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Sumário
Editorial..............................................................................................................................................................6
Apresentação....................................................................................................................................................7
Definições..........................................................................................................................................................8
Lista de abreviaturas................................................................................................................................... 10
Introdução...................................................................................................................................................... 12
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2.1.1 Coleta de amostras para análise de Dripping test.................................................... 50
2.3.1 Coleta de amostras para pesquisa de E. coli produtora de Shiga toxina (STEC) e
Salmonella spp........................................................................................................................................66
3.1.1 Coleta de amostras para análise de Contagem Padrão em Placas (CPP) em leite
cru...............................................................................................................................................................84
3
3.2 Amostragem de produtos das abelhas e derivados...................................................................98
3.3.2 Coleta de amostras de ovo líquido e ovo integral pasteurizado para análises
microbiológicas e físico-químicas .............................................................................................. 105
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6.2. Coleta de matrizes em estabelecimentos de inspeção permanente.............................. 143
ANEXOS.........................................................................................................................................................166
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Editorial
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Apresentação
Também fazem parte do escopo desse E-book padronizar os procedimentos de coleta de amostras
com intuito de garantir a segurança ocupacional e contribuir no processo de educação continuada
dos servidores do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Esperamos que este material seja um recurso compreensivo e prático para orientar a execução
de atividades relacionadas à coleta, acondicionamento e envio de amostras. Boa leitura!
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Definições
AMOSTRA DE CONTRAPROVA: amostra oficial que pode ser utilizada quando solicitada a
análise pericial, no âmbito do direito à defesa do fiscalizado.
AMOSTRA DE PROVA: amostra oficial que é utilizada para a realização de análise exploratória
ou pericial.
AMOSTRA OFICIAL: amostra coletada por serviço oficial do MAPA, por servidor público
competente que esteja em exercício em um Serviço de Inspeção ou Unidade Técnica da estrutura
daquele Ministério. Deve ser sempre acompanhada de um documento oficial de solicitação de
análise.
LIMITE MICROBIOLÓGICO m (m): limite que, em um plano de três classes, separa unidades
amostrais de “Qualidade Aceitável” daquelas de “Qualidade Intermediária” e que, em um plano
de duas classes, separa unidades amostrais de “Qualidade Aceitável” daquelas de “Qualidade
Inaceitável”.
LIMITE MICROBIOLÓGICO M (M): limite que, em um plano de três classes, separa unidades
amostrais de “Qualidade Intermediária” daquelas de “Qualidade Inaceitável”.
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PLANO DE AMOSTRAGEM: define o número de unidades amostrais a serem coletadas
aleatoriamente de um mesmo lote e analisadas individualmente (n), o tamanho da unidade
analítica e a indicação do número de unidades amostrais toleradas com qualidade intermediária.
PLANO DE AMOSTRAGEM DE DUAS CLASSES: tipo de plano que classifica a amostra analisada
em apenas duas categorias, “Qualidade Aceitável” ou “Qualidade Inaceitável”, considerando se
o resultado está acima ou abaixo do limite microbiológico estabelecido (m).
PLANO DE AMOSTRAGEM DE TRÊS CLASSES: tipo de plano que, com base em um limite
microbiológico “m” e um limite microbiológico “M”, classifica a amostra analisada em três
categorias, que são “Qualidade Aceitável”, “Qualidade Intermediária” ou “Qualidade Inaceitável”.
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Lista de abreviaturas
CMP – Caseínomacropeptídeo
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RIISPOA – Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal
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Introdução
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), no âmbito das suas atribuições, zela
pela segurança alimentar para promoção da saúde pública e para manutenção da competitividade
do produto nacional. Dessa forma, o DIPOA detém grande importância na garantia da inocuidade
dos produtos de origem animal, inspecionando para que os produtos comercializados estejam
livres de patógenos que possam causar risco à saúde dos consumidores.
Assim, o monitoramento nos produtos de origem animal, por meio das análises laboratoriais,
permite demonstrar a real situação frente aos padrões delimitados pelas normas específicas,
objetivando a obtenção de produtos nacionais seguros e competitivos.
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PROGRAMAS DE CONTROLE DE
ALIMENTOS DO DEPARTAMENTO DE
INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM
ANIMAL (DIPOA)
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1. Programa Nacional de Controle de Patógenos
(PNCP)
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Já a Instrução Normativa nº 60/2018, estabelece
o controle microbiológico em carcaça de suínos
e em carcaça e carne de bovinos em abatedouros
frigoríficos, com objetivo de avaliar a higiene
do processo e reduzir a prevalência de agentes
patogênicos. O controle compreende a coleta de
amostras para análise de Enterobacteriaceae e
Salmonella spp. em carcaça de suínos e de bovinos,
por meio da esfregadura da superfície das carcaças,
e a coleta de amostras para análise de Escherichia
coli produtora de Shiga toxina, denominada de
STEC, e Salmonella spp. em carne de bovinos.
Para suínos, as coletas de verificação oficial para Salmonella spp. em atendimento a Instrução
Normativa nº 60/2018 é realizada com a coleta de 1 ciclo de amostragem anual. Este ciclo é
constituído por 7 amostras (n=7), tolerando-se 1 amostra positiva (c=1) para salmonela. Para a
coleta por esfregadura utiliza-se esponja estéril pré hidratada, realizando-se o esfregaço em 4
pontos da carcaça (pernil, barriga, lombo e região axilar).
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As salmonelas e as E. coli shiga toxigênicas, principalmente os sorogrupos O157:H7, O26, O45,
O103, O111, O121 e O145 (big six) em bovinos, são micro-organismos de grande importância e
risco em saúde pública, como agentes causadores de casos e surtos de doenças transmissíveis
por carne e derivados. Um dos principais objetivos do PNCP em relação a estes patógenos é
reduzir sua prevalência em carcaça ou carne de aves, suína, e bovina, buscando estabelecer um
nível adequado de proteção ao consumidor.
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2. Programa de Avaliação de Conformidade de
Parâmetros Físico-Químicos e Microbiológicos de
Produtos de Origem Animal (PACPOA)
O PACPOA foi instituído pela Norma Interna MAPA nº 04, de 16 de dezembro de 2013, objetivando
a obtenção de dados para verificar o índice de conformidade dos produtos de origem animal
e dar subsídios para a avaliação dos controles de produtos e de processos realizados pelos
estabelecimentos e para o gerenciamento de risco pelo DIPOA.
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Situação específica existe atualmente devido à RDC nº 459/2020, revogada e alterada pela
RDC ANVISA nº 727/2022 e IN ANVISA nº 161/2022, na qual conforme o OFÍCIO-CIRCULAR nº
10/2021/CRISC/CGPE/DIPOA/SDA/MAPA, haverá a coleta de duas amostras de produtos do
mesmo lote (amostra indicativa n=2) para carne e produtos cárneos suínos crus, não se tole-
rando a presença de Salmonella spp em nenhuma das amostras (c=0) quando os rótulos dos
produtos ainda não estiverem adequados à RDC 727/2022 e também deverão ser coletadas duas
amostras (amostra indicativa n=2) de produtos do mesmo lote, tolerando-se no máximo 1 amos-
tra com presença de Salmonella spp. (c=1) quando os produtos já estiverem com os rótulos ade-
quados à RDC e inclusive quando finalizado o prazo para adequação (23 de dezembro de 2022).
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3. Plano Nacional de Controle de Resíduos e
Contaminantes (PNCRC)
O PNCRC foi instituído pela Portaria Ministerial nº 51, de 06 de maio de 1986 e adequado pela
Portaria Ministerial nº 527, de 15 de agosto de 1995. Atualmente o arcabouço legal contempla a
Instrução Normativa n° 42, de 20 de dezembro de 1999, o Decreto nº 9.013/2017 e a Portaria nº
396, de 23 de novembro de 2009. O objetivo do programa é o controle e a vigilância de resíduos
de drogas veterinárias, agrotóxicos e outros contaminantes químicos visando à melhoria da
produtividade e da qualidade dos alimentos de origem animal e adequação às regras do comércio
internacional de alimentos, preconizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e órgãos
auxiliares: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização
Mundial da Saúde Animal (OIE) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
As coletas serão realizadas conforme o sorteio realizado pelo Sistema de Controle de Resíduos
e Contaminantes (SISRES) e de acordo com a matriz contemplada. Maiores detalhes serão
elucidados no capítulo específico sobre coletas de amostras para o PNCRC.
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4. Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do
Leite (PNQL)
A coleta oficial é realizada por meio de uma amostra simples de com 30 a 40 mL de leite cru
refrigerado de cada silo estocado para análise de Contagem Padrão em Placa (CPP).
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NOÇÕES GERAIS SOBRE
AMOSTRAGEM E SUA IMPORTÂNCIA
PARA A ANÁLISE LABORATORIAL DE
PRODUTOS
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Anteriormente à realização das coletas de amostras, são realizados os delineamentos dos
planos amostrais, com utilização de critérios científicos, para averiguação dos parâmetros
analíticos estabelecidos.
Esses planos determinam o número de unidades amostrais que deverão ser coletadas de um
mesmo lote, para serem analisadas individualmente, e os critérios de decisão para aceitação,
permitindo a determinação da adequação do lote. Considerando que a avaliação de um lote
inteiro é impraticável, o plano deve assegurar que a amostragem represente o lote do alimento
como um todo.
Alguns conceitos importantes sobre planos de amostragem devem ser abordados para maior
entendimento:
Os planos de amostragem são classificados como planos de duas ou três classes, de acordo
com os resultados. Nos planos de duas classes os resultados possíveis são apenas aceitáveis ou
inaceitáveis, por ser estabelecido um único limite. Normalmente esses planos são referenciados
com resultados de “presença” ou “ausência” e são aplicáveis a patógenos que causam doenças
mesmo em contagens baixas ou para os quais existe um nível muito baixo de tolerância (exemplo:
Salmonella spp., Listeria monocytogenes).
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Normalmente, quando o número de amostras aceitáveis (c) é igual a zero, o plano é caracterizado
como de duas classes e quando maior ou igual a um, o plano é caracterizado como de três
classes.
As amostras indicativas são constituídas por um número de unidades amostrais (n) inferior
ao estabelecido no plano de amostragem representativo, conforme a finalidade de coleta.
Usualmente é utilizada apenas uma amostra, mantendo-se os limites (m e M) assim como o
critério de aceitabilidade (c).
Conforme o §2º do artigo 8º da Resolução RDC nº 724, de 1 de julho de 2022, o DIPOA, como
autoridade sanitária competente na inspeção e fiscalização de produtos de origem animal em
estabelecimentos produtores, pode realizar amostragem representativa ou indicativa conforme
a finalidade da coleta. Constituem exemplos de programas oficiais que utilizam a amostragem
indicativa o PACPOA e o PNCP Listeria monocytogenes em produtos prontos para consumo.
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COLETA, ACONDICIONAMENTO E
REMESSA DE AMOSTRAS
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1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e
remessa de amostras
Além do cumprimento dos programas oficiais, podem ser necessárias coletas de amostras para
a realização de análises laboratoriais decorrentes de procedimentos de inspeção e fiscalização
industrial e sanitária em estabelecimentos processadores mediante a evidência ou suspeita de
risco à saúde pública ou adulteração de produtos. Adicionalmente, pode haver coleta de amostras
de produtos de origem animal em procedimentos de reinspeção ou em estabelecimentos
varejistas, em caráter supletivo, visando atender a demandas específicas.
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Assim, ao realizar a coleta e preparo de qualquer amostra, o responsável por este procedimento
deve garantir a obtenção da quantidade suficiente do produto ou matéria-prima e o seu correto
acondicionamento, utilizando meios para a manutenção da amostra em temperatura compatível
com as suas condições de conservação até o recebimento pelo laboratório de destino. Também
deve-se assegurar que a coleta seja realizada em dia e horário que permita a chegada da amostra
ao laboratório dentro do prazo requerido, mas evitando vieses amostrais devido a repetição de
dias e horários de coleta.
Quando a coleta for realizada para atendimento dos programas oficiais, cumpre observar,
preliminarmente, a programação estabelecida pelo DIPOA. Em seguida, para a escolha do
produto a ser coletado, deve-se conferir a categoria de produto definida nos programas oficiais
e quais são os produtos elegíveis para a coleta.
Outro aspecto importante que deve ser considerado, anteriormente à coleta propriamente dita,
é a busca de informações para o preenchimento parcial prévio da documentação de solicitação
oficial de análise, atualmente conhecida como SOA (Anexo A). Trata-se de um formulário
oficial no qual são fornecidos os dados necessários
ao processamento e análise de amostras nos
laboratórios. Ressalta-se que a SOA possui uma parte
destacável conhecida como cinta de identificação
da amostra, na qual devem ser repetidas as
informações dispostas no corpo do documento. A
cinta de identificação acompanha a amostra e deve
ser inserida no saco-lacre devidamente protegida,
de forma a assegurar sua integridade e legibilidade
durante todo o armazenamento e transporte da
amostra. Orientação detalhada sobre preenchimento
da SOA e instruções sobre a disposição da cinta de
identificação na amostra estão descritos no item
1.3 Preenchimento do documento de Solicitação
Oficial de Análise, deste E-book.
