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Ginástica

Professor Esp. Diego Fernandes Rodrigues

EduFatecie
E D I T O R A
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R696g Rodrigues, Diego Fernandes


Ginástica / Diego Fernandes Rodrigues. Paranavaí: EduFatecie,
2021.
78 p. : il. Color.

ISBN 978-65-87911-59-5

1. Ginástica. I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de


Educação a Distância. III. Título.

CDD : 23 ed. 796.4

Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577

UNIFATECIE Unidade 1
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e Diagramação edufatecie@fatecie.edu.br
AUTOR

Professor Diego Fernando Rodrigues

● Licenciado em Educação Física (UNESPAR)


● Bacharel em Educação Física (UNIASSELVI)
● Especialista em Docência no Ensino Superior (UNIASSELVI)
● Especialista em Educação 5.0 (UniFatecie)
● Docente do curso de Educação Física (UniFatecie)
● Professor Tutor de Cursos EAD (UniFatecie)
● Supervisor de Tutores EAD (UniFatecie)
● Coordenador do curso de Gerontologia EAD na UniFatecie.
● Coordenador do curso de Biblioteconomia EAD na UniFatecie.
● Coordenador do curso de Terapia Ocupacional EAD na UniFatecie.
● Coordenador do curso de Psicopedagogia EAD na UniFatecie.

Com grande conhecimento na área de Ginástica e Dança em academias, atuando a


mais de 20 anos como professor, e legalmente registrado no Conselho Regional de Educação
Física do Estado do Paraná, atuo como Docente no Ensino Superior do Colegiado de Edu-
cação Física da UniFatecie, e também coordenando alguns cursos ligados à área da saúde.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/2839377452460491
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Olá, caro(a) acadêmico(a)! Seja muito bem-vindo(a)!

Espero auxiliar com esta disciplina na amplitude de seu conhecimento e adquirindo


novas experiências nesta modalidade.
Estaremos juntos trilhando esse caminho a partir de agora, conhecendo um pouco
mais sobre as modalidades da Ginástica pelo Brasil e pelo mundo.
Na Unidade I vamos conhecer um pouco da história da Ginástica desde o seu
surgimento até os dias atuais.
Com a Unidade II teremos uma apresentação das suas modalidades e objetivos.
Como aprender a ginástica e principalmente como ensinar, estará presente na
terceira unidade.
E para finalizar, na Unidade IV, vamos entender o funcionamento da ginástica no
âmbito escolar, na manutenção da saúde e em eventos escolares e competitivos.

Agora sim, esteja preparado(a) para conhecer essa modalidade fascinante!

Muito obrigado e bons estudos!


SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 6
Introduçao à Ginástica

UNIDADE II.................................................................................................... 21
Ginástica e sua Classificação

UNIDADE III................................................................................................... 38
Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico

UNIDADE IV................................................................................................... 54
Ginástica em Diferentes Contextos
UNIDADE I
Introdução à Ginástica
Professor Esp. Diego Fernandes Rodrigues

Plano de Estudo:
● Conhecimentos conceituais, históricos e culturais da ginástica ao longo do tempo;
● Ginástica na atualidade;
● Organização da ginástica: instituições e organizações que a regulamentam;
● Movimentos ginásticos: formas básicas, possibilidades e sistematização dos movimentos.

Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar os momentos históricos da
Ginástica;
● Contextualizar a importância da Ginástica nos dias
atuais.

3
INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), durante este estudo vamos conhecer a história da Ginástica e


observar qual a importância dela em nossas vidas.
Durante esta primeira unidade iremos identificar os momentos históricos que nos
levaram à prática da atividade física, que permanece cada vez mais presente no nosso
cotidiano.
Também observamos o porquê de, durante a evolução das civilizações, os objeti-
vos da Ginástica foram se alterando e se adequando aos tempos, culturas e momentos que
estávamos vivendo.
Com seus estudos vamos nos aprofundar nos meios que nos levaram a estar cada
vez mais ativos e perpetuarmos a atividade física cada vez mais no nosso dia a dia, ofere-
cendo qualidade de vida, saúde e bem-estar a todos que praticam.

Agora bons estudos!

UNIDADE I Introdução à Ginástica 4


1. CONHECIMENTOS CONCEITUAIS, HISTÓRICOS E CULTURAIS DA
GINÁSTICA AO LONGO DO TEMPO

Para analisar a Ginástica num contexto histórico, devemos considerar todos os


pontos que levaram a sua evolução até os dias de hoje, começando pela sua transformação
através das necessidades do povo e seus momentos históricos.
Durante o período pré-histórico, sua prática era considerada uma fonte de vida,
com uma única finalidade, manter o homem saudável para as atividades do seu cotidiano,
ao passar dos tempos percebeu-se que seus movimentos poderiam ter ações interdepen-
dentes do que somente uma prática estruturada. Foram os gregos que criaram o termo
Ginástica, e também as primeiras sistematizações de atividades físicas, utilizando-se delas
para benefício físico e mental.
Essa evolução tão importante para a Ginástica, com a percepção da civilização
grega, e seus estudiosos, obteve um marco no aspecto histórico-evolutivo. Tornando a for-
mação do jovem grego e seu gosto pelo desporto atlético um traço dominante da civilização
grega (FIGUEIREDO, 2010).

UNIDADE I Introdução à Ginástica 5


FIGURA 1 - A CRIAÇÃO DA GINÁSTICA NA GRÉCIA

A visão que tinham naquela época sobre a Ginástica perdurou durante muito tempo
entre as civilizações, eram consideradas Ginásticas, até século XVIII:
● atletismo;
● natação;
● hipismo.

Com a chegada do iluminismo, os filósofos e os pedagogos, também acompanha-


dos pelos médicos daquela época, consideravam que a Ginástica era fundamental para a
formação do homem intelectual e fisicamente saudável, levando a ascensão da sua prática.
Surgindo ainda no século XVIII, os primeiros sistematizadores das Ginásticas,
formando as Escolas ou Métodos Ginásticos. Os métodos que tiveram maiores influências
na Europa e demais continentes foram os Métodos Alemão, Sueco, Francês e Inglês, cau-
sando um aspecto higiênico em seus praticantes e melhorando as capacidades físicas dos
jovens, eficazes para as guerras que enfrentavam na época.
Já na Antiguidade nota-se a existência do ‘educador de Ginástica ou física’, o
chamado ‘paidotribé’ que, segundo Marrou (1966) tratava-se de um educador
que deveria “reunir conhecimento das leis da higiene e de tudo o que a ciên-
cia médica grega elaborará quanto a observações e prescrições relativas ao
desenvolvimento do corpo, aos efeitos dos diversos exercícios, aos regimes
convenientes, aos diversos temperamentos” (FIGUEIREDO, 2010, p. 2).

Já os que se apropriaram da ginástica, naquela época, deveriam se apropriar su-


periormente sobre seu corpo e mente, dominando o empirismo grego, considerando um
pensamento dominante, e exigindo minuciosos movimentos durante seus exercícios.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 6


FIGURA 2 - A GINÁSTICA COMO DEFESA

O salto da antiguidade até a Idade Contemporânea leva a Europa a criar suas primei-
ras escolas e institutos voltados a educadores para formação da Ginástica tão praticada por
sua civilização naquele momento. O dinamarquês Franz Netchegal foi quem influenciou os
educadores da ginástica e seus processos pedagógicos. Inaugurando, em 1808, um Instituto
Civil de Ginástica voltado à formação desses professores e a incluindo no contexto escolar.
Outro estudioso francês da área da ginástica que criou a Escola Normal de Ginástica
de Joinville-le-Pont, em 1855, com o apoio do ministro da Guerra, foi Francisco Amoros. Com
uma metodologia profunda e minuciosa, tal qual dos gregos, associavam a formação no cam-
po da Filosofia junto ao canto e a expressão musical, acreditando obter melhores resultados.
As prerrogativas políticas, militares e higiênicas dos Métodos Ginásticos
acompanharam o desenvolvimento da Educação Física pelo mundo. Ayoub
(2003) destaca que “durante todo o séc. XIX e início do séc. XX, as Ginásti-
cas [...] eram o conteúdo de ensino da Educação Física Escolar” (FIGUEIRE-
DO, 2010, p. 03).

Outro fato marcante aconteceu no século XIX na França, onde a derrota da guerra
franco-prussiana, entre o Império Francês e o Reino da Prússia, quando as autoridades
associaram à degeneração física e moral, culpada pela derrota nacional. Por esse motivo
é implantado o método de Amorós em todas as escolas da França, contribuindo para a
melhoria física do seu povo e obrigatória para os estudantes.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 7


1.1 Ginástica no Brasil
Foi por volta do século XVIII, que as Ginásticas vão se inserindo na Corte Brasileira
com o mesmo objetivo, preparar os soldados para a guerra. Utilizando do Método Alemão,
introduzindo-se através dos imigrantes refugiados da guerra que tinham tal hábito de ma-
nifestação corporal.
Esse Método Alemão, em 1860, é consagrado como o oficial do exército brasileiro.
Rui Barbosa, que foi um político, diplomata, advogado e jurista brasileiro (Representou o Brasil
na Conferência de Haia, sendo reconhecido como “O Águia de Haia”), e também defensor da
prática de atividades físicas nas escolas, realizou, em 1882, uma reforma em que a Ginástica
se torna obrigatória para ambos os sexos, sendo também oferecida nas “Escolas Normais”.
Assim, esse método foi utilizado até o ano de 1912 nas Escolas Militares e nas
Escolas Brasileiras quando é substituído pelo Método Francês, tornando-se obrigatório até
o ano de 1960, quando o esporte passa a ser inserido nas escolas, alimentado pela força
dos títulos conquistados em campeonatos de Futebol em Mundiais (DARIDO, 2004).

