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"A fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma.

A
palavra fonologia é oriunda do grego: phonos = voz/som e logos = palavra/estudo. Estuda
também a função que os sons da língua desempenham no sistema de comunicação linguística,
sua organização e classificação. Seu principal objeto de estudo são os fonemas, menor unidade
sonora das palavras.

Entre as atribuições da fonologia, está o estudo das seguintes funções:

* Classificação das palavras segundo a posição da sílaba tônica:

Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Exemplos: chapéu, maracujá,
Corumbá.

Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: secretária,


biquíni, táxi.

Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos:


exército, míope, plástico.

* Definição da grafia e acentuação das palavras:

Ortografia / Emprego de X e Ch;

Emprego das letras G e J;

Emprego das letras S e Z;

Emprego do Z;

Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs;

Emprego das letras O e U/ Emprego da letra H;

Acento prosódico: aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas;

Acento gráfico: marca a sílaba tônica de algumas palavras.

* Definição das regras de divisão silábica:

A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, apresentando o som total das letras que
compõem uma sílaba. O hífen é utilizado para fazer a separação. Abaixo, algumas regras
empregadas na divisão silábica:

Nunca se separam os ditongos, tritongos, dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu), os encontros
consonantais constituídos de consoante + r e consoante + l (claridade, cofre) e as consoantes
não seguidas de vogal (ca-rac-te-rís-ti-ca);

Separam-se os hiatos, os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc), encontros consonantais (cc, cç) e os
prefixos bis, dis, cis, trans e ex quando seguidos de vogal. Se seguidos de consoante, não
formarão uma nova sílaba.

* Classificação dos encontros fonéticos:

Encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo.


Encontros consonantais (podem ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes).

Encontros Vocálicos
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais, sem consoantes
intermediárias.

Eles acontecem na mesma ou em outra sílaba e são classificados


em: ditongo, tritongo e hiato.

Isso quer dizer que quando vogais ou semivogais (sons vocálicos ditos com
menos força) aparecem umas ao lado das outras numa palavra, acontece um
encontro vocálico. Se uma consoante aparecer entre as vogais ou semivogais,
elas deixam de estar juntas e não ocorre o encontro vocálico.

Exemplos: lua, madeira, Uruguai.

Nos hiatos, ocorre apenas o encontro de vogais (nunca de semivogais), e


quando fazemos a separação das suas sílabas, cada vogal fica numa sílaba
diferente. Exemplos: álcool (ál-co-ol), navio (na-vi-o), saída (sa-í-da).

Nos ditongos, ocorre o encontro de uma vogal com uma semivogal, e quando
fazemos a separação das suas sílabas, as duas ficam na mesma sílaba. Exemplos:
papai (pa-pai), oi (a palavra "oi" não se separa), sabão (sa-bão).

Nos tritongos, ocorre o encontro semivogal, vogal e semivogal (sempre nessa


ordem), e quando fazemos a separação das suas sílabas, as três ficam na mesma
sílaba. Exemplos: iguais (i-guais), saguão (sa-guão), uruguaio (u-ru-guai-o).

Ditongo Tritongo Hiato

Encontro de uma vogal Encontro semivogal, vogal e Encontro de duas vogais


com uma semivogal na semivogal (sempre nessa ordem) (nunca de semivogais) em
mesma sílaba. na mesma sílaba. sílabas diferentes.

papai (pa-pai)
iguais (i-guais) álcool (ál-co-ol)
oi (a palavra "oi" não se
saguão (sa-guão) navio (na-vi-o)
separa)
uruguaio (u-ru-guai-o). saída (sa-í-da)
sabão (sa-bão)

Ditongo
Ditongo é o encontro vocálico em que uma vogal e uma semivogal ficam juntas,
mesmo quando se faz a separação de sílabas. Exemplos: céu (céu), tranquilo
(tran-qui-lo), boi (boi).
De acordo com a posição da vogal e da semivogal, os ditongos podem ser:
crescentes ou decrescentes.

Ditongos crescentes são aqueles em que a semivogal vem antes da vogal (sv +
v). Exemplos: igual (i-gual), quota (quo-ta), pátria (pá-tria).

Ditongos decrescentes são aqueles em que a vogal vem antes da semivogal (v


+ sv). Exemplos: meu (meu), herói (he-rói), cai (cai).

De acordo com a pronúncia, os ditongos podem ser orais ou nasais.

Ditongos orais são os pronunciados apenas pela boca. É o caso de ai, ia, iu, ui,
eu, éu, ue, ei, éi, ie, oi, ói, io, au, ua, ao, oa, ou, uo, oe, eo, ea. Exemplos: mau
(mau), sei (sei), viu (viu).

Ditongos nasais são os pronunciados pela boca e pelo nariz. É o caso de ão, ãe,
õe, am, an, em, en, ãi, ui (ocorre apenas na palavra "muito"). Exemplos: mãe
(mãe), levem (le-vem), muito (mui-to).

Palavras com ditongo

 automóvel (au-to-mó-vel)
 boi (boi)
 cai (cai)
 céu (céu)
 deus (deus)
 eu (eu)
 frequente (fre-quen-te)
 gratuito (gra-tui-to)
 herói (he-rói)
 igual (i-gual)
 jeito (jeito)
 levem (le-vem)
 madeira (ma-dei-ra)
 mãe (mãe)
 mau (mau)
 meu (meu)
 muito (mui-to)
 noite (noi-te)
 oi (oi)
 outro (ou-tro)
 papai (pa-pai)
 pátria (pá-tria
 quota (quo-ta)
 respeito (res-pei-to)
 sabão (sa-bão)
 sei (sei)
 tranquilo (tran-qui-lo)
 viu (viu)

Tritongo
Tritongo é o encontro vocálico em que semivogal + vogal + semivogal ficam
juntas, mesmo quando se faz a separação de sílabas. Exemplos: Uruguai (U-ru-
guai), saguão (sa-guão), enxaguam (en-xa-guam).

Os tritongos podem ser orais ou nasais.

Tritongos orais são os pronunciados apenas pela boca. Exemplos: Paraguai


(Pa-ra-guai), enxaguei (en-xa-guei), iguais (i-guais).

Tritongos nasais são os pronunciados pela boca e pelo nariz. As consoantes


"m" e "n" podem acompanhar os tritongos. Quando isso acontecer, os tritongos
são classificados como tritongos nasais. Exemplos: quão (quão), saguões (sa-
guões), enxaguem (en-xa-guem).

Palavras com tritongo

 apaziguou (a-pa-zi-guou)
 desaguou (de-sa-guou)
 enxaguam (en-xa-guam)
 enxaguei (en-xa-guei)
 enxaguem (en-xa-guem)
 iguais (i-guais)
 minguem (min-guem)
 Paraguai (Pa-ra-guai)
 paraguaio (pa-ra-guai-o)
 quais (quais)
 quão (quão)
 saguão (sa-guão)
 saguões (sa-guões)
 Uruguai (U-ru-guai)
 uruguaio (u-ru-guai-o)
 uruguaiano (u-ru-guai-a-no)

Hiato
Hiato é o encontro vocálico em que duas vogais aparecem juntas numa palavra,
mas ficam em sílabas diferentes quando se faz a separação de sílabas.
Exemplos: raiz (ra-iz), Saara (Sa-a-ra), país (pa-ís).

Palavras com hiato

 afiado (a-fi-a-do)
 águia (á-gui-a)
 álcool (ál-co-ol)
 baú (ba-ú)
 coelho (co-e-lho)
 dia (di-a)
 elogio (e-lo-gi-o)
 faísca (fa-ís-ca)
 gênio (gê-ni-o)
 hiato (hi-a-to)
 iate (i-a-te)
 juiz (ju-iz)
 karaokê (ka-ra-o-kê)
 leão (le-ão)
 lua (lu-a)
 moeda (mo-e-da)
 navio (na-vi-o)
 oceano (o-ce-a-no)
 país (pa-ís)
 quieto (qui-e-to)
 raiz (ra-iz)
 Saara (Sa-a-ra)
 saída (sa-í-da)
 tio (ti-o)
 unicórnio (u-ni-cór-ni-o)
 voo (vo-o)
 zoológico (zo-o-ló-gi-co)

Atenção!

Os ditongos e os tritongos não se separam, somente os hiatos.

Encontros vocálicos e consonantais


Os encontros vocálicos são o encontro de vogais ou semivogais, sem
consoantes entre elas. Exemplos: mãe, poeta, piada.

Os encontros vocálicos são classificados em ditongo, tritongo e hiato.


Os encontros consonantais são a sequência de duas ou mais consoantes, sem a
presença de vogais entre elas. Exemplos: Brasil, cacto, flor, objetivo, psicologia.

Os encontros consonantais podem ser separáveis ou inseparáveis.

Encontros consonantais separáveis: quando a palavra é separada, as


consoantes ficam em sílabas diferentes. Exemplos: advogado (ad-vo-ga-do),
sorte (sor-te), torta (tor-ta).

Encontros consonantais inseparáveis: quando a palavra é separada, as


consoantes ficam na mesma sílaba. Exemplos: blusa (blu-sa), livro (li-vro), trem
(trem).

*****

"A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando as palavras são pronunciadas
incorretamente, comete-se cacoépia.

É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais descuidada e com


tendência natural para a simplificação.

Podemos citar como exemplos de cacoépia:

- “guspe” em vez de cuspe.

- “adevogado” em vez de advogado.

- “estrupo” em vez de estupro.

- “cardeneta” em vez de caderneta.

- “peneu” em vez de pneu.

- “abóbra” em vez de abóbora.

- “prostar” em vez de prostrar.

A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer erro de prosódia é
transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona etc.

- “rúbrica” em vez de rubrica.

- “sútil” em vez de sutil.

- “côndor” em vez de condor.

***

A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente,


concebe-se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do
fenômeno relacionado com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando
pronunciadas, podendo ser em maior ou menor grau. Quando proferidas com mais
intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas de maneira mais sutil,
como átonas.

Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro


detalhe pertinente: o fato de ter havido algumas mudanças em decorrência da
implantação da Nova Reforma Ortográfica. Cabendo ressaltar, portanto, que os
referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes a esta. Para tanto,
analisemos cada caso a seguir.

Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:

Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba.

Exemplos: café, cipó, coração, armazém...

Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba.

Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...

Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.

Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...

 Monossílabos átonos e tônicos

Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba – ora caracterizados


como monossílabos – também são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De
modo a compreendermos como se efetiva tal ocorrência, analisemos:

Que lembrança darei ao país que me deu


tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti?

(Carlos Drummond de Andrade)

Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”,
“e” são átonos, visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra
subsequente. Já os monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser
dotados de autonomia fonética, caracterizando-se, portanto, como tônicos.

Regras fundamentais

 Monossílabos tônicos

Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:

-a(s): chá, pá...


-e(s): pé, ré,...
-o(s): dó, nó...
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados.

Observações:

Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o
acento.
Exemplos: réis, véu, dói.

No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural


termina em eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba

Ele vê - Eles veem


Ele crê – Eles creem
Ele lê – Eles leem

Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.

Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja


vista que a terceira pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:

Ele tem – Eles têm


Ela vem – Elas vêm

 Oxítonas:

Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.

Pará, café, carijó, armazém, parabéns

 Paroxítonas:

Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:

-l: amável, fácil, útil.


-r: caráter, câncer.
-n: hífen, próton.

Observação: Quando grafadas no plural, essas palavras não recebem acento.

Exemplos: polens, hifens.

-x: látex, tórax.


-ps: fórceps, bíceps.
-ã(s): ímã, órfãs.
-ão(s): órgão, bênçãos.
-um(s): fórum, álbum.
-on(s): elétron, nêutron.
-i(s): táxi, júri.
-u(s): Vênus, ônus.
-ei(s): pônei, jóquei.
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água,
mágoa.

Observações importantes:

a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são
mais acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:

Antes Depois
Coréia Coreia
plebéia plebeia
idéia ideia
Odisséia Odisseia
jibóia jiboia
asteróide asteroide
paranóia paranoia
heróico heroico

Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:

chapéu – herói - fiéis...

b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo,
formarem hiato.

Note:

Antes Depois
Sauípe Sauipe
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
boiúna boiuna

No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem


seguidos de “s” ou no final da palavra. Confira:

Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s).

O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de
ditongos:

saída – saúde – juíza – saúva – ruído.

As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das
letras “q” e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Antes Depois
apazigúe (verbo apaziguar) apazigue
argúi (verbo arguir) argui

Atenção:

- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos,
essas vogais serão acentuadas:
Exemplos:

eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í


tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.

- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:


Exemplos:

Eu averiguo, eu aguo.

Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos,
tais como:

Antes Depois
para = preposição/ pára = verbo parar para
pela = preposição/ péla = verbo pelar pela
pólo = substantivo/ polo = combinação antiga e popular de
polo
"por" e "lo"
pêlo = substantivo/ pelo = combinação da preposição com o
pelo
artigo
pêra = substantivo/ pera = preposição referente ao português
pera
arcaico

Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas


por:

pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)


pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder)

pôr=verbo
por = preposição

***

A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho",
que quer dizer correto, e "grafo", por sua vez, que significa escrita.

Ela se insere na Fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a Morfologia e a Sintaxe são as
partes que compõem a gramática.
Além de ser influenciada pela etimologia e fonologia das palavras, no que respeita à ortografia
existem convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia
oficial. Trata-se dos acordos ortográficos.

