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Doencas de Interesse Agropecuario
Doencas de Interesse Agropecuario
Autor:
Nicolle Fridlund
11 de Março de 2023
1 - APRESENTAÇÃO 2
2 - DESENVOLVIMENTO 3
2.1 Introdução 3
3 – Questões 61
4 – Gabarito 65
5 – Questões comentadas 66
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 69
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1 - APRESENTAÇÃO
Olá, seja bem-vindo! O tema da aula de hoje será:
Prevenção, controle e diagnóstico clínico e laboratorial das principais doenças que impactam o
comércio e afetam a saúde pública e dos animais.
Inúmeras doenças podem ser veiculadas ao homem por animais ou por produtos de origem animal,
afetando diretamente à saúde pública.
Existem doenças de origem bacteriana, micótica, viral, por protozoários, por helmintos, por clamídias e
rickettsias e por artrópodes que podem acometer a população e que possuem participação direta ou
indireta dos animais.
Além do risco à saúde pública, as doenças nos animais podem impactar o comércio de uma região ou do
país, pelas restrições impostas pelos importadores de nossos produtos.
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2 - DESENVOLVIMENTO
2.1 Introdução
Atualmente, há uma compreensão crescente de que a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente
estão intimamente ligados.
Algumas infecções têm importância apenas para o animal enquanto outras podem ainda apresentar
reflexos negativos em termos de saúde pública, pois constituem-se em zoonoses.
Algumas infecções apresentam reflexos somente regionais, enquanto, em outras, os reflexos podem
ser para toda a cadeia produtiva nacional, independente da região geográfica onde ocorreu.
Há ainda infecções que podem apresentar consequências inclusive para o comércio internacional de
produtos e subprodutos de origem animal, devido a sua importância em todo o mundo.
As doenças podem surgir e reaparecer devido a uma série de causas inter-relacionadas, associadas a
fatores envolvidos como:
As doenças podem se manifestar de forma epidêmica, que, em sua maioria, apresentam-se de forma
aguda e com sinais clínicos evidentes, o que possibilita um diagnóstico mais fácil e ágil.
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Ou seja, a zoonose é uma doença infecciosa causada por um patógeno que se originou em animais, mas
pulou para os seres humanos, diretamente ou através de uma espécie intermediária. Os animais,
portanto, desempenharam um papel essencial na manutenção de infecções zoonóticas – bacterianas,
virais ou parasitárias – na natureza.
A OMS está envolvida em um número cada vez maior de atividades intersetoriais para abordar ameaças
à saúde na interface homem-animal-ecossistema.
Essas ameaças incluem zoonoses existentes e emergentes, bem como resistência antimicrobiana, as
zoonoses transmitidas por alimentos e outras ameaças à segurança alimentar.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 60% dos patógenos humanos são zoonóticos, 75%
das enfermidades emergentes humanas são de origem animal e 80% dos patógenos que poderiam ser
usados em bioterrorismo também são de origem animal.
Além das zoonoses, várias doenças constituem-se como barreira sanitária no comércio internacional e
implicam elevados investimentos para seu controle e graves prejuízos em casos de surtos, como por
exemplo, a Febre Aftosa.
Os seres humanos dependem dos animais para sua nutrição, companhia, desenvolvimento tecnológico,
socioeconômico e científico e a transmissão pode ocorrer de forma direta, principalmente através do
contato com secreções (saliva, sangue, urina, fezes) ou contato físico como arranhaduras ou
mordeduras; ou de forma indireta, por meio de vetores como mosquitos e pulgas, por contato indireto
com secreções, pelo consumo de alimento contaminado com o agente (viral, bacteriano, fúngico ou
parasitário), entre outras.
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Ebola: acredita-se que o hospedeiro primário do ebola tenha sido o morcego de fruta.
A partir dele, chimpanzés, gorilas, macacos, antílopes e porcos-espinhos foram
contaminados, e através do contato com sangue, secreção, órgãos e outros fluidos
corporais desses animais, o homem também contraiu a doença.
HIV: O vírus tem sua mais provável origem no vírus da imunodeficiência símia (SIV)
presente em chimpanzés. Acredita-se que o homem tenha sido contaminado pela carne
dos animais, que eram caçados para servir de alimento na África.
COVID-19: A doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 é uma dessas situações que assola
o mundo hoje. Um dos casos mais famosos é a peste bubônica, no século 14, transmitida
pelos ratos.
Raiva: Pode ser passada para os humanos e sua contaminação acontece pelo depósito
da saliva, contendo vírus rábico, em pele ou mucosa, pela mordedura ou arranhadura
do animal, assim como pela lambedura de pele com ferimento já existente ou de
mucosa mesmo íntegra.
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A cadeia epidemiológica é um sistema cíclico por meio do qual um agente etiológico é eliminado de um
hospedeiro, é transferido ao ambiente e atinge um novo hospedeiro, no qual ele penetra, evolui e do
qual é novamente eliminado.
O conhecimento da cadeia epidemiológica é de fundamental importância para que se possa saber onde
e como atuar, de forma a interrompê-la e impedir que a doença persista.
- Fonte de infecção
- Via de eliminação
- Meio de transmissão
- Porta de entrada
Via de eliminação: É a via por meio da qual o agente etiológico tem acesso ao meio exterior, ou seja, é
eliminado de uma fonte de infecção.
Hospedeiro: pessoa ou animal afetado, que pode ser definitivo, intermediário, acidental ou errático.
Reservatório: é onde o agente persiste na natureza (exemplo: animais silvestres, solo, água etc.).
Período de incubação: período compreendido do contato do agente até o aparecimento dos sinais ou
sintomas.
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Sinais: evidências da doença em animais, onde não se tem a informação do paciente (não fala).
Coco-bacilos Gram-negativos
A Brucelose é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Brucella, que acomete
principalmente os sistemas reprodutivo e osteoarticular de bovinos, suínos, ovinos, caprinos, cães,
equinos e homem.
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Nomes populares
Animais: Doença de Bang, Aborto Contagioso e Aborto Infeccioso. Homem: Febre de Malta, Febre
Ondulante, Febre de Gibralta.
Sinais clínicos nos animais
Nas fêmeas prenhes produz placentite seguida de aborto, usualmente durante o terço final da
gestação, e epididimite e orquite nos machos.
Agente causador
Coco-bacilo Gram-negativo do Gênero Brucella.
Formas de transmissão
Seres humanos:
Por contato direto com materiais contaminados (fetos abortados, restos placentários) ou
indiretamente por ingestão de produtos contaminados (lácteos não pasteurizados).
Animais:
Contato com a bactéria em restos placentários (via oral, conjuntival, pele), inseminação
artificial ou monta natural.
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HUMANOS NORMALMENTE SE INFECTAM POR CONTATO DIRETO COM PRODUTOS DE ABORTO, OU PELA INGESTÃO DA
BACTÉRIA EM ALIMENTOS, GERALMENTE DERIVADOS LÁCTEOS NÃO PASTEURIZADOS (QUEIJOS, MANTEIGAS, IOGURTES,
SORVETES). NOS LABORATÓRIOS E ABATEDOUROS, A BACTÉRIA É GERALMENTE TRANSMITIDA SOB A FORMA DE
AEROSSÓIS. A CARNE NÃO É UMA FONTE IMPORTANTE DE TRANSMISSÃO DA BACTÉRIA , A NÃO SER QUANDO ESTIVER
POUCO COZIDA OU MAL ASSADA. A MEDULA ÓSSEA E VÍSCERAS MAL-COZIDAS PODEM SER IMPORTANTES FONTES DE
INFECÇÃO HUMANA. O CONTATO COM CULTURAS DE LABORATÓRIO, COM AMOSTRAS DE TECIDOS CONTAMINADOS E A
INJEÇÃO ACIDENTAL DE VACINAS VIVAS SÃO IMPORTANTES FONTES DE INFECÇÃO PARA HUMANOS .
Espécies acometidas
Caprinos e ovinos: Brucella melitensis
Bovinos e bubalinos: Brucella abortus
Suídeos, lebres, renas, roedores: Brucella suis
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A B. abortus (biovariedades 1-6,9) infecta primariamente bovinos e bubalinos, assim como o homem,
sendo que maiores prejuízos causam à bovinocultura do país, em função da extensão dos rebanhos
brasileiros e de áreas com prevalências altas.
