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A
palavra fonologia é oriunda do grego: phonos = voz/som e logos = palavra/estudo. Estuda
também a função que os sons da língua desempenham no sistema de comunicação linguística,
sua organização e classificação. Seu principal objeto de estudo são os fonemas, menor unidade
sonora das palavras.
Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: chapéu, maracujá,
Corumbá.
Emprego do Z;
Acento prosódico: aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas;
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, apresentando o som total das letras que
compõem uma sílaba. O hífen é utilizado para fazer a separação. Abaixo, algumas regras
empregadas na divisão silábica:
Nunca se separam os ditongos, tritongos, dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu), os encontros
consonantais constituídos de consoante + r e consoante + l (claridade, cofre) e as consoantes
não seguidas de vogal (ca-rac-te-rís-ti-ca);
Separam-se os hiatos, os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc), encontros consonantais (cc, cç) e os
prefixos bis, dis, cis, trans e ex quando seguidos de vogal. Se seguidos de consoante, não
formarão uma nova sílaba.
Encontros Vocálicos
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais, sem consoantes
intermediárias.
Isso quer dizer que quando vogais ou semivogais (sons vocálicos ditos com
menos força) aparecem umas ao lado das outras numa palavra, acontece um
encontro vocálico. Se uma consoante aparecer entre as vogais ou semivogais,
elas deixam de estar juntas e não ocorre o encontro vocálico.
Nos ditongos, ocorre o encontro de uma vogal com uma semivogal, e quando
fazemos a separação das suas sílabas, as duas ficam na mesma sílaba. Exemplos:
papai (pa-pai), oi (a palavra "oi" não se separa), sabão (sa-bão).
papai (pa-pai)
iguais (i-guais) álcool (ál-co-ol)
oi (a palavra "oi" não se
saguão (sa-guão) navio (na-vi-o)
separa)
uruguaio (u-ru-guai-o). saída (sa-í-da)
sabão (sa-bão)
Ditongo
Ditongo é o encontro vocálico em que uma vogal e uma semivogal ficam juntas,
mesmo quando se faz a separação de sílabas. Exemplos: céu (céu), tranquilo
(tran-qui-lo), boi (boi).
De acordo com a posição da vogal e da semivogal, os ditongos podem ser:
crescentes ou decrescentes.
Ditongos crescentes são aqueles em que a semivogal vem antes da vogal (sv +
v). Exemplos: igual (i-gual), quota (quo-ta), pátria (pá-tria).
Ditongos orais são os pronunciados apenas pela boca. É o caso de ai, ia, iu, ui,
eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao, oa, ou, uo, oe, eo, ea. Exemplos: mau
(mau), sei (sei), viu (viu).
Ditongos nasais são os pronunciados pela boca e pelo nariz. É o caso de ão, ãe,
õe, am, an, em, en, ãi, ui (ocorre apenas na palavra "muito"). Exemplos: mãe
(mãe), levem (le-vem), muito (mui-to).
automóvel (au-to-mó-vel)
boi (boi)
cai (cai)
céu (céu)
deus (deus)
eu (eu)
frequente (fre-quen-te)
gratuito (gra-tui-to)
herói (he-rói)
igual (i-gual)
jeito (jeito)
levem (le-vem)
madeira (ma-dei-ra)
mãe (mãe)
mau (mau)
meu (meu)
muito (mui-to)
noite (noi-te)
oi (oi)
outro (ou-tro)
papai (pa-pai)
pátria (pá-tria
quota (quo-ta)
respeito (res-pei-to)
sabão (sa-bão)
sei (sei)
tranquilo (tran-qui-lo)
viu (viu)
Tritongo
Tritongo é o encontro vocálico em que semivogal + vogal + semivogal ficam
juntas, mesmo quando se faz a separação de sílabas. Exemplos: Uruguai (U-ru-
guai), saguão (sa-guão), enxaguam (en-xa-guam).
apaziguou (a-pa-zi-guou)
desaguou (de-sa-guou)
enxaguam (en-xa-guam)
enxaguei (en-xa-guei)
enxaguem (en-xa-guem)
iguais (i-guais)
minguem (min-guem)
Paraguai (Pa-ra-guai)
paraguaio (pa-ra-guai-o)
quais (quais)
quão (quão)
saguão (sa-guão)
saguões (sa-guões)
Uruguai (U-ru-guai)
uruguaio (u-ru-guai-o)
uruguaiano (u-ru-guai-a-no)
Hiato
Hiato é o encontro vocálico em que duas vogais aparecem juntas numa palavra,
mas ficam em sílabas diferentes quando se faz a separação de sílabas.