Regras de ortografia

Para auxiliar na ortografia das palavras que geram mais dúvidas - como palavras escritas com x
ou ch, com h, com s ou z, g ou j - vamos estudar algumas regras.

Uso do x e do ch

O x é utilizado nas seguintes situações:

 Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe.

 Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano.

 Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar.

 Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame.

Exceções:

1. A palavra "mecha" (porção de cabelo) escreve-se com ch.

2. O verbo "encher" escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele
derivem: enchente, encharcar, enchido.

Escreve-se com x Escreve-se com ch

bexiga bochecha

bruxa boliche

caxumba broche

elixir cachaça

faxina chuchu

graxa colcha

lagartixa fachada

mexerico mochila

xerife salsicha

xícara tocha

Uso do h
O h é utilizado nas seguintes situações:

 No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!

 Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.

 Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manha.

 Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.

Exceção: A palavra Bahia quando se refere ao estado é uma exceção. O acidente geográfico
"baía" é grafado sem h.

Uso do s e do z

O s é utilizado nas seguintes situações:

 Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam grande quantidade,
estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.

 Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa,
poetisa.

 Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa.

 Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram.

O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:

 Nos sufixos -ez / -eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza,
belo - beleza, grande - grandeza.

 No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar.

Escreve-se com s Escreve-se com z

alisar amizade

análise aprazível

atrás azar

através azia

aviso desprezo

gás giz

groselha prazer

invés rodízio
Escreve-se com s Escreve-se com z

jus talvez

uso verniz

Uso do g e do j

O g é utilizado nas seguintes situações:

 Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio,
relógio, refúgio.

 Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem.

O j, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações:

 Palavras com origem indígena: pajé, jerimum, canjica.

 Palavras com origem africana: jabá, jiló, jagunço.

Observações:

1. A conjugação do verbo viajar no Presente do Subjuntivo escreve-se com j: (Que)


eles/elas viajem.

2. Nos verbos que, no infinitivo, contenham g antes de e ou i, o g é substituído


para j antes do a ou do o, de forma a que seja mantido o mesmo som. Assim: afligir -
aflija, aflijo; eleger - elejam, elejo; agir - ajam, ajo.

3. A cidade Mogi das Cruzes escreve-se com g. A pessoa que nasce ou que vive é
chamada de "mogiano". No entanto, a palavra "mojiano" existe e, de acordo com o
dicionário Michaelis significa "Relativo ou pertencente à região que era servida pela
antiga Estrada de Ferro Mojiana (de São Paulo a Minas Gerais)."

Escreve-se com g Escreve-se com j

angélico anjinho

estrangeiro berinjela

gengibre cafajeste

geringonça gorjeta

gim jeito

gíria jiboia
Escreve-se com g Escreve-se com j

ligeiro jiló

sargento laje

tangerina sarjeta

tigela traje

Uso das letras k, w e y

A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos especiais: K, W e Y.

 Siglas e símbolos: kg (quilograma), km (quilômetro), K (potássio).

 Antropônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras:


Kelly, Darwin, darwinismo.

 Topônimos (e respectivas palavras derivadas) originários de línguas estrangeiras:


Kosovo, Kuwait, kuwaitiano.

 Palavras estrangeiras não adaptadas para o português: feedback, hardware, hobby.

Parônimos e Homônimos

Há diferentes formas de escrita que existem, ou seja, são aceitas, mas cujo significado é
diferente.

Assim, estamos diante de palavras parônimas quando as palavras são parecidas na grafia ou
na pronúncia, mas têm significados diferentes.

Exemplos:

cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado)

comprimento (tamanho) cumprimento (de cumprir ou cumprimentar)

descrição (descrever) discrição (de discreto)

descriminar (absolver) discriminar (distinguir)

emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país)

Por outro lado, podemos estar diante de palavras homônimas quando as palavras têm
a mesma pronúncia, mas significados diferentes.

Exemplos:

cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos)


cheque (meio de pagamento) xeque (do xadrez)

esperto (perspicaz) experto (experiente)

ruço (pardo claro) russo (da Rússia)

tachar (censurar) taxar (fixar taxa)

Palavras e expressões que oferecem dificuldades

Além das situações mencionadas acima e os casos de acentuação e pontuação, há uma série
de palavras e expressões que oferecem dificuldades. São exemplos: a baixo / abaixo, onde /
aonde, mas / mais, entre tantas outras.

1. Abaixo / a baixo

 Leia mais sobre esse assunto abaixo. (em posição inferior)

 Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de
cima" ou "de alto")

2. Onde / aonde

 Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento)

 Aonde deixaremos os livros? (sugere movimento)

3. Mas / mais

 Eu falo, mas ele nunca me ouve. (porém)

 Isto é o que mais gosto de fazer! (aumento de quantidade)

Para diminuir dificuldades com a ortografia, é preciso estar atento e se familiarizar com ela.
Isso é possível somente através da leitura, da prática e mediante a consulta de um bom
dicionário.

Exercícios de Ortografia

1. (Fuvest) "A _____ de uma guerra nuclear provoca uma grande _____ na humanidade e a
deixa _____ quanto ao futuro.". Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas
corretamente.

a) espectativa - tensão - exitante


b) espectativa - tenção - hesitante
c) expectativa - tensão - hesitante
e) espectativa - tenção - exitante

2. (UFRJ) Na série abaixo há um erro de ortografia no emprego do "z". Assinale-o:

a) algoz
b) traz (verbo)
c) assaz
d) aniz
e) giz
3. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

a) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar


b) alteza, empreza, francesa, miudeza
c) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
d) incenso, abcesso, obsessão, luchação
e) chineza, marquês, garrucha, meretriz

4. “Pedi para ele não me__er na cai__a que estava fe__ada”.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é

a) ch; x; x
b) x; ch; ch
c) x; x; x
d) ch, ch, ch
e) x, x, ch

5. Veja as frases abaixo.

I. __ tempos que não via a Morgana tão feliz.


II. Daqui __ dois anos irei para a Portugal.
III. Agora estamos vivendo em uma casa __ cinco minutos do metrô.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é

a) a; a; a
b) Há; há; há
c) a; há; a
d) há; a; a
e) a; há; há

6. “Depois de ficar parali__ado, esteve de repou__o a semana toda.”

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) s; s
b) s; z
c) z; s
d) z; z
e) n.d.a

Ver Resposta

7. Veja as frases abaixo.

I. Esperamos que eles via__em mais vezes.


II. Perdeu o reló__io na piscina.
III. Aquele arroz com __iló estava uma delícia.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) j; j; g
b) j; g; j
c) g; g; j
d) j; j; j
e) g; g; g

8. As palavras homônimas são aquelas que têm a mesma pronúncia, mas significados
diferentes. Todas as palavras destacadas estão escritas corretamente, exceto

a) O censo demográfico permite conhecer o número de habitantes de determinado lugar.


b) Tadeu era um dos mais espertos da turma.
c) Naquela tarde, levou a televisão para o concerto.
d) Pagou a faculdade com o cheque que sua mãe lhe deu.
e) Em pouco tempo, ascendeu-se a diretor da empresa

9. As palavras parônimas são aquelas que se assemelham na grafia e na pronúncia, entretanto,


diferem no sentido. A frase abaixo que utiliza corretamente o termo destacado é

a) O sujeito foi pego em fragrante.


b) Guardava todos os mantimentos na dispensa.
c) Sua discrição sobre o objeto foi excelente.
d) O ladrão foi aprendido naquela madrugada.
e) Alexandre sempre foi um cavalheiro.

10. A alternativa que contém um erro de ortografia é

a) Não sei aonde deixei minhas canetas.


b) Não gostava mais de caminhar pela cidade.
c) Estava se sentindo mal pela manhã.
d) A próxima sessão de cinema começa às 21h.
e) Se não chegar a tempo à aula de química, perderei a prova.

A morfologia é a área gramatical responsável pelo estudo da palavra. Os vocábulos


possuem uma estrutura, um processo de formação e estão divididos em 10 classes
gramaticais.

A morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras.


Morfologia é como chamamos a parte da gramática que se dedica ao estudo da palavra.
Assim, aponta a estrutura, a formação, as flexões e as classificações dos vocábulos de uma
língua, que são separados em classes: substantivo, adjetivo, pronome, artigo, conjunção,
interjeição, numeral, preposição, verbo e advérbio.

Resumo sobre morfologia

 A morfologia é a parte da gramática que estuda a estrutura e a formação das palavras.

 Existem as seguintes classes de palavras:

 substantivo;

 adjetivo;

 pronome;

 artigo;

 conjunção;

 interjeição;

 numeral;

 preposição;

 verbo;

 advérbio.

O que a morfologia estuda?

A morfologia é a parte da gramática que estuda a palavra, analisando:

 estrutura;

 formação;

 flexões;

 classificações.

Estrutura e formação de palavras

Um vocábulo é formado pelas seguintes partes ou elementos mórficos:

Estrutura das palavras — elementos mórficos

radical núcleo da palavra, no qual reside seu significado

vogal temática é acrescida ao radical para formar o tema

tema a palavra pronta para receber os afixos e as desinências

prefixo (colocado antes do radical) e


afixos
sufixo (colocado depois do radical)
elementos de ligação sem significado,
vogal de ligação e consoante de ligação
mas que facilitam a pronúncia

desinência indica número, gênero, pessoa, modo e tempo

A seguir, vamos exemplificar cada um desses elementos mórficos.

Exemplos:

Comecemos com a palavra:

 CARA

O radical dessa palavra é “car-”. Ao acrescentarmos a vogal temática “-a”, surge o tema, ou
seja, a palavra “cara”. Esse termo, com outros acréscimos, gera a palavra:

 DESCARADO

Os afixos dessa palavra são o prefixo “des-” e o sufixo “-ado”, que se juntam ao tema “-cara-”.

Agora, mudemos o radical para exemplificar a vogal e a consoante de ligação:

 PEZINHO

O radical “pe-” é acrescido do sufixo “-inho”, mas, para facilitar a pronúncia, a consoante de
ligação “-z-” é utilizada.

 INSETICIDA

O radical “inset-” recebe o sufixo “-cida”, enquanto o “-i-” é uma vogal de ligação.

Por fim, para exemplificar a desinência de um nome, tomemos as palavras:

 BONITO, BONITA, BONITOS, BONITAS

Nesse caso, o radical é “bonit-”. Já as desinências “-o” (masculino) e “-a” (feminino) indicam
gêneros; e o “-s”, o número, ou seja, o plural.

Já a pessoa, o modo e o tempo são indicados pela desinência verbal:

 PENSÁSSEMOS

Aqui temos o radical “pens-”, a vogal temática “-a-”, a desinência de


modo subjuntivo e o tempo passado “-sse-”, além da desinência de pessoa e número “-mos”.

→ Processos de formação de palavras

Depois de apontar esses aspectos estruturais, podemos falar dos dois principais processos de
formação de palavras:

 derivação;

 composição.

No processo de derivação, palavras já existentes recebem afixos, sofrem redução ou mesmo


assumem características de outra classe gramatical:

 Derivação prefixal (palavra primitiva recebe prefixo):


Exemplos: descrença, injusto, reconhecer etc.

 Derivação sufixal (palavra primitiva recebe sufixo):

Exemplos: vigoroso, calmamente, vidrinho (vidro + inho) etc.

 Derivação parassintética (prefixal e sufixal ao mesmo tempo):

Exemplos: esfriar (es + frio + ar), amanhecer (a + manhã + ecer) etc.

 Derivação regressiva (redução da palavra primitiva):

Exemplos: choro (vem de “chorar”), combate (vem de “combater”) etc.

 Derivação imprópria (mudança de classe gramatical):

Exemplos: um porém (substantivo derivado da conjunção “porém”), o saber (substantivo


derivado do verbo “saber”) etc.

Vamos ver agora os processos de composição, em que ocorre a união de dois ou mais radicais:

 Justaposição (os termos não sofrem alteração):

Exemplos: terça-feira, cor-de-rosa, mandachuva etc.

 Aglutinação (algum dos vocábulos sofre alteração):

Exemplos: planalto (plano + alto), pernilongo (perna + longo) etc.

Além do processo de derivação e composição, as palavras também podem se formar por meio
de:

 Abreviação vocabular (redução de palavra para agilizar a comunicação):

Exemplos: moto (de “motocicleta”), pneu (de “pneumático”), foto (de “fotografia”) etc.

 Onomatopeia (figura de linguagem caracterizada pela imitação de um som):

Exemplos: tique-taque, miar, cocoricó etc.

→ Videoaula sobre estrutura e formação de palavras

Classes de palavras

CLASSES DE PALAVRAS

1. Substantivo 6. Advérbio

2. Artigo 7. Conjunção

3. Adjetivo 8. Interjeição

4. Pronome 9. Numeral

5. Verbo 10. Preposição

→ Substantivo

Nomeia os seres e pode ser:


 comum: prédio, igualdade, duende etc.;

 próprio: Isaura, Inglaterra etc.;

 concreto: cadeira, lápis, fantasma etc.;

 abstrato: ambição, moral etc.;

 simples: porta, automóvel etc.;

 composto: beija-flor, ex-diretor etc.;

 primitivo: livro, peixe etc.;

 derivado: livraria, peixeiro etc.