A B. canis é a que apresenta menor patogenicidade para o homem e está bastante difundida no Brasil,
especialmente nas grandes cidades.
A B. ovis (ovinos), presente no Brasil, e a B. neotomae (rato do deserto), não encontrada no Brasil, não
são patogênicas para o homem.
Sintomas nos seres humanos
Febre aguda ou insidiosa, suores noturnos, fadiga, anorexia, perda de peso, dor de cabeça e artralgia.
Diagnóstico
Seres humanos:
Animais:
2-Mercaptoetanol (2-ME)
Animais reagentes positivos para Brucelose deverão ser abatidos observando-se as seguintes
condições e critérios:
I - abate no final da matança, com manipulação por profissionais providos de equipamentos de proteção
individual, sendo as carcaças, órgãos e vísceras encaminhados obrigatoriamente ao Departamento de
Inspeção Final;
II - carcaças que apresentarem lesões, extensas ou localizadas, deverão ser julgadas conforme
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Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) – Art. 138; e
III - carcaças que não apresentarem lesões serão liberadas para consumo em natureza, devendo ser
condenados o úbere, o útero, anexos do trato genital, miúdos e sangue.
Na impossibilidade de abate sanitário em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial, os animais
serão submetidos à eutanásia no estabelecimento de criação, conforme normatizado pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária.
Tuberculose
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Nomes populares
Animais: Tuberculose
Homem: Tuberculose Zoonótica
Sinais clínicos nos animais
Os sinais clínicos mais frequentes são a caquexia progressiva e a tosse seca, curta e repetitiva, mastite
e infertilidade.
Animais tuberculosos, quando submetidos à marcha forçada, tendem a posicionar-se atrás dos demais,
demonstrando cansaço e baixa capacidade respiratória.
Pode ocorrer linfadenomegalia localizada ou generalizada.
Agente causador
Bactérias pertencentes à família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium.
Formas de transmissão
Seres humanos – por contato direto com materiais contaminados (tratadores de animais e
trabalhadores de frigoríficos), aerossóis contaminados, ou indiretamente por ingestão de alimentos
contaminados (principalmente leite e derivados lácteos não pasteurizados).
Animais – principalmente pela via respiratória por meio da inalação de aerossóis contaminados com
o microrganismo, ou via digestiva pela ingestão de água, pastagem, forragens e alimentos
contaminados.
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Raiva
A Raiva é uma doença viral aguda, incurável e letal do Sistema Nervoso Central (SNC) que acomete
todos os mamíferos, tanto seres humanos quanto outros animais.
É caracterizada por uma encefalomielite fatal provocada por um RNA vírus da família Rhabdoviridae
e gênero Lyssavirus.
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A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em seu Código Sanitário para os Animais
Terrestres, lista a Raiva na categoria das enfermidades comuns a várias espécies.
A doença pode ser transmitida pelo cão, gato, rato, bovinos, equinos, suínos, macaco, morcego e
animais silvestres, através da mordedura ou lambedura da mucosa ou pele lesionada por animais
raivosos.
Os animais silvestres são reservatórios primários para a raiva na maior parte do mundo, mas os
animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão da Raiva para os seres
humanos.
Fonte: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-
vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-
eeb/cartazes/D.rotundus.jpg/view
A RAIVA É CONSIDERADA UMA DAS ZOONOSES DE MAIOR IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA, NÃO SÓ POR
SUA EVOLUÇÃO DRÁSTICA E LETAL, COMO TAMBÉM POR SEU ELEVADO CUSTO SOCIAL E ECONÔMICO . ESTIMA-
SE QUE A RAIVA BOVINA NA AMÉRICA LATINA CAUSE PREJUÍZOS ANUAIS DE CENTENAS DE MILHÕES DE
DÓLARES, PROVOCADOS PELA MORTE DE MILHARES DE CABEÇAS, ALÉM DOS GASTOS INDIRETOS QUE PODEM
OCORRER COM A VACINAÇÃO DE MILHÕES DE BOVINOS E INÚMEROS TRATAMENTOS PÓS -EXPOSIÇÃO
(SOROVACINAÇÃO) DE PESSOAS QUE MANTIVERAM CONTATO COM ANIMAIS SUSPEITOS.
Em países onde a Raiva Canina é controlada e não existem morcegos hematófagos, os principais
transmissores são os animais silvestres terrestres, como as raposas, os coiotes, os lobos, as raposas-
do-ártico, os raccoon-dogs, os guaxinins, os skunks, entre outros.
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Por outro lado, onde a doença não é controlada, como ocorre na maioria dos países dos continentes
africano, asiático e latino-americano, o vírus é mantido por várias espécies de animais domésticos e
silvestres.
No Brasil, a principal espécie animal transmissora da Raiva ao ser humano continua sendo o cão,
embora os morcegos estejam cada vez mais aumentando a sua participação, podendo ser os principais
responsáveis pela manutenção de vírus no ambiente silvestre.
Raiva urbana
A Raiva urbana é veiculada principalmente por cães e gatos infectados, sendo os cães os principais
agentes da Raiva humana no Brasil.
A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no
organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não
existindo necessariamente agressão.
A Raiva pode apresentar vários sinais clínicos nestes animais, tornando-se difícil diferenciar de outras
síndromes nervosas agudas progressivas.
Em carnívoros, três fases são reconhecidas: precursora ou prodrômica; furiosa ou excitativa e
silenciosa ou paralítica.
Em cães, os sinais da Raiva furiosa podem incluir alterações de comportamento, de depressão,
demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), incoordenação muscular,
mordidas no ar, salivação excessiva, dificuldade para engolir devido à paralisia da mandíbula, falência
múltipla de nervos cranianos, ataxia e paresia dos membros posteriores progredindo para paralisia.
Neste estágio o animal pára de comer e beber.
O estágio da Raiva paralítica pode durar de um a dois dias, seguido de morte por parada respiratória.
O período de incubação, a partir da mordida até o início dos sinais clínicos, é variável podendo ser de
duas semanas a seis meses. Mas a partir do momento que sejam vistos os sinais neurológicos, a doença
é rapidamente progressiva, com a morte acorrendo dentro de sete dias, na maioria dos animais.
Mordidas na face, cabeça e pescoço resultam em períodos de incubação mais curtos.
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Raiva rural
A Raiva rural acomete principalmente bovinos e é veiculada pelo morcego Desmodus rotundus, que
é hematófago e vive nas cavernas das pedreiras, nas casas abandonadas, nos troncos ocos etc.
Os cães também podem transmitir a Raiva aos bovinos pela mordedura.
A doença pode ser transmitida também pela simples deposição da saliva virulenta sobre uma ferida
ou mesmo sobre uma escarificação da pele ou da mucosa. Assim, a transmissão pode ocorrer pelos
alimentos e pela água, porque o vírus penetra por qualquer lesão do aparelho digestório.
O período de incubação está na dependência de vários fatores: via de penetração, inervação rica ou
pobre da região da mordedura, virulência e quantidade do vírus inoculado etc. Nos bovinos esse
período pode chegar até três meses.
Quanto aos sinais, podemos distinguir dois tipos de Raiva nos bovinos:
Furiosa
Na Raiva Furiosa os bovinos apresentam-se agitados e agressivos, podendo investir contra o homem
e contra outros animais. Lambem e mordem, quando possível, o local da mordedura.
A salivação é abundante. Não comem, não apresentam ruminação e o timpanismo aparece com
frequência. Em muitos casos, mugem roucamente. Com a progressão do curso, ocorre
enfraquecimento, paralisia e morte.
Paralítica
A Raiva Paralítica é a mais comum nos bovinos. Nesta, os animais apresentam abatimento, tristeza,
falta de apetite, salivação abundante pelos cantos da boca, ranger de dentes, andar cambaleante,
tremores musculares e paralisia, principalmente dos membros posteriores. Depois de alguns dias
ocorre a morte.
Nomes populares
Doença do Cachorro Louco, Hidrofobia.
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Estratégias do PNCRH
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Desde que foi identificada em nossos rebanhos, a Raiva tem acarretado importantes prejuízos ao
patrimônio pecuário nacional, demandando firme compromisso da sociedade brasileira na busca do seu
efetivo controle.
