. Na prática, a resolutividade pode chegar a 90% de
atendimento às necessidades de saúde.
Manoel Carlos Neri da Silva e Maria Helena Machado. Sistema de saúde e trabalho: desafios
para a Enfermagem no Brasil. In: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n.º 1,
jan./2020 (com adaptações).
a) “necessidades”.
b) “realizações”.
c) “ações”.
d) “práticas”.
b) Caso venham a escapar do nosso domínio o que decidem as instituições públicas, nos
sujeitamos ao controle das novas tecnologias.
c) Mesmo que muitos alimentem a ilusão do contrário, parece que logo estaremos
todos submetidos ao poder das novas tecnologias.
496
d) Ainda que não fosse tão decisivo em seu poder revolucionário, as tecnologias
deverão ocupar um espaço de decisão muito maior.
a) Muitas vezes ocorrem que o gênero crônica diga respeito a um texto de assunto
bastante especializado.
b) Não cumprem observar, para a criação das boas crônicas, nenhum estilo
previamente demarcado.
c) São várias as qualidades pelas quais se deixam marcar, em sua genialidade, a crônica
de Rubem Braga.
d) Antonio Candido faz questão de deixar patente na crônica de Rubem Braga suas altas
virtudes estilísticas.
e) Exaltam-se numa boa crônica aqueles aspectos mínimos da vida que podem ganhar
plena relevância.
b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.
RESPOSTAS:
681:C 682:E 683:D 684:E 685:E 686:E 687:E 688:D 689:D 690:C 691:D 692:D 693:B 694:B
695:C 696:E 697:C 698:C 699:E 700:C
497
6 - Acentuação Gráfica
Observe a acentuação das palavras início, bebês, raízes, inóspitos, e assinale a alternativa
que apresenta, pela ordem, as palavras acentuadas segundo as mesmas regras de
acentuação dessas.
( ) Certo
( ) Errado
Os vocábulos “saúde” e “País” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
As palavras “saúde”, “países” e “País” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
498
706ª/ Banca: VUNESP / Órgão: PM-SP / Cargo: Sargento da Polícia Militar
Assinale a alternativa em que as palavras estão grafadas segundo o novo acordo ortográfico.
a) Papai Noel é um generoso velhinho cujo voo pelo céu na noite de Natal povoa a
imaginação de muitas pessoas.
b) Quando se fala em Papai Noel, a idéia que muitas pessoas têm dele é a de um
velhinho de barbas brancas.
d) Ao redor do mundo, as pessoas vêem Papai Noel como o velhinho carismático que
distribui presentes às crianças.
Sobre o excerto “No que concerne à visão negativa, é preciso distinguir o sofrimento que o
trabalho impõe àqueles que têm um emprego [...]”, assinale a alternativa correta.
b) As palavras “impõe” e “têm” são acentuadas pelo mesmo motivo, isto é, por serem
oxítonas.
d) O termo “àqueles” recebe acento indicativo de crase por se tratar de uma palavra
masculina.
708ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 24ª Região (RO) / Cargo: Fiscal
( ) Certo
( ) Errado
499
Seria igualmente correto empregar o acento agudo no vocábulo “ideia” — escrevendo-
se idéia —, por se tratar de palavra proparoxítona aparente.
( ) Certo
( ) Errado
A acentuação gráfica dos vocábulos “têm”, “já” e “pé” justifica-se por serem monossílabos
tônicos terminados, respectivamente, em –em, –a e –e.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
712ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRBio-6ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais
Justifica-se, com base na mesma regra de acentuação, o emprego do acento nas palavras
a) “mamíferos” e “climáticas”.
b) “ciências” e “só”.
c) “também” e “têm”.
d) “zoólogo” e “notável”.
e) “únicos” e “você”.
713ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRBio-6ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra que obrigatoriamente deve ser acentuada,
por ser proparoxítona.
a) “água”
b) “constituída”
c) “móveis”
d) “vítimas”
500
e) “até”
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
716ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais
A frase 10 apresenta dois erros de grafia: um pelo uso de “veem” — o correto seria vêm — e
outro pelo uso de “de novo” — o correto seria denovo.
( ) Certo
( ) Errado
717ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais
501
Com relação ao texto apresentado, julgue o item.
Na frase ‘Essa é apenas a minha segunda temporada de pesca’ (linha 13), é obrigatório o uso
do acento agudo no vocábulo ‘é’.
( ) Certo
( ) Errado
718ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MA - 22ª Região / Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais
As palavras “críticas” e “médica” são acentuadas com base na mesma regra de acentuação
gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
502
RESPOSTAS:
701:B 702:C 703:C 704:C 705:C 706:A 707:A 708:E 709:E 710:E 711:E 712:A 713:D 714:C
715:E 716:E 717:C 718:C 719:C 720:E
503
721ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRP - MG / Cargo: Assistente Administrativo
( ) Certo
( ) Errado
O emprego do acento gráfico em “País” justifica-se pela regra de acentuação gráfica das
palavras oxítonas, tais como “além” e “também”.
( ) Certo
( ) Errado
724ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRQ - 10° Região / Cargo: Agente Fiscal
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
504
As palavras “vírus”, “saúde” e “constituída” são acentuadas graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
Os vocábulos “além”, “têm” e “dê” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
505
b) “A pandemia da Covid-19 impôs a formulação de políticas públicas [...], cujo princípio
geral orientador, [...] para o mundo, as nações, as regiões e até mesmo as
comunidades é “a necessidade de encorajar a ajuda recíproca *...+”.
( ) Certo
( ) Errado
Os vocábulos “até”, “País”, “além” e “está” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
Se você joga lixo na praia para garantir o emprego do gari, então porque não morre para
garantir o emprego do coveiro?
a) A grafia de “porque”.
506
e) A repetição indevida da palavra “garantir”.
507
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Caderno B, p.2, 6
jun. 1970.
No texto, foram empregadas as palavras aí (l. 31) e ótimo (l. 35), ambas acentuadas
graficamente.
Duas outras palavras corretamente acentuadas pelos mesmos motivos que aí e ótimo são,
respectivamente,
a) juíz e ébano
b) Icaraí e rítmo
c) caquís e incrédulo
d) país e sonâmbulo
e) abacaxí e econômia
508
a) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua
última sílaba contém um ditongo crescente átono, ao passo que “países” é
acentuado porque sua sílaba tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.
d) Ambos os vocábulos são oxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem três
sílabas, ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba tônica contém um
ditongo crescente.
737ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 14ª Região (MS) / Cargo: Assistente Administrativo
Os vocábulos “José” (linha 6), “está” (linha 7) e “prevê” (linha 13) são acentuados
graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
738ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRECI - 14ª Região (MS) / Cargo: Advogado
Os vocábulos “têm”, “já” e “é” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos”, “pálidas” e “móveis” justifica-se pela
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
509
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
721:B 722:C 723:E 724:E 725:E 726:E 727:C 728:E 729:E 730:C 731:B 732:C 733:E 734:A
735:D 736:A 737:C 738:E 739:E 740:C
510
741ª/ Banca: Quadrix / Órgão: METRÔ-SP / Cargo: Oficial de Logística e Almoxarifado
(http://www.ivoviuauva.com.br/amigo-secreto-webcomics-brasil-2010/high4-2/)
d) O termo “classe” está sendo usado no sentido figurado, pois se refere aos alunos,
quando seu sentido literal é o ambiente escolar.
511
d) São paroxítonas, pois possuem as penúltimas sílabas tônicas.
743ª/ Banca: Quadrix / Órgão: Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA / Cargo: Fiscal Municipal
( ) Certo
( ) Errado
A supressão do acento gráfico empregado na forma verbal “ficará” (linha 10) comprometeria
a coerência das ideias do texto.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
A palavra “útil” é acentuada por se tratar de uma paroxítona que apresenta, na sílaba tônica,
a vogal aberta u e terminar em l.
( ) Certo
512
( ) Errado
747ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRN - 2° Região (RS) / Cargo: Assistente Administrativo
A mesma regra se explica a acentuação gráfica dos vocábulos “açúcar”, “substância”, “óleo”
e “técnicas”.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
513
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
“O vôo de Santos Dumont foi fruto de uma idéia revolucionária, assim como os micro-
computadores e a rêde que hoje chamamos de Internet”.
O texto 7 é um trecho de redação escolar que não obedece às modificações propostas pelo
Novo Acordo Ortográfico, além de cometer outros erros ortográficos já condenados no
Acordo anterior.
514
As palavras que mostram desobediência ao Novo Acordo são:
A palavra “domínio” recebe acento gráfico por ser paroxítona terminada em ditongo oral.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
515
Internet: <www.unesp.com.br> (com adaptações).
a) Estaria preservada a coerência do texto caso o termo adverbial “já” (linha 1) fosse
suprimido do período, dada a sua função discursiva de realce.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
741:D 742:D 743:C 744:C 745:E 746:C 747:E 748:E 749:E 750:C 751:E 752:C 753:E 754:E
755:D 756:C 757:C 758:C 759:A 760:C
516
761ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CRF-ES / Cargo: Assistente Administrativo e Financeiro
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
517
Com relação à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos
e trechos destacados do texto, julgue o item
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
A acentuação gráfica dos vocábulos “saúde” e “óleos” justifica‐se pelo fato de, em ambos, a
vogal tônica formar, sozinha, uma sílaba.
( ) Certo
( ) Errado
As palavras “saúde” e “útil” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
518
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra acentuada pelo mesmo motivo que é
acentuado o vocábulo “sustentável”.
a) gerações
b) disponível
c) econômico
d) fábricas
e) máximo
A presença ou ausência de acento gráfico nem sempre se repete quando uma palavra está
no singular ou no plural.
Quanto ao emprego do acento gráfico, a seguinte palavra se altera quando vai para o plural:
a) item
b) viúva
c) açúcar
d) fiel
e) técnica
a) juizes
b) rainha
c) coroo
d) veem
e) suada
519
a) “área”; “emergência”; “ambulatórios”.
( ) Certo
( ) Errado
Os vocábulos “País”, “saúde” e “área” são acentuados graficamente pela mesma regra,
a que prevê a acentuação gráfica de palavras cuja vogal tônica esteja sozinha na sílaba ou
seguida de s.
( ) Certo
( ) Errado
520
Assinale a alternativa correta acerca de aspectos linguísticos do texto.
b) Os vocábulos “piora” (linha 40) e “falta” (linha 41) são empregados no texto como
verbos.
Os vocábulos “saúde”, “País” e “Daí” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
Os vocábulos oxítonos “após”, “País” e “até” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
A acentuação gráfica da forma verbal “têm” justifica‐se pela mesma razão da do vocábulo
“também”.
( ) Certo
( ) Errado
522
780ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Analista
A acentuação gráfica dos vocábulos “já”, “três” e “mês” justifica‐se pela mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
761:C 762:E 763:C 764:E 765:C 766:C 767:E 768:E 769:C 770:B 771:D 772:A 773:A 774:E
775:E 776:E 777:C 778:E 779:E 780:C
523
781ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREA-GO / Cargo: Agente Fiscal
Os vocábulos “três” e “têm” são acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
A acentuação gráfica dos vocábulos “conteúdos” e “ódio” justifica-se porque ambos são
paroxítonos com a vogal tônica isolada em uma sílaba.
( ) Certo
( ) Errado
783ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREF - 20ª Região (SE) / Cargo: Agente de Orientação
( ) Certo
( ) Errado
784ª/ Banca: Quadrix / Órgão: CREF - 20ª Região (SE) / Cargo: Assistente Administrativo
Os vocábulos “vêm”, “já” e “também” são acentuados graficamente de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se pela
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
Por que a justiça é representada de olhos vendados, com balança e espada nas mãos?
Em sua versão romana, batizada Justitia, a mesma deusa passa a trazer também a espada e a
venda nos olhos.
524
A venda é um símbolo de imparcialidade: significa que ela não faz distinção entre
aqueles que estão sendo julgados. A balança indica equilíbrio e ponderação na hora de
pesar, lado a lado, os argumentos [contra os acusados e a favor deles]. A espada é um sinal
de força. “A arma implica que a Justiça não pede aos que estão brigando que aceitem sua
decisão. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentará um dos dois
lados em conflito”, diz o advogado Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Público da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A Justiça é associada a figuras
femininas desde a antiguidade. A deusa egípcia Maat (cujo nome deu origem à palavra
“magistrado”) muitas vezes era retratada com uma espada na mão. Na Grécia, o papel cabia
a Têmis, que já trazia uma balança na mão direita. Em sua versão romana, batizada Justitia, a
mesma deusa passa a trazer também a espada e a venda nos olhos.
a) Todas as palavras com a mesma classificação quanto à posição da sílaba tônica que
“pontifícia” devem ser acentuadas.
b) Todas as palavras com a mesma classificação quanto à posição da sílaba tônica que
“católica” devem ser acentuadas.
