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INTRODUÇÃO...............................................................................................................................3
OBJECTIVOS E JUSTIFICATIVA................................................................................................4
Objectivos geral...........................................................................................................................4
Objectivos específicos..................................................................................................................4
Justificativa..................................................................................................................................4
Metodologia.....................................................................................................................................5
Taxonomia e nomenclatura..............................................................................................................6
Sistemática...................................................................................................................................6
Taxonomia...................................................................................................................................6
Importância......................................................................................................................................6
Objetivos..........................................................................................................................................6
Categorias ou Unidades Taxonômicas.............................................................................................7
Considerando-se todas as categorias e subdivisões, pode-se ter a seguinte graduação:..................8
Métodos de Identificação.................................................................................................................9
Herbário.......................................................................................................................................9
Carpoteca.....................................................................................................................................9
Chaves de Identificação.................................................................................................................10
Caráter Taxonômico...................................................................................................................10
Nomenclatura Botânica.................................................................................................................11
Plantas............................................................................................................................................14
Características............................................................................................................................14
Importância das plantas..............................................................................................................14
Partes da planta..........................................................................................................................15
Função das plantas.....................................................................................................................15
Os principais grupos das plantas:...............................................................................................15
As briófitas e pteridófitas...............................................................................................................16
As Briófitas................................................................................................................................17
Características gerais..................................................................................................................17
Grupos....................................................................................................................................17
As Pteridófitas............................................................................................................................17
Características gerais..................................................................................................................17
Organização do esporófito.........................................................................................................18
Organização dos gametófitos.....................................................................................................18
Angiospermas................................................................................................................................18
Características gerais..................................................................................................................19
Classificação das angiospermas.................................................................................................19
Monocotiledôneas......................................................................................................................19
Dicotiledôneas basais.................................................................................................................20
Divisão das plantas espermatófitas................................................................................................20
Plantas gimnospérmicas.............................................................................................................21
Características gerais..................................................................................................................21
Algumas particularidades das plantas gimnospérmicas.............................................................22
Sistemática das gimnospérmicas................................................................................................22
Sistemática da classe Pinatae.................................................................................................23
Órgãos reprodutores das cicadófitas..............................................................................................24
Welwitschiamirabilis.................................................................................................................24
Plantas angiospérmicas..................................................................................................................24
A flor..........................................................................................................................................25
A flor é constituída.................................................................................................................25
Ciclo de Vida de uma planta angiospérmica..............................................................................26
O caule....................................................................................................................................30
Chave dicotómica..........................................................................................................................30
Como funcionam as chaves de identificação.............................................................................31
Conclusão......................................................................................................................................32
Referência bibliográfica.................................................................................................................33
INTRODUÇÃO
As plantas são seres vivos fundamentais para a manutenção da vida no planeta Terra. Elas
realizam a fotossíntese, produzem oxigênio, retêm o solo, fornecem alimento e abrigo para
inúmeras espécies animais, entre outras funções. Porém, apesar de sua grande importância,
muitas plantas ainda não foram descobertas, descritas ou classificadas correctamente. A
taxonomia é a ciência que se dedica a identificar, descrever e classificar os seres vivos. Na
taxonomia botânica, são utilizados critérios morfológicos, fisiológicos, bioquímicos, genéticos e
outros para estabelecer a classificação das plantas em níveis hierárquicos, como reino, filo,
classe, ordem, família, gênero e espécie. A nomenclatura é o sistema de nomenclatura binomial,
que consiste em dar um nome científico a cada espécie de planta, utilizando o nome do gênero e
o epíteto específico. Esse sistema foi proposto por Carl von Linné, em 1753, e é utilizado até
hoje em todo o mundo. Ambas as áreas são fundamentais para o estudo e a compreensão da
biodiversidade das plantas. A taxonomia e a nomenclatura permitem identificar e diferenciar as
espécies, estabelecer relações de parentesco entre elas e entender sua distribuição geográfica e
ecológica. Além disso, essas áreas são importantes para a preservação e gestão dos recursos
naturais, pois permitem delimitar áreas de conservação e estabelecer medidas de protecção para a
flora. Por fim, é importante destacar que a taxonomia e nomenclatura das plantas ainda são áreas
em constante evolução. Com o avanço da tecnologia e das técnicas de estudo, novas espécies
estão sendo descobertas e descritas constantemente, e a classificação de muitas plantas já
conhecidas está sendo revista e actualizada.
