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Introdução
DISCIPLINA
EDUCAÇÃO INTEGRAL E
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
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Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------- 3
2 Educação Inclusiva – A perspectiva das diferenças e da mandala de saberes ------ 6
3 A Política Nacional da Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva 8
4 O Atendimento Educacional Especializado – AEE ------------------------------------------ 11
5 A construção da escola de qualidade à luz das diferenças: o Projeto Político-
Pedagógico ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
5.1 Organização pedagógica das escolas das diferenças -------------------------------------------------- 16
5.2 As práticas pedagógicas nas escolas das diferenças--------------------------------------------------- 21
5.3 Sonhos, esperanças e desejos ------------------------------------------------------------------------------- 26
6 Educação inclusiva no ensino superior: um novo desafio ------------------------------- 27
6.1 Histórico sobre as universidades --------------------------------------------------------------------------- 27
6.2 Histórico da educação inclusiva----------------------------------------------------------------------------- 31
6.3 A inclusão e o ensino superior ------------------------------------------------------------------------------ 33
7 Referências ------------------------------------------------------------------------------------------- 39
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1 Introdução
É a visão em rede que se abre, para tentar dar conta da complexidade do saber
em suas múltiplas interfaces, indicando em síntese, os principais ingredientes que
devem compor as propostas pedagógicas.
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A identidade fixada, que categoriza os alunos surdos, indígenas, “da zona rural”
e outros, isola cada um deles em um conjunto distinto de pessoas, discriminando-as.
Quando as diferenças entre os alunos se enclausuram nos “alunos diferentes”,
evidenciaram-se as relações de poder que sustentam a construção social das
identidades e diferenças nas escolas. Surge, daí todo o tipo de discriminações,
restrições, fragmentações e especializações indevidas, que fazem perder a visão de
rede, de mandala dos saberes, do círculo de vida, que deve caracterizar o processo de
escolarização. Diante disso, a identidade não é somente um assunto ontológico, mas
essencialmente político. “Os sujeitos estão situados no meio de espaços de diferenças
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Desse modo, coerente com a perspectiva das Mandalas de Saberes, que são: "
[...] estruturas de dupla codificação, nem isto ou aquilo, mas isto e aquilo, o educador
abre todos os seus poros, trabalha junto com e não mais sozinho. O seu lugar não é
mais somente dentro da escola, mas dentro do grupo em que a escola atua. A
educação não se realiza somente na escola, mas em todo um território e deve
expressar um projeto comunitário. "(REDE DE SABERES MAIS EDUCAÇÃO, 2009, p. 31)
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Essa razão nos dá a dimensão das inovações que a educação inclusiva propõe ao
ensino e à aprendizagem e que têm ressonância nas Mandalas dos Saberes.
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A inclusão é a força propulsora que faz girar a Mandala dos Saberes, no sentido
de integrar conhecimentos, assim como outros programas e projetos educacionais,
que reúnem as escolas com suas comunidades, de modo que todos se enredem em
novas possibilidades de se entender e de fazer acontecer uma educação de qualidade,
multicolorida, dinâmica e equilibrada.
Iniciativas educacionais, que trazem a vida e a cidadania para dentro das escolas
e dos seus alunos são imprescindíveis, para que professores, alunos e comunidade
reconsiderem os saberes escolares, entendam a extensão dos currículos e seus
conteúdos e percebam as diferenças em seus matizes infinitos, como são concebidos
na idealização e confecção de mandalas, em todos os tempos e civilizações. E esta
concepção de vida e cidadania, na escola, norteia e permeia os caminhos pedagógicos
da inclusão.
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A formação muda, não apenas nos seus conteúdos, que antes se voltavam para
uma educação escolar substitutiva da escolarização regular. Os professores da
Educação Especial são formados para atender, nas suas especificidades, os alunos da
Educação Especial, sem encaixá-los em categorias.
