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Manifestações

Culturais e Esportivas:
Esportes Coletivos
Estratégias de Ensino Aprendizagem do Basquete

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Felipe de Pilla Varotti

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Estratégias de Ensino
Aprendizagem do Basquete

• Introdução;
• A Origem do Basquete;
• Evolução das Regras;
• Fundamentos Técnicos do Basquete;
• Fundamentos Táticos no Basquete;
• Sistemas de Defesa;
• Sistemas de Ataque.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender os conteúdos básicos e as características do Basquete;
• Ser capaz de problematizar as abordagens do processo ensino e aprendizagem dessa modali-
dade esportiva.
UNIDADE Estratégias de Ensino Aprendizagem do Basquete

Introdução
Os jogos esportivos coletivos, quando desenvolvidos com finalidade pedagógica, po-
dem agregar vários ensinamentos aos nossos alunos. Além do desenvolvimento motor e
físico, por meio de uma modalidade esportiva coletiva, conseguimos desenvolver aspec-
tos psicológicos, sociais e cognitivos.

O Basquete é um dos esportes que nos permite tal desenvolvimento. A modalidade


tem dinâmica de jogo que exige trabalho em equipe, alto nível de concentração e parti-
cipação ativa e efetiva de todos os integrantes da equipe.

Nesta Unidade, falaremos um pouco sobre a história da modalidade, veremos a evo-


lução de suas regras, conversaremos sobre as suas características e discutiremos os
aspectos pedagógicos necessários para sua aprendizagem.

Esperamos assim, oferecer informações válidas para que você, futuro profissional,
possa utilizar essa modalidade como ferramenta válida para a formação e o desenvolvi-
mento de seus futuros alunos.

Então, boa leitura e bons estudos!

A Origem do Basquete
Oficialmente, a origem do Basquetebol é atribuída ao canadense James Naismith,
professor do Springfield College, na cidade de Springfield, nos Estados Unidos.

Devido ao período de inverno intenso, o professor James se preocupou em tentar


manter as aulas de Educação Física acontecendo, vez que os alunos ficavam desmotiva-
dos para praticá-la em dias de baixas temperaturas.

Dessa forma, o professor criou um jogo que poderia ser praticado em ambientes
fechados durante o inverno, mas com a possibilidade de também ser praticado em áreas
abertas durante o verão.

Figura 1 – James Naismith


Fonte: Wikimedia Commons

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James pensou, inicialmente, em um esporte no qual não houvesse contato físico
entre os participantes. Estabeleceu um alvo a ser acertado, acima da altura da cabeça
dos participantes. Definiu que essa modalidade deveria ser praticada somente com as
mãos, e a bola poderia ser quicada, com a intenção de se aproximar do alvo para um
possível arremesso.

Dessa forma, o professor do colégio de Springfield criava uma das modalidades


que se tornariam, anos depois, uma das mais praticadas e mais tradicionais em todos
os continentes.

A seguir, veremos a evolução de algumas de suas regras ao longo dos anos.

Evolução das Regras


Inicialmente, o Basquete criado pelo professor James Naismith tinha 13 regras:
• A modalidade deveria ser jogada com as mãos;
• A bola poderia ser passada com uma ou ambas as mãos, em diferentes direções;
• A bola poderia ser quicada no chão, também utilizando uma ou ambas as mãos;
• O jogador que estivesse de posse de bola não poderia correr segurando-a nas mãos;
• Os jogadores não poderiam segurar, puxar, empurrar ou derrubar o adversário;
• Caso algum jogador cometesse uma das infrações descritas acima, seria considerado
falta a ser cobrada pela outra equipe;
• Em caso de a equipe cometer três faltas consecutivas, a equipe adversária receberia
um ponto;
• O árbitro auxiliar poderia deveria ficar responsável pela contagem das faltas e
poderia punir a equipe que fizesse as três faltas;
• A equipe receberia um ponto caso conseguisse acertar a bola dentro do alvo (cesto);
• O jogador que retirasse a bola do cesto poderia colocá-la novamente em jogo;
• O árbitro controlava o tempo do jogo, decidia a qual equipe a bola deveria pertencer
todas as vezes que ela saía do campo de jogo;
• A partida era disputada em dois tempos de 15 minutos cada;
• Vencia a partida a equipe que fizesse o maior número de pontos. Em caso de em-
pate, o jogo continuaria, até que o primeiro ponto fosse marcado, definindo, assim,
uma equipe vencedora.