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Para escolha do produto a ser amostrado, deve-se escolher o lote de forma aleatória, exceto nas
seguintes situações:
yy Produtos com prazo de validade exíguo: deve-se coletar amostras de lotes com
datas de fabricação mais recentes, de forma a viabilizar a realização de análise de
contraprova, caso necessária; e
Ao realizar a coleta, deve-se garantir que seja obtida a quantidade mínima de amostra indicada
pelo laboratório ou em instruções específicas, de acordo com o tipo de produto ou metodologia
de análise. As quantidades mínimas estão citadas no decorrer deste E-book para cada tipo de
análise, mas é importante a consulta com frequência das tabelas contidas nos Manuais de
Procedimentos para os Laboratórios, de forma a se manter atualizado se houver alterações de
quantidades devido as mudanças nos métodos de análises implementados pelos Laboratórios.
Cabe enfatizar que, regra geral, é coletada uma única amostra de prova (indicativa ou
representativa) para a realização de análises microbiológicas e são coletadas três amostras (uma
amostra de prova, uma amostra de contraprova SIF/Laboratório e uma amostra de contraprova
empresa), para a realização de análises físico-químicas.
Amostras que compõem a triplicata devem ser do mesmo lote e podem, no caso de produtos
fracionados, ser coletadas a partir da mesma unidade do produto (mesma peça, mesma
embalagem, etc,) desde que a quantidade de produto permita a obtenção do mínimo amostral.
Não caberá execução da análise de contraprova quando:
yy A quantidade de produto for insuficiente para a obtenção das três (3) amostras;
yy O prazo de validade do produto amostrado for exíguo, sem haver tempo hábil para
a realização da análise de contraprova. Considera-se que o produto apresenta prazo
de validade exíguo quando for igual ou inferior a quarenta e cinco dias, contados da
data da coleta;
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yy Houver realização de análises microbiológicas, pois não há garantia de repetibilidade
dos resultados devido à distribuição heterogênea e possível multiplicação dos micro-
organismos no alimento, bem como inviabilização no intervalo entre as análises.
Ademais, deve-se priorizar a coleta da amostra em sua embalagem original, a não ser em
situações em que o volume for excessivamente grande para o envio ao laboratório, ou quando
houver instruções específicas de acordo com o tipo de produto e análise. Sendo necessário o
fracionamento das amostras, os procedimentos para este tipo de coleta estão descritos no item
1.2. Fracionamento de produtos para obtenção de amostras.
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1.1 Coleta e acondicionamento de produtos em embalagens
originais
Para coleta de amostras de produtos em embalagens originais recomenda-se o preparo dos
seguintes materiais:
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
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Número de amostras e quantidade mínima
Na hipótese de produtos de alto valor agregado, como queijos finos, geleia real, cera de
abelhas, entre outros, a quantidade de amostra pode ser inferior, desde que previamente
acordada com o Laboratório.
5. Lacrar o saco.
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1.2 Fracionamento de produtos para obtenção de amostras
O fracionamento de um produto para obtenção de amostras pode ser necessário quando a
embalagem primária possuir dimensões que inviabilizem a sua remessa aos laboratórios, ou
em produtos com embalagens destinadas à comercialização a granel. É importante que o
procedimento seja realizado em condições que permitam a manutenção das características
originais do produto e que a nova embalagem garanta as mesmas condições de segurança
da embalagem original. Por isso, o SIF deve verificar se existem instalações, utensílios e
embalagens em boas condições higiênicas e condizentes com a realização do procedimento de
fracionamento, sempre considerando as características de cada produto. O ambiente deve ser
limpo, livre de poeira e de correntes de ar. Caso as condições não sejam satisfatórias, o produto
deve ser coletado em sua embalagem original.
O fracionamento deve ser realizado, preferencialmente, pelo detentor do produto ou por seu
representante, sempre sob supervisão do SIF. Se o servidor do SIF realizar o fracionamento,
também deve haver acompanhamento do detentor do produto ou de seu representante. Sempre
que possível, o rótulo da embalagem original, ou cópia deste, deve ser encaminhado ao laboratório
conjuntamente à amostra.
A depender da análise solicitada para o produto, diferentes critérios de coleta devem ser
seguidos, conforme demonstram os procedimentos a seguir:
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Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Álcool 70%;
yy Sacos-lacre;
yy Balança;
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Procedimentos de coleta e acondicionamento
9. Lacrar o saco.
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1.2.2 Coleta de amostras para análises microbiológicas
Quando a coleta visa a realização de análises microbiológicas, cuidados adicionais para evitar a
contaminação da amostra devem ser adotados.
Recomenda-se que o responsável pela coleta conte com um auxiliar para a abertura das
embalagens. Esse auxiliar também deve estar com as mãos higienizadas com álcool 70% e
atentar para manipular somente a superfície externa das embalagens.
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Álcool 70%;
yy Sacos-lacre;
yy Balança;
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Número de amostras e quantidade mínima
Deve ser coletada apenas a amostra de prova, podendo esta ser indicativa ou
representativa, de acordo com o plano de amostragem.
Atenção: Conforme inciso IV, § 3° do artigo 470 do RIISPOA, não devem ser coletadas
amostras de contraprova para a realização de análises microbiológicas.
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concha, faca, etc.). Verificar a necessidade de homogeneização do produto
previamente à obtenção da porção;
1 2 3
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Quando realizadas coletas com amostragem representativa para análises microbiológicas,
cada unidade amostral deve ser acondicionada individualmente. A SOA deve ser preenchida e
emitida separadamente para cada unidade. No caso de uma amostra representativa composta
por cinco unidades amostrais (n=5), deve-se elaborar cinco SOAs (em duas vias) e cinco cintas
de identificação.
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Após preparo da cinta de identificação, insira-a no saco-lacre junto à embalagem primária da
amostra. A cinta deve ser posicionada de forma a manter legíveis tanto as suas informações,
quanto as informações do rótulo do produto, quando houver (Figura 2).
Em seguida, lacre o saco de acordo com as recomendações descritas no próximo item 1.4.
Aplicação do Lacre. É digno de nota que uma via da SOA deve ser enviada na lateral externa
da caixa de transporte. As etapas de preparo e envio de amostras estão informadas mais
detalhadamente no item 1.5. Remessa de amostras aos laboratórios.
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de Origem Animal é sugerida a utilização do seguinte modelo: SIF ou SERVIÇO/UF/Nº
SEQUENCIAL/ANO;
yy Campos 19, 20 e 21 – Informar os números dos lacres utilizados para cada uma
das amostras (amostra prova, contraprova SIF/Laboratório e contraprova empresa)
nos casos em que a colheita em triplicata seja realizada. Da mesma forma, quando
houver amostras de contraprova, estas devem ser registradas na mesma SOA da
amostra de prova. Ao preencher esses campos, é importante que contenha o número
completo do lacre, com todos os dígitos, incluindo os zeros;
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ciclo, número da amostra no ciclo, hora do início do turno da coleta, número do turno
e linha de abate da amostra coletada, bem como o volume de abate no dia;
Ao final do preenchimento da SOA, observe-se a cinta de identificação da amostra, que deve ser
preenchida com as mesmas informações já fornecidas nos campos da SOA;
yy Campo 35 – Deve ser replicado o número da SOA que foi informado no campo 3. É
imprescindível que seja feita essa vinculação;
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yy Campo 38 – Informar o número do lacre da amostra. Cada cinta deve conter apenas
um número de lacre. Destaca-se que uma cinta corresponde à amostra de prova
(devendo ser replicado o número do lacre informado no campo 19 da SOA), e quando
aplicável, outra cinta corresponderá à amostra de contraprova SIF/Laboratório (com o
número do lacre informado no campo 20) e a terceira cinta corresponderá à amostra
de contraprova/empresa (com o número do lacre informado no campo 21 da SOA).
Quando não houver coleta de amostra em triplicata, mantenha apenas a cinta da
amostra de prova, descartando as demais.
Vale ressaltar que a cinta de identificação destacável deve ser encaminhada ao laboratório junto
à amostra, dentro do saco-lacre, devidamente protegida e de forma que suas informações fiquem
visíveis, preferencialmente não encobrindo o rótulo do produto, quando houver.
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Para o correto procedimento de lacração utilizando os sacos-lacre, as etapas abaixo descritas
devem ser seguidas:
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Nessas situações, o procedimento de aplicação de lacre deve ser realizado com cuidado
redobrado, a fim de manter a inviolabilidade da amostra. Por isso é importante que seja adotado
o procedimento descrito a seguir:
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Figura 6 – Dobras transversais no saco plástico
2. Realize uma ou duas perfurações por onde o lacre passará (Figura 7). Faça com
que os furos fiquem próximos à extremidade lateral do saco e que o distanciamento
entre eles inviabilize a remoção da amostra;
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3. Coloque a amostra e a cinta (e eventualmente o rótulo do produto) dentro do saco
plástico transparente, e feche a sua abertura com uma dobra, fazendo coincidir os
furos realizados (Figura 8);
4. Posteriormente, transpasse o lacre nos furos realizados e feche bem o saco (Figura 9);
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5. Dê algumas voltas com o lacre em torno da embalagem (Figura 10) o mesmo e feche,
certificando-se que ficou devidamente preso;
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1.5 Remessa de amostras aos laboratórios
A última etapa do processo de coleta de amostras é o preparo da caixa para remessa ao
laboratório.
yy Atenção: o meio refrigerante deve ser suficiente para manter a temperatura da amostra.
É importante que este não seja utilizado em excesso nas amostras refrigeradas, a fim
de que não provoque o congelamento da amostra durante o transporte.
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yy Para amostras que devem chegar congeladas ao laboratório, é preferível a utilização de
gelo seco. No entanto, na ausência deste, deve ser utilizado gelo reciclável, composto
por material cujo ponto de congelamento seja abaixo de 0º C, preferencialmente de
-18ºC.
Oportuno se torna destacar que há situações em que a amostra requer congelamento prévio
ao envio ao laboratório. Nesses casos, a amostra já lacrada deve ser congelada junto ao meio
refrigerante, antes de ser acondicionada para envio ao laboratório.
A caixa deve ser fechada e vedada com fita adesiva. Uma via da SOA deve ser inserida em um
envelope contendo uma etiqueta de identificação do laboratório de destino (Anexo B). Este
envelope deve ser afixado na caixa transportadora, preferentemente na lateral, objetivando a
prevenção de perda do mesmo por empilhamento durante o transporte. O envelope deve ser
posicionado abaixo da linha de abertura da caixa, a fim de que a documentação nele contida não
seja danificada quando a caixa for aberta. Para melhor fixação, deve ser utilizada fita adesiva em
todas as arestas do envelope (Figura 13). A outra via original da SOA deve ser arquivada pelo SIF.
Figura 13 – Envelope com SOA fixado na lateral da caixa transportadora com etiqueta indicativa da temperatura de
conservação da amostra
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Na caixa também deverá ser afixada etiqueta contendo os dados do remetente, incluindo o nome
e contato do responsável pela coleta (Anexo C).
Para amostras que requeiram temperaturas especiais de conservação, também deve ser afixada,
no envelope ou na caixa, uma etiqueta indicativa da condição de conservação da amostra
(Anexo D). Nessa etiqueta deve constar a identificação do produto e a data e horário da coleta
(Figura 13). Atenção: a identificação é do produto, não da empresa!
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2. Requisitos específicos de coleta,
acondicionamento e remessa de amostras
realizadas em estabelecimentos sob SIF com
inspeção permanente
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Frequência de coleta
A coleta de amostras para realização de dripping test deve ser realizada conforme
cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio
disponibilizada previamente aos SIFs no início de cada ano.
Materiais necessários
yy Luvas de procedimento;
yy Termômetro calibrado;
yy Saco-lacre;
yy Martelinho e furador;
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Número de amostras e quantidade mínima
As amostras devem ser coletadas em triplicata. Cada uma das três amostras deve ser
composta por seis (6) carcaças congeladas de aves. Uma amostra, composta por seis (6)
carcaças, deve ser encaminhada ao LFDA para análise, e as demais devem ser armazena-
das como contraprova. Uma amostra de contraprova deve ser entregue ao detentor ou ao
responsável pelo produto e a outra amostra de contraprova deve ser enviada juntamente
com a amostra de prova, sendo, portanto, mantida em poder do laboratório conforme § 1°
do artigo 470 do Decreto nº 9.013/2017.