Exemplos: raiz (ra-iz), Saara (Sa-a-ra), país (pa-ís).
afiado (a-fi-a-do)
águia (á-gui-a)
álcool (ál-co-ol)
baú (ba-ú)
coelho (co-e-lho)
dia (di-a)
elogio (e-lo-gi-o)
faísca (fa-ís-ca)
gênio (gê-ni-o)
hiato (hi-a-to)
iate (i-a-te)
juiz (ju-iz)
karaokê (ka-ra-o-kê)
leão (le-ão)
lua (lu-a)
moeda (mo-e-da)
navio (na-vi-o)
oceano (o-ce-a-no)
país (pa-ís)
quieto (qui-e-to)
raiz (ra-iz)
Saara (Sa-a-ra)
saída (sa-í-da)
tio (ti-o)
unicórnio (u-ni-cór-ni-o)
voo (vo-o)
zoológico (zo-o-ló-gi-co)
Atenção!
*****
"A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando as palavras são pronunciadas
incorretamente, comete-se cacoépia.
A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer erro de prosódia é
transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona etc.
***
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”,
“e” são átonos, visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra
subsequente. Já os monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser
dotados de autonomia fonética, caracterizando-se, portanto, como tônicos.
Regras fundamentais
Monossílabos tônicos
Observações:
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o
acento.
Exemplos: réis, véu, dói.
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
Oxítonas:
Paroxítonas:
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são
mais acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
Antes Depois
Coréia Coreia
plebéia plebeia
idéia ideia
Odisséia Odisseia
jibóia jiboia
asteróide asteroide
paranóia paranoia
heróico heroico
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo,
formarem hiato.
Note:
Antes Depois
Sauípe Sauipe
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
boiúna boiuna
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de
ditongos:
As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das
letras “q” e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Antes Depois
apazigúe (verbo apaziguar) apazigue
argúi (verbo arguir) argui
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos,
essas vogais serão acentuadas:
Exemplos:
Eu averiguo, eu aguo.
Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos,
tais como:
Antes Depois
para = preposição/ pára = verbo parar para
pela = preposição/ péla = verbo pelar pela
pólo = substantivo/ polo = combinação antiga e popular de
polo
"por" e "lo"
pêlo = substantivo/ pelo = combinação da preposição com o
pelo
artigo
pêra = substantivo/ pera = preposição referente ao português
pera
arcaico
pôr=verbo
por = preposição
***
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho",
que quer dizer correto, e "grafo", por sua vez, que significa escrita.
Ela se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as
partes que compõem a gramática.
Além de ser influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, no que respeita à ortografia
existem convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia
oficial. Trata-se dos acordos ortográficos.
Regras de ortografia
Para auxiliar na ortografia das palavras que geram mais dúvidas - como palavras escritas com x
ou ch, com h, com s ou z, g ou j - vamos estudar algumas regras.
Uso do x e do ch
Exceções:
2. O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele
derivem: enchente, encharcar, enchido.
bexiga bochecha
bruxa boliche
caxumba broche
elixir cachaça
faxina chuchu
graxa colcha
lagartixa fachada
mexerico mochila
xerife salsicha
xícara tocha
Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:
Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico
"baía" é grafado sem h.
Uso do s e do z
Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam grande quantidade,
estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa,
poetisa.
Nos sufixos -ez / -eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza,
belo - beleza, grande - grandeza.
alisar amizade
análise aprazível
atrás azar
através azia
aviso desprezo
gás giz
groselha prazer
invés rodízio
Escreve-se com s Escreve-se com z
jus talvez
uso verniz
Uso do g e do j
Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio,
relógio, refúgio.
Observações:
3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é
chamada de "mogiano". No entanto, a palavra "mojiano" existe e, de acordo com o
dicionário Michaelis significa "Relativo ou pertencente à região que era servida pela
antiga Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)."
angélico anjinho
estrangeiro berinjela
gengibre cafajeste
geringonça gorjeta
gim jeito
gíria jiboia
Escreve-se com g Escreve-se com j
ligeiro jiló
sargento laje
tangerina sarjeta
tigela traje
A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.
Parônimos e Homônimos
Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é
diferente.
Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou
na pronúncia, mas têm significados diferentes.
Exemplos:
Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm
a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
Exemplos:
Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série
de palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: a baixo / abaixo, onde /
aonde, mas / mais, entre tantas outras.
1. Abaixo / a baixo
Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de
cima" ou "de alto")
2. Onde / aonde
3. Mas / mais
Para diminuir dificuldades com a ortografia, é preciso estar atento e se familiarizar com ela.
Isso é possível somente através da leitura, da prática e mediante a consulta de um bom
dicionário.
