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Educação a Distância
Curso: Pedagogia
JACAREÍ- SP
2022
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................3
1. o lúdico na história...............................................................................................4
1.1.O lúdico no Brasil ..............................................................................................5
2. O lúdico e sua importância na educação infantil..................................................5
2.2. O papel do pedagogo na interação lúdica.........................................................6
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Introdução
No mundo contemporâneo, a incidência de problemas envolvendo a escola, o
aprender e o ensinar nos leva ao questionamento de como resgatar a escola como
espaço de prazer, conhecimento e produção. As dificuldades enfrentadas por alunos
e professores possivelmente são pistas de que a escola perdeu o elemento prazer e
tornou-se uma obrigação maçante. Nesse sentido, os jogos e as brincadeiras estão
ocupando importantes espaços e está tornando-se primordial em todas as abordagens
referentes à infância, especialmente como recurso para o desenvolvimento e a
aprendizagem das habilidades cognitivas, afetivas e motoras. Brougère e Wajskop
(1997) afirmam que a brincadeira é simbólica e o jogo é prático, ou seja, enquanto a
brincadeira é livre, o jogo inclui um objetivo final a ser alcançado, a vitória. Este
objetivo final pressupõe o aparecimento de regras preestabelecidas onde geralmente
já chegam prontas às mãos da criança. As regras dos jogos estão relacionadas com
as regras sociais, morais e culturais existentes.
Entre os pedagogos e professores são considerados como importantes instrumentos
de motivação para o desenvolvimento da linguagem oral, escrita, raciocínio lógico-
matemático, entre outras capacidades. Para Santin (1998), as brincadeiras e jogos
são atividades lúdicas e ações ressignificadas, pela percepção, pelos momentos de
autoconhecimento e pela imaginação. Na atividade lúdica, o que importa não é o
produto da atividade, o que dela resulta, mas a apropriação, o processo daquilo que
é vivido e sentido pelos indivíduos.
Por isso, a problemática que norteou este estudo foi a inserção de jogos e brincadeiras
na sala de aula, bem como o papel do pedagogo em seu planejamento onde
buscamos abordar o modo como os educadores pensam as atividades lúdicas e as
executam posteriormente, assim, qual a contribuição destas para a aprendizagem.
Uma das consequências mais comuns em relação as crianças privadas de atividades,
é o atraso em relação a sua forma de se comunicar, e socializar com outras crianças
e adultos e dificuldades no desenvolvimento cognitivo.
Nisso, o psicólogo Lev Semionovitch Vygotsky, atribuiu grande importância da
ludicidade na educação infantil, demonstrando o uso dos jogos e brincadeiras para o
desenvolvimento do aluno, e sobretudo, qual as atribuições do pedagogo no processo
ensino-aprendizagem do aluno. Neste artigo, o procedimento utilizado foi a pesquisa
bibliográfica, que de acordo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) “[...] trata-se do
levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o
assunto que está sendo pesquisado, sejam em livros, jornais, boletins, monografias,
teses, dissertações, materiais cartográficos [...]”.
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender a importância
da ludicidade para a Educação Infantil voltada especificamente para os jogos e
brincadeiras, ocasionando assim, uma aprendizagem considerável. Para isso, têm-se
como objetivos específicos definir o histórico da Ludicidade, demostrando sua
importância histórica para o processo de ensino-aprendizagem; estabelecer uma
discussão sobre a contribuição dos jogos e as brincadeiras durante a Educação
Infantil e assimilar o trabalho pedagógico na aprendizagem lúdica com os jogos e
brincadeiras, garantindo o desenvolvimento positivo dos alunos, pois ao introduzimos
no currículo escolar o brincar, ele “estimula o desenvolvimento físico, cognitivo,
criativo, social e a linguagem da criança” (CORDAZZO; VIEIRA, 2007).
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1. O lúdico na história
O termo lúdico possui origem do latim ludos que tem como significado a palavra jogo,
brinquedo, ou qualquer outra atividade que possa divertir ou distrair aquele que a
pratica ou manipula (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p.11). O termo lúdico sofreu
por diversas modificações ao longo da história. Deixou de ter apenas o sentido de
jogo, conquistando outros significados com maior dimensão, envolvendo outras
perspectivas, como o brincar de forma espontânea, a liberdade o divertimento, que
fazem parte das atividades essenciais do ser humano, que é uma necessidade básica
do corpo e da mente. Segundo Almeida:
[...] se o termo tivesse ligado à sua origem, o lúdico estaria se referindo
apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser
conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma
necessidade básica da personalidade do corpo, na mente, no comportamento
humano. As implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as
demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser
o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da
dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e
expressão (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p. 12).
Durante as eras mais primitivas, já era possível notar que as brincadeiras se faziam
presentes no cotidiano do homem, por meio de desenhos e símbolos, os quais podiam
ser vistos como forma de diversão (ALMEIDA, RODRIGUES, 2015). Conforme cita
Huizinga: “Nas sociedades primitivas as sociedades que buscavam satisfazer as
necessidades vitais, as atividades de sobrevivência como a caça, assumiam muitas
vezes a forma lúdica” (1971, p. 7).