Em 1966, o Ministério da Agricultura, por meio da Divisão de Defesa Sanitária Animal, instituiu o Plano
de Combate à Raiva dos Herbívoros, que atualmente se denomina Programa Nacional de Controle da
Raiva dos Herbívoros (PNCRH), executado pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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Várias Unidades da Federação possuem legislação própria que detalha as ações específicas sobre o
programa em nível estadual, em apoio às normas federais.
Profilaxia
Consiste principalmente na imunização dos animais susceptíveis.
No caso dos herbívoros, deve-se seguir a orientação descrita no Manual de Controle da Raiva dos
Herbívoros e na Instrução Normativa n° 5, considerando o controle populacional do Desmodus
rotundus, como outras ações profiláticas da raiva.
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Toxoplasmose
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Por este fato o T. gondii é considerado um parasito com ciclo heteroxeno, no qual os felídeos são
considerados os hospedeiros definitivos ou completos e o homem e outros vertebrados
homeotérmicos, os hospedeiros intermediários ou incompletos.
Nomes populares
Doença do Gato.
Sinais clínicos nos animais
Alterações neuromusculares, oculares, reprodutivas.
Ovinos, caprinos - aborto ou natimortos.
Agente causador
Protozoário do Filo Apicomplexa - Toxoplasma gondii.
Formas de transmissão
Seres humanos – congênita, ingestão de cistos em carnes malcozidas e oocistos em água e alimentos.
Animal – oocistos em água e alimentos, carnivorismo em algumas espécies forma congênita.
Espécies acometidas
Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e mamíferos).
Sintomas nos seres humanos
Abortos, natimortos, hidrocefalia, neuropatias, oftalmopatias, cegueira.
Diagnóstico
Seres humanos – Sorologia - HAI, RIFI, ELISA.
Bactérias espirais móveis com endoflagelos
Animal – Sorologia HAI, RIFI, ELISA.
Lábeis no meio ambiente e sensíveis à dessecação
A Leptospirose é uma zoonose de ocorrência mundial, causada por bactérias do gênero Leptospira.
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Trata-se de uma doença infectocontagiosa que acomete o ser humano, animais domésticos e
silvestres, amplamente disseminada, assumindo considerável importância como problema
econômico e de saúde pública.
O gênero Leptospira passou a ser classificado em 17 espécies divididas em espécies patogênicas e
saprófitas, com mais de 13 sorovares, na sua maioria, patogênicos.
A distribuição global das espécies e sorovares varia de forma ampla, inclusive com diferenças na
virulência entre os sorovares patogênicos.
A doença causa diferentes síndromes, sobretudo reprodutivas, urinárias e circulatórias, sendo
transmitida principalmente através da urina de roedores infectados.
A prevalência de Leptospirose depende de um animal portador que é o disseminador da
contaminação e sobrevivência do agente no ambiente (umidade, temperatura elevada e pH
levemente alcalino) e do contato de indivíduos suscetíveis com o agente.
Vários animais podem ser hospedeiros e cada sorovar tem um ou mais hospedeiros com diferentes
níveis de adaptação.
A persistência de focos de leptospirose se deve aos animais infectados, convalescentes e
assintomáticos, os quais se comportam como fonte contínua de contaminação ambiental.
O homem contrai a doença normalmente por exposição à urina contaminada, em grande parte de
animais contaminados, que podem não contrair (roedores) ou não apresentar os sinais da doença.
Qualquer contato com água contaminada, solo úmido, vegetação ou órgãos infectados (abatedouro)
podem causar a doença. A leptospira pode penetrar no corpo do homem ou animais através de cortes
ou rachaduras na pele, ou através das membranas como olhos, nariz e boca. A transmissão é venérea
em suínos e roedores. O estado de carreador pode ser de meses em bovinos e a vida toda em roedores,
e a eliminação pela urina ocorre de forma intermitente.
No Brasil, acredita-se que a maioria dos casos urbanos seja devida à infecção por cepas do sorogrupo
icterohaemorrhagiae, o que fortalece o papel do rato doméstico como principal reservatório, uma vez
que Rattus e Rattus norvergicus são os carreadores mais comuns desse sorogrupo. Nos centros
urbanos, a deficiência de saneamento básico constitui um fator essencial para a proliferação de
roedores.
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HEMORRAGIAS E TROMBOS, QUE LEVAM À INFARTOS TECIDUAIS. A ICTERÍCIA OCORRE PRINCIPALMENTE DEVIDO À
LESÃO HEPÁTICA, E NÃO À DESTRUIÇÃO DE HEMÁCIAS.
O RIM COMEÇA A TER PROBLEMAS DE FILTRAÇÃO. HÁ UREMIA E O ANIMAL APRESENTA HÁLITO DE AMÔNIA. ESTE
0718 223 99 3
É O QUADRO AGUDO DA DOENÇA NO HOMEM E NO CÃO. EM OUTRAS ESPÉCIES PERCEBEM-SE SOMENTE PROBLEMAS
REPRODUTIVOS, PORÉM TAIS PROBLEMAS SÃO CONTRIBUEM PARA A BAIXA PRODUTIVIDADE DA PECUÁRIA
NACIONAL E MUNDIAL, CAUSANDO DIMINUIÇÃO DA FERTILIDADE E ABORTAMENTOS.
Nomes populares
Doença de Weil, Icterícia Infecciosa.
Sinais clínicos nos animais
Cães podem apresentar uma infecção subclínica, na dependência do sorovar infectante ou um quadro
agudo e febril, com complicações entéricas, hepáticas e principalmente renais. Animais de produção
manifestam problemas reprodutivos.
Agente causador
Leptospira interrogans
Bactérias patogênicas do gênero Leptospira.
Formas de transmissão
A infecção humana resulta da exposição à água contaminada por urina ou tecidos provenientes de
animais infectados.
Nos animais, a infecção geralmente ocorre por ingestão de água ou alimentos contaminados por urina
de animais doentes ou portadores.
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Espécies acometidas
Roedores sinantrópicos (principal reservatório natural).
Homem, animais domésticos (caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos) e silvestres.
Diagnóstico
Sorológico (ELISA ou MAT), molecular (PCR) e bacteriológico (isolamento).
Coleta de materiais:
ELISA e MAT - sangue total em EDTA.
PCR – soro.
Isolamento - sangue total com heparina.
Sintomas nos seres humanos
Mal-estar, febre de início súbito, cefaleia, dores musculares e, em casos graves, alterações hepáticas,
renais e vasculares.
Hantavirose
Doença causada por um vírus da família Bunyaviridae e gênero Hantavírus, transmitida para o
homem pela inalação de poeira formada a partir do ressecamento da urina e das fezes dos roedores.
Os aerossóis também podem ser gerados durante a atividade humana ao lavrar a terra, limpeza de
paiol, casas ou porões contaminados, desde que haja uma infestação de roedores. É possível a
transmissão através de mordeduras de ratos.
A Hantavirose é uma zoonose emergente de distribuição mundial que causa duas síndromes distintas:
a Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) e a Síndrome Cardiopulmonar (SCPH), sendo os
roedores silvestres os hospedeiros/reservatórios naturais.
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A transmissão homem a homem foi descrita em 1996 no surto de Hantavirose ocorrido na Argentina
onde a partir de um caso confirmado houve a contaminação de mais 12 pessoas, sete das quais eram
profissionais da área da saúde, porém acredita-se ser um caso isolado.
Replicam-se no citoplasma
Reservatório: roedores
Nomes populares
Doença do rato do mato.
Agente causador
Vírus do gênero Hantavirus.
Espécies acometidas
Humanos e roedores silvestres (principal reservatório natural).
Sintomas nos seres humanos
Febre, mialgia, dor dorso-lombar, dor abdominal, cefaleia intensa, náuseas, vômitos e diarreia.
Na fase mais grave: tosse seca, taquicardia, dispneia e hipoxemia.
Sinais clínicos nos animais
Não adquirem a doença.
Formas de transmissão
Humanos: Pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres.
Existem relatos também por mordeduras de roedores, contato do vírus com mucosas e na Argentina
e Chile, pessoa a pessoa.
Animais: É de forma horizontal e não é letal.
