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Índice

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................3
OBJECTIVOS E JUSTIFICATIVA................................................................................................4
Objectivos geral...........................................................................................................................4
Objectivos específicos..................................................................................................................4
Justificativa..................................................................................................................................4
Metodologia.....................................................................................................................................5
Taxonomia e nomenclatura..............................................................................................................6
Sistemática...................................................................................................................................6
Taxonomia...................................................................................................................................6
Importância......................................................................................................................................6
Objetivos..........................................................................................................................................6
Categorias ou Unidades Taxonômicas.............................................................................................7
Considerando-se todas as categorias e subdivisões, pode-se ter a seguinte graduação:..................8
Métodos de Identificação.................................................................................................................9
Herbário.......................................................................................................................................9
Carpoteca.....................................................................................................................................9
Chaves de Identificação.................................................................................................................10
Caráter Taxonômico...................................................................................................................10
Nomenclatura Botânica.................................................................................................................11
Plantas............................................................................................................................................14
Características............................................................................................................................14
Importância das plantas..............................................................................................................14
Partes da planta..........................................................................................................................15
Função das plantas.....................................................................................................................15
Os principais grupos das plantas:...............................................................................................15
As briófitas e pteridófitas...............................................................................................................16
As Briófitas................................................................................................................................17
Características gerais..................................................................................................................17
Grupos....................................................................................................................................17
As Pteridófitas............................................................................................................................17
Características gerais..................................................................................................................17
Organização do esporófito.........................................................................................................18
Organização dos gametófitos.....................................................................................................18
Angiospermas................................................................................................................................18
Características gerais..................................................................................................................19
Classificação das angiospermas.................................................................................................19
Monocotiledôneas......................................................................................................................19
Dicotiledôneas basais.................................................................................................................20
Divisão das plantas espermatófitas................................................................................................20
Plantas gimnospérmicas.............................................................................................................21
Características gerais..................................................................................................................21
Algumas particularidades das plantas gimnospérmicas.............................................................22
Sistemática das gimnospérmicas................................................................................................22
Sistemática da classe Pinatae.................................................................................................23
Órgãos reprodutores das cicadófitas..............................................................................................24
Welwitschiamirabilis.................................................................................................................24
Plantas angiospérmicas..................................................................................................................24
A flor..........................................................................................................................................25
A flor é constituída.................................................................................................................25
Ciclo de Vida de uma planta angiospérmica..............................................................................26
O caule....................................................................................................................................30
Chave dicotómica..........................................................................................................................30
Como funcionam as chaves de identificação.............................................................................31
Conclusão......................................................................................................................................32
Referência bibliográfica.................................................................................................................33
INTRODUÇÃO
As plantas são seres vivos fundamentais para a manutenção da vida no planeta Terra. Elas
realizam a fotossíntese, produzem oxigênio, retêm o solo, fornecem alimento e abrigo para
inúmeras espécies animais, entre outras funções. Porém, apesar de sua grande importância,
muitas plantas ainda não foram descobertas, descritas ou classificadas correctamente. A
taxonomia é a ciência que se dedica a identificar, descrever e classificar os seres vivos. Na
taxonomia botânica, são utilizados critérios morfológicos, fisiológicos, bioquímicos, genéticos e
outros para estabelecer a classificação das plantas em níveis hierárquicos, como reino, filo,
classe, ordem, família, gênero e espécie. A nomenclatura é o sistema de nomenclatura binomial,
que consiste em dar um nome científico a cada espécie de planta, utilizando o nome do gênero e
o epíteto específico. Esse sistema foi proposto por Carl von Linné, em 1753, e é utilizado até
hoje em todo o mundo. Ambas as áreas são fundamentais para o estudo e a compreensão da
biodiversidade das plantas. A taxonomia e a nomenclatura permitem identificar e diferenciar as
espécies, estabelecer relações de parentesco entre elas e entender sua distribuição geográfica e
ecológica. Além disso, essas áreas são importantes para a preservação e gestão dos recursos
naturais, pois permitem delimitar áreas de conservação e estabelecer medidas de protecção para a
flora. Por fim, é importante destacar que a taxonomia e nomenclatura das plantas ainda são áreas
em constante evolução. Com o avanço da tecnologia e das técnicas de estudo, novas espécies
estão sendo descobertas e descritas constantemente, e a classificação de muitas plantas já
conhecidas está sendo revista e actualizada.
OBJECTIVOS E JUSTIFICATIVA
Objectivos geral

Taxonomia e nomenclatura das plantas é compreender a diversidade e evolução da flora mundial


e estabelecer uma classificação precisa das espécies vegetais.
Objectivos específicos

Identificar as principais divisões e grupos de plantas, suas características e diferenças.


Compreender a importância da nomenclatura botânica e como as espécies são nomeadas e
classificadas de acordo com as regras internacionais. Aprender a utilizar chaves dicotômicas e
outros métodos de identificação de plantas. Compreender a importância da conservação da
biodiversidade vegetal e o papel da taxonomia na sua preservação e manejo sustentável.
Justificativa

A taxonomia e nomenclatura das plantas são fundamentais para a compreensão e preservação da


biodiversidade vegetal. Através do estudo da taxonomia, é possível identificar e classificar as
diferentes espécies de plantas, o que permite entender a sua distribuição geográfica,
características funcionais e evolução. A nomenclatura botânica é essencial para garantir a
uniformidade e coerência na denominação das espécies, evitando confusões e erros na
comunicação científica. Aprender a identificar plantas é uma habilidade importante para diversos
profissionais, como biólogos, agrônomos, botânicos, ecólogos e outros especialistas. Também é
importante ressaltar que a conservação da biodiversidade vegetal depende do conhecimento
taxonômico e da preservação das espécies ameaçadas de extinção. Por isso, estudar taxonomia e
nomenclatura das plantas contribui para a conservação da diversidade biológica e o manejo
sustentável dos recursos naturais.
Metodologia