OBJECTIVOS E JUSTIFICATIVA
Objectivos geral
Metodologia utilizada foram critérios como a relevância dos tópicos abordados, qualidade e
clareza das informações apresentadas, atualização do conteúdo e disponibilidade no mercado
editorial brasileiro. A busca de materiais bibliográficos foi realizada em diversas fontes,
incluindo livros-texto de graduação em biologia e agronomia, obras de referência especializadas
e artigos científicos publicados em periódicos da área. Os tópicos considerados no trabalho
foram taxonomia e nomenclatura de plantas, divisão espermatofita e os principais grupos de
plantas, além da apresentação de uma chave dicotômica para identificação de espécies. Foram
selecionados livros que abrangem esses temas de forma abrangente, clara e acessível aos
estudantes, além de apresentar informações atualizadas e relevantes para a pesquisa científica em
botânica. Dessa forma, os livros selecionados oferecem uma visão ampla e aprofundada sobre o
assunto, atendendo às necessidades de estudantes e profissionais da área, bem como contribuindo
para a disseminação do conhecimento sobre as plantas e sua importância para o ambiente e para
a sociedade.
Taxonomia e nomenclatura
Taxonomia ou Sistemática é o ramo da Botânica que trata da descrição, identificação,
nomenclatura e classificação das plantas abrangendo o estudo da diversificação, através da sua
organização em grupos, com base em suas relações evolutivas, na morfologia, na anatomia, na
fitoquímica, com o suporte de todas as ciências inter-relacionadas.
Sistemática: palavra de origem Grega: “syn” e “histana” que significa “colocar com”, “juntar”,
sem dar idéia de precisão.
Taxonomia: originada de duas palavras Gregas: “taxis” e “nomos” que significa “dispor
segundo uma lei” ou “um princípio”.
A Sistemática Vegetal é a ciência que trata da classificação dos vegetais, segundo um sistema
nomenclatural determinado, e a Taxonomia Vegetal é a ciência que elabora as leis desta
classificação. Ambas têm por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema, levando-se em
consideração suas características morfológicas, suas relações genéticas, suas afinidades, suas leis
de classificação e sua ecologia, que corresponde à identificação e nomenclatura, dentro de
determinado Sistema de Classificação.
Importância
A taxonomia vegetal é uma ciência que oferece um campo de estudo complexo, envolvendo
muitos ramos científicos, metodologia refinada e colaboração de diversos especialistas para
alcançar seus objectivos.
Objetivos
O objetivo primordial da Sistemática Vegetal é o descobrimento dos padrões evolutivos, isto é, a
estrutura conceitual na qual a diversidade biológica torna-se compreensível.
A Sistemática Vegetal, nos seus estudos relacionados com a diversidade e a ordenação das
plantas, se ocupa com a descrição, identificação, classificação e nomenclatura desses
organismos.
Descrição: Refere-se a aspectos morfológicos e anatômicos que podem ser listados
detalhadamente como os atributos ou caracteres estruturais das plantas, tanto pelos órgãos
vegetativos (raiz, caule e folhas) quanto reprodutivos (flores, frutos e sementes).
Herbário
Herbário é uma coleção de espécimes vegetais desidratados que, após tratamento adequado, são
mantidos em instalações apropriadas para conservação e ficam dispostos segundo uma dada
classificação. Representa um conjunto de plantas de uma área geográfica limitada (País, região,
estado) ou mesmo a totalidade do globo e que servirão como referência e material de pesquisa
não apenas para estudos taxonômicos, mas também para outras áreas da Ciência que utilizam os
vegetais como objeto de estudo. Possibilita a avaliação de impactos ambientais, a conservação de
materiais históricos e a identificação de espécies. O material vegetal para ser incorporado ao
acervo do Herbário deve ser herborizado, processo que inclui a identificação, prensagem,
triagem, secagem e montagem das exsicatas. O Herbário pode comportar também a Carpoteca.
