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Avisos legais
APOLOGÉTICA DE
SHABAT
1. Eu sou o Senhor teu D’us, não terás 1. Amar a Deus acima de todas as coisas.
outros deuses diante de mim. 2. Não tomar o nome de Deus em vão.
2. Não farás para ti imagem de escultura, 3. Guardar os domingos e dias santos.
nem te encurvarás a elas. 4. Honrar pai e mãe.
3. Não tomarás o nome do Senhor teu D’us 5. Não matar.
em vão. 6. Não cometer adultério.
4. Lembra-te do dia do sábado, para o 7. Não roubar.
santificar. 8. Não levantar falso testemunho.
5. Honra teu pai e tua mãe para que te vá 9. Não desejar a mulher do próximo.
bem e prolongue seus dias sobre a terra 10. Não cobiçar as coisas alheias.
que o Senhor teu D’us te dá.
6. Não assassinaras.
7. Não adulterarás.
8. Não furtarás.
9. Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo.
10. Não cobiçarás a casa do teu próximo,
nem cobiçarás a mulher do teu próximo,
nem seu servo, nem sua serva, nem seu
boi, nem seu jumento, nem coisa alguma
que pertença ao teu próximo.
YESHUA
E O SHABAT
Yeshua era um rabino fariseu – sim, fariseu – e ensinava aos sábados nas
sinagogas (Lc.4; Mc.6). O principal assunto do seu Shiur (estudo) era mussar
(ética/caráter). Ele não ensinava minuciosamente como guardar o Shabat, nem
como colocar o tzitzit, ou como se faziam as amarrações dos Tefilin – isso por um
motivo muito óbvio – Yeshua pregava para judeus! Seu ministério foi
desenvolvido em Israel e raríssimas vezes ele chegou a sair para fora das
fronteiras israelenses. Por isso, não havia necessidade de explicar as leis em sua
literalidade, mas ensinar a maneira correta de praticá-las de coração.
O Mestre interagiu com gentios apenas duas vezes em todos os registros
dos Evangelhos:
▪ Com um cinturão romano (Mt.8:5-13 e Lc.7:1-10);
▪ Com uma mulher siro-fenícia (Mt.15:21-28 e Mc.7:24-30).
Ele também interagiu com uma mulher samaritana (Jo.4:1-42), mas vale
lembrar que os samaritanos não eram considerados totalmente gentios, pois
tinham sua ancestralidade ligada à Yaakov. Após a conquista do Reino de Israel
pelos assírios em 722 a.EC., muitos dos habitantes israelitas foram exilados, e
estrangeiros foram trazidos para habitar a terra. Esses estrangeiros misturaram-se
com os remanescentes do povo de Israel e adotaram algumas práticas religiosas
locais, dando origem ao que a bíblia chama de samaritanos (II Reis 17).
Yeshua pregava para aqueles que já conheciam e praticavam a Torá de
maneira literal, focando seus ensinos em Mussar – ética e caráter – em como
praticar os mandamentos com devoção e coração sincero. Afinal, Yeshua era
mestre, e como mestre, sua função era ensinar. Ensinar o que? Torá!
COMO GUARDAR O
SHABAT
Mitzvots d’oraíta
A guarda do Shabat é um dos principais mandamentos descritos na Torá,
e o que mais é repetido em toda extensão das Escrituras. As mitzvot d'oraita que
estão associadas à observância do Shabat são:
• Shamor et yom haShabat - "Guardar o dia de Shabat" (Êxodo 20:8):
É um mandamento para observar o Shabat, isso significa que
atividades seculares são proibidas. Quando você se programa
durante toda a semana para este dia santo, já se pode contar como
cumprimento da primeira parte desta mistvá;
• Lo ta'aseh melachah - "Não fazer qualquer trabalho" (Êxodo 20:10):
Este mandamento proíbe a realização de qualquer atividade que seja
considerada trabalho, como serviço empresarial e corporativo,
cozinhar, limpar a casa, plantar, costurar, construir...;
• Zeicher lema'aseh bereshit - "Lembrar o ato da criação" (Êxodo
20:11): Este mandamento se refere a trazer à memória que o Eterno
criou o mundo em seis dias e cessou de trabalhar no sétimo dia,
santificando-o como Shabat. Devemos lembrar e reconhecer este ato
Utensílios
• Velas – Fazemos fogo duas vezes em
honra ao Shabat, antes do pôr do sol de
sexta-feira, em que se inicia o Shabat, e
após o pôr do sol de sábado, quando o dia
santo se encerra. Ambas cerimônias tem o
objetivo de separar o santo do profano. São
duas velas normais na sexta-feira e uma
vela de havdalá no sábado, caso não tenha
a vela trançada de havdalá, pode usar duas
velas normais novamente;
• Castiçais – É bom ter castiçais especiais para acender as velas,
especialmente se houver alguns que sejam herança de família.
Passo a passo
Resumidamente, o que fazemos no Shabat é basicamente:
2. Kidush;
A Torá nos ordena a “lembrar o dia do sábado para santificá-lo”. Os sábios
entendem que isso significa que devemos também declarar verbalmente o
Shabat como um dia santo, portanto, na sexta-feira à noite, antes de nos
sentarmos para jantar, recitamos uma prece sobre o vinho. Esse ritual é chamado
de kidush (santificação).
