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Material Teórico
Ginástica como manifestação corporal
Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Ginástica como manifestação corporal
• Divisão da aula.
• Aquecimento prévio para uma aula de ginástica.
• Noções de higiene nas aulas de educação física.
• Educação Física Desportiva Generalizada e sua relação com as
manifestações corporais na atualidade.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Compreender a importância da divisão de uma aula, suas partes e
as manifestações corporais na atualidade.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Ginástica como manifestação corporal
Contextualização
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Divisão da Aula
A educação física é um campo de conhecimento e uma prática pedagógica
responsável pela produção científica e pela sistematização do conhecimento, bem
como pelo acesso, pela prática, pelo ensino e pelo aprendizado do conjunto das
manifestações da cultura corporal, enfatizando as Manifestações Gímnicas, que se
faz presente em diferentes espaços de intervenção (escolas, clubes, equipamentos
de lazer, etc.). Na escola, a educação física deve colocar à disposição de todos os
grupos e classes sociais os saberes, as experiências, as produções simbólicas e
materiais que cercam o conjunto das práticas e das manifestações corporais, de
modo a democratizá-las como riquezas culturais, como bens socialmente produzidos.
Para que o professor possa desenvolver uma aula de Educação Física com
eficiência, ou seja, que ela se apresente de forma atrativa para seu aluno e ao
mesmo tempo, que o professor consiga atingir seus objetivos, é preciso que ele
tenha um bom planejamento, de modo que possa dividir todas as tarefas, de forma
equitativa, no tempo de aula que terá disponível.
O professor deve ter a consciência de se perguntar após cada aula, se seu objetivo
foi atendido, se seu aluno compreendeu o conteúdo de aula, se este conteúdo foi
significativo para o aluno, se o tempo para o desenvolvimento de tal conteúdo foi
eficiente. Para que então, ele possa fazer as devidas adaptações às aulas.
O professor deve sempre proporcionar uma aula completa para os alunos, com
começo, meio e fim, para que nenhuma das partes (professor ou aluno) não se
sinta frustrada.
Figura 1
Fonte: Imagem Divulgação
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3. Orientação Temporal (dimensões fundamentais da ação humana no
espaço e no tempo). Noções e reconhecimento de termos como: antes,
durante, depois, sucessão, simultaneidade, duração, pausa, duração da
pausa, estruturação rítmicas, velocidade e aceleração. (BRASIL, 1997)
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Na educação Infantil
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
No Ensino Fundamental
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
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corporal; conhecer, organizar e modificar locais para as atividades corporais;
favorecer a integração social; estimular a expressão corporal e a criatividade;
desenvolver as habilidades e as capacidades físicas e motoras; desenvolver
noções esportivas; adquirir noções de regras e aceitação de resultados; oferecer
oportunidades e situações para análise, critica e propostas de mudanças nas
atividades; criar ambiente de igualdade de direitos e posições nas atividades; jogos
adaptados e pré-desportivos; desenvolver noções sobre saúde (nutrição, higiene e
postura); utilização de pequenos e grandes materiais; variar o grau de dificuldade
das tarefas, a complexidade e a exigência quanto às respostas dos alunos e os
resultados por eles alcançados. (BRASIL, 1997)
Um plano de aula eficiente, deve ser dividido em partes, para que possa
contemplar tudo que os diversos conteúdos podem oferecer. Esta divisão pode ser
realizada da seguinte forma:
Pode ser aplicado algo aprendido durante a aula; deve acontecer uma finalização
Parte Final agradável da aula; atividades de pouca movimentação para volta a calma; fazer
previsões para a aula seguinte. (BARBANTI, 2013)
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UNIDADE Ginástica como manifestação corporal
O que será aplicado como aquecimento deve estar de acordo com o conteúdo da
aula ou do treinamento, o período em que o aluno/atleta se encontra, a finalidade
da aula, a temperatura ambiente e outros fatores. É fundamental que o conteúdo e