Exercícios de Ortografia
1. (Fuvest) "A _____ de uma guerra nuclear provoca uma grande _____ na humanidade e a
deixa _____ quanto ao futuro.". Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas
corretamente.
a) algoz
b) traz (verbo)
c) assaz
d) aniz
e) giz
3. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.
a) ch; x; x
b) x; ch; ch
c) x; x; x
d) ch, ch, ch
e) x, x, ch
a) a; a; a
b) Há; há; há
c) a; há; a
d) há; a; a
e) a; há; há
a) s; s
b) s; z
c) z; s
d) z; z
e) n.d.a
Ver Resposta
a) j; j; g
b) j; g; j
c) g; g; j
d) j; j; j
e) g; g; g
8. As palavras homônimas são aquelas que têm a mesma pronúncia, mas significados
diferentes. Todas as palavras destacadas estão escritas corretamente, exceto
substantivo;
adjetivo;
pronome;
artigo;
conjunção;
interjeição;
numeral;
preposição;
verbo;
advérbio.
estrutura;
formação;
flexões;
classificações.
Exemplos:
CARA
O radical dessa palavra é “car-”. Ao acrescentarmos a vogal temática “-a”, surge o tema, ou
seja, a palavra “cara”. Esse termo, com outros acréscimos, gera a palavra:
DESCARADO
Os afixos dessa palavra são o prefixo “des-” e o sufixo “-ado”, que se juntam ao tema “-cara-”.
PEZINHO
O radical “pe-” é acrescido do sufixo “-inho”, mas, para facilitar a pronúncia, a consoante de
ligação “-z-” é utilizada.
INSETICIDA
O radical “inset-” recebe o sufixo “-cida”, enquanto o “-i-” é uma vogal de ligação.
Nesse caso, o radical é “bonit-”. Já as desinências “-o” (masculino) e “-a” (feminino) indicam
gêneros; e o “-s”, o número, ou seja, o plural.
PENSÁSSEMOS
Depois de apontar esses aspectos estruturais, podemos falar dos dois principais processos de
formação de palavras:
derivação;
composição.
Vamos ver agora os processos de composição, em que ocorre a união de dois ou mais radicais:
Além do processo de derivação e composição, as palavras também podem se formar por meio
de:
Exemplos: moto (de “motocicleta”), pneu (de “pneumático”), foto (de “fotografia”) etc.
Classes de palavras
CLASSES DE PALAVRAS
1. Substantivo 6. Advérbio
2. Artigo 7. Conjunção
3. Adjetivo 8. Interjeição
4. Pronome 9. Numeral
→ Substantivo
→ Artigo
→ Adjetivo
→ Pronome
pessoal do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas;
pessoal do caso oblíquo: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes, mim, comigo, ti,
contigo, si, consigo, conosco, convosco;
possessivo: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso,
nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas;
demonstrativo: este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aqueles,
aquela, aquelas, isto, isso, aquilo;
relativo: quem, que, onde, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas,
quanto, quantos, quanta, quantas;
indefinido: algum, nenhum, todo, outro, certo, qualquer, alguém, ninguém, tudo,
nada, cada, algo etc.;
Aponta uma ação, um estado ou um fenômeno natural: correr, amar, supor, constituir, ser,
estar, permanecer, nevar, chover etc.
→ Advérbio
→ Conjunção
→ Interjeição
Ah!
Atenção!
Fora!
Oba!
Vamos!
Bravo!
Oi!
Tomara!
Ai!
Psiu!
→ Numeral
→ Preposição
essencial: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás;
Exemplo 1: No Brasil, nosso amado país, alunos e professores protestam contra a falta de
condições educacionais.
Sujeito: alunos e professores
Exemplo 2: Nosso amado país, o Brasil, protesta contra a falta de pessoal docente.
Aposto: o Brasil.
Repare que no exemplo 1 “nosso amado país” desempenha a função de aposto, porque amplia
o termo “Brasil”, mas no exemplo 2, “nosso amado país” desempenha a função de sujeito,
porque é o termo sobre o qual se fala.
Sujeito
Predicado
Complementos verbais
Complemento nominal
Agente da passiva
Adjunto adverbial
Adjunto adnominal
Aposto
1. (Mackenzie-2004) Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito;
prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
gozemos do prazer de sãos amores (...)
(...) aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças
e ao semblante a graça.
No poema, roubar exigiu objeto direto e indireto. Assinale a alternativa que contém verbo
empregado do mesmo modo.