Os alvos eram duas cestas ou caixas presas a uma altura de 10 pés do chão, o equiva-
lente a 3,05 metros. Para marcar pontos, os jogadores precisavam colocar a bola dentro
desses cestos, jogando com uma ou com as duas mãos.

A cada ponto, era necessário que algum jogador subisse em escadas para retirar a
bola de dentro do cesto. Por isso, o jogo era interrompido algumas vezes.

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Então, para facilitar a dinâmica, com o passar do tempo, o cesto foi se tornando
mais prático. Primeiro, desenvolveu-se uma corda para facilitar a queda da bola. Depois,
decidiu-se por abrir a parte de baixo do cesto, tornando-o vazado e fazendo com que a
bola passasse direto.

Durante muitos anos, o esporte era praticado nos Ginásios, dentro dos Colégios.
Esses Ginásios possuíam corredores de passagem ao redor de suas instalações e, por
várias vezes, os alunos que ficavam nesses corredores, assistindo aos jogos, conseguiam
interferir no jogo, bloqueando ou desviando o sentido do arremesso, vez que os corredo-
res de passagem costumavam ficar nos cantos e em cima da quadra de jogo. Pensou-se,
então, em criar um obstáculo que os impedissem de atrapalhar e, assim, surgiu a tabela.

Ao longo dos anos, várias regras foram sendo adaptadas, para tornar o jogo mais
dinâmico e atrativo para os participantes.

Em 1897, o jogo passa a ser praticado com 5 jogadores para cada equipe. A partir
de então, a modalidade começa a estabelecer suas próprias características, exigindo um
aperfeiçoamento também dos aspectos físicos, táticos e técnicos dos atletas.

Figura 2 – Visão aérea de uma quadra de basquete


Fonte: Getty images

A seguir, apresentaremos algumas das principais regras desenvolvidas atualmente.

Dimensões da quadra
Em competições oficiais, a quadra possui 28m de comprimento x 15m largura.

Nº de Jogadores
Cada equipe poderá ter 12 jogadores para a partida, sendo que 5 jogam.

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Substituições
São ilimitadas.

Tempo de jogo
A partida é disputada em 4 tempos de 10 minutos cada. Há um intervalo de 15 mi-
nutos entre o 2º e o 3º tempo. Nos demais, os intervalos são de dois minutos (entre o 1º
e 2º tempo e entre o 3º e 4º tempo).

Início do jogo
A bola é colocada ao alto, no círculo central, para ser disputada por dois jogadores,
um de cada equipe.

Figura 3
Fonte: Getty Images

Resultados
A equipe que conquistar o maior número de pontos durante o tempo de jogo é consi-
derada vencedora. Caso o jogo termine empatado, as equipes disputam uma prorroga-
ção de 5 minutos, quantas vezes for necessário, até que haja um vencedor.

Posse da bola
A equipe tem até 8 segundos para passar para a meia quadra ofensiva e o total de
24 segundos para concluir um ataque (bola em contato com o aro). O jogador deve se
deslocar somente se estiver driblando a bola. Cada jogador pode ficar com a posse de
bola, sem driblar, por no máximo 5 segundos.

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O jogador somente pode andar dois passos com a bola nas mãos quando estiver rea-
lizando o arremesso na passada (muito usado na bandeja ou enterrada).

Uma vez que o jogador esteja de posse da bola na quadra ofensiva, o mesmo não
poderá retornar para a quadra ofensiva com a posse de bola ou, então, realizar o passe
para um jogador que esteja na quadra defensiva.

Essa ação será considerada infração e a posse de bola passará a ser da equipe ad-
versária.

Lateral ou linha de fundo


As linhas laterais e de fundo são consideradas fora da área de jogo. Assim, toda vez
que o atleta pisar ou se a bola encostar na linha, a partida é paralisada, com a posse de
bola passando para a outra equipe.

