Você está na página 1de 65

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO

DE PERNAMBUCO

Noções sobre Funcionamento do Veículo


de duas ou mais rodas

Curso Teórico-Técnico: A e B.

Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)


n° 572 de 16 de dezembro de 2015.
Altera o Anexo II da Resolução CONTRAN nº 168 de 14 de dezembro de 2004.

Dezembro, 2019.
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Pesquisas, Ilustrações, Diagramação e Organização Pedagógica:


Juvenal de Oliveira Mesquita.

Supervisão Técnica: Unidade de Produção Pedagógica – DETRAN-PE.

Produção e Coordenação Geral: Gerência de Produção Pedagógica – DETRAN-


PE.

Revisão: Ericka Denise Negromonte de Barros, Kelma de Castro Teixeira,


Margarida Maria Santos Brayner, Maria Bernadete Alves da Silveira, Maria Lúcia
Menezes do Nascimento, Raquel Bertozi Lucchesi e Rielma Rodrigues do
Nascimento.

Revisão Técnica: Abdias Alves Pereira Neto.

A Apostila Básica Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas


ou mais rodas foi desenvolvida, através de pesquisas realizadas em diversas
bibliografias, manuais e sites especializados sobre o tema, pela Equipe
Pedagógica da Gerência de Produção Pedagógica da Coordenadoria de Educação
de Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco.

Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco – DETRAN-PE


Estrada do Barbalho, 889 - Iputinga - Recife – PE
CEP 50.690-900 - CNPJ 09.753.781/0001-60
PABX: (81) 3184-8000 – www.detran.pe.gov.br
Coordenadoria de Educação de Trânsito – Fone: 81.3184.8120
Gerência de Produção Pedagógica – Fone: 81.3184.8082

2
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE PERNAMBUCO


DETRAN-PE

ROBERTO CARLOS MOREIRA FONTELLES


DIRETOR PRESIDENTE

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO DE TRÂNSITO


CARMEN LUCIANA DE CARVALHO ASSUMPÇÃO
COORDENADORA DE EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO PEDAGÓGICA


KELMA DE CASTRO TEIXEIRA
GESTORA DE PRODUÇÃO PEDAGÓGICA

UNIDADE DE PRODUÇÃO PEDAGÓGICA

MARIA BERNADETE ALVES DA SILVEIRA


CHEFE DA UNIDADE DE PRODUÇÃO PEDAGÓGICA

EQUIPE TÉCNICA DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

ERICKA DENISE NEGROMONTE DE BARROS


JUVENAL DE OLIVEIRA MESQUITA
MARGARIDA MARIA SANTOS BRAYNER
MARIA LÚCIA MENEZES DO NASCIMENTO
RAQUEL BERTOZI LUCCHESI
RIELMA RODRIGUES DO NASCIMENTO

EQUIPE ADMINISTRATIVA

ADRIANA ALCÂNTARA PEREIRA


ERIKA MARIA BEZERRA
FRANCISCO LOURENÇO DE SOUZA NETO
NIDSON MONTEIRO DE SOUZA

3
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Estrutura Curricular Básica Conforme Resolução CONTRAN


nº 572 de 16 de dezembro de 2015

 Cursos de Formação para Habilitação de Condutores de Veículos


Automotores - Categoria “A”, e Categoria “B”.

 Curso Teórico-Técnico – Categorias “A” e “B”.

 Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas


3 (três) horas aula.

Estrutura Curricular

 Equipamentos de uso obrigatório do veículo, sua utilização e cuidados que


se deve ter com eles;
 Noções de manuseio e do uso do extintor de incêndio;
 Responsabilidade com a manutenção do veículo;
 Alternativas de solução para eventualidades mais comuns;
 Condução econômica e inspeção mecânica (pequenos reparos);
 Verificação diária dos itens básicos: água, óleo, calibragem dos pneus, dentre
outros;
 Cuidados e revisões necessárias anteriores a viagens.

4
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Sumário

1. Apresentação ................................................................................ 06
2. Introdução .................................................................................... 07
3. Equipamentos de uso obrigatório do veículo, sua utilização e cuidados
que se deve ter com eles ................................................................ 08
4. Noções de manuseio e do uso do extintor de incêndio ........................ 20
5. Responsabilidade com a manutenção do veículo ................................ 21
6. Alternativas de solução para eventualidades mais comuns .................. 23
7. Condução econômica e inspeção mecânica (pequenos reparos) ........... 33
8. Verificação diária dos itens básicos: água, óleo, calibragem dos pneus,
dentre outros ................................................................................ 38
9. Cuidados e revisões necessárias anteriores a viagens ......................... 41
10. Motocicleta: Noções Básicas........................................................... 51
11. Anexo – Dos Conceitos e Definições ................................................ 61
12. Referências Bibliográficas .............................................................. 63

5
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Apresentação

A atividade do Instrutor de Trânsito, enquanto educador e


formador - especificamente na disciplina Noções sobe
Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas que
compõe o Curso Teórico-Técnico ao candidato à Primeira
Habilitação - não deve se limitar apenas ao objetivo de fazer
com que o aluno venha ter êxito nos exames de avaliação
teórica para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
Conforme a Resolução do CONTRAN nº 572 de 16 de dezembro de
2015, a carga horária exigida para a referida disciplina é de 3 (três) horas aula,
sendo cada hora aula de 50 minutos. Levando-se em consideração o rápido
avanço tecnológico, esse tempo se torna bastante limitado e desafia o Instrutor
de Trânsito a apresentar e repassar de forma clara, simples e objetiva, grande
quantidade de conhecimentos e informações de maneira eficiente e eficaz,
obedecendo ao atual conteúdo proposto em resolução, com a finalidade de
proporcionar aprendizagem significativa ao aluno.
Dessa forma foi necessário filtrar o que de mais proveitoso e direto pode-
se transmitir ao aprendiz, em três horas aula, conteúdos e conhecimentos sobre
o veículo que, na prática, vai estar mais presente no dia a dia do condutor recém-
habilitado.
Procuramos, também, desvincular vocábulos como: Mecânica Básica,
Noções de Mecânica Veicular, Mecânica Veicular, dentre outros, da
disciplina em questão para focar justamente em Noções sobre o
Funcionamento do Veículo, em linguagem acessível ao entendimento e de
acordo com que está proposto na legislação vigente com o intuito de se opor à
exigência de conhecimentos aprofundados que devem ser cobrados apenas a
um técnico no assunto.
Visando, enfim, simplicidade e objetividade, este material é apresentado
como mais uma proposta de recurso didático ao Instrutor de Trânsito de forma
resumida, contemplando em cada tópico de conteúdo assuntos que se entende,
no momento atual, mais relevantes ao aprendizado do aluno sobre as noções de
funcionamento do veículo automotor.
Este recurso didático é fruto da condensação de diversas pesquisas
realizadas em bibliografias, manuais e sites especializados sobre o assunto. Não
tem o objetivo de substituir as apostilas e materiais didáticos já existentes e
adotados pelos Centros de Formação de Condutores do estado de Pernambuco.
Também não é o intuito desta produção limitar o Instrutor de Trânsito à busca
de outras fontes de pesquisa para ampliação de conhecimentos, mas sim,
estimulá-lo à mudança para uma formação de maior qualidade.

6
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Introdução

Para dirigir com segurança, o condutor deve sempre respeitar as


legislações pertinentes, conhecer o veículo e cuidar do mesmo de forma
adequada, pois essas medidas são indispensáveis à segurança de todos no
trânsito. Algumas noções sobre o funcionamento do veículo de duas ou mais
rodas serão apresentadas a seguir para que o futuro condutor possa se
familiarizar de forma simples, prática e objetiva com o veículo e a condução
econômica e segura.

E para começar, segue uma ilustração dos principais Sistemas que


compõem o veículo:

Fonte: google.com.br – componentes de um veículo

Nos demais tópicos de conteúdos seguintes todos esses Sistemas serão


estudados de forma correlacionada.

7
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Equipamentos de uso obrigatório do veículo, sua utilização


e cuidados que se deve ter com eles.

A falta, inoperância ou o mau funcionamento dos Equipamentos de Uso


Obrigatório constitui infração de trânsito.
A verificação, manutenção e/ou a substituição periódica desses itens
mantêm o veículo sempre em bom estado de conservação e funcionamento
garantindo a segurança do condutor, passageiros e demais atores do trânsito,
resultando em uma condução mais econômica e segura.
A Resolução 14/98 do CONTRAN estabelece os Equipamentos
Obrigatórios nos veículos em circulação. De acordo com a legislação, transitar
com o veículo sem possuir tais equipamentos, com eles inoperantes ou em
desacordo com a regulamentação é infração de trânsito, com multa, acréscimos
de pontos na CNH, retenção do veículo e/ou recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual (CLA) para regularização.
- Ver também os Artigos 105 e 230 – CTB.

Obs.: Ver as Resoluções 228/07; 279/08; 454/13; 456/13; 551/15;


556/15 – todas do CONTRAN e Deliberação 137/13 - CONTRAN.

Conheceremos agora alguns Equipamentos Obrigatórios


conforme Resolução nº 14 de 06 de fevereiro de 1998 do
CONTRAN:

 Para-Choques dianteiro e traseiro

São componentes que podem diminuir os danos em caso de colisão frontal


e/ou traseira.

Obs.: Com a evolução automotiva os para-choques tradicionais ficaram


incorporados à própria estrutura do veículo.

8
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Verificação de itens básicos do veículo

 Faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela

A luz é um dos fatores fundamentais à


segurança. No trânsito é essencial ver e ser visto.
Isto pode se tornar uma condição adversa se a
luminosidade estiver em falta (lâmpadas queimadas)
ou em excesso. O condutor/proprietário deve,
sempre que necessário, checar as condições de uso
e regulagem de alinhamento dos faróis em local
especializado, verificando sempre o Manual do Proprietário. Essas condutas,
inclusive, estão disciplinadas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Art.
223 e Art. 230, Inc. XXII.

Além dos faróis convencionais temos:


DRL - Farol de Rodagem Diurna (DRL - Daytime
Running Lamp ou Daytime Running Light). Dispositivo de
iluminação automotiva posicionado na parte frontal do
automóvel. São instalados aos pares e ligados
automaticamente com o acionamento do veículo.
Ver Resoluções CONTRAN 667/17; 18/98 e
Projeto de Lei 5070/13.

 Luzes de posição dianteiras (lanternas ou faroletes) de cor branca


ou amarela

Indicam a presença e a largura do veículo. Devem ser usadas durante o dia,


em caso de chuva ou neblina – embora seja recomendável o farol baixo ou de
neblina - e à noite, com o veículo parado, no embarque e desembarque de
passageiros ou em operações de carga e descarga. Quando os faróis são acesos,
as luzes de posição também são acesas automaticamente.

 Lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e traseiras


de cor âmbar ou vermelha

Indica aos demais usuários na via que o condutor tem o propósito de mudar
de direção para a direita ou para a esquerda.

 Lanternas de posição traseiras de cor vermelha

Indica a presença e a largura (na parte traseira do veículo). Quando os


faróis são acesos, elas também são acesas automaticamente.

 Lanterna de iluminação da placa traseira de cor branca

Ilumina a placa de identificação do veículo.


9
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Lanternas de freio de cor vermelha

Na via, indica aos demais usuários/condutores que se encontram atrás do


veículo que segue à frente que o condutor está utilizando os freios.

 Lanterna de marcha à ré - de cor branca

Alerta aos demais condutores e pedestres que o veículo está se deslocando


para trás.

Dica! Confira se as luzes, lanternas e faróis estão funcionando


corretamente. Substituir uma lâmpada queimada é algo rápido e pode
evitar acidente e infração de trânsito.

 Espelhos retrovisores - interno e externos

Amplia a visibilidade do condutor. O espelho central (interno) garante


a visibilidade traseira durante a condução. Os espelhos laterais externos
(direito e esquerdo) ajudam o condutor a enxergar fora de visão periférica.

