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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Farmácia. 4o Nível; Semestre II

Cadeira: Bromatologia e Hidrologia

(16.0/20.0) Hélio

CODEX ALIMENTARIUS
NRMAS ISO

Discente:
Hélder Francisco Jamisse

Docentes:
dra Célia Cassamo
dr Hélio João

Nampula, outubro de 2023


Discente:
Hélder Francisco Jamisse

CODEX ALIMENTARIUS
NRMAS ISO

Apresentação do trabalho com o tema codex


alimentarius e normas ISO, à cadeira de
Bromatologia e Hidrologia, que constitui
uma avaliação

Docentes:
……………………………………………………………..

dra Célia Cassamo

……………………………………………………………..

dr Hélio João

Nampula, outubro de 2023


Índice
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4
2.1. Objectivo Geral ................................................................................................................... 4
2.2. Objectivo Específico ........................................................................................................... 4
3. CODEX Alimenterius (FAO/WHO Food Standards) ............................................................... 5
3.1. Conceito de Codex Alimentarius ....................................................................................... 5
3.2. História do Codex ............................................................................................................... 5
3.3. Objetivo do Codex .............................................................................................................. 5
3.4. Estrutura do Codex.............................................................................................................. 6
3.4.1. Comitê Executivo ........................................................................................................ 6
3.4.2. Comitês de Codex ....................................................................................................... 6
3.5. Procedimentos para a elaboração dos padrões do Codex ................................................. 7
3.6. APLICAÇÃO DAS NORMAS NO COMÉRICO MUNDIAL DE ALIMENTOS ........ 8
3.7. Participação do Moçambique nas atividades do Codex ................................................... 9
3.7.1. Competências do comité Moçambicano do Codex Alimentarius ............................ 9
4. NORMAS ISO .......................................................................................................................... 10
4.1. Conceito de Normas ISO .................................................................................................. 10
4.2. Histórico das Normas ISO ................................................................................................ 10
4.3. Importância das Normas iso ............................................................................................. 10
4.4. ISO 90001:2015 - Sistemas de Gestão da Qualidade ......................................................11
4.4.1. Qualidade ....................................................................................................................11
4.4.2. Sistema de gerenciamento de qualidade (SGC) .......................................................11
4.4.3. ISO 9001 .....................................................................................................................11
4.4.4. Principios de ISO 9001 ............................................................................................. 12
4.4.5. Estrutura Organizacional da ISO 9001 .................................................................... 13
4.5. A ISO/IEC 17025: 2017 – Sistema de calidad del laboratorio ....................................... 13
4.5.1. Campo de Aplicação e Conteúdo deste Guia Básico .............................................. 14
4.5.2. Escopo e campo de aplicação da ISO 17025........................................................... 14
4.5.3. Vantagens e benefícios do credenciamento ............................................................. 15
4.5.4. Benefícios fornecidos pelo credenciamento de um laboratório ............................. 15
4.5.5. Passos em direção ao credenciamento do padrão ISO/IEC 17025 ........................ 16
4.6. ISO 22000: Sistemas de gestão da segurança alimentar................................................. 17
4.6.1. Objectivo e campo de aplicação ............................................................................... 17
4.7. Sistema de gestão da segurança alimentar....................................................................... 18
4.7.1. Requisitos gerais da organizacao ............................................................................. 18
4.7.2. Controlo de qualidade e medidas de prevsncao em Mocambique ......................... 18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 19
6. REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 20
..1. INTRODUÇÃO

Em 1962, a Comissão Codex Alimentarius (Codex Alimentarius ou Codex) foi formada sob o
patrocínio conjunto de duas organizações das Nações Unidas (ONU): a Organização Mundial da
Saúde (OMS) e a Organização de Alimentos e Agricultura (FAO). Hoje, os 165 países em todo o
mundo que compõem o Codex detêm dois principais objetivos relacionados a alimentos: (1) para
proteger a saúde dos consumidores e (2) garantir práticas justas no comércio de alimentos. As duas
organizações de pais (FAO e OMS) fornecem financiamento para um secretariado e serviços de
suporte organizacional. A Organização de Alimentos e Agricultura é responsável por dois aves do
financiamento, com quem é responsável pelo outro terço dos fundos para a Comissão Codex. Nos
últimos anos, as contribuições da FAO excederam 80% (1).