Carpoteca: (do grego: karpos = fruto + theke = caixa, coleção, depósito) Coleção de frutos,
sementes ou de corpos de frutificação, por isto, inclui carpóforos de fungos, criptógamas e
fanerógamas.
A montagem de uma carpoteca inclui coleta e armazenamento de frutos de consistência seca e
carnosa, porém esses devem ser armazenados de maneira adequada. Os frutos secos devidamente
etiquetados e armazenados em armário com gavetas, sendo organizados por ordem alfabética
crescente de família, gênero e espécie. São utilizados sacos plásticos ou sacos de papel para
isolar o fruto do meio externo e os mesmos são alocados em caixas de polietileno, ou
diretamente em caixas de papelão e arquivados em armários. Frutos de consistência carnosa, são
acondicionados em recipientes com álcool 70% (ou outros compostos) perfeitamente fechados e
revisados, para conservar a integridade do material.
Xiloteca (do grego: xýlon = madeira + theke = caixa, coleção): É um arquivo de madeira ou um
local onde se guarda diversos tipos de madeira e informações sobe as mesmas. Uma xiloteca é
necessária para conhecer o valor científico e econômico das madeiras existente. Suas amostras
servem como material de estudo para a xilotomia, propriedades físicas e mecânicas da madeira,
durabilidade e conservação, bem como para análise morfológica visual das madeiras. É norma
comum e estabalecida que as xilotecas de diferentes países se troquem mostras e informações,
aumentando assim seus conhecimentos e sua coleção.
Palinoteca (do grego: pales = farinha, pó): É o conjunto dos minúsculos grãos masculinos,
produzidos pelas flores. Constitui uma coleção de grãos de pólen que são catalogados,
identificados e preservados em acervo depositado em Herbários,
preparados sobre lâminas e cobertos por lamínulas, guardados em caixas. A Palinoteca pode ser
utilizada em medicina, arqueologia, sistemática, taxonomia, aerobiologia, palinologia forense,
melissopalinologia e outras.
Chaves de Identificação
As chaves de Identificação são esquemas úteis na identificação de uma planta desconhecida.
Representam um tipo de literatura taxonômica. Uma chave pode ser pequena e limitada a um par
de proposições contraditórias, ou coplas, (em chaves dicotômicas) ou pode ser constituída por
uma série extensiva de proposições.
O tipo de chave habitualmente convencional e mais aceitável é o de chaves dicotômicas. Uma
chave dicotômica é um esquema ou arranjo analítico artificial, pela qual é proporcionada uma
escolha entre duas proposições contraditórias, dela resultando a aceitação de uma e a rejeição de
outra. Cada elemento de uma copla é uma alternativa. Os pares de uma copla têm sempre que
falar do mesmo caráter taxonômico.
Caráter Taxonômico: é qualquer atributo ou característica (parte observável de um organismo)
que pode ser contado, medido ou registrado, com finalidade própria de comparação,
identificação ou interpretação. O caráter é um conceito abstrato, o que o taxonomista usa é o
estado do caráter. Por exemplo, cor da flor é um caráter, enquanto azul, amarela, vermelha e etc.
são o estado do caráter cor da flor. Os caráteres taxonômicos podem ser morfológicos, (bio)
químicos, citológicos, fisiológicos, ecológicos, etc.
Uma característica morfológica tem valor taxonômico:
Não deve ser um caráter vago, que mude com o ambiente em decorrência, por exemplo,
de plasticidade fenotípica.
Nomenclatura Botânica
A nomenclatura relaciona-se com a taxonomia por determinar a maneira correta de se dar nome
a uma planta ou a um grupo de plantas.
Pode-se dizer que começou com a história da humanidade a necessidade de nominar as
diferentes espécies de plantas, em decorrência do número elevado destas, bem como da sua
utilidade para múltiplos fins.
Desde a publicação da obra “Species Plantarum” por Linneu, em 1753, o emprego internacional
do Latim tem sido uma norma para os botânicos e taxonomistas.
