Você está na página 1de 34

9.

Algumas plantas referidas no texto

ÁCIDOS FENÓLICOS

9.1. Alcachofra – (também taninos)

Cynara scolymus L.
Família: Asteraceae.
Sinônimo botânico: Cynara cardunculus L.

Outros nomes populares: cachofra, alcachofra-hortense, alcachofra comum, alcachofra


cultivada, alcachofra de comer, alcachofra rosa; artischocke (alemão), alcachofa (espanhol),
artichaut (francês), artichoke (inglês), carciofo (italiano).

Constituintes químicos: cinarina (ácidos 1,5-dicafeilquínico – 0,02 a 0,03%), sais minerais (fósforo,
ferro, potássio, cloro, cálcio, enxofre, sódio, magnésio e silício- 12-15%), ácido clorogênico, ácido
caféico, mucilagem, pectina, tanino, ácidos orgânicos: málico, glicérico e glicólico, glicosídeo A e
glicosídeo B, componentes flavônicos glicosilados (cinarosídeo, scolimosídeo, cosmosídeo),
cinaropicrina (amargo), enzimas (cinarase, oxidase, ascorbinase, catalase, peroxidase), vitaminas
(pró-vitamina A, B1, B2, C).

Análise de 1000g de cinzas:


Valores em g alcachofra raiz talo folhas
Potassa 240,00 559,00 384,00 68,00
Soda 55,55 nada 7,00 37,00
Cloreto de potássio nada 50,00 nada nada
Sódio 35,89 nada 47,00 18,00
Cal 96,324 33,00 203,00 401,00
Magnésia 41,00 13,00 19,00 20,00
Ácido sulfúrico 52,13 38,00 32,00 22,00
Ácido carbônico nada 118,00 254,00 243,00
Ácido fosfórico 384,62 167,00 30,00 6,00
Ácido salicílico 70,08 15,00 15,00 175,00
Óxido de ferro 24,70 5,00 9,00 11,00
Fosfato de ferro vestígios vestígios vestígios vestígios

Propriedades medicinais: antisclerótico, anti-tóxico, colagogo, depurativa, digestivo,


diurético, hepático, hipotensor, laxante, colerético, febrífugo, anti-reumática, hipoglicemiante,
antiuréica, anticolesterogênica.

Indicações: ácido úrico, afecções hepatobiliares, anemia, anúria, arteriosclerose, ativar a


excreção biliar, diabete, bócio exoftálmico, cálculos da bexiga e rins, clorese, colesterol,
convalescença, debilidade geral, diabete melito, diarréia, dispepsia, diurese, doenças do coração,
eczema, emagrecimento, escorbuto, escrofulose, estômago, febre, fígado, fraqueza, gota, hemofilia,
hemorróidas, hidropisia, hipertensão, hipertireoidismo, icterícia, inflamação interna, má-digestão,
má formação do sangue, malária, males gástricos e renais, nefrolitíase, obesidade, pneumonia,
pulmões, raquitismo, regimes de emagrecimento, reumatismo, sífilis, tosse, toxemia, uréia, uremia,
uretrite, urticária, vias biliares, hepáticas e urinárias.

Parte utilizada: folhas, brácteas (cabeça), raiz.

Contra-indicações/cuidados: lactantes (cinaropicrina e a cinarase promovem a coagulação do


leite) e em casos de fermentação intestinal.
Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada.

Modo de usar: decocção; infusão.


Decocção: das folhas 5%, ferver 10-12 minutos. Duas ou três xícaras ao dia (preparar cada
dose separadamente, para uso imediato);
Infusão: folhas picadas (2 colheres de sopa) em 1 litro de água. Tomar 1 xícara (chá) 3
vezes ao dia, após as refeições (preparar cada dose separadamente, para uso imediato);
Extrato hidroalcóolico: 0,5 a 1g / dia;
Extrato seco: 100 a 150 mg / dose. Tomar 3 vezes ao dia após as principais refeições;
Tintura: 5 a 25 mL / dia;
Vinho medicinal – macerar 20g de folhas frescas em um litro de vinho branco, por cinco
dias. Filtrar e tomar dois calicezinhos por dia;
Decocção de 20g de raízes em um litro de água, por cinco minutos. Depois de morno,
filtrar e adoçar o líquido. Tomar três xícaras por dia;
Flores e os fundos da alcachofra cozidos ou assados;
O miolo da alcachofra como ingrediente de tortas e pizzas.
Suco de alcachofra, misturado ao suco de limão: asma;
Suco de alcachofra, misturado ao suco de cebola: recuperação de hemofílicos;
Cápsulas ou comprimidos: Adultos: dois, três vezes ao dia; Crianças: um, três vezes ao
dia.

Algumas espécies do gênero:


Cynara L., 1753 Cynara alba Boiss. ex DC., Cynara algarbiensis Cosson ex Mariz, Cynara
baetica subsp. maroccana Wiklund, Cynara cardunculus L., 1753, Cynara cardunculus subsp.
Cardunculus, Cynara cardunculus var. ferocissima Lowe, Cynara cardunculus subsp. flavescens
Wiklund, 1992, Cynara glomerata Thunb., Cynara humilis L., Cynara scolymus L., 1753
Texto retirado de outro “site” sobre a alcachofra.
http://www.bionatus.com.br/index.htm

Dentre os princípios ativos da Alcachofra estão: princípios amargos (cinarina


aproximadamente 0,5%, que é um diéster dos ácidos cafêico e quínico; lactonas sesquiterpênicas,
como cinaropicrina e grosheimina); ácidos fenólicos (cafêico, clorogênico, neoclorogênico, 1-4 e 1-
5 orto dicafeilquínico, e criptoclorogênico); ácidos alcoóis alifáticos (cítrico, glicérico, fumárico,
glicólico, hidroximetilacrílico, láctico, málico, succínico); outros (flavonóides derivados da
luteolina, como cinarosídeos, cinarotriosídeos, escolimosídeos; enzimas, como catalases, oxidases,
peroxidases, cinarase, ascorbinase, proteases; provitamina A, sais minerais, taninos, mucilagens,
glicosídeos A e B, cinarogenina; óleo essencial, como muroleno, -selineno, -humuleno,
humuleno; fitosteróis, como taraxasterol e beta- taraxasterol). A Alcachofra apresenta os efeitos
colagogo e colerético, sendo estes comprovados cientificamente por diversos estudos. Os primeiros
trabalhos realizados com injeções intravenosas de extratos de folhas e raízes de alcachofra em
animais de experimentação evidenciaram que o débito biliar quadruplicou. Demonstrou-se que este
aumento da secreção biliar se deve a uma maior produção, mais do que a um estímulo em sua
eliminação. Um estudo mais recente, concluiu que extratos de alcachofra administrados a pacientes
com dispepsias hepatovesiculares, em cápsulas de 320 mg, provocaram um aumento significativo
da secreção biliar. Em relação à ação hipocolesterolemiante, estudos realizados na Faculdade de
medicina de Graz (Áustria), evidenciaram resultados satisfatórios durante os três meses de
tratamento com pacientes apresentando altos níveis de colesterol (devido a diferentes tipos de
colesterolemias) e triglicérides. Inicialmente observa-se uma elevação momentânea do colesterol
por ativação hepática (descarga tissular) e logo em seguida inicia-se um decréscimo paulatino e
sustentado.
Constituintes químicos: cinarina (ácidos 1,5-dicafeilquínico – 0,02 a 0,03%), sais minerais (fósforo,
ferro, potássio, cloro, cálcio, enxofre, sódio, magnésio e silício- 12-15%), ácido clorogênico, ácido
caféico, mucilagem, pectina, tanino, ácidos orgânicos: málico, glicérico e glicólico, glicosídeo A e
glicosídeo B, componentes flavônicos glicosilados (cinarosídeo, scolimosídeo, cosmosídeo),
cinaropicrina (amargo), enzimas (cinarase, oxidase, ascorbinase, catalase, peroxidase), vitaminas
(pró-vitamina A, B1, B2, C).

9.2. Ortosifão

Orthosiphon stamineus
Família – Lamiaceae

Indicações: Albuminúria, calcificação das artérias, cálculo biliar e renal, diatese do ácido
úrico, dor da bexiga e rins, dor hepato-biliar, função renal, reumatismo articular

CUMARINAS

9.3. Angélica

Nome científico: Angelica archangelica L.


Família: Apiaceae.
Sinônimos botânicos: Angelica officinalis (Moench) Hoffm., Archangelica norvegica Rupr.
Outros nomes populares: arcangélica, erva-de-espírito-santo, jacinto-da-índia, polianto,
raiz-do-espírito-santo; angélique (francês); ch'ien-tu (chinês); echte engelwurz (alemão);
angélica, hierba de los ángeles, hierba del espíritu Santo e archangelica (espanhol), angelica
(inglês), angelica arcangelica (italiano), archangelicae (latim).

Utiliza-se a cepa radicial da Angelica archangelica L., pertencente à família Apiaceae.


Trata-se de uma espécie européia que possui uma cepa com numerosas raízes em sua parte inferior.
Na antiguidade, atribuíram-lhe numerosas propriedades e acreditava-se que sua origem era divina,
daí seu nome.

A angélica possui cumarinas isoladas e numerosas


furanocumarinas como a arcangelicina, o bergapteno ou a imperatorina.
Possui também óleo essencial, constituído principalmente por
hidrocarbonetos monoterpênicos ( -felandreno, careno e -pineno) e
sesquiterpenos. Além disso, cromonas, ácidos fenólicos, -sistosterol e
flavonóides.
Drogas fabricadas com seu extrato, possuem propriedades
antiespasmódicas, digestivas, carminativas, diuréticas, antiinflamatórias
tópicas, antibacterianas e antifúngicas. Seu óleo essencial apresenta
efeitos espasmolíticos, se bem que esta droga foi muito pouco estudada
do ponto de vista de sua atividade farmacológica.

A planta pode causar fotodermatite e fototoxicidade devido à presença de furanocumarinas,


compostos conhecidos como fotosensibilizadores, por isso deve-se evitar exposição ao sol durante
seu emprego. Não deve ser administrada durante a gravidez ou lactância por existir risco de aborto.
Constituintes químicos: ácido angélico (ác. Z-2-metil-2-butenóico), ácidos graxos, amido,
angelicina, arcangelicina, bisabolol, borneol, ß-cariofileno, cumarinas, -felandreno, ß-felandreno,
flavonona arcangelenona, -pineno, resina, sacarose, sitosterol, taninos, umbeliferona e xantotoxina
(ver outros constituintes ao final do item).
- raiz: óleo essencial (0,3-2%), monoterpenos (alfa e beta felandrenos, alfa-pineno),
sesquiterpenos (bisabolol, bisaboleno, -cariofileno), lactonas macrocíclicas, cumarinas
(umbeliferona, ostol), furanocumarinas (angelicina, arcangelicina, bergapteno, xantotoxina,
isoimperatorina). Sitosterol; ácidos fenolcarboxílicos; taninos; sacarose.
- frutos: óleo essencial (1%): felandrenos, furanocumarinas.
Propriedades medicinais: anti-séptica, antiácida, antiinflamatória, antitóxica, aperiente,
aromática, carminativa, depurativa, digestiva, diurética, emenagoga, estomáquica, estimulante,
fungicida, sudorífera, tônica.
Indicações: acidez estomacal, afecção (peito, garganta, pele), anorexia, ansiedade, asma,
bexiga, bronquite, cãibra do baixo-ventre, cólica, convulsão, coronariopatia, dismenorréia,
disenteria, disquinesia hepatobiliar, dispepsias hiposecretoras, dor de cabeça, dor dorsal, enfisema,
enterocolite, espasmos gastrointestinais, febre, feridas, falta de apetite, fígado, gases, gastrenterite,
gota, hipertensão arterial, histerismo, inapetência, insônia, melancolia, mucosidade pulmonar,
problemas digestivos, prostação, retenção de líquidos, reumatismo, rins, úlceras dérmicas, vômito
nervoso.
Parte utilizada: caule (talo), óleo essencial, raízes, rizoma, sementes, folhas.
Contra-indicações/cuidados: em altas doses, o óleo essencial é tóxico; pode provocar
fototoxicidez, paralisia do sistema nervoso, fotomutagenia e câncer em contato com o sol. A planta
fresca é fotossensibilizante (furanocumarinas), devendo-se evitar a exposição ao sol após uso
tópico. A planta seca pode produzir dermatite de contato devendo manipulá-la com luvas.
Efeitos colaterais:
Modo de usar:
- infusão de folhas secas ou frescas: aumentar a transpiração (em resfriados com febre);
- decocção das raízes, misturado com infusão de losna: cãibras do baixo-ventre, disenterias,
mucosidades pulmonares. Externamente em fricções e compressas: afecções da pele, dores dorsais,
reumatismo;
- infusão de 20g de raiz em 800ml de água fervente. Tomar em xicarazinhas durante o dia:
depurativo do sangue, diurético;
- infusão de uma colher de chá de sementes secas em 100ml de água fervente. Deixar
esfriar, coar, adoçar e beber o líquido antes das refeições principais: estômago;
- macerar em dois litros de álcool a 60º: 20g de sementes e folhas secas de angélica
misturadas, 20g de amêndoas amargas descascadas e esmagadas em pilão, meio quilo de açúcar fino
e peneirado e 30g de água. Deixar dez dias, filtrar o líquido e guardá-lo em um vidro. Tomar um
cálice após as refeições: digestivo;
- colocar 30g de sementes secas de angélica, 6g de canela em pó e 4g de noz-moscada em
pó em um litro de vinho branco doce. Deixar dez dias, filtrar e colocar em um vidro. Beber um
calicezinho após cada refeição: digestivo;
- infusão de 5g de folhas em um litro de água fervente. Deixar esfriar, filtrar, adoçar e
beber em xicarazinhas (3xdia): histeria;
- licor medicinal: macerar em dois litros de conhaque, 30g de angélica cortada em pedaços
pequenos e 30g de amêndoas amargas amassadas e reduzidas a pasta. Depois de 4 ou 5 dias, coar
num pano e acrescentar um litro de melado de açúcar. Filtrar e colocar em frascos.
Posologia: infuso ou decocto a 5% dose máxima diária: 200 ml.
Extrato fluido - dose máxima diária: 10 ml.
Infusão: uma colher de sobremesa por taça de água. Tomar uma taça após as refeições.