→ Artigo

Acompanha o substantivo, de forma a indicar seu gênero e número, e pode ser:

 definido: o, os, a, as;

 indefinido: um, uns, uma, umas.

→ Adjetivo

Qualifica ou caracteriza o substantivo e pode ser:

 simples: lindo, maléfico, sueca etc.;

 composto: estado-unidense, cor-de-rosa etc.;

 primitivo: belo, livre etc.;

 derivado: francês, iniciante etc.

→ Pronome

Substitui ou acompanha o substantivo e pode ser:

 pessoal do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas;

 pessoal do caso oblíquo: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes, mim, comigo, ti,
contigo, si, consigo, conosco, convosco;

 possessivo: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso,
nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas;

 demonstrativo: este, esta, estes, estas, esse, essa, esses, essas, aquele, aqueles,
aquela, aquelas, isto, isso, aquilo;

 relativo: quem, que, onde, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas,
quanto, quantos, quanta, quantas;

 indefinido: algum, nenhum, todo, outro, certo, qualquer, alguém, ninguém, tudo,
nada, cada, algo etc.;

 interrogativo: que, quem, qual, quanto etc.;

 de tratamento: senhor, você, vossa alteza, vossa excelência etc.


→ Verbo

Aponta uma ação, um estado ou um fenômeno natural: correr, amar, supor, constituir, ser,
estar, permanecer, nevar, chover etc.

→ Advérbio

Indica uma circunstância e pode ser:

 de lugar: aqui, lá, longe etc.;

 de tempo: anteontem, cedo etc.;

 de modo: alegremente, sabiamente etc.;

 de negação: não, nem etc.;

 de dúvida: talvez, possivelmente etc.;

 de intensidade: pouco, bastante etc.;

 de afirmação: sim, certamente etc.

→ Conjunção

Tem a função de ligar termos ou orações e pode ser:

 conclusiva: portanto, logo, pois etc.;

 aditiva: e, nem etc.;

 adversativa: mas, contudo etc.;

 alternativa: ou, ora... ora, já... já etc.;

 explicativa: porque, porquanto etc.;

 causal: porque, que etc.;

 comparativa: como, qual etc.;

 concessiva: embora, conquanto etc.;

 condicional: se, caso etc.;

 conformativa: conforme, segundo etc.;

 consecutiva: de sorte que, de modo que etc.;

 final: para que, a fim de que etc.;

 proporcional: à medida que, ao passo que etc.;

 temporal: enquanto, assim que etc.;

 integrante: que, se.

→ Interjeição

De caráter invariável, expressa emoções e sentimentos:


 Oh!

 Ah!

 Atenção!

 Fora!

 Oba!

 Vamos!

 Bravo!

 Oi!

 Tomara!

 Ai!

 Psiu!

→ Numeral

Expressa um número e pode ser:

 cardinal: um, dois, três...

 ordinal: primeiro, segundo, terceiro...

 fracionário: meio, terço...

 multiplicativo: dobro, triplo...

→ Preposição

Estabelece uma relação entre as palavras de uma oração e pode ser:

 essencial: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás;

 acidental: conforme, consoante, segundo, durante, exceto, senão, como etc.

Função sintática é o papel que cada um dos termos da oração desempenha em


relação aos outros. Em sintaxe, os termos da oração podem ser essenciais, integrantes ou
acessórios, de acordo com a sua função.

Dessa forma, as funções sintáticas são as seguintes.

 Essenciais: sujeito e predicado.

 Integrantes: complemento verbal, complemento nominal e agente da passiva.

 Acessórios: adjunto adverbial, adjunto adnominal e aposto.

Exemplo 1: No Brasil, nosso amado país, alunos e professores protestam contra a falta de
condições educacionais.
 Sujeito: alunos e professores

 Predicado: protestam contra a falta de condições educacionais

 Complemento verbal (objeto indireto): contra a falta

 Complemento nominal: de condições

 Adjunto adverbial: no Brasil

 Adjunto adnominal: educacionais

 Aposto: nosso amado país

Exemplo 2: Nosso amado país, o Brasil, protesta contra a falta de pessoal docente.

 Sujeito: Nosso amado país.

 Predicado: protesta contra a falta de pessoal docente.

 Aposto: o Brasil.

 Complemento verbal (objeto indireto): contra a falta.

 Complemento nominal: de pessoal.

 Adjunto adnominal: docente.

Repare que no exemplo 1 “nosso amado país” desempenha a função de aposto, porque amplia
o termo “Brasil”, mas no exemplo 2, “nosso amado país” desempenha a função de sujeito,
porque é o termo sobre o qual se fala.

Sujeito

O sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala.

Exemplo: O médico recomendou descanso.

Predicado

O predicado é informação referente ao sujeito.

Exemplo: O grupo decidiu participar na São Silvestre.

Complementos verbais

O complemento verbal completa o sentido dos verbos.

Exemplo: Ofereceram presentes às crianças.

Complemento nominal

O complemento nominal completa o sentido dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios)


constantes na oração.

Exemplo: Tenho medo da sua reação.

Agente da passiva

O agente da passiva indica o praticante da ação na voz verbal passiva.


Exemplo: Foi subornado pelo candidato.

Adjunto adverbial

O adjunto adverbial modifica o verbo indicando circunstâncias de causa, intensidade, lugar,


modo.

Exemplo: Os atletas se esforçaram muito.

Adjunto adnominal

O adjunto adnominal caracteriza ou determina um substantivo.

Exemplo: A bonita obra ficou esquecida no museu.

Aposto

O aposto explica um nome a que se refere.

Exemplo: Campos de Jordão, a Suíça brasileira, é um dos principais destinos turísticos do


Brasil.

Exercícios de função sintática

1. (Mackenzie-2004) Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito;
prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
gozemos do prazer de sãos amores (...)
(...) aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças
e ao semblante a graça.

(Tomás Antônio Gonzaga)

No poema, roubar exigiu objeto direto e indireto. Assinale a alternativa que contém verbo
empregado do mesmo modo.

a) Ele insistiu comigo sobre a questão da assinatura da revista.


b) Emendou as peças para formar o desenho de uma casa.
c) Encontrou ao fim do dia o endereço desejado.
d) Eles alinharam aos trancos a ferragem da bicicleta.
e) Só ontem avisou-me de sua viagem.

2. (FGV-2003) Assinale a alternativa em que o pronome você exerça a função de sujeito do


verbo destacado.

a) Cabe a você alcançar aquela peça do maleiro.


b) Não enchas o balão de ar, pois ele pode ser levado pelo vento.
c) Ao chegar, vi você perambulando pelo shopping center da Mooca.
d) Ei, você, posso entrar por esta rua?
e) Na Estação Trianon-Masp desceu a Angelina; na Consolação, desceu você.

3. (Mackenzie-2002) Cuido haver dito, no capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo
Xavier. Não morria, vivia. Viver não é a mesma coisa que morrer; assim o afirmam todos os
joalheiros deste mundo, gente muito vista na gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se
não fossem os vossos dixes* e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos
corações. (…) O que eu quero dizer é que a mais bela testa do mundo não fica menos bela, se a
cingir um diadema de pedras finas; nem menos bela, nem menos amada. Marcela, por
exemplo, que era bem bonita, Marcela amou-me (…) durante quinze meses e onze contos de
réis; nada menos.

* Dixes: joias, enfeites

Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas

Assinale a alternativa correta sobre o texto.

a) Em morria de amores pelo Xavier, de amores tem a função de adjunto adverbial de


intensidade.
b) Em assim o afirmam todos os joalheiros, o pronome oblíquo o retoma o período Não
morria, vivia.
c) Em assim o afirmam todos os joalheiros, joalheiros é complemento do verbo afirmar.
d) O narrador surpreende o leitor ao utilizar o aposto gente muito vista na gramática para
caracterizar joalheiros.
e) Ao dizer Não morria, vivia, o narrador, através de uma antítese, confirma que Marcela
padecia de amores por Xavier.

4. (UEL-1994) Relativamente "a esse assunto", tenho muito que dizer. A expressão entre aspas
na frase anterior classifica-se, sintaticamente, como:

a) objeto indireto.
b) adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal.
d) objeto direto preposicionado.
e) complemento nominal.

5. (FGV-2004) Assinale a alternativa em que a oração destacada funciona como sujeito do


verbo da oração principal.

a) Não queria que José fizesse nenhum mal ao garoto.


b) Não interessa se o trem solta fumaça ou não.
c) As principais ações dependiam de que os componentes do grupo tomassem a iniciativa.
d) Era uma vez um sapo que não comia moscas.
e) Nossas esperanças eram que a viatura pudesse voltar a tempo de sair atrás do bandido.

Período Composto
O período composto é formado por mais do que uma oração. Isso quer dizer que ele precisa
ter dois ou mais verbos, porque o número de orações é igual ao número de verbos presentes
num enunciado.

O período composto pode ser classificado em:

 período composto por coordenação

 período composto por subordinação

 período composto por coordenação e subordinação


Período composto por coordenação
No período composto por coordenação, a oração não exerce função sintática com relação a
outras orações, ou seja, ela é independente ou absoluta.

Exemplos:

 Acordei/, tomei café/ e apanhei o ônibus.

 Viu o filme,/ mas não compreendeu o enredo.

 As pessoas fizeram uma fila enorme na rua,/ porque a loja demorou para abrir as
portas.

Orações coordenadas sindéticas e assindéticas


As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, mediante o uso ou não de
conjunção. As orações coordenadas sindéticas têm conjunção e as orações coordenadas
assindéticas não têm conjunção.

Exemplos:

 Acordei/, tomei café/ e apanhei o ônibus. (duas orações coordenadas assindéticas e


uma oração coordenada sindética “e apanhei o ônibus.”)

 Viu o filme/ mas não compreendeu o enredo. (uma oração coordenada assindética e
uma oração coordenada sindética “mas não compreendeu o enredo.”)

 Fale agora, ou cale-se para sempre. (uma oração coordenada assindética e uma oração
coordenada sindética “ou cale-se para sempre.”)

As orações coordenadas sindéticas, que são as que têm conjunção, são classificadas em cinco
tipos:

1. ADITIVAS, quando exprimem ideia de soma. Exemplo: Faço natação e judô.

2. ADVERSATIVAS, quando exprimem ideia de adversidade, contrariedade. Exemplo: Vou


ao casamento, todavia não posso ficar para a festa.

3. ALTERNATIVAS, quando exprimem ideia de alternância, escolha. Exemplo: Vamos ao


cinema hoje, quer você queira quer não.

4. CONCLUSIVAS, quando exprimem ideia de conclusão. Exemplo: Está


chovendo, portanto, não vamos ao parque.

5. EXPLICATIVAS, quando exprimem ideia de explicação, justificação. Exemplo: Estou


atrasado, na verdade, adormeci.

Período composto por subordinação


No período composto por subordinação, a oração exerce função sintática com relação a outras
orações, uma vez que se relacionam entre si.

Exemplos:

 Não entendi/ o que você quis dizer com isso.


 Vou sair/ para esquecer o acontecimento.

 Todos querem/ que você apresente o trabalho.

Há três tipos de orações subordinadas:

1. Orações subordinadas substantivas

2. Orações subordinadas adjetivas

3. Orações subordinadas adverbiais

1. Orações subordinadas substantivas


As orações subordinadas substantivas exercem função de substantivo, por exemplo: É
urgente/ que você ligue para a escola.

De acordo com a função que elas desempenham, podem ser classificadas em:

 Oração subordinada substantiva subjetiva

 Oração subordinada substantiva predicativa

 Oração subordinada substantiva completiva nominal

 Oração subordinada substantiva objetiva direta

 Oração subordinada substantiva objetiva indireta

 Oração subordinada substantiva apositiva

2. Orações subordinadas adjetivas


As orações subordinadas adjetivas exercem função de adjetivo, por exemplo: As matérias/ que
são mais difíceis/ exigem mais de nós.

As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas ou restritivas.

3. Orações subordinadas adverbiais


As orações subordinadas adverbiais exercem função de advérbio, por exemplo: Enquanto um
burro fala,/ o outro abaixa a orelha.

Período composto por coordenação e por subordinação


O período composto por coordenação e por subordinação é formado por uma oração
principal, por uma ou mais orações subordinadas e por uma ou mais orações coordenadas.

Somente existe oração principal em relação à oração subordinada, nunca em relação à oração
coordenada.

Exemplo 1:

Espero/ que você não se atrase/ e me ajude com o jantar.

 Oração principal: Espero

 Oração subordinada: que você não se atrase


 Oração coordenada: e me ajude com o jantar.

Exemplo 2:

Vamos esconder-nos/ quando ele chegar/ e cantar parabéns.

 Oração principal: Vamos esconder-nos

 Oração subordinada: quando ele chegar

 Oração coordenada: e cantar parabéns.

Exercícios de período composto

1. (UFAL) Qual o período em que a vírgula está separando uma oração com ideia de
explicação?

a) “Não se preocupe, que breve estarei de volta.”


b) “Não poderei comparecer; portanto, não contem com a minha presença.”
c) “O animal tinha descido com o senhor, ou tinha ficado na ribanceira.”
d) “Encontrei a gaveta trancada; logo, não pude pegar os documentos.”
e) “Já estamos sem dinheiro; devemos, pois, retornar logo.”