FIGURA 3 - O ESPORTE COMO GINÁSTICA

Costa, Perelli e Santos (2016) citam que a Ginástica se torna um importante com-
ponente da Cultura Corporal da atualidade, sendo incluída nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1997), tendo em suas origens o próprio significado da Educa-
ção Física. Foi introduzida no Brasil intimamente e ligada às Instituições Militares: Marinha,
Exército e Polícia Militar, dando início em sua sistematização com frutos a influências cul-
turais, políticas, econômicas e científicas, ampliando seu acervo de expressões e objetivos
durante sua trajetória.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 8


2. GINÁSTICA NA ATUALIDADE

As ginásticas da academia têm se destacado cada vez mais, pois compreendem


várias formas de se exercitar e movimentar. Dentre essas modalidades algumas se des-
tacam pela utilização de movimentos sistematizados e ritmados junto com musicais, com
diversos objetivos (FLORES, 2015).
Ao passar do tempo, o homem evoluiu, e com ele as formas de exercitar-se tam-
bém, sendo essa mudança devida ao ajuste do meio em que se vive, ao tempo, aos equi-
pamentos e aos objetos de treinamento cada vez mais capazes de produzir resultados mais
eficazes e com mais precisão. Assim, as aulas foram se transformando entre treinamentos
individuais ou em grupo.
Compreendendo essa evolução, identificamos práticas corporais que sempre es-
tiveram presentes em nossas vidas, porém com objetivos diferentes, ganhando sentido e
formas, conforme o seu caminhar histórico.
Para tanto, num primeiro momento, apresentaremos uma compreensão da ginás-
tica, conceituada como uma prática corporal, que une movimentos, que são do natural e
espontâneo, aos sistematizados, utilizando de múltiplas formas de execução, com objetivos
variados, com as mais diversas formas de organização e com o uso ou não de equipamentos.
As músicas, nesse processo, são muito presentes e a prática desenvolvida nos mais diversos
locais ganham o gosto popular, deixando evidente a cultura e os aspectos locais e globais.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 9


FIGURA 4 - A GINÁSTICA NAS ACADEMIAS

Contudo entendemos que a ginástica, independentemente do tipo, traz uma cons-


trução e significados com elementos que margeiam as culturas locais e até mesmo num
processo de hibridização cultural, causando uma construção/reconstrução a partir de um
diálogo ou mesmo expondo algo que é imposto, fazendo uma revelação de feições diversas,
apagando aquilo que é óbvio, podendo ser chamada de circularidade cultural.
Queremos assumir aqui a compreensão de que a ginástica, em suas várias
formas, traz em si padrões de construção que são as representações de as-
pectos culturais, que num dado momento pode ser local e noutros, expres-
sam esse processo de multiplicidade da cultura, justo por compreendermos
que ao longo da trajetória histórica humana, a atividade ginástica representou
interesses e demandas diferentes. Se em um momento de sua organização
ela foi de cunho militar, em 15 outro assumiu fins estéticos. Num ponto incor-
porou papel pedagógico, mas noutro também se caracterizou como esporti-
va. Assim, aqui, mais do que descrever o percurso histórico da ginástica, nos
interessa afirmar que para nós ela é uma prática humana e que, portanto,
incorpora em si as construções e significações de cada momento histórico
vivido pelo homem, em sociedade (FLORES, 2015, p. 14).

Assim, vamos conhecer os mais diversos tipos de ginásticas hoje praticadas nas
academias, e nos envolver nos seus conceitos e objetivos de aplicabilidade, para que se
tornem cada vez mais prazerosas e, acima de tudo, eficazes no desenvolver motor e físico
dos seus adeptos.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 10


3. ORGANIZAÇÃO DA GINÁSTICA: INSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES
QUE A REGULAMENTAM

Neste tópico vamos verificar quais as instituições organizadoras que regulamentam


a Ginástica, seguindo de seus estatutos e formas de apresentação para a organização de
eventos e campeonatos de Ginástica Artística que compõem uma confederação (CONFE-
DERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA, 2016).

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA

ESTATUTO CBG – 2016 1 ESTATUTO CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA

TÍTULO I DA ENTIDADE E DOS SEUS FINS CAPÍTULO I DA


DENOMINAÇÃO, NATUREZA E DURAÇÃO.

ART. 1º A presente associação doravante denominada CONFEDERAÇÃO BRASI-


LEIRA DE GINÁSTICA (C.B.G.) fundada em 25 de novembro de 1978, é uma associação de
caráter desportivo sem fins lucrativos ou econômicos; constituída neste ato pelas Entidades
Estaduais de Administração de Ginástica (Federações) filiadas e tem como fim desenvolver
a prática da Ginástica em todo território nacional, regendo se por este Estatuto, com arrimo
na Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 e Decreto Federal nº 7.984/2013.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 11


1º A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA resultou da emancipação
desta modalidade desportiva da Confederação Brasileira de Desportos, com completa in-
dependência e autonomia fora de qualquer influência política, religiosa, racial e econômica.
2º São fundadoras da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA, as seguin-
tes entidades:
- Federação Maranhense de Desportos;
- Federação Pernambucana de Ginástica;
- Federação Desportiva Espírito-santense;
- Federação Carioca de Ginástica;
- Federação Paulista de Ginástica;
- Federação Riograndense de Ginástica;
- Federação Mineira de Ginástica.
ART. 2º A Confederação Brasileira de Ginástica se rege ainda pelo seguinte: § 1º
A Confederação Brasileira de Ginástica será representada, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente, por seu Presidente.
2° A Confederação Brasileira de Ginástica, compreendendo todos os seus poderes,
órgãos e dirigentes, não exerce nenhuma função delegada do Poder Público nem se carac-
teriza como entidade ou autoridade pública.
3º A Confederação Brasileira de Ginástica, nos termos do art. 217, I da Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988, goza de autonomia administrativa quanto à sua
organização e funcionamento.
4º A Confederação Brasileira de Ginástica, nos termos do art. 1° da lei 9615, de
24 de março de 1998, reconhece que a prática desportiva formal é regulada por normas
nacionais e internacionais e pelas regras de prática desportiva de cada modalidade, aceitas
pelas respectivas entidades nacionais de administração do desporto.
5º A Confederação Brasileira de Ginástica será administrada por seu Presidente,
que será eleito na forma deste Estatuto. ART. 3º A Confederação Brasileira de Ginástica
tem sede e foro na cidade de Aracaju, Estado de Sergipe, na Av. Edésio Vieira de Melo, n°
419 – Bairro Suissa, CEP 49050- 240, sendo ilimitado o tempo de sua duração.
ART. 4º A personalidade jurídica da Confederação Brasileira de Ginástica é distinta
das Entidades que a compõem, sendo que as mesmas não respondem pelas obrigações
sociais, subsidiariamente.
ART. 5º Este Estatuto poderá ser reformado no seu todo ou em parte, inclusive
quanto à sua administração, na forma abaixo prescrita, e de acordo com a Lei.
ART. 6º A Confederação Brasileira de Ginástica, durará por tempo indeterminado.
Parágrafo Único: A extinção da Confederação Brasileira de Ginástica se dará na forma
prescrita no Título VI deste Estatuto.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 12


4. MOVIMENTOS GINÁSTICOS: FORMAS BÁSICAS, POSSIBILIDADES E
SISTEMATIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS

O Movimento Ginástico Europeu ocorreu no século XIX, e abrangeu estilos de traba-


lho com ginástica na escola, propostos pela Suécia, Inglaterra, França, Dinamarca, Áustria
e Alemanha. O contexto de nascimento desse movimento é o mais interessante, pois, uma
vez o conhecendo, entende-se como se deu a emergência da ginástica na Europa.
O século XIX europeu foi marcado pela imensa crença na ciência. Logo, objetivi-
dade e neutralidade foram valores que se espalharam pela sociedade e que conquistaram
a confiança da população. Imersos nesse quadro, foram aprimorados cientificamente
métodos de disciplina corporal e de trabalho com o corpo, cujos objetivos eram fortalecer,
embelezar, corrigir e tornar saudáveis os corpos da população europeia. Para tanto, foram
desenvolvidos tipos de exercícios específicos para cada parte do corpo, método ainda
bastante utilizado hoje em academias de musculação.
A grande finalidade do Movimento Ginástico Europeu era a melhora da saúde da
sociedade. Em um momento marcado pelos problemas sociais que resultaram da Revo-
lução Industrial, associado à necessidade de fortalecer o trabalhador para aguentar a alta
carga de suas tarefas, o movimento fez com que se formassem grupos locais para a prática
da ginástica.
Para além de fortalecer e tornar saudáveis os trabalhadores, era preciso fazer com
que esses princípios se tornassem valores a serem perpetuados. Não à toa, eles passaram
a ser introduzidos na escola. Ali, por meio da imposição da ginástica, era possível que os
alunos ficassem mais fortes, mais disciplinados, mais saudáveis, e ainda tomassem esse
tipo de atividade física como prática contínua.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 13


SAIBA MAIS

A Ginástica está presente em sua vida de diversas maneiras

Sua percepção de Ginástica está atrelada a rotina?


É de fácil percepção se estamos praticando uma atividade física ou não; quando se ne-
cessita de algum esforço maior do que o que normalmente está acostumado a realizar,
isso se chama atividade física. A ginástica está totalmente ligada a esse fator, pois quan-
do a realizamos, o esforço exigido é maior do que o necessário para os níveis basais de
atividade.
Essa atividade de Ginástica, associada à rotina e a sua intensidade, se torna um exercí-
cio físico, pois estamos trabalhando de forma periódica e evolutiva.
Então, se exercite!

Fonte: o autor.

SAIBA MAIS

Para uma atividade física de qualidade é importante estar bem orientado, hidratado e
preparado para superar desafios!

Fonte: o autor.

REFLITA

“Reflexão é uma ginástica mental, Refletir oxigena os pensamentos, fortalece-os e per-


mite decisões sábias e oportunas”

(Inácio Dantas).

UNIDADE I Introdução à Ginástica 14


REFLITA

Temos apenas duas chances de começar a fazer algo novo em nossas vidas, o hoje e
o agora. Pense nisso!

Fonte: o autor.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 15


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante essa leitura conhecemos a história da Ginástica e suas contribuições para


as mais diversas fases da evolução humana e suas civilizações.
Percebemos que, ao longo da vida, praticamos a Ginástica para nos mantermos
saudáveis e aptos para as atividades da nossa rotina, assim como para defender nossa
nação até mesmo para o deslumbre da beleza.
Assim, espero ter contribuído para o conhecimento e amplitude de seus pensamen-
tos junto à Ginástica.

Até breve!

UNIDADE I Introdução à Ginástica 16


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Ginástica de Academia. Aprendendo a Ensinar
Autor: Andréa Ferreira Barros Vidal, Cibele Calvi Anic Ribeiro,
Maria Helena Aita Kerbej.
Ano: 2018.
Sinopse: Atualmente existe uma carência de profissionais de
Educação Física efetivamente habilitados para atuar na área da
ginástica coletiva em academias de todo o País, bem como de
referências bibliográficas que abordam esse tema de modo con-
sistente, aliando bem a teoria com a prática. O livro Ginástica de
academia: aprendendo a ensinar busca contribuir para o preenchi-
mento de ambas as lacunas. Para tanto, descreve as diferentes
modalidades coletivas de ginástica, destacando os objetivos, os
benefícios, os movimentos básicos característicos, a aplicabilida-
de, a estruturação e o modo de conduzir pedagogicamente cada
uma delas. A sólida formação acadêmica das autoras e a sua am-
pla experiência prática possibilitam que esta obra sirva como base
para estudantes e profissionais de Educação Física e professores
acadêmicos que desejam atuar com excelência no segmento da
ginástica coletiva.

FILME/VÍDEO
Título: A História de Gabby Douglas
Ano: 2014
Sinopse: Em 2012, Gabby Douglas se tornou a primeira ginasta
afro-americana a conseguir duas medalhas de ouro nos Jogos
Olímpicos de Londres, tanto na categoria individual como em equi-
pe. Porém, ela enfrentou obstáculos muito maiores fora do esporte.

UNIDADE I Introdução à Ginástica 17


UNIDADE II
Ginástica e sua Classificação
Professor Esp. Diego Fernando Rodrigues

Plano de Estudo:
● Ginástica de condicionamento físico;
● Ginástica de competição;
● Ginástica de demonstração;
● Ginástica de conscientização
corporal;
● Ginástica fisioterápica.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os conceitos de Ginástica;
● Vivenciar práticas pedagógicas que envolvem os fundamentos da Ginástica.