Fotos são encontradas em:


http://www.freenode.com/herbmed/pictures/p02/pages/angelica-archangelica.htm
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica.jpg
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica2.jpg
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica_zim1.jpg
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica_zim.jpg
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica_hab1.jpg
http://priede.bf.lu.lv/grozs/Umbel/Angelica_archangelica_zk.jpg
http://www.g-netz.de/Health_Center/heilpflanzen/engelwurz/engelwurz_bilder.shtml
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-1.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-2.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-3.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-4.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-5.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-6.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-7.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p02\pages\angelica-archangelica-8.htm

9.3.1. Constituintes químicos da Angélica

Compostos parte Compostos parte


1,1-dietoxietano raiz 1,1-dietoxioctano raiz
1-O--D-glicopiranosil-(2S,3P)-3- planta 12-metil--tridecanolídeo raiz
hidroximarmesina
ácido 15-hidroxipentadecanóico raiz 2'--D-glicopiranosiloxi-marmesina planta
2-decanona raiz 2-nitro-1,5-P-mentadieno planta
2-nonanona raiz 4-etoxi-1-P-menteno raiz
5,7-dihidroxi-2-metilcroomeno planta 5-metoxi--hidroxipsoraleno planta
5-metoxipsoraleno planta 5-metilangelicina planta
8-hidroxi-5-metilpsoraleno planta 8-metoxipsoraleno planta
ácido aconítico planta adenosina raiz
-alquilfurocumarina planta -amarina planta
-bisabolol planta -copaen-11-ol raiz
-copano raiz -humuleno raiz
ácido -metilbutírico planta -muroleno raiz
-felandren-8-ol raiz -pineno semente
-terpineno raiz -terpineol planta
-tuieno raiz angalcina planta
ácido angélico planta angelicaína planta
angelicina raiz, semente apterina raiz
arcurcumeno raiz ácido araquídico planta
arcangelenona planta arcangelicaína planta
arcangelicina planta ácido behenico planta
bergapteno semente acetato de -amirina planta
-bisaboleno raiz -copaeno raiz
-cimol planta -elemeno raiz
-eudesmol raiz -farneseno raiz
-felandreno raiz -pineno raiz
-sitosterol planta palmitato de -sitosterol planta
araquinato de -sitosterol planta -tuieno raiz
bisabolangelona planta borneol raiz
acetato de bornila raiz isovalerato de bornila raiz
ácido cafeico planta campeselol planta
campesenina planta campesina planta
canfeno raiz cariofileno raiz
ácido clorogênico planta cis-1-etoxi-2-P-menteno raiz
cis-3-etoxi-1-P-menteno raiz cis-4-etoxi-2-pineno raiz
cis-4-etoxituiano raiz cis-6-nitro-1(7),2-P-mentadieno planta
cis--copaen-8-ol planta acetato de cis-carvila raiz
cis-ocimeno raiz cis-p-ment-2-en-1-ol raiz
cis-piperitol raiz hidrato de cis-sabineno raiz
cis-verbenol raiz coniferina raiz
criptona raiz álcool cumílico raiz
cupareno raiz 8-cimenol raiz
D--felandreno raiz ácido dehidroascórbico planta
dehidrodeoxiangelicano planta -3-careno raiz
-cadineno raiz deltoína planta
diacetila raiz dihidrocarvona planta
dihidrofuranocumarina planta dihidrofuranocumarina-glicosídeo planta
ácido eicosenóico planta elemol raiz
ergosterol planta caprato de etila raiz
laurato de etila raiz linoleatode etila raiz
miristato de etila raiz oleato de etila raiz
palmitato de etila raiz pentadecanoato de etila raiz
estearato de etila raiz fenchona planta
ácido fumárico planta furancromona planta
furanocumarina planta furfural raiz
-cadieno planta -muroleno raiz
-terpineno raiz D-germacreno raiz
heptadecanolídeo raiz isovalerato de heptila raiz
ftalato de metila e hexila semente monóxido de humuleno raiz
ácido hidroximirístico semente ácido hidroxipentadecanóico planta
imperatorina semente iselina planta
isovalerato de isoamila raiz isobergaptina planta
isobergaptol planta isocumarina planta
isoimperatorina planta isopimpinelina planta
kvanina planta ligustilídeo planta
limoneno raiz linalool raiz
acetato de lupeol planta m-cimen-8-ol raiz
ácido málico planta marmesina planta
marmesinina planta marmezina planta
ácido metiletilacético semente mirceno raiz
nonanal raiz o-cimeno planta
octanal raiz
isovalerato de octila raiz oroselona planta
ostenol raiz ostol raiz
ostrutol planta ácido oxálico planta
oxipeucedanina planta hidrato de oxipeucedanina planta
p-cimen-8-ol raiz p-cimeno raiz
pentadecanal raiz ácido pentadecanóico planta
pentadecanolídeo raiz ácido petroselínico planta
felopterina planta pimpinelina planta
prangolarina planta psoraleno planta
ácido quínico planta rutamarina planta
sabineno raiz sec-o--glicopiranosil-(R)- planta
biacangelicina
Esfondina planta ácido esteárico planta
Estigmasterol planta ácido succínico planta
4-terpineol raiz terpinoleno raiz
tert-o--D-glicopiranosil-(R)- planta tert-o--D-glicopiranosil-(R)- planta
biacangelicina heraclenol
tert-o--D-glicopiranosil-(R)- planta tetradecenal raiz
isobiacangelicina
acetato de trans-1(7),5-p-mentadien-2-ila planta trans-1-etoxi-2-p-menteno raiz
trans-3-etoxi-1-p-mentano raiz trans-4-etoxi-2-pineno raiz
trans-4-etoxituiano raiz trans-6-nitro-1(7),2-p-mentadieno planta
trans-carveol raiz acetato de trans-carvila raiz
transa-ocimeno raiz trans-p-ment-2-em-1-ol raiz
acetato de trans-pinocarvila raiz trans-piperitol raiz
hidrato de trans-sabineno raiz trans-verbenol raiz
butirato de 2-metil-trans-verbenila raiz acetato de trans-verbenila raiz
isovalerato de trans-verbenila raiz ácido tridecanóico planta
tridecanolídeo raiz umbelifereno planta
umbeliferona planta umbeliprenina semente
visnagina planta xantotoxina semente
xantotoxol semente xantoxiletina semente
zozimina planta

9.3.2. Quantificação de imperatorina por clae e avaliação da


atividade antimicrobiana nos diferentes extratos de Angelica archangelica L.

Rafaela Lima Borella (PIBIC-CNPq), Adriana Escalona Gower (orientadora), Giovana


Massarotto, Luciana Atti Serafini (pesquisadoras) - Divisão de Produtos Naturais/INBI/UCS -
rlborell@ucs.br

Nos últimos anos têm-se verificado um grande avanço científico envolvendo os estudos
químicos e farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com
propriedades terapêuticas. Angelica archangelica L. é uma planta aromática e medicinal que
apresenta diversas propriedades farmacológicas, devido à presença de princípios ativos como, por
exemplo, as cumarinas e seus derivados. As cumarinas estão amplamente distribuídas em plantas e
são os principais compostos ativos em algumas drogas utilizadas na medicina popular. Este trabalho
busca quantificar a cumarina majoritária previamente isolada (imperatorina) presente nos diferentes
extratos de Angelica archangelica L. e verificar a atividade antimicrobiana dos mesmos.
Os extratos foram obtidos a partir dos resíduos sólidos provenientes da hidrodestilação do
óleo essencial, os quais, após secos em estufa foram submetidos a uma extração contínua em
aparelho Soxhlet com solventes de polaridade crescente (hexano, clorofórmio e etanol). Os extratos
foram concentrados em evaporador rotatório e após foi feita a quantificação da imperatorina por
CLAE (Cromatografia líquida de alta eficiência) e testada a atividade antimicrobiana através do
método de disco-difusão em ágar Mueller-Hinton. Os dados obtidos pela quantificação por CLAE
indicam que a imperatorina se encontra em maior teor no extrato clorofórmico seguido do extrato
hexânico e etanólico respectivamente. Quanto à atividade antimicrobiana concluiu-se que o extrato
clorofórmico foi o que apresentou melhor atividade.
Palavras-chave: Cumarinas, CLAE, Atividade antimicrobiana

9.4. Camomila

Nome: Matricaria chamomilla


Família: Compostas
Partes usadas: Flores.
Características: Herbácea anual que atinge até 60cm de altura, apresentando folhas divididas e
penadas, com flores parecidos com pequenas margaridas brancas. Também conhecida como camomila-da-
alemanha, camomila-vulgar, camomilha, maçanilha e matricária.
Dicas de Cultivo: Requer solos argilo-arenosos e iluminação plena. O plantio é feito através de sementes
diretamente no campo, entre abril de maio, com 0,2 x 0,5m de espaçamento. Colhe-se as flores
(bem desenvolvidas e desabrochadas) a partir do terceiro mês após o plantio.
Princípios ativos: Glicosídeos, cumarinas, colina, azuleno, furfurol, terpenos, ácidos graxos,
matricarina, umbeliferona, querameritrina.
Propriedades: Reguladora das funções gastro-intestinais e sedativo. Antiespasmódica, anti-
helmíntica, anti-séptica, antimicrobiana, analgésica.
Indicações: É muito usada em chás para cólicas de bebês . Atua ainda acalmando irritações e
inflamações dos olhos e da boca. Seu chá possui propriedades digestivas e calmantes das cólicas digestivas e
calmante das cólicas intestinais.
Toxicologia:

9.5. Castanha das Índias (também flavonóides)

Nome científico: Aesculus hippocastanum L.


Família: Hippocastanaceae.
Sinônimos botânicos: Hippocastanum vulgare.
Outros nomes populares: castanheiro-da-índia; baumann horse chestnut, horse chestnut e
white chestnut (inglês); castaño de índias (espanhol); châtaignier de cheval (francês); castagno
d’india (italiano); t'ien-shih-li (chinês).

Além dos compostos citados, a castanha-das-índias possui saponosídeos. Suas cumarinas


possuem propriedades venotônicas. Na fitoterapia, emprega-se as sementes (saponosídeos) e suas
cascas. A árvore é grande, originária da Ásia Menor e utilizada como ornamental. Apresenta
propriedades vitamínicas P, utilizando-se como tônico venoso em afecções vasculares. A casca da
árvore contém uma alta porcentagem de cumarinas, além de taninos e flavonóides. Entre as
cumarinas encontra-se, principalmente, um heterosídeo, o aesculosídeo (com glicose na posição 6)
com sua genina, o esculetol, sendo a 6,7-dihidroxicumarina e também o fraxosídeo. Esses
compostos possuem propriedades vitamínicas P, diminuindo a permeabilidade e aumentando a
resistência dos capilares. São, portanto, protetores vasculares e, ocasionalmente, associam-se a
outras drogas ou princípios ativos para combater problemas de fragilidade capilar cutânea,
transtornos venosos e hemorróidas. São administrados tanto por via oral quanto tópica. Possuem
propriedades adstringentes devido à presença de taninos.

Constituintes químicos: aescina, aesculina, fraxina, saponinas triterpenoídicas (aescina e


aescigenina), flavonóides (canferol, quercetina, rutina, astragalina e quercetrina), heterosídeos
cumarínicos (fraxina, escopolina, esculetina, esculosídeo e esculina), óleos fixos (ácidos oléico,
linoléico, palmítico, esteárico, e linolênico), taninos (ácido esculitânico, epicatequina,
leucocianidina, leucodelfinina,), fitosteróis, bases nitrogenadas (guanina, adenina, e adenosina),
alcalóides imidazólicos (alantoína), aminoácidos (arginina), ácidos orgânicos (cítrico, úrico), resina,
vitaminas (B, K1, C, caroteno e pró-vitamina D), proteínas e açúcares.
Propriedades medicinais: adstringente, antiedêmica, anti-hemorroidal, antiinflamatória,
estimulante, hemostática, redutora da permeabilidade capilar, tônica, vasoconstritora, vasoprotetor.
Indicações: afecções circulatórias, circulação periférica (ativação da), coceira (úlceras
varicosas/varizes), cólicas menstruais, dores venosas, edemas por má circulação, flebites,
hemorróida, insuficiência crônica venal, varizes, pele (dermatite, eczema, inflamações gerais), peso
e dor nas pernas, tpm, úlceras varicosas, varizes, vermes.
Parte utilizada: folhas, sementes, frutos.
Contra-indicações/cuidados: gravidez, nutrizes, crianças. Não usar com anti-coagulante,
pois pode potencializar a ação de anti-coagulação.
Efeitos colaterais: superdosagens para tratamento de edema, em casos de fraturas e pós-
operatório, pode causar insuficiência renal aguda. Os saponosídeos podem causar irritação das
mucosas digestivas. Os esculosídeos podem causar dermatite de contato. A escina (saponina)
produz hemólise do sangue (in vitro).
Intoxicação por superdosagem: prurido, fraqueza, diminuição da coordenação, dilatação
da pupila, vômito, depressão do sistema nervoso central, paralisia e estupor.
Modo de usar:
- decocção das cascas e sementes a 5%: uso externo. Para lavagens, compressas, aplicar durante 15
minutos sem friccionar: doenças da pele como dermatites, eczemas e inflamações gerais;
- tintura para uso interno e externo; sabonete, é indicada no tratamento de combate à pele oleosa.
Pode ser usada como aditivo de protetores solares;
- decocção de 30 a 50g de casca em 1 litro d’água. Beber 250 a 500 ml ao dia;
- infusão de 30g de folhas em um litro de água. Beber dois a três copos por dia;
Notas: folhas e frutos são usados para tratar tosses em cavalos e gado e também como forragem.

