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Material Teórico
Movimento Humano
Revisão Textual:
Prof. Ms. Fátima Furlan
Movimento Humano
• Movimento
• Estudo do Movimento Humano
• Evolução do Movimento Humano
• Fases da Infância
• Desenvolvimento Motor Infantil
• Fases do Desenvolvimento Motor
• Movimentos Básicos primários e secundários
• Elementos Corporais Ginásticos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Compreender a evolução do movimento humano e dos movimentos
básicos primários e secundários.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Movimento Humano
Introdução
Os movimentos corporais estão presentes antes do nascimento, são parte
integrante do nosso ser, da mesma forma que precisamos do alimento, da água, de
afeto, necessitamos dos movimentos para nossa sobrevivência. A criança utiliza os
movimentos para suprir suas necessidades básicas e é através deles que medimos o
progresso no desenvolvimento da criança. Os movimentos possibilitam uma maior
proximidade com o mundo da criança, melhora a condição física e de saúde, ajudam
a desenvolver os comportamentos motor, cognitivo e afetivo-social. A educação
física é uma atividade dinâmica que contribui na formação ampla dos sujeitos,
bem como no desenvolvimento de seu lado individual, através de oportunidades
lúdicas que proporcionam equilíbrio entre corpo, mente e espaço. Desenvolve as
habilidades motoras de todos os sujeitos, além de manter elementos terapêuticos,
sejam eles emocionais ou físicos.
Movimento
Para a filosofia, o movimento é um dos problemas mais tradicionais da cosmologia,
pois envolve a questão da mudança na realidade. Para a escola eleática (escola
filosófica pré-socrática, da cidade Eleia), o movimento é ilusório, e a verdadeira
realidade imutável. (HALLIDAY et al, 2016)
Aristóteles definiu o movimento como passagem de potência a ato,
caracterizando-o como deslocamento no espaço, mudança ou alteração de uma
natureza; como crescimento e diminuição; bem como geração e corrupção
(destruição). (HALLIDAY et al, 2016)
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
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O movimento é fonte de estudos na Física, existem várias ramificações neste
sentido, o ramo da Física que estuda o movimento é chamado: Mecânica, a qual
se preocupa tanto com o movimento, quanto com o que faz o movimento iniciar
ou cessar. Já a Cinemática (em grego kinema, significa movimento) abstrai as
causas do movimento e se preocupa apenas com a descrição dele, se acaso
fosse compreender as causas do movimento, as forças que iniciam ou cessam os
movimentos dos corpos, a esta parte da mecânica, dá-se o nome de Dinâmica
(em grego dynamis, significa força), o não-movimento, os corpos parados também
possui seu ramo de estudo, denominado Estática (em grego statikos, significa
ficar parado). Sendo que, a estaticidade (movimento estástico) é uma propriedade
altamente específica, pois só se apresenta para referenciais muito especiais, de
forma que, para nós, o comum é que que os corpos estejam sempre em movimento
constante. (HALLIDAY et al, 2016)
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
O movimento já foi, e tem sido, definido de várias formas por diferentes autores,
para Newell (1978) apud Betti (2013), caracteriza-se pelo deslocamento do corpo
e ou de partes dele, produzido como uma consequência do padrão espacial e
temporal advindo de uma contração muscular, sendo também um comportamento
observável e mensurável.