3. (Mackenzie-2002) Cuido haver dito, no capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo
Xavier. Não morria, vivia. Viver não é a mesma coisa que morrer; assim o afirmam todos os
joalheiros deste mundo, gente muito vista na gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se
não fossem os vossos dixes* e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos
corações. (…) O que eu quero dizer é que a mais bela testa do mundo não fica menos bela, se a
cingir um diadema de pedras finas; nem menos bela, nem menos amada. Marcela, por
exemplo, que era bem bonita, Marcela amou-me (…) durante quinze meses e onze contos de
réis; nada menos.
4. (UEL-1994) Relativamente "a esse assunto", tenho muito que dizer. A expressão entre aspas
na frase anterior classifica-se, sintaticamente, como:
a) objeto indireto.
b) adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal.
d) objeto direto preposicionado.
e) complemento nominal.
Período Composto
O período composto é formado por mais do que uma oração. Isso quer dizer que ele precisa
ter dois ou mais verbos, porque o número de orações é igual ao número de verbos presentes
num enunciado.
Exemplos:
As pessoas fizeram uma fila enorme na rua,/ porque a loja demorou para abrir as
portas.
Exemplos:
Viu o filme/ mas não compreendeu o enredo. (uma oração coordenada assindética e
uma oração coordenada sindética “mas não compreendeu o enredo.”)
Fale agora, ou cale-se para sempre. (uma oração coordenada assindética e uma oração
coordenada sindética “ou cale-se para sempre.”)
As orações coordenadas sindéticas, que são as que têm conjunção, são classificadas em cinco
tipos:
Exemplos:
De acordo com a função que elas desempenham, podem ser classificadas em:
Somente existe oração principal em relação à oração subordinada, nunca em relação à oração
coordenada.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
1. (UFAL) Qual o período em que a vírgula está separando uma oração com ideia de
explicação?
a) I apenas
b) II apenas
c) III apenas
d) I e III
e) Nenhum deles.
3. (Fuvest) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma
freguesia distante, dobrando a finados.”, a segunda oração é:
Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre elas e, por isso, são
orações independentes.
Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está subordinada à outra. Desse
modo, elas dependem umas das outras para ter sentido completo e, portanto, possuem uma
relação sintática.
Confira abaixo, as explicações sobre cada uma delas, as classificações das orações e muitos
exemplos de orações coordenadas e subordinadas.
As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das conjunções (ou
locuções conjuntivas) transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e, nem, não só,
mas também, mas ainda, como, assim, etc.
Exemplos:
Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona informações ao que
foi dito anteriormente. Além disso, é importante perceber que as orações acima, quando
separadas, são independentes, uma vez que possuem um sentido completo.
Exemplos:
Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava chovendo muito naquela
noite.
Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de oposição ao que
foi dito anteriormente. Além disso, as frases são independentes, uma vez que, se separadas,
possuem um sentido completo.
Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções enfatizam uma escolha dentre
as opções existentes. As conjunções alternativas utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…
quer; seja…seja, etc.
Exemplos:
As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e, por isso, fazem uso
das conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim, portanto, por fim, por conseguinte,
pois, então, consequentemente, etc.
Exemplos:
Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que transmitem a ideia de
conclusão sobre algo que foi mencionado na oração principal.
Exemplos:
Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações independentes
se unem com o intuito de explicar sobre o que foi dito anteriormente.
Exemplos:
Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva) que liga as
orações e, portanto, temos orações coordenadas assindéticas.
Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações desenvolvidas ou orações
reduzidas.
Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no início das
orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.
Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no
infinitivo, no particípio ou no gerúndio.
Exemplos:
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de completar
o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.
Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir uma
qualidade ao sujeito.
Exemplos:
Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-se o sujeito da
oração.
Exemplos:
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam com uma
preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal:
esperança; certeza.
Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o sentido dos
verbos transitivos das orações.
Exemplos:
Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o valor
de objeto direto da oração principal.
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não fornece a
informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera, espera algo.
Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo transitivo na
oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa integrante é sempre precedida
de uma preposição (que ou se).
Exemplos:
Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos verbos transitivos da
oração principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido completo (quem necessita,
necessita de algo; quem gosta, gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que
antes das conjunções (que) temos as preposições (de).
Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou especificar outro
já mencionado anteriormente na oração.
Exemplos:
Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que especificam
melhor algo mencionado na oração principal.
Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações desenvolvidas, os verbos
aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e sempre iniciam-se com um pronome relativo
(que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal
do termo antecedente.
Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas em dois tipos:
explicativa e restritiva.
As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem o intuito
de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada é separada por
algum sinal de pontuação, geralmente vírgulas.
Exemplos:
Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito bons.
Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem entre vírgulas,
adicionando um comentário extra sobre o antecedente da oração principal.
Exemplos:
Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um texto.