..2. OBJETIVOS

..2.1. Objectivo Geral

 Analisar o papel do Codex Alimentarius e das normas ISO na harmonização das


regulamentações internacionais de alimentos

..2.2. Objectivo Específico

 Analisar a história e evolução do Codex Alimentarius e das normas ISO

 Avaliar o impacto das normas do Codex na segurança alimentar global


 Avaliar o impacto das normas ISO na qualidade e desempenho das organizações

 Examinar a integração de diferentes normas ISO

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..3. CODEX Alimenterius (FAO/WHO Food Standards)
..3.1. Conceito de Codex Alimentarius
A expressão Codex Alimentarius é latina e significa Código Alimentar. O Codex Alimentarius é
pois uma colectânea de códigos escritos internacionais sobre alimentos (2).
O Codex Alimentarius é um Programa conjunto entre a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado em 1963,
para elaborar e coordenar normas alimentares no plano internacional. As propostas centrais do
Codex estão citadas no artigo primeiro de seu Estatuto: proteger a saúde dos consumidores e
assegurar práticas equitativas no comércio internacional de alimentos (3).

..3.2. História do Codex


A CAC 1 da Organização de Alimentação e Agricultura (FAO)/World Health (OMS) realizou sua
primeira reunião em Roma entre 25 de junho e 3 de julho de 1963, com participantes participando
de 30 países membros e 16 organizações governamentais e não -governamentais internacionais. Na
conferência de 1962, as diretrizes operacionais para o CAC, a primeira data da reunião e as
demonstrações financeiras foram estabelecidas. Após 6 meses, os artigos do CAC foram adotados
na 16ª Assembléia Mundial da Saúde (4).

A importância dos padrões do Codex tornou -se cada vez mais destacada desde 1995. Com o
lançamento da OMC em 1995, os acordos SPS e TBT foram colocados em vigor. Os padrões Codex
são as únicas diretrizes internacionais de segurança alimentar reconhecidas e são usadas como uma
referência internacional em caso de disputas comerciais e atrito entre países (Codex 2017f) (4).

..3.3. Objetivo do Codex


Enfatiza -se que os padrões e diretrizes internacionais de alimentos do Codex Alimentarius visam
proteger a segurança do consumidor e garantir que o comércio justo ocorra internacionalmente. O
relatório da conferência conjunta da FAO/OMS em 1962 descreve o objetivo do CAC e destaca que
os objetivos duplos dos padrões do Codex são proteger a saúde pública e proteger práticas justas do
comércio de alimentos (FAO e OMS 1962). Por causa desses objetivos, há dificuldade em
estabelecer um padrão alimentar se nenhum dos critérios for atendido (4).

1 Comissão do Codex Alimentarius (CAC) foi criada pela FAO e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a fim
de gerar normas, diretrizes e estudos sobre alimentos, como guias no campo do Programa Conjunto de Padrões
Alimentares da FAO/OMS.

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..3.4. Estrutura do Codex
3.4.1.Comitê Executivo
O Comitê Executivo do Codex compreende o presidente, três vice -presidente, sete representantes
regionais e seis coordenadores regionais selecionados do Comitê de Coordenação Regional e dos
Subcomitês Codex, e serve para discutir os padrões internacionais de alimentos pelo setor e apoiar
as atividades gerais do Codex. Comentário [H1]: citação?
espassamento 1,5
O Comitê Executivo também responde a propostas dos Estados -Membros do Codex e monitora os
regulamentos operacionais, o status dos planos estratégicos do Codex e os eventos importantes
apresentados pela FAO e da OMS. Comentário [H2]: citação?

O Comitê Executivo do Codex atualmente se reúne duas vezes por ano. As reuniões são assistidas
por sete representantes regionais e seis coordenadores regionais, presidente do CAC, três vice -
presidente, secretariado do Codex e equipe da FAO e OMS (4).