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Diagnóstico
Humanos: ELISA-IgM e IgG, imunohistoquímica e RT-PCR.
Animais: IgG, imunohistoquímica e RT-PCR.
Leishmaniose
Grupo de enfermidades de evolução crônica, que acomete a pele, mucosas e estruturas cartilaginosas
da nasofaringe, de forma localizada ou difusa.
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Nomes populares
Úlcera de Bauru, Ferida Brava ou Nariz de Tapir.
Agente causador
L. (V.) braziliensis, L.(V.) guyanensis, L.(L.) amazonensis, L. (V.) lainsoni,
L. (V.) naiffi, L. (V.) lindenberg, L. (V.) shawi.
Espécies acometidas
Homens, cães, equinos, asininos, gatos, roedores domésticos ou sinantrópicos, preguiças, tamanduás,
raposas e marsupiais.
Sintomas nos seres humanos
Lesões de pele e mucosa com apresentações distintas dependente do agente causador e resposta
imunológica do hospedeiro.
Leishmaniose Cutânea: úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura.
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Leishmaniose Mucosa: úlcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, ou perda do septo nasal, podendo
atingir lábios, palato e nasofaringe.
Sinais clínicos nos animais
Semelhante ao encontrado em humanos.
Formas de transmissão
Pela picada de fêmeas de mosquitos flebotomíneos infectados pelo agente, tanto em humanos como
nos animais.
Diagnóstico
Seres humanos e animais – Clínico, epidemiológico e laboratorial (parasitológico direto, imunológicos
– teste intradérmico, sorológicos e moleculares).
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Visceral, ou Calazar (Kala-azar) é uma doença sistêmica grave que atinge as células do
sistema mononuclear fagocitário do homem e animais, sendo os órgãos mais afetados o baço, fígado,
linfonodos, medula óssea e pele.
Possui amplo espectro epidemiológico com distribuição mundial, ocorrendo na Ásia, Europa, Oriente
Médio, África e nas Américas. Na América Latina ela está presente em 12 países, sendo que 90% dos
casos ocorrem no Brasil.
No Brasil, a doença se caracterizava por se apresentar em regiões tipicamente rural e principalmente
nas regiões norte e nordeste. Atualmente ela vem sendo notificada e confirmada em áreas urbanas e
se expandindo para as outras regiões do país.
Na área urbana, o cão é a principal fonte de infecção. A enzootia canina tem precedido a ocorrência de
casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente do que no homem.
No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os marsupiais. Os vetores da Leishmaniose
Visceral são os insetos flebotomíneos.
No Brasil, duas espécies, até o momento, estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia
longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira espécie é considerada a principal espécie transmissora da
L. (L.) chagasi no Brasil.
No Brasil, a forma de transmissão é através da picada dos vetores - L. longipalpis ou L. cruzi – infectados
pela Leishmania (L.) chagasi. Alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população
canina através da ingestão de carrapatos infectados e mesmo através de mordeduras, cópula, ingestão
de vísceras contaminadas, porém não existem evidências sobre a importância epidemiológica destes
mecanismos de transmissão para humanos ou na manutenção da enzootia.
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Não ocorre transmissão direta de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre enquanto houver o
parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro.
Nomes populares
Calazar, Barriga D’Agua, Febre Dumdun, Doença do Cachorro.
Agente causador
Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, da espécie Leishmania infantus/ Leishmania
chagasi.
Espécies acometidas
Homem, cão, raposas, marsupiais.
Sintomas nos seres humanos
Após o período inicial de incubação os pacientes apresentam sinais e sintomas de uma infecção
sistêmica que incluem febre, fadiga, perda de apetite, perda de peso, palidez cutâneo-mucosa e
hepatoesplenomegalia.
Sinais clínicos nos animais
Classicamente os cães se apresentam com lesões cutâneas, descamação e eczemas, em particular no
espelho nasal e orelhas. Nos estágios mais avançados os cães podem apresentar onicogrifose,
esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia, dermatites, ceratoconjuntivite, coriza, apatia, diarreia,
hemorragia intestinal, edemas de patas e vômitos.
Formas de transmissão
No Brasil a forma de transmissão da
enfermidade é através da picada de fêmeas
de insetos flebotomíneos das espécies
Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi
infectados com as formas promastigotas do
agente.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado nos aspectos
clínicos-epidemiológicos e laboratorial.
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Febre Maculosa
A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada pela Rickettsia
rickettsii, parasita intracelular obrigatório que sobrevive brevemente fora do hospedeiro, e
transmitida por carrapatos infectados.
Rickettsias do grupo da Febre Maculosa transmitida por carrapatos constituem uma multiplicidade
de espécies patogênicas ou não para o homem, dispersas em diversas partes do mundo.
No Brasil, embora outras espécies de rickettsias tenham sido detectadas em carrapatos, a única
espécie isolada é R. rickettsii que causa doença infecciosa aguda de variada gravidade.
A doença se apresenta sob a forma de casos esporádicos, em áreas rurais e urbanas, relacionadas
com contato com carrapatos.
A ocorrência simultânea de casos entre membros de uma mesma família ou grupos de indivíduos
com atividade em comum pode ocorrer. Há relatos de epidemias com significativo número de casos
e elevada letalidade.
Todas as idades, todas as raças, e ambos os sexos são suscetíveis à doença cuja distribuição vai
depender, além do comportamento do vetor, das atividades ocupacionais, recreativas e da
proximidade do vetor às habitações humanas.
O reservatório natural é um complexo de carrapatos (família Ixodidae) e pequenos mamíferos
silvestres.
No Brasil, servem como vetores (e reservatórios) da Rickettsia rickettsii, os carrapatos da espécie
Amblyomma, principalmente o Amblyomma cajennense e Amblyomma aureolatum. São
conhecidos popularmente como “carrapato estrela”, “carrapato do cavalo” ou “rodoleiro”; suas ninfas
por “vermelhinhos”, e as larvas por “micuins”. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de
carrapato pode ser um reservatório da R. rickettsii como é o caso do carrapato do cão, o
Rhipicephalus sanguineus.
O agente circula nos focos naturais, por meio dos carrapatos, que se infectam ao alimentarem-se de
roedores rickettsêmicos, principalmente, e transmitem o agente a outros animais suscetíveis.
A doença não se transmite diretamente de uma pessoa a outra. O carrapato permanece infectante
durante toda sua vida, que em geral é de 18 meses. Além disso, os carrapatos transmitem a R.
rickettsii a sua progênie através de transmissão vertical (transovariana) e estádio-estádio
(transestadial).
O homem se infecta pela picada do carrapato, que deve permanecer aderido ao corpo por 4 a 6 horas
para que ocorra o fenômeno de “reativação” da rickettsia.
Com menor frequência o agente pode penetrar pela pele lesionada, através das fezes dos carrapatos
ou de seus tecidos quando se tenta retirá-los.
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Nomes populares
Pintada, Febre que Pinta, Febre Chitada, Tifo Exantemático de São Paulo, Febre Maculosa das
Montanhas Rochosas ou Febre Maculosa do Novo Mundo.
Agente causador
Rickettsia rickettsii, da família Rickettsiaceae, parasito intracelular obrigatório, com característica de
bactéria gram negativa.
Espécies acometidas
O agente etiológico foi isolado em cães, gambás e coelhos silvestres entre outros. Muitas espécies de
animais, em especial os roedores, apresentam uma rickettsemia prolongada e de alto título.
O homem é um hospedeiro acidental.
Sintomas nos seres humanos
A sintomatologia clínica aparece de 2 a 14 dias depois da picada do carrapato. A doença inicia-se de
forma súbita e se caracteriza por febre, calafrios, cefaleia, dores musculares, articulares e ósseas.
Sinais clínicos nos animais
Na maioria dos hospedeiros naturais a infecção não é aparente. Cães infectados experimental ou
naturalmente podem apresentar febre alta, dor abdominal, depressão e anorexia.
Letargia e nistagmo, conjuntivite e petéquias na boca foram relatados.
Formas de transmissão
Picada de carrapatos infectados.
Pode ocorrer transmissão através da contaminação de lesões na pele pelo esmagamento do
carrapato.
Diagnóstico
Clínico-epidemiológico associado a exames laboratoriais (sorologia ou isolamento).