18
INTRODUÇÃO

Olá, aluno(a). Mais uma vez estamos aqui dando continuidade à nossa disciplina
de Ginástica, e vamos conhecer um pouco mais sobre esta importante modalidade.
Para uma melhor execução e entendimento da Ginástica, vamos te orientar, por
meio de um processo pedagógico, a como aplicar esse conteúdo dentro da Educação Física.
Vamos conhecer metodologias e argumentos que poderão surgir dos alunos ao
desenvolver da atividade.
Oferecer uma aula dinâmica e que todos participem, pode se tornar um desafio
para o professor, caso ele não esteja preparado para as diferenças e anseios do aluno junto
à modalidade.
Assim, vamos nos desafiar ao preparo e aos estudos dessa modalidade juntos.

Bons estudos e vamos às práticas!

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 19


1. GINÁSTICA E SUA CLASSIFICAÇÃO

Para conhecermos um pouco mais da Ginástica vamos apresentar em quais os dife-


rentes modelos podemos praticá-la e, assim, saber quais os benefícios de cada uma delas.
Estando presentes em pelo menos cinco campos distintos, que veremos na sequência:
Ginástica de Condicionamento; Ginástica de Competição; Ginástica Demonstrativa;
Ginástica de Conscientização Corporal e Ginástica Fisioterápica.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 20


2. GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO

Trata-se de uma prática esportiva que faz uso de muitas atividades aeróbicas a fim
de visar o condicionamento cardíaco e pulmonar do atleta. Assim sendo, como exemplos de
aeróbios usados nessa ginástica, pode-se citar: esteira, jump, bicicletas ergométricas etc.
A tecnologia e o progresso trouxeram facilidades no dia a dia das pessoas, mas
junto vieram muitos pontos negativos, como o sedentarismo, obesidade, maus hábitos na
alimentação e, com isso, doenças silenciosas, originadas da comodidade e tecnologias
da vida moderna, comprometendo muito a saúde das pessoas, com a influência do meio
externo e dos maus hábitos de vida adquiridos com o passar do tempo.
Dessa forma, é de extrema urgência que haja uma conscientização dos alunos e
alunas para com a sua saúde, por meio de práticas de atividades físicas. Sejam elas quais fo-
rem, origens esportivas ou de ginástica, o importante é a prática de alguma atividade motora.
Os alunos de hoje serão os educadores de suas famílias amanhã. Com o conhe-
cimento e aprendizado da escola, poderão influenciar seus familiares sobre os inúmeros
benefícios que a prática de atividades físicas promove na saúde dos indivíduos. Exercícios
físicos de leve a moderada intensidade possibilitam efeitos benéficos ao organismo do ado-
lescente, principalmente no que diz respeito ao crescimento estatural e desenvolvimento
ósseo. Além disso, diversas pesquisas têm apontado para outros benefícios da atividade
física, como a prevenção da obesidade, melhoras na sensibilidade insulínica, do perfil lipí-
dico, da pressão arterial, da socialização e do trabalho em equipe.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 21


Em se tratando de atividade física e alunos, a ginástica é algo que não desejam
muito durante as aulas de Educação Física, e sim, conteúdos esportivos. Todavia não dá
para deixar de acompanhar as evoluções que os exercícios trazem e sua influência na
coordenação motora, força, flexibilidade, corporal, enfim, na sua saúde em geral.
A partir desse princípio, cabe ao profissional delimitar os conteúdos sendo o mais
sensato possível, para dar início à prática de atividades físicas de acordo com a sua ma-
turidade corporal, série, necessidades do momento e através do que realmente o aluno
procura para com o seu corpo e sua saúde.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 22


3. GINÁSTICA DE COMPETIÇÃO

Caracteriza-se como ginástica de competição aquelas em que existe uma preocu-


pação em ser o número 1 do esporte, a conquistar medalhas e a chegar a alta performance
do atleta. Portanto, a ginástica de competição pode ser tanto a ginástica artística, quanto a
rítmica ou de trampolim.
A prática regular de exercício físico tem adquirido uma importância crescente na
sociedade atual, sendo encarada como um fator promotor de saúde. Muito embora a prática
regular de desporto em idade pediátrica seja cada vez mais promovida, a massificação do
desporto permite, por um lado, um maior leque de escolha de talentos e, por outro, o incen-
tivo ao treino precoce. Essa atitude poderá conduzir à aplicação de programas de treino
desrespeitadores da imaturidade biológica e psicológica das crianças e adolescentes.
Na ginástica de competição, a maior parte dos atletas iniciam o treino intenso por
volta dos cinco anos e treinam, a partir da adolescência, cerca de 24-36 horas por semana.
Numa modalidade em que é requerida elevada capacidade de coordenação, flexibilidade
e força, a necessidade de, por exigências estéticas, manter um baixo peso, torna-se um
paradoxo.
O baixo suprimento energético e a elevada intensidade do treino conduzem a al-
terações do estado nutricional e composição corporal. Como consequência última, estes
interferem na maturação sexual e no crescimento, que é lento e com um pico de velocidade
tardio em relação aos pares.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 23


São diversos os fatores intrínsecos a esta modalidade tão particular, que podem
influenciar o normal desenvolvimento em idade pediátrica, a par dos fatores genéticos que
desempenham um papel de base determinante. É objetivo desta revisão compreender de
que forma a ginástica de competição pode influenciar a realidade biológica desses atletas
que, ao mesmo tempo, são crianças e adolescentes em crescimento.
A ginástica é uma das modalidades em que as características físicas assumem um
papel determinante, quase tão importante quanto a técnica individual. O padrão estético
ideal do ginasta de competição, caracterizado pelo baixo peso e biotipo longilíneo, permite
a realização dos elementos técnicos e a obtenção da fluidez corporal, com o maior sucesso.
Tais exigências requerem do ginasta uma elevada capacidade de coordenação, força e
flexibilidade que o obrigam a despender cerca de 24-36 horas de treino por semana, de 4 a
6 horas por dia, 12 meses por ano.
É hoje reconhecido que para esses ginastas serem bem-sucedidos, a nível interna-
cional, o treino intenso deve iniciar-se antes da puberdade. Muitos deles, iniciam-no por volta
dos 5 anos, alcançam o pico da sua performance pessoal aos 16 anos e são considerados
extraordinários se se mantiverem nos quadros competitivos internacionais até aos 20 anos.
O crescimento ótimo depende de fatores ambientais, assim como de fatores
genéticos. Muito embora a predisposição genética condicione a estatura final, os fatores
ambientais, nomeadamente a nutrição, mas também o stress e a atividade física intensa,
podem alterar o padrão de crescimento. Os ginastas de competição foram identificados
como particularmente susceptíveis a estas alterações. Efetivamente, na generalidade, os
ginastas são reconhecidos como sendo menos maduros e de menor estatura que os res-
tantes atletas e controlos da mesma idade cronológica.
É conhecido que o desenvolvimento pubertário, a menarca, o crescimento e a
maturidade biológica estão comprometidos na maioria das modalidades de ginástica. No
entanto, não é ainda clara a responsabilidade dos fatores de predisposição genética ou os
efeitos deletérios do treino intenso.
O ginasta de competição é considerado um atleta de risco para o desenvolvimento
de comportamentos alimentares perturbados, dada a forte pressão para alcançar um baixo
peso e baixa porcentagem de gordura corporal. A nutrição adequada num jovem ginasta
é essencial: o consumo nutricional diário deve suprimir as necessidades biológicas de um
organismo em crescimento e sua manutenção, assim como aquelas relacionadas com a
exigente atividade física. Dessa forma, a combinação entre a restrição calórica e a intensi-

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 24


UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 25
4. GINÁSTICA DEMONSTRATIVA

Qualquer prática da ginástica que não seja competitiva, é considerada apenas


demonstrativa.
Sabendo que na antiguidade a Ginástica era recomendada somente para os homens,
com o objetivo de desenvolvê-los fortes e musculosos e, assim, proteger a pátria com seu
biótipo esteticamente perfeito. Influenciando todos os outros períodos histórico-evolutivos,
marcando um novo olhar para os exercícios físicos, em foco, a ginástica, contribuindo para
o bem-estar físico até os dias atuais.
Sesso e Terezani (2006) relatam que foi realmente no século XVIII, que encontra-
mos os precursores de uma Educação Física ligada à Ginástica, concedendo um conjunto
de exercícios sistematizados para cuidar da saúde do corpo, objetivo esse proibido pelo
obscuro religioso da Idade Média.
Assim sabemos que a Ginástica, na idade contemporânea, está dividida em com-
petitiva e não competitiva. As competitivas são organizadas e regulamentadas por Fede-
rações Internacionais de Ginástica. Já as consideradas não competitivas são aquelas que
podem conter vários objetivos, como: educacional, terapêutico, lazer, condicionamento,
apresentação artística, entre tantas outras. As duas modalidades de Ginástica podem ser
praticadas por ambos os sexos, mas ainda rompendo barreiras do preconceito de determi-
nados momentos da história.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 26


Tais diferenças podem ser observadas à expressão do movimento, ao qual o ritmo
é definido pela música que a conduz, sendo assim observados movimentos quadrados,
característicos para os homens, e movimentos arredondados, pelas mulheres.
Na Ginástica Artística são utilizados alguns aparelhos gímnicos que são definidos
de acordo com as características dos sexos, como: a fita, considerada um aparelho de gi-
nástica feminino, e o bastão, para os movimentos ginásticos masculinos. Tais capacidades
físicas são desenvolvidas e aprimoradas através de movimentos técnicos, que melhoram
a sua execução utilizando de capacidades motoras específicas, como a força, durante o
exercício das argolas, e a flexibilidade, no solo feminino.
Assim podemos observar características evidentes do Ballet no universo feminino
e a Calistenia nos movimentos oriundos masculinos.