Metodologia utilizada foram critérios como a relevância dos tópicos abordados, qualidade e
clareza das informações apresentadas, atualização do conteúdo e disponibilidade no mercado
editorial brasileiro. A busca de materiais bibliográficos foi realizada em diversas fontes,
incluindo livros-texto de graduação em biologia e agronomia, obras de referência especializadas
e artigos científicos publicados em periódicos da área. Os tópicos considerados no trabalho
foram taxonomia e nomenclatura de plantas, divisão espermatofita e os principais grupos de
plantas, além da apresentação de uma chave dicotômica para identificação de espécies. Foram
selecionados livros que abrangem esses temas de forma abrangente, clara e acessível aos
estudantes, além de apresentar informações atualizadas e relevantes para a pesquisa científica em
botânica. Dessa forma, os livros selecionados oferecem uma visão ampla e aprofundada sobre o
assunto, atendendo às necessidades de estudantes e profissionais da área, bem como contribuindo
para a disseminação do conhecimento sobre as plantas e sua importância para o ambiente e para
a sociedade.
Taxonomia e nomenclatura
Taxonomia ou Sistemática é o ramo da Botânica que trata da descrição, identificação,
nomenclatura e classificação das plantas abrangendo o estudo da diversificação, através da sua
organização em grupos, com base em suas relações evolutivas, na morfologia, na anatomia, na
fitoquímica, com o suporte de todas as ciências inter-relacionadas.

É a ciência que envolve a descoberta, descrição e interpretação e organização das informações


relativas à diversidade biológica, por meio de Sistemas de Classificação.

Sistemática: palavra de origem Grega: “syn” e “histana” que significa “colocar com”, “juntar”,
sem dar idéia de precisão.

Taxonomia: originada de duas palavras Gregas: “taxis” e “nomos” que significa “dispor
segundo uma lei” ou “um princípio”.

A Sistemática Vegetal é a ciência que trata da classificação dos vegetais, segundo um sistema
nomenclatural determinado, e a Taxonomia Vegetal é a ciência que elabora as leis desta
classificação. Ambas têm por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema, levando-se em
consideração suas características morfológicas, suas relações genéticas, suas afinidades, suas leis
de classificação e sua ecologia, que corresponde à identificação e nomenclatura, dentro de
determinado Sistema de Classificação.

Importância
A taxonomia vegetal é uma ciência que oferece um campo de estudo complexo, envolvendo
muitos ramos científicos, metodologia refinada e colaboração de diversos especialistas para
alcançar seus objectivos.

Objetivos
O objetivo primordial da Sistemática Vegetal é o descobrimento dos padrões evolutivos, isto é, a
estrutura conceitual na qual a diversidade biológica torna-se compreensível.
A Sistemática Vegetal, nos seus estudos relacionados com a diversidade e a ordenação das
plantas, se ocupa com a descrição, identificação, classificação e nomenclatura desses
organismos.
Descrição: Refere-se a aspectos morfológicos e anatômicos que podem ser listados
detalhadamente como os atributos ou caracteres estruturais das plantas, tanto pelos órgãos
vegetativos (raiz, caule e folhas) quanto reprodutivos (flores, frutos e sementes).

Identificação: É a determinação de que um “taxon” (unidade de classificação de um nível


qualquer constituída por outros táxons de níveis hierárquicos inferiores) é idêntico ou semelhante
a outro já conhecido e, portanto, descrito pela ciência. Pode ser feita com o auxílio de literatura,
ou pela comparação com plantas devidamente identificadas. Em alguns casos, pode-se concluir
que a planta é nova para a ciência, depois de terem sido eliminadas as possibilidades desta ser
semelhante a qualquer outra já identificada.
Nomenclatura: Está relacionada com a determinação do nome correto de uma determinada
planta, de acordo com um sistema nomenclatural. Logo após a identificação de uma planta, é
necessário dar a ela um nome científico pelo qual ela possa ser efetivamente designada. Para isso
há regras, recomendações e princípios contidos no Código Internacional de Nomenclatura
Botânica.
Classificação: É agrupar elementos com características comuns, de acordo com um determinado
plano ou sequência em conformidade com um sistema nomenclatural. É a ordenação das plantas
de maneira hierárquica. No reino vegetal adota-se a sequência em que cada Gênero, envolvendo
uma ou mais Espécies, pertence a uma Família, cada família a uma Ordem, cada ordem a uma
Classe, e finalmente, cada classe a uma Divisão.

Categorias ou Unidades Taxonômicas


As categorias sistemáticas representam níveis hierárquicos, enquanto os taxa correspondem aos
termos aplicados aos agrupamentos incluídos nessas categorias.
As principais categorias de classificação, em ordem decrescente, são: Reino, Divisão, Classe,
Ordem, Família, Gênero e Espécie. De acordo com o Código Internacional de Nomenclatura
Botânica, novas categorias podem ser intercaladas ou adicionadas e uma categoria pode
subdividir-se em categorias intermediárias e de hierarquia mais baixa, acrescentando-se ao seu
nome o prefixo “sub” para designá-las: divisão – subdivisão; classe – subclasse; ordem –
subordem; família – subfamília; gênero – subgênero; secção – subsecção; série – subsérie;
espécie – subespécie; variedade – subvariedade; forma – subforma.
Cada “taxon” representa um grupo de plantas e há categorias superiores e inferiores de
classificação. Estas últimas compreendendo o gênero, a espécie e suas subdivisões.

Considerando-se todas as categorias e subdivisões, pode-se ter a seguinte graduação:


Reino
Divisão
Subdivisão
Classe
Subclasse
Ordem
Subordem
Família
Subfamília
tribo
Subtribo
Gênero
Subgênero
Secção
Subsecção
Série
Subsérie
Espécie
Subespécie
Variedade
Subvariedade
Forma
Subforma
Métodos de Identificação
A identificação de um material é feita pela sua comparação com outro já determinado
cientificamente ou ainda e principalmente, pela consulta a literatura adequada, que compreendem
Manuais ou Floras, Monografias ou Revisões sobre determinados grupos sistemáticos. A
identificação jamais pode ser baseada em nomes vulgares, pois o mesmo nome pode ser dado a
espécies diferentes ou uma mesma espécie pode ter vários nomes vulgares. De modo geral, a
identificação é facilitada pela utilização de Chaves Botânicas de Identificação e pela comparação
com exemplares de herbário, já estudados. O resultado a que se chega com o uso de qualquer
chave de identificação deve ser objeto de análise ou de estudo crítico, mediante consulta a um
texto que contenha a descrição do taxon considerado.