A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas explicativas, se as
orações subordinadas foram removidas, afetarão o significado da oração principal.
Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o termo
antecedente, em vez de explicá-los.
As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução subordinativa, as quais têm
a função de conectar as orações (principal e subordinada).
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais, comparativas,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.
Exemplos:
As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a oração principal faz
referência. As conjunções integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque".
As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como,
tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.
Exemplos:
Exemplos:
Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva "mesmo que"
presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às orações
principais.
Exemplos:
As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por meio do uso das
conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso".
5. Oração subordinada adverbial conformativa
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que" e "a fim de
que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração principal.
Exemplos:
Exemplos:
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto mais") enfatizam
a proporção expressa na oração principal.
**
Concordância Verbal e Nominal
Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.
Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos) estamos
fazendo a concordância verbal.
Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o adjetivo
(complicados) estamos fazendo concordância nominal.
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplos:
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como
pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.
Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo. Exemplos:
Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:
a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II
2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a
norma culta:
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que se seguem a eles e completam o seu sentido.
Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos e
suas respectivas explicações:
Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em (morar
em algum lugar).
No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição
(implicar algo, e não implicar em algo).
No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo indireto.
Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta.
Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns, conforme o
seu significado, podem ter mais do que uma forma de regência.
1. Assistir
2. Chegar
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
4. Obedecer
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o pai!
5. Proceder
6. Visar
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.
7. Esquecer
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.
8. Querer
9. Aspirar
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige
preposição:
13. Morar
14. Namorar
15. Preferir
16. Simpatizar
17. Chamar
Chama o Pedro!
Paga o sorvete?
Regência Nominal
Há também a regência nominal, que é a relação entre nomes e seus complementos. Essa
relação é estabelecida através de preposições.
Exemplos:
O bacharel em Direito pode ser defensor público. (e não “O bacharel de Direito pode
ser defensor público.”)
Essa máquina é compatível com a que temos. (e não “Essa máquina é compatível a
que temos”.)
Exercícios
a) Esqueceu-se do endereço.
b) Não simpatizei com ele.
c) O filme a que assistimos foi ótimo.
d) Faltou-me completar aquela página.
e) Aspiro um alto cargo político.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma
família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.
a) II, III, IV
b) I, II, III
c) I, III, IV
d) I, III
e) I, II
*****
Regência Nominal
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se
com seus complementos.
Exemplos
Amor
Ansioso
Acessível a
Acostumado a, com
Exemplos:
Agradável a
Alheio a, de
Exemplos:
Apto a, para
Exemplos:
Aversão a, por
Exemplos:
Benefício a
Exemplos:
Exemplos:
Compatível com
Contrário a
Exemplos:
Descontente com
Essencial para
Fanático por
Imune a, de
Exemplos:
Inofensivo a, para
Exemplos:
Junto a, de
Exemplos:
Livre de
Simpatia a, por
Exemplo:
Tendência a, para
Regência Verbal
A regência verbal caracteriza a relação entre os verbos e seus complementos (objeto direto,
objeto indireto).
**
Fui à escola.
Fomos à praça.
Vou à padaria.
Fomos à praia.
Saímos à noite.
Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à moda de.
Entro à uma.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não
se utiliza a crase, por exemplo:
antes de verbos;
antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo
(me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe);
Escreveu a lápis.
Antes de verbos
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Crase facultativa
Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete:
Exercícios de crase
1. (ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases abaixo,
apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
2. (FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o
que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos
que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de
que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as
homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à
salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses
( ( ) ) e o travessão (—).
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um
período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e
resolvi ligar e pedir perdão.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o
significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para
separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar
uma relação de elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.
Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar
uma enumeração.
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Que horror!
Ganhei!
Quieto!
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases
diretas ou indiretas-livre.
Entendeu?
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai
muito mais além do que está expresso na frase.
"A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar
te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas)
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.
Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
Parênteses ( ( ) )
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como
para substituir os parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora,
pois teremos problemas mais tarde.
Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus para a escola com
as minhas amigas Ana Maria e Bia
A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a Maria que estava
cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas ficaram chateadas logo cedo
Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me deu resposta, nem
sequer a Bia Que começo de dia
Na escola aulas e apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a professora devolveria
as provas corrigidas
Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos
**
Uma vez que considera a evolução das palavras, a semântica pode ser sincrônica (significado
das palavras na atualidade) ou diacrônica (significado das palavras em determinado espaço de
tempo).
Sinônimos e antônimos
andar e caminhar
usar e utilizar
fraco e frágil
claro e escuro
triste e feliz
bom e mau
Homônimos e parônimos
Os homônimos são palavras que possuem a mesma grafia (palavras homógrafas) ou a mesma
pronúncia (palavras homófonas), mas significados diferentes.