A escolha das amostras deve ser realizada ao acaso. Atente-se que as amostras devem
pertencer ao mesmo lote, podendo, inclusive, ser coletadas na mesma unidade do produto,
como por exemplo, na mesma caixa ou pallet.
4. Em seguida, as seis unidades que compõem cada uma das amostras devem
ser acondicionadas em um mesmo saco-lacre;
6. Lacrar o saco.
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Atenção: caso as seis amostras não caibam no mesmo saco-lacre, devem ser utilizados sacos
adicionais. Nessa hipótese, cada saco-lacre deve conter, além da amostra, uma cópia da cinta
de identificação. Se utilizados sacos plásticos em substituição ao saco-lacre, cada saco deve
receber um lacre individual. Na SOA e na cinta devem ser informados os números dos lacres
correspondentes de cada amostra.
Vale ressaltar que se a coleta for realizada a critério do SIF, em verificação oficial dos procedimentos
adotados pelo autocontrole do estabelecimento, ou quando houver evidência ou suspeita de que
um produto de origem animal tenha sido adulterado, devem ser seguidos todos os procedimentos
descritos anteriormente, incluindo a coleta em triplicata de amostras. A exceção se dá quanto ao
laboratório de envio da amostra de prova para o laboratório e quanto ao responsável pela guarda
de uma das amostras de contraprova. Nessa situação, a amostra de prova deve ser encaminhada
a um laboratório oficial credenciado, às expensas da empresa. É importante destacar que uma
amostra de contraprova deve ser entregue ao detentor ou ao responsável pelo produto e a outra
amostra de contraprova deve ser mantida em poder do SIF local, conforme § 1° do artigo 470 do
Decreto nº 9.013/2017.
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2.1.2 Coleta de amostras para análise do teor total de água
O controle oficial do teor total de água contida em frango resfriado é realizado com base nos
parâmetros para avaliação de umidade (%), proteína (%) e a relação umidade/proteína nos produtos,
conforme a Portaria SDA nº 557, de 30 de marco de 2022. Foram estabelecidos parâmetros para
carcaças de frango refrigeradas ou congeladas e para cortes, resfriados ou congelados, a saber:
coxa, com pele e osso; coxa com sobrecoxa, com pele e osso; peito, com pele e osso; peito, sem
pele e sem osso; sobrecoxa, com pele e osso. Conforme OFÍCIO-CIRCULAR Nº 4/2022/CGPE/
DIPOA/SDA/MAPA, no caso de carcaças de frango congeladas deverá ser realizado o Dripping
test em detrimento à determinação da Relação Umidade: Proteína (RUP).
Oportuno se torna dizer que estão abordados neste tópico os procedimentos de coleta,
acondicionamento e envio de amostras para esta análise, a qual contribui para a averiguação
adequada da presença de desvios dos parâmetros de qualidade do produto, como limites acima
do permitido de umidade (%) e da relação umidade/proteína.
Frequência de coleta
A coleta de amostras para avaliação do teor total de água contida em carcaças de
frangos resfriados e em cortes de frango congelados ou resfriados deve ser realizada
conforme cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio
disponibilizada previamente aos SIFs no início de cada ano.
Também podem ser executadas coletas de amostras a critério do SIF com o objetivo de
avaliar a conformidade in loco dos produtos. Ademais, a coleta de frango ou cortes de
frango resfriados e congelados pode ser realizada para atendimento aos procedimentos
de verificação oficial do SIF quanto ao elemento de inspeção “controle de formulação de
produtos e combate à fraude”.
Materiais necessários
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Embalagens plásticas transparentes sem inscrições;
yy Termômetro calibrado;
yy Caixa isotérmica e material refrigerante;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da
amostra;
yy Tesoura, cola e fita adesiva;
yy Saco-lacre.
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Número de amostras e quantidade mínima
Para produtos resfriados (carcaças ou cortes) deve ser coletada apenas amostra de
prova, em decorrência do prazo de validade exíguo, conforme versa o Decreto nº 9.013 de
2017 em seu artigo 470, inciso II. A amostra deve ser composta por 3 (três) unidades do
produto do mesmo lote em sua embalagem original, independentemente da quantidade
em cada embalagem.
Para cortes congelados deve ser coletada amostra em triplicata, composta por amostra
de prova, contraprova empresa e contraprova LFDA/SIF, sendo que cada amostra deverá
conter três unidades do produto do mesmo lote.
6. Lacrar o saco;
7. Preencher a SOA;
9. Encaminhar ao laboratório.
55
Salienta-se que as amostras congeladas já lacradas devem ser mantidas congeladas junto ao
meio refrigerante, antes de serem acondicionadas para envio ao laboratório. Similarmente, as
carcaças ou cortes resfriados devem ser refrigerados junto ao meio refrigerante e, em seguida,
acondicionados em uma caixa isotérmica adequada. Para diretrizes de acondicionamento e
remessa de amostras congeladas e refrigeradas, devem ser seguidas as orientações descritas
no item 1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
Caso a coleta de amostra para avaliação do teor de água em carcaças e em cortes cárneos
seja realizada pelo SIF para verificação oficial dos procedimentos adotados pelo autocontrole
do estabelecimento, ou ainda, quando houver evidência ou suspeita de que um produto de
origem animal tenha sido adulterado, devem ser seguidos todos os procedimentos descritos
anteriormente. A exceção se dá quanto ao laboratório de envio da amostra de prova e quanto
ao responsável pela guarda de uma das amostras de contraprova. Para tal, a amostra de
prova coletada pelo SIF deve ser encaminhada a um laboratório oficial credenciado, também
às expensas da empresa. Uma amostra de contraprova deve ser entregue ao detentor ou ao
responsável pelo produto e a outra amostra de contraprova deve ser mantida em poder do SIF
local, conforme § 1° do artigo 470 do Decreto nº 9.013/2017.
56
2.1.3 Coleta de amostras para análise microbiológica do Programa de
Controle de Salmonella spp.
Com objetivo de garantir a segurança alimentar do consumidor, o MAPA estabeleceu o Programa
Nacional de Controle de Patógenos – PNCP, o qual visa identificar a prevalência dos patógenos
em produtos de origem animal produzidos pelos estabelecimentos brasileiros registrados junto
ao SIF.
Frequência de coleta
O sorteio das coletas de amostras oficiais é realizado e divulgado pelo DIPOA, sendo a
grade de sorteio disponibilizada previamente aos SIFs no início de cada ano.
A coleta das amostras deve ser realizada pelos servidores do SIF atendendo o cronograma
oficial de coleta. Ressalta-se que a escolha de produtos deve ser aleatória, promovendo
iguais chances de serem amostrados todos os lotes, linhas de abate, dias e horas dos
turnos de abate.
57
Número de amostras e quantidade mínima
Para amostragem de frangos deve ser coletada a amostra de prova composta por uma
carcaça inteira resfriada a ser selecionada após o gotejamento e previamente à embalagem.
Para amostragem de perus, deve ser coletada a amostra de prova com quantidade mínima
de 500 g de partes de pele e músculo da região pericloacal, do pescoço e das asas
refrigerados.
Cada ciclo de amostragem é composto pelo número (n) de amostras a serem coletadas
e o número máximo de amostras positivas aceitáveis (c). Para a interpretação dos
resultados, é utilizado o plano de duas classes, no qual deve constar presença ou ausência
de Salmonella spp. Os estabelecimentos devem manter o índice de contaminação por
Salmonella abaixo ao número máximo de amostras positivas aceitáveis (c) constantes
do Anexo III da Instrução Normativa nº 20/ 2016, de forma que o ciclo será considerado
violado quando o número de amostras positivas for maior que o número aceitável (c).
Materiais necessários
58
Para a coleta de carcaças de peru, além dos materiais já mencionados são ainda
necessários:
yy Balança;
Frangos
1. Lavar as mãos com água e sabão e sanitizá-las com álcool 70% ou produto
equivalente;
8. Lacrar o saco.
59
Perus
1. Lavar as mãos com água e sabão e sanitizá-las com álcool 70% ou produto
equivalente;
Após a coleta, a amostra deve ser mantida preferencialmente sob refrigeração e enviada o
mais breve possível ao LFDA indicado na grade oficial de sorteio disponibilizado pelo DIPOA.
Lembre-se a temperatura de refrigeração para essa amostra deve ser entre 0º e 8º C (zero grau
centígrado e oito graus centígrados, sendo aceitável uma variação de um grau centígrado a mais
60
ou a menos). Caso a logística de envio da amostra não permita que esta chegue resfriada ao
laboratório, excepcionalmente a amostra deve ser enviada congelada.
Posto isto, após o congelamento ou resfriamento da amostra juntamente com o meio refrigerante,
ambos devem ser acondicionados em uma caixa isotérmica. Para diretrizes de acondicionamento
e remessa de amostras congeladas e refrigeradas, devem ser seguidas as orientações descritas
no item 1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
Assinala-se ainda, que as informações como o tipo de ave, a sua aptidão, a data, hora e o turno
da coleta; a linha de abate; o número da amostra e o número do ciclo e o número do registro do
estabelecimento no SIF devem ser registradas na SOA.
61
2.2 Amostragem em estabelecimentos de abate de suínos
Para subsidiar o SIF em sua coleta para pesquisa de Salmonella spp., apresentamos a técnica
correta para a coleta de amostra por esfregadura de superfícies com o uso de esponja, visando
a pesquisa de microrganismos em carcaças suínas.
Materiais necessários
yy Esponja de coleta previamente umidificada ou equivalente;
yy Gabarito reaproveitável estéril ou 4 gabaritos descartáveis estéreis,
quadrados, com dimensões de 10cm de lado (a área interna do gabarito deve
ser de 100cm²);
yy Plataforma para realização da coleta;
yy Álcool 70% ou solução antisséptica de eficácia equivalente para a higienização
das mãos;
yy Luvas estéreis;
yy Máscara;
yy Sacos-lacre;
yy Caixas isotérmicas;
yy Material refrigerante.
62
Procedimentos de coleta e acondicionamento
2. A amostra deve ser composta por 1 esponja, após a esfregadura dos pontos
determinados na meia carcaça, que são pernil, lombo, barriga e região axilar,
perfazendo 400 cm² (Figura 14).
1º PERNIL
2º LOMBO
3º BARRIGA
4º REGIÃO AXILAR
63
6. O auxiliar deve abrir a embalagem do gabarito, bem como a bolsa contendo a
esponja, tocando apenas na parte externa de ambos e deve expor a esponja
para o responsável pela coleta.
11. A cinta identificadora deve ser acondicionada junto com a bolsa contendo a
esponja dentro do saco-lacre.
12. O saco lacrado deve ser inserido dentro de uma caixa isotérmica e
acondicionado junto aos meios refrigerantes em quantidade suficiente
para conservar a amostra sob temperatura de 1 a 8°C. A amostra não pode
congelar!
13. A primeira caixa deve ser tampada e lacrada com fita adesiva e inserida na
segunda caixa isotérmica, que também deve ser tampada e lacrada com fita
adesiva.
64
2.2.2 Coletas de amostras análise de Trichinella spiralis
As instruções constantes neste módulo sobre coleta de amostra para análise de Trichinella
spiralis em carcaças de suínos tem o objetivo de orientar a equipe da inspeção oficial quanto a
forma correta de coleta da amostra, objetivando procedimentos céleres e eficientes.
3. Com auxílio da pinça e da faca, o responsável pela coleta deve colher pelo menos
1 grama de um dos pilares do músculo diafragma, preferencialmente na zona de
transição entre a parte muscular e a parte tendinosa. Deve se coletar somente a
porção muscular, evitando a presença de gordura.
4. Após a retirada, a amostra deve ser colocada em uma das cavidades numeradas do
tabuleiro.
65
2.3 Amostragem em estabelecimentos de abate de bovinos
A Instrução Normativa nº 60/2018, estabelece o controle microbiológico em carcaça e carne de
bovinos em abatedouros frigoríficos, com objetivo de avaliar a higiene do processo e reduzir a
prevalência de agentes patogênicos. Tal controle abrange a coleta de amostras para análise de
Enterobacteriaceae e Salmonella spp. em carcaça de bovinos e de Escherichia coli produtora de
Shiga toxina (E. coli STEC) em carne bovina. Também está contemplada a adoção de medidas
com o objetivo de restabelecer a conformidade em relação a estes microrganismos, a gestão de
risco pelo DIPOA com base nos resultados microbiológicos e a revisão periódica e sistemática
das ações de controle com vistas à redução de patógenos.