Herbário
Herbário é uma coleção de espécimes vegetais desidratados que, após tratamento adequado, são
mantidos em instalações apropriadas para conservação e ficam dispostos segundo uma dada
classificação. Representa um conjunto de plantas de uma área geográfica limitada (País, região,
estado) ou mesmo a totalidade do globo e que servirão como referência e material de pesquisa
não apenas para estudos taxonômicos, mas também para outras áreas da Ciência que utilizam os
vegetais como objeto de estudo. Possibilita a avaliação de impactos ambientais, a conservação de
materiais históricos e a identificação de espécies. O material vegetal para ser incorporado ao
acervo do Herbário deve ser herborizado, processo que inclui a identificação, prensagem,
triagem, secagem e montagem das exsicatas. O Herbário pode comportar também a Carpoteca.

Carpoteca: (do grego: karpos = fruto + theke = caixa, coleção, depósito) Coleção de frutos,
sementes ou de corpos de frutificação, por isto, inclui carpóforos de fungos, criptógamas e
fanerógamas.
A montagem de uma carpoteca inclui coleta e armazenamento de frutos de consistência seca e
carnosa, porém esses devem ser armazenados de maneira adequada. Os frutos secos devidamente
etiquetados e armazenados em armário com gavetas, sendo organizados por ordem alfabética
crescente de família, gênero e espécie. São utilizados sacos plásticos ou sacos de papel para
isolar o fruto do meio externo e os mesmos são alocados em caixas de polietileno, ou
diretamente em caixas de papelão e arquivados em armários. Frutos de consistência carnosa, são
acondicionados em recipientes com álcool 70% (ou outros compostos) perfeitamente fechados e
revisados, para conservar a integridade do material.

Xiloteca (do grego: xýlon = madeira + theke = caixa, coleção): É um arquivo de madeira ou um
local onde se guarda diversos tipos de madeira e informações sobe as mesmas. Uma xiloteca é
necessária para conhecer o valor científico e econômico das madeiras existente. Suas amostras
servem como material de estudo para a xilotomia, propriedades físicas e mecânicas da madeira,
durabilidade e conservação, bem como para análise morfológica visual das madeiras. É norma
comum e estabalecida que as xilotecas de diferentes países se troquem mostras e informações,
aumentando assim seus conhecimentos e sua coleção.

Palinoteca (do grego: pales = farinha, pó): É o conjunto dos minúsculos grãos masculinos,
produzidos pelas flores. Constitui uma coleção de grãos de pólen que são catalogados,
identificados e preservados em acervo depositado em Herbários,

preparados sobre lâminas e cobertos por lamínulas, guardados em caixas. A Palinoteca pode ser
utilizada em medicina, arqueologia, sistemática, taxonomia, aerobiologia, palinologia forense,
melissopalinologia e outras.

Chaves de Identificação
As chaves de Identificação são esquemas úteis na identificação de uma planta desconhecida.
Representam um tipo de literatura taxonômica. Uma chave pode ser pequena e limitada a um par
de proposições contraditórias, ou coplas, (em chaves dicotômicas) ou pode ser constituída por
uma série extensiva de proposições.
O tipo de chave habitualmente convencional e mais aceitável é o de chaves dicotômicas. Uma
chave dicotômica é um esquema ou arranjo analítico artificial, pela qual é proporcionada uma
escolha entre duas proposições contraditórias, dela resultando a aceitação de uma e a rejeição de
outra. Cada elemento de uma copla é uma alternativa. Os pares de uma copla têm sempre que
falar do mesmo caráter taxonômico.
Caráter Taxonômico: é qualquer atributo ou característica (parte observável de um organismo)
que pode ser contado, medido ou registrado, com finalidade própria de comparação,
identificação ou interpretação. O caráter é um conceito abstrato, o que o taxonomista usa é o
estado do caráter. Por exemplo, cor da flor é um caráter, enquanto azul, amarela, vermelha e etc.
são o estado do caráter cor da flor. Os caráteres taxonômicos podem ser morfológicos, (bio)
químicos, citológicos, fisiológicos, ecológicos, etc.
Uma característica morfológica tem valor taxonômico:

 Quando se encontra com relativa constância

 Quando são estáveis em membros de um grupo, permitindo juntá-los ou separá-los de


outros grupos, podendo-se confiar neles para efeito de comparação taxonômica.

 Não deve ser um caráter vago, que mude com o ambiente em decorrência, por exemplo,
de plasticidade fenotípica.