Veja Produto Fitoterápico Comercial: CASTANHA DA ÍNDIA


Fotos são encontradas em:
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-1.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-3.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-4.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-5.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-7.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-8.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-9.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-10.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\aesculus-hippocastanum-12.htm
www.desert-tropicals.com\Plants\Hippocastanaceae\Aesculus_Splendor.htm

Algumas espécies do gênero:


Aesculus L., 1753 Aesculus arguta Buckley, 1860 [1861] Aesculus austrina Small, 1901
Aesculus californica (Spach) Nutt., 1838 Aesculus carnea Hayne Aesculus chekiangensis Hu &
W.P. Fang, 1960 Aesculus chinensis Diels, 1900 Aesculus chinensis Bunge, 1833 Aesculus
chingsiensis W.P. Fang, 1960 Aesculus chinpingensis W.P. Fang, 1960 Aesculus chuniana Hu &
W.P. Fang, 1960 Aesculus coriaceifolia W.P. Fang, 1960 Aesculus discolor Pursh Aesculus discolor
var. flavescens Sarg., 1913 Aesculus flava Sol., 1778 Aesculus flava Aiton, 1789 Aesculus glabra
Willd., 1809 Aesculus glabra var. arguta (Buckley) B.L. Rob., 1897 Aesculus glabra fo. glabra
Aesculus glabra var. glabra, Aesculus glabra var. leucodermis Sarg. Aesculus glabra fo. pallida (K.
Koch) Fernald Aesculus glabra var. sargentii Rehder, 1926 Aesculus hippocastaneum L., Aesculus
hippocastanum L., 1753 Aesculus hipposastanum L., Aesculus indica Colebr. ex Wall., 1828
Aesculus kwangsiensis W.P. Fang, 1960 Aesculus lantsangensis Hu & W.P. Fang, 1960 Aesculus
lutea Michx., 1803 Aesculus macrostachya Michx., 1803 Aesculus megaphylla Hu & W.P. Fang,
1960 Aesculus mexicana Benth. & Hook. f. ex Hemsl., 1879 Aesculus neglecta Lindl. Aesculus
octandra Marsh. Aesculus octandra fo. octandra, Aesculus octandra fo. vestita (Sarg.) Fernald
Aesculus pallida Willd. Aesculus parryi A. Gray, 1882 Aesculus parviflora Walter, 1788 Aesculus
pavia L., 1753 Aesculus pavia var. flavescens (Sarg.) Correll, 1965 Aesculus pavia var. pavia
Aesculus polyneura Hu & W.P. Fang, 1960 Aesculus polyneura var. dongchuanensis X.W. Li &
W.Y. Yin, 1990 Aesculus rupicola Hu & W.P. Fang, 1960 Aesculus sylvatica W. Bartram, 1791
Aesculus tsiangii Hu & W.P. Fang, 1960 Aesculus turbinata Blume Aesculus wangii Hu, 1960
Aesculus wilsonii Rehder, 1913.
9.6. Calêndula (também flavonóides )

Nome: Calêndula officinalis


Família: Compostas
Partes Usadas: Flores
Características: Herbácea de clima temperado com folhas simples, flores amarelo-
alaranjadas, também conhecida como malmequer, malmequer-do-mato, maravilha e verrucária.

Dicas de Cultivo: Prefere solos férteis e úmidos com luminosidade plena. O plantio é feito
por sementes de forma direta, preferencialmente na época das chuvas. O espaçamento deve ser de
0,2 x 0,2m. Colhe-se dois meses após o plantio.
Princípios ativos: óleo essencial rico em carotenóides (caroteno, calendulina, licopina),
saponinas, flavonóides, cumarinas, resinas e mucilagens e princípios amargos.
Propriedades: Antiespasmódico e cicatrizante possui efeitos antiinflamatórios. É
antisséptica, analgésica, emenagoga, colagoga, antiulcerosa, antiinflamatória, antisséptica,
cicatrizante, calicida, emoliente, antiviral, antiemético, vasodilatador e tônico da pele.
Indicações: O chá pode ser usado para qualquer tipo de inflamação do organismo
(reumatismo, sinusite, faringite, etc.). É cicatrizante, o que torna útil em casos de úlceras do
estômago.
Toxicologia:

9.7. Rodenticidas

Uma ampla variedade de materiais é usada como rodenticidas e sua toxicidade é muito
semelhante tanto para os roedores como para humanos. As warfarinas são anticoagulantes
desenvolvidos para vencer esse problema, devido ao risco de intoxicação pela presença simultânea
de roedores, humanos e outros animais e, também, pela resistência gradativa, desenvolvida pelos
roedores, aos compostos existentes.

A warfarina e compostos relacionados (cumarinas e indandionas) são os mais ingeridos


comumente nos EUA, com um informa de 13.345 contatos em 1996. A absorção gastrointestinal
desses compostos é eficiente. A warfarina pode ser absorvida pela pele (extraordinariamente).

As cumarinas e indandionas deprimem a síntese hepática dos fatores essenciais à coagulação


sanguínea, dependentes da vitamina K II (protrombina), VII, IX e X. O efeito antiprotrombina é o
mais conhecido e proporciona a base para detectar e avaliar um envenenamento clínico. Esses
agentes também aumentam a permeabilidade dos capilares através do corpo, predispondo o animal a
uma hemorragia interna maciça (choque hipovolêmico).

Produtos comerciais

Cumarinas: Brodifacum, Havoc, Klerat, Ratak Plus, Talon, Volid, Bromadiolona,


Bromone, Contrac, Maki, Cumaclor, Famarin, Cumatetralilo, Racumin, Difenacum, Frunax-DS,
Ratak, Warfarina, Co-Rax, Cumafeno, Cov-R-Tox, Rax, Tox-Hid, Zoocumarina.
Indandionas: Clorfacinona, Caid, Liphadione, Microzul, Ramucide, Ratomet, Raviac,
Rozol, Topitox, Difacinona, Difacin, Ramak, Tomcat, Pivalin, Pindona, Pival, Pivaldiona.

LIGNANOS

9.8. Podfilo
Gênero de ervas (família Berberidaceae) americanas, venenosas, cujas raízes produzem
podofilotoxinas e outros agentes farmacologicamente importantes. Esta planta foi anteriormente
utilizada como colagogo e catártico.

As propriedades farmacológicas dessa planta são conhecidas há bastante tempo como laxo-
purgante. Emprega-se a resina (3-6%) que se obtém a partir do rizoma da espécie Podophyllum
peltatum L.m, uma planta de pequeno porte com um talo que termina em folhas opostas
palmatilobuladas, em cuja axila situa-se uma flor solitária de cor branca. Cresce de forma
espontânea em bosques úmidos e sombrios da America do Norte e é conhecida como “maçã-de-
maio” ou “mandrágora-americana”.

Os constituintes principais da resina do podófilo, conhecida como podofilino, são de


natureza lignânica (1-ariltetrahidronaftalenos), sendo os mais abundantes a podofilotoxina,
desoxipodofilotoxina e as  e -peltatinas, que podem estar na forma livre ou heterosídica. A
maioria delas atua nas células como “venenos do huso”, impedindo a polimerização da tubulina no
microtúbulos e, por isso, interrompendo a divisão celular. No entanto, ainda que os efeitos desses
compostos possam ser eficazes para o tratamento de enfermidades distintas (câncer), sua alta
toxidez impede sua aplicação por via interna. Atualmente, com diferentes eficácias anticancerosas,
empregam-se derivados semissintéticos: etoposídeo e teniposídeo; com estrutura heterosídica e
menores efeitos colaterais.

Por via tópica, utiliza-se tanto a resina como a própria podofilotoxina em álcool diluído,
para o tratamento de condilomas acuminados externos, indicando-se uma superfície máxima de
exposição de 4 cm aproximadamente.

8.9. Cardo-mariano

Nome científico: Silybum marianum L.


Família: Asteraceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares: cardo-de-santa-maria.
Constituintes químicos: silimarina, constituída por silicristina, silidanina e silibinina
Propriedades medicinais: antiséptico, aperiente, depurativo, digestivo, estomacal, hepato-protetor,
tônico amargo.
Indicações: febre.

O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na Medicina Tradicional


Européia. Em França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crônica,
de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como
descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e,
como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são
usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua ação desintoxicante do fígado e também
pelas suas propriedades diuréticas e cardiotônicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina
Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua
ação colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protetora do fígado. Na Grécia o Cardo
Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina
Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mariano no tratamento de doenças do
fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.

A silimarina protege contra as mais severas necroses hepáticas, tais como as provocadas
pelo tetracloreto de carbono e contra lesões tóxicas do fígado ocasionadas pelas toxinas de
cogumelos venenosos. As substâncias ativas do Cardo Mariano também podem ser usadas
curativamente, isto é, depois da ingestão de produtos tóxicos. Uma vez que alguns venenos levam
algumas horas a serem absorvidos e a chegar ao fígado, a silimarina pode atrasar a sua assimilação,
permitindo ao organismo eliminar as toxinas. Contudo, o efeito curativo é mais fraco que o efeito
preventivo. Outro efeito terapêutico é devido à silibinina, um componente da silimarina. A
silibinina estimula várias funções das células hepáticas, tais como a proliferação celular, a síntese
proteica, a assimilação do oxigênio, a formação de energia, a reparação das membranas celulares
danificadas, etc. A silimarina tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células hepáticas
contra a peroxidação lipídica. A silimarina estimula a atividade da superoxidodismutase (SOD) e
aumenta os níveis de glutation peroxidase (GSH), os dois principais sistemas enzimáticos
envolvidos na neutralização dos perigosos radicais livres do oxigênio. a silimarina tem ainda ação
anti-inflamatória e antialérgica (http://www.calendula.pt/descPlanta?id_planta=3).

DERIVADOS DO FENILPROPANO (rota lignânica)

8.10. Cúrcuma

Com essa denominação conhece-se a espécie Curcuma domestica


Val. (= C. longa L.) da família Zingibareaceae, da qual emprega-se o
rizoma. É uma planta vivaz rizomatosa, com folhas grandes e alargadas,
com enervações paralelas e flores zigomorfas com pétalas de cor
amarelo intenso. Este rizoma é muito utilizado como corante
alimentício e faz parte de uma mistura de especiarias conhecida como
curry. Além dela, empregam-se outras espécies com composição
química quantitativamente diferente (C. xanthorrhiza Roxb.,
denominada cúrcuma-de-java e a C. zeodaria [Christm.]Rosc.).
Atualmente é cultivada em países asiáticos como Índia, China e
Indonésia.

Como parte de sua composição química, existe uma alta porcentagem de amido e óleos
essenciais (4-6%), consistindo majoritariamente de cetonas sesquiterpênicas conhecidas como
tumeronas, Contém ainda compostos diarilheptanóides, chamados de curcuminóides (curcumina
= diferuloilmetano), responsáveis pela cor amarela do extrato. Entre suas ações farmacológicas
cabe destacar uma importante atividade colagoga, colerética e hepatoprotetora e uma atividade
antiinflamatória que é provavelmente devida à presença de curcuminatos que, ainda que sejam
rapidamente metabolizados pelo fígado e intestino, são eficazes em concentrações muito baixas.
Seu extrato alcoólico é eficaz como hepatoprotetor.

Tudo indica que a curcumina é capaz de inibir a peroxidação lipídica e de atuar sobre a
atividade do sistema citocromo P450 e a glutation-S transferase.

Tradicionalmente é empregada como colagogo e reastaurador das funções digestivas,


sobretudo as que estão relacionadas com o funcionamento hepático e como carminativo. Ensaios
clínicos mostraram a eficácia da cúrcuma associada com outros compostos, no tratamento da dor
produzida por disfunções biliares.

Em cobaias, observou-se atividade antiinflamatória da curcumina, tanto em fase aguda como


crônica, sendo provável que o efeito antiinflamatório e, incluso o efeito hepatoprotetor, sejam
devidos a um mecanismo de ação antioxidante e aceptora de radicais livres de oxigênio. No entanto,
alguns autores propõem como mecanismo de ação antiinflamatória a inibição de enzimas
implicadas “em la cascada” do ácido araquidônico (lipooxigenase e ciclooxigenase). A curcumina
parece ser tão eficaz quanto os corticoesteróides no tratamento de üveítis” em humanos e a droga,
combinada com outros produtos naturais e com minerais, no tratamento de dores osteoarticulares.

Por outro lado, observou-se, também em cobaias, o efeito cicatrizante da curcumína.

Como contra-indicação deve-se ressaltar que não deve ser consumida em doses grandes
pelas pessoas que padeçam de cálculo biliar ou tenham tendência à obstrução das vias biliares. Por
outro lado, de acordo com a bibliografia consultada, os curcuminóides aplicados a cultivos celulares
induzem citotoxicidade e alterações na proliferação celular, o que poderia induzir a úlceras
gástricas.