FIGURA 1 - SOLO FEMININO

FIGURA 2 - ARGOLAS MASCULINO

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 27


5. GINÁSTICA DE CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL

As ginásticas de conscientização corporal reúnem práticas que empregam movi-


mentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscientização de exercí-
cios respiratórios.
A tecnologia disponível para o ser humano vem tornando-o cada vez mais inape-
tente e com predisposição a doenças hipocinéticas, que são desenvolvidas pela falta de
movimento. Nesse processo o corpo vem se tornando objeto de manipulação do indivíduo
e da sociedade, tirando-lhes a autonomia e a consciência em suas práticas corporais.
Desta forma, os movimentos tornam-se mecânicos, automáticos e, muitas vezes,
sem limites e limitações. O interesse da população pela prática da atividade física, nos
últimos anos, criou a necessidade e a preocupação de se estudar a consciência corporal do
homem em relação a sua atividade física. Essa busca frenética pelo exercício físico pode
se dar pelos mais variados objetivos, pelo desempenho, alto-rendimento, estética e aqueles
que buscam a saúde. A consciência do homem pode ser entendida como o estado pelo qual
o corpo percebe a própria existência e tudo o que mais existe.
Partindo desse ponto de vista, propõe-se que há necessidade de compreender a
prática da atividade física sob o enfoque de que a Educação Física tem o papel de tratar o
corpo não como objeto, e sim como sujeito da ação; o ato mecânico no trabalho corporal
deve ceder lugar para o ato consciente. Como observado na literatura, a consciência corporal

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 28


pode proporcionar uma escolha saudável de estilo de vida, tornando-se, assim, umaprática
prazerosa que respeita o ritmo próprio executado pelos participantes da Educação Física.
Nesse sentido a pesquisa da percepção corporal, das sensações corpóreas e a ha-
bilidade de julgar a posição do próprio corpo são de grande importância, já que a Educação
Física poderá atuar trabalhando a conscientização do corpo, conquistando uma melhora na
imagem corporal, consciência do seu próprio corpo e no estímulo da busca de uma melhor
qualidade de vida.
Portanto, é necessária uma abordagem que envolva o indivíduo em suas atividades
físicas, ser consciente de seu corpo e suas ações, para que a Educação Física venha
a intervir de maneira mais eficiente na motricidade humana e na conscientização de um
estilo de vida saudável para seus praticantes. Assim, cabe observar se os discursos dos
indivíduos estão de acordo com o que percebemos na sua prática.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 29


6. GINÁSTICA FISIOTERÁPICA

A modalidade consiste numa junção de vários tipos de exercícios aeróbicos e


anaeróbios, que, geralmente, são feitos em sessões de musculação, pilates e fisioterapia,
com o objetivo de prevenir e reabilitar atletas com doenças musculoesqueléticas.
A expressão qualidade de vida é definida como o valor atribuído à vida, ponderado
pelas deteriorações funcionais; as percepções e condições sociais que são induzidas pela
doença, agravos, tratamentos. Atualmente, o ser humano passa mais de 1/3 (um terço) de
sua vida no ambiente laboral, desempenhando diferentes atividades, o que faz com que as
condições de trabalho sejam adequadas para eliminar os riscos que possam provocar aci-
dentes de trabalho e alterações à saúde dos trabalhadores, resultando em maior satisfação
e motivação dos empregados e, consequentemente, sendo mais produtivos.
Sabe-se que o estresse ocupacional é um conjunto de perturbações psicológicas
ou sofrimento psíquico, associado às experiências do trabalho, podendo ser minimizado
por fatores pessoais, como estado de saúde, personalidade e suporte social, e organização
do trabalho.
Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana que tem sido aproximada
ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria
estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os
elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar.
Apesar da amplitude do conceito, viver com qualidade de vida é manter o equi-

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 30


líbrio no dia a dia, procurando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos
saudáveis, aumentando a capacidade de enfrentar pressões e dissabores e vivendo mais
consciente e harmônico em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si próprio.
Para isso, consideramos que a qualidade de vida está totalmente relacionada com
o bem-estar social e, principalmente, físico do indivíduo. Assim, qualquer uma das possibi-
lidades que vimos até aqui pode ser considerada uma estratégia de manutenção da saúde
e bem estar.

SAIBA MAIS

Você já se exercitou hoje? Sabia que a atividade física mantém a saúde, previne doen-
ças cardiovasculares, respiratórias e ainda ajuda no envelhecimento saudável?
Mas para isso é necessário criar rotinas de treinos, e nada melhor que conhecer esses
benefícios desde a primeira idade para que nosso organismo se acostume e crie hábitos
saudáveis para toda a vida.
Pense nisso!

Fonte: o autor.

SAIBA MAIS

Durante toda a vida construímos maneiras de nos sentirmos melhor com nós mesmos,
para isso a assiduidade da atividade física se torna cada vez mais frequente e mais pra-
ticada, principalmente por adolescentes.
Acostume-se a essa rotina e procure o melhor treino para que você tenha prazer pela
prática e se sinta cada vez mais motivado a continuar se exercitando.
Então, bom exercício!

Fonte: o autor

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 31


REFLITA

Seu corpo reflete tudo aquilo que você oferece a ele.

Fonte: o autor

REFLITA

“Uma mente sã num corpo são”

Fonte: poeta romano Juvenal

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 32


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta unidade pudemos observar estratégias de aplicabilidade da Ginástica dentro


da Educação Física, estruturas pedagógicas e oportunidades de ampliação do conheci-
mento junto à modalidade.
Vimos que o melhor caminho sempre é a capacitação dos professores e inovação
de conteúdos, para que se torne algo atraente e de boa aceitação dos alunos.
Espero ter contribuído com mais essa unidade para o seu conhecimento, e nos
encontramos na próxima!

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 33


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Metodologia da Ginástica: Plano de Aula
Autor: Kemel José Barbosa e Thomaz Décio Siqueira
Ano: 2020
Sinopse: Introdução à Ginástica Olímpica - GO (Termo Masculina.
História e tendências da Ginástica Artística. Aparelhos oficiais e
auxiliares da Ginástica Artística. Exercícios específicos nos apa-
relhos de Ginástica Artística Masculina e Feminina. Competição e
julgamento da Ginástica Artística. Bases biomecânicas da Ginásti-
ca Olímpica – Atual Ginástica Artística.

FILME/VÍDEO
Título: Full Out
Ano: 2015
Sinopse: Baseado na história verídica de uma ginasta de 14 anos
que precisou desistir dos Jogos Olímpicos após sofrer um acidente
de carro. Após recuperar seus movimentos e sua confiança através
da dança, ela é chamada de volta ao mundo da ginástica.

UNIDADE II Ginástica e sua Classificação 34


UNIDADE III
Ginástica: Viés Procedimental e
Pedagógico
Professor Esp. Diego Fernando Rodrigues

Plano de Estudo:
● Ginástica e os conhecimentos procedimentais: Como fazer?;
● Ginástica e os aspectos pedagógicos: Como e porque ensinar/
aprender;
● Produção coreográfica.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os procedimentos do conhecimento da Ginástica;
● Conhecer as diferentes formas de ensinar e criar movimentos coreografados.

35
INTRODUÇÃO

Olá novamente! Nesta unidade vamos aprofundar um pouco mais nossos conheci-
mentos sobre a ginástica, particularmente sobre as formas de ensinar a Ginástica
Conhecer ainda mais seus conceitos, como elas são definidas dentro do processo
coreográfico.
As oportunidades de apresentação da Ginástica nas suas aulas serão muito mais
divertidas e inesperadas pelos alunos, trazendo ainda mais diversidade ao contexto da
Atividade Física como componente de saúde e bem-estar.
Então te convido, aluno(a), a se deslumbrar com essa modalidade.

Bons estudos e muita ginástica!

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 36


1. GINÁSTICA E OS CONHECIMENTOS PROCEDIMENTAIS: COMO FAZER?

Para entendermos a Ginástica dentro da Escola, precisamos observar em qual área


da vida estudantil ela está inserida. Assim, vamos ligá-la a sua principal vertente, a Educação
Física Escolar, que são manifestações da linguagem ou expressão corporal, partindo dos
elementos de uma cultura corporal, apresentados como: jogos, danças, desportos coletivos,
ginásticas, lutas, mímicas e relaxamentos. Afirmando que a ginástica está presente como
base para todas essas práticas desportivas, possibilitando ao seu praticante o domínio do
corpo e a descoberta de inúmeros seguimentos inusitados (SOUZA; FÁVARO, 2015).
Sendo abordada de forma inadequada, a Ginástica escolar não tem sido devida-
mente aplicada com a sua real finalidade, e o principal motivo é o despreparo dos profes-
sores, que têm em suas aulas uma visão deturpada da atividade, tornando-a somente para
fins esportivos e competitivos.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 37


FIGURA 1 - FUTEBOL COMO GINÁSTICA

Uma Educação Física de qualidade é aquela que está totalmente ligada ao desen-
volver motor do aluno, mostrando a ele que o ato de se movimentar é essencial para que
possa interagir e construir relações saudáveis, seja ela com o bem-estar físico, social e,
durante a infância, o lazer.
Durante seus estudos, Toledo, Silva e Palma (2017) puderam observar que muitas
são as possibilidades da aplicação da ginástica dentro da Educação Física, pois todas as
atividades hoje aplicadas nas escolas, necessitam de um certo tipo de esforço, pois as
dificuldades em atrair a atenção dos alunos e tornar as aulas dinâmicas e divertidas está
cada vez maior.
A partir da ginástica, conseguimos transformar a visão dos alunos com rela-
ção a este conteúdo, passando de uma visão fechada de um esporte femini-
no ou uma prática de saúde para um vasto conteúdo com diversas possibili-
dades de práticas, seja para saúde, diversão ou como esporte independente
do gênero ou de seu objetivo com a ginástica, e também mudar a própria
concepção de vida dos mesmos, através das interações sociais provocadas
ao longo de cada aula, fazendo com que acontecessem muitas estratégias
em grupos e quebrando os tipos de preconceito com relação a prática dos
movimentos, com intuito de promover a autonomia de cada sujeito (TOLEDO;
SILVA; PALMA, 2017, p 06).

Vale destacar que ao decorrer das aulas sempre há certa rejeição das crianças
em desenvolver a Ginástica, mas isso não pode ser um pressuposto para que ela não
seja aplicada, pois a criança gosta de desafios, assim tornando sua aplicabilidade de alta
aceitação. Ressaltando que o papel do professor em se aperfeiçoar através de estudos e
capacitações é altamente relevante.
Uma aula que busca uma intervenção pedagógica problematizada, desperta o
interesse e a curiosidade dos estudantes, visando sempre uma compreensão do aprender,
vivenciar, interpretar e ressignificar os conhecimentos tornando-os atrativos no seu decorrer.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 38


Aplicar um universo de possibilidades dentro das aulas, não tendo a ginástica
como único elemento, mas sim como um conteúdo integrador, junto com o esporte, a torna
possível no ambiente escolar, acarretando vários benefícios à saúde. A mídia pode ser uma
ferramenta fundamental nesse processo, pois através dela os alunos têm contato direto
com os esportes, como o futebol, voleibol e a própria ginástica competitiva, causando um
maior interesse do conhecimento da modalidade.
Uma excelente opção para essa fase da criança é a ginástica geral, pois nela estão
incluídas várias formas de vivências, sendo caracterizadas com bolas, fitas, solo, trave,
acrobacias, música, entre outros.

FIGURA 2 - FUTUROS ATLETAS

A diferença entre Ginástica Geral (GG) das modalidades gímnicas, é não ter o fator
competitivo, mas sim demonstrativo, com exceção da Alemanha que possui competições
de GG, isso se dá ao fato de a modalidade ser muito praticada no país. A principal função
da GG é a interação social, conscientizando o indivíduo nos aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais (RAMOS, 2008).
Aspectos como formar atletas de alto nível têm direcionado as aulas de Ginástica
por todo o mundo, isso se ressalta ao fato de nunca terem tido contato com a modalida-
de durante a infância com o objetivo lúdico e desconhecendo o processo pedagógico de
aprendizagem da atividade corporal.
Para Ramos (2008), a ginástica é um conhecimento a ser vivenciado no âmbito esco-
lar, pois é ainda muito pouco praticada, mas que vem timidamente se difundindo e ganhando
espaço através de projetos elaborados por profissionais e pesquisadores da área.
Vamos agora fazer alguns questionamentos em torno do seu ponto de vista da
Ginástica Geral na sua escola e comunidade:
1-) Qual a importância das aulas de educação física escolar, na sua opinião?
2-) O que você conhece sobre ginástica geral?