 Lavador de para-brisa

Ejeta água no para-brisa com o objetivo de limpar o vidro do veículo e


melhorar a visibilidade do condutor. Ver páginas 49 e 50.

 Limpador de para-brisa

Chovendo ou não, as palhetas do limpador de para-brisa devem estar


sempre em bom estado de conservação e funcionamento. Ver páginas 49 e 50.

 Pala Interna de proteção contra o sol (Para-sol) para o condutor

Evita a incidência direta de raios solares. Porém, deve ser usada apenas
em momentos específicos de grande brilho, pois reduz o campo de visão.
10
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Velocímetro

O Velocímetro indica a velocidade do veículo em movimento.

 Cintos de Segurança em perfeito estado de conservação e


funcionamento para todos os ocupantes do veículo

Estudos mostram que nos assentos dianteiros o cinto de segurança reduz o


risco de morte em 45% e nos assentos traseiros, em até 75%. Devem ser
ajustados firmemente ao corpo, sem deixar folgas. O cinto nunca deve passar
pelo pescoço e sim pelo ombro e diagonal ao tórax. A faixa inferior deve passar
abaixo do abdômen (passando pelos ossos do quadril).

Obs: Ver Artigos: 65; 105, Inc. I; 136, Inc. VI e Art. 167, todos do
CTB/97.

Para conhecer mais detalhes sobre os tipos de cinto de segurança e sua


obrigatoriedade, nos demais veículos, consulte os artigos 1º Inc. I, nº 22 e
29; Art. 2º Inc. IV, letras a, b e c e Art. 6º Inc. IV e Parágrafo Único da
Resolução 14/98 do CONTRAN.

 Veículos equipados com AIRBAG (Bolsa de ar/Almofada de ar)

Os Airbags não cumprem a função dos cintos de segurança, mas servem


de complemento para os mesmos, de modo que só se consegue o ganho de sua
eficiência e eficácia se os ocupantes estiverem utilizando corretamente os cintos
de segurança.
11
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

A princípio, sempre poderão ser menores os danos provocados pelos


Airbags do que a contusão direta no abdómen provocada pelo afundamento de
partes frontais do veículo.
É muito importante que os ocupantes do veículo se ajustem
adequadamente aos assentos, sempre respeitando a posição de transporte e
condução mais confortável e segura. Recomendável consultar o Manual do
Proprietário.
Segundo estudos atuais, os Airbags são mais
seguros, desde que se respeite uma distância de
aproximadamente 30 centímetros do corpo para o
volante. Isso evita ou minimiza impactos contra o
volante ou contra o próprio Airbag, se este chegar a
abrir.
Obs.: Conforme estudos recentes, no caso das Gestantes, desaconselha-
se o desligamento dos Airbags do condutor ou do passageiro ao lado do
condutor, a menos que o médico aconselhe o contrário por razões específicas.

O cinto de segurança deve ser usado inclusive no assento traseiro! O


condutor deve checá-lo, verificando a presença de cortes, falha no travamento
e a disponibilidade de uso do mesmo para todos os ocupantes do veículo.
Obs.: Ver Resolução nº 311 de 03/04/2009 do CONTRAN e
respectivas alterações.

 Triângulo de Sinalização

Obrigatório em todos os automóveis, o


triângulo é utilizado quando o veículo estiver
impossibilitado de se movimentar devido a
alguma pane ou acidente. É posicionado de
forma a avisar aos demais condutores e usuários
na via que há um veículo parado logo à frente,
diminuindo assim o risco de acidente.

 Como usar o Triângulo?


Conforme Resolução 36/98 do CONTRAN, a distância mínima para a
sinalização em uma emergência é de 30 metros da parte traseira do veículo.
Para definir o melhor local a se colocar o triângulo de sinalização é possível
utilizar a regra de 1 metro de distância para cada km/h de velocidade da via.
12
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Exemplo: se o limite de velocidade da via for 60 de km/h, o condutor deve


colocar a sinalização a 60 metros da parte traseira do veículo. Dependendo
das condições adversas, como chuva ou neblina, essa distância deverá ser
dobrada.
Na contagem, o condutor deve utilizar um passo longo que representa
aproximadamente um metro (1m) de distância.
Obs.: Sanada a pane, lembrar de recolher o Triângulo! (Art. 226 do CTB).

 Chave de Roda

Remove as porcas da roda do veículo. Utilizada no caso de troca de pneus.

Obs.: Interessante ter também uma chave de fenda ou


outra ferramenta apropriada para a remoção de calotas
(para veículos que necessitem) em caso de troca de pneus.

 Macaco, compatível com o peso e carga do veículo

Suspende o veículo no auxílio à troca dos pneus. Esse


equipamento deve estar sempre em perfeito estado de
funcionamento. Importante também que o condutor conheça o
modelo e como usá-lo.
Obs.: O macaco e a chave de roda podem ser dispensados em alguns
veículos, conforme Art. 2º, Inc. V da Res. 14/98 do CONTRAN.

 Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, naqueles


dotados de motor a combustão

Ruído excessivo causa prejuízo à saúde física e emocional afetando


particularmente a audição. A manutenção do Sistema de Escapamento
(Assunto detalhado na página 49) evita o aumento da emissão de ruídos.

 Pneus - especificações

Dica: Na troca dos pneus, como são muitos os detalhes a serem


observados, procure sempre vendedores especializados, pois é comum o
proprietário/condutor do veículo não possuir conhecimentos detalhados de todas
as especificações existentes!
13
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Os Pneus devem oferecer condições mínimas de Segurança

Pneus com Sulcos (frisos entre a banda de rodagem) menores que


1,6mm de profundidade já são considerados “carecas” e o uso dos mesmos não
é mais recomendado, pois já tem diminuída consideravelmente a aderência ao
solo, principalmente em piso molhado. Neste caso é necessário providenciar a
troca.
Como saber se a banda de rodagem
ainda está na espessura mínima de
segurança?
No fundo dos Sulcos existe o TWI
(Tread Wear Indicator): Indicador do
Desgaste da Banda de Rodagem indicando
que, se a Banda de Rodagem já se nivelou
ao TWI, então está na hora de trocar o
pneu.

De acordo com a Resolução 558/80


do Código Nacional de Trânsito - CNT
(Lei nº 5.108 de 21 de setembro de
1966), os Sulcos (profundidade
remanescente da banda de rodagem) já
citados anteriormente, devem ter no
mínimo 1,6mm de profundidade. Eles são
vitais para a correta drenagem da água na Banda de Rodagem em épocas de
chuva, podendo evitar a Aquaplanagem.

Como identificar e evitar as principais causas de desgastes


irregulares e prematuros na Banda de Rodagem dos Pneus:

A calibragem abaixo da indicada causa desgaste maior


nas laterais por causa do maior acúmulo de calor nessas
regiões.

Com a calibragem acima da indicada, a Estrutura Central do


pneu está suportando a maior parte do peso do veículo, o que
resultará em um desgaste maior nessa região do que nas laterais.
Para evitar a pressão de ar elevada nos pneus, deve-se calibrá-
los quando ainda estiverem frios. Após rodar alguns quilômetros a
temperatura interna dos pneus aumenta, elevando a pressão. Se
colocar ar dento dos pneus com a temperatura elevada, a
calibragem vai ser marcada errada. O Manual do Proprietário
indica a calibragem correta.
14
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Banda de Rodagem desgastada irregularmente:


Um lado do pneu fica mais gasto do que o outro. A causa
pode ser mau alinhamento (Geometria) dos pneus.
A calibragem adequada e alinhamento na
quilometragem recomendada pelo fabricante do veículo
evitam desgastes irregulares dos pneus. Os pneus do
eixo de tração se desgastam mais rapidamente tendo
diminuída a aderência ao piso, comprometendo a
segurança principalmente em dias de chuva.

Obs.: mais informações sobre a calibragem dos pneus ver páginas 21, 31,
40, 44 e 56.

Para reestabelecer o equilíbrio das rodas, o balanceamento é outro


cuidado que o condutor deve levar em consideração. É indicado quando o
condutor sentir vibrações no volante.
O alinhamento é importante quando houver desequilíbrio direcional ou na
troca do conjunto dos pneus.

Esses cuidados ajudam a diminuir o consumo de combustível e


contribui para o uso do veículo de forma mais sustentável e
ecologicamente correta em relação ao Meio Ambiente!

Surgindo bolhas, o pneu deve ser substituído


imediatamente, pois é um indicativo de dano
estrutural severo e irreversível na Carcaça, com sérios
riscos de estouro.
Necessário verificar a pressão correta de todos os
pneus e a quantidade de ocupantes e bagagem que o
veículo irá transportar, pois, quase todos os modelos
exigem pressões diferentes para essa condição. (Ver Manual do Proprietário).

Para o pneu reserva


(estepe) devemos observar
os cuidados necessários
como atenção à validade e às
perfeitas condições de uso.
Atualmente os tipos de pneus
são variados de acordo com o
fabricante, marca e modelo de cada
veículo.

15
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Obs: Além das especificações já apresentadas, existem ainda os tipos de


pneus Radiais e Diagonais.

Os mais utilizados atualmente são os pneus de Estrutura Radial,


fabricados com melhor tecnologia e durabilidade.

PNEU RADIAL PNEU DIAGONAL


- Com a Carcaça mais flexível, o pneu - Devido à rigidez de sua estrutura, o
absorve os impactos e alterações nos pneu é menos flexível na absorção de
relevos. impactos e alterações do relevo,
- A superfície de contato com o solo é deixando o condutor e o veículo mais
mais constante. A tração é, portanto, expostos a essas Condições Adversas.
transmitida de maneira precisa.

Existem, também, os pneus que são REMOLDADOS ou


RECAUCHUTADOS. Eles custam, no mercado, bem menos do que os
pneus novos.

16
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Estudos mostram que os pneus


REMOLDADOS (também
conhecidos como Remolds) –
duram metade do tempo de um
pneu novo (0 Km).
Esse pneu é feito a partir do
processo de reaproveitamento
de pneus desgastados que são
reconstruídos por meio da técnica
de vulcanização. Primeiro é feita
a raspagem da banda de rodagem
e das laterais (Flancos) do pneu a ser reformado. Porém, essa técnica apaga
informações como marca, modelo, dimensões, índices de carga e
velocidade, série e data de fabricação. Nova banda de rodagem e novas
laterais e inscrições são aplicados na velha carcaça.
Esse pneu pode ser considerado seguro se for reformado por empresas
especializadas que empreguem materiais específicos a tais procedimentos e que
sejam certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro).

Já os pneus RECAUCHUTADOS, diferentemente dos Remoldados,


passam por um processo de reforma onde é adicionada nova camada
de borracha colada e vulcanizada sobre a estrutura do pneu,
substituindo a banda de rodagem e os ombros (parte externa entre a banda de
rodagem e a lateral). O uso desse pneu é recomendado somente na tração
traseira (onde o atrito e movimentação com o solo é diferente da tração
dianteira), pois se algo soltar do pneu, o condutor continuará em movimento até
a parada do veículo. Da mesma forma que os pneus Remoldados, os
Recauchutados também devem ser reformados por casas especializadas e que
contenham o selo do Inmetro.

Vários profissionais da área não são a favor de pneus Recauchutados e


Remodelados. Segundo estes profissionais, esses tipos de pneus já são
aproveitados de pneus que já rodaram bastante, em média 50 mil Km“. Outra
desvantagem a ser levada em consideração é que quem adquire esse produto
fica sem saber qual a marca anterior do pneu e em que estado este se
encontrava antes de receber a nova camada de borracha.

Consulte o Art. 1º da Resolução CONTRAN nº 158, de 22 de abril de


2004, que impõe restrições ao uso desse pneu em alguns tipos de veículos!