9.11. Gengibre

Nome científico: Zingiber officinale [Willd.] Roscoe


Família: Zingiberiaceae.
Sinônimos botânicos: Amomum zingiber L., Curcuma longifolia Wall, Zingiber aromaticum
Noronha, Zingiber majus Ramphius, Zingiber missionis Wall, Zingiber sichuanense Z.Y. Zhu et al., Zingiber
zingiber H. Karst.
Outros nomes populares: gengivre, gingibre, magaratáia, mangaratá, mangarataia, mangaratiá.
Jengibre (espanhol), gingembre (francês), ginger (inglês).
Constituintes químicos: ácido ascórbico; ácido aspártico; ácido glutâmico; ácido piperólico; amido
40-60%; arginina; asparagina; carboidratos; óleo volátil (1 a 3%) (1,8-cineol, acetado de geranila, acetados
de zingiberol, -bisaboleno, -felandreno, borneol, canfeno, caprilatos de zingiberol, chugaóis, citral, -
canfeno, felandreno, farnesol; fenilalanina; geraniol, glicina; gingediol; gingeróis, gingerona, linalool,
sulforafane, zingerona, zingiberol, zingibereno); proteínas 10%; gorduras 10%; princípios amargos; sais
minerais; resinas, saponinas.
Propriedades medicinais: afrodisíaca, antiálgica, antiasmática, anticancerígena, antibiótica,
antinevrálgica, antidepressiva, antidiarréica, antiemética, antigripal, anti-hemorrágica, antiinflamatória,
antimicrobiana, antioxidante, anti-reumática (externa), anti-séptica, antitrombótica, antiulcerogênica,
aperiente, aromática, béquica, carminativa, colagoga, conservante, desinfetante, digestiva; estimulante geral,
gastrintestinal, cerebral, da circulação periférica); estomáquica, eupéptica, excitante, expectorante,
hepatoprotetora, hipocolesterologênica, lipolítica, odontálgica, revulsiva, sialogoga, tônica, vitaminizante.
Indicações: aerofagia; amigdalite; anorexia; asma brônquica; beribéri; broncorréia pulmonar;
catarros crônicos; ciática; colesterol; cólicas do estômago e intestino; cólera morbus; dispepsia atônita; dores
musculares; edemas artríticos e reumáticos; enjôo; estômago; feridas; fígado, flatulência; halitose;
higienização da boca; impotência sexual; impurezas na pele, inflamação da garganta; má digestão;
menorragia; meteorismo; náusea e enjôo comuns, de gravidez, de movimento (marítimo e aéreo); paralisia;
reumatismo; resfriados; rouquidão; tosse; traumatismo; triglicerídeos; úlceras.
Parte utilizada: óleo essencial, rizoma.
Contra-indicações/cuidados: contra indicado para portadores de cálculos biliares.
Efeitos colaterais: queimaduras com o uso externo indevido e/ou abusivo.
Modo de usar:
- diarréia; 3 a 9g/dia;
- decocção de 50g de rizoma em 1 litro de água ou 1 colher das de chá em 1 xícara das de
chá de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia, adoçada com mel (tosse, asma, bronquite e cólicas);
- cataplasma do rizoma moído ou ralado em um pedaço. Aplicar sobre o local afetado
(reumatismo e traumatismos na coluna vertebral e articulações; nevralgias e hemorróidas).
- pó: para vômitos.
- rizoma fresco: mascar um pedaço (rouquidão, náuseas, dores estomacais e ânsia de
vômito).
- tintura de 100g do rizoma moído em 0,5 litro de álcool. Fazer fricções tópicas
(reumatismo).
- xarope do rizoma ralado misturado com mel;
- suco de um rizoma moído. Coar a aplicar topicamente em ferimentos e cortes
- geléias, pudins, doces, aromatização de bebidas, cocada nordestina, pé-de-moleque e com
canela, para preparar o quentão.
Veja o Produto Fitoterápico Comercial: GENGIBRE.

Empregam-se os rizomas de Zingiber officinale Roscoe (Zingiberaceae), planta herbácea


originária da Índia, cultivada principalmente em diversas regiões da Ásia, África e também Jamaica,
cujo rizoma se ramifica em um único plano.

O rizoma do gengibre contém amido em abundância, lipídeos (ácidos graxos saturados e


insaturados), aminoácidos, proteínas, vitaminas e como princípios ativos consideram-se a resina
(homólogos do gingerol, shogaol) e o óleo essencial (hidrocarbonetos sesquiterpênicos: -
bisaboleno, gengibreno, -curcumeno, etc.).

O gengibre é utilizado há muito tempo como especiaria na Ásia. Tradicionalmente,


emprega-se em casos de cólicas e flatulências. Apresenta propriedades carminativas, antiulcerosas e
antiespasmódicas. Também possui efeito colagogo e hepatoprotetor.

Em cobaias, observou-se um efeito hipoglicemiante


com a administração do suco do gengibre. Igualmente, a
administração da oleorresina em ratos e do extrato etanólico
em coelhos, apresentou propriedades hipocolesterolemiantes.
Alguns dos componentes da oleorresina apresentaram um
potente efeito inibidor da síntese de PGs in vitro.
Ensaios recentes demonstraram efeitos antitumorais e
antiproliferativos dos compostos picantes que se encontram
no gengibre: [6]-gingerol e [6]-paradol.
Apesar de certas contraindicações, o rizoma do
gengibre parece ser eficaz para prevenir os enjoos de viagens.
reduzir a tendência ao vômito e aos suores da cinetose. Comporta-se também como antiemético nas
nauseas originadas do tratamento quimioterápico do câncer. O mecanismo de sua ação antiemética
não parece ser central, mas gastrointestinal.
Não se deve administrar doses superiores às empregadas durante a gravidez ou lactância,
uma vez que é abortivo.

TANINOS

8.12. Angico

Nome científico: Anadenanthera peregrina (L.) Speng.


Família: Fabaceae.
Sinônimos botânicos: Acacia angustiloba DC., Acacia microphylla Willd., Acacia niopo
(Humb. & Bonpl. Ex Willd.) Kunth, Acacia peregrina (L.) Willd., Inga niopo Humb. & Bonpl. Ex
Willd., Mimosa acacioides Benth., Mimosa niopo (Humb. & Bonpl. Ex Willd.) Poir., Mimosa
parvifolia Poir., Mimosa peregrina L., Niopa peregrina (L.) Britton & Rose, Piptadenia niopo
(Humb. & Bonpl. Ex Willd.) Spruce, Piptadenia peregrina (L.) Benth.
Outros nomes populares: paricá, angico-de-curtume, paricá-da-terra, paricá-de-curtume,
paricá-do-campo, angico-branco, cambuí, niopó.
Constituintes químicos:
- casca e folhas: tanino;
- goma: angicose (açúcar), matérias resinosas e mucilaginosas;
-sementes: saponina.
Propriedades medicinais:
- casca: depurativa, hemostática, carminativa, emenagoga, antidiarréica, antidisentérica,
antialérgica, expectorante, antitussígeno;
- goma: antiúlceras, antiinflamatória, expectorante, antitussígeno.
Indicações:
- casca: diarréia, disenteria, alergia, catarro, gases, hemorragia, pneumonia, tosse, asma;
- goma: úlceras, contusões, gonorréia, leucorréia, catarro, pneumonia, tosse, asma;
Contra-indicações/cuidados: TÓXICA. Sementes e folhas secas são alucinógenas, as
folhas são tóxicas para o gado.
Efeitos colaterais:
Modo de usar:
- decocção de 50g de casca em um litro de água. Para uso externo ou adoça-se com mel e toma-se
até seis colheres de sopa por dia (4 em 4 horas);
- decocção de 25g de goma (resina) em um litro de água para uso externo ou para beber até seis
colheres de sopa por dia, adoçado com mel;
Fotos são encontradas em:
www.magic-plants.com/ plant_a.htm
http://www.zauberpilz.com/golden/g81-90.htm

8.12a. Angico

Nome científico: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan


Família: Fabaceae.
Sinônimos botânicos: Acacia cebil Griseb., Acacia colubrina Mart., Anadenanthera
colubrina var. cebil (Griseb.) Reis, Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan, Mimosa colubrina
Vell., Piptadenia colubrina (Vell.) Benth., Piptadenia macrocarpa Benth.
Outros nomes populares, constituintes químicos, propriedades medicinais, indicações, parte
utilizada, contra-indicações/cuidados, efeitos colaterais, modo de usar: semelhantes a
Anadenanthera peregrina (L.) Speng.
Fotos são encontradas em:
http://mobot.mobot.org/cgi-bin/search_vast?w3till=MOA-02456_001.jpg
http://mobot.mobot.org/cgi-bin/search_vast?w3till=MOA-02601_001.jpg

8.13. Hamamelis

Nome científico: Hamamelis virginiana L.


Família: Hamamelidaceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares:
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: adstringente, vaso constritor.
Indicações: caspa, circulação, hemorragia, hemorróida, seborréia, varizes.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:

VARIL - Contra varizes e hemorróidas. Normaliza a circulação sanguínea; Auxilia no


tratamento de hemorróidas; É laxante suave; Aumenta o tônus e a resistência das veias; Efeito
emoliente e cicatrizante. Composição: Alcachofra, Cáscara Sagrada, Castanha da índia, Centelha
Asiática, Hamamelis, Erva de Bicho, Malva e Sene. Apresentação: Frasco lacrado com 100
cápsulas. Modo de usar: duas cápsulas três vezes ao dia. 741/98 SESA 16451830.
8.14. Framboeza (Rubus sp.)

Mirtilo - Vaccinium mytillus (billberry ou blueberry) também em flavonóides


Nome científico: Vaccinium myrtillus L.
Família: Ericaceae.
Similar botânico: Vaccinium arboreum
Outros nomes populares: blueberry (inglês), arándano ou mirtilo (espanhol), myrtille
(francês).
Constituintes químicos: ácidos orgânicos, antocianinas, glucoquininas, pectinas, taninos.
Bagas: açúcares, ácidos orgânicos, taninos, vitaminas, pigmentos orgânicos.
- Frutos: taninos catéquicos (5%), ácidos orgânicos, açúcares, inositol, pectina, carotenos,
pigmentos antociânicos (0,50%): neomirtilina-delfinidol, cianidol, malvidol, petunidol; flavonóides:
rutósido.
- Folhas: taninos catéquínicos (6-10%); hidroquinona, traços de arbutósido; flavonóides
derivados do quercetosídeo, ácidos triterpênicos (ursólico, oleanólico), glucoquinina: neomirtilina;
sais minerais: ferro, mangnésio, cromo; traços de alcaloides quinolizidínicos: mirtina, epimirtina.
Propriedades medicinais: adstringente, antibacteriana, antidiarréica, estimulante da
circulação sanguínea, hipoglicêmica, tônica.
Indicações: diabete, catarro gastrintestinal, inflamação (bexiga, boca, laringe), diarréia,
tonificar vistas cansadas, estimular a circulação sangüínea, reduzir a taxa de açúcar do sangue,
diabete, eliminar catarros gastrintestinais, inflamações da bexiga, convalescência.
- Frutos: varizes, hemorróidas, fragilidade capilar, arteriopatías, edemas por insuficiência
venosa, hemeralopia, retinite pigmentária, miopia.
- Folhas: diarréia, diabete, cistite, uretrite, pielonefrite, vulvovaginite. Uso externo:
dermatomicoses, eczemas, feridas, úlceras dérmicas.
Parte utilizada: folhas, frutos.
Contra-indicações/cuidados: gastrites e úlceras gastroduodenal. Devido à considerável
quantidade de hidroquinona das folhas, os tratamentos devem ser descontínuos.
Efeitos colaterais: pacientes com gastrite ou úlceras gastroduodenais devem evitar o uso do mirtilo,
pois devido aos taninos pode haver aumento da moléstia.
Modo de usar:
Fruto:
- fabricação de: doces, compotas, geléias, corante de vinhos;
- consumido ao natural, seco ou cozido;
- mastigados (secos) para tratar a diarréia;
- vinho de mirtilo, a compota e o extrato alcoólico: diarréia;
- o sumo, a compota e a geléia: inflamações da boca e da laringe;
- infusão de cinco colheres de sopa de fruto em um litro de água. Deixar por 15 minutos.
Beber durante o dia.
- decocção de 35 g por litro de água. Ferver por 5 minutos. Beber a vontade.
Folhas:
- consumidas na forma de saladas.
- compressas e máscara: repouso da pele do rosto.
- infusão de cinco colheres de sopa de folhas em um litro de água (fervente). Deixar esfriar
e beber durante o dia.
- decocção de 5 colheres de sopa de folhas por litro de água. Ferver por 5 minutos. Tampar
e deixar esfriar. Beber durante o dia.
Fotos são encontradas em:
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p14\pages\vaccinium-myrtillus-1.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p14\pages\vaccinium-myrtillus-2.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p14\pages\vaccinium-myrtillus-3.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p14\pages\vaccinium-myrtillus.htm

8.14.1. Mirtilo e a medicina herbária


by Steven Foster
Text © 2000 Steven Foster

As pessoas nascidas em areas de charnecas, terras florestais do norte da Europa ou na região


das Montanhas Rochosas, com certeza conhecem o mirtilo (arando, bilberry), com o qual faz-se
muitas geléias e tortas. No entanto, atualmente, talvez seja mais fácil encontrá-la na forma de
cápsulas gelatinosas de cor púrpura como suplemento alimentar.

Mirtilo Blueberry

O mirtilo (Vaccinum myrtillus) é uma variedade de blueberry. O gênero Vaccinum inclui em


torno de 450 espécies que ocorrem em regiões frias e montanhas em ambos os hemisférios. Muitas
são “deciduous” ou arbustos com frutos comestíveis incluindo as blurberries, buckberries,
huckleberries, farkleberry, cranberry, whortleberry, crowberry e o mirtilo (bilberry).

huckleberries Farkleberry (Vaccinium arboreum) Cranberry (Vaccinum oxycoccus)


Whortleberry (Vaccinum Crowberry (Empetrum nigrum) buckberries
corymbosum)

8.14.2. Folhas de mirtilo

Tradicionalmente, as folhas são usadas como adstringentes, antiinflamatórias e antissépticas.


Foi demonstrado que também possuem fraca atividade antidiabética. Suas folhas possuem um
componente (glicoquinina) que reduz o teor de açúcar no sangue. Essas folhas podem ser usadas na
forma de chá ou na forma de preparos no tratamento de reumatismos e gota, devido à presença de
ácido quínico no extrato seco de folhas aquecidas.

As folhas fazem parte da medicina popular, mas não são, nem de perto, tão importantes
quanto as frutas. A comissão alemã responsável pelas regras de uso de ervas, não recomenda o uso
das folhas dessas plantas. De acordo com eles, as folhas e seus preparados têm sido recomendados
tradicionalmente contra a diabetes melitus, prevenção e tratamento de afecções do trato
gastrointestinal, artrite, gota, doenças da pele, hemorróidas, problemas circulatórios e cardíacos,
purificação do sangue, e estimulante de processos metabólicos. Enquanto que alguns antigos
laboratórios apóiem a teoria de seu potencial antiinflamatório e antidiabético, não existem
suficientes dados científicos que apóiem o uso dessas folhas. Portanto, devido a isso, as folhas de
mirtilo não são oficialmente aprovadas. Além disso, existem questões de segurança. Estudos em
animais apontaram para anemia, distúrbios gastrointestinais e má absorção de nutrientes. Esses
problemas talvez estejam relacionados ao alto teor de tanino nas folhas.

8.14.3. Frutos do mirtilo e a medicina

Por séculos os frutos do mirtilo são reconhecidos como tendo valor nutricional tanto na
Europa quanto entre os índios das Montanhas Rochosas.