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 39


3-) Você considera importante trabalhar o conteúdo de ginástica nas aulas? Por quê?
4-) Você trabalha o conteúdo ginástica nas suas aulas? Para quais séries?
(Obs.: Se você respondeu não, pule para a questão nº 8)
5-) Qual o espaço físico utilizado para o processo de ensino e aprendizagem da ginástica?
6-) Quais materiais você utiliza para as aulas de ginástica?
7-) Existem dificuldades para aplicação desta modalidade? Quais?
8-) Você já praticou ginástica em algum momento de sua vida? Quando?
9-) Se você não trabalha com ginástica, por quê?

Ao responder essas questões, observamos que a Ginástica é fundamental para


o desenvolvimento do aluno, trazendo benefícios corporais, educacionais dentre tantos
outros, mas ainda persiste o conceito extinto da modalidade dentro das escolas.
O conhecimento de todos os conteúdos que compreendem a Educação Físi-
ca se faz necessário a ponto dos professores terem como base para as suas
aulas. A falta de conhecimento com os conteúdos de ensino, em especial a
ginástica escolar, torna-se um “obstáculo” para que essa venha a acontecer.
Por isso vê-se a importância de uma formação profissional, onde os professo-
res procurem elementos para favorecer essa aprendizagem escolar (FIGUEI-
REDO; FELINTO; MOURA, 2012, p.07).

A ginástica nas aulas de Educação Física não pode somente ser considerada como
um simples momento de aquecimento (na parte inicial) ou alongamento (na parte final), nem
somente como na área da Ginástica Artística, mas sim como um elemento fundamental no
desenvolvimento do aluno junto às condições de suas capacidades motoras.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 40


2. GINÁSTICA E OS ASPECTOS PEDAGÓGICOS: COMO E PORQUE
ENSINAR/APRENDER

Para aplicarmos as aulas de Ginástica dentro do âmbito escolar, devemos estar ob-
servando algumas características locais de onde vamos realizá-las, para isso identificamos
qual o melhor local dentro da instituição para que tenhamos um resultado esperado durante
as atividades junto com o rendimento da modalidade.
Lugares como as ruas, parques, casas e as escolas carregam muitas dessas
oportunidades, pois é livre que a criança é capaz de realizar essas atividades sem que
ocorra qualquer tipo de risco à sua integridade e a do seu próximo. Então cabe à escola
orientá-las e, nas aulas de Educação Física, fazer com essas vivências adquiridas possam
ser conduzidas a suprir as necessidades motoras dessas crianças.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 41


FIGURA 3 - VIVÊNCIAS

Para darmos início a nossa aula, é importante diagnosticar quais as experiências


vividas pelos alunos através da Ginástica. Os seus saberes sobre a atividade vão nos orientar
em como definir os objetivos, e ampliar seus saberes dentro da modalidade (TOLEDO, 2017).
Assim, através de recursos audiovisuais, apresentaremos as modalidades existen-
tes da Ginástica, tais como: para a saúde (ginástica de condicionamento físico, ginástica
laboral, ginástica fisioterápica, ginástica corporal), de demonstração (ginástica para todos)
e competitivas (ginástica aeróbica, ginástica de trampolim, ginástica acrobática, ginástica
artística e ginástica rítmica).
Após identificarmos quais os tipos de ginásticas existentes passamos para a parte
onde eles irão conhecer e vivenciar essas modalidades através de suas práticas, podendo
essa ser de acordo com o ambiente em que temos disponível dentro da escola e também
dentro das possibilidades de cada aluno, nunca esquecendo que o adaptar-se à realidade
serve sempre como parâmetro inicial de aplicação. O que isso significa? Que todas as
modalidades existentes dentro da Educação Física devem ser articuladas de acordo com
o que o aluno já conhece e aquilo que será novo, adequando à sociedade em que está in-
serido. Isso serve também para a Ginástica, porque, se colocarmos hipóteses nulas dentro
da Educação, o aluno irá se sentir desmotivado, mesmo antes de ter qualquer vivência, e
assim deixando de participar e se incentivando a conhecer novas experiências.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 42


FIGURA 4 - GINÁSTICA E EDUCAÇÃO

Segundo Toledo, Silva e Palma (2017), ao contrário dessa perspectiva, o que pode
ser verificado nas aulas de Educação Física muitas vezes é uma negação à cultura trazida
pelo aluno e ainda muitas vezes uma negação na diversidade de conteúdos. Os professo-
res optam por conteúdos aparentemente mais atraentes e mais fáceis de serem aplicados,
é muito comum encontrar nas escolas durante as aulas de Educação Física somente a
prática dos esportes com o fim neles mesmos, e os alunos passam toda sua vida escolar
praticando determinado esporte.
Não estamos aqui negando a aplicação dos esportes, mas sim mostrando as pos-
sibilidades de inserção de vários outros componentes da Educação Física, que podem ser
trabalhadas de várias formas, desde que o professor demonstre interesse e força de vonta-
de em aprender algo novo e descobrir alternativas para tornar suas aulas mais atraentes e
divertidas, aumentando ainda mais o desenvolver motor de seus alunos.
O fato de uma modalidade mal aplicada pode causar vários tipos de desconforto
ao aluno, pois este se sente desmotivado e excluído do contexto da aula por não conseguir
executar determinados movimentos ou até mesmo desprivilegiado perante os demais.
Assim possibilitamos a mesma transformação nas mudanças que contemplem to-
dos os alunos, e que ofereça as mesmas condições de participação, fazendo o aluno sentir
prazer e obter sucesso ao realizar a atividade.
Existe ainda uma divisão nas aulas de Educação Física que contempla dois aspec-
tos. Uma delas é a que chamamos de “modelo de reprodução”, em que o aluno transforma
aquilo que já existe em uma atividade nova e com suas características. A segunda é a
“perspectiva de transformação” que propõe uma reflexão da realidade e uma mudança de
percepção daquilo que já foi vivido, um bom exemplo são os esportes, que como já citamos
é tratado como ideal na Educação Física, selecionando os que possuem mais habilidades,
criando um caráter seletivo, que, na perspectiva de inclusão, não contempla as capacidades
e possibilidades dos alunos.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 43


FIGURA 5 - EXCLUSÃO

Vamos aqui apresentar um organograma de como podemos inserir a ginástica


dentro do ambiente escolar levando em consideração alguns fatores:

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 44


Sabendo que a Ginástica é uma atividade corporal completa, contribuindo para o
desenvolvimento do ser humano e os aspectos: motor, cognitivo, social e afetivo. Tendo suas
capacidades envolvidas em: flexibilidade, equilíbrio, força e agilidade, servindo de base para
demais atividades que envolvem outros esportes vamos observar os seguintes pontos:
● Coordenação: através do aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica, o
indivíduo desenvolve o equilíbrio, noção corporal e coordenação dos movimentos.
● Confiança: a ginástica proporciona confiança, pois são trabalhados os movi-
mentos numa sequência do mais simples para o mais complexo, respeitando-se
as habilidades e capacidades de cada um, de forma que, com o progresso dos
movimentos gímnicos (exercícios), o indivíduo se sentirá realizado e confiante em
suas habilidades.
● Orientação de objetivos: como a melhora e aprendizado dos exercícios ocorrem
através de seus esforços e estabelecimento de objetivos e metas, a ginástica traz
esse valor ao indivíduo, que é “uma lição valiosa em qualquer idade”.
● Disciplina: o progresso nos movimentos depende da disciplina e esforço de cada
um; a satisfação pessoal pelo resultado obtido é a recompensa.
● Organização: todos nós devemos ser organizados em nossa rotina diária, e com a
ginástica não é diferente. Através de sua prática, o indivíduo aprende a se organizar,
concentrar-se em seus objetivos e preparar-se para enfrentar os desafios da vida.
● Criatividade: a ginástica proporciona ao indivíduo o uso da sua criatividade e
imaginação em seus gestos, conseguir se expressar melhor e o desafio de tentar
novos exercícios e desafios.

Sabemos que a troca de experiência entre o professor e o aluno também são fun-
damentais para o processo pedagógico de ambos, enfatizando ainda mais seus benefícios
e valores que perpetuarão por toda a vida, tais como:
a. Valorização Cultural
● Valorização da cultura de cada região;
● Valorização do indivíduo aproveitando suas vivências anteriores;
● Integra movimentos da cultura corporal, da Ginástica, das Artes e da Dança.

b. Diversidade
● Podemos trabalhar com materiais convencionais e não convencionais;
● Valoriza-se o aluno individualmente, respeitando suas limitações;
● Promove a educação por ser uma atividade pedagógica.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 45


c. Regras simples
● Ausência de competição;
● Espaço livre de expressão, em que todos podem opinar;
● Não possui um número definido de participantes;
● Não existe faixa etária e sexo dos praticantes pré-estabelecidos.

d. Criatividade
● Não possui elementos obrigatórios;
● Oportunidade de utilizar materiais diversos, como: acqua tub, papel
crepom,cordas, patins, entre outros;
● Proporciona a elaboração de coreografias;
● Possibilita a execução de coreografias de pequenas e grandes áreas;
● Proporciona prazer, alegria, beleza e estética ao mostrar algo bonito.

e. Interação Social
● Promove a socialização entre o grupo e as outras pessoas;
● Inclusão: proporciona a participação de todos (ex.: cadeirantes);
● Acessibilidade: todos podem participar, independe de idade ou fator econômico;
● Cooperação: faz-se ginástica com alguém e não contra alguém;
● Proporciona bem-estar físico e mental, gerando melhor qualidade de vida.

FIGURA 6 - COOPERATIVIDADE

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 46


3. PRODUÇÃO COREOGRÁFICA

De acordo com Gallardo e Souza (1996, p. 2), a GG “reúne diferentes interpretações


das ginásticas[...], integradas com outras formas de expressão corporal (dança, folclore,
jogos, teatro, mímica, etc.) de forma livre e criativa”.
A Ginástica Geral abrange diversas manifestações da ginástica e até mesmo da
cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992), sem destituir-se de seu caráter lúdico,
prazeroso e criativo.
Ayoub (1998, p. 94) afirma que a Ginástica Geral pode ser
[...] visualizada como uma prática corporal que promove uma síntese entre
elementos do núcleo primordial da Ginástica, da Ginástica Científica e das
diversas manifestações gímnicas contemporâneas. Sob essa ótica, a GG re-
presenta, em nossos dias, uma síntese entre o que foi e o que é a Ginástica;
uma síntese em transformação, inserida no contexto da dinâmica histórico-
-cultural.

Pelas suas características, por não possuir regras pré-estabelecidas, critérios e


padrões, como no caso das ginásticas competitivas (GRANER, 2001), além da liberdade
de expressão por meio das tantas formas de ginástica, a Ginástica Geral é tida como uma
atividade que pode estimular a criatividade e sua forma de expressão e apresentações
coreográficas permitem a integração artística entre os participantes e o público (VENDITTI
JUNIOR; CHIQUETTO, 2003).