Os sorogrupos de STEC a serem pesquisados na carne bovina serão O157:H7, O26, O45, O103,
O111, O121 e 0145 (big six), por serem considerados de alto risco para a saúde pública. As
mesmas amostras também são aproveitadas para realizar análises para pesquisa de Salmonella
spp.
Ressalta-se que poderá haver requisitos específicos para a coleta de amostras em estabeleci-
mentos exportadores, não contemplados neste e-book. Nesses casos, os responsáveis pelas
coletas deverão consultar as orientações do DIPOA sobre requisitos específicos de exportação.
66
Materiais necessários
yy Gancho;
yy Luvas estéreis;
yy Saco-lacre;
yy Balança;
Frequência de coleta
A coleta das amostras deve ser realizada conforme cronograma oficial divulgado pelo
DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada previamente aos SIFs. A periodicidade
mínima de coleta é mensal.
Cada amostra deve ser composta por 60 porções de um dos produtos cárneos. A amostra
composta pelas 60 porções deve apresentar peso de 325 gramas, sendo aceitável uma
variação de mais ou menos 10% (292,5g a 357,5g). Quando coletadas carne de cabeça,
diafragma ou esôfago, os pedaços apenas deverão caber dentro da bolsa coletora,
obedecendo a quantidade determinada.
67
Procedimentos de coleta e acondicionamento
5. Retirar uma porção do retalho o mais fino possível e com maior área de
superfície exposta à contaminação. Evitar o excesso de gordura na amostra,
pois ela pode interferir na análise laboratorial;
10. Inserir as duas amostras (amostra de prova e amostra para uso do laboratório)
no mesmo saco-lacre;
68
Quando o lote amostrado for composto por 5 ou menos embalagens (sacarias ou caixas), o
número de fragmentos a ser coletado em cada embalagem segue o disposto no quadro abaixo:
5 12
4 15
3 20
2 30
1 60
A amostra deve ser acondicionada em uma caixa isotérmica adequada e devidamente lacrada
com fita adesiva. Quando houver utilização de gelo seco, este deve estar embalado em material
apropriado, evitando o contato direto com a embalagem da amostra e completando os espaços
entre a amostra e a caixa com gelo. Coloque essa caixa dentro da outra caixa isotérmica
maior. Coloque a SOA devidamente preenchida, assinada e carimbada dentro de um envelope
e fixe-o na lateral da caixa de transporte. Para diretrizes de acondicionamento e remessa de
amostras refrigeradas, verificar as orientações descritas no item 1. Instruções gerais de coleta,
acondicionamento e remessa de amostras.
69
2.3.2 Coleta de amostras para pesquisa de Enterobacteriaceae e Salmonella
spp. por meio de esfregadura de superfície
O procedimento de esfregadura de superfícies com o uso de esponja é aplicado a produtos cuja
contaminação é predominantemente superficial. A esfregadura pode ser empregada sempre que
se deseja determinar a prevalência de determinado patógeno na cadeia produtiva, em programas
de vigilância ou sempre que seja necessário a verificação oficial quanto ao cumprimento de
critérios microbiológicos definidos para atendimento ao disposto na Instrução Normativa nº 60/
2018 para pesquisa de Enterobacteriaceae e Salmonella spp.
Convém salientar que a esfregadura de superfícies de carcaças bovina deve ser realizada apenas
pelo próprio estabelecimento, cabendo ao SIF a averiguação dos gráficos de controle e das ações
tomadas pelo estabelecimento frente aos desvios. Outro aspecto que deve ser fiscalizado pelo
SIF é a técnica utilizada do estabelecimento para esta coleta. A averiguação pode ser realizada
por meio da frequência estabelecida em Norma Interna do DIPOA referente aos procedimentos
de verificação oficial dos programas de autocontrole, quando sorteado o elemento de controle
“Análises Laboratoriais”. Para tanto, os tópicos a seguir objetivam demonstrar a técnica correta
para a coleta por esfregadura de superfícies com o uso de esponja visando a pesquisa de
microrganismos em carcaças bovinas.
Materiais necessários
yy Luvas estéreis;
yy Máscara;
yy Caixas isotérmicas;
yy Materiais refrigerantes.
70
Procedimentos de coleta e acondicionamento
2. A amostra deve ser composta por 1 esponja, após a esfregadura dos pontos
determinados na meia carcaça, que são vazio, peito alto, pescoço e alcatra,
perfazendo 400 cm² (Figura 15);
Alcatra (traseiro)
A - VAZIO
B - PEITO ALTO
C - PESCOÇO
D - ALCATRA (Traseiro)
Pescoço
MEIA CARCAÇA
71
3. O local para a coleta de amostras deve ter ambiente com iluminação superior
a 540 lux e estar isolado da produção;
72
2.3.3 Coleta de amostras para teste de diagnóstico das Encefalopatias
Espongiformes Transmissíveis (EET)
As Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) são doenças neurodegenerativas que
acometem humanos e animais. Embora os hospedeiros permaneçam assintomáticos durante
os longos períodos de incubação, após a instalação do quadro clínico essas enfermidades são
invariavelmente fatais. O agente etiológico das EETs é uma proteína infecciosa de conformação
anormal, a qual se origina a partir de uma alteração de uma proteína normal do hospedeiro,
conhecida como proteína priônica ou príon (PrP).
Bovinos acometidos pela EEB podem apresentar decúbito prolongado, sintomas neurológicos
e alterações de comportamento, assim como histórico ou presença de reações exacerbadas
a estímulos externos. A EBB também apresenta formas atípicas, nas quais os sinais clínicos
neurológicos não são comuns. Dessa forma, as EEBs atípicas têm sido diagnosticadas durante
a vigilância rotineira em bovinos mortos ou encaminhados ao abate de emergência, ou ainda, em
animais com quadro assintomático. Diante desse cenário, é imprescindível que, quando houver
suspeita de síndromes neurológicas em bovinos, o médico veterinário a serviço do SIF deve
considerar a suspeita clínica para EET e providenciar a coleta de amostras necessárias
ao diagnóstico diferencial em animais alvo de vigilância.
73
Categoria de animais alvo de vigilância
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Facas;
yy Luvas de procedimento;
74
yy Sacos plásticos transparentes íntegros e limpos e com fechamento em
zíper ou frascos boca larga e fechamento hermético, com tampa rosqueada,
em polipropileno translúcido, com dimensões mínimas sugeridas de 10
centímetros de altura e 10 centímetros de largura;
yy Material refrigerante;
Óbex
Fonte: Prof. Dr. Eurípedes Batista. Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (Memo 267/2015 DSA)
75
Portanto, a colheita da amostra deve ser criteriosa e mediante a utilização EPIs. A
colheita do tronco encefálico pode ser realizada por meio da abertura da calota craniana
ou pela utilização de coletor-colher próprio:
76
7. Inserir a “colher” modificada entre a dura-
máter e a superfície dorsal do tronco
encefálico, até que a junção entre o cabo Figura 20 – Remoção do tronco encefálico 1
e a lâmina da colher esteja nivelada aos
côndilos do occipital (Figura 20). Se
necessário, tracionar suavemente o tronco
encefálico com uma pinça;
77
9. Após tocar o assoalho, puxar a “colher” caudalmente ao longo da superfície ventral
e remover o tronco encefálico. Observa-se que a parte anatômica de interesse é o
tronco encefálico contendo o óbex, uma estrutura em formato de “V” na superfície
dorsal do tronco encefálico (Figura 22);
78
Procedimentos específicos para acondicionamento e remessa de amostras
79
yy Embalagem primária (Figura 24): O tronco encefálico deve ser acondicionado
individualmente em saco plástico com fechamento hermético (tipo zíper), resistente e
transparente ou, na impossibilidade do saco, utilize um frasco plástico não deformável.
A embalagem primária deve ser identificada com etiqueta específica (Anexo F). Para que
a etiqueta fique protegida contra descolamentos e umidade, recomenda-se inserir fita
adesiva transparente em sua superfície. Na hipótese de congelamento da amostra, devido
logística e transporte, este processo deve ser realizado na amostra envolta na embalagem
primária.
80
É digno de nota que deve ser usado apenas uma embalagem primária por animal, assim como o
Formulário de Colheita e Envio de Tronco Encefálico para Diagnóstico de EET deve ser único para
cada amostra. Atenção: não há envio da SOA para esta coleta!
Outro aspecto a ser considerado é que o número da amostra, bem como o número da GTA
registrado na etiqueta afixada na embalagem primária, deve ser o mesmo informado no Formulário
de Colheita e Envio de Tronco Encefálico para Diagnóstico de EET. Posto isto, considera-se que o
número da amostra deve ser composto por um número sequencial do estabelecimento de abate,
para o ano em questão.
A gestão do Programa é realizada por uma Comissão constituída por vários Departamentos
e Coordenações da Secretaria de Defesa Agropecuária, cabendo aos servidores lotados nos
frigoríficos a execução das ações de coleta de amostras para as análises laboratoriais de
resistência antimicrobiana. Durante a fase 2 instituída pelo Programa haverá o monitoramento
ativo na cadeia frigorífica da bovinocultura e da suinocultura. Para tanto, deverão ser coletadas
amostras do conteúdo cecal para análise de resistência antimicrobiana à Escherichia coli.
81
Materiais necessários
yy Luvas de procedimento;
yy Barbante;
yy Caixa isotérmica;
Deve ser definido um local específico com condições assépticas adequadas na sala de
abate, preferencialmente adjacente à mesa de vísceras ou no Departamento de Inspeção
Final (DIF), com iluminação adequada, equipamentos de fácil higienização e que contenha
e/ou evite contaminações cruzadas.
2. Com uma faca esterilizada ou um bisturi com lâmina estéril, deve-se realizar uma
perfuração no ceco e retirar entre 50 e 100g de conteúdo cecal, drenando-o para
um frasco de polipropileno com tampa, cuidando para não encher totalmente o
frasco.
82
3. Inserir a amostra coletada em saco-lacre ou em saco plástico, conjuntamente
com a cinta de identificação da amostra preenchida, assinada e carimbada,
realizando a lacração.
5. Para envio, a amostra deverá ser acondicionada em caixa isotérmica, com quan-
tidade suficiente de material refrigerante, para manter as condições de análise
pelo Laboratório.
83
3. Requisitos específicos de coleta,
acondicionamento e remessa de amostras realizadas
em estabelecimentos sob SIF com inspeção periódica
Frequência de coleta
84
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
yy Álcool 70%;
yy Termômetro;
yy Caneca ou outro utensílio que possa ser utilizado para coletar o leite;
Deve ser coletado uma amostra de prova. O volume mínimo é de 30mL e máximo de
40mL para cada silo que tenha leite cru refrigerado estocado.
Para os estabelecimentos que recebam leite em latões, a amostra deve ser somente
coletada no tanque da recepção. Em situações em que o leite cru refrigerado estiver
misturado com leite fluido a granel de uso industrial, a coleta deve ser realizada quando
houver a chegada do próximo caminhão de leite de produtores.
Atenção: não deve ser coletada amostra de contraprova para análise de CPP, tendo em
vista que não há contraprova para análise microbiológica.
85
Procedimentos de coleta e acondicionamento
3. Calçar luvas estéreis. Na ausência destas higienizar as mãos com água a sabão
e, posteriormente, realizar a sanitização das mãos com álcool 70% ou produto
equivalente, garantindo que se encontrem completamente secas previamente
ao início do procedimento;
A aferição da temperatura do leite, coletado diretamente nos caminhões ou nos silos que não
disponham de equipamento de controle de temperatura, deve ser feita em recipiente em separado,
imediatamente antes ou após a colheita da amostra. A temperatura do leite cru refrigerado no
ato de sua recepção pelo estabelecimento não deve ser superior a 7 °C (sete graus Celsius),
admitindo-se, excepcionalmente, o recebimento até 9 °C (nove graus Celsius).
86
A amostra lacrada deve ser conservada refrigerada. Devem ser utilizados caixas isotérmicas
e materiais refrigerantes em quantidade proporcional ao volume da amostra para envio aos
laboratórios da RBQL. A amostra oficial pode ser encaminhada juntamente com as amostras de
produtores da empresa. Porém, deve-se atentar ao excesso de materiais refrigerantes colocados
na caixa, os quais podem provocar congelamento e rejeição da amostra. O prazo máximo para
recebimento da amostra no laboratório é de sete (7) dias a partir da coleta.
Como critério de pesquisa de fraudes em amostras de leite, são verificadas a adição de soro de
leite, açúcares, sais, conservantes, dentre outras substâncias proibidas, por meio da pesquisa
ou quantificação de amido, álcool etílico, formol, índice de caseínomacropeptídeo (CMP), índice
crioscópico, neutralizantes da acidez e sacarose.