Fig. 1 Estrutura atual da Comissão Codex Alimentarius (2021) (4).

3.4.2.Comitês de Codex
Atualmente, existem 14 comitês e uma força -tarefa intergovernamental do Codex ad hoc ativa.
Entre estes, 10 comitês estabelecem regulamentos gerais dentro do escopo de cada comitê. Quatro

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comitês servem como comitês de commodities e estabelecem especificações como definições,
padrões de qualidade e padrões de processamento de fabricação para produtos alimentícios dentro
do escopo de cada subcomitê. Comentário [H3]: citação?

espassamento 1,5
O Comitê Codex sobre Princípios Gerais (CCGP) é um comitê sob a presidência francesa que
discute emendas ao Manual de Processo do Codex ou operações gerais de Codex.
O Comitê Codex sobre Sistemas de Inspeção e Certificação de Importação e Exportação de
Alimentos (CCFICS) estabelece procedimentos de importação e exportação, padrões de certificação
de produtos alimentares e orientações para o comércio internacional de alimentos, com a Austrália
como país anfitrião. Comentário [H4]: citação?

O Comitê Codex sobre Aditivos de Alimentos (CCFA) e resíduos de pesticidas (CCPR),


respectivamente, estabelece os padrões máximos e os limites de resíduos para aditivos alimentares e
resíduos de pesticidas (4).

O Comitê Codex de Contaminantes em Alimentos (CCCF) e Métodos de Análise e Amostragem


(CCMAS) é presidido pela Holanda e Hungria (4).

O Comitê Codex sobre Nutrição e Alimentos para Usos Dietéticos Especiais (CCNFSDU),
presidido pela Alemanha, é responsável por discutir questões nutricionais gerais e estabelecer
padrões nutricionais para alimentos, principalmente dados a bebês ou fornecidos a pessoas com
necessidades alimentares especiais (4).

..3.5. Procedimentos para a elaboração dos padrões do Codex


O Codex estabelece padrões com base nas opiniões dos Estados membros do Codex, seguindo
procedimentos sistemáticos para estabelecer os padrões internacionais de alimentos. As propostas
para novos trabalhos podem ser feitas por comitês de Estados -Membros, Agências e Codex.
Primeiro de tudo, ao propor um novo trabalho, um documento de discussão é criado e divulgado aos
comitês relevantes ou ao comitê executivo para identificar e descrever os pontos -chave. Com base
neste documento de discussão, se detalhes como definição, escopo, redundância e padrões de
qualidade das especificações atingem o consenso, um documento do projeto é enviado ao comitê
relacionado. Depois que este documento é submetido ao Comitê Executivo, o projeto foi aprovado
através do Comitê Relacionado e um acordo foi alcançado, a Comissão aprova o novo trabalho (4).

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Fig. 2 Procedimento geral uniforme para o estabelecimento do padrão Codex (4).

..3.6. APLICAÇÃO DAS NORMAS NO COMÉRICO MUNDIAL DE


ALIMENTOS
É importante destacar que o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS)
da OMC impõe a cada um dos países membros determinadas obrigações em matéria de
transparência (3).
A transparência é um dos princípios fundamentais do Acordo, ela exprime um maior grau de
claridade, previsibilidade e informação sobre as políticas, normas e regulamentos sobre os
alimentos. Para colocar em prática este princípio os países membros utilizam notificações (3).

A OMC possui um sistema de dados das notificações, o que possibilita consultas a nível
internacional, e permite aos países membros formularem observações sobre as medidas e normas
apresentadas. No sistema encontram-se basicamente dois tipos de notificações, as notificações de
rotina (ordinárias) e as de medidas de urgência. Contudo, os países membros estão constantemente
atualizando suas normas, assim eles podem complementar, corrigir ou até mesmo substituir a
notificação original (ordinária) (3).