Os taxonomistas modernos de todo o mundo seguem o “Código Internacional de Nomenclatura
Botânica” (ICBN) que trata das categorias ou das unidades taxonômicas denominadas “taxon”
(plural “taxa” ou “taxones”), dos termos que as designam e dos nomes científicos dos “taxa”. O
Código está organizado segundo Princípios, Regras e Recomendações, sendo atualizado e
complementado periodicamente, normalmente durante os Congressos Internacionais de
Botânica.
A aplicação dos nomes é determinada por Tipos Nomenclaturais. Os tipos nomenclaturais
(“typos”) são elementos de um táxon, representados por exsicatas (exemplares inteiros ou partes
de plantas prensadas e desidratadas ou outros organismos preparados, que se conservam por
muitos séculos e são depositados em herbários), ou ilustração, ao qual o nome deste está
vinculado permanentemente.
A metodologia utilizada para atender a um novo taxon é denominada tipicação.
Tipicação: quando um novo taxon (unidade taxonômica de qualquer hierarquia – classe, família,
gênero, espécie, etc.) é identificado, denominado, descrito e publicado, é de fundamental
importância manter esse exemplar convenientemente preservado, como um testemunho a que se
pode recorrer sempre que necessário. Esse material botânico, ou outro elemento substitutivo
deste, deve ficar permanentemente vinculado ao novo taxon.
Os procedimentos para a tipicação estão disciplinados no ICBN, para os nomes de categoria
inferior a ordem, faz-se uso dos chamados TIPOS NOMENCLATURAIS. O tipo serve,
basicamente, para fixar o nome do taxon.
Para a categoria de família o tipo nomenclatural é um gênero. Por exemplo: para a família
Caryocaraceae o tipo nomenclatural é o gênero Caryocar. Para a categoria de gênero o tipo
nomenclatural é uma espécie. Por exemplo, para o gênero Marcettia o tipo nomenclatural é a
espécie Marcettia toxifolia (primeira espécie descrita do gênero).
Os nomes científicos dos “taxa” são escritos em Latim ou são latinizados, qualquer que seja a
sua origem. Todas as categorias taxonômicas possuem um único nome, escrito em letra inicial
maiúscula, exceto a espécie e suas subdivisões.
A espécie é escrita com dois nomes, isto é, binominal (nomenclatura binária), conforme
estabelecido por Linneu (1753). O primeiro é o nome do gênero (nome genérico – indica o
gênero a que pertence a espécie), escrito com letra inicial maiúscula e o segundo é o nome ou
epíteto específico da espécie (permite designar espécies diferentes dentro do mesmo gênero),
escrito em minúsculo. O epíteto específico pode ser escrito com inicial maiúscula, se for um
substantivo próprio.
Solanum lycopersycum L. é o nome científico do tomate e Persea americana Mill. é o nome
científico do abacateiro. Solanum e Persea são seus respectivos nomes genéricos e lycopersycum
e americana, os epítetos específicos. O “L.” após Solanum lycopersycum e o “Mill” após Persea
americana são as abreviações de Linneu e Miller, os autores das duas espécies, respectivamente.
As categorias taxonômicas abaixo da espécie são trinominais, ou seja, são escritos com três
nomes.
Brassica oleracea L. var. acephala D.C. e Brassica oleracea L. var. capitata L. são nomes
científicos da couve e do repolho, respectivamente, ambos são variedades que compõem a
espécie Brassica oleracea e são escritos de forma trinominal.
Os nomes científicos (nome de gênero, espécie, variedade e forma) devem SEMPRE ser escritos
em destaque no texto: em Itálico ou Sublinhado. Todo nome de espécie deve ser acompanhado
pelo autor da espécie. Nenhuma citação de espécie ou categorias infra-específica é completa, se
não for seguida do nome do autor ou dos autores.
É necessário citar o (s) nome (s) para que a data da primeira publicação válida do nome do
“taxon” possa ser verificada. Quando são dois autores, intercala-se aos nomes, as designações et
ou &. Se for mais de dois autores, cita-se o primeiro seguido de et al.
Os nomes dos autores são, frequentemente, escritos abreviadamente. Ex. Mart. (Martius); L.