525
e) As palavras em questão são acentuadas seguindo exatamente a mesma regra de
acentuação.
Senado argentino aprova orçamento de 2019 com medidas de austeridade exigidas pelo
FMI
Orçamento aprovado prevê corte de gastos de cerca de US$ 10 bilhões para tentar
reequilibrar as contas públicas.
O Senado da Argentina aprovou o orçamento para 2019 com uma série de cortes de gastos e
medidas de austeridade exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para assegurar a
liberação de empréstimos no valor de US$ 56 bilhões.
A votação terminou com 45 votos a favor, 24 contra e uma abstenção, e terminou na
madrugada depois de mais de 12 horas de debate.
A aprovação representa uma vitória para o governo do presidente Mauricio Macri, que visa a
reeleição em 2019, e negociou a ampliação do socorro financeiro do FMI, se
comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário.
O orçamento que vai valer em 2019 inclui cortes de gastos de cerca de 400 bilhões de pesos
(cerca de US$ 10 bilhões) em relação ao ano anterior para reduzir o déficit fiscal primário a
zero. Esse índice foi de 3,9% do PIB em 2017 e é projetado em 2,7% em 2018.
Essa meta de equilíbrio fiscal primário seria alcançada com uma redução nas despesas
equivalente a 1,5% do PIB e um aumento na receita de cerca de 1,2% do PIB. Com os
cortes, haverá redução de verbas para gastos [com] saúde, educação, pesquisa, transportes,
obras públicas e cultura, entre outros.
[...]
"Embora o FMI e as autoridades confiem no início de uma reativação gradual a partir do
segundo trimestre de 2019, no melhor dos casos haverá sinais de uma recuperação
significativa na atividade e no emprego no segundo semestre. Mas, no curto prazo, o
programa fiscal tem um efeito inegável de contração sobre a demanda agregada, a atividade
econômica e o emprego", disse à agência AFP o economista Héctor Rubini, da Universidade
do Salvador, em Buenos Aires.
[...]
Entenda a crise
A crise monetária que atinge o país acelerou o aumento dos preços e, desde janeiro, o peso
registrou desvalorização de 50% em relação ao dólar, estimulando a inflação.
O país conseguiu um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI em junho, dos quais já recebeu
US$ 15 bilhões, mas Buenos Aires precisou voltar ao organismo para obter apoio adicional
com desembolsos mais rápido, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário de uma
previsão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
No final de outubro, a direção do FMI aprovou um pacote total de US$ 56,3 bilhões para a
Argentina com o objetivo de ajudar a estabilizar a economia do país.
(Adaptado de g1.globo.com)
526
a) receber acento gráfico, obrigatoriamente, na penúltima sílaba, embora, na linguagem
corrente, esse acento possa ser suprimido.
Mundo arriscado
527
A exemplo de “sincronia” (sem acento, 3° parágrafo), “decepções” (grafado com “ç”, 4°
parágrafo) e “excesso” (grafado com “ex”, 5° parágrafo), estão corretamente escritos, em
conformidade com a ortografia oficial, os termos:
Assinale a alternativa em que a acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
b) Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde
de vendas.
528
Os vocábulos “ciúme”, “atribuída” e “reúne” são acentuados graficamente de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.
( ) Certo
( ) Errado
a) legião; proféticos.
b) angústia; alguém.
c) tecnológicas; experiência.
d) também; paciência.
e) páginas; está.
529
Assinale a alternativa correta em relação a aspectos linguísticos do texto.
a) O vocábulo “e” (linha 1) liga, por adição, duas orações que expressam circunstância
de concessão em relação à oração principal do período.
c) Na linha 30, a oração “que não é natural” constitui uma explicação acessória à
expressão “ritmo de vida”.
530
531
Assinale a alternativa correta quanto à acentuação das palavras destacadas do texto.
a) As palavras "Judeia" (linha 26) e "sereia" (linhas 41 e 54) deixaram de ser acentuadas
para obedecer ao acordo ortográfico em vigor desde 2016.
b) As palavras "Virgílio" (linha 2), "truísmo" (linha 26) e "distraído" (linha 28) recebem
acentos pela mesma regra de acentuação.
d) As palavras "pés" (linha 3) e "nós" (linha 49) recebem acento para marcar a
tonicidade da sílaba, em acordo com a regra que também justifica o acento das
formas verbais "desbancá-la" e "desmascará-la" (linha 45).
e) Devem ser acentuadas graficamente as palavras trissílabas iniciadas pela sílaba am-
ou an-.
532
a) "ecológico" e "sustentável".
b) "patrimônio" e "além".
c) "espécies" e "também".
d) "País" e "Poconé".
e) "está" e "Poconé".
a) teléferico
b) necêssario
c) sorratéiro
d) quilomêtro
e) catatônico
As palavras “países” e “ciência” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica – a que se refere às vogais tônicas provenientes de hiato.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
781:E 782:E 783:E 784:E 785:E 786:B 787:D 788:C 789:D 790:E 791:C 792:C 793:E 794:E
795:C 796:D 797:E 798:E 799:E 800:C
533
7 - Orações coordenadas sindéticas
No contexto, a expressão destacada introduz uma oração que estabelece com a anterior
relação cujo sentido é de
A forma da oração reduzida abaixo que foi adequadamente substituída por uma oração
desenvolvida, de mesmo sentido, é:
c) O chefe pediu para chegarmos sem atraso / O chefe pediu que cheguemos sem
atraso;
d) Era natural os alunos preferirem sair antes da hora / Era natural a preferência dos
alunos por saíram antes da hora;
e) Saíram todos da sala para poderem fotografá-la / Saíram todos da sala para uma
possível fotografia.
Texto 5A2-I
Socorro
534
nem pra rir.
No verso “que esse já não bate nem apanha”, na terceira estrofe do texto 5A2-I, o termo
“que” introduz uma oração
a) coordenada adversativa.
b) coordenada explicativa.
Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era
incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos
uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à
minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá
por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”.
Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente
precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.
“Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa:
exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa
distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a
explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que
se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se
não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que
535
deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas
razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos
defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de
“espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era
o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um
par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por
outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além
da capacidade dos músculos humanos.
Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio
Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.
No trecho “Um par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de
um par por outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras
medidas além da capacidade dos músculos humanos”, no último período do texto, a
substituição de “mas” por entretanto manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
( ) Certo
( ) Errado
(Adaptado de: BARRETO, Lima. Memórias do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1971, p.49)
Estabelece-se entre as ideias das orações Era uma exceção, mas certamente os outros
deviam ser quase semideuses (...) relação de
536
e) nominação, efetuada pelo emprego de substantivos.
806ª/ Banca: FCC / Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP / Cargo: Agente de Saúde
Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a
felicidade obrigatória.
a) finalidade.
b) consequência.
c) explicação.
d) concessão.
e) condição.
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o
item a seguir.
537
A expressão ‘faça o que eu mando, e não o que eu faço’ (Imagem associada para resolução
da questão. (l.3 e 4) apresenta uma oposição de ideias.
( ) Certo
( ) Errado
Constata-se oposição entre as ideias dos seguintes enunciados, separados por barras:
d) Uma rede de telas em forma de “U” coletaria o plástico flutuante // até um ponto
central. (3° parágrafo)
Assinale a alternativa em que o trecho da frase em destaque expressa uma condição para
que um evento possa se realizar.
538
b) O problema é que a Associação Psiquiátrica Americana (APA) tem, desde 73, uma
diretriz...
c) ... autoriza profissionais a dividir com o público seu conhecimento técnico, mas
considera antiético que deem opinião...
d) A ideia é evitar diagnósticos pela TV, bem como tornar mais robusta a separação
entre psiquiatria e política.
a) causa.
b) temporalidade.
c) oposição.
539
d) comparação.
e) finalidade.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-II, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
540
Cristiano Paixão e Ronaldo C Fleury Trabalho portuário — a modernização dos portos e as
relações de trabalho no Brasil São Paulo: Método, 2008, p 17-8 (com adaptações)
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.
A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.
( ) Certo
( ) Errado
813ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 21ª Região (RN) / Cargo: Técnico Judiciário
É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como o
teatro, o clichê “nada se cria, tudo se copia” já seja uma máxima. Alguns estudiosos da
dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O curioso, no entanto, é
constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de 120 anos de vida, tem incorporado
essa máxima.
No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força. Praticamente
todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-americana são
adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV que fizeram sucesso. A
indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma massa de escritores com
contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que escrevem obras literárias já
pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo
de luxo no cinema norte-americano.
Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta sem
precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômica, que faz com
que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores. Essa estratégia,
541
apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco de apostar todas as fichas em
histórias inéditas.
No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros anos do
século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de expressão artística.
O segmento em que se observa uma conclusão a que se chegou a partir das ideias expostas
na oração anterior está em:
a) ... o cinema, que tem menos de 120 anos de vida... (1° parágrafo)
b) ... uma vez que [...] os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de
expressão artística. (último parágrafo)
d) ... dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como o teatro... (1° parágrafo)
542
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos mecanismos de construção da
argumentação do texto CB1A1AAA, julgue o próximo item.
A oração introduzida pela expressão “mas também” (ℓ.8) introduz uma ideia que
complementa e reforça a ideia contida na oração imediatamente anterior a ela.
( ) Certo
( ) Errado
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item a seguir.
A locução “Além de” (ℓ.1) estabelece uma relação de adição no período em que ocorre.
( ) Certo
( ) Errado
Rosely Sayão
543
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que
alimentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter
o corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de
longevidade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos dietas para cardíacos,
para hipertensos, para gestantes, para obesos, para idosos.
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se
encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas
tenham escolhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos
entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.
[....]
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com
regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus
afetos pelos filhos de modo mais natural. (adaptado)
“Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável, livros
oferecem cardápios de populações com alto índice de longevidade”.
Sobre o período e as orações que o constituem (texto 1), é correto afirmar que:
Rosely Sayão
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se
encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas
544
tenham escolhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos
entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.
[....]
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com
regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus
afetos pelos filhos de modo mais natural. (adaptado)
a) explicação;
b) consequência;
c) oposição;
d) exemplificação;
e) causa.
545
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o próximo
item.
No último período do terceiro parágrafo, o trecho “ser o desafio das democracias de massa
para obter legitimidade”, formado por duas orações coordenadas entre si, exerce a função
sintática de sujeito da forma verbal “parece”.
( ) Certo
( ) Errado
546
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
547
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
801:B 802:A 803:B 804:C 805:A 806:C 807:C 808:C 809:E 810:E 811:C 812:C 813:E 814:C
815:C 816:B 817:C 818:E 819:E 820:C
548
821ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP / Cargo: Procurador
“Os fantasmas são frutos do medo: quem não tem medo não vê fantasmas”.
Os dois pontos entre os dois segmentos da frase podem ser adequadamente substituídos
pelo seguinte conectivo:
a) pois.
b) logo.
c) contudo.
d) entretanto.
e) no entanto.
Assinale a opção que indica a frase machadiana em que a conjunção “e” tem valor
adversativo.
a) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao menos crer na fábula, e pouco
apreço dá às demonstrações científicas.”
d) “A amizade lhe fará esquecer o amor; é mais serena que ele e talvez menos exposta a
perecer.”
Em todas as frases a seguir, o conectivo sublinhado tem uma forma equivalente, à exceção
de uma. Assinale-a.
b) “O que eu via parecia um sorriso do universo: pois minha embriaguez entrava pelos
ouvidos e pelos olhos.” / portanto
c) “Se colocassem sob os nossos olhos aquelas coisas que nos fazem atravessar os
mares para conhecê-las, nem faríamos caso delas.” / caso
549
d) “O homem que viaja para ver o mundo todo, cheio de tantas maravilhas, é como um
sapo na sua poça d’água.” / tal qual
e) “Viajar é a ruína de toda felicidade! Não se consegue mais olhar para um edifício
aqui depois de ter visto a Itália.” / após
No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas comporta a
participação direta do povo” (Imagem associada para resolução da questão. (L.17 a 19), a
locução “não apenas (...) mas” introduz no período ideia de adição.
( ) Certo
( ) Errado
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente das demais – por
ter valor aditivo e não adversativo – é
550
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
d) “Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem ela.”
551
a) torna a contextualização da narrativa mais dinâmica.