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 47


SAIBA MAIS

A Ginástica Artística é uma das práticas desportivas mais antigas da humanidade, com
referências desde a pré-história. O que se deu ao longo dos séculos foi a afirmação,
a fundamentação e o aperfeiçoamento de uma das mais belas atividades físicas que
existem.

Fonte: Impulsiona (2019).

SAIBA MAIS

Os países com maior número de medalhas Olímpicas nos Campeonatos Internacionais


são: Estados Unidos, China e Japão.

Fonte: Gavini (2020).

REFLITA

“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”

(Mahatma Gandhi).

REFLITA

“Fácil é sonhar todas as noites, difícil é lutar por um sonho todos os dias”

(Lorena Molinos).

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 48


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esta unidade, conhecemos um pouco mais sobre a Ginástica. Ampliando


ainda nossos saberes sobre a ginástica, analisando como ela se apresenta.
Também conhecemos possíveis estratégias de ensinar e organizar movimentos
coreográficos que estimulam o raciocínio e a técnica de quem as pratica.
Esperamos ter contribuído ainda mais para seu crescimento profissional junto à
Educação Física e suas mais diferentes vertentes.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 49


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Fundamentos da Ginástica
Editora: Fontoura
Escritora: Myrian Nunomura
Ano: 2016
Sinopse: “Fundamentos das Ginásticas” é uma obra que preten-
de apoiar os profissionais de Educação Física e de Esporte no
aprimoramento de suas práticas e conhecimento sobre algumas
manifestações ginásticas. Os capítulos foram elaborados por pro-
fessores e técnicos que estão ativamente envolvidos no ensino
e estudo das respectivas modalidades, mas que não pretendem
constituir-se em “receitas” de atividades. Ao contrário, esperamos
que o presente material oriente o desenvolvimento dos fundamen-
tos básicos que caracterizam e alicerçam cada ginástica. A partir
de então, esperamos que os profissionais ampliem as propostas
de atividades apresentadas, identifiquem as oportunidades de
aplicação desses fundamentos e possam criar experiências cada
vez mais enriquecedoras e desafiantes aos praticantes. Ginástica
Geral, Volteio, Ginástica de Trampolim, Ginástica Aeróbica, Ginás-
tica Rítmica, Ginástica Acrobática e Ginástica Artística procuram
despertar um novo olhar sobre as possibilidades que as ginásticas
têm de atender à diversidade populacional e de contextos e somar
ao conteúdo da cultura corporal.

FILME/VÍDEO
Título: Stick It
Ano: 2006
Sinopse: Após estar encrencada com a lei, a jovem Haley Graham
(Missy Peregrym) é forçada a voltar ao mundo do qual ela fugiu
anos atrás. Incluída num time de ginastas comandado pelo len-
dário técnico Burt Vickerman (Jeff Bridges), a atitude rebelde de
Haley irá se transformar numa coisa muito mais importante que
todos chamam de espírito esportivo.

UNIDADE III Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico 50


UNIDADE IV
Ginástica em Diferentes Contextos
Professor Esp. Diego Fernando Rodrigues

Plano de Estudo:
● Ginástica na escola;
● Ginástica competitiva em ação;
● Ginástica no âmbito da saúde;
● Ginástica e a organização de eventos oficiais e em âmbito
escolar.

Objetivos da Aprendizagem:
● Identificar quais os objetivos dos praticantes de Ginástica na atualidade;
● Conhecer as modalidades da ginástica de academia para
saber indicar o melhor treino para os futuros alunos.

51
INTRODUÇÃO

Que bom nos encontrar novamente. Nesta unidade vamos conhecer um pouco
mais das modalidades praticadas nas academias atualmente.
Possibilidades de treinos e modalidades fazem toda diferença na escolha do melhor
exercício e desempenho. Para isso, vamos conhecer quais práticas podemos encontrar dentro
das academias e que podem também ser praticadas em lugares mais diferentes possveis.
Também vamos conhecer possibilidades de organização de eventos de ginástica.
O que vale é não ficar parado, então bons estudos e vamos conhecer algumas das
principais modalidades de ginástica de academia.

Bora lá.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 52


1. GINÁSTICA NA ESCOLA

Primeiramente, o aluno deverá conhecer algumas modalidades de ginástica, isso


pode acontecer através de vídeos e fotos, oportunizando ao aluno observar quais carac-
terísticas estão sendo consideradas em tal atividade e quais as formas de manifestação
corporal e motora estão sendo demonstradas para que ele possa reproduzir.
Em outro momento podemos oferecer aos alunos a oportunidade de confeccionar
e explorar materiais que são característicos da Ginástica, como malabares, e, através das
práticas, demonstrar como esse material pode ser utilizado durante a modalidade.

FIGURA 1 – DIVERSÃO

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 53


Após a confecção dos materiais, vamos possibilitar a esses alunos explorar, através
da criatividade, os movimentos que podem ser executados, dando a eles a liberdade de
criação e habilidades refletidas a partir de ações do seu cotidiano.

FIGURA 2 - VIVÊNCIAS

Neste momento vamos oferecer ao aluno as vivências em grupo, dando a eles a


oportunidade de desenvolver junto dos seus colegas, experiências que vão caracterizar a
importância do conjunto, assim envolvendo a criação da ginástica acrobática e suas carac-
terísticas de conjunto.

FIGURA 3 - PRAZER EM PRATICAR

Para uma última vivência, vamos mostrar aos alunos como podemos inserir as
atividades vistas até aqui, trazendo a eles experiências com grandes objetos, como: trave,
argolas, cavalo, trampolim e demais aparelhos da ginástica olímpica. Isso fará com que
eles se sintam empolgados e deslumbrados com as possibilidades de apresentar tudo
aquilo que já foi visto em outros momentos das aulas utilizando de um aparelho, que pode
ser adaptável e, mesmo assim, compatível com a os oficiais.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 54


FIGURA 4 - PARTICIPAÇÃO

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 55


2. GINÁSTICA COMPETITIVA EM AÇÃO

A Ginástica Olímpica, também chamada de Ginástica artística, se define como


um emocionante e belo esporte, tendo como um dos seus componentes fundamentais a
coragem, a graça e o domínio, tanto do seu corpo quanto da sua mente.
Foi criada na Grécia e alcançou lugar de destaque na sociedade, tornando-se numa
atividade de fundamental importância no desenvolvimento cultural de seu povo. Os exercícios
eram com o simples objetivo de competições, só entrando em desuso com o domínio dos
romanos, quando os espetáculos de lutas fatais eram entre os humanos e as feras.
Quando chegamos à idade média, considerada a mais sangrenta de todos os tem-
pos, a ginástica, vista como competição, também foi descartada do dia a dia da população,
ressurgindo somente no continente europeu no início do século XVIII, pelas escolas Alemã
e Sueca como vimos na primeira unidade. Estas influenciaram no desenvolvimento do es-
porte, especialmente os sistemas de exercícios físicos, que foram idealizados por Friedrich
Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst matriz e essencial da ginástica olímpica que hoje
praticamos (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2021).
As modalidades da ginástica se baseiam na linguagem técnica de seus atletas,
através de diversos exercícios físicos. Vale lembrar que, durante as competições, todos
os atletas devem executar todas as modalidades, portanto não há como se especializar
somente em um aparelho, mas sim conhecer todos e procurar sua melhor performance em
cada um deles.
No Dicionário Olímpico (2021) essas modalidades são definidas da seguinte forma:

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 56


2.1 Para os Homens

2.1.1 Barra fixa


A barra fixa é uma prova da competição masculina. A área de apresentação é com-
posta por uma barra tubular afixada a dois suportes que a suspendem a 2,8m do solo. A
barra mede 2,4m e tem diâmetro de 2,8cm. A apresentação do ginasta inicia com a entrada
no aparelho que pode ser realizada com a ajuda do treinador ou através da impulsão do
ginasta para a barra.
A prova consiste em movimentos rápidos e contínuos na barra, com elementos de
impulso, giros e voos, com largadas e retomadas e a utilização de diferentes empunhaduras.
Nas séries, é importante que também sejam executados elementos próximos e
longe da barra, com mudanças de direção e contendo saltos. Sempre que possível, o
ginasta deve manter os braços esticados e não é permitido encostar-se à barra com os
pés. Apenas os oito elementos de maior dificuldade, incluindo a saída, recebem nota e as
conexões diretas realizadas entre elementos são bonificadas pelo júri. A saída do aparelho
é feita com um salto.

FIGURA 5 - BARRA FIXA

2.1.2 Barras paralelas


As barras paralelas são uma prova da competição masculina. O aparelho consiste
em duas barras idênticas de 3,5m de comprimento, sustentadas por suportes metálicos.
Posicionadas paralelamente a uma distância que pode variar de 42 a 52 cm, as barras
ficam a uma altura de 2m do chão.
Durante as séries, os ginastas devem executar elementos de impulso, como larga-
das e balanços, assim como elementos de força e estáticos, executados em suspensões
e apoios. A entrada no aparelho é feita ao lado ou por uma das extremidades a partir da
posição de pé. As séries são caracterizadas por balanços com saltos mortais e balanços

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 57


seguidos de apoios. É obrigatório que a rotina contenha um elemento realizado em apenas
uma das barras. A saída deve ser feita com um salto mortal.
Para não sofrer reduções na nota, o ginasta não deve arrumar as mãos nas barras
durante a execução do exercício, que deve ter continuidade e fluidez.

FIGURA 6 - BARRAS PARALELAS

2.1.3 Cavalo com alças


O cavalo com alças é um aparelho da competição masculina. Visto como um dos
aparelhos mais difíceis da competição, ele é composto por uma estrutura em formato de
prisma de 1,6m x 35 cm, posicionada horizontalmente sobre uma base de suporte. Duas
alças são afixadas na parte superior do aparato e ficam a uma distância de 40 a 45 cm uma
da outra. O cavalo está posicionado a 1,15m do chão.
Nas séries, os ginastas devem percorrer o corpo do aparelho, realizando apoios
variados, movimentos circulares (volteios) e movimentos pendulares (tesouras). Eles inter-
calam o apoio de braços, segurando nas alças do cavalo ou mantendo as mãos abertas
sobre o corpo do aparelho. Os elementos da série devem ser apresentados de forma inin-
terrupta e contínua.

FIGURA 7 - CAVALO COM ALÇAS

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 58


2.1.4 Salto sobre a mesa
O salto sobre a mesa faz parte das competições feminina e masculina. O aparelho é
composto por uma mesa levemente inclinada com 1,2m de comprimento e 95cm de largura.
Na prova masculina, a mesa fica posicionada a 1,35m do chão. Uma área de corrida de
25m x 1m, um trampolim posicionado à frente do aparelho e um colchão de aterrissagem
completam a área de apresentação.
Após realizar uma corrida de aproximação, de forma a ganhar velocidade, o ginasta
deve se impulsionar no trampolim e em seguida tocar a mesa com as duas mãos simulta-
neamente. Utilizando um movimento de impulsão, o atleta se afasta da mesa e realiza o salto
propriamente dito, que pode conter rotações simples ou múltiplas em torno dos eixos corporais.
O ginasta deve finalizar o salto com uma aterrissagem sobre os dois pés, de frente ou de
costas para o aparelho, o mais próximo possível da área demarcada no colchão de aterrissagem.