O uso dessas frutas na medicina herbal data da Idade Média. Santa Hildegarda de Bingen
(1098-1179), a primeira mulher a escrever um tratado sobre ervas, recomendava a planta para
induzir a menstruação. No século 16, os herbalistas alemães recomendavam-na contra cálculo renal,
problemas hepáticos e xaropes para tosse e problemas pulmonares. No século 19, seu uso
disseminou-se entre os herbalistas e médicos. Os preparados com o fruto eram usados para vários
problemas intestinais, febre tifóide, infecções da boca, pele e vias urinárias, gota e reumatismo. No
início do século XX, o chá feito com a fruta seca era usado como adstringente contra diarréia e
disenteria, como diurético, tônico nutritivo refrescante, contra o escorbuto e para conter
hemorragias. É também usado como adstringente e desinfetante oral para inflamações da boca.

Atualmente, o interesse nesses frutos provém de uma observação casual durante a Segunda
Grande Guerra. Durante bombardeios noturnos, pilotos da Força Aérea Britânica relataram uma
melhora na visão noturna após terem comido geléia de mirtilo. Isto levou, na década de 60, aos
primeiros estudos laboratoriais e, conseqüentemente, testes clínicos, sobre os efeitos do extrato de
mirtilo nos olhos e sistema vascular.

8.14.4. Compostos encontrados nos frutos

A eficiência do extrato desses frutos está ligada a um grupo de compostos chamados


“antocianosídeos”. Esses compostos são derivados das antocianinas – os pigmentos responsáveis
pelas cores azul, vermelha e violeta das frutas. A maioria dos estudos com o mirtilo envolveram
extratos purificados contendo entre 25 e 36% de antocianosídeos. Ao final, foram identificados
quinze diferentes compostos. A maioria dos extratos encontrados em suplementos alimentares nos
EUA contêm 25% de antocianosídeos.

Como na maioria das ervas medicinais, os efeitos obtidos com a planta não vêm
necessariamente de um componente químico somente. Além dos antocianosídeos, esses frutos
possuem taninos (até 7%), assim como vários alcalóides, incluindo a mirtina e a epimirtina. Pelo
menos vinte diferentes ácidos fenólicos foram identificados nos frutos junto com três glicosídeos de
quercetina, incluindo quercitrina, isoquercitrina e hiperosídeo. Todos esses componentes, de um
modo ou de outro, pode contribuir para os efeitos benéficos do mirtilo.

8.14.5. Usos atuais

Na medicina herbal européia, os preparados com a fruta do mirtilo são agora usadas para
melhorar a microcirculação deficiente, incluindo condições visuais como cegueira noturna e
retinopatia diabética. Na Alemanha, os preparados são empregados no tratamento de diarréia aguda
e no tratamento de inflamações leves das mucosas da boca e da garganta.

Estudos atuais dos extratos do fruto confirmaram várias atividades, incluindo efeitos
antioxidantes, capacidade de inibir a agregação das plaquetas sanguíneas, produz leve relaxamento
vascular em músculos lisos e possivelmente desempenham algum papel na redução de fatores
associados a doenças inflamatórias crônicas. Extratos desses frutos também mostraram, em
laboratório, inibição de enzimas como a elastase, que pode causar uma degradação do colágeno.
Isto pode levar a uma redução de fatores associados com condições inflamatórias como a
arteriosclerose, enfisema pulmonar e artrite reumatóide.

8.14.6. Mirtilo e o sistema vascular

Entre os mais aceitos usos do mirtilo, está o relacionado com desordens vasculares
periféricas, especialmente aquelas envolvendo fragilidade capilar. Os capilares tornam-se frágeis
por senecência, o que pode resultar em contusões freqüentes. Capilares fracos estão associados a
uma má circulação sanguínea nos tecidos conectivos e têm sido associados a condições
inflamatórias tais como artrite. Os antocianosídeos do mirtilo ajudam a reforçar os capilares
protegendo-os do ataque de radicais livres. Eles também estimulam a formação de tecido conectivo
saudável, um auxílio na formação de novos capilares. O mirtilo também reduz a agregação
plaquetária do sangue, um fator de risco associado com a arteriosclerose.

Dada a sua capacidade no auxílio à redução da fragilidade capilar, os produtos feitos com o
mirtilo têm sido estudados em testes clínicos com pacientes portadores de uma série de doenças,
incluindo a diabetes, arteriosclerose, hipertensão, varicose venal, desordens hepáticas, úlceras
pépticas e outras condições onde a fragilidade capilar possa desempenhar um papel na causa dos
sintomas secundários da própria doença.
Os resultados clínicos envolvendo mais de 700 pacientes com várias condições relacionadas
com micro circulação deficiente em casos de arteriosclerose, tendência a contusões, hemorróidas e
varicose, mostraram uma tendência a reduzir os danos oriundos de radicais livres (efeito
antioxidante) e promover circulação periférica sadia. Os estudos envolveram extratos padrão dos
frutos com 25 a 36% de antocianosídeos. O chá também mostrou-se eficiente, principalmente em
experiências clínicas, contra diarréia e inflamação das mucosas bucais e da garganta.

8.14.7. Mirtilo e as condições visuais

Os experimentos da década de 60, efetuadas com coelhos, mostraram que uma mistura de
antocianosídeos de mirtilo fazia com que os animais se adaptassem mais facilmente à escuridão. A
melhoria da visão está relacionada com um aumento na regeneração da rodopsina (uma proteína-G),
um pigmento púrpura essencial no auxílio à adaptação visual à luz e ao escuro. A área da retina,
localizada no fundo do olho, é uma estrutura especializada que responde à luz. Células especiais,
chamadas bastões e cones, são os responsáveis por esse efeito. Os cones são adaptados para sentir
detalhes e distinguir cores, eles são como dispositivos de ajuste de cores e matizes em uma
televisão. Os bastões detectam a luminosidade e a escuridão, comportando-se como ajuste de
contraste e brilho em uma televisão. A capacidade do extrato de mirtilo em acelerar a regeneração
da rodopsina nos bastões, auxilia a retina a melhorar sua adaptação à luz e ao escuro. Estudos com
antocianosídeos do mirtilo, tanto em laboratório quanto em animais, mostraram modificações no
processo enzimático envolvido na produção de danos à retina.

Foram feitos estudos com extratos de mirtilo


puros ou associados com -caroteno e vitamina-E para
desordens associadas a prejuízo na fotossensitividade e
microcirculação deficiente da retina. Os estudos,
realizados tanto com pessoas saudáveis como pacientes
com deficiências visuais, apontaram para um aumento
significativo da visão noturna, adaptação mais rápida à
escuridão e um mais rápido restabelecimento da
Uma molécula de rodopsina (amarela) ligada ao acuidade visual após exposição a flashes luminosos.
retinal (laranja) engastada em membrana celular.
Estudos adicionais com controladores de tráfego aéreo, pilotos de aeronaves e motoristas de
caminhão também mostraram que os frutos do mirtilo ajudaram a melhorar a visão noturna e
aumentaram a adaptação à escuridão. Em dois ensaios clínicos, encontrou-se que 76% dos pacientes
com miopia tiveram um aumento na sensibilidade retinal. Os pacientes ingeriam 150 mg de extrato
por dia durante 15 dias, junto com vitamina A.

A retinopatia diabética é uma condição secundária do diabetes melitus, onde ocorre uma
degeneração não inflamatória da retina. Em três estudos realizados entre 1982 e 1987 na Itália,
foram administrados de 320 a 480 mg por dia de um extrato contendo altos teores de
antocianosídeos, de 30 dias a 12 meses e os resultados indicaram uma sensível melhoria. Houve
uma redução ou desaparecimento das hemorragias na retina.

8.14.8. Literatura recomendada

1.Blumenthal, M. eds., S. Klein, trans. German Bundesgesundheitsamt (BGA) Commission


E Therapeutic Monographs on Medicinal Products for Human Use. (English translation). American
Botanical Council, Austin, Texas (in press, due early 1997).
2.Brown, D. 1996. Herbal Prescriptions for Better Health. Rocklin, Calif.: Prima Publishing.
3.Cunio, L. 1993. Vaccinium myrtillus, Australian Journal of Medical Herbalism, 5(4):81-
85.
4.Leung, A. Y. and S. Foster. Encyclopedia of Common Natural Ingredients Used in Foods,
Drugs and Cosmetics. Second Edition. New York: John Wiley & Sons, 1996.
5.Morazzoni, P. and E. Bombvardelli. Vaccinium myrtillus L. Fitoterapia, 67(1):3-29, 1996.
6.Tyler, V. E. The Honest Herbal, third edition, Binghamton, New York: Pharmaceutical
Products Press, 1993.
7.Tyler, V. E. Herbs of Choice - The Therapeutic Use of Phytomedicinals, Binghamton,
New York: Pharmaceutical Products Press, 1994.
8.Weiss, F. R. Herbal Medicine (translated from German by A. R. Meuss). Beaconsfield,
England: Beaconsfield Publishers, 1988.

8.15. Amora silvestre (blackberry)

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Subfamília: Rosoideae
Gênero: Rubus
Subgênero: Eubatus
Espécie: Rubus fruticosus – amora silvestre e centenas de
microespécies
(o subgênero também inclui as dewberries)

Para o caso da amora-preta (brambleberry Rubus brasiliensis Mart. Os sinônimos são:


amora-verde, amoreira-da-selva, amoreira-do-mato, framboesa-negra, sarca-amoreira e as partes
suadas são os frutos, raízes e folhas.
---Habitat – As várias espécies são comuns no mundo inteiro.
---História – O nome do arbusto deriva de “brambel” ou “brymbyl”, que significa espinhoso.
Tem-se noticias dessa fruta já desde os tempos de Jonatas, que censurou um homem de Shechem
por sua ingratidão para com a casa de seu pai relatando-lhe a parábola das árvores que escolhiam
um rei sendo, a humilde amoreira, a eleita após a oliveira, a figueira e a videira terem recusado a
dignidade. Os gregos antigos conheciam bem as amoras e as consideravam boas contra a gota.
---Ação medicinal e usos – O caule e as raízes possuem muito tanino e são há muito tempo
tidas como tônicas e adstringentes, provando ser de alto valor contra a disenteria e diarréia. A mais
adstringente é a raiz.

A fruta contém ácidos málico e cítrico, pectina e albúmen. Se dessecada em ambiente


moderadamente quente e moída após isso, é um bom remédio contra disenteria.

8.16. Nogueira (também quinonas)

Nome científico: Juglans regia L.


Família: Juglandaceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares: nogueira, noz.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: adstringente, amaciante/clareador do cabelo.
Indicações: afecção cutânea, anemia, debilidade glandular, diabete, escorbuto, escrofulose, espinha,
frieira, icterícia, impureza do sangue, linfatismo, mal do pott, picada de abelha e vespa, raquitismo,
reumatismo, sífilis, verme.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:

QUINONAS

8.17. Cânhamo

Nome científico: Cannabis sativa L.


Família: Moraceae.
Sinônimos botânicos: Cannabis indica Lam., Cannabis sativa var. indica (Lam.) E. Small &
Cronquist.
Subespécies/variações: Cannabis sativa subsp. spontanea (Czer.) Serebr. Cannabis sativa var.
indica (Lam.) E. Small & Cronquist, Cannabis sativa var. sativa, Cannabis sativa var. spontanea Vavilov
Outros nomes populares: cânhamo, hanf (alemão); cáñamo (espanhol); chanvre (francês); hemp
(inglês); canape (italiano).
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: calmante do sistema nervoso.
Indicações: depressão nervosa, esgotamento, enxaqueca, nervosismo excessivo, tosse asmática.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados: não deva ser utilizada em preparações caseiras nem sem prescrição
médica, pois produz efeitos narcóticos acompanhados de alucinações. O seu uso, mesmo sob a forma de
medicamento comercial somente deve ser feito sob acompanhamento médico.
Efeitos colaterais:
Modo de usar: preparar medicamentos calmantes do sistema nervoso, utilizados no tratamento de
depressões nervosas, nervosismo excessivo, esgotamento, enxaquecas, tosse asmática e também para
anestesias locais em medicina dentária.
Fotos são encontradas em:
http://mobot.mobot.org/cgi-bin/search_vast?w3till=21302042_001
http://biology.smsu.edu/Herbarium/Plants%20of%20the%20Interior%20Highlands/Flowers/Cannabis
%20sativa%20-%201.JPG
http://ispb.univ-Lyon1.fr/cours/botanique/photos_dicoty/dico%20A%20a%20C/Cannabis%20sativa.jpg
http://linnaeus.nrm.se/flora/di/cannaba/canna/cannsat.html
http://www.swsbm.com/Images/C/Cannabis_sativa.jpg
http://www.swsbm.com/Images/New9-2001/Cannabis_sativa-2.jpg
http://www.swsbm.com/Images/New9-2001/Cannabis_sativa-3.jpg
http://www.gut-im-bild.at/pages2/Cannabis-sativa-spontanea.htm
http://www.erowid.org/plants/cannabis//images/archive/cannabis_sativa2.jpg
http://pharm1.pharmazie.uni-greifswald.de/systematik/7_bilder/yamasaki/yamas037.jpg
http://caliban.mpiz-koeln.mpg.de/~stueber/thome/band2/tafel_025.html
http://www.pharmakobotanik.de/schfld/Cannabis.jpg
http://www.doctus.ee/tervis/uus/pildid/rahuim/kanep/Plant%20-%20Cannabis%20Sativa2.jpg
http://www.botanical-online.com/fotoscannabissativa.htm
http://www.csdl.tamu.edu/FLORA/imaxxcan.htm
Algumas espécies do gênero: Cannabis L., 1753 Cannabis chinensis Delile Cannabis faetens
Gilib.; Cannabis indica Lam.; Cannabis lupulus Scop.; Cannabis ruderalis Janisch., 1924; Cannabis sativa
L., 1753; Cannabis sativa var. indica (Lam.) E. Small & Cronquist; Cannabis sativa var. sativa; Cannabis
sativa subsp. spontanea (Czer.) Serebr.; Cannabis sativa var. spontanea Vavilov; Cannabis intersita Soják.

8.18. Hena

Nome científico: Lawsonia inermis L.