“Pois bem, é hora de ir: eu para morrer, e vós para viver. Quem de nós irá para o melhor é
algo desconhecido por todos, menos por Deus.” (Sócrates, no momento de sua morte)
a) explicação.
b) conclusão.
c) condição.
d) consequência.
e) causa.
552
No texto CG1A01AAA, a conjunção “pois” (l.22) introduz, no período em que ocorre, uma
ideia de
a) conclusão.
b) explicação.
c) causa.
d) finalidade.
e) consequência.
829ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-SC / Cargo: Auditor Fiscal de Controle Externo
553
Julgue o próximo item, relativos a aspectos linguísticos e às ideias do texto CB2A2BBB.
Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (l.4) fosse substituído
por Por conseguinte.
( ) Certo
( ) Errado
“No entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações
inteiras pode ser proibitivo...” (10º§) O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode
ser substituído por:
a) Portanto.
b) Porquanto.
c) Além disso.
d) Não obstante.
554
No texto I, a conjunção “entretanto” (l.3) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de
a) oposição.
b) adição.
c) condição.
d) causa.
e) consequência.
555
e a sua afirmação como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e
perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus vários
contornos. [...]
O 4º § é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal entre as
informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser substituído sem qualquer
prejuízo semântico por:
a) Todavia.
b) Porquanto.
c) Desde que.
d) Consoante.
556
O vocábulo “Portanto” (l.21) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a
soberania popular uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.
834ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) / Cargo: Analista Judiciário
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o
Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu
caminhava todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão
principal e seguíamos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos
passear à beira do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o
relógio de sol. Mas íamos, sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que
um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu
vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era
um verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de
repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido
de uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar
o pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me
restava na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado,
outras vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles
vinham, de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que
surgiam no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim
Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido
pelo nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas,
originária da Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos
557
multifloros, sendo as sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas
com mácula preta (isto, sim)'', dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje
me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens
todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de
encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma
aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa
memória mínima.
558
Julgue o item subsequente, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos da tirinha
apresentada, da personagem Mafalda.
( ) Certo
( ) Errado
Ainda com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto Para melhor conhecer as
pessoas, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
559
Álcool do mal
De lá para cá, os efeitos nocivos do consumo exagerado ficaram bastante conhecidos. Por
exemplo, provoca gastrite e úlcera, sobrecarrega o fígado e atrofia várias áreas do cérebro,
contribuindo para o aparecimento da demência.
a) adição.
b) comparação.
c) causa.
d) tempo.
e) finalidade.
As férias de verão dos padeiros parisienses não são mais predeterminadas pela prefeitura,
_________ eles podem, _________ desejarem, folgar o tempo que quiserem em julho e
agosto, ________ , devido a essa nova situação, se estime que atualmente 75% das padarias
estejam fechadas em relação ao habitual.
Para que haja coerência entre as ideias desse trecho, as lacunas devem ser preenchidas,
correta e respectivamente, com:
560
839ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TRE-RS / Cargo: Analista Judiciário
561
a) A oração “para obtê-las com maior facilidade" (l. 22 e 23) expressa uma
consequência da ação descrita na oração “de se utilizar do mandato" (l.22).
b) A oração “de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos eletivos" (l. 13
e 14) restringe o sentido do pronome “alguém" (l. 13).
a) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada vez
mais, se rendem, contanto que a vida ficou impossível sem ele.
b) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto,
cada vez mais, se rendem, embora a vida ficou impossível sem ele.
c) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia, cada
vez mais, se rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.
d) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de que,
cada vez mais, se rendem, mesmo se a vida ficou impossível sem ele.
e) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada vez
mais, se rendem, como a vida ficou impossível sem ele.
RESPOSTAS:
821:A 822:E 823:B 824:C 825:B 826:A 827:B 828:A 829:C 830:D 831:A 832:A 833:B 834:B
835:C 836:C 837:A 838:C 839:E 840:C
562
8 - Orações subordinadas adverbiais
A oração “para que, no futuro, pacientes não precisem mais esperar por transplantes”
(linhas 22 e 23) subordina-se à oração anterior, com função adverbial consecutiva, e exprime
uma simples concepção, e não um fato real.
( ) Certo
563
( ) Errado
842ª/ Banca: AOCP / Órgão: Governo do Distrito Federal / Cargo: Policial Penal
Em “Eles jogaram uma espécie de jogo da memória enquanto estavam dentro de uma
máquina de ressonância magnética.”, a relação de sentido mantida entre as orações é de
tempo.
( ) Certo
( ) Errado
“A atriz Bruna Marquezine entrou para o elenco de ‘Besouro Azul’, novo filme de super-
heróis da DC Comics. Essa é a primeira vez que uma produção da DC terá uma personagem
latina no elenco.
Bruna compartilhou uma publicação no seu Instagram, na noite dessa terça-feira (8),
que mostra sua reação no momento em que foi informada pelo produtor John Rickard que
estaria no projeto. A atriz, que se emocionou, interpretará a protagonista feminina Jenny na
história.”
BRUNA Marquezine será a primeira personagem latina nos filmes da DC Comics. CNN
Brasil, 09 de março de 2022. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/bruna-marquezine-sera-a-primeira-
personagem-latina-nos-filmes-da-dc-comics/. Acesso em: 09 mar. 2022.
A partir de suas características formais, pode-se afirmar que a oração grifada é classificada
como:
e) coordenada explicativa.
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
564
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade
são as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica
de um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário,
as grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as
mais ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Em “tinham que lidar com os icebergs que o continente expelia” há uma oração subordinada
a) adjetiva restritiva.
565
b) substantiva objetiva indireta.
c) substantiva subjetiva.
d) adverbial causal.
e) adverbial comparativa.
No período “A possibilidade de uma renda básica universal hoje parece mais improvável, já
que, para distribuir renda para todos, o custo fiscal é maior e o impacto distributivo, menor”
há duas orações adverbiais, uma que expressa circunstância de causa e a outra, de
finalidade.
( ) Certo
( ) Errado
a) condicional.
566
b) concessivo.
c) adversativo.
d) conclusivo.
e) explicativo.
a) substantiva subjetiva.
567
b) substantiva objetiva direta.
d) adjetiva restritiva.
e) adverbial temporal.
Quando eu era criança (e isso aconteceu em outro tempo e em outro espaço), não era
incomum ouvir a pergunta “Quão longe é daqui até lá?” respondida por um “Mais ou menos
uma hora, ou um pouco menos se você caminhar rápido”. Num tempo ainda anterior à
minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora, estará lá
por volta do meio-dia” ou “Melhor sair agora, se você quiser chegar antes que escureça”.
Hoje em dia, pode-se ouvir ocasionalmente essas respostas. Mas serão normalmente
precedidas por uma solicitação para ser mais específico: “Você vai de carro ou a pé?”.
“Longe” e “tarde”, assim como “perto” e “cedo”, significavam quase a mesma coisa:
exatamente quanto esforço seria necessário para que um ser humano percorresse uma certa
distância — fosse caminhando, semeando ou arando. Se as pessoas fossem instadas a
explicar o que entendiam por “espaço” e “tempo”, poderiam ter dito que “espaço” é o que
se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa para percorrê-lo. Se
não fossem muito pressionados, porém, não entrariam no jogo da definição. E por que
deveriam? A maioria das coisas que fazem parte da vida cotidiana são compreendidas
razoavelmente até que se precise defini-las; e, a menos que solicitados, não precisaríamos
defini-las. O modo como compreendíamos essas coisas que hoje tendemos a chamar de
“espaço” e “tempo” era não apenas satisfatório, mas tão preciso quanto necessário, pois era
o wetware — os humanos, os bois e os cavalos — que fazia o esforço e punha os limites. Um
par de pernas humanas pode ser diferente de outros, mas a substituição de um par por
outro não faria uma diferença suficientemente grande para requerer outras medidas além
da capacidade dos músculos humanos.
Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio
Dentzien (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item seguinte.
No primeiro parágrafo do texto, os trechos ‘Se você sair agora’ e ‘Melhor sair agora’
exprimem, respectivamente, a consequência do evento expresso pelo trecho ‘estará lá por
volta do meio-dia’ e o resultado do que é expresso pelo trecho ‘se você quiser chegar antes
que escureça’.
( ) Certo
( ) Errado
568
Ele entrou tarde no restaurante. Poderia ter uns sessenta anos, era alto, corpulento, de
cabelos brancos, sobrancelhas espessas e mãos potentes. Num dedo o anel de sua força.
Sentou-se amplo e sólido.
Perdi-o de vista e enquanto comia observei de novo a mulher magra de chapéu. Ela ria
com a boca cheia e rebrilhava os olhos escuros.
No momento em que eu levava o garfo à boca, olhei-o. Ei-lo de olhos fechados
mastigando pão com vigor e mecanismo, os dois punhos cerrados sobre a mesa. Continuei
comendo e olhando. O garçom dispunha os pratos sobre a toalha. Mas o velho mantinha os
olhos fechados. A um gesto mais vivo do criado ele os abriu com tal brusquidão que este
mesmo movimento se comunicou às grandes mãos e um garfo caiu. O garçom sussurrou
palavras amáveis abaixando-se para apanhá-lo; ele não respondia. Porque agora desperto,
virava subitamente a carne de um lado e de outro, examinava-a com veemência, a ponta da
língua aparecendo — apalpava o bife com as costas do garfo, quase o cheirava, mexendo a
boca de antemão. E começava a cortá-lo com um movimento inútil de vigor de todo o corpo.
Olhei para o meu prato. Quando fitei-o de novo, ele estava em plena glória do jantar,
mastigando de boca aberta, passando a língua pelos dentes, com o olhar fixo na luz do teto.
Julgue o item que se seguem, relativos às ideias e aos aspectos linguísticos do texto
precedente.
( ) Certo
( ) Errado
No trecho “Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com
doenças...” o termo grifado introduz uma oração:
569
Paulo Mendes Campos
Agora, que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro:
Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura, acabarás louca. Aprende, pois, logo de
saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de
todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas
poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz
à gatinha: "Fala a verdade Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso
acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é lugar-
comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão
entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a
resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que
Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que
ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem
mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada
ou viceversa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção
petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo e não cresceu
de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às
pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia,
pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para tua sabedoria de
bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à
Alice: "Gostarias de gato se fosses eu?"
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política,
nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até
irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São
competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é,
tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os atletas chegam
exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É
bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se
tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar.
Se chegares sempre onde quiseres, ganhaste. [...]
a) adição.
570
b) oposição.
c) concessão.
d) conclusão.
e) condição.
TEXTO 1
Observar galáxias distantes nos ajuda a montar o quebra-cabeça do Universo: quanto mais
longe enxergamos, mais ao passado voltamos
Seria legal se pudéssemos passar um filminho revelando a história das galáxias e ver
também como era a Via Láctea no passado. Mas, como não podemos, temos que observar
as galáxias distantes e tentar montar o quebra-cabeça de como esses astros fantásticos
evoluem.
O telescópio espacial Hubble é peça-chave para desvendar essa história. Com ele,
conseguimos captar a luz com mais nitidez, já que ela não sofre interferência da atmosfera,
mas mesmo assim temos que deixá-lo aberto por muito tempo para obter a luz fraquinha
das galáxias distantes.
Em 1995, o ex-diretor do Hubble, Bob Williams, fez a primeira imagem das profundezas do
Universo exatamente assim. A equipe do Hubble escolheu uma região do céu sem nenhuma
estrela brilhante por perto para garantir que não interferisse na imagem das galáxias de
fundo. E deixou o Hubble aberto durante dez dias captando a luz da mesma região. Uma
região do céu que parecia totalmente vazia mostrou uma imagem incrível cravejada de
galáxias.
O Universo é como se fosse uma “máquina do tempo”: quanto mais longe enxergamos, mais
ao passado voltamos. Se vemos uma galáxia a 1 bilhão de anos-luz de nós, significa que a sua
luz levou 1 bilhão de anos atravessando o espaço para chegar até aqui. Ou seja, estamos
vendo a galáxia como ela era há 1 bilhão de anos, no passado, e não como ela é agora.
Desde a imagem histórica feita pelo Hubble, já tivemos muitas outras das profundezas do
Universo. E elas revelam que as galáxias mais longínquas parecem bem pequenas por causa
da distância, como era de se esperar, mas descobrimos também que elas são realmente
menores e não possuem formatos bem definidos. Isso significa que elas crescem e se
transformam com o tempo.
A galáxia mais distante já observada é a GN-z11, que está a 13,4 bilhões de anos-luz de nós!