Veja, também, a Resolução CONTRAN nº 416 de 09/08/2012 e


suas alterações que estabelece requisitos de segurança para veículos
de transporte de passageiros.

17
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Adquira sempre PNEUS NOVOS e em Lojas Especializadas. Jamais


obtenha pneus de procedência duvidosa.

Ainda existem os pneus RISCADOS (também conhecidos como


FRISADOS ou REABERTOS). Pneus Riscados são pneus “Carecas” que
tiveram seus Sulcos (cavidades) Reabertos, ou Aprofundados, ficando com
a aparência de “Pneu Novos”.

JAMAIS use esse tipo de pneu. Não é seguro, sequer vantajoso!

No pneu riscado a banda de rodagem já está muito diminuída. Isso


aumenta o risco de estouro, pois a camada externa de borracha já foi consumida.
A fina banda de rodagem que ainda resta é riscada (cortada ou escavada),
fazendo com que os novos Sulcos cheguem às camadas mais profundas e
importantes do pneu deixando este componente ainda mais frágil e suscetível a
furos, rasgos e explosões, sobretudo quando exposto a batidas ou a altas
temperaturas devido a um período prolongado de rodagem, como por exemplo,
em viagens longas. Essa conduta gera infração de trânsito conforme Art. 230,
Inciso XVIII DO CTB/97. Ver também o Art. 6º da Resolução 540/2015 do
CONTRAN.
Obs: Também se enquadram nesse contexto os pneus Vulcanizados de
forma Artesanal conforme fotos abaixo:

Jamais adquira esse tipo de pneu!

Dica! Havendo diminuição constante da pressão do ar de um dos pneus,


procure por cortes ou furos.
18
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Freio de Estacionamento com comandos independentes

Mais conhecido como Freio de Mão, perde a eficácia durante o uso caso
não esteja bem regulado, podendo causar acidentes. A forma correta de usá-lo
prolonga a vida útil do mesmo. Impede o veículo de se movimentar enquanto
estacionado. Geralmente atua nas rodas traseiras.

Freio de Estacionamento Manual Freio de Estacionamento Eletrônico

 Buzina

Equipamento de grande importância. Deve ser utilizada,


sempre em toques breves, em duas situações estabelecidas pelo
Código de Trânsito Brasileiro: para fazer as advertências
necessárias quando houver risco à segurança do trânsito e fora das
áreas urbanas, para indicar o propósito de ultrapassar outro
veículo. Art. 41 do CTB.

 Defeitos mais comuns que impedem o funcionamento da buzina:

 Fusível queimado.
 Quebra do suporte podendo danificar a fiação.
 Contato do volante com defeito.
 Fiação corroída.
 Absorção de água.

Obs.: Importante ter atenção ao conhecimento e


localização dos fusíveis! São peças pequenas e de
baixo custo. Quando apresentam problemas e não recebem
o devido tratamento podem comprometer a segurança e o
funcionamento de alguns sistemas. Eles protegem os
circuitos elétricos. Ocorrendo uma sobrecarga de corrente
elétrica, gerada por curtos-circuitos, por exemplo, o fusível se rompe para
proteger os componentes aos quais ele está ligado.
Cada circuito tem um fusível adequado para suportar a devida amperagem,
pois, fusível com amperagem diferente da determinada pelo fabricante pode
causar incêndio.
Exemplos de modelos de fusíveis:

19
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Noções de manuseio e do uso do extintor de incêndio

 Extintor ABC: uso em Sólidos, Líquidos, Inflamáveis e Materiais


Elétricos.
 Lacre: inspecionado periodicamente para a verificação de conteúdos e
componentes. A ausência do lacre indica que o extintor deve estar vazio
ou com carga incompleta.
 Manômetro: indica a pressão interna do extintor por meio de ponteiros e
faixas coloridas.
 Modo de uso:
- Aproximar-se cuidadosamente do foco de incêndio e de costas para o
vento.
- Romper o lacre, apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo,
movimentando o extintor em forma de leque.
- Use-o sempre na posição vertical.

Obs.: a carga do extintor de incêndio é suficiente apenas para princípios


de incêndio devendo o condutor conhecer, previamente, as instruções de
uso contidas no mesmo.

 Prazo de Validade e Uso Facultativo: Validade de 5 anos (Resolução


CONTRAN 556/15).

 Ver também Resolução Contran 157/04; 223/07; 272/08; 333/09;


516/15; 521/15 e 536/15.

Obs.: Conforme Resolução, o uso do extintor de incêndio em alguns


veículos passou a ser facultativo. Porém, se usado, tem que está em totais
condições de uso e portado em lugar adequado conforme modelo do veículo.

20
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Responsabilidade com a manutenção do veículo

A importância da leitura do Manual do Proprietário!

O Manual do Proprietário deve


ser lido por parte do proprietário/condutor
para conhecimento de todos os
componentes do veículo. Esse Manual
traz informações sobre a maneira correta
de ligar e desligar o veículo,
especificações de fluidos e lubrificantes
recomendados pelo fabricante, uso correto do câmbio, calibragem
recomendada aos pneus, dimensões do veículo e muitas outras informações
necessárias à boa condução do mesmo.

Manutenção Preventiva: se realizada


periodicamente previne falhas no veículo
evitando a quebra de equipamentos, mau
funcionamento dos sistemas ou a perda de
desempenho. Essa manutenção segue intervalos de
tempo definidos pelo Manual do Proprietário. Este
manual deve ser bem consultado para evitar problemas que
podem se agravar caso a intervenção prévia não ocorra. O
condutor pode realizar uma simples avaliação do veículo pela
observação visual (verificação do nível do óleo do motor,
direção hidráulica, etc.) como também, acionamento e
checagem de diversos itens e comandos. Exemplos de
manutenção preventiva são as trocas de óleo do motor, filtro
de óleo, de ar e de combustível, velas de ignição e correia de distribuição.
Importante também checar a calibragem dos pneus e inspeção de
equipamentos de segurança, etc.

Manutenção Corretiva: realizada


após a quebra do veículo, geralmente é
feita quando não realizada a devida
Manutenção Preventiva nos períodos indicados no
Manual do Proprietário. É destinada à correção
de um problema após seu acontecimento. É um tipo
de manutenção dispendiosa, além de tomar mais
tempo do proprietário do veículo e gerar
aborrecimentos.

21
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Você sabia que:

Dirigir com a mão apoiada na Alavanca de Câmbio


é um hábito comum em muitos condutores? Embora pareça
inofensivo, tal hábito pode causar vários defeitos no veículo.
Além de danificar o equipamento pode forçar o
funcionamento das marchas de forma incorreta com a
probabilidade de causar danos à caixa de marcha,
provocando desgastes no decorrer do tempo, pois, a pressão
da mão pode fazer com que o sistema engate marchas
incorretamente. Tal atitude ainda infringe a Legislação de
Trânsito (CTB/97 – Art. 252, V) que proíbe o condutor de dirigir com apenas
uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço,
mudar a marcha do veículo ou acionar os equipamentos e acessórios do veículo.
Os prejuízos não são apenas em veículos manuais. Nos veículos automáticos os
efeitos desse mau hábito podem ser maiores.

 Sistema de Embreagem - alguns componentes

Conduzir o veículo com o pé no pedal da embreagem pode diminuir o tempo


de vida útil, ou danificar definitivamente a mesma, em curto espaço de tempo.
Quando se apoia o pé neste pedal, o platô é afastado do disco promovendo o
lixamento deste. Ao gerar o desgaste prematuro do disco, o pé fixado no pedal
da embreagem poderá causar o superaquecimento desse Sistema, acarretando,
enfim, o desgaste prematuro.
Em geral, a perda da embreagem é notada com o veículo parado. Quando o
condutor tentar arrancar com o veículo, não conseguirá usá-la. Um dos indícios
de desgaste é o pedal pesado e dificuldade para passar marchas.
Na perda da embreagem é melhor parar o
veículo e trocar todo o Sistema (platô, disco,
colar, etc.), pois o desgaste de uma peça gera o
desgaste das outras peças do Sistema.
Enfim, evitando essa atitude, se prolonga a
vida útil dos componentes do veículo e reduz
bastante os custos com a realização da
Manutenção Corretiva.
22
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Alternativas de solução para eventualidades mais comuns

Para entender esse tópico, primeiro é importante conhecer algumas


particularidades do motor.

Motor e seus demais componentes

Divisões do Motor

Partes Fixas
Algumas Partes Móveis
(Cabeçote; Bloco e Carter)

23
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Detalhes da Composição do Motor de Combustão Interna

Visão Frontal do Motor Visão Lateral do Motor

Algumas Peças Chaves do Motor

 Válvulas

As válvulas de Admissão abrem no momento adequado para


permitir a entrada da mistura ar/combustível na câmara de
combustão e as válvulas de Escape permitem a saída dos gases
decorrentes da combustão.

 Pistão

Peça cilíndrica de metal que se move para cima e para baixo


no interior do cilindro.

 Biela

Haste que liga o pistão ao virabrequim.

24
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Virabrequim (Árvore de Manivelas ou Cambota)

Exerce função de transmissão da força


recebida pelo movimento dos pistões para a caixa
de câmbio e outros componentes como: polia da
correia de distribuição (dentada), polia da correia
do alternador, entre outros.

 Cárter

Fixado na parte inferior do motor, acumula seu óleo


lubrificante. Tem a função de manter um certo nível de
óleo para garantir a lubrificação do motor. Com o veículo
desligado, o óleo que circulou pelo
motor escorre, por gravidade, até
o Cárter onde fica acumulado para a próxima vez em
quem o motor for ligado. Esse reservatório ajuda também
a resfriar o óleo.

Aqui temos o Parafuso de Dreno do óleo que permite a retirada do


óleo que se encontra armazenado no cárter.

No quadro a seguir, identificamos os Quatro Tempos de funcionamento


do motor de Ciclo Otto.

Tempos de Funcionamento do Motor


1º - Admissão 2º - Compressão 3º - Explosão 4º - Escape

25
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Dica!
As Velas de Ignição fornecem, no momento certo, a
centelha (faísca) que inflama a mistura ar/combustível para
que a combustão possa ocorrer e o funcionamento do motor
aconteça.
Para mais detalhes do motor e seus componentes, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=xfp-XkHBQIo

 Situações comuns que podem prejudicar o correto funcionamento do


veículo e as atitudes necessárias para resolvê-las

 Combustível Adulterado
Destacamos alguns sinais fáceis de serem percebidos pelo condutor:

 Falha na partida - apesar de não representar


necessariamente um problema no combustível, pode ser
um indicativo forte de que há algo errado com o mesmo.
 Consumo elevado - se o veículo foi abastecido em um
posto diferente do habitual e o condutor percebeu um consumo fora do
normal é bom verificar.
 Perda de potência - neste caso, o motor é uma das peças mais
comprometidas, pois a perda de potência, barulhos e cheiros incomuns,
engasgos e falhas no escapamento são sintomas a serem observados.

Dica: procure abastecer em postos de combustíveis confiáveis.

 Superaquecimento

A característica típica é o Vapor. Se o veículo parar


de funcionar e, em seguida, ocorrer grande dissipação
de vapor de água, significa que a temperatura do motor
está alta.
Remova o veículo para a oficina especializada para
que seja efetuada a substituição das peças com defeito.

 Injeção Eletrônica

É o sistema responsável pela injeção de


combustível na câmara de combustão. Se a luz da
injeção eletrônica está acesa no painel e o motor
continua funcionando, pode haver uma falha nesse
sistema. Se a luz acender e o veículo parar, o sistema
de injeção está com problemas. Remova o veículo até
uma oficina especializada. Funcionamento irregular
desse sistema pode levar ao aumento no consumo de combustível.
26
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Bobina de Ignição

É responsável por gerar a corrente de alta tensão que


provoca a faísca nas velas. Ocorrendo problemas com a
peça, como curto-circuito, o motor irá trabalhar de forma
irregular, aumentando consideravelmente o consumo de
combustível. Procure um profissional especializado para
resolver o problema. O mau funcionamento desse
componente pode elevar o consumo de combustível.