o caráter do aquecimento sempre estejam de acordo com o conteúdo e o caráter
da parte principal da aula. (SERRA, 1996)
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Noções de higiene nas aulas de educação física
Com relação à etimologia da palavra, Higiene vem do grego Hygéia, que
significa “sã” ou “sadio”. A deusa grega da saúde era Hygéia, filha do deus da
medicina, Asklepios. A palavra “higiene” chegou à língua portuguesa através do
grego hygeinos, que significa “o que é saudável”. (NAHAS, 2003)
A higiene busca manter um estado de completo bem estar físico, social e mental,
bem como, proporcionar meios para que a comunidade possa melhorar o seu bem
estar social e aprimorar a raça, mesmo sendo saudável. (NAHAS, 2003)
A higiene pode ser abordada nos seus aspectos: pessoal, coletivo, mental e
Ambiental. Nas aulas de Educação Física, podemos trabalhar:
Higiene Pessoal
Conjunto de hábitos de higiene e asseio com que cuidamos da nossa saúde,
normas de vida em caráter individual, utilizada pré/durante/pós a aula: Banho (o
primeiro hábito de higiene, antes de o aluno ir à escola, deve-se aconselhá-lo a
tomar banho todos os dias); Assepsia, aconselhar os alunos ao uso de desodorante,
diariamente, especialmente no verão; Lavar as Mãos (aconselhar os alunos que
sempre que necessário fazer a higienização das mãos, antes de quaisquer refeições,
antes de qualquer contato com os alimentos, depois de utilizar o banheiro e depois
da aula de educação física); Higiene Oral (aconselhar os alunos a fazer a higienização
oral, quando acordam, após a ingestão de alimentos, e antes de dormir, usando
escova adequada, fio dental e pasta dental com flúor, lembrando-lhes sempre que
isso evita cáries); Água Potável (Aconselhar sempre os alunos antes/durante/depois
da aula fazer a hidratação corporal, com água potável); Alimentação, aconselhar os
alunos a realizar uma alimentação saudável com mais alimentos naturais.
Higiene Coletiva
Conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade para um conceito
geral de higiene, um conjunto de normas para evitar nossas doenças e de outras
pessoas também, para preservar a vida de todos. Na quadra, ensinar os alunos a
não jogar ou deixar papeis, camisas, bolas, tênis, cones etc. espalhados na quadra.
Sabemos que muitos alunos por mais que aconselhamos uma alimentação saudável,
e aconselhamos que não mastiguem, chupem balas, chicletes e pirulitos, por mais
que falamos, eles sempre encontram um jeito de comer essas guloseimas e jogam
os papéis de bala no chão.
Também vemos que quando não temos materiais suficientes (bolas), os alunos
improvisam amassando papéis, para fazer bolas, nem sempre papéis, os alunos
são criativos, usam de tudo que tiver na frente para fazer de bola, garrafa, pedras,
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Higiene Mental
Necessidade que temos de verbalizar. Ela evita conflitos sociais e doenças
psicossomáticas: Ensinar aos alunos, que não se deve falar palavras ofensivas,
de baixo calão. Isso irá fazer com que o aluno se torne mais respeitoso com o
professor e os alunos.
Higiene Ambiental
Conceito relacionado com a preservação das condições sanitárias do meio
ambiente de forma a impedir que este prejudique a saúde do ser humano: Ensinar
aos alunos que devem cuidar do lixo, varrer a casa, lavar os alimentos antes de
comer, não fazer necessidades fisiológicas na rua e etc. (Hábitos gerais a serem
utilizados no dia a dia. (COSTA, VENÂNCIO, 2004)
Existem alguns hábitos de higiene que devem ser divulgados e preservados para
a boa convivência, é o caso de, ao tossir ou espirrar, proteger a boca com as costas
da mão, para evitar que os germes expelidos atinjam outras pessoas ao redor.
Na ocorrência de gripes ou resfriados, é indicado o uso de lenços descartáveis.
(FREIRE, 1991)
O novo método se fortalecia cada vez mais nos países sob influência da cultura
europeia, favorecido pela cultura corporal e provocando reações contrárias aos
métodos gímnicos que até então estavam em ascensão. Com isso, os anos 70 foram
marcados pelo vasto crescimento do esporte na Educação Física. Nesta mesma
época houve muitas mudanças na política educacional e consequentemente na
Educação Física Escolar, que acatou a esportivização, a expansão e sedimentação
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do sistema de formação dos professores para a Educação Física e o Esporte.