Ou seja, estamos vendo como ela era quando o Universo tinha apenas 400 milhões de anos.
571
Ela fica na constelação de Ursa Maior e parece um pontinho vermelho na imagem do
Hubble.
Essas galáxias muito distantes estão se afastando aceleradamente de nós, por isso vemos
sua luz sempre mais avermelhada do que deveria ser. Porém, nem os olhos humanos nem o
Hubble conseguem captar o extremo da luz vermelha que precisamos obter para ver mais
além.
Por isso, necessitamos de instrumentos como o telescópio James Webb. Ele captará luz
infravermelha e enxergará ainda mais longe que o Hubble. Seu lançamento está previsto
para 2021, segundo a Nasa, e estamos muito empolgadas com a enxurrada de novas peças
para ajudar a solucionar nosso quebra-cabeça galáctico.
A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de
agradecimento)
A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu
que pessoas escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois estimassem o
quão surpreso e feliz o recebedor ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro
estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever bilhetes de obrigado. Os
pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três
semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e
reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que
expressar gratidão encoraja os outros a continuarem sendo generosos, promovendo, assim,
um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da mesma maneira, pessoas agradecidas
talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade. Falando de
modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as
572
outras tem mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma caracterizada
por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas
pessoas se sentem bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um senso de
elevação, com um consequente reforço da sua consideração pela humanidade. Alguns se
inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais para ajudar a trazer o
melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas
sentem que não são merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás
da bondade, os benefícios da gratidão não se realizarão. Do mesmo modo, receber bondade
pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma sensação de que
precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas
têm confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento.
Em vez de sentir um benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um
mero pagamento do que lhes é devido, pelo qual ninguém merece nenhum crédito moral.
Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de lado oportunidades
por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma
comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma
parte diária de sua vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências sociais e
medicina que não apareceriam por centenas de anos. Ele também estava refletindo a
sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de anos. A gratidão
é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como
hábito estão enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas daqueles à
sua volta.
c) Oração adjetiva explicativa, pois generaliza que toda comunidade tem chance de ser
agradável.
e) Oração adverbial condicional, visto que apresenta uma condição para que a
comunidade seja agradável.
573
855ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TJ-PA / Cargo: Analista Judiciário
No período em que se insere no texto CG1A1-II, a oração “Ao coletar um dado” (R.14)
exprime uma circunstância de
a) causa.
b) modo.
c) finalidade.
d) explicação.
e) tempo.
574
Em “...e que elas não estarão sozinhas se optarem por uma carreira científica.”, o termo SE
introduz uma oração subordinada de valor adverbial:
a) final.
b) causal.
c) proporcional.
d) condicional.
e) temporal.
575
A oração “embora a exposição ao flúor reduza a cárie dentária” (linhas 36 e 37) expressa, no
período, circunstância de
a) causa.
b) condição.
c) concessão.
d) consequência.
e) tempo.
b) Em “O esportista, que não apresentou nota fiscal dos seus equipamentos, foi preso
pela Polícia Federal.”, tem-se uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de
particípio.
c) Em “Conquanto estivesse triste, não voltou atrás em sua decisão.”, tem-se uma
oração subordinada adverbial concessiva.
d) Em “Enviei os e-mails necessários quando voltei das minhas férias.”, tem-se uma
oração subordinada adverbial temporal.
e) Em “Eu só preciso de uma coisa: que a empresa de telefonia cancele o meu plano de
dados.”, tem-se uma oração subordinada substantiva apositiva.
TEXTO
576
Pouco mais de três anos depois do desastre de Mariana, do qual Minas Gerais ainda luta
para se recuperar, mais um rompimento de barragem da mineradora Vale assombra o país.
Desta vez, como afirmou o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, o custo ambiental
pode até ter sido menor que o de Mariana, mas o custo humano foi muito maior. (...) Como
é possível que dois desastres dessas dimensões tenham ocorrido em um espaço que, para
este tipo de situação, pode ser considerado curto?
Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a britânica
BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado, mas todas as informações que surgiram
após o desastre de Brumadinho mostram que os esforços nem das empresas responsáveis,
nem do Estado brasileiro foram suficientes para evitar que outro episódio catastrófico
ocorresse. A empresa certamente sabe que a preservação e a prevenção compensam; os
danos de imagem podem ser diferentes daqueles que atingem outros tipos de negócios – o
público não pode simplesmente “boicotar” uma mineradora, por exemplo –, mas também
existem, e a Vale sentiu, nesta segunda-feira, a perda de seu valor de mercado. Schvartsman
chegou a dizer que a empresa fez todo o possível para garantir a segurança de suas
barragens depois de Mariana, mas agora se sabe que “todo o possível” não bastou.
A palavra ausente neste período entre Mariana e Brumadinho é “responsabilização”.
O Ministério Público Federal denunciou 21 pessoas e as três empresas (Samarco, Vale e BHP
Billiton) pelo desastre de Mariana, mas ainda não houve julgamento. A Gazeta do Povo
apurou que, das 68 multas aplicadas após a tragédia de 2015, apenas uma está sendo paga,
em 59 parcelas. A demora para que os responsáveis paguem pela sucessão de
irresponsabilidades que levou ao desastre certamente não incentiva as mineradoras
a manter boas práticas de prevenção de desastres que possam ir além do estritamente
necessário.
Os dados mais estarrecedores, no entanto, vieram dos relatórios governamentais que
mostram uma inação quase completa do poder público na fiscalização do estado das
barragens no país. O Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de
Águas, mostra que apenas 27% das barragens de rejeitos (caso tanto de Mariana quanto de
Brumadinho) foram vistoriadas em 2017 pela Agência Nacional de Mineração. Há 45
barragens com “algum comprometimento importante que impacte a sua segurança”. A
informalidade é a regra: 42% das barragens cadastradas nos órgãos de fiscalização não têm
nenhum tipo de documento como outorga, autorização ou licença. E, nos poucos casos em
que há vistoria, ela é feita por amostragem de algumas áreas da barragem, o que pode
ignorar pontos críticos. É assim que tanto a barragem de Fundão, em Mariana, como a da
Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foram consideradas seguras. Ainda mais revoltante
é a informação de que a Câmara de Atividades Minerárias da Secretaria de Meio Ambiente
de Minas Gerais aprovou uma ampliação de 70% no complexo Paraopeba (onde se
encontrava a barragem que estourou em Brumadinho) de forma apressada, rebaixando o
potencial poluidor da operação para que o licenciamento ambiental pudesse pular fases.
A atividade mineradora é atribuição da iniciativa privada, mas a fiscalização é uma
obrigação do Estado. E os relatórios demonstram que o governo não deu importância a esse
trabalho nem mesmo depois de Mariana. Como resultado desta omissão coletiva, dezenas,
possivelmente centenas, de vidas perderam-se em Brumadinho. Mortes que poderiam ter
sido evitadas se o caso de 2015 tivesse levado a uma responsabilização rápida por parte da
Justiça, um trabalho mais cuidadoso por parte das empresas de mineração e uma
fiscalização abrangente feita pelo governo.
577
No trecho “Mariana – cuja barragem pertencia à Samarco, joint-venture entre a Vale e a
britânica BHP Billiton – deveria ter servido de aprendizado(...)”, a oração em destaque
classifica-se como subordinada
a) adverbial causal.
b) adjetiva restritiva.
c) adjetiva explicativa.
d) adverbial concessiva.
578
Com relação às propriedades gramaticais e à coerência do texto 9A2-I, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
841:E 842:C 843:B 844:C 845:A 846:C 847:B 848:A 849:E 850:E 851:C 852:C 853:A 854:B
855:E 856:D 857:C 858:B 859:C 860:C
579
9 - Uso dos Porquês
a) O motivo porque as pessoas culpam os outros é que é mais fácil do que assumir seus
próprios erros;
a) Não vejo porque os homens que creem em elétrons devam considerar-se menos
crédulos do que os homens que creem em anjos.
c) A educação deve ter algo haver com a tolice dominante nas crianças;
Texto 2A1-I
580
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva das leis. São Paulo:
Editora Contexto, 2020, p.11-12 (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto 2A1-I, julgue o item subsequente.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último período do
primeiro parágrafo, fosse substituída por por que.
( ) Certo
( ) Errado
581
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o
item a seguir.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “por que” (L.18) fosse
substituída por porque.
( ) Certo
( ) Errado
582
A respeito das propriedades linguísticas e dos sentidos do texto CB1A1-I, julgue o item
seguinte.
A correção gramatical do texto seria mantida se o vocábulo “porque” (ℓ.23) fosse substituído
por por que.
( ) Certo
( ) Errado
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita para o seguinte trecho
do texto CG1A1-I: “Qual é o motivo de a sustentabilidade ser tão importante para a
economia?” Assinale a opção em que a proposta indicada mantém os sentidos e a correção
gramatical do texto.
b) O Dia Mundial do Meio Ambiente serve para nos lembrar o por quê de todos terem
de contribuir para a preservação da natureza.
d) Os especialistas defendem que o clima na Terra tem passado por ciclos de mudanças
mas divergem sobre o porquê desse fato.
583
a) “Sabe-se lá por quê, quando faço a barba no banho, se tento cantarolar um motivo
breve e atual, me corto.”
“Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas”.
584
Julgue o seguinte item, com relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1AAA.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, a locução “Por que” poderia ser substituída
por Porque no trecho “Por que falharam os programas de formação?” (l.16).
( ) Certo
( ) Errado
d) Os tóxicos ambientais são substâncias prejudiciais por que causam danos aos seres
vivos e ao meio ambiente.
e) A energia está associada ao meio ambiente porque toda a sua produção é resultado
da utilização das forças oferecidas pela natureza.
585
Na fala do personagem-pai na charge há um erro de acentuação no vocábulo “quê”; a frase
em que ocorre o mesmo erro ortográfico é:
875ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Técnico de Nível Médio
876ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: IBGE / Cargo: Agente de Pesquisas por Telefone
586
No trecho do Texto II “Há sempre um porquê.” (l. 5), a palavra destacada está grafada de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
b) Programas de proteção ambiental têm tentado reduzir a pobreza das populações das
florestas por quê é uma forma de evitar o desmatamento.
c) Por quê tantas pessoas são infelizes e reclamam que não conseguem atingir seus
objetivos na vida?
b) Responda depressa: por que, na máquina escrever, o alfabeto não está em ordem
alfabética?
c) Quando a mulher diz que depois do marido nunca mais vai querer saber de outro
homem é porque pensa que nunca mais vai encontrar outro igual ou porque tem
medo de só encontrar outros iguais?
d) Por que é que, na estrada, o molenga está sempre na nossa frente e o apressadinho
vem sempre atrás?
587
e) Entre o porque e o por quê há mais bobagem gramatical do que sabedoria
semântica.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue o item
que se segue.
Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê" (l.23) poderia ser
substituída por o porquê.
( ) Certo
( ) Errado
“Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que
em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura
global.”
Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado em duas palavras, o que tem um
sentido diferente do vocábulo “afim”, grafado como uma só palavra.
Assinale a opção que indica a frase cujo termo sublinhado apresenta grafia correta.
588
a) Todo o Congresso discutia a cerca do desmatamento.
RESPOSTAS:
861:B 862:E 863:E 864:B 865:E 866:E 867:D 868:D 869:A 870:D 871:E 872:E 873:E 874:C
875:B 876:A 877:E 878:C 879:D 880:B
589
881ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Banco da Amazônia / Cargo: Técnico Bancário
No trecho “E isso porque o povo já tem dado mostras de ter maior maturidade política do
que a grande maioria dos políticos" verifica-se a grafia adequada da expressão destacada,
uma vez que funciona como conjunção explicativa. A frase em que a expressão em destaque
também está adequadamente empregada é
Na pergunta da revista (texto 2), a forma de “Por que” aparece grafada corretamente; a
frase em que a forma sublinhada é igualmente correta é:
590
a) Os médicos sabem porquê indicam os genéricos
Um outro leitor declara o seguinte: “Toda vez que vejo, ou leio, no noticiário que alguém foi
atingido por uma bala perdida eu me pergunto: porque será que as pessoas insistem em
chamar de bala perdida aquela que atingiu alguém? Se o objetivo das balas é matar e, na
melhor das hipóteses, ferir alguém, sempre que aquilo acontece a bala cumpriu sua função
e, assim sendo, não deveria ser chamada de bala perdida".
As opções a seguir apresentam trechos da carta do leitor sobre “bala perdida" que mostram
alguns erros no emprego da língua. Esses erros estão listados a seguir, à exceção de um.