Família: Lythraceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares: henê, henna. Henna (inglês), henné (espanhol, francês), hennè
(italiano).
Constituintes químicos: ácidos gálicos, ácido hennotânico, apigenina, cumarinas,
henosídeos, luteolina, lawsona, manitol, mucilagem, resinas, sitosterol, taninos, triterpenos,
xantonas.
Propriedades medicinais: absorvente de radiação ultravioleta, adstringente, anti-séptica,
antiinflamatória, bactericida, béquica, corante, desodorante, emenagoga, estimulante, sedativa.
Indicações: cirurgia de circuncisão, dermatose, dor de cabeça, dor estomacal, herpes,
histeria, infecção nos órgãos genitais, lepra, leucorréia, mialgia, oftalmia, proteger a pele dos raios
ultra-violeta, tumor, reumatismo.
Parte utilizada: folhas, flores.
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar: chá das folhas e flores.

8.19. Dedaleira

Nome científico: Digitalis lanata Ehrh


Família: Scrophulariaceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares: digitalis, digital lanosa.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: cardiotônico.
Indicações:
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:

Nome científico: Digitalis purpurea L.


Família: Scrophulariaceae.
Sinônimos botânicos:
Outros nomes populares: digital, erva deda, digitalis.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: cardiotônico.
Indicações: cardiopatia valvular.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:

FLOROGLUCINÓIS

Feto-macho, broto-de-samambáia (Polypodum)

8.20. Polipódio

Nome: Polypodium vulgare L.


Parte Utilizada: Rizoma
Princípios Ativos: Saponósiedos, floroglucinol (0,5%), sacarose. Traços de óleo esencial.
Taninos catéquicos (3%). Lípideos (8%). Princípios amargos: samabaína. Alguns autores sugerem a
presença de glicirricina.
Ação farmacológica: Colagogo, laxante suave, expectorante, vermífugo, edulcorante.
Indicações: Usada popularmente em: bronquites, asma, disquinésias hepatobiliares,
oxiuriases.
Contraindicações: Não prescrever fórmulas de conteúdo alcoólico a crianças menores de dois anos
de idade nem a pacientes em tratamento de abstinência alcoólica.
Precauções/Intoxicações: Levar em conta o teor alcoólico do extrato e da tintura.
Formas galênicas/posologia:
- Decocto: uma colher de chá por xícara. Ferver 5 minutos, deixar em infusão por 10 minutos. Duas
xícaras por dia.
- Extrato fluido (1:1): 25-40 gotas de uma a três vezes ao dia durante as refeições.
- Tintura (!:10): 50-100 gotas de uma a três vezes ao dia.
- Pó da raiz: 1 g de uma a três vezes ao dia durante as refeições.

Bibliografía
Bézanger-Beauquesne, L; Pinkas, M; Torck, M. Les Plantes dans la Therapeutique
Moderne. 2ª. Paris: Maloine, 1986, pp. 343-4.
Bézanger-Beauquesne, L; Pinkas, M; Torck, M; Trotin, F. Plantes Médicinales des Regions
Tempérées. Paris: Maloine, 1980, p.24.
Le Floc'h, E. Contribution a une Etude Ethnobotanique de la Flore Tunisienne. Imprimerie
Officielle de la République Tunisienne, 1983, p. 36.
Paris, RR; Moyse, M. Précis de Matière Médicale. Tome I. Paris: Masson, 1986, p. 376.
Van Hellemont, J. Compendium de Phytotherapie. Bruxelles: Association Pharmaceutique Belge,
1986, pp. 311-2.

8.21. Feto-macho

Nome: Fajus silvatica L.


Outros nomes: Dentabrón, fayera, portaestandarte, falaquera, fento; eask.: iratze, ira, finar,
iztarro; cat.: falguera mascle, falaguera mascle, falzia mascle; port. e quil.: fexto-macho (e fieito e
felgo macho), fetomacho, dentebrum, dentebrura; it.: felce maschio; fr.: fougére mâ1e; inp.: mala
fern; al.: Waldfam, Wurmfarn, Federfarn.
Características: Também conhecido como samambaia, feto vivaz que atinge de 1 a 1,5 m
de altura, suas folhas lanceoladas nascem diretamente do rizoma.
Principais componentes conhecidos: Os princípios ativos do rizoma pertencem ao grupo
do floroglucinol, substâncias fenólicas aparentadas com a catequina, floroglucina e antocianidina.
Uma delas é o aspidinol, muito conhecido por sua forma estrutural. Outra é a filmarona, talvez ao
composto mais ativo, que possui quatro anéis benzênicos. Todos, ao decomporem-se, podem
produzir metilfloroglucina e ácido butírico. Por lixiviação do rizoma moído com éter, obtém-se um
solução que, ao evaporar-se em banho-maria, deixa um extrato com todos os princípios ativos, ou
seja, a filicilina bruta. Algumas das substâncias ativas são a albaspidina, floraspina e ácido
filicilínico. Também no rizoma pode-se encontrar amido, albumina, ácido tânico, acético e gálico.
Nas gemas foliáceas encontra-se material graxo e óleo volátil.
Propriedades: antielmínticas, febrífugas, antissépticas, antirreumáticas, resolutivas.
Indicações: O rizoma ou broto é muito usado para combater a tênia. O broto deve ser
colhido quando ainda possui bastante suco e usado assim fresco em doses pequenas.
Toxicologia: Desaconselhável para quem sofre de anemia, gastrite, úlcera duodenal ou
cardiopatias
8.22. Polipodiáceas

Aplicações terapêuticas: Para eliminar parasitas (evacuação de tênias, antipirético,


desinfectante (limpeza de feridas), para eliminar o ácido úrico, sedante dos nervos, analgésico.
Usos:
- interno: Poção Lemione - Extracto etéreo de helecho 0,5 gr. a 5 gr., jarabe de éter 10 gr.,
goma pulverizada 1 gr. y looch 60 gr. Tomar a cucharadas. Cuatro veces en media hora.
- externo: Decocto – raiz apicada em banhos de pé contra a gota. Banhos de corpo inteiro –
contra dores reumáticas e cefaléias. Tópico – nos locais corretos, as folhas aliviam as dores
reumáticas.
Precauções: Usado em altas doses, pode provocar cegueira. Como não é purgante, nos casos
de parasitas, recomenda-se ingerir também um purgante mas, não pode conter óleos nem gorduras,
pois pode ocorrer intoxicação por interação medicamentosa.
Contraindicações: Recomenda-se que não seja administrado a pessoas fracas, assim como
a anêmicos e aqueles que sofrem de afecções cardíacas e dos rins. Tampouco é indicado para
crianças mas, sendo o caso, as dosaes devem ser bem pequenas.
História: Seu emprego é muito antigo. Paracelso, Dfoscoríades e Galeno o recomendavam
contra vermes. Celso em sua “De re médica”, como vermífugo. Foi esquecido por um tempo mas,
Luis XVI o trouxe de volta. Nouffer conseguiu obter o segredo de tão extraordinário vermífugo
pagando 1.800 francos a um médico suíço. O segredo consistia em 12 g de pomada de raiz de feto-
macho em 190 g de água de tilo. Luis XVI mandou seu ministro Rurgot extender o remédio ao
público.
Após muitos estudos, pode-se acrescentar propriedades de curar raquitismo infantil e
reumatismos e eliminar lombrigas e tênias. Contra a solitária, se tomava a raiz com mel. Contra as
lombrigas redondas, raiz com vinho e cevada. Entre os preparados de feto-macho, o mais
empregado é o extrato etéreo mas, possui prazo de validade, o que também ocorre com o rizoma e
demais preparados.
Curiosidades: O feto-macho, inserido nos sapatos, elimina o cansaço e descansa os pés, em
caso de câimbras nos pés ou panturrilhas, cobre-se a área afetada com folhas de feto-macho. Ao
fabricar-se um colchão com suas folhas secas, obtém-se benefício para os reumáticos e crianças
raquíticas. Sob seus ramos não se esconde nenhuma serpente e seu suco elimina mau cheiro do
nariz. Paracelso, em sua “Botânica Oculta” fala: “Essa planta simboliza a humildade, acaba com os
pesadelos, afasta as más vibrações e atua contra os feitiços”.

8.23. Erva-de-São-João (também flavonóides)


Hypericum perforatum L.
Guttiferae (Hypericaceae)

O gênero Hypericum conta aproximadamente com 370 espécies anuais, arbustivas e semi-
arbustivas perenes e semi-perenes, encontradas principalmente nas regiões temperadas. Uma grande
variedade de grupos provê muitas plantas finas de jardinagem para a maioria das aplicações.
Hypericum pode derivar do grego hyper, "acima", e eikon, "pintura". de vez que as flores eram
colocadas sobre imagens religiosas para afastar o mal no Dia de Solstício de verão do norte (24 de
Junho, Dia de São João).
Hypericum perforatum, chamado popularmente de milfurada, erva de São João perfurada e
erva comum de São João, é um arbusto vertical, rizomatoso, perene, de base lenhosa, com folhas
alternas e sésseis, picotadas de pontos vermelhos translúcidos. A planta é nativa na Europa e Ásia
temperada e pode ser encontrada também nos Estados Unidos e Canadá chegando a ser uma espécie
vulgar. Ela medra no solo seco e ensolarado de encostas, margens de estrada, prados, bosques e
sebes, onde geralmente cresce até uma altura média de 60 cm. As inflorescências abundantes, de um
amarelo-dourado, desabrocham em pleno Verão. Numerosas flores amarelas luminosas florescem
de junho a setembro. As flores são mais abundante e estão no auge luminoso ao redor do dia
tradicionalmente celebrado como o aniversário de São João Batista. O fruto é uma cápsula.
Para fins medicinais colhe-se a planta inteira e particularmente as cimeiras, na época da
plena floração e com tempo ensolarado. São secadas à sombra, sob corrente de ar, ou num secador,
a temperatura de 35°C no máximo. Os antigos alegavam que as propriedades mágicas do
Hypericum perforatum eram, em parte, devidas ao pigmento vermelho fluorescente, um flavonóide
denominado hipericina que escoa como sangue das flores esmagadas. Além da hipericina, contêm
taninos (as flores até 16%), glicosídeos: rutina, hiperina, ocatecol peflavite (vitamina P),
flavonóides, xantonas, ácidos carboxílicos fenólicos, óleos essenciais, carotenóides, alcanos,
derivado de floroglucinol, fitosteróis, e ácidos gordurosos alcoólicos de cadeia média. O Tanino, em
uma concentração média aproximada de 10%, é provavelmente o responsável pela ação
adstringente da Erva de São João e o efeito precipitador de proteína, contribuindo para o tradicional
uso tópico da planta como um agente curador de feridas.

O Hypericum é ligeiramente sedativo e nitidamente colagogo (secreção biliar). Os seus


efeitos anti-inflamatórios fazem dele um bom produto para tratamento de inflamações crônicas do
estômago, do fígado, da vesícula, dos rins; é igualmente eficaz nas afecções ginecológicas. A erva é
usada interiormente para enurese (especialmente em crianças), ansiedade, tensão nervosa,
perturbações na menopausa, síndrome pré-menstrual, cobreiro, ciática, e fibrosites. Não deve ser
dado aos pacientes com depressão crônica. Externamente para queimaduras, contusões, danos
(feridas especialmente profundas ou dolorosas que envolvem danos em nervos), chagas, ciática,
neuralgia. convulsão, deslocamentos, e contusões. Trabalha bem com Hamamelis virginiana ou
Calendula officinalis para contusões. Usado em homeopatia para dores e inflamações causadas
nervos danificados.

O óleo do Hypericum é preparado por maceração das cimeiras floridas, em azeite ou óleo de
girassol. Deixando-se o recipiente durante quinze dias ao sol, sacudindo-o de tempos em tempos.
Este óleo é bom contra as queimaduras (incluindo as do sol) e as hemorróidas. Um consumo
exagerado de produtos à base de milfurada pode provocar uma alergia que se agrava sob o efeito da
luz solar (foto-sensibilização).

Erva de São João tem Propriedades Antibacteriais (por Joseph Mercola, D.O.)

Erva de São João (Hypericum perforatum) é extensamente usada como um remédio natural
para depressão e também pode ajudar a tratar cortes infectados e arranhões. Baixa concentração de
uma substância química encontrada na Erva de São João chamada hiperforina pode matar certas
bactérias, inclusive do tipo Staphylococcus aureus, uma causa comum de infecções da pele. No
estudo, concentrações de hiperforina tão baixas quanto 0.1 microgramas por mililitro foram efetivas
contra espécies de bactérias gram-positivas. Porém, Hiperforina não foi efetiva para erradicar o
fungo Candida albicans, responsável pela maioria das infecções por levedura.

É interessante a nota de que este popular antidepressivo tem algumas propriedades anti-
bacterianas. Alguns clínicos também acreditam que o mecanismo principal de ação da Erva de São
João atua de fato como um tratamento anti-viral. Embora a Erva de São João claramente tenha
algumas ações benéficas para aqueles com depressão, acredito que realmente seja uma ajuda mais
segura e não envia o desequilíbrio nutricional e neuro-emocional a um nível mais intenso que
precipite a depressão.

Erva de São João e o tratamento de depressão


O extrato Hypericum da erva de São João é mais seguro que a droga antidepressante
imipramine e de mesma forma efetiva para tratar pacientes com depressão moderada. British
Medical Journal December 11, 1999;319:1534-1539.
Hypericum foi testado em mais de 3,000 pacientes contra placebo e vários medicações.
Linde, Ramirez et al. conduziram uma meta-análise de 23 testes de amostras randomizadas (15 dos
quais comparavam hypericum com placebo e 8 dos quais comparavam com tratamentos por outras
drogas); A amostragem incluiu 1.757 pacientes externos com desordens depressoras principalmente
moderadas ou moderadamente severas. O resultado global extraído desta análise indica que
hypericum é mais efetivo que placebo e igual em eficácia comparado a antidepressantes padrões
para o tratamento de desordens deprimentes moderadas a moderadamente severas. Além disso,
menos efeitos colaterais foram notados em pacientes tratados com hypericum (19.8%) que nos
tratados com antidepressantes padrões (52.8%). Linde K, Ramirez G, et al. St. John’s wort for
depression—an overview and meta-analysis of randomized clinical trials. BMJ 1996; 313:253-258.
Em um teste duplo-cego de quatro semanas com 105 pacientes não internos com depressão
moderada de pequena duração, 67% dos pacientes que tomaram extrato de hypericum (300 mg três
vezes ao dia) melhoraram, comparado com 28% de pacientes que tomaram placebo. Nenhum efeito
colateral significativo foi notado. Sommer H, Harrer G. Placebo-controlled double-blind study
examining the effectiveness of a hypericum preparation in 105 mildly depressed patients. J Geriatr
Psychiatry Neurol 1994; 7(Suppl 1):S9-11.