87
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Sacos-lacre;
yy Material refrigerante;
yy Concha, caneca ou outro utensílio que possa ser utilizado para coletar o leite;
yy Frascos de boca larga com tampa tipo lacre, sem nenhuma inscrição. Preferencial-
mente o frasco deve ter capacidade mínima de 900mL. Na ausência destes, po-
dem ser utilizados tantos frascos quanto forem necessários para atingir o volume
necessário de amostra.
Atenção: Não deve ser coletada amostra de contraprova para análise físico-química de leite cru,
tendo em vista o curto prazo de validade deste produto o que impede a realização de análise
pericial de contraprova.”
88
Procedimentos de coleta e acondicionamento
1. Agitar o leite vigorosamente por três minutos. Pode ser realizada a agitação manual
(dentro do caminhão) ou com agitador automático, quando o leite estiver em silo
ou balão de estocagem dotado de sistema de pás. A correta homogeneização da
amostra é fundamental para garantir a sua representatividade;
6. Lacrar o saco;
ATENÇÃO: As amostras deverão ser mantidas refrigeradas até que seu congelamento seja
realizado. Para que todo o conteúdo da amostra seja congelado, sugerimos utilizar freezer
ou câmara de congelamento por no mínimo 24 horas, sendo recomendado o congelamento
por 48 horas a fim de que as amostras se mantenham congeladas até o recebimento
pelo laboratório. O tempo para congelamento pode variar conforme tipo de equipamento
utilizado.
89
Para análises físico-químicas:
1. Agitar o leite vigorosamente por 15 minutos, no caso de agitação manual (dentro
do caminhão), ou ligar o motor do agitador quando o leite estiver em silo ou balão
de estocagem dotado de sistema de pás. A correta homogeneização da amostra
é fundamental para garantir a sua representatividade;
2. Com o auxílio de uma caneca, coletar 1 amostra (prova). A amostra deverá ter no
mínimo 900 ml de leite;
6. Lacrar o saco.
ATENÇÃO: As amostras para análises físico-químicas deverão ser mantidas sob refrigeração
desde a coleta até o recebimento no laboratório. Ressalta-se a importância do planejamento da
logística e transporte, tendo em vista que essas análises devem ser iniciadas em até 48 horas
a partir da hora da coleta da amostra.
Vale registrar que, em situações que as amostras coletadas em triplicata sejam enviadas ao LFDA,
deve-se enviar também as amostras de contraprova do SIF. Contrariamente, quando as amostras
forem enviadas para laboratório credenciado, deve-se manter a amostra de contraprova do SIF
sob a guarda da fiscalização.
90
3.1.3 Coleta de amostras para análises físico-químicas,
Caseínomacropeptídeo (CMP) e pesquisa de fraudes em leite
pasteurizado/UHT
Nas amostras de leite pasteurizado e leite UHT coletadas para atendimento PACPOA são
realizadas análises físico-químicas, bem como podem ser realizadas as pesquisas de indícios
de fraude com objetivo de avaliar a qualidade e segurança do leite e produtos lácteos.
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Sacos-lacre;
yy Termômetro;
91
Número de amostras e quantidade mínima
Leite pasteurizado
Leite UHT
92
Procedimentos de coleta e acondicionamento
1. Selecionar amostras aleatoriamente após o processo de envase;
2. Coletar amostras do produto em sua embalagem original (amostra única ou
triplicata, conforme produto e tipo de análise);
3. Inserir a amostra em saco-lacre;
4. Inserir no saco-lacre a cinta de identificação da amostra devidamente protegida;
5. Lacrar o saco.
6. No caso de amostras para análises de CMP e pesquisa de fraudes, as amostras
devem ser congeladas, respeitando-se os seguintes prazos:
yy Leite pasteurizado: as amostras devem ser congeladas em até 12 horas
após a coleta;
yy Leite UHT: as amostras devem ser congeladas em até 48 horas a partir da
data de fabricação.
Atenção: As amostras deverão ser mantidas refrigeradas até que seu congelamento seja
realizado. Para que todo o conteúdo da amostra seja congelado, sugerimos utilizar freezer
ou câmara de congelamento por no mínimo 24 horas. O tempo para congelamento pode
variar conforme tipo de equipamento utilizado.
Por fim, cabe ressaltar que as amostras de leite fluido (pasteurizado e UHT) destinadas ao ensaio
de Índice de CMP e à pesquisa de fraudes devem compor uma amostra à parte, separada da
amostra destinada às demais análises físico-químicas. Essa amostra deve estar acompanhada
de SOA própria, coletada em triplicata e conservada congelada, conforme descrito acima.
93
3.1.4. Coleta de amostras para análises microbiológicas em leite
pasteurizado e leite UHT
Nas amostras de leite pasteurizado e leite UHT coletadas para atendimento PACPOA também
são realizadas análises microbiológicas com objetivo de avaliar a qualidade e segurança do leite
e produtos lácteos.
Frequência de coleta
A coleta de leite pasteurizado e leite UHT para análises microbiológicas deve ser realizada
conforme cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio
disponibilizada previamente aos SIFs.
Materiais necessários
yy Sacos-lacre;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy Termômetro;
yy Caixas de material isotérmico e material refrigerante;
yy Fita adesiva, cola e tesoura.
Leite pasteurizado
Leite UHT
Para análise microbiológica a amostra coletada de leite UHT é única (prova) e deve ter
volume mínimo de dois (2) litros. As amostras devem pertencer ao mesmo lote e serem
coletadas nas embalagens originais, logo após o envase, na esteira ou caixas, ou na
câmara de estocagem, preferencialmente no mesmo dia do envase. As amostras de leite
UHT podem ser conservadas em temperatura ambiente.
94
Procedimentos de coleta e acondicionamento
5. Lacrar o saco.
Entende-se por gordura anidra de leite, o produto gorduroso obtido a partir de creme ou
manteiga pela eliminação quase total de água e sólidos não gordurosos, mediante processos
tecnologicamente adequados.
Frequência de coleta
A coleta de produto lácteo gordura anidra de leite deve ser realizada conforme cronograma
oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada
previamente aos SIFs.
95
Materiais necessários
yy Termômetro;
yy Álcool 70%;
yy Pano descartável;
yy Sacos-lacre;
Para análise microbiológica, deve ser coletado somente a amostra de prova. A quantidade
de produto é de, no mínimo, 500g.
96
Procedimentos de coleta e acondicionamento
5. Sanitizar os utensílios. Deve-se atentar que a concha não deve ser higienizada
com álcool 70% nos casos de coleta para análises físico-químicas, visto que a
presença de álcool é uma das análises realizadas no produto. Para amostras
microbiológicas, caso a empresa não tenha fornecido coletor estéril ou
previamente sanitizado, é possível higienizá-los com álcool 70%, atentando-se a
deixar o álcool evaporar, para evitar resíduos no produto;
7. Abrir a tampa do tambor com o uso de uma chave apropriada, fornecida pela
empresa.
97
3.2 Amostragem de produtos das abelhas e derivados
O mel é um produto de origem animal resultante da ação de enzimas salivares das abelhas
sobre o néctar colhido das flores. Outros produtos provenientes da atividade das abelhas são a
geleia real, cera, pólen apícola, própolis e extrato de própolis.
yy Geleia real;
yy Cera de abelhas;
yy Pólen apícola; e
Vale lembrar que o PACPOA prevê análise microbiológica somente para geleia real. Os produtos
mel, mel de melato, cera de abelhas, pólen apícola, própolis e extrato de própolis são coletados
visando a análise físico-química.
Frequência de amostra
A coleta de produtos das abelhas deve ser realizada conforme cronograma oficial do
PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada previamente
aos SIFs.
Em sua maioria, as amostras de mel e produtos das abelhas são coletadas em suas embalagens
originais. Há situações em que se faz necessário o fracionamento das amostras. Ambos os
procedimentos estão descritos no item 1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e
remessa de amostras e serão aqui reforçados, incluindo-se algumas particularidades relacionadas
às coletas destes produtos, notadamente no que diz respeito ao número de amostras e quantidade
mínima, bem como à forma de conservação para o envio ao laboratório.
98
Número de amostras e quantidade mínima
Extrato de própolis
Geleia real
99
3.2.1. Coleta de amostras de produtos em embalagens originais
Materiais necessários
yy Saco plástico transparente;
yy Saco-lacre;
yy Papel alumínio;
100
ficar em contato direto com as embalagens primárias, podendo a amostra
(previamente embalada e lacrada) ser envolta em papel alumínio ou plástico.
Em seguida, a caixa isotérmica ser vedada com fita adesiva, e então colocada
dentro de outra caixa isotérmica maior, que também deve ser vedada com fita
adesiva.
Para adicionais informações de como preparar a caixa para remessa e como realizar
o preenchimento da SOA, devem ser verificadas as orientações descritas no item
1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
É importante garantir que todos os utensílios a serem utilizados para o fracionamento estejam
limpos e secos previamente à coleta, incluindo aqueles necessários à abertura da embalagem.
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Álcool 70%;
yy Sacos-lacre;
yy Balança;
101
Procedimentos de coleta e acondicionamento
102
3.3 Amostragem de ovos e derivados
Frequência de coleta
A coleta de ovos em natureza para análise microbiológica deve ser realizada conforme
cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio
disponibilizada previamente aos SIFs.
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
yy Caixas de transporte.
A amostra deve ser composta de, no mínimo, doze (12) unidades de ovos.
Na escolha da amostra, não devem ser coletados ovos trincados, com fendas e quebra
na casca. Para tanto, a embalagem escolhida deve ser aberta e a condição da casca dos
ovos deve ser avaliada previamente à coleta.
103
Procedimentos de coleta e acondicionamento
3. Lacrar o saco.
Os ovos são produtos frágeis, que podem se quebrar durante o transporte. A utilização da
embalagem original pode prevenir parcialmente a quebra, já que o tipo de embalagem utilizado
confere uma boa proteção ao produto. Ainda assim, se a embalagem de transporte da amostra ao
laboratório tiver grandes dimensões, permitindo o deslocamento da embalagem primária no seu
interior, pode haver quebra da casca e perda da amostra. Desta forma, ao acondicionar a amostra
no interior da caixa transportadora, esta deve ser protegida contra possíveis impactos durante o
transporte, utilizando-se um sistema “calços”.
104
3.3.2 Coleta de amostras de ovo líquido e ovo integral pasteurizado para
análises microbiológicas e físico-químicas
Frequência de coleta
A coleta de ovo líquido se aplica ao ovo integral, gema, clara e mistura de ovos, e deve ser
realizada conforme cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de
sorteio disponibilizada previamente aos SIFs.
105
3.3.2.1. Coleta de amostra para análise microbiológica
A amostra deve ser coletada preferentemente em embalagem original, adotando-se os procedimen-
tos descritos no item 1.1. Coleta e acondicionamento de produtos em embalagens originais.
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
yy Caixas de transporte de material isolante e material refrigerante;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy Facas, conchas, colheres ou outros utensílios limpos ou estéreis para
fracionamento ou homogeneização de amostras, se necessário;
106
Número de amostras e quantidade mínima
A amostra destinada à análise microbiológica de ovos líquidos deve ser composta de, no
mínimo, 500 mL.
1. Higienizar e sanitizar com álcool 70% a mesa ou bancada a ser utilizada para o
fracionamento do produto;
3. Calçar as luvas ou, na ausência delas, higienizar as mãos com água e sabão
e, posteriormente, realizar a sanitização das mãos com álcool 70% ou produto
equivalente, garantindo que as mãos estejam completamente secas previamente
ao início do procedimento;
8. Lacrar o saco.
107
O produto amostrado deverá ser encaminhado ao laboratório em temperatura compatível à
temperatura de conservação indicada na rotulagem, devendo a amostra ser acondicionada em
caixa isotérmica, juntamente com o meio refrigerante, para envio ao laboratório.
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
108
Número de amostras e quantidade mínima
As amostras devem ser coletadas em triplicata e cada unidade amostral deverá possuir
a quantidade mínima de 500 mL. É imprescindível que as três amostras pertençam ao
mesmo lote.
109
3.3.3 Coleta de ovo desidratado
Frequência de coleta
A coleta de ovo desidratado para análise microbiológica aplica ao ovo integral, gema,
clara e mistura, e deve ser realizada conforme cronograma oficial do PACPOA divulgado
pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada previamente aos SIFs.
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
yy Caixas de transporte;
yy Álcool 70%.
110
Caso a embalagem original do produto consista num recipiente de grande volume, é possível
realizar o fracionamento da amostra, conforme descrito a seguir:
1. Higienizar e sanitizar com álcool 70% a mesa ou bancada a ser utilizada para o
fracionamento do produto;
3. Calçar as luvas ou, na ausência delas, higienizar as mãos com água e sabão
e posteriormente realizar a sanitização das mãos com álcool 70% ou produto
equivalente, garantindo que as mãos se encontrem completamente secas
previamente ao início do procedimento;
8. Lacrar o saco.
111
3.3.3.2 Coleta de amostra para análises físico-químicas
Frequência de coleta
A coleta de ovo desidratado para as análises físico-químicas se aplica somente para ovo
integral e deve ser realizada conforme cronograma oficial do PACPOA divulgado pelo
DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada previamente aos SIFs.