Assinale-o.
b) Deveria haver vírgula após a oração “que alguém foi atingido por uma bala perdida".
d) O termo “na melhor das hipóteses" deveria ser substituíd por “na pior das
hipóteses", para ser mais coerente.
e) A forma do demonstrativo “aquilo" deveria ser substituída por “isso", para melhor
adequação.
Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O Globo escreveu o seguinte: “Não
entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil. Todos os países que têm o jogo
reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em impostos, dão emprego a muita gente.
Quem quer jogar, o faz livremente pela Internet e nos bingos ilegais, onde quem arrecada é
o contraventor. Os mais abastados deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação
e saúde, aqui dentro”.
Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no Brasil”, o termo sublinhado tem a
grafia em dois termos exatamente pelo mesmo motivo que em
591
b) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
O período em que a(s) palavra(s) em destaque está(ão) usada(s) de acordo com a norma-
padrão é:
a) Não sei porque as garças gostam de fazer ninhos no alto das árvores
b) A humanidade precisa compreender a razão por que precisa evitar que os gases do
efeito estufa aqueçam o planeta.
c) Algumas civilizações antigas foram destruídas por quê eventos climáticos afetaram a
produtividade agrícola.
888ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: Petrobras / Cargo: Todos os Cargos de Nível Superior
592
a) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem
igual porquê é incontrolável.
d) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias
instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line.
O termo “porque” (l.19) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido do
texto, ser substituído por por que.
( ) Certo
( ) Errado
593
890ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MME / Cargo: Analista Processual
a) se inserisse o sinal indicativo de crase em “até as vinte e duas horas” (l.7) — até às
vinte e duas horas.
594
891ª/ Banca: CESGRANRIO / Órgão: LIQUIGÁS / Cargo: Engenheiro Júnior – Mecânica
A palavra pois, empregada em “se o fiz, mereço desculpas, pois nunca tive essa intenção.” ( l
47-48), pode ser substituída, respeitando a norma-padrão e mantendo-se o sentido original,
pelo que se destaca em:
595
b) Por que nunca tive essa intenção, se o fiz, mereço desculpas.
( ) Certo
( ) Errado
596
Julgue os itens a seguir, acerca dos sentidos do texto acima e de seus aspectos linguísticos.
No texto, a grafia diferenciada de “porque” (v.11)/“por que” (v.12) justifica-se pelo fato de
que, no verso 11, “porque” tem valor morfossintático semelhante ao da conjunção pois,
enquanto, no verso 12, “por que” compõe-se de preposição e pronome, o qual se refere a
“fio de água” (v.12).
( ) Certo
( ) Errado
597
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
No segundo parágrafo do texto, a autora propõe uma relação de causa e efeito para
justificar seu ponto de vista sobre o tema abordado a partir do emprego do conectivo
porque, cuja grafia é orientada por seu valor gramatical.
598
a) O marciano desintegrou-se por que era necessário.
Os grevistas sabiam o porque da greve, mas mão entendiam porque havia tanta
repressão.
a) Os grevistas sabiam o por quê da greve, mas não entendiam porque havia tanta
repressão.
b) Os grevistas sabiam o porque da greve, mas não entendiam porquê havia tanta
repressão.
c) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam por que havia tanta
repressão.
d) Os grevistas sabiam o por que da greve, mas não entendiam porque havia tanta
repressão.
e) Os grevistas sabiam o porquê da greve, mas não entendiam porquê havia tanta
repressão.
a) A razão porquê quem acorda cedo é mais produtivo é defendida por alguns
especialistas.
b) É melhor você estudar, por que o programa dessa fase do curso é muito detalhado.
d) Os esportistas às vezes erram durante as partidas decisivas por que são muito
ansiosos.
599
e) Os estudiosos querem saber por que há tantas expressões em inglês no dia a dia do
trabalho.
Palavras consideradas difíceis, como “engalanada”, já não atraem muitos autores de escola
de samba. A busca agora é pela comunicação direta. Em 2011, “vai” será a palavra mais
repetida nos desfiles das 12 escolas do Grupo Especial: 19 vezes no total. Em seguida, uma
variação do mesmo verbo: “vou”, com dez repetições. Essa também será a incidência de
“vida” e “amor” (dez vezes cada uma). “Luz” e “mar” (nove vezes) fecham o pódio das mais
populares de 2011. Isto sem considerar as repetições de uma mesma música, uma vez que
ela não muda durante todo o desfile das escolas. Outrora clássicas, palavras como “relicário”
e “divinal” só aparecerão uma vez cada uma. E “engalanado”, que já teve seus dias de
estrela, ficará mesmo de fora dos desfiles do Grupo Especial. Para especialistas, as palavras
mais usadas atualmente são curtas, chamam o público e motivam os componentes. – “Vai” é
a clara tentativa do compositor de empolgar e envolver a plateia desde o concurso das
escolas, quando tem que mostrar às comissões julgadoras que suas músicas têm capacidade
de empolgar. “Vou” está na linha de “vai”: chama, motiva. Quanto a “vida” e “amor”,
refletem o otimismo do carnaval. Nenhuma palavra fica no campo semântico do
pessimismo, tristeza. E “mundo” deixa claro o aspecto grandioso, assim como “céu” – disse o
jornalista Marcelo de Mello, jurado do estandarte de Ouro desde 1993. Dudu Botelho,
compositor do Salgueiro, é um dos compositores dos sambas de 2007, 2008 e 2011. O
samba de sua escola, aliás, tem três das seis palavras mais recorrentes: “vida”, “luz” e “mar”:
– O compositor tenta, através da letra, estimular o componente e a comunidade a se inserir
no roteiro do enredo. Todas as palavras mais repetidas no carnaval estão entre as mais
usadas nos sambas das últimas campeãs dos anos 2000. “Terra” foi a mais escolhida (11
vezes). Em seguida, apareceram “vou” e “pra” (nove vezes); “luz”, “mar”, e “fé” (oito);
“Brasil” (sete); e “vai”, “amor”, “carnaval” e “liberdade” (seis); e “vida” (cinco). Para Marcelo
de Mello, a repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras: – O visual
ganhou um peso grande. A última escola que venceu um campeonato por causa do samba
foi o Salgueiro em 1993, com o refrão “explode coração”.
MOTTA, Cláudio. Repique das mesmas palavras. O Globo, 09 fev. 2011. Adaptado.
A última fala do texto, de Marcelo de Mello, poderia ser introduzida por um conectivo, que
preencheria a frase abaixo.
A repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras __________ o visual
ganhou um peso grande.
I - O conectivo adequado seria porque, uma vez que estabelece uma relação de causa.
II - O conectivo adequado seria por que, uma vez que se reconhecem aqui duas palavras.
600
III - O conectivo levaria acento, porquê, já que pode ser substituído pelo termo “o motivo",
ou “a razão".
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
601
Na linha 26, “por que” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em “mas o
mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever” (L.31-32).
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
881:B 882:A 883:E 884:D 885:C 886:B 887:B 888:B 889:E 890:A 891:E 892:E 893:C 894:E
895:D 896:C 897:C 898:E 899:A 900:E
602
10 - Parônimos e Homônimos
902ª/ Banca: FGV / Órgão: IBGE / Cargo: Agente Censitário - Municipal e Supervisor
Parônimos são palavras semelhantes, mas de sentido diferente; a frase abaixo em que a
forma sublinhada mostra uma forma de um parônimo/homônimo mal-empregada é
Texto 2
O médico legista João, responsável pela autópsia no corpo do empresário Pedro e dos outros
membros da sua equipe, que morreram em um acidente de avião na tarde desta sexta-feira,
falou sobre o exame preliminar dos corpos.
Embora o resultado final da autópsia – que irá determinar a causa das mortes – só será
divulgado nos próximos vinte dias, depois do resultado dos exames de sangue, urina e
vísceras, o legista esclareceu que todas as vítimas tiveram politraumatismo, ou seja, vários
traumas no corpo, o que tornou impossível a sobrevivência de qualquer membro da equipe.
“A gravidade das lesões não permitiria a pessoa sobreviver. Foram muitas lesões letais em
todos eles”, disse o médico, esclarecendo que eles morreram de forma quase instantânea.
(Adaptado)
603
No texto 2, está presente a palavra acidente, que tem incidente como parônimo; a frase
abaixo em que foi empregada a forma correta do vocábulo é:
a) auferir/aferir – O taxímetro estava marcando o preço certo, pois tinha sido aferido
pouco antes;
Parônimos são vocábulos de forma semelhante, mas com distintos significados; assim, são
parônimos os verbos aspirar, expirar, conspirar, inspirar e respirar.
A frase abaixo em que um desses verbos foi empregado em seu significado adequado é:
a) Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo a que conspirar;
e) Creio que os próprios espíritos de São Pedro e São Paulo houvessem escolhido
aquela senhora para aspirar os nomes que estão no Credo.
905ª/ Banca: Quadrix / Órgão: SEDF / Cargo: Professor Substituto - Língua Portuguesa
604
Com base na estrutura linguística e textual e nas ideias do texto, julgue o item.
Dada a semelhança de sentido, os verbos “mostre” (linha 16) e “comunique” (linha 17)
foram empregados de forma coordenada, a fim de denotar a relação de paronímia existente
entre essas palavras.
( ) Certo
( ) Errado
Texto 2
“Um homem acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico foi preso, neste
sábado (13/11), por policiais civis da 110ª DP (Teresópolis) e militares. Contra ele foi
cumprido um mandado de prisão.
O criminoso foi capturado após informações de inteligência. Ele foi encaminhado para o
sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.”
No texto 2 há a ocorrência de três vocábulos que poderiam ser confundidos com seus
parônimos: tráfico/tráfego, cumprido/comprido, mandado/mandato.
a) absolver / absorver – O juiz decidiu absorver todo o grupo já que todas as provas
eram circunstanciais;
605
d) despensa / dispensa – A administração do presídio guardava numa espécie de
dispensa todas as frutas;
e) fluir / fruir – Após o conserto a água fluía da torneira com toda a facilidade.
a) ratificou/retificou.
b) apreçar/apressar.
c) extático/estático.
d) conserto/concerto.
e) incerto/inserto.
Em “O poeta foi pego em flagrante, recordando suas dores.” A palavra destacada tem o seu
parônimo correspondente em fragrante. Dentre as opções abaixo, a que NÃO apresenta par
de parônimos é:
a) pequenez/pequinês.
b) ótico/óptico.
c) delatar/dilatar.
d) despercebida/desapercebida.
e) acender/ascender.
“A doença deve ser combatida desde o nascimento.” Assinale a opção que indica o problema
de construção dessa frase.
a) A ambiguidade.
b) A falta de paralelismo.
c) A troca de parônimos.
d) O erro de concordância.
606
e) A inadequação vocabular.
607
A palavra “discussão” (linha 25) poderia ser substituída por discursão, pois ambas as grafias
são corretas e têm o mesmo significado.
( ) Certo
( ) Errado
a) apreçar/apressar
b) concerto/conserto.
c) acender/ascender.
d) extático/estático
e) flagrante/fragrante.
No fragmento “entre outros com a presença de cães nas sessões,...”, a palavra destacada é
flexão no plural de ‘sessão’, essa, por sua vez, é confundida comumente
com ‘seção’ e ‘cessão’. Considerando as formas exemplificadas (em destaque para melhor
leitura), são empregos de:
a) homônimas homógrafas.
b) homônimas homófonas.
c) homônimas perfeitas.
d) parônimas.
e) antônimas.
c) A tarefa dele naquele grupo era _____________ para contar tudo ao patrão. (expiar)
608
d) Nina veio da Itália para morar no Brasil. Trata-se de uma _____________ (emigrante)
914ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO / Cargo: Auxiliar de
Serviços Diversos
a) cesto / sexto.
b) sessão / cessão.
c) cheque / xeque.
d) calda / cauda.
e) deferir / diferir.
915ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vila Velha - ES / Cargo: Analista P. Gestão
Semântica é o estudo dos significados das palavras, das frases, dos sinais, dos símbolos e das
relações entre estes significados. Sobre semântica, assinale a alternativa em que tanto as
informações quanto os exemplos apresentados estão corretos e condizentes entre si:
a) polissemia é a relação entre duas ou mais palavras cujos sons são similares. Por
exemplo: insolente e indolente.
d) sinonímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados são iguais ou
semelhantes. Por exemplo: diligente e célere.
e) paronímia é a relação entre duas ou mais palavras cujos significados são similares ou
idênticos, mas com diferentes estruturas fonológicas. Por exemplo: manga (de
camisa) e manga (fruta).