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UNIDADE Movimento Humano
Após este período, mais precisamente na Idade Média, a Igreja, com a grande
influência que exercia sobre as pessoas, começa a ver o culto pelo corpo como algo
mundano, fruto de pecado, passando a ser a alma, o princípio de todas as coisas,
fazendo com que apenas as práticas militares e para a formação de cavalheiros
fossem permitidas (os torneios equestres, substituídos pelos torneios modernos e
as justas). (ARANTES, 2005)
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a importância do exercício físico na formação cidadã, daí surgiram muitos outros
pensadores, Pestalozzi que passou a orientar as pessoas para a prática regular de
exercícios físicos e aos cuidados com a higiene. (ARANTES, 2005)
Moderna, que ocorreu principalmente na Itália, e se alastrou por toda a Europa. Importantes
acontecimentos artísticos e culturais marcaram esse momento, e invadiram o ocidente do
século XV. O desenvolvimento das artes, da ciência, da economia e da política fez adormecer
na eternidade os pensamentos medievais. O desenvolvimento comercial, o início das
grandes navegações e a agitada atividade cultural do ocidente fez nascer um sentimento de
humanidade, em que as ações fossem voltadas para o homem. Esse pensamento já vinha
se transformando desde o enfraquecimento da Igreja Católica, que praticamente dominava
toda a cultura na Idade Média com uma visão teocêntrica.
Pode-se dizer que o movimento possui dois aspectos diferentes, um deles diz que
é um comportamento observável e o outro, que é produto de todo um processo que
acontece no interior de cada indivíduo. Para contribuir com a compreensão destes
dois aspectos, Marteniuk (1975) apud Betti (2013) criou um modelo composto
de cinco mecanismos, interligados através do fluxo de informações, onde cada
informação depende da outra, envolvidos na execução do movimento.
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UNIDADE Movimento Humano
(1968) apud Betti (2013). 0 conceito de plano motor foi derivado do conceito de
plano, apresentado por Miller, Galanter e Pribram (1960) apud Betti (2013), que
significa o processo organizacional que controla a ordem em que uma sequência
de operações é executada. (BETTI, 2013)
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
definição de objetivos instrucionais. Gestão & Produção, v.17, n.2, p.421-431, 2010.
Disponível em: https://goo.gl/33AQZ4
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Os nossos movimentos estão sob o domínio motor ou psicomotor, pelo
envolvimento cognitivo, onde se incluem três tipos básicos de comportamento:
contatar, manipular e ou mover um objeto; controlar o corpo ou objetos quando em
equilíbrio mover ou controlar o corpo ou parte do corpo no espaço, com timing,
num ato ou sequência breve ou longa, sob situações previsíveis e ou imprevisíveis.
(SINGER, 1980)
Como já fora dito, na maioria dos comportamentos, existe a participação de todos
os três domínios, sendo que a predominância de um deles é dada pela conveniência
do movimento. Por exemplo: o comportamento de uma pessoa jogando xadrez
é predominantemente cognitivo, embora os domínios motor e afetivo-social
também estejam envolvidos, já no halterofilismo, predomina-se o motor assim
como a maioria das habilidades desportivas. A interação entre os três domínios
do comportamento pode ser claramente compreendida no modelo sistêmico do
comportamento humano de Heimstra e Ellingstad (1972), onde os processos de
identificação, interpretação e memória que antecedem o comportamento observável,
são operações mentais ou cognitivas que se processam a nível do sistema nervoso
central, e ainda a identificação e a interpretação influenciam ou são influenciadas
pela energização, um processo motivacional, do domínio afetivo-emocional.
0 movimento ocorre a partir de complexas interações que ocorrem no sistema
nervoso central e periférico, os quais processam as informações sensoriais,
e outros impulsos originados no próprio sistema, resultando em um padrão de
impulsos nervosos que atinge outros os órgãos efetores envolvidos no movimento:
músculos, sistema cardiovascular e outros, sendo que da contração muscular resulta
o movimento, enquanto os outros sistemas encarregam-se de proporcionar as
condições favoráveis para a sua realização. (MAGILL, 1980)
Também se faz necessário compreender o papel desempenhado pelas estruturas
fisiológicas no comportamento motor, para tal, passemos a compreender um
pouco mais sobre as fases de desenvolvimento da criança, pela visão de Gallarue,
que trata das fases do desenvolvimento motor.