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..3.7. Participação do Moçambique nas atividades do Codex
Moçambique é membro da comissao do Codex alimentarius desde 1984 e tem como obrigacao
particpar nos trabalhos da comissao do codex alimentarius seguindo suas medidas e normas
sanitárias e fitossanitarias, diretrizes e recomendações.
O ponto de contato entre o Codex Alomentarius e o pais é o MISAU que é composto por um
representante e um sumplente das instituições do setor publico e privado. No setor publico
representam os ministerios de agricultura, ciência e tecnologia, saúde, negocios estrangeiros, UEM,
entre outros, e no setor privado estão representados as associacoes de consumidores, dos minicipios,
instituições do ensino superior , entre outros. Comentário [H5]: citação?

3.7.1.Competências do comité Moçambicano do Codex Alimentarius


 Colaborar com o programa conjunto de normas alimentares FAO/OMS e coordenar a
execução dos trabalhos do Codex Alimentarius em moçambique.

 Designar os subcomites técnicos para assistir a investigação nas diferentes áreas e


estabelecer regras para o seu funcionamento e localização.

 Coloborar e participar com organizações nacionais e internacionais relacionadas com a


normalização.

 Participar na tomada de decisão de todos assuntos relacionados a normalização de alimentos


na região e mundialmente Comentário [H6]: citação?

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..4. NORMAS ISO
..4.1. Conceito de Normas ISO
A ISO (International Organization for Standardization) é uma federação mundial dos organismos
nacionais de normalização. Começou no campo da eletrotécnica e seu antecessor foi a IEC
(International Electrotechnical Commission) que foi criada em 1906 (5).

A ISO é formada por representantes dos países-membros. Em Moçambique, como em muitos outros
países, as normas ISO desempenham um papel importante na regulamentação e padronização de
diversos setores. A implementação e adoção das normas ISO em Moçambique podem ser
supervisionadas pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), que é a autoridade
responsável pela normalização e controle de qualidade no país.
A palavra ISO não é, apesar de parecer, acrossemia para a organização, mas é derivada do prefixo
grego isos, que significa igual; como em isóbaras, isonomia de lei ou das pessoas perante a lei (5).

..4.2. Histórico das Normas ISO


As Normas ISO nasceram ou foram inspiradas fortemente em duas fontes. Primeiro, nas Normas
Militares, pois durante a 2a Guerra Mundial os dois blocos de países envolvidos sofreram muitos
problemas, pois não podiam compartilhar a maioria das munições. A partir disso foram criadas as
primeiras normas militares. Segundo, nas Normas de Qualidade que diversos países possuíam:
Canadá – Série Z 299, França – AFNOR X 50-110, Alemanha – DIN 55-355, Reino Unido – Série
BS 5750, EUA – ANSI/ASQC Z-1.15 etc e OTAN – Série AQAP. (SÓCIO, 2001, p. 4) (5).

Com a globalização de mercado, as empresas multinacionais que exportavam tinham que atender a
diferentes normas de qualidade para cada país. Em 1985, a Comunidade Econômica Européia
reconhecem os vários regulamentos técnicos e normas nacionais dos Estados membros e buscou
padronizá-los. A partir dessa necessidade, em 1987, fundou-se o Comitê Técnico ISO/TC 176, em
Genebra, na Suíça, que lançou a primeira versão das Normas da série ISO 9000 sobre sistemas de
qualidade. Em 1994, essas normas sofreram a primeira revisão e em dezembro de 2000 foi feita a
segunda e em 2007 a atual versão (5).

..4.3. Importância das Normas iso


As Normas ISO são produzidas por um consenso mundial com o intuito de criar um padrão global
de qualidade para produtos e serviços. O conjunto de normas forma um sistema de gestão da

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qualidade aplicável a qualquer organização, sem considerar seu tamanho, ou se a companhia é
pública ou privada (5).

As Normas ISO contribuem para assegurar que qualquer pessoa dentro da organização não esteja
apenas fazendo seu trabalho de seu jeito e que exista um mínimo de ordem na forma como a
organização conduz seus negócios, de forma que tempo, dinheiro e outros recursos sejam utilizados
eficientemente (5).