(COLETIVO DE AUTORES, 1992)
Perante essa situação ocorrida num passado não muito distante, muitos estudiosos
de hoje não defendem a presença dessa esportivização na escola, a menos que seus
métodos de inserção no âmbito escolar sejam reavaliados e reformulados para
atender tanto aos objetivos da Educação Física Escolar, quanto às necessidades dos
educandos, fazendo prevalecer um modelo de educação global, e não segmentada,
e privilegiando os esportes, mas sim, fazendo com que o esporte seja compreendido
como conteúdo de uma área de conhecimento, com um ensino compatível com o
objetivo da educação. (COLETIVO DE AUTORES, 1992)
Dessa forma, observa-se que o problema não está no esporte, mas sim na
forma com que este é inserido no contexto educacional, como fim e não como
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Em meados da década de 70, como o Brasil não se enquadrou neste seleto grupo
de grande representatividade fora do país, dava início a discussões em prol de uma
Educação Física diferenciada, preocupada com a educação num contexto mais
amplo e generalizador nas práticas. Partiu-se para uma grande reforma das políticas
educacionais, para consequente reformulação da Educação Física, objetivando a
democratização e a humanização na relação professor/aluno. (MEDINA, 1983)
Há quem diga que a Educação Física, hoje, ainda é apresentada sem identidade
própria, sendo apenas transmissora e controlando as atividades ainda mecanicistas,
seguindo aquilo que a moda indica como conteúdo, visando a perfeição dos gestos,
sem se preocupar com o indivíduo e nem com a sociedade. (MOREIRA, 1993)
Apesar de todo esforço dos estudiosos por concepções inovadoras neste campo,
ainda pode-se perceber a predominância do esporte como conteúdo da Educação
Física, concebido de forma repetitiva e descontextualizada da realidade social do
educando. Com isso, é preciso que as buscas por fundamentação teórica nunca se
esgotem. (PAES, 1996)
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Acredita-se ainda, que a aula de Educação Física, que assume estes padrões
de prática esportivizada, acaba sendo vista como um agente que oferece uma
semiformação de caráter acrítico, pois não possui vínculos com o mundo social,
político, econômico e cultural, tornando-se um objeto de dominação. (PAES, 1996)
A Educação Física é o ramo da educação que deve estudar o corpo em suas múltiplas
dimensões, sejam elas: física, mental, espiritual e emocional, de forma completa,
colaborando sempre com a formação global de cada indivíduo. (MEDINA, 1987)
Assim como estes autores, citados até aqui, buscaram mostrar sua concepção
a respeito da Educação Física como um estudo que valoriza o esporte de forma
educacional, mas acima de tudo, que busca a valorização deste conteúdo enquanto
estudo do corpo, de forma mais ampla, existem autores que buscam a valorização
desta área através de estudos científicos, podemos comprovar isso nas propostas
de Jean Le Boulch, que se refere a educação psicomotora como possibilidade de
uma Educação Física mais científica; também por Pierre de Parlebás, que apresenta
a ação motriz como objeto de estudo da Educação Física; e ainda Manuel Sérgio
que defende a motricidade humana como uma nova ciência. (PAES, 1996)
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Manuel Sérgio trata a motricidade humana como uma nova ciência que estuda
como compreender e como explicar as condutas motoras, ou comportamento
motor que traz significado ao discente, dando-lhe o significado do vir a ser, ou
seja, o movimento com significado. (PAES, 1996)
Santin fez da Educação Física uma ação pedagógica trazendo à tona o significado
de corporeidade humana. Traduziu a Educação Física como conteúdo capaz de
compreender, verdadeiramente, como se dá o desenvolvimento humano. Para
Santin, Educação significa a formação do indivíduo, enquanto Física diz respeito à
sua especificidade. Portanto, Educação Física seria “ação educativa que tem como
objeto de suas práticas os aspectos corpóreos do ser humano”. (PAES, 1996)
A Educação Física, numa outra perspectiva, pode ser vista como um componente
curricular que se utiliza das atividades institucionais (dança, ginástica, jogo e esporte)
para atingir à objetivos educacionais; ou seja, como educação formal. Há também
discussões a respeito dos objetivos da Educação Física, como o desenvolvimento
do corpo e sua capacidade motora, a Educação Física expressa pelo domínio da
personalidade e da categoria somática, a aplicação da Educação Física no movimento
humano, ou ainda o movimento como instrumento que facilita a aprendizagem de
conteúdos. (BETTI, 1991)
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repetitiva de movimentos e gestos técnicos, passando a se comprometer com o
conhecimento do aluno de forma integrada e contextualizada. (BETTI, 1991)
Esta parece-nos ser a visão mais completa a respeito do que vem a ser, ou de
como deveria ser compreendida a Educação Física, como uma prática com seus
próprios objetivos, claros e definidos, que visam o desenvolvimento integral do
aluno, contemplando não somente a motricidade, mas buscando atingir o discente
de forma globalizada, intencional e significativa.