(Linneu); H.B.K. (Humboldt, Bonpland e Kunth). Quando os autoressão pouco conhecidos deve-
se abreviar de forma a interromper o nome antes da vogal inicial da segunda sílaba Ex. Juss
(Jussieu); Benth (Bentham), etc. Pode-se usar ainda, junto a abreviatura, as iniciais dos prenomes
(R. Br. para Robert Brown).
Quando um dos autores está citado entre parênteses, por exemplo, Glycine max (L.) Merril.,
significa que o taxon foi descrito inicialmente pelo autor entre parênteses e, posteriormente, este
taxon sofreu alguma modificação, realizada pelo autor fora do parêntese. O uso de parênteses é
mais frequente quando uma espécie é transferida de um gênero para o outro. Ex. Cassia rugosa
Don. passou a Senna rugosa (Don.) Irwin et. Barneby.
Exemplo:
Reino: Vegetabilis
Divisão: (phyta) Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: (opsida ou atae) Magnoliopsida (Dicotiledoneae)
Subclasse: (idae) Rosidae
Ordem: (ales) Rosales
Subordem: (ineae) Rosineae
Família: (aceae) Rosaceae
Subfamília: (oideae) Rosoideae
Tribo: (eae) Roseae
Subtribo: (inae) Rosinae
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica L.
Variedade: Rosa gallica L.var versicolor Thory Observações:
- Gênero: substantivo latinizado com inicial maiúscula;
- Espécie: Gênero + designação ou epíteto específico (adjetivo latinizado) com inicial
minúscula seguido pelo nome abreviado de seu autor;
Gênero, espécie, variedade e forma, devem sempre ser escritos em destaque: em itálico
ou sublinhado.
Plantas
Plantas são organismos multicelulares, ou seja, formados por mais de uma célula. Assim como
os animais, esses organismos apresentam células que formam tecidos, e esses tecidos formam os
chamados órgãos. Possuem células eucariontes, ou seja, células cujo núcleo é delimitado por
membrana.
As plantas são seres vivos que fazem parte do reino Plantae ou reino dos vegetais. Elas se
destacam por serem formadas por muitas células e, em sua grande maioria, realizarem a
chamada fotossíntese, que garante a produção do seu próprio alimento (moléculas orgânicas), o
qual é necessário para o seu crescimento e desenvolvimento. A seguir falaremos um pouco mais
sobre as plantas, como suas características e utilidade.
Características
As principais características das plantas são:
Alimentação
Medicamentos
Bem estar humano
Fornecimento de madeira
Regulação da temperatura
Manutenção do regime de chuvas
Partes da planta
As partes da planta são: raízes, folhas, caule, flores e frutos. Cada uma delas desempenha uma
função que garante a sobrevivência do vegetal.
São os produtores da cadeia alimentar, ou seja, alimentam todos os seres vivos, de forma direta
ou indireta. Servem de medicamento, pois possuem substâncias de interesse medicinal para a
ciência e são utilizadas na construção civil.
Os principais grupos das plantas:
As Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas são 4 grupos vegetais comumente
estudados na botânica. Brióftias e Pteridófitas são consideradas plantas inferiores, logo precisam
de umidade e sombra para viverem e se reproduzirem, pois seus esporos são liberados na água
para o nascimento de novos organismos.
São divididas em inferiores e superiores não por serem melhores ou piores entre si, mas devido
importantes processos evolutivos. Portanto, as plantas são classificadas de acordo com sua
complexidade e surgimento de novos atributos, como semente, flor e fruto.
As briófitas e pteridófitas
As briófitas e as pteridófitas são plantas criptógamas (cripto = escondido; gama = gametas) isto
é, apresentam estruturas produtoras de gametas pouco visíveis.
Não apresentam flores, frutos nem sementes. Algumas, como os musgos, são muito pequenas;
outras podem ter grande porte, como os samambaiaçus, que atingem vários metros.
São plantas que dependem da água para sua reprodução, geralmente estão presentes nas
proximidades de cachoeiras e são abundantes em florestas tropicais.
As Briófitas
Características gerais
As briófitas são as plantas mais simples. Constituem uma exceção no reino das plantas, pois não
têm vasos condutores. A ausência desses vasos condutores limita o tamanho dessas plantas, que
são organismos de pequeno porte, alcançando poucos centímetros.