É importante destacar que as Normas ISO buscam padronizar o funcionamento administrativo da


instituição, e a educação não é um ato padronizado, pré-estabelecido. Ela sempre deve levar em
conta as necessidades do educando e da comunidade (5).

..4.4. ISO 90001:2015 - Sistemas de Gestão da Qualidade


4.4.1.Qualidade
Qualidade é o grau em que um conjunto de características inerentes atende aos requisitos (6). Comentário [H7]: espassamento 1,5

4.4.2.Sistema de gerenciamento de qualidade (SGC)


Um sistema de gerenciamento da qualidade é uma maneira de trabalhar, através da qual uma
organização garante a satisfação das necessidades de seus clientes, para o qual planeja, mantém e
melhora o desempenho de seus processos, sob um esquema de eficiência e eficiência que permite
obter vantagens competitivas (6).

Um sistema de gerenciamento da qualidade (SGC) nada mais é do que uma série de atividades
coordenadas que são realizadas em um conjunto de elementos para alcançar a qualidade dos
produtos ou serviços oferecidos ao cliente, ou seja, é planejar, controlar e melhorar Os elementos de
uma organização que influenciam a conformidade com os requisitos do cliente e a conquista da
satisfação do mesmo (7).

4.4.3.ISO 9001
A ISO 9001 é um padrão internacional que se aplica aos sistemas de gerenciamento da qualidade
(SGC) e se concentra em todos os elementos de gerenciamento da qualidade que uma empresa deve
ter um sistema eficaz que permita gerenciar e melhorar a qualidade de seus produtos ou serviços. Os
clientes estão inclinados a fornecedores que têm esse credenciamento porque garantem que a
empresa selecionada possua um sistema de gerenciamento de boa qualidade (SGC). Esse
credenciamento demonstra que a organização é reconhecida por mais de 640.000 empresas em todo
o mundo (6).

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Esse padrão internacional especifica os requisitos de um sistema de gerenciamento da qualidade. A
edição atual, ISO 9001: 2008, substitui a terceira edição (ISO 9001: 2000), que foi modificada para
esclarecer pontos no texto e aumentar a compatibilidade com os padrões de ultrapassagem. Antoni
Lluís Mesquida. Comentário [H8]: citação?

Esse padrão internacional especifica os requisitos orientados principalmente para dar confiança nos
produtos e serviços fornecidos por uma organização e, portanto, aumentar a satisfação do cliente.
Também se pode esperar que sua implementação adequada ofereça outros benefícios à organização,
como a melhoria da comunicação interna, melhor compreensão e controle dos processos da
organização (7).

4.4.4.Principios de ISO 9001


Foram identificados oito princípios de gestão da qualidade que podem ser usados pela gerência
sênior, a fim de liderar a organização para melhorar o desempenho (6):

a) Foco no cliente: as organizações dependem de seus clientes e, portanto, devem entender as


necessidades atuais e futuras dos clientes, atender aos requisitos do cliente e se esforçar para
exceder as expectativas dos clientes.
b) Liderança: os líderes estabelecem a unidade de propósito e a orientação da organização.
Eles devem criar e manter um ambiente interno, no qual os funcionários possam se envolver
completamente na alcançar os objetivos da organização.

c) Participação do pessoal: a equipe, em todos os níveis, é a essência de uma organização, e


seu compromisso total permite que suas habilidades sejam usadas para o benefício da
organização.

d) Abordagem baseada no processo: um resultado desejado é alcançado com mais eficiência


quando atividades e recursos relacionados são gerenciados como um processo.

e) Abordagem do sistema de gerenciamento: identificar, entender e gerenciar processos inter


-relacionados como um sistema, contribui para a eficácia e eficiência de uma organização
para alcançar seus objetivos.
f) Melhoria contínua: a melhoria contínua do desempenho global da organização deve ser um
objetivo permanente.
g) Abordagem baseada na abordagem para a tomada de decisão: decisões eficazes são
baseadas em dados e análise de informações.

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h) Relações mutuamente benéficas com o fornecedor: uma organização e seus fornecedores
são interdependentes e um relacionamento mutuamente benéfico aumenta a capacidade de
criar valor.