 Bomba de Combustível

Pode falhar e não conseguir enviar o combustível na


pressão ideal exigida pelo motor. Se esse defeito ocorrer, a
peça precisa ser trocada imediatamente. Para aumentar
a vida útil desse componente evite conduzir o veículo
com o tanque de combustível na reserva.
Importante! O combustível também é responsável
pelo resfriamento da bomba.
Obs.: Nas figuras ao lado temos o Refil da Bomba (imagem menor) e o
conjunto completo da Bomba de Combustível (Sensor de Nível, Flange de
Vedação, Regulador de Pressão, etc.).

 Correia de Distribuição (Dentada)

Tem a função de passar a força do virabrequim para a


Polia do comando de válvulas. A correia de distribuição,
quando não trocada de acordo com a quilometragem
recomendada pelo fabricante, pode se partir com o veículo
em movimento.
Ao notar qualquer sinal de rompimento (motor parar de
funcionar) não tente dar a partida. A insistência na partida pode comprometer
seriamente várias peças do motor e causar grandes prejuízos.
Manobras como “cantar pneu”, fazer o motor “pegar no tranco” ou reduzir
a marcha de forma brusca podem ocasionar o rompimento dessa peça.
Importante ver Manual do Proprietário e/ou do fabricante da peça.

Obs.: Dependendo da montadora e modelo o


veículo pode ter o motor com corrente de
comando – (metal) ou correia de distribuição –
(borracha).

27
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Obs.: É recomendado realizar simultaneamente a


troca da correia de distribuição e do seu
Tensionador.

 Alternador

Esse componente, se apresentar defeito, pode


ocasionar pane elétrica no veículo. Ele é responsável por
transformar a energia mecânica em elétrica e, desse modo,
recarregar a Bateria e suprir toda a demanda dos
componentes elétricos e/ou eletrônicos do veículo quando
o Motor estiver em funcionamento.

 Correia do Alternador

Tem a função de passar a força do virabrequim para


a polia do alternador e outros sistemas como direção
hidráulica, ar-condicionado, etc. Essa peça deve ser
trocada no devido tempo de acordo com a recomendação
do fabricante da mesma.

 Bateria

Fornece energia ao motor de partida. Fornece,


também, energia elétrica para os componentes
elétricos/eletrônicos do veículo quando o motor está
desligado.
Caso a luz da bateria no painel de instrumentos
esteja acesa, o defeito pode estar tanto na bateria
quanto no alternador. Quando apresenta falhas, a
bateria não acumula carga elétrica fornecida pelo
alternador, impossibilitando o acionamento do motor
de partida.

28
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Identificação das Cores das luzes acesas no


Painel de Instrumentos do Veículo

O Painel de Instrumentos orienta, basicamente, o condutor sobre as


condições gerais do veículo.

Quanto mais moderno for o veículo e mais componentes eletrônicos possuir,


maior será o número de Avisos Luminosos em seu Painel de Instrumentos.
Por isso, pode ser difícil decorar todos embora alguns sejam auto descritivos e
de fácil interpretação. Porém, é possível ter uma noção do que está acontecendo
no veículo pelas cores das luzes que aparecem neste painel.

Divisão das Cores:

 Brancas, Azuis ou Verdes - quando acesas, indicam, apenas, o


acionamento de algum equipamento ou acessório. Ficam ligadas enquanto o
componente estiver funcionando. Ex.: Lâmpada piloto azul.

 Amarelas ou Âmbar – quando acesas, significam alguma Advertência.


Indicam também que possíveis falhas moderadas estão acontecendo, mas
não impedem o veículo de continuar funcionando. O problema pode se
agravar com o tempo. O condutor deve procurar uma oficina especializada
para verificar/corrigir o problema.

 Vermelhas, significam Emergência - quando acesas, o problema pode ser


grave e necessita de reparo imediato. Se o veículo continuar funcionando
com uma dessas luzes acesa, pode causar severo dano ao respectivo
componente. Também pode indicar a inoperância ou mau funcionamento do
componente ao qual esse aviso luminoso está indicando, podendo
comprometer a segurança do condutor, demais ocupantes do veículo e do
trânsito.

Para melhor familiarização e domínio do veículo e apropriação dos recursos


fornecidos por ele, é de fundamental importância conhecer e compreender o
Manual do Proprietário.
A seguir, serão apresentadas algumas dessas luzes como exemplo.

29
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Luzes de Emergência - Indicadores

 Mau funcionamento dos Airbags

Significa que foi detectado um problema no sistema de Airbag e


o mesmo poderá não funcionar em caso de acidente.
Obs.: Essa luz pode ser amarela em alguns veículos.

 Carga da Bateria
Pode ser algum problema na própria Bateria, no alternador ou
no circuito de carga. Essa luz deve acender no momento da ignição
e apagar completamente quando o veículo estiver ligado. Se
essa luz acender quando o veículo está em movimento, significa
que a Bateria não está sendo recarregada.

 Temperatura (Líquido de Arrefecimento)

Pode indicar possível superaquecimento do motor ou que este


está breve de acontecer. Esse termômetro aceso pode indicar
também que há falta de água, falha no sistema de ventilação ou
nos sensores.

 Pressão de Óleo do Motor

Avisa que a pressão do óleo do motor está abaixo do mínimo


necessário. Acontece por panes na bomba ou na válvula de alivio
do sistema, folgas excessivas nos mancais ou o motor
superaquecido. Porém, se essa luz acender, mesmo com o óleo
no nível, o condutor deve parar imediatamente o veículo e
removê-lo à oficina especializada.
 Funcionamento defeituoso do Sistema de Freio

Pode acender, com o veículo em movimento, para indicar que


o fluido de freio atingiu o nível mínimo necessário para o
funcionamento dos componentes do sistema de freios ou para
indicar que o freio de mão está acionado.

 Cinto de Segurança

Em alguns veículos pode acender a luz do cinto de segurança


juntamente com aviso sonoro. Caso o condutor não afivele esse
componente, assim que girar a chave, a luz dará o sinal.

30
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Luzes de Advertência - Indicadores

 Injeção Eletrônica

Acende no momento da ignição, mas deve apagar logo em


seguida. Caso ela esteja acendendo com frequência pode
significar problemas no Injetor ou no catalisador causando
consumo excessivo de combustível, aumento de emissão de
gases poluentes ou falhas na própria ignição.

 Pré-Aquecimento das Velas

Em alguns veículos Flex mais modernos e que não precisam


do tanquinho de combustível, essa luz acende para avisar que o
sistema entrou em funcionamento para aquecer o etanol antes de
injetar no cilindro. Em veículos que possuem o reservatório de
gasolina, significa que o combustível está sendo usado.

 Controle de Tração

Nos veículos que possuem tração 4x4, irá acender para


mostrar que esse sistema - que melhora a distribuição de força
do motor e garante maior estabilidade - foi acionado.

 Baixa pressão do Pneu


Irá acender para mostrar que os pneus estão murchos ou
com excesso de pressão. Manter a calibragem correta é
fundamental para evitar acidentes, diminuir desgastes
irregulares nos mesmos e trazer mais segurança.

 Mau funcionamento do ABS

Acende quando o veículo é ligado. Se essa luz não apagar,


algo errado pode estar acontecendo. Os problemas no sistema
ABS podem ser: pastilhas gastas, mau contato, montagem
errada, etc. Procure um profissional especializado.

 Nível de Combustível

Indica que o combustível chegou à reserva. É muito


recomendado ir até o posto mais próximo para abastecer e
evitar a Pane Seca (falta de combustível).

Para mais detalhes sobre os requisitos de localização,


identificação e iluminação dos controles, indicadores e lâmpadas
piloto, consulte as Resoluções CONTRAN nº 225/17 e 758/18.
31
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

O que significa a pequena SETA localizada ao lado do símbolo


(aviso luminoso) do Depósito de Combustível?

Muitos condutores, inclusive os já habilitados há anos, desconhecem esse


pequeno detalhe que faz toda a diferença na hora de abastecer o veículo.

Dependendo do modelo do veículo, a Seta pode apontar


para o lado esquerdo ou para o lado direito. Ela serve para
indicar de que lado do veículo está localizado o bocal de
enchimento do depósito de combustível, facilitando,
assim, o local de parada nos postos de abastecimento.

É bom lembrar da atenção que se deve ter para evitar


a Pane Seca (veículo deixa de funcionar por falta de
combustível).
Conduzir o veículo com o depósito de combustível na
reserva, (figura ao lado), pode danificar a bomba de
combustível. Prefira deixar o depósito com no mínimo ¼
de combustível para preservar o bom funcionamento da
bomba, prolongando-lhe a vida útil.
O veículo imobilizado por falta combustível gera infração de trânsito e
pontuação negativa na CNH. Art. 27 e Art. 180 do CTB/97.

Dica: Quando, no posto de combustível, for completar o tanque de


combustível do veículo, assim que a trava da bomba de combustível
disparar (terminou o abastecimento), deve-se parar o abastecimento e não
tentar encher o tanque do veículo até a boca. Se insistir em tal procedimento, o
combustível acabará encharcando o CÂNISTER (Filtro que reduz a liberação de
gases nocivos ao meio ambiente). O CÂNISTER encharcado se dissolve e leva
partículas que vão para o Tanque de combustível podendo danificar o Motor.
(https://globoplay.globo.com/v/2236519/).

Sobre o Hodômetro

Aqui temos o Hodômetro. Ele indica a


quilometragem (distância) percorrida pelo veículo. É
importante para o acompanhamento das manutenções
preventivas. Trabalha em conjunto com o velocímetro,
pois a velocidade é calculada entre a distância percorrida
e o tempo gasto.

Duas informações diferentes no Hodômetro:


- Quilometragem Parcial: que pode ser iniciada, pausada e reiniciada pelo
próprio condutor (geralmente utilizada para fazer média de consumo, quando o
veículo não conta com computador de bordo).
- Quilometragem Total: a quilometragem percorrida pelo veículo desde o
momento em que sai da linha de produção.
32
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Condução Econômica e inspeção mecânica (pequenos reparos)

- Condução Econômica

É a forma de conduzir o veículo acionando os mecanismos de controle


(acelerador, freios, direção, caixa de transmissão...) em sintonia com as
situações encontradas ao longo das vias (subidas, descidas, retas e curvas).
Conduzir o veículo de forma correta é importante pois, além de proporcionar
economia financeira e, consequentemente, de recursos materiais, proporciona
também notável desempenho e segurança tanto do veículo como do condutor.

Vejamos algumas dicas!

 Acelere com suavidade

Ao “pisar fundo” no acelerador, o consumo de


combustível pode aumentar bastante, pois o motor injeta
mais combustível para a queima. É importante dosar o
acelerador, não acelerando mais que o necessário.

 Diminua a velocidade

A velocidade alta faz com que a rotação do motor aumente e,


consequentemente, cresce também o consumo de combustível. Quanto maior a
velocidade, maior a resistência do ar sobre o veículo, o que exige mais força do
motor para vencer essa resistência.

 Desça engrenado

Algumas razões para não usar a “banguela” em declives:

 Proibido por lei – Art. 231, Inciso IX do CTB;


 Não economiza combustível;
 Maior desgaste dos freios;
 Pode danificar o motor.