Fases da infância
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Movimento Humano
Nos primeiros anos de vida, a criança se desenvolve muito, seja por meio da
execução de diversas formas de movimento, como no desenvolvimento de sua
imaginação, nas brincadeiras de faz de conta, momentos estes os quais a criança
melhora sua coordenação e aprimora sua precisão nos movimentos. Até os seis
anos de idade, a criança está no seu melhor momento de aprendizado motor, neste
período, as experiências motoras vividas, serão as que ele carregará por toda a vida
adulta. (TANI, 1988)
Em meados desta faixa etária, por volta dos quatro a cinco anos a criança já
possui melhor compreensão sobre o mundo, sobre o que a cerca, sabe que ela
não é a única criança no mundo, mas que existem outras pessoas à sua volta.
A Educação Física, com seu caráter lúdico, tem papel fundamental nesta fase,
fazendo com que a criança se desenvolva a partir de sua própria cultura corporal e
dessas experiências naturais da própria fase. (HARROW, 1983)
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Movimentos locomotores podem ser executados isoladamente ou combinados
com outros manipuladores (manusear algum objeto) ou com os estabilizadores
(caminhar sobre uma linha), desenvolvendo duas habilidades ao mesmo tempo,
numa única atividade combinada. (GALLAHUE, 2005)
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UNIDADE Movimento Humano
·· Fase motora reflexa, que são os primeiros movimentos que o feto faz, é
involuntária que formam a base para o desenvolvimento motor.
·· Fase de movimentos rudimentares, são os primeiros movimentos
voluntários realizado pela criança do nascimento até por volta dos 2 anos
de idade, são movimentos necessários para sua sobrevivência.
·· Fase de movimentos fundamentais são movimentos consequentes dos
movimentos rudimentares, é a fase que a criança explora, descobre
e experimenta as capacidades motoras de seus corpos. Esta fase,
Gallahue subdividiu em três estágios: o inicial, o elementar e o maduro.
(GALLAHUE, 2005)
·· No estágio inicial, foram estabelecidos os movimentos fundamentais, seriam
as primeiras tentativas da criança, visando o objetivo de desempenhar
uma habilidade fundamental. Nesta fase encontram-se as crianças de,
aproximadamente, 2 anos, com algumas exceções de crianças que podem
estar além deste estágio.
·· Já o estágio elementar envolve maior controle e melhor coordenação
rítmica dos movimentos fundamentais. A sincronização dos elementos
temporais e espaciais dos movimentos se aprimora, mas os padrões de
movimento neste estágio ainda são restritos ou exagerados, porém, melhor
coordenados. Muitas crianças e até alguns adultos não se desenvolvem
além do estágio elementar (GALLAHUE, 2005).
·· O estágio maduro, a fase de movimentos fundamentais, é caracterizado
por desempenhos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados.
Geralmente as crianças têm potencialidade de desenvolver se para o estágio
maduro quase com 5 ou 6 anos de idade, este estágio é quando a criança
tem maior controle de execução, coordenação e eficiência mecânica na
maioria das habilidades fundamentais. Alguns indivíduos não conseguem
alcançar este estágio e permanecem no estágio elementar pela sua vida
toda. (GALLAHUE, 2005).
·· A fase de movimentos especializados é quando as habilidades
estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são
progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas para o uso em
situações crescentemente exigentes. (GALLAHUE, 2005).
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dimensão cultural, seja uma dança, um jogo ou qualquer gesto, ou movimento com
significado. (GALLAHUE, 2005)
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UNIDADE Movimento Humano
Porém, o professor de Educação Física pode mostrar seu trabalho eficiente com
esta faixa etária, evidenciando o quanto é importante um trabalho mais específico,
voltado ao desenvolvimento motor, sendo que o mais importante e fundamental é
que a criança não seja privada da educação física a que tem direito, com eficiência,
qualidade e dedicação. (FREIRE, 2003)
O professor de Educação Física deve ter bem claro seus objetivos, sua forma
de abordagem e sua relação com a criança, devem ser profissionais conscientes,
ativos, dinâmicos, realizadores e transformadores, a fim de oferecer à criança uma
aula transformadora. (MOURA et al, 2007)
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As primeiras experiências motoras que a criança vive são de fundamental
importância para o desenvolvimento cognitivo, pois o movimento é a essência da
infância, ele é fundamental para o ser humano, pois é assim que o homem aprende
sobre o mundo exterior. (MOURA et al, 2007)
Para que a criança conquiste seu repertório motor e consiga realizar movimentos
cada vez mais complexos, resultando em uma sequência de desenvolvimento motor,
é importante que se tenham inúmeras experiências motoras. Estas experiências
serão oferecidas pela Educação Física, da forma mais adequada. (NEIRA e
MATTOS, 2005)
Importante! Importante!