Na civilização egípcia se valorizava os jogos, lutas e a natação, o que era praticado
como diversão. Na civilização grega era valorizado o teatro, a música, a dança e
ginástica, o esporte era muito valorizado, pois tinha um valor educativo, o que
influenciava na formação da personalidade e na formação do caráter.
A civilização grega teve seu surgimento devido à junção de vários povos que
habitavam a região sudeste da Europa e sua história foi marcada pela divisão social
entre os aristocratas e os escravos. As contribuições deixadas por essa civilização
foram várias como: a história, a música, a filosofia, o teatro, e o amor ao esporte. A
cidade da Grécia foi à cidade que se iniciou os jogos olímpicos e não dispensavam a
música, dança e ginásticas na formação dos jovens sendo tais, formas de
manifestações do lúdico.
De acordo com Almeida (2003) nesse cenário, a cultura era educativa, constituída por
jogos, que representavam a sobrevivência daqueles indivíduos. Sendo assim, o ato
de brincar oferecia a inserção dos papéis sociais, possibilitando o aprendizado das
regras na vida diária.
[...] As ações realizadas pelas crianças no desenvolvimento do brincar
proporcionam o primeiro contato com o meio, e as sensações que produzem
constituem o ponto de partida de noções fundamentais e dos
comportamentos necessários à compreensão da realidade. Dentre as várias
formas de apropriação a luta pela sobrevivência ganha destaque especial
(AGUIAR, 2006, p. 23).
A partir dessa inserção, os mais jovens passavam a incluir o contato com mitos dos
ancestrais, e dessa maneira, a criação do imaginário naquela criança era criado.
No contexto capitalista, na Inglaterra do século XVIII, surgiu a Revolução Industrial,
esse novo modo de produção se perpetuou por toda Europa no século XIX e no século
XX todo o mundo. Acerca da Revolução Industrial, na obra dos teóricos Marx e Engels
(2004), “Textos sobre Educação e Ensino”, encontra-se uma antologia de textos, cujo
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eixo das discussões encontra-se articulado pela divisão do trabalho, bem como a
inserção do modo de produção capitalista. fazem uma análise das consequências da
Revolução Industrial, influenciando a exploração crianças, as quais, eram deixadas
aproximadamente por 3 horas na “escola”, o patrão recebia semanalmente por isso.
Além disso, anteriormente a 1844, além de forjar os certificados que eram assinalados
por professores analfabetos. O espaço físico era péssimo, as crianças encontravam-
se no local apenas para receber o atestado de frequência escolar.
1.1 O lúdico no brasil
Os estudiosos, Freyre e Kishimoto montaram o cenário da infância da criança
brasileira desde a colonização. No que tange ao pensamento do pedagogo, Paulo
Freire (1963):
No período colonial brasileiro, havia certos traços de hostilidade nos jogos,
como, por exemplo, o “jogo do beliscão”, que consistia em dar um beliscão
forte e doloroso nas crianças que perdiam o jogo. Outro jogo que
demonstrava agressividade era o “brincar de cavalo”, usando uma criança
negra como cavalo que era chicoteada com galhos de goiabeira. (FREIRE
1963, apud TEIXEIRA 2012, p. 35).
No Brasil, nesta época as brincadeiras entre meninos e meninas eram diferenciadas.
Os meninos brincavam com faca, matando pequenos animais e destruindo seus
ninhos, já as meninas eram proibidas de realizar brincadeiras, como, pular, saltar,
subir em árvore ou correr, devido ao bom comportamento. Segundo a professora,
Kishimoto (1993) as atividades lúdicas na vida das crianças indígenas, que quando
brincavam, estavam treinando para a vida adulta. Como exemplo, o uso do arco e
flecha, que não é uma brincadeira, mais um treino do caçar. Friedman (2006) também
realizou um estudo de suma importância para a história do lúdico no Brasil. A autora
reuniu em média 300 jogos tradicionais na cidade de São Paulo. Após o levantamento
a autora fez uma análise das atividades lúdicas espontâneas, e das razões de sua
mudança ou desaparecimento ao longo deste século.
2. O lúdico e sua importância na educação infantil
O brincar é um recurso fundamental na educação infantil, pois é importante para a
evolução pedagógica, além de ser um direito legal garantido pela Constituição
Federal, ortogada em 1988, que foi de suma importância para assegurar os direitos
da criança e do adolescente. Diante disso é descrito no artigo 227 que:
É dever da família da sociedade e do estado, assegurar a criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, a
alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão (CF/88, art. 227).
A Constituição Brasileira e o ECA (Estatuto da Criança e do adolescente), asseguram
à criança o direto de brincar em espaços lúdicos. O Marco Legal da Primeira Infância
(Lei 13.257/2016), a nova legislação, prioriza a criança desde o nascimento até a fase
dos 6 anos, na formulação de programas e de Políticas públicas. O Marco Legal
prioriza ainda sobre o direto de brincar das crianças e indica que a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios deverão criar e organizar espaços lúdicos, que
proporcione o brincar e o bem estar nos espaços públicos e privados, onde as crianças
circulem. Na lei 13.257, o Marco Legal da Primeira Infância, estabelece as políticas
públicas para a primeira infância, e ressalta os direitos da criança de brincar, e de ser
cuidado por profissionais qualificados para a primeira infância, e também de ser
prioridade nas políticas públicas.
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