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O AEE não se caracteriza como um reforço das atividades curriculares aos alunos
da Educação Especial. Todas as ações propostas pelos programas escolares, para que
os alunos tenham complementadas as atividades curriculares são, portanto, de
interesse do AEE, para diversificar seus Planos de atendimento.
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relação aos alunos da Educação Especial. Também poderá favorecer a interação entre
todos os alunos, a colaboração e o seu desenvolvimento acadêmico e social.
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de sala de aula para trocar informações sobre o progresso dos estudantes, avaliar a
necessidade de adaptar ou complementar materiais e solucionar problemas em
conjunto, inclusive, implicando os estudantes e suas famílias nessa discussão.
Nossa experiência indica que não se trata de uma questão de adaptação dos
espaços ou do currículo, mas de inaugurar uma outra concepção de ensinar e de
aprender na qual as atividades permitem aos alunos expressarem suas diferentes
formas de aprenderem um mesmo conteúdo e os professores sentem-se capazes de
diversificarem o ensino, contemplando em suas ações os diferentes níveis de evolução
conceitual de seus alunos, permitindo que estes expressem os conhecimentos
construídos das mais diferentes maneiras.
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A inclusão tem o caleidoscópio como metáfora. De tão conhecido por todos nós,
ele consegue explicar com a simplicidade do que é verdadeira a impossibilidade de se
educar e de se aprender por reprodução.
Em seus giros, que engendram infinitas figuras circulares, nas quais crianças e
adultos deixam- se levar, ao fazê-lo funcionar, o caleidoscópio e as mandalas se
parecem e deixam patente uma referência educacional poderosa – a beleza e a
multiplicidade de formas que se criam e recriam, tal qual o nosso pensamento se
organiza e produz conhecimento vivo, precário, mas autêntico por ser assim.
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O estar “com o outro” não é estar “junto ao outro” nos ensina a inclusão,
explicando o efeito dos caleidoscópios, cujos fragmentos compõem-se uns “com os
outros”, formando e reformando mandalas, surpreendendo-nos com o que revelam
aos nossos olhos extasiados pelas diferenças!
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catedrático. É ele quem exerce a liberdade acadêmica, que não se estende a todo o
corpo docente. No modelo alemão, a forma de administração é rigidamente
estabelecida; docentes e pessoal administrativo são funcionários públicos, e o
currículo é estabelecido pelo governo. O sistema educacional é dual, e, finalizada a
escola primária, os alunos se dividem em dois grupos: os que vão para o Gymnasium,
que antecede a Universidade, cuja formação é exigente em termos humanísticos e
científicos, e os que vão para a escola vocacional, voltada para o mercado de trabalho.
Cabe notar que tanto o modelo francês quanto o alemão organizam esse tipo de
ensino de modo a que ele seja destinado a poucos alunos. Assim, a liberdade e a
autonomia universitárias se restringem apenas ao grupo de catedráticos, que, por sua
vez, ensinam a um seleto grupo de alunos que, terminados os estudos, constituirão
essa mesma elite acadêmica. A Universidade é concebida como lugar para a formação
de elites intelectuais, voltada para a produção de saber intelectual, e não profissional.
O modelo de cátedras esteve presente nas universidades brasileiras até a reforma de
1968. O modelo dual chegou a ser institucionalizado no Brasil, mas vingou apenas no
ensino secundário, e até hoje o ensino superior vocacional não é valorizado entre nós.
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privado, de modo que, atualmente, 70% das vagas se encontram nessa modalidade
de ensino, contra apenas 30% de vagas no ensino superior público (BRASIL, 2005). O
aumento de vagas no ensino particular teve, como uma de suas conseqüências, o
surgimento de uma nova situação, em que vários cursos passaram a oferecer mais
vagas do que os candidatos neles inscritos. Assim, o processo seletivo, nessas
instituições, passou a ser regulado pela existência ou não de vagas, com possibilidade
de acesso de todos os alunos que tenham condições de arcar com as mensalidades
cobradas.