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A Influenza Aviária é uma doença viral aguda de galinhas e outras aves, causada por diferentes tipos
de vírus, pertencentes à família Orthomyxoviridae, do gênero Influenzavirus, caracterizada por sinais
respiratórios e nervosos, além de alta mortalidade, determinando prejuízos econômicos para a
avicultura comercial.
O vírus eventualmente pode ser transmitido a outros animais e aos humanos por contato direto com
aves infectadas.
Devido a contínuas mudanças genéticas do agente e sua capacidade de adaptação a novos animais e
ao ser humano, a IA representa um risco desconhecido e sem predição à saúde pública.
A doença é considerada uma zoonose o que representa preocupação permanente, uma vez que alguns
subtipos, tais como H5N1, H9N2, H7N7 e H7N2 já foram transmitidos de aves domésticas para
humanos. O subtipo H5N1 tem-se mostrado altamente patogênico aos seres humanos, ocasionando
doença severa e óbitos, havendo grande preocupação de que o vírus possa adquirir a capacidade de
transmissão direta entre humanos, o que neste caso, poderia resultar em uma nova pandemia mundial
de gripe.
O vírus é transmitido no contato direto entre aves infectadas e susceptíveis ou através de contato
indireto, via aerossóis e exposição à fômites contaminados.
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As aves silvestres, principalmente as aves aquáticas, são reservatórios naturais do vírus da influenza
aviária.
Enquanto na maior parte das aves aquáticas e silvestres a infecção é assintomática, alguns subtipos do
vírus podem se apresentar altamente patogênicos em outras espécies.
Os subtipos H5 e H7 têm sido associados a surtos da doença em aves domésticas e são considerados
de maior risco, uma vez que, mesmo os vírus de baixa patogenicidade têm revelado a capacidade de
evoluir para cepas altamente patogênicas.
SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL (OIE), A INFLUENZA AVIÁRIA É UMA INFECÇÃO EM
AVES CAUSADA POR QUALQUER VÍRUS INFLUENZA DO TIPO A, PERTENCENTE AO SUBTIPO H5 OU H7, OU POR
QUALQUER VÍRUS DE INFLUENZA AVIÁRIA COM UM ÍNDICE DE PATOGENICIDADE INTRAVENOSA (IPIV)
SUPERIOR A 1,2, OU QUE CAUSE UMA MORTALIDADE DE PELO MENOS 75% DE AVES SUSCEPTÍVEIS
INOCULADAS.
NO CÓDIGO SANITÁRIO PARA OS ANIMAIS TERRESTRES DA OIE, AS DOENÇAS CAUSADAS PELO VÍRUS DA
INFLUENZA AVIÁRIA SÃO DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA.
O contato das aves domésticas com as aves silvestres é um dos principais fatores determinantes dos
surtos da doença.
Além da possibilidade de introdução do vírus por meio de aves migratórias, outras formas de
introdução e disseminação devem ser consideradas e incluem, especialmente, riscos decorrentes da
movimentação de aves, criações de múltiplas espécies e importação de materiais genéticos, produtos
e subprodutos avícolas, bem como, a difusão do vírus através de calçados e vestimentas de pessoas
que estiveram em uma área focal.
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Nomes populares
Gripe Aviária, Gripe do Frango, Peste Aviária.
Agente causador
A enfermidade é provocada por RNA vírus da família Orthomixoviridae, gênero Influenza virus A.
Existem três tipos de vírus (A, B e C), mas somente o tipo A afeta as aves.
Espécies acometidas
Aves e mamíferos (inclusive o homem).
Sintomas nos seres humanos
Problemas respiratórios graves e morte.
Sinais clínicos nos animais
Problemas respiratórios graves, diarreia, problemas nervosos e morte.
Formas de transmissão
Seres humanos: através de secreções de animais doentes.
Animais: através de animais doentes e locais de criação ou de sítios de parada de aves migratórias.
Diagnóstico
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O PNSA define estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial,
destacando entre elas a Influenza Aviária, doença de Newcastle, Salmonelose e Micoplasmose.
TENÍASE-CISTICERCOSE
A Teníase é uma infecção intestinal ocasionada principalmente por dois grandes parasitos
hermafroditas da classe dos cestódeos da família Taenidae, conhecidos como Taenia solium e Taenia
saginata.
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As tênias também são chamadas de solitárias, porque, na maioria dos casos, o portador traz
apenas um verme adulto. São altamente competitivas pelo seu habitat e, sendo seres monóicos com
estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de parceiros para a cópula e postura de
ovos.
Responsáveis pelo Complexo Teníase-Cisticercose que se constitui de uma série de alterações
patológicas, trazem no seu conjunto um sério problema de saúde pública, principalmente nos países
pobres, onde pode não existir higiene básica além de problemas socioculturais.
Constitui-se de duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódeo, em fases
diferentes do seu ciclo de vida.
A Teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no
intestino delgado do homem.
A Cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática.
O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da Taenia solium e da Taenia saginata.
O suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium e o bovino é o hospedeiro
intermediário da T. saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis,
respectivamente) nos seus tecidos.
Nomes populares
Teníase: Tênia, Solitária
Cisticercose: Canjiquinha, Lombriga na Cabeça.
Agente causador
Taenia solium – Suínos.
Taenia saginata – Bovinos.
Espécies acometidas
Bovinos, suínos e humanos.
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EQUINOCOCOSE-HIDATIDOSE
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FASCIOLOSE
A Fasciolose é uma parasitose causada pela Fasciola hepatica, que acomete o fígado e as vias biliares
de muitas espécies animais domésticos e selvagens.
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Além disso, a Fasciolose é uma zoonose, sendo o homem um hospedeiro acidental do parasito,
demonstrando o mesmo, um quadro clínico normalmente grave quando parasitado.
A doença tem distribuição mundial, principalmente em regiões onde as condições climáticas são
adequadas para os ' que servem como hospedeiro para o parasito.
É uma enfermidade de grande importância veterinária por causar elevadas perdas econômicas, devido
à condenação de grande número de fígados e carcaças de animais nos abatedouros além da queda na
produção e na qualidade do leite, perda de peso dos animais, queda na fertilidade, atraso no
crescimento, e, ocasionando em alguns casos até mortalidade.
Em relação ao potencial de disseminação dessa enfermidade parasitária no mundo, verifica-se uma
ampla distribuição vinculada a dispersão no ambiente de espécies de moluscos capazes de albergar
estágios larvais do parasito na condição de hospedeiro intermediário.
Os hospedeiros definitivos deste trematoide são os animais de sangue quente, ocorrendo em
ovinos, caprinos, bovinos, búfalos, suínos e em seres humanos. O seu ciclo evolutivo só se completa na
presença de água e de um hospedeiro intermediário, um caramujo aquático do gênero Lymnea.
Quando os ovos do parasita adulto são eliminados, juntamente com as fezes do hospedeiro definitivo
próximo à água, desenvolve-se dentro dele a primeira fase larval, o miracídio. Esta larva ciliada nada
em busca do hospedeiro intermediário, onde irá se transformar em esporocisto, depois em rédia até a
fase de cercaria. A cercária abandona o caramujo e procura um vegetal nas margens da lagoa onde se
adere e se transforma em metacercária.
Os hospedeiros definitivos infectam-se quando se alimentam dessa vegetação com metacercárias. Ao
chegar ao intestino delgado do hospedeiro definitivo, a metacercária se liberta do cisto e atravessa a
parede intestinal, cai na circulação indo se alojar no fígado e ductos biliares.
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ESQUISTOSSOMOSE
A Esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária, de veiculação hídrica, provocada por vermes
trematódeos do gênero Schistossoma, cuja transmissão ocorre quando o indivíduo suscetível entra
em contato com águas superficiais onde existam caramujos, hospedeiros intermediários, liberando
cercárias.
A doença inicialmente é assintomática, podendo evoluir para formas clínicas extremamente graves.
O parasita, além do homem, necessita da participação de caramujos de água doce para completar
seu ciclo vital. Esses caramujos são do gênero Biomphalaria.
No Brasil, somente três espécies são consideradas hospedeiros intermediários naturais da
Esquistossomose: B. glabrata, B. straminea e B. tenagophila.
Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo.
Os ovos do parasita são eliminados pelas fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e
liberam larvas, denominadas miracídios, que infectam caramujos hospedeiros intermediários que
vivem nas águas doces. Após quatro semanas as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias
e ficam livres nas águas naturais. O contato dos seres humanos com essas águas é a maneira pela qual
é adquirida a doença.
Sinais clínicos
Na fase aguda pode apresentar febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor
muscular, tosse e diarreia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho.
Na forma crônica a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode
aparecer sangue nas fezes.
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Nos casos mais graves da fase crônica o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento
e fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como Barriga
d´água.
A AIE é uma doença causada por vírus, transmissível e incurável, que ataca equídeos (cavalos, asininos
e muares) de qualquer raça, sexo e idade.
Considerada uma afecção cosmopolita dos equídeos, o agente é um vírus.
O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não
manifestar sintomas.
É uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e
subaguda.
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AIE: Doença viral crônica, causada por um vírus da família Retroviridae, gênero
Lentivirus, que pode acometer os equídeos (equinos, asininos e muares).
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Sinais clínicos
Febre alta (39º a 41ºC).
Pequenos sangramentos na língua e olhos.
Fraqueza, perda de apetite, edema nos membros e abdômen.
Anemia.
Animais podem se apresentar aparentemente sadios, porém servir como reservatório do vírus e
propagar a doença.
Transmissão
Picadas de insetos, que se alimentam de sangue: mutucas e moscas.
Agulhas, seringas, esporas, freios, arreios e utensílios contaminados com sangue infectado.
Material cirúrgico contaminado.
Leite e sêmen.
Prevenção
Adquirir animais com exames negativos para AIE, dentro do prazo de validade.
Limpar as baias, para evitar insetos.
Vacinar ou medicar os animais só com agulhas descartáveis.
Desinfetar os equipamentos antes do uso.
Participar de eventos com aglomeração de equídeos onde os animais sejam comprovadamente
negativos para AIE, através de exames laboratoriais.
Diagnóstico
Prova sorológica de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA), efetuada com antígeno registrado e
aprovado pelo DDA, ou outra prova oficialmente reconhecida.
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MORMO
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sintomas clínicos, e para qual não há tratamento eficaz para a eliminação do agente nos animais
portadores.
Art. 15. A eutanásia e destruição dos casos confirmados de mormo serão realizadas no
estabelecimento onde o animal se encontra, de acordo com os procedimentos e métodos aprovados pelo
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da
notificação ao proprietário do animal.
§ 1º Na impossibilidade da eutanásia ser realizada no estabelecimento onde o animal se encontra, esse
poderá ocorrer em outro local aprovado previamente pelo OESA.
Observação: OESA: Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária
Mormo é uma das doenças animais de declaração obrigatória para a Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), em termos de seu impacto econômico sobre o comércio internacional de
animais e seus subprodutos.
Sinais clínicos
Ocorrem três formas de manifestação:
Nasal: febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas; pode ocorrer úlceras e nódulos em
membros e abdômen.
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Pulmonar: mais comum em cavalos, pode causar pneumonia crônica com úlceras na pele dos membros
e na mucosa nasal.
Cutânea: ocorre sob a forma de nódulos e úlceras na região interna dos membros, com presença ou não
de secreção amarelada escura.
Transmissão
Ocorre pelo contato de animais sadios com secreções e excreções de animais doentes, como a secreção
nasal e o pus dos abscessos, que contaminam o ambiente, comedouros e bebedouros.
Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção. A principal via de
infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. A
disseminação ocorre principalmente por meio da contaminação de forragem, cochos e bebedouros por
secreção oral e nasal.
Prevenção
Desinfetar as instalações e todo o material que esteve em contato com animais doentes.
Diagnóstico
Fixação de Complemento (FC) ou o ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática).
INFLUENZA EQUINA
Doença contagiosa e de fácil propagação, causada por vírus (Equine Influenzavirus - EIV), pertencente
à Família Orthomyxoviridade, Gênero Influenzavirus A).
Afeta equídeos (cavalos, asininos e muares) de qualquer raça, sexo e idade.
O vírus da influenza equina (EIV) é considerado um dos principais agentes infecciosos causadores de
surtos respiratórios em equídeos no Brasil e no mundo.
O EIV é classificado em dois subtipos. O subtipo H3N8 encontra-se amplamente disseminado na
população equina mundial e o subtipo H7N7, apesar de ser eventualmente detectado por métodos
sorológicos, é considerado extinto ou circulante em baixos níveis de prevalência.
A enfermidade apresenta período de incubação curto, em torno de 48 horas, e a recuperação de até três
semanas.
A gripe equina é caracterizada principalmente por morbidade elevada e baixa mortalidade e os sinais
clínicos variam de leves a severos, dependendo do estado imunitário do animal, podendo ocorrer o
agravamento do quadro devido a infecções bacterianas secundárias.
Equinos de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo EIV, principalmente aqueles que não tenham
sofrido exposição prévia ao agente ou que não tenham sido vacinados. No entanto, a enfermidade tem
maior prevalência em animais com idade inferior a dois anos. Além disso, a enfermidade ocorre com
maior frequência em animais que são transportados por longas distâncias ou confinados em
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locais pouco ventilados. O transporte e a aglomeração dos animais em locais escuros, com pouca
ventilação, favorecem a ocorrência da enfermidade.
Sinais clínicos
Febre alta, tosse prolongada, seca, sem secreção catarral, secreção nasal serosa (aquosa), falta de
apetite, apatia geral, desânimo, perda de peso.
A recuperação está diretamente relacionada com o grau de contaminação secundária e com o tipo de
repouso ao qual o animal é submetido durante a enfermidade.
Transmissão
Contato direto com secreção nasal e oral de animais doentes. Inclui cochos de água e sal, bebedouros,
manjedouras, embocadouras, aerossóis de tosse ou espirro, materiais de uso diário (panos, escovas
etc.).
Prevenção
Vacinação.
FEBRE AFTOSA
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas
(aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos,
caprinos, ovinos e suínos.
Hospedeiros
Bovídeos (bovinos, zebus, búfalos domésticos, iaques), ovinos, caprinos, todos os
ruminantes selvagens e suídeos.
Os camelídeos (camelos, dromedários, lhamas, vicunhas) têm baixa
suscetibilidade.
A doença é causada por um vírus, com sete tipos diferentes, que pode se espalhar rapidamente, caso as
medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção.
O vírus está presente em grande quantidade no epitélio (tecido que reveste) e fluído das vesículas.
Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados.
A contaminação de qualquer objeto com qualquer dessas fontes de infecção é uma fonte perigosa de
transmissão da doença de um rebanho a outro.
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No pico da doença, o vírus está presente no sangue. Nesse estágio, os animais infectados começam a
excretar o vírus poucos dias antes do aparecimento dos sinais clínicos.
Os animais contraem o vírus por contato direto com outros animais infectados ou por alimentos e
objetos contaminados.
A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados
pelo vírus.
Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o
vírus.
A Febre Aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, bubalinos,
caprinos, ovinos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. Uma das
doenças mais contagiosas dos animais que causa importantes perdas econômicas.
Devido ao alto poder de difusão do vírus e aos impactos econômicos provocados pela doença, os países
e áreas livres de febre aftosa estabelecem fortes barreiras à entrada de animais susceptíveis e seus
produtos oriundos de regiões com febre aftosa.
Assim, basta apenas um foco desta doença (uma propriedade atingida) para haver restrição ao
mercado internacional, e até mesmo ao mercado nacional, já que animais e produtos de origem
animal ficam proibidos de serem comercializados para países livres ou áreas livres de febre
aftosa. Essas barreiras têm efeitos negativos sobre a pecuária e na economia do país, com graves
consequências sociais.
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observada e os porcos podem perder as unhas em casos severos. Em animais mais jovens, podem ser
vistas estrias acinzentadas ou amareladas no miocárdio, também chamadas “coração tigrado”, causadas
pela degeneração e necrose tecidual. Lesões vesiculares também podem ser encontradas nos pilares do
rúmen.