 Evite freadas bruscas

O condutor não deve esperar chegar perto do ponto de parada ou


obstáculo para frear. Recomenda-se antecipar a redução da velocidade, tirando
o pé do acelerador para que o veículo perca velocidade gradativamente. Assim,
além de parar com suavidade e segurança, economizará combustível e
prolongará a vida útil de peças como pneus, pastilhas de freios e outros
componentes da suspensão.
33
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Desligue o ar-condicionado

O ar-condicionado consome parte da potência do motor. Aconselha-se não


usar o ar-condicionado em dias mais frios. Aproveite a ventilação natural sempre
que possível. Em viagens é interessante o uso desse acessório, pois neste caso,
os vidros abertos aumentam a resistência do ar natural no deslocamento do
veículo, ocasionando consumo considerável de combustível.

 Use marchas mais altas e de forma correta

Sempre que possível, em terrenos planos ou leves declives, mantenha


marchas mais altas a fim de buscar uma menor rotação do motor. Durante uma
aceleração ou retomada de velocidade procure adequar a marcha correta antes,
garantindo maior economia de combustível. Quanto menor a rotação do motor,
menor o consumo de combustível para uma mesma velocidade.

Devemos entender, então, o tempo certo para trocar a marcha:

 1ª Marcha: para se mover, manobrar e andar lentamente.


 2ª Marcha: para se deslocar em aclives íngremes e aumentar a velocidade.
 3ª Marcha: para aumentar a velocidade e fazer a intercalação entre a 2ª
e a 4ª marcha.
 4ª Marcha: usada para dirigir em velocidades geralmente mais altas do
que 50 km/h.
 5ª ou 6ª: marcha que proporciona uma melhor economia de combustível.
Usada em velocidades mais altas.

 Calibre corretamente os pneus

Ver páginas 21,31, 40, 44 e 56.

 Evite transportar bagagem desnecessária e em desacordo com a lei

O desempenho e o consumo são bem melhores


quando o veículo está mais leve. Assim, evite
sobrecargas. Ver Resolução Contran nº 349 de
17/05/2010 e Art. 231, Inc. II, IV e V do CTB/97.

 Ande em dia com a Manutenção Preventiva

Garante um bom desempenho, não só do motor, mas do veículo de uma


forma geral e, consequentemente, um menor consumo de combustível. Faça
revisões conforme as recomendações do Manual do Proprietário do Veículo.
34
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Evite horários de pico – planeje as rotas

Nas regiões metropolitanas o maior fluxo de


veículos geralmente acontece entre 7h e 9h e entre
17h e 20h. Uma vez que possível, é interessante
se programar para evitar transitar nesses horários
de congestionamento que aumentam o tempo da
viagem e elevam o consumo de combustível.
Procure ter percursos alternativos.

- Inspeção Mecânica (Pequenos reparos)

Alguns procedimentos simples podem ser adotados pelo


proprietário/condutor com o objetivo de evitar ou minimizar danos aos sistemas
que compõem o veículo:

 Combustível - sempre abastecer em postos conhecidos. Não se deve deixar


o combustível parado no tanque por muito tempo pois, a gasolina, por
exemplo, começa a formar resíduos que podem obstruir os filtros (com o
etanol isso leva mais tempo), entupindo os injetores, nos veículos a injeção
eletrônica e, nos veículos mais antigos, os carburadores.

 Lubrificantes – além de verificar a regularidade das trocas de óleo, bem


como o nível do mesmo – que não pode exceder ao nível máximo e nem
chegar ao mínimo, conforme Manual do Proprietário - deve-se evitar o
complemento com óleo de qualidade inferior ao que está sendo utilizado no
veículo ou óleo diferente do recomendado pelo fabricante. Ver página 37.

 Filtros de ar, óleo e de combustível – verificar intervalos de trocas


regulares no Manual do Proprietário e utilizar a especificação
recomendada pelo fabricante do veículo.

Veículos que transitam constantemente em estradas não pavimentadas


devem antecipar a troca, pois o acúmulo de sujeira retido no mesmo é muito
maior em curto espaço de tempo.
O excesso de sujeira no filtro de ar do motor pode danificá-lo, ocasionar
aumento de consumo de combustível, mau funcionamento e redução de
potência.

35
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Limpadores de Para-brisas - cheque sempre as palhetas e as borrachas.

 Freios - o nível do fluido de freio e possíveis vazamentos devem sempre ser


checados. Se houver ruídos, trepidações, perda de eficiência ou pedal duro,
leve o veículo para uma avaliação mais detalhada. O fluido de freio, devido
as suas características, devem ser trocados a cada 2 anos.

 Velas e Cabos – em geral, os fabricantes indicam a periodicidade/


quilometragem da troca das velas. No entanto, no ato da troca destas, é
recomendável examinar, também, o estado em que se encontram os seus
respectivos cabos. Quaisquer falhas nestes componentes podem danificar
outros componentes do sistema, além de interferir no consumo e
desempenho do veículo.

 Suspensão - o sistema de amortecimento e estabilidade do veículo é tão


importante quanto os demais sistemas. Além dos amortecedores, molas,
buchas, bandejas, pivôs e terminais também precisam de inspeções
periódicas para evitar que o veículo tenha a sua estabilidade e segurança
comprometidas. Ver páginas 41 e 44.

 Correia de Distribuição - a substituição preventiva da peça deve ser


efetuada de acordo com as recomendações do fabricante. Seu rompimento
pode danificar gravemente o motor. Ver páginas 21, 25, 27 e 28.

 Radiador – junto com o fluido de arrefecimento é um dos componentes


responsáveis pelo resfriamento do motor. Deve-se, por isso, verificar a data
limite de troca desse líquido. (Ver Manual do Proprietário). O nível do
líquido no reservatório de expansão do radiador deve ser diariamente
verificado. Em caso de vazamentos, deve-se procurar o especialista para a
resolução do problema, bem como verificação de demais componentes tais
quais, o funcionamento da válvula termostática, da bomba d'água e do eletro
ventilador, etc.

 Sistema elétrico do veículo – para viajar com segurança é importante


fazer um check-up em todo esse sistema, dando especial atenção a
componentes como bateria, motor de partida, alternador, lâmpadas, faróis,
fusíveis, etc.
Aconselha-se não deixar dispositivos elétricos funcionando/acionados por
muito tempo, como rádio, faróis, etc. caso o motor esteja desligado para não
descarregar a bateria.

 Pneus – importante verificar as condições gerais de uso antes da viagem.


Ver páginas 13, 14, 15, 16, 17 e 18.

36
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Motor Flex – Etanol & Gasolina

Atualmente a grande maioria dos automóveis produzidos no Brasil são


equipados com motores bicombustíveis (funcionam com misturas de etanol e
gasolina em qualquer proporção) e inclusive, são os mais comercializados.
O motor Flex, em sua composição, tem componentes apropriados à
utilização simultânea do etanol e da gasolina, e os tempos de queima da mistura
são eletronicamente controlados se adaptando à proporção da mistura usada no
momento.
Para maiores esclarecimentos sobre essas características é importante
consultar sempre o Manual do Proprietário, pois este informa com mais
detalhes sobre o modo de uso de cada combustível, inclusive as vantagens em
economia de seu uso em determinados percursos.

37
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Verificação diária dos itens básicos: água, óleo, calibragem


dos pneus, dentre outros.

 Óleo lubrificante do Motor

Deve ser verificado. O óleo lubrificante tem, dentre algumas de suas


funções, reduzir o atrito entre as peças móveis do motor, troca de calor, etc. Por
isso é importante ter atenção a essa verificação que é uma das atividades de
manutenção mais simples e mais importante. Resolver um problema no sistema
de lubrificação antes que danifique o motor pode gerar grande economia de
tempo, dinheiro e evitar aborrecimentos. O melhor momento para a verificação
do nível de óleo é quando o motor está frio e nivelado em relação ao terreno.
Basta localizar a vareta, retirá-la e verificar a marcação do nível.
Se constatar que o óleo está abaixo do nível indicado, realize o
complemento com o mesmo óleo ou óleo de qualidade superior ao qual está
sendo utilizado. O nível do óleo pode baixar um pouco, pois os próprios
fabricantes especificam no Manual do Proprietário do Veículo a proporção
desse consumo.

Persistindo a necessidade de complemento do óleo lubrificante em curtos


espaços de tempo e quilometragem, procure a oficina especializada para melhor
diagnosticar possíveis problemas.

Obs.: no momento da troca de óleo é indicado que o motor esteja aquecido


para que o óleo velho escorra com mais facilidade.

 Fluido de Direção Hidráulica/Assistida

A direção hidráulica, presente na


maioria dos veículos, tem como principal
objetivo reduzir o esforço do condutor ao
fazer manobras com o volante. O nível de
seu fluido no reservatório deve ser sempre
verificado e a troca realizada de acordo com
o Manual do Proprietário.
Além da direção hidráulica, existem também a direção mecânica (manual)
e a direção elétrica que atualmente é a mais moderna dentre os sistemas de
direção veicular.
38
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Bateria

Ao virar a chave na ignição e não sendo possível realizar


a partida no motor do veículo a bateria pode estar
descarregada. Emergencialmente, o motor pode ser ligado
usando outra bateria que tenha a mesma voltagem a que está
descarregada utilizando-se cabos especiais conectados aos
terminais das respectivas baterias, observando as
polaridades.
Dicas! Evite o uso de carregador de bateria para dar partida de
emergência. Isso pode danificar alguns componentes eletrônicos do
veículo. Também não é aconselhável colocar o veículo para “pegar no tranco”,
pois tal procedimento pode danificar seriamente o motor.

 Fluido/Água do radiador para arrefecimento do motor

Sob o capô do veículo, perto do motor,


está o Reservatório de Expansão do líquido
de arrefecimento do motor. Este
reservatório indica o nível do fluido/água
entre o máximo e o mínimo, que deve ser
respeitado.

O radiador, ligado ao referido reservatório, armazena o


líquido/fluido (aditivo diluído em água) que circula pelo
motor, quando este está em funcionamento, mantendo sua
temperatura ideal, juntamente com os demais
componentes do Sistema de Arrefecimento (Ex. bomba
d`água, válvula termostática, mangueiras, etc.). A
verificação do nível do líquido do reservatório de expansão
do radiador pode ser realizada visualmente. Havendo necessidade de seu
complemento, o veículo deve estar desligado e com o motor frio.
Caso haja a necessidade de complemento, abra a tampa do reservatório e
faça o complemento com água destilada ou potável.
Se o nível do líquido baixar com maior frequência, algum problema pode
estar acontecendo. Neste caso, consulte um profissional especializado para um
diagnóstico preciso.
Dicas! Nunca se deve realizar o complemento excedendo o limite
máximo indicado no reservatório.
Lembrar ainda que, havendo a necessidade de substituição de todo o
líquido do sistema, deve-se utilizar aditivo na concentração recomendada pelo
fabricante. Ocorrendo a necessidade de complemento do aditivo (por perda,
através de vazamentos, de considerável quantidade de liquido) observada por
profissional especializado, complementar com aditivo de marca igual da que está
sendo utilizada no veículo.
Para mais detalhes ver páginas 36, 46 e 47.
39
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Luzes

É importante verificar todas as funções de iluminação como faróis,


lanternas, luzes de freio, luz de ré e setas. À noite, com ajuda de outra pessoa,
a garagem é um bom local para essa checagem.

 Pneus

Antes de iniciar qualquer percurso é sempre bom fazer uma verificação


rápida das condições gerais de todos os pneus.

Obs.: Certifique-se de que o pneu estepe se encontra devidamente


calibrado e dentro do prazo de validade.

Dicas!

Observe a forma correta de estacionar o veículo


pois, dependendo da forma como o veículo é
posicionado, além de poder dificultar as manobras,
pode também danificar a estrutura do pneu.

Não se deve conduzir o veículo com o pneu


descalibrado, pois além de aumentar o consumo de
combustível, pode interferir na dirigibilidade e
segurança, como também danificar a sua estrutura.

Lembrar também que “meio-fio” é um dos grandes


inimigos dos pneus.