2. (FCMSC-SP) Por definição, oração coordenada que seja desprovida de conectivo é


denominada assindética. Observando os períodos seguintes:

I. Não caía um galho, não balançava uma folha.


II. O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.
III. O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a prova. Acabara o exame.

Nota-se que existe apenas coordenação assindética em:

a) I apenas
b) II apenas
c) III apenas
d) I e III
e) Nenhum deles.

3. (Fuvest) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma
freguesia distante, dobrando a finados.”, a segunda oração é:

a) subordinada adverbial causal


b) subordinada adverbial consecutiva
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial comparativa
e) subordinada adverbial subjetiva

Orações coordenadas e subordinadas


No português, as orações coordenadas e subordinadas são tipos de orações em que existem
(ou não) relações sintáticas.
Vale lembrar que a sintaxe é a parte da gramática que estuda a função das palavras nas
orações.

Nas orações coordenadas, por exemplo, não há relação sintática entre elas e, por isso, são
orações independentes.

Já as orações subordinadas recebem esse nome pois uma está subordinada à outra. Desse
modo, elas dependem umas das outras para ter sentido completo e, portanto, possuem uma
relação sintática.

Confira abaixo, as explicações sobre cada uma delas, as classificações das orações e muitos
exemplos de orações coordenadas e subordinadas.

O que são orações coordenadas?

As orações coordenadas são orações independentes que já possuem sozinhas um significado


completo. Dessa forma, não existe uma relação sintática entre elas.

Tipos de orações coordenadas


Esse tipo de oração é classificada de duas maneiras: as orações coordenadas sindéticas e
assindéticas.

Oração coordenada sindética


Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que conecta as palavras
ou termos das frases e, dependendo da conjunção utilizada, elas pode ser de cinco tipos:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

1. Oração coordenada sindética aditiva

As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas em que o uso das conjunções (ou
locuções conjuntivas) transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e, nem, não só,
mas também, mas ainda, como, assim, etc.

Exemplos:

Fomos para a escola e fizemos o exame final.

 Oração 1: Fomos para a escola

 Oração 2: fizemos o exame final

Joelma adora pescar, mas também gosta muito de navegar.

 Oração 1: Joelma adora pescar

 Oração 2: gosta muito de navegar

Com os exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona informações ao que
foi dito anteriormente. Além disso, é importante perceber que as orações acima, quando
separadas, são independentes, uma vez que possuem um sentido completo.

2. Oração coordenada sindética adversativa


As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem, por meio das
conjunções utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As conjunções adversativas são:
e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.

Exemplos:

Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.

 Oração 1: Pedro Henrique estuda muito

 Oração 2: não passa no vestibular

Daiana combinou com os amigos de ir à festa, no entanto, estava chovendo muito naquela
noite.

 Oração 1: Daiana combinou com os amigos de ir à festa

 Oração 2: estava chovendo muito naquela noite

Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de oposição ao que
foi dito anteriormente. Além disso, as frases são independentes, uma vez que, se separadas,
possuem um sentido completo.

3. Oração coordenada sindética alternativa

Nas orações coordenadas sindéticas alternativas, as conjunções enfatizam uma escolha dentre
as opções existentes. As conjunções alternativas utilizadas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…
quer; seja…seja, etc.

Exemplos:

Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.

 Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer

 Oração 2: ora quer comer pizza

Faça o que sua mãe manda ou ficará de castigo o resto do dia.

 Oração 1: Faça o que sua mãe manda

 Oração 2: ficará de castigo o resto do dia

Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções utilizadas indicam


opções e, por isso, são chamadas de alternativas.

4. Oração coordenada sindética conclusiva

As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam conclusões e, por isso, fazem uso
das conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim, portanto, por fim, por conseguinte,
pois, então, consequentemente, etc.

Exemplos:

Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.

 Oração 1: Não gostamos do restaurante

 Oração 2: não iremos mais lá


Alice não realizou a prova, assim fará a substitutiva no final do ano.

 Oração 1: Alice não realizou a prova

 Oração 2: fará a substitutiva no final do ano

Nos exemplos, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que transmitem a ideia de
conclusão sobre algo que foi mencionado na oração principal.

5. Oração coordenada sindética explicativa

Nas orações coordenadas sindéticas explicativas, as conjunções ou locuções que ligam as


orações expressam uma explicação. São elas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que,
pois, etc.

Exemplos:

Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.

 Oração 1: Marina não queria falar

 Oração 2: ela estava de mau humor

Pedro não foi ao jogo de futebol porque estava cansado.

 Oração 1: Pedro não foi ao jogo de futebol

 Oração 2: estava cansado

Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações independentes
se unem com o intuito de explicar sobre o que foi dito anteriormente.

Oração coordenada assindética

Diferente das orações coordenadas sindéticas, as orações coordenadas assindéticas não


exigem conjunções que conectam os termos ou palavras da frase.

Exemplos:

 Lena estava triste, cansada, decepcionada.

 Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos

Nos exemplos acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva) que liga as
orações e, portanto, temos orações coordenadas assindéticas.

O que são orações subordinadas?

As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações dependentes. Assim,


quando separadas, não possuem um sentido completo e, por isso, recebem esse nome, de
forma que uma está subordinada à outra.

Tipos de orações subordinadas

As orações subordinadas são classificadas de três maneiras: substantivas, adjetivas e


adverbiais. Isso irá depender da relação sintática estabelecida.

Orações Subordinadas Substantivas


As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem a função de substantivo. Vale
lembrar que o substantivo é uma das classes de palavras que nomeia os seres, objetos,
fenômenos, etc.

Esse tipo de oração pode se apresentar de duas maneiras: orações desenvolvidas ou orações
reduzidas.

Nas orações desenvolvidas, as conjunções integrantes “que” e “se” estão no início das
orações, e podem acompanhar pronomes, conjunções ou locuções conjuntivas.

Já as orações reduzidas não apresentam uma conjunção integrante, e surgem com o verbo no
infinitivo, no particípio ou no gerúndio.

Dito isso, as orações desenvolvidas podem desempenhar o papel de sujeito, predicado,


complemento nominal, objeto direto, objeto indireto e aposto, sendo classificadas em seis
tipos: subjetiva, predicativa, completiva nominal, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva.

1. Oração subordinada substantiva subjetiva

As orações subordinadas substantivas subjetivas exercem a função de sujeito da oração


principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala.

Exemplos:

É importante que você beba água.

 Oração principal: É importante

 Oração subordinada: que você beba água

É possível que Paloma saia outra vez.

 Oração principal: É possível

 Oração subordinada: que Paloma saia outra vez

Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de completar
o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.

2. Oração subordinada substantiva predicativa

As orações subordinadas substantivas predicativas exercem a função de predicativo do


sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo de ligação (ser, estar, parecer,
permanecer, continuar, ficar, etc.).

Vale lembrar que o predicativo do sujeito é o termo que tem a função de atribuir uma
qualidade ao sujeito.

Exemplos:

Meu medo é que ela não vença o campeonato.

 Oração principal: Meu medo é

 Oração subordinada: que ela não vença o campeonato

Nosso desejo é que ele passe nos exames finais.


 Oração principal: Nosso desejo é

 Oração subordinada: que ele passe nos exames finais

Nos exemplos, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-se o sujeito da
oração.

3. Oração subordinada substantiva completiva nominal

As orações subordinadas substantivas completivas nominais exercem a função


de complemento nominal do verbo da oração principal, completando o sentido do nome da
oração principal. Esse tipo de oração sempre é iniciada com uma preposição.

Note que o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou


advérbio).

Exemplos:

Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.

 Oração principal: Tenho esperança

 Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize

Tínhamos certeza de que ela passaria na prova.

 Oração principal: Tínhamos certeza

 Oração subordinada: de que ela passaria na prova

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completivas sempre começam com uma
preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal:
esperança; certeza.

4. Oração subordinada substantiva objetiva direta

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do


verbo da oração principal e, por isso, o complemento não vem acompanhado de preposição.

Vale destacar que o objeto direto é um complemento verbal que completa o sentido dos
verbos transitivos das orações.

Exemplos:

Desejo que todos tenham um bom dia.

 Oração principal: Desejo

 Oração subordinada: que todos tenham um bom dia

Espero que você passe no concurso.

 Oração principal: Espero

 Oração subordinada: que você passe no concurso

Nos exemplos acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o valor
de objeto direto da oração principal.
Assim, elas completam o sentido do verbo transitivo, visto que sozinho ele não fornece a
informação completa. Exemplo: quem deseja, deseja algo; quem espera, espera algo.

5. Oração subordinada substantiva objetiva indireta

As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem a função de objeto


indireto do verbo da oração principal, complementando-o.

Vale lembrar que o objeto indireto tem a função de completar o sentido do verbo transitivo na
oração. Assim, nesse tipo de oração, a conjunção subordinativa integrante é sempre precedida
de uma preposição (que ou se).

Exemplos:

Necessito de que você preencha o formulário novamente.

 Oração principal: Necessito

 Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente

Gostaria de que todas as pessoas se conscientizassem.

 Oração principal: Gostaria

 Oração subordinada: de que todas as pessoas se conscientizassem

Nos exemplos acima, as orações subordinadas completam o sentido dos verbos transitivos da
oração principal, pois sozinhos eles não possuem um sentido completo (quem necessita,
necessita de algo; quem gosta, gosta de algo ou de alguém). Além disso, podemos notar que
antes das conjunções (que) temos as preposições (de).

6. Oração subordinada substantiva apositiva

As orações subordinadas substantivas apositivas exercem a função de aposto de qualquer


termo presente na oração principal. Nesse caso, a oração principal pode terminar com dois
pontos, ponto e vírgula ou vírgula.

Vale lembrar que o aposto é um termo que tem como função exemplificar ou especificar outro
já mencionado anteriormente na oração.

Exemplos:

Meu único desejo: vencer as olimpíadas.

 Oração principal: Meu único desejo

 Oração subordinada: vencer as olimpíadas

Só lhe peço isso: que nos ajude.

 Oração principal: Só lhe peço isso

 Oração subordinada: que nos ajude

Nos exemplos acima, as frases subordinadas têm a função de aposto, visto que especificam
melhor algo mencionado na oração principal.

Orações Subordinadas Adjetivas


As orações subordinadas adjetivas são aquelas que funcionam como adjunto adnominal, as
quais possuem a mesma função do adjetivo e, por isso, recebem esse nome.

Essas orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Nas orações desenvolvidas, os verbos
aparecem nos modos indicativo e subjuntivo e sempre iniciam-se com um pronome relativo
(que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.), os quais exercem a função de adjunto adnominal
do termo antecedente.

Já nas orações reduzidas, os verbos aparecem no infinitivo, gerúndio ou particípio e não


começam com um pronome relativo.

Dito isso, as oração subordinadas adjetivas desenvolvidas são classificadas em dois tipos:
explicativa e restritiva.

1. Oração subordinada adjetiva explicativa

As orações subordinadas adjetivas explicativas, recebem esse nome pois tem o intuito
de explicar algo que foi dito anteriormente. Esse tipo de oração subordinada é separada por
algum sinal de pontuação, geralmente vírgulas.

Exemplos:

Os livros de José de Alencar, que foram indicados pela professora, são muito bons.

 Oração principal: Os livros de José de Alencar são muito bons

 Oração subordinada: que foram indicados pela professora

O sistema de aprendizado, que foi desenvolvido pela escola, surpreendeu todos.

 Oração principal: O sistema de aprendizado surpreendeu todos

 Oração subordinada: que foi desenvolvido pela escola

Nos exemplos acima, as orações subordinadas adjetivas explicativas aparecem entre vírgulas,
adicionando um comentário extra sobre o antecedente da oração principal.

Note que, nesses casos, as orações subordinadas aproximam-se de um aposto explicativo e


podem ser retiradas sem que isso afete o significado da outra.

2. Oração subordinada adjetiva restritiva

As orações subordinadas adjetivas restritivas, ao contrário das explicativas, que ampliam a


explicação sobre algo, restringem, especificam ou particularizam o termo antecedente. Aqui,
elas não são separadas por sinais de pontuação.

Exemplos:

Os estudantes que não leem costumam ter mais dificuldades para escrever um texto.

 Oração principal: Os estudantes costumam ter mais dificuldades para escrever um


texto

 Oração subordinada: que não leem

As pessoas que fazem exercícios todos os dias tendem a viver mais.

 Oração principal: As pessoas tendem a viver mais


 Oração subordinada: que fazem exercícios todos os dias

A partir dos exemplos acima, nota-se que, diferente das orações adjetivas explicativas, se as
orações subordinadas foram removidas, afetarão o significado da oração principal.

Outra coisa a se destacar é que essas não apresentam vírgulas e restringem o termo
antecedente, em vez de explicá-los.

Orações Subordinadas Adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de


advérbio funcionando como adjunto adverbial.

As orações desse tipo são iniciadas por uma conjunção ou locução subordinativa, as quais têm
a função de conectar as orações (principal e subordinada).

Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais, comparativas,
concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais.

1. Oração subordinada adverbial causal

As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que a oração


principal faz referência. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são:
porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já que, desde que, etc.

Exemplos:

Não fomos à praia já que estava chovendo muito.

 Oração principal: Não fomos à praia

 Oração subordinada: já que estava chovendo muito

Não vou estudar hoje porque estou com dor de cabeça.

