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E D I T O R A
20 by Editora EduFatecie
Copyright do Texto © 20 Os autores
Copyright © Edição 20 Editora EduFatecie
o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a
ISBN 978-65-87911-59-5
UNIFATECIE Unidade 1
Reitor EQUIPE EXECUTIVA
Prof Ms.
Editora-Chefe
Diretor de Ensino Prof
Prof Ms. Sbardeloto
Diretor Financeiro UNIFATECIE Unidade 2
Prof
Diretor Administrativo (
Secretário Acadêmico
UNIFATECIE Unidade 3
Tatiane Viturino de
Oliveira
Prof
Coordenação Adjunta de
Extensão
www.unifatecie.edu.br/site/
Coordenador NEAD - Núcleo de
Educação a Distância
As imagens utilizadas neste
André Dudatt livro foram obtidas a partir
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do site ShutterStock
Revisão Textual www.unifatecie.edu.br/
editora-edufatecie
e Diagramação edufatecie@fatecie.edu.br
AUTOR
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2839377452460491
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
UNIDADE I....................................................................................................... 6
Introduçao à Ginástica
UNIDADE II.................................................................................................... 21
Ginástica e sua Classificação
UNIDADE III................................................................................................... 38
Ginástica: Viés Procedimental e Pedagógico
UNIDADE IV................................................................................................... 54
Ginástica em Diferentes Contextos
UNIDADE I
Introdução à Ginástica
Professor Esp. Diego Fernandes Rodrigues
Plano de Estudo:
● Conhecimentos conceituais, históricos e culturais da ginástica ao longo do tempo;
● Ginástica na atualidade;
● Organização da ginástica: instituições e organizações que a regulamentam;
● Movimentos ginásticos: formas básicas, possibilidades e sistematização dos movimentos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar os momentos históricos da
Ginástica;
● Contextualizar a importância da Ginástica nos dias
atuais.
3
INTRODUÇÃO
A visão que tinham naquela época sobre a Ginástica perdurou durante muito tempo
entre as civilizações, eram consideradas Ginásticas, até século XVIII:
● atletismo;
● natação;
● hipismo.
O salto da antiguidade até a Idade Contemporânea leva a Europa a criar suas primei-
ras escolas e institutos voltados a educadores para formação da Ginástica tão praticada por
sua civilização naquele momento. O dinamarquês Franz Netchegal foi quem influenciou os
educadores da ginástica e seus processos pedagógicos. Inaugurando, em 1808, um Instituto
Civil de Ginástica voltado à formação desses professores e a incluindo no contexto escolar.
Outro estudioso francês da área da ginástica que criou a Escola Normal de Ginástica
de Joinville-le-Pont, em 1855, com o apoio do ministro da Guerra, foi Francisco Amoros. Com
uma metodologia profunda e minuciosa, tal qual dos gregos, associavam a formação no cam-
po da Filosofia junto ao canto e a expressão musical, acreditando obter melhores resultados.
As prerrogativas políticas, militares e higiênicas dos Métodos Ginásticos
acompanharam o desenvolvimento da Educação Física pelo mundo. Ayoub
(2003) destaca que “durante todo o séc. XIX e início do séc. XX, as Ginásti-
cas [...] eram o conteúdo de ensino da Educação Física Escolar” (FIGUEIRE-
DO, 2010, p. 03).
Outro fato marcante aconteceu no século XIX na França, onde a derrota da guerra
franco-prussiana, entre o Império Francês e o Reino da Prússia, quando as autoridades
associaram à degeneração física e moral, culpada pela derrota nacional. Por esse motivo
é implantado o método de Amorós em todas as escolas da França, contribuindo para a
melhoria física do seu povo e obrigatória para os estudantes.
Costa, Perelli e Santos (2016) citam que a Ginástica se torna um importante com-
ponente da Cultura Corporal da atualidade, sendo incluída nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1997), tendo em suas origens o próprio significado da Educa-
ção Física. Foi introduzida no Brasil intimamente e ligada às Instituições Militares: Marinha,
Exército e Polícia Militar, dando início em sua sistematização com frutos a influências cul-
turais, políticas, econômicas e científicas, ampliando seu acervo de expressões e objetivos
durante sua trajetória.
Assim, vamos conhecer os mais diversos tipos de ginásticas hoje praticadas nas
academias, e nos envolver nos seus conceitos e objetivos de aplicabilidade, para que se
tornem cada vez mais prazerosas e, acima de tudo, eficazes no desenvolver motor e físico
dos seus adeptos.
Fonte: o autor.