Outra visão a este respeito nos leva a acreditar que a educação, como
compromisso social, busca transformar o aluno, à medida que quer atender
suas necessidades, podendo ser um caminho da Educação Física a ser atingido,
por se tratar de um componente com atividades tão específicas, produtoras de
crescimento e evolução do ser humano, mas para isso, há que se pensar em
objetivos mais conscientes e atividades preocupadas com os valores individuais e
sociais. (NISTA-PÍCCOLO, 1995)
Le Boulch (1987) clareou esta visão obscura da Educação Física, quando identificou
a necessidade de uma definição clara de seus objetos de estudo. Porém, sabemos que
a legislação tem sua parcela de contribuição, quando não considera a Educação Física
como uma disciplina, mas sim como uma atividade, tornando-a descompromissada
com o ensino e a educação, dando margens a confundi-la com recreação, atividade
de compensação e mesmo ocupação do tempo ocioso na escola.
Santin relata ainda que a Educação Física muitas vezes é vista como uma atividade
polivalente em função de sua busca por uma identidade própria. Mas com tantas
abordagens a respeito da Educação Física, torna-se difícil estabelecer seus objetivos
específicos, os quais irão definir suas práticas e sua identidade. Além do mais, estas
abordagens acabam por contaminar ou influenciar os profissionais da área, que
acabam por não ter clareza naquilo que vislumbram em sua formação e atuação.
(PAES, 1996)
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UNIDADE Ginástica como manifestação corporal
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Alongar? Aquecer? O que posso fazer antes da corrida?
O aquecimento consiste em movimentos repetitivos e rápidos, que aumentam a
temperatura do corpo, preparando-o para a prática esportiva. Ele é responsável por
aumentar a circulação sanguínea, melhorar o desempenho durante o treino, lubrificar
as articulações, prevenir lesões e deixar o corpo mais flexível. Já o alongamento, um
movimento lento que busca a elasticidade máxima do músculo, ajuda a reduzir a dor
muscular e a acelerar a recuperação. (ROCHA, R.C.)
https://goo.gl/jhjidk
Vídeos
Pedagogia Tecnicista
Assistir o vídeo que contextualiza o Tecnicismo à Educação Física.
https://youtu.be/noUPM629SW4
Leitura
PCNs – Educação Física (Volume 7)
Sugestão para leitura ou consulta.
https://goo.gl/A4r6l3
Coletivo de Autores: A Cultura Corporal em Questão
Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 391-411, abr./jun. 2011.
Este texto, inserido numa pesquisa mais ampla acerca da obra, focaliza uma reflexão
acerca da categoria cultura corporal e traz um diálogo com a literatura e com as
entrevistas realizadas com os autores, particularmente refletindo acerca do objeto de
estudo da Educação Física escolar na perspectiva Crítico-Superadora.
https://goo.gl/bQwTz8
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Referências
BARBANTI, V. J. Dicionário de Ed. Física e Esportes. Ed. Manole. 3.ed. 2013
NISTA-PÍCCOLO, V. L. (org.). Educação Física escolar: ser ... ou não ter?. 3.ed.
Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1995.
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