Nomenclatura Botânica
A nomenclatura relaciona-se com a taxonomia por determinar a maneira correta de se dar nome
a uma planta ou a um grupo de plantas.
Pode-se dizer que começou com a história da humanidade a necessidade de nominar as
diferentes espécies de plantas, em decorrência do número elevado destas, bem como da sua
utilidade para múltiplos fins.
Desde a publicação da obra “Species Plantarum” por Linneu, em 1753, o emprego internacional
do Latim tem sido uma norma para os botânicos e taxonomistas.
Os taxonomistas modernos de todo o mundo seguem o “Código Internacional de Nomenclatura
Botânica” (ICBN) que trata das categorias ou das unidades taxonômicas denominadas “taxon”
(plural “taxa” ou “taxones”), dos termos que as designam e dos nomes científicos dos “taxa”. O
Código está organizado segundo Princípios, Regras e Recomendações, sendo atualizado e
complementado periodicamente, normalmente durante os Congressos Internacionais de
Botânica.
A aplicação dos nomes é determinada por Tipos Nomenclaturais. Os tipos nomenclaturais
(“typos”) são elementos de um táxon, representados por exsicatas (exemplares inteiros ou partes
de plantas prensadas e desidratadas ou outros organismos preparados, que se conservam por
muitos séculos e são depositados em herbários), ou ilustração, ao qual o nome deste está
vinculado permanentemente.
A metodologia utilizada para atender a um novo taxon é denominada tipicação.
Tipicação: quando um novo taxon (unidade taxonômica de qualquer hierarquia – classe, família,
gênero, espécie, etc.) é identificado, denominado, descrito e publicado, é de fundamental
importância manter esse exemplar convenientemente preservado, como um testemunho a que se
pode recorrer sempre que necessário. Esse material botânico, ou outro elemento substitutivo
deste, deve ficar permanentemente vinculado ao novo taxon.
Os procedimentos para a tipicação estão disciplinados no ICBN, para os nomes de categoria
inferior a ordem, faz-se uso dos chamados TIPOS NOMENCLATURAIS. O tipo serve,
basicamente, para fixar o nome do taxon.
Para a categoria de família o tipo nomenclatural é um gênero. Por exemplo: para a família
Caryocaraceae o tipo nomenclatural é o gênero Caryocar. Para a categoria de gênero o tipo
nomenclatural é uma espécie. Por exemplo, para o gênero Marcettia o tipo nomenclatural é a
espécie Marcettia toxifolia (primeira espécie descrita do gênero).
Os nomes científicos dos “taxa” são escritos em Latim ou são latinizados, qualquer que seja a
sua origem. Todas as categorias taxonômicas possuem um único nome, escrito em letra inicial
maiúscula, exceto a espécie e suas subdivisões.
A espécie é escrita com dois nomes, isto é, binominal (nomenclatura binária), conforme
estabelecido por Linneu (1753). O primeiro é o nome do gênero (nome genérico – indica o
gênero a que pertence a espécie), escrito com letra inicial maiúscula e o segundo é o nome ou
epíteto específico da espécie (permite designar espécies diferentes dentro do mesmo gênero),
escrito em minúsculo. O epíteto específico pode ser escrito com inicial maiúscula, se for um
substantivo próprio.
Solanum lycopersycum L. é o nome científico do tomate e Persea americana Mill. é o nome
científico do abacateiro. Solanum e Persea são seus respectivos nomes genéricos e lycopersycum
e americana, os epítetos específicos. O “L.” após Solanum lycopersycum e o “Mill” após Persea
americana são as abreviações de Linneu e Miller, os autores das duas espécies, respectivamente.
As categorias taxonômicas abaixo da espécie são trinominais, ou seja, são escritos com três
nomes.
Brassica oleracea L. var. acephala D.C. e Brassica oleracea L. var. capitata L. são nomes
científicos da couve e do repolho, respectivamente, ambos são variedades que compõem a
espécie Brassica oleracea e são escritos de forma trinominal.
Os nomes científicos (nome de gênero, espécie, variedade e forma) devem SEMPRE ser escritos
em destaque no texto: em Itálico ou Sublinhado. Todo nome de espécie deve ser acompanhado
pelo autor da espécie. Nenhuma citação de espécie ou categorias infra-específica é completa, se
não for seguida do nome do autor ou dos autores.
É necessário citar o (s) nome (s) para que a data da primeira publicação válida do nome do
“taxon” possa ser verificada. Quando são dois autores, intercala-se aos nomes, as designações et
ou &. Se for mais de dois autores, cita-se o primeiro seguido de et al.
Os nomes dos autores são, frequentemente, escritos abreviadamente. Ex. Mart. (Martius); L.
(Linneu); H.B.K. (Humboldt, Bonpland e Kunth). Quando os autoressão pouco conhecidos deve-
se abreviar de forma a interromper o nome antes da vogal inicial da segunda sílaba Ex. Juss
(Jussieu); Benth (Bentham), etc. Pode-se usar ainda, junto a abreviatura, as iniciais dos prenomes
(R. Br. para Robert Brown).
Quando um dos autores está citado entre parênteses, por exemplo, Glycine max (L.) Merril.,
significa que o taxon foi descrito inicialmente pelo autor entre parênteses e, posteriormente, este
taxon sofreu alguma modificação, realizada pelo autor fora do parêntese. O uso de parênteses é
mais frequente quando uma espécie é transferida de um gênero para o outro. Ex. Cassia rugosa
Don. passou a Senna rugosa (Don.) Irwin et. Barneby.
Exemplo:
Reino: Vegetabilis
Divisão: (phyta) Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: (opsida ou atae) Magnoliopsida (Dicotiledoneae)
Subclasse: (idae) Rosidae
Ordem: (ales) Rosales
Subordem: (ineae) Rosineae
Família: (aceae) Rosaceae
Subfamília: (oideae) Rosoideae
Tribo: (eae) Roseae
Subtribo: (inae) Rosinae
Gênero: Rosa
Espécie: Rosa gallica L.
Variedade: Rosa gallica L.var versicolor Thory Observações:
- Gênero: substantivo latinizado com inicial maiúscula;
- Espécie: Gênero + designação ou epíteto específico (adjetivo latinizado) com inicial
minúscula seguido pelo nome abreviado de seu autor;
Gênero, espécie, variedade e forma, devem sempre ser escritos em destaque: em itálico
ou sublinhado.

Plantas
Plantas são organismos multicelulares, ou seja, formados por mais de uma célula. Assim como
os animais, esses organismos apresentam células que formam tecidos, e esses tecidos formam os
chamados órgãos. Possuem células eucariontes, ou seja, células cujo núcleo é delimitado por
membrana.
As plantas são seres vivos que fazem parte do reino Plantae ou reino dos vegetais. Elas se
destacam por serem formadas por muitas células e, em sua grande maioria, realizarem a
chamada fotossíntese, que garante a produção do seu próprio alimento (moléculas orgânicas), o
qual é necessário para o seu crescimento e desenvolvimento. A seguir falaremos um pouco mais
sobre as plantas, como suas características e utilidade.
Características
As principais características das plantas são:

 Células eucariontes: núcleo delimitado por membrana nuclear;


 Seres autotróficos: produzem o seu próprio alimento;
 Fotossintetizantes: realizam fotossíntese, o processo para obtenção de alimento e
energia.

Importância das plantas


As plantas são estreitamente relacionadas com a vida dos seres humanos. Elas apresentam uma
série de utilidades e serviços ambientais:

 Alimentação
 Medicamentos
 Bem estar humano
 Fornecimento de madeira
 Regulação da temperatura
 Manutenção do regime de chuvas

Partes da planta

As partes da planta são: raízes, folhas, caule, flores e frutos. Cada uma delas desempenha uma
função que garante a sobrevivência do vegetal.