SAIBA MAIS
Para uma atividade física de qualidade é importante estar bem orientado, hidratado e
preparado para superar desafios!
Fonte: o autor.
REFLITA
(Inácio Dantas).
Temos apenas duas chances de começar a fazer algo novo em nossas vidas, o hoje e
o agora. Pense nisso!
Fonte: o autor.
Até breve!
LIVRO
Título: Ginástica de Academia. Aprendendo a Ensinar
Autor: Andréa Ferreira Barros Vidal, Cibele Calvi Anic Ribeiro,
Maria Helena Aita Kerbej.
Ano: 2018.
Sinopse: Atualmente existe uma carência de profissionais de
Educação Física efetivamente habilitados para atuar na área da
ginástica coletiva em academias de todo o País, bem como de
referências bibliográficas que abordam esse tema de modo con-
sistente, aliando bem a teoria com a prática. O livro Ginástica de
academia: aprendendo a ensinar busca contribuir para o preenchi-
mento de ambas as lacunas. Para tanto, descreve as diferentes
modalidades coletivas de ginástica, destacando os objetivos, os
benefícios, os movimentos básicos característicos, a aplicabilida-
de, a estruturação e o modo de conduzir pedagogicamente cada
uma delas. A sólida formação acadêmica das autoras e a sua am-
pla experiência prática possibilitam que esta obra sirva como base
para estudantes e profissionais de Educação Física e professores
acadêmicos que desejam atuar com excelência no segmento da
ginástica coletiva.
FILME/VÍDEO
Título: A História de Gabby Douglas
Ano: 2014
Sinopse: Em 2012, Gabby Douglas se tornou a primeira ginasta
afro-americana a conseguir duas medalhas de ouro nos Jogos
Olímpicos de Londres, tanto na categoria individual como em equi-
pe. Porém, ela enfrentou obstáculos muito maiores fora do esporte.
Plano de Estudo:
● Ginástica de condicionamento físico;
● Ginástica de competição;
● Ginástica de demonstração;
● Ginástica de conscientização
corporal;
● Ginástica fisioterápica.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os conceitos de Ginástica;
● Vivenciar práticas pedagógicas que envolvem os fundamentos da Ginástica.
18
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a). Mais uma vez estamos aqui dando continuidade à nossa disciplina
de Ginástica, e vamos conhecer um pouco mais sobre esta importante modalidade.
Para uma melhor execução e entendimento da Ginástica, vamos te orientar, por
meio de um processo pedagógico, a como aplicar esse conteúdo dentro da Educação Física.
Vamos conhecer metodologias e argumentos que poderão surgir dos alunos ao
desenvolver da atividade.
Oferecer uma aula dinâmica e que todos participem, pode se tornar um desafio
para o professor, caso ele não esteja preparado para as diferenças e anseios do aluno junto
à modalidade.
Assim, vamos nos desafiar ao preparo e aos estudos dessa modalidade juntos.
Trata-se de uma prática esportiva que faz uso de muitas atividades aeróbicas a fim
de visar o condicionamento cardíaco e pulmonar do atleta. Assim sendo, como exemplos de
aeróbios usados nessa ginástica, pode-se citar: esteira, jump, bicicletas ergométricas etc.
A tecnologia e o progresso trouxeram facilidades no dia a dia das pessoas, mas
junto vieram muitos pontos negativos, como o sedentarismo, obesidade, maus hábitos na
alimentação e, com isso, doenças silenciosas, originadas da comodidade e tecnologias
da vida moderna, comprometendo muito a saúde das pessoas, com a influência do meio
externo e dos maus hábitos de vida adquiridos com o passar do tempo.
Dessa forma, é de extrema urgência que haja uma conscientização dos alunos e
alunas para com a sua saúde, por meio de práticas de atividades físicas. Sejam elas quais fo-
rem, origens esportivas ou de ginástica, o importante é a prática de alguma atividade motora.
Os alunos de hoje serão os educadores de suas famílias amanhã. Com o conhe-
cimento e aprendizado da escola, poderão influenciar seus familiares sobre os inúmeros
benefícios que a prática de atividades físicas promove na saúde dos indivíduos. Exercícios
físicos de leve a moderada intensidade possibilitam efeitos benéficos ao organismo do ado-
lescente, principalmente no que diz respeito ao crescimento estatural e desenvolvimento
ósseo. Além disso, diversas pesquisas têm apontado para outros benefícios da atividade
física, como a prevenção da obesidade, melhoras na sensibilidade insulínica, do perfil lipí-
dico, da pressão arterial, da socialização e do trabalho em equipe.