Como qualquer outra planta, as briófitas apresentam cloroplastos e são capazes de realizar
fotossíntese, sendo organismos autótrofos fotossintetizantes.
Grupos
As Pteridófitas
Características gerais
A palavra pteridófita deriva do grego pteris, que significa feto, e phyton, planta. Trata-se de
uma referência ao fato de as folhas em brotamento assemelharem-se à posição de um feto
humano no útero materno.
As pteridófitas são plantas que apresentam vasos condutores: o xilema, condutor de seiva bruta;
e o floema, condutor de seiva elaborada. Por isso, são chamadas de traqueófitas ou vasculares. A
presença desses vasos permitiu maior diversidade de formas, desde plantas herbáceas até plantas
arborescentes de grande porte, como a samambaiaçu.
As gimnospermas
As gimnospermas são plantas terrestres que estão principalmente em zonas temperadas (frias),
ocorrendo em pequeno número em climas tropicais.
Formam flores e sementes, mas nunca produzem frutos. Daí o nome gimnosperma (gimnos = nu
+ sperma = semente).
Organização do esporófito
As gimnospermas são vegetais lenhosos de aspecto arbustivo ou arbóreo, neste caso formando
árvores de grandes dimensões, como ocorre com as sequóias e os pinheiros. Não existem formas
herbáceas.
Angiospermas
Características gerais
As angiospermas, assim como as gimnospermas, são plantas espermatófitas, ou seja, plantas que
desenvolvem sementes. A grande diferença está num detalhe evolucionário – as angiospermas
têm as suas sementes protegidas por um envoltório, os frutos. As ocorrência semestes e frutos
são formados a partir da fecundação das flores, uma outra própria das angiospermas.
Pelo fato de possuírem flores são chamadas de fanerógamas. As flores possuem uma infindável
variedade de formas e cores, e constituem o ponto alto do processo de reprodução das
angiospermas.
As angiospermas também são plantas traqueófitas, isto é, possuem vasos condutores de seiva, tal
como ocorre com pteridófitas e gimnospermas. As angiospermas podem variar imensamente
também em termos de porte. Há desde plantas com características herbáceas, como as gramíneas
ou muitos tipos de arbustos, até plantas arbóreas, como figueiras, seringueiras, ipês e
jaboticabeiras.
Monocotiledôneas
Podemos citar como exemplos dessas plantas a bananeira, o arrozeiro, a palmeira, o trigo, as
gramíneas, entre outras 90 mil espécies. Além das sementes, essas plantas possuem outras
características típicas, como as raízes fasciculadas (parecem um feixe de cabelos). As folhas são
mais nervuradas e não possuem o chamado pecíolo. As flores são trímeras, ou seja, pétalas
sempre ocorrem em número múltiplo de três. Os caules são mais lenhosos e apresentam feixes
vasculares desordenados.
Dicotiledôneas basais
São as plantas que apresentam características relativamente primitivas. Essas plantas podem ter
sido as primeiras angiospermas, aquelas que deram origem às monocotiledôneas e
eudicotiledôneas. Atualmente, cerca de 3% das angiospermas atuais são classificadas como
dicotiledôneas basais e, como exemplo, temos as magnólias
Grupos
Samambaias, samambaiaçus e avencas são os representantes mais comuns entre as
pteridófitas, porém há outros exemplos, como cavalinhas (Equisetun) e selaginela.
Todas estas subdivisões têm como característica principal a formação da semente. É também no
tipo de semente que reside a grande diferença entre elas. O seu corpo encontra-se diferenciado
em raiz, caule e folhas. Possuem um sistema vascular (xilema e floema).
Divisão do corpo de espermatófita e algumas estruturas do sistema de tecidos vasculares.
Plantas gimnospérmicas
As gimnospérmicas (Gymnospermae: plantas com sementes nuas) são também designadas
por Coniferophytina.