 Raiz: Absorção e condução de substâncias. Em alguns casos, podem armazenar


substâncias energéticas.
 Folhas: Responsável pela fotossíntese, respiração e transpiração.
 Caule: Sustentação e transporte de substâncias.
 Flores: Responsáveis pela reprodução.
 Frutos: Dispersão de sementes, garantindo a sobrevivência da espécie.
Função das plantas
As plantas são organismos protetores do planeta terra, pois realizam a manutenção e gestão dos
eventos ambientais a todo instante. Elas produzem oxigênio junto com as algas, protegem o solo
de erosão e deslizamentos e participam do ciclo da água.

São os produtores da cadeia alimentar, ou seja, alimentam todos os seres vivos, de forma direta
ou indireta. Servem de medicamento, pois possuem substâncias de interesse medicinal para a
ciência e são utilizadas na construção civil.
Os principais grupos das plantas:
As Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas são 4 grupos vegetais comumente
estudados na botânica. Brióftias e Pteridófitas são consideradas plantas inferiores, logo precisam
de umidade e sombra para viverem e se reproduzirem, pois seus esporos são liberados na água
para o nascimento de novos organismos.

As Gimnospermas e Angiospermas são plantas superiores, pois vivem independentes da umidade


ou de sombra, além de reproduzirem-se através da polinização. Os tipos de polinização são:

 Anemofilia: Pólen viaja através do vento até chegar ao ovário;


 Quirópterofilia: Pólen levado por morcegos até o ovário;
 Ornitofilia: Pólen levado por aves até o ovário;
 Entomofilia: Pólen levado por insetos até o ovário;
 Mastofilia: Pólen levado por mamíferos até o ovário.

São divididas em inferiores e superiores não por serem melhores ou piores entre si, mas devido
importantes processos evolutivos. Portanto, as plantas são classificadas de acordo com sua
complexidade e surgimento de novos atributos, como semente, flor e fruto.
As briófitas e pteridófitas
As briófitas e as pteridófitas são plantas criptógamas (cripto = escondido; gama = gametas) isto
é, apresentam estruturas produtoras de gametas pouco visíveis.

Não apresentam flores, frutos nem sementes. Algumas, como os musgos, são muito pequenas;
outras podem ter grande porte, como os samambaiaçus, que atingem vários metros.

São plantas que dependem da água para sua reprodução, geralmente estão presentes nas
proximidades de cachoeiras e são abundantes em florestas tropicais.

As Briófitas
Características gerais

As briófitas são as plantas mais simples. Constituem uma exceção no reino das plantas, pois não
têm vasos condutores. A ausência desses vasos condutores limita o tamanho dessas plantas, que
são organismos de pequeno porte, alcançando poucos centímetros.

Como qualquer outra planta, as briófitas apresentam cloroplastos e são capazes de realizar
fotossíntese, sendo organismos autótrofos fotossintetizantes.
Grupos

As briófitas podem ser divididas em três grupos: os musgos, as hepáticas e os antóceros. Os


musgos são as briófitas mais conhecidas e estão presentes em muitos vasos de xaxim em nossa
casa, porém quase sempre não percebemos pelo seu tamanho reduzido. As hepáticas são assim
chama- das porque sua forma lembra um fígado. As briófitas menos conhecidas são os antóceros.

As Pteridófitas
Características gerais

A palavra pteridófita deriva do grego pteris, que significa feto, e phyton, planta. Trata-se de
uma referência ao fato de as folhas em brotamento assemelharem-se à posição de um feto
humano no útero materno.

As pteridófitas são plantas que apresentam vasos condutores: o xilema, condutor de seiva bruta;
e o floema, condutor de seiva elaborada. Por isso, são chamadas de traqueófitas ou vasculares. A
presença desses vasos permitiu maior diversidade de formas, desde plantas herbáceas até plantas
arborescentes de grande porte, como a samambaiaçu.

As gimnospermas

As gimnospermas são plantas terrestres que estão principalmente em zonas temperadas (frias),
ocorrendo em pequeno número em climas tropicais.

Apresentam metagênese pouco nítida na qual o esporófito é o vegetal verde, complexo e


duradouro, e o gametófito, um vegetal muito reduzido e dependente do esporóflto

Formam flores e sementes, mas nunca produzem frutos. Daí o nome gimnosperma (gimnos = nu
+ sperma = semente).

Não dependem de água para a fecundação.

Organização do esporófito

As gimnospermas são vegetais lenhosos de aspecto arbustivo ou arbóreo, neste caso formando
árvores de grandes dimensões, como ocorre com as sequóias e os pinheiros. Não existem formas
herbáceas.

 O esporófito possui raiz, caule, folha, produzindo flores e sementes.


 As raízes geralmente são do tipo axial ou pivotante.
 Os caules pertencem ao tipo tronco, crescem em espessura, por atividade
dos meristemas secundários: felogênio e câmbio.
 As folhas são reduzidas em forma de escamas; são perenes e adaptadas a ambientes secos
(xerófilas). As características xerofíticas dessas plantas são induzidas pelo frio.

Organização dos gametófitos

Os gametófitos são dioicos, reduzidos em tamanho, tempo de vida e complexidade e dependentes


do esporófito. Os gametófitos, na verdade, desenvolvem-se dentro dos óvulos produzidos nas
inflorescências femininas.

O gametófito masculino é o tubo polínico ou micivpn5talo, responsável pela formação dos


gametas masculinos. Em Cycadinae e Ginkgoinae os gametas são antemzoides. Nas Coniferae os
gametas masculinos são as células espermáticas contidas no tubo polínico.

Angiospermas

Também denominadas magnoliófitas, as angiospermas representam as plantas mais complexas e


formam o maior grupo em número de espécies vegetais. As angiospermas atualmente
compreendem a maioria das espécies vegetais que conhecemos – sendo as restantes
as gimnospermas.

A palavra angiosperma deriva do grego aggeîon, vaso; e spérma, semente. Assim, as


angiospermas são plantas que produzem sementes protegidas pelo fruto.

Características gerais

As angiospermas, assim como as gimnospermas, são plantas espermatófitas, ou seja, plantas que
desenvolvem sementes. A grande diferença está num detalhe evolucionário – as angiospermas
têm as suas sementes protegidas por um envoltório, os frutos. As ocorrência semestes e frutos
são formados a partir da fecundação das flores, uma outra própria das angiospermas.