SAIBA MAIS
Você já se exercitou hoje? Sabia que a atividade física mantém a saúde, previne doen-
ças cardiovasculares, respiratórias e ainda ajuda no envelhecimento saudável?
Mas para isso é necessário criar rotinas de treinos, e nada melhor que conhecer esses
benefícios desde a primeira idade para que nosso organismo se acostume e crie hábitos
saudáveis para toda a vida.
Pense nisso!
Fonte: o autor.
SAIBA MAIS
Durante toda a vida construímos maneiras de nos sentirmos melhor com nós mesmos,
para isso a assiduidade da atividade física se torna cada vez mais frequente e mais pra-
ticada, principalmente por adolescentes.
Acostume-se a essa rotina e procure o melhor treino para que você tenha prazer pela
prática e se sinta cada vez mais motivado a continuar se exercitando.
Então, bom exercício!
Fonte: o autor
Fonte: o autor
REFLITA
LIVRO
Título: Metodologia da Ginástica: Plano de Aula
Autor: Kemel José Barbosa e Thomaz Décio Siqueira
Ano: 2020
Sinopse: Introdução à Ginástica Olímpica - GO (Termo Masculina.
História e tendências da Ginástica Artística. Aparelhos oficiais e
auxiliares da Ginástica Artística. Exercícios específicos nos apa-
relhos de Ginástica Artística Masculina e Feminina. Competição e
julgamento da Ginástica Artística. Bases biomecânicas da Ginásti-
ca Olímpica – Atual Ginástica Artística.
FILME/VÍDEO
Título: Full Out
Ano: 2015
Sinopse: Baseado na história verídica de uma ginasta de 14 anos
que precisou desistir dos Jogos Olímpicos após sofrer um acidente
de carro. Após recuperar seus movimentos e sua confiança através
da dança, ela é chamada de volta ao mundo da ginástica.
Plano de Estudo:
● Ginástica e os conhecimentos procedimentais: Como fazer?;
● Ginástica e os aspectos pedagógicos: Como e porque ensinar/
aprender;
● Produção coreográfica.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os procedimentos do conhecimento da Ginástica;
● Conhecer as diferentes formas de ensinar e criar movimentos coreografados.
35
INTRODUÇÃO
Olá novamente! Nesta unidade vamos aprofundar um pouco mais nossos conheci-
mentos sobre a ginástica, particularmente sobre as formas de ensinar a Ginástica
Conhecer ainda mais seus conceitos, como elas são definidas dentro do processo
coreográfico.
As oportunidades de apresentação da Ginástica nas suas aulas serão muito mais
divertidas e inesperadas pelos alunos, trazendo ainda mais diversidade ao contexto da
Atividade Física como componente de saúde e bem-estar.
Então te convido, aluno(a), a se deslumbrar com essa modalidade.
Uma Educação Física de qualidade é aquela que está totalmente ligada ao desen-
volver motor do aluno, mostrando a ele que o ato de se movimentar é essencial para que
possa interagir e construir relações saudáveis, seja ela com o bem-estar físico, social e,
durante a infância, o lazer.
Durante seus estudos, Toledo, Silva e Palma (2017) puderam observar que muitas
são as possibilidades da aplicação da ginástica dentro da Educação Física, pois todas as
atividades hoje aplicadas nas escolas, necessitam de um certo tipo de esforço, pois as
dificuldades em atrair a atenção dos alunos e tornar as aulas dinâmicas e divertidas está
cada vez maior.
A partir da ginástica, conseguimos transformar a visão dos alunos com rela-
ção a este conteúdo, passando de uma visão fechada de um esporte femini-
no ou uma prática de saúde para um vasto conteúdo com diversas possibili-
dades de práticas, seja para saúde, diversão ou como esporte independente
do gênero ou de seu objetivo com a ginástica, e também mudar a própria
concepção de vida dos mesmos, através das interações sociais provocadas
ao longo de cada aula, fazendo com que acontecessem muitas estratégias
em grupos e quebrando os tipos de preconceito com relação a prática dos
movimentos, com intuito de promover a autonomia de cada sujeito (TOLEDO;
SILVA; PALMA, 2017, p 06).
Vale destacar que ao decorrer das aulas sempre há certa rejeição das crianças
em desenvolver a Ginástica, mas isso não pode ser um pressuposto para que ela não
seja aplicada, pois a criança gosta de desafios, assim tornando sua aplicabilidade de alta
aceitação. Ressaltando que o papel do professor em se aperfeiçoar através de estudos e
capacitações é altamente relevante.