Quando as palavras têm a mesma grafia e a mesma pronúncia, são chamados de homônimos
perfeitos, por exemplo:
Polissemia
Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda
se relaciona com o original, por exemplo:
Conotação e denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo
semântico. Assim, depende do contexto.
Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir
sensações no leitor.
A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem
mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).
É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.
Exemplos:
Exercício de semântica
Exemplos de sinônimos:
belo e bonito
casa e lar
longe e distante
Exemplos de antônimos:
aberto e fechado
escuro e claro
sair e entrar
Sinônimos
A sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante.
Note que as palavras sinônimas são muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.
Muito estudiosos da área afirmam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), pois, para eles, cada palavra possui um significado distinto.
De acordo com a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de
duas maneiras:
Exemplos de sinônimos
Adversário e antagonista
Adversidade e problema
Alegria e felicidade
Alfabeto e abecedário
Ancião e idoso
Apresentar e expor
Belo e bonito
Brado e grito
Bruxa e feiticeira
Calmo e tranquilo
Carinho e afeto
Carro e automóvel
Cão e cachorro
Casa e lar
Contraveneno e antídoto
Diálogo e colóquio
Encontrar e achar
Enxergar e ver
Extinguir e abolir
Gostar e estimar
Importante e relevante
Longe e distante
Moral e ética
Oposição e antítese
Percurso e trajeto
Perguntar e questionar
Saboroso e delicioso
Transformação e metamorfose
Translúcido e diáfano
Antônimos
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras anti (algo contrário ou oposto)
e onymia (nome).
A antonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras antônimas. Do mesmo modo que
os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos na produção dos textos.
Exemplos de antônimos
Aberto e fechado
Alto e baixo
Amor e ódio
Ativo e inativo
Bendizer e maldizer
Bem e mal
Bom e mau
Bonito e feio
Certo e errado
Doce e salgado
Duro e mole
Escuro e claro
Forte e fraco
Gordo e magro
Grosso e fino
Grande e pequeno
Inadequada e adequada
Ordem e anarquia
Pesado e leve
Presente e ausente
Progredir e regredir
Quente e frio
Rápido e lento
Rico e pobre
Rir e chorar
Sair e entrar
Seco e molhado
Simpático e antipático
Soberba e humildade
Sozinho e acompanhado
Sujeito: as ruas
Sujeito: os alunos
Sujeito
O núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito. Quando o
sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com maior importância semântica.
Sujeito: O garoto
O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral
substantivo ou qualquer palavra substantivada.
Sujeito: A casa
Exemplo de sujeito que é pronome substantivo: Eles não gostam de carne vermelha.
Sujeito: Eles
Sujeito: Três
Predicado: excede.
Exemplo de sujeito que é palavra substantivada: Um oi foi expresso rapidamente.
Sujeito: Um oi
Núcleo do sujeito: oi
Tipos de sujeito
Sujeito simples
Exemplo:
Sujeito composto
Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode ser
identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.
Sujeito: nós (oculto, porque pode ser identificado pela desinência verbal: estávamos)
Sujeito indeterminado
quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o
sujeito, por exemplo;
Sujeito: indeterminado, porque faz referência a alguém, mas não o identifica (o verbo
está na 3ª pessoa do plural)
Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado está centrada em
um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e verbo.
Predicado
Predicado verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está
contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransitivo. Nesse caso, a
informação sobre o sujeito está contida nos verbos.
Sujeito: O entregador.
Predicado nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito. O seu núcleo
é um nome (substantivo, adjetivo, pronome).
Sujeito: O entregador.
Predicado verbo-nominal
Sujeito: A menina
4. (PUC-PR) Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no céu", afirmamos que:
***
Sílaba Tônica
A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais ênfase, sendo que em cada palavra há apenas uma
sílaba tônica.
De acordo com a intensidade com que são pronunciadas, as sílabas podem ser tônicas ou
átonas.
Assim, a chamada sílaba átona é a que possui menor intensidade numa palavra.
Exemplos:
Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é acentuada. Portanto, é
importante estar atento às regras de acentuação das palavras para não cometer o erro de
colocar acento onde não há.
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Oxítonas: palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-por.
Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro, pa-pa-
gai-o.
Por vezes, algumas palavras são pronunciadas dando mais ênfase às sílabas átonas.
Quando as palavras são acentuadas tônica e graficamente de forma incorreta estamos diante
de um erro de chamado de silabada.
Confira os exemplos:
Hieróglifo e hieroglifo;
Oceânia e oceania;
xérox e xerox.