Pelo fato de possuírem flores são chamadas de fanerógamas. As flores possuem uma infindável
variedade de formas e cores, e constituem o ponto alto do processo de reprodução das
angiospermas.
As angiospermas também são plantas traqueófitas, isto é, possuem vasos condutores de seiva, tal
como ocorre com pteridófitas e gimnospermas. As angiospermas podem variar imensamente
também em termos de porte. Há desde plantas com características herbáceas, como as gramíneas
ou muitos tipos de arbustos, até plantas arbóreas, como figueiras, seringueiras, ipês e
jaboticabeiras.

Classificação das angiospermas

Tradicionalmente, as angiospermas eram classificadas em dois grandes grupos:


as monocotiledôneas e as dicotiledôneas. Essa classificação baseia-se em aspectos morfológicos
e anatômicos das plantas, sendo o principal o número de cotilédones presentes no interior das
sementes. O cotilédone é a primeira (nas monocotiledôneas) ou uma das duas primeiras (nas
dicotiledôneas) folhas a brotar a partir da semente.

A classificação atual das angiospermas é uma reorganização dos grupos. As dicotiledôneas


foram separadas em eudicotiledôneas e dicotiledôneas basais.

Monocotiledôneas

Podemos citar como exemplos dessas plantas a bananeira, o arrozeiro, a palmeira, o trigo, as
gramíneas, entre outras 90 mil espécies. Além das sementes, essas plantas possuem outras
características típicas, como as raízes fasciculadas (parecem um feixe de cabelos). As folhas são
mais nervuradas e não possuem o chamado pecíolo. As flores são trímeras, ou seja, pétalas
sempre ocorrem em número múltiplo de três. Os caules são mais lenhosos e apresentam feixes
vasculares desordenados.

Dicotiledôneas basais

São as plantas que apresentam características relativamente primitivas. Essas plantas podem ter
sido as primeiras angiospermas, aquelas que deram origem às monocotiledôneas e
eudicotiledôneas. Atualmente, cerca de 3% das angiospermas atuais são classificadas como
dicotiledôneas basais e, como exemplo, temos as magnólias

Grupos
Samambaias, samambaiaçus e avencas são os representantes mais comuns entre as
pteridófitas, porém há outros exemplos, como cavalinhas (Equisetun) e selaginela.

As pteridófitas, principalmente samambaias e samambaiaçus, são plantas muito utilizadas na


ornamentação de ambientes, sendo cultivadas em vasos, em jardins ou mesmo no interior de
casas e apartamentos. As cavalinhas são pteridófitas que lembram a cauda de um cavalo e têm
folhas muito ásperas; foram muito usadas como instrumento de limpeza antes da invenção das
esponjas de aço.
Espermatófitas, ou plantas com sementes, é um taxon, geralmente considerado ao nível
taxonómico de subdivisão, que inclui as plantas cujos propágulos são sementes. Consoante o
nível taxonómico em que é colocado, o táxon tem sido designado
por Spermatophyta, Spermatopsida ou Spermatophytina.

Divisão das plantas espermatófitas


As espermatófitas classificam-se em três subdivisões:

Sistema actual das espermatófitas.

Todas estas subdivisões têm como característica principal a formação da semente. É também no
tipo de semente que reside a grande diferença entre elas. O seu corpo encontra-se diferenciado
em raiz, caule e folhas. Possuem um sistema vascular (xilema e floema).
Divisão do corpo de espermatófita e algumas estruturas do sistema de tecidos vasculares.
Plantas gimnospérmicas
As gimnospérmicas (Gymnospermae: plantas com sementes nuas) são também designadas
por Coniferophytina.

Características gerais:

As plantas gimnospérmicas apresentam as seguintes características:

 As suas flores são os estróbilos (por exemplo, Pinhas do género Pinus, do pinheiro);
 Apresentam sementes nuas, sem fruto para as proteger;
 São plantas lenhosas, frequentemente arbóreas;
 Apresentam uma alternância de gerações sobre o esporófito;
 Apresentam grãos de pólen adaptados à pelo vento (anemofilia);
 Tem os óvulos expostos em folhas carpelares abertas (macrosporofilos);
 Nas briófitas e nas pteridófitas, precisa-se de água para que os anterozóides cheguem às
oosferas para a fecundação; os anterozóides são móveis e estão providos de flagelos. Nas
gimnospérmicas, porém, o gametófito masculino, o grão de pólen, é levado pelo vento ao
encontro do gametófito feminino; terminada a polinização produz-se o tuba polínico, uma
expansão tubular do gametófito masculino (grão de pólen).
Algumas particularidades das plantas gimnospérmicas

Nas coníferas e gnetófitas os gâmetas masculinos não são móveis; são os tubos polínicos que se
encarregam de as transportar até aos arquegónios. Esta condição é encontrada nas
angiospérmicas, o que é considerado como inovação evolutiva com vista a tornar a fecundação
independente da água.

Nas cicadófitas e no ginkgo, o tubo polínico não penetra no arquegónio. O grão de pólen rompe-
se próximo do arquegónio e liberta gâmetas masculinos (anterozóides multiflagelados) que
nadam em direcção à oosfera.

Além de serem plantas lenhosas e fornecerem madeira e combustível, são muito usadas na
medicina e na indústria farmacêutica (ex.: ginkgo biloba, para problemas de
circulação; Ephedra sp, produtor de efedrina, é um importante fármaco adrenérgico).

Sistemática das gimnospérmicas

Existem 761 espécies classificadas dentro da subdivisão das gimnospérmicas, distribuídas em


duas classes:

 Classe Ginkgoatae (ex.: Ginkgo


 Classe Pinatae.

A classe ginkgoatae é classe fóssil, com uma espécie. O seu único representante apresenta folhas
de nervação dicotómicas e flores primitivas. Ao contrário da maioria das gimnospérmicas, é uma
espécie de folha caduca com formato de leque. A fecundação ocorre um mês após a polinização.
É dioica e originária da China.

A semelhança das cicadófitas, a Ginkgo biloba apresenta os microsporângios e os óvulos em


indivíduos diferentes. Após a fecundação, formam-se sementes com um invólucro carnoso.