Em um estudo de seis semanas de duração, hypericum foi comparado com um


antidepressante heterocíclico padrão. A dose de extrato de hypericum foi de 300 mg, três vezes ao
dia, e a de imipramina foi de 25 mg, três vezes ao dia. As pontuações da Taxa de Depressão na
Escala de Hamilton diminuíram de 20.2 para 8.8 no grupo de hypericum e de 19.4 para 10.7 no
grupo de imipramina. Além disso, menos efeitos colaterais e mais moderados foram notados nos
pacientes tratados com hypericum do que nos tratados com imipramina. Vorbach EU, Hubner WD,
Arnoldt KH. Effectiveness and tolerance of hypericum extract LI 160 in comparison with
imipramine: randomized double-blind study with 135 outpatients. J Geriatr Psychiatry Neurol 1994;
7(Suppl 1):S19-23.

FLAVONÓIDES

8.24. Alcaçuz

Nome científico: Glycyrrhiza glabra L.


Família: Fabaceae.
Sinônimos botânicos: Glycyrrhiza glabra subsp. glandulifera (Waldst. & Kit.) Ponert,
Glycyrrhiza glabra var. caduca X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. glandulosa X.Y. Li, Glycyrrhiza
glabra var. laxifoliolata X.Y. Li, Glycyrrhiza glabra var. violacea (Boiss. & Noë) Boiss.,
Glycyrrhiza glandulifera Waldst. & Kit., Glycyrrhiza hirsuta Pall., Glycyrrhiza violacea Boiss. &
Noë.
Outros nomes populares: salsa, regoliz, regaliz, pau-doce, raiz-doce, alcaçus, alcaçuz-da-
europa, alcaçuz-glabro, madeira-doce.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: antimicrobiana, antioxidante, antitóxica, anti-séptico, aromática,
diurético, emoliente, expectorante, laxante, refrescante, tônica.
Indicações: abscesso, catarro, catarro da bexiga, espasmo, ferida, gota, inflamação, inflamação
bucal, pedra e cálculo, resfriado, tosse, tumor, úlcera, vesícula, vias urinárias.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:
Fotos são encontradas em:
http://www.sanrisil.com.br/img/tratadas/alcacuz1.jpg
http://www.heilpflanzen-suchmaschine.de/suessholz/Suessholz-glycyrrhiza-glabra-204.jpg
http://www.heilpflanzen-suchmaschine.de/suessholz/Suessholz-glycyrrhiza-glabra-3.jpg
http://pharm1.pharmazie.uni-greifswald.de/systematik/7_bilder/yamasaki/GlycyrrhizaD.jpg
http://pharm1.pharmazie.uni-greifswald.de/allgemei/serturn/arzpfl-b/glycyr-g.jpg
http://www.rain-tree.com/Plant-Images/Glycyrrhiza_glabra_p14.jpg
http://www.ibiblio.org/herbmed/pictures/p06/images/glycyrrhiza-glabra-1.jpg
http://caliban.mpiz-koeln.mpg.de/~stueber/thome/band3/tafel_124.jpg
http://www4.plala.or.jp/NRC/hb-Glycyrrhiza%20glabra.JPG
http://linnaeus.nrm.se/botany/fbo/g/bilder/glycy/glycgla2.jpg
http://www.heilpflanzen-welt.de/phytotherapeutische-welt/phyto_bilder_gross/
glycyrrhiza_glabra.jpg
http://gps.iatp.org.ge/encyclopedia/glycyrrhiza_files/Glycyrrhiza%20glabra.jpg

8.25. Ginkgo

Nome científico: Ginkgo biloba L.


Família: Ginkgoaceae.
Sinônimos botânicos: Salisburia biloba (L.) Hoffmanns,
Outros nomes populares: ginkgo biloba, ginkgoácea, nogueira-do-japão. Ginkgo (alemão,
holandês, inglês); ginkyio, icho e ginnan (chinês, japonês); árbol sagrado (espanhol); ginkgo biloba
(francês); ginco (italiano); pakgor su (Singapura); ginko (sueco).
Constituintes químicos: ácido butanóico, ácido ginkgólico, ácidos graxos, alcanos,
antocianina, asoginkgetina, benzenóides, bioflavonóides, caferol, carboidratos, carotenóides,
catequina, diterpenos ginkgolídeos A, B, C, J e M, ésteres de ácido cumárico, esteróis,
fenilpropanóides, ginol, glicosídeos flavonóides (principalmente ginkgobilina, quercetina e
isoamnetina), kaempferol, lactona bilobalida, lipídeos, minerais, quercetina, sitosterol, triterpenos.
Frutos: ácidos ginkgólicos, ginol.
Propriedades medicinais: adstringente (folhas), anti-fungal, anti-helmíntica,
antiblenorrágica, antiinflamatória, antioxidante, antiplaquetária, bactericida, béquica, cardiotônica,
condicionante, demulcente, digestiva, estimulante da circulação periférica, fungicida,
rejuvenescedora, revigorante, tônica, vasodilatadora periférica.
Indicações: angiopatias (prevenir); ansiedade; asma; audição (deficiências); bactérias (inibir o
crescimento de); bem-estar geral (promover a sensação de); bronquite; câncer (ajudar combater -
frutos crus); capacidade intelectual (recuperar); capilares (inibir a hiperpermeabilidade mediada
pela bradicinina e histamina); catarro; cefaléia; células (combater a peroxidação lipídica das
membranas, ativar o metabolismo energético, tratamento profilático do envelhecimento); cérebro
(irrigação deficiente, isquemia, prevenir edema); circulação (distúrbios arteriais); circulação
sangüínea (má-); colágeno (inibir a destruição do); concentração (dificuldade, melhorar); coração
(batidas irregular do); ácido hialurônico (despolimerização do); digestão; doença de Raynaud;
energia sexual (aumentar); enxaqueca; extremidades (dor, palidez, cianose, sensação de frio);
feridas; flebites (prevenir certas formas de); fungos (inibir o crescimento de); furúnculos; gonorréia;
incontinência urinária; infecções (prevenir); inibir o PAF (fator ativador de plaquetas) (presente em
alergias como a asma); isquemia (prevenir cerebral ou periférica); labirintite; membros inferiores
(reduzir fadiga, artrite, cansaço e sensações de peso); memória (melhorar a, perda de, recuperar a,
de pessoas idosas); metabolismo energético (normalizar o, melhorando a utilização dos glicídios);
microvarizes; nível cerebral (aumentar o consumo de glicose e oxigênio, aumentando a síntese de
ATP); olhos; pele (doenças, envelhecimento, sardas e manchas na); performance intelectual
(melhorar a); perfusão tissular (manter a); problemas respiratórios; processos vasculares
degenerativos; radicais livres (combater); resíduos metabólicos (auxiliar a depuração); resistência
capilar (aumentar); resistência do organismo (aumentar); ressaca alcoólica; rinite crônica;
rouquidão; rugas (tratamento e prevenção de); sangue (melhorar propriedades fluídicas do, diminuir
a viscosidade); sistema circulatório (ativar); tonturas; tônus vascular (reforçar a nível venoso);
tosse; tuberculose; úlceras estomacais; úlceras varicosas; vasos arteriais dos membros (efetuar
vasodilatação); vertigens (reduzir); zumbidos (reduzir). O ginkgolídeo B (sintetizado em
laboratório): evitar a rejeição de transplantes de órgãos e contra choques asmáticos e intoxicações.
Parte utilizada: folhas, frutos, sementes.
Contra-indicações/cuidados: na forma de banhos ou massagem corporal por gestantes.
Efeitos colaterais: o contato com a parte externa da semente (sem lavagem) e com a casca da árvore
pode causar náuseas e dermatites de origem alérgica, por causa da presença de substâncias como o
ácido butanóico e o uruxiol. Podem ocorrer efeitos colaterais, principalmente em casos de
predisposição alérgica, como: distúrbios gastrintestinais, transtornos circulatórios incluindo queda
da pressão arterial, cefáleia ou reações cutâneas. Excesso pode causar dermatite, enxaquecas,
diarréia e vômitos.
Modo de usar:
Uso interno:
- pó das folhas: 600 a 900mg ao dia, em 3 doses, antes das refeições.
- extrato seco: 120 a 160mg ao dia.
- sementes: asma, tosses com flegma espessa, e incontinência urinária.
- com Tilia spp. e Vinca maior ou Crataegus laevigata: desordens circulatórias;
- com Melilotus officinalis: complicações venosas (folhas);
- com Ephedra spp., Tussilago farfara, e folhas de Morus alba: asma e tosse (sementes);
- extrato das folhas secas: cérebro, olho, coração e outros órgãos.
Uso externo:
Fitocosmético (cremes, xampus, sabonetes):
- extrato glicólico: 5 a 10%;
- extrato seco: 0,2 a 2%.
Emplasto das folhas: furúnculos.

Nota: O extrato germano-frances de Ginkgo biloba é patenteado como EGb761, que compõe
inúmeros medicamentos e cosméticos, sendo conhecido pelos nomes de Tebonin, Tanakan, Rökan e
Ginkgold.

Veja Produto Fitoterápico Comercial: GINKGO BILOBA

Fotos são encontrados em:


http://www.desert-tropicals.com/Plants/ginkgoaceae/Ginkgo_biloba.jpg
http://www.desert-tropicals.com/Plants/ginkgoaceae/Ginkgo_biloba2.jpg

8.26. Maracujá

Nome científico: Passiflora incarnata L.


Família: Passifloraceae.
Sinônimos botânicos: Passiflora incarnata fo. alba Waterf., Passiflora incarnata Ker
Gawl. (ilegal, não é a passiflora incarnata L.), Passiflora incarnata var. integriloba DC., Passiflora
incarnata var. major Sweet.
Outros nomes populares: passiflora; saa'T gulu, ward assa'Ah, white sarsaparilla, wild
passion flower, zahril aalaam, apricot vine, carkifelek, charkhi felek, may apple, may-pop, maypop
passionflower, maypops.
Constituintes químicos:
Propriedades medicinais: calmante, hipnótico, hipotensor, sedativo,
Indicações: Insônia, nevralgia, cólica, excitação nervosa, histerismo, neurastenia,
menopausa, tosse.
Parte utilizada:
Contra-indicações/cuidados:
Efeitos colaterais:
Modo de usar:
Fotos são encontradas em:
http://mobot.mobot.org/cgi-bin/search_vast?w3till=MOA-04951_001.jpg
http://digitalis.mobot.org/mrsid/bin/mosid/mosid.pl?client=242&image=MOA-
06412_001.sid&title=Passiflora+incarnata&desc=Flowers+and+leaves.&tropicos_id=24200150&ss
dp=&vt=&photographer=E.%20Denison&copyright=MBG&area=
http://digitalis.mobot.org/mrsid/bin/mosid/mosid.pl?client=242&image=MOA-
09934_001.sid&title=Passiflora+incarnata&desc=Flowering+vine.&tropicos_id=24200150&ssdp=
00277610&vt=CROAT+28472&photographer=T.%20Croat&copyright=T.%20Croat&area=
http://www.hewo.nl/passiflora%20species/Thumbnails.html
http://www.b-and-t-world-seeds.com/Pinc.jpg
http://www.highspeedplus.com/~harborcrest/p%20incarnata.jpg
http://hortiplex.gardenweb.com/plants/jour/p/69/gw1028669/451631031446187.jpeg
http://pharm1.pharmazie.uni-greifswald.de/allgemei/serturn/arzpfl-b/passif-i.jpg
http://www.rain-tree.com/Plant-Images/Passiflora_incarnata_p1jpg.jpg
http://botany.cs.tamu.edu/FLORA/dcs420/a/hdw20070004s.jpg
http://www.arches.uga.edu/~jpitts/Plants/Passifloraincarnata2.jpg
http://www.gkexoticplants.com/P._incarnata_white.JPG "flor branca"
http://www.missouriplants.com/Bluealt/Passiflora_incarnata_page.html
http://cricket.biol.sc.edu/herb/PP/Passiflora_incarnata1.jpg

8.27. Mil-folhas

Nome científico: Achillea millefolium L.