Um outro kidush é recitado novamente no dia seguinte, antes da
refeição. Em Yeshayahu (Isaías) 58:13 está escrito que devemos “declarar o
Shabat um deleite”. De fato, as refeições festivas são grande parte da observância
do Shabat. Comemos (pelo menos) três refeições no Shabat: uma na sexta à
noite, uma no almoço do dia seguinte e outra menor no final da tarde.
Para quem vai à Sinagoga para o recebimento do Shabat, o Kidush é
realizado após a volta para casa, quando todos estão reunidos em volta da mesa.
Antes da santificação do vinho, é comum os presentes entoarem duas canções:
Shalom Aleichem e Êshet Cháyil.
3. Birkat Hamazon;
Após o Kidush, todos os presentes saboreiem o momento. Em seguida, as
refeições festivas de Shabat são servidas, com alimentos especiais, como a
própria chalá, pratos tradicionais e sobremesas.
Durante o Kidush, a família e os convidados estão reunidos para
compartilhar momentos sagrados, expressar gratidão e celebrar a chegada
do Shabat. Esse momento é acompanhado por cânticos, alegria e a união da
comunidade em torno da mesa de Shabat.
4. Serviço de Shacharit;
O povo judeu reza na sinagoga todas as manhãs (Shacharit), tardes (Minchá)
e noites (Arvit). Obviamente, isso inclui o Shabat. Como o Shabat é um dia de
descanso e de conexão espiritual, é natural que os serviços de Shabat sejam um
pouco mais longos, com mais cantos e acréscimos.
Shacharit é a oração matinal diária, considerada importante para começar
o dia em conexão com D'us e expressar gratidão, louvor e petições. A palavra
“Shacharit” deriva da raiz hebraica “shachar”, que significa “amanhecer”. A oração
de Shacharit é tradicionalmente realizada antes do nascer do sol, embora os
horários específicos variam dependendo da localização geográfica, da estação
do ano e da comunidade judaica.
A estrutura de Shacharit geralmente inclui várias seções e bênçãos, como:
• Bircot Hashachar: Uma série de bênçãos recitadas ao acordar,
expressando gratidão por diversas funções corporais e pela
oportunidade de um novo dia;
• Pesukei D'zimra: Uma seção que consiste em salmos e hinos de
louvor, que ajudam a preparar a mente e o coração para a oração;
• Shemá e suas bênçãos: A recitação do Shemá Israel, seguida pelas
bênçãos que o cercam, afirmando a unicidade de D'us e nosso
compromisso com Ele;
5. Kidush;
Como vimos anteriormente, comemos (pelo menos) três refeições no
Shabat: uma na sexta à noite, uma no almoço de sábado e outra menor no final da
tarde. O Kidush da manhã é realizado após a oração matinal de Shacharit e
antes do início da refeição festiva, como o almoço.
A cerimônia do Kidush envolve a recitação de bênçãos especiais sobre uma
taça de vinho ou suco de uva, simbolizando a santificação do dia sagrado. É uma
procissão parecida com a realizada na sexta-feira à noite, na chegada do Shabat.
O Kidush geralmente é liderado por um membro da família ou pela pessoa
responsável pelo serviço religioso na sinagoga.
Este é um resumo geral da cerimônia do Kidush da manhã:
O líder do Kidush segura a taça de vinho ou suco de uva, que está cheia
até a borda e recita a bênção do vinho.
6. Almoço Festivo;
Após o Kidush, a refeição festiva pode ser iniciada com a recitação de
outras bênçãos, como a bênção do pão (HaMotzi) e outras bênçãos específicas
para os alimentos servidos.
7. Serviço de Minchá;
Minchá é a oração da tarde, realizada geralmente no final da tarde, antes do
pôr do sol. Ela segue uma estrutura semelhante às outras orações diárias, que
inclui louvor a D'us, petições e agradecimentos. A oração de Minchá é baseada
nos salmos e nas preces estabelecidas pelos sábios ao longo dos tempos:
• Introdução: A oração de Minchá começa com uma introdução que
inclui bênçãos de louvor a D'us e reconhecimento de Sua presença;
• Leitura dos Salmos: São recitados vários salmos e versículos das
Escrituras, que são selecionados com base na tradição e no
calendário judaico;
• Amidá: também conhecida como Shemoneh Esrei, é uma das
principais partes da oração de Minchá. É uma série de dezenas de
bênçãos e petições, incluindo agradecimentos, pedidos pessoais e
súplicas por proteção e redenção;
• Ashrei: Após a Amidá, é recitado o Salmo 145, conhecido como
Ashrei, que louva a grandiosidade de D'us e expressa gratidão;
• Conclusão: A oração de Minchá é concluída com uma série de
bênçãos finais e a recitação do Aleinu, um hino que expressa a
singularidade de D'us e a responsabilidade do povo que guarda a
Torá em proclamar Sua soberania.
8. Seuda shlishit;
9. Havdalá;
O Shabat é encerrado com melodias, vinho,
especiarias e fogo, pois assim como damos as boas-vindas
ao Shabat com kidush sobre o vinho, recitamos um texto
especial em uma cerimônia de encerramento do Shabat
chamada Havdalá. Essa cerimônia curta incorpora cheiros de
especiarias perfumadas e a chama da vela especial de havdalá.
O Shabat chega ao fim quando três estrelas são visíveis no céu, a olho nu.
Entretanto, antes de fazer qualquer trabalho, verbalizamos o início da nova semana
com as palavras:
"BARUCH, HAMAVDIL BEN CÔDESH LECHOL"
Bendito é Ele que separa entre o sagrado e o comum.