Em todas as frases abaixo ocorre uma troca indevida do vocábulo sublinhado por seu
parônimo; a única das frases cuja forma de vocábulo sublinhado está correta é:
609
b) O prisioneiro dilatou os comparsas do assalto;
917ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Vitória - ES / Cargo: Professor de Educação Básica
Caso de secretária
Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o
abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então
era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de
trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!
Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da
secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto o lembrara. Era
mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, de pé-de-boi da firma, como
até então a considerara; era um coração amigo.
Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocochô: o carinho da secretária não curava,
abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher
e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para
viver.
E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida — o pessoal lá
em casa pouco está me ligando —, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que
— reparava agora — era bem bonita.
Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve
vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário, ele
principalmente. Conteve-se, no prazer ansioso da espera.
610
— Se não se importa, vamos passar primeiro em meu apartamento. Preciso trocar de
roupa.
Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou
a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço.
(ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço. 11 ed. Rio de Janeiro: Livraria José
Olympio Editora, 1978, p. 11-12.)
Os verbos “ir” e “ser”, no tempo pretérito perfeito e derivados, têm as formas homônimas,
de modo que a distinção é feita pelo significado que expressam. Assim, na frase “Foi
trombudo para o escritório” (1º §), pelo sentido do contexto, depreende-se que se trata do
verbo “ir”. Das frases abaixo, com formas que são homônimas entre os verbos “ir” e “ser”,
trata-se do verbo “ser” e não do verbo “ir” a seguinte:
918ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Itapemirim - ES / Cargo: Auditor Público Interno
A noção de “Pensar como uma montanha” não passou DESPERCEBIDA por Naess. A palavra
destacada tem o seu parônimo correspondente em desapercebida. Das opções abaixo, a que
NÃO apresenta par de parônimos é:
a) degredado / degradado.
b) flagrante / fragrante.
611
c) descargo / desencargo.
d) conjetura / conjuntura.
e) estático / extático.
Em “O CENSO este ano foi feito com muito SENSO.”, as palavras destacadas, censo/senso,
são homônimas, assim como o seguinte par de palavras:
a) comprimento/cumprimento.
b) emigrar/imigrar.
c) cheque/xeque.
d) eminente/iminente.
612
e) absolver/absorver.
RESPOSTAS:
901:A 902:D 903:A 904:B 905:E 906:E 907:A 908:E 909:A 910:E 911:E 912:B 913:A 914:E
915:D 916:E 917:C 918:E 919:C 920:C
613
921ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Seringueiras - RO / Cargo: Agente Administrativo
Palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, com alguma diferença
gráfica e com diferentes significados. Com base nessa explicação, escolha as palavras
homônimas com o correto significado para cada lacuna da frase seguinte:
a) cessão, seção.
b) sessão, cessão.
c) seção, cessão.
d) sessão, seção.
e) cessão, sessão.
Palavras homônimas são palavras que são pronunciadas da mesma forma, mas têm
significados diferentes. Existem três tipos de homônimos:
Leia o trecho abaixo com significados para a paIavra "veIa" e escolha a alternativa que
representa o fenômeno linguístico em questão.
Vela:
3. Peça de lona ou de brim que, ao receber o sopro do vento, impele embarcações; pano.
4. Ato de velar.
614
a) Sinonímia
b) Antonímia
c) Homonímia
d) Paronímia
e) Polissemia
924ª/ Banca: IBADE / Órgão: Prefeitura de Aracruz - ES / Cargo: Médico Clínico Geral
a) incipiente – insipiente.
b) intemerato – intimorato.
c) mandado – mandato.
d) proeminente – preeminente.
e) previdência - providência
LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO
“Como é antigo o passado recente!" Gostaria que a frase fosse minha, mas ela é de
Nelson Rodrigues numa crônica de "A Menina sem Estrela". Também fico perplexa com esse
fenômeno rápido e turbulento que é o tempo da vida. Não são poucas as vezes em que me
volto para algum acontecimento acreditando que ele ainda é atual e descubro que ele faz
parte do passado para outros. Um exemplo é quando, em sala de aula, refiro-me a eventos
que se passaram nos anos 70 e meus alunos me olham como se eu falasse da Idade Média...
E eu nem contei para eles que andei de bonde!
A distância entre nós não é apenas uma questão de gerações. Eles nasceram em um
mundo já transformado pela tecnologia e pela informática. Uma transformação que
começou nos anos 50 e que não nos trouxe somente mais eletrodomésticos e aparelhos
digitais. Ela instalou uma transformação radical do nosso modo de vida.
615
Outros tempos. E, quando um jeito de viver muda, ele não tem volta. Não se pode ter a
experiência dele nunca mais. Por isso, meus alunos e eu só podemos compartilhar o tempo
atual. Não podemos compartilhar um tempo que, para eles, é passado, mas, para mim,
ainda é presente. Os fatos de 30 anos atrás não são passado na minha vida. Para mim, meu
passado não passou e minha história não envelhece. Minha memória pode alcançar os
acontecimentos que vivi a qualquer momento, e posso revivê-los como se ocorressem
agora. Mas, se eu os narrar, quem me ouve não pode, como eu, vivenciá-los. Por isso, para
meus alunos, são contos o que para mim é vida.
Mas é assim que corre o rio da vida dos homens, transformando em palavras o que hoje
é ação. Se não forem narrados, os acontecimentos e os nossos feitos passam sem deixar
rastros. Faladas ou escritas, são as palavras que salvam o já vivido e o conservam entre nós.
Salvam os feitos e os acontecimentos da sua total desintegração no esquecimento.
No texto foram empregados, com significados diferentes, os vocábulos História (com inicial
maiúscula) e história (com inicial minúscula). Do ponto de vista semântico, tal emprego
constitui um fato de:
a) antonímia.
b) polissemia.
c) sinonímia.
d) homonímia.
e) paronímia.
“Bruno não foi formado no FLAMENGO. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O
que fez de sua vida não é culpa do CLUBE, mas serve de advertência para todos os clubes.”
a) hiponímia.
b) polissemia.
c) holonímia.
616
d) hiperonimia.
e) meronimia.
“Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma POLÍTICA
preventiva a respeito dos jogadores”.
Ao observar a palavra destacada nos trechos acima, pode-se dizer que se trata de:
a) holonímia.
b) polissemia.
c) homonímia.
d) meronímia.
e) metonímia.
"Filho criado, trabalho redobrado." Esse conhecido ditado popular ganha sentido quando
chega a adolescência. Nessa fase, o filho já não precisa dos cuidados que os pais dedicam à
criança, tão dependente. Mas, por outro lado, o que ele ganha de liberdade para viver a
própria vida resulta em diversas e sérias preocupações aos pais. Temos a tendência a
considerar a adolescência mais problemática para os pais do que para os filhos. É que, como
eles já gozam de liberdade para sair, festejar e comemorar sempre que possível com colegas
e amigos de mesma idade e estão sempre prontos a isso, parece que a vida deles é uma
eterna festa. Mas vamos com calma porque não é bem assim.
Se a vida com os filhos adolescentes, que alguns teimam em considerar um fato
aborrecedor, é complexa e delicada, a vida deles também o é. Na verdade, o fenômeno da
adolescência, principalmente no mundo contemporâneo, é bem mais complicado de ser
vivido pelos próprios jovens do que por seus pais. Vejamos dois motivos importantes.
Em primeiro lugar, deixar de ser criança é se defrontar com inúmeros problemas da vida
que, antes, pareciam não existir: eles permaneciam camuflados ou ignorados porque eram
da responsabilidade só dos pais. Hoje, esse quadro é mais agudo ainda, já que muitos pais
escolheram tutelar integralmente a vida dos filhos por muito mais tempo.
Quando o filho, ainda na infância, enfrenta dissabores na convivência com colegas ou
pena para construir relações na escola, quando se afasta das dificuldades que surgem na
vida escolar - sua primeira e exclusiva responsabilidade -, quando se envolve em conflitos,
comete erros, não dá conta do recado etc., os pais logo se colocam em cena. Dessa forma,
617
poupam o filho de enfrentar seus problemas no presente, é claro, mas também passam a
ideia de que eles não existem por muito mais tempo.
É bom lembrar que a escola - no ciclo fundamental - deveria ser a primeira grande
batalha da vida que o filho teria de enfrentar sozinho, apenas com seus recursos, como
experiência de aprender a se conhecer, a viver em comunidade e a usar seu potencial com
disciplina para dar conta de dar os passos com suas próprias pernas.
Em segundo lugar, o contexto sociocultural globalizado atual, com ideais como consumo,
felicidade e juventude eterna, por exemplo, compromete de largada o processo de
amadurecimento típico da adolescência, que exige certa dose de solidão para a estruturação
de tantas vivências e, principalmente, interlocução. E com quem os adolescentes contam
para conversar?
Eles precisam, nessa época de passagem para a vida adulta, de pessoas dispostas a
assumir o lugar da maturidade e da experiência com olhar crítico sobre as questões
existenciais e da vida em sociedade para estabelecer com eles um diálogo interrogador.
Várias pesquisas já mostraram que os jovens dão grande valor aos pais e aos professores em
suas vidas. Entretanto, parece que estamos muito mais comprometidos com a juventude do
que eles mesmos.
Quem leva a sério questões importantes para eles em temas como política, sexualidade,
drogas, ética, depressão e suicídio, vida em família, vida escolar, violência, relações
amorosas e fidelidade, racismo, trabalho etc.? Quando digo levar a sério me refiro a
considerar o que eles dizem e dialogar com propriedade, e não com moralismo ou com
excesso de jovialidade. E, desse mal, padecem muitos pais e professores que com eles
convivem.
Os adolescentes não conseguem desfrutar da solidão necessária nessa época da vida,
mas parece que se encontram sozinhos na aventura de aprender a se tornarem adultos. Bem
que merecem nossa companhia, não?
a) sinonímia.
b) antonímia.
c) polissemia.
d) paronímia.
e) homonímia.
618
No trecho “Ao ouvir a notícia sobre a imagem do buraco negro, o ESPECTADOR ficou
admirado!”, a palavra grifada tem o seu homônimo equivalente na palavra EXPECTADOR.
Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um par de parônimos é:
a) cerração / serração.
b) cavaleiro / cavalheiro.
c) esperto / experto.
d) estrato / extrato.
e) incipiente / insipiente.
Em “O comprimento da asa de uma águia pode chegar a três metros de extensão.”, a palavra
em destaque tem o seu parônimo em cumprimento. A alternativa abaixo que apresenta um
par de parônimos é:
a) sessão / seção.
b) despensa / dispensa.
c) acender / ascender.
d) cesto / sexto.
e) acento / assento.
Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira das
formas entre parênteses.
a) “__________ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o
chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro)
619
e) “As novas medidas presidenciais vieram __________ o acerto das votações no
Congresso Nacional”. (retificar / ratificar)
932ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RJ / Cargo: Técnico Médio de Defensoria Pública
Há uma série de palavras em língua portuguesa que modificam o seu sentido em função de
uma troca vocálica; esse fato só NÃO ocorre em:
a) deferir / diferir;
b) infarte / infarto;
c) emergir / imergir;
d) descrição / discrição;
e) eminente / iminente.
933ª/ Banca: FGV / Órgão: DPE-RJ / Cargo: Técnico Médio de Defensoria Pública
b) É possível um conflito comercial, já que os EUA podem retificar uma terceira rodada
de tarifas à China.
c) Investidores hoje otimistas logo exigirão o comprimento de medidas para que haja
resultados concretos.
d) A decisão da Comissão Europeia mostra que a Itália infligiu acordos que visam evitar
aumento de juros.
620
e) A recuperação econômica do Brasil poderá fluir bem, pois o país tem espaço para
uma retomada mais forte.
a frase “A tristeza não deve ser PROSCRITA da alma, porque faz parte da realidade íntima do
ser.”, a palavra destacada remete ao par de parônimos proscrito/prescrito. As opções abaixo
apresentam pares de parônimos, EXCETO:
a) vultoso/vultuoso.
b) espiar/expiar.
c) diferir/deferir.
d) flagrante/fragrante.
e) dispensa/despensa.
No trecho acima a palavra em destaque se colocada em outro contexto pode ter outro
significado. A esse fenômeno chamamos de:
a) homônimos perfeitos.