FIGURA 8 - SALTO SOBRE A MESALINK DA IMAGEM

2.1.5 Argolas
As argolas são um aparelho utilizado na ginástica artística. Seu uso em com-
petições é exclusivamente para homens. A área de apresentação é composta por duas
argolas circulares de 18 cm de diâmetro, suspensas na extremidade de cabos – de 3m de
comprimento – e distantes 50 cm, fixados a uma estrutura metálica com 5,8m de altura. As
extremidades das argolas ficam posicionadas a 2,8m do solo.
Na apresentação, os ginastas utilizam elementos estáticos, de força e impulso para
apresentar uma série caracterizada por balanços, apoios e suspensões que devem ser
mantidos estáticos por no mínimo 2 segundos. Os elementos e sequências devem ser
executados em suspensão, com transições entre elementos de balanço e de força, feitos
sempre que possível com os braços estendidos.
Após a entrada no aparelho, geralmente realizada com a ajuda do treinador, o ginasta
deve iniciar a rotina com os braços esticados e o corpo ereto. Durante a execução, o ginasta

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 59


deve evitar ao máximo o balanço dos cabos das argolas e não pode cruzá-los. Apoio, cristo,
maltesa e parada são alguns dos elementos utilizados para compor as séries nas argolas. Ao
final da apresentação, o ginasta deve realizar a saída do aparelho com um salto.

FIGURA 9 - ARGOLAS

As provas de solo são disputadas nas categorias masculinas e femininas. A área de


apresentação é composta por um tablado de 12m x 12m, coberto por um carpete e rodeado
por uma área de segurança de 2m.
As provas masculinas têm duração máxima de 70s e não há acompanhamento
musical. Durante a apresentação das séries os ginastas não podem ultrapassar as bordas
da área demarcada. Nas rotinas, os ginastas realizam elementos de diversos tipos, sendo
os mais comuns as passadas de elementos acrobáticos e os apoios. Os oito elementos de
maior dificuldade são considerados para a apuração.
Os ginastas devem realizar a série de forma contínua e ininterrupta. Desequilíbrios
nas aterrissagens e aterrissagens fora da área de apresentação são as principais falhas
cometidas pelos atletas.

FIGURA 10 - SOLO MASCULINO

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 60


2.2 Para as Mulheres

2.2.1 Solo
As provas de solo são disputadas nas categorias masculinas e femininas. A área de
apresentação é composta por um tablado de 12m x 12m, coberto por um carpete e rodeado
por uma área de segurança de 2m.
As provas femininas têm duração máxima de 90s e é obrigatório que haja acompa-
nhamento musical. Durante a apresentação das séries, as ginastas não podem ultrapassar
as bordas da área demarcada. Nas rotinas, as ginastas realizam elementos de diversos
tipos, sendo os mais comuns as passadas de elementos acrobáticos, os apoios e elemen-
tos de dança. Os oito elementos de maior dificuldade são considerados para a apuração.
As ginastas devem realizar a série de forma contínua e ininterrupta. Desequilíbrios
nas aterrissagens e aterrissagens fora da área de apresentação são as principais falhas
cometidas pelos atletas.

FIGURA 11 - SOLO FEMININO

2.2.2 Salto sobre a mesa


O salto sobre a mesa faz parte das competições feminina e masculina. O aparelho
é composto por uma mesa levemente inclinada com 1,2m de comprimento e 95cm de
largura. Nas provas femininas, a mesa fica posicionada a 1,25m do chão.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 61


FIGURA 12 - SALTO SOBRE A MESA

2.2.3 Paralelas assimétricas


As barras assimétricas participam da competição feminina. Composta por duas
barras paralelas de 2,4m posicionadas em diferentes alturas, a barra alta fica a 2,5m do
chão e a barra baixa, a 1,7m de altura (essas distâncias podem sofrer uma variação de 10
cm para mais ou para menos, dependendo da altura da ginasta). A distância entre as duas
barras pode variar de 1,3 a 1,8m.
A apresentação da ginástica inicia com a entrada no aparelho, que pode ser reali-
zada com a utilização do trampolim ou através da impulsão da ginasta acima das barras. As
séries se caracterizam por movimentos rápidos e contínuos com o apoio de mãos e suspen-
sões, utilizando elementos com giros, balanços em suspensão e voos: além de largadas e
retomadas realizadas na mesma barra, é obrigatório que a ginasta realize pelo menos uma
troca de barra durante a série e faça movimentos contendo diferentes empunhaduras. São
também importantes as mudanças de direção e os saltos.
Apenas os oito elementos de maior dificuldade, incluindo a saída, recebem nota
e as conexões diretas realizadas entre elementos são bonificadas pelo júri. A saída do
aparelho é feita com um salto.

FIGURA 13 - PARALELAS ASSIMÉTRICAS

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2.2.4 Trave de equilíbrio
Presente apenas nas competições femininas, a trave de equilíbrio é um aparelho
composto por uma trave de madeira revestida por couro, com 5m x 10cm, posicionada a
uma altura de 1,25m do solo. A ginasta tem até 90s para apresentar sua série.
As séries iniciam com a entrada da ginasta no aparelho (que pode ser feita com
a ajuda do trampolim). As séries devem incluir elementos acrobáticos e ginásticos, como
pivots, saltos e equilíbrios. É importante que a ginasta execute ligações diretas entre ele-
mentos, variação de ritmos nos movimentos e elementos próximos e afastados do aparelho.
A série deve conter, pelo menos, uma ligação acrobática de, no mínimo, dois elementos e
as conexões diretas realizadas entre os elementos são bonificadas.
A trave de equilíbrio é considerada o aparelho mais difícil da competição feminina,
devido ao tamanho reduzido da área de contato com o aparelho. Por isso, durante a execu-
ção das séries, as quedas e os desequilíbrios são falhas bastante comuns.

FIGURA 14 - TRAVE DE EQUILÍBRIO

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 63


3. GINÁSTICA NO ÂMBITO DA SAÚDE

As modalidades de ginástica são esportes que envolvem várias séries de movi-


mentos que exigem força, flexibilidade e coordenação motora. Sendo praticada com grande
aderência no final do século XVIII como já vimos anteriormente, pela Escola Alemã, que
focava em movimentos lentos e ritmados, e com a Escola Sueca, que trouxe a ideia de
aparelhos no esporte.
Tornando-se, nos anos 90, uma febre no mundo fitness, favorecendo na redução de
gordura e produzindo o tão sonhado, por muitos, “corpos sarados”.
As modalidades de ginástica de academia são variadas, muito mais do que podemos
imaginar, e a cada dia mais conhecidas, algumas delas vamos conhecer a partir de agora.

3.1 Yoga

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 64


O yoga visa a ampliação da consciência para um melhor estilo de vida e para desenvolver
a saúde global.
O yoga aborda o indivíduo, em todos os seus aspectos, objetivando, assim, o
equilíbrio do organismo. Trabalhando o ser como um todo, o yoga vai nos conduzindo ao
desenvolvimento integral da nossa saúde, de nossas capacidades e habilidades.
Com o yoga ocorre a busca pelo aprimoramento, a partir de quem somos e do que
possuímos.
O yoga é o caminho que leva o homem a compreender e a transformar verdadeira-
mente a si próprio.

FIGURA 15 - YOGA

3.2 Pilates
Pilates é um método de condicionamento físico criado na Alemanha na década de
20. É indicado para reabilitação física, condicionamento físico geral e bem-estar. Os exer-
cícios físicos condicionam e energizam. O método promove harmonia e balanço muscular
para todas as idades e níveis de condicionamento físico, já que a atividade é direcionada
às necessidades individuais da pessoa.
A aula pode ser individual ou em pequenos grupos, sendo supervisionada por um
professor. Os exercícios podem ser feitos por qualquer pessoa, desde aquelas que já pos-
suem bastante treinamento ao sedentário, do idoso ao adolescente e das gestantes aos
pacientes em estágio de reabilitação.
O método foi desenvolvido por Joseph H. Pilates. Sua prática pode ser tantos nos
aparelhos, por ele inventados (estruturas de madeira e metal, com molas e tiras de couro),
como nos movimentos realizados no chão (técnica conhecida por mat pilates).

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 65


Joseph Humbertus Pilates nasceu em 1880, na Alemanha, e passou por vários
problemas de saúde durante sua infância. Buscou superá-los através da atividade física,
além de ter estudado anatomia, fisiologia e medicina. Durante a Primeira Guerra Mundial,
Joseph trabalhou como enfermeiro. Nesse período, usou sua técnica para reabilitar os
feridos em combate.
Ao final do combate, mudou-se para Nova York, nos Estados Unidos, e passou a
prorrogar o seu método.
O pilates tem a utilidade de combinar a respiração com os movimentos do corpo. Os
exercícios desenvolvem os músculos mais profundos do abdômen e das costas, proporcionando
uma postura melhor. Além disso, estima a circulação, melhora o condicionamento físico geral,
a flexibilidade, promove melhoras nos níveis de consciência corporal e coordenação motora.

FIGURA 16 - PILATES

3.3 Zumba
O programa zumba é uma aula de dança-ginástica com inspiração em vários ritmos
latinos, dentre eles podemos citar: salsa, cúmbia, merengue, reggaeton, dança do ventre,
samba, tango entre outros. Criada por Beto Perez na Colômbia, a aula de Zumba combina
ritmos rápidos e lentos trabalhando, assim, todo o corpo.

3.3.1 Quem pode praticar?


Todos podem fazer a aula, desde quem nunca dançou, pois é uma aula super fácil
e divertida. Não é necessária uma experiência prévia com dança.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 66


3.3.2 Como funciona?
A aula inicia-se com um breve aquecimento, que tem como propósito começar a
aula gradativamente, fazendo aumentar a temperatura corporal, lubrificar as articulações e
aquecer os músculos.
A parte principal se dá pelas escolhas de diferentes ritmos, em que as músicas são
selecionadas por intensidades: baixa, média e alta, proporcionando um treino eficaz e fácil
de acompanhar.
E a parte final encerra-se com um relaxamento, que tem por objetivo abaixar gra-
dualmente o batimento cardíaco, a temperatura corporal e trabalhar a flexibilidade.