Transmissão
Apesar da alta sensibilidade ao calor e à luz, os vírus da aftosa são transmitidos com muita facilidade
pelo ar, pela água e alimentos. É altamente transmissível por animais doentes e pelas secreções e
excreções. O aftovírus é transmitido pelo leite, carne e saliva do animal doente, mas também é
transmissível pela água, ar, objetos e ambientes contaminados.
A transmissão ocorre principalmente por aerossóis respiratórios e contato direto ou indireto com
animais infectados. A transmissão aérea requer temperatura e umidade apropriadas. O vírus pode
sobreviver por 24 a 48 horas no trato respiratório humano e pode servir para disseminar o vírus se não
forem tomadas medidas preventivas. Os animais também se infectam pela ingestão de produtos de
origem animal contaminados com o vírus como carne, leite, ossos e queijo. Adicionalmente, objetos
contaminados, como botas, mãos, roupas e veículos ou equipamentos podem disseminar o vírus de um
animal para outro ou de uma fazenda para outra.
Scrapie é uma doença infecciosa, neurodegenerativa progressiva e fatal, causada por uma isoforma
anormal do Príon celular (PrPc), denominada Príon Scrapie (PrPsc).
Pertence ao grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis EETs, ou doenças priônicas, que
inclui a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).
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Possui um impacto considerável na saúde e bem-estar animal e se apresenta como uma doença ainda
pouco compreendida nos rebanhos ovinos brasileiros. O diagnóstico é baseado na demonstração da
PrPSc no cérebro ou, no animal vivo, no tecido linfoide periférico.
O termo scrapie vem da palavra inglesa scrape, que tem o significado de raspar, arranhar ou esfolar.
O scrapie foi a primeira das EETs a ser descrita e comprovada, com o primeiro registro em 1732 na Grã-
Bretanha; apesar disto, muitos aspectos do scrapie ainda permanecem parcialmente ou totalmente
desconhecidos.
É considerada uma doença endêmica em vários países da Europa, no Canadá e nos Estados Unidos,
sendo relatada em diversos países do mundo.
No Brasil, o primeiro relato de scrapie ocorreu em 1978 em um ovino Hampshire Down, importado da
Inglaterra.
Desde então, há várias notificações na Organização Mundial da Saúde Animal – OIE (www.oie.int)) e
também casos relatados na literatura.
Nomes populares
Paraplexia Enzoótica dos Ovinos
Tremor Enzoótico Ovino.
Sinais clínicos
Nos ovinos, a doença clínica se manifesta como uma desordem não febril, crônica, progressiva,
neurodegenerativa e fatal.
Os principais sinais clínicos que são relatados estão associados a uma irritação na pele, mudanças de
comportamento, na postura e movimentação e perda de peso, mesmo que o animal continue se
alimentando.
Os sinais clínicos podem variar e alguns animais não apresentam um quadro típico.
A duração dos sinais clínicos é muito variável, podendo ser de duas semanas a seis meses.
Períodos de stress podem coincidir com o início dos sinais clínicos, ou exacerbá-los.
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Transmissão
A transmissão do scrapie acontece de forma natural, porém o modo de transmissão da doença ainda
não é totalmente conhecido.
Em rebanhos livres da doença, o meio mais comum pelo qual o scrapie é introduzido é através da
inserção de animais infectados e que estejam na fase de incubação.
Em condições naturais, a infecção pelo agente do scrapie acontece pela via oral.
A principal fonte de contaminação do ambiente por tecidos infectivos é a placenta e os fluidos fetais,
levando a um aumento na transmissão do scrapie durante a estação de nascimentos.
Causada por um agente transmissível não convencional, denominado príon (PrPsc), que é uma
proteína infecciosa decorrente da modificação pós-translacional de uma proteína normal.
A doença caracteriza-se pela presença de lesões degenerativas no encéfalo, por um longo período de
incubação (média de quatro a cinco anos) e pela quase total ausência de reações inflamatórias e
imunológicas.
Não possui predisposição por raças ou sexo, porém acomete principalmente os bovinos criados sob
sistema de fornecimento de rações ou concentrados, como suplementação nutricional, devido ao risco
de contaminação desses alimentos com subprodutos eventualmente infectados pelo agente da EEB.
Naturalmente, a EEB acomete bovinos domésticos (gêneros Bos e Buballus).
Os produtos obtidos de animais infectados são a principal fonte de material infectivo, especialmente o
sistema nervoso central (SNC).
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O agente da EEB é tipificado conforme o peso molecular, o que pode ser visualizado pela técnica de
Western Blotting.
As formas atípicas são muito raras e vêm sendo detectadas em países que contam com um sistema
sensível para vigilância da EEB.
Não há diagnóstico validado 'in vivo' e são necessários testes post-mortem em material encefálico.
Conforme o método de diagnóstico utilizado, será realizada a avaliação das características
morfológicas do tecido encefálico e a detecção da forma anormal do príon.
A eleição do método de diagnóstico dependerá do contexto da sua utilização, como triagem ou a fim de
confirmações de suspeitos, além da situação clínica do animal.
A porção anatômica mais indicada para o diagnóstico da EEB é a região da medula oblonga indicada
no óbex.
ATENÇÃO!
Sinais clínicos
Devido ao seu longo período de incubação (3 a 8 anos, em média 5 anos), a doença se manifesta em
bovinos adultos (normalmente entre 5 e 7 anos).
Já na sua forma atípica, a ocorrência é mais comum em bovinos mais velhos (> 7 anos).
Pela resistência às proteases, o príon infeccioso se acumula no SNC, ocasionando a morte tecidual e
degeneração progressiva do SNC.
Os animais podem apresentar alterações comportamentais, do temperamento, da sensibilidade e da
locomoção, isolada ou concomitante.
Além disso, é comum apresentarem decréscimo na produção de leite e perda de peso, apesar da
manutenção do apetite.
Raramente um caso de EEB pode apresentar sinais agudos e progressão rápida.
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Por isso, para se evitar a doença, não se deve alimentar ruminantes (bovinos,
caprinos e ovinos) com produtos de origem animal.
Não utilizar a cama de aviário e dejetos de suínos como alimento para ruminantes, pois a ração desses
animais recebe proteína de origem animal, e os restos dessas rações juntamente com as partículas não
digeridas que saem nas fezes, podem veicular o agente da EEB, caso presente.
Essas espécies (suínos e aves) são naturalmente refratárias à doença da vaca louca.
A peste suína clássica (PSC) é uma doença viral altamente contagiosa que acomete suídeos
domésticos e asselvajados (javalis e cruzamentos com suínos domésticos).
A doença não oferece riscos à saúde humana.
A PSC é causada por um vírus RNA, gênero Pestivirus, a qual é diferente do vírus da peste suína
africana (PSA) que é considerada exótica no Brasil, e é causada por um vírus DNA da família
Asfarviridae, gênero Asfivirus.
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A PSC caracteriza-se na forma aguda por um quadro hemorrágico e por elevada morbidade e
mortalidade.
A infecção ocorre pela via oro-nasal, sendo as tonsilas o primeiro sítio de replicação do vírus, que em
seguida penetra na corrente circulatória alcançando linfonodos, baço, rins, porção distal do íleo e
cérebro.
Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é altamente contagiosa e
frequentemente fatal nos suínos.
Suínos e javalis são os reservatórios naturais do vírus da Peste Suína Clássica (PSC).
Sinais clínicos
Forma aguda: Febre (40,5 a 42°C), apatia, anorexia, letargia, animais amontoados, conjuntivite, lesões
hemorrágicas na pele, cianose (orelhas, membros, focinho, cauda), paresia de membros posteriores,
ataxia, sintomatologia respiratória e reprodutivas (abortos). À necropsia: hemorragias em múltiplos
órgãos, esplenomegalia, aumento dos linfonodos, pneumonia lobular, congestão dos vasos da meninge.
Morte de 5 a 14 dias após o início dos sinais clínicos, podendo chegar a 100% em leitões.
Forma crônica: Mortalidade menos evidente, prostração, apetite irregular, apatia, anorexia, diarreia,
artrite, lesões de pele, retardo no crescimento, repetição de cio, problemas reprodutivos, produção de
leitegadas pequenas e fracas, recuperação aparente, com posterior recaída e morte.
