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Material Teórico
Tipos de Ginástica segundo a Federação Internacional de Ginástica
e sua aplicação na escola
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Tipos de Ginástica segundo a Federação
Internacional de Ginástica e sua aplicação na escola
• Introdução
• Ginástica Geral
• Ginástica Natural
• Ginástica Artística
• Ginástica Acrobática
• Ginástica Rítmica Desportiva
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer e explorar os diferentes tipos de manifestações gímnicas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Tipos de Ginástica segundo a Federação Internacional
de Ginástica e sua aplicação na escola
Introdução
Desde sua criação, as manifestações gímnicas devem ser compreendidas
como o “corpo em movimento”, que é desenvolvido em diferentes manifestações
corporais e em diversas culturas criadas pelo homem. A ginástica vem sendo
transformada desde sua criação, mas quando é implantada no contexto escolar,
como conteúdo nas aulas de Educação Física, ou como “Ginástica Escolar” é que
essa modalidade evolui. Partindo do princípio de que a cultura corporal é produzida
pelo homem durante toda a sua história, a ginástica também vem acompanhando
os avanços da humanidade na busca de integrar o ser humano ao ambiente que
o cerca, respeitando as individualidades, sendo que cada sociedade se expressa,
diferentemente, por meio de corpos diferentes.
Ginástica Geral
A denominação Ginástica Geral (GG) foi criada nos anos 70 para denominar
uma modalidade não competitiva. Em 1995, o professor suíço Jean Willisegger,
presidente do Comitê Técnico de GG da Federação Internacional de Ginástica
(FIG), expressou a tentativa de encontrar um nome que pudesse abarcar o
significado de ginástica para todos, concluindo que GG seria a melhor opção
de representatividade e de demonstração entre competição e participação,
priorizando a cultura de cada povo. (AYOUB, 1999)
A GG, ainda, apresenta-nos muitos outros pontos positivos, além de não ser
competitiva, não há limite de participantes em um grupo, utiliza-se ou não de
materiais, pode conter elementos coreográficos não só da ginástica como também
de outras modalidades, há grande socialização, valoriza as individualidades, a
criatividade e o processo todo de criação. (TOLEDO, 1999)
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A partir da década de 1980, alguns fatos podem ser assinalados como
referenciais importantes para compreensão da expansão da GG no Brasil: os
festivais nacionais de GG realizados em Ouro Preto, a organização de dois cursos
internacionais de GG pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), como um
programa para difundir essa modalidade; a realização dos Festivais de Ginástica e
Dança da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
de Rio Claro; o aumento da divulgação e participação de grupos brasileiros na
World Gymnaestrada. Essas iniciativas foram promovidas pelo (Departamento
de Ginástica Geral) DGG da CBG, na década de 1990, para permitir ainda
mais a divulgação da GG no Brasil: a realização, em 1990, da VII Gymnasiada
Americana em Mogi das Cruzes (SP), o Festival de Ginástica (Fegin) até 1992 e
substituído pelo Gymbrasil, Festivais de Ginástica e Dança até 1994, a criação,
em 1993, do Festival Paulista de Ginástica (Ginpa) e os Festivais Internos de GG
da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF-
Unicamp), organizados a partir de 1996. (AYOUB, 2003)
O Brasil teve grande visibilidade na GG, por se tratar de um país com uma
cultura corporal muito rica, sem limites, sem obrigatoriedade de utilização de
materiais. (REZENDE, 1999)
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Ginástica Natural
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
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desenvolvidas em qualquer condição climática, onde a exposição do corpo aos
elementos da natureza seria não apenas um princípio educativo, mas também
um processo regenerador; por isso. recomendava-se o uso sumário e pudico da
roupa que deixasse o corpo respirar e absorver os benefícios dessa exposição,
além das recomendações alimentares e o vegetarianismo indicado como dieta e
experimentado por Hébert. (HÉBERT, 1911)
A relação que Hébert faz entre saúde e educação efetiva-se junto à natureza
e é desse modo que o autor manifesta grande apreço pelas escolas ao ar livre
e pelo movimento pedagógico das escolas novas, aproximando-se dessas ações
educativas que também extraíam da natureza os procedimentos, os métodos e as
técnicas para o ensino. (HÉBERT, 1911)
Ferrière (1928) e Hébert (1921) viam nas escolas novas ‘‘um laboratório de
pedagogia prática’’, as quais deveriam ser localizadas nas proximidades das cidades,
para dar oportunidade, assim, à frequência a museus, bibliotecas, concertos,
conferências, além do trabalho co-educativo, pois para o autor, tanto homens quanto
mulheres têm as mesmas necessidades. Ferrière destaca, ainda, a importância dos
trabalhos manuais e do domínio de práticas variadas junto à natureza, seja para a
criação de animais, seja para o cultivo de hortas e jardins.
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A natureza pode nos oferecer inúmeros benefícios, que não apenas o da cura de
enfermidades, mas também promove procedimentos educativos e divertimento, assim
como faz um retorno às origens, mostrando seus aspectos filosóficos e religiosos,
dessa forma, abarca alguns objetivos diversos e também da Educação Física.