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
yy Caixas de transporte;
Devem ser coletadas amostras em triplicata em quantidade mínima de 500 g para cada
unidade amostral. As três amostras devem pertencer o mesmo lote.
112
Procedimentos de coleta e acondicionamento
113
3.3.4 Coleta de ovo em conserva ou semiconserva
Os ovos de codorna, de pata e de galinha podem ser elaborados em forma de conserva ou
semiconserva. As conservas podem ser acondicionadas em vidros ou baldes e conservadas à
temperatura ambiente, enquanto as semiconservas geralmente são acondicionadas em sacos
plásticos ou baldes e devem ser mantidas sob refrigeração.
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Saco-lacre;
A amostra deve ser composta de, no mínimo, 500 g de produto e deve ser enviada ao
laboratório em sua embalagem original, após escolha aleatória do lote e da embalagem.
Se uma embalagem não for suficiente para atender a quantidade mínima de 500 g, devem
ser colhidas quantas embalagens forem necessárias. Cumpre observar que para o cálculo
da quantidade de amostra deve ser considerado o peso drenado, ou seja, sem considerar
o líquido de imersão.
114
Procedimentos de coleta e acondicionamento
5. Lacrar o saco.
Destaca-se que se houver mais de uma unidade compondo a amostra, todas devem ser
acondicionadas na mesma embalagem para lacração. Porém, antes de inserir na embalagem
a ser lacrada, cada unidade deve ser envolvida por plástico bolha ou outro material a fim de
evitar o impacto entre as embalagens e uma possível perda da amostra devido à rompimento da
embalagem.
No caso das semiconservas, por se tratar de produto que requer refrigeração, a amostra deve
ser acondicionada em caixa isotérmica.
115
3.4 Amostragem de pescado e produtos da pesca e aquicultura
Entende-se por pescado os crustáceos, os moluscos, os peixes, os anfíbios, os répteis, os
equinodermos e outros animais aquáticos direcionados à alimentação humana.
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Faca;
yy Tesoura e cola;
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Sacos plásticos transparentes, íntegros, limpos e de primeiro uso;
yy Sacos-lacre;
yy Termômetro calibrado;
yy Caixa isotérmica;
yy Materiais refrigerantes;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy EPIs (máscara, luvas de malha de aço, etc.)
116
Número de amostras e quantidade mínima
Quando se tratar de espécies de pescado de pequeno porte ou que possuam peso inferior a
500g, deve-se coletar uma quantidade de indivíduos suficientes para compor uma unidade
amostral de, no mínimo, 500g de peso.
Para espécies de pescado de grande porte ou que possuam peso superior a 500g, deve
fracionar o indivíduo removendo a cabeça, pedúnculo caudal e vísceras até obter um peso
mínimo de 500g na unidade amostral.
Atenção: nos casos em que for solicitado o ensaio de fósforo total, a quantidade de amostra
deve ser acrescida em 100 g. Portanto, a quantidade mínima de amostra deve ser de 600g.
117
Procedimentos de coleta e acondicionamento
2. Calçar as luvas;
3. Aferir a temperatura de um dos produtos a ser coletado, sendo que esta temperatura
deve ser registrada, posteriormente, na SOA;
7. Lacrar o saco;
Esses procedimentos devem ser repetidos para cada unidade amostral da triplicata.
Após a coleta, as amostras devem ser congeladas junto ao meio refrigerante, previamente ao
envio ao laboratório. Em seguida, as amostras lacradas devem ser acondicionadas em uma
caixa isotérmica, utilizando-se meio refrigerante em quantidade suficiente para a preservação
da temperatura da amostra até a chegada ao laboratório.
118
3.4.2 Coleta de amostra para análise de desglaciamento
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Sacos plásticos transparentes, íntegros, limpos e de primeiro uso;
yy Sacos-lacre;
yy Termômetro calibrado;
yy Caixa isotérmica;
yy Materiais refrigerantes;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy Tesoura, cola e fita adesiva.
Preconiza-se que a amostra seja coletada em embalagem original, sendo que o peso
máximo da embalagem com produto é de 2 kg por unidade amostral. As amostras coletadas
devem ser do mesmo lote e possuir o mesmo peso a ser verificado na embalagem.
Vale destacar que a coleta de amostras para análise de desglaciamento não se aplica aos
produtos à granel.
119
Procedimentos de coleta e acondicionamento
4. Em seguida, as seis unidades que compõem cada uma das amostras devem ser
acondicionadas em um mesmo saco-lacre;
6. Lacrar o saco.
Após a coleta, as amostras de pescado devem ser mantidas congeladas junto ao meio
refrigerante, previamente ao envio ao laboratório. Em seguida, as amostras lacradas devem ser
acondicionadas em uma caixa isotérmica com meio refrigerante em quantidade suficiente para
a preservação da temperatura da amostra até a chegada ao laboratório.
120
3.4.3 Coleta de amostra para análise de histamina
Para análises que tem por objetivo a avaliação da formação de histamina, o pescado a ser
amostrado deve pertencer às seguintes famílias: Carangidae, Gempylidae, Istiophoridae,
Scombresocidae, Engraulidae, Clupeidae, Coryphaenidae e Pomatomidae.
Frequência de coleta
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada;
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Sacos-lacre;
yy Termômetro calibrado;
yy Caixa isotérmica;
yy Material refrigerante;
121
Convém ressaltar que, antes de iniciar a coleta, os sacos plásticos que receberão as amostras
devem ser organizados em três (3) conjuntos de nove (9) unidades, numerados de 1 a 9,
totalizando vinte e sete (27) sacos.
As amostras devem ser coletadas em triplicata. Devem ser selecionadas nove (9) unidades
de peixes de um mesmo lote. A obtenção da amostra se dá com a retirada da cabeça do
pescado e posterior realização de cortes de modo a obter três (3) pedaços de cada um dos
peixes selecionados (Figura 25). A amostra, constituída de pedaços do peixe, deve ter peso
mínimo de 500g cada. O procedimento deve ser repetido de forma a obter nove (9) unidades
de amostra em triplicata, o que totaliza vinte e sete (27) unidades.
122
Peixes com peso inferior a três (3) kg
Em situações em que os peixes tenham peso inferior a três (3) kg, como sardinhas,
cavalinhas, entre outros, devem ser selecionados quantos peixes forem necessários
para formar 500g por unidade de amostra.
É recomendável a utilização de
recursos que permitam manter
essas embalagens unidas, tais como
o acondicionamento do conjunto de
embalagens em sacos plásticos ou
a união destas com fita adesiva, para
posterior inserção no saco-lacre.
Assim como nas demais coletas, as
unidades devem ser numeradas de
1 a 9 e devem pertencer ao mesmo
lote (Figura 26).
123
Procedimentos de coleta e acondicionamento
2. Coletar três amostras (triplicata) de nove unidades, tendo cada unidade o peso
mínimo requerido;
4. Em seguida, as nove unidades que compõem cada uma das amostras devem ser
acondicionadas em sacos plásticos de primeiro uso, previamente identificados
de 1 a 9;
7. Lacrar o saco.
Frequência de coleta
A coleta de amostras para pesquisa de DNA em pescado deve ser realizada conforme
cronograma oficial divulgado pelo DIPOA, sendo a grade de sorteio disponibilizada
previamente aos SIFs responsáveis pela coleta no início de cada ano.
124
Número de amostras e quantidade mínima
As amostras devem ser coletadas em triplicata. Deve-se obter dezoito (18) fragmentos
musculares de pescado, nos quais devem ser divididos em três amostras, sendo seis (6)
fragmentos para a amostra de prova, seis (6) fragmentos para a contraprova LFDA/SIF e
seis (6) fragmentos para a contraprova da empresa.
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada devidamente higienizada;
yy Faca;
yy Termômetro calibrado;
yy Luvas de procedimento;
yy Sacos-lacre;
yy Caixa isotérmica;
yy Materiais refrigerantes.
125
Procedimentos de coleta e acondicionamento
8. Completar o recipiente com álcool 70% a 95% para fixação do tecido muscular.
Certifique-se de que os fragmentos permaneceram completamente imersos no
álcool e tampe bem os recipientes, verificando se não há vazamentos;
Atenção: antes de realizar uma nova coleta, preconiza-se a troca das luvas e lâminas de bisturi.
Para pesquisa de fraudes por meio das análises de DNA do pescado, a amostra deve ser mantida
em temperatura ambiente. Para acondicionamento das amostras em caixa isotérmica, deve-
se utilizar “calços” de papelão ou isopor, para evitar que a amostra fique solta, uma vez que a
amostra não acompanha material refrigerante.
126
3.4.5 Coleta de amostra para análises microbiológicas
Frequência de coleta
Deve ser coletada apenas a amostra de prova. Quando houver necessidade de coleta de
amostras representativas (n≥5), todas as amostras devem pertencer ao mesmo lote de
produção.
Moluscos bivalves
127
Para a coleta de amostras de moluscos bivalves em natureza, que usualmente se apresentam
em embalagens a granel ou em redes, devem ser seguidas as instruções apresentadas a seguir:
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada higienizada;
yy Sacos-lacre;
yy Álcool 70%;
yy Termômetro calibrado;
7. Lacrar o saco.
128
Para a coleta de moluscos bivalves comercializados em caixas, as unidades que constituem a
amostra devem ser retiradas das caixas prontas para venda. As unidades de moluscos bivalves
coletadas podem ser acondicionadas diretamente no saco-lacre, considerando a forma peculiar
de comercialização deste tipo de produto (em redes ou outras embalagens não convencionais).
Embora este seja um procedimento usual e aceito pelos laboratórios, recomenda-se que o bivalve
seja acondicionado primeiramente em um saco plástico transparente. Esse procedimento evita
extravasamento de líquido, tendo em vista que o saco-lacre não tem a função de vedação da
amostra.
129
4. Coleta de amostras para pesquisa de Listeria
monocytogenes em produtos prontos para consumo
Produtos cárneos que atendem as características para coleta são o presunto cozido, presunto
defumado, apresuntado, mortadela, fiambre, lanche, salsicha, salsichão, lombo cozido, lombo
defumado, paleta cozida e a paleta defumada. Quanto aos produtos lácteos são todos os tipos
de queijos, com exceção dos queijos de baixa umidade.
Para produtos de pescado podem ser coletados: filé de salmão defumado e peixe defumado,
ambos resfriados ou congelados, bastonetes de surimi congelados, produtos à base de surimi
congelados, camarão cozido congelado e molusco bivalve cozido congelado.
130
Atenção: para a pesquisa de Listeria monocytogenes não devem ser coletados:
Frequência de coleta
A coleta de produtos deve ser realizada conforme cronograma oficial divulgado pelo
DIPOA para o PNCP- Listeria monocytogenes em produtos de origem animal prontos
para consumo, sendo a grade de sorteio disponibilizada previamente aos SIFs.
Os produtos descritos acima são uma referência para orientar a coleta, mas caso haja
outros produtos que se enquadram nas características apresentadas, estes também
podem ser coletados desde que estejam dentro da categoria sorteada.
Deve ser coletada somente a amostra de prova, indicativa (n=1). A quantidade mínima
de amostra varia de acordo com o produto coletado, sendo importante consultar a tabela
de quantidade mínima constante no Manual de Procedimentos para Laboratórios - Área de
Microbiologia e Físico-química de Produtos de Origem Animal.
131
Materiais necessários
yy Mesa ou bancada higienizada;
yy Sacos-lacre;
yy Álcool 70%;
yy Balança;
yy Termômetro calibrado;
7. Lacrar o saco.
132
Para produtos cárneos e lácteos devem ser coletados, preferencialmente, os produtos fatiados
ou fracionados pelo próprio estabelecimento fabricante. Entre os queijos, inclui-se também
o queijo ralado. É sempre indicada a coleta do produto em sua embalagem primária original,
devendo ser seguidas as orientações do item 1.1. Coleta e acondicionamento de produtos em
embalagens originais.
133
5. Instruções para coleta e remessa de água de
abastecimento
Frequência de coleta
A coleta de água de abastecimento deve ser realizada quando houver necessidade nas
ações fiscais em relação ao elemento de controle água de abastecimento, obedecendo as
diretrizes do artigo 477, 495 do Decreto 9.013/2017 e da Norma Interna do DIPOA referente
aos procedimentos de verificação oficial dos programas de autocontrole.