Já o espaço aéreo, após a linha, ainda é considerado área de jogo. A equipe terá até
5 segundos para efetuar a cobrança de lateral

Faltas
Existem cinco tipos de faltas:
• Pessoal: Contato ilegal fora do ato de arremesso ou no ato de arremesso;
• Técnica: Atitude desrespeitosa de um atleta em quadra ou membro do banco;
• Antidesportiva: falta pessoal grave cometida por um jogador em quadra (“flagrante”);
• Desqualificante: Falta agressiva física ou moralmente;
• Falta Dupla: Dois adversários fazem falta ao mesmo tempo.

Caso o jogador cometa 5 faltas individuais durante a partida, será excluído, podendo
haver uma substituição para que outro atleta entre em seu lugar.

Lances livres
Falta no momento do arremesso. Será cobrada a mesma quantidade de tentativas do
que seria a pontuação do arremesso (2 ou 3 pts).

Se esse arremesso for convertido quando o jogador receber a falta, ele terá, ainda,
um lance livre de bonificação.

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Figura 4 – Paul Pierce tentando um Lance livre
Fonte: Wikimedia commons

A partir da 5ª falta coletiva da equipe, sofridas no mesmo tempo de jogo, todas as


demais faltas cometidas darão direito a lances livres para a equipe adversária.

Para conhecer e se aprofundar nas regras, recomendamos a leitura das Regras Oficiais do
Basquetebol, divulgadas pela Confederação Brasileira de Basquetebol.
Disponível em: https://bit.ly/3pPyEOm

Fundamentos Técnicos do Basquete


Recepção da bola
As mãos devem estar em forma de concha, com os dedos bem afastados. O ideal é
que os braços sejam estendidos para ir ao encontro da bola.

No momento de contato com a bola, efetuar uma flexão dos braços (amortecer a
bola). Os dedos polegares funcionam como uma “trava” da bola.

Após a recepção, proteger a bola por meio da rotação do tronco.

Drible
Trata-se do movimento contínuo de recepção da bola vinda do solo (primeiro atua a
mão e só depois o antebraço) e, na sequência, o impulso da bola para o solo (primeiro
atua o antebraço e só depois a mão).

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Os dedos são os principais pontos de contato com a bola. Em geral, utilizam-se dois
tipos de drible: para progressão (drible alto) e para proteção (drible baixo).

Figura 5 – Drible alto


Fonte: Getty Images

Figura 6 – Drible baixo


Fonte: Wikimedia Commons

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Passes
Existem alguns tipos de passe utilizados no basquete. Descreveremos alguns deles.
• Passe de peito: A bola é segura com as duas mãos, na altura do peito, com os dedos
para cima e polegares na parte posterior da bola. O movimento é de extensão dos
braços na direção do alvo (terminar com as palmas das mãos viradas para fora e os
polegares a apontar para dentro e para baixo). Em geral, é um passe realizado em
condições mais seguras, quando não há a interferência do adversário na trajetória;
• Passe picado: Ocorre uma extensão dos braços na direção do solo e para frente,
fazendo a bola ser passada de forma a quicar no chão próximo do companheiro
de equipe;
• Passe por cima com as duas mãos: Passe no alto, realizado acima da cabeça.
Consiste na extensão dos braços na direção do companheiro que receberá o passe;
• Passe com uma mão: A perna contrária à mão que segura a bola está avançada.
O movimento consiste em passar a bola ao companheiro com uma das mãos. Na
altura do passe, há uma rotação do tronco auxiliando na força;
• Passe especial por trás: É realizado com apenas uma das mãos, passando a bola
para alguém que está atrás de seu corpo. É necessário que o jogador possua boa
coordenação e habilidade.

Passe especial por trás: https://bit.ly/38LJhLY

Arremessos
O arremesso é o movimento realizado para jogar a bola em direção ao alvo (cesta).
Também pode ser realizado de maneiras diferentes, as quais veremos na sequência.