Os anterozóides nadam até às oosferas dentro do gametófito feminino (nucelo).


A classe Pinatae tem 600 espécies e é composta por árvores quase sempre de grande porte, de
folhas persistentes, alternas, aciculares. Nesta classe, encontramos as mais importantes famílias
da ordem das Pinatae (Pinaceae, Cupressaceae e Araucariaceae). Geralmente, o sucesso nos
seus habitats com condições extremas deve-se, em parte, as adaptações sofridas pelas folhas. Nos
pinheiros, por exempla, as folhas são aciculares em feixes de Lima a Oito folhas, dependendo da
espécie. Na folha, uma cutícula espessa cobre a epiderme sob a qual existe uma ou mais camadas
de células de parede espessa e arranjadas de forma compacta, a hipoderme.
Os estomas localizam-se em depressões por baixo da superfície da folha.

A classe inclui as árvores de maior longevidade e major porte. Na sua maioria, o tronco é único,
central e com ramificações simples, diferenciadas em macro e braquiblastos.

As coníferas, de modo geral, podem ser monóicas ou dióicas. Os estróbilos são sempre
unissexuais; em muitas plantas, os cones femininos são maiores e lenhosos.

Sistemática da classe Pinatae


A classe Pinatae compreende três subclasses: Cordaitidae, Pinidae e Taxidae. Destas, a Pinidae é
mais conhecida (Pinus sp.)
As plantas cicadófitas
A subdivisão Cycadophytina (cicadófitas) engloba quatro classes, das quais algumas
desapareceram ao longo da evolução (Lyginopteridatae ou Pteridospermae+, Bennettitatae+,
Gnetatae e Cycadatae). Importa aqui salientar a classe Cycadatae, pois são as plantas
espermat6fitas mais primitivas. São conhecidas desde a era juråssica.

As plantas dióicas de regiões tropicais e subtropicais, que se assemelham muito às palmeiras,


incluem duas importantes famílias: Cycadaceae (Cycas sp.) e Zamiaceae (Encephalartus sp.).
Ciclo reprodutor nas Cycadophytina e Ginkgophyta

Órgãos reprodutores das cicadófitas


Como unidades reprodutoras, as cicadófitas possuem as folhas mais ou menos reduzidas onde se
encontram inseridos os esporângios, congregados em estruturas semelhantes aos estróbilos, junto
do ápice da planta. Eles são portadores de pólen e de óvulos e ocorrem em plantas diferentes.

Welwitschiamirabilis é uma planta pertencente à classe Gnetatae, dentro das cicadófitas,


característica do deserto do Sudoeste Africano (Namíbia). É dióica e os seus ramos têm
estróbilos.

E uma planta altamente especializada na Vida nos desertos, sob condição de falta de água,
através de captação e conservação da água do orvalho. Serviu de alimento para populações da
Namíbia. A outra planta da classe Gnetatae é a Ephedra distachya, cujo nome deriva do alcaloide
efedrina, muito usada na medicina (no tratamento da asma) e no melhoramento da condição
física atlética.

Plantas angiospérmicas
Esta subdivisão é conhecida também como Magnoliophytina, Angiospermae ou, vulgarmente,
angiospérmicas (do grego “angios” — urna e «spenna» — semente). São plantas espermatófitas,
cujas sementes estão protegidas por uma estrutura denominada fruto. Trata-se do maior e mais
recente grupo de plantas, com cerca de 230 mil espécies, com este número elas superam em
cerca de 90% o número de todas as plantas verdadeiras. Mesmo assim, existem ainda espécies
não identificadas (sobretudo nos trópicos).
As angiospérmicas colonizaram todos os habitats, podendo ser encontradas na água e na terra.
Suportam quase todos os habitats possíveis. Podem ser herbáceas ou lenhosas e chegam a atingir
alturas superiores a 150 m, como é o caso do eucalipto.

A flor
Nas angiospérmicas, destacam-se folhas estéreis e folhas reprodutoras as flores.
As flores são primariamente monóicas e possuem um perianto (conjunto de peças florais que
constituem o da flor e que pode estar diferenciado em corola e cálice). Nas flores destacam-se os
estames, que são órgãos reprodutores masculinos – microesporofilos – e os carpelos, órgãos
reprodutores femininos – megaeseorofilos. Uma das regiões do carpelo é o ovário, um
compartimento fechado onde estão os óvulos.
A flor é constituída por:

 um pedicelo curto com vários nós e com entrenós muito curtos;


 um receptáculo; o cálice é constituído pelas sépalas, em número variado;
 urna corola formada pelas pétalas, cujo número é igualmente variado.

Cálice e corola são peças florais estéreis. No conjunto, designam-se por perianto. As folhas
florais férteis são os estames, que, no seu conjunto, formam o androceu (masculino) e os
carpelos, que, por seu turno, constituem o gineceu (feminino). A todas as estruturas morfológicas
florais chamamos verticilos.

Constituição das peças florais


Ciclo de Vida de uma planta angiospérmica

O pólen germina no estigma. Após a polinização e subsequente fecundação, forma-se o fruto: a


parede do ovário origina o pericarpo (endo, meso e exocarpo). Dos óvulos fecundados
desenvolvem-se as sementes, que ficam encerradas no interior do pericarpo.

Ciclo de vida das plantas angiospérmicas.


Quanto à polinização, ela pode ser directa (na mesma flor) ou cruzada (agentes polinizadores:
insectos, aves, pequenos mamíferos). Apos ter ocorrido a fecundação, a flor começa a
transformar-se em fruto. As pétalas murcham e caem. A partir do ovo, desenvolve-se o embrião.
As suas voltas formam-se as reservas alimentares. Este conjunto constitui a semente.

A parte que protege a semente pode conter reservas e é formada a partir do ovário, originando o
pericarpo.
A constituição da semente é a seguinte:
Tegumento ou casca. com função de protecção e disseminação;
Amêndoa: tecido de reserva utilizado na formação do embrião;
Embrião: constituído por um eixo embrionário dividido em duas partes – radícula e caulículo.
Estruturas da semente.