 Oração principal: Não vou estudar hoje

 Oração subordinada: porque estou com dor de cabeça

As orações subordinadas exemplificadas acima, destacam o motivo que a oração principal faz
referência. As conjunções integrantes que expressam isso são: "já que" e "porque".

2. Oração subordinada adverbial comparativa

As orações subordinadas adverbiais comparativas expressam comparação entre as orações


principal e subordinada.

As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como,
tanto como, tanto quanto, como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais), etc.

Exemplos:

Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.

 Oração principal: Minha mãe está muito nervosa

 Oração subordinada: como eu estava antes


Ela não estudou para a prova o tanto quanto deveria.

 Oração principal: Ela não estudou para a prova

 Oração subordinada: o tanto quanto deveria

Nos exemplos acima, as orações subordinadas fazem uma comparação utilizando as


conjunções integrantes: "como" e "tanto quanto".

3. Oração subordinada adverbial concessiva

As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou permissão em


relação à oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia contrária ou oposta.

As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas nessas orações são: embora,


conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, em
que pese, etc.

Exemplos:

Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.

 Oração principal: vou lhe fazer o jantar

 Oração subordinada: Embora não queira

Mesmo que goste da sandália, não vou comprar.

 Oração principal: não vou comprar

 Oração subordinada: Mesmo que goste da sandália

Acima, podemos ver que a conjunção "embora" e a locução concessiva "mesmo que"
presentes nas orações subordinadas expressam uma ideia oposta em relação às orações
principais.

4. Oração subordinada adverbial condicional

As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As conjunções ou


locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que, etc.

Exemplos:

Se estiver chovendo, não iremos ao evento.

 Oração principal: não iremos ao evento

 Oração subordinada: Se estiver chovendo

Caso ele não esteja na escola, irei visitá-lo.

 Oração principal: irei visitá-lo

 Oração subordinada: Caso ele não esteja na escola

As orações subordinadas dos exemplos acima, exprimem uma condição por meio do uso das
conjunções integrantes utilizadas: "se" e "caso".
5. Oração subordinada adverbial conformativa

As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam conformidade em relação ao


que foi expresso na oração principal. As conjunções integrantes adverbiais utilizadas são:
conforme, segundo, como, consoante, de acordo, etc.

Exemplos:

Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser respeitada.

 Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada

 Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo

Farei a massa do pão consoante os ensinamentos da minha mãe.

 Oração principal: Farei a receita de pão

 Oração subordinada: consoante os ensinamentos da minha mãe

Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam conformidade sobre a


oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e "consoante".

6. Oração subordinada adverbial consecutiva

As orações subordinadas adverbiais consecutivas expressam consequência. As locuções


conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: de modo que, de sorte que, sem que, de
forma que, de jeito que, etc.

Exemplos:

A palestra foi ruim, de forma que não entendemos nada.

 Oração principal: A palestra foi ruim

 Oração subordinada: de forma que não entendemos nada

Nunca abandonou seus sonhos, de sorte que acabou concretizando-os.

 Oração principal: Nunca abandonou seus sonhos

 Oração subordinada: de sorte que acabou concretizando-os

Em ambos os exemplos, as orações subordinadas exprimem as consequências expressas na


orações principais. Para isso, as locuções conjuntivas utilizadas foram: "de modo que", "de
sorte que".

7. Oração subordinada adverbial final

As orações subordinadas adverbiais finais expressam finalidade. As conjunções e locuções


integrantes adverbiais utilizadas nesse caso são: a fim de que, para que, que, porque, etc.

Exemplos:

Nós estamos na faculdade para que possamos aprender mais.

 Oração principal: Nós estamos na faculdade

 Oração subordinada: para que possamos aprender mais


O atleta treinou dias a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final.

 Oração principal: O atleta treinou dias

 Oração subordinada: a fim de que atingisse a melhor pontuação na prova final

As orações subordinadas acima, utilizaram as locuções conjuntivas ("para que" e "a fim de
que") com o intuito de indicar a finalidade de algo que foi mencionado na oração principal.

8. Oração subordinada adverbial temporal

As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância de tempo. As


conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto, quando, desde que,
sempre que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo que, etc.

Exemplos:

Você ficará famoso quando publicar seu livro.

 Oração principal: Você ficará famoso

 Oração subordinada: quando publicar seu livro

Eu ficarei mais feliz assim que souber a nota final do exame.

 Oração principal: Eu ficarei mais feliz

 Oração subordinada: assim que souber a nota final do exame

Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as orações


subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais.

9. Oração subordinada adverbial proporcional

As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam proporcionalidade. As locuções


conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: à proporção que, à medida que, ao passo
que, tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc.

Exemplos:

A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.

 Oração principal: A chuva piorava

 Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto

Quanto mais se esforçava no treino, mais feliz ficava.

 Oração principal: mais feliz ficava

 Oração subordinada: Quanto mais se esforçava no treino

As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto mais") enfatizam
a proporção expressa na oração principal.

**
Concordância Verbal e Nominal
Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.

A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos, enquanto


a concordância nominal garante que os substantivos concordem com adjetivos, artigos,
numerais e pronomes.

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos) estamos
fazendo a concordância verbal.

Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o adjetivo
(complicados) estamos fazendo concordância nominal.

Regras de concordância verbal

Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de número e pessoa


entre verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.

1. Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.
Exemplos:

 Maria e José conversaram até de madrugada.

 Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como
pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:

 Discursaram diretor e professores.

 Discursou diretor e professores.

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:

 Nós, vós e eles vamos à festa.

 Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal

Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de gênero e número


entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Vejamos algumas regras.

1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo


Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:

 A língua francesa e a italiana são encantadoras.

 A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:

 As línguas francesa e italiana são encantadoras.

 As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo. Exemplos:

 Linda filha e bebê.

 Querido filho e filha.

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais
próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:

 Pronúncia e vocabulário perfeito.

 Vocabulário e pronúncia perfeita.

 Pronúncia e vocabulário perfeitos.

 Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Exercícios de concordância verbal e nominal

1. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:

I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.


II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.

a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II

2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a
norma culta:

a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.


b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

3. (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:

a) Os fatos falam por si sós.


b) A casa estava meio desleixada.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro.
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.

Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que se seguem a eles e completam o seu sentido.

Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos


adverbiais são os termos regidos.

Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos e
suas respectivas explicações:

Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em (morar
em algum lugar).

No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição
(implicar algo, e não implicar em algo).
No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo indireto.

Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta.

Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns, conforme o
seu significado, podem ter mais do que uma forma de regência.

1. Assistir

a) com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao filme?

b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais velhas.

c) com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de indenização.

No último quadrinho Calvin fala corretamente "assistir ao vídeo"

2. Chegar

O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.

Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.

3. Custar

a) com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao filho.

b) com o sentido de valor não exige preposição:

Aquela casa custou caro.

4. Obedecer

O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:


Obedeça ao pai!

Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o pai!

5. Proceder

a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua desconfiança não procede.

b) com o sentido de origem exige preposição:

Essa sua desconfiança procede de situações passadas.

6. Visar

a) com o sentido de objetivo exige preposição:

Visamos ao sucesso.

Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.

b) com o sentido de mirar não exige preposição:

O policial visou o bandido à distância.

7. Esquecer

O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:

Esqueci o meu material.

No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.

8. Querer

a) com o sentido de desejar não exige preposição:

Quero ficar aqui.

b) com o sentido de estimar exige preposição:

Queria muito aos seus amigos.

9. Aspirar

a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:

Aspirou todo o escritório.

b) com o sentido de pretender exige preposição:

Aspirou ao cargo de ministro.

10. Informar

O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:
Informei o acontecimento aos professores.

11. Ir

O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à biblioteca.

12. Implicar

a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige
preposição:

O seu pedido implicará um novo orçamento.

b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:

Implica com tudo!

13. Morar

O verbo morar é regido pela preposição “em”:

Mora no fim da rua.

14. Namorar

O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de


preposição:

Namorou Maria durante anos.

"Namorou com Maria durante anos." não é gramaticalmente aceito.

15. Preferir

O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:

Prefiro carne a peixe.

16. Simpatizar

O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":

Simpatiza com os mais velhinhos.

17. Chamar

a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:

Chama o Pedro!

b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:

Chamou ao João de Mauricinho.

Chamou João de Mauricinho.

Chamou ao João Mauricinho.

Chamou João Mauricinho.


18. Pagar

a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:

Paga o sorvete?

b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:

Paga o sorvete ao dono do bar.

Regência Nominal

Há também a regência nominal, que é a relação entre nomes e seus complementos. Essa
relação é estabelecida através de preposições.

Exemplos:

 O bacharel em Direito pode ser defensor público. (e não “O bacharel de Direito pode
ser defensor público.”)

 Tenho horror às baratas. (e não “Tenho horror de baratas.”)

 Essa máquina é compatível com a que temos. (e não “Essa máquina é compatível a
que temos”.)
Exercícios

1. (UPM-SP) A regência verbal está errada em:

a) Esqueceu-se do endereço.
b) Não simpatizei com ele.
c) O filme a que assistimos foi ótimo.
d) Faltou-me completar aquela página.
e) Aspiro um alto cargo político.

2. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as respostas corretas.

I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma
família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.

a) II, III, IV
b) I, II, III
c) I, III, IV
d) I, III
e) I, II

3. (Fuvest) Indique a alternativa correta:

a) Preferia brincar do que trabalhar.


b) Preferia mais brincar a trabalhar.
c) Preferia brincar a trabalhar.
d) Preferia brincar à trabalhar.
e) Preferia mais brincar que trabalhar.
4. (Fuvest) Assinale a alternativa gramaticalmente correta:

a) Não tenho dúvidas que ele vencerá.


b) O escravo ama e obedece a seu senhor.
c) Prefiro estudar de que trabalhar.
d) O livro que te referes é célebre.
e) Se lhe disseram que não o respeito, enganaram-no.

*****

Regência Nominal
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se
com seus complementos.

Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição.


Portanto, é justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante
na regência nominal.

Exemplos

Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal:

Exemplo de regência de alguns nomes:

Amor

 Tenha “amor a” seus livros.

 Meu “amor pelos” animais me conforta.

 Cultivemos o “amor da” família.

 O amor “para com” a Pátria.

Ansioso

 Olhos “ansiosos de” novas paisagens.

 Estava “ansioso por” vê-la.

 Estou “ansioso para” ler o livro.

Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas preposições:

Acessível a

Exemplo: Isto é acessível a todos.

Acostumado a, com

Exemplos:

 Estou acostumado a comer pouco.

 Estamos acostumados com as novas ferramentas.

Afável com, para com


Exemplos:

 Ele é afável com sua filha.

 O professor tem sido afável para com seus alunos.

Agradável a

Exemplo: Sou agradável a ti.

Alheio a, de

Exemplos:

 Ele vive alheio a tudo.

 João está alheio de carinho fraternal.

Apto a, para

Exemplos:

 Estou apto a trabalhar.

 Joana está apta para desenvolver suas funções.

Aversão a, por

Exemplos:

 Ele tem aversão a pessoas.

 Paula tem aversão por itens supérfluos.

Benefício a

Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.

Capacidade de, para

Exemplos:

 Laura tem excepcional capacidade de comunicação.

 Joaquim tem capacidade para o trabalho.

Capaz de, para

Exemplos:

 Ele é capaz de tudo.

 A empresa é capaz para trabalhar com projetos.

Compatível com

Exemplo: Seu computador é compatível com este.

Contrário a

Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.


Curioso de, por

Exemplos:

 Luís é curioso de tudo.

 Vitória é curiosa por natureza

Descontente com

Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.

Essencial para

Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.

Fanático por

Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.

Imune a, de

Exemplos:

 O Brasil não ficou imune à crise econômica.

 Estamos imunes de pagar os impostos.

Inofensivo a, para

Exemplos:

 O vírus é inofensivo a seres humanos

 Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde.

Junto a, de

Exemplos:

 Comprei a casa junto a sua.

 Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente.

Livre de

Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.

Simpatia a, por

Exemplo:

 José tem simpatia as causas populares.

 Tenho muito simpatia por Ana.

Tendência a, para

 Viviana tem tendência à mentira.

 As meninas têm tendência para a moda.


União com, de, entre

 A união com Regina foi fracassada.

 Na reação química, ocorreu uma união de substâncias.

 A união entre eles é muito bonita.

Regência Verbal

A regência verbal caracteriza a relação entre os verbos e seus complementos (objeto direto,
objeto indireto).

**

Crase: quando usar (com exemplos)


Crase (`) é a junção da preposição a com o artigo definido a. Também pode ser a junção da
preposição a com pronomes que começam com a (aquela, aquele, aquilo).

A junção a + a resulta no a com crase, ou seja, em à, àquela, àquele, àquilo.

Regras de quando usar crase

A crase pode ser usada nas seguintes situações:

 antes de palavras femininas;

 quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir);

 nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas;

 antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele;

 antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida;

 na indicação de horas exatas.

Não esqueça: A crase é usada antes de palavras femininas!

Antes de palavras femininas

 Fui à escola.
 Fomos à praça.

 Você vai à padaria agora?

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

 Vou à padaria.

 Fomos à praia.

 Voltei à loja e fui bem atendido.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

 Saímos à noite.

 À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

 Veja, isto foi feito às pressas!

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, à moda de.

Antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

 No verão, voltamos àquela praia.

 Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

 Vou àquele lugar hoje.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

 Veste roupas à (moda de) Luís XV.

 Dribla à (moda de) Pelé.

 Escreve à (moda de) José de Alencar.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

 Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.

 Saio da escola às 12h30.

 Entro à uma.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não
se utiliza a crase, por exemplo:

 Ficamos na reunião desde as 12h.

 Chegamos após as 18h.

 O congresso está marcado para as 15h.

Regras de quando NÃO usar crase

A crase não deve ser usada nas seguintes situações:

 antes de palavras masculinas;

 antes de verbos;

 antes de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, nós, vós, eles) e do caso oblíquo
(me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe);

 antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa.

Antes de palavras masculinas

 Jorge tem um carro a álcool.

 Samuel comprou um jipe a diesel.

 Escreveu a lápis.

Antes de verbos

 Estava disposto a salvar a menina.

 Passava o dia a cantar.

 Comprometeu-se a estudar mais.

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo

 Falamos a ela sobre o ocorrido.


 Ofereceram a mim as entradas para o cinema.

 Deram o troco a ele?

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.

Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa

 Era a isso que nos referíamos.

 Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.

 Já aderiu a este plano?

Crase facultativa

Dica sobre o uso da crase

Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete:
Exercícios de crase

1. (ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases abaixo,
apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:

a) Devemos aliar a teoria à prática.


b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.

2. (FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:

a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o
que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos
que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de
que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as
homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à
salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

3. (ESAF - Escola de Administração Fazendária) Assinale a frase em que o acento indicativo de


crase foi empregado incorretamente:

a) Ao voltar das férias, devolverei tudo à Vossa Senhoria.


b) O candidato falou às classes trabalhadoras.
c) Fiquei à espera de meus amigos.
d) Sua maneira de falar é semelhante à de Paulo.
e) Você só poderá ser atendido às 9 horas.
Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos,
bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.

São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses
( ( ) ) e o travessão (—).

Ponto (.)

O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um
período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.

Exemplos do uso de ponto final:

 Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e
resolvi ligar e pedir perdão.

 O filme recebeu várias indicações para o Oscar.

 Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos


historiadores.

 Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.

Vírgula (,)

A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o
significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para
separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.

Exemplos do uso de vírgula:

 Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.

 Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas


vegetarianas. (aposto)

 Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)

Ponto e Vírgula (;)

O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar
uma relação de elementos.

É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos do uso de ponto e vírgula:

 Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.

 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.

 Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.


Dois Pontos (:)

Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar
uma enumeração.

Exemplos do uso de dois pontos:

 Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e


divisão.

 Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.

 Descobri onde estava o livro: na mochila.

Ponto de Exclamação (!)

O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.

Exemplos do uso de ponto de exclamação:

 Que horror!

 Ganhei!

 Quieto!

Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases
diretas ou indiretas-livre.

Exemplos do uso de ponto de interrogação:

 Quer ir ao cinema comigo?

 Será que eles preferem jornais ou revistas?

 Entendeu?

Reticências (...)

As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai
muito mais além do que está expresso na frase.

Exemplos do uso de reticências:

 Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…

 Não sei… Preciso pensar no assunto.

 "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar
te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas)

Aspas (" ")

É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de
obras.

Exemplos do uso de aspas:


 Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”.

 Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

 É simplesmente "inacreditável" o que aconteceu.

Parênteses ( ( ) )

Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.

Exemplos do uso de parênteses:

 O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.

 Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.

 Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Travessão (—)

O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como
para substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos:

 Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora,
pois teremos problemas mais tarde.

 Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?

 Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Exercícios de sinais de pontuação

1. O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente.

Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus para a escola com
as minhas amigas Ana Maria e Bia

A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a Maria que estava
cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas ficaram chateadas logo cedo

Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me deu resposta, nem
sequer a Bia Que começo de dia

Na escola aulas e apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a professora devolveria
as provas corrigidas
Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos

Quando chegou a minha vez


Estou decepcionada
E entregando o meu teste completou Teve o melhor resultado da turma

2. Em cada uma das frases abaixo há um sinal de pontuação incorreto. Corrija.

a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar; água e fruta.


b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair?
c) Que susto;
d) Maria, você vem com a gente amanhã!
e) Como dizia a minha avó: mais vale um pássaro na mão do que dois voando

**

Semântica: o que é (com exemplos)


A semântica é o ramo da linguística que estuda o significado das palavras.

Uma vez que considera a evolução das palavras, a semântica pode ser sincrônica (significado
das palavras na atualidade) ou diacrônica (significado das palavras em determinado espaço de
tempo).

O estudo da semântica contempla o conhecimento de sinônimos, antônimos, homônimos,


parônimos, polissemia, conotação e denotação.

Sinônimos e antônimos

Os sinônimos são palavras que possuem significados semelhantes, por exemplo:

 andar e caminhar

 usar e utilizar

 fraco e frágil

Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois, léxico e vocabulário). Já


os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso, córrego e riacho).

Os antônimos são palavras que possuem significados contrários, por exemplo:

 claro e escuro

 triste e feliz

 bom e mau

Homônimos e parônimos
Os homônimos são palavras que possuem a mesma grafia (palavras homógrafas) ou a mesma
pronúncia (palavras homófonas), mas significados diferentes.

Quando as palavras têm a mesma grafia e a mesma pronúncia, são chamados de homônimos
perfeitos, por exemplo:

 molho (caldo) e molho (verbo molhar) são palavras homógrafas

 cinto (objeto) e sinto (verbo sentir) são palavras homófonas

 rio (curso de água) e rio (verbo rir são homônimos perfeitos

Os parônimos são palavras que possuem escrita e pronúncia parecidas e significados


diferentes, por exemplo:

 soar (produzir som) e suar (transpirar)

 sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder)


 acender (dar luz) e ascender (subir)

Polissemia

A polissemia é a multiplicidade de significados de uma palavra.

Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda
se relaciona com o original, por exemplo:

 banco: assento, instituição

 manga: fruta, parte da roupa

 grama: relva, unidade de medida

Conotação e denotação

A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo
semântico. Assim, depende do contexto.

Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir
sensações no leitor.

A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem
mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).

É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.

Exemplos:

 Agiu como um porco. (sentido conotativo)

 No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo)

Exercício de semântica

(BNB) Assinale a alternativa que apresenta pares de palavras homófonas, homógrafas e


parônimas de acordo com a sequência:

a) sela/cela, sede (ê)/sede, lustro/lustre

b) acidente,incidente, conserto/concerto, olho (ô)/olho

c) manga/manga, inapto/inepto, russo/ruço

d) paço/passo, lactante/lactente, caçar/cassar

e) diferir/deferir, cheque/xeque, canto/canto

O que são Sinônimos e Antônimos (com exemplos)


Sinônimos são palavras que têm sentido igual ou muito parecido, enquanto antônimos são
palavras que têm sentido contrário.

Exemplos de sinônimos:
 belo e bonito

 casa e lar

 longe e distante

Exemplos de antônimos:

 aberto e fechado

 escuro e claro

 sair e entrar

Sinônimos

Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras syn (com)


e onymia (nome), ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou
semelhante a ele.

A sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas ou aquelas que possuem
significado ou sentido semelhante.

Note que as palavras sinônimas são muito utilizadas nas produções dos textos, uma vez que a
repetição das palavras empobrece o conteúdo.

Muito estudiosos da área afirmam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor
semântico idêntico), pois, para eles, cada palavra possui um significado distinto.

De acordo com a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de
duas maneiras:

1. Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por


exemplo: léxico e vocabulário, morrer e falecer, após e depois.

2. Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e


não idênticos, por exemplo: feliz e alegre, cidade e município, córrego e riacho.

Exemplos de sinônimos

Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas:

 Adversário e antagonista

 Adversidade e problema

 Alegria e felicidade

 Alfabeto e abecedário

 Ancião e idoso

 Apresentar e expor

 Belo e bonito

 Brado e grito

 Bruxa e feiticeira
 Calmo e tranquilo

 Carinho e afeto

 Carro e automóvel

 Cão e cachorro

 Casa e lar

 Contraveneno e antídoto

 Diálogo e colóquio

 Encontrar e achar

 Enxergar e ver

 Extinguir e abolir

 Gostar e estimar

 Importante e relevante

 Longe e distante

 Moral e ética

 Oposição e antítese

 Percurso e trajeto

 Perguntar e questionar

 Saboroso e delicioso

 Transformação e metamorfose

 Translúcido e diáfano

Antônimos

Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras anti (algo contrário ou oposto)
e onymia (nome).

A antonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras antônimas. Do mesmo modo que
os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos estilísticos na produção dos textos.

Exemplos de antônimos

Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas:

 Aberto e fechado

 Alto e baixo

 Amor e ódio

 Ativo e inativo

 Bendizer e maldizer
 Bem e mal

 Bom e mau

 Bonito e feio

 Certo e errado

 Doce e salgado

 Duro e mole

 Escuro e claro

 Forte e fraco

 Gordo e magro

 Grosso e fino

 Grande e pequeno

 Inadequada e adequada

 Ordem e anarquia

 Pesado e leve

 Presente e ausente

 Progredir e regredir

 Quente e frio

 Rápido e lento

 Rico e pobre

 Rir e chorar

 Sair e entrar

 Seco e molhado

 Simpático e antipático

 Soberba e humildade

 Sozinho e acompanhado

Termos Essenciais da Oração


Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos
que as orações são estruturadas.
O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da oração, o sujeito é
o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por sua vez, o predicado é tudo
aquilo que se diz sobre o sujeito.

SUJEITO = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.


PREDICADO = o que se declara sobre o sujeito.

Exemplo 1: As ruas são intransitáveis.

 Sujeito: as ruas

 Predicado: são intransitáveis

Exemplo 2: Os alunos chegaram atrasados novamente.

 Sujeito: os alunos

 Predicado: chegaram atrasados novamente

Sujeito

O sujeito é o ser sobre o qual se declara alguma coisa.

O núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito. Quando o
sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com maior importância semântica.

Exemplo: O garoto logo percebeu a festa que o esperava.

 Sujeito: O garoto

 Núcleo do sujeito: garoto

 Predicado: logo percebeu a festa que o esperava

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral
substantivo ou qualquer palavra substantivada.

Exemplo de sujeito que é substantivo: A casa foi fechada para reforma.

 Sujeito: A casa

 Núcleo do sujeito: casa

 Predicado: foi fechada para reforma.

Exemplo de sujeito que é pronome substantivo: Eles não gostam de carne vermelha.

 Sujeito: Eles

 Núcleo do sujeito: Eles

 Predicado: não gostam de carne vermelha.

Exemplo de sujeito que é numeral substantivo: Três excede.

 Sujeito: Três

 Núcleo do sujeito: Três

 Predicado: excede.
Exemplo de sujeito que é palavra substantivada: Um oi foi expresso rapidamente.

 Sujeito: Um oi

 Núcleo do sujeito: oi

 Predicado: foi expresso rapidamente.

Tipos de sujeito

O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou inexistente.

Sujeito simples

Quando possui um só núcleo.

Exemplo:

O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.


Sujeito: O desenho em nanquim
Núcleo: desenho
Predicado: será sempre uma expressão admirada.

Sujeito composto

Quando possui dois ou mais núcleos.

Exemplo: Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.

 Sujeito: Cristina, Marina e Bianca

 Núcleo: Cristina, Marina, Bianca

 Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito oculto

Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode ser
identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.

Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

Exemplo: Estávamos à espera do ônibus.

 Sujeito: nós (oculto, porque pode ser identificado pela desinência verbal: estávamos)

 Predicado: Estávamos à espera do ônibus.

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identificado de maneira


clara. É observado em três casos:

 quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o
sujeito, por exemplo;

 quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome (se);

 quando o verbo está no infinitivo impessoal.


Exemplo: Deixaram uma caixa grande para você.

 Sujeito: indeterminado, porque faz referência a alguém, mas não o identifica (o verbo
está na 3ª pessoa do plural)

 Predicado: Deixaram uma caixa grande para você.

Sujeito inexistente

A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado está centrada em
um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e verbo.

Exemplo: Choveu muito em Manaus.

 Sujeito: inexistente, porque contém um verbo impessoal (choveu)

 Predicado: Choveu muito em Manaus.

Predicado

O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado verbal

O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está
contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransitivo. Nesse caso, a
informação sobre o sujeito está contida nos verbos.

Exemplo: O entregador chegou.

 Sujeito: O entregador.

 Predicado verbal: chegou.

 Núcleo do predicado: chegou.

Predicado nominal

O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito. O seu núcleo
é um nome (substantivo, adjetivo, pronome).

Exemplo: O entregador está atrasado.

 Sujeito: O entregador.

 Predicado nominal: está atrasado.

 Núcleo do predicado: atrasado.

Predicado verbo-nominal

O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos, um verbo e um nome.

Exemplo: A menina chegou ofegante à ginástica.

 Sujeito: A menina

 Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.

 núcleos do predicado: chegou (verbo) e ofegante (nome).


Exercícios de termos essenciais da oração

1. (EMM) Há predicado verbo-nominal em:

a) Ela descansava em casa.


b) Todos cumpriram o juramento
c) Ele vinha preocupado.
d) Ele está abatido
e) Ela marchava alegremente.