Ginástica Artística
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
CHAVES FILHO, C.A.; ALVES, E.S.; GIMENEZ, M.C.S.; VIANA, H.B.; GUIMARÃES, R.O. Os
Explor
A ginástica artística (GA), antes denominada ginástica olímpica, por ser a primeira
modalidade gímnica a participar dos jogos olímpicos, possui a característica de uma
variedade enorme de movimentos corporais, que permitem ampliar o repertório
motor da criança e suas relações sociais desde muito cedo. (GERLING, 2009;
SCHIAVON; NISTA-PICCOLO, 2007)
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A prática da GA promove nas crianças um relacionamento mais próximo e
melhora sua conduta; os alunos se ajudam mutuamente, além de agir e criar de forma
a se desenvolverem de forma completa, tornam-se capazes de apreciar o outro e
até avaliar, podem distribuir tarefas entre eles, evidenciando o lado cooperativo, e
favorecendo o trabalho de socialização entre as crianças. (LEGUET, 1987)
Porém, esta prática pode se tornar possível se houver uma adaptação dos
equipamentos, não havendo a necessidade dos equipamentos oficiais para a
prática na escola, mas sim, que ofereçam segurança o tempo todo para o aluno.
(SCHIAVON, 2003)
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Para este mesmo autor, deveriam ser propostos, nas aulas de Educação Física, os
fundamentos básicos, a adaptação aos aparelhos e a progressão dos movimentos,
conforme as experiências já vividas individualmente. Nas aulas, é possível que os
movimentos específicos como rolamentos, estrelas, saltos mortais, entre inúmeros
outros com níveis de complexidade diversos, sejam adaptados às brincadeiras de
movimento e aos movimentos específicos aprendidos de forma progressiva e com
auxílio do professor. (GERLING, 2009)
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Muitas vezes, o aluno sabe realizar o movimento, mas não sabe identificá-lo,
ou seja, realiza-se a prática pela prática, sem fundamentação ou objetivo claro;
seria importante retomar os conceitos e exercícios trabalhados nas aulas, a fim de
demonstrar o que foi aprendido durante e promover atividades de auto avaliação.
(SCHIAVON; NISTA-PICCOLO, 2007)
Para finalizar, o professor deve estimular a reflexão dos alunos sobre seu
desenvolvimento, com o objetivo de identificar como e quando avançar na GA;
podendo, assim, tomar as decisões corretas no momento certo, bem como estimular
a autoavaliação dos professores, para despertar a reflexão sobre a própria atuação,
podendo alavancar mudanças positivas e aprimoramento da ação do professor.
(SCHIAVON; NISTA-PICCOLO, 2007)
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Ginástica Acrobática
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
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A ginástica acrobática, apesar de ter suas raízes nas atividades circenses, hoje
em dia, não está vinculada a ela, tem suas próprias características, exigindo grande
resistência de seus participantes e gosto pela atividade. (DENIS, 2009)
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Ginástica Rítmica Desportiva
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Para trabalhar a GRD no contexto escolar, deve-se ter claro que o papel da
educação física escolar é compreender e desvendar os significados culturais dessa
modalidade, através das vivências individuais, sem objetivos de performance e alto
rendimento das crianças, pois, na educação física escolar, não se deve ter objetivos
de formação de atletas. (BARBOSA–RINALD et al, 2009)
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
A importância da ginástica enquanto conteúdo da Educação Física escolar
VIEIRA, M. B. EFDeportes.com, Revista Digital.
Buenos Aires – Año 18 – Nº 180 – Mayo de 2013.
https://goo.gl/vO4hol
Os benefícios da ginástica artística para o desenvolvimento motor infantil:
um estudo comparativo entre duas modalidades
CHAVES FILHO, C.A.; ALVES, E.S.; GIMENEZ, M.C.S.; VIANA, H.B.; GUIMARÃES,
R.O. EFDeportes.com, Revista Digital.
Buenos Aires – Año 18 – Nº 180 – Mayo de 2013.
https://goo.gl/rWQiCa
Inclusão de movimentos básicos da ginástica rítmica nas aulas de Educação Física escolart
MACHADO, V. C.; FERREIRA FILHO, R. A. EFDeportes.com, Revista Digital.
Buenos Aires - Año 14 - Nº 141 - Febrero de 2010.
https://goo.gl/PgkHAv
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Referências
ANTUALPA, Kizzy Fernandes. Ginástica rítmica e Contorcionismo: Primeiras
aproximações. 2005.
BARBOSA-RINALD, Ieda P.; LARA, Larissa M.; OLIVEIRA, Amauri Ap. B.;
Contribuições ao processo de (re)significação da Educação Física escolar:
dimensões das brincadeiras populares, da dança, da expressão corporal e da
ginástica. Revista Movimento. Porto Alegre, v. 15, n. 04, p. 217-242, outubro/
dezembro de 2009.
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dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física Escolar, Niterói, v.
02, n. 01 (suplemento), p. 05-25, 2001.
HÉBERT, G. Le sport contre l’éducation physique. 4a ed. (1a ed., 1925) Paris:
Vuibert; 1946.
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