“Encontrei,
Uma caixinha cheia de relatos
Um monte de documentos tão falsos
Nossas vidas
Cometi
A loucura de nossas fotos rasgar
E uma por uma eu vou ter que colar
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva
Naquele segundo
Eu pensei que até te odiava
Mas respirei fundo
E vi que eu te amava
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva.”
Cada tempo verbal, por sua vez, é composto por formas verbais.
As formas verbais são as flexões que um verbo possui para cada pronome. Em “eu canto”, por
exemplo, “eu” é o pronome e “canto” é a forma verbal.
Confira as informações e entenda a função de cada um dos modos e verbos da língua
portuguesa.
Modo indicativo
O Modo indicativo indica ações consideradas reais; que certamente se concretizam em algum
momento do passado, do presente ou do futuro.
Os tempos verbais simples são aqueles que apenas precisam da conjugação do próprio verbo,
ou seja, não precisam de um verbo auxiliar na sua estrutura de formação.
Observe a diferença:
Presente do indicativo
Por norma, o presente do indicativo tem como função indicar ação habitual, momento
presente, situação permanente, característica de um sujeito ou verdade científica de fatos.
Exemplos:
O pretérito perfeito é utilizado para indicar uma ação que ocorreu no passado e já foi
concluída.
Exemplos:
Pretérito imperfeito
O pretérito imperfeito indica uma ação passada contínua, ou seja, uma ação de duração
prolongada no tempo, que pode ter sido concluída ou não.
Exemplos:
Pretérito mais-que-perfeito
O pretérito mais-que-perfeito é um tempo verbal que indica uma ação passada que aconteceu
antes de outra ação passada.
Além disso, também é usado para fazer referência a uma ação que ocorreu em um passado
distante ou a uma ação passada ocorrida em um período impreciso.
Esse tempo verbal é pouquíssimo usado no cotidiano. É mais comum observar o seu uso na
linguagem poética, em histórias de contos de fadas, etc.
Exemplos:
Futuro do presente
O futuro do presente é o tempo verbal que expressa uma ação que acontecerá no futuro, ou
seja, em um momento futuro em relação ao da fala ocorrida no presente.
Exemplos:
Futuro do pretérito
Embora seja designado de “futuro”, o futuro do pretérito, na verdade, indica uma ação que
poderia ter acontecido depois de uma ação ocorrida no passado.
Ele também é usado para expressar uma ação que está condicionada à outra; que é
consequente dela.
Além disso, pode indicar incerteza, surpresa, indignação, e é uma forma educada de expressar
desejo, pedido ou sugestão.
Exemplos:
Ela já tinha dito que não iria ao evento.
Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal
flexionado no particípio passado.
Eu tinha estudado.
A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no presente
do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.
Exemplos:
O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo indica uma ação do passado que ocorreu
antes de outra ação do passado.
A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no pretérito
imperfeito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.
Exemplos:
Eles tinham reformado o restaurante aos poucos sem saber que ganhariam na loteria.
Ana tinha estudado inglês aos fins de semana antes de viajar para os EUA.
O futuro do presente composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que acontecerá
em um momento futuro, mas que já terá sido concluída antes de outra ação do futuro.
A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no futuro do
presente do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.
Exemplos:
O bebê terá ficado curado das crises alérgicas antes de terminar a medicação.
O futuro do pretérito composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que poderia ter
acontecido depois de uma outra ação ocorrida no passado. Dessa forma, as ações expressas
pelo futuro do pretérito composto do indicativo estão sempre condicionadas a essa tal ação
passada.
A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no futuro do
pretérito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.
Exemplos:
Se ele não tivesse sido tão ignorante, teria conquistado mais amizades.
Tu terias feito muito sucesso se não tivesse tido vergonha de cantar no Karaokê.
Modo subjuntivo
O modo subjuntivo é utilizado para indicar situações que expressam incerteza, hipótese,
desejo, condição ou suposição.
Trata-se de um modo cujos tempos verbais geralmente são utilizados em orações
subordinadas, pois costumam precisar de uma oração principal com outro tempo verbal para
fazerem sentido.
A oração "Se eu ganhasse na loteria", cujo verbo (ganhasse) está flexionado em um tempo
verbal do modo subjuntivo, precisa de uma segunda oração para fazer sentido.
Sendo assim, ela está subordinada à oração principal "compraria uma casa de praia", pois
precisa dela para fazer sentido.
O modo subjuntivo é constituído por 3 tempos verbais simples e 3 tempos verbais compostos.
Assim como ocorre no modo indicativo, os tempos verbais simples do modo subjuntivo só
precisam da conjugação do próprio verbo, ou seja, não precisam de um verbo auxiliar na sua
estrutura de formação.