Figura 7
Fonte: Getty Images

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• Arremesso em apoio: A mão que realizará o lançamento deve estar por baixo da
bola com os dedos afastados. A outra mão auxilia o movimento, apoiando ao lado
da bola. A bola deve sair da mão quando o braço que a impulsiona atinge a exten-
são completa. No final do movimento, existe uma flexão completa do punho e dos
dedos (provocando um efeito de “giro para trás” na bola);
• Arremesso suspenso (jump): ocorre uma impulsão vertical, transportando a bola
do peito até à posição do lançamento. Na sequência, acontece uma elevação dos
braços, fixando a bola por alguns momentos numa posição de lançamento acima
da cabeça. O lançamento é realizado antes de se atingir o ponto mais alto da im-
pulsão. O salto poderá acontecer em diferentes posições, para cima, para frente ou
para trás;

Figura 8
Fonte: Getty Images

• Arremesso na passada ou bandeja: Acontece após realizar dois passos com a


bola nas mãos. O primeiro passo é longo, já o segundo é um pouco mais curto.
Na sequência ocorre uma elevação do joelho, da perna oposta à mão que segura
a bola. O lançamento da bola é realizado com o atleta em suspensão e é realizado
com a mão oposta à perna de impulsão. Pode-se utilizar o apoio da tabela para
tentar a cesta;

Arremesso na passada ou bandeja: https://bit.ly/3fbri2O

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• Arremesso de gancho: O jogador encontra-se de lado para a cesta. Realiza um
salto vertical e faz o arremesso com apenas uma das mãos, passando esta mão e
soltando a bola na direção por cima da cabeça.

Para visualizar o movimento correto do arremesso de gancho, assista ao vídeo a seguir,


disponível em https://youtu.be/1hE5HD1ubFM

Rebote
Esse fundamento pode ser utilizado em situações defensivas e ofensivas. Refere-se ao
ato de recuperar a bola, após um arremesso que bate no aro ou na tabela. Para isso, o
posicionamento do jogador é fundamental, devendo ficar entre o oponente e a cesta e
saltar em direção à bola.

Figura 9 – Rebote ofensivo


Fonte: Wikimedia Commons

Fundamentos Táticos no Basquete


Podemos definir tática como um grupo de ações que são planejadas e desenvolvi-
das por uma equipe para conquistar um determinado objetivo. O jogo de Basquete é
composto de algumas funções e posições bem definidas.

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Falaremos sobre algumas delas a seguir:


• Armador: Responsável em conduzir a bola e armar as jogadas de ataque. Em geral,
este jogador possui boa visão do jogo e habilidade para o drible, passe e condução
de bola;
• Ala/Armador: Jogador com funções semelhantes ao armador, auxiliando na cria-
ção das jogadas de ataque, mas também tendo habilidade para arremessar;
• Ala: Jogador que se desloca pelas laterais da quadra, com habilidades para arre-
messar e buscar a infiltração no garrafão;
• Ala/Pivô: Jogador que atua pelas laterais do garrafão e da quadra. Tem a função
de arremessar e tem boa altura para auxiliar nas ações ofensivas e defensivas;
• Pivô: Em geral, os jogadores mais altos da equipe. Tem a função de auxiliar os com-
panheiros, abrindo espaços para o arremesso dos colegas. Na quadra de ataque,
atua mais próximo à cesta, sendo o jogador responsável por pegar os rebotes e/ou
tentar a infiltração no garrafão.

Sistemas de Defesa
Em geral, na marcação, o jogador deve manter a atenção no adversário e na bola,
ficando entre o adversário e a cesta. Suas pernas devem estar semiflexionadas, pronto
para se movimentar rapidamente em todas as direções.

Os braços devem estar abertos, ou estendidos no alto, buscando bloquear e intercep-


tar passes.

Figura 10
Fonte: Getty Images

No Basquete, considera-se como sistema de defesa a forma como a equipe irá se


posicionar em quadra para realizar a marcação à equipe adversária.

Esse posicionamento pode ser feito considerando formas a seguir.

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Marcação individual
Cada jogador da equipe marca diretamente um único adversário, acompanhando-o
independentemente do posicionamento em que ele estiver.

É um tipo de sistema de fácil entendimento por parte dos atletas. Entretanto, exige
um alto condicionamento físico. Em geral, é utilizado como forma de pressionar os
adversários em momentos determinantes da partida, como, por exemplo, no início ou
final do jogo ou, ainda, quando uma equipe se encontra atrás no placar.

Figura 11
Fonte: Getty Images

Marcação por zona


Cada defensor será responsável por “cobrir” um determinado espaço na quadra. Esse
sistema exige um pouco mais de entendimento e treino, pois, nele, os jogadores preci-
sam estar atentos às possibilidades de ocupação do espaço pela equipe adversária. Em
contrapartida, exige menos intensidade e desgaste físico.