2. (EMM) A única oração com sujeito simples é:

a) Existem algumas dúvidas.


b) Compraram-se livros e revistas.
c) Precisa-se de ajuda.
d) Faz muito frio.
e) Há alguns problemas.

3. (PUC-SP) – O verbo ser, na oração:

“Eram cinco horas da manhã...”, é:

a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado.


b) impessoal e concorda com o objeto direto.
c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado.
d) Impessoal e concorda com a expressão numérica.
e) Pessoal e concorda com a expressão numérica.

4. (PUC-PR) Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no céu", afirmamos que:

I. O verbo brilhar é intransitivo.


II. O verbo brilhar é transitivo direto.
III. O verbo brilhar é transitivo indireto.
IV. O predicado é nominal.
V. O predicado é verbal.
VI. O predicado é verbo-nominal.

a) Estão corretas I e VI.


b) Estão corretas I e V.
c) Estão corretas II e V.
d) Está correta apenas IV.
e) Estão corretas III e VI.

***

Sílaba Tônica
A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais ênfase, sendo que em cada palavra há apenas uma
sílaba tônica.

De acordo com a intensidade com que são pronunciadas, as sílabas podem ser tônicas ou
átonas.

Assim, a chamada sílaba átona é a que possui menor intensidade numa palavra.
Exemplos:

 a-ba-ca-xi: xi é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 u-ru-bu: bu é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 a-ni-mal: mal é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 te-le-fo-ne: fo é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 re-lâm-pa-go: lâm é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 pro-je-to: je é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 bo-ne-ca: ne é a sílaba tônica; as outras são átonas.

 me-sa: me é a sílaba tônica; as outras são átonas.

Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é acentuada. Portanto, é
importante estar atento às regras de acentuação das palavras para não cometer o erro de
colocar acento onde não há.

Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.

Oxítonas: palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-por.

Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro, pa-pa-
gai-o.

Proparoxítonas: palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: es-tá-di-o, sí-la-ba,


sub-sí-di-o.

Palavras com erros de pronúncia

Por vezes, algumas palavras são pronunciadas dando mais ênfase às sílabas átonas.

Quando as palavras são acentuadas tônica e graficamente de forma incorreta estamos diante
de um erro de chamado de silabada.

Confira os exemplos:

 decano (certo) - décano (errado)

 ínterim (certo) - interim (errado)

 rubrica (certo) - rúbrica (errado)

Há palavras, porém, que têm dupla pronúncia, por exemplo:

 Hieróglifo e hieroglifo;

 Oceânia e oceania;

 xérox e xerox.

Exercícios de Sílaba tônica


1. Classifique as palavras destacadas em paroxítonas e proparoxítonas.

a) Está sempre em dúvida....

b) Por que duvida sempre daquilo que falo?

c) Valido o documento e só depois você vai embora.

d) Esse documento não é válido.

e) Tem um público muito fiel.

f) Publico artigos em jornais e revistas.

g) No final do ano, premio os melhores alunos.

h) Os melhores alunos recebem um prêmio no final do ano.

2. Retire do texto abaixo 3 palavras oxítonas e 3 palavras paroxítonas.

“Encontrei,
Uma caixinha cheia de relatos
Um monte de documentos tão falsos
Nossas vidas

Em minhas mãos agora


Tá cada parte dessa nossa história
E eu não sei se eu rasgo
Ou jogo fora
E o que é que eu faço agora?

Cometi
A loucura de nossas fotos rasgar
E uma por uma eu vou ter que colar
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva

Naquele segundo
Eu pensei que até te odiava
Mas respirei fundo
E vi que eu te amava
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva.”

Tempos e modos verbais


A língua portuguesa é composta por três modos (indicativo, subjuntivo e imperativo) e três
tempos verbais (presente, pretérito e futuro).

Cada tempo verbal, por sua vez, é composto por formas verbais.

As formas verbais são as flexões que um verbo possui para cada pronome. Em “eu canto”, por
exemplo, “eu” é o pronome e “canto” é a forma verbal.
Confira as informações e entenda a função de cada um dos modos e verbos da língua
portuguesa.

Modo indicativo

O Modo indicativo indica ações consideradas reais; que certamente se concretizam em algum
momento do passado, do presente ou do futuro.

Tempos verbais simples do modo indicativo

Os tempos verbais simples são aqueles que apenas precisam da conjugação do próprio verbo,
ou seja, não precisam de um verbo auxiliar na sua estrutura de formação.

Observe a diferença:

 Eu cheguei cedo. (tempo verbal simples)

 Eu tinha chegado cedo. (tempo verbal composto)

O modo indicativo possui 6 tempos simples.

Presente do indicativo

Por norma, o presente do indicativo tem como função indicar ação habitual, momento
presente, situação permanente, característica de um sujeito ou verdade científica de fatos.

Exemplos:

 Preciso falar com ela agora.

 Vocês são muito inteligentes.

 Eu estudo alemão aos sábados.

 O clima do nordeste é quente.

Observe a conjugação de verbos regulares do presente do indicativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amo eu como eu parto

tu amas tu comes tu partes

ele ama ele come ele parte

nós amamos nós comemos nós partimos

vós amais vós comeis vós partis

eles amam eles comem eles partem

Exceção: é habitual o uso do presente do indicativo para fazer referência a ações


futuras. Exemplo: Eu viajo amanhã.
Pretérito perfeito

O pretérito perfeito é utilizado para indicar uma ação que ocorreu no passado e já foi
concluída.

Exemplos:

 Ela viajou para o México.

 Meus vizinhos reformaram a casa deles.

 O bebê tomou a mamadeira.

 Os professores chegaram atrasados.

 Nós conseguimos alcançar a nossa meta.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito do indicativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amei eu comi eu parti

tu amaste tu comeste tu partiste

ele amou ele comeu ele partiu

nós amamos nós comemos nós partimos

vós amastes vós comestes vós partíeis

eles amaram eles comeram eles partiram

Pretérito imperfeito

O pretérito imperfeito indica uma ação passada contínua, ou seja, uma ação de duração
prolongada no tempo, que pode ter sido concluída ou não.

Exemplos:

 Ela gostava de fazer todo mundo rir.

 As crianças brincavam de queimado com os colegas da escola.

 Eu estudava de manhã e meu irmão estudava de tarde.

 O senhor acordava muito cedo para ir trabalhar.

 Ela fazia bolos deliciosos.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito imperfeito do indicativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amava eu comia eu partia

tu amavas tu comias tu partias

ele amava ele comia ele partia

nós amávamos nós comíamos nós partíamos

vós amáveis vós comíeis vós partíeis

eles amavam eles comiam eles partiam

Pretérito mais-que-perfeito

O pretérito mais-que-perfeito é um tempo verbal que indica uma ação passada que aconteceu
antes de outra ação passada.

Além disso, também é usado para fazer referência a uma ação que ocorreu em um passado
distante ou a uma ação passada ocorrida em um período impreciso.

Esse tempo verbal é pouquíssimo usado no cotidiano. É mais comum observar o seu uso na
linguagem poética, em histórias de contos de fadas, etc.

Exemplos:

 Quando cheguei ao cinema, o filme já começara.

 O avião partira quando chegamos ao aeroporto.

 O fogo consumira todo o apartamento quando os bombeiros chegaram.

 Comprara um celular topo de gama.

 A princesa acordara com o beijo do príncipe

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito do indicativo, na 1º,


2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amara eu comera eu partira

tu amaras tu comeras tu partiras

ele amara ele comera ele partira

nós amáramos nós comêramos nós partíramos

vós amáreis vós comêreis vós partíreis


amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eles amaram eles comeram eles partiram

Futuro do presente

O futuro do presente é o tempo verbal que expressa uma ação que acontecerá no futuro, ou
seja, em um momento futuro em relação ao da fala ocorrida no presente.

Exemplos:

 Visitarei meus primos na Páscoa.

 Ela comemorará o aniversário com a família.

 O filho dele nascerá amanhã.

 No fim de semana choverá.

 Eles receberão as gratificações no fim do mês.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente do indicativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amarei eu comerei eu partirei

tu amarás tu comerás tu partirás

ele amará ele comerá ele partirá

nós amaremos nós comeremos nós partiremos

vós amareis vós comereis vós partireis

eles amarão eles comerão eles partirão

Futuro do pretérito

Embora seja designado de “futuro”, o futuro do pretérito, na verdade, indica uma ação que
poderia ter acontecido depois de uma ação ocorrida no passado.

Ele também é usado para expressar uma ação que está condicionada à outra; que é
consequente dela.

Além disso, pode indicar incerteza, surpresa, indignação, e é uma forma educada de expressar
desejo, pedido ou sugestão.

Exemplos:
 Ela já tinha dito que não iria ao evento.

 Se eu pudesse, viajaria pelo mundo.

 Seria ele o menino de quem ela tinha falado?

 Quem diria que logo ele faria isso conosco.

 Poderia me passar o sal, por favor?

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do pretérito do indicativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu amaria eu comeria eu partiria

tu amarias tu comerias tu partirias

ele amaria ele comeria ele partiria

nós amaríamos nós comeríamos nós partiríamos

vós amaríeis vós comeríeis vós partiríeis

eles amariam eles comeriam eles partiriam

Tempos verbais compostos do modo indicativo

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal
flexionado no particípio passado.

Exemplo: Ela tinha estudado muito para a prova.

Observe que na frase acima, “tinha estudado” tem em sua estrutura:

 um verbo auxiliar: tinha, flexão do verbo “ter”;

 um verbo principal: estudado, flexão do particípio passado.

Independentemente da ideia de tempo que expressam (presente, passado e futuro), apenas a


conjugação do verbo auxiliar de um tempo composto varia consoante o sujeito. O verbo
principal é sempre flexionado no particípio passado. Confira:

 Eu tinha estudado.

 Nós teríamos estudado.

 Eles terão estudado.

Veja que o verbo principal “estudado” se mantém em todas as pessoas verbais.

Pretérito perfeito composto do indicativo


O pretérito perfeito composto do modo indicativo é utilizado para expressar uma ação passada
que ocorreu mais de uma vez, ou seja, com alguma frequência, e que se estende até o
momento presente.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no presente
do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Tenho visto seu irmão na escola.

 Eles têm reformado o restaurante aos poucos.

 Ana tem estudado inglês aos fins de semana.

 As crianças têm se comportado melhor.

 O bebê tem tido crises alérgicas.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito composto do indicativo, na


1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu tenho amado eu tenho comido eu tenho partido

tu tens amado tu tens comido tu tens partido

ele tem amado ele tem comido ele tem partido

nós temos amado nós temos comido nós temos partido

vós tendes amado vós tendes comido vós tendes partido

eles têm amado eles têm comido eles têm partido

Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo

O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo indica uma ação do passado que ocorreu
antes de outra ação do passado.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no pretérito
imperfeito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Tinha visto seu irmão na escola antes de encontrar com você.

 Eles tinham reformado o restaurante aos poucos sem saber que ganhariam na loteria.

 Ana tinha estudado inglês aos fins de semana antes de viajar para os EUA.

 As crianças tinham se comportado melhor antes da troca de professor.

 O bebê tinha tido crises alérgicas antes de começar a medicação.


Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito composto do
indicativo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu tinha amado eu tinha comido eu tinha partido

tu tinhas amado tu tinhas comido tu tinhas partido

ele tinha amado ele tinha comido ele tinha partido

nós tínhamos amado nós tínhamos comido nós tínhamos partido

vós tínheis amado vós tínheis comido vós tínheis partido

eles tinham amado eles tinham comido eles tinham partido

Futuro do presente composto do indicativo

O futuro do presente composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que acontecerá
em um momento futuro, mas que já terá sido concluída antes de outra ação do futuro.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no futuro do
presente do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Já terei visto seu irmão na escola quando encontrar com você.

 Eles terão reformado o restaurante quando os pais se aposentarem.

 Ana já terá ficado fluente em inglês quando viajar para os EUA.

 As crianças terão ficado mais comportadas quando o ano letivo terminar.

 O bebê terá ficado curado das crises alérgicas antes de terminar a medicação.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente composto do indicativo, na


1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu terei amado eu terei comido eu terei partido

tu terás amado tu terás comido tu terás partido

ele terá amado ele terá comido ele terá partido

nós teremos amado nós teremos comido nós teremos partido

vós tereis amado vós tereis comido vós tereis partido


amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eles terão amado eles terão comido eles terão partido

Futuro do pretérito composto do indicativo

O futuro do pretérito composto do indicativo é utilizado para indicar uma ação que poderia ter
acontecido depois de uma outra ação ocorrida no passado. Dessa forma, as ações expressas
pelo futuro do pretérito composto do indicativo estão sempre condicionadas a essa tal ação
passada.

A estrutura de formação desse tempo verbal consiste no verbo auxiliar conjugado no futuro do
pretérito do indicativo + verbo principal conjugado no particípio passado.

Exemplos:

 Eu teria estado presente se tivesse sido convidada.

 Se ele não tivesse sido tão ignorante, teria conquistado mais amizades.

 Vocês teriam tido um ótimo desempenho nas provas se tivessem estudado.

 Tu terias feito muito sucesso se não tivesse tido vergonha de cantar no Karaokê.