Características gerais:
As suas flores são os estróbilos (por exemplo, Pinhas do género Pinus, do pinheiro);
Apresentam sementes nuas, sem fruto para as proteger;
São plantas lenhosas, frequentemente arbóreas;
Apresentam uma alternância de gerações sobre o esporófito;
Apresentam grãos de pólen adaptados à pelo vento (anemofilia);
Tem os óvulos expostos em folhas carpelares abertas (macrosporofilos);
Nas briófitas e nas pteridófitas, precisa-se de água para que os anterozóides cheguem às
oosferas para a fecundação; os anterozóides são móveis e estão providos de flagelos. Nas
gimnospérmicas, porém, o gametófito masculino, o grão de pólen, é levado pelo vento ao
encontro do gametófito feminino; terminada a polinização produz-se o tuba polínico, uma
expansão tubular do gametófito masculino (grão de pólen).
Algumas particularidades das plantas gimnospérmicas
Nas coníferas e gnetófitas os gâmetas masculinos não são móveis; são os tubos polínicos que se
encarregam de as transportar até aos arquegónios. Esta condição é encontrada nas
angiospérmicas, o que é considerado como inovação evolutiva com vista a tornar a fecundação
independente da água.
Nas cicadófitas e no ginkgo, o tubo polínico não penetra no arquegónio. O grão de pólen rompe-
se próximo do arquegónio e liberta gâmetas masculinos (anterozóides multiflagelados) que
nadam em direcção à oosfera.
Além de serem plantas lenhosas e fornecerem madeira e combustível, são muito usadas na
medicina e na indústria farmacêutica (ex.: ginkgo biloba, para problemas de
circulação; Ephedra sp, produtor de efedrina, é um importante fármaco adrenérgico).
A classe ginkgoatae é classe fóssil, com uma espécie. O seu único representante apresenta folhas
de nervação dicotómicas e flores primitivas. Ao contrário da maioria das gimnospérmicas, é uma
espécie de folha caduca com formato de leque. A fecundação ocorre um mês após a polinização.
É dioica e originária da China.
A classe inclui as árvores de maior longevidade e major porte. Na sua maioria, o tronco é único,
central e com ramificações simples, diferenciadas em macro e braquiblastos.
As coníferas, de modo geral, podem ser monóicas ou dióicas. Os estróbilos são sempre
unissexuais; em muitas plantas, os cones femininos são maiores e lenhosos.
E uma planta altamente especializada na Vida nos desertos, sob condição de falta de água,
através de captação e conservação da água do orvalho. Serviu de alimento para populações da
Namíbia. A outra planta da classe Gnetatae é a Ephedra distachya, cujo nome deriva do alcaloide
efedrina, muito usada na medicina (no tratamento da asma) e no melhoramento da condição
física atlética.
Plantas angiospérmicas
Esta subdivisão é conhecida também como Magnoliophytina, Angiospermae ou, vulgarmente,
angiospérmicas (do grego “angios” — urna e «spenna» — semente). São plantas espermatófitas,
cujas sementes estão protegidas por uma estrutura denominada fruto. Trata-se do maior e mais
recente grupo de plantas, com cerca de 230 mil espécies, com este número elas superam em
cerca de 90% o número de todas as plantas verdadeiras. Mesmo assim, existem ainda espécies
não identificadas (sobretudo nos trópicos).
As angiospérmicas colonizaram todos os habitats, podendo ser encontradas na água e na terra.
Suportam quase todos os habitats possíveis. Podem ser herbáceas ou lenhosas e chegam a atingir
alturas superiores a 150 m, como é o caso do eucalipto.
A flor
Nas angiospérmicas, destacam-se folhas estéreis e folhas reprodutoras as flores.
As flores são primariamente monóicas e possuem um perianto (conjunto de peças florais que
constituem o da flor e que pode estar diferenciado em corola e cálice). Nas flores destacam-se os
estames, que são órgãos reprodutores masculinos – microesporofilos – e os carpelos, órgãos
reprodutores femininos – megaeseorofilos. Uma das regiões do carpelo é o ovário, um
compartimento fechado onde estão os óvulos.
A flor é constituída por:
Cálice e corola são peças florais estéreis. No conjunto, designam-se por perianto. As folhas
florais férteis são os estames, que, no seu conjunto, formam o androceu (masculino) e os
carpelos, que, por seu turno, constituem o gineceu (feminino). A todas as estruturas morfológicas
florais chamamos verticilos.