621
b) parônimos
c) aliteração.
d) homônimos homófonos
e) homônimos homógrafos
c) “Aquele que não deixa nada ao acaso raramente fará coisas de modo errado, mas
fará pouquíssimas coisas” / ocaso;
d) “Fala como sábio a um ignorante e este te dirá que tens pouco bom senso” / censo;
e) “Ao entrar em um restaurante, todo cliente espera satisfazer desejos de ordem física
e emocional. Os cardápios devem vir de encontro a essas necessidades” / ao
encontro de.
939ª/ Banca: FGV / Órgão: Prefeitura de Salvador - BA / Cargo: Técnico de Nível Superior
Em todas as opções a seguir há dois vocábulos que se empregam com significados distintos.
622
a) descriminar / discriminar.
b) descrição / discrição.
c) efeminado / afeminado.
d) deferimento / diferimento.
e) destratar / distratar.
RESPOSTAS:
921:B 922:A 923:E 924:A 925:B 926:A 927:B 928:E 929:B 930:B 931:D 932:B 933:C 934:E
935:C 936:B 937:A 938:E 939:D 940:C
623
941ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: TCE-RN / Cargo: Inspetor
( ) Certo
( ) Errado
942ª/ Banca: VUNESP / Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP / Cargo: Agente
Administrativo
Os smartphones consomem cada vez mais o nosso tempo e se infiltram em cada canto da
nossa vida, levando alguns a reconhecer que o vício já foi longe demais, por isso estão
pedindo a amigos, a parentes e até a si mesmos que deixem o celular de lado e se
concentrem nas pessoas à sua frente, em vez de se deixarem levar pela enxurrada de
informações que chegam por e-mail, Facebook, Twitter e Instagram.
As estratégias são simples, mas variadas. Uma editora de revista em Nova York disse que
deixa o seu telefone numa lata de leite antiga, da hora que chega em casa até depois do
jantar. O estilista Marc Jacobs proíbe que aparelhos eletrônicos entrem em seu quarto. Um
casal de Nova Jersey estabeleceu uma punição: quem pegar o celular à noite sem uma razão
realmente boa vai ser responsável por pôr o filho pequeno para dormir.
624
Enquanto isso, vem ganhando popularidade nos restaurantes uma brincadeira em que
todos amontoam seus celulares no meio da mesa, e a primeira pessoa que consultar seu
aparelho é obrigada a pagar a conta.
O assunto vem exigindo atenção até dos planejadores de casamentos. Bruce Feiler
escreveu no Times sobre noivas e noivos que não querem que os convidados tragam seus
celulares ou postem fotos da cerimônia. Esses eventos têm nome: casamentos desplugados.
Alguns casais querem evitar magoar quem não foi convidado. Outros querem se assegurar
de que apenas fotos lisonjeiras sejam divulgadas. Pensando nisso, um planejador de eventos
de luxo em Boston, que trabalha para artistas famosos, criou o que chama de chapelaria de
celulares. Os convidados guardam seus telefones antes da cerimônia em um local destinado
a esse fim e, no decorrer da noite, podem se dirigir a uma área com sofás para consultá-los.
Feiler comenta que foi a um casamento em que o casal deixou claro de antemão que os
celulares não estavam convidados. O noivo lhe disse: “Um casamento é feito para que as
pessoas prestem um testemunho. Como elas podem fazer isso se nem escutam a cerimônia,
já que estão ocupadas tirando fotos?”.
(Emma G. Fitzsimmon. The New York Times, publicado pela Folha de S.Paulo em 08.10.2013.
Adaptado)
No trecho do segundo parágrafo – vai ser responsável por pôr o filho pequeno para dormir –
, os termos destacados pertencem a classes gramaticais diferentes, apesar da semelhança na
grafia e na pronúncia.
b) Não o destrato porque ele é meu amigo de infância. A diretoria quer o distrato, pois
os documentos apresentam irregularidades.
d) Sua palavra soa como uma ofensa. Quem se encontra em recintos fechados sua
muito.
625
943ª/ Banca: FGV / Órgão: PROCEMPA / Cargo: Engenheiro Civil
Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis
conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original
foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos
que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica
do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo
próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se
submeteram à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A
folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem
teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões
orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido
em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao
pecado dito original.
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando
banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando
atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação
de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter
continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem
nada a ver com isso.
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário,
dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba
do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.
“Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário,
dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba
do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador”.
e) A forma verbal “repito” não se justifica por nada ter sido dito antes.
944ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-BA / Cargo: Técnico de Nível Médio – Administrativa
626
“O incidente com o cinegrafista é parte de uma coreografia de violência crescente que se dá
por onde quer que se olhe”.
627
947ª/ Banca: FGV / Órgão: AL-MT / Cargo: Editor de Textos
a) Na próxima __________ do Congresso, será votada uma lei com normas para evitar
comportamentos agressivos no trânsito. (cessão)
“Mas lendo sobre o perigo iminente...”. A palavra sublinhada tem como parônimo eminente,
com o qual não pode ser confundido.
628
e) A ameaça de uma guerra vem ratificar o perigo das armas nucleares. – retificar
Com base nas ideias veiculadas no texto acima, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
629
c) Famílias eminentes podiam ir para o campo, fugindo do bulício da cidade.
Eram iminentes os riscos causados pela inundação das águas barrentas do rio.
953ª/ Banca: FCC / Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) / Cargo: Analista Judiciário
II. A sinonímia ocorre quando um conceito pode ser representado por diferentes termos que
têm significado igual ou semelhante. Nesse caso, um desses termos deve ser identificado
como termo autorizado (descritor), enquanto os demais sinônimos ou variantes são listados
como termos não autorizados.
III. Vários tipos de relações sintáticas podem ser identificados entre os termos de uma área
de assunto, incluindo relações de equivalência, hierárquicas e associativas.
Ocorre que
c) a primeira está incorreta; embora na língua geral a homonímia total não ocorra, na
área técnica ela é mais frequente do que se imagina.
a) antonímia.
630
b) sinonímia.
c) paronímia.
d) homonímia.
e) homofonia.
Com base no vocabulário utilizado no texto e nos seus aspectos semânticos, julgue o item
seguinte.
( ) Certo
( ) Errado
a) estrondo – ruído.
b) pescador – trabalhador.
c) pista – aeroporto.
631
d) piloto – comissário.
e) aeronave – jatinho.
Considerando que as duas personagens estão jogando xadrez, deve-se entender que a
primeira, referindo-se a uma jogada, quis dizer _______ . A segunda entendeu como uma
referência a um documento bancário – ________ . Trata-se________com ________ .
d) cheque ... cheque ... de palavras iguais ... a mesma pronúncia e escrita
632
A respeito do vocábulo cínico (L.43), assinale a alternativa correta.
a) O radical cin- não é o mesmo que aparece em cinologia (estudo dos cães).
633
b) É palavra formada por composição.
d) É antônimo de impudente.
e) É homônimo de sínico.
Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas
sentidos diferentes. São exemplo disso as palavras “sessão” e “cessão”.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
941:C 942:B 943:B 944:D 945:B 946:A 947:D 948:D 949:A 950:E 951:E 952:C 953:B 954:C
955:C 956:E 957:A 958:E 959:E 960:E
634
11 - Sintaxe
Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não
faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo
é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o
homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta
exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um
movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem,
entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e
de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português
Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores,
flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo
ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um
todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um
todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o
mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem
começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse
movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para
retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de
então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas
convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito.
Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la
unicamente como fonte de riqueza.
Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23
(com adaptações).
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às
ideias nele expressas, julgue o item a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país
desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente
arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das
que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente
inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
635
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente
abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como
no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai
quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são
acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com
facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela
arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma
eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada
arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar
muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar!
Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura!
Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de
questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba
consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-
vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma
parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante
papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco
de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos
no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
( ) Certo
( ) Errado
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de
anos, já tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha
um cérebro relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante
padronizadas. Essa hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do
correto.
O uso de ferramentas certamente não requer linguagem. Chimpanzés usam galhos como
ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes. Obviamente, mesmo as
ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais sofisticadas
636
que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Danilo Marcondes. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro:
Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
637
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsecutivo.
No último período do texto, o termo “Aquele” exerce a função sintática de sujeito da oração
“que conhece a justiça”.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
638
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB4A1-I
639
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo
item.
( ) Certo
( ) Errado
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma
coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
“Olha, é pontuda, certo?”
“O quê, cavalheiro?”
“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois vem assim, assim, faz uma
volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na
ponta tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é
que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o
negócio, entende, fica fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”
“Infelizmente, cavalheiro...”
“Ora, você sabe do que eu estou falando.”
“Estou me esforçando, mas...”
“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”
“Se o senhor diz, cavalheiro.”
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
640
968ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão
Texto CG1A1-II
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-II
Amado nos levou com um grupo para descansarmos na fazenda de um amigo. Esta
confirmava as descrições que eu lera no livro de Freyre: embaixo, as habitações de
trabalhadores, a moenda, onde se mói a cana, uma capela ao longe; na colina, uma casa. O
amigo de Amado e sua família estavam ausentes; tive uma primeira amostra da
hospitalidade brasileira: todo mundo achava normal instalar-se na varanda e pedir que
servissem bebidas. Amado encheu meu copo de suco de caju amarelo-pálido: ele pensava,
como eu, que se conhece um país em grande parte pela boca. A seu pedido, amigos nos
convidaram para comer o prato mais típico do Nordeste: a feijoada.
Eu lera no livro de Freyre que as moças do Nordeste casavam-se outrora aos treze anos.
Um professor me apresentou sua filha, muito bonita, muito pintada, olhos de brasa:
quatorze anos. Nunca encontrei adolescentes: eram crianças ou mulheres feitas. Estas, no
641
entanto, fanavam-se com menos rapidez do que suas antepassadas; aos vinte e seis e vinte e
quatro anos, respectivamente, Lucia e Cristina irradiavam juventude. A despeito dos
costumes patriarcais do Nordeste, elas tinham liberdades; Lucia lecionava, e Cristina, desde
a morte do pai, dirigia, nos arredores de Recife, um hotel de luxo pertencente à família;
ambas faziam um pouco de jornalismo, e viajavam.
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o
seguinte item.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-I
No último período do segundo parágrafo, o termo “ações voltadas para as drogas lícitas e
ilícitas” constitui o sujeito da forma verbal “contemplam”.
( ) Certo
( ) Errado
642
971ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MJSP / Cargo: Técnico Especializado em Gestão
Texto CG1A1-I
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB1A1-I
643
A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e empresas, precisamos
entender os impactos desta pandemia no meio ambiente e na sustentabilidade bem como
refletir sobre eles e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da
(in)sustentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como causador desta
pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz
Mariana. Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro
consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção
consciente, assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CB1A1-I
644
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito
da oração em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.
( ) Certo
( ) Errado
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
No primeiro parágrafo, os sujeitos das formas verbais “pressupõe” e “é” são classificados
como oracionais, por serem constituídos pelos verbos “fazer” e “curtir”, respectivamente.
645
( ) Certo
( ) Errado
Para falar de racismo, é preciso antes diferenciar o racismo de outras categorias que
também aparecem associadas à ideia de raça: preconceito e discriminação.
Podemos dizer que o racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça
como fundamento e que se manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes
que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial
ao qual pertençam.
Embora haja relação entre os conceitos, o racismo difere do preconceito racial e da
discriminação racial. O preconceito racial é o juízo baseado em estereótipos acerca de
indivíduos que pertençam a determinado grupo racializado, o que pode ou não resultar em
práticas discriminatórias. Considerar negros violentos e inconfiáveis, judeus avarentos ou
orientais “naturalmente” preparados para as ciências exatas são exemplos de preconceitos.
A discriminação racial, por sua vez, é a atribuição de tratamento diferenciado a membros
de grupos racialmente identificados. Portanto, a discriminação tem como requisito
fundamental o poder — ou seja, a possibilidade efetiva do uso da força —, sem o qual não é
possível atribuir vantagens ou desvantagens por conta da raça. Assim, a discriminação pode
ser direta ou indireta. A discriminação direta é o repúdio ostensivo a indivíduos ou grupos,
motivado pela condição racial, exemplo do que ocorre em países que proíbem a entrada de
negros, judeus, muçulmanos, pessoas de origem árabe ou persa, ou ainda lojas que se
recusam a atender clientes de determinada raça. Já a discriminação indireta é um processo
em que a situação específica de grupos minoritários é ignorada — discriminação de fato —
ou sobre a qual são impostas regras de “neutralidade racial” sem que se leve em conta a
existência de diferenças sociais significativas — discriminação pelo direito ou discriminação
por impacto adverso. A discriminação indireta é marcada pela ausência de intencionalidade
explícita de discriminar pessoas. Isso pode acontecer porque a norma ou prática não leva em
consideração ou não pode prever de forma concreta as consequências da norma.