Ao retomar a história, é possível notar que desde sua criação, na Europa medieval,
as universidades têm mantido, como marca, a autonomia administrativa e didático-
científica. Durham (2005) afirma que, ao longo de sua existência, a conquista da
autonomia sempre se estabeleceu como resultado de uma negociação entre a
Universidade e instâncias fora dela. Ora, diante da rápida e drástica alteração na
quantidade e nos propósitos dos novos ingressantes no ensino superior, é tempo de
surgirem novas negociações que possam abranger todo o ensino superior, não apenas
à luz das determinações legais que sustentam a prática da inclusão em todos os níveis
de ensino, mas também no questionamento da liberalização e da consequente
mercantilização do ensino, muito presente na educação superior. Não se trata de
menosprezar as medidas legais, pelo contrário, elas são necessárias para dar
sustentação às ações educativas, porém as discussões devem ultrapassar esse âmbito
e refletir-se no cotidiano das práticas dos educadores e dos educandos.
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específicas de alguns alunos, sem perder de vista que tal condição deve ser pensada
no âmbito das necessidades educacionais especiais.
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em sala de aula como um todo (Cook et al., 2000). Pesquisa realizada com futuros
professores aponta que eles mantêm uma postura favorável à educação inclusiva
quando esta é apresentada de modo genérico, porém, níveis maiores de rejeição a
essa modalidade de educação surgem conforme se apresentam situações relativas ao
ritmo de aprendizagem e à interação entre os alunos (Crochík et al., 2006). Essas
constatações reforçam a necessidade, já apontada por León (1994) e Mittler (2003),
de que a formação dos futuros professores seja voltada para a educação inclusiva,
uma vez que a atitude do professor é crucial na superação das barreiras à inclusão em
sala de aula. Como foi possível notar, pesquisas e discussões sobre os efeitos, nos
alunos e nos professores, dessa modalidade de educação têm sido realizadas visando
a buscar os pontos mais frágeis a serem trabalhados na educação bem como avaliar
os avanços que a educação inclusiva tem trazido.
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É com base nesses objetivos que a elegibilidade dos alunos para os cursos pode
ser definida. Numa experiência recente, a presença de uma aluna com deficiência
intelectual num curso superior gerou discordâncias entre os professores, que,
equivocadamente, tomaram a seu cargo a decisão sobre a pertinência da permanência
ou não da aluna no curso. Deveriam ser adotados conteúdos e critérios de avaliação
diferenciados para tal aluna? Qual aspecto deveria ser preponderante na avaliação: a
aquisição de conhecimentos técnicos específicos para uma futura atuação profissional
ou o desenvolvimento humano? Tal discussão não deve recair sobre os ombros do
professor, mas deve ser tomada pela instituição, de forma participativa. Sua ocorrência
evidencia o perverso mecanismo do ensino superior brasileiro, que tem o explícito
interesse em aumentar o ingresso de clientes em seus bancos escolares, mas não se
atém em discutir, com o corpo docente, os objetivos e limites de suas atribuições.
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emancipação com a educação para a experiência, numa sociedade em que a frieza nas
relações humanas se tornou universal.
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Referências
7 Referências
ARROYO, M. Trabalho-educação e teoria pedagógica. In: FRIGOTTO, G. (org.)
Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis: Vozes, 1998.
AZANHA, J. M. P. Autonomia da escola: um reexame. Série Ideias, n.16, São Paulo: FDE,
1993. BOFF, L. Ecologia, mundialização e espiritualidade: São Paulo: Ed. Ática, 2001.
GADOTTI, M. Uma escola, muitas culturas. In: GADOTTI, M. & ROMÃO. J. E. (orgs.)
Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 1997, pp.117- 124.
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Referências
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Editora
Moderna, 2003.
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Referências
THOUSAND, J. S.; VILLA, R. A. et al. The Many Faces of Collaborative Planning and
Teaching. Theory into Practice, v. 45, nº. 3, 2006, pp. 239-48.
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