 Ela teria ficado realizada se tivesse tido um neto.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do pretérito composto do indicativo, na


1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

eu teria amado eu teria comido eu teria partido

tu terias amado tu terias comido tu terias partido

ele teria amado ele teria comido ele teria partido

nós teríamos amado nós teríamos comido nós teríamos partido

vós teríeis amado vós teríeis comido vós teríeis partido

eles teriam amado eles teriam comido eles teriam partido

Modo subjuntivo

O modo subjuntivo é utilizado para indicar situações que expressam incerteza, hipótese,
desejo, condição ou suposição.
Trata-se de um modo cujos tempos verbais geralmente são utilizados em orações
subordinadas, pois costumam precisar de uma oração principal com outro tempo verbal para
fazerem sentido.

Observe o exemplo abaixo:

A oração "Se eu ganhasse na loteria", cujo verbo (ganhasse) está flexionado em um tempo
verbal do modo subjuntivo, precisa de uma segunda oração para fazer sentido.

Sendo assim, ela está subordinada à oração principal "compraria uma casa de praia", pois
precisa dela para fazer sentido.

O modo subjuntivo é constituído por 3 tempos verbais simples e 3 tempos verbais compostos.

Tempos verbais simples do modo subjuntivo

Assim como ocorre no modo indicativo, os tempos verbais simples do modo subjuntivo só
precisam da conjugação do próprio verbo, ou seja, não precisam de um verbo auxiliar na sua
estrutura de formação.

Veja a diferença:

 Se eu chegasse cedo, aproveitaria melhor as aulas. (tempo verbal simples)

 Se eu tivesse chegado cedo, teria aproveitado melhor as aulas. (tempo verbal


composto)

Os 3 tempos verbais simples do modo subjuntivo são:

 Presente do subjuntivo.

 Pretérito imperfeito do subjuntivo.

 Futuro do subjuntivo.

Presente do subjuntivo

O presente do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ações no presente ou no


futuro.

Tais ações podem expressar ideia de desejo, suposição e hipótese.

A estrutura desse tempo verbal é formada por que + pronome + verbo.

Exemplos:

 Eles querem que eu seja feliz.

 Tomara que tu possas viajar conosco.

 Para que nós consigamos participar da palestra, precisamos reservar nossos lugares.

 Não quero que ele finja algo que não sente.


 Querem que eles cantem no palco principal do festival.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do presente do subjuntivo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

que eu ame que eu coma que eu parta

que tu ames que tu comas que tu partas

que ele ame que ele coma que ele parta

que nós amemos que nós comamos que nós partamos

que vós ameis que vós comais que vós partais

que eles amem que eles comam que eles partam

Pretérito imperfeito do subjuntivo

O pretérito imperfeito do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ideia de


vontade, desejo, imaginação, sentimentos, probabilidade e condição.

As ações expressas por esse tempo verbal podem ter ocorrido ou não; trata-se de algo incerto,
impossível de ser definido.

A estrutura desse tempo verbal é formada por se + pronome + verbo.

Exemplos:

 Se eu ganhasse na loteria, compraria uma casa.

 Ele teria tirado uma excelente nota se tivesse estudado.

 Se tu pudesses visitar qualquer lugar do mundo, para onde você iria?

 Nós participaríamos do evento se tivéssemos sido convidados.

 Se eles quisessem saber de mim, já teriam me telefonado.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito imperfeito subjuntivo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se eu amasse se eu comesse se eu partisse

se tu amasses se tu comesses se tu partisses

se ele amasse se ele comesse se ele partisse


amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se nós amássemos se nós comêssemos se nós partíssemos

se vós amásseis se vós comêsseis se vós partísseis

se eles amassem se eles comessem se eles partissem

Futuro do subjuntivo

O futuro do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para expressar ações que eventualmente
ainda podem acontecer em um tempo futuro. A estrutura de formação que indica essa ideia é
quando + pronome + verbo.

Exemplo: Quando eu visitar os meus pais, levarei um presente para cada um.

Ele também pode ser utilizado para expressar ideias condicionais. Nesse caso, a estrutura
utilizada é se + pronome + verbo.

Exemplo: Se eu vencer o sorteio, ganharei um celular novo.

Confira mais alguns exemplos de frases com o futuro do subjuntivo:

 Quando eu terminar a faculdade, viajarei para o Canadá.

 Visitaremos os meus primos quando eles entrarem de férias

 Se ela chegar ao aeroporto atrasada, perderá o voo.

 Ficarei muito feliz se eles compuserem uma canção para mim.

 Telefonaremos para você quando nós chegarmos em casa.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro do subjuntivo, na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando eu amar quando eu comer quando eu partir

ou ou ou

se eu amar se eu comer se eu partir

quando tu amares quando tu comeres quando tu partires

ou ou ou

se tu amares se tu comeres se tu partires

quando ele amar quando ele comer quando ele partir

ou ou ou

se ele amar se ele comer se ele partir


amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando nós amarmos quando nós comermos quando nós partirmos

ou ou ou

se nós amarmos se nós comermos se nós partirmos

quando vós amardes quando vós comerdes quando vós partirdes

ou ou ou

se vós amardes se vós comerdes se vós partirdes

quando eles amarem quando eles comerem quando eles partirem

ou ou ou

se eles amarem se eles comerem se eles partirem

Tempos verbais compostos do modo subjuntivo

A formação dos tempos verbais compostos é feita com um verbo auxiliar e um verbo principal
flexionado no particípio passado.

Exemplo: A professora não acredita que eu tenha feito o trabalho sozinha.

"Tenha feito" é um verbo composto do subjuntivo, pois tem em sua estrutura um verbo
auxiliar (ter > tenha) e um verbo principal flexionado no particípio passado (fazer > feito).

Lembre-se de que nas formas verbais compostas, apenas o verbo auxiliar é flexionado; o verbo
principal sempre é flexionado no particípio passado, independentemente da ideia de tempo
indicada (presente, passado ou futuro).

Exemplos:

 Desejo que ele tenha feito a prova com calma.

 Quando você tiver feito a prova, se sentirá mais calmo

 Se você tivesse feito a prova, se sentiria mais calmo.

O modo subjuntivo possui três tempos verbais compostos: pretérito perfeito composto,
pretérito mais-que-perfeito composto e futuro composto.

Pretérito perfeito composto do subjuntivo

O pretérito perfeito composto do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para indicar ações
anteriores concluídas, que se referem a um tempo passado ou a um tempo futuro.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo presente do subjuntivo do verbo
"ter" ou do verbo "haver" (menos usado) + particípio passado do verbo principal.

Exemplos:

 Espero que ele tenha chegado ao aeroporto a tempo.


 Você não pode tirar o bolo do forno sem que a massa tenha assado por completo.

 Acredito que eles tenham ido embora.

 Queremos que você já tenha aprendido as preposições em inglês quando o curso


acabar.

 Ele prefere acreditar que ela tenha dito a verdade.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito perfeito composto do subjuntivo, na


1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

que eu tenha amado que eu tenha comido que eu tenha partido

que tu tenhas amado que tu tenhas comido que tu tenhas partido

que ele tenha amado que ele tenha comido que ele tenha partido

que nós tenhamos amado que nós tenhamos comido que nós tenhamos partido

que vós tenhais amado que vós tenhais comido que vós tenhais partido

que eles tenham amado que eles tenham comido que eles tenham partido

Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo

O pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo é um tempo verbal utilizado para


expressar ações do passado que aconteceram antes de outra ação do passado.

Ele também pode ser usado para indicar situações irreais do passado.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo verbo "ter" flexionado no
pretérito imperfeito do subjuntivo + particípio passado do verbo principal.

Exemplos:

 Se ele tivesse avisado que estava atrasado, teríamos esperado.

 Eu não teria entrado nessa furada se tivesse prestado atenção aos sinais.

 Se nós tivéssemos ouvido nossos pais, não teríamos tomado aquela decisão.

 Se eles tivessem feito uma poupança com o dinheiro do prêmio, teriam ficado
milionários.

 Tenho certeza de que o futuro de Maria teria sido brilhante se ela tivesses
tido oportunidade de terminar os estudos.

Observe a conjugação de verbos regulares do pretérito mais-que-perfeito composto do


subjuntivo, na 1º, 2º e 3º conjugações.
amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

se eu tivesse amado se eu tivesse comido se eu tivesse partido

ou ou ou

que eu tivesse amado que eu tivesse comido que eu tivesse partido

se tu tivesses amado se tu tivesses comido se tu tivesses partido

ou ou ou

que tu tivesses amado que tu tivesses comido que tu tivesses partido

se ele tivesse amado se ele tivesse comido se ele tivesse partido

ou ou ou

que ele tivesse amado que ele tivesse comido que ele tivesse partido

se nós tivéssemos amado se nós tivéssemos comido se nós tivéssemos partido

ou ou ou

que nós tivéssemos amado que nós tivéssemos comido que nós tivéssemos partido

se vós tivésseis amado se vós tivésseis comido se vós tivésseis partido

ou ou ou

que vós tivésseis amado que vós tivésseis comido que vós tivésseis partido

se eles tivessem amado se eles tivessem comido se eles tivessem partido

ou ou ou

que eles tivessem amado que eles tivessem comido que eles tivessem partido

Futuro composto do subjuntivo

O futuro composto do subjuntivo é utilizado para expressar uma ação futura que terá sido
concluída antes de outra ação futura.

A estrutura de formação desse tempo verbal é composta pelo futuro simples do subjuntivo +
verbo principal no particípio passado.

Exemplos:

 Ligarei para você quando eu tiver chegado ao seu prédio.

 Quando eu tiver terminado a prova, pedirei ao meu pai para me buscar.

 Se eu tiver esquecido roupa no varal, você poderá recolher para mim?

 Teremos de voltar se eu tiver deixado os documentos em casa.


 Quando eu tiver resolvido essa situação, te convidarei para vir me visitar por uns dias.

Observe a conjugação de verbos regulares do futuro composto do subjuntivo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

quando eu tiver amado quando eu tiver comido quando eu tiver partido

ou ou ou

se eu tiver amado se eu tiver comido se eu tiver partido

quando tu tiveres amado quando tu tiveres comido quando tu tiveres partido

ou ou ou

se eu tiver tiveres amado se eu tiver tiveres comido se eu tiver tiveres partido

quando ele tiver amado quando ele tiver comido quando ele tiver partido

ou ou ou

se ele tiver amado se ele tiver comido se ele tiver partido

quando nós tivermos amado quando nós tivermos comido quando nós tivermos partido

ou ou ou

se nós tivermos amado se nós tivermos comido se nós tivermos partido

quando vós tiverdes amado quando vós tiverdes comido quando vós tiverdes partido

ou ou ou

se vós tiverdes amado se vós tiverdes comido se vós tiverdes partido

quando nós tivermos amado quando nós tivermos comido quando nós tivermos partido

ou ou ou

se nós tivermos amado se nós tivermos comido se nós tivermos partido

Modo imperativo

O modo imperativo é um modo verbal utilizado para indicar ações onde o receptor da
mensagem recebe um pedido, uma ordem, uma sugestão, um conselho, um aviso, uma
orientação e outros tipos de indicação.

Os tempos verbais do modo imperativo subdividem-se em dois: imperativo afirmativo e


imperativo negativo.

Imperativo afirmativo
O imperativo afirmativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de uma
afirmação.

Exemplos:

 Feche a porta, por favor.

 Fale devagar!

 Coloque um pouco mais de tempero para realçar o sabor.

 Estude para se sair bem na prova.

 Enviem as respostas de vocês o quanto antes.

Esse tempo verbal não é conjugado na primeira pessoa do singular pelo fato de expressar a
ideia de que alguém se comunica com um outro alguém.

Observe a conjugação de verbos regulares do imperativo afirmativo, na 1º, 2º e 3º


conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

- - -

ama tu come tu parte tu

ame você coma você parta você

amemos nós comamos nós partamos nós

amai vós comei vós parti vós

amem vocês comam vocês partam vocês

Imperativo negativo

O imperativo negativo expressa uma indicação ao receptor da mensagem através de uma frase
negativa.

Exemplos:

 Não feche a janela, por favor.

 Não fale tão devagar!

 Não coloque mais sal na comida.

 Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje!

 Não esqueça de responder ao e-mail do chefe.

Assim como o imperativo afirmativo, o imperativo negativo não é flexionado na primeira


pessoa do singular (eu).
Observe a conjugação desse tempo verbal na 1º, 2º e 3º conjugações.

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

- - -

não ames tu não comas tu não partas tu

não ame você não coma você não parta você

não amemos nós não comamos nós não partamos

não ameis vós não comais vós não partais vós

não amem vocês não comam vocês não partam vocês

Formas nominais

Embora não façam parte nem dos modos e nem dos tempos verbais, as formas nominais são
de grande importância na conjugação dos verbos.

A designação de “forma nominal” dá-se pelo fato de, por vezes, elas apresentarem função de
nome.

Elas subdividem-se em três grupos: infinitivo, gerúndio e particípio

Formas nominais simples

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

infinitivo: amar infinitivo: comer infinitivo: partir

particípio: amado particípio: comido particípio: partido

gerúndio: amando gerúndio: comendo gerúndio: partindo

Formas nominais compostas

amar (1ª conjugação) comer (2ª conjugação) partir (3ª conjugação)

infinitivo: ter amado infinitivo: ter comido infinitivo: ter partido

gerúndio: tendo amado gerúndio: tendo comido gerúndio: tendo partido

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