4.4.5.Estrutura Organizacional da ISO 9001


A ISO 9001 está organizada em 8 seções. As seções 4, 5, 6, 7 e 8 contêm os requisitos para seu
sistema de gerenciamento de qualidade (SGC). As três primeiras seções do padrão (1, 2 e 3) não
contêm requisitos (6).
 Objeto e campo de aplicação – fala sobre a norma e como aplicá -la às organizações.

 Referências regulatórias – alude a outro documento que deve ser usado em conjunto com a
ISO 9001: 2000, sistemas de gerenciamento da qualidade - dados fundamentais e
vocabulário ISO 9000.
 Termos e Definições – fornece algumas novas definições.

 Requisitos do sistema – indica os requisitos úteis no sistema de gerenciamento da qualidade.

 Responsabilidade da Diretoria – indica os requisitos e o compromisso com a gerência e


seu papel no sistema de gerenciamento da qualidade.

 Gerenciamento de Recursos -indica os requisitos para o uso e o fornecimento de recursos,


incluindo funcionários, treinamento, ambiente de trabalho e instalações.

 Realização do produto – indica os requisitos para produção de produtos ou serviços,


incluindo projeção, processos relacionados ao cliente, design, fornecimento e controle de
processos.
 Medição, análise e melhoria – indica os requisitos para o monitoramento de processos e
sua melhoria.

..4.5. A ISO/IEC 17025: 2017 – Sistema de calidad del laboratorio


O padrão ISO/IEC 17025 é o padrão de qualidade mundial para laboratórios de redação e
calibração. Essa é a base para o credenciamento de uma agência de certificação. A versão atual em
2005 foi publicada (9).
A ISO 17025 define o conjunto de requisitos que devem atender a um laboratório de análise ou
calibração para demonstrar sua competência e sua capacidade de produzir resultados tecnicamente
válidos. Este padrão é aplicável a todos os laboratórios, independentemente dos trabalhadores (10).

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ISO 17025, é o resultado da associação entre a Organização Internacional de Padrões e a Comissão
Eletrotécnica Internacional e contém todos os requisitos que os laboratórios de teste e calibração
precisam atender se desejarem demonstrar que têm um sistema de gerenciamento, que é
tecnicamente competente e são capazes de gerar resultados tecnicamente válidos. Específico Os
requisitos gerais para a competência dos laboratórios que realizam testes ou calibrações, por
métodos ou métodos padronizados criados pelos próprios laboratórios (11).

ISO 17025 foi desenvolvido com o objetivo de promover a confiança na operação de laboratórios, é
aplicável a todas as organizações que desenvolvem atividades em laboratório, independentemente
do número de número de trabalhadores. Esse padrão permite demonstrar que é operado com
competência e que você tem a capacidade de gerar resultados válidos. Os laboratórios que
obedecem também operam de maneira geral, de acordo com os princípios da ISO 9001 (12).

4.5.1.Campo de Aplicação e Conteúdo deste Guia Básico


Implementar um sistema de qualidade como a ISO/IEC 17025 afeta a organização e a operação do
laboratório. Este guia básico lidará com alguns dos requisitos específicos de implementação,
juntamente com suas implicações para laboratórios de teste e calibração (9).
Este guia básico é particularmente útil para laboratórios de análise química que desejam obter
credenciamento de acordo com um padrão com reconhecimento internacional. Como exemplo, vale
a pena mencionar os laboratórios de redação com alimentos, ambientais, químicos, clínicos,
farmacêuticos e outras especialidades (9).
Neste guia básico, está coberto (9):

 Requisitos de gerenciamento

 Requerimentos técnicos
 Recomendações para implementação

 Passos para o credenciamento da ISO/IEC 17025 padrão


 Documentação

 Auditorias internas e externas


 Implementação de vários sistemas de qualidade

4.5.2.Escopo e campo de aplicação da ISO 17025


Para Oramas (2011), este padrão online cobre os seguintes aspectos (11). Comentário [H9]: dupla citacao, usar
norma vancouver somente

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1. O estabelecimento dos requisitos gerais para a competência dos laboratórios na realização de
ensaios e calibrações.