Uma aula que busca uma intervenção pedagógica problematizada, desperta o
interesse e a curiosidade dos estudantes, visando sempre uma compreensão do aprender,
vivenciar, interpretar e ressignificar os conhecimentos tornando-os atrativos no seu decorrer.
A diferença entre Ginástica Geral (GG) das modalidades gímnicas, é não ter o fator
competitivo, mas sim demonstrativo, com exceção da Alemanha que possui competições
de GG, isso se dá ao fato de a modalidade ser muito praticada no país. A principal função
da GG é a interação social, conscientizando o indivíduo nos aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais (RAMOS, 2008).
Aspectos como formar atletas de alto nível têm direcionado as aulas de Ginástica
por todo o mundo, isso se ressalta ao fato de nunca terem tido contato com a modalida-
de durante a infância com o objetivo lúdico e desconhecendo o processo pedagógico de
aprendizagem da atividade corporal.
Para Ramos (2008), a ginástica é um conhecimento a ser vivenciado no âmbito esco-
lar, pois é ainda muito pouco praticada, mas que vem timidamente se difundindo e ganhando
espaço através de projetos elaborados por profissionais e pesquisadores da área.
Vamos agora fazer alguns questionamentos em torno do seu ponto de vista da
Ginástica Geral na sua escola e comunidade:
1-) Qual a importância das aulas de educação física escolar, na sua opinião?
2-) O que você conhece sobre ginástica geral?
A ginástica nas aulas de Educação Física não pode somente ser considerada como
um simples momento de aquecimento (na parte inicial) ou alongamento (na parte final), nem
somente como na área da Ginástica Artística, mas sim como um elemento fundamental no
desenvolvimento do aluno junto às condições de suas capacidades motoras.
Para aplicarmos as aulas de Ginástica dentro do âmbito escolar, devemos estar ob-
servando algumas características locais de onde vamos realizá-las, para isso identificamos
qual o melhor local dentro da instituição para que tenhamos um resultado esperado durante
as atividades junto com o rendimento da modalidade.
Lugares como as ruas, parques, casas e as escolas carregam muitas dessas
oportunidades, pois é livre que a criança é capaz de realizar essas atividades sem que
ocorra qualquer tipo de risco à sua integridade e a do seu próximo. Então cabe à escola
orientá-las e, nas aulas de Educação Física, fazer com essas vivências adquiridas possam
ser conduzidas a suprir as necessidades motoras dessas crianças.
Segundo Toledo, Silva e Palma (2017), ao contrário dessa perspectiva, o que pode
ser verificado nas aulas de Educação Física muitas vezes é uma negação à cultura trazida
pelo aluno e ainda muitas vezes uma negação na diversidade de conteúdos. Os professo-
res optam por conteúdos aparentemente mais atraentes e mais fáceis de serem aplicados,
é muito comum encontrar nas escolas durante as aulas de Educação Física somente a
prática dos esportes com o fim neles mesmos, e os alunos passam toda sua vida escolar
praticando determinado esporte.
Não estamos aqui negando a aplicação dos esportes, mas sim mostrando as pos-
sibilidades de inserção de vários outros componentes da Educação Física, que podem ser
trabalhadas de várias formas, desde que o professor demonstre interesse e força de vonta-
de em aprender algo novo e descobrir alternativas para tornar suas aulas mais atraentes e
divertidas, aumentando ainda mais o desenvolver motor de seus alunos.
O fato de uma modalidade mal aplicada pode causar vários tipos de desconforto
ao aluno, pois este se sente desmotivado e excluído do contexto da aula por não conseguir
executar determinados movimentos ou até mesmo desprivilegiado perante os demais.
Assim possibilitamos a mesma transformação nas mudanças que contemplem to-
dos os alunos, e que ofereça as mesmas condições de participação, fazendo o aluno sentir
prazer e obter sucesso ao realizar a atividade.
Existe ainda uma divisão nas aulas de Educação Física que contempla dois aspec-
tos. Uma delas é a que chamamos de “modelo de reprodução”, em que o aluno transforma
aquilo que já existe em uma atividade nova e com suas características. A segunda é a
“perspectiva de transformação” que propõe uma reflexão da realidade e uma mudança de
percepção daquilo que já foi vivido, um bom exemplo são os esportes, que como já citamos
é tratado como ideal na Educação Física, selecionando os que possuem mais habilidades,
criando um caráter seletivo, que, na perspectiva de inclusão, não contempla as capacidades
e possibilidades dos alunos.