3.3.3 Benefícios
Um participante de uma aula de Zumba recebe todos os benefícios de queima de
gordura e tonificação muscular de um treino aeróbico, bem como os benefícios fisiológicos
e psicológicos do treinamento intervalado, usando ritmos variados durante a aula.
O programa Zumba integra alguns dos princípios básicos de treinamento aeróbico,
intervalado e de resistência, para maximizar a queima de calorias, benefícios cardiovascu-
lares e tonificação corporal total. Os movimentos de dança com base cardiovascular são
fáceis de acompanhar e incluem modelagem do corpo, tendo como alvo áreas como glúteo,
pernas, braços, abdômen e o músculo mais importante do corpo, o coração.
Psicologia do programa Zumba:
● Combina energia e música motivacional com movimentos e combinações que
permitem os participantes se desestressarem dançando;
● O programa Zumba é baseado no princípio de que um treino deve ser fácil,
divertido e eficaz. Desta forma os participantes se comprometem e alcançam
benefícios de saúde em longo prazo;
● Sai do tradicional, faz com que a ginástica seja uma atividade excitante e estimu-
lante;
● Com divertimento na aula os participantes naturalmente aumentam a intensida-
de de seus movimentos. A magia da música motiva os participantes a realizar
movimentos com mais intensidade;
● As aulas não são apenas ótimas para o corpo, mas também para a mente. É
um treino em que as pessoas se sentem felizes. Ajuda a melhorar a
autoestima, a autoconfiança e a autoimagem.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 67


FIGURA 17 - ZUMBA

3.4 Crossfit
O Crossfit é uma modalidade de treinamento que proporciona um condicionamento
físico, de forma geral, em todo o corpo, com movimentos funcionais (movimentos que são
realizados naturalmente no dia a dia, como, por exemplo, caminhada). Esses movimentos
são realizados com alta intensidade, de forma constante, para dar maior resistência ao
corpo, são oferecidos exercícios diversificados todos os dias.
Nas academias especializadas os treinos de crossfit são geralmente enquadrados em
três modalidades básicas que podem ter suas submodalidades (tipos de exercícios), são elas:
condicionamento metabólico e cárdio, ginástica olímpica e levantamento de peso olímpico.
O Crossfit está se tornando o método de treinamento que mais alcança seguidores
em todo o mundo, pois os treinos de crossfit proporcionam um completo aquecimento cor-
poral e procura melhorar as capacidades do nosso corpo, como: respiração, flexibilidade,
força, equilíbrio, coordenação e velocidade, e isso não depende da idade ou nível físico da
pessoa interessada.
O conceito de Crossfit é: programa de treinamento para condicionamento físico e
seu objetivo é potencializar as capacidades do corpo humano.

FIGURA 18 - CROSSFIT

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 68


3.5 Artes Marciais
A Secretaria de Educação diz que as artes marciais (marcial é relativo à militar)
são disciplinas físicas e mentais codificadas em diferentes graus, que têm como objetivo
um alto desenvolvimento de seus praticantes, para que possam defender-se ou submeter
o adversário mediante diversas técnicas. Existem diversos estilos, sistemas e escolas de
artes marciais.
O que diferencia as artes marciais da mera violência física (briga de rua) é a orga-
nização de suas técnicas em um sistema coerente de combate e desenvolvimento físico,
mental e espiritual e a prática de exercícios físicos. Na atualidade, as artes marciais são
praticadas por diferentes razões que incluem, esporte, saúde, defesa pessoal, desenvol-
vimento pessoal e, em sociedade, disciplinar a mente, forjar o caráter e o crescimento da
autoconfiança. É impressionante o efeito psicológico que pode causar o fato de se lutar
com um adversário ao qual não tememos nem odiamos e ao final da luta confraternizar com
aquele que a pouco era nosso “inimigo”. Só quem já passou por essa experiência sabe o
que representa.
Pelo significado estrito de “artes militares” por extensão, se aplica à grande varieda-
de de estilos de luta corpo a corpo e às artes militares históricas, com armas ou não, rece-
bendo influências de sistemas que, hoje em dia, são modalidades esportivas. Em palavras
simples: as artes marciais são disciplinas com um passado guerreiro, estilos de combate
influenciados pelas peculiaridades de seu regulamento desportivo, com armas ou sem elas,
que também são uma completa expressão do ser humano (por isso que é uma arte) com
todas as suas particularidades, concebidas pela experiência e a inteligência dos melhores
desportistas e guerreiros e não necessariamente de maneira sistemática ou científica.

FIGURA 19 - ARTES MARCIAIS

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 69


UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 70
O GM tem como filosofia
[...] promover um intercâmbio de ideias a respeito da variedade de enfoques,
dentro dos quais a Ginástica é desenvolvida nos diferentes países, e possi-
bilitar a participação de todos [...] é um evento em que se pode apresentar
livremente todas as formas de movimento, com ou sem equipamentos, pos-
sibilitando aos seus participantes a oportunidade de apresentar suas ideias
peculiares (AYOUB, 1998, p. 63-64).

Sob a ótica do GM, ampliar a visão ao trabalhar com a Ginástica nas aulas de
Educação Física na escola, desvinculando-a da esportivização e de eventos esportivos de
competição. Apresentar seu histórico, a importância desse evento é propor, junto aos alu-
nos, um festival de GPT, no qual cada aluno irá apresentar os seus movimentos gímnicos,
em seu ritmo, criatividade e estilo próprio, respeitando as individualidades e explorando
suas potencialidades dentro de um grupo.
Propor um festival sem que haja disputa ou premiações entre os grupos e turmas,
podendo ser aberto ou não à comunidade, mas ter o objetivo de valorizar os movimentos
e expressões corporais e proporcionar, dentro de um coletivo heterogêneo, como é o caso
do ambiente escolar, a alegria, a diversão, a descontração e o prazer. Depois de todo o
processo ensino-aprendizagem e vivências durante as aulas de Educação Física, organizar
e definir a temática do festival junto com os alunos; auxiliá-los no processo coreográfico,
na escolha do fundo musical, figurinos, o uso de materiais e equipamentos; sistematizar o
roteiro de apresentações e o tempo para cada grupo. Desta forma, os alunos “aprendem
a dividir tarefas, de modo a encontrar soluções para todo tipo de situação, até mesmo
para as falhas, reconhecem o valor da colaboração e da amizade” (COSTA et al., 2016, p
78. Apontando para o desenvolvimento da autonomia, do pensamento crítico-reflexivo, do
reconhecimento de valores e princípios importantes para a emancipação na sociedade.

FIGURA 20 - EVENTOS DE GINÁSTICA

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 71


SAIBA MAIS

A musculação não atrapalha o crescimento

Muita gente acha que a musculação na adolescência pode retardar o crescimento de


uma pessoa, e esse é visto como o principal problema. No entanto, isso não é verdade
e não existem provas científicas que comprovem.

Artigo eletrônico: https://pratiquefitness.com.br/blog/musculacao-na-adolescencia/

SAIBA MAIS

A idade certa para começar depende da maturidade física.


Cada pessoa atinge a maturidade física em diferentes fases da vida. O ideal para come-
çar a musculação é por volta dos 13 aos 16 anos de idade, quando os meninos passam
pelo estirão e as meninas, pela menarca.

Artigo eletrônico: https://pratiquefitness.com.br/blog/musculacao-na-adolescencia/

REFLITA

(autor desconhecido).

REFLITA

(Walt Disney)

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 72


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao encerrarmos nossos estudos, pudemos conhecer um pouco mais das modalida-


des praticadas na escola e nas competições.
As mais diversas modalidades de Ginástica podem ser executadas por todas as
idades, respeitando a individualidade de cada um. Podendo ser praticada em casa ou em
centros de treinamento, o que vale é não ficar parado.
Para isso serve a Educação Física, conhecermos nosso corpo e descobrir que
nossa mente está totalmente ligada aos reflexos que sentimos durante os treinos. Para isso
precisamos nos dedicar e concentrar na atividade uma melhor performance.
Foi muito bom estar junto com você durante esse estudo e esperamos encontrá-
lo(a) numa próxima oportunidade.

Sucesso!

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 73


MATERIAL COMPLEMENTAR

FILME/VÍDEO
Título: Anything To Win: The Magnificent 7 (2006)
Ano: 2006.
Sinopse: A história da equipe que conquistou o primeiro ouro
olímpico de Ginástica Artística por equipes para os EUA nas olim-
píadas de Atlanta - 1996.

LIVRO
Título: Manual de Ajudas em Ginástica
Editora: Fontoura.
Escritor: Carlos Araújo.
Ano: 2012.
Sinopse: Este livro aborda as ajudas em Ginástica Artística através
de um conjunto de 91 fichas, divididas por 7 capítulos (solo, saltos
de cavalo, barra fixa e paralelas assimétricas, cavalo com alças,
argolas, paralelas e trave). Há também um capítulo final com exer-
cícios para preparação física (flexibilidade, força e velocidade).
Cada ficha está estruturada conjugando texto com ilustrações
e sempre apresenta os aspectos técnicos mais importantes, os
erros mais frequentes, as ações motoras predominantes, a ajuda
e várias situações de aprendizagem. É um livro totalmente voltado
aos professores que querem ensinar a Ginástica Artística, auxi-
liando-os a compreender como devem ser as ajudas na execução
dos elementos acrobáticos. As possibilidades apresentadas como
procedimentos adequados às diferentes situações de aprendiza-
gem de alguns movimentos tornam a elaboração desse livro ainda
mais significativa para a Educação Física. Uma produção científica
feita exclusivamente para o profissional que atua numa modali-
dade pouco praticada e pouco estudada. O próprio autor declara
que um aspecto que o orientou na elaboração deste livro foi sua
preocupação em fornecer aos professores informações suficientes
visando a otimização de seus desempenhos. Essa preocupação
faz sentido, pois, ainda hoje, muitos professores se graduam
sem receberem orientações adequadas sobre como ensinar essa
modalidade, e, principalmente, informações de como ajudar seus
futuros alunos na execução das acrobacias. O autor também de-
clara que se a atuação do professor não for efetiva e eficaz não
veremos nossos alunos evoluírem e sobretudo, continuaremos a
correr múltiplos riscos de acidentes. Esse é outro fator a ser enfati-
zado nesse preâmbulo. Os riscos existem em todos os momentos,
situações e lugares de práticas esportivas, mas, cabe aos profes-
sores, diminuírem muito as possibilidades de lesões se souberem
quais são as melhores maneiras de protegerem seus alunos. Só
esse fator dá a esse livro um alto grau de relevância. Por meio
das descrições acompanhadas de desenhos é possível identificar
as pegadas que um professor deve tomar com seus ginastas, ou,
seus alunos numa aula de Educação Física escolar. Também é
possível ensinar aos alunos como podem ajudar seus colegas
durante a aprendizagem de um elemento acrobático. Segurando
o colega num movimento fica mais fácil para o aluno perceber os
seus próprios erros, facilitando, assim, a sua execução.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 74


REFERÊNCIAS

75
FIGUEIREDO, S. M. T.; FELINTO, T. T.; MOURA, M. M. M. A Ginástica no Contexto Escolar:
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SESC/Unicamp, 2003, p. 179-182.

UNIDADE IV Ginástica em Diferentes Contextos 77


CONCLUSÃO GERAL

Prezado(a) aluno(a),

Como parte do rol de conhecimentos que você irá adquirir durante seu curso, trou-
xemos até você uma introdução à Ginástica. Na esperança de ter somado a suas experiên-
cias profissionais e fornecido subsídios para que possa progredir em disciplinas correlatas.
Fizemos também uma revisão de conceitos básicos da ginástica. De posse desses
conhecimentos, você já é capaz de integrar formas interdisciplinares, interligando conheci-
mentos e abrindo novos horizontes para o seu progresso e, da ciência.
Esta talvez seja sua primeira obra sobre este conteúdo, no ambiente universitário.
Lembre-se de ter um inconformismo positivo, ou seja, não se contente somente com esta
obra, ela deve ser apenas a primeira de muitas que você terá contato durante sua vida
profissional.
Sucesso!

Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!

78
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