A partir da radícula vai originar-se a raiz da nova planta. O caulículo é responsável pelo caule da
nova planta. Das gémulas nascem as futuras folhas da nova planta

Frutos
Os frutos são as estruturas que, nas angiospérmicas, contem as sementes. Resultam do
desenvolvimento de folhas carpelares fechadas, encontrando-se os óvulos encerrados dentro de
um ovário. O termo fruto é utilizado para designar as estruturas que contém as sementes
provenientes de um ovário súpero, utilizando-se o termo pseudofruto, ou pseudocarpo, para
designar aquelas provenientes de um ovário ínfero. Em princípio, podemos dividir a parede do
fruto (pericarpo) em: exocarpo, mesocarpo e endocarpo.
Classificação dos frutos

A folha
As folhas nascem geralmente nos caules ou nos ramos. Numa primeira fase, o primórdio foliar (o
início da formação foliar) tem crescimento apical originado por um meristema apical e
alongamento apical.
Uma folha completa possui, além do limbo, um pecíolo e uma parte basal que, muitas vezes, se
desenvolve numa bainha e em estipulas. A planta pode apresentar folhas de diferentes formatos
(heterofilia).
As folhas são classificadas tendo em conta três critérios essenciais: nervação, contorno do bordo
e divisão do limbo.

Morfologia de uma folha séssil.


As funções da folha são, sobretudo, de protecção (espinhos dos cactos, catafilos da cebola,
brácteas de muitas plantas para a protecção das flores), mas também servem para atrair animais
para polinização, e para nutrição (cotilédones). Também existem folhas insectívoras e folhas
suculentas.
A raiz
A raiz é um órgão geralmente subterrâneo, aclorofilado (sem clorofila) e especializado na
fixação da planta e na absorção de água e sais minerais, sendo estas as suas principais funções.
Mas existem várias outras que resultam das adaptações ao meio.
Estrutura da raiz
Os constituintes da raiz são os seguintes:
Coifa – uma estrutura em forma de cone, constituída por um tecido resistente, cujas células são
substituídas continuamente e que protege O meristema primário. E, por assim dizer, a região de
penetração no solo;
Região lisa, ou região de crescimento, protegida por um tecido epidérmico, onde ocorre a
absorção de alimentos;
Zona pilosa, com pêlos absorventes, os quais servem para aumentar a área de absorção de
alimentos;
Região suberosa, constituída por células com suberina, uma substância protectora, onde se
localizam as ramificações da raiz (região de ramificação).

Esquemas gerais da morfologia externa da raiz.


Classificação das raízes
Há vários critérios para a classificação das raízes. As grandes classes referem-se a:
Raízes fasciculadas, típicas das angiospérmicas monocotiledóneas, formando um conjunto de
raízes finas que têm origem num único ponto (não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz
nitidamente mais desenvolvida do que as restantes),
Raiz aprumada, distinguindo-se a raiz principal, que tem uma penetração vertical ao solo; ocorre
nas angiospérmicas dicotiledóneas.
Existem outras classes de raízes:

 Raízes respiratórias – encontradas nos mangais, designadas também por pneumatóforos;


 Raízes tuberosas – servem para reservar nutrientes (beterraba, cenoura, etc.);
 Raízes de suporte – crescem a partir do caule e auxiliam a sustentação da planta (milho);
 Raízes tabulares – raízes secundárias, espessas, que auxiliam a sustentação e fixação da
planta, que encontramos, por exemplo, na árvore de borracha, Ficus SP.

O caule

Uma planta angiospérmica tem o corpo dividido em estruturas vegetativas (raízes, caules e
folhas) e estruturas reprodutoras (flores, frutos e sementes)

O caule tem como funções:

 Suportar as folhas, flores e frutos;


 Conduzir a seiva elaborada (substâncias orgânicas) e a seiva bruta (água e sais minerais);
 Armazenar reservas alimentares e água.

O caule é constituído por:

 Nó – o local de onde saem as folhas ou os ramos;


 Entrenós – a parte compreendida entre dois nós;
 Gema lateral – estes podem desenvolver-se, originando ramos com tolhas e flores;
 Gema terminal – origina novos brotos no vegetal.

Chave dicotómica

Método muito utilizado na classificação de seres vivos, que apresenta em cada nível duas
alternativas mutuamente exclusivas. Cada conjunto de alternativas antítese deverá encaminhar
para dois grupos distintos de seres vivos, com os mesmo caracteres.

Numa chave dicotómica podem-se utilizar números, letras ou símbolos para indicar o caminho a
seguir numa classificação.
Não é objetivo das chaves dicotómicas incluir todas as espécies existentes, mas apenas um grupo
restrito, como, por exemplo, as espécies que se podem encontrar numa determinada região.

Uma chave de identificação é uma ferramenta usada para encontrar níveis taxonômicos (por
exemplo: gêneros ou espécies) em ciências biológicas. As chaves possuem uma ampla gama de
aplicações, incluindo a identificação de plantas e animais e a análise forense.

Como funcionam as chaves de identificação

Digamos que você encontrou um inseto de asas em uma determinada região geográfica, mas não
sabe determinar se ele pertence a uma espécie de borboleta ou de mariposa. Você poderia
comparar o seu espécime com fotos de várias espécies na internet, mas digamos que na região
onde você fez a coleta existam centenas ou milhares de espécie de borboletas e mariposas.

Uma chave de identificação auxiliaria nesse processo ao apresentar vários passos para a
identificação da espécie, como por exemplo a determinação de características fenotípicas que a
distinguem de outras espécies taxonomicamente próximas.

É dada uma chave dicotômica simples usada para identificar invertebrados comumente
encontrados em jardins. Uma criança encontra um organismo sem asas, sem concha e 8 pernas.
Usando essa chave dicotômica, determine qual organismo é mais provável.
Conclusão
Concluímos que a taxonomia e nomenclatura das plantas são fundamentais para a compreensão
da biodiversidade vegetal e para a conservação das espécies e de seus habitats naturais. A
metodologia seguida pelos pesquisadores envolve diversas etapas, desde a seleção das espécies
até a comunicação dos resultados, e requer a utilização de ferramentas e técnicas específicas. A
importância desses estudos está relacionada à necessidade de conhecermos a diversidade
biológica do nosso planeta e de promovermos a sua conservação e valorização.
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