Sabemos que a troca de experiência entre o professor e o aluno também são fun-
damentais para o processo pedagógico de ambos, enfatizando ainda mais seus benefícios
e valores que perpetuarão por toda a vida, tais como:
a. Valorização Cultural
● Valorização da cultura de cada região;
● Valorização do indivíduo aproveitando suas vivências anteriores;
● Integra movimentos da cultura corporal, da Ginástica, das Artes e da Dança.
b. Diversidade
● Podemos trabalhar com materiais convencionais e não convencionais;
● Valoriza-se o aluno individualmente, respeitando suas limitações;
● Promove a educação por ser uma atividade pedagógica.
d. Criatividade
● Não possui elementos obrigatórios;
● Oportunidade de utilizar materiais diversos, como: acqua tub, papel
crepom,cordas, patins, entre outros;
● Proporciona a elaboração de coreografias;
● Possibilita a execução de coreografias de pequenas e grandes áreas;
● Proporciona prazer, alegria, beleza e estética ao mostrar algo bonito.
e. Interação Social
● Promove a socialização entre o grupo e as outras pessoas;
● Inclusão: proporciona a participação de todos (ex.: cadeirantes);
● Acessibilidade: todos podem participar, independe de idade ou fator econômico;
● Cooperação: faz-se ginástica com alguém e não contra alguém;
● Proporciona bem-estar físico e mental, gerando melhor qualidade de vida.
FIGURA 6 - COOPERATIVIDADE
A Ginástica Artística é uma das práticas desportivas mais antigas da humanidade, com
referências desde a pré-história. O que se deu ao longo dos séculos foi a afirmação,
a fundamentação e o aperfeiçoamento de uma das mais belas atividades físicas que
existem.
SAIBA MAIS
REFLITA
“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”
(Mahatma Gandhi).
REFLITA
“Fácil é sonhar todas as noites, difícil é lutar por um sonho todos os dias”
(Lorena Molinos).
LIVRO
Título: Fundamentos da Ginástica
Editora: Fontoura
Escritora: Myrian Nunomura
Ano: 2016
Sinopse: “Fundamentos das Ginásticas” é uma obra que preten-
de apoiar os profissionais de Educação Física e de Esporte no
aprimoramento de suas práticas e conhecimento sobre algumas
manifestações ginásticas. Os capítulos foram elaborados por pro-
fessores e técnicos que estão ativamente envolvidos no ensino
e estudo das respectivas modalidades, mas que não pretendem
constituir-se em “receitas” de atividades. Ao contrário, esperamos
que o presente material oriente o desenvolvimento dos fundamen-
tos básicos que caracterizam e alicerçam cada ginástica. A partir
de então, esperamos que os profissionais ampliem as propostas
de atividades apresentadas, identifiquem as oportunidades de
aplicação desses fundamentos e possam criar experiências cada
vez mais enriquecedoras e desafiantes aos praticantes. Ginástica
Geral, Volteio, Ginástica de Trampolim, Ginástica Aeróbica, Ginás-
tica Rítmica, Ginástica Acrobática e Ginástica Artística procuram
despertar um novo olhar sobre as possibilidades que as ginásticas
têm de atender à diversidade populacional e de contextos e somar
ao conteúdo da cultura corporal.
FILME/VÍDEO
Título: Stick It
Ano: 2006
Sinopse: Após estar encrencada com a lei, a jovem Haley Graham
(Missy Peregrym) é forçada a voltar ao mundo do qual ela fugiu
anos atrás. Incluída num time de ginastas comandado pelo len-
dário técnico Burt Vickerman (Jeff Bridges), a atitude rebelde de
Haley irá se transformar numa coisa muito mais importante que
todos chamam de espírito esportivo.
Plano de Estudo:
● Ginástica na escola;
● Ginástica competitiva em ação;
● Ginástica no âmbito da saúde;
● Ginástica e a organização de eventos oficiais e em âmbito
escolar.
Objetivos da Aprendizagem:
● Identificar quais os objetivos dos praticantes de Ginástica na atualidade;
● Conhecer as modalidades da ginástica de academia para
saber indicar o melhor treino para os futuros alunos.
51
INTRODUÇÃO
Que bom nos encontrar novamente. Nesta unidade vamos conhecer um pouco
mais das modalidades praticadas nas academias atualmente.
Possibilidades de treinos e modalidades fazem toda diferença na escolha do melhor
exercício e desempenho. Para isso, vamos conhecer quais práticas podemos encontrar dentro
das academias e que podem também ser praticadas em lugares mais diferentes possveis.