Forma congênita: Nascimento de leitões com malformações, tremor congênito e debilidade. Pode
haver leitões clinicamente normais, porém, com viremia persistente, sem resposta imune que atuam
como fonte de infecção para outros suínos, sem detecção de anticorpos no diagnóstico indireto (testes
sorológicos).
Transmissão
O vírus é eliminado com as secreções e excreções do animal doente ou portador sadio, sendo essas as
principais fontes de infecção.
Pode ser veiculado entre os animais e propriedades próximas pelas moscas, piolhos, vermes, aves,
vestuários de funcionários ou visitantes, utensílios diversos, equipamentos cirúrgicos, veículos para o
transporte de animais, rações, carne e seus subprodutos.
A transmissão ocorre, portanto, por alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e
instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados,
roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de
incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).
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O vírus é encontrado em todas as secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido
pelas vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou
indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários,
produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e oro-nasal.
Fornecimento de restos alimentares contaminados aos suínos, sem tratamento térmico, é a forma
entrada mais comum da doença em países livres. Infecção transplacentária é importante, gerando
leitões clinicamente sadios, mas que disseminam o vírus.
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/arquivos-
suideos/FichaTcnica_PSC_OUT_19.pdf
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Sinais clínicos
Variam de acordo com fatores epidemiológicos como endemicidade e suscetibilidade dos indivíduos,
dependendo da idade, da virulência da estirpe e da via de transmissão da infecção.
A forma clássica manifesta - se sob 3 formas clínicas: sinais nervosos, respiratórios e
reprodutivos.
A ocorrência do VDA em áreas endêmicas é associada a manifestações reprodutivas.
A introdução do vírus em rebanhos livres resulta em sinais clínicos característicos, que variam de
acordo com a faixa etária:
Doença infecto-contagiosa causada por um herpes vírus, que provoca graves prejuízos
econômicos nas explorações infectadas devido à elevada mortalidade dos leitões;
imunodepressão e atraso no crescimento dos porcos de engorda; perdas reprodutivas
das porcas em gestação.
Transmissão
Contato direto entre animais, água e alimentos contaminados.
A vacinação não impede a infecção, os suínos tornam-se portadores e eliminam o vírus de forma
intermitente e por no mínimo 7 dias após a infecção.
Apesar de pequena, a quantidade de vírus eliminada é suficiente para provocar a doença em animais
susceptíveis. Situação de stress: portadores eliminam o vírus, disseminando-o a outros animais.
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Aerossóis - grande importância na disseminação da doença. Por este motivo, em áreas de grande
concentração de suínos, torna-se difícil controlar a disseminação do vírus, que pode ser transportado
até 9 km pelo vento.
_____________________________________________________________________________________________________________________
Agora que já temos uma boa noção sobre as principais doenças que impactam o comércio e
afetam a saúde pública e dos animas, vamos ver alguns exemplos de questões que já foram
cobradas em concurso? Tente resolver primeiro sozinho, e depois dê uma olhada nas questões
comentadas.
3 – QUESTÕES
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2. (FCC 2011) Em relação à toxoplasmose pode-se afirmar que é uma doença decorrente
principalmente do consumo de:
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A) B. ovis e B. melitensis.
B) B. suis e B. canis.
C) B. suis e B. ovis.
D) B. suis e B. canise.
E) B. suis e B. melitensis.
A) ave e suíno.
B) bovino e suíno.
C) ave e bovino.
D) suíno e bovino.
E) suíno e equino.
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A) A leptospirose humana é endêmica nos principais centros urbanos, ocorrendo picos sazonais em
épocas de inundações.
B) A hidatidose humana é um problema concentrado principalmente no extremo sul do país.
C) A Brucelose em animais é uma doença de baixa prevalência, embora se estime que em grandes
rebanhos de bacias leiteiras a incidência seja mediana.
D) A Brucelose humana é doença de notificação obrigatória no Brasil.
E) Os acidentes ofídicos são objeto de ações preventivas coordenadas.
( ) A Leptospira é transmitida ao homem por aves domésticas e selvagens, suínos, bovinos, cães e gatos,
através de feridas ou por contaminação cruzada durante o manuseio de alimentos contaminados.
( ) A infecção causada por bactérias do gênero Salmonella pode causar enterite e septicemia esporádica
em plantéis avícolas. Além de ser uma zoonose, a salmonelose aviária tem grande impacto na avicultura
mundial, sendo de alta morbidade e mortalidade.
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( ) A contaminação de seres humanos por Salmonella spp. ocorre exclusivamente por ingestão de
alimentos de origem animal.
( ) A transmissão do Hantavírus de roedores para o homem pode ocorrer pela exposição a aerossóis
provenientes de excreções e secreções de roedores infectados; as primeiras manifestações clínicas em
humanos geralmente são inespecíficas, como febre e cefaleia.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.
A) V–F–V–F
B) V–V–V–V
C) V–F–F–V
D) F–V–F–V
E) F–F–F–F
4 – GABARITO
QUESTÃO RESPOSTA
1 E
2 D
3 C
4 B
5 E
6 B
7 A
8 E
9 D
10 D
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5 – QUESTÕES COMENTADAS
1. Resposta letra E.
Conforme vimos em aula, a raiva em carnívoros possui três fases reconhecidas: precursora ou
prodrômica; furiosa ou excitativa e silenciosa ou paralítica.
2. Resposta letra D.
3. Resposta letra C.
Os roedores podem transportar bactérias do gênero Salmonella que causam doenças em seres humanos
e animais de estimação. A infecção ocorre através da ingestão de alimentos ou água contaminados com
fezes de roedores. A leptospirose é uma zoonose de ampla distribuição, com significativo impacto social,
econômico e sanitário. Esta enfermidade acomete o ser humano e praticamente todos os animais
domésticos e selvagens, entre os quais se destacam os carnívoros, roedores, primatas e marsupiais. Em
ecossistemas rurais e urbanos, o principal reservatório de leptospira é constituído pelos roedores
sinantrópicos, entre os quais o Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), que ocupa no mundo
todo uma posição de destaque.
4. Resposta letra B.
Conforme vimos em aula, a Tuberculose possui como principal forma de transmissão nos animais a via
respiratória: por meio da inalação de aerossóis contaminados com o microrganismo. Outra forma de
transmissão é pela via digestiva, através da ingestão de água, pastagem, forragens e alimentos
contaminados.
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Essa foi muito fácil, não é? O homem adquire a teníase ingerindo carne crua ou malcozida. Não esqueça
que o homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da Taenia solium e da Taenia saginata. O
suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium e o bovino é o hospedeiro
intermediário da T. saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis,
respectivamente) nos seus tecidos.
Reveja o ciclo para não restar dúvida quanto a este tema (a cisticercose bovina foi cobrada em um
concurso do MAPA como questão discursiva):
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Conforme vimos na aula, as formas de transmissão da Tuberculose aos seres humanos incluem:
Na aula de hoje, aprendemos que a Leptospirose é uma doença bacteriana causada por Leptospira
interrogans. A fase de leptospiremia corresponde à multiplicação do agente na corrente circulatória,
e a fase de leptospirúria corresponde à fase de imunidade, com estabelecimento de leptospiras em
locais de difícil acesso (ex. rins), podendo a bactéria ser eliminada pela urina de forma intermitente
por muito tempo. O diagnóstico direto é feito pela pesquisa de leptospiras e o indireto através da
sorologia.
A Brucelose nos animais faz parte da lista de doenças passíveis da aplicação de medidas de defesa
sanitária animal.
A Leptospira é transmitida ao homem por aves domésticas e selvagens, suínos, bovinos, cães e gatos,
através de feridas ou por contaminação cruzada durante o manuseio de alimentos contaminados.
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Falsa. O homem contrai a doença normalmente por exposição à urina contaminada, em grande
parte de animais contaminados.
A contaminação de seres humanos por Salmonella spp. ocorre exclusivamente por ingestão de
alimentos de origem animal.
Falsa. A transmissão da Salmonella spp. para o homem geralmente ocorre pelo consumo de
alimentos contaminados, porém a transmissão pessoa a pessoa possa ocorrer nos hospitais,
através do contato com animais infectados, principalmente entre veterinários e trabalhadores
de granjas e fazendas.
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Que maravilha!!
Até a próxima!
Professora Nicolle
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