Para mais detalhes sobre Pneus, ver páginas 13, 14 e 15, 16, 17 e 18.

40
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Cuidados e revisões necessárias anteriores a viagens

Conforme mostrado na introdução deste material e na figura a seguir, o


veículo é composto por vários sistemas, componentes e acessórios que precisam
estar em perfeito estado de funcionamento. Por isso, o condutor deve se
apropriar de todos os recursos tecnológicos existentes no veículo para,
consequentemente, conduzi-lo com segurança, inclusive em deslocamentos de
longa distância.
A seguir, serão apresentados alguns itens importantes a serem observados
antes da realização de viagens.

 Sistema de Suspensão

- Alguns componentes
Esse sistema estabiliza o veículo quando em
movimento, proporcionando segurança e conforto por
absorver os impactos causados pelas irregularidades
da via. Vias em mau estado de conservação podem
causar o desgaste prematuro de alguns componentes
desse sistema. Como o sistema em questão é
composto por diversas peças - amortecedores, pivô de
suspensão, molas, batentes, dentre outras -
rangidos, batidas secas ou ruídos que se assemelham
a folgas, devem ser averiguados.
Um dos indicativos de problemas nos amortecedores pode ser identificado
quando o veículo “pula” ao passar em ondulações.
Lembrando que desgastes nesse sistema podem ocasionar a perda da
estabilidade e controle do veículo, principalmente em curvas e frenagens!
Importante fazer a substituição do componente com defeito observando o
que determina o fabricante, como por exemplo, o prazo de validade dos
amortecedores.

41
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Sistema Elétrico - Composição

Gera, armazena e distribui


energia elétrica necessária aos
componentes elétrico-eletrônicos do
veículo. É composto por peças como,
alternador, motor de partida, bateria,
bobina, velas, distribuidor, UCE
(Unidade de Comando Eletrônico), etc.
Verifique o estado de conservação e a
tensão da correia do alternador.

 Sistema de Freios

Basicamente é composto por pastilhas de freio, cilindro mestre de freio,


cilindros de rodas, servo freio, discos e tambores de freio, fluido de freios, etc.
Estes componentes devem ser verificados periodicamente ou quando o condutor
perceber alguma anomalia, pois ficam expostos a altas temperaturas e
demandam um esforço mecânico contínuo.

42
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Obs.: Importante verificar sempre o nível do fluido de freio. Caso o fluido


necessite ser completado com certa frequência é um indicativo de que o
sistema pode estar com algum problema como, por exemplo, vazamentos.
Nessa situação o veículo deve ser levado, imediatamente, a um profissional
especializado.

Verificando-se, ainda, que o nível do fluido de freio está baixo sem que
haja vazamento no sistema, é um forte indicativo que existe desgaste acentuado
nas pastilhas de freio. Neste caso, também, deve-se levar a um profissional
especializado para a verificação e substituição das peças.

Apesar de utilizarem peças diferentes, ambos os componentes (tambor e


disco) trabalham sob o mesmo princípio - utilizam a pressão hidráulica para
gerar o atrito necessário à desaceleração das rodas e consequentemente, do
próprio veículo.

No freio a tambor, um cilindro hidráulico recebe a pressão do sistema para


encostar as lonas, presas às suas sapatas, contra a superfície interior do tambor,
gerando o atrito.

Já no freio a disco, é uma pinça hidráulica que recebe a pressão do sistema


para pressionar as pastilhas contra a superfície do disco em movimento, gerando
o atrito. Caso sejam identificados ruídos nas rodas dianteiras quando o pedal de
freio é acionado, pode ser sinal de desgaste da superfície do disco ou das
pastilhas de freio.

 ABS
Visando maior segurança no controle do
veículo, novas tecnologias surgem e são
incorporadas ao sistema de frenagem veicular.
Temos o exemplo do ABS (Sistema de Freio
Antitravamento) que, obrigatório no Brasil desde
01/01/14, foi desenvolvido para evitar o
travamento e consequente derrapagem das
rodas. Seu funcionamento é possível pela atuação
de sensores instalados nas rodas, coordenados
aos comandos do módulo eletrônico do ABS.
43
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Tendo a noção da importância desse sistema se faz necessário uma


checagem de seu funcionamento e desgaste das peças para uma possível troca
antes de realizar a viagem.

Atenção às Dicas! Os freios, tanto a disco como a tambor, podem ter seu
desempenho reduzido, momentaneamente, quando passar por locais
alagados ou quando o veículo for lavado por baixo.

Após a substituição das pastilhas de freio é comum, nos primeiros 100 a


200 quilómetros, o condutor perceber uma redução na eficiência dos freios. Isso
pode ocorrer em função da acomodação dos componentes.

 Rodas

Havendo diminuição constante da pressão do ar de


um dos pneus, a sua origem pode estar relacionada
à corrosão decorrente de ferrugem/amassamentos
na roda de Aço/Ferro. Já nas rodas de Liga Leve
procure por amassamentos ou trincas.

O reparo pode ser simples e realizado por um


especialista na área. Dependendo do caso, a substituição pode ser necessária
com o objetivo de garantir a segurança.

As dimensões das rodas e dos pneus não devem ser modificadas


por questões de estética, pois isso pode comprometer seriamente a
estabilidade e a segurança do veículo, além de poder aumentar o
consumo de combustível e haver desgaste prematuro de alguns dos
componentes da suspensão.

- Chave de Roda, Macaco e Triângulo

Certifique-se da existência, no veículo, desses equipamentos obrigatórios


bem como do estado de conservação e funcionamento. Ver páginas 12 e 13.

- Geometria (Alinhamento) e Balanceamento da Rodas/Pneus

Muitas vezes são deixados de lado. Porém, os sintomas costumam


aparecer somente em velocidades mais altas como, vibrações ao volante, no
caso de rodas desbalanceadas. No caso de desalinhamento da direção, o veículo
geralmente puxa para um dos lados, o que não deve ser confundido com o pneu
descalibrado (calibragem abaixo da recomendada). O desalinhamento pode
ser causado também pelo desgaste de peças da suspensão/direção ou buracos
na via.

44
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Sistema de Direção

Sistema de Direção Hidráulica

Transmite o movimento de rotação do


volante à coluna de direção e à caixa de direção,
fazendo com que as rodas e pneus girem em torno
de seu eixo, resultando nos movimentos laterais
do veículo. Esse sistema é composto por peças
como volante, coluna de direção, caixa de direção,
barra de direção, terminal de direção, etc.
Sinais como folgas, que comprometerão a estabilidade do veículo, ruídos
estranhos ao girar o volante, volante mais duro do que o normal, tremor no
volante, mesmo em estradas boas podem ser percebidos pelo condutor.
Identificando tais sinais, procure imediatamente o profissional especializado.

Obs.: Além do sistema de direção hidráulica, que equipa a maioria da


frota, ainda existem veículos equipados com direção mecânica (Fusca,
Chevette, Kombi, etc.).

Atualmente, muitos veículos estão sendo produzidos com direção


elétrica, que é mais confortável e interfere positivamente no consumo de
combustível. Ver pág. 38 - Fluido de Direção Hidráulica.

Modelos de Caixa de Direção

Dica: o complemento ou substituição do óleo de Direção Hidráulica deve


obedecer às especificações recomendadas pelo fabricante do veículo.

45
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Sistema de Arrefecimento

Atualmente, os motores dos


veículos precisam de temperatura
ideal para manter-se em pleno
funcionamento. Problemas no
Sistema de Arrefecimento podem
causar severos danos ao motor. O
Manual do Proprietário deve ser
consultado para facilitar a
manutenção dos componentes desse
sistema como: radiador, bomba
d’agua (mantém o fluido de
arrefecimento em circulação), mangueiras, sensores de temperatura, válvula
termostática, etc.
Esse conhecimento contribui para uma correta manutenção, prolongando
assim, a vida útil do motor e de seus componentes.
Lembrando que nos veículos com motores
arrefecidos a ar (Fusca, Brasília, etc.) não existem
itens como a bomba d`água, mangueiras, radiadores,
etc.

Bomba d`Água Sensor de Temperatura do Painel

Válvula Termostática Eletroventilador

- Atenção ao nível de Fluido/Água

Ver pág. 30,36,39 e 47. – Líquido do Radiador.

46
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

- Atenção ao “Sinal Amigo” no Painel

No Painel de Instrumentos, junto às luzes


indicadoras do funcionamento de outros sistemas
do veículo há o termômetro que indica a
temperatura do fluido/água do Sistema de
Arrefecimento. O ponteiro nunca deve chegar perto
do vermelho, como mostrado na figura ao lado,
quando a temperatura do motor passa do ideal.
Se isso ocorrer, pare imediatamente o veículo! Caso contrário, há grave
risco de danificar seriamente o motor, o que trará grande prejuízo financeiro e
possíveis aborrecimentos.

 Ar Condicionado

Verifique o funcionamento do ar condicionado em


oficinas especializadas e os intervalos de troca do filtro
de cabine/ar condicionado, optando, sempre que
possível, pela higienização do sistema para evitar o
aparecimento de fungos e bactérias. É importante
lembrar que o bom funcionamento desse sistema
proporciona conforto e segurança ao condutor e demais
ocupantes do veículo. Para mais esclarecimentos, consulte as orientações
contidas no Manual do Proprietário.

Dica! Evite acionar o ar condicionado com o motor do veículo ligado e em


alta rotação, pois essa conduta pode danificar/diminuir a vida útil de
alguns componentes do sistema.

 Sistema de Alimentação

Nos veículos atuais, equipados com injeção eletrônica de combustível, esse


sistema é composto por vários componentes, entre eles, tanque de combustível,
bomba de combustível, filtro de combustível, regulador de pressão e bicos
injetores. Esse sistema disponibiliza a quantidade ideal de combustível ao
perfeito funcionamento do motor.
Regulador de Pressão Refil da Bomba de
Bicos Injetores
do Combustível Combustível

47
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Surgindo alguma falha nesse sistema, como por exemplo, vazamentos,


o motor pode deixar de funcionar corretamente, elevando o consumo de
combustível com o surgimento de cheiro característico deste. Remova o veículo
para a oficina especializada onde o profissional diagnosticará o defeito para fazer
os reparos necessários.
Importante verificar, conforme orientação do Manual do Proprietário, o
período de troca do filtro de combustível, pois o mesmo retém as impurezas do
combustível.

Carburador & Injeção Eletrônica...

Há algumas décadas a injeção eletrônica surgia para substituir o antigo


carburador. Ela é mais eficiente, pois diminui o consumo de combustível e
causa menos impacto ambiental.
Os carburadores foram os primeiros componentes de alimentação de
combustível da história automotiva, sendo empregados nos veículos até meados
dos anos 90.
Na injeção eletrônica de combustível a mistura de ar/combustível ocorre,
de forma eletrônica, na dosagem correta na câmara de combustão.

No sistema de alimentação de combustível equipado com


carburadores, essa mistura é realizada de maneira mecânica,
impossibilitando a dosagem correta do ar/combustível, tornando
os veículos equipados com esse sistema menos econômicos no
que se refere ao consumo de combustível.

 Sistema de Transmissão

É responsável pela transmissão de força, rotação e torque do motor até às


rodas. As transmissões mais comuns são a manual (mecânica) e a
automática. Na transmissão manual, as trocas das marchas só ocorrem com a
intervenção do condutor. É composto por um conjunto de componentes
(diferencial, embreagem, caixa de marchas, entre outros).

Abaixo, algumas peças desse sistema:

Câmbio/Caixa de Câmbio/Caixa de
Diferencial Kit de Embreagem
Marcha Mecânica Marcha Automática

Dica! Importante observar no Manual do Proprietário as


recomendações de manutenção referente ao sistema de transmissão.
48
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Sistema de Escapamento

O escapamento é um dos sistemas que mais passam despercebidos pelos


condutores. Só é lembrado quando começa a incomodar com barulhos estranhos
ou quando está se arrastando pela via.