134
Materiais necessários
yy Sacos de coleta ou frascos estéreis com tiossulfato de sódio
yy Luvas estéreis ou, na indisponibilidade, luvas de procedimento sanitizadas com
álcool 70%;
yy Máscara;
yy Álcool 70%;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy Tesoura e fita adesiva;
yy Sacos-lacre;
yy Caixas isotérmicas;
yy Material refrigerante.
Deve ser coletada uma amostra de prova em um dos pontos localizados nas áreas de
produção, com volume mínimo de 300mL.
4. Abrir a torneira e deixar a água correr até que a linha seja totalmente preenchida
com água “corrente”;
135
6. Colocar a máscara facial para evitar contaminação cruzada, e evitar conversar
durante o procedimento;
7. Calçar luvas;
9. Abrir o frasco e coletar a água cuidadosamente para não ter contato com
superfícies contaminantes. Atente-se que o frasco de coleta deve ser preenchido
com até 2/3 do seu volume;
As amostras de água devem ser acondicionadas em caixa isotérmica com material refrigerante,
tomando o cuidado para não virar os frascos, evitando o vazamento da água. As amostras de
água devem chegar ao laboratório protegidas da luz solar e com temperatura entre 2 e 8ºC.
Registre-se que deve haver uma SOA acompanhando o envio da amostra para análise
microbiológica e outra SOA para amostras de análises físico-químicas. O resultado das análises
de cloro residual livre e pH realizados in situ devem ser informados na SOA que acompanha
amostras para análise microbiológica.
136
5.2. Coleta de amostra para análise físico-química
Frequência de coleta
A coleta de água de abastecimento deve ser realizada quando houver necessidade nas
ações fiscais em relação ao elemento de controle água de abastecimento, obedecendo as
diretrizes do artigo 477, 495 do Decreto 9.013/2017 e da Norma Interna do DIPOA referente
aos procedimentos de verificação oficial dos programas de autocontrole.
Materiais necessários
yy Caixa de transporte;
yy Sacos-lacre.
Deve ser coletada apenas amostra de prova (ou de acordo com as recomendações do
laboratório), em pontos localizados nas áreas de produção. A amostra deverá ter volume
de 1L (um litro), devendo ser coletados tantos frascos quanto forem necessários para
atingir esse volume.
137
Procedimentos de coleta e acondicionamento
1. Selecionar aleatoriamente o ponto de coleta;
2. Higienizar as mãos;
3. Abrir a torneira deixar correr a água até que a linha seja preenchida totalmente com
água “corrente”;
4. Abrir o frasco e coletar a água, que não deverá ultrapassar 2/3 da capacidade do frasco;
7. Lacrar o saco.
Para envio de amostras devem ser seguidas as diretrizes descritas no item 1. Instruções gerais
de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
Destaca-se que, no preenchimento da SOA, devem ser informados os resultados das análises de
cloro residual livre e pH, realizados in situ. Para estas análises devem ser utilizados kits rápidos,
conforme recomendação técnica do fabricante.
138
6. Instruções para coleta, acondicionamento e
remessa de amostras para o Plano Nacional de
Controle de Resíduos e Contaminantes – PNCRC
O PNCRC animal é uma ferramenta de gerenciamento de risco que tem o objetivo de promover
a segurança química dos alimentos de origem animal obtidos em estabelecimentos sob SIF. A
principal base legal para execução do programa é a Instrução Normativa nº 42/1999.
As amostras do PNCRC são coletadas pelo SIF em lotes de animais e produtos de uma única ori-
gem, o que permite a rastreabilidade da propriedade rural de procedência. Em caso de violação,
a propriedade rural de origem do lote amostrado é fiscalizada para identificação das causas da
violação, aplicação de eventuais sanções administrativas e controle do risco de novas violações.
As propriedades violadoras têm seus próximos lotes de animais e produtos submetidos a um
regime especial de teste, período no qual os produtos obtidos dos lotes amostrados são retidos
pelo SVO até que o resultado de análise indique a sua conformidade.
139
6.1. Sistema de Controle de Resíduos e Contaminantes e
Requisição Oficial de Análise e Requisição Oficial de Análise
Acesso ao SISRES
Na página de acesso ao SISRES existem informações gerais sobre o programa e sobre os gestores
nacionais do Sistema, além de orientações para o acesso e informações complementares para
a navegação.
Ao acessar o sistema, o usuário deve atentar para as informações prestadas no quadro de avisos
“pop-up”, sendo este um importante canal de comunicação entre a gestão central do Programa e os
responsáveis pela sua execução. Esse quadro de avisos é atualizado semanalmente e é por meio
dele que são indicados os sorteios semanais e eventuais problemas. É recomendado o acesso ao
sistema às segundas-feiras para a verificação das ROAS sorteadas no final da semana anterior.
Ao clicar na amostra que deve ser coletada, o sistema abrirá a tela de Consulta da Requisição
Oficial de Análise – ROA. Nessa tela é possível obter informações sobre espécie animal e a
matriz a ser amostrada, além do tipo de análise para a qual a amostra deve ser submetida e
o laboratório de destino. É importante conferir o campo “orientações complementares para a
coleta”, no qual pode haver informações específicas para o tipo de análise em cada animal.
Ainda nessa tela, na seção INFORMAÇÕES DO SIF, é importante verificar o período para a coleta
da amostra e registro da ROA, bem como o prazo de envio ao laboratório, lembrando que esse
prazo começa a contar a partir do dia da coleta.
140
Com base nessa consulta ao SISRES, deve ser realizada a programação da coleta de amostra. As
orientações para as coletas das diversas matrizes nas diferentes espécies animais e produtos
constam nos próximos tópicos desse E-book.
Uma vez coletada a amostra nos estabelecimentos, a ROA deve ser preenchida.
Para tal, o responsável pela coleta deve acessar o SISRES e adotar os seguintes procedimentos:
4. Fornecer os dados da propriedade de origem dos animais (ou da matéria prima, no caso
do leite e do mel);
6. Informar o CÓDIGO SERVIÇO OFICIAL, NIRF e INSCRIÇÃO ESTADUAL. Caso não seja
possível fornecer as três informações, ao menos um desses campos deve ser preenchido;
7. Informar o nome do proprietário dos animais (ou da matéria prima), o CPF e seu endereço
RESIDENCIAL completo;
10. Informar o NÚMERO DO LACRE e o ENDEREÇO DE E-MAIL para o envio dos resultados,
com domínio @agro.gov.br;
11. Registrar a identificação individual do animal, se possível. Caso não haja identificação,
selecione a opção “Não” (“não se aplica”);
12. Caso haja necessidade de apresentar observações sobre a coleta, utilizar o campo
OBSERVAÇÃO DO SIF para tal. Esse campo também se aplica à inserção de eventuais
informações solicitadas nas ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES da Requisição;
141
Correção da Requisição Oficial de Análise- ROA
2. No final da tela, em campo específico, será necessário justificar a correção. Uma situação
muito comum que requer correção de ROA é a ruptura do lacre durante a preparação da
amostra, por exemplo.
4. Para inserir os novos dados, o usuário deverá repetir os passos iniciais de preenchimento
de ROA (MENU - ROA – PREENCHIMENTO), selecionar o SIF, localizar a ROA a ser corrigida
e verificar se o sistema manteve os dados salvos. Nesse momento todos os campos
estarão novamente editáveis, sendo possível alterar somente o que for necessário
(tratando-se de correção) ou preencher novamente todas as informações (tratando-se
de nova amostra). Em ambos os casos é preciso informar novamente a data e hora da
coleta. A ROA com as informações corrigidas deve ser novamente gravada no Sistema.
5. Por fim, o usuário deverá imprimir a nova ROA, lembrando que é esta ROA que deverá
acompanhar a amostra, devendo a ROA anterior ser descartada. É a ROA corrigida que
será utilizada pelo laboratório para conferência da amostra. O envio de amostra com
ROA equivocada poderá resultar em rejeição de amostra pelo laboratório de destino.
6. Após preenchimento e impressão da ROA, a mesma deve ser carimbada e assinada pelo
responsável pela coleta, nos campos destinados para este fim.
142
6.2. Coleta de matrizes em estabelecimentos de inspeção
permanente
Frequência de coleta
As coletas de produtos são aleatórias e com frequência variável. Dessa forma, compete
ao servidor do SIF monitorar as ROAs emitidas semanalmente pelo SISRES. O sistema
define aleatoriamente os estabelecimentos em que devem ser coletadas as amostras e
indica ao usuário do SIF a matriz a ser coletada, o laboratório para o qual a amostra deve
ser encaminhada e o prazo aplicável para a coleta.
Materiais necessários
yy Mesa apropriada higienizada;
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Luva anticorte;
yy Faca amolada;
yy Gancho;
yy Frascos de polipropileno com tampa lacre, de primeiro uso (para coleta de urina);
yy Saco-lacre;
yy Papel alumínio (se necessário coleta para pesquisa dos analitos Dioxinas e HPA)
yy Caixa isotérmica,
yy Materiais refrigerantes;
143
Número de amostras e quantidade mínima
Em abatedouros de bovinos, equídeos e suínos, pode ser realizada coleta das matrizes:
músculo, rim, fígado, gordura e urina.
As coletas para músculo, rim, fígado e gordura devem conter 500g do tecido especificado
no sorteio para coleta. A coleta de urina deve ser composta por 100 mL.
3. Realizar a toalete das amostras para que fiquem isentas de outros tecidos
adjacentes como gorduras, aponeuroses, pele e ossos;
7. Lacrar o saco.
Fígado
1. Selecionar um animal abatido ao acaso;
2. Coletar fígado, lembrando de manter a proximidade de peso exigido;
3. Retirar a vesícula biliar (somente para bovinos e suínos);
144
Rins
1. Selecionar um animal abatido;
3. Realizar a toalete das amostras para que fiquem isentas de gordura e cápsula
renal;
7. Lacrar o saco.
Gordura
7. Lacrar o saco.
Urina
145
Cabe destacar que, caso o frasco não tenha capacidade suficiente para o volume a ser coletado
(100 mL), podem ser utilizados dois frascos para acondicionamento da urina. Os frascos não
devem ter toda a sua capacidade preenchida.
Uma vez lacradas as amostras, as mesmas devem ser congeladas junto ao meio refrigerante.
Para diretrizes de acondicionamento e remessa de amostras congeladas, verificar as orientações
descritas no item 1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
Destaca-se que em uma das faces externas da caixa deve ser fixado um envelope contendo uma
das vias da ROA, devidamente preenchida, assinada e carimbada, com a seguinte identificação:
“Amostra do PNCRC/SDA/MAPA”.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se
que uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1. Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
6.2.2. Aves
Materiais necessários
yy Luvas descartáveis;
yy Luvas de aço;
yy Saco-lacre;
yy Papel alumínio;
yy Balança;
yy Faca;
yy Materiais refrigerantes;
146
Número de amostras e quantidade mínima
Músculo
3. Realizar a toalete das amostras para que fiquem isentas de outros tecidos
adjacentes como gorduras, aponeuroses, pele e ossos;
7. Lacrar o saco.
Fígado
1. Selecionar quantas amostras de fígado (do mesmo lote) forem necessárias até
que se obtenha a quantidade suficiente para atingir o peso mínimo da amostra;
6. Lacrar o saco.
147
Rins
O rim apresenta três lóbulos aparentes e encontra-se anterior às costelas, junto à última
vértebra cervical e imediatamente posterior aos pulmões.
2. Suspender a ave pelas coxas e introduzir uma das mãos na abertura do abdômen;
7. Lacrar o saco.
Gordura
7. Lacrar o saco-lacre.
148
Oportuno se torna ratificar que as amostras já lacradas devem ser congeladas junto ao meio
refrigerante.
Destaca-se, ainda, que é obrigatório fixar em uma das faces externas da caixa um envelope
contendo uma das vias da ROA devidamente preenchida, assinada e carimbada, com a seguinte
identificação: “Amostra do PNCRC/SDA/MAPA”.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se
que uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1 Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
149
6.3. Coletas de amostras de produtos em estabelecimentos sob
inspeção periódica
Frequência de coleta
As coletas de produtos são aleatórias e com frequência variável. Dessa forma, compete ao
servidor do SIF monitorar as Requisições Oficiais de Análise (ROA) emitidas semanalmente
pelo SISRES. O sistema define aleatoriamente os estabelecimentos em que devem ser
coletadas as amostras e indica ao usuário do SIF o produto a ser coletado, o laboratório
para o qual a amostra deve ser encaminhada e o prazo aplicável para a coleta.
Convém ressaltar que a partir da data prevista no SISRES, o prazo para coleta da amostra
pela equipe da fiscalização periódica é de 3 meses.