Veja a diferença:
Presente do subjuntivo.
Futuro do subjuntivo.
Presente do subjuntivo
Exemplos:
Para que nós consigamos participar da palestra, precisamos reservar nossos lugares.
As ações expressas por esse tempo verbal podem ter ocorrido ou não; trata-se de algo incerto,
impossível de ser definido.
Exemplos:
Futuro do subjuntivo
O futuro do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ações que eventualmente
ainda podem acontecer em um tempo futuro. A estrutura de formação que indica essa ideia é
quando + pronome + verbo.
Exemplo: Quando eu visitar os meus pais, levarei um presente para cada um.
Ele também pode ser utilizado para expressar ideias condicionais. Nesse caso, a estrutura
utilizada é se + pronome + verbo.
ou ou ou
ou ou ou
ou ou ou
ou ou ou
ou ou ou
ou ou ou
A formação dos tempos verbais compostos é feita com um verbo auxiliar e um verbo principal
flexionado no particípio passado.
"Tenha feito" é um verbo composto do subjuntivo, pois tem em sua estrutura um verbo
auxiliar (ter > tenha) e um verbo principal flexionado no particípio passado (fazer > feito).
Lembre-se de que nas formas verbais compostas, apenas o verbo auxiliar é flexionado; o verbo
principal sempre é flexionado no particípio passado, independentemente da ideia de tempo
indicada (presente, passado ou futuro).
Exemplos:
O modo subjuntivo possui três tempos verbais compostos: pretérito perfeito composto,
pretérito mais-que-perfeito composto e futuro composto.
O pretérito perfeito composto do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para indicar ações
anteriores concluídas, que se referem a um tempo passado ou a um tempo futuro.
A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo presente do subjuntivo do verbo
"ter" ou do verbo "haver" (menos usado) + particípio passado do verbo principal.
Exemplos:
que ele tenha amado que ele tenha comido que ele tenha partido
que nós tenhamos amado que nós tenhamos comido que nós tenhamos partido
que vós tenhais amado que vós tenhais comido que vós tenhais partido
que eles tenham amado que eles tenham comido que eles tenham partido
Ele também pode ser usado para indicar situações irreais do passado.
A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo verbo "ter" flexionado no
pretérito imperfeito do subjuntivo + particípio passado do verbo principal.
Exemplos:
Eu não teria entrado nessa furada se tivesse prestado atenção aos sinais.
Se nós tivéssemos ouvido nossos pais, não teríamos tomado aquela decisão.
Se eles tivessem feito uma poupança com o dinheiro do prêmio, teriam ficado
milionários.
Tenho certeza de que o futuro de Maria teria sido brilhante se ela tivesses
tido oportunidade de terminar os estudos.
ou ou ou
ou ou ou
ou ou ou
que ele tivesse amado que ele tivesse comido que ele tivesse partido
ou ou ou
que nós tivéssemos amado que nós tivéssemos comido que nós tivéssemos partido
ou ou ou
que vós tivésseis amado que vós tivésseis comido que vós tivésseis partido
ou ou ou
que eles tivessem amado que eles tivessem comido que eles tivessem partido
O futuro composto do subjuntivo é utilizado para expressar uma ação futura que terá sido
concluída antes de outra ação futura.
A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo futuro simples do subjuntivo +
verbo principal no particípio passado.
Exemplos:
ou ou ou
ou ou ou
quando ele tiver amado quando ele tiver comido quando ele tiver partido
ou ou ou
quando nós tivermos amado quando nós tivermos comido quando nós tivermos partido
ou ou ou
quando vós tiverdes amado quando vós tiverdes comido quando vós tiverdes partido
ou ou ou
quando nós tivermos amado quando nós tivermos comido quando nós tivermos partido
ou ou ou
Modo imperativo
O modo imperativo é um modo verbal utilizado para indicar ações onde o receptor da
mensagem recebe um pedido, uma ordem, uma sugestão, um conselho, um aviso, uma
orientação e outros tipos de indicação.
Imperativo afirmativo
O imperativo afirmativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de uma
afirmação.
Exemplos:
Fale devagar!
Esse tempo verbal não é conjugado na primeira pessoa do singular pelo fato de expressar a
ideia de que alguém se comunica com um outro alguém.
- - -
Imperativo negativo
O imperativo negativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de uma frase
negativa.
Exemplos:
- - -
Formas nominais
Embora não façam parte nem dos modos e nem dos tempos verbais, as formas nominais são
de grande importância na conjugação dos verbos.
A designação de “forma nominal” dá-se pelo fato de, por vezes, elas apresentarem função de
nome.