Também vamos conhecer possibilidades de organização de eventos de ginástica.
O que vale é não ficar parado, então bons estudos e vamos conhecer algumas das
principais modalidades de ginástica de academia.
Bora lá.
FIGURA 1 – DIVERSÃO
FIGURA 2 - VIVÊNCIAS
Para uma última vivência, vamos mostrar aos alunos como podemos inserir as
atividades vistas até aqui, trazendo a eles experiências com grandes objetos, como: trave,
argolas, cavalo, trampolim e demais aparelhos da ginástica olímpica. Isso fará com que
eles se sintam empolgados e deslumbrados com as possibilidades de apresentar tudo
aquilo que já foi visto em outros momentos das aulas utilizando de um aparelho, que pode
ser adaptável e, mesmo assim, compatível com a os oficiais.
2.1.5 Argolas
As argolas são um aparelho utilizado na ginástica artística. Seu uso em com-
petições é exclusivamente para homens. A área de apresentação é composta por duas
argolas circulares de 18 cm de diâmetro, suspensas na extremidade de cabos – de 3m de
comprimento – e distantes 50 cm, fixados a uma estrutura metálica com 5,8m de altura. As
extremidades das argolas ficam posicionadas a 2,8m do solo.
Na apresentação, os ginastas utilizam elementos estáticos, de força e impulso para
apresentar uma série caracterizada por balanços, apoios e suspensões que devem ser
mantidos estáticos por no mínimo 2 segundos. Os elementos e sequências devem ser
executados em suspensão, com transições entre elementos de balanço e de força, feitos
sempre que possível com os braços estendidos.
Após a entrada no aparelho, geralmente realizada com a ajuda do treinador, o ginasta
deve iniciar a rotina com os braços esticados e o corpo ereto. Durante a execução, o ginasta
FIGURA 9 - ARGOLAS
2.2.1 Solo
As provas de solo são disputadas nas categorias masculinas e femininas. A área de
apresentação é composta por um tablado de 12m x 12m, coberto por um carpete e rodeado
por uma área de segurança de 2m.
As provas femininas têm duração máxima de 90s e é obrigatório que haja acompa-
nhamento musical. Durante a apresentação das séries, as ginastas não podem ultrapassar
as bordas da área demarcada. Nas rotinas, as ginastas realizam elementos de diversos
tipos, sendo os mais comuns as passadas de elementos acrobáticos, os apoios e elemen-
tos de dança. Os oito elementos de maior dificuldade são considerados para a apuração.
As ginastas devem realizar a série de forma contínua e ininterrupta. Desequilíbrios
nas aterrissagens e aterrissagens fora da área de apresentação são as principais falhas
cometidas pelos atletas.
3.1 Yoga
FIGURA 15 - YOGA
3.2 Pilates
Pilates é um método de condicionamento físico criado na Alemanha na década de
20. É indicado para reabilitação física, condicionamento físico geral e bem-estar. Os exer-
cícios físicos condicionam e energizam. O método promove harmonia e balanço muscular
para todas as idades e níveis de condicionamento físico, já que a atividade é direcionada
às necessidades individuais da pessoa.
A aula pode ser individual ou em pequenos grupos, sendo supervisionada por um
professor. Os exercícios podem ser feitos por qualquer pessoa, desde aquelas que já pos-
suem bastante treinamento ao sedentário, do idoso ao adolescente e das gestantes aos
pacientes em estágio de reabilitação.
O método foi desenvolvido por Joseph H. Pilates. Sua prática pode ser tantos nos
aparelhos, por ele inventados (estruturas de madeira e metal, com molas e tiras de couro),
como nos movimentos realizados no chão (técnica conhecida por mat pilates).
FIGURA 16 - PILATES
3.3 Zumba
O programa zumba é uma aula de dança-ginástica com inspiração em vários ritmos
latinos, dentre eles podemos citar: salsa, cúmbia, merengue, reggaeton, dança do ventre,
samba, tango entre outros. Criada por Beto Perez na Colômbia, a aula de Zumba combina
ritmos rápidos e lentos trabalhando, assim, todo o corpo.
3.3.3 Benefícios
Um participante de uma aula de Zumba recebe todos os benefícios de queima de
gordura e tonificação muscular de um treino aeróbico, bem como os benefícios fisiológicos
e psicológicos do treinamento intervalado, usando ritmos variados durante a aula.