Família: Asteraceae.
Sinônimos botânicos: Achillea borealis subsp. arenicola (Pollard) D.D. Keck, Achillea
borealis subsp. californica (Pollard) D.D. Keck, Achillea lanulosa Nutt., Achillea lanulosa subsp.
alpicola (Rydb.) D.D. Keck, Achillea laxiflora Pollard & Cockerell, Achillea millefolium subsp.
lanulosa (Nutt.) Piper, Achillea millefolium var. alpicola (Rydb.) Garrett, Achillea millefolium var.
arenicola (A. Heller) Nobs, Achillea millefolium var. californica (Pollard) Jeps., Achillea
millefolium var. gigantea (Pollard) Nobs, Achillea millefolium var. lanulosa (Nutt.) Piper, Achillea
millefolium var. litoralis Ehrend. Ex Nobs, Achillea millefolium var. pacifica (Rydb.) G.N. Jones,
Achillea millefolium var. puberula (Rydb.) Nobs, Achillea pecten-veneris Pollard
Outros nomes populares: alevante, anador, aquiléa, aquiléia, aquiléia-mil-flores, aquiléia-
mil-folhas, atroveran, botão-de-prata, erva-carpinteira, erva-carpinteiro, erva-das-cortadelas, erva-
das-damas, erva-de-carpinteiro, erva-de-cortadura, erva-de-são-joão, erva-do-bom-deus, erva-do-
carpinteiro, erva-dos-carreteiros, erva-dos-cortadores, erva-dos-golpes, erva-dos-militares, erva-
dos-soldados, levante, macelão, marcelão, mil-em-rama, mil-ramas, milefólia, milefólio, mil-em-
rama, mil-em-ramas, milfolhada, mil-folhada, milfólio, mil-ramas, mil-ramos, novalgina, pêlo-de-
carneiro, pestana-de-vênus, ponta-livre, prazer-das-damas, pronto-alívio, salvação-do-mundo; mil
en rama (espanhol), mille-feuilles (francês), yarrow (inglês), millefoglio (italiano).
Constituintes químicos: achileína, achilina, ácido aquilêico, ácido cafeico, ácido
clorogênico; ácido fórmico, ácidos graxos; ácido isovalérico, ácido mirístico, ácido salicílico,
açúcares; alcalóides; aminoácidos; aquineína, azulenos, bataínas, betaína, borneol, pró-camazuleno,
canfeno, cânfora, p-cimeno, cineol, cumarinas, derivados terpênicos e sesquiterpênicos, eugenol,
fitosterol; flavonóides (apigenina, epigenol, luteolina e seus glicosídeos, artemetina, rutina,
tuteolol); formaldeído, furfural, glicosídeos amargos, heterosídeos cianogênicos; inulina, lactonas
sesquiterpênicas; limoneno, linalool, milefina, minerais: P e K; mucilagens; óleo essencial (cineol,
proazuleno); -pineno, ß-pineno, quercetina, quercitrina, resina, sabineno, tanino, -terpineno,
trigonelina, -tujona, vitamina C;
Propriedades medicinais: adstringente, amarga, analgésica, antibiótica, anticaspa,
anticelulítica, antidispéptica, antiespasmódica, anti-helmíntica, anti-hemorrágica, anti-
hemorroidária, antiinflamatória, antimicrobiana, antiperspirante, antipirética, anti-reumática, anti-
séptica, aperiente, aromática, carminativa, cicatrizante, colagoga, colerética, diaforética, digestiva,
diurética, emenagoga, estimulante, estomáquica, eupéptica, expectorante, hemostática, hepática,
hipotensiva, refrescante, restabilizante da circulação sangüínea, tônica, vulnerária.
Indicações: abcesso, acne, adinamia, adstrição; afecções da pele (abscessos, feridas, eczemas, etc.);
afecções urinárias, alopecia, amenorréia, cálculo renal, calmante, cefalalgia; circulação, cólicas
menstruais, contusões, pulmonares e dérmicas; debilidade geral, depurar o sangue, desentoxicar o
organismo, diarréia, distúrbios nervosos, dores de cabeça; dores de estômago e de dente; eczema,
enurese nas crianças; escarlatina, escarros; espasmos gastrintestinais e uterinos; falta de apetite,
febre intestinal e intermitente, feridas, fígado, fissuras anais, flatulência, gastrite, golpes, gota, greta;
hemorragias nasal, uterinas e dos pulmões; hemorróidas, incontinência urinária; inflamação das
mucosas da boca, gástricas e intestinais; inflamações e rachaduras na pele, insônia, intestinos, má
digestão, manchas, mucosidade intestinal, pleuris, poros dilatados, problemas digestivos, problemas
de secreção da bile, psoríase, queimaduras, regularizar a menstruação, resfriado, rins, sardas e
manchas na pele, sarna, transpiração nos pés; trombose cerebral e coronarianos; tumores, úlceras,
úlcera gástrica, varizes, vesícula, vômitos sanguíneos.
Aromaterapia: eliminar impurezas, estados de depressão e cansaço.
Parte utilizada: flores, folhas, caules, rizomas.
Contra-indicações/cuidados: mulheres em lactação e gestantes. Evitar a ação do sol na
epiderme molhada com o suco da planta fresca. Há possibilidade de intoxicação de animais
domésticos. Não deve ser tomado em doses fortes nem durante um período prolongado.
Efeitos colaterais: pode causar irritação dérmica com coceira e inflamação, podendo levar à
formação de pequenas vesículas, inflamação ocular, dores de cabeça e vertigens. O uso durante a
gravidez pode provocar sangramentos.
Modo de usar:
- Uso interno: crua, picada, em saladas ou como acompanhamento de pão e manteiga: desintoxica
o organismo, depura o sangue e ativa as funções renais; perturbações gástricas, diarréia, gases
intestinais, hemostático, dores da menstruação;
- Infusão de 10 a 15g da erva fresca (seca 2 a 4 g) em 1 litro de água, tomar 3 xícaras ao dia;
- infusão das flores: gastrite e úlcera gástrica;
- tintura em álcool 45%: 2 a 4 ml, três vezes ao dia;
- extrato fluido em álcool 25%: 2 a 4 ml, três vezes ao dia;
- xarope: 20 a 50 ml por dia;
- maceração de 5 g em 100 ml de vinho branco por 10 dias. Tomar um cálice pequeno 2 ou 3
vezes ao dia;
- decocção de 2 g da raiz seca em um litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia: nervosismo e
esgotamento físico e mental.
- uso Externo:
- decocção ou infusão: 10 a 15 g de erva em 1 litro de água. Massagear o couro cabeludo contra
queda de cabelos e calvície;
- decocção ou infusão: 25 a 30 g da planta por litro de água: feridas etc.;
- sumo: lavar a planta, retirar o sumo e aplicar sobre ferimentos e ulcerações;
- pomadas anti-reumáticas;
- supositórios: anti-hemorróidas;
- compressas ou cataplasmas: aplicar a planta fresca sobre o local afetado (feridas e úlceras).
- ablução: macerar 100 g de flores e 100 g de folhas durante 1 dia em 2 litros de água. Após,
aquecer, sem ferver, e aplicar na área afetada por 15 minutos: hemorróida;
- loções, fomentações e cataplasmas: afecções dérmicas e machucaduras;
- pó das folhas e flores secas e pulverizadas: feridas recalcitrantes;
- peles oleosas acnéicas: massagens e banhos relaxantes e descongestionantes;
- produtos infantis: cremes, xampus;
- extrato glicólico: tônicos capilares, xampus e produtos para banho de espuma: 2 a 5%;
- produtos infantis: cremes e loções: 1 a 5%;
- usos específicos:
- varizes: decocção de 10g de flores em ½ litro de água. Esquentar em fogo brando por 30
minutos. Tomar 2 xícaras pela manhã, em jejum, e outra à noite. Aplicar compressas mornas no
local afetado, 2 vezes ao dia.
- ferimentos: Aplicar infuso com gaze ou aplicar as próprias folhas e flores frescas, limpas e
esmagadas sobre as lesões
Xampú para fortificar.
- hemorróidas, fazer banho de assento por 7 dias e toma-se o chá fraco;
Outras fotos são encontradas em:
www.desert-tropicals.com\Plants\Asteraceae\Achillea_millefolium.html
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium_root.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium-1.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium-2.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium-3.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium-4.htm
www.ibiblio.org\herbmed\pictures\p01\pages\achillea-millefolium-5.htm

8.28. Visnaga (o Kela)

Amni visnaga Lam. (Apiaceae), é uma planta herbácea, originária do Mediterrâneo, principalmente
do Egito, Marrocos, etc., com propriedades vasodilatadoras coronárias e antiespasmódicas. O princípio ativo
está presente nos frutos.
O fruto da visnaga contém lipídeos, flavonóides, taninos, traços de óleo essencial e seus princípios
ativos pertencem ao grupo de compostos furanocromonas (principalmente quelina, visnagina, quelol,
quelinol, etc.) e piranocumaronas (visnadina, samidina, dihidrosamidina).
A visnagina apresenta efeitos vasodilatadores e, estudos efetuados em anéis de aorta de ratos,
comprovou-se a inibição da contração do músculo liso vascular. A quelina, potente vasodilatador coronário,
é espasmolítico. Além disso, a visnadina atua como inotropo cardíaco, é bradicardizante e espasmolítico,
esses efeitos parecem estar relacionados com um mecanismo de ação antagonista do cálcio, como
demonstrado in vitro. A quelina e a visnadina são empregadas para prevenir e tratar a angina pectoris.
O efeito antiespasmódico se manifesta igualmente em outros territórios, podendo empregar-se em
cólica nefríticas e biliares ou em espasmos bronquiais.
10. Tabela de propriedades e precauções no uso de fitoterápicos (retirado de um “site” francês)

Família Exemplos Propriedades Precauções no uso


Monoterpenos Limoneno, a e -pineno, óleo de -Antisépticos em difusão -Irritação cutânea e de mucisa
pinho -Estimulante geral -Via oral: toxidez renal por uso prolongado ou
overdose
Sesquiterpenos e Bisaboleno, -Calmantes
azulenos -humuleno, -Antiinflamatórios
-cariofileno, azuleno da -Antialérgicos
matricária
Fenóis Timol, carvacrol, eugenol -Bactericida, virulicida, antifúngico -Excitante por overdose
-Imunoestimulantes -Irritação de pele emucosa
-Tônicos em dose pequena -Via oral: toxidez renal por uso prolongado ou
overdose
-Via cutânea: sempre diluídos em óleo
Álcoois Linalool do pau de rosa, geranilo, -Bactericida, virulicida, antifúngico -Mentol é contraindicado para menores de 7 anos e
monoterpênicos mentol da hortelã pimenta, -Imunoestimulante mulheres grávidas
citronelal da citronela-do-ceilão -Tônico nervoso -Evitar aplicações cutâneas em grandes superfícies
Álcoois Bisabolol da matricária, -Tônicos e estimulantes em geral
sesquiterpênicos viridiflorol, cedrol do cipreste -Descongestionantes venosos e linfáticos
Álcoois diterpênicos Esclareol -Regulador hormonal
Aldeídos alifáticos Citrais, geranial, citronelal -Antiinflamatório, antihipertensivo
-Sedativo imuno-modulante
-Antiviral (hérpes)
Aldeídos aromáticos Canela, cuminho -Antiinfeccioso (canela) -Difíceis de manipular pois são dermocáusticos,
-Estimulantes em geral alergisantes e irritantes das mucosas
-As dosagens devem ser respeitadas
Cetonas Mentona e piperitona (hortelã -Pequenas doses: mucolítico, antimicótico, -Altas doses: Neurotóxicos, estupefiantes,
pimenta), cânfora e verbenona, vermífugo epileptisantes, abortivos
yuiona, pinocanfona -Estimulantes do SNC e depressores em altas -Contraindicados em alimentos, mulheres grávidas
doses ou lactantes
Ácidos ácido gerânico, salicílico e -Antiinflamatórios
cinâmico
Ésteres acetato de linaloíla (lavanda), -Antiespasmódico
acetato de geranila (cenoura), -Reequilibrante nervoso
salicilato de metila -Antiálgico e antiinflamatório
Éteres -Metileugenol (loureiro), apiol, -Antiespasmódicos poderosos -Contraindicado em mulheres grávidas
transanetol (anis), metilchavicol -Reequilibrantes nervosos -Estupefiante 9anetol)
(basílico, estragão) -Antialgínicos -Nunca desrespeitar as doses
Diversos óxidos 1,8-Cineol ou eucaliptol, linalool -Expectorantes e muciláticos -Eucaliptol – epileptogênico em doses elevadas
-Prudência com asmáticos
-Contra indicado em crianças com menos de 3 anos
Cumarinas Cumarina, umbeliferona, -Anticoagulantes -Fotosensibilizantes
psoraleno, bergapteno, angelicina -Sedativos nervosos -Hepatotóxicos em doses elevadas
-Antiespasmódicos
Compostos sulfurados Alho e cebola (alilmercaptano) -Antibactericida, antiparasitário e -Dermocáustico
hipolipemiante
Compostos Tangerina (óleo de bergamota) -Grande ação calmante -Fotosensibilizante (Viticromin)
nitrogenados

- Basa,S.C.;Basu,D.;Chatterjee,A.; Occurrence of flavonoid in angelica archangelenone, a new flavanone from the root of angelica archangelica linn.;
Chemistry & Industry,355, 1971
- Barik,D.;Dey,A.K.;Xas.P.C.;Chatterjee,A.;Shoolery,J.N.; Coumarins of murraya exotica linn. – Absolute configuration of auraptenol; Phytochemistry,
22,752, 1983
- Barik,B.R.;Kundu,A.B.;Dey,A.K.; A cinnamic acid derivative and a coumarin from Murraya exotica Linn.; Phytochemistry,26 (12),3319-3321,1987
ibid. Two phenolic constituents from Apinia galanga Willd.; Phytochemistry,26 (7),.2126-2127,1987
- Barik,B.R.;Kundu,A.B.; Lageflorin, A pentacyclic triterpene from Lagerstroemia parviflora; Phytochemistry,27 (11),3679, 1988
- Barik,B.R.;Dey,A.K.;Chatterjee,A.; Murrayatin ,A coumarin form Murraya exotica Linn.; Phytochemistry,22,2273, 1983
- Barik,B.R.;Bhaumik,T.;Patra,A.;Roy,S.;Susan,T.;Alam, M.; Kundu,A.B.;Chatterjee,A.; Premnazole an isoxazole alkaloid of Premna integrifolia Linn. &
Gmelina arborea Linn. with antiinflammatory activity.; Fitoterapia,63(4),395, 1993
- Barik,B.R.;Bhaumik,T.;Dey,A..K.;Kundu,A.B.; Triterpenoids from Artocarpus heterophyllus Lam.; Phytochemistry,35(4),1001-1004, 1994
- Banerji,J.;Chatterjee,A;Patra,A;Bose,P.;Das,R.; Das, B.; Shamma,M.;Tantiseurie,B.; Kamaline, An unusual aporphine alkaloid from Stephania venosa;
Phytohemistry,36(4),1953, 1994
- Banerji,A.;Mallick,B.;Chaterjee,A. ;Budwikiewicz,H.; Brewer,M.; Assafoetidin and ferocolicin ,two sesquiterpenoid coumarins form ferula Assafoetida
regel; Tetrahedron letters,.19(13),1577, 1988.
- Bagchi,A.;Neogi,P.;Sahai,M.;Ray,A.B.; Hikino,H.;Oshima,Y.; Withaperuvin E., Nicandrin B.,Withanolide from Physalis peruviana & Nicandra
physaloides; Phytochemistry,23(4),.853-56, 1984.

Você também pode gostar