2. Aplica -se a todas as organizações que fazem testes e/ou calibrações.


3. É usado para desenvolver sistemas de gerenciamento para atividades de qualidade,
administrativas e técnicas do laboratório e para clientes, autoridades reguladoras e agências
de acreditação para confirmar e reconhecer a competência dos laboratórios.

4. Não inclui requisitos regulatórios e de segurança.

4.5.3.Vantagens e benefícios do credenciamento


De acordo com o documento "Qualidade e Calibração", do Serviço Autônomo Nacional de
Padronização, Qualidade, Metrologia e Regulamentos Técnicos, Sigamer (2010), Credenciamento
significa "dar confiança" e, portanto, permite que o laboratório seja creditado:

 Ter serviços consistentes.


 Obtenha confiança de seus clientes nos resultados que ele fornece.

 obter reconhecimento internacional de seus resultados.


 Demonstrar sua competência técnica.

Os procedimentos de avaliação de conformidade contribuem para melhorar o fluxo de troca


comercial, uma vez que promovem a confiança dos resultados fornecidos pelos organismos
credenciados dos países de origem dos produtos.

4.5.4.Benefícios fornecidos pelo credenciamento de um laboratório


 Reconhecimento: tanto o prestígio quanto a confiança que contribui para diferentes
públicos, como clientes ou administrações públicas; Também permite reduzir as múltiplas
avaliações destes.

 Vantagem competitiva: ajuda a se diferenciar da concorrência.


 Acesso aos mercados: é reconhecido internacionalmente em mais de 100 países do mundo,
o que oferece oportunidades no exterior. Pois é cada vez mais exigido por organizações do
setor público e privado em todo o mundo.

 Melhoria contínua: oferece ao laboratório a oportunidade de melhorar continuamente a


obtenção de seus resultados.

 Ele facilita o acesso a compras públicas: cada vez mais o uso de serviços credenciados
Comentário [H10]: citação?
premium em folhas de compras públicas.

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4.5.5.Passos em direção ao credenciamento do padrão ISO/IEC 17025
Implementar o padrão ISO/IEC 17025 afetará todos os serviços de laboratório e apoio, como
departamentos de recursos humanos, documentação e finanças. Portanto, embora a decisão de
iniciar e financiar o projeto corresponda à gerência, todos os departamentos afetados devem estar
envolvidos no processo. Todo o processo é dividido em duas fases: a fase de pesquisa e a fase de
implementação. A Figura 6 ilustra as etapas para ambas as fases (9).

Figura 3: Passos em direção ao credenciamento do padrão ISO/IEC 17025

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..4.6. ISO 22000: Sistemas de gestão da segurança alimentar
A ISO 2200: 2005 está relacionada à ISO 9001: 2015 é aplicada a todos os sistemas de
gerenciamento de segurança alimentar (SGSA) define os requisitos a serem atendidos pela
organização responsável pelo processamento de alimentos.
Esta Norma especifica os requisitos para um sistema de gestão da segurança alimentar combinando
os seguintes elementos chave, geralmente reconhecidos como essenciais, que permitem assegurar a
segurança dos géneros alimentícios ao longo da cadeia alimentar, até ao seu consumo final:

 comunicação interactiva;
 a gestão do sistema;

 os programas pré-requisito;
 os princípios HACCP.