- Funções

Esse sistema elimina os gases gerados após


a queima nos cilindros. Conduz os gases
devidamente filtrados para fora do veículo.
Também reduz a poluição sonora e mantém o bom
desempenho do veículo.
Lembrando que transitar com o sistema de
escapamento irregular ou soltando fumaça é
infração de trânsito, conforme Art. 231, Inc. III do CTB.

Dica! Evite estacionar o veículo, após o deslocamento, sobre folhagens


secas, papeis, etc. para evitar a combustão e possíveis incêndios.

Combustível de má qualidade
pode diminuir a vida útil do
Sistema de Escapamento,
principalmente do catalisador, este,
que tem como função, transformar os
gases poluentes em substâncias
menos prejudiciais ao meio ambiente.

Algumas peças que compõem o Sistema de Escapamento:

 Coletor de Escape: recolhe os gases e os envia para o tubo de descarga;


 Catalisador: purifica os gases poluentes e os libera menos nocivos à
atmosfera;
 Silencioso ou Silenciador: reduz o barulho gerado pelo motor;
 Tubos: interliga as peças do sistema;
 Abafador: absorve os ruídos mais agudos;
 Ponteira: parte final.

 Limpador e Lavador de Para-brisa

Além de checar o funcionamento dos limpadores de para-brisa (e do


limpador do vidro traseiro para veículo que o possui, juntamente com o seu
desembaçador), confira também, o nível da água do reservatório do lavador de
para-brisa (Esguicho de Água) e o estado de conservação das Palhetas.

49
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Reservatório de Água do
Esguicho de Água Esguichos acionados
Lavador de Para-brisa

Palhetas ressecadas ou sujas podem danificar o


para-brisa e causar ruídos quando acionadas. Além
de não serem eficientes na retirada da água, ainda
podem comprometer a segurança no trânsito.

Obs.: Equipamentos Obrigatórios ineficientes, inoperantes ou ausentes


constituem infração de trânsito.
Ver Art. 230, Inc. IX do CTB e Resolução 14/98 do CONTRAN.

 Filtros e Fluidos

Em viagens, geralmente o motor do veículo é


submetido a um esforço maior por causa da distância a
ser percorrida, tempo do percurso, velocidade, lotação e
bagagens a serem transportadas. Sendo assim, é
importante checar, antes do deslocamento, a inexistência
de vazamentos, o nível e a validade de todos os fluidos e filtros, pois, se os
prazos de validade desses itens estiverem próximos das trocas, melhor antecipá-
las antes do deslocamento. Importante consultar o Manual do Proprietário.

E a Motocicleta?

Nas páginas seguintes serão abordadas algumas noções


básicas sobre a motocicleta. Lembramos que muitos dos conceitos
vistos até aqui, com relação à Categoria B (automóvel),
guardadas as devidas particularidades, também são aplicados à motocicleta.
Um dos diferenciais, como já conhecemos, é a forma particular de condução
desse veículo, bastante vulnerável às inúmeras condições adversas do trânsito
na sociedade contemporânea, onde, por exemplo, a habilidade, o nível de perícia
e o atual estado emocional do condutor devem ser considerados à condução
desse veículo e fundamentais para um trânsito seguro e harmônico.

50
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

MOTOCICLETA: NOÇÕES BÁSICAS

Nos tempos atuais, onde


desejamos rapidez em quase tudo
que realizamos, percebemos
constantemente a importância e a
utilidade que a motocicleta tem
para as relações sociais.
Observamos o crescente número
de demandas por serviços, os
mais diversos possíveis, e de
profissionais formais e até
informais para atendê-las que
usam esse tipo de veículo na entrega de mercadorias e transporte de pessoas
de forma remunerada ou para lazer, servindo a todos, mundo afora.
Porém, como é de se evidenciar o grande número de acidentes em que se
envolvem os usuários desse veículo, seja por imprudência, imperícia ou
negligência, nunca é demais alertar e sensibilizar o futuro condutor sobre o
uso de um veículo ágil, cômodo, econômico, mas também muito vulnerável a
acidentes se não forem tomadas as devidas precauções, principalmente,
respeitando e cumprindo a legislação vigente.

Alguns dados estatísticos de acidentes com Ciclomotores e


Motocicletas:

https://www.seguradoralider.com.br/Documents/boletim-statistico/Relatorio%20Especial%20SNT-20-09.pdf

51
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

A Líder, atual Seguradora, administradora do DPVAT, divulgou em 2019,


relatório especial com dados preocupantes.
Em 10 anos, no Brasil, foram pagas mais de 485 mil indenizações por
mortes no trânsito. Já a Guerra Civil da Síria – iniciada em janeiro de 2011 -
deixou mais de 360 mil mortes.
Lembrando que o valor do Seguro Obrigatório que é pago anualmente,
junto com o licenciamento, é mais alto que os pagos pelas demais categorias de
veículos, por causa do alto índice de acidentes de trânsito.

Em virtude desses fatos é fundamental pontuar algumas adversidades que


são obstáculos e influenciam o motociclista, listadas a seguir:

 Autoconfiança - em excesso pode ser muito perigosa. Por isso, mesmo para
quem já tem certa experiência, é fundamental pilotar com concentração e
usar sempre o bom senso, respeitando os limites de velocidade.

 Pouca atuação do poder público - necessidade de mais implementação de


políticas públicas adequadas que vise à mobilidade, segurança e capacitação
desses condutores com cursos, palestras e campanhas mais frequentes
contribuindo para a conscientização e prevenção contra potenciais acidentes.

 A não utilização de Equipamentos Obrigatórios conforme legislação


vigente (capacete, retrovisores regulamentados, viseira, etc.).
A utilização de Luvas, Botas, Calça, Jaqueta e Touca, Cotoveleiras e
Joelheiras podem diminuir muito os danos provocados por um acidente aos
ocupantes da motocicleta.
Obs.: Para melhor visualização por parte dos demais condutores, faça a
opção por esses itens nas cores mais claras.

 Imprudência - quando o condutor conhece a lei e não a cumpre.

 Negligência na manutenção - mesmo com o custo de manutenção da


maioria das motocicletas não ser tão dispendioso e, além da falta de
conscientização, muitos motociclistas se arriscam utilizando peças e
equipamentos sem as mínimas condições de segurança.

 Uso de celular ou fones de ouvido – essas atitudes são extremamente


perigosas pois diminuem a atenção do condutor, impedindo-o de se concentrar
na condução da motocicleta e se conectar ao que está acontecendo a sua volta,
como o som de uma buzina, sirene ou a aproximação de outro veículo. Essa
conduta, além de comprometer a segurança, constitui infração de trânsito.

Antena Corta Pipa – atente a esse acessório. Ele salva vidas!

52
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Uso de álcool e drogas – fator preocupante no trânsito que vem ceifando a


vida e/ou causando sequelas, muitas vezes irreversíveis, de muitas pessoas
além de danos materiais.
https://www.youtube.com/watch?v=jRAsCxxrBYg

 Sem CNH para conduzir motocicleta, ou CNH de categoria diferente,


ou sem estar devidamente habilitado - muitos condutores já habilitados
ainda não possuem a experiência desejada para conduzir esse veículo. Os não
habilitados, geralmente, se envolvem mais em acidentes com maior potencial
de gravidade.

Por tudo isso se faz necessário e urgente a formação de cidadãos


condutores, conscientes e preparados para o trânsito, para contribuírem com o
espaço público mais seguro e harmônico a todos.

- Localização de alguns controles

Para a condução mais segura da motocicleta, além das demais habilidades


que o futuro condutor esteja aprendendo no curso de formação teórico-técnico
de prática veicular, e para facilitar as inspeções e manutenções que o fabricante
recomenda, é muito importante a leitura do Manual do Proprietário para se
conhecer a localização dos comandos e controles e se apropriar da tecnologia
embarcada (elementos de computação e aparelhos inteligentes) existente no
veículo.

- Dicas para a manutenção da motocicleta

A revisão de diversos componentes da motocicleta leva pouco


tempo e deve ser feita por um profissional especializado,
obedecendo à quilometragem indicada pelo fabricante.
Essa prática contribui para a segurança no trânsito como também
assegura a excelente conservação da motocicleta.

 Inspeção Diária:

Leva poucos minutos. Devem ser observados, diariamente, itens como:


barulhos estranhos no motor, buzina, combustível, espelhos retrovisores, folgas
na embreagem, folga e lubrificação da corrente de tração, eficiência dos freios,
nível de óleo do motor e fluido de freios e seus respectivos intervalos de troca,
ajustes de parafusos, pressão e o nível de desgaste dos pneus, sistema de
iluminação, vazamentos, etc.

Para maiores esclarecimentos sobre verificação de mais itens, consulte o


Plano de manutenção preventiva da sua motocicleta no Manual do
Proprietário.
53
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Cuidados com a Bateria

Verifique, periodicamente, o estado de conservação e


funcionamento da bateria, tais como, possíveis vazamentos,
deformação da carcaça e sua vida útil. Deve-se, também, dar
mais atenção à verificação dos polos da mesma e, se preciso,
limpá-los para a retirada de possível oxidação (Zinabre).

Dicas:

 Não se deve bater nos polos da bateria. Essa


ação pode danificá-la.
 A bateria substituída deve ser descartada
adequadamente, de acordo com a Resolução
do CONAMA nº 401/2008.
Exemplo de Polos Oxidados

 Verificação da Corrente de Transmissão

Lubrificar, constantemente, e regular as


folgas, principalmente se pilotar em pistas
irregulares, em alta velocidade ou com aceleração
rápida. Esses cuidados contribuem para a maior vida
útil dessas peças (corrente, coroa e pinhão). O
ideal é que um profissional especializado
verifique as condições das mesmas, de acordo com
o Manual do Proprietário.

Dica! Nunca utilize a motocicleta com folga excessiva na corrente, pois


essa conduta pode danificar o motor e causar acidentes. O ajuste da
corrente de transmissão requer ferramentas especiais.

 Troca do Filtro de Ar

Esse componente é responsável por filtrar as impurezas do ar, impedindo


que elas entrem no motor quando em funcionamento. Geralmente, os filtros são
descartáveis. O Manual do Proprietário informa os períodos de trocas e o
tipo/modelo do filtro de ar utilizado em cada motocicleta.

54
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Dica! O excesso de sujeira neste componente pode comprometer o


desempenho da motocicleta, como também, aumentar o consumo de
combustível. Nunca aplique o jato de ar diretamente sobre o filtro, pois isso
poderá danificá-lo e causará a entrada de poeira. A única manutenção necessária
é a substituição de acordo com o já citado Manual do Proprietário.

 Verificação dos Freios

Devem ser verificados constantemente. Os freios a disco podem ter seu


desgaste analisado a “olho nu”, enquanto os freios a tambor devem ser
removidos e analisados com cuidado.
As pastilhas de freio desgastadas podem danificar os discos causando
dificuldades na frenagem podendo causar acidentes.
É importante verificar o nível do fluido do freio e ajustes do interruptor da
luz de freio.
Na troca ou revisões necessárias desses componentes procurar um
profissional especializado. É bom lembrar que a manutenção preventiva, além
de proporcionar mais segurança na pilotagem da motocicleta é menos onerosa.

 Lubrificação dos Cabos

Os cabos dos freios, para as motocicletas que os possuem, embreagem e


acelerador devem ser regulados corretamente e lubrificados com lubrificantes
específicos recomendados pelo fabricante quando necessário, para que possam
estar sempre em correto estado de funcionamento a fim de proporcionar
segurança e evitar acidentes. A periodicidade dos ajustes necessários deve ser
verificada.

Dica! Dobras e marcas de desgastes nos cabos interferem em seu bom


funcionamento, podendo causar até o seu travamento.