Lembrando que depende muito do professor para que este processo aconteça, pois
é ele que estabelece as atividades, de acordo com a necessidade de cada turma, de
cada criança, respeitando seus limites durante a execução de movimentos motores.
(TANI, 1988)
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UNIDADE Movimento Humano
Além das atividades do dia a dia, onde esses elementos estão sempre presentes,
eles também estão inseridos nas várias atividades expressivo-comunicativas, tendo
na ginástica um significado próprio, a ser discutido nas aulas. A diversificação de
movimentos contribui para que o aluno amplie o seu repertório de movimentos e
tenha mais autonomia nas suas ações corporais. (SOARES, 2002)
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realizados sobre obstáculos, ou até mesmo com o apoio de aparelhos.
Podem ter diferentes denominações, de acordo com a postura no ar:
carpado, grupado, estendido etc.
· Saltitos: assemelham-se aos saltos, contudo, a perda de contato com a
superfície atinge menor altura, a diferença está na amplitude do movimento.
Exemplos: passé; galope; tesoura.
· Equilíbrios: consiste em dominar o corpo, vencendo a ação da gravidade,
podendo ser executados numa superfície limitada ou em deslocamento,
o executante pode buscar o equilíbrio com o corpo em diferentes apoios,
posições e níveis. Exemplos: avião, vela, parada de mãos etc.
· Giros: são voltas executadas em torno de um eixo do próprio corpo,
podendo variar de acordo com o ponto de apoio, ou o nível, ou ainda a
posição de tronco e pernas e até mesmo quanto ao número de voltas.
Exemplos: arabesque e giro em aparelhos.
· Balanceios: caracterizam-se por movimentos pendulares (de vai-e-vem)
com o corpo ou partes dele. Exemplos: pêndulo dos braços de um lado,
alternando a direção de cada braço; pêndulo com o tronco de um lado
para o outro ou da frente para trás e vice-versa.
· Circunduções: são movimentos circulares completos (360 graus), tendo-
se uma articulação como ponto de fixação. Pode-se variar no número de
voltas, nos planos de execução, na simetria e na assimetria.
· Marcações ou poses: são as posturas fora de padrões, geralmente
indicam o início ou a finalização de um elemento ou de uma sequência de
elementos. As poses são muito utilizadas durante a execução de uma série.
· Passos: consistem em deslocamentos na posição em pé, variam quanto
ao movimento das pernas. Exemplos: passo une passo; passo com as
pernas estendidas; passo cruzado.
· Corridas: correspondem a deslocamentos rápidos com o apoio alternado
dos pés, perdendo ligeiramente o contato do corpo com a superfície.
Podem também variar quanto ao modo de execução. Exemplos: com
pernas estendidas; com pernas flexionadas, elevando calcanhares.
· Ondas: são movimentos do corpo ou partes dele, fazendo-o conduzir-se de
uma extremidade à outra, com movimentos ascendentes ou descendentes
arredondados. Podem ser feitos, por exemplo, com dois apoios e flexão
do tronco ou sentado nos calcanhares elevando o quadril e o tronco.
· Apoios: envolvem a manutenção do peso do corpo sustentado pelo
contato de uma ou mais de suas partes em uma superfície. Exemplos:
parada de três apoios; esquadro.