Defesa Zona 2–3 Defesa Zona 3–2

Defesa Zona 2–1–2 Defesa Zona 1–3–1

Figura 12 – Padrões de defesa por zona no Basquete

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UNIDADE Estratégias de Ensino Aprendizagem do Basquete

Marcação mista
Utilizada quando se mistura o sistema individual e por zona, em uma mesma situa-
ção. Geralmente, um jogador da equipe é escolhido para acompanhar o adversário mais
habilidoso ou o seu armador, acompanhando individualmente esse jogador, onde quer
que ele se desloque.

O restante da equipe permanece no sistema de marcação por zona, protegendo al-


guns espaços determinados da quadra. Esse sistema exige muito treinamento por parte
de todos os atletas da equipe. Em geral, é utilizado para tentar anular a ação do jogador
mais habilidoso da equipe adversária.

Quadrado e 1 Diamante e 1

Triângulo e 2

Figura 13 – Padrões de defesa por marcação mista

Como estratégia de ensino dos sistemas defensivos, recomenda-se iniciar com a mar-
cação individual, possibilitando, assim, melhor entendimento e compreensão do posi-
cionamento na quadra.

Dessa forma, os alunos que já tenham bom entendimento sobre a dinâmica do jogo,
recomenda-se que seja iniciado o treinamento da marcação por zona, estimulando di-
versas situações e experiências que poderão ser vivenciadas no decorrer das partidas
e, por fim, após um período de treinamentos e práticas, o treinador poderá optar por
ensinar o sistema misto.

Sistemas de Ataque
Basicamente, o sistema de ataque no Basquete consiste em duas lógicas principais: o
ataque posicionado e o contra-ataque.

No primeiro caso, a equipe parte em direção à quadra do adversário e tenta desenvol-


ver uma jogada, previamente planejada, em que cada integrante já possui uma posição
e função pré definida.

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Nesse tipo de jogada, a movimentação dos jogadores visa a confundir a marcação do
adversário para encontrar espaços para avançar e conseguir executar o arremesso em
condições para marcar pontos.

Já o contra-ataque caracteriza-se por ser situações do jogo que exigem uma transição
rápida da quadra de defesa para a quadra de ataque. Essa movimentação acontece com
muita velocidade, para aproveitar uma determinada situação de superioridade numérica
ou, então, para não deixar que a equipe adversária se organize novamente na sua qua-
dra de defesa. Em geral, essa situação surge após uma bola roubada, um passe intercep-
tado ou após um rebote defensivo.

Qualquer que seja a situação de ataque, sua organização e execução vai depender de
alguns fatores como o grau de habilidade técnica de seus jogadores, o posicionamento
da defesa adversária e as opções de finalização.

Por isso, cabe aos treinadores desenvolverem e treinarem diversos posicionamentos,


prevendo as possíveis situações que poderão acontecer durante uma partida.

Em Síntese
Nesta Unidade, vimos um pouco sobre as características do Basquete. Uma das modali-
dades mais tradicionais, o basquete está presente nas Escolas, nos Clubes e em Projetos
Sociais e, por esse motivo, também representa uma grande oportunidade para a atua-
ção do profissional de Educação Física.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Contra-ataque – Introdução ao Basquete
O vídeo apresenta uma explicação simples sobre possibilidades de treinamento
para o contra-ataque no basquete.
https://youtu.be/NuDykf88-eQ
Você Sabia: a origem do basquete
O vídeo apresenta, em uma linguagem simples, como surgiu essa modalidade.
https://youtu.be/3ZK232QaNJI
NBA 70
Série de reportagens tratando a história da NBA, a principal liga de basquete
do mundo.
https://bit.ly/3f90D6J
Best 50 Plays of the 2018 NBA Regular Season
O vídeo apresenta as 50 melhores jogadas da NBA. Nele é possível identificarmos
alguns posicionamentos de ataque e defesa, bem como os fundamentos, discutidos
durante esta Unidade.
https://youtu.be/exjMt3v81tA

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Referências
DE ROSE JUNIOR, D. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.

Site Visitado
CBB. Regras Oficiais de Basquetebol 2018. Disponível em <http://www.cbb.com.br/
comum/code/MostrarArquivo.php?C=NjY5Mg%2C%2C>. Acesso em: 13/08/2020.

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