O programa Zumba integra alguns dos princípios básicos de treinamento aeróbico,
intervalado e de resistência, para maximizar a queima de calorias, benefícios cardiovascu-
lares e tonificação corporal total. Os movimentos de dança com base cardiovascular são
fáceis de acompanhar e incluem modelagem do corpo, tendo como alvo áreas como glúteo,
pernas, braços, abdômen e o músculo mais importante do corpo, o coração.
Psicologia do programa Zumba:
● Combina energia e música motivacional com movimentos e combinações que
permitem os participantes se desestressarem dançando;
● O programa Zumba é baseado no princípio de que um treino deve ser fácil,
divertido e eficaz. Desta forma os participantes se comprometem e alcançam
benefícios de saúde em longo prazo;
● Sai do tradicional, faz com que a ginástica seja uma atividade excitante e estimu-
lante;
● Com divertimento na aula os participantes naturalmente aumentam a intensida-
de de seus movimentos. A magia da música motiva os participantes a realizar
movimentos com mais intensidade;
● As aulas não são apenas ótimas para o corpo, mas também para a mente. É
um treino em que as pessoas se sentem felizes. Ajuda a melhorar a
autoestima, a autoconfiança e a autoimagem.
3.4 Crossfit
O Crossfit é uma modalidade de treinamento que proporciona um condicionamento
físico, de forma geral, em todo o corpo, com movimentos funcionais (movimentos que são
realizados naturalmente no dia a dia, como, por exemplo, caminhada). Esses movimentos
são realizados com alta intensidade, de forma constante, para dar maior resistência ao
corpo, são oferecidos exercícios diversificados todos os dias.
Nas academias especializadas os treinos de crossfit são geralmente enquadrados em
três modalidades básicas que podem ter suas submodalidades (tipos de exercícios), são elas:
condicionamento metabólico e cárdio, ginástica olímpica e levantamento de peso olímpico.
O Crossfit está se tornando o método de treinamento que mais alcança seguidores
em todo o mundo, pois os treinos de crossfit proporcionam um completo aquecimento cor-
poral e procura melhorar as capacidades do nosso corpo, como: respiração, flexibilidade,
força, equilíbrio, coordenação e velocidade, e isso não depende da idade ou nível físico da
pessoa interessada.
O conceito de Crossfit é: programa de treinamento para condicionamento físico e
seu objetivo é potencializar as capacidades do corpo humano.
FIGURA 18 - CROSSFIT
Sob a ótica do GM, ampliar a visão ao trabalhar com a Ginástica nas aulas de
Educação Física na escola, desvinculando-a da esportivização e de eventos esportivos de
competição. Apresentar seu histórico, a importância desse evento é propor, junto aos alu-
nos, um festival de GPT, no qual cada aluno irá apresentar os seus movimentos gímnicos,
em seu ritmo, criatividade e estilo próprio, respeitando as individualidades e explorando
suas potencialidades dentro de um grupo.
Propor um festival sem que haja disputa ou premiações entre os grupos e turmas,
podendo ser aberto ou não à comunidade, mas ter o objetivo de valorizar os movimentos
e expressões corporais e proporcionar, dentro de um coletivo heterogêneo, como é o caso
do ambiente escolar, a alegria, a diversão, a descontração e o prazer. Depois de todo o
processo ensino-aprendizagem e vivências durante as aulas de Educação Física, organizar
e definir a temática do festival junto com os alunos; auxiliá-los no processo coreográfico,
na escolha do fundo musical, figurinos, o uso de materiais e equipamentos; sistematizar o
roteiro de apresentações e o tempo para cada grupo. Desta forma, os alunos “aprendem
a dividir tarefas, de modo a encontrar soluções para todo tipo de situação, até mesmo
para as falhas, reconhecem o valor da colaboração e da amizade” (COSTA et al., 2016, p
78. Apontando para o desenvolvimento da autonomia, do pensamento crítico-reflexivo, do
reconhecimento de valores e princípios importantes para a emancipação na sociedade.
SAIBA MAIS
REFLITA
(autor desconhecido).
REFLITA
(Walt Disney)
Sucesso!
FILME/VÍDEO
Título: Anything To Win: The Magnificent 7 (2006)
Ano: 2006.
Sinopse: A história da equipe que conquistou o primeiro ouro
olímpico de Ginástica Artística por equipes para os EUA nas olim-
píadas de Atlanta - 1996.
LIVRO
Título: Manual de Ajudas em Ginástica
Editora: Fontoura.
Escritor: Carlos Araújo.
Ano: 2012.
Sinopse: Este livro aborda as ajudas em Ginástica Artística através
de um conjunto de 91 fichas, divididas por 7 capítulos (solo, saltos
de cavalo, barra fixa e paralelas assimétricas, cavalo com alças,
argolas, paralelas e trave). Há também um capítulo final com exer-
cícios para preparação física (flexibilidade, força e velocidade).