A parte que protege a semente pode conter reservas e é formada a partir do ovário, originando o
pericarpo.
A constituição da semente é a seguinte:
Tegumento ou casca. com função de protecção e disseminação;
Amêndoa: tecido de reserva utilizado na formação do embrião;
Embrião: constituído por um eixo embrionário dividido em duas partes – radícula e caulículo.
Estruturas da semente.
A partir da radícula vai originar-se a raiz da nova planta. O caulículo é responsável pelo caule da
nova planta. Das gémulas nascem as futuras folhas da nova planta
Frutos
Os frutos são as estruturas que, nas angiospérmicas, contem as sementes. Resultam do
desenvolvimento de folhas carpelares fechadas, encontrando-se os óvulos encerrados dentro de
um ovário. O termo fruto é utilizado para designar as estruturas que contém as sementes
provenientes de um ovário súpero, utilizando-se o termo pseudofruto, ou pseudocarpo, para
designar aquelas provenientes de um ovário ínfero. Em princípio, podemos dividir a parede do
fruto (pericarpo) em: exocarpo, mesocarpo e endocarpo.
Classificação dos frutos
A folha
As folhas nascem geralmente nos caules ou nos ramos. Numa primeira fase, o primórdio foliar (o
início da formação foliar) tem crescimento apical originado por um meristema apical e
alongamento apical.
Uma folha completa possui, além do limbo, um pecíolo e uma parte basal que, muitas vezes, se
desenvolve numa bainha e em estipulas. A planta pode apresentar folhas de diferentes formatos
(heterofilia).
As folhas são classificadas tendo em conta três critérios essenciais: nervação, contorno do bordo
e divisão do limbo.
O caule
Uma planta angiospérmica tem o corpo dividido em estruturas vegetativas (raízes, caules e
folhas) e estruturas reprodutoras (flores, frutos e sementes)
Chave dicotómica
Método muito utilizado na classificação de seres vivos, que apresenta em cada nível duas
alternativas mutuamente exclusivas. Cada conjunto de alternativas antítese deverá encaminhar
para dois grupos distintos de seres vivos, com os mesmo caracteres.
Numa chave dicotómica podem-se utilizar números, letras ou símbolos para indicar o caminho a
seguir numa classificação.
Não é objetivo das chaves dicotómicas incluir todas as espécies existentes, mas apenas um grupo
restrito, como, por exemplo, as espécies que se podem encontrar numa determinada região.
Uma chave de identificação é uma ferramenta usada para encontrar níveis taxonômicos (por
exemplo: gêneros ou espécies) em ciências biológicas. As chaves possuem uma ampla gama de
aplicações, incluindo a identificação de plantas e animais e a análise forense.
Digamos que você encontrou um inseto de asas em uma determinada região geográfica, mas não
sabe determinar se ele pertence a uma espécie de borboleta ou de mariposa. Você poderia
comparar o seu espécime com fotos de várias espécies na internet, mas digamos que na região
onde você fez a coleta existam centenas ou milhares de espécie de borboletas e mariposas.
Uma chave de identificação auxiliaria nesse processo ao apresentar vários passos para a
identificação da espécie, como por exemplo a determinação de características fenotípicas que a
distinguem de outras espécies taxonomicamente próximas.
É dada uma chave dicotômica simples usada para identificar invertebrados comumente
encontrados em jardins. Uma criança encontra um organismo sem asas, sem concha e 8 pernas.
Usando essa chave dicotômica, determine qual organismo é mais provável.
Conclusão
Concluímos que a taxonomia e nomenclatura das plantas são fundamentais para a compreensão
da biodiversidade vegetal e para a conservação das espécies e de seus habitats naturais. A
metodologia seguida pelos pesquisadores envolve diversas etapas, desde a seleção das espécies
até a comunicação dos resultados, e requer a utilização de ferramentas e técnicas específicas. A
importância desses estudos está relacionada à necessidade de conhecermos a diversidade
biológica do nosso planeta e de promovermos a sua conservação e valorização.
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