4.6.1.Objectivo e campo de aplicação


Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da segurança alimentar em que uma
organização, que opere na cadeia alimentar, necessita de demonstrar a sua aptidão para controlar os
perigos para a segurança alimentar, de modo a garantir que um alimento é seguro no momento do
consumo humano. Esta Norma específica requisitos que permitem a uma organização:

a) planear, implementar, operar, manter e actualizar um sistema de gestão da segurança


alimentar destinado a fornecer produtos que, de acordo com a utilização prevista, são
seguros para o consumidor;
b) demonstrar a conformidade com os requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis à
segurança alimentar;
c) avaliar e apreciar os requisitos do cliente e demonstrar a conformidade com os requisitos
relativos à segurança alimentar acordados mutuamente, de modo a melhorar a satisfação do
cliente;

d) comunicar eficazmente as questões relativas à segurança alimentar, aos seus fornecedores,


aos clientes e às partes mais relevantes interessadas na cadeia alimentar;

e) assegurar que actua em conformidade com a sua política declarada sobre segurança
alimentar;
f) demonstrar esta conformidade junto das partes interessadas mais relevantes; e

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g) procurar certificar ou registar o seu sistema de gestão da segurança alimentar, por uma
organização externa, ou fazer uma auto-avaliação ou auto-declaração da conformidade com
esta Norma.

..4.7. Sistema de gestão da segurança alimentar


4.7.1.Requisitos gerais da organizacao
a) assegurar que perigos para a segurança alimentar, de ocorrência razoavelmente expectável
em produtos abrangidos pelo campo de aplicação do sistema, são identificados, avaliados e
controlados de forma a que os produtos da organização não causem dano, directo ou
indirecto, ao consumidor;
b) comunicar a informação apropriada ao longo da cadeia alimentar relativamente a questões
de segurança relacionadas com os seus produtos;
c) comunicar a informação relativa ao desenvolvimento, implementação e actualização do
sistema de gestão da segurança alimentar ao longo da organização, na extensão necessária
para assegurar a segurança alimentar requerida por esta Norma;

d) avaliar periodicamente e actualizar, quando necessário, o sistema de gestão da segurança


alimentar para assegurar que o sistema reflecte as actividades da organização e incorpora as
informações mais recentes sobre os perigos para a segurança alimentar a controlar. Comentário [H11]: citação?

4.7.2.Controlo de qualidade e medidas de prevsncao em Mocambique


O controlo de qualidade é realizado em coordenação com as entidades reponsaveis pelas inspeccoes
e pelo controle da qualidadede alimentos, com o Laborat6rio Nacional de Higiene, Aguas e
Alimentos. Estes devem controlar a qualidade de bebidas alccolicas e dos alimnetos de acordo com
as norm as vigentes. Comentário [H12]: citação?

isso tem haver com normas ISSO e codig


alimentar?

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..5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A área alimentar é bastante peculiar, pois com o aumento de contaminações e doenças alimentares,
o consumidor final procura algo que lhe traga segurança e qualidade no momento do consumo.
Atualmente as empresas para se identificarem como uma empresa de qualidade submetem-se ao
processo de certificação de qualidade. Existem empresas que se certificam pela ISO 9001 e outras
empresas que se direcionam mais para a área alimentar e se certificam pela ISO 22000, sendo estas
as mais conhecidas. A preocupação crescente com a segurança alimentar reforçou a necessidade de
integração entre os múltiplos referenciais exigidos pelo sector e foi um dos motores de
desenvolvimento da nova família de normas da ISO. A partir de Janeiro de 2006 tornou-se
obrigatório que todos os operadores que intervêm na cadeia alimentar implementem e façam
cumprir os sistemas de segurança alimentar, de modo a garantirem que o produto que chega ao
consumidor final seja um produto de elevada segurança e fiabilidade. A segurança alimentar é um
dos problemas mais importantes de saúde pública em todo o mundo. Nos tempos modernos, a
distribuição dos alimentos é global, por isso, se um alimento se torna perigoso para a saúde, o risco
de disseminação alargado de doença é elevado. As causas têm de ser identificadas rapidamente e os
consumidores precisam de ser informados do perigo. A certificação é um instrumento que permite à
empresa demonstrar de uma forma imparcial e credível a qualidade, a fiabilidade e as performences
dos seus produtos na medida que reforça a confiança dos clientes, aumenta a competitividade,
reforça a imagem da empresa, é uma forma de aceder a novos mercados e permite evidenciar o
cumprimento de regulamentações técnicas. Comentário [H13]: Até agora não
sabes que fazer conclusão é só respond
os objectivos especificos

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..6. REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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