6.3.1. Mel
Materiais necessários
yy Instrumento para homogeneização;
yy Colher para a coleta;
yy Frasco de polipropileno de 1º uso, preferencialmente de boca larga;
yy Saco-lacre;
yy Caixa para transporte;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra; e
yy Caneta, tesoura, cola e fita adesiva.
Destaca-se que a coleta de mel e origens diversas deve ser realizada em situações
excepcionais, pois havendo uma violação, o Subprograma de Investigação terá que ser
aplicado em todos os produtores envolvidos.
Registre-se que a amostra deve ser acondicionada em frasco de polipropileno de 1º uso.
150
Procedimentos de coleta e acondicionamento
1. Sortear um fornecedor para seleção da amostra;
8. Lacrar o saco.
A amostra de mel deve ser conservada em temperatura ambiente. Para o envio ao laboratório, a
amostra deve ser acondicionada em caixa isotérmica ou de papelão (caixa primária). Preconiza-
se, ainda, que esta caixa primária seja colocada dentro de uma caixa de papelão.
Destaca-se que em uma das faces externas da caixa deve ser fixado um envelope contendo uma
das vias da ROA, devidamente preenchida, assinada e carimbada, com a seguinte identificação:
“Amostra do PNCRC/SDA/MAPA”.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se
que uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1. Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
151
6.3.2. Produtos da aquicultura
Materiais necessários
yy Balança;
yy Luvas de procedimento;
yy Luva anticorte;
yy Faca amolada;
yy Saco-lacre;
yy Papel alumínio (se necessário coleta para pesquisa dos analitos Dioxinas e HPA)
yy Caixa isotérmica;
yy Materiais refrigerantes;
152
Procedimentos de coleta e acondicionamento
Camarão fresco
6. Lacrar o saco.
Peixe
6. Lacrar o saco.
153
Atenção: para pesquisa dos analitos Dioxinas e HPA, a amostra de peixe deve estar envolvida
totalmente em papel laminado (papel alumínio) antes de colocá-la na embalagem plástica.
Destaca-se que em uma das faces externas da caixa deve ser fixado um envelope contendo uma
das vias da ROA, devidamente preenchida, assinada e carimbada, com a seguinte identificação:
“Amostra do PNCRC/SDA/MAPA”.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se que
uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1. Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
Materiais necessários
yy Bandejas de ovos ou caixa adequada, ambas sem inscrições;
yy Sacos-lacre.
Devem ser coletados 500 g ou dez (10) ovos em natureza, em temperatura ambiente,
provindos de 15 caixas escolhidas aleatoriamente.
154
Destaca-se que a coleta de ovos de origens diversas deve ser realizada em situações
excepcionais, pois havendo uma violação, o Subprograma de Investigação terá que ser
aplicado em todos os produtores envolvidos.
6. Lacrar o saco.
Atenção: na escolha amostra, não coletar ovos trincados, com fendas e quebra na casca. Para
tanto, abrir a embalagem escolhida e avaliar a condição da casca dos ovos.
Os ovos são produtos frágeis, que podem quebrar durante o transporte. Por isso, o acondiciona-
mento correto da amostra é fundamental para a preservação de sua integridade, permitindo sua
chegada ao laboratório em condições adequadas para a realização das análises. Nesse sentido,
alguns cuidados especiais devem ser adotados para o envio da amostra. Esses cuidados in-
cluem a escolha de caixa transportadora de material adequado ao transporte de produtos frágeis
(isopor ou papelão, por exemplo) e a utilização de recursos para a proteção da amostra contra
possíveis impactos e movimentos bruscos (uso de “calços”).
Após o acondicionamento, a caixa deve ser vedada com fita adesiva e colocada dentro de
outra caixa (de papelão), na qual devem constar os dizeres “ESTE LADO PARA CIMA” (SETA) e
“CUIDADO FRÁGIL”.
155
amostra deve ser enviada para o laboratório de destino determinado no sorteio.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se
que uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1. Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
Materiais necessários
yy Sacos-lacre;
yy Material refrigerante;
yy Concha, caneca ou outro utensílio que possa ser utilizado para coletar o leite;
A amostra de leite para o PNCRC deve ser coletada na propriedade rural, no tanque
de expansão onde o leite é refrigerado e armazenado antes de seu recolhimento pela
indústria.
Preconiza-se a coleta de amostras em uma única propriedade rural, que deve ser
escolhida aleatoriamente e cujos registros devem assegurar a rastreabilidade do leite.
Na impossibilidade da coleta ser realizada de uma única origem, a mesma pode ser
feita no tanque comunitário ou na plataforma de recepção da indústria. Neste caso o
156
estabelecimento deve fornecer a rastreabilidade inequívoca da origem da matéria prima,
informando a relação de todos os produtores do leite amostrado.
Destaca-se que a coleta de leite de origens diversas deve ser realizada em situações
excepcionais, pois havendo uma violação, o Subprograma de Investigação terá que ser
aplicado em todos os produtores envolvidos.
6. Lacrar o saco.
157
Uma das vias da ROA devidamente preenchida/assinada/carimbada deve ser depositada em
um envelope identificado com os dizeres “amostra do PNCRC/SDA/MAPA” e com o endereço
do laboratório de destino. O envelope deve ser fixado na face externa da caixa de papelão e a
amostra deve ser enviada para o laboratório de destino determinado no sorteio.
A amostra deve ser enviada ao laboratório dentro do prazo estabelecido no sorteio. Atente-se
que uma via da ROA deve ser enviada com a amostra e a outra deve ser arquivada no SIF.
Para maiores detalhes de como preencher a ROA, verifique o item 6.1. Sistema de Controle de
Resíduos e Contaminantes e Requisição Oficial de Análise.
158
7. Instruções para coleta, acondicionamento e
remessa de amostras de produtos destinados à
alimentação animal
Materiais necessários
yy 3 Sacos-lacre;
yy Caneta marcador permanente;
yy 3 Sacos plásticos transparentes (para acondicionar no mínimo 1kg);
yy 1 Saco plástico transparente (para acondicionar no mínimo 5 kg);
yy Luvas de procedimento;
yy Balde ou outro contentor em que caiba o material a ser coletado (com capacidade
de no mínimo 5 kg);
yy Calador;
yy Concha ou contentor;
yy Caixa para envio de amostras;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da amostra;
yy Tesoura, cola e fita adesiva;
yy Fita de vedação.
159
Atenção: para as coletas de microscopia, não utilize o quarteador!
As amostras devem ser coletadas em triplicata e de forma que representem o lote (Quadro
2), de acordo com os seguintes critérios:
160
Procedimentos de coleta e acondicionamento
8. Fazer um “X” ou uma cruz com a ponta do próprio calador para recompor a
posição das malhas do material ao final da coleta, evitando vazamento do
produto;
161
As amostras de prova, contraprova LFDA/SIF e contraprova da empresa devem ser
acondicionadas e lacradas individualmente. Após a coleta, uma das amostras de contraprova
deve permanecer sob a guarda do estabelecimento produtor. A outra contraprova deve ser
encaminhada ao laboratório juntamente com a amostra de prova, acondicionadas em caixa de
papelão lacrada com fita adesiva e acompanhada dos formulários de coleta.
Aos documentos de solicitação de análises devem ser anexadas cópias dos rótulos dos
produtos, a fim de permitir a resolução de eventuais dúvidas geradas e para a composição de
eventual processo de apuração de infração.
O quarteador ou repartidor de amostras do tipo Johnes possui canaletas ou canais, sendo indicada
a utilização de quarteador que possua mais de 8 canaletas. Para produtos para alimentação
animal, o modelo comumente utilizado é o que possui 16 canais de 20mm, fabricado com aço
inoxidável ou aço carbono galvanizado. Na parte inferior do quarteador há dois compartimentos
para encaixe de duas gavetas simultaneamente. As gavetas coletoras também são conhecidas
pela denominação de caçambas, canecas ou bandejas. O utensílio também conta com gavetas
adicionais, denominadas gavetas distribuidoras, que auxiliam na repartição das amostras.
É importante destacar que a técnica de quarteamento deve ser aplicada após a remoção de
amostras com o calador ou sonda, após seleção criteriosa do que será amostrado.
162
Materiais necessários
yy Quarteador (Figura 27);
yy 3 Sacos-lacre;
yy Caneta de marcação permanente;
yy 3 Sacos plásticos transparentes com capacidade mínima de 1Kg;
yy 1 Saco plástico transparente com capacidade mínima de 5Kg;
yy 1 Balde ou outro contentor com capacidade de, no mínimo, 5 kg;
yy Luvas de procedimento;
yy Envelopes e sacos para a proteção da SOA e da cinta de identificação da
amostra;
yy Tesoura, cola e fita adesiva.
Enfatiza-se que essa quantidade deve ser respeitada para que a amostra seja considerada
representativa.
163
Procedimentos de coleta e acondicionamento
6. Nesse momento, o produto amostrado estará dividido igualmente nas duas gavetas
coletoras. As gavetas devem ser abertas e o conteúdo de uma delas será eliminado.
Escolher a outra gaveta e passar seu conteúdo novamente pelo repartidor;
7. Proceder com essa operação até a obtenção de quatro partes iguais de amostras.
Lembre-se de que as alíquotas devem ter, no mínimo, 300 gramas;
Atenção: a técnica de quarteamento não deve ser aplicada quando houver coleta de produto para
análise de microscopia, evitando-se, assim, a possibilidade de contaminação.
Após a coleta, uma das amostras deve ser entregue ao estabelecimento para fins de contraprova.
A amostra de prova e outra amostra de contraprova devem ser acondicionadas em caixa de
papelão, lacrada com fita adesiva.
164
Para diretrizes de acondicionamento e remessa de amostras refrigeradas, verificar as orientações
descritas no item 1. Instruções gerais de coleta, acondicionamento e remessa de amostras.
165
ANEXOS
166
ANEXO A – Modelo de Solicitação Oficial de Análise
(SOA)
01 – LABORATÓRIO:
14– DATA DE FABRICAÇÃO: 15 – DATA DE VALIDADE: 16 – Nº DO LOTE 17 – TAMANHO DO LOTE 18 – DATA E HORA COLETA DA AMOSTRA:
ANO CICLO AMOSTRA HORA DO INÍCIO DO TURNO TURNO: LINHA: VOLUME DE ABATE/ DIA:
□1 □2 □3 □1 □2 □3
23 –TEMPERATURA /CONDIÇÕES DA AMOSTRA NA COLETA: 24 – DATA DA REMESSA
26 – OBSERVAÇÕES:
27 – ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA COLETA 28 – ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELO ESTABELECIMENTO
167
35 – Nº DA SOLICITAÇÃO/ANO:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS TÉCNICOS – DTEC
COORDENAÇÃO-GERAL DE LABORATÓRIOS AGROPECUÁRIOS – CGAL
SOLICITAÇÃO OFICIAL DE ANÁLISE
8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar--
35 – Nº DA SOLICITAÇÃO/ANO:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS TÉCNICOS – DTEC
COORDENAÇÃO-GERAL DE LABORATÓRIOS AGROPECUÁRIOS – CGAL
SOLICITAÇÃO OFICIAL DE ANÁLISE
8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar--
35 – Nº DA SOLICITAÇÃO/ANO:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA – SDA
DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS TÉCNICOS – DTEC
COORDENAÇÃO-GERAL DE LABORATÓRIOS AGROPECUÁRIOS – CGAL
SOLICITAÇÃO OFICIAL DE ANÁLISE
8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar---------8<---------cortar--
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ANEXO B – Modelo de etiqueta para identificação
do laboratório de destino
169
ANEXO C – Modelo de etiqueta para identificação
do remetente da amostra
REMETENTE:
SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL – SIF XXXX – MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA (OU SIE, OU SIM)
ENDEREÇO: XXXXXXXXXXXXXXXX
BAIRRO: XXXXXXXXXX
MUNICÍPIO / UF
CEP: XXXXX-XXX
DADOS DO RESPONSÁVEL PELA COLETA:
NOME:
TELEFONE DE CONTATO: (DDD)-XXXXXXXX
E-MAIL: XXXXXX.XXXXX@AGRO.GOV.BR
170
ANEXO D – Modelo de etiqueta para identificação
da temperatura de conservação da amostra
171
ANEXO E – Formulário de Colheita e Envio de Tronco
Encefálico para Diagnostico de Encefalopatias
Espongiformes Transmissíveis– EET
172
ANEXO F – Modelo de etiqueta de identificação da
embalagem de acondicionamento da amostra - EET
173
ANEXO G – Modelo símbolo UN3373 substância
biológica categoria B
174
Anexo H – Etiqueta de manuseio
175
Anexo I – Etiqueta de manutenção de
temperatura - EET
176
Coleta, acondicionamento e remessa de amostras em estabelecimentos sob inspeção periódica e permanente
177