 Verificação do Óleo do Motor

O consumo de óleo do motor varia e sua qualidade


piora de acordo com as condições de pilotagem e tempo
decorrido.
É importante lembrar que o óleo deve ser checado
diariamente, antes de pilotar, com o motor frio,
observando seus limites, mínimo e máximo, no
reservatório.
O óleo é o elemento que mais afeta o desempenho
do motor. Óleo envelhecido deve ser trocado o mais
rápido possível.

55
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Recomenda-se também a troca do filtro de óleo a cada troca de óleo, pois


o filtro velho armazena o óleo antigo que será misturado ao novo óleo.
Deve-se identificar no Manual do Proprietário, a especificação do óleo
lubrificante e o tempo/quilometragem de troca deste. Esses procedimentos
contribuem para o aumento da vida útil do motor.

 Análise dos Pneus

Os pneus têm influência direta na boa pilotagem e


segurança do condutor e do passageiro. É muito importante estar
sempre atento à correta inspeção e calibragem deles.
Calibre os pneus quando eles estiverem frios, porque
quando eles estão com temperaturas elevadas o equipamento de
calibragem identifica uma pressão mais alta.
Obs.: Para a correta calibragem dos pneus, ver o Manual do Proprietário.

Checar também o desgaste dos pneus, verificando os


sulcos, sem deixar que estes cheguem ao limite máximo
de desgaste, pois isso causa problemas de falta de
aderência e tração dos pneus à via, especialmente em dias
chuvosos (Na Aquaplanagem os pneus perdem o contato
com o asfalto). Isso, em geral, acontece devido à impossibilidade de ocorrer a
drenagem da água pelos sulcos dos pneus. – Ver página 14 e 61.

Muito importante respeitar o prazo de validade dos pneus. Pneus com


prazo de validade vencido perdem muitas de suas propriedades comprometendo
a segurança.
A troca dos pneus requer atenção especial, pois os modelos específicos
para cada motocicleta variam de acordo com o fabricante.

A Resolução CONTRAN nº 158, de 22 de abril de 2004 proíbe o uso


de pneus reformados (seja pelo processo de recapagem,
recauchutagem ou remoldagem) em ciclomotores, motonetas,
motocicletas e triciclos, bem como rodas que apresentem quebras, trincas e
deformações.

 Velas de Ignição

Permite a combustão que inicia o motor e, consequentemente faz


a motocicleta se mover. Quando as velas estão gastas causam perda de
potência do motor, aumento do consumo de combustível e de emissão
de poluentes. O Manual do Proprietário indica quando é o momento
de trocá-las.
É importante, também, verificar os cabos das velas, porque sua oxidação
pode ocasionar aumento de consumo de combustível.
56
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

 Troca do Óleo das Bengalas

Esse óleo tem a responsabilidade de manter a estabilidade


da motocicleta e sua dirigibilidade. O Manual do Proprietário
informa o período de troca.

 Lubrificação dos Rolamentos

Assegura um rodar macio e melhora a pilotagem. Se não


for realizada a manutenção correta, a roda pode travar em
algumas situações, ocasionando acidentes.

Aqui a atenção também deve ser redobrada, pois a


manutenção em dia com visitas periódicas ao profissional
especializado pode evitar vários imprevistos.

Nunca utilize equipamentos de alta pressão para lavar a motocicleta.


O jato de água direto e a alta temperatura pode danificar alguns
componentes e remover a graxa dos rolamentos da coluna de direção e
da articulação da suspensão traseira, além de poder danificar a carenagem,
pintura e adesivos.

57
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Por que o uso do Capacete é muito importante?

Segundo a Organização Mundial de Saúde


(OMS), quando o Capacete é utilizado corretamente,
reduz em 40% o risco de morte. Reduz ainda, em 70%
o risco de acidente mais grave.
Outro fator a se destacar é que, segundo o
Ministério da Saúde, o Capacete previne em 69% o
traumatismo crânio-encefálico. Também previne em 65% o traumatismo da
face.
Por isso, ele é fundamental para preservar a vida tanto do condutor
motociclista como do passageiro (garupa).

Importante também conhecer o que informa o atual Código de Trânsito


Brasileiro em relação ao uso do Capacete:

Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:

I – sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e


vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II – transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás
do condutor ou em carro lateral;
[…]
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – Recolhimento do documento de habilitação.

Obs.: para mais detalhes ver Resoluções CONTRAN nº 129/01; 453/13 e


680/17.

 Importante, também, ficar atento às condições gerais e à vida útil do


Capacete!

O prazo de validade do Capacete pode ser observado na etiqueta existente


na parte interna do mesmo. A maioria dos fabricantes determina um prazo de 3
(três) anos, desde a data de fabricação, em função do desgaste decorrente do
tempo de uso.
Por conta do uso contínuo, a tendência é que o volume da espuma que
reveste internamente o Capacete diminua ocasionando uma perda na absorção
do impacto da cabeça no solo em um acidente. Portanto, o condutor deve ficar
mais atento à qualidade desse item.

58
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

E para lembrar...

Algumas entidades, inclusive os DETRANs de diversos estados do Brasil,


oferecem, através de parcerias com fabricantes de motocicletas, cursos de
Pilotagem Defensiva para recém habilitados na categoria “A”.
É de fundamental importância que os condutores realizem esses cursos,
pois os mesmos contribuirão para o aperfeiçoamento da perícia técnica
necessária na condução segura, visto que várias habilidades e competências são
desenvolvidas nesse curso.
Em virtude disso, algumas dicas iniciais, a seguir, são suficientes para se
entender a importância do desenvolvimento da Pilotagem Defensiva:

Manter a motocicleta regulamentada.


Usar sempre vestuário adequado.
Não pilotar pela direita dos demais veículos.
Manter distância segura dos demais veículos.
Sinalizar as manobras com antecedência.
A pressa é inimiga da condução segura.
Ter paciência.

Por tudo isso, o futuro condutor que se habilitar na categoria A ou AB, deve
procurar, no DETRAN do seu estado, informações sobre o período e critérios de
realização desse curso. Você só terá benefícios!

59
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

“Obstáculos são aquilo que vemos quando afastamos nossos olhos do objetivo”.
Henry Ford

60
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

ANEXO
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Para efeito deste Manual, adotam-se as seguintes definições:

Airbag - Bolsa de Ar. Almofada de Ar. Componente de segurança dos veículos


automotores que são acionados quando o veículo sofre grande impacto ou
desaceleração brusca. Nesse momento, vários sensores dispostos em partes
estratégicas são acionados, emitindo sinais para uma unidade de controle que
verifica qual sensor foi atingido e, assim, aciona o Airbag de forma adequada.

ABS - Anti-lock Braking System - Sistema de frenagem que evita que


as rodas se bloqueiem (quando o pedal de freio é acionado fortemente) e entrem
em derrapagem deixando o automóvel sem aderência à pista. Assim, evita-se o
descontrole do veículo, permitindo que obstáculos sejam desviados enquanto se
freia.

Aquaplanagem – Fenômeno que ocorre em veículos quando, ao passar sobre


uma fina camada de líquidos, como água, por exemplo, os pneus perdem o
contato com o asfalto. Em geral, acontece devido à impossibilidade de ocorrer
a drenagem pelos sulcos dos pneus.

Arrefecimento – Esfriar ou provocar o esfriamento.

CLA/CRLV – Certificado de Licenciamento Anual/Certificado de Registro e


Licenciamento do veículo.

Ciclo Otto - Ciclo Termodinâmico que representa o funcionamento de motores


de combustão interna, popularmente conhecidos como motores a explosão. O
ciclo foi definido e patenteado pelo engenheiro francês Beaus de Rochas, porém,
o engenheiro alemão Nikolaus August Otto o implementou, sendo o primeiro
a construir um motor com base nesse ciclo.

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Coordenador do Sistema e órgão


máximo normativo e consultivo.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Órgão brasileiro responsável


pela adoção de medidas de natureza consultiva e deliberativa sobre o Sistema
Nacional do Meio Ambiente.

Condições Adversas - Fatores que podem prejudicar o real desempenho no


ato de conduzir o veículo, tornando maior a possibilidade de um acidente de
trânsito. As condições adversas mais importantes são: Luz, Tempo, Vias,
Trânsito, Veículo e Condutor.

CNH – Carteira Nacional de Habilitação.


61
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

CTB – Código de Trânsito Brasileiro.

DPVAT - Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias


Terrestres. É o "Seguro Obrigatório" pago anualmente, junto com a primeira
parcela do IPVA, ou na Cota Única.

Fluido - Substâncias líquidas contidas nos veículos, como por exemplo, o fluido
de freio e o fluido do radiador, etc.

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade


Industrial - é uma Autarquia Federal que exerce a fiscalização do cumprimento
das leis metrológicas e da qualidade de produtos e serviços vigentes no país.

Legislação: Corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência e


organiza a vida de um país. Estabelece condutas e ações aceitáveis ou
recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, entre outros.

Manômetro - Instrumento utilizado para medir a pressão de fluidos contidos


em recipientes fechados. Existem, basicamente, dois tipos: os de líquidos e os
de gases.

Resolução - Ato Administrativo normativo que parte de autoridades superiores


por meio da qual se disciplina matérias de competência específica.

Tecnologia Embarcada – São elementos de computação e os outros aparelhos


inteligentes existentes nos veículos atuais que são usados no dia-a-dia, como
por exemplo: sistemas de GPS e navegação; controle de motor e injeção
eletrônica; alarmes; sistemas em tempo real como freios ABS e Air Bag; controle
de tração; sistemas de entretenimento; etc.

Termodinâmica – Estudo - através da Física Térmica - das leis que regem as


relações entre calor, trabalho e outras formas de energia, mais especificamente
a transformação de um tipo de energia em outra, a disponibilidade de energia
para a realização de trabalho e a direção das trocas de calor.

TWI - (Tread Wear Indicator), Indicador do Desgaste da Banda de Rodagem.


São pequenas elevações de borracha presentes nos sulcos do pneu, sinalizadas
com a sigla “TWI” ou com o desenho de um triângulo. No momento em que o
desgaste atingir estas marcações, estará na hora de trocar os pneus.

Voltagem - Tensão elétrica medida em Volts. É o potencial de corrente elétrica


necessário para fazer funcionar uma máquina ou aparelho elétrico.

62
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

 Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).


 Resolução nº 14 de 06/02/1998 do Contran.
 HONDA: Manual do Proprietário – NX 150.
 Andrade, Clésio. – Senador. Manual para Primeira Habilitação de
Condutores– Brasília – DF – Fev/12.
 MECÂNICA DE AUTOMÓVEIS - Motores de Combustão Interna – Álcool e
Gasolina - 2003. SENAI-RS.
 O Veículo – DETRAN-PR
 Sclar, Deanna. Mecânica de Automóveis para Leigos – Alta Books Editota –
RJ-2015.
 Oliveira, Jonhson. Manual completo para o curso de formação de Instrutor
de Trânsito – Editora Monobloco – 1ª Edição – outubro/2016.

BIBLIOGRAFIA ELETRÔNICA

 www.portaldotransito.com.br
 www.doutormultas.com.br
 www.postorotatoria.com.br
 www.minutoseguros.com.br
 www.blogiveco.com.br
 www.carros.uol.com.br
 www.quatrorodas.abril.com.br
 www.cargapesada.com.br
 www.itransport.com.br
 www.industriahoje.com.br
 www.brasilseguranca.com
 www.noticiasautomotivas.com.br
 www.suaoficinaonline.com.br
 www.carrodegaragem.com
 www.pneusfacil.com.br
 www.agricola.michelin.com.br/br
 www.wikipedia.org

63
Noções sobre Funcionamento do Veículo de duas ou mais rodas

Versão 1.04.02.2020 – 09:08h.

64

Você também pode gostar