· Rolamentos: referem-se a dar voltas em um dos eixos do corpo sobre
uma superfície. Exemplos: rolamento para frente grupado; rolamento
para trás com as pernas estendidas.
· Reversões: são rotações de 360 graus, ligadas por uma translação
em plano vertical ou inclinado. Elas se sucedem nas fases apoiadas ao
redor dos eixos transversal e anteroposterior temporariamente fixo e nas
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fases não apoiadas, ao redor dos eixos livres, denominadas como saltos.
Exemplo: flic-flac. (DIECKERT & KOCH, 1986).
Para execução dos elementos corporais gímnicos, numa aula, é preciso que o
professor respeite alguns procedimentos básicos, que são:
a) Organização: deve-se ter para a realização de qualquer metodologia.
b) Explicação: transmitir ao aluno, de forma clara, precisa e progressiva,
os conteúdos referentes aos exercícios ginásticos a serem executados
durante uma aula ou sessão.
c) Demonstração: de fundamental importância para as aulas de Ginástica,
pois certamente irá potencializar o procedimento da explicação. Deve-se
dividir a demonstração em três etapas:
·· Repetição: para que o movimento seja realizado com a técnica
correta mínima necessária.
·· Correção: para que o movimento tenha grande eficiência e
mínimo de gasto energético.
·· Progressão: para que o aluno venha a executar movimentos
mais complexos no decurso natural do tempo destinado às aulas.
(SOARES, 2002)
Por outro lado, a aplicação dos métodos de prática de exercícios físicos busca a
melhora da aptidão física, onde se pressupõe um estado salutar, com elevado grau de
desenvolvimento de suas funções cardiovasculares e respiratórias, complementado
por resistência muscular, mobilidade articular e equilíbrio psicológico. (GRAFF, 2006).
Alguns desses métodos, ainda hoje, possuem objetivos militares em sua essência
e passaram, ao longo dos anos, por uma série de adaptações para que pudessem ser
aplicados no âmbito escolar. Com relação à aptidão física, ela pode estar relacionada
à saúde (elementos fundamentais para a vida ativa com menos riscos de doenças
hipocinéticas), e relacionada aos aspectos motor ou atlético (fatores de performance
do grupo de interesse). (NAHAS, 2001).
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Renascimento ou Renascença, é o período de transição entre a Idade Média e a Idade
Explor
Moderna, que ocorreu principalmente na Itália, e se alastrou por toda a Europa. Importantes
acontecimentos artísticos e culturais marcaram esse momento, e invadiram o ocidente do
século XV. O desenvolvimento das artes, da ciência, da economia e da política fez adormecer
na eternidade os pensamentos medievais. O desenvolvimento comercial, o início das
grandes navegações e a agitada atividade cultural do ocidente fez nascer um sentimento de
humanidade, em que as ações fossem voltadas para o homem. Esse pensamento já vinha
se transformando desde o enfraquecimento da Igreja Católica, que praticamente dominava
toda a cultura na Idade Média com uma visão teocêntrica.
Importante! Importante!
Lembrando que depende muito do professor para que este processo aconteça, pois é ele
que estabelece as atividades, de acordo com a necessidade de cada turma, de cada criança,
respeitando seus limites durante a execução de movimentos motores. (TANI, 1988)
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física
FREIRE, J. B. Editora Scipione, 2011.
Leitura
Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos
instrucionais
Gestão & Produção, v.17, n.2, p.421-431, 2010.
https://goo.gl/33AQZ4
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Referências
ARANTES, Ana Cristina. Trabalho apresentado na IV Jornada de Estudos
Antigos e Medievais na UEM – Universidade Estadual de Maringá - 2005.
Disponível em: <http://www.anacrisarantes.pro.br/trabalhos/a%20cultura%20
e%20a%20educacao%20fisica%20na%20grecia.pdf>.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. 4. ed. São Paulo: Scipione,
2003.
TANI, Go. MANOEL, E.J.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J.E. Educação física
escolar: fundamentos para uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU/
EDUSP, 1988.
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