Cada ficha está estruturada conjugando texto com ilustrações
e sempre apresenta os aspectos técnicos mais importantes, os
erros mais frequentes, as ações motoras predominantes, a ajuda
e várias situações de aprendizagem. É um livro totalmente voltado
aos professores que querem ensinar a Ginástica Artística, auxi-
liando-os a compreender como devem ser as ajudas na execução
dos elementos acrobáticos. As possibilidades apresentadas como
procedimentos adequados às diferentes situações de aprendiza-
gem de alguns movimentos tornam a elaboração desse livro ainda
mais significativa para a Educação Física. Uma produção científica
feita exclusivamente para o profissional que atua numa modali-
dade pouco praticada e pouco estudada. O próprio autor declara
que um aspecto que o orientou na elaboração deste livro foi sua
preocupação em fornecer aos professores informações suficientes
visando a otimização de seus desempenhos. Essa preocupação
faz sentido, pois, ainda hoje, muitos professores se graduam
sem receberem orientações adequadas sobre como ensinar essa
modalidade, e, principalmente, informações de como ajudar seus
futuros alunos na execução das acrobacias. O autor também de-
clara que se a atuação do professor não for efetiva e eficaz não
veremos nossos alunos evoluírem e sobretudo, continuaremos a
correr múltiplos riscos de acidentes. Esse é outro fator a ser enfati-
zado nesse preâmbulo. Os riscos existem em todos os momentos,
situações e lugares de práticas esportivas, mas, cabe aos profes-
sores, diminuírem muito as possibilidades de lesões se souberem
quais são as melhores maneiras de protegerem seus alunos. Só
esse fator dá a esse livro um alto grau de relevância. Por meio
das descrições acompanhadas de desenhos é possível identificar
as pegadas que um professor deve tomar com seus ginastas, ou,
seus alunos numa aula de Educação Física escolar. Também é
possível ensinar aos alunos como podem ajudar seus colegas
durante a aprendizagem de um elemento acrobático. Segurando
o colega num movimento fica mais fácil para o aluno perceber os
seus próprios erros, facilitando, assim, a sua execução.
75
FIGUEIREDO, S. M. T.; FELINTO, T. T.; MOURA, M. M. M. A Ginástica no Contexto Escolar:
da evolução histórica à prática atual. Anais III CONAEF... Campina Grande: Realize Editora,
pg. 07, 2012. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conaef/2012/
Comunicacao_55.pdf.
GAVINI, F. Os dez (11 maiores medalhistas da história dos Jogos Olímpicos. 2020. Dis-
ponível em: https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/246744-lista-dos-
-maiores-medalhistas-da-historia-dos-jogos-olimpicos/.
IMPULSIONA. Ginástica Artística – História, Regras e muito mais. 2019. Disponível em:
https://impulsiona.org.br/saiba-mais-ginastica-artistica/.
SOUZA, K. E.; FVARO, F. L. A Ginástica na Educação Física Escolar. In: XII Simpósio de
Ciências Aplicadas da FAIT, Itapeva, 2015. Disponível em: http://fait.revista.inf.br/imagens_
arquivos/arquivos_destaque/xxjUdyrsO98oci0_2017-1-20-19-51-56.pdf.
76
TOLEDO, H. C.; SILVA, J. H. V.; PALMA, A. P. T. V. Ginástica na Escola: Intervenção Di-
dático-Pedagógica na Visão dos Bolsistas PIBID. In: 8º Congresso Norte Paranaense de
Educação Física Escolar, p.06, Londrina, 2017.
Prezado(a) aluno(a),
Como parte do rol de conhecimentos que você irá adquirir durante seu curso, trou-
xemos até você uma introdução à Ginástica. Na esperança de ter somado a suas experiên-
cias profissionais e fornecido subsídios para que possa progredir em disciplinas correlatas.
Fizemos também uma revisão de conceitos básicos da ginástica. De posse desses
conhecimentos, você já é capaz de integrar formas interdisciplinares, interligando conheci-
mentos e abrindo novos horizontes para o seu progresso e, da ciência.
Esta talvez seja sua primeira obra sobre este conteúdo, no ambiente universitário.
Lembre-se de ter um inconformismo positivo, ou seja, não se contente somente com esta
obra, ela deve ser apenas a primeira de muitas que você terá contato durante sua vida
profissional.
Sucesso!
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EduFatecie
E D I T O R A