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se
segue.
( ) Certo
( ) Errado
646
mudanças mais radicais. São práticas persistentes, passadas adiante por gerações e
cultivadas como se necessárias para manter a integridade e a operacionalidade costumeira
do sistema.
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas
pela rede mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência
artificial para análise de grandes volumes de dados. Novidades cuja aplicação foi
impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela necessidade de
implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados. Todas essas inovações, sem
dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e o cotidiano dos
operadores do direito.
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana
e dependem do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços
tecnológicos sejam inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser
implementadas com parcimônia e vistas com muito cuidado, não apenas para sempre
permitirem o exercício de direitos e garantias, mas também para não restringirem — e, sim,
ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a insubstituível humanidade
da justiça.
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
No final do último parágrafo, a palavra “sobretudo” poderia ser substituída por mormente,
sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto.
( ) Certo
( ) Errado
647
Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto.
São Paulo: Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos” (último parágrafo), o termo “dos textos” funciona como complemento do adjetivo
“reproduzível”.
( ) Certo
( ) Errado
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
Na oração “já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica” (segundo parágrafo), o termo introduzido pela preposição “por” expressa o
responsável pela ação de modificar.
( ) Certo
( ) Errado
648
literária e o copyright — quanto em um sentido textual — o que define as características ou
propriedades dos textos.
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco
pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades
textuais das quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome
de seu autor, já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica.
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e
originalidade. Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos
textos e o regime de propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa
relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos,
palimpsestos.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo
de a ordem das propriedades” (primeiro parágrafo), o verbo chamar, que está empregado
com o mesmo sentido de classificar, denominar, tem dois complementos: um direto, que
está elíptico, e outro indireto, que é o termo “de a ordem das propriedades”.
( ) Certo
( ) Errado
649
punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica
exemplar da punição muda as engrenagens.
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item
seguinte.
No trecho “E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho
negativo” (primeiro parágrafo), a supressão da preposição “de” manteria a correção
gramatical e os sentidos originais do texto.
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
961:E 962:E 963:C 964:E 965:C 966:E 967:E 968:C 969:E 970:C 971:C 972:E 973:E 974:E 975:C
976:C 977:E 978:C 979:E 980:E
650
981ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português
Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos. Não
conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do tempo,
ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso,
julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem
dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a ideia de jogar
no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-
me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu
o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se
vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e
obliteradas? Restar-me-ia alegar que o DIP, a polícia, enfim, os hábitos de um decênio de
arrocho, me impediram o trabalho. Isto, porém, seria injustiça. Nunca tivemos censura
prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos
esses autos de fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de
ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos
escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade —
talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém
desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de
Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,
ainda nos podemos mexer. Não será impossível acharmos nas livrarias libelos terríveis
contra a república novíssima, às vezes com louvores dos sustentáculos dela, indulgentes ou
cegos. Não caluniemos o nosso pequenino fascismo tupinambá: se o fizermos, perderemos
qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De
fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse
exercício.
No trecho “deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas
teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?”, os pronomes
átonos foram empregados como recursos para estabelecer coesão gramatical referencial, ao
passo que o conectivo “mas” estabelece coesão frásica.
( ) Certo
( ) Errado
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
651
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.
Na narrativa, o pai usa diferentes vocativos para se referir ao filho, tais como “meu peralta”
e “um pirralho de nada”, no primeiro parágrafo.
( ) Certo
( ) Errado
652
983ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: SEDUC-AL / Cargo: Professor – Português
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.
653
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado
anteriormente, julgue o item a seguir.
O trecho “Saiu o último conviva do nosso modesto jantar” (primeiro parágrafo) constitui um
período composto, dado que apresenta mais de uma oração.
( ) Certo
( ) Errado
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos
teus vinte e um anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um
pirralho de nada, e estás homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta;
vou dizer-te coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices,
um diploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na
indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um
anos, meu rapaz, formam apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que
seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande e ilustre, ou pelo menos
notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim
também é de boa prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem,
ou não indenizem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho
hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da
minha mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem
outra consolação e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem,
meu querido filho, ouve-me e entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas
ideias que houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter
absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental,
conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes
numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique
certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não;
refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas
simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do
ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No
entanto, podendo acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias
654
próprias, urge aparelhar fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e
súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o
vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue o medalhão completo do medalhão
incompleto.
No último período do texto, o termo “do medalhão incompleto” exerce a função sintática de
adjunto adnominal.
( ) Certo
( ) Errado
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
655
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as
656
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem
expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos
assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência de
preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais,
científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura
francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja
superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento de uma literatura é
decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da
literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua francesa, não de uma
imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo
poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde que
pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são
as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica
internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-
americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo
exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais
intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada à expressão de
conceitos científicos.
657
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de
um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as
grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais
ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também — ai de nós! — as mais
poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e
culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a ciência e a arte são
também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário
técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar
a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua
estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer ciência). In: Ciência Hoje,
1994 (com adaptações).
( ) Certo
( ) Errado
Oh, Deus, meu Deus, que misérias e enganos não experimentei, quando simples criança
me propunham vida reta e obediência aos mestres, a fim de mais tarde brilhar no mundo e
me ilustrar nas artes da língua, servil instrumento da ambição e da cobiça dos homens.
Fui mandado à escola para aprender as primeiras letras, cuja utilidade eu, infeliz,
ignorava. Todavia, batiam-me se no estudo me deixava levar pela preguiça. As pessoas
grandes louvavam esta severidade. Muitos dos nossos predecessores na vida tinham traçado
estas vias dolorosas, por onde éramos obrigados a caminhar, multiplicando os trabalhos e as
dores aos filhos de Adão. Encontrei, porém, Senhor, homens que Vos imploravam, e deles
aprendi, na medida em que me foi possível, que éreis alguma coisa de grande e que podíeis,
apesar de invisível aos sentidos, ouvir-nos e socorrer-nos.
Ainda menino, comecei a rezar-Vos como a “meu auxílio e refúgio”, desembaraçando-me
das peias da língua para Vos invocar. Embora criança, mas com ardente fervor, pedia-Vos
que na escola não fosse açoitado.
Quando me não atendíeis — “o que era para meu proveito” —, as pessoas mais velhas e
até os meus próprios pais, que, afinal, me não desejavam mal, riam-se dos açoites — o meu
maior e mais penoso suplício.
Contudo, pecava por negligência, escrevendo, lendo e aprendendo as lições com menos
cuidado do que de nós exigiam.
Senhor, não era a memória ou a inteligência que me faltavam, pois me dotastes com o
suficiente para aquela idade. Mas gostava de jogar, e aqueles que me castigavam procediam
de modo idêntico! As ninharias, porém, dos homens chamam-se negócios; e as dos meninos,
658
sendo da mesma natureza, são punidas pelos grandes, sem que ninguém se compadeça da
criança, nem do homem, nem de ambos.
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a
seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar tudo
o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre
linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares
com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno,
tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos fazer:
correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com
elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e
insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem
necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de
sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são
apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa
experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e
habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e,
reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
( ) Certo
659
( ) Errado
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item
a seguir.
( ) Certo
( ) Errado
Tudo o que vem do povo tem uma lógica, uma razão, uma função. Ele nada faz sem
motivo, e o que produz está geralmente ligado ao comportamento do grupo ou a uma
norma social ou de cunho psíquico e religioso, um traço que vem de tempos longínquos, lá
do fundo de nossas raízes, perdidas na noite dos tempos, quando estávamos em formação.
Pastoril, Quilombo, Reisado, Coco-de-Roda, literatura de cordel, festas, tradições,
superstições, contos, mitos, lendas não aparecem por acaso. São elementos da memória
popular, que engloba sentimentos e reações diante da história e das transformações.
Quais as origens do folclore alagoano, quais os componentes culturais que o forjaram?
Théo Brandão, com a autoridade de quem estudou a vida inteira e deixou uma obra
irrepreensível sobre o assunto, diz que são muitas as contribuições na formatação do nosso
folclore. E que não é fácil nem simples demarcar a que grupo pertence uma de suas
variantes ou estabelecer com precisão a fronteira de determinada manifestação folclórica.
660
Afirma que há dúvidas em alguns casos e em outros é inteiramente impossível chegar a uma
conclusão única e definitiva. Cita como exemplo concreto dessas incertezas o caso da dança
existente em várias unidades nordestinas, que aparece ora como Coco, ora como Pagode,
ora como Samba.
Em “Ele nada faz sem motivo”, o termo “sem motivo” exerce a função de complemento da
forma verbal “faz”.
( ) Certo
( ) Errado
Com isso, o terceiro setor precisou apresentar uma resposta imediata. Já no dia 8 de abril
de 2020, as doações para enfrentar a pandemia ultrapassaram a marca histórica de R$ 1
bilhão. O recorde foi registrado pelo Monitor das Doações da Covid-19, ferramenta criada
pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). O setor da saúde foi o que
recebeu o maior volume de doações.
Internet:<observatorio3setor.org.br>(com adaptações).
661
O trecho “que a pandemia acentuaria ainda mais as desigualdades sociais no país e causaria
danos irremediáveis” funciona como complemento verbal na oração em que ocorre, no
segundo período do primeiro parágrafo.
( ) Certo
( ) Errado
No que concerne às ideias veiculadas no texto e a suas construções linguísticas, julgue o item
que se segue.
( ) Certo
( ) Errado
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e
nos impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser
estabelecidos no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças
ao discurso, e seu ímpeto endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para
a sua própria liberdade, que nosso estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo —
incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser do nosso “mundo da vida” — juntar-se,
misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente, entrançados e
662
entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até
que a morte nos separe.
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimofilosófico, ou “os
fatos da questão” quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de
palavras. Nenhuma outra realidade nos é acessível: não acessamos o passado “como ele
realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke celebremente conclamou (instruiu) seus
colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando sobre a história de Juan
Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia — qualquer
biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens,
reunida pela memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às
presunções do senso comum, o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da
irrealidade — esquivando-se/evadindo-se obstinadamente, como ambos o fazem, das redes
tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante, essa irrealidade é a única realidade a
ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o peixe na água”.
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
No terceiro período do segundo parágrafo, o termo “Milan Kundera” funciona como aposto,
uma vez que especifica o termo “um velho”.
( ) Certo
( ) Errado
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e
nos impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser
estabelecidos no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças
ao discurso, e seu ímpeto endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para
a sua própria liberdade, que nosso estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo —
incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser do nosso “mundo da vida” — juntar-se,
misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente, entrançados e
entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até
que a morte nos separe.
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimofilosófico, ou “os
fatos da questão” quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de
palavras. Nenhuma outra realidade nos é acessível: não acessamos o passado “como ele
realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke celebremente conclamou (instruiu) seus
colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando sobre a história de Juan
Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia — qualquer
biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens,
663
reunida pela memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às
presunções do senso comum, o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da
irrealidade — esquivando-se/evadindo-se obstinadamente, como ambos o fazem, das redes
tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante, essa irrealidade é a única realidade a
ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o peixe na água”.
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
No trecho “É o discurso que nos liberta” (primeiro parágrafo), o termo “nos” desempenha a
função de complemento indireto de “liberta”.
( ) Certo
( ) Errado
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
664
997ª/ Banca: CESPE/CEBRASPE / Órgão: MPE-SC / Cargo: Promotor de Justiça Substituto
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
665
apropriação da terra. A constituição jurídica de um nómos, ou seja, a apropriação jurídica do
espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No termo alemão Landnahme,
apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia de name, que
significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a
imposição do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico
imposto à criança no momento do nascimento.
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
( ) Certo
( ) Errado
Nos trechos “O desmembramento é uma divisão de terras mais simples, quando não é
necessário abrir novas ruas” e “Apenas se divide um terreno grande em porções menores”,
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as expressões “abrir novas ruas” e “um terreno grande” desempenham a função sintática de
complemento nas orações em que ocorrem.
( ) Certo
( ) Errado
Texto 2A1-II
( ) Certo
( ) Errado
RESPOSTAS:
981:E 982:E 983:E 984:E 985:C 986:E 987:C 988:C 989:C 990:E 991:E 992:E 993:E 994:E 995:E
996:C 997:E 998:E 999:E 1000:E
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